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Capítulo 5 Microdrenagem - Pliniotomaz.com.br

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Curso de Manejo de águas pluviais<<strong>br</strong> />

Capítulo 5-<strong>Microdrenagem</strong><<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 5 de setem<strong>br</strong>o de 2010 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Capítulo 5<<strong>br</strong> />

<strong>Microdrenagem</strong><<strong>br</strong> />

“A natureza nunca que<strong>br</strong>a as suas leis”<<strong>br</strong> />

Leonardo da Vinci<<strong>br</strong> />

Boca de lobo <strong>com</strong> defletores a 45º<<strong>br</strong> />

Fonte: CIRIA, 2007


Curso de Manejo de águas pluviais<<strong>br</strong> />

Capítulo 5-<strong>Microdrenagem</strong><<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 3 de agosto de 2012 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Introdução<<strong>br</strong> />

Uma das grandes dificuldades de se escrever so<strong>br</strong>e microdrenagem no Brasil é que até o<<strong>br</strong> />

momento não temos normas da ABNT. As cidades, Estados, órgãos públicos, empreendedores<<strong>br</strong> />

adotam critérios muito diferentes um dos outros, sendo difícil e até impossível de se fazer uma<<strong>br</strong> />

padronização.<<strong>br</strong> />

Uma das dificuldades é o período de retorno a ser adotado e re<strong>com</strong>endamos Tr=25anos e em<<strong>br</strong> />

lugares <strong>com</strong>o hospitais adotar Tr=50anos.<<strong>br</strong> />

Outro problema é que não há padronização das bocas de lobo e das alturas das guias sendo<<strong>br</strong> />

que cada problema tem que ser resolvido separadamente.<<strong>br</strong> />

As aberturas de bocas de lobo superam o máximo de 0,15m e causam m fatalidades e<<strong>br</strong> />

processos judiciais.<<strong>br</strong> />

Uma outra indefinição é se devemos considerar o tubo de galerias de águas pluviais: y/D=1,0<<strong>br</strong> />

(seção plena, PMSP), y/D=0,85 ( EPUSP); y/D=0,80 (várias prefeituras, autor); y/D=0,75 (esgotos<<strong>br</strong> />

sanitários ABNT) ou y/D=0,67 (2/3 águas pluviais prediais ABNT).<<strong>br</strong> />

Guarulhos, 5 de setem<strong>br</strong>o de 2010<<strong>br</strong> />

Plinio Tomaz<<strong>br</strong> />

Engenheiro civil<<strong>br</strong> />

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Curso de Manejo de águas pluviais<<strong>br</strong> />

Capítulo 5-<strong>Microdrenagem</strong><<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 3 de agosto de 2012 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Ordem<<strong>br</strong> />

Assunto<<strong>br</strong> />

SUMÁRIO<<strong>br</strong> />

Capítulo 5-<strong>Microdrenagem</strong><<strong>br</strong> />

5.1 Introdução<<strong>br</strong> />

5.2 Gradiente de energia e hidráulico<<strong>br</strong> />

5.3 Período de retorno e altura da água na sarjeta<<strong>br</strong> />

5.4 Galerias de águas pluviais no Brasil<<strong>br</strong> />

5.5 Formula de Manning para secção circular plena<<strong>br</strong> />

5.6 Dimensionamento de galeria circular parcialmente cheia<<strong>br</strong> />

5.7 Boca de lobo sem depressão e altura da lâmina da água é menor que a abertura da guia<<strong>br</strong> />

5.8 Boca de lobo <strong>com</strong> depressão<<strong>br</strong> />

5.9 Quando a altura da água so<strong>br</strong>e o local for maior que 1,4h para boca de lobo <strong>com</strong> depressão e sem depressão<<strong>br</strong> />

5.10 Quando a boca de lobo é uma grelha (grade)<<strong>br</strong> />

5.11 Capacidade de escoamento superficial de uma grelha (grade)<<strong>br</strong> />

5.12 Boca de lobo <strong>com</strong>binada <strong>com</strong> grelha<<strong>br</strong> />

5.13 Redução de escoamento em bocas de lobo<<strong>br</strong> />

5.14 Sarjetões<<strong>br</strong> />

5.15 Secção parabólica<<strong>br</strong> />

5.16 Bocas de lobo<<strong>br</strong> />

5.17 Poços de visita<<strong>br</strong> />

5.18 Caixas de ligação e tubos de ligação<<strong>br</strong> />

5.19 Condutos <strong>com</strong> entrada submersa e saída submersa<<strong>br</strong> />

5.20 Velocidade nas galerias<<strong>br</strong> />

5.21 Tubulações<<strong>br</strong> />

5.22 Tempo de concentração e vazões de projeto<<strong>br</strong> />

5.23 Sarjetas<<strong>br</strong> />

5.24 FHWA, 1996<<strong>br</strong> />

5.25 DNIT, 2006<<strong>br</strong> />

5.26 Declividade lateral das ruas<<strong>br</strong> />

5.27 CIRIA, 2007<<strong>br</strong> />

5.28 Tipos de bocas de lobo<<strong>br</strong> />

5.29 Limitações técnicas em projetos de microdrenagem<<strong>br</strong> />

5.30 Tempo de entrada<<strong>br</strong> />

5.31 Vazão específica em uma sarjeta<<strong>br</strong> />

5.32 Perdas de cargas localizadas<<strong>br</strong> />

5.33 Riscos de enchentes<<strong>br</strong> />

5.34 Classificação das ruas da PMSP<<strong>br</strong> />

5.35 Tempo de concentração de Yen e Chow, 1983<<strong>br</strong> />

5.36 Entrada de ar<<strong>br</strong> />

5.37 Superelevação nas curvas<<strong>br</strong> />

5.38 Ancoragens e velocidades<<strong>br</strong> />

5.39 Rebaixamento de guias<<strong>br</strong> />

5.40 Aquaplanagem<<strong>br</strong> />

5.41 Dimensionamento de tubulação usando Metcalf&Eddy<<strong>br</strong> />

5.42 Tensão trativa<<strong>br</strong> />

5.43 Energia específica<<strong>br</strong> />

5.44 Inclinação crítica<<strong>br</strong> />

5.45 Número de Froude<<strong>br</strong> />

5.46 Fórmula de Manning<<strong>br</strong> />

5.47 Relações geométricas da seção circular<<strong>br</strong> />

5.48 Velocidade crítica<<strong>br</strong> />

5.49 Velocidade máxima<<strong>br</strong> />

5.50 Bibliografia e livros consultados<<strong>br</strong> />

100 páginas<<strong>br</strong> />

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Curso de Manejo de águas pluviais<<strong>br</strong> />

Capítulo 5-<strong>Microdrenagem</strong><<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 3 de agosto de 2012 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Capítulo 5- <strong>Microdrenagem</strong><<strong>br</strong> />

5.1 Introdução<<strong>br</strong> />

Primeiramente informamos que é dificil definir o que é microdrenagem. Alguns definem<<strong>br</strong> />

salientando uma área de 120ha e outros definem <strong>com</strong>o o escoamento superficial nas ruas, as bocas de<<strong>br</strong> />

lobos e as galerias de águas pluviais. Para confundir mais o assuntos alguns definem tubos pequenos<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o aqueles que conduzem no máximo 0,57m 3 /s e tubos grandes quando conduzem mais que<<strong>br</strong> />

0,57m 3 /s. Não existe uma definição e conceito aceito por todos os especialistas.<<strong>br</strong> />

Conforme Nicklow, 2001 quando a chuva cai so<strong>br</strong>e uma superfície pavimentada forma uma<<strong>br</strong> />

camada de água que vai aumentando cada vez mais causando problemas no tráfego de veículos,<<strong>br</strong> />

causando problemas de aquaplanagem e visibilidade.<<strong>br</strong> />

Primeiramente devemos esclarecer que não existe norma da ABNT so<strong>br</strong>e galerias de águas<<strong>br</strong> />

pluviais urbanas.<<strong>br</strong> />

Em 1986 foi lançado pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) e Companhia<<strong>br</strong> />

de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB), o livro Drenagem Urbana- manual de projeto,<<strong>br</strong> />

elaborado pela equipe técnica do DAEE. Este livro tornou-se o padrão <strong>br</strong>asileiro de drenagem sendo<<strong>br</strong> />

usado até hoje.<<strong>br</strong> />

No Brasil as galerias de águas pluviais são calculadas <strong>com</strong>o condutos livres <strong>com</strong> os tubos<<strong>br</strong> />

trabalhando a: seção plena, 2/3D, 0,80D ou 0,83D.<<strong>br</strong> />

Existem regiões <strong>com</strong>o o County Clark nos Estados Unidos, que usam a água pluvial <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

rede pressurizada até o máximo de 1,5m acima da geratriz superior da tubulação. Para a pressurização<<strong>br</strong> />

é necessário que as juntas sejam estanques ao vazamento ou que pelos menos suporte até 1,5m de<<strong>br</strong> />

pressão. Assim são usadas juntas elásticas ou juntas especiais. Nestas redes é <strong>com</strong>um se calcular os<<strong>br</strong> />

dois gradientes, o hidráulico e de energia de modo que o gradiente de energia não saia do perfil da<<strong>br</strong> />

vala de escavação.<<strong>br</strong> />

Para o Brasil podemos considerar <strong>com</strong>o pressurização máxima em tubos de águas pluviais de<<strong>br</strong> />

1,20m de coluna de água.<<strong>br</strong> />

Nas redes pressurizadas temos ampliações de rede curvas sem o uso de PVC, mas usando-se a<<strong>br</strong> />

regra de que os poços de visita estejam no máximo a 120m de distância um do outro. Mesmo quando<<strong>br</strong> />

se calculam redes pressurizadas existem trechos próximos do lançamento das águas pluviais <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

lagos e rios em que o conduto é livre.<<strong>br</strong> />

Na Figura (5.1) notar uma rede de águas pluviais moderna pressurizada de Clark County <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

curvas e ampliações sem poços de visita trabalhando até 1,50m de pressão acima da geratriz superior<<strong>br</strong> />

do tubo.<<strong>br</strong> />

Dica: Re<strong>com</strong>endamos pressurização de tubos no máximo de 1,20.<<strong>br</strong> />

O manual de projetos de hidráulica do Texas admite a utilização de galerias de águas pluviais<<strong>br</strong> />

pressurizadas e em condutos livres, porém re<strong>com</strong>enda o uso de condutos livres salientando que o<<strong>br</strong> />

diâmetro mínimo aconselhável de uma galeria deve ser de 600mm.<<strong>br</strong> />

Dica: quando o conduto for forçado a água poderá chegar no máximo a 0,30m do<<strong>br</strong> />

tampão para não haver extravasamento.<<strong>br</strong> />

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Figura 5.1- Rede de águas pluviais moderna<<strong>br</strong> />

Fonte: Clark County<<strong>br</strong> />

Na Figura (5.2) de Clark County notar no perfil as linhas de energia (EGL) e a linha<<strong>br</strong> />

piezométrica (HGL) que deverá estar abaixo do grade da rua.<<strong>br</strong> />

Figura 5.2- Perfil de águas pluviais notando-se as linhas de energia (EGL) e a linha<<strong>br</strong> />

piezométrica (HGL).<<strong>br</strong> />

Fonte: Clark County<<strong>br</strong> />

Na Figura (5.3) podemos verificar as linhas de energia e a linha piezométrica num conduto<<strong>br</strong> />

pressurizado que correspondem em inglês a Energy grade line (EGL) e Hydraulic grade line (HGL).<<strong>br</strong> />

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Figura 5.3- Linha de energia (EGL) e Linha Piezométrica (HGL) para condutos forçados<<strong>br</strong> />

Fonte: http://www.dec.ufcg.edu.<strong>br</strong>/saneamento/Dren05.html<<strong>br</strong> />

5.2 Gradiente de energia e hidráulico<<strong>br</strong> />

Temos dois gradientes muito importantes em canais e condutos livres e que são o gradiente de<<strong>br</strong> />

energia e o gradiente hidráulico.<<strong>br</strong> />

Linha de energia ou gradiente de energia<<strong>br</strong> />

Para o conduto livre conforme Figura (5.4) a linha de energia é a altura do em relação a um<<strong>br</strong> />

referencial de nível, mais a altura do nível de água e mais V 2 /2g.<<strong>br</strong> />

H= z 1 + y 1 + v 1 2 /2g<<strong>br</strong> />

Linha de gradiente hidráulico<<strong>br</strong> />

É a conexão de todos os pontos da superfície líquida do conduto livre é a linha do gradiente<<strong>br</strong> />

hidráulico conforme Metcalf&Eddy, 1991.<<strong>br</strong> />

H 1 = z 1 + y 1<<strong>br</strong> />

Figura 5.4- Comparação de escoamento em condutos forçados e condutos livres<<strong>br</strong> />

Fonte: Metcalf&Eddy, 1981<<strong>br</strong> />

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A linha de energia não poderá ser superior ao poço de visita de uma galeria e nem passar do<<strong>br</strong> />

nível do terreno.<<strong>br</strong> />

Conduto forçado<<strong>br</strong> />

Mays, 2001 salienta e mostra na Figura (5.5) que as redes pressurizadas possuem a linha de<<strong>br</strong> />

carga (EGL) de maneira que estão acima do grade conforme parte superior da figura e que trabalham<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>o condutos forçados. As galerias de águas pluviais devem trabalhar <strong>com</strong>o conduto livre conforme<<strong>br</strong> />

a parte de baixo da figura. A pressão máxima re<strong>com</strong>enda é de 1,20m.<<strong>br</strong> />

Conforme Douglas County, 2006 em rede pressurizada o nível da água no ponto mais<<strong>br</strong> />

desfavorável deve ficar no máximo a 0,30m da nível do tampão de visita.<<strong>br</strong> />

Figura 5.5- Linha piezométrica e linha de carga em uma tubulação de águas pluviais<<strong>br</strong> />

Fonte: Mays, 2001<<strong>br</strong> />

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Devemos salientar que em bombeamento de águas pluviais a tubulação de recalque é<<strong>br</strong> />

pressurizada <strong>com</strong>o se fosse um conduto forçado. Fica ainda a observação de quando há um<<strong>br</strong> />

entupimento de uma galeria a mesma ficará pressurizada de acordo <strong>com</strong> a profundidade do poço de<<strong>br</strong> />

visita. Assim admite-se pressurização dos tubos de 1,5m acima da geratriz superior da tubulação. É<<strong>br</strong> />

necessário que as juntas não vazem <strong>com</strong> esta pequena pressão.<<strong>br</strong> />

Os tubos de águas pluviais trabalharão <strong>com</strong> lâmina de água máxima de 0,8D, mas quando em<<strong>br</strong> />

forma de canais, deverá ser deixada uma borda livre de no mínimo 0,15m.<<strong>br</strong> />

Região litorânea<<strong>br</strong> />

Em região litorânea onde a variação da maré é muito grande as tubulações de águas pluviais<<strong>br</strong> />

deverão ser calculadas <strong>com</strong>o conduto livre e conduto forçado. O mesmo conceito deve ser usado<<strong>br</strong> />

quando em lançamento em rios <strong>com</strong> grande variação de nível de água.<<strong>br</strong> />

Como conduto forçado é usado a fórmula de Hazen-Willians limitando a velocidade ao<<strong>br</strong> />

máximo de 1,50m/s.<<strong>br</strong> />

10,643 . Q 1,85<<strong>br</strong> />

J = -----------------------<<strong>br</strong> />

C 1,85 . D 4,87<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

J= perda de carga em metro por metro (m/m);<<strong>br</strong> />

Q= vazão em m 3 /s;<<strong>br</strong> />

C= coeficiente de rugosidade da tubulação de Hazen-Willians;<<strong>br</strong> />

D= diâmetro em metros.<<strong>br</strong> />

Obtemos: Qo= (C 1,85 . D 4,87 . J / 10,643) (1/1,85)<<strong>br</strong> />

A perda de carga no lugar mais desfavorável normalmente é adotado <strong>com</strong>o 0,30m, isto é,<<strong>br</strong> />

deverá haver uma folga no último poço de visita de no mínimo 0,30m para que quando chova e a<<strong>br</strong> />

maré estiver alta haja escoamento.<<strong>br</strong> />

5.3 Período de retorno e altura da água na sarjeta<<strong>br</strong> />

Segundo a FHWA, 1996 e Nicklow, 2001 o grande problema em microdrenagem é definir:<<strong>br</strong> />

Período de retorno que se deve adotar e<<strong>br</strong> />

Altura de água que devemos admitir na sarjeta.<<strong>br</strong> />

Existem locais que devido a travessia de pedestres ou a existência de edifício público que se<<strong>br</strong> />

deva manter a altura da água baixa. Pode acontecer também que <strong>com</strong> a subida da água as linhas das<<strong>br</strong> />

pistas fiquem escondidas aumentando o perigo de desastres.<<strong>br</strong> />

A velocidade da água e a altura da água levam riscos para veículos, pessoas adultas e crianças.<<strong>br</strong> />

As pessoas podem escorregar e serem levadas pelas enxurradas causando danos físicos inclusive a<<strong>br</strong> />

própria perda da vida do pedestre.<<strong>br</strong> />

A escolha do período de retorno e da altura do nível de água bem <strong>com</strong>o do risco que pode<<strong>br</strong> />

ser assumido devem ser levados em contas pelo projetista quando dimensionar os bueiros e as<<strong>br</strong> />

tubulações que irão levar adiante e <strong>com</strong> segurança as águas pluviais.<<strong>br</strong> />

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Período de retorno<<strong>br</strong> />

Em microdrenagem é <strong>com</strong>um adotar-se períodos de retorno 25anos e em macrodrenagem de<<strong>br</strong> />

100anos. A Prefeitura de Porto Alegre adota Tr=10anos.<<strong>br</strong> />

Devemos salientar que mesmo em microdrenagem quando adotamos período de retorno de<<strong>br</strong> />

25anos, poderá haver trechos ou ruas em uma cidade em que teremos que adotar Tr=50anos.<<strong>br</strong> />

Na Inglaterra devido às mudanças climáticas os projetos de microdrenagem conforme CIRIA,<<strong>br</strong> />

2007 são feitos para período de retorno de 30anos e em rios e canais Tr=200anos.<<strong>br</strong> />

Dica: para o Brasil devemos adotar o período de retorno de 25anos para microdrenagem.<<strong>br</strong> />

Altura de água na sarjeta<<strong>br</strong> />

No Brasil adotam-se altura de 0,13m; 0,10m <strong>com</strong>umente e é difícil na prática de estabelecer<<strong>br</strong> />

um padrão.<<strong>br</strong> />

Nos loteamentos do Alphaville adotam-se dois tipos de guias, uma <strong>com</strong> altura de 0,075m<<strong>br</strong> />

localizada na frente dos lotes e outra <strong>com</strong> 0,15m nas praças públicas onde não haja entrada de<<strong>br</strong> />

veículos. A largura da sarjeta é 0,45m.<<strong>br</strong> />

Dica: a abertura máxima em uma boca de lobo deve ser de 0,15m<<strong>br</strong> />

5.4 Galerias de águas pluviais no Brasil<<strong>br</strong> />

As galerias pluviais são projetadas <strong>com</strong>o conduto livre para funcionamento a seção plena para<<strong>br</strong> />

a vazão do projeto. A velocidade depende do material a ser usado.<<strong>br</strong> />

A velocidade mínima para tubos de concreto deverá ser de 0,65m/s e a máxima de 5,0m/s. O<<strong>br</strong> />

reco<strong>br</strong>imento mínimo é de 1,00 m.<<strong>br</strong> />

Os diâmetros das tubulações <strong>com</strong>erciais padronizados são é:<<strong>br</strong> />

0,30m (concreto simples, não é armado Classe PS-1 da ABNT NBR 8890/2003);<<strong>br</strong> />

0,40m (pode ser armado);<<strong>br</strong> />

0,50m (tubo <strong>com</strong> armadura Classe PA-2 da NBR 8890/2003);<<strong>br</strong> />

0,60m (tubo <strong>com</strong> armadura)<<strong>br</strong> />

0,80m (tubo <strong>com</strong> armadura)<<strong>br</strong> />

1,00m (tubo <strong>com</strong> armadura)<<strong>br</strong> />

1,20m (tubo <strong>com</strong> armadura)<<strong>br</strong> />

1,50m. (tubo <strong>com</strong> armadura)<<strong>br</strong> />

Acima de 1,50m usarmos aduelas de concreto<<strong>br</strong> />

Existem tubos <strong>com</strong> junta rígida ou junta elástica. Os tubos <strong>com</strong>umente usados conforme a<<strong>br</strong> />

profundidade e a especificação da o<strong>br</strong>a são das Classes: PA-1, PA-2, PA-3, PA-4 e PS-1<<strong>br</strong> />

Os <strong>com</strong>primentos dos tubos normalmente são de 1,00m, mas podem ser de 1,50m.<<strong>br</strong> />

Os preços médios dos tubos de concreto incluso a mão de o<strong>br</strong>a estão na Tabela (5.1).<<strong>br</strong> />

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Tabela 5.1-Preços médios de material e mão de o<strong>br</strong>a de tubos de concreto para águas<<strong>br</strong> />

pluviais<<strong>br</strong> />

Diâmetro<<strong>br</strong> />

(m)<<strong>br</strong> />

0,30 18<<strong>br</strong> />

0,40 33<<strong>br</strong> />

0,50 35<<strong>br</strong> />

0,60 44<<strong>br</strong> />

0,80 71<<strong>br</strong> />

1,00 111<<strong>br</strong> />

1,20 166<<strong>br</strong> />

1,50 226<<strong>br</strong> />

Nota: 1US$= 1,75 (17/2/2008)<<strong>br</strong> />

Preço de Material e Mão de o<strong>br</strong>a<<strong>br</strong> />

US$/metro<<strong>br</strong> />

Acima do diâmetro de 1,50m usam-se aduelas de concreto padronizadas pela norma da ABNT<<strong>br</strong> />

NBR 15396. A largura e altura das aduelas variam de 1,00m até 4,0m sendo a junta de encaixe tipo<<strong>br</strong> />

macho-fêmea.<<strong>br</strong> />

5.5 Fórmula de Manning para seção circular plena<<strong>br</strong> />

Vamos apresentar a fórmula de Manning para seção plena circular:<<strong>br</strong> />

Q = ( n -1 ) . A . R 2/3 . S 1/2<<strong>br</strong> />

Q= vazão (m 3 /s);<<strong>br</strong> />

A= área molhada da seção (m 2 )<<strong>br</strong> />

R= raio hidráulico (m);<<strong>br</strong> />

S= declividade (m/m).<<strong>br</strong> />

Para seção circular plena R=D/4 temos:<<strong>br</strong> />

V= (1/n) x 0,397x (D 2/3 ) (S ½ ) (Equação 5.1)<<strong>br</strong> />

Q= (1/n) x 0,312 x (D 8/3 ) (S ½ ) (Equação 5.2)<<strong>br</strong> />

D = (Q . n )/ ( 0,312 . S 1/2 ) 3/8 (Equação 5.3)<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

V= velocidade (m/s);<<strong>br</strong> />

R= raio hidráulico (m);<<strong>br</strong> />

S= declividade (m/m);<<strong>br</strong> />

n= coeficiente de rugosidade de Manning;<<strong>br</strong> />

D= diâmetro do tubo (m);<<strong>br</strong> />

Q= vazão (m 3 /s).<<strong>br</strong> />

Exemplo 5.1-<<strong>br</strong> />

Dado a declividade S=0,007 m/m n=0,025 D=1,5m. Achar a velocidade média.<<strong>br</strong> />

Usando a Equação (5.1) temos:<<strong>br</strong> />

V= (1/n) x 0,397x (D 2/3 ) (S ½ ) = (1/0,025) x 0,397x (1,5 2/3 ) (0,007 ½ ) =1,74 m/s<<strong>br</strong> />

A Tabela ( 5.2) fornece a vazão da tubulação de concreto em função da declividade. Não<<strong>br</strong> />

devemos esquecer que deverá ser calculada a velocidade sendo que esta deverá ser menor ou igual a<<strong>br</strong> />

5m/s e em alguns casos chegar a 6m/s.<<strong>br</strong> />

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Tabela 5.2 - Vazões a seção plena de tubos de concreto para águas pluviais conforme a<<strong>br</strong> />

declividade da tubulação.<<strong>br</strong> />

Tubos de concreto<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> n=0,013<<strong>br</strong> />

Diâmetro<<strong>br</strong> />

Vazões<<strong>br</strong> />

(m 3 /s)<<strong>br</strong> />

Declividades da tubulação<<strong>br</strong> />

0,50% 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8% 9% 10%<<strong>br</strong> />

(cm) (m) 0,005 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07 0,08 0,09 0,1<<strong>br</strong> />

30 0,3 0,07 0,10 0,14 0,17 0,19 0,22 0,24 0,26 0,27 0,29 0,31<<strong>br</strong> />

40 0,4 0,15 0,21 0,29 0,36 0,42 0,47 0,51 0,55 0,59 0,63 0,66<<strong>br</strong> />

50 0,5 0,27 0,38 0,53 0,65 0,76 0,85 0,93 1,00 1,07 1,13 1,20<<strong>br</strong> />

60 0,6 0,43 0,61 0,87 1,06 1,23 1,37 1,51 1,63 1,74 1,84 1,94<<strong>br</strong> />

80 0,8 0,94 1,32 1,87 2,29 2,65 2,96 3,24 3,50 3,74 3,97 4,19<<strong>br</strong> />

100 1,0 1,70 2,40 3,39 4,16 4,80 5,37 5,88 6,35 6,79 7,20 7,59<<strong>br</strong> />

120 1,2 2,76 3,90 5,52 6,76 7,81 8,73 9,56 10,33 11,04 11,71 12,34<<strong>br</strong> />

150 1,5 5,00 7,08 10,01 12,26 14,15 15,82 17,33 18,72 20,01 21,23 22,38<<strong>br</strong> />

Exemplo 5.2-galeria de 1,5m de diâmetro<<strong>br</strong> />

Calcular a vazão pela fórmula de Manning sendo dados o diâmetro D=1,50m declividade<<strong>br</strong> />

S=0,007m/m (0,7%) e rugosidade de Manning n=0,014.<<strong>br</strong> />

Entrando na Equação (5.2) temos:<<strong>br</strong> />

Q= (0,312) . ( n -1 ) . D 8/3 . S 1/2 = (0,312) . ( 0,014 -1 ) . 1,50 8/3 . 0,007 1/2<<strong>br</strong> />

Q= 5,5 m 3 /s<<strong>br</strong> />

Portanto uma galeria <strong>com</strong> 1,5m de diâmetro <strong>com</strong> declividade de 0,007m/m pode conduzir a<<strong>br</strong> />

vazão de 5,5 m 3 /s. Vejamos agora a velocidade:<<strong>br</strong> />

Usando a equação da continuidade:<<strong>br</strong> />

4 . Q<<strong>br</strong> />

V =-------------- (Equação 5.4)<<strong>br</strong> />

. D 2<<strong>br</strong> />

4 . Q 4 . (5.5)<<strong>br</strong> />

V=--------------- = -------------------- = 3,11 m/s < 5 m/s<<strong>br</strong> />

. D 2 3,14 . (1.5 2 )<<strong>br</strong> />

Portanto, a velocidade é 3,11 m/s que é menor que o máximo admitido de 5 m/s e é maior que<<strong>br</strong> />

o mínimo de 0,60 m/s.<<strong>br</strong> />

Exemplo 5.3- calcular o diâmetro.<<strong>br</strong> />

Calcular o diâmetro para uma tubulação de concreto <strong>com</strong> n=0,014 vazão de 2 m 3 /s e<<strong>br</strong> />

declividade de 0,007m/m. Conforme Equação (5.3) temos:<<strong>br</strong> />

D = (Q . n )/ ( 0,312 . S 1/2 ) 3/8 = (2 .0,014 )/ ( 0,312 . 0,007 1/2 ) 3/8<<strong>br</strong> />

D= 1,03 m<<strong>br</strong> />

Como o diâmetro de 1,03m não é <strong>com</strong>ercial, temos que usar D=1,2m<<strong>br</strong> />

Calculemos então a velocidade pela equação da continuidade.<<strong>br</strong> />

4 . Q 4 . 2<<strong>br</strong> />

V=--------------- = -------------------- = 3,67m/s < 5 m/s<<strong>br</strong> />

. D 2 3,14 . 1.2 2<<strong>br</strong> />

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Curso de Manejo de águas pluviais<<strong>br</strong> />

Capítulo 5-<strong>Microdrenagem</strong><<strong>br</strong> />

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Se o <strong>com</strong>primento da tubulação for de 200m o tempo de trânsito na galeria de 1,20m é de:<<strong>br</strong> />

Tc= L/ 60xV = 200m/ 60 x 3,67m/s = 0,91min<<strong>br</strong> />

A velocidade de 3,67m/s é maior que o mínimo de 0,60 m/s e menor que o máximo de 5 m/s.<<strong>br</strong> />

Aqui é importante salientar que há um pequeno erro, pois o tubo não está trabalhando realmente a<<strong>br</strong> />

seção plena <strong>com</strong> o diâmetro de 1,2m.<<strong>br</strong> />

A Tabela (5.3) apresenta os diâmetros de tubulações de concreto em função da declividade e<<strong>br</strong> />

da vazão. Foi considerando a rugosidade de Manning n=0,013.<<strong>br</strong> />

Lem<strong>br</strong>amos que os tubos <strong>com</strong>erciais são padronizados.<<strong>br</strong> />

Vazões<<strong>br</strong> />

Tabela 5.3- Diâmetros da tubulação de concreto em função da declividade e da vazão<<strong>br</strong> />

considerando a rugosidade de Manning n=0,013<<strong>br</strong> />

Diâmetro<<strong>br</strong> />

(m)<<strong>br</strong> />

0,5% 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7% 8% 9% 10%<<strong>br</strong> />

(m 3 /s) 0,005 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07 0,08 0,09 0,1<<strong>br</strong> />

1,5 0,95 0,84 0,74 0,68 0,65 0,62 0,60 0,58 0,57 0,56 0,54<<strong>br</strong> />

2,0 1,06 0,93 0,82 0,76 0,72 0,69 0,67 0,65 0,63 0,62 0,61<<strong>br</strong> />

2,5 1,16 1,02 0,89 0,83 0,78 0,75 0,73 0,71 0,69 0,67 0,66<<strong>br</strong> />

3,0 1,24 1,09 0,95 0,88 0,84 0,80 0,78 0,75 0,74 0,72 0,71<<strong>br</strong> />

3,5 1,31 1,15 1,01 0,94 0,89 0,85 0,82 0,80 0,78 0,76 0,75<<strong>br</strong> />

4,0 1,38 1,21 1,06 0,99 0,93 0,90 0,87 0,84 0,82 0,80 0,79<<strong>br</strong> />

4,5 1,44 1,27 1,11 1,03 0,98 0,94 0,90 0,88 0,86 0,84 0,82<<strong>br</strong> />

5,0 1,50 1,32 1,16 1,07 1,02 0,97 0,94 0,91 0,89 0,87 0,86<<strong>br</strong> />

5,5 1,55 1,36 1,20 1,11 1,05 1,01 0,98 0,95 0,92 0,90 0,89<<strong>br</strong> />

6,0 1,61 1,41 1,24 1,15 1,09 1,04 1,01 0,98 0,95 0,93 0,92<<strong>br</strong> />

6,5 1,65 1,45 1,28 1,18 1,12 1,07 1,04 1,01 0,98 0,96 0,94<<strong>br</strong> />

7,0 1,70 1,49 1,31 1,22 1,15 1,10 1,07 1,04 1,01 0,99 0,97<<strong>br</strong> />

7,5 1,75 1,53 1,35 1,25 1,18 1,13 1,10 1,06 1,04 1,02 1,00<<strong>br</strong> />

8,0 1,79 1,57 1,38 1,28 1,21 1,16 1,12 1,09 1,06 1,04 1,02<<strong>br</strong> />

8,5 1,83 1,61 1,41 1,31 1,24 1,19 1,15 1,12 1,09 1,06 1,04<<strong>br</strong> />

9,0 1,87 1,64 1,44 1,34 1,27 1,21 1,17 1,14 1,11 1,09 1,07<<strong>br</strong> />

9,5 1,91 1,68 1,47 1,36 1,29 1,24 1,20 1,16 1,13 1,11 1,09<<strong>br</strong> />

10,0 1,94 1,71 1,50 1,39 1,32 1,26 1,22 1,19 1,16 1,13 1,11<<strong>br</strong> />

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Capítulo 5-<strong>Microdrenagem</strong><<strong>br</strong> />

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10,5 1,98 1,74 1,53 1,42 1,34 1,29 1,24 1,21 1,18 1,15 1,13<<strong>br</strong> />

11,0 2,02 1,77 1,55 1,44 1,36 1,31 1,26 1,23 1,20 1,17 1,15<<strong>br</strong> />

11,5 2,05 1,80 1,58 1,46 1,39 1,33 1,29 1,25 1,22 1,19 1,17<<strong>br</strong> />

12,0 2,08 1,83 1,61 1,49 1,41 1,35 1,31 1,27 1,24 1,21 1,19<<strong>br</strong> />

12,5 2,11 1,86 1,63 1,51 1,43 1,37 1,33 1,29 1,26 1,23 1,21<<strong>br</strong> />

13,0 2,15 1,88 1,65 1,53 1,45 1,39 1,35 1,31 1,28 1,25 1,22<<strong>br</strong> />

13,5 2,18 1,91 1,68 1,56 1,47 1,41 1,37 1,33 1,29 1,27 1,24<<strong>br</strong> />

14,0 2,21 1,94 1,70 1,58 1,49 1,43 1,38 1,35 1,31 1,28 1,26<<strong>br</strong> />

14,5 2,24 1,96 1,72 1,60 1,51 1,45 1,40 1,36 1,33 1,30 1,27<<strong>br</strong> />

15,0 2,26 1,99 1,75 1,62 1,53 1,47 1,42 1,38 1,35 1,32 1,29<<strong>br</strong> />

15,5 2,29 2,01 1,77 1,64 1,55 1,49 1,44 1,40 1,36 1,33 1,31<<strong>br</strong> />

16,0 2,32 2,04 1,79 1,66 1,57 1,51 1,46 1,41 1,38 1,35 1,32<<strong>br</strong> />

16,5 2,35 2,06 1,81 1,68 1,59 1,52 1,47 1,43 1,40 1,36 1,34<<strong>br</strong> />

17,0 2,37 2,08 1,83 1,70 1,61 1,54 1,49 1,45 1,41 1,38 1,35<<strong>br</strong> />

17,5 2,40 2,11 1,85 1,71 1,62 1,56 1,51 1,46 1,43 1,40 1,37<<strong>br</strong> />

