ALIANÇA DESGKSTK PMDB BIVII^NO - cpvsp.org.br
ALIANÇA DESGKSTK PMDB BIVII^NO - cpvsp.org.br
ALIANÇA DESGKSTK PMDB BIVII^NO - cpvsp.org.br
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
8<<strong>br</strong> />
CRÔNICA DA DESCRENÇA<<strong>br</strong> />
Hoje eu tive pena<<strong>br</strong> />
Pena de mim, de lhe,.. Pena de nos,<<strong>br</strong> />
Eu vi nos olhos de alguém o café<<strong>br</strong> />
puro cedo,<<strong>br</strong> />
Ele foi a Rampa do Congresso aplaudir,<<strong>br</strong> />
Eu vi meu Brasil Varonil mais uma vez<<strong>br</strong> />
ser^palco de apenas aplausos.<<strong>br</strong> />
Os irônicos artistas estavam<<strong>br</strong> />
impecáveis*.<<strong>br</strong> />
Muitos chegaram de importação,<<strong>br</strong> />
Hoje eu tentei ver a Rosa,<<strong>br</strong> />
Que Rosa? A rosa, A rosa que a minha<<strong>br</strong> />
infância falou que havia.<<strong>br</strong> />
Onde? No futuro, quando eu<<strong>br</strong> />
crescesse,<<strong>br</strong> />
Procurei-a em cada floricultura,<<strong>br</strong> />
em cada namorado, em paradas de<<strong>br</strong> />
ônibus, sob o asfalto e ela nem<<strong>br</strong> />
tentava nascer,<<strong>br</strong> />
Olhei os Ministérios e cada um me<<strong>br</strong> />
disse gue não,<<strong>br</strong> />
A multidão esperava a posse e em<<strong>br</strong> />
cada rosto eu leio que eles<<strong>br</strong> />
acreditaml<<strong>br</strong> />
Em que? na rosa,<<strong>br</strong> />
Que rosa?wA rosa da qual rainha<<strong>br</strong> />
adolescência falou,<<strong>br</strong> />
Onde? No futuro, quando eu<<strong>br</strong> />
amadurecesse,<<strong>br</strong> />
Procurei-a em cada escola, nas<<strong>br</strong> />
universidades, passeatas, nos<<strong>br</strong> />
governantes e nao a encontrei,<<strong>br</strong> />
Olhei nos olhos dos^adultos e eles<<strong>br</strong> />
ms disseram que nao,<<strong>br</strong> />
A multidão esperava a posse sambando.<<strong>br</strong> />
Bandeiras <strong>br</strong>asileiras X bandeiras<<strong>br</strong> />
vermelhas,,,<<strong>br</strong> />
E eles acreditam,,. Em que?<<strong>br</strong> />
Na rosa. Que rosa? A rosa da qual a<<strong>br</strong> />
rainha maturidade ainda falou,<<strong>br</strong> />
Onde? Num futuro próximo, quando eu<<strong>br</strong> />
envelhecesse,<<strong>br</strong> />
Procurei-a em todos os orfanatos,<<strong>br</strong> />
asilos, prisões, hospitais, aeropojr<<strong>br</strong> />
tos,,. Em todas as igrejas e nao a<<strong>br</strong> />
encontrei.<<strong>br</strong> />
Olhei triste para os olhos^dos velhos<<strong>br</strong> />
e eles me disseram que nao havia<<strong>br</strong> />
rosa nenhuma,<<strong>br</strong> />
A multidão esperava a posse e no dia<<strong>br</strong> />
seguinte ela nao conseguiu comprar o<<strong>br</strong> />
pao, Mas eles acreditam na ROSAI<<strong>br</strong> />
Eles ainda conseguem acreditar na<<strong>br</strong> />
rosa murcha dentro de todos os<<strong>br</strong> />
coraçoasl<<strong>br</strong> />
Oçp^im^<<strong>br</strong> />
A rosa murchou com o desemprega,<<strong>br</strong> />
cora a miséria nos lares, ccrri a<<strong>br</strong> />
violência nas ruas, com a corrupção<<strong>br</strong> />
do meu Pais,<<strong>br</strong> />
Nem os famintos-desempreçados-<<strong>br</strong> />
devedores,,, Meu Deusl Ainda<<strong>br</strong> />
acreditaml<<strong>br</strong> />
Em que? Na ROSA»,<<strong>br</strong> />
IEDA MARIA DE ALMEIDA<<strong>br</strong> />
BIGAMIA<<strong>br</strong> />
0 Gerente de um estabelecimento de<<strong>br</strong> />
credito, da Capital do Estado,,foi<<strong>br</strong> />
transferido^para uma cidade próxima,<<strong>br</strong> />
por conveniência do Banco Central,<<strong>br</strong> />
como o mesmo era casado e possuía<<strong>br</strong> />
duas filhas menorçs- a esposa recusou-se<<strong>br</strong> />
a acompanha-lo porque morava<<strong>br</strong> />
com sua mae ja idosa, e nao queria<<strong>br</strong> />
deixa-la sozinha,<<strong>br</strong> />
Cumpriobo ordem superior, o Bancário<<strong>br</strong> />
para Ia se deslocou, hoçpedando-se<<strong>br</strong> />
nym Hotel cuja proprietária era sin^<<strong>br</strong> />
patica e desquitada. Decorridos al~<<strong>br</strong> />
guns dias, ambos começaram a se gos<<strong>br</strong> />
tar, nascendo uma filha daquela amT<<strong>br</strong> />
zade,<<strong>br</strong> />
0 Gerçnte sempre visitava a família<<strong>br</strong> />
pos sábados e domingos, retornando<<strong>br</strong> />
a cidade onde e§tavawlotado, na seounda-feira,<<strong>br</strong> />
ate então, a esposa na<<strong>br</strong> />
3a sabia,do que estava acontecendo""<<strong>br</strong> />
por detrás dos bastidores.<<strong>br</strong> />
Subitamente, o Bancário foi acometido<<strong>br</strong> />
de derrame cere<strong>br</strong>al, morrendo<<strong>br</strong> />
inesperadamente, tendo sido sepultado<<strong>br</strong> />
na Capital,<<strong>br</strong> />
No 7s dia a tarde, a esposa com as<<strong>br</strong> />
filhas foram visitar g sua sepultura,<<strong>br</strong> />
che 3ando no Cemitério<<strong>br</strong> />
Ja tumba ne 128, e aproxima-<<strong>br</strong> />
ram-se oa tumba ns iZb, e com surpresa,<<strong>br</strong> />
depararam com uma senhora<<strong>br</strong> />
acompanhada de uma garotinha, orando<<strong>br</strong> />
no túmulo do seu esposo,<<strong>br</strong> />
Ela nao se conteve, meditou um,pouco<<strong>br</strong> />
e disse-lhe: "A senhora,esta e-<<strong>br</strong> />
quivocada, esta sepultura e de mau<<strong>br</strong> />
esposo falecido recentemente," A mu<<strong>br</strong> />
lher toda desapontada com o que acS"<<strong>br</strong> />
bava de presenciar, responçjeu-lhe :~"<<strong>br</strong> />
"Minha senhora, o extinto e pai dçs<<strong>br</strong> />
ta menina, ele estava hospedado ha""<<strong>br</strong> />
quatro anos no meu Hotel, motivo<<strong>br</strong> />
'porque aqui estamos orando e colocando<<strong>br</strong> />
estas flores no seu sepulcro<<strong>br</strong> />
como lem<strong>br</strong>anga,<<strong>br</strong> />
(Colaboração de um Cronista Santamariense)<<strong>br</strong> />
JAN-8é