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Divulgação<br />
CCBB<br />
Por Ana Cristina Vilela<br />
Centro Cultural do Banco<br />
do Brasil, Brasília, sábado,<br />
19 horas. A fila na bilheteria<br />
aumenta. São pessoas à espera de<br />
desistências. Querem assistir ao<br />
espetá culo da noite e os ingressos<br />
acaba ram. A cena é cada vez mais<br />
comum. Isso porque, além da qualidade<br />
das apresentações, o CCBB oferece<br />
preços acessíveis. Coisa antes rara na<br />
cidade. Até que, em um dia do ano<br />
2000, a quarentona Brasília ganhou de<br />
pre sente um espaço que transformou<br />
a história da cultura local. Se antes<br />
sobravam reclamações quanto à falta do<br />
que fazer na cidade, à carência de boas<br />
exposições e aos preços dos ingressos<br />
para shows e peças teatrais, agora faltam<br />
cadeiras no CCBB, sem pre cheio, com<br />
filas de espera.<br />
Foram, até agora, quase 5 milhões<br />
de visitantes – <strong>90</strong>2.896 somente<br />
em 2009 – que desfrutaram de <strong>90</strong><br />
exposições, 238 peças teatrais e 249<br />
espetáculos musicais. A exposição mais<br />
visitada até hoje foi Aleijadinho, com o<br />
recorde de público de 165.839 pessoas.<br />
Destaque também para Antes, a história<br />
da pré-história, Arte da África e América.<br />
Tudo bem, o CCBB fica um pouco<br />
longe, no Setor de Clubes Sul, em um<br />
prédio criado por Oscar Niemeyer<br />
em 1993 para abrigar o Centro de<br />
Trei namento de Pessoal do Banco<br />
do Brasil. Mas ninguém pode alegar<br />
isso como desculpa para não ir, pois é<br />
oferecido transporte gratuito de terça<br />
a domingo, das 9 às 21h, ou até o final<br />
do último espetáculo. Esplanada dos<br />
Ministérios, Teatro Nacional, seto res<br />
hoteleiros Sul e Norte, Setor Bancário<br />
Sul, Biblioteca Nacional e UnB estão<br />
no trajeto do ônibus. Em 2009, cerca<br />
de 20 mil pessoas utilizaram o serviço.<br />
Levando a sério a máxima de que<br />
arte educa para um futuro melhor,<br />
o programa educativo do CCBB,<br />
com visitas guiadas para estudantes,<br />
já recebeu mais de 600 mil alunos de<br />
escolas públicas e particulares de todo<br />
o DF. Há limite diário de ônibus, mas o<br />
serviço é gratuito. Basta ligar e agendar.<br />
Quem lucra com tudo isso não<br />
é apenas a população, mas também<br />
a arte local. Diversos grupos e<br />
espetáculos já saíram de Brasília e<br />
ganharam o país por intermédio do<br />
CCBB. Um dos exemplos é a peça<br />
Fragmentos e sonhos do menino lua, sob a<br />
direção de Miriam Virna, que estreou<br />
na cidade em 2007, depois seguiu<br />
para Belo Horizonte e Goiânia e<br />
agora está no Rio de Janeiro.<br />
E, claro, nada melhor do que<br />
chegar mais cedo, dar uma olhada nos<br />
livros da Livraria Dom Quixote, tomar<br />
um chope, um vinho ou um clássico<br />
cafezinho no Bistrô Bom Demais<br />
e dar uma passeada pela exposição<br />
permanente Casulo, do artista mineiro<br />
Darlan Rosa, instalada em 2003 ao<br />
lado do bistrô. Não está a fim de<br />
exposição, nem de música, café, vinho,<br />
jantar? Tudo bem. Pode assistir a uma<br />
sessão de cinema, porque o CCBB<br />
é assim: democrático, apresenta arte<br />
diversificada e atende a um público<br />
ainda mais diverso.<br />
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