18,0 2,42 2,13 1,87 1,73 1,64 1,57 1,52 1,48 1,44 1,41 1,38<<strong>br</strong> />

Nota: 1) deverá ser verificado a velocidade que deverá menor ou igual a 5m/s.<<strong>br</strong> />

2) Deverá ser escolhido o diâmetro <strong>com</strong>ercial existente.<<strong>br</strong> />

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5.7 Boca de lobo sem depressão e altura da lâmina da água é menor que a abertura da guia.<<strong>br</strong> />

Quando a água se acumula so<strong>br</strong>e a boca de lobo, gera uma lâmina de água <strong>com</strong> altura menor<<strong>br</strong> />

do que a abertura da guia conforme Figura (5.6).<<strong>br</strong> />

Figura 5.6- Boca de lobo <strong>com</strong> altura da lâmina menor que a abertura da guia<<strong>br</strong> />

Fonte: DNIT, 2006<<strong>br</strong> />

Esse tipo de boca de lobo pode ser considerado um vertedor e a capacidade de engolimento<<strong>br</strong> />

conforme FHWA, 1996 será:<<strong>br</strong> />

Q = 1,60 . L . y 1,5 (Equação 5.7)<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

Q= vazão de engolimento (m 3 /s);<<strong>br</strong> />

L=<strong>com</strong>primento da soleira (m);<<strong>br</strong> />

y=altura de água próxima a abertura da guia (m) sendo y≤ h.<<strong>br</strong> />

O valor de y dever ser:<<strong>br</strong> />

y ≤ h<<strong>br</strong> />

Exemplo 5.5<<strong>br</strong> />

Dimensionar uma boca de lobo para uma vazão de 94 L/s na sarjeta e uma lâmina de água de<<strong>br</strong> />

0,13 m.<<strong>br</strong> />

Da Equação (5.7) temos:<<strong>br</strong> />

Q = 1,60 . L . y 1,5<<strong>br</strong> />

tiramos o valor de L e teremos:<<strong>br</strong> />

L=( Q/1,60 ) / y 1,5<<strong>br</strong> />

L=(0,094/1,60)/(0,13) 1,5<<strong>br</strong> />

L=1,25 m<<strong>br</strong> />

Portanto, haverá necessidade de um <strong>com</strong>primento de 1,25 m de soleira. Pode-se adotar duas<<strong>br</strong> />

bocas de lobo <strong>com</strong> abertura L=0,80m cada e guia <strong>com</strong> h=0,15m.<<strong>br</strong> />

Dica: para ruas <strong>com</strong> declividade até 5% re<strong>com</strong>enda-se a utilização de bocas de lobo simples,<<strong>br</strong> />

isto é, sem depressão, dependendo da vazão a ser captada (DAEE, 1980)<<strong>br</strong> />

Exemplo 5.6<<strong>br</strong> />

Qual a vazão de engolimento de uma boca de lobo <strong>com</strong> <strong>com</strong>primento de 0,80m e altura do nível de<<strong>br</strong> />

água y=0,13m<<strong>br</strong> />

Q = 1,60 . L . y 1,5<<strong>br</strong> />

Q = 1,60 x 0,80 x 0,13 1,5 =0,060m 3 /s= 60 L/s<<strong>br</strong> />

Aplicando o fator de correção 0,8 temos:<<strong>br</strong> />

Q= 0,8 x 60 = 48 L/s<<strong>br</strong> />

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Na Tabela (5.12) estão a quantidade de bocas de lobos de acordo <strong>com</strong> a vazão. Assim para 2<<strong>br</strong> />

bocas de lobo pode ser engolido 120 L/s.<<strong>br</strong> />

Tabela 5.12- Vazão em função do <strong>com</strong>primento da boca de lobo <strong>com</strong> altura da lâmina de água<<strong>br</strong> />

y=0,13m<<strong>br</strong> />

Quantidade de boca de lobo Vazão na boca de lobo<<strong>br</strong> />

(L/s)<<strong>br</strong> />

1 50<<strong>br</strong> />

2 100<<strong>br</strong> />

3 150<<strong>br</strong> />

4 200<<strong>br</strong> />

Exemplo 5.7<<strong>br</strong> />

Dimensionar a vazão de uma boca de lobo modelo Alphaville <strong>com</strong> L=1,50m de <strong>com</strong>primento e altura<<strong>br</strong> />

de 0,045m e nível de água y=0,045m<<strong>br</strong> />

Q = 1,60 . L . y 1,5<<strong>br</strong> />

Q = 1,60 x 1,50x 0,045 1,5 = 0,023= 23 L/s<<strong>br</strong> />

5.8 Boca de lobo <strong>com</strong> depressão<<strong>br</strong> />

A boca de lobo <strong>com</strong> depressão trabalha <strong>com</strong>o vertedor e conforme FHWAm 1996 temos:<<strong>br</strong> />

Qi= 1,25 (L + 1,8 W) y 1,5<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

Qi= vazão de engolimento da boca de lobo (m 3 /s)<<strong>br</strong> />

L= <strong>com</strong>primento da abertura da boca de lobo (m)<<strong>br</strong> />

W=<strong>com</strong>primento da sarjeta onde está a depressão (m)<<strong>br</strong> />

y= profundidade na boca de lobo medida da declividade normal (m) sendo calculado por:<<strong>br</strong> />

y= T . Sx<<strong>br</strong> />

A condição imposta para y é:<<strong>br</strong> />

y ≤ h + a<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

y= profundidade da boca de lobo medida da declividade normal (m)<<strong>br</strong> />

h= altura da abertura da boca de lobo (m)<<strong>br</strong> />

a= profundidade da depressão (m). Normalmente: 0,025m, 0,05m, 0,075m ou 0,125m<<strong>br</strong> />

Dica: a abertura máxima de uma boca de lobo deve ser de 0,15m conforme Haestad Method,<<strong>br</strong> />

2002.<<strong>br</strong> />

Exemplo 5.8<<strong>br</strong> />

Dimensionar a vazão de uma boca de lobo <strong>com</strong> depressão de 0,05m <strong>com</strong> L=0,80m de <strong>com</strong>primento e<<strong>br</strong> />

altura de nível de água de 0,13m, sarjeta <strong>com</strong> W=0,60m e altura livre de h=0,15m.<<strong>br</strong> />

Qi= 1,25 (L + 1,8 W) y 1,5<<strong>br</strong> />

O valor de y deve ser menor que:<<strong>br</strong> />

y ≤ h + a<<strong>br</strong> />

y ≤ 0,15 + 0,05=0,20<<strong>br</strong> />

Como y>0,15 não é aconselhável fazer o rebaixo.<<strong>br</strong> />

Exemplo 5.9<<strong>br</strong> />

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Dimensionar a vazão de uma boca de lobo tipo Alphavile <strong>com</strong> depressão de 0,05m <strong>com</strong> vão livre<<strong>br</strong> />

L=1,50m e altura de nível de água de 0,045m, sarjeta <strong>com</strong> W=0,45m e altura h=0,045m. A altura da<<strong>br</strong> />

sarjeta é 0,075m.<<strong>br</strong> />

Qi= 1,25 (L + 1,8 W) y 1,5<<strong>br</strong> />

O valor de y deve ser menor que:<<strong>br</strong> />

y ≤ h + a<<strong>br</strong> />

y ≤ 0,045 + 0,05=0,095m<<strong>br</strong> />

Adoto y=0,0795m<<strong>br</strong> />

Qi= 1,25 (1,50 + 1,8 x 0,45) 0,095 1,5 =0,085 m 3 /s= 85 L/s<<strong>br</strong> />

Exemplo 5.10<<strong>br</strong> />

Dimensionar a vazão de uma boca de lobo tipo Alphavile <strong>com</strong> depressão de 0,105m <strong>com</strong> vão livre<<strong>br</strong> />

L=1,50m e altura de nível de água de 0,045m, sarjeta <strong>com</strong> W=0,45m e altura h=0,045m. A altura da<<strong>br</strong> />

sarjeta é 0,075m.<<strong>br</strong> />

Qi= 1,25 (L + 1,8 W) y 1,5<<strong>br</strong> />

O valor de y deve ser menor que:<<strong>br</strong> />

y ≤ h + a<<strong>br</strong> />

y ≤ 0,045 + 0,105=0,15m<<strong>br</strong> />

Adoto y=0,15m<<strong>br</strong> />

Qi= 1,25 (1,50 + 1,8 x 0,45) 0,15 1,5 =0,167 m 3 /s= 167 L/s<<strong>br</strong> />

5.9 Quando a altura da água so<strong>br</strong>e o local for maior do que 1,4.h para boca de lobo <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

depressão ou sem depressão.<<strong>br</strong> />

A boca de lobo irá funcionar <strong>com</strong>o um orifício quando a altura da água for maior que 1,4 a<<strong>br</strong> />

altura livre h da boca de lobo conforme Nicklow, 2001 conforme Figura (5.1a) .<<strong>br</strong> />

Qi= 0,67 x Ag [ 2g (di – h/2)] 0,5<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

Qi= vazão de engolimento da sarjeta <strong>com</strong> ou sem depressão (m 3 /s)<<strong>br</strong> />

Ag= área efetiva da abertura da boca de lobo (m 2 )<<strong>br</strong> />

g= aceleração da gravidade =9,81m/s 2<<strong>br</strong> />

h= altura da abertura na boca de lobo (m) incluso depressão.<<strong>br</strong> />

di= altura do nível de água incluso a depressão (m) conforme Figura (5.7)<<strong>br</strong> />

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Figura 5.7- Entradas na boca de lobo <strong>com</strong> depressão<<strong>br</strong> />

Fonte: Nicklow, 2001<<strong>br</strong> />

Quando a depressão for <strong>com</strong>o a Figura (5.1bc) teremos conforme FHWA, 1996 a equação do<<strong>br</strong> />

orifício<<strong>br</strong> />

Qi= 0,67 . h.L + (2.g. do) 0,5 (Equação 5.8)<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

Qi= vazão de engolimento da boca de lobo (m 3 /s);<<strong>br</strong> />

L=<strong>com</strong>primento da abertura da boca de lobo (m);<<strong>br</strong> />

h= abertura da garganta conforme Figura (5.1b.c)<<strong>br</strong> />

g= aceleração da gravidade= 9,81m/s 2<<strong>br</strong> />

do= carga efetiva no centro do orifício (m)<<strong>br</strong> />

Exemplo 5.11<<strong>br</strong> />

Vamos supor uma altura de 0,25m e abertura livre da guia de 0,15m <strong>com</strong>o é usual no Brasil. Calcular<<strong>br</strong> />

a vazão máxima para L=0,80m.<<strong>br</strong> />

Qi= 0,67 x Ag [ 2g (di – h/2)] 0,5<<strong>br</strong> />

Figura (5.1a)<<strong>br</strong> />

di= 0,25m<<strong>br</strong> />

y> 0,15 x 1,4=0,21m<<strong>br</strong> />

Ag= 0,15 x 0,80=0,12m 2<<strong>br</strong> />

Qi= 0,67 x 0,12 [ 2x9,81 (0,25 – 0,15/2)] 0,5 = 0,15m 3 /s<<strong>br</strong> />

Com fator de redução f=0,80.<<strong>br</strong> />

Qi =0,8 x 0,15= 0,12m 3 /s<<strong>br</strong> />

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5.10 Quando a boca de lobo é uma grelha<<strong>br</strong> />

Conforme Chin, 2000 as grelhas funcionam <strong>com</strong>o um vertedor de soleira livre, para<<strong>br</strong> />

profundidade de lâmina até 12cm. As grelhas apresentam o grande inconveniente de entupirem e as<<strong>br</strong> />

pesquisas demonstraram que as melhores grelhas são aquelas que possuem as lâminas de ferro<<strong>br</strong> />

paralelas, o que é pior para quem anda de bicicleta.<<strong>br</strong> />

A vazão é calculada pela Equação (5.9) conforme FHWA, 1996:<<strong>br</strong> />

Qi = 1,66 . P . y 1,5 (Equação 5.9)<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

Qi= vazão de engolimento da grelha (m 3 /s);<<strong>br</strong> />

P= perímetro da boca de lobo (m);<<strong>br</strong> />

y= altura de água na sarjeta so<strong>br</strong>e a grelha (m)<<strong>br</strong> />

Eng Plínio Tomaz 25/07/2008<<strong>br</strong> />

Figura 5.8- Esquema da grelha<<strong>br</strong> />

pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Fonte: DNER,1990<<strong>br</strong> />

Quando a grelha é adjacente a uma boca de lobo simples, para a contagem do perímetro é<<strong>br</strong> />

descontado o lado que está junto a boca de lobo.<<strong>br</strong> />

A Saint Gobain fa<strong>br</strong>ica grelha articulada de ferro fundido dúctil <strong>com</strong> 0,90m x 0,40m <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

0,08m de espessura. Fa<strong>br</strong>ica também grelhas quadradas <strong>com</strong> travamento em ferro fundido dúctil para<<strong>br</strong> />

classe C 250 (ruptura > 250 kN) nas seguintes dimensões:350mm x 350mm; 410mm x 410mm;<<strong>br</strong> />

510mm x 510mm; 620mm x 620mm; 720mm x 720mm e 820mm x 820mm.<<strong>br</strong> />

Quando a lâmina de água for maior que 0,42m então teremos:<<strong>br</strong> />

Q = 2,91 . A. y 1/2 (Equação 5.10)<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

Q= vazão em m 3 /s;<<strong>br</strong> />

A= área da grade excluídas as áreas ocupadas pelas barras em m 2 ;<<strong>br</strong> />

y= altura de água na sarjeta so<strong>br</strong>e a grelha.<<strong>br</strong> />

O DNIT, 2006 aconselha que na faixa entre 12cm e 42cm a escolha de y deve ser adotada pelo<<strong>br</strong> />

projetista dependendo da sua experiência.<<strong>br</strong> />

O <strong>com</strong>primento mínimo L (m) da grelha paralela a direção do fluxo da água para permitir que<<strong>br</strong> />

a água caia pela abertura é determinado pela equação da ASCE, 1992 conforme Chin, 2000.<<strong>br</strong> />

L =0,91 V ( t + y) 0,5<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

L= <strong>com</strong>primento mínimo da grelha paralelo ao fluxo (m)<<strong>br</strong> />

V= velocidade média da água na sarjeta (m/s)<<strong>br</strong> />

t= espessura da grelha de ferro (m)<<strong>br</strong> />

y= altura da água so<strong>br</strong>e a grelha (m)<<strong>br</strong> />

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Capítulo 5-<strong>Microdrenagem</strong><<strong>br</strong> />

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O FHWA, 1996 mostra que uma grade de 60cm x 60cm intercepta 0,085m 3 /s <strong>com</strong> declividade<<strong>br</strong> />

da rua de 2% e declividade transversal de 3%.<<strong>br</strong> />

Exemplo 5.12<<strong>br</strong> />

Calcular a vazão numa grelha articulada de ferro dúctil Classe C 250 <strong>com</strong> ruptura maior que 150 kN<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> base de apoio em três lados (Saint Gobain) <strong>com</strong> 0,90m x 0,40m <strong>com</strong> espessura de 0,08m, área<<strong>br</strong> />

livre 1340cm 2 e espaçamento de 0,04m entre as barras para altura de água 0,13m.<<strong>br</strong> />

Q = 1,66 . P . y 1,5<<strong>br</strong> />

Q = 1,66 . P . 0,13 1,5 =0,0778 P<<strong>br</strong> />

Como a grade tem <strong>com</strong>primento de 0,90m e largura 0,40m o perimetro dela P não deverá<<strong>br</strong> />

considerar o trecho adjacente a boca de lobo. Entao teremos:<<strong>br</strong> />

P= 0,90 + 2 x 0,40= 1,70m<<strong>br</strong> />

Q =0,0778 P<<strong>br</strong> />

Q = 0,0778 x 1,70= 0,132m 3 /s= 132 L/s<<strong>br</strong> />

Usando fator de correção f=0,50 teremos:<<strong>br</strong> />

Q= 132 x 0,50= 65 L/s<<strong>br</strong> />

Portanto, a grelha <strong>com</strong> altura de água de 0,13m poderá captar 65 L/s.<<strong>br</strong> />

Dica: uma grelha de ferro pode captar normalmente 132 L/s de águas pluviais.<<strong>br</strong> />

Exemplo 5.13 conforme Chin, 2000<<strong>br</strong> />

Calcular as dimensões de uma grade numa estrada <strong>com</strong> declividade transversal de 2%, profundidade<<strong>br</strong> />

da água na guia de 0,08m que corresponde a vazão de 0,080m 3 /s. A grade tem 1,5cm de espessura.<<strong>br</strong> />

Q = 1,66 . P . y 1,5<<strong>br</strong> />

P = Q / 1,66 . y 1,5<<strong>br</strong> />

P = 0,08 / 1,66 . 0,08 1,5 = 2,13m<<strong>br</strong> />

Como temos uma boca de lobo adjacente o lado dela não será incluso.<<strong>br</strong> />

O <strong>com</strong>primento mínimo da grade é dado por:<<strong>br</strong> />

L =0,91 V ( t + y) 0,5<<strong>br</strong> />

L =0,91 V ( 0,015 + 0,08) 0,5<<strong>br</strong> />

Falta o valor da velocidade V<<strong>br</strong> />

V= Q/ A<<strong>br</strong> />

Mas A= (1/2) x d x (d/Sx)= (½)x0,08 x 0,08/0,02=0,16m 2<<strong>br</strong> />

V=Q/A= 0,08/ 0,16 = 0,5m/s<<strong>br</strong> />

L =0,91 V ( 0,015 + 0,08) 0,5<<strong>br</strong> />

L =0,91x0,5 ( 0,015 + 0,08) 0,5 = 0,14m<<strong>br</strong> />

Supomos que a grade deve ter <strong>com</strong>primento mínimo de 14cm e o perímetro mínimo de<<strong>br</strong> />

213cm.<<strong>br</strong> />

Supondo <strong>com</strong>primento de 100cm teremos:<<strong>br</strong> />

213cm= 100 + 2x B (não contei o lado da boca de lobo)<<strong>br</strong> />

B=57cm<<strong>br</strong> />

A grade terá 100cm de <strong>com</strong>primento x 57cm de largura.<<strong>br</strong> />

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Curso de Manejo de águas pluviais<<strong>br</strong> />

Capítulo 5-<strong>Microdrenagem</strong><<strong>br</strong> />

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5.11 Capacidade de escoamento superficial de uma grade<<strong>br</strong> />

Em função da declividade e largura da rua, é feita a determinação máxima da vazão que pode<<strong>br</strong> />

escoar superficialmente conforme Figura (5.9). Observa-se que vem pela sarjeta a vazão Q e e entra<<strong>br</strong> />

dentro da boca de lobo a vazão Qi mas conforme as condições locais pode passar uma vazão Qb que<<strong>br</strong> />

segue pela rua para outra boca de lobo.<<strong>br</strong> />

Qb= vazão que passa pela boca de lobo (m 3 /s)<<strong>br</strong> />

Q= vazão total na sarjeta (m 3 /s)<<strong>br</strong> />

Qi= vazão interceptada pela grade ou pela boca de lobo (m 3 /s)<<strong>br</strong> />

A vazão Qb que passa pela boca de lobo ou grade é dada pela equação:<<strong>br</strong> />

Qb= Q- Qi<<strong>br</strong> />

A eficiência E é definida <strong>com</strong>o:<<strong>br</strong> />

E= Qi/ Q<<strong>br</strong> />

A partir do ponto em que a vazão supera a máxima capacidade de escoamento ou a velocidade<<strong>br</strong> />

do mesmo seja superior a 3,00 m/s ou inferior a 0,80 m/s, inicia-se a galeria.<<strong>br</strong> />

Figura 5.9- Vazão em uma grelha<<strong>br</strong> />

Fonte: Ciria, 2006<<strong>br</strong> />

Figura 5.10- Área efetiva de contribuição para a boca de lobo<<strong>br</strong> />

Fonte: Ciria, 2006<<strong>br</strong> />

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Vamos seguir o modelo de Stein et al, 1999 que é o mesmo modelo o FHWA, 1996.<<strong>br</strong> />

Eo= Qw/Q= 1 – ( 1- W/T) 2,67<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

Eo= razão da vazão frontal da sarjeta<<strong>br</strong> />

W= largura da grade ou largura da sarjeta (m)<<strong>br</strong> />

Qw= vazão na largura (m 3 /s)<<strong>br</strong> />

T=largura de água na sarjeta da seção triangular (m)<<strong>br</strong> />

Q= vazão total na sarjeta (m 3 /s)<<strong>br</strong> />

Rf= 1 – 0,295 ( V-Vc)<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

V= velocidade na sarjeta (m/s)<<strong>br</strong> />

Vc= velocidade crítica obtida na Figura (5.11) (m/s)<<strong>br</strong> />

Rf= valor que deve ser menor ou igual a 1<<strong>br</strong> />

Nicklow, 2001 considera um rank de 8 grades onde de acordo <strong>com</strong> a declividade longitudinal<<strong>br</strong> />

da rua está estimado a eficiência. A eficiência varia de 9% a 61% e não vamos detalhar tais grades<<strong>br</strong> />

pois, não existem no Brasil. As grades também apresentam perigos para as bicicletas e existe uma<<strong>br</strong> />

classificação das mesmas segundo Nicklow, 2001.<<strong>br</strong> />

Sendo escolhido o tipo de grade que queremos, obtém-se a velocidade crítica entrando <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

0,90m e velocidade 2,4m/s s obtermos Rf=0,81.<<strong>br</strong> />

Figura 5.11- Eficiência da interceptação da grade<<strong>br</strong> />

Fonte: Nicklow, 2001<<strong>br</strong> />

Rs= 1/ (1+ 0,0828 V 1,8 / Sx . L 2/3 )<<strong>br</strong> />

A eficiência geral E de uma grade é expressa segundo Stein et al, 1999 por:<<strong>br</strong> />

E= Rf . Eo + Rs ( 1-Eo)<<strong>br</strong> />

Qi = E .Q= Q [Rf . Eo + Rs ( 1-Eo)]<<strong>br</strong> />

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Exemplo 5.14- conforme Stein, et al, 1999.<<strong>br</strong> />

Dada uma grade <strong>com</strong> 0,30m de largura e 0,50m de <strong>com</strong>primento para vazão de 0,064 m 3 /s e sarjeta<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> n=0,016, declividade transversal Sx=0,02 e declividade longitudinal da rua de 1% e largura<<strong>br</strong> />

transversal T=3,00m.<<strong>br</strong> />

Eo= Qw/Q= 1 – ( 1- W/T) 2,67<<strong>br</strong> />

Eo= Qw/Q= 1 – ( 1- 0,30/3) 2,67 = 0,245<<strong>br</strong> />

A velocidade na sarjeta Vsarj é dada pela equação:<<strong>br</strong> />

Vsarj= (0,752/ n) x S 0,5 Sx 0,67 x T 0,67<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

Vsarj= V=velocidade na sarjeta (m/s)<<strong>br</strong> />

n= coeficiente de Manning<<strong>br</strong> />

S=declividade longitudinal da rua (m/m)<<strong>br</strong> />

Sx= declividade transversal da rua (m/m)<<strong>br</strong> />

T= largura da água na sarjeta (m)<<strong>br</strong> />

Vsarj= (0,752/ n) x S 0,5 Sx 0,67 x T 0,67<<strong>br</strong> />

Vsarj= (0,752/ 0,716) x 0,01 0,5 x 0,03 0,67 x 3 0,67 = 0,71m/s<<strong>br</strong> />

Entrando na Figura (5.8) <strong>com</strong> 0,5m obtemos Vc=0,4m/s e <strong>com</strong>o Vc=1,48m/s que é bem maior<<strong>br</strong> />

que a velocidade na sarjeta de Vsarj=0,71m/s. Então adotamos Rf=1,00.<<strong>br</strong> />

Rs= 1/ (1+ 0,0828 V 1,8 / Sx . L 2/3 )<<strong>br</strong> />

L=0,5m<<strong>br</strong> />

Rs= 1/ (1+ 0,0828 x0,71 1,8 / 0,02 x 0,5 2/3 )=0,22<<strong>br</strong> />

E= Rf . Eo + Rs ( 1-Eo)<<strong>br</strong> />

E= 1,0 x0,245 + 0,22 ( 1- 0,245)= 0,411<<strong>br</strong> />

Portanto, a eficiência é de 41,1%<<strong>br</strong> />

As Figuras (5.12) e (5.10) são grades <strong>com</strong>binadas <strong>com</strong> bueiros conforme FHWA, 1996.<<strong>br</strong> />

Figura 5.12- Boca de lobo e grade a 45º <strong>com</strong>binadas<<strong>br</strong> />

Fonte: FHWA, 1996<<strong>br</strong> />

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‘<<strong>br</strong> />

Figura 5.13- Boca de lobo e grade <strong>com</strong>binadas<<strong>br</strong> />

Fonte: FHWA, 1996<<strong>br</strong> />

5.12 Boca de lobo <strong>com</strong>binada <strong>com</strong> grelha<<strong>br</strong> />

Pode ser <strong>com</strong>binada uma boca de lobo <strong>com</strong> uma grelha conforme FHWA, 1996. Seguindo a<<strong>br</strong> />

direção do fluxo da água a grade vem depois da boca de lobo.<<strong>br</strong> />

O trabalho conjunto da grade e da boca de lobo é o funcionamento de um orifício;<<strong>br</strong> />

Qi= 0,67 Ag (2g y) 0,5 + 0,67 h L (2g do) 0,5<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

Qi= vazão de engolimento da boca de lobo e da grade (m 3 /s)<<strong>br</strong> />

Ag= área livre da grade (m 2 )<<strong>br</strong> />

g= 9,81m/s 2<<strong>br</strong> />

y= altura do nível de água na sarjeta (m)<<strong>br</strong> />

h= altura da abertura da boca de lobo (m)<<strong>br</strong> />

L= <strong>com</strong>primento da boca de lobo (m)<<strong>br</strong> />

do= profundidade efetiva do centro da abertura do orifício da boca de lobo (m)<<strong>br</strong> />

Pode haver entupimento da grade que normalmente chega a 50% e podendo entupir<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>pletamente.<<strong>br</strong> />

Exemplo 5.15 adaptado FHWA, 1996<<strong>br</strong> />

Seja uma grade <strong>com</strong> 0,60m x 1,20m e o <strong>com</strong>primento da boca de lobo L=1,2m.<<strong>br</strong> />

H=0,10m<<strong>br</strong> />

Q=0,15m 3 /s<<strong>br</strong> />

Sx=0,03m/m<<strong>br</strong> />

P= 2W + L= 2 x 0,60 + 1,20= 2,4m<<strong>br</strong> />

y= (Qi/ 1,66 x P) 0,67<<strong>br</strong> />

y= (0,15/ 1,66 x 2,4) 0,67 =0,11m<<strong>br</strong> />

T= y/Sx= 0,11/0,03=3,67m<<strong>br</strong> />

Qi= 0,67 Ag (2g y) 0,5 + 0,67 h L (2g do) 0,5<<strong>br</strong> />

do= 0,11- 0,10/2= 0,06m (altura efetiva do orifício)<<strong>br</strong> />

Grade tem 0,60 x 1,20=0,72m 2<<strong>br</strong> />

Consideremos Ag=0,35 x 0,72=0,252<<strong>br</strong> />

Qi= 0,67 x0,252 (2x9,81x0,11) 0,5 + 0,67 x0,10x 1,20 (2x9,81x0,06) 0,5<<strong>br</strong> />

Qi =0,34m 3 /s<<strong>br</strong> />

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5.13 Redução de escoamento em bocas de lobo<<strong>br</strong> />

Conforme PMSP/ FCTH, 1999 devido a vários fatores entre os quais a obstrução causada por<<strong>br</strong> />

detritos, irregularidades no pavimento das ruas junto às sarjetas e ao alinhamento real usa-se a Tabela<<strong>br</strong> />

(5.14) para estimar estas reduções.<<strong>br</strong> />

A grande maioria das publicações em livros americanos não <strong>com</strong>entam redução da vazão em<<strong>br</strong> />

bocas de lobo devido a detritos e outras causas. Somente em caso de grades é que são previstos os<<strong>br</strong> />

fatores de segurança. Entretanto, McCuen, 1998 admite o fator de segurança que ele denominou de f<<strong>br</strong> />

e que varia de 0,5; 0,67 e 0,8, sendo o engolimento teórico da boca de lobo <strong>com</strong> f=1. Para bocas de<<strong>br</strong> />

lobo é geralmente estabelecido o fator de segurança f=0,80 conforme Tabela (5.14)<<strong>br</strong> />

Tabela 5.13- Coeficientes de redução das capacidades das bocas de lobo<<strong>br</strong> />

Localização nas sarjetas Tipo de boca de lobo Porcentagem permitida so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

o valor teórico<<strong>br</strong> />

Ponto baixo Simples 80%<<strong>br</strong> />

Ponto baixo Com grelhas 50<<strong>br</strong> />

Ponto baixo Combinada 65<<strong>br</strong> />

Ponto intermediário Simples 80<<strong>br</strong> />

Grelha longitudinal 60<<strong>br</strong> />

Ponto intermediário Grelha transversal, ou<<strong>br</strong> />

50<<strong>br</strong> />

longitudinal <strong>com</strong> barras<<strong>br</strong> />

transversais<<strong>br</strong> />

Ponto intermediário Combinada 110% dos valores indicados<<strong>br</strong> />

para a grelha correspondente<<strong>br</strong> />

Fonte: PMSP/FCTH, 1999<<strong>br</strong> />

Exemplo 5.16<<strong>br</strong> />

Uma boca de lobo para y=0,13m e largura de 0,80m pode captar teoricamente 64 L/s.<<strong>br</strong> />

Aplicar a redução da capacidade relativo a Tabela (5.14) para boca de lobo simples.<<strong>br</strong> />

Na Tabela (5.14) achamos fator de redução de f=0,80.<<strong>br</strong> />

Q= 64 L/x x 0,80= 50 L/s<<strong>br</strong> />

Bocas de lobo em série ou grades em série<<strong>br</strong> />

Conforme Denver, 2002 uma grade tem clogging de 50% e uma boca de lobo de 10%, mas<<strong>br</strong> />

quando elas estão em série devido ao fenômeno do first flush somente a primeira tem a obstrução e as<<strong>br</strong> />

outras não. Devido a isto foi pesquisado e obtida para serie de bocas de lobo ou serie de grades a<<strong>br</strong> />

seguinte equação:<<strong>br</strong> />

C= Co/ [ N x (1-e)]<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

C= fator de clogging final<<strong>br</strong> />

Co= fator de clogging de uma única boca de lobo ou única grelha.<<strong>br</strong> />

e= coeficiente de decréscimo, sendo 0,5 para grade e 0,25 para boca de lobo<<strong>br</strong> />

Exemplo 5.17<<strong>br</strong> />

Calcular o fator de redução final para três bocas de lobo N=3, sendo que o fator de redução de<<strong>br</strong> />

uma boca de lobo Co=0,10 conforme Denver, 2002.<<strong>br</strong> />

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C= Co/ [ N x (1-e)]<<strong>br</strong> />

C= 0,10/ [ 3x (1-0,25)]=0,04<<strong>br</strong> />

Portanto, o fator de clogging final é 0,04, ou seja, 4%. Devemos multiplicar a vazão total de<<strong>br</strong> />

engolimento das três bocas de lobo por 0,96.<<strong>br</strong> />

5.14 Sarjetões<<strong>br</strong> />

Nos cruzamentos, serão instalados sarjetões necessários, para orientar o sentido de<<strong>br</strong> />

escoamento superficial das águas. Tal procedimento permite o desvio do excesso de vazão em<<strong>br</strong> />

determinada rua para outra <strong>com</strong> capacidade de escoamento superficial ociosa, de forma a minimizar a<<strong>br</strong> />

quantidade de galerias.<<strong>br</strong> />

O sarjetão pode ser calculado da mesma maneira que duas sarjetas conforme Figura (5.15).<<strong>br</strong> />

Figura 5.14- Esquema de um sarjetão<<strong>br</strong> />

Fonte: Pompeo, 2001<<strong>br</strong> />

Exemplo 5.18 citado por Nicklow, 2001<<strong>br</strong> />

Seja um sarjetão em forma de V que deverá carregar 90 L/s <strong>com</strong> declividade transversal de<<strong>br</strong> />

Sx 1 =0,33m/m e Sx 2 =0,022m/m. A declividade longitudinal é 0,014m/m e o coeficiente de Manning<<strong>br</strong> />

n=0,015.<<strong>br</strong> />

Sx= (Sx 1 . Sx 2 )/ (Sx 1 + Sx 2 )= 0,33x 0,022/ (0,33+0,022)= 0,021 m/m<<strong>br</strong> />

T= [ Q.n)/ (0,376 x Sx 1,67 . S L 0,5 )] 0,375<<strong>br</strong> />

T= [ 0,09 x 0,015)/ (0,376 x 0,021 1,67 . 0,014 0,5 )] 0,375<<strong>br</strong> />

T= 3,00m<<strong>br</strong> />

.<<strong>br</strong> />

5.16 Seção parabólica<<strong>br</strong> />

Normalmente adotamos a seção transversal <strong>com</strong>o um triângulo e muitas vezes ela é<<strong>br</strong> />

parabólica, podendo ser calculada conforme Nicklow, 2001 conforme Figura (5.16b).<<strong>br</strong> />

Y= ax – bx 2<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

A= 2H/B<<strong>br</strong> />

b= H/B 2<<strong>br</strong> />

H= altura da água na sarjeta (m)<<strong>br</strong> />

B= largura perpendicular a rua que vai da sarjeta até o topo da curva parabólica (m)<<strong>br</strong> />

Y= altura na distância x (m)<<strong>br</strong> />

x= distância da sarjeta em direção ao topo da curva parabólica (m)<<strong>br</strong> />

Para o cálculo da vazão a área deverá ser dividido em segmentos Δx <strong>com</strong>o por exemplo igual<<strong>br</strong> />

a 0,50m.<<strong>br</strong> />

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Figura 5.15- Seções de uma rua.<<strong>br</strong> />

