Mapa do Mercado de Trabalho no Brasil - IBGE
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58 <strong>IBGE</strong> _________________________________________________________ <strong>Mapa</strong> <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>Trabalho</strong> <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong><br />
• A meta<strong>de</strong> mais pobre da populaçăo sofria uma queda na sua parcela: em<br />
1992, ela ganhava 14,1% <strong>do</strong>s rendimentos, cain<strong>do</strong> para 13,1%, em 1997;<br />
• Os 70% mais pobres também apresentavam uma distribuiçăo <strong>de</strong>crescente:<br />
em 1992, eles se apropriavam <strong>de</strong> 27,2% <strong>do</strong>s rendimentos, passan<strong>do</strong> a 25,9%,<br />
<strong>no</strong> final <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> analisa<strong>do</strong>;<br />
• Subin<strong>do</strong>-se na escala <strong>do</strong>s rendimentos, os 90% mais pobres também recebiam<br />
uma parcela <strong>de</strong>crescente. Em 1992, eles ganhavam 53,9% <strong>do</strong>s rendimentos<br />
e em 1997 ainda me<strong>no</strong>s, 52,4% <strong>do</strong>s rendimentos;<br />
• Por outro la<strong>do</strong>, os mais ricos percebiam parcelas crescentes <strong>do</strong>s rendimentos.<br />
Os 5% mais ricos, que recebiam 33,0% <strong>do</strong>s rendimentos em 1992, passaram<br />
a receber 36,6% em 1993, chegan<strong>do</strong> ao final <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> estuda<strong>do</strong> com<br />
34,0% <strong>do</strong> total <strong>do</strong>s rendimentos; e<br />
• Por fim, o centil <strong>do</strong>s rendimentos superiores começou e termi<strong>no</strong>u o perío<strong>do</strong><br />
estuda<strong>do</strong>, ganhan<strong>do</strong> 13,7% <strong>do</strong>s rendimentos <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o País.<br />
A análise regional mostra que, entre 1992 e 1997, foi encontra<strong>do</strong> o mesmo<br />
processo <strong>de</strong> concentraçăo <strong>do</strong>s rendimentos.<br />
Na Tabela 24, <strong>de</strong>u-se continuida<strong>de</strong> ao estu<strong>do</strong> sobre a distribuiçăo <strong>do</strong> rendimento<br />
mensal <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, por <strong>de</strong>cis simples e acumula<strong>do</strong>s, em or<strong>de</strong>m crescente <strong>de</strong> rendimentos,<br />
com base <strong>no</strong> rendimento <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os trabalhos.<br />
Observou-se que a situaçăo <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> na distribuiçăo <strong>de</strong> rendimentos<br />
permaneceu inalterada, durante to<strong>do</strong> o perío<strong>do</strong> estuda<strong>do</strong>. As parcelas mais pobres<br />
da populaçăo passaram a receber relativamente me<strong>no</strong>s e as parcelas mais ricas a<br />
receber ainda mais.<br />
Podia-se fazer, como exemplo, as seguintes observaçőes quanto ŕ evoluçăo da<br />
concentraçăo <strong>do</strong>s rendimentos:<br />
• O <strong>de</strong>cil mais pobre da populaçăo brasileira permaneceu receben<strong>do</strong> rendimentos<br />
muito baixos, que se estabilizavam em 1,0% <strong>do</strong> rendimento total, a partir <strong>de</strong> 1995;<br />
• A meta<strong>de</strong> mais pobre da populaçăo passou a receber rendimentos relativamente<br />
me<strong>no</strong>res: em 1992, ela recebia 14,0% <strong>do</strong> total <strong>do</strong>s rendimentos e passou a<br />
receber 13,6%, em 1997;<br />
• O mesmo aconteceu para os 70% mais pobres da populaçăo. Em 1992, eles<br />
recebiam 27,7% <strong>do</strong> rendimento total e passaram a receber 26,9%, em 1997;<br />
• A parcela <strong>do</strong>s 90% mais pobres da populaçăo, que abrangia necessariamente<br />
todas as classes pobres e a vasta classe média <strong>do</strong> País, também per<strong>de</strong>u<br />
relativamente. Ela recebia 54,9% <strong>do</strong> total, em 1992, e passou a receber<br />
53,3%, em 1997;<br />
• Por outro la<strong>do</strong>, os 5% mais ricos ganharam parcela crescente: recebiam<br />
32,1% <strong>do</strong> total, em 1992, e passaram a receber 33,2%, em 1997.<br />
• O centil mais rico apresentou gran<strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong> sua participaçăo relativa<br />
<strong>no</strong> final <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> inflacionário, ten<strong>do</strong> sua parcela <strong>do</strong> rendimento total<br />
aumenta<strong>do</strong> <strong>de</strong> 13,1%, em 1992, para 15,5%, em 1993. Após a estabilizaçăo<br />
monetária, <strong>no</strong> alto da pirâmi<strong>de</strong> social, o 1% mais rico teve queda relativa,<br />
passan<strong>do</strong> a ganhar 13,2% <strong>do</strong> total, em 1997.<br />
O mesmo processo <strong>de</strong> concentraçăo <strong>do</strong>s rendimentos ocorri<strong>do</strong> <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> verificou-se<br />
em todas as Gran<strong>de</strong>s Regiőes.