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Revista Marketing Direto - ABEMD - Associação Brasileira de ...

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<strong>ABEMD</strong><br />

<strong>Associação</strong> <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong>MARKETING<br />

Edição nº 35 - Ano IV<br />

R$ 8,00<br />

DIRETO<br />

Publicação da <strong>Associação</strong> <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong><br />

<strong>ABEMD</strong> expõe em São Paulo os premiados <strong>de</strong> Cannes 2004


ANÚNCIO<br />

data listas


EXPEDIENTE<br />

<strong>Direto</strong>ria<br />

Presi<strong>de</strong>nte: Efraim Kapulski<br />

Vice-presi<strong>de</strong>nte: José Afonso Braga<br />

<strong>Direto</strong>r <strong>de</strong> Agências: Otavio Dias; <strong>Direto</strong>ra <strong>de</strong> Call Center:<br />

Ana Davalos; <strong>Direto</strong>r <strong>de</strong> E-Commerce: Antonio Rosa;<br />

<strong>Direto</strong>r <strong>de</strong> Estudos <strong>de</strong> Mercado: Antônio Carlos Carletto;<br />

<strong>Direto</strong>r Financeiro: Eduardo Ramalho; <strong>Direto</strong>r <strong>de</strong><br />

Logística: Fernando Mutarelli; <strong>Direto</strong>r <strong>de</strong> Relações Internacionais:<br />

Abaetê <strong>de</strong> Azevedo; <strong>Direto</strong>r <strong>de</strong> Sucursais:<br />

Jeffrey Costa<br />

Comitês<br />

Presi<strong>de</strong>nte: Efraim Kapulski<br />

Coor<strong>de</strong>nadores: CRM / Database: Eduardo Ramalho;<br />

E-mail <strong>Marketing</strong>: Antonio Rosa; Fund Raising / Terceiro<br />

Setor: Odair Gutirres; Logística: Fernando Mutarelli;<br />

Prêmio <strong>ABEMD</strong>: Otavio Dias; Recenseamento <strong>de</strong> Listas:<br />

Vicente Argentino; Serviços <strong>de</strong> Suspensão Temporária<br />

e Inclusão: Paulo Vasconcelos; Tecnologia: Roberto<br />

Barbeiro<br />

Conselho <strong>de</strong> Administração<br />

Presi<strong>de</strong>nte: Fernando Costa<br />

Vice-presi<strong>de</strong>nte: Paulo F. Vasconcelos<br />

Alexandra Periscinoto, Alexandre Jau, Andréa Laurito<br />

Russo, Antonio Rosa Neto, Eduardo Bicudo, Eduardo<br />

Souza Aranha, Eduardo Wilson R. Ramalho, Fábio<br />

Cecotto Vargas, Fernando Luiz Gomes Guimarães,<br />

Fernando Mutarelli, Gil Giar<strong>de</strong>lli, Gunther Klaus Alves<br />

Reis, Gustavo Bach, Jeffrey Hanson Costa, José Afonso<br />

Braga, José Soler, Marcio Luiz Valente, Márcio Ribeiro,<br />

Maria Luiza Vasques Piccioli, Nelson Reis, Odair Cer<strong>de</strong>ira<br />

Gutirres, Otavio Dias, Patrícia Hespanha Ma<strong>de</strong>ira, Paulo<br />

Geraldo F. Cavalcanti, Pedro Renato Eckersdorff, Pedro<br />

Sergio Venturini Martinez, Pio Borges, Ricardo<br />

Musumeci, Roberto Miranda, Roberto Saddy Cha<strong>de</strong>,<br />

Sérgio Augusto R. Alves Jr., Silvio Lefèvre, Vicente Argentino<br />

e Waldomiro R. Silva Jr.<br />

Conselho Fiscal<br />

Alexandre Souza Martins Case, Ivana Colombo e Osvaldo<br />

Alvarenga.<br />

<strong>Associação</strong> <strong>Brasileira</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong><br />

Avenida São Luís, 50 - 13 o andar<br />

cj. 132 B - Edifício Itália<br />

CEP 01046-926 - São Paulo/SP - Brasil<br />

Tel: (11) 3129-3001 - www.abemd.org.br<br />

Comercial: Claudio Toledo<br />

Eventos: Salete Guimarães<br />

Administração e Finanças: Valmir Neme<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> é uma<br />

publicação da <strong>Associação</strong> <strong>Brasileira</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> (<strong>ABEMD</strong>)<br />

Editor: Edson Pinto <strong>de</strong> Almeida<br />

Assistente Editorial: Natasha Kapulski<br />

Arte e editoração eletrônica: Adriana Cassiano<br />

Pré-impressão, impressão e acabamento:<br />

People Provedor <strong>de</strong> Soluções Gráficas<br />

Escreva para a revista <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong>.<br />

Man<strong>de</strong> seus comentários e sugestões<br />

para o e-mail: revista@abemd.org.br<br />

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CARTA<br />

AO LEITOR<br />

O ano <strong>de</strong> 2004 confirmou as projeções otimistas registradas na última edição <strong>de</strong> 2003,<br />

a partir do resultado apresentado pela consulta aos associados da <strong>ABEMD</strong>. O levantamento<br />

publicado nesta edição da revista <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong>, traz vários fatos positivos, entre eles o <strong>de</strong><br />

que saltou <strong>de</strong> 16% para 30% o número <strong>de</strong> empresas entrevistadas que mostraram um<br />

<strong>de</strong>sempenho financeiro excelente e muito bom. Os investimentos na ativida<strong>de</strong> cresceram e as<br />

perspectivas para 2005 continuam otimistas, embora <strong>de</strong> uma forma um pouco mais cautelosa,<br />

sobretudo pela possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um crescimento menor da economia brasileira.<br />

Num balanço geral, po<strong>de</strong>mos dizer que o <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> avançou em 2004. Os<br />

números da consulta mostram que a disciplina ganhou força em relação ao mercado <strong>de</strong><br />

comunicação como um todo. Talvez não com a velocida<strong>de</strong> que todos esperavam, pois ainda há<br />

barreiras a serem vencidas, o que só vem a reforçar a importância da Campanha <strong>de</strong> Valorização<br />

do <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong>, lançada em novembro pela <strong>ABEMD</strong> em sua segunda edição e exibida<br />

também durante o Global Symposium, evento que ocorreu paralelamente à Conferência da<br />

DMA, em outubro, reunindo associações <strong>de</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> do mundo todo. Os 14 anúncios<br />

criados pela GreyZest Direct serão veiculados tanto na mídia especializada quanto em revistas<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> circulação. A campanha também está sendo dirigida ao Congresso Nacional, ao<br />

Executivo e Judiciário.<br />

O ano também foi positivo para o <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> no que se refere à criação. No festival<br />

Lions Direct <strong>de</strong> Cannes, o Brasil ficou com dois troféus – um <strong>de</strong> ouro para a Salem e um <strong>de</strong><br />

bronze para a Tequila\BR. Na quinta edição do Prêmio Amauta o Brasil foi o país que obteve<br />

mais troféus (vinte no total), nesta que é a competição <strong>de</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> mais importante da<br />

América Latina. Datamidia,FCBi, Sunset, Atento, Copyright, Rapp Collins, OgilvyOne e Embrace<br />

foram as premiadas. O <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> brasileiro também foi premiado com o ECHO Awards,<br />

da DMA. A Salem e a OgilvyOne receberam troféus <strong>de</strong> ouro e prata, respectivamente.<br />

A passagem <strong>de</strong> 2004 para 2005 não carrega tantas inquietações quanto às que vivemos<br />

na última virada <strong>de</strong> ano. Porém, o sentimento <strong>de</strong> esperança permanece porque sabemos<br />

que ainda há muito a ser feito no sentido <strong>de</strong> alcançarmos o <strong>de</strong>senvolvimento pleno da<br />

ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> e do próprio país, ainda vítima <strong>de</strong> imensas <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s.<br />

Continuamos otimistas e esperamos no próximo ano trazer novamente boas notícias.<br />

O Editor<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong> 3


ÍNDICE<br />

4<br />

Entrevista com Alexandre Jau,<br />

presi<strong>de</strong>nte da TMKT.............................. 6<br />

Lions Direct: O melhor<br />

do <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>de</strong><br />

Cannes 2004...................................... 12<br />

Capa<br />

Especial sobre a “Consulta aos<br />

Associados da <strong>ABEMD</strong> 2004”<br />

- Um ano <strong>de</strong> bons negócios .......... 30<br />

- Foco no Relacionamento ............. 34<br />

- Perspectivas 2005 ........................ 37<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong><br />

<strong>Direto</strong><br />

Brasil faz a festa no<br />

V Prêmio Amauta ............................... 39<br />

Artigo: E-mail - Aliado<br />

ou Inimigo, por Pio Borges ................. 40<br />

Curso <strong>de</strong> Especialização<br />

em <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong><br />

forma quinta turma ............................ 42<br />

O melhor da 87º DMA ....................... 44<br />

Mercado............................................ 52<br />

Dicas <strong>de</strong> Leitura................................... 56<br />

Novos Associados da <strong>ABEMD</strong> ............ 57<br />

Causos do <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> ............... 58


ANÚNCIO<br />

People


6<br />

ENTREVISTA<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong><br />

<strong>Direto</strong><br />

ALEXANDRE JAU<br />

TELEMARKETING<br />

Em São Paulo, setor luta por<br />

redução <strong>de</strong> carga tributária<br />

Reduzir em 40% a base <strong>de</strong> cálculo do<br />

ICMS sobre as contas telefônicas. Esse é<br />

o pedido que foi encaminhado às secretarias<br />

da Fazenda e do Trabalho, em<br />

São Paulo, com o objetivo <strong>de</strong> diminuir o<br />

peso dos impostos em um dos mais<br />

promissores segmentos da economia<br />

brasileira - o setor <strong>de</strong> Call Center, que é<br />

hoje o maior empregador na área <strong>de</strong><br />

serviços, on<strong>de</strong> trabalham mais <strong>de</strong> 500<br />

mil pessoas. “Tivemos duas reuniões<br />

para expor nosso pedido, já enviamos<br />

mais informações e agora aguardamos<br />

um parecer técnico dos órgãos do governo.<br />

Mas estamos otimistas”,<br />

diz Alexandre Jau, conselheiro da<br />

<strong>ABEMD</strong> e presi<strong>de</strong>nte da TMKT, uma das<br />

mais representativas do setor. Nesta<br />

entrevista à revista <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> ele<br />

fala sobre os efeitos da tributação na<br />

ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> telemarketing e sobre as<br />

perspectivas do setor para o futuro.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> - O problema da tributação<br />

é algo novo para o setor?<br />

Alexandre Jau - Para enten<strong>de</strong>r a situação atual, é<br />

preciso voltar no tempo e lembrar como as coisas<br />

eram. A ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> call center existe <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a década<br />

<strong>de</strong> 70. A Editora Abril, por exemplo, já aplicava<br />

esse conceito <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a década <strong>de</strong> 70. Nem tinha<br />

esse nome, mas já se usava o telemarketing como<br />

meio <strong>de</strong> relacionamento, prospecção e venda, ou<br />

seja, o telefone era a mídia. As instituições <strong>de</strong> cartão<br />

<strong>de</strong> crédito também fazem o uso do telemarketing há<br />

muitos anos também, como pioneiras. Já o formato<br />

<strong>de</strong> hoje começou basicamente na década <strong>de</strong> 90. A<br />

Credicard usou muito outsourcing na década <strong>de</strong> 80.<br />

Tinha um canal <strong>de</strong> vendas para aquisição <strong>de</strong> novos<br />

associados via telemarketing. Em 88 a Credicard<br />

tinha 156 pequenas empresas <strong>de</strong> telemarketing<br />

prestando serviços para ela no Brasil todo. Ela foi<br />

uma das gran<strong>de</strong>s pioneiras.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> - Qual era o principal<br />

problema do setor <strong>de</strong> telemarketing antes dos<br />

anos 90?<br />

Alexandre Jau - Se fizermos um corte nessa época<br />

veremos que o gran<strong>de</strong> problema das empresas era<br />

conseguir uma linha telefônica. Quando nós começamos<br />

mais intensamente com call center existiam<br />

problemas até <strong>de</strong> tubulações nos edifícios pois eram<br />

tantos pares <strong>de</strong> cabos que não haviam tubulações


previstas para isso. Mas isso evoluiu e hoje temos<br />

rádio, fibra, etc. Naquela época o gran<strong>de</strong> problema<br />

era a linha telefônica.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> - A linha custava caro?<br />

Alexandre Jau - Em 1992, a TMTK, chegou a<br />

comprar linhas ao preço <strong>de</strong> 3.500 dólares cada<br />

uma. O importante nessa época era ter a linha, o<br />

que era uma dificulda<strong>de</strong> muito gran<strong>de</strong>. A gente<br />

nem se preocupava com o que vinha <strong>de</strong>pois. Com<br />

o advento da privatização houve investimentos.<br />

Primeiro ocorreu a abertura para a importação na<br />

época Collor, em 1990. Depois, em 94, vieram as<br />

privatizações que foram um marco para o setor<br />

porque representaram uma segunda abertura dos<br />

portos aos países amigos. Essas duas coisas permitiram<br />

que se ganhasse novo fôlego e tecnologia. A<br />

partir daí, o foco <strong>de</strong> preocupação das empresas<br />

passou a ser o custo das contas telefônicas. A forma<br />

como o governo arrecada impostos é um problema.<br />

A questão é que é mais fácil usar as contas <strong>de</strong><br />

serviços públicos para cobrar impostos. É uma forma<br />

limpa, barata e precisa - além <strong>de</strong> fácil controle.<br />

Mas o governo cobra muito nesses impostos e a<br />

<strong>de</strong>svantagem fica para o usuário. O ICMS, imposto<br />

estadual, <strong>de</strong>clarado é <strong>de</strong> 25% sobre o valor da<br />

conta telefônica, mas na realida<strong>de</strong> a tributação é<br />

<strong>de</strong> 33,33%, se calcularmos da forma correta, <strong>de</strong><br />

baixo para cima.<br />

Alexandre Jau: redução<br />

<strong>de</strong> impostos aumenta<br />

investimentos<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> - E o setor nunca se<br />

manifestou?<br />

Alexandre Jau - Já há algum tempo o setor <strong>de</strong><br />

call center vem fazendo incursões junto ao governo<br />

em relação à reforma tributária, através <strong>de</strong> suas<br />

associações, sindicatos patronais. Porém, a frustração<br />

é gran<strong>de</strong>. Investimos muito nessa discussão. O<br />

ICMS é muito importante nessa discussão porque,<br />

ao contrário da indústria, o setor prestador <strong>de</strong> serviços<br />

não tem como fazer o crédito do imposto ao<br />

longo da ca<strong>de</strong>ia. Isso quer dizer que o ICMS representa<br />

um pesado custo direto, sem contar PIS, Cofins,<br />

etc, que estão embutidos na conta das operadoras<br />

<strong>de</strong> telecom quando faturam contra a gente.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> - As empresas<br />

não tem nenhum benefício pelo tráfego que<br />

geram?<br />

Alexandre Jau - O problema é que uma empresa<br />

<strong>de</strong> call center é tributada da mesma forma que<br />

uma pessoa que possui uma linha resi<strong>de</strong>ncial. Se<br />

uma empresa <strong>de</strong> call center gasta R$ 2 milhões, o<br />

imposto que ela paga é o mesmo <strong>de</strong> uma linha<br />

resi<strong>de</strong>ncial que gasta R$ 100,00. Não vou entrar<br />

no mérito se a cobrança do imposto é justa ou não.<br />

A questão é que o custo unitário <strong>de</strong> uma ligação é<br />

muito alto em função dos impostos. É preciso enten<strong>de</strong>r<br />

que, hoje, com os avanços tecnológicos e o<br />

aperfeiçoamento e atualização das bases <strong>de</strong> da-<br />

dos, uma posição <strong>de</strong> atendimento faz muito mais<br />

ligações do que no passado, o tráfego é muito<br />

mais intenso. O custo <strong>de</strong> uma conta telefônica que<br />

uma PA (posição <strong>de</strong> atendimento) produz já superou<br />

o próprio custo <strong>de</strong>la em vendas. Na hora <strong>de</strong><br />

fazer as contas, o custo da PA para o cliente é<br />

menor do que o custo da ligação. Isso é uma<br />

distorção. Por exemplo, se uma PA <strong>de</strong> 12 horas,<br />

com dois operadores (<strong>de</strong> seis horas cada), custa,<br />

hipoteticamente, R$ 5 mil por mês para o cliente,<br />

a conta telefônica que ele produz é maior ou igual<br />

a R$ 5 mil. Para o cliente a PA estaria custando R$<br />

10 mil.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> - Quantas são ligações<br />

são feitas em média?<br />

Alexandre Jau - Uma operação <strong>de</strong> telemarketing<br />

ativo faz em média 140 ligações por dia. Um receptivo<br />

<strong>de</strong> intensida<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> chega a receber 180<br />

ligações por dia. Mesmo com os <strong>de</strong>scontos obtidos<br />

no preço das ligações <strong>de</strong>vido a gran<strong>de</strong> intensida<strong>de</strong>,<br />

o problema persiste porque o volume <strong>de</strong> ligações<br />

não é constante. A curva é crescente. Além<br />

disso a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> call center é uma tomadora e<br />

compradora <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra intensa e crescente,<br />

com um crescimento <strong>de</strong> 25 a 30% ao ano.<br />

Se o governo enxergasse isso, po<strong>de</strong>ríamos crescer<br />

mais porque os clientes economizariam e po<strong>de</strong>riam<br />

investir mais no serviço, gerando mais empregos,<br />

sem que o governo necessariamente per<strong>de</strong>sse<br />

a arrecadação. Vários jobs estão engavetados, serviços<br />

<strong>de</strong> vendas e atendimento ao consumidor que<br />

po<strong>de</strong>riam ser implementados, mas não são, <strong>de</strong>vido<br />

ao custo-benefício.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> - Existe alguma alternativa<br />

<strong>de</strong> solução, além <strong>de</strong> mexer na carga<br />

tributária?<br />

Alexandre Jau - Houve uma tentativa mal sucedida<br />

<strong>de</strong> contornar essa situação por meio do 0300.<br />

Só que o serviço ficou com a imagem tão queimada<br />

quanto à do 0900. A verda<strong>de</strong> é que o 0300 foi<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong> 7


8<br />

ENTREVISTA<br />

mal utilizado. As empresas migraram para o 0300<br />

porque o 0800 estava muito caro e às vezes fica<br />

inviável <strong>de</strong> se implementar. Foi um sintoma do<br />

peso dos impostos. Muitas empresas migraram do<br />

0800 para o 0300 para po<strong>de</strong>r sobreviver a um<br />

canal <strong>de</strong> comunicação com o consumidor. Essa discussão<br />

do 0300 acabou tomando um caminho errado<br />

e se per<strong>de</strong>u um produto que po<strong>de</strong>ria ser muito<br />

bom em função <strong>de</strong>ssa questão que foi mal<br />

conduzida e todos nós fomos culpados.<br />

A conta telefônica acabou sendo a vilã da história.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> - Quando as entida<strong>de</strong>s<br />

começaram a tratar da questão dos impostos?<br />

Alexandre Jau - As primeiras incursões das entida<strong>de</strong>s<br />

do setor para po<strong>de</strong>r influir na reforma tributária<br />

aconteceram em 1997, através da ABT -<br />

<strong>Associação</strong> <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> Telemarketing - e do<br />

Sintelmark - Sindicato Estadual das Empresas,<br />

com a formação <strong>de</strong> um comitê. Tivemos até uma<br />

conversa com o relator do projeto na época, <strong>de</strong>putado<br />

Mussa Demes, responsável pela reforma<br />

tributária no governo Fernando Henrique Cardoso.<br />

Ele se sensibilizou mas como a reforma tributária<br />

não foi priorizada acabou não acontecendo<br />

nada.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> - Existe algum levantamento<br />

sobre os tributos?<br />

Alexandre Jau - Um levantamento recente feito<br />

pela ABT com a E-Consulting mostra para o governo<br />

que a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> call center está classificada<br />

para efeito <strong>de</strong> tributação na mesma categoria <strong>de</strong><br />

diversões e entretenimento. Ou seja, um setor que<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong><br />

<strong>Direto</strong><br />

ALEXANDRE JAU<br />

gera 500 mil empregos caiu na classificação outros.<br />

Diante <strong>de</strong>sse quadro, verificamos que para<br />

reduzir custos, as empresas estão migrando para<br />

outros locais on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m encontrar mão-<strong>de</strong>-obra<br />

mais barata. Esse caminho é ruim porque <strong>de</strong>mitese<br />

num local e admite-se no outro. Sendo assim,<br />

São Paulo per<strong>de</strong>. Além disso, leva para outros Estados<br />

o tráfego telefônico e por conseqüência a<br />

receita <strong>de</strong> ICMS.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> - E isso está acontecendo<br />

hoje?<br />

Alexandre Jau - Essa busca ainda que não intensiva,<br />

já ocorre e <strong>de</strong>ve se intensificar, uma vez que<br />

reduzir custos é uma questão natural <strong>de</strong> sobrevivência.<br />

Segundo a pesquisa da E-Consulting, São<br />

Paulo e Rio <strong>de</strong> Janeiro concentram, hoje, a maior<br />

ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> empresas <strong>de</strong> call center. Cerca <strong>de</strong> 70%<br />

estão em São Paulo e 10 a 15% no Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />

O resto está pulverizado. São Paulo já teve 90%<br />

dos call centers.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> - Isso po<strong>de</strong> gerar uma<br />

guerra fiscal?<br />

Alexandre Jau - O governo <strong>de</strong> São Paulo se beneficia<br />

da receita <strong>de</strong> ICMS gerada aqui. Todo o ICMS<br />

gerado por trafego aqui ele recolhe. Não faz sentido<br />

uma guerra fiscal. É preciso uma compreensão<br />

maior sobre a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> call center em função<br />

<strong>de</strong> seu potencial <strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong> geração <strong>de</strong><br />

empregos. Cada PA gera no mínimo dois empregos<br />

diretos e, se contar os indiretos, po<strong>de</strong> chegar a<br />

5,5 novos postos <strong>de</strong> trabalho. Sem contar o efeito<br />

multiplicador que tem nas outros setores, tais como<br />

tecnologia, móveis, serviços públicos.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> - Como vocês chegaram<br />

à reivindicação <strong>de</strong> reduzir o ICMS?<br />

Alexandre Jau - Durante o MaxiDirect <strong>de</strong>sse ano,<br />

conversei informalmente com o Efraim Kapulski,<br />

presi<strong>de</strong>nte da <strong>ABEMD</strong> e o Vilnor Grube, editor da<br />

Cliente S.A e presi<strong>de</strong>nte da Grube. Dessa conversa<br />

abriu-se a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> levar adiante a proposição<br />

<strong>de</strong> reduzir num primeiro momento em 40% a<br />

base <strong>de</strong> cálculo do ICMS, o que reduziria a cobrança<br />

<strong>de</strong> 25% para 15% sobre o valor da conta. O<br />

<strong>de</strong>putado estadual João Caramez, abraçou a causa,<br />

pediu para o Sintelmark participar e levou nossa<br />

reivindicação ao governo do Estado através <strong>de</strong><br />

um pedido formal feito no Diário Oficial. Já tivemos<br />

encontros na Secretária da Fazenda e do<br />

Trabalho para apresentar nossa exposição <strong>de</strong> motivos<br />

em <strong>de</strong>fesa do pleito. Achamos que a nossa<br />

proposta é viável e exeqüível no âmbito do governo.<br />

Não se trata <strong>de</strong> guerra fiscal e nem há implicação<br />

política nessa reivindicação. Aguardamos agora<br />

um parecer mais técnico dos órgãos <strong>de</strong> governo,<br />

mas estamos otimistas com a perspectiva <strong>de</strong> chegarmos<br />

ao um acordo.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> - A quem beneficia<br />

essa redução?<br />

Alexandre Jau - As empresas <strong>de</strong> call center não<br />

ganharão nada diretamente porque a medida vai<br />

beneficiar os clientes que pagarão contas menores.<br />

Para as empresas <strong>de</strong> call center os maiores investimentos<br />

são em mão-<strong>de</strong>-obra e tecnologia. O custo<br />

das contas telefônicas é repassado integralmente<br />

para o cliente. O impacto maior virá em maiores<br />

investimentos que os clientes po<strong>de</strong>rão fazer em programas<br />

<strong>de</strong> relacionamento, vendas, atendimento.


“O problema é que uma empresa <strong>de</strong> call center é tributada da mesma<br />

forma que uma pessoa que possui uma linha resi<strong>de</strong>ncial. Se uma empresa<br />

<strong>de</strong> call center gasta R$ 2 milhões, o imposto que ela paga é o<br />

mesmo <strong>de</strong> uma linha resi<strong>de</strong>ncial que gasta R$ 100,00”<br />

Aí sim as empresas <strong>de</strong> call center serão beneficiadas<br />

pelo incremento da ativida<strong>de</strong>. Há espaço para<br />

crescer até 40% ao ano. Isso beneficiaria a todos.<br />

Reduzindo um pouco o ICMS, aliviaria a pressão<br />

<strong>de</strong> redução <strong>de</strong> custos, que hoje significa <strong>de</strong>sempregar<br />

aqui para dar emprego em outros Estados. O<br />

crescimento do mercado <strong>de</strong> call center impulsiona<br />

tudo o que compõe o mundo <strong>de</strong>sse mercado, aumenta<br />

a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> locais, <strong>de</strong> computadores,<br />

etc. O efeito multiplicador é na mesma proporção.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> - Quais são os números<br />

<strong>de</strong> hoje no setor <strong>de</strong> call center no Brasil?<br />

Alexandre Jau - Segundo o Anuário Brasileiro <strong>de</strong><br />

Call Center CRM da Editora Padrão, ABRAREC, ABT<br />

e E-Consulting Corp, em 2004 o total <strong>de</strong> PAs previsto<br />

é 218.400, sendo 78.200 terceirizadas e<br />

140.200 próprias.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> - Quais são as perspectivas<br />

do setor para o futuro?<br />

Alexandre Jau - In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da história do ICMS,<br />

que po<strong>de</strong> acontecer ou não, a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> call<br />

center continuará crescendo, em um ritmo mais<br />

acelerado ou não, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do que se consiga<br />

com a redução <strong>de</strong> custos, tarifas, etc. As empresas<br />

sentem cada vez necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se relacionar com<br />

o mercado consumidor e se percebe essa evolução<br />

no dia-a-dia. O call center hoje também está entrando<br />

como facilitador no segmento business-tobusiness<br />

e também na Internet. Na ativida<strong>de</strong><br />

outsourcing futura eu entendo que será inevitável<br />

uma nova onda <strong>de</strong> consolidação <strong>de</strong> empresas com<br />

fusões e aquisições, mas sempre existirão pequenas,<br />

médias e gran<strong>de</strong>s empresas <strong>de</strong> call center. No<br />

mundo inteiro é assim e aqui não será diferente. O<br />

processo <strong>de</strong> consolidação é inevitável porque <strong>de</strong>verá<br />

promover ganhos <strong>de</strong> escala. A primeira onda<br />

ocorreu entre 1999 e 2001. Naquela época o Brasil<br />

estava à venda. Os players internacionais compraram<br />

o que pu<strong>de</strong>ram.<br />

Desta vez será diferente, pois talvez essa onda será<br />

mais racional e não tão exuberante como foi no<br />

passado. Agora acontecerá um momento <strong>de</strong> fusões<br />

e aquisições como uma nova onda que eu chamaria<br />

<strong>de</strong> racionalização e será inevitável. Não dá<br />

para imaginar a sobrevivência <strong>de</strong> dinossauros. Hoje<br />

o mercado exige por parte dos empresários uma<br />

profissionalização mais intensa para aten<strong>de</strong>r as<br />

necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> custos, ganhos <strong>de</strong> escala<br />

e administração mais profissionalizada.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> - E a questão da regulamentação<br />

do setor?<br />

Alexandre Jau - Nós brigamos por uma autoregulamentação,<br />

ao invés <strong>de</strong> termos leis sobre o<br />

que <strong>de</strong>vemos ou não fazer. A auto-regulamentação<br />

é melhor do que uma regulamentação feita<br />

através <strong>de</strong> leis. As associações cumprem um papel<br />

importante neste sentido, sempre houve no mercado<br />

uma preocupação muito forte a esse respeito,<br />

especialmente em relação ao cumprimento e criação<br />

<strong>de</strong> Códigos <strong>de</strong> Ética. Há mais <strong>de</strong> uma década<br />

o setor vem mostrando profissionalismo e maturida<strong>de</strong><br />

nessas discussões. Não <strong>de</strong>vemos nada a ninguém<br />

no ponto <strong>de</strong> vista operacional, quanto a<br />

tecnologia e qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra. O Brasil<br />

hoje é candidato a absorver call center <strong>de</strong> outros<br />

países, o que chamamos <strong>de</strong> operações off shore.<br />

Estamos preparados para isso, apesar <strong>de</strong> que em-<br />

presarialmente ainda falta mais preparação. É<br />

preciso organizar e juntar o setor para ir a mercados<br />

fora do Brasil. As iniciativas já feitas ainda são<br />

tímidas.<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> - E quanto ao “Do<br />

not call” dos Estados Unidos?<br />

Alexandre Jau - A situação dos Estados Unidos<br />

não é a mesma do Brasil. É um erro fazer comparações.<br />

O mercado americano nunca teve preocupação<br />

com o consumidor, em relação a como ligar,<br />

quando ligar, scripts, ética, regulamentos. Nunca<br />

tiveram regras e nem auto-regulamentação. Era<br />

uma festa. Essa fama trouxe como conseqüência<br />

uma rejeição por parte do consumidor pelo abuso<br />

da inconveniência.<br />

A questão no Brasil é que a mídia <strong>de</strong>sconhece as<br />

práticas que executamos. Estamos longe da bagunça<br />

que são os Estados Unidos. O Brasil é organizado<br />

e tem ética e não po<strong>de</strong> ser associado com o<br />

que ocorre nos Estados Unidos. Claro que há erros,<br />

pois não dá para se controlar todas as ativida<strong>de</strong>s<br />

que acontecem no país, quer seja <strong>de</strong> call center,<br />

quer seja <strong>de</strong> outra ativida<strong>de</strong> econômica, mas não<br />

igual aos Estados Unidos. E nós estamos nos policiando.<br />

Hoje há quase cem projetos restritivos à<br />

ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> no Congresso. Corremos<br />

o risco <strong>de</strong> cerceamento da ativida<strong>de</strong> por<br />

<strong>de</strong>sinformação. Nesse sentido a <strong>ABEMD</strong> está cumprindo<br />

o papel <strong>de</strong> informar os políticos sobre as<br />

boas práticas do setor. Esse é um serviço relevante<br />

para a comunida<strong>de</strong>. Po<strong>de</strong> não aparecer muito, mas<br />