Fonte: Nicklow, 2001<<strong>br</strong> />

5.15 Bocas de lobo<<strong>br</strong> />

Deverão ser localizadas de maneira a não permitir que o escoamento superficial fique<<strong>br</strong> />

indefinido, <strong>com</strong> a criação de zonas mortas conforme Figura (5.17). A boca de lobo de concreto típica<<strong>br</strong> />

tem 1,00 de <strong>com</strong>primento <strong>com</strong> 0,30m de altura e 0,15m de espessura. A abertura <strong>com</strong>eça <strong>com</strong> 0,10m<<strong>br</strong> />

e atinge cerca de 0,20m em forma de arco.<<strong>br</strong> />

Serão consideradas até quatro bocas de lobo em série <strong>com</strong> capacidade máxima de 50 l/s cada<<strong>br</strong> />

uma. A locação das bocas de lobo oferece as seguintes re<strong>com</strong>endações:<<strong>br</strong> />

a) serão locadas em ambos os lados da rua, quando a saturação da sarjeta o requerer ou<<strong>br</strong> />

quando forem ultrapassadas as suas capacidades de engolimento;<<strong>br</strong> />

b) serão locadas nos pontos baixos da quadra;<<strong>br</strong> />

c) re<strong>com</strong>enda-se adotar um espaçamento máximo de 60m entre as bocas de lobo, caso não seja<<strong>br</strong> />

analisada a capacidade de escoamento da sarjeta;<<strong>br</strong> />

d) a melhor solução para a instalação de bocas de lobo é em pontos afastados a montante de<<strong>br</strong> />

cada faixa de cruzamento usada pelos pedestres, juntos às esquinas;<<strong>br</strong> />

e) não é conveniente a sua localização junto ao vértice de ângulo de interseção das sarjetas de<<strong>br</strong> />

duas ruas convergentes pelos seguintes motivos: os pedestres para cruzarem uma rua, teriam que<<strong>br</strong> />

saltar a torrente num trecho de máxima vazão superficial; as torrentes convergentes pelas diferentes<<strong>br</strong> />

sarjetas teriam <strong>com</strong>o resultante um escoamento de velocidade em sentido contrário ao da afluência<<strong>br</strong> />

para o interior da boca de lobo.<<strong>br</strong> />

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Figura 5.16- Boca de lobo<<strong>br</strong> />

Fonte: http://www.dec.ufcg.edu.<strong>br</strong>/saneamento/Dren05.html<<strong>br</strong> />

A Figura (5.12) mostra uma boca de lobo dupla.<<strong>br</strong> />

Figura 5.18- Boca de lobo dupla<<strong>br</strong> />

Fonte: http://www.dec.ufcg.edu.<strong>br</strong>/saneamento/Dren05.html<<strong>br</strong> />

Uma boca de lobo tem geralmente a largura da guia que é de 1,00m. A outra dimensão<<strong>br</strong> />

perpendicular a rua é de 0,60m e a profundidade é sempre maior que 0,60m sendo na maioria dos<<strong>br</strong> />

casos 0,80m ou 1,00m.<<strong>br</strong> />

As bocas de lobo são construídas em alvenaria de tijolos ou de bloco de concreto estrutural.<<strong>br</strong> />

No Brasil não temos normas e nem definições municipais claras a respeito do lançamento de<<strong>br</strong> />

águas pluviais provinda de um edifício. Alguns regulamentos de cidades americanas limitam que o<<strong>br</strong> />

lançamento das águas pluviais de um terreno ou edifício em uma via pública não deve ser superior<<strong>br</strong> />

ao limite da boca de lobo existente. Assim se uma boca de lobo tem o limite de 50litros/segundo,<<strong>br</strong> />

nenhum terreno ou edifício poderá lançar diretamente nas vias pública a vazão maior que a fixada.<<strong>br</strong> />

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5.16 Poços de visita<<strong>br</strong> />

O poço de visita tem a função primordial de permitir o acesso às canalizações para efeito de<<strong>br</strong> />

limpeza e inspeção, de modo que se possam mantê-las em bom estado de funcionamento conforme<<strong>br</strong> />

Figura (5.19).<<strong>br</strong> />

Deverão atender as mudanças de direção, de diâmetro e de declividade, a coleta das águas das<<strong>br</strong> />

bocas de lobo, ao entroncamento das diversas galerias (máximo de 4, sendo 3 entradas e uma saída).<<strong>br</strong> />

Quando a diferença de nível entre o tubo afluente e efluente for superior a 0,70m, o poço de visita<<strong>br</strong> />

será denominado de que<strong>br</strong>a.<<strong>br</strong> />

Figura 5.17- Poço de visita<<strong>br</strong> />

Fonte: http://www.dec.ufcg.edu.<strong>br</strong>/saneamento/Dren05.html<<strong>br</strong> />

O poço de visita para manutenção e inspeção usado em galerias de águas pluviais geralmente<<strong>br</strong> />

são de alvenaria de tijolos ou alvenaria de bloco estrutural. Sendo de modo geral de seção quadrada<<strong>br</strong> />

de 1,5m x 1,5m e assentado so<strong>br</strong>e base de concreto <strong>com</strong> armação de ferro. Faz-se também colunas<<strong>br</strong> />

nos quatro cantos e cintas de amarração. O tampão é de ferro fundido dúctil <strong>com</strong> diâmetro de 0,60m<<strong>br</strong> />

ou 0,80m conforme a exigência municipal.<<strong>br</strong> />

Antigamente usava-se vergalhões de ferro para elaboração de escadas, mas <strong>com</strong> o tempo as<<strong>br</strong> />

mesmas iam se enferrujando e que<strong>br</strong>avam-se <strong>com</strong> o peso do trabalhador. Algumas cidades usam<<strong>br</strong> />

degraus feitos de materiais de aluminio e outras não usam nenhum alternativa, pois os operários são<<strong>br</strong> />

descidos manualmente <strong>com</strong> cinto amarrado pelo cinto.<<strong>br</strong> />

Em ruas <strong>com</strong> muita declividade é usual na prática fazer o espaçamento das bocas de lobo e<<strong>br</strong> />

dos poços de visita de 20m. Nas ruas <strong>com</strong> menos declividade o espaçamento é maior passando para<<strong>br</strong> />

40m.<<strong>br</strong> />

Dica: o espaçamento entre poços de visita deverá ser de 50m conforme re<strong>com</strong>endação de Paulo<<strong>br</strong> />

Sampaio Wilken página 464 do livro Engenharia de Drenagem Superficial.<<strong>br</strong> />

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5.17 Caixas de ligação e tubos de ligação<<strong>br</strong> />

O lanlamento de águas pluviais diretamente na sarjeta é feito muitas vezes em pequenas<<strong>br</strong> />

propriedades. Algumas cidades americanas adotam que quando o volume for maior que 60L/s que é a<<strong>br</strong> />

capacidade de uma boca de lobo, o lançamento tem que ser feito através de ligação de águas pluviais<<strong>br</strong> />

ligada diretamente a rede de águas pluviais públicas. No Brasil não lhá critério definido e aceito por<<strong>br</strong> />

todos.<<strong>br</strong> />

Os tubos de ligação das bocas de lobo à galeria, deverão ser conectados em um poço de visita.<<strong>br</strong> />

A declividade mínima destas tubulações deverá ser de 1% e seu diâmetro mínimo depende do número<<strong>br</strong> />

de bocas de lobo em série conforme Tabela (5.16).<<strong>br</strong> />

Não existe critério para o dimensionamento do diametro da ligação de águas pluvias, mas<<strong>br</strong> />

muitos consideram o tubo a seção plena <strong>com</strong> declividade minima de 1%.<<strong>br</strong> />

É <strong>com</strong>um não serem dimensionados os tubos de ligação e sim adotados pelo órgão municipal.<<strong>br</strong> />

Alguns sugerem uma diferença de nível do fundo da caixa da boca de lobo <strong>com</strong> o fundo da caixa de<<strong>br</strong> />

poço de visita de no mínimo 0,10m.<<strong>br</strong> />

Muitas vezes os tubos de ligação levam a um poço de visita intermediário através de uma<<strong>br</strong> />

tubulação também não dimensionada e geralmente de diâmetro mínimo 0,60m. Deste poço de visita<<strong>br</strong> />

intermediário, as águas pluviais vão ao poço de visita principal que está no eixo da rua.<<strong>br</strong> />

Tabela 5.16-Número de bocas de lobo em série conforme diâmetros dos tubos<<strong>br</strong> />

Número de bocas de lobo em série Diâmetro dos tubos<<strong>br</strong> />

(m)<<strong>br</strong> />

Vazão máxima (L/s)<<strong>br</strong> />

conforme Wilken, 1978<<strong>br</strong> />

1 0,40 100<<strong>br</strong> />

2 0,50 200<<strong>br</strong> />

3 0,60 300<<strong>br</strong> />

4 0,60 300<<strong>br</strong> />

A tubulação de ligação da boca de lobo <strong>com</strong> a galeria de água pluvial é calculada <strong>com</strong>o se<<strong>br</strong> />

fosse um bueiro.<<strong>br</strong> />

Supomos então que o bueiro está afogado na entrada e na saída que é a pior situação e usemos<<strong>br</strong> />

McCuen,1997.<<strong>br</strong> />

Caixas de ligação<<strong>br</strong> />

São caixas que recebem os tubos de ligação onde estão as bocas de lobo. São caixas mortas<<strong>br</strong> />

onde o poço de visita não é visitável conforme Figura (5.20). Possuem uma tampa de concreto que<<strong>br</strong> />

pode ser retirada após o rompimento da pavimentação e escavação.<<strong>br</strong> />

O objetivo de se fazer as caixas de ligação é a economia no poço de visita, mas a tendência da<<strong>br</strong> />

mesma é de não ser mais executada e sim um poço de visita.<<strong>br</strong> />

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Capítulo 5-<strong>Microdrenagem</strong><<strong>br</strong> />

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Figura 5.18- Caixa de ligação<<strong>br</strong> />

Fonte: Poli http://www.fcth.<strong>br</strong>/public/cursos/microdrenagem/microdrenagem.pdf<<strong>br</strong> />

5.18 Conduto <strong>com</strong> entrada submersa e saída submersa<<strong>br</strong> />

Seja um conduto <strong>com</strong> diâmetro D, <strong>com</strong>primento L e declividade S. A cota da geratriz inferior<<strong>br</strong> />

do tubo na entrada é h 1 e a cota da geratriz do tubo na saída é h 2 , sendo a base de contagem na saída<<strong>br</strong> />

(McCuen,1997).<<strong>br</strong> />

As perdas de carga são na entrada, na saída e da declividade do tubo multiplicado pelo<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>primento:<<strong>br</strong> />

h L = perda na entrada + perda distribuída na tubulação + perda na saída<<strong>br</strong> />

h L = K e . V 2 /2 g + S . L + K s . V 2 /2 g (Equação 5.5)<<strong>br</strong> />

Para tubos de seção plena a fórmula de Manning é a seguinte:<<strong>br</strong> />

Q= (0,312) . ( n -1 ) . D 8/3 . S 1/2<<strong>br</strong> />

Separando o valor da declividade S teremos:<<strong>br</strong> />

S ½ = Q / (0,312) . ( n -1 ) . D 8/3<<strong>br</strong> />

S = [Q / (0,312) . ( n -1 ) . D 8/3 ] 2<<strong>br</strong> />

S = Q 2 . n 2 / (0,312 2 ) . D 16/3<<strong>br</strong> />

S = Q 2 . n 2 / 0,093 . D 16/3<<strong>br</strong> />

Substituindo S na equação de h L teremos:<<strong>br</strong> />

h L = K e . V 2 /2 g + S . L + K s . V 2 /2 g<<strong>br</strong> />

h L = K e . V 2 /2 g + [Q 2 . n 2 / 0,093 . D 16/3 ] . L + Ks . V 2 /2 g<<strong>br</strong> />

h L = V 2 /2 g (K e + K s) + [Q 2 . n 2 / 0,093 . D 16/3 ] . L<<strong>br</strong> />

Pela equação da continuidade Q= ( . D 2 / 4 ) . V<<strong>br</strong> />

onde<<strong>br</strong> />

V= (4. Q) / . D 2<<strong>br</strong> />

V 2 = (16 . Q 2 ) / ( 2 . D 4 )<<strong>br</strong> />

Substituindo V 2 em h L teremos:<<strong>br</strong> />

h L = [(16 . Q 2 ) / ( 2 . D 4 . 2 . g) ] . (K e + K s )+ [Q 2 . n 2 / 0,093 . D 16/3 ] . L<<strong>br</strong> />

sendo g=9,81 m/s 2<<strong>br</strong> />

h L = [(0,0826 Q 2 ) / D 4 ] . (K e + K s )+ [Q 2 . n 2 / 0,093 . D 16/ 3 ] . L<<strong>br</strong> />

mas<<strong>br</strong> />

K e = 0,5 (valor usualmente empregado)<<strong>br</strong> />

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K s = 1,0 (valor usualmente empregado)<<strong>br</strong> />

n=0,013<<strong>br</strong> />

h L = (0,12 . Q 2 ) / D 4 + Q 2 . L . 0,00182 /D 16/3<<strong>br</strong> />

Aplicando o teorema de Bernouilli na entrada e saída do conduto temos:<<strong>br</strong> />

h L = h 1 – h 2 + S . L<<strong>br</strong> />

Exercício 5.19 – entrada e saída do conduto estão submersas<<strong>br</strong> />

São dados (McCuen,1998):<<strong>br</strong> />

h 1 = 0,80m (profundidade da boca de lobo) h 2 = 1,00m (diâmetro da galeria)<<strong>br</strong> />

Rugosidade de Manning n=0,013<<strong>br</strong> />

Q= 0,120 m 3 /s (duas bocas de lobo) S= 0,02 m/m L=6,00m<<strong>br</strong> />

Solução:<<strong>br</strong> />

h L = h 1 – h 2 + S . L = 1,00 –1,00 + 0,02 . 6 = 0,12m<<strong>br</strong> />

mas h L é:<<strong>br</strong> />

h L = (0,12 . Q 2 ) / D 4 + Q 2 . L . 0,00182 /D 16/3<<strong>br</strong> />

h L = (0,12 . 0,12 2 ) / D 4 + 0,12 2 . 6 . 0,00182 /D 16/3<<strong>br</strong> />

0,12 = (0,001728 ) / D 4 + 0,0001572 /D 16/3<<strong>br</strong> />

Multiplicando por 1000<<strong>br</strong> />

120 = 1,728 / D 4 + 0,1572 /D 16/3<<strong>br</strong> />

Multiplicando por D 5,33 temos:<<strong>br</strong> />

120 D 5,33 =1,728 D 1,33 + 0,1572<<strong>br</strong> />

Resolvendo-se o problema por tentativas, achamos D=0,38m e adotamos D=0,40m.<<strong>br</strong> />

Muros de testa<<strong>br</strong> />

Serão construídos no final das galerias, quando estas atingirem os canais a serem projetados.<<strong>br</strong> />

Aliás, as cotas das galerias que atingirão o muro de testa, deverão ser verificadas quando os canais<<strong>br</strong> />

forem projetados.<<strong>br</strong> />

Seção plena<<strong>br</strong> />

A águas pluviais serão calculadas para a seção plena embora a vazão máxima seja a 93% do<<strong>br</strong> />

diâmetro da secção.<<strong>br</strong> />

Em canais conforme re<strong>com</strong>endação da FHWA, 1996 deve se deixar no mínimo 0,15m de<<strong>br</strong> />

borda livre.<<strong>br</strong> />

A EPUSP usa 85% da seção plena para dimensionamento de galerias de águas pluviais,<<strong>br</strong> />

conforme <strong>Microdrenagem</strong>, Drenagem Urbana de 10/outu<strong>br</strong>o/ 2000 e Prefeitura Municipal de São<<strong>br</strong> />

Paulo usa a seção plena.<<strong>br</strong> />

Algumas cidades do Estado de São Paulo adotam y/D=0,80, igual a instalações prediais de<<strong>br</strong> />

águas pluviais.<<strong>br</strong> />

Adotamos para dimensionamento y=0,80D.<<strong>br</strong> />

Portanto, em havendo vários critérios é necessário que se faça uma norma da ABNT para<<strong>br</strong> />

padronizar os dimensionamentos.<<strong>br</strong> />

Localização das galerias<<strong>br</strong> />

A galeria deverá ocupar o meio da rua. O reco<strong>br</strong>imento mínimo é de 1,00 m. Deve-se<<strong>br</strong> />

possibilitar a ligação das canalizações de escoamento (reco<strong>br</strong>imento mínimo de 0,60m) das bocas de<<strong>br</strong> />

lobo.<<strong>br</strong> />

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Dimensionamento das galerias<<strong>br</strong> />

As galerias serão projetadas sempre que possível em tubos circulares de concreto, <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

diâmetro mínimo de 0,60m e máximo de 1,50m dimensionados pela fórmula de Manning <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

n=0,0135 ou outro a escolher.<<strong>br</strong> />

Declividade mínima das galerias<<strong>br</strong> />

A declividade mínima aconselhável é de 0,5% (0,005m/m) para tubos maiores que 200mm e<<strong>br</strong> />

1% para tubos menores que 200mm. O Clark County adota 0,25% <strong>com</strong>o a declividade mínima de<<strong>br</strong> />

uma galeria de águas pluviais. É re<strong>com</strong>endável que se use a declividade mínima de 1% (0,001m/m).<<strong>br</strong> />

5.19 Velocidade nas galerias<<strong>br</strong> />

Para as condições de vazão de dimensionamento, as velocidades mínimas deverão ser de<<strong>br</strong> />

0,60m/s e a máxima de 5,00m/s. Eventualmente poderá ser usado o limite de 6 m/s, havendo sempre<<strong>br</strong> />

uma das seguintes justificativas:<<strong>br</strong> />

-ruas bastantes íngremes, sendo que a inserção de outros poços de visita, elevará<<strong>br</strong> />

sensivelmente o custo global do sistema a ser implantado;<<strong>br</strong> />

-necessidade de drenar a água pluvial de ruas sem saída, até outras, em cotas mais baixas;<<strong>br</strong> />

-não obstante, as vazões sejam inferiores as especificadas, as velocidades ultrapassarão um<<strong>br</strong> />

pouco o valor limite, devido as características intrínsecas dos tubos de seções circulares;<<strong>br</strong> />

Critério de Douglas County, 2006 para vazão mínima<<strong>br</strong> />

Douglas County, 2006 usa para outro critério para vazão mínima. O critério depende da altura<<strong>br</strong> />

da lâmina líquida considerada no cálculo da galeria. Para seção plena ou próxima, a velocidade<<strong>br</strong> />

mínima é calculada <strong>com</strong> altura da lâmina de água igual a 25% do diâmetro da tubulação.<<strong>br</strong> />

Para o caso em que a seção não é plena, Douglas County, 2006 supõe que seja tomado 25% da<<strong>br</strong> />

vazão e calculado a velocidade.<<strong>br</strong> />

Douglas County, 2006 adota <strong>com</strong>o velocidade mínima 1,20m/s e <strong>com</strong>o máxima 5,4m/s.<<strong>br</strong> />

Lâminas d’água e degraus<<strong>br</strong> />

Quando houver aumento de diâmetro de um trecho de galeria para outro, a geratriz inferior<<strong>br</strong> />

interno do tubo de saída do poço de visita, deverá ser rebaixada a uma altura igual a diferença entre<<strong>br</strong> />

os diâmetros do tubo maior (saída do PV) e do menor (entrada do PV), sendo que este desnível não<<strong>br</strong> />

deverá ser maior que 1,50 m, entretanto a Associação Brasileira dos Fa<strong>br</strong>icantes de tubo de concreto<<strong>br</strong> />

re<strong>com</strong>enda que o degrau seja no máximo de 1,20m.<<strong>br</strong> />

Velocidade na sarjeta: de modo geral a velocidade máxima nas sarjetas é de 3,5m/s podendo chegar<<strong>br</strong> />

até 4,0m/s. Paulo Sampaio Wilken re<strong>com</strong>endava o máximo de 3,00m/s. Observar que a velocidade na<<strong>br</strong> />

galeria de concreto é maior que a velocidade na sarjeta.<<strong>br</strong> />

Reco<strong>br</strong>imento mínimo<<strong>br</strong> />

Deverá ser previsto um reco<strong>br</strong>imento mínimo de 1,00m para as tubulações. Reco<strong>br</strong>imentos<<strong>br</strong> />

inferiores eventualmente poderão ocorrer quando houver interferências <strong>com</strong> trechos da rede de<<strong>br</strong> />

esgotos, porque na hipótese de se passar abaixo dessas linhas, as galerias à jusante do ponto seriam<<strong>br</strong> />

excessivamente aprofundadas.<<strong>br</strong> />

Profundidade máxima<<strong>br</strong> />

Procura-se evitar ao máximo profundidade superior a 4,50m para as galerias. Eventualmente,<<strong>br</strong> />

em cruzamentos <strong>com</strong> trechos da rede de esgotos ou em trechos curtos nos terrenos de elevadas<<strong>br</strong> />

declividades, serão projetadas galerias <strong>com</strong> profundidade superiores a esta.<<strong>br</strong> />

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5.20 Tubulações<<strong>br</strong> />

Os tubos das galerias serão circulares de concreto deverão obedecer a NBR 8890/ 2003 da<<strong>br</strong> />

ABNT para Tubos de concreto de seção circular para águas pluviais e esgotos sanitários- requisitos e<<strong>br</strong> />

métodos de ensaio. O <strong>com</strong>primento pode ser de 1,00m ou 1,50m.<<strong>br</strong> />

Os tubos Classe PS-1 são de concreto simples e os tubos Classe PA-2 são de concreto<<strong>br</strong> />

armado.<<strong>br</strong> />

As larguras das valas depende da profundidade da mesma conforme Tabela (5.14).<<strong>br</strong> />

Diâmetro<<strong>br</strong> />

(mm)<<strong>br</strong> />

Tabela 5.14-Largura da vala conforme diâmetro do tubo e profundidade<<strong>br</strong> />

Largura da vala em metros para<<strong>br</strong> />

profundidade até 2,00m<<strong>br</strong> />

600 1,40 1,60<<strong>br</strong> />

800 1,60 1,80<<strong>br</strong> />

1000 1,90 2,10<<strong>br</strong> />

1200 2,20 2,40<<strong>br</strong> />

1500 2,50 2,70<<strong>br</strong> />

Largura da vala em metros para<<strong>br</strong> />

profundidade mais de 2,00m<<strong>br</strong> />

5.23 Tempo de concentração e vazões de projeto<<strong>br</strong> />

O tempo de concentração em bacias urbanas é determinado pela soma dos tempos de<<strong>br</strong> />

concentração dos diferentes trechos. O tempo de concentração de uma determinada seção é <strong>com</strong>posto<<strong>br</strong> />

por duas parcelas:<<strong>br</strong> />

tci = tc ( i-1) + tpi (Equação 5.6)<<strong>br</strong> />

onde<<strong>br</strong> />

tc(i-1)=tempo de concentração do trecho anterior;<<strong>br</strong> />

tpi= tempo de concentração do trecho i.<<strong>br</strong> />

O tempo de concentração inicial “ts” nos trechos de cabeceira da rede, que corresponde ao<<strong>br</strong> />

tempo de escoamento superficial pelos quarteirões, vias e sarjetas, é muitas vezes adotado 10<<strong>br</strong> />

minutos. O FHWA adota nos projetos de galerias em estradas de rodagem o mínimo de 5 minutos.<<strong>br</strong> />

O valor de 10minutos pode estar superestimado, se a bacia for muito impermeável e <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

grande declividade. Em caso de dúvida deve-se calcular o tempo detalhado.<<strong>br</strong> />

Quando vários trechos de rede, ou seja, várias bacias, <strong>com</strong> tempo de concentração diferentes<<strong>br</strong> />

afluem a um determinado trecho de ordem i existem diversos valores de “tc(i-1)”. Neste caso, utilizase<<strong>br</strong> />

o maior “tc” das bacias afluentes de montante.<<strong>br</strong> />

Os trechos em condutos são calculados pela equação de movimento uniforme, ou seja:<<strong>br</strong> />

t (min)=L/ 60V, onde L= distância ao longo do conduto (m); V=velocidade no conduto (m/s).<<strong>br</strong> />

Como a vazão ainda não foi calculada esse valor é estimado.<<strong>br</strong> />

As áreas contribuintes a cada trecho da rede são determinadas pela análise das plantas de<<strong>br</strong> />

projeto. Estas áreas são medidas em planta. Nos demais trechos as áreas são adicionadas<<strong>br</strong> />

progressivamente pelas áreas locais de contribuição. As áreas locais correspondem às parcelas<<strong>br</strong> />

contribuintes dos quarteirões adjacentes.<<strong>br</strong> />

5.21 Sarjetas<<strong>br</strong> />

A sarjeta padrão de concreto tem 1,00m de <strong>com</strong>primento, vão livre de 0,80m, altura de 0,30m,<<strong>br</strong> />

largura de 0,15m e altura livre de 0,15m conforme Figura (5.19).<<strong>br</strong> />

Em ruas <strong>com</strong> menor declividade usa-se somente a entrada de água <strong>com</strong> a sarjeta, mas em ruas<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> maiores declividades é <strong>com</strong>um se usar também as grelhas ou grades.<<strong>br</strong> />

Por segurança em ruas <strong>com</strong> mais declividades são feitas no mínimo bocas de lobo duplas para<<strong>br</strong> />

garantir o engolimento das águas pluviais.<<strong>br</strong> />

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h 1 =0,15m<<strong>br</strong> />

h 2 =0,13m<<strong>br</strong> />

Figura 5.19-Seção transversal de uma sarjeta<<strong>br</strong> />

Dica: nas sarjetas a velocidade máxima deve ser menor que 3 m/s e a velocidade mínima devem<<strong>br</strong> />

ser maior que 0,5 m/s (EPUSP, Drenagem Urbana).<<strong>br</strong> />

A largura da sarjeta normalmente adotada são:<<strong>br</strong> />

0,30 m<<strong>br</strong> />

0,40m<<strong>br</strong> />

0,45m<<strong>br</strong> />

0,50m<<strong>br</strong> />

0,60m<<strong>br</strong> />

0,90m<<strong>br</strong> />

1,00ms<<strong>br</strong> />

.<<strong>br</strong> />

A capacidade de condução da rua ou da sarjeta pode ser calculada a partir de duas hipóteses:<<strong>br</strong> />

a) a água escoando por toda a calha da rua;<<strong>br</strong> />

b) a água escoando só pelas sarjetas.<<strong>br</strong> />

Depressão:<<strong>br</strong> />

Vamos seguir as re<strong>com</strong>endações do Texas, 2004 em que a boca de lobo pode ter depressão,<<strong>br</strong> />

isto é, um rebaixo que varia de 25mm a 125mm.<<strong>br</strong> />

De modo geral deve ser evitada a depressão, pois uma depressão muito grande pode não ser<<strong>br</strong> />

segura ao trafico de veículos perda da boca de lobo.<<strong>br</strong> />

Depressão de 0 1 25mm: onde a boca de lobo está na área do tráfego.<<strong>br</strong> />

Depressão de 25mm a 75mm: onde a boca de lobo está fora do trafego<<strong>br</strong> />

Depressão de 25mm a 125mm: pode ser usada em ruas de trafego leve e que não são acessos a<<strong>br</strong> />

rodovias.<<strong>br</strong> />

Dica: a declividade transversal de uma rua normalmente adotada é de 2% ou 3%.<<strong>br</strong> />

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5.22 FHWA, 1996<<strong>br</strong> />

O FHWA, 1996 apresenta uma modificação na fórmula de Manning para seção triangular,<<strong>br</strong> />

pois, o raio hidráulico na equação não descreve adequadamente o que se passa na seção,<<strong>br</strong> />

particularmente quando o topo da superfície das águas pluviais é maior que 40 vezes a altura de água<<strong>br</strong> />

na sarjeta. A equação de Manning foi integrada através de incrementos na seção e resulta na equação:<<strong>br</strong> />

Q=( 0,376/n) . Sx 1,67 . S L 0,5 . T 2,67<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

Q= vazão (m 3 /s);<<strong>br</strong> />

Sx= declividade transversal (m/m)<<strong>br</strong> />

S L = declividade da rua em (m/m).<<strong>br</strong> />

T=largura da superfície livre da água na rua (m)<<strong>br</strong> />

n=rugosidade de Manning=0,016 para pavimento em asfalto <strong>com</strong> textura áspera Tabela (5.15)<<strong>br</strong> />

Tabela 5.15- Coeficiente de rugosidade conforme o tipo de sarjeta e pavimento<<strong>br</strong> />

Tipo de sarjeta ou pavimento<<strong>br</strong> />

Coeficiente n de<<strong>br</strong> />

Manning<<strong>br</strong> />

Sarjeta em concreto bem acabada 0,012<<strong>br</strong> />

Pavimento em asfalto <strong>com</strong> textura lisa 0,013<<strong>br</strong> />

Pavimento em asfalto <strong>com</strong> textura ásperas 0,016<<strong>br</strong> />

Sarjeta em concreto e pavimento em asfalto <strong>com</strong> textura lisa 0,013<<strong>br</strong> />

Sarjeta em concreto e pavimento em asfalto <strong>com</strong> textura áspera 0,015<<strong>br</strong> />

Pavimento em concreto bem acabado 0,014<<strong>br</strong> />

Pavimento em concreto mal acabado 0,016<<strong>br</strong> />

Sarjeta <strong>com</strong> pequenas declividades onde os sedimentos se acumulam 0,02<<strong>br</strong> />

Fonte: FHWA, 1996<<strong>br</strong> />

Largura da água na secção triangular da sarjeta<<strong>br</strong> />

T=[( Q.n) / (0,376. Sx 1,67 . S L 0,5 )] 0,375<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

T= largura da água na secção triangular (m)<<strong>br</strong> />

Q= vazão (m 3 /s)<<strong>br</strong> />

N=coeficiente de rugosidade de Manning<<strong>br</strong> />

Sx= declividade transversal (m/m)<<strong>br</strong> />

SL= declividade longitudinal da rua (m/m)<<strong>br</strong> />

Exemplo 5.20<<strong>br</strong> />

Dado a vazão Q=0,05m 3 /s, n=0,016 Sx=0,020m/m S L =0,010m/m. Achar T.<<strong>br</strong> />

T=[( Q.n) / (0,376. Sx 1,67 . S L 0,5 )] 0,375<<strong>br</strong> />

T=[( 0,05.0,016) / (0,376. 0,02 1,67 . 0,01 0,5 )] 0,375 = 2,73m<<strong>br</strong> />

Cálculo da altura da água na sarjeta dado T<<strong>br</strong> />

Conforme FHWA, 1996 temos:<<strong>br</strong> />

y= T . Sx<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

y= altura da água na sarjeta (m)<<strong>br</strong> />

T= largura da água na superfície da sarjeta triangular (m)<<strong>br</strong> />

Sx= declividade transversal da rua (m/m)<<strong>br</strong> />

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Conforme FHWA, 1996 para canal triangular temos:<<strong>br</strong> />

V= (0,752/ n) . S L 0,5 . Sx 0,67 . T 0,67<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

Vj= velocidade na sarjeta (m/s)<<strong>br</strong> />

n= coeficiente de Manning<<strong>br</strong> />

S L =declividade longitudinal da rua (m/m)<<strong>br</strong> />

Sx= declividade transversal da rua (m/m)<<strong>br</strong> />

T= largura da água na sarjeta no topo (m)<<strong>br</strong> />

Q= vazão na sarjeta (m 3 /s)<<strong>br</strong> />

Comprimento da boca de lobo sem depressão conforme FHWA<<strong>br</strong> />

O FHWA, 1996 <strong>com</strong>enta que numa boca de lobo a altura varia de 100mm a 150mm e que o<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>primento necessário para interceptar 100% das águas pluviais é dado pela equação:<<strong>br</strong> />

L T = 0,817 x Q 0,42 x S 0,3 L x (1/ n Sx) 0,6<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

L T = <strong>com</strong>primento máximo da abertura da guia para interceptar 100% das águas pluviais (m)<<strong>br</strong> />

Q= vazão na sarjeta (m 3 /s)<<strong>br</strong> />

S L = declividade longitudinal (m/m)<<strong>br</strong> />

Sx= declividade transversal (m/m)<<strong>br</strong> />

A eficiência de um <strong>com</strong>primento L menor que L T é dada pela equação:<<strong>br</strong> />

E= 1 – (1- L / L T ) 1,8<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

E= eficiência da abertura da boca de lobo<<strong>br</strong> />

L= <strong>com</strong>primento real da boca de lobo (m)<<strong>br</strong> />

L T = <strong>com</strong>primento da abertura da boca de lobo para interceptar 100% das águas pluviais (m)<<strong>br</strong> />

Qi= E x Q<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

Qi= vazão que entra na boca de lobo (m 3 /s)<<strong>br</strong> />

Q= vazão da sarjeta (m 3 /s)<<strong>br</strong> />

E= eficiência da entrada de vazão na boca de lobo. Varia de 0 a 1.<<strong>br</strong> />

Exemplo 5.21<<strong>br</strong> />

Se a vazão na sarjeta for de 50 L/s e a eficiência E=0,61 a vazão que entrará na boca de lobo Qi será:<<strong>br</strong> />

Qi= E x Q<<strong>br</strong> />

Qi= 0,61x 50= 31 L/s<<strong>br</strong> />

A vazão que não foi interceptada Qb será:<<strong>br</strong> />

Qb= Q – Qi= 50 – 31= 19 L/s<<strong>br</strong> />

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Tabela 5.16- Valores de L T<<strong>br</strong> />

sem depressão sendo n=0,016 e Sx=0,02m/m<<strong>br</strong> />

Valores de LT em função da declividade da rua (m/m( e vazao (m3/s)<<strong>br</strong> />

Vazao 0,005 0,01 0,015 0,02 0,025 0,03 0,035 0,04 0,045 0,05 0,06 0,07 0,08 0,09 0,1<<strong>br</strong> />

(m3/s)<<strong>br</strong> />

0,02 4,0 5,0 5,6 6,1 6,5 6,9 7,2 7,5 7,8 8,0 8,5 8,9 9,3 9,6 9,9<<strong>br</strong> />

0,03 4,8 5,9 6,6 7,2 7,7 8,2 8,6 8,9 9,2 9,5 10,1 10,5 11,0 11,4 11,7<<strong>br</strong> />

0,04 5,4 6,6 7,5 8,2 8,7 9,2 9,7 10,1 10,4 10,8 11,4 11,9 12,4 12,8 13,2<<strong>br</strong> />

0,05 5,9 7,3 8,2 9,0 9,6 10,1 10,6 11,0 11,4 11,8 12,5 13,1 13,6 14,1 14,5<<strong>br</strong> />

0,06 6,4 7,9 8,9 9,7 10,4 10,9 11,5 11,9 12,4 12,8 13,5 14,1 14,7 15,2 15,7<<strong>br</strong> />

0,07 6,8 8,4 9,5 10,3 11,1 11,7 12,2 12,7 13,2 13,6 14,4 15,1 15,7 16,2 16,8<<strong>br</strong> />

