t - Sistema de Bibliotecas da FGV - Fundação Getulio Vargas
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acesso mais fácil a equipamentos e insumos estrangeiros; e (3) competição po<strong>de</strong><br />
induzir a saí<strong>da</strong> <strong>de</strong> firmas menos competitivas. O autor faz uma extensão <strong>da</strong> função<br />
<strong>de</strong> Cobb-Douglas para levar em consi<strong>de</strong>ração a participação <strong>de</strong> equipamentos e<br />
insumos importados na função <strong>de</strong> produção. As medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> são<br />
calcula<strong>da</strong>s por três meios: um índice com a intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> bens <strong>de</strong> capital assumi<strong>da</strong><br />
<strong>de</strong> um terço (GRILICHES e MAIRESSE, 1990), um índice a partir <strong>de</strong> estimativas<br />
MQO e um índice a partir do algoritmo <strong>de</strong> OLLEY e PAKES (1996) estendido<br />
(MUENDLER 2004a). Segundo o autor, o canal (1) provou ser uma notável fonte <strong>de</strong><br />
mu<strong>da</strong>nça na produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, mesmo controlando a endogenei<strong>da</strong><strong>de</strong> pela penetração<br />
no mercado externo e tarifas. O canal (2) mostrou-se relativamente fraco, explicado<br />
pela pequena diferença <strong>de</strong> eficiência entre insumos nacionais e importados, e pela<br />
curva <strong>de</strong> aprendizagem, complementari<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> fatores e rearranjos na produção<br />
requeridos pelas novas tecnologias. Já o canal (3) mostrou efeitos dúbios: é certo<br />
que a probabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> sobrevivência cai e que as firmas <strong>de</strong> baixa eficiência saem<br />
do negócio, mas, numa estimação contrafatual, as firmas elimina<strong>da</strong>s são pequenas,<br />
o que causa pouco efeito sobre a produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> agrega<strong>da</strong>. Este efeito, no entanto,<br />
causa realocações: firmas mais competitivas ganham mercado, economias menos<br />
<strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s po<strong>de</strong>m se especializar em setores <strong>de</strong> baixo crescimento e,<br />
finalmente, o aumento <strong>de</strong> custos po<strong>de</strong> absorver os ganhos obtidos.<br />
Esta breve revisão dos métodos <strong>de</strong> estimação <strong>de</strong> funções <strong>de</strong> produção serve para<br />
ilustrar que esta é ain<strong>da</strong> é uma linha <strong>de</strong> pesquisa em aberto. Não se consegue<br />
divisar até o momento qualquer método que seja realmente superior ou<br />
inquestionável. As questões em aberto vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a forma funcional, os processos<br />
geradores dos <strong>da</strong>dos até chegar ao método <strong>de</strong> estimação propriamente dito. O<br />
presente trabalho se concentrará nesta última questão.<br />
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