é muito importante e hoje o <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> estaria<br />

morto se no passado não tivéssemos tomado<br />

essa iniciativa.<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong> 9


ANÚNCIO<br />

Prêmio<br />

Abemd<br />

Sun MRM


ANÚNCIO<br />

Prêmio<br />

Abemd<br />

Sun MRM


12<br />

12<br />

Profissionais <strong>de</strong> empresas e agências reuniram-se na <strong>ABEMD</strong> para<br />

conhecer <strong>de</strong> perto as 55 campanhas <strong>de</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> premiadas no<br />

Festival <strong>de</strong> Cannes <strong>de</strong> 2004 – duas <strong>de</strong>las são brasileiras<br />

Exposição com os<br />

vencedores do Lions<br />

Direct 2004 realizada<br />

em outubro<br />

Como vem fazendo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2002, a <strong>ABEMD</strong> anualmente abre suas portas<br />

em São Paulo para mostrar as campanhas premiadas na categoria <strong>Marketing</strong><br />

<strong>Direto</strong> do Festival <strong>de</strong> Cannes. Este ano não foi diferente. O seminário Lions<br />

Direct Cannes 2004 no Brasil reuniu, entre os dias 5 e 7 <strong>de</strong> outubro, profissionais<br />

<strong>de</strong> empresas e agências, interessados em conhecer <strong>de</strong> perto os trabalhos<br />

consagrados no mais tradicional evento da propaganda e do marketing mundial.<br />

Uma exposição paralela ao seminário foi aberta ao público, exibindo as<br />

peças dos cases premiados.<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong><br />

<strong>Direto</strong><br />

CANNES<br />

EM SÃO PAULO<br />

Destaque para os vencedorese brasileiros: à esquerda o case “Lendas” da<br />

Tequila/BR e à direita “Achados e Perdidos” da agência Salem<br />

“O Canners Direct representa a inclusão irreversível do <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong><br />

no mix da comunicação. Ao trazer os melhores cases ao vivo para os nossos<br />

associados, a <strong>ABEMD</strong> está cumprindo seu papel <strong>de</strong> formar, informar e disseminar<br />

o que há <strong>de</strong> melhor no mundo em termos <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> criação, para fazer<br />

o mercado crescer”, diz Efraim Kapulski, presi<strong>de</strong>nte da <strong>ABEMD</strong>.<br />

Além das palestras sobre as 55 campanhas premiadas, apresentadas<br />

por renomados profissionais do <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> brasileiro (ver quadro com<br />

lista completa dos apresentadores), o seminário Lions Direct também apresentou<br />

painéis específicos sobre planejamento estratégico, criativida<strong>de</strong> e dicas<br />

sobre como se inscrever em Cannes.<br />

Des<strong>de</strong> que o Lions Direct, categoria <strong>de</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong>, foi introduzida<br />

no Festival <strong>de</strong> Cannes, em 2002, as agências brasileiras vêm se <strong>de</strong>stacando<br />

com uma produção premiada. Mais <strong>de</strong> 10% dos cases inscritos pelo Brasil<br />

nesses três anos figuraram no short-list do festival e no mínimo a meta<strong>de</strong> dos<br />

pré-qualificados ganhou um troféu. Em 2004 a cena se repetiu. A coleção<br />

brasileira <strong>de</strong> prêmios foi ampliada pela Salem, que ganhou ouro pelo case<br />

“Achados e Perdidos”, e pela Tequila/BR que recebeu bronze pela campanha<br />

“Lendas”, <strong>de</strong>senvolvida para a vodka Absolut.<br />

O duro caminho para ser finalista<br />

Embora seja uma celebração ao trabalho criativo, o Festival <strong>de</strong> Cannes<br />

exige <strong>de</strong> seus competidores uma preparação digna <strong>de</strong> uma prova <strong>de</strong> resistência,<br />

on<strong>de</strong> só a inspiração não é suficiente para vencer. Os cuidados começam<br />

já na inscrição, envolvendo os mínimos <strong>de</strong>talhes, como revelaram no último<br />

painel do seminário José Luis Mendieta, vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> criação da Tequila/<br />

BR, Sidney Ribeiro, vice-presi<strong>de</strong>nte e diretor <strong>de</strong> criação da Fábrica Comunicação<br />

Dirigida, Mário Jorge, diretor <strong>de</strong> criação da Rapp Collins, todos jurados da<br />

primeira etapa <strong>de</strong> seleção, e Alice Leite, diretora <strong>de</strong> criação da Sun MRM, que<br />

foi a representante brasileira no júri do Lions Direct. “A boa apresentação é


Cases <strong>de</strong> <strong>Marketing</strong><br />

<strong>Direto</strong> que ganharam<br />

leões em Cannes em<br />

exibição na <strong>ABEMD</strong><br />

fundamental”, diz Mário Jorge. O material<br />

precisa ser bem feito porque, na<br />

primeira etapa <strong>de</strong> seleção, os jurados<br />

em seus países <strong>de</strong> origem não recebem<br />

filmes, ou peças <strong>de</strong> Internet. Cada jurado<br />

recebe um CD-ROM com 250 cases<br />

para analisar. Já em Cannes o júri é<br />

composto por 20 pessoas, divididas em grupos <strong>de</strong> cinco. Este ano, segundo<br />

Alice Leite, houve mais <strong>de</strong> 1.200 inscrições no total. Destas, 550 chegaram a<br />

Cannes para a seleção final.<br />

“O texto <strong>de</strong> apresentação <strong>de</strong>ve ser conciso, claro e passar bem a idéia do<br />

case”, explica Mário Jorge. Além disso, é indispensável ter uma boa tradução.<br />

“Eu recomendo cuidar pessoalmente da inscrição e não <strong>de</strong>ixar essa tarefa para<br />

outra pessoa”, diz Sidney Ribeiro. Outras dicas: não colocar anexos e não<br />

exagerar nos adjetivos para <strong>de</strong>screver a campanha. E, por último, mas não<br />

menos importante: escolher bem a categoria – ou mais <strong>de</strong> uma – ao fazer a<br />

inscrição.<br />

Para Alice Leite, terá mais chances <strong>de</strong> ser vencedor o case que, em torno<br />

<strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> idéia, conseguir ser ousado, diferenciado, inovador e internacional<br />

(veja quadro “Como causar impacto em Cannes” com os pontos que<br />

mais influenciam o voto do jurados). “Pelo que se viu em Cannes, campanhas<br />

integradas são a principal tendência do <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong>”, diz. Uma outra<br />

peculiarida<strong>de</strong> do mercado europeu é a rejeição por peças caras e tridimensionais.<br />

Em outras palavras: seja simples, se quiser ser um vencedor em<br />

Cannes.<br />

Apresentadores do Lions Direct Cannes 2004 no Brasil<br />

Alice Leite <strong>Direto</strong>ra <strong>de</strong> Criação da Sun MRM<br />

André Pasquali Vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Criação da Rapp Collins<br />

Eduardo Baffa <strong>Direto</strong>r <strong>de</strong> Criação da Wun<strong>de</strong>rman<br />

Eduardo Souza Aranha Presi<strong>de</strong>nte da Souza Aranha <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong><br />

Guto Cappio Sócio <strong>Direto</strong>r <strong>de</strong> Criação da Sunset<br />

José Luiz Mendieta Vice-Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Criação da Tequila/BR<br />

Débora Tenca Supervisora <strong>de</strong> Criação da Tequila/BR<br />

Marcio Salem Presi<strong>de</strong>nte e <strong>Direto</strong>r <strong>de</strong> Criação da Salem<br />

Mario Jorge <strong>Direto</strong>r <strong>de</strong> Criação da Rapp Collins<br />

Marisa Furtado Vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Criação da Fábrica Comunicação Dirigida<br />

Nando Franchim Redator da OgilvyOne<br />

Otavio Dias Vice-presi<strong>de</strong>nte da GreyZest Direct<br />

Sidney Ribeiro Vice-presi<strong>de</strong>nte e <strong>Direto</strong>r <strong>de</strong> Criação da Fábrica Comunicação Dirigida<br />

COMO CAUSAR<br />

IMPACTO EM CANNES<br />

Veja as principais lições <strong>de</strong>ixadas<br />

pelos vencedores<br />

Fazer algo novo ou inédito na categoria<br />

Para lançar o Humira, novo produto para artrite, num encontro nacional<br />

<strong>de</strong> médicos, o laboratório Abbott não po<strong>de</strong>ria, por lei, mencionar no<br />

convite o produto ou a circunstância do evento. A solução: a agência<br />

norueguesa DDB Relasjon enviou na mala direta um raio X real <strong>de</strong> uma<br />

mão reumática - um material que os médicos nunca jogariam fora antes<br />

<strong>de</strong> saber o que é.<br />

Ser ainda mais pertinente em algo que já foi feito<br />

Para posicionar o Fórum Global <strong>de</strong> Marcas como o mais influente do<br />

mundo, a OgilvyOne <strong>de</strong> Cingapura enviou aos participantes um envelope<br />

<strong>de</strong> 90 cm, contendo uma carta <strong>de</strong> 1,20m <strong>de</strong> altura. O impacto do “encontro<br />

<strong>de</strong> gigantes” foi fulminante e o evento um sucesso com 650 participantes<br />

<strong>de</strong> 12 países.<br />

Dramatizar o benefício com uma idéia criativa<br />

Para mostrar que o novo Vectra possuía um espaço maior <strong>de</strong> bagagem<br />

do que seus concorrentes, a TBWA/GGT da Inglaterra criou uma mala<br />

direta com uma extensa lista <strong>de</strong> compras, on<strong>de</strong> estava assinalado exatamente<br />

quanto a mais o novo carro po<strong>de</strong>ria carregar no porta-malas.<br />

Explorar novos recursos tecnológicos<br />

Para divulgar o novo alimento canino da Masterfoods, em Portugal,<br />

a Proximity Worldwi<strong>de</strong> enviou um SMS para todos os proprietários <strong>de</strong> cães<br />

que tinham celular, assinado com o nome do animal e pedindo que<br />

comprasse o Pedigree Crunchy para o jantar.<br />

Criar campanhas integradas<br />

Para lançar o cartão <strong>de</strong> crédito Virgin Money sem ter nenhuma base<br />

<strong>de</strong> clientes a agência iLeo, da Austrália, integrou em sua estratégia anúncios<br />

em TV, mídia impressa, relações públicas e <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong>. A campanha<br />

Cirurgia Plástica conseguiu 300 mil clientes.<br />

Explorar mídias alternativas<br />

Para se comunicar com um grupo específico <strong>de</strong> consumidores - os<br />

ciclistas <strong>de</strong> inverno - a agência Akestam.Holst criou para loja sueca<br />

Playground uma mensagem bem humorada, impressa em um a<strong>de</strong>sivo<br />

colado em selins <strong>de</strong> bicicletas durante o inverno. Quando limpassem a<br />

neve, os ciclistas se surpreen<strong>de</strong>ram com a chamada: Hello, Hard-ass!<br />

13<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong> 13


OUSADIA É A<br />

REGRA EM CANNES<br />

Com humor e criativida<strong>de</strong>, algumas das<br />

campanhas premiadas <strong>de</strong>rrubam mitos<br />

consagrados do <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> para<br />

conquistar os clientes<br />

Tal como em qualquer outra ativida<strong>de</strong>, o<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> também está sujeito a certas regras<br />

para funcionar com eficácia. O mais pru<strong>de</strong>nte<br />

é segui-las. Porém, o que viu em Cannes, é que<br />

muitas vezes o risco <strong>de</strong> não seguir as regras<br />

estabelecidas vale pela recompensa, como mostrou<br />

Nando Franchim, redator da OgilvyOne, na<br />

apresentação que fez durante o seminário Lions<br />

Direct Cannes 2004 no Brasil. “Para conquistar o<br />

sucesso é preciso vencer os mitos”, afirma. Os seis<br />

exemplos <strong>de</strong> cases da agência aqui publicados<br />

<strong>de</strong>monstram, segundo Franchim, que “o <strong>Marketing</strong><br />

<strong>Direto</strong>, assim como qualquer outro mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> comunicação<br />

persuasiva mo<strong>de</strong>rna, <strong>de</strong>ve entreter o<br />

cliente, seduzindo com humor (o bom humor, não<br />

aquele engraçadinho), beleza, inteligência e<br />

criativida<strong>de</strong>”.<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> não <strong>de</strong>ve ser<br />

bem-humorado<br />

As velhas regras do <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>de</strong>terminam<br />

que <strong>de</strong>vemos manter o foco apenas na<br />

oferta, falando <strong>de</strong> benefícios o tempo inteiro e<br />

que o humor <strong>de</strong>sviaria o foco <strong>de</strong> atenção.<br />

A campanha para o Fórum Global <strong>de</strong> Marcas<br />

em Cingapura dá um show <strong>de</strong> bom humor. Para<br />

ressaltar que aquele era um encontro <strong>de</strong> gigantes,<br />

14<br />

14<br />

14<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong><br />

<strong>Direto</strong><br />

<strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong><br />

a agência criou uma carta com 1,20 m <strong>de</strong> altura.<br />

Ganhou prata.<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>de</strong>ve sempre ter a<br />

imagem do produto<br />

Em complementação ao foco no produto,<br />

um item é <strong>de</strong> extrema importância: sempre mostrar<br />

em primeiro plano a imagem do produto<br />

que é vendido.<br />

Campanha da cerveja Guiness, na Malásia.<br />

O pacote <strong>de</strong> aniversário do cliente foi enviado sem<br />

a garrafa. O cartão avisa que o entregador a roubou.<br />

Para compensar o <strong>de</strong>sapontamento, um cupom<br />

anexo valendo meia dúzia <strong>de</strong> cervejas grátis.<br />

Ganhou ouro.<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> para tecnologia<br />

<strong>de</strong>ve ser técnico<br />

No que trata <strong>de</strong> peças para tecnologia, a<br />

regra é que <strong>de</strong>vemos oferecer a maior quantida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> informações técnicas possíveis, <strong>de</strong>talhando<br />

o produto e as soluções.<br />

A SAP da Alemanha queria ven<strong>de</strong>r software<br />

<strong>de</strong> CRM para a indústria automobilística. A solução<br />

encontrada pela agência foi enviar uma placa<br />

<strong>de</strong> licença personalizada, com um convite para<br />

um simpósio do setor.<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>de</strong>ve se apoiar na<br />

oferta<br />

A oferta <strong>de</strong>ve ser sempre o foco das atenções.<br />

Qualquer outra abordagem <strong>de</strong>svia do objetivo<br />

da peça e inibe uma <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> compra.<br />

Uma pepita bruta <strong>de</strong> âmbar foi enviada para<br />

200 formadores <strong>de</strong> opinião <strong>de</strong> Frankfurt, na Alemanha,<br />

para divulgar a área <strong>de</strong> Business Consulting<br />

Services da IBM. Em seguida os <strong>de</strong>stinatários<br />

recebiam outra peça lapidada, simbolizando o que<br />

a IBM po<strong>de</strong>ria fazer pelas empresas. A mala direta<br />

incluía o convite para o evento <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstração<br />

dos serviços. Ganhou bronze.<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>stacar o<br />

call-to-action<br />

O call-to-action é uma parte <strong>de</strong>cisiva e importante<br />

da peça, que <strong>de</strong>ve estar em gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>staque,<br />

seja em cor ou tamanho.<br />

O objetivo da campanha encomendada pela<br />

American Express na Inglaterra era incentivar as<br />

pessoas a trocarem a fatura em papel por extratos<br />

online. Uma mini mala direta, enfatizando a economia<br />

<strong>de</strong> papel, foi enviada a 7.500 usuários em<br />

nove localida<strong>de</strong>s. Ganhou bronze<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>de</strong>ve ser postado<br />

As antigas regras dizem que o veículo natural<br />

para o <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> é o correio, e que as<br />

outras mídias <strong>de</strong>sviam atenção e per<strong>de</strong>m retorno.<br />

Anúncios em TV e jornais, filmes na web,<br />

eventos e ações <strong>de</strong> relações públicas apoiaram a<br />

campanha “As aventuras <strong>de</strong> Seinfeld e Super-Homem”,<br />

da American Express, nos Estados Unidos.<br />

O objetivo era atrair novos clientes, mostrando através<br />

dos personagens os benefícios do cartão.


Cases Cases Premiados Premiados no no Lions Lions Direct Direct Cannes Cannes 2004<br />

2004<br />

Veja a relação completa dos cases premiados na categoria <strong>de</strong><br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> do Festival <strong>de</strong> Cannes:<br />

Categoria Nome do case Cliente Agência País Troféu<br />

BENS DE CONSUMO FANTA MESSAGE IN A BOTTLE COCA-COLA 12SNAP ALEMANHA BRONZE<br />

MISSING BOTTLE GUINNESS ANCHOR MARKETING OGILVYONE WORLDWIDE MALÁSIA OURO<br />

LEGENDS ABSOLUT VODKA TEQUILA\BRASIL BRASIL BRONZE<br />

CARROS TYRE DUNLOP CLEMENGER BBDO DIRECT NOVA ZELÂNDIA BRONZE<br />

SOUL MATES VOLKSWAGEN AUDI CP COMUNICACION PROXIMITY ESPANHA BRONZE<br />

VW SPELLS SAFETY VOLKSWAGEN PROXIMITY REINO UNIDO BRONZE<br />

VW LOOKING UP VOLKSWAGEN PROXIMITY REINO UNIDO BRONZE<br />

VECTRA ESTATE LAUNCH VAUXHALL MOTORS TBWA\GGT REINO UNIDO PRATA<br />

MERIVA LAUNCH CAMPAIGN VAUXHALL MOTORS TBWA\GGT REINO UNIDO BRONZE<br />

STICKY SOON TYRE & BATTERY DY&R WUNDERMAN SINGAPURA PRATA<br />

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO THE BETTER YOU KNOW YOUR CUSTOMER SAP DEUTSCHLAND OGILVYONE WORLDWIDE ALEMANHA PRATA<br />

AMBER BECOMES A CUFF LINK IBM BUSINESS CONSULTING SERVICES OGILVYONE WORLDWIDE ALEMANHA BRONZE<br />

HYPE HEWLETT PACKARD PUBLICIS DIALOG GROUP REINO UNIDO OURO<br />

OUTROS PRODUTOS DE CONSUMO ADIDAS F50 - FINAL ROUND ADIDAS TEQUILA FRANÇA BRONZE<br />

PRODUTOS E SERVIÇOS FINANCEIROS RABOBANK INTERNET RABOBANK RAPP COLLINS HOLANDA PRATA<br />

ADVENTURES OF SEINFELD AND SUPERMAN AMERICAN EXPRESS OGILVY & MATHER ESTADOS UNIDOS OURO<br />

PLASTIC SURGERY VIRGIN MONEY iLEO AUSTRÁLIA OURO<br />

SERVIÇOS PÚBLICOS COMERCIAIS KEY CAMPAIGN STUDENT APARTMENTS OF OSLO SAATCHI & SAATCHI NORUEGA PRATA<br />

PERSONAL POSTEN/NORWEGIAN ROYAL MAIL DINAMO REKLAMEBYRA NORUEGA PRATA<br />

WARREN VIRGIN MOBILE HOST AUSTRÁLIA GRAND PRIX<br />

OUTROS SERVIÇOS MUSICAL BOTTLE BREWERKZ SAATCHI & SAATCHI SINGAPURA BRONZE<br />

STATUS MATCH STAR ALLIANCE HARRISON TROUGHTON WUNDERMAN REINO UNIDO PRATA<br />

MASKED BALL FOLKOPERAN LOWE BRINDFORS SUÉCIA OURO<br />

PUBLICAÇÕES & MÍDIA CLEARER SHARPER DRUCK- U. VERLAGSHAUS FRANKFURT AM MAIN KOLLE REBBE WERBEAGENTUR ALEMANHA PRATA<br />

LOST & FOUND VIA GLOBAL SALEM BRASIL OURO<br />

PRODUTOS B2B TIME MACHINE IBM WUNDERMAN ESTADOS UNIDOS BRONZE<br />

SERVIÇOS B2B GERBILS INTEROUTE BITE REINO UNIDO BRONZE<br />

LOOKING FOR CREATIVES HEIMAT ADVERTISING HEIMAT WERBEAGENTUR ALEMANHA BRONZE<br />

GIANT GLOBAL BRAND FORUM OGILVYONE WORLDWIDE SINGAPURA PRATA<br />

UNILEVER SCULPTURES MAISMERCADO MAISMERCADO PORTUGAL OURO<br />

SERVIÇOS DE VAREJO PERFECT PARTNER HABITAT EHSBRANN REINO UNIDO BRONZE<br />

ORGANIZAÇÕES SEM FINS LUCRATIVOS USED JAZZ MUSICIANS EMERGENCY FUND DIGITAS ESTADOS UNIDOS BRONZE<br />

IRAQ´S CULTURAL TREASURES DEUTSCHE UNESCO-KOMMISSION HEYE & PARTNER ALEMANHA BRONZE<br />

FATTY CIGARETTES BRITISH HEART FOUNDATION EURO RSCG WORLDWIDE REINO UNIDO OURO<br />

ASKING FOR A JOB FUNDACIÓ ÈXIT DEC PROXIMITY ESPANHA BRONZE<br />

SOMEONE TO TURN TO NSPCC SAATCHI & SAATCHI REINO UNIDO OURO<br />

SCENT STRIP ST MUNGO’S SAATCHI & SAATCHI REINO UNIDO BRONZE<br />

MALA DIRETA BMW S7 TEST DRIVE BMW TEQUILA FRANÇA BRONZE<br />

SAVE TREES AMERICAN EXPRESS OGILVYONE WORLDWIDE REINO UNIDO BRONZE<br />

VECTRA ESTATE LAUNCH VAUXHALL MOTORS TBWA\GGT REINO UNIDO PRATA<br />

MALA DIRETA TRIDIMENSIONAL INVISIBLE IT MAN IBM HARRISON TROUGHTON WUNDERMAN REINO UNIDO OURO<br />

VW SPELL SAFETY VOLKSWAGEN PROXIMITY REINO UNIDO BRONZE<br />

HERO BREATH ONITSUKA TIGER - ASICS STRAWBERRYFROG HOLANDA PRATA<br />

IMPRESSOS DE RESPOSTA DIRETA WRESTLER CHRISTIAN AID EURO RSCG WORLDWIDE REINO UNIDO PRATA<br />

SCENT STRIP ST MUNGO’S SAATCHI & SAATCHI REINO UNIDO BRONZE<br />

DRTV NO CLAIM DISCOUNT NRMA M&C SAATCHI AUSTRÁLIA PRATA<br />

DINER TV DIRECT ENERGY RAPP COLLINS WORLDWIDE ESTADOS UNIDOS BRONZE<br />

MÍDIA ALTERNATIVA USED JAZZ MUSICIANS EMERGENCY FUND DIGITAS ESTADOS UNIDOS OURO<br />

SMALL DICK NZ GIRL DDB NOVA ZELÂNDIA BRONZE<br />

BIKE SADDLE PLAYGROUND OUTDOOR EQUIPMENT STORE AKESTAM.HOLST SUÉCIA PRATA<br />

NOW WASH YOUR HANDS NATIONAL PHOBICS SOCIETY HARRISON TROUGHTON WUNDERMAN REINO UNIDO PRATA<br />

“MARKETING DE CAMPO” KIDNAPPED STREET CHILDREN UNICEF Y&R DINAMARCA OURO<br />

TARANTINO POLANSKI LYNCH FILMGALERIE 451 SCHOLZ & FRIENDS ALEMANHA PRATA<br />

SOLUÇÕES INTEGRADAS HYPE HEWLETT PACKARD PUBLICIS DIALOG GROUP REINO UNIDO OURO<br />

FATTY CIGARETTES BRITISH HEART FOUNDATION EURO RSCG WORLDWIDE REINO UNIDO BRONZE<br />

EGG - WHAT’S IN IT FOR ME? EGG LOWE PLUS REINO UNIDO OURO<br />

PLASTIC SURGERY VIRGIN MONEY iLEO AUSTRÁLIA OURO<br />

LANÇAMENTO DE PRODUTO HOPE ABBOTT NORGE DDB RELASJON NORUEGA PRATA<br />

PLASTIC SURGERY VIRGIN MONEY iLEO AUSTRÁLIA OURO<br />

OBSESSION LOTUS CARS 20:20 LONDON REINO UNIDO OURO<br />

PLEASE BRING ME CRUNCHY BITES MASTERFOODS PROXIMITY WORLDWIDE - PROXIMITY PORTUGAL BRONZE<br />

CONSTRUÇÃO DE MARCA E DE RELACIONAMENTO FANTA MESSAGE IN A BOTTLE COCA-COLA 12SNAP ALEMANHA PRATA<br />

NAKED TRUTH PROCTER & GAMBLE LEO BURNETT ESTADOS UNIDOS OURO<br />

PROGRAMAS DE FIDELIDADE GUINNESS LOYALTY DIAGEO TULLO MARSHALL WARREN REINO UNIDO OURO<br />

15<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong> 15


ANÚNCIO<br />

Unicef


ANÚNCIO<br />

Unicef


18<br />

18<br />

OS CASES PREMIADOS<br />

Aqui estão as campanhas que conquistaram o Leão <strong>de</strong> Ouro<br />

no Lions Direct <strong>de</strong> Cannes, incluindo o Grand Prix que foi para<br />

a Austrália. O Brasil ficou com dois troféus – um <strong>de</strong> ouro para<br />

a Salem e um <strong>de</strong> bronze para a Tequila.<br />

UM AMOR DE TORPEDO<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong><br />

<strong>Direto</strong><br />

O <strong>de</strong>safio <strong>de</strong>sta campanha era promover <strong>de</strong><br />

uma maneira única e diferenciada o serviço <strong>de</strong><br />

short message (SMS) da Virgin Mobile, anunciando<br />

a oferta <strong>de</strong> cinco cents por mensagem (five cent<br />

text) entre celulares da operadora.<br />

Warren, um jovem solteiro e procurando por<br />

um amor, foi usado como personagem central em<br />

anúncios criados para todas as mídias, <strong>de</strong> forma<br />

integrada. Sua personalida<strong>de</strong> amável criou uma<br />

resposta <strong>de</strong> público enorme, o que o transformou<br />

em celebrida<strong>de</strong> local.<br />

Em <strong>de</strong>z semanas, o ‘0403 WARREN’ recebeu<br />

600 mil respostas <strong>de</strong> SMS, mais <strong>de</strong> 3 milhões <strong>de</strong><br />

hits e 150 mil visitantes no www.hotwarren.com.au.<br />

As vendas <strong>de</strong> celulares aumentaram 35% mês-amês<br />

para o público-alvo (entre 16 e 24 anos). O<br />

público-alvo enviou 20% mais mensagens <strong>de</strong> SMS<br />

com 15% a mais <strong>de</strong> freqüência <strong>de</strong> chamada. A<br />

lealda<strong>de</strong> à marca aumentou e a campanha obteve<br />

retorno imediato do investimento somente com<br />

o aumento da utilização do serviço <strong>de</strong> SMS pela<br />

base <strong>de</strong> usuários já existente. O investimento <strong>de</strong><br />

$2.2 milhões em mídia alcançou um retorno <strong>de</strong><br />

$12 milhões.<br />

Warren<br />

Agência: Host<br />

Cliente: Virgin Mobile<br />

País: Austrália<br />

Categoria: Serviços Públicos Comerciais<br />

Prêmio: Grand Prix<br />

Ficha Técnica


ACHADOS E PERDIDOS<br />

LUZ E MISTÉRIO<br />

A vodka ABSOLUT <strong>de</strong>senvolveu um projeto<br />

internacional com Jean-Paul Gaultier para criar<br />

uma roupa inspirada especialmente nas lendas<br />

suecas.<br />

Após todo o processo criativo e sessão surpre-<br />

Via Global é um guia <strong>de</strong> entretenimento que<br />

publica informações sobre os estabelecimentos extraídas<br />

<strong>de</strong> comentários feitos por usuários do site. O<br />

objetivo da Via Global era tornar-se mais conhecida<br />

e transformar os guias em uma opção para um<br />

presente corporativo, especialmente diferenciado,<br />

que oferecesse alto valor agregado.<br />

A ação foi projetada para mostrar ao público-alvo<br />

– no caso as empresas – como o guia era<br />

importante e muito utilizado pelas pessoas. Simulou-se<br />

uma correspondência do <strong>de</strong>partamento<br />

<strong>de</strong> achados e perdidos procurando o dono do<br />

guia extraviado. Pelo aparência <strong>de</strong>sgastada do<br />

guia, todo rabiscado e cheio <strong>de</strong> anotações, ficava<br />

claro que era algo muito importante e usado<br />

exaustivamente pelo público-alvo. A peça<br />

en<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> fotografia com Jean Baptiste Mondino,<br />

a coleção do Gaultier viajou pelo mundo, mostrando<br />

as lendas <strong>de</strong> ABSOLUT. No Brasil, o tema serviu<br />

para uma exclusiva e assombrosa festa. O <strong>de</strong>safio<br />

para a agência seria trazer o maior número possível<br />

<strong>de</strong> VIPs , superando o comparecimento em festas<br />

prece<strong>de</strong>ntes.<br />

A idéia foi criar um convite que antecipasse o<br />

sentimento sugerido pelo evento, ressaltando todo<br />

o mistério, luz e sombras das lendas suecas. O<br />

convite foi composto <strong>de</strong> um suporte <strong>de</strong> vela feito <strong>de</strong><br />

ferro na forma do frasco <strong>de</strong> ABSOLUT envolvido<br />

num pedaço <strong>de</strong> couro com vela, fósforos e um cartão<br />

preto que mostrava o conteúdo do convite quando<br />

aquecido. Era uma maneira diferente <strong>de</strong> envolver<br />

os VIPs, aquecendo sua curiosida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong><br />

participar.<br />

O resultado foi surpreen<strong>de</strong>nte: 77% dos con-<br />

enfatizava também a forma pela qual as pessoas<br />

interagem com o guia no planejamento <strong>de</strong><br />

suas opções <strong>de</strong> entretenimento. A campanha foi<br />

um sucesso, registrando uma taxa <strong>de</strong> resposta <strong>de</strong><br />

35%. Um total <strong>de</strong> 314 malas direta personalizadas<br />

foram enviadas aos principais executivos<br />

responsáveis pela <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> compra dos brin<strong>de</strong>s.<br />