0,08 7,2 8,9 10,0 10,9 11,7 12,3 12,9 13,5 13,9 14,4 15,2 15,9 16,6 17,2 17,7<<strong>br</strong> />

0,09 7,6 9,3 10,5 11,5 12,3 13,0 13,6 14,1 14,7 15,1 16,0 16,7 17,4 18,0 18,6<<strong>br</strong> />

0,10 7,9 9,8 11,0 12,0 12,8 13,6 14,2 14,8 15,3 15,8 16,7 17,5 18,2 18,9 19,5<<strong>br</strong> />

0,11 8,2 10,2 11,5 12,5 13,4 14,1 14,8 15,4 15,9 16,5 17,4 18,2 18,9 19,6 20,3<<strong>br</strong> />

0,12 8,6 10,5 11,9 13,0 13,9 14,6 15,3 16,0 16,5 17,1 18,0 18,9 19,6 20,4 21,0<<strong>br</strong> />

0,13 8,8 10,9 12,3 13,4 14,3 15,1 15,9 16,5 17,1 17,6 18,6 19,5 20,3 21,1 21,7<<strong>br</strong> />

0,14 9,1 11,2 12,7 13,8 14,8 15,6 16,4 17,0 17,6 18,2 19,2 20,1 21,0 21,7 22,4<<strong>br</strong> />

0,15 9,4 11,6 13,1 14,2 15,2 16,1 16,8 17,5 18,2 18,7 19,8 20,7 21,6 22,4 23,1<<strong>br</strong> />

0,16 9,7 11,9 13,4 14,6 15,6 16,5 17,3 18,0 18,7 19,3 20,3 21,3 22,2 23,0 23,7<<strong>br</strong> />

0,17 9,9 12,2 13,8 15,0 16,0 16,9 17,7 18,5 19,1 19,8 20,9 21,8 22,7 23,6 24,3<<strong>br</strong> />

0,18 10,1 12,5 14,1 15,4 16,4 17,4 18,2 18,9 19,6 20,2 21,4 22,4 23,3 24,1 24,9<<strong>br</strong> />

0,19 10,4 12,8 14,4 15,7 16,8 17,8 18,6 19,4 20,1 20,7 21,9 22,9 23,8 24,7 25,5<<strong>br</strong> />

0,20 10,6 13,0 14,7 16,1 17,2 18,1 19,0 19,8 20,5 21,1 22,3 23,4 24,3 25,2 26,0<<strong>br</strong> />

Exemplo 5.22- conforme FHWA, 1996<<strong>br</strong> />

Dada a vazão Q=0,050m 3 /s, declividade longitudinal de 0,01m/m, declividade transversal de 4,7% e<<strong>br</strong> />

coeficiente n=0,016 calcular a eficiência E.<<strong>br</strong> />

L T = 0,817 x Q 0,42 x S L 0,3 x (1/ n Sx) 0,6<<strong>br</strong> />

L T = 0,817 x 0,05 0,42 x 0,01 0,3 x (1/ 0,016x0,047) 0,6 = 4,37m<<strong>br</strong> />

Mas usamos somente L=3,00 e teremos:<<strong>br</strong> />

E= 1 – (1- L / L T ) 1,8<<strong>br</strong> />

E= 1 – (1- 3,0 / 4,37) 1,8 =0,69<<strong>br</strong> />

Qi= Q. E= 0,05 x 0,69= 0,035m 3 /s<<strong>br</strong> />

Comprimento da boca de lobo <strong>com</strong> depressão conforme FHWA<<strong>br</strong> />

O FHWA, 1996 <strong>com</strong>enta que numa boca de lobo a altura varia de 100mm a 150mm e que o<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>primento necessário para interceptar 100% das águas pluviais é dado pela equação abaixo onde<<strong>br</strong> />

usamos a declividade equivalente Se ao invés de Sx.<<strong>br</strong> />

L T = 0,817 x Q 0,42 x S L 0,3 x (1/ n Se) 0,6<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

L T = <strong>com</strong>primento máximo da abertura da guia para interceptar 100% das águas pluviais (m)<<strong>br</strong> />

Q= vazão na sarjeta (m 3 /s)<<strong>br</strong> />

S L = declividade longitudinal (m/m)<<strong>br</strong> />

Se= declividade transversal equivalente (m/m)<<strong>br</strong> />

Se= Sx + S´w Eo<<strong>br</strong> />

a=depressão na boca de lobo (mm). Pode ser 25mm; 50mm ou 75mm.<<strong>br</strong> />

S´w= a /(1000W)<<strong>br</strong> />

W= largura da sarjeta (m)<<strong>br</strong> />

5-37


Curso de Manejo de águas pluviais<<strong>br</strong> />

Capítulo 5-<strong>Microdrenagem</strong><<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 3 de agosto de 2012 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Eo= Qw/Q = 1 – ( 1 –W/T) 2,67<<strong>br</strong> />

Eo= razão da vazão frontal na boca de lobo so<strong>br</strong>e a vazão total<<strong>br</strong> />

Qw= vazão total na boca de lobo (m 3 /s)<<strong>br</strong> />

Q= vazão total as sarjeta (m 3 /s)<<strong>br</strong> />

W= largura da sarjeta ou da grade na parte <strong>com</strong> depressão (m)<<strong>br</strong> />

T= largura da superfície da água (m)<<strong>br</strong> />

Qs= razão da vazão lateral <strong>com</strong> a vazão total na boca de lobo (m 3 /s)<<strong>br</strong> />

Figura 5.20- Depressão de uma boca de lobo<<strong>br</strong> />

Fonte: Nicklow, 2001<<strong>br</strong> />

A eficiência de um <strong>com</strong>primento L menor que L T é dada pela equação:<<strong>br</strong> />

E= 1 – (1- L / L T ) 1,8<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

E= eficiência da abertura da boca de lobo<<strong>br</strong> />

L= <strong>com</strong>primento real da boca de lobo (m)<<strong>br</strong> />

L T = <strong>com</strong>primento da abertura da boca de lobo para interceptar 100% das águas pluviais (m)<<strong>br</strong> />

Figura 5.21- Chart 2 do FHWA, 1996<<strong>br</strong> />

5-38


Curso de Manejo de águas pluviais<<strong>br</strong> />

Capítulo 5-<strong>Microdrenagem</strong><<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 3 de agosto de 2012 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Exemplo 5.23- conforme FHWA, 1996 <strong>com</strong> depressão na boca de lobo de 25mm<<strong>br</strong> />

Dada a vazão Q=0,050m 3 /s, declividade longitudinal de 0,01m/m, declividade transversal de 2% e<<strong>br</strong> />

coeficiente n=0,016 calcular a eficiência E, depressão a=25mm.<<strong>br</strong> />

Por tentativa vamos assumir que Qs=0,018m 3 /s<<strong>br</strong> />

Qw= Q – Qs= 0,050 -0,018=0,032m 3 /s<<strong>br</strong> />

Eo=Qw/Q= 0,032/0,05=0,64<<strong>br</strong> />

Sw=Sx + a/W= 0,02 + (25/1000)/0,6=0,062<<strong>br</strong> />

Sw/Sx=0,062/0,02=3,1<<strong>br</strong> />

Eo= 1 / {1+[( Sw/Sx)/(1+(Sw/Sx)/(T/W -1)) 2,67 -1 ]}<<strong>br</strong> />

Eo= 1 / {1+[( 3,1)/(1+(3,1)/(T/W -1)) 2,67 -1 ]} =0,64<<strong>br</strong> />

Achamos T/W ou W/T<<strong>br</strong> />

W/T=0,24<<strong>br</strong> />

T= W/(W/T)= 0,6/0,24=2,5m<<strong>br</strong> />

Ts=T-W= 2,5 -0,6= 1,9m<<strong>br</strong> />

Q=( 0,376/n) . Sx 1,67 . S L 0,5 . T 2,67<<strong>br</strong> />

Qs= (0,376)/0,016) (0,02) 1,67 (0,01) 0,5 (1,9) 2,67 =0,019m 3 /s (igual Qs assumido)<<strong>br</strong> />

Se=Sx + S´w Eo= Sx + (a/W) Eo= 0,02 + [(25/1000)/(0,6)](0,64)=0,047<<strong>br</strong> />

L T = 0,817 x Q 0,42 x S L 0,3 x (1/ n Se) 0,6<<strong>br</strong> />

L T = 0,817 x 0,05 0,42 x 0,01 0,3 x (1/ 0,016x0,047) 0,6 = 4,37m<<strong>br</strong> />

Mas usamos somente L=3,00 e teremos:<<strong>br</strong> />

L/L T = 3/ 4,37= 0,69<<strong>br</strong> />

E= 1 – (1- L / L T ) 1,8<<strong>br</strong> />

E= 1 – (1- 3,0 / 4,37) 1,8 = 1-(1-0,69) 1,8 =0,88<<strong>br</strong> />

Qi= Q. E= 0,050 x 0,88= 0,044m 3 /s<<strong>br</strong> />

Comentário: sem a depressão a vazão Qi=0,031m 3 /s e <strong>com</strong> a depressão de 25mm o valor<<strong>br</strong> />

Qi=0,044m 3 /s havendo um aumento de 42% na vazão.<<strong>br</strong> />

Dica: a depressão de uma boca de lobo aumenta a vazão de engolimento em aproximadamente<<strong>br</strong> />

1,42.<<strong>br</strong> />

A Tabela (5.20) mostra o <strong>com</strong>primento L T para depressão de 25mm <strong>com</strong> sarjeta de 600mm,<<strong>br</strong> />

coeficiente de Manning n=0,016 e estimativa da eficiência Eo=0,50. Notar que não fizemos o cálculo<<strong>br</strong> />

de Eo e sim somente uma aproximação. O cálculo exato pode ser obtido baseado no Exemplo (5.15).<<strong>br</strong> />

Tabela 5.17- Valores dos <strong>com</strong>primentos L T para depressão de 25mm, sarjeta de 600mm,<<strong>br</strong> />

rugosidade n=0,016 e eficiência Eo=0,50<<strong>br</strong> />

Valores de L T em função da declividade da rua e da vazão sendo n=0,016,<<strong>br</strong> />

depressão de 25mm, sarjeta de 600mm, estimativa da eficiência Eo=0,50.<<strong>br</strong> />

Vazao (m3/s) 0,005 0,01 0,015 0,02 0,025 0,03 0,035 0,04 0,045 0,05 0,06 0,07 0,08 0,09 0,1<<strong>br</strong> />

0,02 2,6 3,2 3,7 4,0 4,3 4,5 4,7 4,9 5,1 5,2 5,5 5,8 6,0 6,2 6,5<<strong>br</strong> />

0,03 3,1 3,8 4,3 4,7 5,0 5,3 5,6 5,8 6,0 6,2 6,6 6,9 7,2 7,4 7,6<<strong>br</strong> />

0,04 3,5 4,3 4,9 5,3 5,7 6,0 6,3 6,6 6,8 7,0 7,4 7,8 8,1 8,4 8,6<<strong>br</strong> />

0,05 3,9 4,8 5,4 5,8 6,3 6,6 6,9 7,2 7,5 7,7 8,1 8,5 8,9 9,2 9,5<<strong>br</strong> />

0,06 4,2 5,1 5,8 6,3 6,8 7,1 7,5 7,8 8,1 8,3 8,8 9,2 9,6 9,9 10,2<<strong>br</strong> />

0,07 4,4 5,5 6,2 6,7 7,2 7,6 8,0 8,3 8,6 8,9 9,4 9,8 10,2 10,6 10,9<<strong>br</strong> />

0,08 4,7 5,8 6,5 7,1 7,6 8,0 8,4 8,8 9,1 9,4 9,9 10,4 10,8 11,2 11,5<<strong>br</strong> />

0,09 4,9 6,1 6,9 7,5 8,0 8,5 8,9 9,2 9,5 9,9 10,4 10,9 11,3 11,8 12,1<<strong>br</strong> />

0,10 5,2 6,4 7,2 7,8 8,4 8,8 9,3 9,6 10,0 10,3 10,9 11,4 11,9 12,3 12,7<<strong>br</strong> />

0,11 5,4 6,6 7,5 8,1 8,7 9,2 9,6 10,0 10,4 10,7 11,3 11,9 12,3 12,8 13,2<<strong>br</strong> />

5-39


Curso de Manejo de águas pluviais<<strong>br</strong> />

Capítulo 5-<strong>Microdrenagem</strong><<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 3 de agosto de 2012 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

0,12 5,6 6,9 7,7 8,4 9,0 9,5 10,0 10,4 10,8 11,1 11,7 12,3 12,8 13,3 13,7<<strong>br</strong> />

0,13 5,8 7,1 8,0 8,7 9,3 9,9 10,3 10,8 11,1 11,5 12,1 12,7 13,2 13,7 14,2<<strong>br</strong> />

0,14 5,9 7,3 8,3 9,0 9,6 10,2 10,7 11,1 11,5 11,9 12,5 13,1 13,7 14,2 14,6<<strong>br</strong> />

0,15 6,1 7,5 8,5 9,3 9,9 10,5 11,0 11,4 11,8 12,2 12,9 13,5 14,1 14,6 15,0<<strong>br</strong> />

0,16 6,3 7,7 8,7 9,5 10,2 10,8 11,3 11,7 12,2 12,5 13,3 13,9 14,4 15,0 15,4<<strong>br</strong> />

0,17 6,5 7,9 9,0 9,8 10,5 11,0 11,6 12,0 12,5 12,9 13,6 14,2 14,8 15,4 15,8<<strong>br</strong> />

0,18 6,6 8,1 9,2 10,0 10,7 11,3 11,8 12,3 12,8 13,2 13,9 14,6 15,2 15,7 16,2<<strong>br</strong> />

0,19 6,8 8,3 9,4 10,2 11,0 11,6 12,1 12,6 13,1 13,5 14,2 14,9 15,5 16,1 16,6<<strong>br</strong> />

0,20 6,9 8,5 9,6 10,5 11,2 11,8 12,4 12,9 13,4 13,8 14,6 15,2 15,9 16,4 17,0<<strong>br</strong> />

A Tabela (5.21) mostra o <strong>com</strong>primento LT para depressão de 50mm <strong>com</strong> sarjeta de 600mm,<<strong>br</strong> />

coeficiente de Manning n=0,016 e estimativa da eficiência Eo=0,50. Notar que não fizemos o cálculo<<strong>br</strong> />

de Eo e sim somente uma aproximação. O cálculo exato pode ser obtido baseado no Exemplo (5.15).<<strong>br</strong> />

Tabela 5.18- Valores dos <strong>com</strong>primentos L T para depressão de 50mm, sarjeta de 600mm,<<strong>br</strong> />

rugosidade n=0,016 e eficiência Eo=0,50<<strong>br</strong> />

Valores de L T em função da declividade da rua e da vazão sendo n=0,016, depressão de 50mm, sarjeta de 600mm, estimativa da<<strong>br</strong> />

eficiência Eo=0,50.<<strong>br</strong> />

Vazão 0,005 0,01 0,015 0,02 0,025 0,03 0,035 0,04 0,045 0,05 0,06 0,07 0,08 0,09 0,1<<strong>br</strong> />

(m 3 /s)<<strong>br</strong> />

0,02 2,1 2,5 2,9 3,1 3,3 3,5 3,7 3,8 4,0 4,1 4,3 4,5 4,7 4,9 5,0<<strong>br</strong> />

0,03 2,4 3,0 3,4 3,7 3,9 4,2 4,4 4,5 4,7 4,9 5,1 5,4 5,6 5,8 6,0<<strong>br</strong> />

0,04 2,7 3,4 3,8 4,2 4,4 4,7 4,9 5,1 5,3 5,5 5,8 6,1 6,3 6,5 6,7<<strong>br</strong> />

0,05 3,0 3,7 4,2 4,6 4,9 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0 6,3 6,6 6,9 7,2 7,4<<strong>br</strong> />

0,06 3,3 4,0 4,5 4,9 5,3 5,6 5,8 6,1 6,3 6,5 6,9 7,2 7,5 7,7 8,0<<strong>br</strong> />

0,07 3,5 4,3 4,8 5,3 5,6 5,9 6,2 6,5 6,7 6,9 7,3 7,7 8,0 8,3 8,5<<strong>br</strong> />

0,08 3,7 4,5 5,1 5,6 5,9 6,3 6,6 6,8 7,1 7,3 7,7 8,1 8,4 8,7 9,0<<strong>br</strong> />

0,09 3,9 4,7 5,4 5,8 6,3 6,6 6,9 7,2 7,5 7,7 8,1 8,5 8,9 9,2 9,5<<strong>br</strong> />

0,10 4,0 5,0 5,6 6,1 6,5 6,9 7,2 7,5 7,8 8,0 8,5 8,9 9,3 9,6 9,9<<strong>br</strong> />

0,11 4,2 5,2 5,8 6,4 6,8 7,2 7,5 7,8 8,1 8,4 8,8 9,3 9,6 10,0 10,3<<strong>br</strong> />

0,12 4,4 5,4 6,1 6,6 7,1 7,4 7,8 8,1 8,4 8,7 9,2 9,6 10,0 10,4 10,7<<strong>br</strong> />

0,13 4,5 5,5 6,3 6,8 7,3 7,7 8,1 8,4 8,7 9,0 9,5 9,9 10,3 10,7 11,1<<strong>br</strong> />

0,14 4,6 5,7 6,5 7,0 7,5 7,9 8,3 8,7 9,0 9,3 9,8 10,2 10,7 11,1 11,4<<strong>br</strong> />

0,15 4,8 5,9 6,6 7,2 7,7 8,2 8,6 8,9 9,2 9,5 10,1 10,5 11,0 11,4 11,7<<strong>br</strong> />

0,16 4,9 6,0 6,8 7,4 8,0 8,4 8,8 9,2 9,5 9,8 10,3 10,8 11,3 11,7 12,1<<strong>br</strong> />

0,17 5,0 6,2 7,0 7,6 8,2 8,6 9,0 9,4 9,7 10,1 10,6 11,1 11,6 12,0 12,4<<strong>br</strong> />

0,18 5,2 6,4 7,2 7,8 8,4 8,8 9,3 9,6 10,0 10,3 10,9 11,4 11,9 12,3 12,7<<strong>br</strong> />

0,19 5,3 6,5 7,3 8,0 8,6 9,0 9,5 9,8 10,2 10,5 11,1 11,6 12,1 12,6 13,0<<strong>br</strong> />

0,20 5,4 6,6 7,5 8,2 8,7 9,2 9,7 10,1 10,4 10,8 11,4 11,9 12,4 12,8 13,2<<strong>br</strong> />

A Figura (5.1) mostra uma boca de lobo <strong>com</strong> depressão de 50mm e largura da sarjeta de 0,6m.<<strong>br</strong> />

Entrando <strong>com</strong> a largura do nível de água T e <strong>com</strong> a declividade transversal Sx achamos o valor Q/<<strong>br</strong> />

S 0,5 .<<strong>br</strong> />

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Curso de Manejo de águas pluviais<<strong>br</strong> />

Capítulo 5-<strong>Microdrenagem</strong><<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 3 de agosto de 2012 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Figura 5.22- Boca de lobo <strong>com</strong> depressão de 50mm e sarjeta de concreto <strong>com</strong> 0,60m de largura<<strong>br</strong> />

feita para n=0,016<<strong>br</strong> />

Fonte: FHWA, 1996<<strong>br</strong> />

FHWA- cálculo da vazão <strong>com</strong> depressão da sarjeta<<strong>br</strong> />

A largura da sarjeta varia de 0,30m a 1,00m sendo o mais <strong>com</strong>um largura de 0,60m. A<<strong>br</strong> />

depressão varia de 2,5cm a 7,5cm sendo a mais <strong>com</strong>um a de 5cm.<<strong>br</strong> />

Vamos explicar juntamente <strong>com</strong> um exemplo do FHWA, 1996.<<strong>br</strong> />

Exemplo 5.24- Boca de lobo <strong>com</strong> depressão de 50mm<<strong>br</strong> />

Vamos calcular a vazão que entra numa boca de lobo <strong>com</strong> depressão a=50mm, sendo a largura da<<strong>br</strong> />

sarjeta de concreto W=0,60m, declividade da rua S L =0,01m/m; declividade transversal Sx=0,02m/m;<<strong>br</strong> />

coeficiente de Manning n=0,016; T=2,5m.<<strong>br</strong> />

Cálculo da declividade da depressão Sw<<strong>br</strong> />

Sw= a/ W + Sx<<strong>br</strong> />

Sw= 50/ 600 + 0,02=0,0833 =0,02=0,103m/m<<strong>br</strong> />

Cálculo de Qs que é a vazão acima da depressão<<strong>br</strong> />

Ts= T – W = 2,50 -0,60= 1,9m<<strong>br</strong> />

Qs=( 0,376/n) . Sx 1,67 . S L 0,5 . Ts 2,67<<strong>br</strong> />

Qs=( 0,376/0,016) . 0,02 1,67 . 0,01 0,5 . 1,9 2,67 = 0,019m 3 /s<<strong>br</strong> />

Calculo da vazão Q na boca de lobo<<strong>br</strong> />

T / W= 2,50 / 0,6= 4,17<<strong>br</strong> />

Sw/ Sx= 0,103/0,02 = 5,15<<strong>br</strong> />

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Capítulo 5-<strong>Microdrenagem</strong><<strong>br</strong> />

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Eo= 1 / {1+[( Sw/Sx)/(1+(Sw/Sx)/(T/W -1)) 2,67 -1 ]}<<strong>br</strong> />

Eo= 1 / {1+[( 5,15)/(1+(5,15)/(4,17 -1)) 2,67 -1 ]} =0,70<<strong>br</strong> />

Q=Qw/Eo= Qs/ (1-Eo)= 0,019/ (1-0,70)= 0,06m 3 /s<<strong>br</strong> />

Qw= vazão na seção de rebaixo (m 3 /s). É o que queremos<<strong>br</strong> />

Q= vazão na guia e sarjeta (m 3 /s)<<strong>br</strong> />

Qs= capacidade da vazão na boca de lobo rebaixada (m 3 /s).<<strong>br</strong> />

Eo= eficiência do engolimento= Qw/Q<<strong>br</strong> />

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Capítulo 5-<strong>Microdrenagem</strong><<strong>br</strong> />

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5.23 DNIT, 2006<<strong>br</strong> />

Conforme DNIT, 2006 temos a fórmula de Manning modificado por Izzard conforme Figura<<strong>br</strong> />

(5.15) e Tabela (5.22).<<strong>br</strong> />

Q= 0,376 x (Z / n) x y 8/3 x S 0,5<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

Q= vazão na sarjeta (m 3 /s)<<strong>br</strong> />

Y= altura da água na sarjeta (m)<<strong>br</strong> />

S= declividade longitudinal da sarjeta (m/m)<<strong>br</strong> />

n= coeficiente de rugosidade de Manning<<strong>br</strong> />

Z= recíproca da declividade transversal Z= tg (θ )<<strong>br</strong> />

tg (θ )= T / y<<strong>br</strong> />

T= y x Z<<strong>br</strong> />

y/T= 1 / tg (θ)<<strong>br</strong> />

Caso Z=12<<strong>br</strong> />

y/T=Sx= 1/12=0,083m/m<<strong>br</strong> />

Figura 5.23- Corte transversal de uma sarjeta mostrando o ângulo θ<<strong>br</strong> />

Tabela 5.19- Vazão na sarjeta sendo a altura da água y=0,10m, declividade transversal 2% e<<strong>br</strong> />

coeficiente de Manning n=0,013, Z=50.<<strong>br</strong> />

S<<strong>br</strong> />

(m/m)<<strong>br</strong> />

Q<<strong>br</strong> />

(m 3 /s)<<strong>br</strong> />

0,005 0,22<<strong>br</strong> />

0,010 0,31<<strong>br</strong> />

0,015 0,38<<strong>br</strong> />

0,020 0,44<<strong>br</strong> />

0,025 0,49<<strong>br</strong> />

0,030 0,54<<strong>br</strong> />

0,035 0,58<<strong>br</strong> />

0,040 0,62<<strong>br</strong> />

0,045 0,66<<strong>br</strong> />

0,050 0,69<<strong>br</strong> />

0,055 0,73<<strong>br</strong> />

0,060 0,76<<strong>br</strong> />

0,065 0,79<<strong>br</strong> />

0,070 0,82<<strong>br</strong> />

0,075 0,85<<strong>br</strong> />

0,080 0,88<<strong>br</strong> />

0,085 0,91<<strong>br</strong> />

0,090 0,93<<strong>br</strong> />

0,095 0,96<<strong>br</strong> />

0,100 0,98<<strong>br</strong> />

0,105 1,01<<strong>br</strong> />

0,110 1,03<<strong>br</strong> />

5-43


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Capítulo 5-<strong>Microdrenagem</strong><<strong>br</strong> />

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0,115 1,05<<strong>br</strong> />

0,120 1,08<<strong>br</strong> />

0,125 1,10<<strong>br</strong> />

0,130 1,12<<strong>br</strong> />

0,135 1,14<<strong>br</strong> />

0,140 1,16<<strong>br</strong> />

0,145 1,18<<strong>br</strong> />

0,150 1,20<<strong>br</strong> />

Altura y na sarjeta<<strong>br</strong> />

Usando ainda Izzard temos a altura da lâmina de água na sarjeta y e Tabela (5.23).<<strong>br</strong> />

y= 1,445 x [1/ Z (3/8) ] x [Q/ (S 0,5 /n] 3/8<<strong>br</strong> />

Tabela 5.20- Altura y em função da declividade transversal de 2%, vazão e declividade<<strong>br</strong> />

longitudinal em m/m.<<strong>br</strong> />

Q (m 3 /s)<<strong>br</strong> />

altura yo em função da declividade da rua em m/m e da vazão<<strong>br</strong> />

0,05<<strong>br</strong> />

0,1<<strong>br</strong> />

0,2<<strong>br</strong> />

0,3<<strong>br</strong> />

0,4<<strong>br</strong> />

0,5<<strong>br</strong> />

0,6<<strong>br</strong> />

0,7<<strong>br</strong> />

0,8<<strong>br</strong> />

0,9<<strong>br</strong> />

1,0<<strong>br</strong> />

1,1<<strong>br</strong> />

1,2<<strong>br</strong> />

1,3<<strong>br</strong> />

1,4<<strong>br</strong> />

1,5<<strong>br</strong> />

1,6<<strong>br</strong> />

1,7<<strong>br</strong> />

1,8<<strong>br</strong> />

1,9<<strong>br</strong> />

2,0<<strong>br</strong> />

2,1<<strong>br</strong> />

2,2<<strong>br</strong> />

2,3<<strong>br</strong> />

2,4<<strong>br</strong> />

2,5<<strong>br</strong> />

2,6<<strong>br</strong> />

2,7<<strong>br</strong> />

2,8<<strong>br</strong> />

2,9<<strong>br</strong> />

3,0<<strong>br</strong> />

3,1<<strong>br</strong> />

0,005 0,010 0,020 0,030 0,040 0,050 0,060 0,070 0,080 0,090 0,005<<strong>br</strong> />

0,06 0,05 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,04 0,03 0,03 0,03<<strong>br</strong> />

0,07 0,07 0,06 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05 0,04 0,04 0,04<<strong>br</strong> />

0,10 0,08 0,07 0,07 0,07 0,06 0,06 0,06 0,06 0,06 0,10<<strong>br</strong> />

0,11 0,10 0,09 0,08 0,08 0,07 0,07 0,07 0,07 0,07 0,11<<strong>br</strong> />

0,13 0,11 0,10 0,09 0,08 0,08 0,08 0,08 0,07 0,07 0,13<<strong>br</strong> />

0,14 0,12 0,10 0,10 0,09 0,09 0,09 0,08 0,08 0,08 0,14<<strong>br</strong> />

0,15 0,13 0,11 0,10 0,10 0,09 0,09 0,09 0,09 0,08 0,15<<strong>br</strong> />

0,15 0,14 0,12 0,11 0,10 0,10 0,10 0,09 0,09 0,09 0,15<<strong>br</strong> />

0,16 0,14 0,13 0,12 0,11 0,11 0,10 0,10 0,10 0,09 0,16<<strong>br</strong> />

0,17 0,15 0,13 0,12 0,11 0,11 0,11 0,10 0,10 0,10 0,17<<strong>br</strong> />

0,18 0,16 0,14 0,13 0,12 0,11 0,11 0,11 0,10 0,10 0,18<<strong>br</strong> />

0,18 0,16 0,14 0,13 0,12 0,12 0,11 0,11 0,11 0,11 0,18<<strong>br</strong> />

0,19 0,17 0,15 0,14 0,13 0,12 0,12 0,12 0,11 0,11 0,19<<strong>br</strong> />

0,19 0,17 0,15 0,14 0,13 0,13 0,12 0,12 0,12 0,11 0,19<<strong>br</strong> />

0,20 0,18 0,15 0,14 0,14 0,13 0,13 0,12 0,12 0,12 0,20<<strong>br</strong> />

0,21 0,18 0,16 0,15 0,14 0,13 0,13 0,13 0,12 0,12 0,21<<strong>br</strong> />

0,21 0,18 0,16 0,15 0,14 0,14 0,13 0,13 0,13 0,12 0,21<<strong>br</strong> />

0,22 0,19 0,17 0,15 0,15 0,14 0,14 0,13 0,13 0,13 0,22<<strong>br</strong> />

0,22 0,19 0,17 0,16 0,15 0,14 0,14 0,13 0,13 0,13 0,22<<strong>br</strong> />

0,22 0,20 0,17 0,16 0,15 0,15 0,14 0,14 0,13 0,13 0,22<<strong>br</strong> />

0,23 0,20 0,18 0,16 0,16 0,15 0,14 0,14 0,14 0,13 0,23<<strong>br</strong> />

0,23 0,20 0,18 0,17 0,16 0,15 0,15 0,14 0,14 0,14 0,23<<strong>br</strong> />

0,24 0,21 0,18 0,17 0,16 0,15 0,15 0,14 0,14 0,14 0,24<<strong>br</strong> />

0,24 0,21 0,19 0,17 0,16 0,16 0,15 0,15 0,14 0,14 0,24<<strong>br</strong> />

0,25 0,22 0,19 0,18 0,17 0,16 0,15 0,15 0,15 0,14 0,25<<strong>br</strong> />

0,25 0,22 0,19 0,18 0,17 0,16 0,16 0,15 0,15 0,14 0,25<<strong>br</strong> />

0,25 0,22 0,19 0,18 0,17 0,16 0,16 0,15 0,15 0,15 0,25<<strong>br</strong> />

0,26 0,23 0,20 0,18 0,17 0,17 0,16 0,16 0,15 0,15 0,26<<strong>br</strong> />

0,26 0,23 0,20 0,19 0,18 0,17 0,16 0,16 0,15 0,15 0,26<<strong>br</strong> />

0,26 0,23 0,20 0,19 0,18 0,17 0,17 0,16 0,16 0,15 0,26<<strong>br</strong> />

0,27 0,23 0,21 0,19 0,18 0,17 0,17 0,16 0,16 0,16 0,27<<strong>br</strong> />

0,27 0,24 0,21 0,19 0,18 0,18 0,17 0,16 0,16 0,16 0,27<<strong>br</strong> />

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Capítulo 5-<strong>Microdrenagem</strong><<strong>br</strong> />

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Velocidade da água na sarjeta Izard<<strong>br</strong> />

V= 0,958 x )(1/Z ¼ ) x ( S 1/2 /n) ¾ x Q ¼<<strong>br</strong> />

Tabela 5.21- Velocidade na sarjeta em função da vazão e da declividade da rua, considerando<<strong>br</strong> />

declividade transversal da rua de 2% (Z=50) e coeficiente de Manning n=0,013.<<strong>br</strong> />

Q (m 3 /s)<<strong>br</strong> />

0,05<<strong>br</strong> />

0,1<<strong>br</strong> />

0,2<<strong>br</strong> />

0,3<<strong>br</strong> />

0,4<<strong>br</strong> />

0,5<<strong>br</strong> />

0,6<<strong>br</strong> />

0,7<<strong>br</strong> />

0,8<<strong>br</strong> />

0,9<<strong>br</strong> />

1,0<<strong>br</strong> />

1,1<<strong>br</strong> />

1,2<<strong>br</strong> />

1,3<<strong>br</strong> />

1,4<<strong>br</strong> />

1,5<<strong>br</strong> />

1,6<<strong>br</strong> />

1,7<<strong>br</strong> />

1,8<<strong>br</strong> />

1,9<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

2,1<<strong>br</strong> />

2,2<<strong>br</strong> />

2,3<<strong>br</strong> />

2,4<<strong>br</strong> />

2,5<<strong>br</strong> />

2,6<<strong>br</strong> />

2,7<<strong>br</strong> />

2,8<<strong>br</strong> />

2,9<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

3,1<<strong>br</strong> />

Velocidade (m/s) da água na sarjeta <strong>com</strong> declividade transversal de 2%, n=0,013 em função da<<strong>br</strong> />

Declividade da rua e da vazão (m 3 /s)<<strong>br</strong> />

0,005 0,010 0,020 0,030 0,040 0,050 0,060 0,070 0,080 0,090 0,100<<strong>br</strong> />

