32 31 de Outubro a 6 de Novembro de 2008 <strong>Post</strong>-Milénio... Às Sextas-feiras, bem pertinho de si! SENSO MAGAZINE Parabéns! Entre as várias revistas que se publicam na nossa comunidade, eis que surgiu uma que também é merecedora do nosso reconhecimento, a SENSO MAGAZINE, uma obra que difere da maioria particularmente pelo conteúdo que reúne uma série de artigos assinados por gente que sabe o que escreve e sabe fazê-lo de forma atraente e bem explícita. Não estamos com estas palavras a afirmar que o mesmo não acontece com as outras revistas, mas esta, a SENSO possui todos os ingredientes para ser bem-sucedida. Nomes de destaque, os do seu Director, José Mário Coelho, da Editora, Ana Fernandes, do Director Criativo, Jamie Iria e da responsável pelas vendas, Bernardete Gouveia. A sua experiência data de há algum tempo, quando formavam o âmago do então jornal O Milénio, voltando a estar presente o nome de uma das nossas mais prestigiosas colaboradoras, a Dra. Aida Batista, para além da não menos importante colaboração de Carlos Ávila, Eduardo Águaboa, Dr. Filipe Sequeira, Gonçalo Nuno dos Santos e Liz Pimenta. De acordo com o seu primeiro Editorial, de autoria do Director José Mário Coelho, o Editor/Empresário é Jack Prazeres, e passamos a citar: “Faz parte do SENSO comum maximizar o êxito e minimizar o risco. É esta a esperança que nos anima neste momento de arrancada, procurando que a SENSO possa chegar às mãos dos leitores com um mínimo de risco para o empresário, neste caso concreto, o activo e risonho Jack Prazeres. Ele merece todo o nosso respeito e apoio.”. Fim de citação. Depois de termos passado durante alguns anos pela Revista IMAGENS, que recordamos com satisfação, julgamos poder afirmar que têm sido várias as Revistas que têm procurado preencher de algum modo o que se tem considerado um nicho luso-canadiano e poderíamos salientar diversos nomes, como Faces, Factos, Quinas, Streamline, que julgamos ainda estarem activas e às quais se junta agora a revista sazonal (a ser publicada quatro vezes por ano) SENSO MAGAZINE, a quem desejamos as melhores venturas. Alexandre Ribeiro Franco É A NOSSA VEZ Relógios atrasam 60 minutos no domingo Ahora de Inverno chega domingo de madrugada Ao Canadá com os relógios a atrasarem 60 minutos às 02:00, proporcionando mais uma hora de sono, mas causando pequenas perturbações nas crianças devido a alterações de ritmos. A mudança para a hora de Inverno, apesar de trazer vantagens, como o amanhecer mais cedo, “que vem compensar o anoitecer antecipado, não deixa de ser um artifício que vai, nos primeiros dias, afectar o ritmo habitual de todos nós. Estas alterações verificam-se sobretudo no "horário das refeições, na hora de ir para a cama e na hora de acordar de manhã, assim como no horário escolar". A hora de Inverno vai manter-se até ao dia 29 de Março de 2009, quando os relógios forem adiantados 60 minutos, dando-se entrada na hora de Verão.
<strong>Post</strong>-Milénio... Às Sextas-feiras, bem pertinho de si! 31 de Outubro a 6 de Novembro de 2008 33 FESTIVIDADES EM HONRA DE SANTA CECÍLIA NA IGREJA DE SANTA MARIA DE TORONTO Carlos Morgadinho Todos os anos a Banda do Senhor Santo Cristo, a filarmónica portuguesa mais antiga no Canadá, comemora o dia dedicado a Santa Cecília que, como é sabido, é a padroeira dos músicos. Estas festas são igualmente festejadas nas paróquias onde estejam sedeadas as filarmónicas que é uma tradição viva que também emigrou com a nossa gente quando um dia, resolveu deixar os lugares onde nasceram à procura de um futuro mais risonho e próspero que a sua Pátria bem amada, infelizmente, nesses tempos, lhe negava. Assim, este ano, mais precisamente nos dias 25 e 26 do corrente mês de Outubro, um fim-de-semana, esta Banda festejou, e bem, o dia dedicado à sua padroeira, que culminou com uma missa solene, no Domingo (dia 26) pelo padre Agostinho Pacheco, pelas 13.00 horas da tarde, por alma e memória dos músicos e benfeitores daquela popular Banda da nossa comunidade e não só, já falecidos, onde a Banda de London, Ontário, a Holy Spirit Marching