A ação gerou 111 ligações.<br />

Ficha Técnica<br />

Lost & Found – Achados & Perdidos<br />

Agência: Salem<br />

Cliente: Via Global<br />

País: Brasil<br />

Categoria: Publicações & Mídia<br />

Prêmio: Ouro<br />

vidados anteciparam a confirmação para o evento<br />

e 38% do RSVP foi confirmado <strong>de</strong>ntro das primeiras<br />

48 horas após a entrega do convite. Um resultado<br />

excelente comparada à média <strong>de</strong> 34% registrada<br />

em outras festas VIPs <strong>de</strong> ABSOLUT e em relação<br />

à média do mercado brasileiro (25%). Outro<br />

resultado importantes po<strong>de</strong> ser comprovado durante<br />

a festa: os VIPs convidados não repassaram o<br />

convite a outros amigos como fazem geralmente e<br />

89% <strong>de</strong>les compareceram à festa.<br />

Legends - Lendas<br />

Agência: TEQUILA\BRASIL<br />

Cliente: Vodka Absolut<br />

País: Brasil<br />

Categoria: Bens <strong>de</strong> Consumo<br />

Prêmio: Bronze<br />

Ficha Técnica<br />

19<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong> 19


VOZ DA CONSCIÊNCIA<br />

Há quatro anos, o cartão <strong>de</strong> crédito EGG foi o<br />

primeiro no Reino Unido a oferecer a seus clientes<br />

0% <strong>de</strong> APR (Annual Percentage Rate). Trata-se <strong>de</strong><br />

um indicador para avaliar diferentes opções <strong>de</strong><br />

empréstimo. Quanto menor a APR, mais vantajosas<br />

são as condições oferecidas. Essa estratégia já<br />

é seguida por mais <strong>de</strong> 40 cartões <strong>de</strong> crédito. O<br />

A British Heart Foundation (BHF) foi criada<br />

em 1961 para lutar contra doenças circulatórias e<br />

do coração – as duas principais causas <strong>de</strong> morte<br />

no Reino Unido. Segundo a entida<strong>de</strong>, os fumantes<br />

têm duas vezes mais probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ter um<br />

ataque <strong>de</strong> coração do que os não fumantes. Por<br />

isso <strong>de</strong>cidiu fazer uma campanha tendo como pú-<br />

20<br />

20<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong><br />

<strong>Direto</strong><br />

<strong>de</strong>safio do cartão EGG era repetir o impacto alcançado<br />

no passado e recuperar sua participação num<br />

mercado feroz e competitivo. Em um mundo acostumado<br />

com a má qualida<strong>de</strong> das vendas e sobrecarregado<br />

<strong>de</strong> serviços pobres, o EGG queria incentivar<br />

o consumidor a <strong>de</strong>safiar estas normas e fazerse<br />

uma simples pergunta: “O que significa isto<br />

para mim?”<br />

A campanha <strong>de</strong>sperta a consciência do consumidor,<br />

fazendo-o expressar-se através <strong>de</strong> uma<br />

meia, colocada na mão como um fantoche. O objetivo<br />

é mostrar o cartão EGG como o antídoto perfeito<br />

para um mundo imperfeito. Para fazer a ligação<br />

com a campanha na TV e passar mensagens<br />

específicas do produto, empregou-se um tom<br />

assertivo <strong>de</strong> voz – combinando com as peças <strong>de</strong><br />

CIGARRO COM GORDURA<br />

blico-alvo os fumantes assumidos que já tentaram<br />

parar antes. O objetivo era colocá-los em contato<br />

com o serviço 0800 da fundação ou atraí-los para<br />

acessar o website.<br />

Para aumentar o impacto da mensagem, a<br />

BHF precisava encontrar uma nova linha <strong>de</strong> comunicação.<br />

A solução foi explorar o fato que cada<br />

cigarro fumado cria <strong>de</strong>pósitos <strong>de</strong> gordura nas artérias<br />

dos fumantes, provocando as doenças<br />

coronárias. A solução encontrada foi mostrar nos<br />

anúncios o cigarro entupido <strong>de</strong> gordura, simulando<br />

o que aconteceria na artéria do fumante. Uma<br />

imagem forte, para ficar na memória da pessoa<br />

toda vez que quisesse acen<strong>de</strong>r o cigarro. Os anúncios<br />

<strong>de</strong> impacto foram veiculados na TV, em revistas,<br />

jornais e bares com balcões <strong>de</strong> cerveja, on<strong>de</strong><br />

geralmente os fumantes fazem a sua resolução <strong>de</strong><br />

Ano Novo para acabar com o vício.<br />

mala direta, ilustradas com o personagem da<br />

meia. O resultado superou todas as expectativas:<br />

no período <strong>de</strong> abril a julho, a consi<strong>de</strong>ração pela<br />

marca elevou-se 37% enquanto a confiança na<br />

marca cresceram 13%. As metas <strong>de</strong> vendas do<br />

cartão EGG foram superadas em 102% e o volume<br />

<strong>de</strong> financiamentos cresceu 69% em relação ao<br />

período <strong>de</strong> janeiro a abril.<br />

EGG – What’s In it For Me?<br />

Agência: City Lowe Plus<br />

Cliente: EGG<br />

País: Reino Unido<br />

Categoria: Soluções Integradas<br />

Prêmio: Ouro<br />

Ficha Técnica<br />

As ligações para o “Helpline” aumentaram<br />

700% no ano. O tráfego no site da British Heat<br />

Fundation aumentou em 95%. A campanha foi<br />

coberta por todas os canais nacionais <strong>de</strong> notícia,<br />

da BBC à SKY, com mais <strong>de</strong> 200 artigos escritos na<br />

imprensa. Um cálculo recente do Departamento <strong>de</strong><br />

Saú<strong>de</strong> indica que durante o período da campanha,<br />

no mínimo 250 mil pessoas pararam <strong>de</strong> fumar.<br />

Ficha Técnica<br />

Fatty Cigarettes<br />

Agência: Euro RSCG Worldwi<strong>de</strong><br />

Cliente: British Heart Foundation<br />

País: Reino Unido<br />

Categoria: Organizações Sem Fins Lucrativos<br />

Prêmio: Ouro – Também bronze na categoria<br />

Soluções Integradas


FIEL PARA SEMPRE<br />

O objetivo da Diageo era ampliar o universo<br />

do programa <strong>de</strong> marketing <strong>de</strong> relacionamento da<br />

cerveja Guinness para 600 mil consumidores até<br />

junho <strong>de</strong> 2004, abrangendo tanto o segmento <strong>de</strong><br />

bares e restaurantes (on-tra<strong>de</strong>) quanto o <strong>de</strong> supermercados<br />

e lojas <strong>de</strong> conveniência (off-tra<strong>de</strong>) – e<br />

OBRAS DE ARTE<br />

O objetivo da HP era promover suas impressoras<br />

IPG Printers junto aos profissionais gráficos.<br />

A agência i<strong>de</strong>ntificou como público-alvo para a<br />

campanha a geração do iMac. O <strong>de</strong>safio era integrar<br />

as impressoras HP ao processo criativo, <strong>de</strong> modo<br />

que a imagem do equipamento não se resumisse<br />

a um botão que se aperta quando a criativida<strong>de</strong><br />

com isso elevar o grau <strong>de</strong> afinida<strong>de</strong> à marca. O<br />

programa <strong>de</strong> marketing <strong>de</strong> relacionamento <strong>de</strong>veria<br />

ter uma versão para o meio Internet.<br />

A estratégia implementada procurou sensibilizar<br />

os consumidores <strong>de</strong> duas maneiras: por meio<br />

<strong>de</strong> informações e pelo envolvimento com a marca.<br />

Nas principais datas do calendário <strong>de</strong> consumo,<br />

tais como Natal e dia <strong>de</strong> St Patrick, foram enviadas<br />

malas direta específicas. Os consumidores também<br />

receberam folhetos sobre novos produtos<br />

(Guinness Extra Cold), avisos sobre assuntos <strong>de</strong> interesse,<br />

como rugby, convites para eventos em<br />

pubs e pré-lançamentos <strong>de</strong> novos anúncios na TV.<br />

Um canal <strong>de</strong> resposta pela Internet foi aberto para<br />

que os consumidores pu<strong>de</strong>ssem fazer comentários<br />

sobre o material recebido.<br />

esta concluída. A solução encontrada para estabelecer<br />

uma conexão potencial entre o público-alvo e<br />

as impressoras HP foi criar um espaço para que os<br />

profissionais pu<strong>de</strong>ssem mostrar sua criação.<br />

A galeria Hype é uma mostra <strong>de</strong> arte criada<br />

por pessoas online, no mundo real. Começa do<br />

nada – apenas um espaço – e termina com uma<br />

primeira criação. A condição para exibir o trabalho<br />

era que o título da peça (filme ou imagem) contivesse<br />

as letras H e P. O trabalho era enviado ou<br />

pelo website ou por CD para a galeria Brick Lane.<br />

Lá o trabalho era impresso em uma impressora HP<br />

<strong>de</strong> formato gran<strong>de</strong>.<br />

O impacto da campanha exce<strong>de</strong>u as expectativas.<br />

Mais <strong>de</strong> dois mil trabalhos <strong>de</strong> arte (foto e<br />

ví<strong>de</strong>o) foram enviados ao vivo para a galeria. A<br />

exposição foi amplamente noticiada pela BBC<br />

News e Bloomberg TV. As imagens foram vistas<br />

A meta <strong>de</strong> ampliar a base para 600 mil<br />

consumidores cadastrados foi alcançadas com seis<br />

meses <strong>de</strong> antecedência – em fevereiro. Com isso, a<br />

Diageo conseguiu reduzir em 50% o custo por<br />

integrante do banco <strong>de</strong> dados, em relação ao ano<br />

anterior. Graças a essa campanha, a Guinness dispõe<br />

do melhor registro <strong>de</strong> marketing <strong>de</strong> relacionamento<br />

entre todas as marcas da Diageo GB.<br />

Guinness Loyalty<br />

Agência: Tullo Marshall Warren<br />

Cliente: Diageo<br />

País: Reino Unido<br />

Categoria: Programas <strong>de</strong> Fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong><br />

Prêmio: Ouro<br />

Ficha Técnica<br />

em competições esportivas, houve entrevistas na<br />

rádio local e discussões em weblogs e sites <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sign através do mundo. Quatro mil pessoas<br />

visitaram a galeria Brick Lane. O número <strong>de</strong><br />

“hits” no website subiu <strong>de</strong> 507.000 para 4,5<br />

milhões; o número <strong>de</strong> visitantes, <strong>de</strong> vários países,<br />

pulou <strong>de</strong> 4,8 mil para mais <strong>de</strong> 103 mil. A<br />

exposição Hype <strong>de</strong>ve circular pelas maiores cida<strong>de</strong>s<br />

da Europa e no mundo.<br />

Ficha Técnica<br />

Hype<br />

Agência: Publicis Dialog Group<br />

Cliente: Hewlett Packard<br />

País: Reino Unido<br />

Categorias: Tecnologia da Informação e<br />

Soluções Integradas<br />

Prêmio: Ouro nas duas categorias<br />

21<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong> 21


O ESPECIALISTA INVISÍVEL<br />

O principal <strong>de</strong>safio para <strong>de</strong>senvolver a campanha<br />

<strong>de</strong> vendas para o software Tivoli da IBM<br />

era ter como público-alvo diretores <strong>de</strong> três setores<br />

muito diferentes: varejo e distribuição, finanças e<br />

CRIANÇAS DE RUA<br />

22<br />

22<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong><br />

<strong>Direto</strong><br />

setor público. São profissionais que vivem sempre<br />

sob pressão e que, em geral, se queixam por gastar<br />

boa parte <strong>de</strong> seu tempo com tarefas aborrecidas e<br />

trabalhos rotineiros. E todos necessitam mais funcionários<br />

para aumentar a produtivida<strong>de</strong>. A estratégia<br />

criativa foi posicionar o software Tivoli como o<br />

especialista invisível em TI (The Invisible IT Expert).<br />

Esse especialista viria trabalhar para eles – libertando<br />

sua equipe <strong>de</strong> funcionários, fazendo todo o<br />

trabalho duro e aumentando a eficiência e a produtivida<strong>de</strong>.<br />

O personagem ilustrou embalagens do produto<br />

direcionada a cada uma das áreas: varejo e<br />

distribuição, finanças e setor público. Em cada<br />

embalagem foram colocadas cópias <strong>de</strong> cases ex-<br />

O objetivo da UNICEF da Dinamarca era chamar<br />

a atenção para um crescente problema global:<br />

o seqüestro <strong>de</strong> crianças <strong>de</strong> rua. A estratégia<br />

adotada foi utilizar um urso <strong>de</strong> pelúcia para representar<br />

a criança <strong>de</strong>saparecida. O urso Teddy foi<br />

colocado em espaços públicos tais como calçadas,<br />

trens e estações <strong>de</strong> trem <strong>de</strong> Copenhagen, com uma<br />

etiqueta amarrada ao pescoço, on<strong>de</strong> estava escrita a<br />

seguinte mensagem: a cada dia, uma criança <strong>de</strong><br />

rua é seqüestrada - UNICEF - aju<strong>de</strong>-nos a ajudá-los.<br />

Em 2003 e 2004 a UNICEF da Dinamarca<br />

aumentou o esforço nas coletas corpo a corpo nas<br />

ruas, utilizando voluntários para receber os<br />

plicando as razões pelas quais o produto era certo<br />

para aquele segmento. Foram enviados 3.669<br />

peças, que resultaram em 51 vendas do software.<br />

A IBM informa que o valor total <strong>de</strong>stas vendas foi<br />

<strong>de</strong> 1,1 milhão <strong>de</strong> libras. O custo total <strong>de</strong> envio foi<br />

<strong>de</strong> 9,8 mil libras, o que gerou um retorno <strong>de</strong> investimento<br />

<strong>de</strong> 117:1.<br />

Ficha Técnica<br />

Invisible It Man<br />

Agência: Harrison Troughton Wun<strong>de</strong>rman<br />

Cliente: IBM<br />

País: Reino Unido<br />

Categoria: Mala Direta Tridimensional<br />

Prêmio: Ouro<br />

donativos. Para dar suporte à essa ação, a UNICEF<br />

programou a campanha do urso Teddy no mesmo<br />

período, o que permitiu ampliar resultado da coleta<br />

<strong>de</strong> donativos.<br />

Ficha Técnica<br />

Kidnapped Street Children<br />

Agência: Y&R<br />

Cliente: UNICEF<br />

País: Dinamarca<br />

Categoria: “<strong>Marketing</strong> <strong>de</strong> Campo”<br />

Prêmio: Ouro


MISTÉRIO NA ÓPERA<br />

Masked Ball é uma ópera <strong>de</strong> Verdi, inspirada<br />

no assassinato do rei Gustavo III em 1792. A<br />

Folkoperan, produtora do espetáculo, queria atrair<br />

patrocinadores e formadores <strong>de</strong> opinião para assistir<br />

a premier <strong>de</strong> gala. O patrocínio <strong>de</strong> empresas<br />

e pessoas físicas respon<strong>de</strong> por 50% do orçamento<br />

da produtora, daí a importância da campanha <strong>de</strong><br />

A CERVEJA SUMIU<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong>. O <strong>de</strong>safio era gran<strong>de</strong> porque a<br />

apresentação estava marcada para o meio do verão,<br />

época em que muitos suecos estavam em suas<br />

casas <strong>de</strong> campo. Além disso, o ambiente clássico,<br />

com trajes e cenário autênticos, não estava alinhado<br />

com a imagem <strong>de</strong> vanguarda da Folkoperan,<br />

conhecida por sua atitu<strong>de</strong> rebel<strong>de</strong> em relação à<br />

ópera tradicional.<br />

A idéia que norteou a campanha <strong>de</strong> mala<br />

direta foi a <strong>de</strong> criar um contraste entre uma ópera<br />

clássica e uma investigação policial. A primeira<br />

mala era uma intimação para participar da<br />

reconstituição do crime. A segunda, algumas semanas<br />

mais tar<strong>de</strong>, era o convite VIP para a noite<br />

<strong>de</strong> abertura, na forma <strong>de</strong> um fichário policial –<br />

O gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>staque <strong>de</strong>sta campanha é o bom<br />

humor. A agência enviou uma caixa, aparentemente<br />

contendo uma garrafa da cerveja Guiness,<br />

em homenagem ao aniversário do consumidor. Ao<br />

abrir a encomenda, uma surpresa: a garrafa <strong>de</strong><br />

Guiness foi roubada pelo entregador! A expressão<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sapontamento só <strong>de</strong>saparece quando o <strong>de</strong>stinatário<br />

da mensagem <strong>de</strong>scobre que a cervejaria<br />

se antecipou ao inci<strong>de</strong>nte e incluiu um vale resgate<br />

para um pacote com seis cervejas grátis.<br />

O índice <strong>de</strong> resposta ao pacote <strong>de</strong> aniversário<br />

foi esmagador, com mais <strong>de</strong> 90% <strong>de</strong> pedidos <strong>de</strong><br />

incluindo o protocolo do exame pós-morte, escrito<br />

por um patologista, representação <strong>de</strong> tiros nas caricaturas<br />

dos atores, impressões digitais dos suspeitos,<br />

fotos <strong>de</strong> reconhecimento e artigos <strong>de</strong> jornal. O resultado<br />

não po<strong>de</strong>ria ter sido melhor: 90% dos convidados<br />

VIPs vieram à premier. A lotação <strong>de</strong> todos os<br />

espetáculos se esgotaram alguns dias <strong>de</strong>pois.<br />

Masked Ball<br />

Agência: Lowe Brindfors<br />

Cliente: Folkoperan<br />

País: Suécia<br />

Categoria: Outros Serviços<br />

Prêmio: Ouro<br />

Ficha Técnica<br />

vales-resgate. De acordo com o feedback obtido, os<br />

bebedores da cerveja agora aguardam ansiosamente<br />

por mais comunicações como esta – certamente<br />

uma das mais criativas <strong>de</strong> Guiness.<br />

Missing Bottle<br />

Agência: OgilvyOne Worldwi<strong>de</strong><br />

Cliente: Guinness Anchor <strong>Marketing</strong><br />

País: Malásia<br />

Categoria: Bens <strong>de</strong> Consumo<br />

Prêmio: Ouro<br />

Ficha Técnica<br />

23<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong> 23


MENINAS DE VERDADE<br />

O mercado teen é o segmento mais importante<br />

para o crescimento a longo prazo na categoria<br />

<strong>de</strong> cuidados femininos. Por essa razão, a<br />

Procter&Gamble, fabricante dos absorventes Tampax<br />

e Always empenha-se para conquistar a admiração<br />

das mulheres em ida<strong>de</strong> mais jovem, aumentando<br />

a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sucesso nas vendas quando<br />

elas se tornarem maduras. A idéia <strong>de</strong> criar o<br />

website Beinggirl.com foi a <strong>de</strong> estabelecer uma<br />

relação com esse público, posicionando-se como<br />

alguém que respon<strong>de</strong>sse as principais dúvidas das<br />

ÁLBUM DE RECORTES<br />

Para lançar seu novo carro esporte “Elise”<br />

nos países do Reino Unido e da Europa, a Lótus<br />

precisava romper com a percepção <strong>de</strong> marca ultrapassada<br />

em relação a seus concorrentes diretos:<br />

Porsche, BMW e Audi. De acordo com as pesquisas,<br />

o consumidor indicava que somente soluções ino-<br />

24<br />

24<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong><br />

<strong>Direto</strong><br />

adolescentes, em relação a mudanças físicas, emocionais<br />

e sexuais, sem que elas precisassem perguntar<br />

– ou seja, uma alternativa à conversa com<br />

os pais ou colegas.<br />

A solução criativa encontrada foi a <strong>de</strong> capturar<br />

a essência verda<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> meninas adolescentes<br />

em situações reais, ao invés <strong>de</strong> usar as típicas imagens<br />

encontradas nas revistas teens. Para isso foi<br />

contratada a premiada fotógrafa Lauren Greenfield.<br />

As situações das fotos foram baseadas em perguntas<br />

reais que as meninas haviam feito no site,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> relacionamentos, preocupação menstrual, a<br />

amiza<strong>de</strong>s. O resultado final foi algo provocativo,<br />

divertido e compreensível.<br />

Durante a campanha, o tráfego do Beinggirl.<br />

com aumentou 80% e recebeu <strong>de</strong> 1.400 a<br />

2.500 perguntas por semana, quase dobrando a<br />

média. E mais: a marca Always cresceu 7,2% na<br />

vadoras po<strong>de</strong>riam fazer com que a Lótus superasse<br />

a imagem negativa e pu<strong>de</strong>sse levar vantagem<br />

nessa disputa. Afinal, com o novo Elise, um carro<br />

mo<strong>de</strong>rno e pequeno, a montadora queria consolidar<br />

um posicionamento <strong>de</strong> produto atualizado <strong>de</strong><br />

forma radical, sem per<strong>de</strong>r as características <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo<br />

e engenharia britânicos.<br />

A campanha da Lótus, direcionada para formadores<br />

<strong>de</strong> opinião, jornalistas, compradores da<br />

marca e prospects, mostrou uma nova maneira <strong>de</strong><br />

integrar novas mídias e mala direta. O principal<br />

diferencial do anúncio – um filme viral, executado<br />

pelo diretor britânico <strong>de</strong> cinema Ken Russell –<br />

é a personalização. O nome da pessoa aparece no<br />

filme enquanto são exibidas imagens do novo Lótus<br />

sendo construído, como num álbum <strong>de</strong> recortes. As<br />

preferência das adolescentes. De acordo com Ken<br />

Burkeen, gerente da marca na P&G, a campanha<br />

do Beinggirl.com respon<strong>de</strong>u um total <strong>de</strong> 40 mil<br />

perguntas, em quatro meses, e elevou para 500<br />

mil a média mensal <strong>de</strong> visitantes no site. Além<br />

disso, ajudou no aumento da preferência <strong>de</strong> marca<br />

e <strong>de</strong> consumidoras <strong>de</strong> absorventes e criou uma<br />

ligação original entre o consumidor da marca<br />

Always e da marca Tampax.<br />

Naked Truth<br />

Agência: Leo Burnett<br />

Cliente: Procter & Gamble<br />

País: Estados Unidos<br />

Categoria: Construção <strong>de</strong> Marca e <strong>de</strong><br />

Relacionamento<br />

Prêmio: Ouro<br />

Ficha Técnica<br />

pessoas eram incentivadas a assistir o filme e a<br />

enviar aquele e-mail para um amigo. Dois dias<br />

mais tar<strong>de</strong> o álbum <strong>de</strong> recortes “real” era entregue<br />

em casa. A taxa <strong>de</strong> resposta da campanha<br />

foi <strong>de</strong> 38,8%. As revendas registram um aumento<br />

significativo nos pedidos para test-drives bem<br />

como na quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> artigos jornalísticos sobre<br />

o novo Elise.<br />

Obsession<br />

Agência: 20:20 London<br />

Cliente: Lotus cars<br />

País: Reino Unido<br />

Categoria: Lançamento <strong>de</strong> produto<br />

Prêmio: Ouro<br />

Ficha Técnica


BISTURI NAS TAXAS<br />

O <strong>de</strong>safio da Virgin Money era lançar um<br />

cartão <strong>de</strong> crédito em um mercado maduro e sofisticado,<br />

sem ter nenhuma base <strong>de</strong> clientes. E mais:<br />

convencer os consumidores sobre sua credibilida<strong>de</strong><br />

como um emissor <strong>de</strong> cartão e minimizar o risco<br />

financeiro do lançamento. Para se diferenciar da<br />

concorrência, a Virgin <strong>de</strong>senvolveu um produto<br />

construído nas seguintes bases: reduziu a taxa <strong>de</strong><br />

DUPLA FAMOSA<br />

A união improvável <strong>de</strong> dois personagens <strong>de</strong><br />

TV e história em quadrinhos – Seinfeld e Super-<br />

Homen – foi a forma original encontrada para<br />

estimular os consumidores a conhecer melhor os<br />

benefícios do cartão American Express.<br />

Foram <strong>de</strong>senvolvidos dois episódios <strong>de</strong> cinco<br />

minutos, criados especialmente para serem exibidos<br />

no site da Amex. A campanha utilizou mídia<br />

paga somente na região <strong>de</strong> Nova York. No resto do<br />

juros, <strong>de</strong>u isenção para a taxa anual, criou <strong>de</strong>scontos<br />

nas taxas para casais e cobrou uma pequena<br />

taxa <strong>de</strong> entrada.<br />

A estratégia montada para a campanha é<br />

um bom exemplo <strong>de</strong> marketing integrado. As peças<br />

criadas em torno do tema “Cirurgia Plástica”<br />

realçaram com bom humor os benefícios do produto<br />

e os pontos negativos dos cartões concorrentes.<br />

Iniciada com ações <strong>de</strong> Relações Públicas, a campanha<br />

integrou outros canais, incluindo TV, mídia<br />

impressa e mala direta. Uma complexa estratégia<br />

<strong>de</strong> teste foi <strong>de</strong>senvolvida para otimizar os<br />

custos. A agência assumiu parte do risco, aceitando<br />

a remuneração pelo <strong>de</strong>sempenho. O resultado<br />

foi marco surpreen<strong>de</strong>nte: a Virgin conquistou 300<br />

país, o esforço para incentivar o tráfego <strong>de</strong><br />

internautas para o site foi apoiado por uma forte<br />

campanha <strong>de</strong> Relações Públicas.<br />

A repercussão da campanha foi muito gran<strong>de</strong>.<br />

Pela primeira vez, o público viu o Super-Homem<br />

contracenar com outro personagem da TV.<br />

Foram realizados eventos espe-cíficos, um <strong>de</strong>les no<br />

Times Square, em Nova York, e participações dos<br />

protagonistas no Today Show. A estratégia <strong>de</strong> comunicação<br />

integrou outros canais, além da web.<br />

Foram utilizados teasers na TV, cartões postais e<br />

um novo canal que distribuía DVDs nas tampas<br />

<strong>de</strong> refrigerante vendidas nas salas <strong>de</strong> cinema.<br />

Em apenas duas semanas, mais <strong>de</strong> 1,5 milhão<br />

visitantes foram registrados no site, exce<strong>de</strong>ndo<br />

todas as previsões da Amex. Desse total, 7.6%<br />

preencheram fichas <strong>de</strong> a<strong>de</strong>são, superando os 3%<br />

mil clientes, registrando a taxa <strong>de</strong> crescimento mais<br />

rápida já obtida para um cartão novo na Austrália.<br />

Em <strong>de</strong>z meses, a operadora superou em 240%<br />

as metas <strong>de</strong> venda para o primeiro ano,<br />

abocanhando 3,4% do mercado total, com um<br />

índice <strong>de</strong> 83% <strong>de</strong> custo por marca.<br />

Ficha Técnica<br />

Plastic Surgery<br />

Agência: iLeo<br />

Cliente: Virgin Money Australia<br />

País: Austrália<br />

Categorias: Produtos e Serviços Financeiros, Lançamento<br />

<strong>de</strong> Produtos e Soluções Integradas<br />

Prêmio: Ouro nas três categorias<br />

previstos. Aproximadamente 150 mil en<strong>de</strong>reços<br />

foram capturados para o banco <strong>de</strong> dados – três<br />

vezes mais do que o previsto, fornecendo oportunida<strong>de</strong>s<br />

para estimular o relacionamento com a<br />

marca. A divulgação da campanha em programas<br />

como o Today Show, Acess Hollywood e na<br />

CNN – representaram 5 milhões <strong>de</strong> dólares <strong>de</strong> retorno<br />

gratuito na mídia<br />

Ficha Técnica<br />

Adventures of Seinfeld And<br />

Superman<br />

Agência: Ogilvy & Mather<br />

Cliente: American Express<br />

País: Estados Unidos<br />

Categoria: Produtos e Serviços Financeiros<br />

Prêmio: Ouro<br />

25<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong> 25


GRITO DE ALERTA<br />

ESCULPINDO A MARCA<br />

Um dos objetivos principais da agência<br />

MaisMercado para 2003 era ganhar alguma marca<br />

da Unilever. O <strong>de</strong>safio foi unir uma iniciativa<br />

que introduzisse a agência e permitisse que ela<br />

fosse aceita por gerentes <strong>de</strong> produto e, ainda, convidada<br />

para um novo negócio. Para introduzir a<br />

agência através <strong>de</strong> sua conexão às marcas da<br />

Unilever, cada profissional escolheu uma marca e<br />

26<br />

26<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong><br />

<strong>Direto</strong><br />

A campanha foi encomendada pela NSPCC<br />

para estimular adolescentes vítimas <strong>de</strong> abusos a<br />

procurar a entida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>nunciar o fato. O objetivo<br />

é assegurar aos adolescentes que eles não <strong>de</strong>vem<br />

aceitar o inaceitável, mas po<strong>de</strong>m ajudar a conter<br />

os abusos, falando com alguém ou chamando o<br />

NSPCC no serviço <strong>de</strong> ajuda por telefone.<br />

A idéia da mensagem é: quando você não<br />

po<strong>de</strong> falar sobre o abuso, você po<strong>de</strong> falar ao NSPCC.<br />

Cartazes foram colocados em portas <strong>de</strong> escola representando<br />

a frustração que o adolescente sente<br />

quando não consegue falar sobre o abuso. Anúncios<br />

na TV mostraram crianças com apavorantes<br />

bloqueadores <strong>de</strong> sons em sua cabeça, simplesmente<br />

tentando falar.<br />

<strong>de</strong>screveu as memórias trazidas por seu relacionamento<br />

com o produto. A campanha foi iniciada<br />

com um teaser apresentando a agência, seus cases,<br />

bem como um postal pré-pago oferecendo sólido<br />

relacionamento, ênfase na comunicação, resultados<br />

melhores, criativida<strong>de</strong> e trabalho. Em seguida,<br />

enviou-se um livro apresentando a equipe<br />

da agência e o que pensam sobre a marca. Para<br />

dar forma à visão <strong>de</strong> cada funcionário, contratouse<br />

um escultor que produziu peças usando a embalagem<br />

do produto. Por último efetuou-se a entrega<br />

das esculturas aos gerentes <strong>de</strong> marca da<br />

Unilever.<br />

A iniciativa cumpriu perfeitamente os objetivos<br />

da agência. Todos os gerentes <strong>de</strong> produto rece-<br />

Como resultado da campanha, as ligações<br />

para o NSPCC aumentaram 124% em apenas seis<br />

semanas. O número <strong>de</strong> crianças que visitam o<br />

website da entida<strong>de</strong> aumentou <strong>de</strong> 4 mil para 32<br />

mil. Mais <strong>de</strong> dois milhões <strong>de</strong> folhetos com informações<br />

foram solicitados pelas escolas em torno do<br />

país - 100% a mais do que era previsto.<br />

Ficha Técnica<br />

Someone To Turn To<br />

Agência: Saatchi & Saatchi<br />

Cliente: NSPCC<br />

País: Reino Unido<br />

Categoria: Organizações Sem Fins Lucrativos<br />

Prêmio: Ouro<br />

beram a campanha e reconheceram a agência<br />

como ‘”aquela das esculturas“. Do total <strong>de</strong> gerentes<br />

<strong>de</strong> produto, 85% concordaram em ter uma reunião<br />

para receber suas esculturas pessoalmente.<br />

Com isso, a agência ganhou quatro novos negócios<br />

– dois dos quais como clientes permanentes da<br />

agência.<br />

Ficha Técnica<br />

Unilever Sculptures<br />

Agência: MaisMercado<br />

Cliente: MaisMercado<br />

País: Portugal<br />

Categoria: Serviços Business to Business<br />

Prêmio: Ouro


JAZZ SOLIDÁRIO<br />

O Fundo <strong>de</strong> Emergência dos Músicos <strong>de</strong> Jazz<br />