0,61 0,79 1,02 1,19 1,32 1,44 1,54 1,63 1,72 1,79 1,87<<strong>br</strong> />

0,72 0,94 1,21 1,41 1,57 1,71 1,83 1,94 2,04 2,13 2,22<<strong>br</strong> />

0,86 1,11 1,44 1,68 1,87 2,03 2,18 2,31 2,43 2,54 2,64<<strong>br</strong> />

0,95 1,23 1,60 1,86 2,07 2,25 2,41 2,55 2,69 2,81 2,92<<strong>br</strong> />

1,02 1,32 1,72 2,00 2,23 2,42 2,59 2,75 2,89 3,02 3,14<<strong>br</strong> />

1,08 1,40 1,81 2,11 2,35 2,56 2,74 2,90 3,05 3,19 3,32<<strong>br</strong> />

1,13 1,46 1,90 2,21 2,46 2,68 2,87 3,04 3,19 3,34 3,47<<strong>br</strong> />

1,17 1,52 1,97 2,30 2,56 2,78 2,98 3,16 3,32 3,47 3,61<<strong>br</strong> />

1,21 1,57 2,04 2,38 2,65 2,88 3,08 3,26 3,43 3,59 3,73<<strong>br</strong> />

1,25 1,62 2,10 2,45 2,73 2,96 3,17 3,36 3,53 3,69 3,84<<strong>br</strong> />

1,28 1,66 2,16 2,51 2,80 3,04 3,26 3,45 3,63 3,79 3,95<<strong>br</strong> />

1,31 1,70 2,21 2,57 2,87 3,12 3,34 3,54 3,72 3,88 4,04<<strong>br</strong> />

1,34 1,74 2,26 2,63 2,93 3,18 3,41 3,61 3,80 3,97 4,13<<strong>br</strong> />

1,37 1,78 2,30 2,68 2,99 3,25 3,48 3,69 3,88 4,05 4,21<<strong>br</strong> />

1,40 1,81 2,35 2,73 3,04 3,31 3,54 3,75 3,95 4,13 4,29<<strong>br</strong> />

1,42 1,84 2,39 2,78 3,10 3,37 3,61 3,82 4,02 4,20 4,37<<strong>br</strong> />

1,44 1,87 2,43 2,83 3,15 3,42 3,66 3,88 4,08 4,27 4,44<<strong>br</strong> />

1,47 1,90 2,46 2,87 3,20 3,47 3,72 3,94 4,14 4,33 4,51<<strong>br</strong> />

1,49 1,93 2,50 2,91 3,24 3,52 3,77 4,00 4,20 4,39 4,57<<strong>br</strong> />

1,51 1,95 2,53 2,95 3,29 3,57 3,83 4,05 4,26 4,45 4,63<<strong>br</strong> />

1,53 1,98 2,57 2,99 3,33 3,62 3,87 4,11 4,32 4,51 4,69<<strong>br</strong> />

1,54 2,00 2,60 3,02 3,37 3,66 3,92 4,16 4,37 4,57 4,75<<strong>br</strong> />

1,56 2,03 2,63 3,06 3,41 3,71 3,97 4,20 4,42 4,62 4,81<<strong>br</strong> />

1,58 2,05 2,66 3,09 3,45 3,75 4,01 4,25 4,47 4,67 4,86<<strong>br</strong> />

1,60 2,07 2,69 3,13 3,48 3,79 4,06 4,30 4,52 4,72 4,91<<strong>br</strong> />

1,61 2,09 2,71 3,16 3,52 3,83 4,10 4,34 4,56 4,77 4,96<<strong>br</strong> />

1,63 2,11 2,74 3,19 3,55 3,86 4,14 4,38 4,61 4,82 5,01<<strong>br</strong> />

1,64 2,13 2,77 3,22 3,59 3,90 4,18 4,43 4,65 4,86 5,06<<strong>br</strong> />

1,66 2,15 2,79 3,25 3,62 3,94 4,21 4,47 4,69 4,91 5,10<<strong>br</strong> />

1,67 2,17 2,82 3,28 3,65 3,97 4,25 4,50 4,74 4,95 5,15<<strong>br</strong> />

1,69 2,19 2,84 3,31 3,68 4,00 4,29 4,54 4,78 4,99 5,19<<strong>br</strong> />

1,70 2,21 2,86 3,33 3,71 4,04 4,32 4,58 4,82 5,03 5,24<<strong>br</strong> />

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Capítulo 5-<strong>Microdrenagem</strong><<strong>br</strong> />

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Largura da água da sarjeta T<<strong>br</strong> />

T= [Q n / (0,376 Sx 5/3 S ½ )] (3/8)<<strong>br</strong> />

Tabela 5.22- Largura T da água na sarjeta em função da vazão e da declividade longitudinal<<strong>br</strong> />

da rua para n=0,013 e Sx=0,02m/m (Z=50)<<strong>br</strong> />

Q (m 3 /s) Largura da água na sarjeta T em função da vazão e declividade da rua longitudinal<<strong>br</strong> />

0,05<<strong>br</strong> />

0,1<<strong>br</strong> />

0,2<<strong>br</strong> />

0,3<<strong>br</strong> />

0,4<<strong>br</strong> />

0,5<<strong>br</strong> />

0,6<<strong>br</strong> />

0,7<<strong>br</strong> />

0,8<<strong>br</strong> />

0,9<<strong>br</strong> />

1,0<<strong>br</strong> />

1,1<<strong>br</strong> />

1,2<<strong>br</strong> />

1,3<<strong>br</strong> />

1,4<<strong>br</strong> />

1,5<<strong>br</strong> />

1,6<<strong>br</strong> />

1,7<<strong>br</strong> />

1,8<<strong>br</strong> />

1,9<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

2,1<<strong>br</strong> />

2,2<<strong>br</strong> />

2,3<<strong>br</strong> />

2,4<<strong>br</strong> />

2,5<<strong>br</strong> />

2,6<<strong>br</strong> />

2,7<<strong>br</strong> />

2,8<<strong>br</strong> />

2,9<<strong>br</strong> />

3<<strong>br</strong> />

3,1<<strong>br</strong> />

0,005 0,010 0,020 0,030 0,040 0,050 0,060 0,070 0,080 0,090 0,100<<strong>br</strong> />

2,87 2,52 2,21 2,05 1,94 1,86 1,80 1,75 1,70 1,67 1,63<<strong>br</strong> />

3,72 3,27 2,87 2,66 2,52 2,41 2,33 2,27 2,21 2,16 2,12<<strong>br</strong> />

4,82 4,23 3,72 3,45 3,27 3,13 3,03 2,94 2,87 2,80 2,75<<strong>br</strong> />

5,61 4,93 4,33 4,01 3,80 3,65 3,52 3,42 3,34 3,27 3,20<<strong>br</strong> />

6,25 5,49 4,82 4,47 4,23 4,06 3,92 3,81 3,72 3,64 3,57<<strong>br</strong> />

6,80 5,97 5,24 4,86 4,60 4,42 4,27 4,15 4,04 3,95 3,88<<strong>br</strong> />

7,28 6,39 5,61 5,20 4,93 4,73 4,57 4,44 4,33 4,23 4,15<<strong>br</strong> />

7,71 6,77 5,95 5,51 5,22 5,01 4,84 4,70 4,59 4,49 4,40<<strong>br</strong> />

8,11 7,12 6,25 5,80 5,49 5,27 5,09 4,94 4,82 4,72 4,62<<strong>br</strong> />

8,48 7,44 6,54 6,06 5,74 5,50 5,32 5,17 5,04 4,93 4,83<<strong>br</strong> />

8,82 7,74 6,80 6,30 5,97 5,73 5,53 5,38 5,24 5,13 5,03<<strong>br</strong> />

9,14 8,02 7,05 6,53 6,19 5,93 5,73 5,57 5,43 5,31 5,21<<strong>br</strong> />

9,44 8,29 7,28 6,75 6,39 6,13 5,92 5,76 5,61 5,49 5,38<<strong>br</strong> />

9,73 8,54 7,50 6,95 6,59 6,32 6,11 5,93 5,78 5,66 5,55<<strong>br</strong> />

10,00 8,78 7,71 7,15 6,77 6,50 6,28 6,10 5,95 5,82 5,70<<strong>br</strong> />

10,27 9,01 7,92 7,34 6,95 6,67 6,44 6,26 6,10 5,97 5,85<<strong>br</strong> />

10,52 9,23 8,11 7,52 7,12 6,83 6,60 6,41 6,25 6,12 6,00<<strong>br</strong> />

10,76 9,45 8,30 7,69 7,28 6,99 6,75 6,56 6,40 6,26 6,13<<strong>br</strong> />

10,99 9,65 8,48 7,86 7,44 7,14 6,90 6,70 6,54 6,39 6,27<<strong>br</strong> />

11,22 9,85 8,65 8,02 7,60 7,28 7,04 6,84 6,67 6,52 6,40<<strong>br</strong> />

11,43 10,04 8,82 8,17 7,74 7,43 7,18 6,97 6,80 6,65 6,52<<strong>br</strong> />

11,65 10,23 8,98 8,32 7,89 7,56 7,31 7,10 6,92 6,77 6,64<<strong>br</strong> />

11,85 10,41 9,14 8,47 8,02 7,70 7,44 7,23 7,05 6,89 6,76<<strong>br</strong> />

12,05 10,58 9,29 8,61 8,16 7,82 7,56 7,35 7,16 7,01 6,87<<strong>br</strong> />

12,24 10,75 9,44 8,75 8,29 7,95 7,68 7,46 7,28 7,12 6,98<<strong>br</strong> />

12,43 10,92 9,59 8,88 8,42 8,07 7,80 7,58 7,39 7,23 7,09<<strong>br</strong> />

12,62 11,08 9,73 9,02 8,54 8,19 7,92 7,69 7,50 7,34 7,19<<strong>br</strong> />

12,80 11,24 9,87 9,15 8,66 8,31 8,03 7,80 7,61 7,44 7,30<<strong>br</strong> />

12,97 11,39 10,00 9,27 8,78 8,42 8,14 7,91 7,71 7,54 7,40<<strong>br</strong> />

13,14 11,54 10,14 9,39 8,90 8,54 8,25 8,01 7,82 7,64 7,50<<strong>br</strong> />

13,31 11,69 10,27 9,51 9,01 8,64 8,35 8,12 7,92 7,74 7,59<<strong>br</strong> />

13,48 11,83 10,39 9,63 9,13 8,75 8,46 8,22 8,01 7,84 7,69<<strong>br</strong> />

Altura de água na sarjeta em função de T<<strong>br</strong> />

Conforme Figura (5.26) temos:<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

Sx= declividade transversal da rua (m/m)<<strong>br</strong> />

T= largura da água na sarjeta no topo (m)<<strong>br</strong> />

y= altura do nível de água na sarjeta (m)<<strong>br</strong> />

y= T x Sx<<strong>br</strong> />

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Figura 5.24<<strong>br</strong> />

Fonte: Mays, 2001<<strong>br</strong> />

Ainda conforme DNIT, 2006 podemos obter o espaçamento máximo entre as bocas de lobo<<strong>br</strong> />

para que não haja transbordamento da sarjeta, igualando a capacidade da vazão da sarjeta Q <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

descarga produzida pela fórmula racional Q=CIA/360.<<strong>br</strong> />

Sendo A= L x Dc<<strong>br</strong> />

L = largura da rua (m) e Dc <strong>com</strong>primento crítico da sarjeta em metro;<<strong>br</strong> />

C= coeficiente de runoff<<strong>br</strong> />

I= intensidade da chuva mm/h<<strong>br</strong> />

Q=CIA/360= C.I. L.Dc/360<<strong>br</strong> />

Com o valor de Q obtido e igualando as equações obtemos o valor de D:<<strong>br</strong> />

Q= 0,376 x (Z / n) x y 8/3 x S 0,5<<strong>br</strong> />

O tempo de percurso na sarjeta será :<<strong>br</strong> />

t= L/ 60 x V<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

T= tempo de percurso na sarjeta (min)<<strong>br</strong> />

V= velocidade da água pluvial na sarjeta (m/s)<<strong>br</strong> />

L= <strong>com</strong>primento entre as bocas de lobo (m)<<strong>br</strong> />

Exemplo 5.25<<strong>br</strong> />

Dados n=0,018 S=0,025m/m<<strong>br</strong> />

Z=12=tg (θ)<<strong>br</strong> />

Y=0,10m<<strong>br</strong> />

Q= 0,376 x (Z / n) x y 8/3 x S 0,5<<strong>br</strong> />

Q= 0,376 x (12 / 0,018) x 0,10 8/3 x 0,025 0,5<<strong>br</strong> />

Q=0,085 m 3 /s<<strong>br</strong> />

T= Z x y = 12 x 0,10= 1,2m<<strong>br</strong> />

Declividade transversal =0,10/ 1,20=0,0833m/m<<strong>br</strong> />

Exemplo 5.26- Baseado em Nicklow, 2001<<strong>br</strong> />

Calcular a largura da água na sarjeta T <strong>com</strong> vazão de 0,090m 3 /s <strong>com</strong> declividade transversal de<<strong>br</strong> />

0,022m/m, coeficiente de Manning n=0,015 e declividade longitudinal 0,014m/m<<strong>br</strong> />

T= [Q n / (0,376 Sx 5/3 S ½ )] (3/8)<<strong>br</strong> />

T= [0,090 x 0,015 / (0,376 x0,022 5/3 x 0,014 ½ )] (3/8) = 2,90m<<strong>br</strong> />

d= T x Sx<<strong>br</strong> />

d= 2,90 x 0,022= 0,064m<<strong>br</strong> />

Portanto, a largura da água é de 2,90m e altura de 0,064m.<<strong>br</strong> />

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5.24 Declividade lateral das ruas<<strong>br</strong> />

Os estudos de Stein et al, 1999 so<strong>br</strong>e a declividade lateral das ruas mostra que varia de 1,5% a<<strong>br</strong> />

4%.<<strong>br</strong> />

Costuma-se adotar declividade de 2% e já foi provado que produz pouco efeito para a<<strong>br</strong> />

estabilidade dos veículos. Em locais onde é alto o índice de pluviométrico pode-se adotar declividade<<strong>br</strong> />

lateral de 2,5% e em casos extremos até 4% que é considerado o limite máximo.<<strong>br</strong> />

Tabela 5.23- Declividade transversal Sx em porcentagem, m/m e <strong>com</strong> o valor de Z de Izzard<<strong>br</strong> />

Declividade transversal Declividade porcentagem Z<<strong>br</strong> />

(m/m)<<strong>br</strong> />

1% 1 100<<strong>br</strong> />

2% 2 50<<strong>br</strong> />

2,5% 2,5 40<<strong>br</strong> />

3% 3 33,3<<strong>br</strong> />

4% 4 25<<strong>br</strong> />

Exemplo 5.27<<strong>br</strong> />

Calcular a vazão de uma sarjeta de concreto de 0,30m adotada pelo CDHU conforme Figura (5.25)<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> guia 0,15m de altura. Admite-se que a altura máxima da água chegue a 0,13m e a declividade do<<strong>br</strong> />

corte transversal da rua é de 2% (dois por cento).<<strong>br</strong> />

w 0 =y 0 tg<<strong>br</strong> />

h 1 =0,15m<<strong>br</strong> />

w 0 =y 0 tg<<strong>br</strong> />

h 2 =0,13<<strong>br</strong> />

m<<strong>br</strong> />

2%<<strong>br</strong> />

Figura 5.25-Seção transversal de uma sarjeta (CDHU)<<strong>br</strong> />

Aplicando a fórmula de Manning teremos:<<strong>br</strong> />

n=0,017 <strong>com</strong>umente adota em vias públicas<<strong>br</strong> />

Q=( n -1 ) . A . R 2/3 . S 1/2<<strong>br</strong> />

Considerando uma rua <strong>com</strong> largura L. Na metade da rua considerando que a altura é h 1 teremos um<<strong>br</strong> />

trapézio <strong>com</strong> área:<<strong>br</strong> />

A= (0,13+h 1 )/2 x L/2 (m 2 )<<strong>br</strong> />

Mas 0,02=(0,13-h 1 )/(L/2) e então:<<strong>br</strong> />

h 1 = (0,13 – 0,02 x L/2)<<strong>br</strong> />

Tendo, portanto, o valor da largura da rua temos a profundidade no meio h 1 e a área A. Para a<<strong>br</strong> />

largura da rua de 13m estaremos <strong>com</strong> h 1 =0.<<strong>br</strong> />

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A largura da rua é o denominado leito carroçável, isto é, a distancia perpendicular entre as<<strong>br</strong> />

faces internas das guias opostas. Esclarecemos que neste caso não usamos as flechas estabelecidas<<strong>br</strong> />

pela IP3 da PMSP (Prefeitura Municipal de São Paulo).<<strong>br</strong> />

Largura<<strong>br</strong> />

da rua<<strong>br</strong> />

Tabela 5.24- Vazão e velocidade da água nas sarjetas em toda a largura da rua para<<strong>br</strong> />

altura do nível de água na sarjeta de 0,13m, declividade transversal de 2% e n=0,017<<strong>br</strong> />

Nível Declividade h 1 Área seção<<strong>br</strong> />

Hipotenusa Rh A B<<strong>br</strong> />

água transversal transversal<<strong>br</strong> />

(m) (m) (m/m) (m) (m 2 ) Rugosidade (m) (m) Veloc Vazão<<strong>br</strong> />

4,0 0,13 0,02 0,09 0,2200 0,017 2,00 0,099 12,60 2,77<<strong>br</strong> />

5,0 0,13 0,02 0,08 0,2625 0,017 2,50 0,097 12,41 3,26<<strong>br</strong> />

6,0 0,13 0,02 0,07 0,3000 0,017 3,00 0,094 12,14 3,64<<strong>br</strong> />

7,0 0,13 0,02 0,06 0,3325 0,017 3,50 0,090 11,82 3,93<<strong>br</strong> />

8,0 0,13 0,02 0,05 0,3600 0,017 4,00 0,086 11,47 4,13<<strong>br</strong> />

9,0 0,13 0,02 0,04 0,3825 0,017 4,50 0,082 11,09 4,24<<strong>br</strong> />

10,0 0,13 0,02 0,03 0,4000 0,017 5,00 0,078 10,69 4,28<<strong>br</strong> />

11,0 0,13 0,02 0,02 0,4125 0,017 5,50 0,073 10,27 4,24<<strong>br</strong> />

12,0 0,13 0,02 0,01 0,4200 0,017 6,00 0,068 9,84 4,13<<strong>br</strong> />

13,0 0,13 0,02 0,00 0,4225 0,017 6,50 0,064 9,38 3,96<<strong>br</strong> />

V= A x S 0,5<<strong>br</strong> />

Q= B x S 0,5<<strong>br</strong> />

Tendo-se a largura da rua obtemos na Tabela ( 5.22) os valores A e B. Com estes valores<<strong>br</strong> />

multiplicando pela declividade da rua obtemos respectivamente a velocidade média (m/s) e a vazão<<strong>br</strong> />

(m 3 /s).<<strong>br</strong> />

Exemplo 5.28<<strong>br</strong> />

Dada uma rua <strong>com</strong> 12m e declividade de 3%. Calcular a velocidade e a vazão.<<strong>br</strong> />

Conforme Tabela (5.27) entrando <strong>com</strong> a largura da rua 12m achamos os valores de A=9,84 e B=4,13.<<strong>br</strong> />

V= A x S 0,5 = 9,84 x 0,03 0,5 = 1,70m/s<<strong>br</strong> />

Q= B x S 0,5 = 4,13 x 0,03 0,5 = 0,72m 3 /s<<strong>br</strong> />

O tempo de trânsito (t) na sarjeta para ruas de 6m de largura obtem-se na Tabela (5.22) a<<strong>br</strong> />

velocidade V= 9,84 x S 0,5 pode ser estimado por:<<strong>br</strong> />

t= L/ 60(12,14 x S 0,5 )<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

t= tempo de trânsito (min) pela sarjeta no <strong>com</strong>primento L.<<strong>br</strong> />

L= <strong>com</strong>primento da sarjeta (m)<<strong>br</strong> />

S= declividade da rua (m/m)<<strong>br</strong> />

Dica: para estimar o tempo de trânsito em uma sarjeta tendo a largura da rua obtemos o<<strong>br</strong> />

coeficiente de velocidade e por exemplo, para rua de 6m t= L/ 60(12,14 x S 0,5 ).<<strong>br</strong> />

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5.25 CIRIA, 2007<<strong>br</strong> />

Cálculo da sarjeta conforme CIRIA, 2007<<strong>br</strong> />

O objetivo é achar a altura H da Figura (5.28) referente ao nível de água na sarjeta.<<strong>br</strong> />

Figura 5.26- Corte da área de uma seção de sarjeta <strong>com</strong> altura H, largura W, área da seção AF e declividade transversal Sc.<<strong>br</strong> />

Fonte: Ciria, 2007<<strong>br</strong> />

Pode ser demonstrado que:<<strong>br</strong> />

A F = H 2 / (2x Sc)<<strong>br</strong> />

R= H/ [2(Sc+1)]<<strong>br</strong> />

Q= (H 8/3 S ½ L )/ ( 2 (5/3) x n x Sc x(Sc +1) (2/3)<<strong>br</strong> />

H= K 1 x Q 0,375<<strong>br</strong> />

K 1 = 1,54 (n x Sc) 0,375 x(Sc+1) 0,25 -0,188<<strong>br</strong> />

x S L<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

A F = área da secção transversal da rua (m 2 )<<strong>br</strong> />

H=altura do nível da água na sarjeta (m)<<strong>br</strong> />

Sc= declividade transversal da rua (m/m)<<strong>br</strong> />

R= raio hidráulico (m)= Área molhada/perímetro molhado<<strong>br</strong> />

Q= vazão da secção considerada (m 3 /s)<<strong>br</strong> />

n= coeficiente de rugosidade de Manning=0,015<<strong>br</strong> />

S L = declividade longitudinal da rua (m/m)<<strong>br</strong> />

K 1 = coeficiente que pode ser visto na Tabela (5.28)<<strong>br</strong> />

Exemplo 5.29<<strong>br</strong> />

Dada a declividade transversal da rua Sc=0,02m/m (2%), n=0,015, vazão de 0,10m 3 /s, declividade<<strong>br</strong> />

longitudinal 0,015m/m usando a Tabela (5.28) achamos K 1 =0,163.<<strong>br</strong> />

H= K 1 x Q 0,375 = 0,163 x 0,1 0,375 = 0,07m<<strong>br</strong> />

Podemos achar AF<<strong>br</strong> />

A F = A F = H 2 / (2x Sc) =0,07 2 / (2 x 0,02)= 0,123m 2<<strong>br</strong> />

Q= A F x V e portanto V=Q/A F = 0,10/0,123= 0,81m/s<<strong>br</strong> />

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Tabela 5.25- Coeficientes K 1 dependendo da rugosidade de Manning n, da declividade<<strong>br</strong> />

transversal Sc e da declividade longitudinal sL conforme Ciria, 2007.<<strong>br</strong> />

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Sarjeta de seção circular (calha circular a meia seção)<<strong>br</strong> />

A sarjeta pode ser uma calha circular e conforme FHWA, 1996 temos a seguinte equação:<<strong>br</strong> />

y/D= 1,179 . [ Q.n / (D 2,67 . S 0,5 L )] 0,488<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

y= altura da lamina da água (m)<<strong>br</strong> />

D= diâmetro do tubo (m)<<strong>br</strong> />

Q= vazão (m 3 /s)<<strong>br</strong> />

S L = declividade longitudinal (m/m)<<strong>br</strong> />

n=coeficiente de rugosidade de Manning<<strong>br</strong> />

O valor Tw da largura da superfície da água é dado pela equação:<<strong>br</strong> />

Tw= 2 [ r 2 – (r-y) 2 ] 0,5<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

Tw= largura da superfície da água no tubo (m)<<strong>br</strong> />

r= raio do tubo (m)<<strong>br</strong> />

y= altura da lâmina de água do tubo (m)<<strong>br</strong> />

Exemplo 5.30 FHWA, 1996<<strong>br</strong> />

Calcular a relação y/D dado a vazão Q=0,05m 3 /s S L =0,01m/m n=0,016 e D=1,5m.<<strong>br</strong> />

y/D= 1,179 . [ Q.n / (D 2,67 . S L 0,5 )] 0,488<<strong>br</strong> />

y/D= 1,179 . [ 0,05 x 0,016 / (1,5 2,67 x 0,01 0,5 )] 0,488<<strong>br</strong> />

y/D=0,20<<strong>br</strong> />

y=0,20 x 1,50= 0,30m<<strong>br</strong> />

A largura da lâmina de água na superfície Tw:<<strong>br</strong> />

r= 1,5/2=0,75<<strong>br</strong> />

Tw= 2 [ r 2 – (r-y) 2 ] 0,5<<strong>br</strong> />

Tw= 2 [ 0,75 2 – (0,75-0,30) 2 ] 0,5 =1,20m<<strong>br</strong> />

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5.26 Tipos de Bocas de Lobo<<strong>br</strong> />

As bocas de lobo podem ser classificadas quanto a estrutura de entrada em três grupos<<strong>br</strong> />

principais conforme Figura (5.29)<<strong>br</strong> />

bocas lobo simples<<strong>br</strong> />

boca de lobo <strong>com</strong> grelhas<<strong>br</strong> />

boca de lobo <strong>com</strong>binada<<strong>br</strong> />

Depressão: é o rebaixamento feito na sarjeta junto a entrada da boca coletora, <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

finalidade de aumentar a capacidade desta.<<strong>br</strong> />

Figura 5.27- Sarjeta<<strong>br</strong> />

Fonte: PMSP/FCTH, 1999<<strong>br</strong> />

A instalação de duas ou mais bocas de lobo chama-se de bocas de lobo múltiplas.<<strong>br</strong> />

Conforme http://www.saneamento10.hpg.ig.<strong>com</strong>.<strong>br</strong>/Dren05.html temos:<<strong>br</strong> />

Quanto a localização das sarjetas as mesmas podem ser:<<strong>br</strong> />

-Intermediárias<<strong>br</strong> />

- de cruzamentos<<strong>br</strong> />

-de pontos baixos<<strong>br</strong> />

Quanto ao funcionamento as sarjetas podem ser:<<strong>br</strong> />

-livre<<strong>br</strong> />

-afogada<<strong>br</strong> />

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<<strong>br</strong> />

Figura 5.28- Bocas de lobos clássicas<<strong>br</strong> />

Fonte: PMSP/FCTH, 1999<<strong>br</strong> />

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Figura 5.29- Boca de lobo<<strong>br</strong> />

Fonte: Associação dos fa<strong>br</strong>icantes de tubos de concreto<<strong>br</strong> />

As bocas de lobo <strong>com</strong> grades não podem ser aplicadas onde a declividade das ruas seja menor<<strong>br</strong> />

que 0,5% sendo o mínimo absoluto de 0,3% conforme Stein, et al, 1999. As bocas de lobo <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

grades possuem a desvantagem do entupimento e nos problemas que pode causar para quem anda de<<strong>br</strong> />

bicicletas na rua.<<strong>br</strong> />

A boca de loco simples é mais efetiva <strong>com</strong> declividades menores que 3% conforme Stein, et<<strong>br</strong> />

al, 1999.<<strong>br</strong> />

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Figura 5.30- Grelha<<strong>br</strong> />

Fonte: Associação dos fa<strong>br</strong>icantes de tubos de concreto<<strong>br</strong> />

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Figura 5.31- Grelha<<strong>br</strong> />

Fonte: Associação dos fa<strong>br</strong>icantes de tubos de concreto<<strong>br</strong> />

Figura 5.32- Ligação de águas pluviais<<strong>br</strong> />

Fonte: Associação dos fa<strong>br</strong>icantes de tubos de concreto<<strong>br</strong> />

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Figura 5.33- Saída de galeria de águas pluviais<<strong>br</strong> />

Fonte: Associação dos fa<strong>br</strong>icantes de tubos de concreto<<strong>br</strong> />

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Exemplo 5.31<<strong>br</strong> />

Utilização do método racional para cálculo das galerias de águas pluviais AB, BC, CD conforme<<strong>br</strong> />

Figura (5.34). O exemplo está baseado nos ensinamentos de Ven Te Chow,1988 adaptado para o<<strong>br</strong> />

Brasil. Para os interessados Akan, 1993 apresenta um modelo semelhante ao Ven Te Chow.<<strong>br</strong> />

Calcular as tubulações de concreto para captação de águas de chuvas do trecho do coletor EB que<<strong>br</strong> />

drena a sub-bacia III <strong>com</strong> um período de retorno de 25 anos. A sub-bacia tem uma área de 1,6 ha, o<<strong>br</strong> />

coeficiente de escoamento C=0,60 e o tempo de escoamento superficial inicial é ts=10 minutos.<<strong>br</strong> />

I<<strong>br</strong> />

II<<strong>br</strong> />

A<<strong>br</strong> />

III<<strong>br</strong> />

IV<<strong>br</strong> />

V<<strong>br</strong> />

B<<strong>br</strong> />

E<<strong>br</strong> />

VI<<strong>br</strong> />

VII<<strong>br</strong> />

C<<strong>br</strong> />

D<<strong>br</strong> />

Figura 5.34- Esquema de galerias de águas pluviais<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

5-59


Curso de Manejo de águas pluviais<<strong>br</strong> />

Capítulo 5-<strong>Microdrenagem</strong><<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 3 de agosto de 2012 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Consideremos a fórmula da intensidade de chuva devido a Paulo Sampaio Wilken, <strong>com</strong> Tr=<<strong>br</strong> />

25anos e t=tc=10min. Vamos supor também que n=0,015 e que a declividade da tubulação EB é<<strong>br</strong> />

0,0064 m/m.<<strong>br</strong> />

0,181<<strong>br</strong> />

1747,9 . T r<<strong>br</strong> />

I =------------------------<<strong>br</strong> />

( t + 15) 0,89<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

I= intensidade média da chuva em mm/h;<<strong>br</strong> />

T r = período de retorno em anos;<<strong>br</strong> />

t=duração da chuva em minutos.<<strong>br</strong> />

Substituindo o valor de Tr=25 anos e t=tc= 10min teremos:<<strong>br</strong> />

1747,9 x 25 0,181<<strong>br</strong> />

I =--------------------------------<<strong>br</strong> />

( t + 15) 0,89<<strong>br</strong> />

3130<<strong>br</strong> />

I =------------------------= 178,4 mm/h<<strong>br</strong> />

( 10 + 15) 0,89<<strong>br</strong> />

Usando a fórmula racional:<<strong>br</strong> />

Q=CIA/360=0,60 x 178,4 x 1,6/ 360 =0,48m 3 /s<<strong>br</strong> />

Usando a fórmula de Manning <strong>com</strong> o diâmetro isolado para y/D=0,80 e usando relações geométricas<<strong>br</strong> />

de Metcalf&Eddy, 1987 temos:<<strong>br</strong> />

D = (Q . n )/ ( K´ . S 1/2 ) 3/8<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

Q=0,4032 m 3 /s;<<strong>br</strong> />

n=0,015;<<strong>br</strong> />

S=0,0064.<<strong>br</strong> />

K´= 0,305<<strong>br</strong> />

D = (0,48 x 0,015 )/ ( 0,305 x 0,0064 1/2 ) 3/8<<strong>br</strong> />

D=0,63 m<<strong>br</strong> />

Adotamos então o diâmetro <strong>com</strong>ercial D=0,80m.<<strong>br</strong> />

Calculo do ângulo interno teta que está em 5.45 ??<<strong>br</strong> />

= seno + 2 2,6 (n Q/S 1/2 ) 0,6 D -1,6 0,4<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

= ângulo central em radianos (rad)<<strong>br</strong> />

y= altura da lâmina de água (m)<<strong>br</strong> />

D= diâmetro da tubulação (m)<<strong>br</strong> />

n= rugosidade de Manning (adimensional)<<strong>br</strong> />

Q= vazão (m 3 /s)<<strong>br</strong> />

S= declividade (m/m)<<strong>br</strong> />

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Capítulo 5-<strong>Microdrenagem</strong><<strong>br</strong> />

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Fazendo a variável auxiliar A= (n Q/S 1/2 ) 0,6 .D -1,6<<strong>br</strong> />

A= (0,015x0,48/0,0064 1/2 ) 0,6 x 0,80 -1,6 = 0,34<<strong>br</strong> />

= seno + 2 2,6 x 0,34 0,4<<strong>br</strong> />

Para calcular o ângulo teta vamos usar o método de aproximações sucessivas que é melhor<<strong>br</strong> />

que o de Newton-Raphson devido a iniciação.<<strong>br</strong> />

Como o valor do ângulo interno teta varia de 1,5 rad a 4,43rad que corresponde a y/D entre<<strong>br</strong> />

0,15 a 0,80.<<strong>br</strong> />

Então a iniciação será teta=1,50rad<<strong>br</strong> />

B= seno + 2 2,6 x 0,34 0,4<<strong>br</strong> />

B= seno 1,5 + 2 2,6 x 0,34 x 1,50 0,4<<strong>br</strong> />

B=3,39 rad<<strong>br</strong> />

Fazemos novamente os cálculos usando teta=3,39rad<<strong>br</strong> />

B= seno 3,39 + 2 2,6 x 0,34 x 3,39 0,4<<strong>br</strong> />

B= 3,07<<strong>br</strong> />

Fazemos novamente os cálculos usando teta=3,07rad<<strong>br</strong> />

B= seno 3,07 + 2 2,6 x 0,34 x 3,07 0,4<<strong>br</strong> />

B= 3,26<<strong>br</strong> />

Adotamos =B=3,26rad <strong>com</strong>o definitivo<<strong>br</strong> />

Calculo da área molhada<<strong>br</strong> />

A= D 2 (- seno )/8<<strong>br</strong> />

A= 0,8 2 (3,26- seno 3,26)/8= 0,270m 2<<strong>br</strong> />

Equação da continuidade Q= A. V<<strong>br</strong> />

V=Q/A=0,48/0,27= 1,76m/s < 5,00m/s OK<<strong>br</strong> />

Tempo de trânsito no trecho EB<<strong>br</strong> />

T= L/(Vx60)= 135/ (1,76 x 60)= 1,28min<<strong>br</strong> />

Comprimento da superfície b<<strong>br</strong> />

b= D x seno (/2)<<strong>br</strong> />

b= 0,80 x seno (3,26/2) =0,799m<<strong>br</strong> />

Número de Froude<<strong>br</strong> />

Diâmetro hidráulico Dh= A/ b= 0,27/0,799=0,34<<strong>br</strong> />

F= V/ (g x Dh) 0,5<<strong>br</strong> />

F= 1,76/ (9,81x 0,34) 0,5<<strong>br</strong> />

F= 0,97 < 1 escoamento subcrítico<<strong>br</strong> />

Nota: em uma tubulação o número de Froude não é muito importante, pois o tubo é fechado<<strong>br</strong> />

e isto age <strong>com</strong>o um limitador de fronteira. No caso de canais o número de Froude é importante, pois<<strong>br</strong> />

poderá haver extravasamento da água no canal.<<strong>br</strong> />

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Cálculo das galerias de águas pluviais AB, BC, CD.<<strong>br</strong> />

Façamos de conta que são conhecidos a área em ha, os coeficientes de escoamento superficial<<strong>br</strong> />

C e o tempo de escoamento superficial de cada sub-bacia,conforme quadro abaixo:<<strong>br</strong> />

Tabela 5.26– Coeficientes e tempo de escoamento superficial<<strong>br</strong> />

Sub-bacia Área em ha<<strong>br</strong> />

A<<strong>br</strong> />

Coef. escoam.<<strong>br</strong> />

C<<strong>br</strong> />

Tempo superficial<<strong>br</strong> />

ts minutos<<strong>br</strong> />

I 0,80 0,7 5<<strong>br</strong> />

II 1,20 0,7 7<<strong>br</strong> />

III 1,6 0,6 10<<strong>br</strong> />

IV 1,6 0,6 10<<strong>br</strong> />

V 2,0 0,5 15<<strong>br</strong> />

VI 1,8 0,5 15<<strong>br</strong> />

VII 1,8 0,5 15<<strong>br</strong> />

São conhecidas também as declividades em metro/metro, o <strong>com</strong>primento de cada galeria.<<strong>br</strong> />

