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Pc345 Associação entre HLA classe II e periodontite agressiva Terezan MLF*, Porto LC, Pontes L, Fischer RG Clínicas Cirúrgicas - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. E-mail: marilisa@wnetrj.com.br O objetivo do presente estudo foi comparar o perfil dos alelos de HLA classe II, em pacientes com periodontite agressiva, grupo caso (GP), generalizada (PAG) e localizada (PAL) com pacientes periodontalmente saudáveis, grupo controle (GC). A amostra foi composta de 42 pacientes (média de idade = 28,4 ± 5,2) com PAG e PAL e 46 indivíduos (média de idade = 42,8 ± 8,6) do GC, incluindo brancos, negros e mestiços (brancos/negros/índios) de ambos os sexos, residentes do estado do Rio de Janeiro. O método de análise do genótipo HLA empregado foi o PCR-SSP. Foram calculadas as freqüências gênicas (fg) dos alelos, HLA- DRB1* e HLA-DQB1*, nos grupos caso e controle, nos grupos raciais e de gênero. O teste qui-quadrado e Kruskal-Wallis foram usados para verificar diferenças de freqüências gênicas entre os grupos estudados. O valor de p foi estabelecido em 0,05. Os resultados demonstraram que o alelo HLA-DQB1*0301 (fg = 21,7%, OR = 0,43, p < 0,05) foi de proteção para PA, mais evidente em negros (fg = 25% p < 0,05). Em mestiços, homens e mulheres (caso x controle), o alelo HLA-DQB1*02 foi associado com proteção (fg = 34,4% x 13,3 %, p < 0,05). Os alelos HLA-DRB1*01 e/ou DRB1*04 (OR = 3,42, p < 0,05) foram significativamente associados com suscetibilidade, para mulheres com periodontite agressiva. Nos pacientes com PAL, a fg do alelo HLA-DRB1*08 foi 18,8%, enquanto os valores correspondentes para PAG e GC foram 2,9% e 2,2%, respectivamente (p < 0,05). Concluímos que não existe uma associação absoluta entre suscetibilidade ou proteção de periodontite agressiva com alelos HLA, e isso pode estar relacionado a outras variáveis tais como raça e gênero. Pc349 Mensuração radiográfica linear de defeitos infra-ósseos humanos tratados com Endogain ® e/ou retalho de espessura total Pasin IM*, Chambrone D, Panutti CM, Lima LAPA Estomatologia - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SÃO PAULO. E-mail: pasin@usp.br Este estudo procurou avaliar radiograficamente defeitos infra-ósseos de 2 ou 3 paredes tratados com a proteína da matriz do esmalte (PME) e/ou retalho de espessura total reposto (RET). Foram selecionados 11 pacientes (3 homens/8 mulheres) portadores de periodontite crônica com 2 ou mais defeitos. Antes da cirurgia foram coletados os dados clínicos e radiográficos. A aplicação da PME seguiu as normas do fabricante. Para a padronização das imagens foi utilizado um posicionador radiográfico individualizado. Após 1 ano foram obtidas novas radiografias. A revelação das películas foi realizada no mesmo dia por uma processadora automática. As películas foram digitalizadas (500 dpi) por um escâner próprio (SprintScan 35 Plus – Polaroid). O programa Axio-Vision (Zeiss) foi utilizado para medir linearmente as distâncias da JEC à crista óssea (CO) e ao fundo do defeito (FD). Para a calibração uma tela quadriculada (2 x 2 mm) foi utilizada para a criação de uma escala de mensuração. Os resultados demonstraram perda em altura da CO de 1,8 mm para PME, revelando diferença estatística neste grupo (Início = 8,6 mm; 1 ano = 10,4 mm; p < 0,02), e de 0,9 mm para RET, embora não tenha havido diferença entre os grupos. Também foi observado maior preenchimento do FD no grupo RET (Início = 13,5 mm; 1 ano = 12,4 mm) do que no grupo PME (Início = 15,3 mm; 1 ano = 15,9 mm), revelando diferença estatística entre os grupos (p < 0,01). Dentro das limitações deste estudo, conclui-se que através da análise radiográfica a PME não promoveu melhores resultados em defeitos infra-ósseos quando comparada ao RET. Pc346 Influência do fator idade na regeneração