(JMEF) é a única organização nos Estados Unidos<br />

<strong>de</strong>dicada a ajudar os artistas idosos do jazz<br />

que precisam <strong>de</strong> auxílio financeiro. A campanha<br />

<strong>de</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> foi criada com dois objetivos:<br />

<strong>de</strong> um lado, aumentar a consciência do público<br />

sobre a situação dos músicos e, <strong>de</strong> outro, divulgar<br />

o trabalho da organização, incentivando assim<br />

as doações.<br />

A estratégia adotada foi a <strong>de</strong> sensibilizar<br />

diretamente os fãs do jazz, principal alvo da fundação,<br />

no momento em que estivessem nas lojas<br />

para comprar CDs. As peças simulando álbuns<br />

clássicos da Blue Note foram colocadas na mesma<br />

prateleira <strong>de</strong> CDs usados das lojas, com o<br />

título “Músicos <strong>de</strong> Jazz: Usados”. Além <strong>de</strong> um CD<br />

grátis contando a história da JMEF, a peça in-<br />

ANÚNCIO<br />

CRMachine<br />

cluía um CD ROM que exibia uma animação em<br />

flash indicando o site on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>riam ser feitas<br />

as doações em dinheiro. Graças à campanha,<br />

foram arrecadados <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> dólares<br />

tanto <strong>de</strong> pessoas físicas quanto <strong>de</strong> corporações.<br />

Fez-se provisão <strong>de</strong> fundos para ajudar mais <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>z músicos por dia, além <strong>de</strong> pagar custo <strong>de</strong><br />

moradia para 150 músicos.<br />

Ficha Técnica<br />

Used<br />

Agência: Digitas<br />

Cliente: Jazz Musicians Emergency Fund<br />

País: Estados Unidos<br />

Categoria: Mídia Alternativa<br />

Prêmio: Ouro – Também bronze na categoria<br />

Organizações Sem Fins Lucrativos<br />

27<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong> 27


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Abemd<br />

Call Center


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Call Center


30<br />

30<br />

30<br />

ESPECIAL<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong><br />

<strong>Direto</strong><br />

<strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong><br />

UM ANO


DE BONS NEGÓCIOS<br />

Consulta feita<br />

com associados da<br />

<strong>ABEMD</strong> mostra que<br />

foi possível ganhar<br />

mais dinheiro com<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong><br />

em 2004 do que<br />

em 2003.<br />

As previsões para<br />

2005 apontam para<br />

um crescimento<br />

mo<strong>de</strong>rado do setor<br />

e menos otimismo<br />

com a economia<br />

brasileira.<br />

O ano <strong>de</strong> 2004 cumpriu com folga as expectativas<br />

das empresas do setor <strong>de</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong>,<br />

pelo que mostram os números apurados na consulta<br />

realizada junto aos associados da <strong>ABEMD</strong>.<br />

Em relação a 2003, praticamente dobrou – saltando<br />

<strong>de</strong> 16% para 30,8% - o número <strong>de</strong> empresas<br />

entrevistadas que consi<strong>de</strong>raram o <strong>de</strong>sempenho<br />

financeiro em 2004 excelente e muito bom.<br />

Na outra ponta, a comparação também é favorável:<br />

apenas 4,8% consi<strong>de</strong>ram 2004 um ano ruim<br />

– contra 10,3% em 2003 (veja a tabela ao lado).<br />

Embora não haja sinal <strong>de</strong> pessimismo em relação<br />

à economia brasileira, o que predomina entre os<br />

associados é uma espectativa mo<strong>de</strong>rada também<br />

em relação ao crescimento dos negócios em 2005.<br />

Para Eduardo Souza Aranha, presi<strong>de</strong>nte da<br />

Souza Aranha <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong>, crescer mo<strong>de</strong>radamente<br />

em 2005 po<strong>de</strong>rá ser um excelente resultado,<br />

“em virtu<strong>de</strong> da baixa expectativa do aumento<br />

do investimento em propaganda”. Fábio Adiron,<br />

diretor da Adiron Consultores, por sua vez, diz que<br />

“é melhor crescer <strong>de</strong> forma mo<strong>de</strong>rada e sólida, do<br />

que termos um boom <strong>de</strong> má qualida<strong>de</strong>”. No grupo<br />

dos muito otimistas estão Adriana Bellinatti, diretora<br />

<strong>de</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> do IG, que estima crescer<br />

40% em 2005, e Giusepe Lo Russo, diretor da<br />

Marketsystem que projeta para 2005 um aumento<br />

Na sua avaliação, em 2004 os<br />

investimentos em <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong>:<br />

2004<br />

Aumentaram 61,5%<br />

Diminuiram 6,7%<br />

Continuam da mesma forma 30,8%<br />

Não respon<strong>de</strong>u 1,0%<br />

Consi<strong>de</strong>rando os resultados financeiros<br />

alcançados até o momento, qual é a sua<br />

avaliação?<br />

2003 2004<br />

Excelente 1,1% 5,8%<br />

Muito bom 14,9% 25,0%<br />

Bom 35,6% 44,2%<br />

Razoável 36,8% 20,2%<br />

Ruim 10,3% 4,8%<br />

Péssimo 1,1% 0,0%<br />

<strong>de</strong> 40%, tanto em faturamento quanto em número<br />

<strong>de</strong> clientes. Geraldo Roberto Banaskiwitz, diretor<br />

superinten<strong>de</strong>nte da Editora Banas, afirma que a<br />

área <strong>de</strong> revistas <strong>de</strong> negócios teve uma retomada<br />

bastante significativa a partir do mês <strong>de</strong> maio/<br />

2004 e projeta um crescimento mo<strong>de</strong>rado, porém<br />

contínuo para 2005 na casa dos 8%.<br />

Participação aumentou<br />

Este é o segundo ano consecutivo<br />

que a revista <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> faz<br />

este levantamento <strong>de</strong> opinião junto aos<br />

associados da <strong>ABEMD</strong>. Trata-se <strong>de</strong><br />

uma consulta voluntária feita por meio<br />

<strong>de</strong> um questionário enviado a todos<br />

os titulares. O objetivo é aferir o pensamento<br />

das empresas em relação ao<br />

ano que se encerra e i<strong>de</strong>ntificar as<br />

principais perspectivas para 2005. Este<br />

ano, a participação dos associados foi<br />

maior. O número <strong>de</strong> questionários preenchidos<br />

saltou <strong>de</strong> 87 para 104.<br />

31<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong> 31


32<br />

32<br />

ESPECIAL<br />

Investimento foi maior<br />

Para a consulta <strong>de</strong> 2004 foram inseridas três<br />

novas questões relacionadas ao <strong>de</strong>senvolvimento<br />

do setor. A maioria dos entrevistados (61,5%) apontou<br />

um crescimento no volume <strong>de</strong> investimentos<br />

em <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> no ano <strong>de</strong> 2004. Apenas 6,7%<br />

respon<strong>de</strong>ram que houve redução e 30,8% disseram<br />

que os investimentos continuaram da mesma<br />

forma. A segunda questão compara o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

do <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> em relação ao mercado<br />

<strong>de</strong> comunicação como um todo. O resultado também<br />

foi favorável: 72,1% dos entrevistados acreditam<br />

que o <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> ganhou importância,<br />

enquanto 3,9% disseram que per<strong>de</strong>u. Para<br />

23,1% dos entrevistados não houve mudança.<br />

A terceira questão nova da consulta diz respeito<br />

às ferramentas mais utilizadas em 2004. O email<br />

marketing ganhou disparado, com 45,2%. Em<br />

seguida aparecem: programas <strong>de</strong> relacionamento<br />

(33,7%), telemarketing (30,8%) e CRM/Database<br />

(22,1%). A mala direta foi a que apresentou a menor<br />

<strong>de</strong>manda (7,7%) na opinião dos entrevistados<br />

(veja tabela na página 35).<br />

Caso entenda que o <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> não<br />

é utilizado como po<strong>de</strong>ria pelas empresas,<br />

a que se <strong>de</strong>ve essa sub utilização?<br />

2003 2004<br />

Desconhecimento dos recursos oferecidos 60,9% 57,7%<br />

Restrições orçamentárias 33,3% 21,2%<br />

Visão distorcida da aplicação das ferramentas56,3% 53,9%<br />

Preconceito 13,8% 10,6%<br />

Outros 5,7% 10,6%<br />

Não respon<strong>de</strong>u 6,9% 2,9%<br />

* Pergunta comporta respostas múltiplas<br />

Era <strong>de</strong> se esperar, com o bom <strong>de</strong>sempenho<br />

financeiro apontado pelas empresas, que a utilização<br />

das ferramentas <strong>de</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> tam-<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong><br />

<strong>Direto</strong><br />

Em relação ao mercado <strong>de</strong> comunicação<br />

como um todo, como avalia o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento do <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong>:<br />

2004<br />

Ganhou importância 72,1%<br />

Per<strong>de</strong>u importância 3,9%<br />

Continuou igual 23,1%<br />

Não respon<strong>de</strong>u 1,0%<br />

bém fosse aumentar na mesma proporção. Porém,<br />

para a maioria dos entrevistados (56,7%), esse<br />

crescimento foi apenas um pouco maior. Na consulta<br />

anterior, 26,4% dos entrevistados afirmavam<br />

que as ferramentas <strong>de</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> haviam<br />

sido muito mais utilizadas do que em anos<br />

anteriores. Na consulta <strong>de</strong> 2004, caiu para 15,4%<br />

o número <strong>de</strong> entrevistados que assinalaram essa<br />

opção. Já o número daqueles que não viram qualquer<br />

alteração cresceu <strong>de</strong> 16,1% para 25%.<br />

Em relação a como o <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> é utilizado<br />

pelos clientes e como os benefícios são percebidos,<br />

a opinião da maioria dos entrevistados<br />

pouco se alterou <strong>de</strong> 2003 para 2004 . Permanece a<br />

avaliação feita em 2003 <strong>de</strong> que o entendimento<br />

dos benefícios é correto mas a disciplina ainda é<br />

sub-utilizada (veja tabela ao lado). Caiu <strong>de</strong> 60,9%<br />

para 57,7% o número dos que atribuem a subutilização<br />

do <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> ao <strong>de</strong>sconhecimento<br />

dos recursos oferecidos. Os números parecem indicar<br />

que o maior problema é a correta visão sobre<br />

a aplicação das ferramentas (53,9%). As restrições<br />

orçamentárias per<strong>de</strong>ram importância. Caiu <strong>de</strong><br />

33,3% para 21,2% o número <strong>de</strong> entrevistados que<br />

apontam esse item como obstáculo para a utilização<br />

do <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong>.<br />

Mo<strong>de</strong>ração para 2005<br />

As expectativas <strong>de</strong> crescimento dos negócios<br />

em 2005 pouco se alteraram na comparação com<br />

a consulta anterior. A gran<strong>de</strong> maioria (76,9%)<br />

espera um crescimento mo<strong>de</strong>rado da ativida<strong>de</strong>.<br />

Em 2003 estavam nesse grupo 72,4%. Os entrevistados<br />

que acreditam num crescimento maior permaneceram<br />

na casa dos 16%. Este ano não houve<br />

quem assinalasse que o <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> vá per<strong>de</strong>r<br />

algum espaço, ao contrário <strong>de</strong> 2003, quando<br />

2,3% manifestaram essa opinião (veja tabela na<br />

página 38).<br />

Em relação ao <strong>de</strong>sempenho da economia brasileira<br />

em 2005, houve uma redução sensível no<br />

time dos muito otimistas. Caiu <strong>de</strong> 12,6% para<br />

4,8% o número dos que cravaram essa opção. O<br />

número <strong>de</strong> otimistas com a economia do país oscilou<br />

<strong>de</strong> 77% para 74%, enquanto o número daqueles<br />

que apostam num 2005 igual a 2004 saltou<br />

<strong>de</strong> 9,2% para 21,2%. Venceu a cautela. (veja<br />

tabela na página 37).<br />

Em relação ao <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong>, as<br />

ferramentas têm sido utilizadas:<br />

2003 2004<br />

Muito mais do que em anos anteriores 26,4% 15,4%<br />

Um pouco mais do que em anos anteriores 42,5% 56,7%<br />

Continuam da mesma forma 16,1% 25,0%<br />

Menos do que em anos anteriores 12,6% 1,0%<br />

Muito menos que em anos anteriores 1,1% 0,0%<br />

Não respon<strong>de</strong>u 1,1%’ 1,9%<br />

Para Flávio Salles, presi<strong>de</strong>nte da Sun MRM<br />

Partners, o cenário político <strong>de</strong>verá influir na economia.<br />

“2005 é ano pré-eleitoral e o governo já<br />

separou R$ 60 bilhões para investir somente através<br />

do BNDES. Depois <strong>de</strong> 2 anos nos dando o<br />

remédio certo porém amargo, o Governo Lula <strong>de</strong>verá<br />

jogar dinheiro no mercado através <strong>de</strong> investimentos<br />

nas mais diversas áreas para criar um<br />

ambiente <strong>de</strong> crescimento econômico e clima <strong>de</strong><br />

prosperida<strong>de</strong>, indispensáveis para ocorrer uma<br />

reeleição”, diz.


ANÚNCIO<br />

Door to<br />

Door


34<br />

34<br />

ESPECIAL<br />

Foco maior em<br />

RELACIONAMENTO<br />

Confira os comentários e avaliações que <strong>de</strong>senham<br />

o cenário que está por trás dos números<br />

Além da estatística sobre o ano <strong>de</strong> 2004 e as<br />

perspectivas para 2005, a consulta feita pela revista<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> aos associados da <strong>ABEMD</strong><br />

também abriu espaço para opiniões dos entrevistados.<br />

Os <strong>de</strong>poimentos <strong>de</strong>ixam mais nítido o cenário<br />

<strong>de</strong>senhado pelos números. A primeira conclusão<br />

que se extrai dos comentários é a <strong>de</strong> que a<br />

retomada do crescimento econômico não só trouxe<br />

mais investimentos para a área <strong>de</strong> comunicação,<br />

beneficiando o <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong>, mas também<br />

exigiu que os clientes focassem mais em resultados<br />

e estratégias <strong>de</strong> relacionamento. “Os programas<br />

<strong>de</strong> relacionamento foram a gran<strong>de</strong> ´<strong>de</strong>scoberta´<br />

das empresas em 2004”, diz Deyse Dias<br />

leite, da Copyright.<br />

Os bancos e instituições financeiras investiram<br />

mais em <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> do que qualquer<br />

outro segmento, constata Ronaldo Pedroso, diretor<br />

<strong>de</strong> <strong>Marketing</strong> e Serviços da Alpha Mailer. “A consolidação<br />

<strong>de</strong> conceitos e a importância dada ao<br />

marketing <strong>de</strong> relacionamento <strong>de</strong>flagraram várias<br />

campanhas”, afirma. Para Rubens Stephan, presi<strong>de</strong>nte<br />

para a América Latina da MarketData Global<br />

Consulting, empresas <strong>de</strong> varejo e bens <strong>de</strong> consumo,<br />

setores on<strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> database<br />

marketing tinham menos relevância, iniciaram<br />

projetos ambiciosos. Essa também é a visão <strong>de</strong><br />

Beatriz Teixeira <strong>de</strong> Freitas e Otavio Dias, presi<strong>de</strong>nte<br />

e vice-presi<strong>de</strong>nte da GreyZest Direct. “O<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>de</strong>spertou o interesse <strong>de</strong> empresas<br />

<strong>de</strong> bens <strong>de</strong> consumo que investiram em projetos<br />

<strong>de</strong> relacionamento com consumidores finais,<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong><br />

<strong>Direto</strong><br />

o que <strong>de</strong>monstra o aquecimento do mercado junto<br />

a produtos que antes não investiam nessa<br />

área”, observam.<br />

Alexandre Pucci, diretor-executivo da Direct<br />

<strong>Marketing</strong>, atribui o aumento dos investimentos<br />

ao fato <strong>de</strong> que os clientes passaram a exigir maior<br />

envolvimento dos canais <strong>de</strong> comunicação, buscando<br />

ações que garantam resultado. “Isso só<br />

po<strong>de</strong> ser feito no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> remuneração variável,<br />

o que leva a todos terem que mensurar resultados,<br />

que só é possível com o conceito do<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong>”, diz.<br />

Ações pontuais<br />

A evolução do setor só não ocorre numa velocida<strong>de</strong><br />

maior por causa <strong>de</strong> algumas barreiras que<br />

ainda precisam ser vencidas. O que se nota na<br />

avaliação dos entrevistados é que o crescimento do<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> ainda está sendo sustentado por<br />

ações pontuais e não por estratégias <strong>de</strong> longo prazo.<br />

“Ainda se faz <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> sem muito planejamento.<br />

É preciso unir ferramentas e processos<br />

e oferecer uma comunicação mais integrada”, diz<br />

Alexandre Augusto <strong>de</strong> Almeida Santos, gerente <strong>de</strong><br />

<strong>Marketing</strong> <strong>de</strong> Relacionamento da Época Comunicação<br />

Integrada.<br />

“A nosso ver uma das principais atitu<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>veria ser a sistematização das ações e uma visão<br />

<strong>de</strong> longo prazo para que os resultados possam ser<br />

alcançados. Além disso, e muito importante é a<br />

falta <strong>de</strong> esforço na medição <strong>de</strong> resultados o que<br />

muitas vezes ‘esvazia’ a aplicação das ações”,<br />

observam Beatriz Teixeira <strong>de</strong> Freitas e Otavio Dias,<br />

da GreyZest Direct.<br />

Para Fernando Guimarães, sócio-diretor da<br />

M4R <strong>Marketing</strong> For Relationship, o conceito <strong>de</strong> teste<br />

ainda não vingou no Brasil. “Quase tudo ainda<br />

é feito na base do tudo ou nada, diz. A principal<br />

qualida<strong>de</strong> do <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> é po<strong>de</strong>r testar a<br />

temperatura da água antes <strong>de</strong> saltar na piscina.<br />

Ou por ansieda<strong>de</strong> ou por <strong>de</strong>sconhecimento, essa<br />

vantagem competitiva parece estar sendo ignorada”,<br />

afirma.<br />

No seu ponto <strong>de</strong> vista, o entendimento<br />

dos benefícios proporcionados pelo<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> das empresas que<br />

utilizam ou po<strong>de</strong>m vir a utilizar as<br />

ferramentas da disciplina tem sido:<br />

2003 2004<br />

Correto e utilizam 3,4% 3,5%<br />

Correto, mas ainda sub utilizam 52,9% 50,9%<br />

Subestimam seus benefícios 43,7% 43,9%<br />

Desconhecem completamente 1,1% 1,8%<br />

Não respon<strong>de</strong>u 2,3%<br />

* Pergunta comporta respostas múltiplas<br />

Eficiência vence barreiras<br />

Esse quadro, porém, ten<strong>de</strong> a mudar, segundo<br />

Guimarães, em função do surgimento <strong>de</strong> novas<br />

ferramentas que têm permitido, entre outras coisas,<br />

personalizar com mais qualida<strong>de</strong> e segmentar com<br />

mais precisão. “Na medida em que fica mais fácil<br />

<strong>de</strong>monstrar sua eficiência, o <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> ganha<br />

a importância que sempre mereceu”, diz.


Flavio Salles, presi<strong>de</strong>nte da Sun MRM<br />

Partners, observa a barreira cultural existe, “pela<br />

falta <strong>de</strong> histórico e experiência sobre a utilização<br />

plena do <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong>. É preciso enten<strong>de</strong>r que<br />

não basta comprar uma ferramenta <strong>de</strong> CRM ou realizar<br />

campanhas ou programas isolados. O <strong>Marketing</strong><br />

<strong>Direto</strong> só trará o máximo <strong>de</strong> benefícios para as empresas<br />

que o utilizarem <strong>de</strong> forma corporativa e estratégica”,<br />

diz. Para Alexandre Holzhacker, diretor executivo<br />

da Info Evolution, o <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> exige<br />

um grau maior <strong>de</strong> envolvimento por parte da empresa<br />

que contrata esse serviço.<br />

André Ribeiro, diretor <strong>de</strong> Vendas e <strong>Marketing</strong><br />

da U.NEAR S.A. acredita que o amadurecimento<br />

da disciplina acontecerá <strong>de</strong> forma lenta, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />

um processo <strong>de</strong> aculturamento. “Não acredito que<br />

haverá um boom do <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong>, até porque<br />

as mudanças culturais levam tempo para se consumar”,<br />

diz. O importante, para ele, é que as<br />

empresas internamente estão disseminando a filosofia<br />

<strong>de</strong> foco no cliente e, conseqüentemente,<br />

todos os mecanismos necessários para se criar relacionamentos<br />

mais duradouros. Sandra Castal<strong>de</strong>lli,<br />

da Castal<strong>de</strong>lli Assessoria e Consultoria em Fund<br />

Raising acrescenta: “a <strong>de</strong>manda continua forte<br />

em gestão <strong>de</strong> pessoas, como está o relacionamento<br />

empresa/cliente/funcionário. Isso é primordial para<br />

o nosso sucesso.”, diz<br />

Anna Zappa, diretora da Plusoft Informática,<br />

acredita que ainda será preciso um esforço <strong>de</strong><br />

aculturação do mercado para impulsionar estratégias<br />

<strong>de</strong> relacionamento. “Ainda associa-se CRM a uma<br />

ferramenta <strong>de</strong> tecnologia, embora a tecnologia seja<br />

apenas um veículo para a estratégia proposta. É<br />

preciso posicioná-la <strong>de</strong> forma correta”, diz.<br />

Para Cláudio Zanchi, diretor da Athenas UL<br />

Telemarketing, as empresas estão revendo seus<br />

conceitos em matéria <strong>de</strong> relacionamentos porque<br />

constatam que os métodos tradicionais <strong>de</strong> atrair e<br />

reter clientes são <strong>de</strong>ficientes. “O aumento da competição,<br />

a Internet, as novas tecnologias, as ferramentas<br />

<strong>de</strong> CRM, call centers estão mudando o cenários<br />

dos negócios”, diz.<br />

Alexandre Holzhacker, da Info Evolution ob-<br />

Na sua opinião, qual a ferramenta <strong>de</strong><br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> apresentou maior<br />

<strong>de</strong>manda em 2004?<br />

Mala Direta<br />

2004<br />

7,7%<br />

CRM/Database 22,1%<br />

Telemarketing/Call Center 30,8%<br />

E-mail <strong>Marketing</strong> 45,2%<br />

Programas <strong>de</strong> Relacionamento 33,7%<br />

Outros 0,0%<br />

Não respon<strong>de</strong>u<br />

* Pergunta comporta respostas múltiplas<br />

1,0%<br />

serva que a estratégia <strong>de</strong> relacionamento <strong>de</strong>ve se<br />

a<strong>de</strong>quar às metas e realida<strong>de</strong>s empresariais <strong>de</strong><br />

cada negócio. “Tudo é uma questão <strong>de</strong> investimento<br />

versus resultado”, diz. Nesse sentido, Flavio<br />

Salles, da Sun MRM acrescenta: “sem um plano<br />

estratégico <strong>de</strong> relacionamento, apontando quanto<br />

investir, junto a que consumidores, quando e <strong>de</strong><br />

que maneira, a empresa <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ter a visão do<br />

cliente único, e, assim, <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r realizar com<br />

eficácia ações <strong>de</strong> migração, cross-sell, up-gra<strong>de</strong>,<br />

retenção e recuperação <strong>de</strong> clientes. Os programas e<br />

campanhas isoladas funcionam - este é o estágio<br />

que vivemos hoje no mercado. Mas a empresa,<br />

como um todo, per<strong>de</strong> a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> efetivamente<br />

explorar todo o potencial <strong>de</strong> cada cliente ao<br />

longo <strong>de</strong> suas vidas.”<br />

Ferramentas mais usadas<br />

O e-mail marketing foi o gran<strong>de</strong> sucesso <strong>de</strong><br />

2004, segundo apontam os números da consulta.<br />

Priscila Pereira Gonçalves, gerente <strong>de</strong> <strong>Marketing</strong><br />

da Mailsen<strong>de</strong>r Tecnologia, acredita que a ferramenta<br />

<strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> ser marginalizada como SPAM.<br />

“O e-mail foi o mais utilizado como mídia, os sites<br />

<strong>de</strong> relacionamento como ferramenta e os programas<br />

<strong>de</strong> relacionamento como solução <strong>de</strong> estratégia<br />

<strong>de</strong> marketing”, observa Eduardo Souza Aranha,<br />

diretor da Souza Aranha.<br />

Adriana Bellinatti, gerente <strong>de</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong><br />

do IG nota que tanto o e-mail marketing quanto<br />

o telemarketing ganharam força em 2004, enquanto<br />

o uso da mala direta diminuiu. Na opinião<br />

<strong>de</strong> Paulo Geraldo Cavalcanti, sócio-diretor da<br />

SVD - Sistemas <strong>de</strong> Venda Direta, isso se <strong>de</strong>ve ao<br />

custo menor <strong>de</strong>ssas ferramentas, “embora os resultados<br />

talvez sejam menos evi<strong>de</strong>ntes”. Além do baixo<br />

investimento, Alexandre Pucci, diretor-executivo da<br />

Direct <strong>Marketing</strong>, avalia que o uso do e-mail<br />

marketing cresceu também <strong>de</strong>vido à qualida<strong>de</strong><br />

das ferramentas oferecidas e mensuração <strong>de</strong> resultados.<br />

Na sua opinião, as operações <strong>de</strong> call center<br />

cresceram em função da agilida<strong>de</strong> e incremento<br />

das informações.<br />

Quanto à baixa <strong>de</strong>manda da mala direta,<br />

Clovis Castanho, diretor <strong>de</strong> <strong>Marketing</strong> para artes<br />

gráficas da Xerox do Brasil, avalia que as ações <strong>de</strong><br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> impresso, valendo-se <strong>de</strong> tecnologias<br />

<strong>de</strong> personalização, po<strong>de</strong>m crescer <strong>de</strong> maneira muito<br />

mais efetiva no Brasil. Na sua opinião, o mercado <strong>de</strong><br />

mala direta utiliza pouco a inteligência dos sistemas<br />

<strong>de</strong> CRM. “Elas são mandadas aleatoriamente<br />

para públicos pouco propensos à compra do produto<br />

ofertado, o que traz pouco retorno. Isso faz com<br />

que a percepção <strong>de</strong> investimento seja transformada<br />

em custo e, conseqüentemente, em item <strong>de</strong><br />

corte no orçamento das empresas investidoras em<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong>”.<br />

Sua empresa mantém programas<br />

formais <strong>de</strong> relacionamento/CRM com<br />

seus clientes:<br />

2003 2004<br />

Sim 64,4% 66,4%<br />

Não 29,9% 29,8%<br />

Não respon<strong>de</strong>u 5,7% 3,9%<br />

Para 2005, há quem aposte no crescimento<br />

<strong>de</strong> outras ferramentas. “O <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> para<br />

geração <strong>de</strong> vendas em mídia <strong>de</strong> massa <strong>de</strong>verá ser<br />

a gran<strong>de</strong> ve<strong>de</strong>te do ano, sobretudo em DRTV”, diz<br />

Luiz Buono, vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Planejamento e Atendimento<br />

da Fábrica Comunicação Dirigida. Essa<br />

também é a opinião <strong>de</strong> Otavio Dias e Beatriz Teixeira<br />

<strong>de</strong> Freitas, da GreyZest Direct. “Tanto o conceito <strong>de</strong><br />

DRTV quanto o <strong>de</strong> DRPRINT (impresso <strong>de</strong> resposta<br />

direta) <strong>de</strong>verão ganhar força em função da necessida<strong>de</strong><br />

dos anunciantes em medir resposta <strong>de</strong> forma<br />

objetiva, afirmam.<br />

35<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong> 35


ESPECIAL<br />

Participantes articipantes da da Consulta Consulta aos aos Associados Associados 2004<br />

2004<br />

No total foram 104 consultas respondidas. Veja abaixo a relação completa* dos participantes <strong>de</strong>sta consulta aos associados:<br />

Área <strong>de</strong> atuação dos entrevistados<br />

Agência 36,5%<br />

Call Center/Telemarketing 15,4%<br />

Comércio 4,8%<br />

Consultoria 22,1%<br />

Database/CRM 30,8%<br />

Editorial 5,8%<br />

Farmacêutico 2,9%<br />

Financeiro 4,8%<br />

Fund Raising 3,9%<br />

Gráfica 2,9%<br />

Indústria 1,0%<br />

Internet/E-commerce 11,5%<br />

Listas 8,7%<br />

Logística/Distribuição 4,8%<br />

Pesquisa 7,7%<br />

Produtora 1,0%<br />

Profissional Liberal 1,0%<br />

Tecnologia 7,7%<br />

Turismo 0,0%<br />

Veículo <strong>de</strong> Comunicação 2,9%<br />

Outros Serviços<br />

* Pergunta comporta respostas múltiplas<br />

10,6%<br />

Adriana Adriana Bellinatti Bellinatti - gerente <strong>de</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> do IG;<br />

Adriana Adriana Higashi Higashi Higashi - - do Banco Itaú; Airton Airton Bovo Bovo - - sócio<br />

e diretor <strong>de</strong> criação da ATB Direct; Alberto Alberto Alberto Demetrio Demetrio - -<br />

