Revista Marketing Direto - ABEMD - Associação Brasileira de ...
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ARTIGO<br />
E-MAIL:<br />
ALIADO OU<br />
INIMIGO?<br />
<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong><br />
<strong>Direto</strong><br />
POR PIO BORGES *<br />
Este é um tema que <strong>de</strong>veria ser mais discutido e trabalhado por profissionais<br />
<strong>de</strong> marketing direto. Somos todos, na minha visão, os maiores interessados<br />
no que vá ocorrer em termos legais em relação aos que se possa e o que<br />
não se possa fazer com os e-mails.<br />
A verda<strong>de</strong> é que, mais dia menos dia todos vão se comunicar por e-mail.<br />
Tanto pessoas quanto empresas irão se ren<strong>de</strong>r às facilida<strong>de</strong>s da comunicação<br />
instantânea, interativa, auto arquivável, eternamente encontrável e 100%<br />
confiável. Tanto para quem as envia quanto para quem as recebe. E ao<br />
receber, po<strong>de</strong>r respon<strong>de</strong>r na hora com um clique obtendo todas as vantagens<br />
mencionadas acima.<br />
Esta é a teoria dourada, a prática revela algo chocante: não há ambiente<br />
hoje em que o fato <strong>de</strong> receber e-mails não seja apontado como uma<br />
chateação imensa, e que “alguém <strong>de</strong>via fazer alguma coisa para evitar este<br />
mau uso <strong>de</strong> uma ferramenta genial” porque a ela tem acesso hoje um exército<br />
<strong>de</strong> picaretas “que <strong>de</strong>viam ser varridos da face da terra”.<br />
Toda essa amolação, contudo ainda não levou ninguém a optar pelo<br />
cancelamento quanto ao recebimento <strong>de</strong> e-mails em seus en<strong>de</strong>reços eletrônicos:<br />
pois as vantagens trazidas com o seu recebimento superam em muito as<br />
suas <strong>de</strong>svantagens. Mas até on<strong>de</strong> será possível agüentar a sucessão <strong>de</strong> emails<br />
bobos e pior do que isto, os que contenham ameaças <strong>de</strong> vírus?<br />
Quando o fax começou a ser usado para envio <strong>de</strong>s<strong>de</strong> correntes da felicida<strong>de</strong><br />
a propostas comerciais com metros <strong>de</strong> comprimento houve uma revolta<br />
semelhante à <strong>de</strong> hoje contra este uso abusivo da comunicação que ainda não<br />
tinha o nome <strong>de</strong> SPAM. Naqueles tempos hoje quase jurássicos, a queixa<br />
maior era relativa ao custo do papel do fax, uma <strong>de</strong>spesa que penalizava a<br />
quem os recebia, contra a vonta<strong>de</strong>.<br />
A inutilida<strong>de</strong> da comunicação via “fax SPAM” mostrou rapidamente a<br />
sua inviabilida<strong>de</strong> como forma <strong>de</strong> comunicação. E ele foi abandonado ao<br />
mesmo tempo em que surgia na arena o novo gran<strong>de</strong> veículo total, o e-mail.<br />
Não haverá conseqüências econômicas negativas que possam ser imputadas<br />
a quem envia os e-mails sem permissão dos seus <strong>de</strong>stinatários. Para<br />
quem os dispara tanto faz enviar 200 milhões ou 200, o custo – se ele existe<br />
– será o mesmo. No Brasil, neste momento cogita-se na <strong>ABEMD</strong> e nas suas<br />
congêneres <strong>de</strong>finir parâmetros em relação ao e-mail marketing para a atuação<br />
das empresas brasileiras e eles filiadas.<br />
Sílvio Lefèvre, um dos maiores especialistas brasileiros em <strong>Marketing</strong>