periodontal espontânea. Estudo histológico em ratos Benatti BB*, César-Neto JB, Gonçalves PF, Casati MZ, Sallum AW, Sallum EA, Nociti-Júnior FH Prótese e Periodontia - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS. E-mail: bbbenatti@terra.com.br O objetivo deste estudo foi avaliar a influência do fator idade na regeneração periodontal espontânea. Os animais foram divididos aleatoriamente em 2 grupos experimentais: Grupo CTRL (“control”) – animais com 60 dias (n = 12), Grupo AGD (“aged”) – animais com 540 dias (n = 12). Foi criada uma fenestração na região vestibular da raiz distal dos primeiros molares inferiores, em dois tempos experimentais distintos de forma que tivessem 3 e 6 semanas de cicatrização. Os resultados foram avaliados histometricamente para a extensão do defeito remanescente, porcentagem de preenchimento do defeito, densidade do novo osso e extensão de novo cemento. A análise intragrupo demonstrou que, com exceção da formação de novo cemento, todos os parâmetros progrediram com o tempo (p < 0,05). Já a análise intergrupo demonstrou que os defeitos eram inicialmente similares em tamanho (p > 0,05) e que, após 3 semanas, a idade influenciou negativamente a densidade do novo osso (86,38% ± 2,99 e 73,06% ± 3,21, p < 0,001, para os grupos CTRL e AGD, respectivamente), preenchimento do defeito (75,84% ± 16,53 e 57,70% ± 22,28, p = 0,014) e extensão do defeito remanescente (0,41 mm ± 0,20 e 1,17 ± 0,37 mm, p < 0,001). Após 6 semanas, a idade influenciou negativamente a densidade no novo osso (88,12% ± 2,90 e 78,19% ± 5,35, p < 0,001, para os grupos CTRL e AGD, respectivamente) e a extensão do defeito remanescente (0,01 mm ± 0,006 e 0,34 mm ± 0,18, p = 0,003), mas não o preenchimento (98,15% ± 2,43 e 87,87% ± 11,63, p > 0,05). Não foi observada a formação de novo cemento sobre as raízes em nenhum dos grupos experimentais. Dentro dos limites deste estudo, podemos concluir que o fator idade pode prejudicar, mas não prevenir a regeneração periodontal espontânea. Pc350 Avaliação da incidência de parto prematuro com bebês de baixo peso em pacientes tratadas periodontalmente Gazolla CM*, Ribeiro A, Oliveira LAM, Moysés MR, Sallum AW UNIVERSIDADE TRÊS CORAÇÕES. E-mail: catiagazolla@tricor.com.br O parto prematuro (PP) com bebês de baixo peso (BP) permanece como a principal causa de mortalidade infantil de recém-nascidos. Já é reconhecida a associação entre a infecção periodontal com tal evento através de estudos que demonstram que estas infecções podem afetar a unidade feto-placentária. O objetivo deste trabalho foi realizar tratamento periodontal nas gestantes portadoras de periodontopatias e observar se o mesmo interferiu no tempo de gestação e no peso dos recém-nascidos. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNINCOR. A amostra foi de 450 gestantes que realizaram pré-natal na Policlínica Municipal de Saúde de Três Corações. Foram excluídas aquelas que possuíam o maior número possível de fatores de riscos já conhecidos. A amostra foi dividida inicialmente em dois grupos: 122 saudáveis e 328 portadoras de doença periodontal. Neste grupo, 266 receberam tratamento e 62 abandonaram o tratamento. Após o parto, foram avaliados o tempo de gestação e peso dos bebês das 450 participantes. Os resultados mostraram não haver diferença estatística entre o grupo das pacientes saudáveis com as doentes tratadas. Entretanto, houve diferença para as doentes não tratadas que apresentaram 79% de PP com bebês de BP. Como conclusão, observamos que o tratamento periodontal reduziu a incidência de PP e bebês de BP. Quanto mais severa a doença periodontal, mais aumenta a incidência do evento e diminui o sucesso do tratamento periodontal. Pc347 Avaliação clínica da terapia antibiótica local de bolsas periodontais residuais Bosco JMD*, Spolidorio DMP, Marcantonio RAC, Lopes