Tabela 5.27-Comprimento e declividades das tubulações<<strong>br</strong> />

Galeria de águas pluviais Comprimento<<strong>br</strong> />

(m)<<strong>br</strong> />

Declividade<<strong>br</strong> />

(m/m)<<strong>br</strong> />

EB 135 0,0064<<strong>br</strong> />

AB 165 0,0081<<strong>br</strong> />

BC 120 0,0064<<strong>br</strong> />

CD 135 0,0064<<strong>br</strong> />

O valor da rugosidade de Manning n=0,015.<<strong>br</strong> />

Solução:<<strong>br</strong> />

Tramo EB:<<strong>br</strong> />

Já foi calculado anteriormente, sendo os resultados a primeira linha da tabela final de<<strong>br</strong> />

apresentação dos cálculos.<<strong>br</strong> />

Tramo AB:<<strong>br</strong> />

Este tramo drena duas sub-bacias a I e a II. Temos a área, o coeficiente de escoamento<<strong>br</strong> />

superficial C das duas sub-bacias e tempo de escoamento superficial ts.<<strong>br</strong> />

Da equação Q=CIA, <strong>com</strong>o I= constante temos que Q=I . (CA)<<strong>br</strong> />

Assim para o tramo AB temos:<<strong>br</strong> />

CA=C I . A I + C II . A II = 0,7 . 0,8 + 0,7 . 1,2=1,40<<strong>br</strong> />

Temos dois tempos de escoamento superficiais t I = 10minutos e t II =10 minutos.<<strong>br</strong> />

Fazemos então que tempo de escoamento superficial é no caso o tempo de concentração para<<strong>br</strong> />

início do tramo AB.<<strong>br</strong> />

Portanto, tc=10 minutos para o escoamento das bacias I e II.<<strong>br</strong> />

A área total drenada é de 0,80 ha + 1,20 ha = 2,00 ha.<<strong>br</strong> />

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Consideremos a fórmula da intensidade de chuva devido a Paulo Sampaio Wilken, <strong>com</strong> Tr=<<strong>br</strong> />

25 anos e t=tc=10 minutos. Vamos supor também que n=0,015 e que a declividade da tubulação EB é<<strong>br</strong> />

0,0064 m/m.<<strong>br</strong> />

1747,9 x 25 0,181<<strong>br</strong> />

I =--------------------------------= 178,4mm/h<<strong>br</strong> />

( 10 + 15) 0,89<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

I= intensidade média da chuva em mm/h;<<strong>br</strong> />

T r = período de retorno em anos;<<strong>br</strong> />

t=duração da chuva em minutos.<<strong>br</strong> />

Observar que a intensidade de chuva no trecho AB foi maior que a do trecho EB, pois foi<<strong>br</strong> />

menor o tempo de concentração, e o mesmo entra na fórmula do Paulo Sampaio Wilken <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

denominador, aumentando o valor de I conseqüentemente.<<strong>br</strong> />

Usando a fórmula racional:<<strong>br</strong> />

Q=CIA/360= 178,4 x CA/360= 178,4 x 1,4 /360= 0,69m 3 /s<<strong>br</strong> />

Usando a fórmula de Manning <strong>com</strong> o diâmetro isolado para y/D=0,80 e usando relações<<strong>br</strong> />

geométricas de Metcalf&Eddy, 1987 temos:<<strong>br</strong> />

D = (Q . n )/ ( K´ . S 1/2 ) 3/8<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

Q=0,69 m 3 /s;<<strong>br</strong> />

n=0,015;<<strong>br</strong> />

S=0,0081.<<strong>br</strong> />

K´= 0,305<<strong>br</strong> />

D = (0,69 x 0,015 )/ ( 0,305 x 0,0081 1/2 ) 3/8<<strong>br</strong> />

D=0,70 m<<strong>br</strong> />

Adotamos então o diâmetro <strong>com</strong>ercial D=0,80m.<<strong>br</strong> />

Procede-se da mesma maneira anterior sendo agora para o trecho AB.<<strong>br</strong> />

Como o <strong>com</strong>primento da galeria AB é de 165 metros, o tempo de percurso dentro da galeria<<strong>br</strong> />

será : L/60V = 165 / 60x2,15 = 1,28 min.<<strong>br</strong> />

Tabela 5.28- Cálculos<<strong>br</strong> />

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10<<strong>br</strong> />

Tramo<<strong>br</strong> />

.<<strong>br</strong> />

Comprim<<strong>br</strong> />

ento<<strong>br</strong> />

Declividade<<strong>br</strong> />

Area<<strong>br</strong> />

Drenada<<strong>br</strong> />

∑CA<<strong>br</strong> />

tc Tr Intens. Vazão n<<strong>br</strong> />

Periodo<<strong>br</strong> />

de<<strong>br</strong> />

retorno<<strong>br</strong> />

(m) (m/m) (ha) (min) (anos) (mm/h) (m 3 /s)<<strong>br</strong> />

EB 135 0,0064 1,6 0,96 10 25 178,4 0,48 0,015<<strong>br</strong> />

AB 165 0,0081 2,0 1,4 10 25 178,4 0,69 0,015<<strong>br</strong> />

BC 120 0,0064 7,2 4,32 11,28 25 170,6 2,05 0,015<<strong>br</strong> />

CD 135 0,0064 10,8 6,12 12,05 25 166,3 2,83 0,015<<strong>br</strong> />

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Tabela 5.29-continuação- Cálculos<<strong>br</strong> />

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20<<strong>br</strong> />

Diâmetro. Diâmetro Coef A Area<<strong>br</strong> />

Calculado <strong>com</strong>ercial nQ/S^,5)^0,6 θ inicial θ θ inicial θ θ inicial θ molhada<<strong>br</strong> />

y/D=0,80<<strong>br</strong> />

x /d^-1,6<<strong>br</strong> />

calculado<<strong>br</strong> />

calculado<<strong>br</strong> />

calculado<<strong>br</strong> />

(m) (m) (rad) (rad) (rad) (rad) (rad) (rad) (m2)<<strong>br</strong> />

0,63 0,8 0,34 1,50 3,39 3,39 3,07 3,07 3,26 0,270<<strong>br</strong> />

0,70 0,8 0,39 1,50 3,79 3,79 3,44 3,44 3,60 0,323<<strong>br</strong> />

1,09 1,2 0,42 1,50 4,00 4,00 3,68 3,68 3,78 0,788<<strong>br</strong> />

1,23 1,5 0,36 1,50 3,54 3,54 3,20 3,20 3,39 1,022<<strong>br</strong> />

Tabela 5.30-continuação- Cálculos<<strong>br</strong> />

21 22 23 24 25 26 27 28 29 30<<strong>br</strong> />

Velocidade<<strong>br</strong> />

verificação<<strong>br</strong> />

da<<strong>br</strong> />

velocidade<<strong>br</strong> />

Tempo <strong>com</strong>primento Dh<<strong>br</strong> />

(L/V)<<strong>br</strong> />

superfice b<<strong>br</strong> />

diâmetro<<strong>br</strong> />

(m/s) min. hidraulico<<strong>br</strong> />

Froude<<strong>br</strong> />

cos (θ/2)= B<<strong>br</strong> />

y=(D/2) .(1-B)<<strong>br</strong> />

y/D<<strong>br</strong> />

Verificação<<strong>br</strong> />

yD/=0,8<<strong>br</strong> />

1,76 OK 1,28 0,799 0,34 0,97 -0,0571 0,42 0,53 OK<<strong>br</strong> />

2,15 OK 1,28 0,779 0,41 1,07 -0,2258 0,49 0,61 OK<<strong>br</strong> />

2,60 OK 0,77 1,139 0,69 1,00 -0,3137 0,79 0,66 OK<<strong>br</strong> />

2,77 OK 0,81 1,488 0,69 1,07 -0,1237 0,84 0,56 OK<<strong>br</strong> />

Tramo BC<<strong>br</strong> />

Esta tubulação drena as sub-bacias de I a V, <strong>com</strong> as sub-bacias I e II através da tubulação AB<<strong>br</strong> />

e a sub-bacia III através do tramo EB. Há, portanto três possibilidades de a água chegar ao ponto B, o<<strong>br</strong> />

tempo de concentração será o maior destes tempos de concentração.<<strong>br</strong> />

Primeira opção: a vazão vinda do tubo AB tem tempo de concentração de 10min acrescido de<<strong>br</strong> />

1,28min por dentro da galeria AB, ou seja, o tempo total será de 10+1,28 = 11,28 minutos.<<strong>br</strong> />

Segunda opção: a vazão que vem do tubo EB tem tempo de 10 minutos mais o tempo pela<<strong>br</strong> />

galeria de 1,28 minutos, ou seja, 11,28 minutos.<<strong>br</strong> />

Terceira opção: o tempo das sub-bacias IV e V é de 10.<<strong>br</strong> />

Portanto, o tempo de concentração é o maior destes, ou seja, 11,28minutos, que deve ser<<strong>br</strong> />

colocado na planilha de cálculos.<<strong>br</strong> />

Calculemos agora CA, considerando que CA=1,4 para as sub-bacias I e II. Portanto, para<<strong>br</strong> />

as demais sub-bacias III, IV e V temos:<<strong>br</strong> />

CA=1,4 + 0,6 . 1,6 + 0,6 . 1,6 + 0,5 . 2,0 =4,32 que colocamos na planilha<<strong>br</strong> />

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Engenheiro Plínio Tomaz 3 de agosto de 2012 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Consideremos a fórmula da intensidade de chuva devido a Paulo Sampaio Wilken, <strong>com</strong> Tr=<<strong>br</strong> />

25 anos e t=tc=11,28 minutos. Vamos supor também que n=0,015 e que a declividade da tubulação<<strong>br</strong> />

BC 0,0064 m/m.<<strong>br</strong> />

1747,9 x 25 0,181<<strong>br</strong> />

I =--------------------------------<<strong>br</strong> />

( t + 15) 0,89<<strong>br</strong> />

3130<<strong>br</strong> />

I =------------------------= 170,6 mm/h<<strong>br</strong> />

( 11,28 + 15) 0,89<<strong>br</strong> />

Como o <strong>com</strong>primento da galeria AB é de 120 metros, o tempo de percurso dentro da galeria<<strong>br</strong> />

será : L/60V = 120 / 60x2,60 =0,77minutos.<<strong>br</strong> />

Tramo CD:<<strong>br</strong> />

O tramo CD captará toda as sub-bacias. Vamos examinar o maior tempo que teremos até o<<strong>br</strong> />

ponto C.<<strong>br</strong> />

Tempo de entrada = 10min<<strong>br</strong> />

t AB =1,28min<<strong>br</strong> />

t BC =0,778min<<strong>br</strong> />

tc 1 = 10+1,28+0,77=12,05min<<strong>br</strong> />

Tempo de entrada =10min<<strong>br</strong> />

t EB = 1,28min<<strong>br</strong> />

t BC =0,77min<<strong>br</strong> />

tc 2 = 10+1,28+0,77=12,05min<<strong>br</strong> />

Entres os valores tc 1 =12,05min e tc 2 =12,05min tomamos o maior valor, mas <strong>com</strong>o são iguais<<strong>br</strong> />

tc=12,05min<<strong>br</strong> />

Calculemos agora CA, considerando que CA=4,32 para as sub-bacias I a V. Portanto, para<<strong>br</strong> />

as demais sub-bacias VI e VII temos:<<strong>br</strong> />

CA=4,32 + 0,5 . 1,8 + 0,5 . 1,8 =6,12 que colocamos na planilha<<strong>br</strong> />

Consideremos a fórmula da intensidade de chuva devido a Paulo Sampaio Wilken, <strong>com</strong> Tr=<<strong>br</strong> />

25 anos e t=tc=12,05 minutos. Vamos supor também que n=0,015 e que a declividade da tubulação<<strong>br</strong> />

CD é 0,0064 m/m.<<strong>br</strong> />

1747,9 x 25 0,181<<strong>br</strong> />

I =--------------------------------<<strong>br</strong> />

( t + 15) 0,89<<strong>br</strong> />

3130<<strong>br</strong> />

I =------------------------=<<strong>br</strong> />

( 12,05 + 15) 0,89<<strong>br</strong> />

166,3 mm/h<<strong>br</strong> />

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Usando a fórmula racional:<<strong>br</strong> />

Q=CIA/360= 166,3. CA/360= 166,3 x 6,12/360 = 2,83 m 3 /s<<strong>br</strong> />

Como o <strong>com</strong>primento da galeria CD é de 135m, o tempo de percurso dentro da galeria será:<<strong>br</strong> />

L/V = 135 / 60x2,77 =0,81min.<<strong>br</strong> />

5.27 Limitações técnicas em projeto de microdrenagem<<strong>br</strong> />

Para microdrenagem Mays, 2001 p.563 aconselha o seguinte:<<strong>br</strong> />

Tabela 5.29- Limitações técnicas em projeto de micro-drenagem<<strong>br</strong> />

Considerações técnicas<<strong>br</strong> />

Limitações técnicas a serem consideradas<<strong>br</strong> />

Velocidade mínima<<strong>br</strong> />

0,6 m/s a 0,9 m/s<<strong>br</strong> />

Velocidade máxima de tubos rígidos<<strong>br</strong> />

4,6m/s a 6,4m/s<<strong>br</strong> />

Velocidade máxima de tubos flexíveis<<strong>br</strong> />

3,0m/s a 4,6m/s<<strong>br</strong> />

Máximo espaçamento entre poços de visita,<<strong>br</strong> />

122m a 183m<<strong>br</strong> />

dependendo do diâmetro da tubulação<<strong>br</strong> />

Mínimo diâmetro da rede 0,3m a 0,6m<<strong>br</strong> />

Mínima cobertura de terra 0,3m a 0,6m<<strong>br</strong> />

Alinhamento vertical nos poços de visita para tubos de<<strong>br</strong> />

tamanhos diferentes<<strong>br</strong> />

Atingir o topo do tubo ou 80% a 85% da profundidade<<strong>br</strong> />

da linha<<strong>br</strong> />

Alinhamento vertical nos poços de visita para tubos de<<strong>br</strong> />

mesmo diâmetro<<strong>br</strong> />

Adotar o mínimo de 0,03m a 0,06m na geratriz<<strong>br</strong> />

inferior do tubo.<<strong>br</strong> />

Checar as perdas de água nos poços de visita e<<strong>br</strong> />

Análise hidráulica final<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>ecarga de água nos poços de visita, isto é, quando<<strong>br</strong> />

há transbordamento.<<strong>br</strong> />

Locação das bocas de lobo<<strong>br</strong> />

Na rua onde a capacidade da sarjeta é ultrapassada<<strong>br</strong> />

Fonte: Mays, 2000 p.263<<strong>br</strong> />

5.28 Tempo de entrada<<strong>br</strong> />

É <strong>com</strong>um para o tempo de entrada adotar-se 10min em áreas rurais e urbanas. A Prefeitura<<strong>br</strong> />

Municipal de Belo Horizonte adota: te=10min.<<strong>br</strong> />

Akan, 1993 re<strong>com</strong>enda para áreas de grande densidade populacional adotar tempo de entrada<<strong>br</strong> />

de 5min, sendo que noutras regiões de 10min a 15min. Para áreas planas <strong>com</strong> ruas largas espaçadas<<strong>br</strong> />

uma das outras, re<strong>com</strong>enda adotar tempo de entrada de 20min até 30min conforme ASCE, 1970.<<strong>br</strong> />

5.29 Vazão específica em uma sarjeta<<strong>br</strong> />

A Prefeitura Municipal de Belo Horizonte adota o “te” mínimo de 10minutos e <strong>com</strong> a equação<<strong>br</strong> />

da intensidade de chuva e admitindo-se uma certa profundidade dos terrenos teremos uma vazão<<strong>br</strong> />

específica em uma sarjeta em L/s x m. Assim para largura de rua de 10m teremos 0,95 L/s x m.<<strong>br</strong> />

5.30 Perdas de cargas localizadas<<strong>br</strong> />

A equação usada normalmente em drenagem é de Manning:<<strong>br</strong> />

V= (1/n) x R (2/3) x S 0,5<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

V= velocidade média (m/s)<<strong>br</strong> />

R= raio hidráulico (m)= A/P<<strong>br</strong> />

A= área molhada (m 2 )<<strong>br</strong> />

P= perímetro molhado (m)<<strong>br</strong> />

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Capítulo 5-<strong>Microdrenagem</strong><<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 3 de agosto de 2012 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

S= declividade (m/m)<<strong>br</strong> />

A equação da continuidade:<<strong>br</strong> />

Q= A x V<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

Q= vazão de pico (m 3 /s)<<strong>br</strong> />

Vamos isolar o valor de S<<strong>br</strong> />

S= [(Q x n/ (A x R 2/3 )] 2<<strong>br</strong> />

A perda de carga distribuída Hf numa tubulação de <strong>com</strong>primento L será:<<strong>br</strong> />

hf= S x L = L x [(Q x n)/ (A x R 2/3 )] 2<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

n=rugosidade de Manning<<strong>br</strong> />

A perda de carga localizada:<<strong>br</strong> />

hm= K (V 2 /2g)<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

hm= perda localizada (m)<<strong>br</strong> />

K= coeficiente fornecido pela Tabela (5.1)<<strong>br</strong> />

V= velocidade média (m/s)<<strong>br</strong> />

g= aceleração da gravidade= 9,81m/s 2<<strong>br</strong> />

A perda de carga total será a soma de hf <strong>com</strong> hm:<<strong>br</strong> />

ht= hf + hm<<strong>br</strong> />

Na Tabela (5.30) estão os coeficientes de perdas de cargas localizadas em galerias de águas<<strong>br</strong> />

pluviais e as perdas de cargas localizadas conforme a velocidade da água na tubulação variando de<<strong>br</strong> />

0,6m/s a 6m/s.<<strong>br</strong> />

Observe que num poço de visita a 45º <strong>com</strong> velocidade de 3m/s teremos perda de carga de<<strong>br</strong> />

0,34m, isto significa que teremos que deixar um degrau no PV de 0,34m. De modo geral conservamos<<strong>br</strong> />

a declividade da rua e fazemos o degrau no PV<<strong>br</strong> />

Tabela 5.30- Perda de carga em metros em galerias de águas pluviais <strong>com</strong> coeficientes K do FHWA, 1996<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

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Curso de Manejo de águas pluviais<<strong>br</strong> />

Capítulo 5-<strong>Microdrenagem</strong><<strong>br</strong> />

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5.31 Riscos de enchentes<<strong>br</strong> />

Levando-se em consideração a velocidade da água causada pela inundação, as zonas de perigos<<strong>br</strong> />

podem ser: baixa, média e alta tanto para veículos, <strong>com</strong>o para casas e adultos. Isto está nas Figuras<<strong>br</strong> />

(5.37) a (5.39).<<strong>br</strong> />

Na Figura (5.37) a velocidade das águas de enchentes <strong>com</strong> velocidade de 2m/s e altura de 0,50m<<strong>br</strong> />

colocará o veículo numa zona de risco médio.<<strong>br</strong> />

Riscos para Carros devido a inundações<<strong>br</strong> />

Altura do nivel de água (m)<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

0,9<<strong>br</strong> />

0,8<<strong>br</strong> />

0,7<<strong>br</strong> />

0,6<<strong>br</strong> />

0,5<<strong>br</strong> />

0,4<<strong>br</strong> />

0,3<<strong>br</strong> />

0,2<<strong>br</strong> />

0,1<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

Zona de risco<<strong>br</strong> />

médio<<strong>br</strong> />

Zona de baixo<<strong>br</strong> />

risco<<strong>br</strong> />

0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4<<strong>br</strong> />

velocidade da água (m/s)<<strong>br</strong> />

Zona de alto<<strong>br</strong> />

risco<<strong>br</strong> />

Figura 5.35 - Diversas zonas de perigo: baixo, médio e alto para inundações tendo <strong>com</strong>o objetivo os carros.<<strong>br</strong> />

Na Figura (5.38) a velocidade das águas em 4m/s e altura de 1,20m colocará a casa em zona de<<strong>br</strong> />

alto risco.<<strong>br</strong> />

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Riscos para Casas devido as inundações<<strong>br</strong> />

Altura do nivel de água (m)<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

1,8<<strong>br</strong> />

1,6<<strong>br</strong> />

1,4<<strong>br</strong> />

1,2<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

0,8<<strong>br</strong> />

0,6<<strong>br</strong> />

0,4<<strong>br</strong> />

0,2<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

Zona de risco<<strong>br</strong> />

médio<<strong>br</strong> />

Zona de baixo<<strong>br</strong> />

risco<<strong>br</strong> />

0 1 2 3 4 5 6 7<<strong>br</strong> />

Velocidade da água (m/s)<<strong>br</strong> />

Zona de alto<<strong>br</strong> />

risco<<strong>br</strong> />

Figura 5.36 - Diversas zonas de perigo: baixo, médio e alto para inundações tendo <strong>com</strong>o objetivo as casas.<<strong>br</strong> />

Na Figura (5.39), uma velocidade das águas de 2m/s, que é <strong>com</strong>um, e altura de 0,50m colocará<<strong>br</strong> />

uma pessoa adulta em zona de alto risco, podendo a mesma ser facilmente levada pela correnteza.<<strong>br</strong> />

Riscos para Casas devido as inundações<<strong>br</strong> />

Altura do nivel de água (m)<<strong>br</strong> />

2<<strong>br</strong> />

1,8<<strong>br</strong> />

1,6<<strong>br</strong> />

1,4<<strong>br</strong> />

1,2<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

0,8<<strong>br</strong> />

0,6<<strong>br</strong> />

0,4<<strong>br</strong> />

0,2<<strong>br</strong> />

0<<strong>br</strong> />

Zona de<<strong>br</strong> />

risco médio<<strong>br</strong> />

Zona de<<strong>br</strong> />

risco baixo<<strong>br</strong> />

Zona de<<strong>br</strong> />

alto risco<<strong>br</strong> />

0 1 2 3 4 5 6 7<<strong>br</strong> />

Velocidade da água (m/s)<<strong>br</strong> />

Figura 5.37 - Diversas zonas de perigo: baixo, médio e alto para inundações tendo <strong>com</strong>o objetivo pessoas adultas.<<strong>br</strong> />

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CIRIA- CONSTRUCTION INDUSTRY RESEARCH AND INFORMATION ASSOCIATION<<strong>br</strong> />

Segundo Nania e Gómez, 2002 in Balmforth et al, 2006 da CIRIA, a profundidade de inundação<<strong>br</strong> />

de uma rua para não interromper o tráfego é de 0,30m ou 0,20m quando o rio ou o canal passar ao<<strong>br</strong> />

lado.<<strong>br</strong> />

O risco de um pedestre ser levado pela água é dado pelo produto da velocidade V em (m/s)<<strong>br</strong> />

pela profundidade y em (m) e está limitado a 0,5 m 2 /s.<<strong>br</strong> />

y . V ≤ 0,5m 2 /s<<strong>br</strong> />

O risco de um pedestre escorregar <strong>com</strong> a água é dado pelo produto da profundidade (m) y<<strong>br</strong> />

pela velocidade V 2 e não deverá ser maior que 1,23 m 3 /s 2<<strong>br</strong> />

y .V 2 ≤ 1,23 m 3 /s 2<<strong>br</strong> />

5.32 Declividade transversal das faixas<<strong>br</strong> />

Conforme Instrução de projeto geométrico IP-03 da PMSP o abaulamento de uma via urbana<<strong>br</strong> />

será considerado uma flecha <strong>com</strong> no mínimo 5cm calculado da seguinte maneira:<<strong>br</strong> />

f= (L . 100 . 4 . Sx)/ 600<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

f= flecha (cm)<<strong>br</strong> />

Considera-se flecha a altura entre a linha horizontal que liga os fundos das sarjetas e o ponto de<<strong>br</strong> />

inflexão dessa parábola.<<strong>br</strong> />

Sx= declividade transversal (%). Varia de 1% a 3% sendo re<strong>com</strong>endado 2%.<<strong>br</strong> />

L= largura da via incluindo as sarjetas (m)<<strong>br</strong> />

Exemplo 5.32<<strong>br</strong> />

Calcular a flecha de uma rua <strong>com</strong> 10m de largura <strong>com</strong> 2,00m de passeio<<strong>br</strong> />

Consideramos passeio de 2,0m teremos: 10m – 2 x 2,00m= 6,00m<<strong>br</strong> />

Adotando Sx= 2%<<strong>br</strong> />

f= (L x 100 x 4 x Sx)/ 600<<strong>br</strong> />

f= (6,00 x 100 x 4 x 2)/ 600=8,0cm<<strong>br</strong> />

Exemplo 5.34<<strong>br</strong> />

Usando O IP-03 da PMSP temos a flecha e o IP-02 classifica a largura da caixa (B) (leito carroçável)<<strong>br</strong> />

que varia de 4m a 13m.<<strong>br</strong> />

Com os dados da PMSP e limitando a altura na sarjeta de 0,13m fizemos as Tabelas (5.34) onde<<strong>br</strong> />

obtemos as vazões e velocidades para declividades de ruas variando de 0,5% a 15% que é o máximo<<strong>br</strong> />

admitido nas ruas. Segundo a PMSP acima de 15% é aconselhado se construir escadas.<<strong>br</strong> />

5.33 Entrada de ar<<strong>br</strong> />

Segundo Santa Clara County, 2007 quando a velocidade da água for maior que 4,2m/s<<strong>br</strong> />

teremos a entrada de ar aumentando a profundidade do escoamento. O aumento da altura de<<strong>br</strong> />

escoamento é diretamente proporcional ao aumento do volume de água causada pela entrada de ar.<<strong>br</strong> />

Ao= 10 x [ 0,2 V 2 / (g.R) -1] 0,5<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

Ao= aumento da área de escoamento devido a entrada do ar (%)<<strong>br</strong> />

V= velocidade média (m/s)<<strong>br</strong> />

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g= aceleração da gravidade=9,81m/s 2<<strong>br</strong> />

R=raio hidráulico sem a entrada de ar (m)<<strong>br</strong> />

Exemplo 5.1<<strong>br</strong> />

Dado um canal retangular <strong>com</strong> declividade S=0,005m/m, largura de 2,00m velocidade de 4,2m/s,<<strong>br</strong> />

n=0,012 vazão =2,83m 3 /s y=0,35m e raio hidráulico igual a 0,26m. Achar a nova altura <strong>com</strong> a<<strong>br</strong> />

entrada de ar.<<strong>br</strong> />

Ao= 10 x [ 0,2 V 2 / (g.R) -1] 0,5<<strong>br</strong> />

Ao= 10 x [ 0,2x 4,2 2 / (9,81x0,26) -1] 0,5 =15%<<strong>br</strong> />

Portanto, devido ao ar haverá acréscimo de 15% na seção e a altura y passará<<strong>br</strong> />

de 0,35m para 0,40m.<<strong>br</strong> />

5.34 Ancoragens e velocidades<<strong>br</strong> />

Santa Clara County, 2007 admite <strong>com</strong>o velocidade máxima em uma galeria 9m/s para<<strong>br</strong> />

diversos materiais <strong>com</strong>o PVC e outros e declividade máxima de 30%. Informa ainda que os tubos<<strong>br</strong> />

deverão ser ancorados quando a declividade for maior que 20% e cada ancoragem deve ficar<<strong>br</strong> />

espaçada de 100 diâmetros.<<strong>br</strong> />

Para tubos de concreto é admitida a velocidade máxima de 9 m /s e a declividade máxima de<<strong>br</strong> />

20% e que os tubos devem ser ancorados a cada 50 diâmetros.<<strong>br</strong> />

A velocidade mínima usada é 0,6m/s a 0,78m/s<<strong>br</strong> />

5.35 Rebaixamento de guia<<strong>br</strong> />

O rebaixamento de guia reposiciona a guia 5cm acima da sarjeta.<<strong>br</strong> />

No uso de grelhas a abertura máxima é de 1,5cm transversalmente ao sentido do fluxo de<<strong>br</strong> />

pedestres.<<strong>br</strong> />

5.36 Aquaplanagem<<strong>br</strong> />

Quando cai a chuva em uma rua ou estrada, fica acumulada uma certa profundidade de água<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e a superfície devido ao runoff das águas pluviais. Um veiculo encontrando a água na estrada<<strong>br</strong> />

pode sofrer o fenômeno da aquaplanagem, pois os pneus podem deslizar so<strong>br</strong>e a água causando<<strong>br</strong> />

acidentes.<<strong>br</strong> />

A aquaplanagem conforme Texas, 2004 é função da intensidade da chuva, da profundidade da<<strong>br</strong> />

água, da pressão nos pneus, da rugosidade da pista e da velocidade do veiculo.<<strong>br</strong> />

A declividade mínima transversal de uma estrada re<strong>com</strong>endada para que não haja o potencial<<strong>br</strong> />

de criar aquaplanagem é de 2%. Como guia, a quantidade de 5mm de água tem o potencial de causar<<strong>br</strong> />

aquaplanagem.<<strong>br</strong> />

Existem várias equações empírica baseadas em estudos do FWHA que fornecem a velocidade<<strong>br</strong> />

do veiculo para que ocorra a aquaplanagem.<<strong>br</strong> />

V=0,9143 x SD 0,04 x P 0,3 x (TD + 0,794) 0,06 x A<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

V= velocidade do veiculo em km/h que causa a aquaplanagem. Limite máximo de 90 km/h)<<strong>br</strong> />

SD= 100 x (Wd – Ww) / Wd Quando SD=10% é um indicador de aquaplanagem<<strong>br</strong> />

Wd= velocidade de rotação da roda do veículo numa superfície seca<<strong>br</strong> />

Ww= velocidade de rotação da roda do veículo numa superfície de pavimento inundada.<<strong>br</strong> />

.<<strong>br</strong> />

P= pressão nos pneus (psi). Geralmente 24 psi<<strong>br</strong> />

TD= profundidade das tiras nos pneus (mm). Use 5mm para projetos.<<strong>br</strong> />

A= tomar o maior dos dois valores abaixo:<<strong>br</strong> />

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A= 12,639/WD 0,060 + 3,50<<strong>br</strong> />

A= (( 22,351 /WD 0,06 ) -4,97) x TXD 0,14<<strong>br</strong> />

WD= profundidade da água (mm)<<strong>br</strong> />

WD= 0,01485 x [ (TXD 0,11 x L 0,43 x I 0,59 )/ S 0,42 ] – TXD<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

TXD= profundidade da textura do pavimento (mm). Em projetos use 0,5mm<<strong>br</strong> />

L= largura do pavimento (m)<<strong>br</strong> />

I= intensidade de chuva (mm/h)<<strong>br</strong> />

S= declividade transversal do pavimento (m/m)<<strong>br</strong> />

Conclusões:<<strong>br</strong> />

A declividade transversal mínima da estrada deve ser de 2%<<strong>br</strong> />

A textura do pavimento deve ser aumentada, entretanto não existe ainda nenhuma<<strong>br</strong> />

re<strong>com</strong>endação técnica mais específica a respeito.<<strong>br</strong> />

Reduza as áreas de empoçamentos de água, interceptando a água nas bocas de lobo<<strong>br</strong> />

A velocidade do veículo deve ser reduzida em condições úmidas<<strong>br</strong> />

Coloque avisos na estrada para diminuição da velocidade do veículo em caso de<<strong>br</strong> />

chuvas.<<strong>br</strong> />

Exemplo 5.1<<strong>br</strong> />

Calcular a velocidade de aquaplanagem de um veiculo <strong>com</strong> pressão de P=30psi, profundidade das<<strong>br</strong> />

tiras do pneu de TD=5mm,SD=10%, profundidade da textura do pavimento TXD= 0,5mm<<strong>br</strong> />

Cálculo de WD<<strong>br</strong> />

WD= 0,01485 x [ (TXD 0,11 x L 0,43 x I 0,59 )/ S 0,42 ] – TXD<<strong>br</strong> />

L=6,00m I=100mm/h S=0,002m/m<<strong>br</strong> />

WD= 0,01485 x [ (0,5 0,11 x 6 0,43 x 100 0,59 )/ 0,002 0,42 ] – 0,5= 5,62mm= profundidade da água<<strong>br</strong> />

Cálculo de A<<strong>br</strong> />

A= 12,639/WD 0,060 + 3,50= 12,639/5,62 0,060 + 3,50= 14,9<<strong>br</strong> />

A= (( 22,351 /WD 0,06 ) -4,97) x TXD 0,14<<strong>br</strong> />

A= (( 22,351 /5,62 0,06 ) -4,97) x 0,5 0,14 =13,77<<strong>br</strong> />

O maior valor A=14,9<<strong>br</strong> />

V=0,9143 x SD 0,04 x P 0,3 x (TD + 0,794) 0,06 x A<<strong>br</strong> />

V=0,9143 x 10 0,04 x 30 0,3 x (5 + 0,794) 0,06 x 14,9= 46,05 km/h<<strong>br</strong> />

5.37 Dimensionamento de tubulação usando Metcalf&Eddy<<strong>br</strong> />

Fórmula de Manning para o dimensionamento de condutos livres.<<strong>br</strong> />

V= (1/n) x R (2/3) x S 0,5<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

V= velocidade média na seção (m/s)<<strong>br</strong> />

n= coeficiente de Manning. Foi suposto tubos de PVC <strong>com</strong> n=0,011<<strong>br</strong> />

R= raio hidráulico (m)<<strong>br</strong> />

R= A/P<<strong>br</strong> />

A= área molhada (m 2 )<<strong>br</strong> />

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P= perímetro molhado (m)<<strong>br</strong> />

Para o dimensionamento foi usado tabela de Metcal&Eddy que fornecem o valor do<<strong>br</strong> />

adimensional K´.<<strong>br</strong> />

Q= (K´/n) D 8/3 . S 0,5<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

Q= vazão de pico (m 3 /s)<<strong>br</strong> />

n= coeficiente de Manning=0,011<<strong>br</strong> />

D= diâmetro do tubo (m)<<strong>br</strong> />

d=altura da lâmina dágua (m)<<strong>br</strong> />

S= declividade (m/m)<<strong>br</strong> />

Para o dimensionamento adotou-se <strong>com</strong>o d/D máximo de 0,80 e velocidade entre 1m/s a 5m/s. A<<strong>br</strong> />

declividade mínima adotado foi de 0,002m/m.<<strong>br</strong> />

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Estimativa da velocidade a seção parcialmente cheia<<strong>br</strong> />

Akan, 1993 apresenta uma estimativa do cálculo da velocidade em uma tubulação parcialmente<<strong>br</strong> />

cheia que tem uma superfície livre próxima da altura do tubo.<<strong>br</strong> />

