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os monumentos<br />
Adriano Machado<br />
Ponte JK<br />
Por Vicente Sá<br />
Alinhada com a ideologia<br />
arquitetônica que dominou<br />
a construção da cidade, a<br />
Ponte Juscelino Kubitschek vai além<br />
da sua função meramente utilitária<br />
de elo entre Plano Piloto, Lago<br />
Sul, Paranoá e São Sebastião.<br />
Ela é também o mais novo dos<br />
monumentos turísticos da cidade<br />
considerada um ícone mundial da<br />
arquitetura moderna.<br />
Inaugurada em 2002, a ponte<br />
tem 1.200 metros de extensão<br />
e é emoldurada por três arcos<br />
inspirados no movimento de uma<br />
pedra que quica sobre o espelho<br />
d’água. Sua estrutura é constituída<br />
por três vãos de 240 metros cada,<br />
apoiados em quatro pontos no<br />
espelho d’água. A trajetória curva,<br />
e não reta, como seria usual, busca<br />
impedir a monotonia do ponto de<br />
vista de quem a cruza e também, no<br />
jogo de luz e sombra, de quem a vê<br />
de longe.<br />
Por ser o mais novo monumento<br />
da cidade, foi adotada pelos jovens,<br />
que logo se interessaram em assistir,<br />
de suas duas pontas, ao pôr do sol.<br />
Assim, logo após a inauguração,<br />
virou point de rapazes e moças que<br />
dela se apossaram, violão em punho.<br />
Projetada pelo arquiteto carioca<br />
Alexandre Chan, a terceira ponte de<br />
Brasília recebeu em 2003 a medalha<br />
Gustav Lindenthal, outorgada pela<br />
Sociedade dos Engenheiros do<br />
Estado da Pensilvânia, Estados<br />
Unidos, prêmio que a credenciou<br />
como a mais bela do mundo.<br />
Para os brasilienses, a Ponte JK<br />
excede suas funções. Pairando solta<br />
sobre o Lago Paranoá, essa criança<br />
de cimento e metal, com apenas oito<br />
anos de vida, assiste, durante boa<br />
parte do ano, aos passeios cada vez<br />
mais numerosos de barcos e parasails<br />
a colorir os céus de Brasília.<br />
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