BMV, Bosco AF, Neves LHM UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA. E-mail: joseanebosco@hotmail.com Apesar de pesquisas consagrarem a raspagem e o alisamento radicular (RAR) para deter a periodontite, ocasionalmente, esta terapia falha e medidas adicionais têm sido propostas. O objetivo deste estudo foi avaliar clinicamente, em bolsas periodontais residuais de 44 pacientes portadores de periodontite crônica, previamente tratados com RAR, o efeito da tetraciclina 100 mg/mL no controle de placa subgengival. Todos os pacientes apresentavam 2 bolsas periodontais residuais com profundidade de sondagem ≥ 5 mm e sangramento à sondagem e foram divididos aleatoriamente em grupo teste (n = 20) e controle (n = 24). O grupo teste: T1 recebeu 4 aplicações de tetraciclina com “mini brush” e o T2- recebeu o mesmo tratamento do T1, associado a uma sessão de RAR. O grupo controle C1- recebeu apenas uma sessão de RAR e no C2- a RAR foi associada a 4 aplicações de soro fisiológico com “mini-brush”. Os parâmetros clínicos índice de placa (IP), índice gengival (IG), sangramento à sondagem (SS), recessão gengival (RG) e nível de inserção clínica (NI) foram avaliados no “baseline” e após 30 dias. Os resultados foram submetidos à análise estatística e demonstraram que todos os tratamentos apresentaram melhoras estatisticamente significantes (p < 0,05) nos parâmetros SS, PS e NI sendo ainda que no T2 o aumento da RG foi estatisticamente significante. No entanto, não foram encontradas diferenças estatísticas entre os tratamentos no período avaliado. Concluiu-se que a tetraciclina 100 mg/mL aplicada com “mini-brush” pode ser uma alternativa de tratamento de bolsas periodontais residuais, porém sem benefícios clínicos adicionais quando comparada ao tratamento convencional de RAR com instrumentos manuais. Pc351 Avaliação das propriedades e biocompatibilidade de gel anestésico termossensível utilizado em anestesia não invasiva Laufer-Neto J*, Sartori CO, Farago PV, Jansen JL, Pilatti GL, Santos FA Odontologia - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA. E-mail: zelaufer@brturbo.com A anestesia não invasiva com a aplicação de gel anestésico no interior da bolsa periodontal surge como uma alternativa no tratamento periodontal. Esse estudo teve como objetivo manipular, testar a qualidade farmacológica de um gel anestésico tópico termossensível (lidocaína/prilocaína 5% - Teste) e avaliar a sua biocompatibilidade. Foram realizados estudos de pré-formulação, microbiológicos e de difusão percutânea (DP) da droga. Para avaliação da biocompatibilidade foram utilizados 36 ratos divididos em 4 grupos (9 em cada) com implantação subcutânea de tubos de polietileno com as substâncias sendo: G1-EMLA ® ; G2-Teste; G3-Gel placebo; G4-Controle. Períodos de avaliação: 2, 5 e 15 dias, sendo realizadas as biópsias para análise histológica e contagem de células inflamatórias. Os resultados de farmacotécnica mostraram valores de pH = 7,5, densidade (ρgel = 1,037), não ocorrendo crescimento microbiano (gram+, gram- e fungos) na substância Teste. A DP não mostrou diferenças significativas entre o EMLA ® (1 min = 2,41 ± 1,80; 30 min = 3,70 ± 1,02) e Teste (1 min = 0,61 ± 0,40; 30 min = 3,90 ± 1,33) com p > 0,05 (Mann-Whitney). A análise histológica não mostrou áreas de necrose, nem resposta inflamatória severa. A contagem de células mostrou diferenças significativas no período de 2 dias em relação ao controle (p = 0,001 – ANOVA), não havendo diferenças entre os grupos aos 5 dias (p = 0,09 – ANOVA), porém houve diferenças significativas aos 15 dias para G1 (p < 0,001 – ANOVA) apresentando maior número de células inflamatórias. Conclui-se que o gel Teste apresenta propriedades adequadas e mostrou não induzir resposta inflamatória severa no subcutâneo de ratos, podendo ser utilizado no tratamento periodontal. Pc348 