V= [ D (2/3) . S (1/2 ) ] / (2,52 . n)<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

V= velocidade média na seção (m/s) considerada parcialmente cheia<<strong>br</strong> />

D= diâmetro da seção da tubulação (m)<<strong>br</strong> />

n= coeficiente de Manning<<strong>br</strong> />

S= declividade da tubulação (m/m)<<strong>br</strong> />

Tabela 5.31- Valores de K´ de Metcalf & Eddy<<strong>br</strong> />

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Figura 5.39- Elementos da seção circular<<strong>br</strong> />

Exemplo 5.35<<strong>br</strong> />

Dada a vazão de 0,300m 3 /s, n=0,015 (concreto), S=0,005m/m. Calcular o diâmetro da tubulação para<<strong>br</strong> />

d/D=0,80.<<strong>br</strong> />

Conforme da Tabela (5.34) de Metcalf & Eddy para d/D=0,80 achamos K´=0,305;<<strong>br</strong> />

Q= (K´ /n) D 8/3 . S ½<<strong>br</strong> />

D= [(Q.n) / (K´. S ½ ) ] 3/8<<strong>br</strong> />

D= [( 0,30 x 0,015) / (0,305x 0,005 ½ ) ] 0,375<<strong>br</strong> />

D=0,56m. Adoto D=0,60m OK<<strong>br</strong> />

Para calcular a velocidade devemos entrar na Figura (5.41) <strong>com</strong> d/D=0,80 na ordenada e<<strong>br</strong> />

achamos a área molhada na abcissa 0,86.<<strong>br</strong> />

Area molhada/ Area total = 0,86<<strong>br</strong> />

Mas Area total= 3,1416 x D 2 /4= 3,1416 x 0,602/4=0,2827m 2<<strong>br</strong> />

Area molhada= 0,86 x 0,2827m 2 =0,2432m 2<<strong>br</strong> />

Equação da continuidade Q= A x V<<strong>br</strong> />

V= Q/A=0,30/0,2432=1,23 m/s > 0,60m/s OK e menor que 5m/s OK<<strong>br</strong> />

Estimativa da velocidade conforme Akan, 1993<<strong>br</strong> />

V= [ D (2/3) . S (1/2 ) ] / (2,52 . n)<<strong>br</strong> />

V= [ 0,60 (2/3) . 0,005 (1/2 ) ] / (2,52 . 0,015)= 1,33m/s<<strong>br</strong> />

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5.38 Tensão trativa<<strong>br</strong> />

Conforme Tsutiya, 1999 a tensão trativa foi introduzida originalmente por Du Boys em 1879,<<strong>br</strong> />

sendo mais tarde desenvolvido os conceitos técnicos por Brahms em 1754 e por Chow em 1981. O<<strong>br</strong> />

primeiro uso da tensão trativa foi em canais.<<strong>br</strong> />

A tensão trativa mínima ou tensão de arraste mínima é a força por unidade de área que haja<<strong>br</strong> />

so<strong>br</strong>e uma partícula e que permite o deslocamento da mesma. Assim desta maneira as partículas de<<strong>br</strong> />

esgotos não ficarão depositadas na tubulação, pois temos que calcular uma tensão trativa mínima de<<strong>br</strong> />

1Pa para que ela seja arrastada.<<strong>br</strong> />

Figura 5.40- Esquema de canal mostrando a tensão trativa<<strong>br</strong> />

Fonte: Fernandes, 1997<<strong>br</strong> />

A tensão trativa σ t é dada pela equação:<<strong>br</strong> />

σ t = R . γ . I<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

σ t = tensão trativa em Pascal ou N/m 2<<strong>br</strong> />

R= raio hidráulico (m)<<strong>br</strong> />

γ=peso específico do esgoto (N/m 3 )= 10 4 N/m 3<<strong>br</strong> />

I= declividade da tubulação (m/m)<<strong>br</strong> />

Em coletores usa-se a tensão trativa mínima de 1 Pa enquanto que para interceptor em tubos<<strong>br</strong> />

acima de 500mm usa-se 1,5 Pa para se evitar a formação de sulfetos.<<strong>br</strong> />

A Sabesp <strong>com</strong>eçou a usar o critério da tensão trativa em 1983 <strong>com</strong>o pleno êxito sendo depois<<strong>br</strong> />

o conceito passado a norma <strong>br</strong>asileira sendo adotado em todo o Brasil e atualmente é adotado<<strong>br</strong> />

praticamente em todos os países da America Latina.<<strong>br</strong> />

O critério da tensão trativa é usado somente em esgotos sanitários, mas poderia ser também<<strong>br</strong> />

usado em sistema de galerias de águas pluviais circulares, colocando-se a tensão trativa minima de<<strong>br</strong> />

2Pa conforme sugerido por Ackers et al, 1996 in Delleur, 2001 que está no livro Mays, 2001.<<strong>br</strong> />

Dica: caso adote a tensão trativa em tubos circulares a tensão trativa minima no fundo<<strong>br</strong> />

do tubo deverá ser de 2Pa.<<strong>br</strong> />

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5.39 Energia específica<<strong>br</strong> />

A energia específica é definida <strong>com</strong>o a quantidade de energia de peso de líquido, medida a<<strong>br</strong> />

partir do fundo do canal e representado por.<<strong>br</strong> />

E= y + αV 2 / 2g<<strong>br</strong> />

Usando a equação da continuidade Q=A.V<<strong>br</strong> />

V= Q/A<<strong>br</strong> />

V 2 = Q 2 / A 2<<strong>br</strong> />

E= y + αQ 2 / 2gA 2<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

E= energia específica<<strong>br</strong> />

y= altura da lâmina de água<<strong>br</strong> />

g= aceleração da gravidade<<strong>br</strong> />

V= velocidade média (m/s)<<strong>br</strong> />

A= área molhada da secção (m 2 )<<strong>br</strong> />

Q= vazão (m 3 /s)<<strong>br</strong> />

α=coeficiente de Coriolis (1792-1843) que é definido conforme Lencastre, 1983 <strong>com</strong>o a relação entre<<strong>br</strong> />

a energia cinética real do escoamento e a energia cinética de um escoamento fictício que todas as<<strong>br</strong> />

partículas se movessem <strong>com</strong> a velocidade média V. Normalmente adotamos α=1.<<strong>br</strong> />

Variando-se a velocidade e altura y podemos construir a Figura (26.3) onde nota-se um ponto<<strong>br</strong> />

de energia específica mínima Ec e duas curvas, uma a direita e outra a esquerda. A curva da direita<<strong>br</strong> />

mostra o movimento rápido e a da esquerda mostra o movimento lento.<<strong>br</strong> />

Figura 5.41-Diagrama de energia específica<<strong>br</strong> />

Fonte: Rolim Mendonça et al, 1987<<strong>br</strong> />

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O valor da energia específica no ponto mínimo é a energia específica crítica e se dá numa<<strong>br</strong> />

altura denominada de yc que é um ponto de instabilidade pois pode passar rapidamente de um regime<<strong>br</strong> />

para outro.<<strong>br</strong> />

Quando o valor de y está no regime lento podemos chamar de regime lento ou regime fluvial e<<strong>br</strong> />

quando y está no regime rápido podemos chamar de regime rápido ou torrencial.<<strong>br</strong> />

Observemos ainda que y 1 e y 2 conforme a Figura (26.3) são chamados de conjugados de igual<<strong>br</strong> />

energia E.<<strong>br</strong> />

Vamos aplicar os conhecimentos de Lencastre, 1983 para obter o ponto mínimo da curva,<<strong>br</strong> />

basta derivar e igual a zero.<<strong>br</strong> />

dE/dy = 1 – Q 2/ gA 3 x dA/dy=0<<strong>br</strong> />

Sendo “b” a largura superficial da lâmina líquida teremos: dA= b x dy<<strong>br</strong> />

Fazendo-se as substituição temos:<<strong>br</strong> />

dE/dy = 1 – Q 2/ gA 3 x bdy/dy=0<<strong>br</strong> />

dE/dy = 1 – (Q 2/ gA 3 )x b=0<<strong>br</strong> />

1 = Q 2/ gA 3 x b<<strong>br</strong> />

Isolando a vazão Q e a aceleração da gravidade g temos:<<strong>br</strong> />

A 3 /b = Q 2/ g<<strong>br</strong> />

Extraindo a raiz quadrada dos dois lados da equação temos:<<strong>br</strong> />

A 0,5 A/b 0,5 = Q /g 0,5<<strong>br</strong> />

A(A/b) 0,5 = Q /g 0,5<<strong>br</strong> />

Figura 5.42- Para canais circulares<<strong>br</strong> />

Fonte: Lencastre, 1983<<strong>br</strong> />

Lencastre, 1983 apresenta a Figura (26.4) para canais circulares onde podemos facilmente<<strong>br</strong> />

calcular a altura critica yc.<<strong>br</strong> />

Exemplo 5.36<<strong>br</strong> />

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Capítulo 5-<strong>Microdrenagem</strong><<strong>br</strong> />

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Calcular a altura crítica para uma tubulação circular <strong>com</strong> diâmetro de D=0,15m e vazão de<<strong>br</strong> />

Q=0,007m 3 /s.<<strong>br</strong> />

(1/D 5/2 ) x Q / g 0,5 =(1/0,15 2,5 ) x 0,007 / 9,81 0,5 = 0,26<<strong>br</strong> />

Entrando na Figura (26.4) <strong>com</strong> 0,26 na abscissa achamos y/D=0,51<<strong>br</strong> />

yc=0,51 x 0,15=0,077m<<strong>br</strong> />

Portanto, a altura crítica será de yc=0,077m.<<strong>br</strong> />

Exemplo 5.37<<strong>br</strong> />

Calcular a altura crítica para uma tubulação circular <strong>com</strong> diâmetro de D=0,15m e vazão de<<strong>br</strong> />

Q=0,010m 3 /s.<<strong>br</strong> />

(1/D 5/2 ) x Q / g 0,5 =(1/0,15 2,5 ) x 0,010 / 9,81 0,5 = 0,37<<strong>br</strong> />

Entrando na Figura (26.4) <strong>com</strong> 0,37 na abscissa achamos y/D=0,62<<strong>br</strong> />

yc=0,62 x 0,15=0,093m<<strong>br</strong> />

Portanto, a altura crítica será de yc=0,093m.<<strong>br</strong> />

5.40 Inclinação crítica<<strong>br</strong> />

Seguindo os ensinamentos de Lencastre 1983, a inclinação crítica é aquela para a qual o<<strong>br</strong> />

escoamento se dá em regime uniforme crítico, ou em outras palavras, aquela em que o escoamento se<<strong>br</strong> />

escoa <strong>com</strong> o mínimo de energia.<<strong>br</strong> />

Usando a equação de Manning temos:<<strong>br</strong> />

V= (1/n) R 2/3 x Ic 0,5<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

V= velocidade média (m/s)<<strong>br</strong> />

R= raio hidráulico (m)<<strong>br</strong> />

Ic= declividade crítica (m/m)<<strong>br</strong> />

Isolando o valor da declividade teremos:<<strong>br</strong> />

V= (1/n) Rc 2/3 x Ic 0,5<<strong>br</strong> />

I c 0,5 = V n/ Rc 2/3<<strong>br</strong> />

Elevando ambos os lados ao quadrado temos:<<strong>br</strong> />

Ic = V 2 n 2 / Rc 4/3<<strong>br</strong> />

Usando a equação da continuidade Q=A.V<<strong>br</strong> />

V= Q/A<<strong>br</strong> />

V 2 = Q 2 / A 2<<strong>br</strong> />

Substituindo V 2 temos:<<strong>br</strong> />

Ic = Q 2 n 2 / A 2 Rc 4/3<<strong>br</strong> />

Mas o valor de Q 2 pode ser substituído por:<<strong>br</strong> />

A 3 /b = Q 2 /g<<strong>br</strong> />

gA 3 /b = Q 2<<strong>br</strong> />

I c = Q 2 n 2 / A 2 Rc 4/3<<strong>br</strong> />

Ic = gA 3 n 2 / bA 2 Rc 4/3<<strong>br</strong> />

Ic = gA n 2 / bRc 4/3<<strong>br</strong> />

Ou podemos escrever:<<strong>br</strong> />

Ic = g(A/b) n 2 / Rc 4/3<<strong>br</strong> />

O valor A/b é igual a altura media do regime critico, ou seja, A/b=yc<<strong>br</strong> />

Ic = g .yc . n 2 / Rc 4/3<<strong>br</strong> />

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Exemplo 5.38<<strong>br</strong> />

Calcular a declividade critica de um tubo de seção circular <strong>com</strong> n=0,0103 (rugosidade de Manning e<<strong>br</strong> />

vazão Q=0,010m 3 /s<<strong>br</strong> />

Facilmente achamos yc=0,093m já calculado no exemplo anterior.<<strong>br</strong> />

= 2 cos -1 ( 1 – 2 (y/D))<<strong>br</strong> />

= 2 cos -1 ( 1 – 2 x0,093/0,15)<<strong>br</strong> />

= 2 cos -1 ( 0,24)<<strong>br</strong> />

= 2 x 1,81 rad= 3,62rad<<strong>br</strong> />

R= (D/4) (1-(seno )/ )<<strong>br</strong> />

R= (0,15/4) (1-(seno 3,62)/ 3,62)=0,042m<<strong>br</strong> />

Ic = g .yc . n 2 / Rc 4/3<<strong>br</strong> />

Ic = 9,81 x0,093 x 0,010 2 / 0,042 4/3 =0,00618m/m<<strong>br</strong> />

Portanto, a declividade crítica é Ic=0,00618m/m<<strong>br</strong> />

Velocidade critica<<strong>br</strong> />

A= D 2 ( – seno )/8<<strong>br</strong> />

A= 0,15 2 ( 3,62 – sen3,62)8=0,01147m2<<strong>br</strong> />

V=Q/A= 0,010/0,01147=0,87m/s<<strong>br</strong> />

5.41 Número de Froude<<strong>br</strong> />

O número de Froude é a relação entre a força da inércia e a força da gravidade no escoamento.<<strong>br</strong> />

É um número adimensional e muito importante e é através dele que vimos quando o regime é crítico,<<strong>br</strong> />

rápido ou lento. Se o número de Froude for igual a igual a 1 temos o escoamento crítico e caso seja<<strong>br</strong> />

maior que 1 temos o escoamento rápido e se for menor que 1 temos o escoamento lento.<<strong>br</strong> />

F= v / (g x y ) 0,5<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

F= número de Froude (adimensional)<<strong>br</strong> />

g= aceleração da gravidade= 9,81m/s 2<<strong>br</strong> />

y= altura da lâmina de água (m)<<strong>br</strong> />

Deve ser evitado número de Froude entre 0,80 e 1,2 pois teremos muita instabilidade de nível.<<strong>br</strong> />

Isto é importante em canais, mas não muito importante em galerias de águas pluviais.<<strong>br</strong> />

5.42 Fórmula de Manning para condutos livres<<strong>br</strong> />

A fórmula mais usada em canais é a de Manning que será adotada.<<strong>br</strong> />

V= (1/n) x R 2/3 x S 0,5<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

V= velocidade média na seção (m/s)<<strong>br</strong> />

R= raio hidráulico (m)<<strong>br</strong> />

Raio hidráulico (m) = Área molhada/ perímetro molhado<<strong>br</strong> />

S= declividade (m/m)<<strong>br</strong> />

A fórmula de Manning pode ser usada tanto em conduto livre <strong>com</strong>o em conduto forçado. Na<<strong>br</strong> />

prática quando temos condutos forçados não usamos Manning e sim a formula de Hazen-Willians.<<strong>br</strong> />

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5.43 Fórmula empírica de Hazen-Willians para condutos forçados<<strong>br</strong> />

É ainda muito usada nos Estados Unidos e no Brasil em redes de distribuição a fórmula de<<strong>br</strong> />

Hazen-Willians usada para tubos <strong>com</strong> diâmetros igual ou maiores que 50mm. Para tubos menores que<<strong>br</strong> />

50mm pode-se usar várias outras fórmulas <strong>com</strong>o a de Flamant.<<strong>br</strong> />

A grande vantagem da fórmula de Hazen-Willians é que facilita a admissão do coeficiente de<<strong>br</strong> />

rugosidade C que é mais fácil de sugerir que os valores de K da fórmula de Darcy-Weisbach.<<strong>br</strong> />

10,643 . Q 1,85<<strong>br</strong> />

J = ----------------------- (4)<<strong>br</strong> />

C 1,85 . D 4,87<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

J= perda de carga em metro por metro (m/m);<<strong>br</strong> />

Q= vazão em m 3 /s;<<strong>br</strong> />

C= coeficiente de rugosidade da tubulação de Hazen-Willians;<<strong>br</strong> />

D= diâmetro em metros.<<strong>br</strong> />

Na Tabela (5.14) estão alguns valores do coeficiente de rugosidade de Hazen Willians<<strong>br</strong> />

:<<strong>br</strong> />

Tabela 5.14- Coeficientes de rugosidade de Hazen-Willians<<strong>br</strong> />

Material<<strong>br</strong> />

Coeficiente de rugosidade C<<strong>br</strong> />

130<<strong>br</strong> />

Ferro fundido novo<<strong>br</strong> />

130<<strong>br</strong> />

Ferro fundido revestido <strong>com</strong> cimento<<strong>br</strong> />

Aço novo 120<<strong>br</strong> />

Aço em uso 90<<strong>br</strong> />

PVC 150<<strong>br</strong> />

Ferro Fundido em uso 90<<strong>br</strong> />

A fórmula da perda de carga no trecho do tubo de <strong>com</strong>primento L, será:<<strong>br</strong> />

hf= J . L<<strong>br</strong> />

Sndo :<<strong>br</strong> />

hf= perda de carga no trecho em metros de coluna de água;<<strong>br</strong> />

J= perda unitária obtida da fórmula (4);<<strong>br</strong> />

L= <strong>com</strong>primento da tubulação (m).<<strong>br</strong> />

A velocidade na fórmula de Hazen-Willians é a seguinte:<<strong>br</strong> />

V=0,355 . C . D 0,63 . J. 0,54 (5)<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

V= velocidade (m/s);<<strong>br</strong> />

C= coeficiente de rugosidade de Hazen-Willians (adimensional)<<strong>br</strong> />

D= diâmetro (m);<<strong>br</strong> />

J= perda de carga unitária ( m/m).<<strong>br</strong> />

A fórmula da vazão de Hazen-Willians é a seguinte:<<strong>br</strong> />

Q= 0,275 . C . D 2,63 . J 0,54 (6)<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

Q= vazão (m 3 /s);<<strong>br</strong> />

C= coeficiente de rugosidade de Hazen-Willians;<<strong>br</strong> />

J= perda de carga (m/m).<<strong>br</strong> />

A fórmula de Hazen-Willians é questionável para altas velocidades e para valores de C muito<<strong>br</strong> />

abaixo de 100. Assim deverá ser limitada a sua aplicação para no máximo 3 (três) m/s. Para<<strong>br</strong> />

tubulações de águas pluviais a velocidade máxima deverá ser de 1,50m/s.<<strong>br</strong> />

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5.44 Fórmula Universal ou de Darcy Weisbach<<strong>br</strong> />

Para condutos forçados temos:<<strong>br</strong> />

L V 2<<strong>br</strong> />

h f = f . ----- . ----- (4)<<strong>br</strong> />

D 2.g<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

hf= perda de carga localizada (m)<<strong>br</strong> />

L= <strong>com</strong>primento em metros;<<strong>br</strong> />

D= diâmetros em metros;<<strong>br</strong> />

V= velocidade em metro/segundo;<<strong>br</strong> />

g= aceleração da gravidade 9,8 m/s 2 ;<<strong>br</strong> />

f= coeficiente de atrito(adimensional)<<strong>br</strong> />

Escoamento laminar<<strong>br</strong> />

O escoamento é laminar quando o número de Reynolds for menor que 2100 conforme Jeppson, 1973.<<strong>br</strong> />

Re < 2100<<strong>br</strong> />

Então achamos o valor de f através da equação:<<strong>br</strong> />

f = 64/ Re<<strong>br</strong> />

Entre número de Reynolds de 2100 a 4000 temos um regime de transição. Na prática usamos<<strong>br</strong> />

a fórmula de Cole<strong>br</strong>ook-White para numero de Reynolds maior que 4000 <strong>com</strong>o também para número<<strong>br</strong> />

de Reynolds acima de 2100.<<strong>br</strong> />

A fórmula de Cole<strong>br</strong>ook-White pode ser apresentar de duas maneiras:<<strong>br</strong> />

1/f 0,5 = 2 log 10 K/(D. 3,7) + 2,52 / Re x f 0,5 ]= 1,14 – 2 log 10 (K/D + 9,35/Re f 0,5 )<<strong>br</strong> />

Quando o tubo é hidraulicamente rugoso e o movimento é turbulento fazemos Re muito<<strong>br</strong> />

grande e simplificando temos que é independente do número de Reynolds.<<strong>br</strong> />

1/f 0,5 = 1,14 – 2 log 10 (K/D)<<strong>br</strong> />

A fórmula que fornece o valor de f é de Cole<strong>br</strong>ook-White, que só pode ser resolvida por<<strong>br</strong> />

iteração. Vários autores tentaram fazer uma fórmula explícita do coeficiente de atrito f.<<strong>br</strong> />

No caso a que achamos melhor é a fórmula de P.K. Swammee and A.K. Jain, publicada em<<strong>br</strong> />

1976 no Journal Hydraulics Division da ASCE, pp 657-664 maio, no trabalho intitulado Explicit<<strong>br</strong> />

Equations for pipe-flows problems.<<strong>br</strong> />

A fórmula de Swammee e Jain é a seguinte:<<strong>br</strong> />

1,325<<strong>br</strong> />

f = ------------------------------- (3)<<strong>br</strong> />

[ln( k/3,7 . D + 5,74/ Re 0,9 )] 2<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

f= coeficiente de atrito (número adimensional);<<strong>br</strong> />

K= rugosidade uniforme equivalente em metros;<<strong>br</strong> />

D= diâmetro em metros;<<strong>br</strong> />

Re= número de Reynolds (adimensional) e<<strong>br</strong> />

ln= logaritmo neperiano.<<strong>br</strong> />

O importante da fórmula de Swammee e Jain é que é direta sem necessidade de iteração. O<<strong>br</strong> />

erro de precisão da fórmula é de 1% (um por cento)<<strong>br</strong> />

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A fórmula vale nos seguintes limites:<<strong>br</strong> />

0,000001 ≤ K/D ≤ 0,02<<strong>br</strong> />

5.000 ≤ R ≤ 100.000.000<<strong>br</strong> />

A rugosidade uniforme equivalente tem a letra K .<<strong>br</strong> />

A rugosidade relativa é K / D.<<strong>br</strong> />

Em redes de distribuição temos elevado número de perdas singulares de difícil avaliação,<<strong>br</strong> />

sendo em geral não consideradas. Estas perdas estão nas conexões, válvulas, registros, falta de<<strong>br</strong> />

alinhamento preciso, presença de defeitos nas juntas, etc. Por isso na França a Dupont re<strong>com</strong>enda<<strong>br</strong> />

para tubos de ferro fundido em redes de distribuição de água a usar K=0,001 m e quando houver<<strong>br</strong> />

formação de possíveis depósitos a adotar K=0,002 m.<<strong>br</strong> />

Victor Streeter cita na Tabela (5.10) valores de K <strong>com</strong>uns:<<strong>br</strong> />

Tabela 5.10- Valores de K citados por Victor Streeter<<strong>br</strong> />

Material<<strong>br</strong> />

Valor de K<<strong>br</strong> />

(mm)<<strong>br</strong> />

Ferro fundido revestido <strong>com</strong> cimento 0,125<<strong>br</strong> />

Ídem sem revestimento 0,25<<strong>br</strong> />

Tubos de PVC 0,10<<strong>br</strong> />

Tubos de Concreto 0,30<<strong>br</strong> />

Tubos de aço c/ revestimento 0,125<<strong>br</strong> />

Tubos de co<strong>br</strong>e, latão etc. 0,02<<strong>br</strong> />

Tabela 5.11- Valores da rugosidade e ou K (mm) para diversos materiais<<strong>br</strong> />

Fonte: Heller, et al, 2006<<strong>br</strong> />

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Tabela 5.12- Valores da rugosidade e ou K (mm) para diversos materiais<<strong>br</strong> />

Material do tubo<<strong>br</strong> />

Rug. equiv. (m)<<strong>br</strong> />

---------------- ---------------<<strong>br</strong> />

Aço <strong>com</strong>ercial 0,00006<<strong>br</strong> />

Aço galvanizado 0,00016<<strong>br</strong> />

Aço <strong>com</strong> ferrugem leve 0,00025<<strong>br</strong> />

Aço <strong>com</strong> grandes incrustações 0,007<<strong>br</strong> />

Aço <strong>com</strong> cimento centrifugado 0,0001<<strong>br</strong> />

Aço revestido <strong>com</strong> asfalto 0,0006<<strong>br</strong> />

Aço rev. c/esmalte, vinil, epoxi 0,00006<<strong>br</strong> />

Alumínio 0,000004<<strong>br</strong> />

Concreto muito rugoso 0,002<<strong>br</strong> />

Concreto rugoso 0,0005<<strong>br</strong> />

Concreto liso 0,0001<<strong>br</strong> />

Concreto muito liso 0,00006<<strong>br</strong> />

Concreto alisado, centrifugado 0,0003<<strong>br</strong> />

Concreto liso formas metálicas 0,00012<<strong>br</strong> />

Ferro fundido asfaltado 0,000122<<strong>br</strong> />

Ferro galvanizado 0,00015<<strong>br</strong> />

Ferro fund. não revestido novo 0,0005<<strong>br</strong> />

Ferro fund. <strong>com</strong> ferrugem leve 0,0015<<strong>br</strong> />

Ferro fund. c/cim. centrifugado 0,0001<<strong>br</strong> />

Fi<strong>br</strong>ocimento 0,0001<<strong>br</strong> />

Manilha cerâmica 0,0003<<strong>br</strong> />

Latão, co<strong>br</strong>e 0,000007<<strong>br</strong> />

Plásticos 0,00006<<strong>br</strong> />

Rocha (galeria) não revestida 0,35<<strong>br</strong> />

Nota: valores extraídos de Assy, Jardim, Lencastre, Quintela, Simon, Tullis.<<strong>br</strong> />

Fonte: site http://paginas.terra.<strong>com</strong>.<strong>br</strong>/servicos/hidrotec/ta<strong>br</strong>ug.htm<<strong>br</strong> />

Diagrama de Moody<<strong>br</strong> />

Todos se lem<strong>br</strong>am do diagrama de Moody na Figura (5.6) que é usado para achar o valor do<<strong>br</strong> />

coeficiente de atrito f da fórmula de Darcy-Weisbach entrando <strong>com</strong> a relação K/D e o número de<<strong>br</strong> />

Reynolds.<<strong>br</strong> />

Uma das aplicações do diagrama de Moody é estimar o valor de f quando não se tem o<<strong>br</strong> />

número de Reynolds. Então entra-se no gráfico <strong>com</strong> o valor a direita <strong>com</strong> o valor K/D, por exemplo,<<strong>br</strong> />

K/D= 0,002 e achamos no lado esquerdo o valor de f=0,024.<<strong>br</strong> />

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Figura 5.6 Diagrama de Moody<<strong>br</strong> />

A Tabela (5.13) mostra os valores de K usado na fórmula de Darcy-Weisbach e relem<strong>br</strong>amos<<strong>br</strong> />

que deverá ser consultada sempre a tabela do fa<strong>br</strong>icante e ver os valores para tubos novos e para<<strong>br</strong> />

tubos daqui a 20anos.<<strong>br</strong> />

Tabela 5.13- Valores do coeficiente K da fórmula de Darcy-Weisbach<<strong>br</strong> />

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5.45 Escoamento em canais<<strong>br</strong> />

Para canais abertos conforme Su<strong>br</strong>amanya, 2009 temos:<<strong>br</strong> />

L V 2<<strong>br</strong> />

h f = f . ----- . -----<<strong>br</strong> />

4.R 2.g<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

hf= perda de carga localizada (m)<<strong>br</strong> />

L= <strong>com</strong>primento em metros;<<strong>br</strong> />

R= numero de Reynolds<<strong>br</strong> />

V= velocidade em metro/segundo;<<strong>br</strong> />

g= aceleração da gravidade 9,8 m/s 2 ;<<strong>br</strong> />

f= coeficiente de atrito(adimensional)<<strong>br</strong> />

Conforme Su<strong>br</strong>amanya, 2009 em canais livres podemos usar algumas formulas empiricias<<strong>br</strong> />

simplicadas <strong>com</strong>o a de Jain que possui a facilidade de ser explicita, isto é, podemos isolar o valor de<<strong>br</strong> />

f.<<strong>br</strong> />

1/ f 0,5 =1,80 x log Re – 1,5146<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

f= coeficiente de atrito adimensional<<strong>br</strong> />

Re= número de Reynolds no canal<<strong>br</strong> />

1/ f 0,5 = 1,14 – 2,0 x log [ K/ 4R + 21,25/ Re 0,9 ]<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

f= coeficiente de atrito<<strong>br</strong> />

K= rugosidade equivalente (mm)<<strong>br</strong> />

R= numero de Reynoldos no canal= V. D/ υ<<strong>br</strong> />

Re= (4 . R V) / υ<<strong>br</strong> />

υ= viscosidade cinemática da água<<strong>br</strong> />

V= velocidade média da agua (m/s)<<strong>br</strong> />

Esta última equação só é válida quando :<<strong>br</strong> />

5000≤ Re ≤ 100.000.000<<strong>br</strong> />

e 0,000001< K/4R < 0,01<<strong>br</strong> />

Conforme Su<strong>br</strong>amanya, 2009 o grande problema que existe na prática na aplicação das<<strong>br</strong> />

equações acima é encontrar dados de campo confiaveis em canais, pois em tubulação os mesmos são<<strong>br</strong> />

mais faceis de serem encontrados e de termos confiança nos dados. Entretanto, apresentamos alguns<<strong>br</strong> />

valores do coeficiente de rugosidade equivalente K (mm).<<strong>br</strong> />

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Tabela 5.14- Valoers de K para alguns canais<<strong>br</strong> />

Superficie do material<<strong>br</strong> />

Rugosidade equivalente K em mm<<strong>br</strong> />

Vidro 0,0003<<strong>br</strong> />

Concreto <strong>com</strong> superficie muito lisa 0,15 a 0,30<<strong>br</strong> />

Tubo de esgoto de ceramica vitrificada 0,60<<strong>br</strong> />

Concreto projetado liso 0,50 a 1,5<<strong>br</strong> />

Concreto rústico 3,0 a 4,5<<strong>br</strong> />

Canal de terra ( reto e uniforme) 3,0<<strong>br</strong> />

Pedra assentada <strong>com</strong> cimento 6,0<<strong>br</strong> />

Concreto projetado sem alisamento 3,0 a 10,0<<strong>br</strong> />

Fonte: Su<strong>br</strong>amanya, 2009<<strong>br</strong> />

Relação entre f e a formula de Manning<<strong>br</strong> />

Formula de Manning V= (1/n) x R 2/3 x S 0,5<<strong>br</strong> />

f = (n 2 / R ½ ) . 8.g<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

f= coeficiente de atrito<<strong>br</strong> />

n= coeficiente de rugosidade de Manning<<strong>br</strong> />

R= raio hidraulico (m)<<strong>br</strong> />

g=9,81m/s 2 = aceleração da gravidade<<strong>br</strong> />

5.46 Relações geométricas da seção circular<<strong>br</strong> />

Até o diâmetro de 2,0m geralmente é usado tubos de concreto de seção circular.<<strong>br</strong> />

Figura 5.43- Seção circular<<strong>br</strong> />

Fonte: Rolim Mendonça et al, 1987<<strong>br</strong> />

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Figura 5.44-Vazão máxima em seção circular que se dá quando y=0,938D<<strong>br</strong> />

Figura 5.45-Velocidade máxima em seção circular que se dá quando y=0,81D<<strong>br</strong> />

O ângulo central (em radianos) do setor circular, pode ser obtido pela seguinte expressão<<strong>br</strong> />

conforme Chaudhry,1993 p.95:<<strong>br</strong> />

= 2 arc cos ( 1 – 2y /D)<<strong>br</strong> />

ou<<strong>br</strong> />

= 2 cos -1 ( 1 – 2 (y/D))<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

= ângulo central em radianos (rad)<<strong>br</strong> />

y= altura da lâmina de água (m)<<strong>br</strong> />

D= diâmetro da tubulação (m)<<strong>br</strong> />

Conforme Chaudhry,1993 p.10 temos:<<strong>br</strong> />

A área molhada “A”:<<strong>br</strong> />

A= D 2 ( – seno )/8<<strong>br</strong> />

O perímetro molhado ”P”:<<strong>br</strong> />

P=( D)/2<<strong>br</strong> />

O raio hidráulico “R”:<<strong>br</strong> />

R= (D/4) (1-(seno )/ )<<strong>br</strong> />

A corda “b” correspondente a altura molhada é dado por:<<strong>br</strong> />

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b= D sen (/2)<<strong>br</strong> />

Conforme Mendonça,1984 Revista DAE SP temos:<<strong>br</strong> />

Usando a fórmula de Manning e tirando-se o valor de usando as relações acima<<strong>br</strong> />

obtemos para o regime uniforme a fórmula para obter o ângulo central .<<strong>br</strong> />

Observar que o ângulo central aparece nos dois lados da equação, não havendo<<strong>br</strong> />

possibilidade de se tornar a equação numa forma explícita.<<strong>br</strong> />

Daí a necessidade de resolvê-la por processo iterativo, <strong>com</strong>o o Método de Newton-<<strong>br</strong> />

Raphson. O ângulo central está entre 1,50 rad. 4,43 rad. que corresponde<<strong>br</strong> />

0,15y/D 0,80.<<strong>br</strong> />

= seno + 2 2,6 (n Q/I 1/2 ) 0,6 D -1,6 0,4<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

= ângulo central em radianos (rad)<<strong>br</strong> />

y= altura da lâmina de água (m)<<strong>br</strong> />

D= diâmetro da tubulação (m)<<strong>br</strong> />

n= rugosidade de Manning (adimensional)<<strong>br</strong> />

Q= vazão (m 3 /s)<<strong>br</strong> />

I= declividade (m/m)<<strong>br</strong> />

Como se pode ver na equação acima está na formula implícita, sendo impossível de se separar<<strong>br</strong> />

o ângulo central . Usam-se para isto alguns métodos de cálculo:<<strong>br</strong> />