Band, convidada a abrilhantar estas festas, executou o Hino de Santa Cecília, após que seguiu-se uma procissão de regresso ao salão paroquial com a Banda de London acompanhar o andor que levava a imagem de Santa Cecília, transportada pelos jovens músicos Brian Pacheco, Venicio Ferreira, Justin Ferreira e Brandon Domingos, que se manteve naquele salão enquanto decorriam as festividades. O referido salão paroquial foi palco, nestes dois dias, dum intenso cenário festivo onde actuou não só a Banda anfitriã, a Banda do Senhor Santo Cristo, como também duas outras Bandas convidadas para participar nestas festas comum a todas a Bandas em louvor à sua padroeira, Santa Cecília. Uma sendo Banda que já aqui foi mencionada, a Holy Spirit Marching Band, sendo a outra a Banda Lira Nossa Senhora de Fátima da Igreja portuguesa de Santa Inês, de Toronto. Houve também os tão apreciados concertos tendo o regente da Banda de London, Kenny Lima, num gesto simpático, convidado o primeiro maestro da Banda do Senhor Santo Cristo, José Brasil, ali presente no salão, a dirigir a sua Banda que este popular condutor de filarmónicas, comovidamente aceitou. Convidado também para conduzir a Banda de London foi chamado o maestro da Banda do Senhor Santo Cristo, Miguel Domingos. Presenteados com um almoço foram todos os elementos das Bandas presentes e convidados e claro, o padre Agostinho Pacheco. Gostaríamos de chamar a atenção para um elemento que, como é da praxe, nunca falta a estas festas da sua Banda, a do Senhor Santo Cristo, o maestro José Medeiros, que vem ao longo dos anos administrando lições de música aos mais novos, cerca de 30 crianças, e que são estes que num futuro mais ou menos próximo irão preencher as vagas deixadas por outros que se vêm reformando ou abandonando a prática por afazeres profissionais ou ausências. Uma excelente obra que este nosso compatriota vem praticando em apoio às crianças e, desta maneira, à sua Banda preferida que é o mesmo que dizermos à nossa comunidade. É um membro bem respeitado por todos no seio da sua Banda e que nos leva afirmar que devíamos ter uma dúzia de elementos desta craveira que tanto se sacrifica para preservar as suas raízes. Além dos concertos, ou arraiais, pelas Bandas, houve arrematações (os chamados leilões) e do bazar de muitas ofertas de benfeitores e amigos desta popular Banda Filarmónica, além de jogos, comes e bebes e a encerrar a noite uma sessão de dança bem participada onde todo o mundo dançou, pulou e se abanou, com musica “distribuída” pelo DJ Brian Pacheco. Bem hajam pelas atenções que nos dispensaram na nossa missão de cobrir este evento religioso, secular e com a sua parte profana simultaneamente que foi bem participada e animada. Gostaríamos também de deixar aqui uma pequena biografia de Santa Cecília (extraída da Web- Wikipedia.org) para aqueles que não conhecem o seu conteúdo. Santa Cecília é uma santa cristã, padroeira dos músicos. Não se tem muitas informações sobre a vida de Santa Cecília. É provável que tenha sido martirizada entre 176 e 180, sob o império de Marco Aurélio. Escavações arqueológicas, não deixam dúvidas sobre a sua existência. Segundo a Paixão de Santa Cecília, escrita no século V, Cecília seria da nobre família romana dos Metelos, filha de senador romano e cristã desde a infância. Os pais de Cecília, sem que a filha soubesse, prometeram-na em casamento a um jovem patrício romano, chamado Valeriano. Se bem que tivesse alegado os motivos que a levavam a não aceitar este contrato, a vontade dos pais se impôs de maneira a tornar-lhe inútil qualquer resistência. Assim se marcaria o dia do casamento e tudo estava preparado para a grande cerimónia. Da alegria geral que estampava nos rostos de todos, só Cecília fazia excepção. A túnica dourada e alvejante peplo, ou túnica, que vestia não deixavam adivinhar que por baixo existia o cilício, e no coração lhe reinasse a tristeza. Estando só com o noivo, disse-lhe Cecília com toda a amabilidade e não menos firmeza: “Valeriano, acho-me sob a protecção directa de um Anjo que me defende e guarda minha