Efeito do tratamento da gengivite sobre o hálito de pacientes portadores de periodontite crônica Silveira EMV*, Piccinin FB, Gomes SC, Oppermann RV, Rösing CK Periodontia - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. E-mail: lvsilveira@uol.com.br O presente estudo objetivou analisar através de diferentes instrumentos de diagnóstico o hálito antes e após o tratamento da gengivite em pacientes portadores de periodontite crônica. Vinte e sete pacientes foram analisados por um monitor de compostos sulfurados voláteis (CSV), autopercepção através de escala visual analógica (EVA) e de medição organoléptica (ROSENBERG, 1991) por examinador calibrado. O tratamento foi realizado através do controle de placa supragengival e medidas foram realizadas nos períodos “baseline”, 30, 90 e 180 dias do início do programa de controle de placa. Os resultados das medições de CSV e EVA foram analisados através das médias e comparados através de teste t pareado. As medições organolépticas foram analisadas através de distribuição de freqüência de escores e comparadas entre os tempos experimentais através de teste de Mann-Whitney. O nível de significância foi estabelecido em 5%. As médias de CSV e VAS ao início e final do estudo diminuíram significativamente (de 463,40 ± 496,11 para 245,96 ± 301,50 e de 6,55 ± 2,17 para 3,32 ± 2,19) respectivamente. As frequências de escores organolépticos também sofreram alterações, diminuindo os escores 5 (de 51,9% para 14,8%) e aumentando os escores 1, 2 e 3 (de 0 para 7,4%; de 3,7% para 29,6%; de 14,8% para 29,6%) respectivamente. Conclui-se que o tratamento da gengivite através do controle de placa supragengival em pacientes portadores de periodontite crônica é eficaz na redução de medidas relacionadas ao hálito. Pc352 Estudo in vitro da ação do ultra-som na resistência à tração de coroas cimentadas com cimento de fosfato de zinco Melo-Filho AB*, Jardini MAN, Solis ACO, Landim KT, Mori M Odontologia Social e Clínica Infantil - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - SÃO JOSÉ DOS CAMPOS. E-mail: braulino@directnet.com.br Objetivou-se avaliar a resistência à tração de coroas cimentadas com cimento de fosfato de zinco, em dentes naturais que possuíam preparos padronizados tipo coroa total, as quais receberam ou não instrumentação ultra-sônica e ciclagem térmica, bem como a interação entre esses fatores. Utilizaram-se 48 terceiros molares humanos, íntegros e recém-extraídos, limpos e armazenados em soro fisiológico a 4°C. Os dentes receberam preparos padronizados e coroas totais em liga de prata-paládio, as quais foram cimentadas com cimento de fosfato de zinco. Os 48 conjuntos, dente preparado e coroa cimentada, formaram os corpos-de-prova que foram divididos em 4 grupos de 12 elementos. Cada um desses grupos foi subdividido em dois subgrupos. Um subgrupo de cada grupo recebeu ciclagem térmica, com 5.000 ciclos e banhos de 30 segundos cada, variando a temperatura de 55°C ± 2°C para 5°C ± 2°C. Cada grupo recebeu um tempo de instrumentação ultra-sônica, sendo de 0 minutos para o grupo 1 (controle), de 5 minutos para o grupo 2, de 10 minutos para o grupo 3 e de 15 minutos para o grupo 4. Os testes de tração foram realizados em uma máquina Instron, modelo 4310. Para a análise estatística usaram-se ANOVA e Tukey (5%). Observou-se que a interação entre ciclagem térmica e a instrumentação ultra-sônica influíram significantemente na resistência à tração (15 min = 196,75 N versus 0 min = 452,01 N, 5 min = 444,23 N e 10 min = 470,85 N). Houve redução estatisticamente significante da resistência à tração das coroas com o tempo de instrumentação ultra-sônica de 15 minutos associado à ciclagem térmica (p < 0,05). 246 Braz Oral Res, v. 19, Supplement (Proceedings of the 22 nd Annual SBPqO Meeting) 2005.