Método de tentativa e erros,<<strong>br</strong> />

Método da bissecção,<<strong>br</strong> />

Método de Newton-Raphson e<<strong>br</strong> />

Método das Aproximações Sucessivas.<<strong>br</strong> />

Exemplo 5.39<<strong>br</strong> />

Seja um tubo de PVC <strong>com</strong> n=0,010, declividade I=0,007m/m e vazão de 0,0013m 3 /s.<<strong>br</strong> />

Calcular a altura y, corda, raio hidráulico e número de Froude<<strong>br</strong> />

= seno + 2 2,6 (n Q/I 1/2 ) 0,6 D -1,6 0,4<<strong>br</strong> />

= seno + 2 2,6 (0,010x0,013/0,007 1/2 ) 0,6 0,15 -1,6 0,4<<strong>br</strong> />

= seno +2,6 . 0,4<<strong>br</strong> />

Arbitramos um valor qualquer do ângulo central em radianos: 3,8rad<<strong>br</strong> />

X= seno +2,6 0,4<<strong>br</strong> />

X= seno (3,8) +2,6x 3,8 0,4<<strong>br</strong> />

X= - 0,61 +4,43= 3,82<<strong>br</strong> />

Adotamos = 3,82<<strong>br</strong> />

Adoto 3,82rad<<strong>br</strong> />

R= (D/4) (1-(seno )/ )<<strong>br</strong> />

R= (0,15/4) (1-(seno 3,82rad)/ 3,82)=0,044m<<strong>br</strong> />

b= D sen (/2)<<strong>br</strong> />

b= 0,15 sen (3,82rad/2)=0,14m<<strong>br</strong> />

= 2 arc cos ( 1 – 2y /D)<<strong>br</strong> />

= 2 arc cos ( 1 – 2y /0,15)=3,82rad=219graus/2=109,5graus<<strong>br</strong> />

/2= arc cos ( 1 – 2y /15)=3,82rad/2=219graus/2=109,5graus<<strong>br</strong> />

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Capítulo 5-<strong>Microdrenagem</strong><<strong>br</strong> />

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Cos (3,82rad/2)= 1 – 2y/0,15<<strong>br</strong> />

-0,33= 1 – 2y/0,15<<strong>br</strong> />

-1,33= -2y/0,15<<strong>br</strong> />

1,33=2y/0,15<<strong>br</strong> />

y=0,10m<<strong>br</strong> />

Portanto, a altura a lâmina de água é 0,10m<<strong>br</strong> />

y/D= 0,10/ 0,15=0,67= 67% < 75% OK.<<strong>br</strong> />

Área molhada<<strong>br</strong> />

A= D 2 ( – seno )/8<<strong>br</strong> />

A= 0,15 2 ( 3,82 – seno 3,82)/8 =0,011m 2<<strong>br</strong> />

Equação da continuidade: Q= A x V<<strong>br</strong> />

V= Q/A= 0,013m 3 /s / 0,011m 2 = 1,18m/s<<strong>br</strong> />

Número de Froude<<strong>br</strong> />

F= v / (g x y ) 0,5<<strong>br</strong> />

F= 1,18 / (9,81 x 0,10 ) 0,5<<strong>br</strong> />

F=1,19 > 1 Portanto, regime de escoamento rápido ou supercrítico<<strong>br</strong> />

5.46 Velocidade crítica<<strong>br</strong> />

Para achar o ângulo central crítico c temos que resolver a seguinte equação conforme Rolim<<strong>br</strong> />

Mendonça et al, 1987.<<strong>br</strong> />

c= sen c + 8 ( Q 2 /g) 1/3 [sen(c/2)] 1/3 x D -5/3<<strong>br</strong> />

Segundo Rolim Mendonça et al, 1987 a velocidade crítica Vc e a declividade crítica Ic são:<<strong>br</strong> />

yc/D= (1/2) x (1 – cos c/2)<<strong>br</strong> />

Vc= {[g xD/ (8 sen(c /2))] x (c - sen (c))} 0,5<<strong>br</strong> />

Ic= =[n 2 x g/ (sen(c/2))] x [c 4 / (2,0 D (c – senc))] (1/3)<<strong>br</strong> />

Para calcular o valor de c <strong>com</strong> várias iterações:<<strong>br</strong> />

oc - {oc -sen c - 8 ( Q 2 /g) 1/3 [sen(c/2)] 1/3 x D -5/3 }<<strong>br</strong> />

c = ________________________________________________<<strong>br</strong> />

1 – cos oc - (4/3) (Qc 2 /g) 1/3 x D -5/3 x (sen (oc/2) -2/3 cos (oc/2)<<strong>br</strong> />

A NBR 9649/86 de rede coletora de esgoto sanitário diz que quando a velocidade final vf<<strong>br</strong> />

for superior a velocidade critica vc, a maior lâmina admissível deve ser menor ou igual a 50% do<<strong>br</strong> />

diâmetro do coletor, assegurando-se a ventilação do trecho sendo a velocidade critica definida por:<<strong>br</strong> />

Vc= 6 x (g x R) ½<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

Vc= velocidade crítica (m/s)<<strong>br</strong> />

g= 9,81m/s 2 (aceleração da gravidade)<<strong>br</strong> />

R= raio hidráulico (m)<<strong>br</strong> />

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Azevedo Neto, 1998 justifica a equação da velocidade crítica da norma usando as pesquisas de<<strong>br</strong> />

Volkart, 1980 em que o número de Boussinesq é igual a 6 quando se inicia a mistura de ar e água.<<strong>br</strong> />

B= vc (g R) -0,5<<strong>br</strong> />

Sendo:<<strong>br</strong> />

B= número de Boussinesq<<strong>br</strong> />

g= aceleração da gravidade m/s 2<<strong>br</strong> />

R= raio hidráulico (m)<<strong>br</strong> />

Quando se inicia a mistura do ar <strong>com</strong> a água o numero de Boussinesq é igual a 6 e portanto<<strong>br</strong> />

B=6<<strong>br</strong> />

B= vc (g R) -0,5<<strong>br</strong> />

6= vc (g R) -0,5<<strong>br</strong> />

Tirando-se o valor da velocidade critica Vc temos:<<strong>br</strong> />

Vc= 6 x (g x Rc) ½<<strong>br</strong> />

Azevedo Neto, 1998 re<strong>com</strong>enda a verificação da velocidade crítica vc em relação a<<strong>br</strong> />

velocidade final do plano vf e m todos os trechos da canalização.<<strong>br</strong> />

Nota: cuidado, o raio hidráulico é do ângulo central crítico Rc= (D/4) (1-(seno c)/ c)<<strong>br</strong> />

Conforme Crespo, 1997 o raio hidráulico R para o cálculo da velocidade crítica pode ser<<strong>br</strong> />

consultada a Figura (5.44).<<strong>br</strong> />

R= Khidr x h/D<<strong>br</strong> />

Com os valores h/D achamos na Figura (26.5) o coeficiente Khidr.<<strong>br</strong> />

Exemplo 5.40<<strong>br</strong> />

Calcular a velocidade critica conforme a NBR 9649/86 sendo h/D= 0,50<<strong>br</strong> />

Entrando na Figura (5.44) <strong>com</strong> h/D=0,50 achamos Khidr=0,50<<strong>br</strong> />

R= Khidr x h/D<<strong>br</strong> />

R= 0,50 x 0,50=0,25<<strong>br</strong> />

Vc= 6 x (g x R) ½<<strong>br</strong> />

Vc= 6 x (9,81 x 0,25) ½ = 9,49m/s<<strong>br</strong> />

Para h/D= 0,30 achamos Khidr=0,342<<strong>br</strong> />

R= Khidr x h/D<<strong>br</strong> />

R= 0,342 x 0,30=0,1026<<strong>br</strong> />

Vc= 6 x (g x R) ½<<strong>br</strong> />

Vc= 6 x (9,81 x 0,1026) ½ = 6,02m/s<<strong>br</strong> />

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Figura 5.44- Coeficientes para o calculo do raio hidráulico para a velocidade critica da NBR 9649/86.<<strong>br</strong> />

Fonte: Crespo, 1997<<strong>br</strong> />

Exemplo 5.41<<strong>br</strong> />

Calcular o ângulo central crítico e a velocidade crítica para vazão de 0,010m 3 /s, diâmetro D=0,15m<<strong>br</strong> />

tubo de PVC n=0,010.<<strong>br</strong> />

c= sen c + 8 ( Q 2 /g) 1/3 [sen(c/2)] 1/3 x D -5/3<<strong>br</strong> />

c= sen c + 8 ( 0,010 2 /9,81) 0,33 [sen(c/2)] 0,33 x 0,15 -1,67<<strong>br</strong> />

c= sen c +4,29 [sen(c/2)] 0,33<<strong>br</strong> />

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Tabela 5.32- Cálculo para o ângulo central por tentativas<<strong>br</strong> />

c c= sen c +4,29 [sen(c/2)] 0,33<<strong>br</strong> />

<<strong>br</strong> />

4 3,40<<strong>br</strong> />

3,40 4,02<<strong>br</strong> />

4,02 3,38<<strong>br</strong> />

3,38 4,04<<strong>br</strong> />

4,04 3,36<<strong>br</strong> />

3,36 4,07<<strong>br</strong> />

4,07 3,34<<strong>br</strong> />

3,34 4,09<<strong>br</strong> />

4,09 3,32<<strong>br</strong> />

3,32 4,11<<strong>br</strong> />

4,11 3,30<<strong>br</strong> />

3,30 4,13<<strong>br</strong> />

4,13 3,28<<strong>br</strong> />

Tomamos o valor médio c= (4,13+3,28)/2= 3,67 rad<<strong>br</strong> />

yc/D= (1/2) x (1 – cos c/2)<<strong>br</strong> />

yc/0,15=(1/2)x (1 – cos 3,67/2)=0,63 < 0,75D<<strong>br</strong> />

yc=0,095m<<strong>br</strong> />

Verificação<<strong>br</strong> />

Conforme Metcalf&Eddy, 1981 o valor de yc pode ser estimado por:<<strong>br</strong> />

yc= 0,483 x (Q/D) 2/3 + 0,083D<<strong>br</strong> />

yc= 0,483 x (0,01/0,15) 2/3 + 0,083x0,15=0,0933m<<strong>br</strong> />

y/D= 0,63<<strong>br</strong> />

R= (D/4) ( 1 – sen θ/ θ )<<strong>br</strong> />

R= (0,15/4) [ 1 – (sen 3,67)/ 3,67 ] =0,043m<<strong>br</strong> />

Vc= {[g xD/ (8 sen(c /2))] x (c - sen (c)} 0,5<<strong>br</strong> />

Vc= {[9,81 x0,15/ (8 sen(3,67 /2))] x (3,67 - sen (3,67))} 0,5<<strong>br</strong> />

Vc= {[0,19 x (3,67 +0,50} 0,5<<strong>br</strong> />

Vc=0,89m/s<<strong>br</strong> />

Declividade crítica<<strong>br</strong> />

Ic= =[n 2 x g/ (sen(c/2))] x [c 4 / (2,0 D (c – sen c))] (1/3)<<strong>br</strong> />

Ic= =[0,010 2 x 9,81/ (sen(3,67/2] x [3,67 4 / (2,0x0,15(3,67-sen 3,67] (1/3)<<strong>br</strong> />

Ic= =[0,00101 x 5,17] 1/3<<strong>br</strong> />

Ic=0,0052m/m<<strong>br</strong> />

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5.47 Velocidade máxima<<strong>br</strong> />

A velocidade máxima conforme norma NBR 9649/ 1986 é de 5m/s.<<strong>br</strong> />

Tabela 5.33- Velocidades máximas conforme o tipo de material<<strong>br</strong> />

Velocidade máxima<<strong>br</strong> />

Material<<strong>br</strong> />

usualmente admitida<<strong>br</strong> />

(m/s)<<strong>br</strong> />

Ferro fundido 5<<strong>br</strong> />

PVC e manilhas cerâmicas 5<<strong>br</strong> />

Concreto 5<<strong>br</strong> />

Lâmina de água máxima em tubos de seção circular deve ser 0,8D<<strong>br</strong> />

Conforme Su<strong>br</strong>amanya, 2009 as profundidades acima de 0,82D apresentam duas<<strong>br</strong> />

profundidades normais em uma tubulação circular e é devido a isto que se deve adotar <strong>com</strong>o altura<<strong>br</strong> />

máxima 0,8D para evitar a região em que temos duas profundidades normais. Su<strong>br</strong>amanya, 2009<<strong>br</strong> />

salienta ainda que na região acima de y/D>0,82 um pequeno distúrbio na superfície da água pode<<strong>br</strong> />

levar a superfície da água a procurar a alternativa da profundidade normal, contribuindo para a<<strong>br</strong> />

instabilidade da superfície da água.<<strong>br</strong> />

Su<strong>br</strong>amanya, 2009 mostra também que a vazão máxima em uma tubulação circular é 0,95D e<<strong>br</strong> />

que será 7,6% maior que a tubulação a seção plena.<<strong>br</strong> />

Dica: adotar que a altura máxima em uma tubulação circular que seja de 0,80D.<<strong>br</strong> />

Tabela 5.34- Diâmetros da seção y/D=0,80 em função da vazão (m 3 /s) e da declividade (m/m)<<strong>br</strong> />

conforme Metcalf&Eddy sendo n=0,015 para tubos de concreto<<strong>br</strong> />

Q (m3/s)<<strong>br</strong> />

Declividade (m/m)<<strong>br</strong> />

0,003 0,005 0,01 0,015 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07 0,1<<strong>br</strong> />

0,10 0,41 0,37 0,32 0,30 0,28 0,26 0,25 0,24 0,23 0,22 0,21<<strong>br</strong> />

0,20 0,53 0,48 0,42 0,39 0,37 0,34 0,32 0,31 0,30 0,29 0,27<<strong>br</strong> />

0,30 0,61 0,56 0,49 0,45 0,43 0,40 0,38 0,36 0,35 0,34 0,32<<strong>br</strong> />

0,40 0,68 0,62 0,54 0,50 0,48 0,44 0,42 0,40 0,39 0,38 0,35<<strong>br</strong> />

0,50 0,74 0,67 0,59 0,55 0,52 0,48 0,46 0,44 0,42 0,41 0,38<<strong>br</strong> />

0,60 0,79 0,72 0,63 0,59 0,56 0,51 0,49 0,47 0,45 0,44 0,41<<strong>br</strong> />

0,70 0,84 0,76 0,67 0,62 0,59 0,55 0,52 0,50 0,48 0,47 0,44<<strong>br</strong> />

0,80 0,88 0,80 0,70 0,65 0,62 0,57 0,54 0,52 0,50 0,49 0,46<<strong>br</strong> />

0,90 0,92 0,84 0,74 0,68 0,65 0,60 0,57 0,54 0,53 0,51 0,48<<strong>br</strong> />

1,00 0,96 0,87 0,77 0,71 0,67 0,62 0,59 0,57 0,55 0,53 0,50<<strong>br</strong> />

1,10 1,00 0,90 0,79 0,74 0,70 0,65 0,61 0,59 0,57 0,55 0,52<<strong>br</strong> />

1,20 1,03 0,93 0,82 0,76 0,72 0,67 0,63 0,61 0,59 0,57 0,53<<strong>br</strong> />

1,30 1,06 0,96 0,85 0,78 0,74 0,69 0,65 0,63 0,60 0,59 0,55<<strong>br</strong> />

1,40 1,09 0,99 0,87 0,81 0,76 0,71 0,67 0,64 0,62 0,60 0,56<<strong>br</strong> />

1,50 1,12 1,02 0,89 0,83 0,78 0,73 0,69 0,66 0,64 0,62 0,58<<strong>br</strong> />

1,60 1,15 1,04 0,91 0,85 0,80 0,74 0,70 0,68 0,65 0,63 0,59<<strong>br</strong> />

1,70 1,17 1,06 0,94 0,87 0,82 0,76 0,72 0,69 0,67 0,65 0,61<<strong>br</strong> />

1,80 1,20 1,09 0,96 0,89 0,84 0,78 0,74 0,71 0,68 0,66 0,62<<strong>br</strong> />

1,90 1,22 1,11 0,97 0,90 0,86 0,79 0,75 0,72 0,70 0,68 0,63<<strong>br</strong> />

2,00 1,25 1,13 0,99 0,92 0,87 0,81 0,77 0,73 0,71 0,69 0,65<<strong>br</strong> />

2,10 1,27 1,15 1,01 0,94 0,89 0,82 0,78 0,75 0,72 0,70 0,66<<strong>br</strong> />

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Capítulo 5-<strong>Microdrenagem</strong><<strong>br</strong> />

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Exemplo 5.42<<strong>br</strong> />

Para declividade de 0,005m/m (0,5%) e vazão de 1m 3 /s achar o diâmetro da seção a y/D=0,80.<<strong>br</strong> />

Consultando a Tabela (5.34) achamos D=0,87m e adotamos o diâmetro mais próximo D=0,90m<<strong>br</strong> />

ou D=1,00m.<<strong>br</strong> />

Tabela 5.35- Velocidade aproximada da seção y/D=0,80 em função do diâmetro (m) e da<<strong>br</strong> />

declividade (m/m) conforme Metcalf&Eddy. V= (D 2/3 x S 0,5 )/ (2,52 x n) sendo n=0,015 para<<strong>br</strong> />

tubos de concreto.<<strong>br</strong> />

Declividade (m/m)<<strong>br</strong> />

D 0,003 0,005 0,01 0,015 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07 0,1<<strong>br</strong> />

0,30 0,65 0,84 1,19 1,45 1,68 2,05 2,37 2,65 2,90 3,14 3,75<<strong>br</strong> />

0,40 0,79 1,02 1,44 1,76 2,03 2,49 2,87 3,21 3,52 3,80 4,54<<strong>br</strong> />

0,50 0,91 1,18 1,67 2,04 2,36 2,89 3,33 3,73 4,08 4,41 5,27<<strong>br</strong> />

0,60 1,03 1,33 1,88 2,30 2,66 3,26 3,76 4,21 4,61 4,98 5,95<<strong>br</strong> />

0,70 1,14 1,47 2,09 2,55 2,95 3,61 4,17 4,66 5,11 5,52 6,60<<strong>br</strong> />

0,80 1,25 1,61 2,28 2,79 3,22 3,95 4,56 5,10 5,58 6,03 7,21<<strong>br</strong> />

0,90 1,35 1,74 2,47 3,02 3,49 4,27 4,93 5,51 6,04 6,52 7,80<<strong>br</strong> />

1,00 1,45 1,87 2,65 3,24 3,74 4,58 5,29 5,92 6,48 7,00 8,37<<strong>br</strong> />

1,10 1,54 1,99 2,82 3,45 3,99 4,88 5,64 6,30 6,91 7,46 8,91<<strong>br</strong> />

1,20 1,64 2,11 2,99 3,66 4,22 5,17 5,97 6,68 7,32 7,90 9,45<<strong>br</strong> />

1,30 1,73 2,23 3,15 3,86 4,46 5,46 6,30 7,05 7,72 8,34 9,96<<strong>br</strong> />

1,40 1,81 2,34 3,31 4,05 4,68 5,73 6,62 7,40 8,11 8,76 10,47<<strong>br</strong> />

1,50 1,90 2,45 3,47 4,25 4,90 6,00 6,93 7,75 8,49 9,17 10,96<<strong>br</strong> />

1,60 1,98 2,56 3,62 4,43 5,12 6,27 7,24 8,09 8,86 9,57 11,44<<strong>br</strong> />

1,70 2,06 2,66 3,77 4,62 5,33 6,53 7,54 8,43 9,23 9,97 11,92<<strong>br</strong> />

1,80 2,14 2,77 3,91 4,79 5,54 6,78 7,83 8,75 9,59 10,36 12,38<<strong>br</strong> />

1,90 2,22 2,87 4,06 4,97 5,74 7,03 8,12 9,07 9,94 10,74 12,83<<strong>br</strong> />

2,00 2,30 2,97 4,20 5,14 5,94 7,27 8,40 9,39 10,29 11,11 13,28<<strong>br</strong> />

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Capítulo 5-<strong>Microdrenagem</strong><<strong>br</strong> />

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Exemplo 5.43<<strong>br</strong> />

Achar a velocidade para declividade de 0,005m/m (0,5%) e diâmetro D=1,00 para seção a y/D=0,80.<<strong>br</strong> />

Consultando a Tabela (5.35) achamos D=1,00m e achamos V=1,87m/s<<strong>br</strong> />

Tabela 5.36- Vazão Q (m 3 /s) para y/D=0,80 em função do diâmetro (m) e da declividade (m/m)<<strong>br</strong> />

conforme Metcalf&Eddy. Q= (K´/n) D 8/3 . S 0,5 , sendo n=0,015 para tubos de concreto e<<strong>br</strong> />

K´=0,305.<<strong>br</strong> />

Declividade (m/m)<<strong>br</strong> />

D 0,003 0,005 0,01 0,015 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07 0,10<<strong>br</strong> />

0,30 0,04 0,06 0,08 0,10 0,12 0,14 0,16 0,18 0,20 0,22 0,26<<strong>br</strong> />

0,40 0,10 0,12 0,18 0,22 0,25 0,31 0,35 0,39 0,43 0,47 0,56<<strong>br</strong> />

0,50 0,18 0,23 0,32 0,39 0,45 0,55 0,64 0,72 0,78 0,85 1,01<<strong>br</strong> />

0,60 0,29 0,37 0,52 0,64 0,74 0,90 1,04 1,16 1,28 1,38 1,65<<strong>br</strong> />

0,70 0,43 0,56 0,79 0,96 1,11 1,36 1,57 1,76 1,92 2,08 2,48<<strong>br</strong> />

0,80 0,61 0,79 1,12 1,37 1,59 1,94 2,24 2,51 2,75 2,97 3,55<<strong>br</strong> />

0,90 0,84 1,09 1,54 1,88 2,17 2,66 3,07 3,43 3,76 4,06 4,85<<strong>br</strong> />

1,00 1,11 1,44 2,03 2,49 2,88 3,52 4,07 4,55 4,98 5,38 6,43<<strong>br</strong> />

1,10 1,44 1,85 2,62 3,21 3,71 4,54 5,24 5,86 6,42 6,94 8,29<<strong>br</strong> />

1,20 1,81 2,34 3,31 4,05 4,68 5,73 6,61 7,39 8,10 8,75 10,46<<strong>br</strong> />

1,30 2,24 2,89 4,09 5,01 5,79 7,09 8,19 9,15 10,03 10,83 12,94<<strong>br</strong> />

1,40 2,73 3,53 4,99 6,11 7,05 8,64 9,98 11,15 12,22 13,20 15,77<<strong>br</strong> />

1,50 3,28 4,24 5,99 7,34 8,48 10,38 11,99 13,41 14,68 15,86 18,96<<strong>br</strong> />

1,60 3,90 5,04 7,12 8,72 10,07 12,33 14,24 15,92 17,44 18,84 22,52<<strong>br</strong> />

1,70 4,58 5,92 8,37 10,25 11,84 14,50 16,74 18,72 20,50 22,15 26,47<<strong>br</strong> />

1,80 5,34 6,89 9,75 11,94 13,79 16,88 19,50 21,80 23,88 25,79 30,83<<strong>br</strong> />

1,90 6,17 7,96 11,26 13,79 15,92 19,50 22,52 25,18 27,58 29,79 35,61<<strong>br</strong> />

2,00 7,07 9,13 12,91 15,81 18,26 22,36 25,82 28,87 31,63 34,16 40,83<<strong>br</strong> />

Exemplo 5.44<<strong>br</strong> />

Achar a vazão Q (m 3 /s) para declividade de 0,005m/m (0,5%) e diâmetro D=1,10 para seção a<<strong>br</strong> />

y/D=0,80.<<strong>br</strong> />

Consultando a Tabela (5.36) achamos Q=1,44m 3 /s<<strong>br</strong> />

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Curso de Manejo de águas pluviais<<strong>br</strong> />

Capítulo 5-<strong>Microdrenagem</strong><<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 3 de agosto de 2012 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

Roteiro para um projeto de microdrenagem<<strong>br</strong> />

1. Equação das chuvas intensas<<strong>br</strong> />

Usar a equação existente e válida para o município Não havendo equação de chuva intensa<<strong>br</strong> />

usar o programa Pluvio 2.1 da Universidade de Viçosa.<<strong>br</strong> />

2. Tempo de concentração<<strong>br</strong> />

Existem várias equações para o tempo de concentração. Não esquecer do tempo de entrada de<<strong>br</strong> />

10min ou 5min para região mais concentração.<<strong>br</strong> />

3. Período de retorno<<strong>br</strong> />

O período de retorno que deve ser admitido é Tr=25anos, mas dependendo da cidade ou do<<strong>br</strong> />

local pode-se adotar outros períodos de retorno.<<strong>br</strong> />

4. Método Racional<<strong>br</strong> />

O método Racional é usado para áreas até 3km 2 e usado em todo o mundo para o<<strong>br</strong> />

dimensionamento de galerias de águas pluviais devido a facilidade de cálculos.<<strong>br</strong> />

5. Colocação de PV<<strong>br</strong> />

Com a planta do loteamento colocam-se PV nas esquinas, nas mudanças de níveis de maneira<<strong>br</strong> />

que a distância máxima entre eles seja de 50m.<<strong>br</strong> />

Da mesma maneira se colocam bocas de lobo de no máximo em 60m de espaçamento uma da<<strong>br</strong> />

outra.<<strong>br</strong> />

6. Áreas de influência de cada boco de lobo<<strong>br</strong> />

Com a colocação das bocas de lobo calculam-se as áreas de influência de cada boca de lobo<<strong>br</strong> />

que será da ordem de 1500m 2 a 2000m 2 . O estudo é feito por tentativas. Um método expedito<<strong>br</strong> />

para achar o tc em minutos é baseado nos estudos de Denver: tc= L/45 +10.<<strong>br</strong> />

7. Capacidade máxima das sarjetas<<strong>br</strong> />

Admite-se uma máxima altura de água na rua devido a segurança de veículos (aquaplanagem)<<strong>br</strong> />

e pedestres.<<strong>br</strong> />

8. Dimensionamento do tubo<<strong>br</strong> />

As tubulações deverão ser calculadas <strong>com</strong> máximo y/D=0,80 <strong>com</strong> velocidades mínima de<<strong>br</strong> />

0,60m/s e máxima de 5 m/s.<<strong>br</strong> />

9. Perdas de cargas conduto livre<<strong>br</strong> />

Verificar se existe trecho em que a tubulação trabalhará <strong>com</strong>o conduto forçado e calcular por<<strong>br</strong> />

Hazen-Willians <strong>com</strong> o valor de C adequado <strong>com</strong> velocidade menores ou iguais a 1,50m/s.<<strong>br</strong> />

Tomar o cuidado para que não haja extravasamento de poço de visita.<<strong>br</strong> />

Manter no mínimo 0,30m de nível máximo da água no PV.<<strong>br</strong> />

10. Ramal da boca de lobo<<strong>br</strong> />

O ramal da boca de lobo não é dimensionado. O diâmetro mínimo é 0,40 e a declividade<<strong>br</strong> />

mínima é 1%. O dimensionamento é de tubo curto, isto é, bueiro que é muito trabalhoso de se<<strong>br</strong> />

calcular.<<strong>br</strong> />

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Capítulo 5-<strong>Microdrenagem</strong><<strong>br</strong> />

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11. Tampões de ferro fundido<<strong>br</strong> />

Os tampões de ferro fundido adotados normalmente são de 600mm ou 800mm conforme a<<strong>br</strong> />

autoridade local.<<strong>br</strong> />

12. Lançamento em córregos e rios<<strong>br</strong> />

No lançamento tomar cuidado <strong>com</strong> excesso de velocidade e da necessidade de dissipador de<<strong>br</strong> />

energia para evitar erosão.<<strong>br</strong> />

13. Número de Froude<<strong>br</strong> />

O número de Froude entre 0,8 e 1,2 deve ser evitado devido a instabilidade do nível de água.<<strong>br</strong> />

Assim o regime é todo fluvial ou todo crítico. Em tubulações de pequeno diâmetro o número<<strong>br</strong> />

de Froude não é muito importante.<<strong>br</strong> />

14. O projeto deverá ser refeito se o custo for muito alto ou se a solução técnica não for<<strong>br</strong> />

satisfatória.<<strong>br</strong> />

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Capítulo 5-<strong>Microdrenagem</strong><<strong>br</strong> />

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5.48 Bibliografia e livros consultados<<strong>br</strong> />

-AKAN, A. OSMAN. Urban Stormwater Hydrology. Technomic, 1993, 268 páginas<<strong>br</strong> />

-ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS FABRICANTES DE TUBOS DE CONCRETO (ABTC).<<strong>br</strong> />

Aduelas.<<strong>br</strong> />

-ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS FABRICANTES DE TUBOS DE CONCRETO (ABTC).<<strong>br</strong> />

Projeto estrutural de tubos circulares de concreto armado.<<strong>br</strong> />

-ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS FABRICANTES DE TUBOS DE CONCRETO (ABTC).<<strong>br</strong> />

Coeficiente de Manning.<<strong>br</strong> />

-ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS FABRICANTES DE TUBOS DE CONCRETO (ABTC).<<strong>br</strong> />

Cadernos de encargos so<strong>br</strong>e projetos de drenagem pluvial urbana.<<strong>br</strong> />

-CHIN, DAVID A. Water resources Engineering. Prentice Hall, 2001. 749páginas.<<strong>br</strong> />

-CHOW, VEN TE, MAIDMENT, DAVID R. E MAYS, LARRY W. Applied hydrology. 1988<<strong>br</strong> />

McGraw.Hill, 572 páginas.<<strong>br</strong> />

-CHOW, VEN TE. Open channel Hydraulics. 21a ed. 1985 McGraw.Hill, 680 páginas.<<strong>br</strong> />

-CIRIA Designing for exceedance in urban drainge- good practiced. Ciria, c635, publicado em 2006<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> ISBN 0-86017-635-5, Londres.<<strong>br</strong> />

-CLARK COUNTY. Hydrologic criteria and drainage design manul. 12 de agosto de 1999.<<strong>br</strong> />

-DAEE/CETESB, Drenagem Urbana- Manual de Projeto, 2ª ed, 1980, São Paulo, DAEE, 468<<strong>br</strong> />

páginas.<<strong>br</strong> />

-DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES (DNIT) .<<strong>br</strong> />

MINISTERIO DOS TRANSPORTES (MIT). Manual de drenagem de rodovias. Rio de Janeiro,<<strong>br</strong> />

2006. Publicação IPR-724.<<strong>br</strong> />

-DOUGLAS COUNTY. Storm drainage design and technical criteria manual. Julho, 2006<<strong>br</strong> />

-FEDERAL HIGHWAY ADMINISTRATION. Urban Drainage Design Manual. November 1996.<<strong>br</strong> />

HEC 22, Metric Version.<<strong>br</strong> />

-HAESTAD METHODs. Storm sewer design. Chapter 10, ano 2002.<<strong>br</strong> />

-INTERNET-http://www.dec.ufcg.edu.<strong>br</strong>/saneamento/Dren05.html, acessado em 5 de fevereiro de<<strong>br</strong> />

2008.<<strong>br</strong> />

-LIMA, ANTONIO FIGUEIREDO et al. Projeto e construção de redes de esgotos. João Pessoa, 12<<strong>br</strong> />

setem<strong>br</strong>o de 1987, ABES-Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental. 451 páginas.<<strong>br</strong> />

-LOGANATHAM G.V. et al. Urban Stormwater management; in Water Resources Handbook, Mays,<<strong>br</strong> />

Larry W. 1996, McGraw Hill.<<strong>br</strong> />

-MAYS, LARRY W. Water Resources Engineering, 1ª ed, John Wiley&Sons, 2001, 761 páginas;<<strong>br</strong> />

-MCCUEN, RICHARD H. Hydrologic analysis and design. 2a ed. New Jersey, Prentice Hall, 814p.<<strong>br</strong> />

-NICKLOW, JOHN W. Design of stormwater inlets. In Mays, Larry, Stormwater collection systems<<strong>br</strong> />

design handbook, 2001.<<strong>br</strong> />

-POMPÊO, CESAR AUGUSTO. Sistemas urbanos de microdrenagem. Florianópolis, a<strong>br</strong>il de 2001.<<strong>br</strong> />

Notas de aula.<<strong>br</strong> />

-PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE. Sistema de microdrenagem. Outu<strong>br</strong>o de<<strong>br</strong> />

2004<<strong>br</strong> />

-PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO (PMSP). Classificação de vias IP-02 no município<<strong>br</strong> />

de São Paulo.<<strong>br</strong> />

-PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO (PMSP). Diretrizes básicas para projetos de<<strong>br</strong> />

drenagem urbana no município de São Paulo, Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica 1998. 279<<strong>br</strong> />

páginas.<<strong>br</strong> />

-PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO (PMSP). Instrução de projeto geométrico IP-03 no<<strong>br</strong> />

município de São Paulo.<<strong>br</strong> />

-SANTA CLARA COUNTY. Drainage Manual. California, julho de 2007<<strong>br</strong> />

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Curso de Manejo de águas pluviais<<strong>br</strong> />

Capítulo 5-<strong>Microdrenagem</strong><<strong>br</strong> />

Engenheiro Plínio Tomaz 3 de agosto de 2012 pliniotomaz@uol.<strong>com</strong>.<strong>br</strong><<strong>br</strong> />

-STEIN, STUART M. E YOUNG, G. KENETH. Hydraulic design of drainage for Higways. In<<strong>br</strong> />

Mays, 1999 Hydraulic Design Handbook.<<strong>br</strong> />

-SUBRAMANYA, K, Flow in open channels. TataMcGraw-Hiull, New Delhi, 2009, 3a ed.<<strong>br</strong> />

548páginas.<<strong>br</strong> />

-TEXAS, DEPARTAMENT OF TRANSPORTATION. Hydraulic design Manual, 487 páginas,<<strong>br</strong> />

março de 2004.<<strong>br</strong> />

-TOMAZ, PLINIO. Cálculos hidrológicos e hidráulicos para o<strong>br</strong>as municipais. Ano 2002, São<<strong>br</strong> />

Paulo, Editora Navegar, Esgotado 475páginas.<<strong>br</strong> />

-TUCCI, CARLOS E. M. et al. Hidrologia- ciência e aplicação. ABRH, 1993, 943 páginas<<strong>br</strong> />

-WILKEN, PAULO SAMPAIO. Engenharia de drenagem superficial. São Paulo, CETESB, 1978,<<strong>br</strong> />

477 páginas.<<strong>br</strong> />

-YEN, BEN CHIE. Hydraulics of sewer systems. In Mays, Larry, Stormwater collection systems<<strong>br</strong> />

design handbook, 2001.<<strong>br</strong> />

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