virgindade. Não queiras, portanto, fazer coisa alguma contra mim, o que provocaria a ira de Deus contra ti”. A estas palavras, incompreensíveis para um pagão, Cecília fez seguir a declaração de ser cristã e obrigada por um voto que tinha feito a Deus de guardar a pureza virginal. Santa Cecília, Valériano, e Tiburtius por Botticini Disse-lhe mais: que a fidelidade ao voto trazia a bênção, a violação, porém, o castigo de Deus. Valeriano vivamente impressionado com as declarações da noiva, respeitou-lhe a virgindade, converteu-se e recebeu o batismo naquela mesma noite. Valeriano relatou ao irmão Tibúrcio o que tinha passado e conseguiu que também este se tornasse cristão. Turcius Almachius, prefeito de Roma, teve conhecimento da conversão do dois irmãos. Citou-os perante o tribunal e exigiu peremptoriamente que abandonassem, sob pena de morte, a religião que tinham abraçado. Diante da formal recusa, foram condenados à morte e decapitados. Também Cecília teve de comparecer na presença do irredutível juiz. Antes de mais nada, foi intimada a revelar onde se achavam escondidos os tesouros dos dois sentenciados. Cecília respondeu-lhe que os sabia bem guardados, sem deixar perceber ao tirano que já tinham achado o destino nas mãos dos pobres. Almachius, mais tarde, cientificado deste fato, enfureceu-se extraordinariamente e ordenou que Cecília fosse levada ao templo e obrigada a render homenagens aos deuses. De fato foi conduzida ao lugar determinado, mas com tanta convicção falou aos soldados da beleza da religião de Cristo, que estes se declararam a seu favor, e prometeram abandonar o culto dos deuses. Almachius vendo novamente frustrado seu estratagema, deu ordem para que Cecília fosse trancada na instalação balneária do seu próprio palacete e asfixiada pelos vapores d’água. Cecília experimentou uma proteção divina extraordinária e, embora a temperatura tivesse sido elevada aponto de tornar-se intolerável, a serva de Cristo nada sofreu. Segundo outros, a Santa foi metida em um banho de água fervente do qual teria saído ilesa. Almachius recorreu então à pena capital. Três golpes vibrou o algoz sem conseguir separar a cabeça do tronco. Cecília, mortalmente ferida, caiu por terra e ficou três dias nesta posição. Aos cristãos que a vinham visitar dava bons e caridosos conselhos. Ao Papa entregara todos os bens, com o pedido de distribuí-los entre os pobres. Outro pedido fora o de transformar a sua casa em igreja, o que se fez logo depois de sua morte. Foi enterrada na Catacumba de São Calisto. As diversas invasões dos godos e lombardos fizeram com que os Papas resolvessem a transladação de muitas relíquias de santos para igrejas de Roma. O corpo de Santa Cecília ficou muito tempo escondido, sem que lhe soubessem o jazigo. Imagem de Santa Cecília no altar-mor da igreja a ela dedicada em Porto Alegre Uma aparição da Santa ao Papa Pascoal I (817-824) trouxe luz sobre este ponto. Achou-se o caixão de cipreste que guardava as relíquias. O corpo foi encontrado intacto e na mesma posição em que tinha sido enterrado. O esquife foi achado em um ataúde de mármore e depositado no altar de Santa Cecília. Ao lado da Santa acharam seu repouso os corpos de Valeriano, Tibúrcio e Máximo. Sono de Santa Cecília. Em 1599, por ordem do Cardeal Sfondrati, foi aberto o túmulo de Santa Cecília e o corpo encontrado ainda na mesma posição descrita pelo papa Pascoal. O escultor Stefano Maderno que assim o viu, reproduziu em finíssimo mármore, em tamanho natural, a sua imagem. A Igreja ocidental, como a oriental, tem grande veneração pela Mártir, cujo nome figura no cânon da santa Missa. O ofício de sua festa traz como antífona um tópico das atas do martírio de Santa Cecília, as quais afirmam que a Santa, nos festejos do casamento, ouvindo o som dos instrumentos musicais, teria elevado o coração a Deus nestas piedosas aspirações: “Senhor, guardai sem mancha meu corpo e minha alma, para que não seja confundida”. Desde o século XV, Santa Cecília é considerada padroeira da música sacra. Sua festa é celebrada no dia 22 de Novembro, dia da Música e dos Músicos