Pc353 Análise histológica da resposta do tecido conjuntivo de rato a implantes radiculares biomodificados por meio do EDTA Rios FG*, Zenóbio EG, Alves JB, Soares RV, Costa FO PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS. E-mail: fernandorios@doctor.com O objetivo do presente estudo foi avaliar a resposta do tecido conjuntivo de ratos à biomodificação radicular por meio do gel ácido etilenodiaminotetracético (EDTA-24%). Foram utilizados 24 dentes humanos extraídos devido à doença periodontal avançada. Após raspagem e aplainamento, a porção radicular foi seccionada longitudinalmente em 4 espécimes, totalizando 96 espécimes; distribuídos aleatoriamente em 4 grupos: G1, EDTA trissódico (Biodinâmica ® ), G2, EDTA dissódico (Biora ® ), G3, EDTA dissódico (JHS ® ) e G4 soro fisiológico. Quatro espécimes, um de cada grupo, foram introduzidos no tecido conjuntivo do dorso de um mesmo animal. Nos períodos experimentais de 15, 30 e 60 dias biópsias foram realizadas e analisadas por meio da microscopia de luz. Os resultados demonstraram que em todos os grupos, independente do período de reparo, os fragmentos radiculares estavam circundados por um tecido conjuntivo fibroso em forma de cápsula. Entretanto, no G4 (controle) áreas de íntimo contato de fibras e células com a superfície radicular não foram encontradas, mas um infiltrado inflamatório na periferia dos vasos sangüíneos foi observado. Nos G1 e G3 a presença de células e fibras em contato com a superfície radicular sugeriam uma inserção fibrosa. Adicionalmente células com núcleos volumosos, vesiculosos e nucléolos evidentes, imersas na matriz extracelular, sugeriam aumento da atividade de síntese protéica no G3. Em nenhum dos grupos observou-se a presença de reabsorção radicular. Os resultados do presente estudo indicam que o condicionamento radicular proporciona uma superfície biocompatível e bioindutora favorecendo o processo de inserção de fibras. Pc354 Imunolocalização do Fator Estimulante de Colônia (CSF-1) no periodonto de incisivos de ratos com erupção normal Neves JS*, Salmon CR, Omar NF, Romani EAON, Novaes PD Morfologia - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS. E-mail: juliananeves@fop.unicamp.br O fator estimulante de colônia tipo 1 (CSF-1) é uma glicoproteína que estimula especificamente a proliferação e diferenciação de células da linhagem mononuclear fagocítica importantes para a formação da via eruptiva através da reabsorção óssea pelos osteoclastos. O objetivo deste estudo foi avaliar a expressão de CSF-1 em incisivos inferiores de ratos em condições normais de erupção. Cinco ratos Wistar adultos foram sacrificados por perfusão intracardíaca com solução fixadora contendo 2% paraformaldeído, 0,1% ácido pícrico e 0,25% glutaraldeído. As hemimandíbulas foram removidas e divididas transversalmente em 3 regiões sendo R1: da crista alveolar à face mesial do 1º molar, R2: região do 1º molar e R3: da mesial do 2º molar até a região odontogênica, descalcificadas em EDTA 4,13% e incluídas em Paraplast. Cortes com 4 µm de espessura foram feitos para realização de imuno-histoquímica utilizando anticorpo primário anti-CSF-1. Nas regiões analisadas uma intensa marcação para o CSF-1 ocorreu no folículo dental, principalmente ao redor dos vasos sangüíneos. O folículo dental da região odontogênica mostrou-se mais intensamente marcado que as demais regiões. Alguns osteoclastos adjacentes ao osso alveolar na face correspondente ao periodonto relacionado ao esmalte foram marcados, e o ligamento periodontal apresentou marcação moderada. Papila e polpa dental, odontoblastos, ameloblastos e camada papilar apresentaram marcação de fraca a média intensidades. A presença do CSF-1, principalmente em regiões adjacentes ao osso alveolar, sugere um importante papel desse fator na reabsorção óssea, permitindo assim a formação de uma via eruptiva para que o dente alcance a