-<br />

diretor executivo da Cativa Consultoria; Alessandra Alessandra Dal Dal<br />

Dal<br />

Bianco Bianco - - sócia-diretora da Buzz Comunicação Dirigida;<br />

Alexandra Alexandra Periscinoto Periscinoto - presi<strong>de</strong>nte da SPCom; Ale- AleAle- xandre xandre Alberto Alberto Alberto Corte Corte - - Cobram; Alexandre Alexandre Chumer Chumer<br />

Chumer<br />

- presi<strong>de</strong>nte da NeoGroup; Alexandre Alexandre Augusto Augusto Augusto <strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong><br />

Almeida Almeida Santos Santos - gerente <strong>de</strong> marketing <strong>de</strong> relacionamento<br />

da Época Comunicação Integrada; Alexandre<br />

Alexandre<br />

Holzhacker Holzhacker - diretor-executivo da Info Evolution; Alexan- AlexanAlexan- dre dre Jau Jau - presi<strong>de</strong>nte da TMKT <strong>Marketing</strong> <strong>de</strong> Relacionamento;<br />

Alexandre Alexandre Pucci Pucci - diretor-executivo da Direct <strong>Marketing</strong>;<br />

Ana Ana Maria Maria Moreira Moreira Monteiro Monteiro - presi<strong>de</strong>nte da Am3<br />

Telemarketing; Anamaria Anamaria L. L. Pinheiro Pinheiro - diretora-executiva<br />

da Diretriz Laser Service; André André Ribeiro Ribeiro - diretor <strong>de</strong><br />

vendas e marketing da U.Near; Angelina Angelina Angelina Tad<strong>de</strong>o Tad<strong>de</strong>o do<br />

do<br />

Val Val - sócia diretora <strong>de</strong> criação da A+FCVA; Anna Anna Anna Zappa<br />

Zappa<br />

- diretora da Plusoft Informática; Antonio Antonio Carlos Carlos <strong>de</strong> <strong>de</strong> Faria<br />

Faria<br />

36<br />

36<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong><br />

<strong>Direto</strong><br />

- sócio-administrador da Cerettel Telecomunicações; Antonio<br />

Antonio<br />

Tulio Tulio Severo Severo Jr Jr Jr - diretor da Infinite Card Adm e Serviços;<br />

Aurélio Aurélio Aurélio Lopes Lopes - - presi<strong>de</strong>nte da Datamidia,FCBi Relationship<br />

<strong>Marketing</strong>; Beatriz Beatriz Beatriz <strong>de</strong> <strong>de</strong> Carvalho Carvalho - vice-presi<strong>de</strong>nte e sócia<br />

da TBWA\BR e Tequila\BR; Amauri Amauri Pacheco Pacheco - diretor <strong>de</strong><br />

novos negócios da Salem <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong>; Beatriz Beatriz Teixeira<br />

Teixeira<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong> Freitas Freitas e e Otavio Otavio Dias Dias - presi<strong>de</strong>nte e vice-presi<strong>de</strong>nte<br />

da GreyZest Direct; Bernardo Bernardo Zamijovsky Zamijovsky Zamijovsky - diretor da<br />

H.21 Tecnologias em <strong>Marketing</strong>; Cassia Cassia Cassia Carrenho Carrenho - gerente<br />

<strong>de</strong> marketing da Missão Portas Abertas; Claudio Claudio<br />

Claudio<br />

Emilio Emilio Lenci Lenci<br />

Lenci - diretor <strong>de</strong> planejamento da Ocre Officina di<br />

Creatività; Claudio Claudio Claudio Govêa Govêa - diretor <strong>de</strong> criação da US.com;<br />

Claudio Claudio Claudio Zanchi Zanchi - diretor da Athenas Ul Telemarketing;<br />

Clovis Clovis Castanho Castanho Castanho - - - diretor <strong>de</strong> marketing para artes gráficas<br />

da Xerox do Brasil; Dalmo Dalmo Santana Santana - diretor da<br />

Umporum <strong>Marketing</strong> <strong>de</strong> Relacionamento; Daniel Daniel Chaves Chaves -<br />

diretor comercial da Omnion; David David Charles Charles Whittaker<br />

Whittaker<br />

- CEO da Nextdirect; Deborah Deborah Kumagai Kumagai - -<br />

- gerente <strong>de</strong><br />

marketing da Dedic; Deyse Deyse Dias Dias Leite Leite - da Copyright;<br />

Dirceu Dirceu Oscar Oscar - diretor da MKTDATA; Douglas Douglas<br />

Douglas<br />

Andreghetti Andreghetti - diretor da Invex; Eduardo Eduardo Eduardo Souza Souza Ara- AraAranha nha nha - diretor da Souza Aranha <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong>; Erick Erick<br />

Erick<br />

Flosi Flosi - do Bank Boston; Everton Everton Luiz Luiz Luiz Cabral Cabral Machado<br />

Machado<br />

- assessor executivo da diretoria comercial dos Correios; Fábio<br />

Fábio<br />

Adiron Adiron - diretor da Adiron Consultores; Fábio Fábio Fábio Marinho Marinho -<br />

diretor da OPM - Oficina <strong>de</strong> Propaganda e <strong>Marketing</strong>;<br />

Fernando Fernando Cirne Cirne - gerente <strong>de</strong> assinaturas da Editora Abril;<br />

Fernando Fernando Guimarães Guimarães - sócio-diretor da M4R <strong>Marketing</strong><br />

For Relationship; Flavio Flavio da da Costa Costa Salles Salles Salles - presi<strong>de</strong>nte da<br />

Sun MRM Partners; Flavio Flavio Rozemblatt Rozemblatt - vice-presi<strong>de</strong>nte<br />

da Selulloid AG Comunicação por Conteúdo; Geraldo Geraldo<br />

Geraldo<br />

Roberto Roberto Banaskiwitz Banaskiwitz Banaskiwitz - diretor superinten<strong>de</strong>nte da Editora<br />

Banas; Giusepe Giusepe Lo Lo Russo Russo - diretor da Marketsystem;<br />

Helen Helen Baurich Baurich Baurich - gerente <strong>de</strong> fi<strong>de</strong>lização e relacionamento<br />

da Editora Globo; Henrique Henrique J. J. A. A. Mello Mello - diretor <strong>de</strong><br />

operações da RS/Direct; Janine Janine Avancini Avancini - gerente <strong>de</strong><br />

projetos da MSI <strong>Marketing</strong> e Serviços <strong>de</strong> Informações; Jeffrey<br />

Jeffrey<br />

H. H. Costa Costa - Acesso <strong>Direto</strong> Consultores; Jorge Jorge Geraldo Geraldo -<br />

-<br />

diretor da MKTEC; José José Afonso Afonso Braga Braga - gerente nacional<br />

<strong>de</strong> mobilização <strong>de</strong> recursos da Unicef; José José José Estevão Estevão Cocco<br />

Cocco<br />

- diretor da J.Cocco Comunicação e <strong>Marketing</strong>; José José José Luiz Luiz<br />

Luiz<br />

Poço Poço Poço - - presi<strong>de</strong>nte executivo da Takano Editora Gráfica;<br />

José José Roberto Roberto Massaki Massaki Sunairi Sunairi - presi<strong>de</strong>nte da Interact<br />

Resposta Direta e Telemarketing; Julio Julio Quaglia Quaglia - - - presi<strong>de</strong>nte<br />

da Rapp Data; Jussara Jussara Jussara Duarte Duarte Duarte <strong>de</strong> <strong>de</strong> Souza Souza -<br />

diretora <strong>de</strong> marketing da RS Previdência; Luis Luis Henrique<br />

Henrique<br />

Fichman Fichman - - diretor <strong>de</strong> marketing da Rea<strong>de</strong>r’s Digest do<br />

Brasil; Luiz Luiz Buono Buono - vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> planejamento e<br />

atendimento da Fábrica Comunicação Dirigida; Luiz Luiz Carlos<br />

Carlos<br />

Voi<strong>de</strong>la Voi<strong>de</strong>la Voi<strong>de</strong>la - da Sercom; Marcelo Marcelo Marcelo Custodio Custodio <strong>de</strong> <strong>de</strong> Oliveira Oliveira -<br />

diretor-executivo da Loyalty <strong>Marketing</strong> Solutions; Marciliano<br />

Marciliano<br />

Silva Silva Junior Junior - diretor <strong>de</strong> assinaturas da Editora Caras;<br />

Márcio Márcio Marcon<strong>de</strong>s Marcon<strong>de</strong>s - consultor da Electronic Market Solution<br />

(EM$); Marcio Marcio Marcio Ribeiro Ribeiro Ribeiro - da Datalink; Marcio Marcio Valente<br />

Valente<br />

- sócio diretor da Plano Editorial; Marcos Marcos Le Le Pera Pera - diretor<br />

presi<strong>de</strong>nte da Le Pera; Marcos Marcos Pesqueira Pesqueira Mendonça Mendonça -<br />

gerente <strong>de</strong> serviços a clientes dos Laboratórios Pfizer; Mark<br />

Mark<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong> Szentmiklosy Szentmiklosy - - - da Tugare Comunicação; Mauricio<br />

Mauricio<br />

Novaes Novaes Novaes - - gerente <strong>de</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> e incentivo da Claro;<br />

Michelle Michelle Campelo Campelo Araújo Araújo - analista <strong>de</strong> marketing do<br />

Banco Mercantil do Brasil; Midore Midore Yamamoto Yamamoto - gerente<br />

<strong>de</strong> projetos da <strong>Marketing</strong> Ware; Moracy Moracy das das Dores Dores -<br />

sócio-fundador da DireTotal Telemarketing; Paulo Paulo Denoni<br />

Denoni<br />

- - - diretor <strong>de</strong> atendimento da We’5 Comunicação Direta; Paulo<br />

Paulo<br />

Geraldo Geraldo F FF.<br />

F . Cavalcanti Cavalcanti - - sócio-diretor da SVD - Sistemas<br />

<strong>de</strong> Venda Direta; Paulo Paulo Sabino Sabino - diretor <strong>de</strong> criação da<br />

Latina MSG Comunicação; Pedro Pedro Pedro Guasti Guasti - - da Ebit; Pio<br />

Pio<br />

Borges Borges - - presi<strong>de</strong>nte da PB <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong>; Priscila<br />

Priscila<br />

Pereira Pereira Golçalves Golçalves - - gerente <strong>de</strong> marketing da Mailsen<strong>de</strong>r<br />

Tecnologia; Rafael Rafael Rafael <strong>de</strong> <strong>de</strong> Almeida Almeida - diretor <strong>de</strong> TI da PMD<br />

<strong>Marketing</strong> Group; Roberto Roberto E. E. Martinez Martinez - diretor da<br />

<strong>Direto</strong>tal; Roberto Roberto Tancredi Tancredi Tancredi - - gerente <strong>de</strong> marketing da<br />

Fênix Edições; Rodrigo Rodrigo Leal Leal - diretor da Vola Brasil;<br />

Rodrigo Rodrigo Miragaia Miragaia Perri Perri - diretor <strong>de</strong> atendimento da<br />

Mad/Ght-Ibis <strong>Marketing</strong> <strong>de</strong> Relacionamento; Ronaldo Ronaldo da<br />

da<br />

Cunha Cunha Bueno Bueno Bueno - - marketing da BVTI Digital; Ronaldo Ronaldo<br />

Ronaldo<br />

Pedroso Pedroso Pedroso - -<br />

- diretor <strong>de</strong> marketing e serviços da Alpha Mailer;<br />

Rubens Rubens Stephan Stephan - presi<strong>de</strong>nte para América Latina da<br />

MarketData Global Consulting; Sabrina Sabrina Mendonça Mendonça -<br />

marketing da Divicom; Sandra Sandra Castal<strong>de</strong>lli Castal<strong>de</strong>lli - - sócia-proprietária<br />

da Castal<strong>de</strong>lli Assessoria e Consultoria em Fund<br />

Raising; Sandro Sandro Correa Correa Porto Porto - diretor da STAB Comércio<br />

<strong>de</strong> Etiquetas; Silvio Silvio dos dos dos Passos Passos Passos Ramos Ramos Ramos - gerente geral<br />

para a América Latina da Harte-Hanks; Vilnor Vilnor Vilnor Grube Grube - -<br />

-<br />

diretor da Grube Editorial; Wilmar Wilmar Munhós Munhós - - diretorexecutivo<br />

da Synergy <strong>Marketing</strong> <strong>de</strong> Relacionamento e Yan<br />

Yan<br />

Von Von Brewer Brewer - - CEO da Draft.<br />

* Excluindo <strong>de</strong>z entrevistados que não autorizaram a<br />

publicação <strong>de</strong> seus nomes.


PERSPECTIVAS 2005<br />

Controle da inflação po<strong>de</strong><br />

DESACELERAR a economia<br />

Economistas ouvidos pela revista <strong>Marketing</strong><br />

<strong>Direto</strong> dizem que a expansão do PIB em 2005<br />

será <strong>de</strong> 3% a 4%. Crescimento sustentado só<br />

virá com mais investimentos.<br />

A economia brasileira viveu em 2004 um<br />

período <strong>de</strong> crescimento como não se via há muito<br />

tempo. As projeções feitas a partir dos números<br />

divulgados pelo IBGE em relação aos nove primeiros<br />

meses do ano indicam um avanço do<br />

PIB da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 5%. Esse <strong>de</strong>sempenho afetou<br />

positivamente o resultado da gran<strong>de</strong> maioria<br />

das empresas <strong>de</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> que participaram<br />

da consulta aos associados da <strong>ABEMD</strong>.<br />

Para 2005, a previsão dos economistas ouvidos<br />

pela revista <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> é <strong>de</strong> um crescimento<br />

menor do PIB entre 3% a 4%. Em<br />

contrapartida, os investimentos em marketing<br />

<strong>de</strong>vem aumentar. “Os números do IBGE mostram<br />

que o mercado doméstico ganhou força,<br />

pois o consumo das famílias aumentou”, diz<br />

Marcelo Salomon, economista-chefe do<br />

Unibanco. “As empresas estarão mais preocupadas<br />

em ven<strong>de</strong>r mais e fi<strong>de</strong>lizar a clientela”,<br />

acrescenta Julio Sergio Gomes <strong>de</strong> Almeida, diretor-executivo<br />

do Instituto <strong>de</strong> Estudos para o<br />

Desenvolvimento Industrial (Iedi)<br />

A <strong>de</strong>saceleração da economia em 2005 é<br />

vista por eles como natural em função da austerida<strong>de</strong><br />

da política monetária, cujo foco principal é o<br />

combate à inflação. A dúvida que existe é com<br />

relação aos efeitos do aperto monetário na recuperação<br />

sustentada da economia. “É preciso que o<br />

governo <strong>de</strong>ixe claro que o objetivo <strong>de</strong> fazer o país<br />

crescer é tão importante quanto controlar a inflação”,<br />

afirma Julio <strong>de</strong> Almeida.<br />

Para Amaury Bier, sócio da Gávea Investimentos<br />

e ex-secretário executivo do Ministério da<br />

Fazenda, no governo FHC, o Banco Central dá sinais<br />

<strong>de</strong> que a economia está perto da plena capacida<strong>de</strong><br />

e que irá apertar a política monetária para<br />

não per<strong>de</strong>r o controle sobre a inflação. “Com isso,<br />

Quais são suas expectativas para a<br />

economia brasileira?<br />

2003/2004 2004/2005<br />

Muito otimistas 12,6% 4,8%<br />

Otimistas 77,0% 74,0%<br />

Será igual 9,2% 21,2%<br />

Pessimistas 0,0% 0,0%<br />

Muito pessimistas 0,0% 0,0%<br />

Não respon<strong>de</strong>u 1,1% 0,0%<br />

Julio Sergio Gomes <strong>de</strong> Almeida, diretor-executivo do Iedi<br />

Instituto <strong>de</strong> Estudos para O Desenvolvimento Industrial<br />

Divulgação<br />

corre-se o risco <strong>de</strong> abortar o ciclo virtuoso que estamos<br />

vivendo”, diz. “O aperto monetário não é suficiente<br />

para reverter a tendência <strong>de</strong> expansão da economia”,<br />

afirma Salomon. “É bem provável que haja<br />

uma <strong>de</strong>saceleração do crescimento para torná-lo<br />

compatível com as metas <strong>de</strong> inflação”, diz. Porém,<br />

avisa, “se exagerar na dose aí po<strong>de</strong> haver uma<br />

reversão do quadro, mas não é o que a gente percebe”,<br />

afirma.<br />

37<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong> 37


Aumentar os investimentos<br />

Um quadro <strong>de</strong> in<strong>de</strong>finição po<strong>de</strong> abalar a<br />

confiança dos empresários em investir no aumento<br />

da capacida<strong>de</strong> produtiva. “As empresas vêem a<br />

política econômica exageradamente focada na inflação”,<br />

diz Júlio <strong>de</strong> Almeida. O economista enten<strong>de</strong><br />

que o crescimento sustentado da economia só<br />

virá se a taxa <strong>de</strong> investimentos saltar do atual<br />

patamar <strong>de</strong> 19% para algo em torno <strong>de</strong> 25% nos<br />

próximos dois anos. Essa também é a opinião <strong>de</strong><br />

Bier. “A maioria dos investimentos hoje são marginais,<br />

a não ser nos setores <strong>de</strong> exportação. Para<br />

sustentar um crescimento <strong>de</strong> 5% ao ano, precisaremos<br />

aumentar <strong>de</strong> dois a três pontos percentuais a<br />

atual taxa <strong>de</strong> investimentos na economia”, diz.<br />

Salomon concorda, mas acredita que os novos investimentos<br />

já estão acontecendo. “Pelas consultas<br />

que recebemos, dá para notar que muitas empresas,<br />

mesmo aquelas que produzem para o mercado<br />

doméstico estão <strong>de</strong>sengavetando projetos”, diz.<br />

Ele acredita que, fortalecendo-se a percepção <strong>de</strong><br />

crescimento da economia, os investimentos acontecem.<br />

Com relação ao câmbio, todos concordam que<br />

o governo <strong>de</strong>ve aproveitar o bom momento para<br />

acumular reservas. Seria incoerente, observa<br />

Salomon, se o governo usasse o câmbio como forma<br />

<strong>de</strong> segurar a inflação. “O que me espanta,<br />

porém, é que mesmo com a apreciação do câmbio,<br />

o Banco Central aumente os juros”, diz Amaury<br />

Bier. A boa situação das contas externas dá espaço<br />

para que o governo reduza o estoque da dívida em<br />

dólares, o que diminui o risco Brasil. Segundo<br />

Salomon, o governo está resgatando os papéis cambiais<br />

lançados há 3 anos. A participação <strong>de</strong>sses<br />

papeis no estoque da dívida caiu <strong>de</strong> 38% em<br />

setembro <strong>de</strong> 2002 para 10% em outubro <strong>de</strong> 2004.<br />

Bier acredita que os índices alcançados no<br />

superávit primário das contas do governo são sufi-<br />

38<br />

38<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong><br />

<strong>Direto</strong><br />

cientes para segurar a taxa <strong>de</strong> juros. Ele <strong>de</strong>fen<strong>de</strong><br />

uma política gradualista no combate à inflação.<br />

“Não dá para ser rápido. No Chile e no México o<br />

processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>rrubada da inflação foi <strong>de</strong>morado”,<br />

diz. Quanto à queda nas taxas <strong>de</strong> juros em 2005,<br />

os economistas acreditam que po<strong>de</strong> ocorrer alguma<br />

redução no segundo semestre. “Os primeiros<br />

meses do ano são traumáticos”, diz Julio <strong>de</strong><br />

Almeida. “Os preços agrícolas escapam, há o aumento<br />

do material escolar, além do que há preços<br />

que sobem apenas porque mudou o calendário”,<br />

diz. Ambos concordam com as projeções do mercado<br />

<strong>de</strong> que a taxa média <strong>de</strong> juros em 2005 <strong>de</strong>verá<br />

ficar na casa dos 16%. Marcelo Salomon acredita<br />

a taxa Selic permaneça em 17,75% <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro<br />

<strong>de</strong> 2004 até os primeiros meses <strong>de</strong> 2005.<br />

No próximo exercício, o <strong>Marketing</strong><br />

<strong>Direto</strong> <strong>de</strong>verá:<br />

2003/2004 2004/2005<br />

Crescer muito 16,1% 16,4%<br />

Crescer mo<strong>de</strong>radamente 72,4% 76,9%<br />

Ficar na mesma 8,0% 6,7%<br />

Per<strong>de</strong>r algum espaço 2,3% 0,0%<br />

Per<strong>de</strong>r muito espaço 0,0% 0,0%<br />

Não respon<strong>de</strong>u 1,1% 0,0%<br />

Menos impostos<br />

O peso dos impostos é outro fator apontado<br />

como inibidor <strong>de</strong> novos investimentos. Bier não vê<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que o governo venha a fazer uma<br />

reforma tributária mais ampla. “É uma questão<br />

muito complexa que envolve estados e municípios”,<br />

diz. Mas acredita ser possível trabalhar na<br />

estrutura <strong>de</strong> tarifas <strong>de</strong> importação, reduzindo as<br />

alíquotas, além <strong>de</strong> outras medidas pontuais <strong>de</strong><br />

acordo com a i<strong>de</strong>ntificação dos problemas.<br />

Para Júlio <strong>de</strong> Almeida, o i<strong>de</strong>al é que os impostos<br />

indiretos sejam menores, acompanhando o<br />

nível dos impostos diretos. “Isso só é possível com o<br />

crescimento da economia, fazendo com que a base<br />

Marcelo Salomon, economista-chefe do Unibanco<br />

<strong>de</strong> arrecadação seja ampliada e não as alíquotas”,<br />

diz. Mesmo assim, o economista acredita que a<br />

redução da carga tributária só acontecerá num programa<br />

a longo prazo – <strong>de</strong> pelo menos 10 anos.<br />

O aumento dos impostos é o principal fator<br />

apontado por Júlio <strong>de</strong> Almeida para o aumento da<br />

informalida<strong>de</strong> na economia brasileira. “Hoje nós<br />

premiamos a informalida<strong>de</strong>. A verda<strong>de</strong> é que o<br />

governo não fez nada para resolver o problema”,<br />

afirma. Tanto Almeida quanto Bier observam que<br />

os níveis <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego caíram e que houve uma<br />

recuperação da renda, sobretudo no setor industrial.<br />

O crescimento do consumo das famílias cresceu<br />

1,4% no terceiro trimestre <strong>de</strong> 2004 em relação ao<br />

trimestre anterior, segundo o IBGE. “Houve uma<br />

recomposição, mas ainda é cedo para se falar em<br />

tendência. Vai <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r do crescimento da economia”,<br />

diz Julio <strong>de</strong> Almeida.<br />

Cenário externo<br />

As previsões do cenário externo para 2005<br />

carregam incertezas. Julio <strong>de</strong> Almeida vê riscos em<br />

relação ao crescimento da economia mundial. “O<br />

Brasil soube aproveitar o bom momento nestes últimos<br />

dois anos, as exportações cresceram acima<br />

da média mundial, o que permitiu um ajuste importante<br />

no nível <strong>de</strong> solvência do país”, diz. Na<br />

sua opinião, esse cenário não vai se repetir em<br />

2005. Bier, por sua vez vê riscos em três frentes:<br />

caso haja uma elevação abrupta das taxas <strong>de</strong> juros<br />

nos Estados Unidos, se houver uma alta exagerada<br />

no preço do petróleo e se o crescimento da<br />

economia chinesa ficar abaixo <strong>de</strong> 7%.<br />

Divulgação


V PRÊMIO AMAUTA<br />

BRASIL<br />

FAZ FESTA NO<br />

PRÊMIO AMAUTA<br />

Com um total recor<strong>de</strong> <strong>de</strong> 129 cases inscritos,<br />

a quinta edição do Prêmio AMAUTA, realizada no<br />

último mês <strong>de</strong> outubro em Buenos Aires (AG), registrou<br />

gran<strong>de</strong> participação brasileira nas diferentes<br />

categorias, com um total <strong>de</strong> 42 inscrições. O<br />

Brasil foi o país que obteve mais troféus (vinte no<br />

total) nesta que é a principal competição <strong>de</strong><br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> da América Latina, organizada<br />

pela ALMADI - <strong>Associação</strong> Latinoamericana <strong>de</strong><br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong>.<br />

As agências brasileiras premiadas foram:<br />

Datamidia,FCBi, Sunset, Atento, Copyright, Rapp<br />

Collins, OgilvyOne e Embrace. A Argentina, país<br />

que sediou o julgamento e a festa, ficou em segundo<br />

lugar, com onze premiações, seguida do<br />

Relação dos vencedores brasileiros:<br />

Chile, que obteve oito estatuetas,<br />

além <strong>de</strong> México e Peru, com quatro<br />

prêmios cada um. O júri do<br />

Prêmio foi formado por oito profissionais<br />

<strong>de</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong><br />

latino-americanos. O Brasil foi representado<br />

por Efraim Kapulski,<br />

presi<strong>de</strong>nte da <strong>ABEMD</strong>, e Pedro<br />

Renato Eckersdorff, presi<strong>de</strong>nte da<br />

ANATEC, que presidiu o júri.<br />

Dos vinte troféus conquistados<br />

pelo Brasil, <strong>de</strong>z estatuetas<br />

foram para a Datamidia,FCBi, a agência mais premiada<br />

entre todas da América Latina. Em seguida,<br />

com três prêmios, aparecem a Sunset e a Aten-<br />

Cerimônia e jantar do V Prêmio AMAUTA realizado em Buenos Aires/Argentina<br />

Datamidia,FCBi comemora seus <strong>de</strong>z troféus conquistados. A agência brasileira foi a que teve o<br />

maior número <strong>de</strong> estatuetas na premiação<br />

to. As outras brasileiras premiadas, cada uma com<br />

um troféu, foram a Copyright, a Rapp Collins, a<br />

OgilvyOne e a Embrace.<br />

Categoria Nome do case Agência Cliente Troféu<br />

e-<strong>Marketing</strong> e e-Commerce<br />

Campanha Desafio Quebra-Cabeças<br />

Campanha <strong>de</strong> Lançamento Novos iPAQs<br />

Datamidia,FCBi<br />

Datamidia,FCBi<br />

Hewlett-Packard<br />

Hewlett-Packard<br />

Bronze<br />

Bronze<br />

e-Mail <strong>Marketing</strong><br />

Chocolate<br />

Campanha <strong>de</strong> Aquisição Online Nivea Sense<br />

Datamidia,FCBi<br />

Datamidia,FCBi<br />

Datamidia,FCBi<br />

Nívea<br />

Prata<br />

Bronze<br />

Endomarketing Atento e APCD: Parceria na Luta Contra as Drogas Atento Atento Prata<br />

Programa <strong>de</strong> Relacionamento Viva Claro Datamidia,FCBi Claro Digital Ouro<br />

Programas <strong>de</strong> Fi<strong>de</strong>lização e Relacionamento - B2C Programa <strong>de</strong> Fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> Movie Club<br />

Fábrica <strong>de</strong> Campanhas Fiat<br />

Embrace<br />

Datamidia,FCBi<br />

GNC Cinemas<br />

Fiat<br />

Prata<br />

Bronze<br />

O Pequeno Mundo <strong>de</strong> Nivea Baby Datamidia,FCBi Nívea Bronze<br />

Programas <strong>de</strong> Fi<strong>de</strong>lização e Relacionamento - B2B Programa <strong>de</strong> Relacionamento Super Parceria <strong>de</strong> Prêmios Datamidia,FCBi SPP – Nemo Ouro<br />

<strong>Marketing</strong> Integrado - Múltiplas Mídias - B2B e B2C Elas Querem um Anel Rapp Collins Organon Prata<br />

<strong>Marketing</strong> Integrado - Múltiplas Mídias - B2B<br />

Receitas <strong>de</strong> Sucesso<br />

Uma Leve Brisa<br />

Sunset<br />

Sunset<br />

<strong>Revista</strong> EXAME<br />

Unibanco AIG Seguros & Previdência<br />

Ouro<br />

Prata<br />

Telemarketing<br />

Contact Center da Souza Cruz Atua Junto a Consumidores, PDV e Funcionários da Empresa Atento<br />

CAF é a Principal Interface Entre a Ford e Seus Consumidores Atento<br />

Souza Cruz<br />

Ford<br />

Prata<br />

Bronze<br />

Mala Direta - B2C - Campanhas<br />

Esse é o Meu Lugar<br />

Projeto Crosselling O Globo 2001<br />

Datamidia,FCBi<br />

Datamidia,FCBi<br />

Fiat<br />

InfoGlobo<br />

Prata<br />

Bronze<br />

Mala Direta - B2B Campanha <strong>de</strong> Integração OgilvyOne IBM Prata<br />

Programas <strong>de</strong> Incentivos a Clientes Les chefs Copyright Re<strong>de</strong> Sofitel Ouro<br />

Especial <strong>de</strong> Criativida<strong>de</strong> Receitas <strong>de</strong> Sucesso Sunset <strong>Revista</strong> EXAME Bronze<br />

39<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong> 39


40<br />

40<br />

ARTIGO<br />

E-MAIL:<br />

ALIADO OU<br />

INIMIGO?<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong><br />

<strong>Direto</strong><br />

POR PIO BORGES *<br />

Este é um tema que <strong>de</strong>veria ser mais discutido e trabalhado por profissionais<br />

<strong>de</strong> marketing direto. Somos todos, na minha visão, os maiores interessados<br />

no que vá ocorrer em termos legais em relação aos que se possa e o que<br />

não se possa fazer com os e-mails.<br />

A verda<strong>de</strong> é que, mais dia menos dia todos vão se comunicar por e-mail.<br />

Tanto pessoas quanto empresas irão se ren<strong>de</strong>r às facilida<strong>de</strong>s da comunicação<br />

instantânea, interativa, auto arquivável, eternamente encontrável e 100%<br />

confiável. Tanto para quem as envia quanto para quem as recebe. E ao<br />

receber, po<strong>de</strong>r respon<strong>de</strong>r na hora com um clique obtendo todas as vantagens<br />

mencionadas acima.<br />

Esta é a teoria dourada, a prática revela algo chocante: não há ambiente<br />

hoje em que o fato <strong>de</strong> receber e-mails não seja apontado como uma<br />

chateação imensa, e que “alguém <strong>de</strong>via fazer alguma coisa para evitar este<br />

mau uso <strong>de</strong> uma ferramenta genial” porque a ela tem acesso hoje um exército<br />

<strong>de</strong> picaretas “que <strong>de</strong>viam ser varridos da face da terra”.<br />

