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AGÊNCIAS DE DESENVOLVIMENTO E PRODER: UMA AVALIAÇÃO

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constatações e resultados da pesquisa de campo que possam ser de utilidade gerencial e subsidiar<br />

ações ou reflexões da direção do SEBRAE-RJ e de todo o seu corpo gerencial e funcional.<br />

2 - A METODOLOGIA <strong>DE</strong> <strong>AVALIAÇÃO</strong> PROPOSTA<br />

A definição do que seja avaliação parece ser quase consensual. De acordo, com a UNICEF 3 , por<br />

exemplo, trata-se do exame sistemático e objetivo de um projeto ou programa, finalizado ou em curso,<br />

que contemple o seu desempenho, implementação e resultados, com vistas à determinação de sua<br />

eficiência, efetividade, impacto, sustentabilidade e a relevância de seus objetivos. O propósito da<br />

avaliação é o de guiar os tomadores de decisão, orientando-os quanto à continuidade, necessidade de<br />

correções ou mesmo suspensão de uma determinada política ou programa.<br />

Se a avaliação é uma forma de mensurar o desempenho de programas, é necessário definir medidas<br />

para a aferição do resultado obtido. Essas medidas são denominadas de critérios de avaliação e nesse<br />

ponto se encerra o consenso sobre aspectos conceituais e metodológicos no campo da avaliação de<br />

programas ou políticas públicas, dando lugar ao que se poderia chamar de um autêntico “emaranhado<br />

conceitual”, o qual representa, por si mesmo, um obstáculo ao uso mais freqüente dessa ferramenta<br />

gerencial no setor público. Embora se associe normalmente a avaliação de desempenho à mensuração<br />

de eficiência na gestão de programas públicos, este não é, evidentemente, o único e, eventualmente,<br />

nem o mais importante critério a ser utilizado na avaliação, podendo ser citados também os critérios de<br />

Eficácia, Impacto, Sustentabilidade, Satisfação do beneficiário e Equidade, entre outros. 4<br />

A aplicação desses critérios descritos requer, por seu turno, formas específicas de operacionalização, já<br />

que se trata, obviamente, de medidas indiretas, ou seja, que devem ser calculadas a partir da<br />

identificação e quantificação dos resultados obtidos. Em geral, denomina-se essa outra categoria de<br />

medidas de indicadores ou, mais especificamente, indicadores sociais. Aqui também encontramos uma<br />

variedade de formas de definir e utilizar essa medida, dependendo da área em que se situa o programa<br />

e do propósito da avaliação. 5 A avaliação do desempenho de um programa requer, ainda, que se defina<br />

padrões de referência para julgar esse desempenho.<br />

Uma metodologia de avaliação de programas sociais envolve, então, a escolha de um conjunto de<br />

critérios e o uso de um elenco de indicadores (ou outras formas de mensuração) consistentes com os<br />

critérios escolhidos e que permitam efetuar um julgamento continuado e eficaz acerca do desempenho<br />

de um programa ou conjunto de programas, mediante o confronto com os padrões de desempenho<br />

anteriormente estabelecidos.<br />

Permanece, todavia, uma questão crucial e preliminar: o que avaliar? Segundo Donald Kettl, o desenho<br />

de um programa público ou a ação de uma agência governamental pode ser sintetizado na seguinte<br />

sequência de definições:<br />

3 Cf. UNICEF. Guide for monitoring and evaluation. New York, 1990.<br />

4 Uma discussão detalhada desse “emanharado” conceitual, bem como uma proposta de de metodologia para aplicação num<br />

programa social para o município do Rio de Janeiro podem ser encontrados em LUSTOSA DA COSTA, Frederico &<br />

CASTANHAR, José Cezar. Avaliação de Programas Sociais: limites e possibilidades. Paper apresentado no 22° Encontro<br />

Nacional da ANPAD, em Foz de Iguaçu, ANPAD, de 27 a 30 de setembro de 1998.<br />

5 Op.cit., pp. 5-6; uma tentativa de sistematizar a discussão sobre indicadores podem ser encontrada em Rob Vos em Hacia<br />

un sistema de indicadores sociales, BID/IN<strong>DE</strong>S, 1993.<br />

3

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