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Modelagem da dinâmica de uma paisagem do Planalto de Ibiúna ...

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temporal, ou histórica, alia<strong>da</strong> à influência <strong>de</strong> variáveis ambientais e sócio-econômicos, são<br />

atualmente consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s peças-chave para o entendimento <strong>da</strong> disposição atual <strong>do</strong>s<br />

elementos em <strong>uma</strong> <strong>da</strong><strong>da</strong> <strong>paisagem</strong> (Blois 2001).<br />

O estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> conjunto <strong>de</strong> fatores espaciais <strong>de</strong> conotação extremamente complexa,<br />

que envolve a conversão entre tipos <strong>de</strong> uso e cobertura <strong>da</strong>s terras, a influência <strong>de</strong> variáveis<br />

proximais nestas conversões e as questões sócio-econômicas que coman<strong>da</strong>m a direção, em<br />

última análise, <strong>do</strong>s processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>smatamento e regeneração <strong>de</strong> vegetação natural em <strong>uma</strong><br />

<strong>da</strong><strong>da</strong> <strong>paisagem</strong>, exige a utilização <strong>de</strong> ferramentas específicas, como os Sistemas <strong>de</strong><br />

Informação Geográfica, estatísticas espaciais e mo<strong>de</strong>los matemáticos.<br />

Os mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nças <strong>de</strong> paisagens vêm sen<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong>s com o intuito <strong>de</strong><br />

quantificar e localizar espacialmente as transições <strong>de</strong> uso e cobertura <strong>da</strong>s terras ao longo <strong>de</strong><br />

um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> tempo, além <strong>de</strong> verificar as influências <strong>de</strong> variáveis proximais e<br />

causais nessas transições. Como to<strong>da</strong> a meto<strong>do</strong>logia acadêmica, esses mo<strong>de</strong>los exibem um<br />

longo histórico evolutivo, envolven<strong>do</strong> a sua utilização e conseqüente modificação a fim <strong>de</strong><br />

aten<strong>de</strong>r aos pressupostos exigi<strong>do</strong>s pelas análises estatísticas espaciais. Tal trajetória é o<br />

cerne <strong>de</strong> diversos trabalhos <strong>de</strong> revisão bibliográfica (Baker 1989, Soares-Filho 1998,<br />

Pedrosa & Câmara 2003).<br />

Para a quantificação <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nças em um <strong>da</strong><strong>do</strong> perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> tempo, por exemplo, a<br />

meto<strong>do</strong>logia utiliza<strong>da</strong> relaciona-se principalmente à álgebra cartográfica, através <strong>da</strong><br />

tabulação cruza<strong>da</strong> <strong>de</strong> mapas <strong>de</strong> diferentes anos, os quais representam as chama<strong>da</strong>s séries<br />

temporais, on<strong>de</strong>, a partir <strong>de</strong> então, tem-se a base para a elaboração <strong>da</strong>s matrizes <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nça<br />

(Muller & Middleton 1994). Porém, para a verificação <strong>da</strong> influência <strong>de</strong> variáveis proximais<br />

nas conversões entre os diferentes tipos <strong>de</strong> uso e cobertura <strong>da</strong>s terras, outra gama <strong>de</strong><br />

análises é normalmente emprega<strong>da</strong>, como a utilização <strong>de</strong> índices <strong>de</strong> paisagens (Nagendra et<br />

al. 2003), regressões logísticas (Soares-Filho et al. 2002) e pesos <strong>de</strong> evidência (Almei<strong>da</strong> et<br />

al. 2002, Felicíssimo et al. 2002, Soares-Filho et al. 2004).<br />

O presente capítulo, portanto, tem como objetivo principal a compreensão <strong>do</strong>s<br />

processos históricos ocorri<strong>do</strong>s entre os anos <strong>de</strong> 1962 e 2000 que culminaram na<br />

configuração <strong>do</strong>s elementos <strong>da</strong> <strong>paisagem</strong> <strong>de</strong> Caucaia <strong>do</strong> Alto observa<strong>da</strong> no ano <strong>de</strong> 2000.<br />

Para se chegar a esse objetivo mais amplo, foi necessário cumprir, previamente, <strong>do</strong>is<br />

objetivos secundários: i) quantificar as mu<strong>da</strong>nças ocorri<strong>da</strong>s na região <strong>de</strong> Caucaia <strong>do</strong> Alto no

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