Toda essa amolação, contudo ainda não levou ninguém a optar pelo<br />

cancelamento quanto ao recebimento <strong>de</strong> e-mails em seus en<strong>de</strong>reços eletrônicos:<br />

pois as vantagens trazidas com o seu recebimento superam em muito as<br />

suas <strong>de</strong>svantagens. Mas até on<strong>de</strong> será possível agüentar a sucessão <strong>de</strong> emails<br />

bobos e pior do que isto, os que contenham ameaças <strong>de</strong> vírus?<br />

Quando o fax começou a ser usado para envio <strong>de</strong>s<strong>de</strong> correntes da felicida<strong>de</strong><br />

a propostas comerciais com metros <strong>de</strong> comprimento houve uma revolta<br />

semelhante à <strong>de</strong> hoje contra este uso abusivo da comunicação que ainda não<br />

tinha o nome <strong>de</strong> SPAM. Naqueles tempos hoje quase jurássicos, a queixa<br />

maior era relativa ao custo do papel do fax, uma <strong>de</strong>spesa que penalizava a<br />

quem os recebia, contra a vonta<strong>de</strong>.<br />

A inutilida<strong>de</strong> da comunicação via “fax SPAM” mostrou rapidamente a<br />

sua inviabilida<strong>de</strong> como forma <strong>de</strong> comunicação. E ele foi abandonado ao<br />

mesmo tempo em que surgia na arena o novo gran<strong>de</strong> veículo total, o e-mail.<br />

Não haverá conseqüências econômicas negativas que possam ser imputadas<br />

a quem envia os e-mails sem permissão dos seus <strong>de</strong>stinatários. Para<br />

quem os dispara tanto faz enviar 200 milhões ou 200, o custo – se ele existe<br />

– será o mesmo. No Brasil, neste momento cogita-se na <strong>ABEMD</strong> e nas suas<br />

congêneres <strong>de</strong>finir parâmetros em relação ao e-mail marketing para a atuação<br />

das empresas brasileiras e eles filiadas.<br />

Sílvio Lefèvre, um dos maiores especialistas brasileiros em <strong>Marketing</strong>


<strong>Direto</strong> e marketing interativo, integrado nesta comissão <strong>de</strong> estudos da <strong>ABEMD</strong>,<br />

já expressou em artigo recente a sua sugestão <strong>de</strong> um reexame dos pontos <strong>de</strong><br />

vista dos que têm proposto atitu<strong>de</strong>s radicais em relação ao uso <strong>de</strong> e-mails, no<br />

Brasil por empresas brasileiras.<br />

O que se torna evi<strong>de</strong>nte é que uma auto-regulamentação brasileira, por<br />

mais bem intencionada, não terá valida<strong>de</strong> além dos limites <strong>de</strong> nossas águas<br />

territoriais. Os gran<strong>de</strong>s remetentes <strong>de</strong> SPAMs ofensivos não estão em países<br />

cujos governos vejam nesta questão <strong>de</strong> envio <strong>de</strong> SPAMs um mal a ser evitado.<br />

Mal comparando, estes governos equivalem-se a outros <strong>de</strong> pequenos países<br />

com receitas reduzidas que hospedam call centers para conversas sobre sexo,<br />

beneficiando-se com um percentual da ligação telefônica internacional, <strong>de</strong>ixando<br />

<strong>de</strong> lado questionamentos quanto à moralida<strong>de</strong> do serviço.<br />

Quem envia os SPAMs está num país, o produto ou serviço oferecido no<br />

e-mail está em outro ou em outros países que po<strong>de</strong>m estar até em continentes<br />

diferentes. Mas só se po<strong>de</strong>rá avaliar este uso intensivo da globalização ao<br />

adquirir o produto ou serviço <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> concordar com as condições <strong>de</strong> compra<br />

e venda apresentadas pelo ven<strong>de</strong>dor.<br />

Não há, portanto qualquer vislumbre <strong>de</strong> uma legislação internacional<br />

garantida por entida<strong>de</strong>s internacionais <strong>de</strong> peso capazes <strong>de</strong> evitar o envio dos<br />

e-mails in<strong>de</strong>sejados, ou os e-mails do mal, se adotarmos uma visão mais<br />

maniqueísta da ativida<strong>de</strong>. Aliás, se por um passe <strong>de</strong> mágica isto se tornasse<br />

possível seria o maior atentado à liberda<strong>de</strong> do pensamento, pois haveria um<br />

“big brother” com po<strong>de</strong>res globais para <strong>de</strong>terminar o que po<strong>de</strong> e o que não<br />

po<strong>de</strong> ser enviado por e-mails, a começar com os seus particulares.<br />

O abandono das práticas comerciais abusivas ou <strong>de</strong>srespeitosas se dará<br />

por <strong>de</strong>curso <strong>de</strong> prazo e mediante a saturação e indiferença dos <strong>de</strong>stinatários<br />

<strong>de</strong>stes e-mails que têm provocado tantos <strong>de</strong>bates. Ou seja, quem vai <strong>de</strong>terminar<br />

o seu fim ou a sua evolução será mesmo o consumidor, como em todos os<br />

outros casos relacionados ao marketing.<br />

Enquanto aumenta o número <strong>de</strong> e-mails <strong>de</strong>sejados – mesmo que não<br />

tenham sido previamente autorizados pelo <strong>de</strong>stinatário (lembre-se que você<br />

não autoriza previamente a alguém enviar cartas para você, e que qualquer<br />

pessoa com o seu en<strong>de</strong>reço po<strong>de</strong> fazê-lo quando e quantas vezes <strong>de</strong>seje). O<br />

volume <strong>de</strong> comunicação via e-mail tem crescido mais <strong>de</strong> 1000% nos últimos<br />

três anos, numa proporção idêntica ao envio para a lixeira dos e-mails sem<br />

sentido.<br />

Nesta controvérsia entre as vantagens e <strong>de</strong>svantagens dos e-mails sem<br />

querer adotar uma posição messiânica, nem uma posição inquestionavelmente<br />

correta do ponto <strong>de</strong> vista político, e também não usando <strong>de</strong> cinismo, proponho<br />

a adoção da seguinte linha <strong>de</strong> ação para lidar com o assunto sem maiores<br />

traumas:<br />

1. Que sejam claramente i<strong>de</strong>ntificados os remetentes dos e-mails.<br />

Empresas e pessoas conhecidas merecem muito mais atenção e interesse<br />

do que empresas <strong>de</strong> que nunca ouvimos falar.<br />

2. Ao mesmo tempo, quem remete tem a obrigação <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir com<br />

precisão cirúrgica o fato relevante que justifica o envio do e-mail. E isto<br />

<strong>de</strong>ve aparecer no “Assunto” <strong>de</strong> forma clara e necessariamente relevante.<br />

3. Anexos só <strong>de</strong>vem ser encaminhados a quem por eles aguarda, ou<br />

por quem mereça a confiança do <strong>de</strong>stinatário.<br />

4. Cada usuário da Internet <strong>de</strong>ve ter a certeza <strong>de</strong> que sua navegação<br />

através dos sites mais variados está sendo monitorada por alguém. Na<br />

verda<strong>de</strong> ninguém “entra na Internet”, a Internet é que entra no seu computador<br />

cada vez que você navega pelo mundo. Logo não estranhe se<br />

remetentes <strong>de</strong> e-mails ofensivos consi<strong>de</strong>rem você como público-alvo para<br />

seus produtos.<br />

Isto é uma <strong>de</strong>corrência estatística do sucesso <strong>de</strong> vendas anteriores<br />

daquilo oferecido pelo remetente tendo em vista os sites visitados por<br />

milhares <strong>de</strong> outras pessoas no mundo. Se você inocentemente visitou<br />

alguns <strong>de</strong>stes sites, seu e-mail foi capturado e vendido ao remetente do<br />

SPAM.<br />

5. Delete todos e-mails <strong>de</strong> remetentes <strong>de</strong>sconhecidos, com assuntos<br />

inesperados antes <strong>de</strong> abri-los. Você estará garantindo ao agir assim o uso<br />

cada vez mais intenso e prazeroso <strong>de</strong> e-mails. E estará evitando que<br />

autorida<strong>de</strong>s governamentais criem comissões, entida<strong>de</strong>s, controladorias<br />

ou equivalentes para orientar, <strong>de</strong>finir e administrar o uso da Internet. O<br />

dinheiro que vai pagar toda esta festa – inútil como procurei <strong>de</strong>monstrar<br />

do ponto <strong>de</strong> vista operacional, será o seu, o nosso, imposto.<br />

Algo muito mais inconveniente do que a tarefa <strong>de</strong> <strong>de</strong>letar bobagens<br />

recebida ocasionalmente em sua caixa <strong>de</strong> entrada.<br />

* Pio Borges é presi<strong>de</strong>nte da PB <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong>, coor<strong>de</strong>nador do Núcleo <strong>de</strong> Comunicação<br />

Interativa da ESPM e conselheiro da <strong>ABEMD</strong>.<br />

41<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong> 41


CURSOS<br />

CURSO DE MARKETING DIRETO<br />

FORMA QUINTA TURMA<br />

Quinta turma do Curso <strong>de</strong> Especialização em <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> em aula prática <strong>de</strong> laboratório <strong>de</strong> planejamento,<br />

on<strong>de</strong> se simulam situações reais em diferentes cenários, <strong>de</strong>senvolvendo ações.<br />

Em <strong>de</strong>zembro, a <strong>ABEMD</strong> encerrou a quinta<br />

turma do seu Curso Livre <strong>de</strong> Especialização em<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong>. O curso <strong>de</strong> quatro meses atravessa<br />

toda a disciplina <strong>de</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> em cinco<br />

blocos <strong>de</strong> conteúdo: fundamentos e planejamento,<br />

mídias do <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong>, mensuração, database<br />

marketing e relacionamento e execução <strong>de</strong> campanha.<br />

Para Emerson Afonso Palu<strong>de</strong>ti, da área <strong>de</strong><br />

marketing da Aon Affinity, um dos formandos <strong>de</strong>sta<br />

turma, “o curso é simples e conciso e dá a exata<br />

idéia do que é o universo <strong>de</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong>,<br />

além <strong>de</strong> uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atuação <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />

cada segmento”. Para Marcos Fernando Parizatto,<br />

analista <strong>de</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> dos Correios, “o curso<br />

é <strong>de</strong> extrema importância e relevância para <strong>de</strong>scobrirmos<br />

o encantamento do <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong>”.<br />

Os professores que formaram o corpo docente<br />

<strong>de</strong>ste ano foram: Maria Luiza Piccioli/Interact,<br />

Sandra Camelier/Speciallist, Luna Macedo/GreyZest<br />

42<br />

42<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong><br />

<strong>Direto</strong><br />

Direct, Ana Maria Monteiro/Am3 Telemarketing, Gil<br />

Giar<strong>de</strong>lli/Ecentry, Ricardo Cavallini/Euro<br />

Interaction, Flávio Salles/Sun MRM, Ana Cláudia<br />

Braga/Consultora, Rogério Carpi/Datalogos, Eduardo<br />

Ramalho/Loyaltix, Christiano Ranoya/<br />

MarketData, Patrícia Marinho/Datamidia,FCBi,<br />

Eduardo Baffa/Wun<strong>de</strong>rman, Luís Vendramini/<br />

BackStage Comunicação e Fábio Adiron/Adiron<br />

Consultores.<br />

Resultados<br />

Como resultados das duas turmas que ocorreram<br />

em 2004, Adiron consi<strong>de</strong>ra que foram excelentes.<br />

“O pessoal teve uma participação muito<br />

alta e as médias das avaliações do curso sempre<br />

estiveram acima <strong>de</strong> 85% <strong>de</strong> aprovação”, afirma.<br />

Os alunos são profissionais que estão em<br />

cargos <strong>de</strong> supervisão ou gerência. A maioria vem<br />

<strong>de</strong> empresas. Os fornecedores <strong>de</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong><br />

representam, em média, um terço dos alunos.<br />

Dentre as empresas nesta turma participaram:<br />

Bra<strong>de</strong>sco, Roche, Editora Abril, Sky, Laboratório<br />

Fleury, Som Livre, Pão <strong>de</strong> Açúcar, CMA, Correios,<br />

Aon Affinity e Philips.<br />

Novo formato<br />

Des<strong>de</strong> o início do curso, em 2002, ocorreram<br />

várias mudanças no formato do curso, tornando-o<br />

cada vez mais uma referência para o setor. A mudança<br />

mais importante foi o aumento da carga<br />

horária das matérias Internet e telemarketing.<br />

Segundo Fábio Adiron, coor<strong>de</strong>nador do curso,<br />

nesta quinta turma houve pela primeira vez<br />

aula sobre mobilida<strong>de</strong> e novas tecnologias e sobre<br />

testes em <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong>.<br />

Todo semestre a aula <strong>de</strong> cases muda. Para a<br />

sexta turma, que se inicia no primeiro semestre <strong>de</strong><br />

2005, será apresentado o Case BMW. “Além disso,<br />

<strong>de</strong>vemos ganhar dois reforços <strong>de</strong> peso: Fernando<br />

Cirne para o tema e-mail marketing e Adélia<br />

Franceschini para pesquisa”, informa o coor<strong>de</strong>nador<br />

do curso.<br />

Inscreva-se para a sexta turma do<br />

Curso <strong>de</strong> Especialização em<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong><br />

Início das aulas: 8 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2005<br />

Duração: 4 meses – 80 horas/aula<br />

Horário: Terças-feiras e quintas-feiras,<br />

das 20h às 22h30<br />

Local: Centro Brasileiro Britânico – Alto <strong>de</strong><br />

Pinheiros – São Paulo/SP<br />

Mais informações:<br />

Ligue para (11) 3129-3001 ou man<strong>de</strong> um<br />

e-mail para atendimentoeventos@abemd.org.br


ANÚNCIO<br />

CMA


DMA NEW ORLEANS - 2004<br />

Palestras e almoço no Terraço<br />

Itália, com o melhor da DMA<br />

SER RELEVANTE É<br />

O QUE IMPORTA<br />

A 87ª Conferência anual da DMA,<br />

realizada em New Orleans, consagrou<br />

o conceito da relevância no <strong>Marketing</strong><br />

<strong>Direto</strong>. O <strong>de</strong>safio é superar as<br />

resistências do consumidor,<br />

integrando todas as ferramentas<br />

<strong>de</strong> comunicação.<br />

44<br />

44<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong><br />

<strong>Direto</strong><br />

Entre os dias 16 e 20 <strong>de</strong> outubro, as atenções do mundo do<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> estiveram voltadas para a 87ª Conferência Anual da<br />

Direct <strong>Marketing</strong> Association (DMA), que aconteceu em New Orleans, nos<br />

Estados Unidos. O evento contou com 110 palestras simultâneas e a<br />

participação <strong>de</strong> 545 empresas na exposição <strong>de</strong> produtos e serviços, com as<br />

principais tendências e novida<strong>de</strong>s do <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong>.<br />

Os associados da <strong>ABEMD</strong> que não pu<strong>de</strong>ram ir a New Orleans<br />

tiveram a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acompanhar, no dia 7 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro, um<br />

balanço sobre o que aconteceu <strong>de</strong> melhor na DMA 2004, durante o<br />

almoço <strong>de</strong> confraternização da entida<strong>de</strong>, realizado no Terraço Itália. O<br />

evento teve como palestrantes renomados profissionais do setor (veja<br />

quadro). Nas próximas páginas, a revista <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> traz uma<br />

visão geral dos principais temas <strong>de</strong>batidos na Conferência da DMA e<br />

que foram reproduzidos no evento da <strong>ABEMD</strong>. O material foi elaborado<br />

com a colaboração <strong>de</strong> Otavio Dias, sócio e vice-presi<strong>de</strong>nte da GreyZest<br />

Direct, e <strong>de</strong> Marisa Furtado, vice-presi<strong>de</strong>nte e diretora <strong>de</strong> criação da<br />

Fábrica Comunicação Dirigida.<br />

Apresentadores do evento “O melhor da DMA 2004”<br />

Palestrante Empresa/Agência<br />

Fernando Cirne Editora Abril<br />

Inês Galvão Salem<br />

James Scavone Salem<br />

Marco Antonio <strong>de</strong> Almeida OgilvyOne<br />

Marisa Furtado Fábrica Comunicação Dirigida<br />

Marly Monteiro Orbital/Credicard<br />

Otavio Dias GreyZest Direct<br />

Rubens Stephan MDS<br />

Waldomiro Silva Credicard


Principais tendências<br />

A DMA <strong>de</strong> 2004 consagrou a questão da<br />

relevância no <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong>. “Só a relevância<br />

faz o cliente abrir sua mala direta, clicar no seu<br />

banner, aten<strong>de</strong>r seu telefone e interagir com seu<br />

comercial <strong>de</strong> TV”, diz Marisa Furtado em seu relato<br />

sobre a Conferência. “Passadas duas décadas <strong>de</strong><br />

softwares mágicos, tecnologias visionárias, dogmas<br />

<strong>de</strong> CRM, explosão do telemarketing e uma infinida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> futurologismos, o mix <strong>de</strong> comunicação e a<br />

verda<strong>de</strong> na entrega da promessa <strong>de</strong> uma marca<br />

voltam a ser o cerne na conquista, retenção e<br />

fi<strong>de</strong>lização dos clientes”, diz.<br />

Para ela, a Conferência da DMA reforçou o<br />

conceito <strong>de</strong> que marketing <strong>de</strong> massa e marketing<br />

one-to-one são indissociáveis <strong>de</strong> uma marca <strong>de</strong><br />

sucesso, que é inseparável <strong>de</strong> um compromisso<br />

360º com seus clientes, colaboradores, fornecedores<br />

e comunida<strong>de</strong>. “Não importa quais são os canais<br />

e mídias, mas sim quanta relevância eles<br />

produzem, para que, acrescidos <strong>de</strong> apelos emocionais<br />

e boa comunicação, uma marca possa ser<br />

referendada e preferida entre pessoas”, completa.<br />

O consumidor mudou<br />

Em sua análise geral sobre o evento, Otavio<br />

Dias <strong>de</strong>staca as percepções sobre o impacto <strong>de</strong> novas<br />

Marisa Furtado (à esquerda)<br />

e Otavio Dias (abaixo):<br />

conferindo tendências<br />

tecnologias e mídias no consumidor. “Há excesso <strong>de</strong><br />

mensagens em todos os meios <strong>de</strong> comunicação. Além<br />

disso, a Internet trouxe o comando <strong>de</strong> busca e comparação,<br />

sem contar os bloqueadores <strong>de</strong> comerciais e<br />

rádios e os anti-spams que fazem o consumidor ficar<br />

cada vez mais difícil <strong>de</strong> se atingir”, diz. Diante <strong>de</strong>sse<br />

novo cenário, o <strong>de</strong>safio é encontrar alternativas para<br />

o planejamento e criação, não só em <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong>,<br />

mas em todas as disciplinas.<br />

“Não existe mais propaganda sem a preocupação<br />

com o ROI (retorno sobre investimento). E<br />

não existe mais <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> sem a preocupação<br />

com a construção da marca. O <strong>de</strong>safio é saber<br />

equilibrar essas duas frentes e tirar o melhor proveito<br />

<strong>de</strong> cada mídia e ferramenta. A comunicação<br />

integrada será cada vez mais levada a ferro e fogo<br />

por todas as empresas”, avalia Otávio.<br />

Pelo que se viu na DMA, a integração no<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> já se tornou uma premissa básica.<br />

Sites <strong>de</strong> relacionamento, hot-sites, lading pages<br />

e o e-mail marketing já estão integrados com as<br />

estratégias off-line. A bola da vez é o searching<br />

marketing, que traz para as empresas o seguinte<br />

<strong>de</strong>safio: como ser encontrada na web pelo consumidor,<br />

<strong>de</strong> forma rápida, simples e prioritária.<br />

A posição do Brasil<br />

Ao comparar a realida<strong>de</strong> brasileira com o<br />

que foi apresentado na DMA, Otavio Dias afirma<br />

que o <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> no Brasil evoluiu muito nos<br />

últimos anos, mas ainda há muito espaço para ser<br />

conquistado. “Não somente em termos <strong>de</strong> participação<br />

no orçamento, mas, sobretudo, no<br />

envolvimento estratégico com cada cliente e na<br />

extrapolação do conceito <strong>de</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> para<br />

outras mídias, além do tradicional universo offline,<br />

como malas diretas, newsletters, etc, e online,<br />

como sites e e-mails”,diz.<br />

Durante o Global Symposium, reunião com<br />

associações <strong>de</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>de</strong> 25 países, a<br />

<strong>ABEMD</strong> teve a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mostrar algumas<br />

das iniciativas <strong>de</strong>stinadas a fortalecer cada vez<br />

mais a ativida<strong>de</strong> no Brasil. Entre elas, a segunda<br />

fase da campanha institucional <strong>de</strong> valorização do<br />

setor, criada pela GreyZest Direct, que começou a<br />

ser veiculada em novembro. O Global Symposium<br />

acontece paralelamente ao congresso da DMA. “Foi<br />

uma surpresa agradável saber que cinco países se<br />

mostraram interessados em utilizar a nossa campanha<br />

como referência para trabalhos semelhantes”,<br />

diz Efraim Kapulski, presi<strong>de</strong>nte da <strong>ABEMD</strong>. O<br />

encontro, realizado no domingo, dia 17 <strong>de</strong> outubro,<br />

foi aberto pelo novo presi<strong>de</strong>nte e CEO da DMA,<br />

John A. Greco Jr.<br />

45<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong> 45


John Greco Jr: foco nos pequenos negócios<br />

Resultados<br />

Em 2004, haverá um investimento total da<br />

indústria <strong>de</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> americana <strong>de</strong> 186<br />

bilhões <strong>de</strong> dólares, o que representa um crescimento<br />

<strong>de</strong> 9% frente a 2003.<br />

Meio Ambiente:<br />

O <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> tem trabalhado mais<br />

ativamente no uso consciente do papel. Está mais<br />

amigo do meio ambiente, <strong>de</strong> olho na reciclagem.<br />

Cerca <strong>de</strong> 10% <strong>de</strong> todo o papel usado na impressão<br />

<strong>de</strong> materiais no ano passado foram<br />

reciclados. Nesse sentido, a DMA até lançou um<br />

selo como representante <strong>de</strong>ssa ban<strong>de</strong>ira:<br />

RecyclepPlease.org.<br />

Telemarketing:<br />

Em telemarketing a situação continua bastante<br />

<strong>de</strong>licada. O crescimento <strong>de</strong> quase 15% <strong>de</strong><br />

clientes interessados em bloquear chamadas é<br />

preocupante. Atualmente estão inscritos 64 milhões<br />

<strong>de</strong> telefones no Do-Not-Call.<br />

46<br />

46<br />

46<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong><br />

<strong>Direto</strong><br />

<strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong><br />

Impostos e Correios<br />

A DMA também está trabalhando para simplificar<br />

a taxação. E usando todo o seu lobby para<br />

melhorar o relacionamento com a Casa Branca.<br />

Em relação aos correios, a boa notícia (para eles) é<br />

que as tarifas serão as mesmas até 2006.<br />

SPAM<br />

O e-mail <strong>de</strong>ve ser usado <strong>de</strong> forma responsável.<br />

Legislação, tecnologia, auto-regulamentação,<br />

etc estão na or<strong>de</strong>m do dia. A DMA está fazendo sua<br />

parte. Trabalha juntamente com o FBI num software<br />

capaz <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar os fraudadores.<br />

Privacida<strong>de</strong><br />

As práticas online estão sob o foco das autorida<strong>de</strong>s<br />

competentes. Agora 50 Estados já po<strong>de</strong>m<br />

punir empresas que não fizerem isso <strong>de</strong> forma apropriada.<br />

A preocupação com a privacida<strong>de</strong> nos EUA<br />

po<strong>de</strong>rá atrapalhar a coleta <strong>de</strong> dados e tornar a<br />

comunicação cada vez menos relevante. Guias sobre<br />

“Best Practices” produzidos pela DMA ajudam<br />

OS PLANOS DO NOVO<br />

PRESIDENTE DA DMA<br />

John A. Greco Jr., o novo presi<strong>de</strong>nte e CEO da DMA, é casado, pai <strong>de</strong> três adolescentes – “tenho<br />

em casa um verda<strong>de</strong>iro focus group em tempo real”, diz – e gosta <strong>de</strong> jogar golfe nas horas<br />

vagas. Na <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> Marisa Furtado, Greco é um “gentleman, mais low profile” do que Bob<br />

Wientzen, que se aposentou <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> oito anos à frente da entida<strong>de</strong>. Selecionamos os trechos<br />

principais <strong>de</strong> sua apresentação, que mostram as maiores preocupações e<br />

priorida<strong>de</strong>s da DMA para o futuro.<br />

seus membros a melhor conduzir a prática <strong>de</strong> coletas<br />

<strong>de</strong> dados.<br />

Priorida<strong>de</strong>s da DMA<br />

Um novo planejamento estratégico <strong>de</strong>senhará<br />

um plano diretor <strong>de</strong>talhado para a DMA.<br />

O foco <strong>de</strong> sua gestão será nos pequenos negócios.<br />

Preten<strong>de</strong> criar condições ainda mais especiais aos<br />

pequenos empresários. Sua meta é dar atenção<br />

especial ao segmento business-to-business, estimulando<br />

o crescimento <strong>de</strong>ste segmento <strong>de</strong> atuação<br />

do <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong>.<br />

Na relação da DMA com o Governo, Greco<br />

preten<strong>de</strong> manter o espaço conquistado e estabelecer<br />

novas frentes <strong>de</strong> atuação para proteger os<br />

interesses do setor. Outra priorida<strong>de</strong> é melhorar<br />

da imagem da indústria <strong>de</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong>.<br />

Greco preten<strong>de</strong> fazer o consumidor perceber o<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> como algo que lhe propicia valor,<br />

segurança e confiança. A DMA está <strong>de</strong>senvolvendo<br />

um trabalho <strong>de</strong> comunicação para este<br />

fim.


DMA NEW ORLEANS - 2004<br />

Prêmios<br />

A DMA também comemorou o 75º aniversário<br />

do ECHO Awards, prêmio internacional<br />

<strong>de</strong> criação em <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong>. A Salem<br />

foi a única agência brasileira a receber ouro<br />

na premiação <strong>de</strong>ste ano com a campanha<br />

“Achados e Perdidos”, criada para os guias<br />

impressos <strong>de</strong> lazer da Via Global, que também<br />

ganhou ouro em Cannes (ver mais sobre<br />

este case na página 17). Esse foi o oitavo<br />

prêmio ECHO conquistado pela Salem. Já a<br />

Ogilvy One conquistou troféu ECHO <strong>de</strong> prata<br />

pela campanha integrada para a IBM Brasil.<br />

A Tequila\BR teve um case entre os finalistas.<br />

Os Estados Unidos dominaram a premiação<br />

com 41 ECHOS, mas a Austrália repetiu o<br />

feito <strong>de</strong> levar pela segunda vez consecutiva<br />

o ECHO Diamond Award,<br />

uma espécie <strong>de</strong> Grand Prix.<br />

O QUE ROLOU NAS PALESTRAS<br />

Selecionamos alguns trechos <strong>de</strong> algumas das principais apresentações<br />

da 87ª Conferência da DMA, segundo o relato <strong>de</strong> Otavio<br />

Dias, da GreyZest Direct, e <strong>de</strong> Marisa Furtado, da Fábrica Comunicação<br />

Dirigida. Confira o que disseram gran<strong>de</strong>s executivos<br />

e os papas da comunicação nos Estados Unidos.<br />

Charlotte Beers - Única executiva do mercado<br />

publicitário americano que atuou como presi<strong>de</strong>nte<br />

em duas gran<strong>de</strong>s agências, a Ogilvy &<br />

Mather e J. Walter Thompson.<br />

O <strong>de</strong>safio da comunicação não é apenas saber<br />

o que dizer, mas saber o que o consumidor irá<br />

efetivamente ouvir. Este é o coração da comunicação.<br />

As maiores mudanças em taxas <strong>de</strong> resposta<br />

estão aí. Junto com isso, saber o momento i<strong>de</strong>al<br />

(timing), garantir relevância e um “vocabulário<br />

comum” são as principais premissas para uma<br />

boa estratégia <strong>de</strong> comunicação. É saber o que a<br />

marca faz no coração do consumidor.<br />

Don Logan - Chairman do Media & Communications<br />

Group, Time Warner, Inc.<br />

Algumas polêmicas do setor, como a invasão<br />

<strong>de</strong> privacida<strong>de</strong> do telemarketing, existem em função<br />

das práticas errôneas. O errado não é praticar o<br />

telemarketing, mas ligar para um consumidor no<br />

horário do jantar. Os consumidores buscam na comunicação<br />

uma atitu<strong>de</strong> cada vez mais amigável<br />

e transparente.<br />

John Costello - Presi<strong>de</strong>nte da Home Depot’s,<br />

65 bilhões <strong>de</strong> dólares em vendas, focada em<br />

utensílios para casa, no conceito “do it for<br />

yourself”.<br />

Tudo que “atinge” o consumidor contribui<br />

para a <strong>de</strong>finição da marca: experiência na loja, na<br />

Internet, eventos, relações públicas, customer<br />

service, <strong>de</strong>ntre outros.<br />

A maior dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma empresa é encontrar<br />

o posicionamento i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> sua marca e,<br />

principalmente, fazer com que este posicionamento<br />

tenha sinergia e consistência em toda comunicação<br />

e pontos <strong>de</strong> contato com clientes, parceiros,<br />

intermediários e formadores <strong>de</strong> opinião.<br />

Uma estratégia <strong>de</strong> marketing cada vez mais<br />

unificada é fundamental e <strong>de</strong>ve seguir cinco premissas:<br />

- Segmentação focada nos consumidores <strong>de</strong><br />

maior valor<br />

- Diferenciação real da marca<br />

- Envolvimento 360 o do consumidor<br />

- Fazer mais com menos (ROI -> produtivida<strong>de</strong>)<br />

- I<strong>de</strong>ntificar o melhor momento<br />

Andrew Cohen - CEO e fundador da Exposed<br />

Brick, que gerou mais <strong>de</strong> US$ 1,5 bilhão em<br />

negócios <strong>de</strong> venda-direta, atuando junto as 500<br />

maiores empresas do mundo<br />

Para sobrevier, muitas vezes as empresas<br />

per<strong>de</strong>m ou estabelecem focos e premissas erradas<br />

ao seu negócio. A IBM assumiu que não haveria<br />

espaço para os PCs. A Microsoft veio com tudo. Não<br />

diga que não po<strong>de</strong> ser feito. Antes disto, pense<br />

numa forma diferente <strong>de</strong> fazer! É preciso i<strong>de</strong>ntificar<br />

as premissas corretas no dia-a-dia, que favoreçam<br />

a criativida<strong>de</strong> e inovação. A empresa po<strong>de</strong><br />

persuadir os consumidores antes mesmo <strong>de</strong> comprarem<br />

o produto, colocando simplesmente todo o<br />

po<strong>de</strong>r em suas mãos. O case da M&M é um exem-<br />

47<br />

47<br />

47<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong><br />

<strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong> 47<br />

47


plo. Hoje, através do site, já é possível customizar<br />

os pacotinhos <strong>de</strong> guloseimas, não só em relação<br />

a cores, mas também em quantida<strong>de</strong> e até mesmo<br />

nas iniciais que substituem as tradicionais<br />

M&M.<br />

Hoje em dia muitas empresas não oferecem<br />

em sua comunicação o conceito <strong>de</strong> OPC. O,<br />

<strong>de</strong> Oferta – que mostra a ação –, P, <strong>de</strong> Produto -<br />

que contém o benefício e C, <strong>de</strong> Call to Action, que<br />

leva ao contato. Mas só isso não ven<strong>de</strong>. É preciso<br />

enten<strong>de</strong>r que a marca precisa criar um relacionamento<br />

emocional com seus clientes. Só assim a<br />

resposta po<strong>de</strong> ser imediata, mágica, num estalar<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>dos.<br />