cavidade bucal. Pc355 Efeito de procedimentos periodontais sobre restaurações indiretas - análise por microscopia eletrônica de varredura Soares PBF*, Santos-Filho PCF, Castro CG, Soares CJ Odontologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA. E-mail: pribferreira@terra.com.br A adaptação e integridade marginal de restaurações subgengivais são decisivas para saúde periodontal. Portanto, este estudo propõe avaliar a ação de diferentes recursos periodontais na superfície e adaptação marginal de restaurações indiretas por meio de microscopia eletrônica de varredura (MEV). Trinta e seis incisivos bovinos receberam preparos classe V expulsivos e foram restaurados com resina laboratorial (Targis) e cimento resinoso (Variolink). Foram divididos em 12 grupos (n = 3): 1- controle - sem tratamento de superfície; 2- raspagem com cureta Gracey (RC); 3- RC e profilaxia com pasta profilática (PA); 4- RC e profilaxia com pedra-pomes (PP); 5- RC e jato de bicarbonato de sódio (JB); 6- raspagem ultra-sônica (RU); 7- RU e PA; 8- RU e PP; 9- RU e JB; 10- PA; 11- PP; 12- JB. As amostras foram preparadas e analisadas em Microscopia Eletrônica de Varredura, obtendo imagens de resina laboratorial, interface dente-restauração e cimento resinoso em aumento de 100 a 5.000 X, que foram analisadas observando grupos controle e experimentais, definindo alteração de superfície da resina, presença de resíduos e formação de fenda marginal. Os resultados mostram que profilaxia com pedra-pomes provoca ranhuras sobre a restauração, enquanto raspagens com cureta e ultra-sônica causam, além de ranhuras, fraturas de bordo. Jato de bicarbonato promove degradação do cimento resinoso gerando degrau na interface dente-restauração. Por análise qualitativa das imagens conclui-se que, com exceção da profilaxia com pasta profilática, todos os procedimentos realizados exerceram efeitos deletérios à integridade da estrutura da resina e da adaptação marginal, os quais foram potencializados pela associação de tratamentos. Pc357 Utilização de proteínas do esmalte no tratamento de defeitos intra-ósseos. Estudo longitudinal clínico e radiográfico Villalpando KT*, Toledo S, Casati MZ, Nociti-Júnior FH, Sallum EA, Sallum AW Prótese e Periodontia - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS. E-mail: villalpando@uol.com.br O objetivo do presente estudo foi comparar através de parâmetros clínicos e radiográficos o tratamento cirúrgico de defeitos intra-ósseos com ou sem a utilização de um gel composto por proteínas do esmalte. Quinze pacientes, totalizando 19 defeitos intra-ósseos compostos por 1 ou 2 paredes ósseas, foram divididos aleatoriamente nos grupos teste e controle. Os parâmetros clínicos foram avaliados através de guias de sondagem – “stents” –, antes do procedimento cirúrgico (“baseline”), com 6 e 18 meses de pós-operatório, sendo eles: posição da margem gengival relativa (PMGR), nível de inserção clínica relativo (NICR) e profundidade de sondagem (PS). Medidas radiográficas lineares foram obtidas nos mesmos períodos de avaliação, através de radiografias padronizadas e digitais. Os dados foram analisados estatisticamente usando ANOVA e o teste de Tukey (p < 0,05). Os resultados clínicos mostraram que aos 18 meses de avaliação houve, em média, um ganho no nível de inserção de 1,4 ± 1,26 mm para o grupo teste, enquanto que, no grupo controle, o valor médio do ganho no nível de inserção clínica foi de 1,2 ± 0,78 mm. Radiograficamente, houve um preenchimento ósseo médio de 1,64 ± 1,69 mm no grupo teste e de 0,71 ± 1,90 mm no grupo controle. Os dois tratamentos cirúrgicos melhoraram os parâmetros clínicos e radiográficos quando comparados ao “baseline”, mas a diferença encontrada entre os grupos não foi estatisticamente significante. Conclui-se que o tratamento cirúrgico convencional e regenerativo têm efeitos