t - Sistema de Bibliotecas da FGV - Fundação Getulio Vargas
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competição no setor, tal como penetração no mercado estrangeiro. Tal procedimento<br />
parece ser bem sucedido em eliminar o viés <strong>de</strong> sobrevivência e o viés <strong>de</strong><br />
transmissão. Ain<strong>da</strong> persiste o viés <strong>de</strong> preços omitidos, que se origina do fato <strong>de</strong> que<br />
o preço não é observado nas receitas, mas endógeno. Sob competição imperfeita,<br />
os fatores do lado <strong>da</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong> reduzem os coeficientes <strong>da</strong> função <strong>de</strong> produção e<br />
geram economias <strong>de</strong> escala subestima<strong>da</strong>s.<br />
ORNAGHI (2006) discute em que extensão estimativas baixas para retornos <strong>de</strong><br />
escala, <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>s a parâmetros <strong>da</strong> função <strong>de</strong> produção obti<strong>da</strong> através <strong>de</strong> estimadores<br />
GMM, po<strong>de</strong>m ser atribuí<strong>da</strong>s a erros <strong>de</strong> medi<strong>da</strong>, em especial ao uso <strong>de</strong> <strong>de</strong>flatores <strong>de</strong><br />
preços comuns entre firmas. O autor utiliza o método GMM em primeiras diferenças<br />
<strong>de</strong>fasa<strong>da</strong>s em dois conjuntos <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos, um com preços específicos por firma e outro<br />
com <strong>de</strong>flatores por setor. Ele conclui que gran<strong>de</strong>s melhorias nos parâmetros po<strong>de</strong>m<br />
ser obti<strong>da</strong>s através <strong>de</strong> uma construção mais cui<strong>da</strong>dosa <strong>da</strong>s variáveis (<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />
e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes) sem, no entanto, abrir mão do refinamento <strong>da</strong>s técnicas<br />
econométricas.<br />
FELIPE et al. (2008) argumentam que o viés <strong>de</strong> endogenei<strong>da</strong><strong>de</strong> que aparece<br />
quando se estima funções <strong>de</strong> produção usando <strong>da</strong>dos financeiros é resultado do<br />
viés <strong>de</strong> variáveis omiti<strong>da</strong>s <strong>de</strong>vido à pobre aproximação <strong>da</strong> i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> contábil com<br />
as quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s físicas. Em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste argumento, os autores questionam a<br />
tentativa <strong>de</strong> resolver tal problema pelo <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novos estimadores. Eles<br />
<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m que to<strong>da</strong>s as variáveis que entram no mo<strong>de</strong>lo sejam medi<strong>da</strong>s em<br />
quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s físicas. Embora exista também uma i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> contábil para valor<br />
adicionado, os <strong>da</strong>dos físicos po<strong>de</strong>m ser obtidos a partir <strong>da</strong> i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>. Os autores<br />
reconhecem a escassez <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos <strong>de</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s físicas, encontrando estudos com<br />
tal abor<strong>da</strong>gem apenas na área <strong>de</strong> economia agrícola. Em análises <strong>de</strong> simulação os<br />
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