Michele Bartram - Fundadora e editora chefe<br />

da WebPratices.com e VP <strong>de</strong> Vendas Multi Canal<br />

da Reeds Jewelers.<br />

Nem todas as empresas constroem marcas.<br />

Às vezes, elas só ven<strong>de</strong>m produtos. Dessa forma, a<br />

empresa não será a primeira escolha, nem a marca<br />

Premium, se estiver totalmente atrelada a <strong>de</strong>scontos.<br />

E se os clientes não estiverem emocionalmente<br />

ligados a ela.<br />

A construção <strong>de</strong> uma marca inicia-se com a<br />

i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> cada ponto <strong>de</strong> interação - on<strong>de</strong> a<br />

promessa da marca começa a ser verda<strong>de</strong>. Cada<br />

ponto <strong>de</strong> contato <strong>de</strong>ve permitir a melhor experiência<br />

<strong>de</strong> marca do cliente na pré-venda, no pedido e<br />

no pós-venda.<br />

Os benefícios <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> marca:<br />

- Simplifica a escolha e economiza tempo e<br />

esforço.<br />

- A personalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> marca po<strong>de</strong> ajudar o<br />

cliente em sua auto-imagem.<br />

- Reduz o risco <strong>de</strong> errar na qualida<strong>de</strong> e seleção.<br />

- Cria verda<strong>de</strong> e reforça o senso <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>.<br />

- Preço não é tão importante quanto o serviço<br />

e a qualida<strong>de</strong>, quando se tem uma marca<br />

favorita.<br />

- Branding faz com que as empresas <strong>de</strong>pendam<br />

cada vez menos da política <strong>de</strong> preços.<br />

48<br />

48<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong><br />

<strong>Direto</strong><br />

Neil H. Feinstein - <strong>Direto</strong>r <strong>de</strong> Estratégia Criativa<br />

da True North Inc. - e Marjorie Kalter - Professora,<br />

<strong>Direto</strong>ra, do Programa da graduação<br />

<strong>de</strong> Direct e Interactive <strong>Marketing</strong>, New York<br />

University.<br />

A nova religião do <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> é a marca!<br />

Nossos prospects agora são ativos. Não passivos.<br />

Controlam a informação <strong>de</strong> produto. O prévenda,<br />

o local da compra, as promoções, etc. O que<br />

fazer? Construir relacionamento como estratégia <strong>de</strong><br />

marca. Produto, responsabilida<strong>de</strong> social, extensão<br />

da linha <strong>de</strong> produto, intimida<strong>de</strong> com o cliente,<br />

qualida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>sign <strong>de</strong> produto.<br />

Reconheça o fato <strong>de</strong> que treinamos nossos<br />

clientes a não prestar atenção em nossas mensagens.<br />

Os consumidores agora têm filtros. Só vêem o<br />

que eles querem. O que po<strong>de</strong>mos usar para quebrar<br />

essas resistências e fazê-los aceitar nossos apelos?<br />

A resposta é: relevância, conhecer o produto, o<br />

cliente, o que o motiva, seus concorrentes. Conhecer<br />

seus canais <strong>de</strong> mídia e resposta, seus pontos fortes<br />

e fracos, conhecer a oferta, as formas <strong>de</strong> incentivo,<br />

conhecer o sucesso.<br />

CURTAS POR OTAVIO DIAS*<br />

O consumidor tem a força<br />

Os Personal Vi<strong>de</strong>o Recor<strong>de</strong>r (PVR), aparelhos<br />

<strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o que gravam programas eliminando<br />

comerciais são uma febre nos EUA. Nos próximos<br />

5 anos a previsão é <strong>de</strong> que 30 milhões <strong>de</strong><br />

domicílios (30% dos domicílios americanos) possuam<br />

este aparelho. Atualmente, 3 milhões já<br />

possuem! As TVs por assinatura perceberam que<br />

o índice <strong>de</strong> cancelamento <strong>de</strong> seus assinantes,<br />

após receberem este aparelho gratuitamente, diminui<br />

significativamente. Nos EUA, os assinantes<br />

da DIRECTV que possuem um PVR têm suas<br />

taxas <strong>de</strong> cancelamento reduzidas em 2/3! Mais<br />

<strong>de</strong> 50% das pessoas que possuem um PVR dizem<br />

que seu feature favorito é “pular” os comerciais.<br />

Ava Seavey - Avalanche Creative Services<br />

Inc -. e Rich Sangerman – Vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong><br />

serviços ao cliente da Eicoff & Company;<br />

Os consumidores estão cansados <strong>de</strong> receber<br />

ofertas através <strong>de</strong> telemarketing. Ser bem-sucedido<br />

através <strong>de</strong>sse canal tem sido um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio.<br />

É o momento para repensar nossas táticas. Isso<br />

cria uma tremenda oportunida<strong>de</strong> para a TV <strong>de</strong><br />

Resposta Direta. Hoje um terço da população (americana)<br />

já não recebe telefonemas via telemarketing.<br />

Por isso existe uma diferença significativa entre o<br />

telefonema ‘frio’ e o ‘quente’. E essa diferença está<br />

na lucrativida<strong>de</strong>: quase nove vezes maior! Isso significa<br />

ligar para pessoas que estejam interessadas.<br />

Os clientes não estão brincando. É preciso<br />

conseguir a combinação perfeita entre oferta, preço,<br />

script, informações <strong>de</strong>mográficas e psicográficas,<br />

entre outras. Segundo o Advertising Age a questão<br />

crucial em comunicação é o opt-in, a permissão<br />

para atuarmos. O lead gerado pela DRTV tem mais<br />

qualida<strong>de</strong>. Permite que o telemarketing ativo seja<br />

feito <strong>de</strong>pois, quando o cliente está predisposto a<br />

respon<strong>de</strong>r.<br />

O futuro da mídia <strong>de</strong> massa<br />

A TV interativa trará incrível sinergia entre<br />

o uso da TV e o uso da web. Haverá uma revolução<br />

nas regras atuais entre programação e espaços<br />

<strong>de</strong> mídia. Os consumidores terão cada vez<br />

mais controle sobre a programação e comerciais<br />

que assistem.<br />

Socieda<strong>de</strong> alternativa<br />

Um dos <strong>de</strong>staques da feira da DMA é a<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mailings alternativos disponibilizados<br />

para ações <strong>de</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong>: <strong>de</strong><br />

evangélicos até a comunida<strong>de</strong> GLS, mailings específicos<br />

para grávidas, hispânicos, negros - um<br />

segmento que ainda precisa evoluir no Brasil<br />

* Otavio Dias é sócio e vice-presi<strong>de</strong>nte da GreyZest Direct.


DMA NEW ORLEANS - 2004<br />

VAREJO ONLINE<br />

Tendência é Integração<br />

das mídias<br />

· Campanha única com múltiplas partes, e não<br />

múltiplas campanhas;<br />

· Políticas comerciais integradas;<br />

· Ofertas comerciais integradas;<br />

· Mídias complementares (exemplo: e-mail<br />

marketing como reforço <strong>de</strong> ações via papel);<br />

· Utilização das vantagens <strong>de</strong> cada mídia<br />

(exemplo: interativida<strong>de</strong> na Internet);<br />

· Redução do custo total da campanha;<br />

· Políticas integradas garantem comunicação<br />

mais eficaz e consistente da marca.<br />

Apresentação <strong>de</strong> Fernando Cirne, gerente <strong>de</strong> Internet da<br />

Editora Abril, no evento “O melhor da DMA 2004”.<br />

OS CAMINHOS DO<br />

MARKETING DIRETO<br />

Os principais temas que apontam os caminhos do <strong>Marketing</strong><br />

<strong>Direto</strong> estão neste resumo do DMA Report, elaborado por<br />

Otavio Dias, Ivana Faust e Luís Machado, da Grey Zest Direct<br />

Comportamento do Consumidor<br />

Atualmente os consumidores estão saturados<br />

com o marketing. Prova disso é o crescimento das<br />

mensagens a que uma pessoa é submetida todo<br />

dia, <strong>de</strong> 500 em 1970 para 5.000 hoje em dia.<br />

Sobrecarregado com tanto marketing, o consumidor<br />

começou a se tornar resistente. Uma pesquisa<br />

feita em 2004 apontou que 69% das pessoas estavam<br />

interessados em produtos que lhe possibilitassem<br />

alguma forma <strong>de</strong> opt-out ou <strong>de</strong> bloqueio.<br />

Enquanto 54% das pessoas disseram que se recusavam<br />

a comprar produtos <strong>de</strong> marcas que sobrecarregassem<br />

o consumidor com muito marketing.<br />

60% das pessoas consi<strong>de</strong>ravam-se resistentes ao<br />

marketing.<br />

O maior problema é o caráter e o mérito do<br />

próprio marketing. A maioria das marcas oferece<br />

às pessoas muito pouco do que elas realmente<br />

querem. Dessa forma o marketing acabou per<strong>de</strong>ndo<br />

a sua essencial ressonância emocional com os<br />

consumidores. As pessoas só irão comprar mais se<br />

sentirem que estarão ganhando mais do que uma<br />

simples bobagem. 37% das pessoas entrevistadas<br />

disseram que trocariam horas <strong>de</strong> sono para ter mais<br />

tempo. Se as pessoas estão dispostas a renunciar<br />

ao sono, imaginem o que não fazem para “escapar”<br />

<strong>de</strong> uma ação <strong>de</strong> marketing?<br />

Algumas pessoas estão chegando ao ponto<br />

<strong>de</strong> escolher um produto pelo marketing que ele<br />

realiza. Se o produto faz um bom marketing, então<br />

é digno <strong>de</strong> ser consumido. A prática do marketing<br />

muitas vezes po<strong>de</strong> <strong>de</strong>negrir a marca.<br />

Para J.Walker Smith, presi<strong>de</strong>nte da Yankelovich<br />

Partners, Inc e autor do livro Coming to<br />

Concurrence, atingindo a simultaneida<strong>de</strong>, o consumidor<br />

irá respon<strong>de</strong>r ao marketing que é mais<br />

preciso e relevante e que lhe ofereça po<strong>de</strong>r e reciprocida<strong>de</strong>.<br />

Portanto, o autor propõe uma substituição<br />

dos 4 P’s, que orientaram os profissionais <strong>de</strong><br />

marketing há anos, pela fórmula P & R2.<br />

Precisão<br />

Impactar apenas as pessoas que tenham<br />

interesse no seu produto<br />

- Relevância: falar às pessoas com novos<br />

valores que sejam importantes para elas<br />

- Po<strong>de</strong>r: colocar o consumidor no controle do<br />

que ele quer ver e ouvir. Pedir permissão sempre<br />

- Reciprocida<strong>de</strong>: compensar o consumidor<br />

pelo seu tempo e atenção. Ser educado e fazer do<br />

marketing uma forma <strong>de</strong> entretenimento<br />

Construindo marcas<br />

O <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong>, além <strong>de</strong> gerar respostas<br />

mensuráveis, contribui <strong>de</strong>cisivamente para a construção<br />

<strong>de</strong> marcas e posicionamentos. A nova onda<br />

do <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> é ser cada vez mais eficiente<br />

na comprovação do ROI, mas passando agora do<br />

nível tático para o nível estratégico no papel <strong>de</strong><br />

consolidação <strong>de</strong> marcas através <strong>de</strong> relacionamentos<br />

relevantes e duradouros.<br />

O novo <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> e interativo é<br />

centrado na marca. Todo o ponto <strong>de</strong> contato com o<br />

consumidor <strong>de</strong>ve ser transformado numa experiência<br />

da marca. Isto passa <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o tom e linguagem<br />

<strong>de</strong> uma aten<strong>de</strong>nte no contact center até a experiência<br />

no PDV. Tudo <strong>de</strong>ve ter consistência e transmitir<br />

uma mesma sensação, os mesmos valores.<br />

49<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong> 49


O futuro da DRTV<br />

Este foi um dos assuntos mais badalados da<br />

conferência e esteve presente em várias palestras.<br />

Nos Estados Unidos, <strong>de</strong> cada <strong>de</strong>z comerciais<br />

na TV, certamente mais <strong>de</strong> 50% possui um forte<br />

call to action no final. A idéia é estabelecer o link<br />

entre a propaganda e o consumidor final, dando<br />

continuida<strong>de</strong> ao relacionamento junto às pessoas<br />

que manifestarem interesse pelo produto ou pela<br />

marca. No Brasil este conceito ainda é muito pouco<br />

utilizado pelas empresas tem tudo para crescer.<br />

O conceito <strong>de</strong> DRTV é hoje fortemente utilizado<br />

por diversas indústrias (que não apenas a venda-direta),<br />

com <strong>de</strong>staque para as Instituições Financeiras<br />

e <strong>de</strong> Seguros e Indústria Farmacêutica.<br />

O estudo <strong>de</strong> taxas <strong>de</strong> respostas da DMA (foco EUA),<br />

publicado em 2003, <strong>de</strong>monstra que o DRTV tem<br />

atingido taxas <strong>de</strong> resposta e ROI maiores do que<br />

qualquer outra mídia <strong>de</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong>, com<br />

exceção do e-mail. (1 o e-mail, 2 o DRTV, 3 o Encartes,<br />

4 o Malas diretas, 5 o Malas tridimensionais, 6 o Rádio<br />

e 7 o Catálogos).<br />

Como criar comerciais <strong>de</strong> resposta<br />

direta que ven<strong>de</strong>m e constroem marcas<br />

- Faça-o mais longo<br />

Comerciais <strong>de</strong> maior duração produzem<br />

maiores taxas <strong>de</strong> resposta e ROI. Seu comercial<br />

<strong>de</strong>ve entreter, engajar, ser claro sobre os benefícios<br />

do seu produto, neutralizar possíveis objeções,<br />

reforçar políticas <strong>de</strong> garantia e estimular a resposta.<br />

- Coloque alguma resposta direta no seu DRTV<br />

Alguns comerciais <strong>de</strong> DRTV são apenas comerciais<br />

tradicionais com um 0800 no final. Isto<br />

não gerará respostas satisfatórias. O 0800 <strong>de</strong>ve<br />

estar visível o tempo suficiente para o consumidor<br />

ler e escrever. Os benefícios do produto ou<br />

serviço <strong>de</strong>vem ser claros e reforçados mais <strong>de</strong> uma<br />

vez, em locução e também em lettering. É preciso<br />

dizer ao consumidor o que esperamos <strong>de</strong>le.<br />

50<br />

50<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong><br />

<strong>Direto</strong><br />

- Teste a criação<br />

Na publicida<strong>de</strong> muitas vezes os Focus Groups<br />

são suficientes para testar um comercial. Isso não é<br />

totalmente verda<strong>de</strong> no universo do <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong>.<br />

A razão é simples: o que as pessoas gostam<br />

nos comerciais não necessariamente é o que faz as<br />

pessoas respon<strong>de</strong>rem a um comercial. Por isso, teste<br />

sempre.<br />

- Compre mídias a<strong>de</strong>quadas<br />

O preço <strong>de</strong> veiculação tem um impacto muito<br />

significativo no custo por ligação. Como resultado,<br />

alguns horários que po<strong>de</strong>m não funcionar para<br />

comerciais 100% voltados para branding, po<strong>de</strong>m<br />

funcionar bem para DRTV – e vice-versa. O que<br />

mais interessa para DRTV é o perfil <strong>de</strong> audiência.<br />

Quando mais assertivo e segmentado, <strong>de</strong> acordo<br />

com o produto ou serviço, maior será a taxa <strong>de</strong><br />

resposta.<br />

- Preocupe-se com a medição <strong>de</strong> resposta<br />

Lembre-se <strong>de</strong> preparar os bastidores para<br />

medição <strong>de</strong> resposta <strong>de</strong> forma multi-disciplinar<br />

(ligações, visitas ao site e outros canais <strong>de</strong> venda).<br />

Toda campanha <strong>de</strong>ve gerar, no mínimo:<br />

1) o custo por ligação,<br />

2) o custo por lead e<br />

3) o custo por venda. Você <strong>de</strong>ve saber quais<br />

canais, horários e ofertas foram mais eficazes.<br />

Loyalty<br />

A estratégia <strong>de</strong> relacionamento <strong>de</strong> uma marca<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> muito da categoria em que atua, posicionamento<br />

<strong>de</strong> marca e da sua dimensão e localização<br />

geográfica (país, estado, cida<strong>de</strong>). Quando falamos<br />

<strong>de</strong> loyalty estamos falando essencialmente<br />

<strong>de</strong> mudanças no comportamento do consumidor<br />

(comprar com mais freqüência, ser mais fiel, etc) e<br />

este comportamento está intrinsecamente ligado à<br />

sua cultura, hábitos e perfil. É preciso pensar <strong>de</strong><br />

forma regionalizada. É preciso colocar-se no lugar<br />

do consumidor e não acreditar em programas empacotados.<br />

É muito difícil controlar o comportamento do<br />

consumidor, mas é possível controlar a sua experiência<br />

com a marca e a partir daí, estimular a<br />

mudança do seu comportamento. A busca pela<br />

privacida<strong>de</strong> é uma forma do consumidor dizer “Eu<br />

não quero este relacionamento”. Por isto, mais do<br />

que nunca, é importantíssimo compreen<strong>de</strong>r o que<br />

o consumidor realmente <strong>de</strong>seja da empresa, em<br />

todos os sentidos.<br />

Seja no formato institucional, <strong>de</strong> reconhecimento<br />

ou <strong>de</strong> pontuação, os programas <strong>de</strong> fi<strong>de</strong>lização<br />

vieram para ficar e muito em breve possuirão<br />

envolvimento dos mais altos escalões das empresas,<br />

ou seja, passam a ser encarados como um<br />

dos mais importantes diferenciais competitivos <strong>de</strong><br />

uma marca.<br />

Business-to-Business<br />

Uma das principais percepções nas palestras<br />

<strong>de</strong> BtoB é que este tipo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> tem cada vez<br />

mais ligação com a web. sites, hotsites, landing<br />

pages, portais, searching marketing, e-mail<br />

marketing, chats. Todas as ferramentas online serão<br />

cada vez mais utilizadas nas estratégias <strong>de</strong><br />

captação e relacionamento BtoB. A base das estratégias<br />

<strong>de</strong> BtoB está em relacionamento, seja com<br />

prospects, seja com clientes, pois para se fechar um<br />

negócio neste mercado é preciso persistência, confiança<br />

e isto leva tempo.<br />

Criação<br />

As palestras <strong>de</strong> criação <strong>de</strong>monstraram que,<br />

apesar da gran<strong>de</strong> evolução tecnológica e do<br />

surgimento <strong>de</strong> novas mídias (Internet, SMS, etc,) as<br />

tradicionais técnicas do <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> permanecem<br />

mais vivas do que nunca.<br />

Um argumento <strong>de</strong> venda emocional sempre<br />

supera um argumento <strong>de</strong> venda racional. Benefícios<br />

são mais emocionais que características, portanto,<br />

ven<strong>de</strong>m mais. Para ofertas com sabor emocional forte,<br />

incluir um mecanismo <strong>de</strong> resposta que enfatize o<br />

uso dos correios, po<strong>de</strong> prejudicar seu retorno.


Redação<br />

O sucesso na redação <strong>de</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong><br />

está diretamente ligado a três pilares: verossimilhança,<br />

clareza e benefício. Para uma comunicação<br />

<strong>de</strong> força, a clareza é fundamental. Não <strong>de</strong>ixe<br />

que qualquer outro componente do mix <strong>de</strong> comunicação<br />

interfira nisso.<br />

- Dizer muita coisa no envelope po<strong>de</strong> prejudicar<br />

a resposta. Não faça suspense com o leitor,<br />

use sua melhor artilharia logo <strong>de</strong> cara (para email<br />

isso é imperativo).<br />

- O P.S. <strong>de</strong>ve reforçar um dos principais<br />

motivadores <strong>de</strong> venda ou mencionar um benefício<br />

extra – um que não precise <strong>de</strong> muita explicação.<br />

- Ser específico é melhor do que generalizar.<br />

- Exemplos se sobrepõem a estatísticas.<br />

Nas comunicações BtoB, o endosso <strong>de</strong> usuários<br />

é mais forte do que endosso <strong>de</strong> celebrida<strong>de</strong>s.<br />

Nas comunicações para consumidores finais, endossos<br />

<strong>de</strong> celebrida<strong>de</strong>s sem relação com o produto<br />

ou serviço são <strong>de</strong>sperdício <strong>de</strong> dinheiro.<br />

· Benefícios sempre superam “gracinhas” - nem sempre<br />

a agência está certa; confie no marketing <strong>de</strong><br />

seu cliente.<br />

· Desafie suposições - quanto mais as coisas mudam,<br />

mais você <strong>de</strong>ve pensar sobre sua peça criativa e<br />

sua oferta.<br />

· Esqueça nomes <strong>de</strong> cargos - as pessoas são mais<br />

interessantes do que seus cargos.<br />

· Entre no mundo do seu público - ponha-se no lugar<br />

<strong>de</strong> seu público-alvo; a chave para uma boa comunicação<br />

po<strong>de</strong> estar embaixo do seu nariz.<br />

· Entre no mundo do seu público... <strong>de</strong> novo - oferecer<br />

alguma coisa que sua audiência valoriza conta muito.<br />

· Anti-branding po<strong>de</strong> funcionar – os jovens não ne-<br />

Os segredos da<br />

estratégia criativa<br />

ANÚNCIO<br />

REDLine<br />

cessariamente querem ter os carros <strong>de</strong> seus pais<br />

ou seus tênis <strong>de</strong> corrida.<br />

· B2B ou B2C? Criativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser B2P - se você<br />

pu<strong>de</strong>r relacionar uma venda B2B com a vida real<br />

da pessoa, você ven<strong>de</strong>.<br />

· As pessoas falam... então escute os Focus Groups -<br />

preste atenção ao que sua audiência faz tanto quanto<br />

ao que ela fala.<br />

· Se a categoria do produto do cliente é <strong>de</strong>sinteressante<br />

e a verba muito pequena para trabalhar<br />

a marca, pegue carona em outra marca interessante.<br />

· De uma oportunida<strong>de</strong> à (boa) criação - até mesmo<br />

um bem articulado briefing <strong>de</strong> estratégia criativa<br />

não <strong>de</strong>ve ficar no caminho <strong>de</strong> uma boa criação.<br />

51<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong> 51


52<br />

52<br />

MERCADO<br />

Estadão busca<br />

novas assinaturas<br />

com <strong>Marketing</strong><br />

<strong>Direto</strong> integrado<br />

Criada pela Fábrica Comunicação Dirigida, a nova<br />

campanha <strong>de</strong> captação <strong>de</strong> novos assinantes do jornal O<br />

Estado <strong>de</strong> S. Paulo, iniciada no dia 28 <strong>de</strong> novembro, terá<br />

dois operadores <strong>de</strong> telemarketing, Paulo e Bia, como<br />

personagens <strong>de</strong> uma competição para ver quem consegue<br />

o maior número <strong>de</strong> assinaturas. Com uma dinâmica<br />

que imita os reality shows, a campanha segue uma<br />

estratégia que utiliza vários meios <strong>de</strong> comunicação <strong>de</strong><br />

forma integrada. Além <strong>de</strong> anúncios em rádio, televisão<br />

e mídia impressa, haverá folhetos, outdoors e uma central<br />

<strong>de</strong> informações na Internet on<strong>de</strong> será possível acompanhar<br />

em tempo real a disputa dos personagens. Paulo<br />

e Bia também farão intervenções em eventos e em<br />

alguns locais <strong>de</strong> São Paulo.<br />

Para o diretor <strong>de</strong> <strong>Marketing</strong> e Mercado Leitor do<br />

Estadão, Antônio Hércules Jr, o foco em planejamento e a<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong><br />

<strong>Direto</strong><br />

visão <strong>de</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> integrado da agência Fábrica<br />

coinci<strong>de</strong>m com as expectativas do Estadão <strong>de</strong> garantir<br />

sinergia entre os diferentes canais <strong>de</strong> venda – TV, Internet,<br />

call center, mala direta. “O jornal se inspirou na sua principal<br />

força <strong>de</strong> vendas <strong>de</strong> assinaturas - o telemarketing - a<br />

partir da qual construiu-se toda a dinâmica <strong>de</strong>sta campanha.<br />

I<strong>de</strong>al para vendas <strong>de</strong> assinaturas, vai aliar criativida<strong>de</strong>,<br />

integrando e estabelecendo uma seqüência <strong>de</strong> comunicações<br />

<strong>de</strong> mídia para geração <strong>de</strong> resultados mensuráveis”,<br />

comenta o diretor.<br />

“O conceito da campanha foge do tradicional mote<br />

Abril atualiza banco <strong>de</strong><br />

dados via Internet<br />

A Editora Abril finalizou a pesquisa nacional<br />

para atualizar o banco <strong>de</strong> dados <strong>de</strong> clientes do Grupo<br />

e empresas parceiras. Feita totalmente via Internet,<br />

método inédito no Brasil neste tipo <strong>de</strong> sondagem, a<br />

abordagem teve resposta <strong>de</strong> 350 mil pessoas, número<br />

que superou as expectativas.<br />

“Tivemos um índice <strong>de</strong> 10% <strong>de</strong> retorno. É um<br />

número surpreen<strong>de</strong>nte.”, observa Katia Benchimol,<br />

diretora corporativa <strong>de</strong> marketing leitor. Segundo ela,<br />

a ação também ajudará a <strong>de</strong>svendar ainda mais o<br />

comportamento do cliente Abril, facilitando ações <strong>de</strong><br />

segmentação.<br />

A pesquisa consistiu no envio <strong>de</strong> um questionário<br />

com cinqüenta perguntas por e-mail para cerca<br />

<strong>de</strong> 3,5 milhões <strong>de</strong> clientes. Katia Benchimol acrescenta<br />

que os entrevistados que respon<strong>de</strong>ram não<br />

tiveram resistência em falar sobre os assuntos abordados.<br />

“Isso mostra que estamos atingindo um grau<br />

<strong>de</strong> proximida<strong>de</strong> positivo com o nosso cliente”, afirma<br />

ela.<br />

imperativo “assine agora”, “ligue já” ou simplesmente<br />

a utilização isolada <strong>de</strong> “malas diretas” - fórmulas que<br />

vêm sendo utilizadas <strong>de</strong> modo exaustivo nas tradicionais<br />

campanhas <strong>de</strong> assinatura <strong>de</strong> veículos <strong>de</strong> comunicação”,<br />

observa o vice-presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> planejamento e atendimento<br />

da Fábrica, Luiz Buono. “A campanha utiliza <strong>de</strong><br />

uma forma integrada e convergente DRTV (comerciais<br />

<strong>de</strong> resposta direta) e DRPrint (anúncios <strong>de</strong> resposta direta),<br />

alcançando um alto nível <strong>de</strong> customização <strong>de</strong> criação<br />

e mídia”, diz Sidney Ribeiro, diretor <strong>de</strong> criação da<br />

Fábrica.