favoráveis nos parâmetros clínicos e no preenchimento ósseo radiográfico após 18 meses de avaliação. Pc358 A Influência do laser de baixa intensidade (660 nm) em feridas cutâneas provocadas em ratos tratados com nicotina Macarini VC*, Garcia VG, Bosco AF, Nagata MJH, Almeida JM, Bonfante S, Luize DS, Theodoro LH Cirurgia e Clínica Integrada - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA. E-mail: valmirmacarini@yahoo.com.br A proposta dste estudo foi avaliar, histologicamente, a influência do laser em baixa intensidade (LLLT) sobre o reparo em feridas cutâneas provocadas no dorso de ratos tratados com nicotina. Foram utilizados 115 ratos. Cinqüenta e nove receberam injeção subcutânea de solução salina (0,2 ml), enquanto o restante recebeu injeção subcutânea de nicotina (3 mg/kg de peso do animal), duas vezes ao dia durante o experimento. Decorridos 30 dias, foi criada uma ferida cirúrgica no dorso do animal por meio de um “punch” (8 mm de diâmetro). Os animais que receberam solução salina foram divididos como segue: Grupo I (Controle)(n = 29) - As feridas permaneceram sem tratamento enquanto as do Grupo II (n = 30) foram tratadas com LLLT (AlGaAs) 660 nm, 40 mW, 3,0 J, 0,56 w/cm 2 ). Os animais que receberam injeção de nicotina também foram divididos em 2 grupos. Grupo III (n = 29) onde as feridas não receberam tratamento; e Grupo IV (n = 27), no qual os animais receberam tratamento com LLLT (660 nm, 40 mW, 3,0 J, 0,56 W/cm 2 ). Cada grupo foi subdividido em subgrupos para eutanásia aos 3, 7 e 14 dias pós-operatórios. As peças foram processadas rotineiramente para análise histológica usando-se coloração com hematoxilina e eosina. O Grupo III mostrou retardo da migração epitelial e na organização do tecido conjuntivo em relação ao Grupo I (controle). As feridas do Grupo II apresentaram reparo acelerado quando comparadas às do Grupo I, assim como as feridas do Grupo IV apresentaram reparo mais avançado em relação ao Grupo III. Dentre dos limites deste estudo, pode-se concluir que a nicotina retarda, enquanto o LLLT acelera o processo de reparo de feridas cutâneas em todo o período experimental. Pc359 Prevalência de Actinobacillus actinomycetemcomitans em pacientes com periodontite agressiva Imbronito AV*, Freitas NM, Lotufo RFM, Nunes FD Estomatologia - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SÃO PAULO. E-mail: anaimbronito@ig.com.br A periodontite agressiva (PA) compreende um grupo de doenças caracterizadas por perda óssea localizada ou generalizada e que geralmente acometem indivíduos jovens. A presença do bacilo Gram-negativo Actinobacillus actinomycetemcomitans (A.a.), detectado através de cultura da placa subgengival de pacientes com PA, pode variar entre 89% e 100%. A técnica da reação da polimerase em cadeia (PCR) apresenta maior sensibilidade na identificação de microorganismos que a cultura. O objetivo deste trabalho foi avaliar a freqüência de A.a. na placa subgengival de pacientes com P.A. generalizada, utilizando-se a técnica de PCR. Foram selecionados 80 indivíduos não fumantes, sendo 40 portadores de PA e 40 sem doença periodontal. Amostras de placa subgengival dos sítios mais profundos foram colhidas com cone de papel absorvente. A identificação bacteriana da placa subgengival foi realizada utilizando-se a técnica de PCR. Todos os produtos de PCR foram analisados em géis de agarose 2% corados com brometo de etídio. Os resultados mostraram que 60% dos pacientes com PA foram positivos para A.a. e 12,5% dos pacientes saudáveis foram positivos para A.a. (Qui-quadrado, p < 0,0001). A frequëncia de A.a. em pacientes portadores de PA generalizada foi significantemente superior que em pacientes saudáveis, embora o A.a. não fora identificado em 40% dos pacientes com PA. generalizada. Pc356 Associação entre polimorfismo no gene do receptor de LPS bacteriano