Poucas empresas usam SMS<br />

para falar com clientes<br />

O sistema SMS (Short Message Service) ainda é<br />

pouco utilizado pelas empresas brasileiras para o envio<br />

<strong>de</strong> mensagens comerciais para seus clientes. A conclusão<br />

é da pesquisa SMS <strong>Marketing</strong>, realizada no último<br />

bimestre pela consultoria gaúcha, WBI Brasil em parceria<br />

com a Vola Brasil e A2C Internet. A pesquisa foi<br />

feita com a intenção <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar como as empresas<br />

utilizam o SMS marketing na comunicação com seu<br />

público-alvo e a percepção do consumidor com relação<br />

a este tipo <strong>de</strong> ação.<br />

O resultado mostrou que 62,6% das 487 empresas<br />

entrevistadas – em sua gran<strong>de</strong> maioria pequenas e<br />

médias empresas paulistas e gaúchas do setor <strong>de</strong> serviços<br />

- não enviam mensagens <strong>de</strong> texto pelo celular para<br />

falar com os clientes. Apenas 18% utilizam a ferramenta.<br />

Dotz inicia parceria com o Grupo<br />

Colloquy Frequency <strong>Marketing</strong> INC<br />

A Dotz, empresa brasileira especializada em<br />

marketing <strong>de</strong> fi<strong>de</strong>lização (Loyalty), anunciou no último<br />

dia 18 <strong>de</strong> novembro, o início <strong>de</strong> uma aliança estratégica<br />

com grupo americano Colloquy-Frequency <strong>Marketing</strong> Inc.<br />

O anúncio foi feito para cerca <strong>de</strong> 150 profissionais <strong>de</strong><br />

marketing <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s empresas que participaram do<br />

Loyalty <strong>Marketing</strong> International Workshop, realizado durante<br />

no Caesar Park em São Paulo, com apoio da <strong>ABEMD</strong>.<br />

Para Roberto Cha<strong>de</strong>, diretor-presi<strong>de</strong>nte da Dotz,<br />

“a aliança estratégica com os papas do mercado no<br />

Estados Unidos é motivo <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> orgulho. Afinal,<br />

estamos nos associando a um Grupo com mais <strong>de</strong> vinte<br />

anos <strong>de</strong> atuação mundial em ações <strong>de</strong> relacionamento<br />

e fi<strong>de</strong>lização”, diz. A aliança estratégica com a Dotz<br />

contemplará, em sua primeira fase, três frentes conjuntas:<br />

<strong>de</strong>senvolvimento, implementação e gestão <strong>de</strong> projetos,<br />

utilizando toda a tecnologia, know-how, equipe,<br />

A maioria das empresas estima que 75% <strong>de</strong> sua base <strong>de</strong><br />

clientes possui telefone celular.<br />

A pesquisa também foi ouvir os clientes das<br />

empresas pesquisadas e constatou que, entre aqueles<br />

que já receberam alguma oferta ou comunicado via<br />

SMS, 61,93% não tomou nenhuma atitu<strong>de</strong> após receber<br />

a mensagem, como assinar algum serviço, comprar<br />

algum produto ou acessar um site.<br />

Em relação a receber uma mensagem via SMS<br />

<strong>de</strong> uma empresa sem a autorização, 48,15% dos entrevistados<br />

respon<strong>de</strong>ram que não se importariam, se o<br />

assunto fosse do seu interesse. Já 38,27% dos entrevistados<br />

consi<strong>de</strong>rariam uma invasão <strong>de</strong> privacida<strong>de</strong> ou<br />

tomariam alguma atitu<strong>de</strong> para excluir o número do<br />

celular do cadastro.<br />

metodologia e cases da Frequency <strong>Marketing</strong>, aliados a<br />

toda a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> fi<strong>de</strong>lização da Dotz:<br />

educação em loyalty com a realização <strong>de</strong> seminários,<br />

workshops, palestras e eventos visando contribuir na formação<br />

<strong>de</strong> profissionais do mercado nacional, e informação<br />

e troca <strong>de</strong> experiência, <strong>de</strong>senvolvendo a publicação<br />

Colloquy Magazine aqui no Brasil, com conteúdo local e<br />

internacional.<br />

A expertise do Grupo Colloquy – Frequency<br />

<strong>Marketing</strong> Inc. foi apresentada no workshop por Michael<br />

T. Capizzi, vice-presi<strong>de</strong>nte do Grupo, e J. William Hanifin,<br />

consultor <strong>de</strong> Programas <strong>de</strong> Loyalty. Roberto Cha<strong>de</strong> apresentou<br />

exemplos práticos da realida<strong>de</strong> dos programas<br />

<strong>de</strong> loyalty brasileiros. Para Michael Capizzi, “as perguntas<br />

e as discussões apresentadas durante todo o dia<br />

indicaram um nível muito alto <strong>de</strong> interesse e sofisticação<br />

dos participantes em relação ao loyalty marketing”.<br />

ABT entrega<br />

PRÊMIO para<br />

28 empresas<br />

A <strong>Associação</strong> <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong> Telemarketing realizou<br />

em outubro, no hotel Grand Hyatt, em São<br />

Paulo, a festa <strong>de</strong> entrega do IV Prêmio ABT – A<br />

Excelência no Relacionamento com o Cliente. Foram<br />

entregues 65 troféus para 28 empresas premiadas.<br />

Este ano houve 268 inscrições, o maior número <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

a criação do prêmio. Das 65 premiações, 50<br />

foram para as categorias <strong>de</strong> relacionamento com o<br />

cliente, <strong>de</strong>z para as empresas <strong>de</strong> call center com as<br />

melhores iniciativas <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> social e cinco<br />

para os jornalistas autores das melhores reportagens<br />

sobre call center.<br />

A diretora <strong>de</strong> operações e planejamento da<br />

Editora Abril, Ana Dávalos, foi eleita a Executiva do<br />

Ano. A Abril recebeu seis premiações, além do Prêmio<br />

<strong>de</strong> Jornalismo – categoria revista, entregue à<br />

repórter Roberta Salomone, da revista Veja. A Atento<br />

e a Teleperformance com seis e quatro premiações,<br />

respectivamente, vieram a seguir. As duas empresas<br />

receberam também o prêmio especial por suas<br />

ações <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> social. “O sucesso do<br />

Prêmio é a prova <strong>de</strong> que o setor vem se profissionalizando<br />

e gerando não apenas postos <strong>de</strong> trabalho,<br />

mas empregos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e inclusão social”,<br />

diz Topázio Silveira Neto, presi<strong>de</strong>nte da ABT.<br />

53<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong> 53


54<br />

54<br />

MERCADO<br />

OpusMúltipla cria capas<br />

personalizadas para Photoshop Pro<br />

A agência OpusMúltipla criou cinco capas diferentes e<br />

personalizadas para o lançamento da revista PhotoShop<br />

Pro. A revista chega ao mercado com dicas, técnicas, novida<strong>de</strong>s,<br />

atalhos e informações específicas para os usuários do<br />

PhotoShop, um software gráfico utilizado amplamente, tanto<br />

por profissionais quanto por amadores.<br />

Segundo Paulo Souza, gerente <strong>de</strong> Criação em Comunicação<br />

Dirigida da agência, a estratégia <strong>de</strong> lançamento<br />

envolveu também uma abordagem personalizada ao assinante.<br />

O leitor verá seu nome impresso na capa da revista,<br />

em uma chamada que o direciona para uma reportagem<br />

específica <strong>de</strong>ntro do veículo. Para isso, o banco <strong>de</strong> dados <strong>de</strong><br />

assinantes foi segmentado, e as matérias <strong>de</strong>senvolvidas especialmente<br />

para cada um dos segmentos. A lombada da<br />

revista também traz o nome do assinante, bem como o<br />

editorial na contracapa. “Até os anúncios da terceira e quarta<br />

capa da revista trazem chamadas personalizadas com o<br />

nome do assinante e o da empresa em que trabalha”, revela<br />

Souza.<br />

O projeto da OpusMúltipla empregou as mais recentes<br />

tecnologias <strong>de</strong> impressão digital. “O projeto só foi viabilizado<br />

porque um pool <strong>de</strong> empresas altamente especializadas se<br />

associaram em torno da idéia. Foi um trabalho exaustivo,<br />

mas que impressiona pelo resultado”, diz.<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong><br />

<strong>Direto</strong><br />

Copyright faz ação<br />

<strong>de</strong> relacionamento<br />

para clientes da Oi<br />

A Copyright criou a publicação mensal Oi Bazar,<br />

que será distribuída gratuitamente em todas as lojas da<br />

Oi, operadora do Grupo Telemar. A tiragem inicial será <strong>de</strong><br />

636 mil exemplares. De acordo com o diretor <strong>de</strong> <strong>Marketing</strong><br />

<strong>de</strong> Varejo da operadora, Alberto Blanco, a criação da Oi<br />

Bazar faz parte da estratégia da empresa em busca <strong>de</strong><br />

novos clientes e fi<strong>de</strong>lizar sua base <strong>de</strong> clientes, atualmente<br />

com 6 milhões <strong>de</strong> usuários. “Oi Bazar tem cara <strong>de</strong> revista,<br />

técnicas <strong>de</strong> catálogo e um nome que remete à varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Cartões <strong>de</strong> crédito<br />

movimentam<br />

R$ 100 bilhões<br />

em 2004<br />

O faturamento esperado<br />

para o ano representa<br />

crescimento <strong>de</strong> 20,9%<br />

em relação a 2003<br />

O mercado brasileiro <strong>de</strong> cartões <strong>de</strong> crédito cresceu<br />

20,9% em 2004 e <strong>de</strong>verá encerrar o ano com um<br />

faturamento <strong>de</strong> R$ 100 bilhões, o maior da história do<br />

setor no país. Esses dados, divulgados pelo presi<strong>de</strong>nte da<br />

Credicard, Roberto Oliveira <strong>de</strong> Lima, fazem parte do estudo<br />

exclusivo “Desempenho do mercado <strong>de</strong> cartões em<br />

2004 realizado pela empresa.<br />

Segundo o estudo, foram realizadas em 2004<br />

um total <strong>de</strong> 1,245 bilhão <strong>de</strong> transações com cartões <strong>de</strong><br />

crédito em quase 800 mil estabelecimentos em todo o<br />

país. Ao final do ano, existirão 55,6 milhões <strong>de</strong> cartões<br />

<strong>de</strong> crédito em circulação no Brasil (em 2003 eram 43,7<br />

milhões). O valor da compra média também cresceu:<br />

<strong>de</strong>verá ser <strong>de</strong> R$ 80,00, em 2004, em comparação com<br />

R$ 76,00, em 2003.<br />

Ao final <strong>de</strong> 2004, o volume <strong>de</strong> transações (em<br />

reais) com cartão <strong>de</strong> crédito <strong>de</strong>verá representar 10,1%<br />

do consumo privado nacional. Em 1994, as transações<br />

com cartão representavam 2,7. A participação do cartão<br />

como instrumento <strong>de</strong> crédito vem se ampliando em relação<br />

a outros meios (cheque especial, crédito pessoal,<br />

financiamento imobiliário e aquisição <strong>de</strong> bens/excluindo<br />

veículos). Em 2004, segundo estimativas da Credicard<br />

com base em dados do Banco Central, os cartões vão<br />

representar 12,4% do total das operações <strong>de</strong> crédito no<br />

país (em 2000 representavam 7,8%).<br />

ofertas e oportunida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>ntro do espírito da marca Oi”,<br />

comenta Deyse Dias Leite, sócia e diretora <strong>de</strong> criação da<br />

Copyright.<br />

Com esta iniciativa, a Oi preten<strong>de</strong> aprofundar ainda<br />

mais o relacionamento com seus clientes, que po<strong>de</strong>rão<br />

utilizar melhor os diferentes serviços e produtos, conhecer as<br />

ofertas disponíveis, escolher qual o plano mais a<strong>de</strong>quado<br />

para o seu perfil e ter um guia <strong>de</strong> aparelhos e acessórios,<br />

sempre com sinergia entre telefones Telemar, Oi e Velox.


Alice Leite no júri<br />

do John Caples<br />

Alice Leite, diretora <strong>de</strong> criação da Sun MRM,<br />

foi a única brasileira a participar como jurada em<br />

mais um prêmio internacional, o John Caples<br />

International Awards, um dos mais importantes do<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> e que existe há 27 anos. Este ano<br />

a executiva foi a única brasileira no júri do Lions<br />

Direct no Festival <strong>de</strong> Cannes. O resultado do John<br />

Caples sai no início <strong>de</strong> 2005.<br />

Novas listas para B2B<br />

A Editora Meio & Mensagem, a Editora Banas<br />

e a Maxpress, prestadora <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> apoio a<br />

assessorias <strong>de</strong> imprensa, fizeram parceria com a<br />

Speciallist para comercializar seus bancos <strong>de</strong> dados<br />

em ações <strong>de</strong> mala direta no segmento businessto-business.<br />

Composta <strong>de</strong> 11.200 veículos <strong>de</strong> comunicação<br />

e mais <strong>de</strong> 46.000 profissionais <strong>de</strong> jornalismo,<br />

a lista da Maxpress até agora tinha seu<br />

acesso restrito a assessorias <strong>de</strong> imprensa e áreas <strong>de</strong><br />

Mercado <strong>de</strong> trabalho<br />

Luna Gutierres assumiu em novembro a área<br />

<strong>de</strong> atendimento e planejamento da GreyZest<br />

Direct SP e também passa a dividir com Otavio<br />

Dias, sócio e vice-presi<strong>de</strong>nte, a gerência geral da<br />

agência em São Paulo, cujo quadro diretor conta<br />

ainda com Paula Peres e Antônio Lobo (ex-Rea<strong>de</strong>r’s<br />

Digest).<br />

A Fábrica Comunicação Dirigida contratou<br />

quatro novos profissionais: Vanessa Rodrigues (ex-<br />

Grey), que assume a gerencia <strong>de</strong> contas, Myra Fonseca<br />

(ex-Publicis), que passa a compor o time <strong>de</strong><br />

Clientes na re<strong>de</strong><br />

A Datamidia,FCBi <strong>de</strong>senvolveu campanha<br />

<strong>de</strong> relacionamento para os principais clientes<br />

da Intelig Telecom no exterior. O Projeto<br />

Brasilida<strong>de</strong> reúne malas diretas tridimensionais<br />

e objetos universais da cultura brasileira. Para<br />

traduzir a afabilida<strong>de</strong> e facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> relacionamento<br />

da Intelig Telecom com seus clientes,<br />

foi escolhido um objeto que faz parte da história<br />

e da alma do povo brasileiro: a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso,<br />

objeto <strong>de</strong> ativo intercâmbio entre portugueses<br />

e índios, que a inventaram.<br />

comunicação dos anunciantes, somente para divulgação<br />

<strong>de</strong> releases. A lista da Meio & Mensagem<br />

reúne 14.800 empresas e 32.200 executivos, sendo<br />

75% <strong>de</strong>les sócios, presi<strong>de</strong>ntes, vice-presi<strong>de</strong>ntes<br />

ou diretores. Inicialmente será oferecida somente<br />

para ações <strong>de</strong> mala direta. O banco <strong>de</strong> dados da<br />

Editora Banas é formado por 60.000 empresas<br />

assinantes <strong>de</strong> suas publicações técnicas e seus<br />

147.000 profissionais.<br />

diretores <strong>de</strong> arte da agência e os redatores André<br />

Hernan<strong>de</strong>z (ex-Escala) e Mário Telles (ex-Rapp<br />

Collins).<br />

A Le Pera contratou Arnaldo Junqueiro, ex-<br />

DM9 para a área <strong>de</strong> atendimento e Israel Costa, ex<br />

Young & Rubicam, Propeg e Eugenio DDB para a<br />

produção gráfica.<br />

A NET Serviços, operadora <strong>de</strong> TV por assinatura<br />

reforçou seu <strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> marketing com<br />

a contratação <strong>de</strong> dois executivos: Maurício Sanches<br />

Harte-Hanks otimiza call<br />

center da Cisco<br />

A Cisco implementou o NextTouch, solução<br />

<strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> call center da Harte-<br />

Hanks, empresa <strong>de</strong> serviços integrados <strong>de</strong><br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> interativo e soluções <strong>de</strong> CRM<br />

analítico. “Em um ano já recuperamos o valor<br />

investido no projeto e aprimoramos a<br />

capacitação dos profissionais do <strong>de</strong>partamento<br />

<strong>de</strong> sales <strong>de</strong>velopment”, afirma Dario Loriato,<br />

diretor <strong>de</strong> commercial da Cisco Systems.<br />

Trad que será responsável por estratégias para<br />

comercialização dos produtos Pay TV e Vírtua,<br />

inteligência <strong>de</strong> mercado, DBM, pesquisas<br />

corporativas; e Newton Kenji Suzuki, que respon<strong>de</strong>rá<br />

pela área <strong>de</strong> relacionamento com os canais<br />

<strong>de</strong> programação.<br />

A B2BiS, empresa especializada em<br />

tecnologia web para marketing e vendas, tem um<br />

novo gerente <strong>de</strong> Negócios Estratégicos: Albert Sales,<br />

que já atuou, durante sete anos na área comercial<br />

da Ernst & Young e Volvo - Volcal.<br />

55<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong> 55


LEITURA<br />

O relacionamento com seus<br />

clientes está por um fio?<br />

Apesar <strong>de</strong> muito se falar em qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atendimento<br />

ao cliente, muitos consumidores continuam<br />

insatisfeitos. Qual estratégia <strong>de</strong>ve ser seguida?<br />

Marcelo Rissato, diretor <strong>de</strong> marketing da Sercom<br />

e Vice Presi<strong>de</strong>nte da ABT – <strong>Associação</strong> <strong>Brasileira</strong> <strong>de</strong><br />

Telemarketing, lançou o livro “O Cliente por um fio - O<br />

que você precisa saber sobre marketing e call center”,<br />

pela Editora Nobel.<br />

O autor tem experiência <strong>de</strong> doze anos na utilização<br />

das ferramentas do marketing <strong>de</strong> relacionamento<br />

para conquista e manutenção dos clientes.<br />

Na obra, Rissato traça dois paralelos: primeiro<br />

56<br />

56<br />

56<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong><br />

<strong>Direto</strong><br />

<strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong><br />

aborda conceitos <strong>de</strong> marketing voltados ao relacionamento<br />

com clientes; e, <strong>de</strong>pois, foca o lado prático,<br />

com situações reais do ambiente <strong>de</strong> um serviço <strong>de</strong><br />

atendimento ao cliente. Sua intenção <strong>de</strong> oferecer uma<br />

visão coerente aos gestores <strong>de</strong> atendimento é reforçada<br />

com o resultado da utilização <strong>de</strong> ferramentas <strong>de</strong><br />

internet e CRM, com o objetivo <strong>de</strong> “transformar o call<br />

center <strong>de</strong> centro <strong>de</strong> custo em centro <strong>de</strong> lucros e oportunida<strong>de</strong>s.”<br />

Segundo o autor, o livro retrata os aspectos da<br />

vida, da psicologia, do ser humano e o fator trabalho.<br />

Trata-se <strong>de</strong> uma reflexão, sem a preocupação <strong>de</strong> ensi-<br />

O autor americano Philip Kotler tem dois novos<br />

lançamentos: o livro “Os 10 Pecados Mortais do<br />

<strong>Marketing</strong>” (editora Campus Elsevier – traduzido por<br />

Ricardo Bastos Vieira) e “<strong>Marketing</strong> Essencial - Conceitos,<br />

Estratégias e Casos” (editora Pearson).<br />

Em “Os 10 Pecados Mortais do <strong>Marketing</strong>”, o<br />

autor explica por que 75% dos novos produtos, serviços<br />

e negócios fracassam. Ele <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que cada novo<br />

produto ou serviço necessita ser apoiado por um plano<br />

<strong>de</strong> marketing consistente, que resulte em um bom<br />

retorno e que, acima <strong>de</strong> tudo, cubra os investimentos<br />

efetuados, seja em tempo, seja em aporte financeiro.<br />

Para Kotler, se os resultados finais divergem das<br />

expectativas geradas, os profissionais <strong>de</strong> marketing<br />

<strong>de</strong>vem tentar <strong>de</strong>scobrir on<strong>de</strong> está o erro: se a culpa foi<br />

da má implementação da estratégia traçada, se o mix<br />

<strong>de</strong> marketing escolhido foi incoerente, se as técnicas<br />

<strong>de</strong> segmentação, targeting e posicionamento foram<br />

equivocadas ou, ainda, se o projeto foi fruto <strong>de</strong> uma<br />

pesquisa incompetente.<br />

Um dos “pecados” mais comuns citados por ele<br />

ocorre quando a empresa precisa <strong>de</strong>finir e monitorar<br />

nar alguém a fazer algo. “O objetivo é fazer as pessoas<br />

pensarem”, afirma Marcelo Rissato. A elaboração do<br />

livro <strong>de</strong>morou três anos e exigiu um levantamento <strong>de</strong><br />

livros e referências sobre telemarketing e CRM, além<br />

<strong>de</strong> anotações, pesquisas e gravações <strong>de</strong> palestras ministradas<br />

por ele.<br />

Lançamentos <strong>de</strong> Philip Kotler:<br />

Os 10 Pecados Mortais do <strong>Marketing</strong> e <strong>Marketing</strong> Essencial<br />

melhor os seus concorrentes diretos e indiretos e não<br />

dá a <strong>de</strong>vida atenção às tecnologias <strong>de</strong>struidoras. Kotler<br />

aponta quais são as soluções para cada caso.<br />

A outra obra, “<strong>Marketing</strong> Essencial - Conceitos,<br />

Estratégias e Casos”, que a editora Pearson traz para o<br />

país, é uma versão concisa e atualizada do best-seller<br />

do autor, “Administração <strong>de</strong> <strong>Marketing</strong>”, que torna sua<br />

teoria acessível a um público mais amplo.<br />

A publicação aborda todos os principais tópicos<br />

<strong>de</strong> marketing e possibilita ao leitor compreen<strong>de</strong>r e<br />

empregar as técnicas mais recentes da área, como<br />

administração do relacionamento com o cliente (CRM),<br />

avaliação do valor para o cliente, patrimônio <strong>de</strong> marca<br />

e posicionamento <strong>de</strong> valor, entre outros.<br />

Outro gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>staque do lançamento é a inclusão<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>z casos brasileiros preparados por Dilson<br />

Gabriel dos Santos e Francisco Alvarez, da FEA-USP.<br />

Entre as empresas analisadas estão: Mate Leão, GOL<br />

Cia Aéra e Caminhões Volkswagen. “É muito importante<br />

para o leitor po<strong>de</strong>r visualizar a utilização dos<br />

conceitos por meio <strong>de</strong> casos práticos”, afirma Roger<br />

Trimer, gerente editor da Pearson.


NOVOS ASSOCIADOS<br />

DA <strong>ABEMD</strong><br />

EMPRESAS<br />

INFINITE CARD ADMINISTRAÇÃO<br />

E SERVIÇOS<br />

Ativida<strong>de</strong>s: Serviços <strong>de</strong> consultoria e assessoria <strong>de</strong> marketing <strong>de</strong> relacionamento<br />

com utilização <strong>de</strong> sistema <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> relacionamento,<br />

administração <strong>de</strong> banco <strong>de</strong> dados, <strong>de</strong>senvolvimento e<br />

gestão <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>scontos, gestão <strong>de</strong> parcerias estratégicas, ações <strong>de</strong><br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> digital com métrica <strong>de</strong> resultados.<br />

Histórico: Empresa com 15 anos <strong>de</strong> experiência no <strong>de</strong>senvolvimento<br />

e gestão <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>scontos para os mais diversos segmentos <strong>de</strong><br />

negócios como seguros, bancos, escolas, universida<strong>de</strong>s e associações<br />

<strong>de</strong> classe. Desenvolveu o produto “Clube <strong>de</strong> Vantagens”, que já possui<br />

12 anos e é hoje um gran<strong>de</strong> ícone em sistema <strong>de</strong> fi<strong>de</strong>lização e afinida<strong>de</strong><br />

com mais <strong>de</strong> 150 mil usuários.<br />

Localida<strong>de</strong>s em que atua: Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />

Nome do representante: Antonio Tulio Lima Severo Jr.<br />

Site da empresa: www.clube<strong>de</strong>vantagens.com.br<br />

LOYALTY MARKETING<br />

SOLUTIONS<br />

Ativida<strong>de</strong>s: Agência <strong>de</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong>, programas <strong>de</strong> fi<strong>de</strong>lização,<br />

marketing <strong>de</strong> incentivo, banco <strong>de</strong> dados (manutenção, atualização,<br />

qualificação <strong>de</strong> listas e tratamento), mo<strong>de</strong>lagem estatística, datamining,<br />

e-mail marketing, eventos e consultoria em CRM, database marketing,<br />

logística, marketing e <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong>.<br />

Histórico: Des<strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2003 prestando serviços para empresas<br />

como Souza Cruz e Petrobrás, Des<strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2003, prestando<br />

serviços para empresas como Souza Cruz e Petrobras.<br />

Des<strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2003, prestando serviços para empresas como<br />

Souza Cruz e Petrobras, A Loyalty <strong>Marketing</strong> Solutions é fruto da união <strong>de</strong><br />

experiências pioneiras em CRM e DBM no Brasil. Seus sócios contam<br />

com mais <strong>de</strong> vinte anos <strong>de</strong> experiência no mercado financeiro, indústria<br />

e Internet, sendo mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong>dicados ao marketing <strong>de</strong> relacionamento.<br />

Nome do representante: Marcelo Custodio.<br />

Site da empresa: www.loyaltymkt.com.br<br />

TUGARÊ COMUNICAÇÃO<br />

Ativida<strong>de</strong>s: Campanhas, programas <strong>de</strong> relacionamento e educação<br />

continuada com profissionais, usuários e consumidores <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, beleza<br />

e bem-estar.<br />

ANÚNCIO<br />

ASSESSO<br />

Histórico: Empresa <strong>de</strong> comunicação com experiência <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<br />

anos em segmentos como seguradoras, bancos, saú<strong>de</strong>, beleza e bemestar.<br />

Vencedora <strong>de</strong> diversos prêmios em São Paulo, Londres e Nova<br />

York, conta com uma equipe <strong>de</strong> 25 profissionais <strong>de</strong> comunicação e<br />

marketing. A receita em 2003 foi <strong>de</strong> R$ 3 milhões.<br />

Nome do representante: Mark <strong>de</strong> Szentmiklósy.<br />

Site da empresa: www.tugare.com.br<br />

UNEAR<br />

Ativida<strong>de</strong>s: Soluções <strong>de</strong> inteligência <strong>de</strong> negócios para canais <strong>de</strong> relacionamento<br />

eletrônicos, com produtos para solução <strong>de</strong> gestão do atendimento<br />

na URA, serviço <strong>de</strong> envio <strong>de</strong> campanhas <strong>de</strong> e-mail maketing<br />

e mensuração online <strong>de</strong> seus resultado, software <strong>de</strong> monitoria online <strong>de</strong><br />

indicadores, software <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> conteúdos e software <strong>de</strong><br />

i<strong>de</strong>ntificação do perfil dos clientes e personalização <strong>de</strong> sites.<br />

Histórico: Criada em julho <strong>de</strong> 1999, a U·NEAR é uma empresa <strong>de</strong><br />

tecnologia que <strong>de</strong>senvolve soluções tecnológicas aplicadas à canais<br />

como websites, e-mail, serviços WAP, call centers, URA’s e ATM’s que<br />

possibilitam implementar ações <strong>de</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> transformando-os<br />

em efetivos canais <strong>de</strong> negócios.<br />

Localida<strong>de</strong>s em que atua: Atuação em todo Brasil.<br />

Nome do representante: André Ribeiro.<br />

Site da empresa: www.unear.net<br />

PESSOAS FÍSICAS<br />

André <strong>de</strong> Almeida Ferreira da Silva e Heloisa Ribeiro Borges.<br />

57<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong> 57


58<br />

58<br />

Causos<br />

do <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong><br />

Você também é convidado para ser<br />

colaborador da revista <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong>.<br />

Compartilhe seus “Causos” com os leitores da<br />

revista e aju<strong>de</strong> a resgatar esse lado folclórico<br />

do <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> brasileiro.<br />

Escreva para: revista@abemd.org.br<br />

<strong>Marketing</strong> <strong>Marketing</strong> <strong>Direto</strong> <strong>Direto</strong><br />

<strong>Direto</strong><br />

CARTUCHOS SUSPEITOS<br />

ROSSANO SOARES TAVARES<br />

(rossano.tavares@systemmarketing.com.br)<br />

<strong>Direto</strong>r <strong>de</strong> Tecnologia e Telemarketing da<br />

System <strong>Marketing</strong> Consulting<br />

Se este causo ocorresse hoje, nem sei se estaria aqui para contá-lo. No início <strong>de</strong><br />

1993 quando trabalhava em um gran<strong>de</strong> banco, fiz parte <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> trabalho cuja<br />

missão era obter a redução <strong>de</strong> custos com o aluguel <strong>de</strong> um computador <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte<br />

que seria utilizado pela área <strong>de</strong> database marketing do banco para estudo da base <strong>de</strong><br />

clientes e potenciais clientes.<br />

Durante o <strong>de</strong>senvolvimento do projeto surgiu uma ferramenta norte-americana que<br />

tinha como proposta ser um gerenciador <strong>de</strong> banco <strong>de</strong> dados, mas com foco específico em<br />

marketing.<br />

Após várias reuniões, ligações telefônicas para os Estados Unidos e avaliação da<br />

documentação enviada previamente para estudo do produto, <strong>de</strong>cidimos partir para a<br />

realização <strong>de</strong> um piloto com a referida ferramenta. Eu era o analista <strong>de</strong> sistemas responsável<br />

pela estruturação das informações que <strong>de</strong>veriam aten<strong>de</strong>r a área <strong>de</strong> DBM do banco e,<br />

portanto, responsável pelo sistema gerador dos arquivos para processamento na ferramenta<br />

<strong>de</strong> DBM que seria estudada.<br />

Os arquivos gerados eram enormes - o cadastro do banco tinha naquela época mais<br />

<strong>de</strong> 10 milhões <strong>de</strong> clientes - e tivemos que gravar as informações em cartuchos magnéticos<br />

(ainda hoje utilizados em ambiente com computadores mainframes). Enfim, dias e mais<br />

dias <strong>de</strong> processamento chegou o dia da viagem para os Estados Unidos.<br />

Chegamos ao aeroporto <strong>de</strong> São Paulo e, no momento do embarque, tivemos que<br />

passar pelos agentes da Polícia Fe<strong>de</strong>ral. Havíamos <strong>de</strong>cidido, por uma questão <strong>de</strong> segurança,<br />

carregar os cartuchos na bagagem <strong>de</strong> mão e não <strong>de</strong>spachá-los. Afinal os arquivos<br />

continham dados <strong>de</strong> todos os clientes do banco. Surgiu, então, a dúvida: po<strong>de</strong>mos passar<br />

os cartuchos pelo sensor magnético? Há risco <strong>de</strong> <strong>de</strong>smagnetizar os cartuchos? Como não<br />

sabíamos exatamente o que po<strong>de</strong>ria acontecer e o risco <strong>de</strong> <strong>de</strong>smagnetizar existia, <strong>de</strong>cidimos<br />

negociar com os policiais. Após vários minutos <strong>de</strong> explicações conseguimos sucesso.<br />

A caixa foi vistoriada , mas não passou pelo sensor magnético. O nosso vôo fez uma parada<br />

no Rio <strong>de</strong> Janeiro e tivemos que <strong>de</strong>scer da aeronave. Novamente tivemos que negociar<br />

com os agentes fe<strong>de</strong>rais para que verificarem a caixa <strong>de</strong> cartuchos. Mais stress e vários<br />

minutos <strong>de</strong> discussão.<br />

Nosso vôo chegou a Nova Iorque e tivemos que pegar outro vôo para Boston. Novas<br />

negociações, <strong>de</strong>sta vez para explicar aos agentes americanos a importância dos cartuchos<br />

para o projeto que íamos <strong>de</strong>senvolver. Mais stress e muitos minutos <strong>de</strong> canseira, mas no<br />

final aceitaram os nossos argumentos e fomos liberados para continuar a viagem.<br />

Chegamos na empresa, processamento executado, os arquivos foram lidos e pu<strong>de</strong>mos<br />

<strong>de</strong>senvolver o projeto sem problemas. Até hoje tenho dúvidas se o sensor po<strong>de</strong>ria ter<br />

<strong>de</strong>smagnetizado os cartuchos, mas uma coisa eu sei. Em dias <strong>de</strong> terrorismo exacerbado e<br />

com diversos Bin La<strong>de</strong>ns soltos, certamente hoje não seria nada fácil explicar para os<br />

agentes americanos a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> passar com uma caixa sem ser avaliada pelo sensor<br />

magnético.


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