CD-14 e periodontite crônica Brito-Júnior RB*, Trevilatto PC, Pardo APS, Scarel-Caminaga RM, Barros SP Biologia Molecular - FACULDADE DE ODONTOLOGIA SÃO LEOPOLDO MANDIC. E-mail: rui_barbosa@hotmail.com A doença periodontal (DP) é causada por interações entre fatores do hospedeiro, microorganismos específicos patogênicos e fatores ambientais. Torna-se interessante a investigação do papel dos fatores genéticos relacionados ao hospedeiro, que podem ser utilizados como marcadores de risco à doença, podendo trazer contribuição no estudo da patogênese da DP. Respostas celulares na periodontite são mediadas, em parte, por lipopolissacarídeos bacterianos (LPS), que ativam monócitos a expressar citocinas e fatores de crescimento via receptor de LPS (CD14). Com base nisso, o objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre DP e polimorfismos no gene do CD14. O DNA foi extraído de células da mucosa oral de 113 indivíduos divididos em grupos: 44 saudáveis (grupo controle), 31 com periodontite moderada e 38 com periodontite severa. O polimorfismo C(-260)- T do gene do CD14 foi analisado pela técnica de reação em cadeia da polimerase (PCR), seguida de digestão pela enzima de restrição Hae III (técnica de determinação de polimorfismos por fragmento de restrição - RFLP) e eletroforese com géis de poliacrilamida a 10% corados por prata. Os dados foram estatisticamente analisados pelo teste de qui-quadrado ao nível de 5%. Os resultados mostraram que não houve diferença significativa na freqüência dos alelos e genótipos entre o grupo controle e os grupos com DP (p > 5%). Concluiu-se que o polimorfismo estudado não pode ser usado como um marcador de susceptibilidade para a DP crônica. Pc360 Eficiência de dentifrício com triclosan na redução de placa e gengivite em pacientes especiais Feng HS, Pannuti CM, Pinheiro ICM, Grande SR, Barros FJ, Candido AP* Estomatologia - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SÃO PAULO. E-mail: robertohsu@hotmail.com Foi conduzido um ensaio clínico aleatório, duplo-cego, com 6 meses de duração, para investigar a eficiência de um dentifrício contendo triclosan e flúor na redução de placa bacteriana e gengivite, em portadores de paralisia cerebral institucionalizados. Sessenta internos da instituição “Casas André Luiz” foram aleatoriamente alocados aos grupos teste (n = 30, dentifrício com triclosan e flúor) e controle (n = 30, dentifrício convencional com flúor). A lista de randomização foi gerada por uma farmácia independente, que também foi responsável pelo sigilo da alocação. A aplicação dos dentifrícios foi feita por pajens, durante a escovação, 3 vezes por dia. A quantidade de placa bacteriana foi aferida pelo Índice de Placa (IP) de Quigley-Hein modificado por Turesky, e gengivite foi aferida pelo Índice de Sangramento Interdental (ISI). Os exames foram realizados por um examinador calibrado nos seguintes intervalos: início do estudo, 3 e 6 meses. O grupo teste apresentou redução significativa (p < 0,001) no IP aos 3 meses, seguida por um aumento aos 6 meses. Houve uma redução significativa no IP do grupo controle (p < 0,001) aos 3 meses, seguida por redução não significativa aos 6 meses. Não houve diferença entre os grupos em qualquer momento. Houve redução significativa do ISI no grupo teste apenas após 3 meses (p < 0,0001). No grupo controle houve redução no ISI após 3 meses (p = 0,002) e após 6 meses (p = 0,001). No entanto, não houve diferença entre os grupos em qualquer momento do estudo. Não foram observadas reações adversas durante o estudo. Os autores concluem que ambos os dentifrícios foram eficientes na redução de placa e gengivite, mas não houve diferença entre os dois dentifrícios. Braz Oral Res, v. 19, Supplement (Proceedings of the 22 nd Annual SBPqO Meeting) 2005. 247
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