comportamento estrutural e dimensionamento de ... - SET - USP
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Comportamento <strong>estrutural</strong> e <strong>dimensionamento</strong> <strong>de</strong> elementos mistos aço-concreto<br />
61<br />
tc<br />
b<br />
0,85fck<br />
L.N.P. -<br />
0,85fck<br />
L.N.P. -<br />
hF<br />
d<br />
CG<br />
tw<br />
L.N.P.<br />
+<br />
-<br />
fy<br />
L.N.P.<br />
+<br />
-<br />
fy<br />
M<br />
tf<br />
bf<br />
fy<br />
0<br />
fy<br />
0<br />
a)<br />
Seção<br />
Transversal<br />
b)<br />
L.N.P. na<br />
mesa superior<br />
c)<br />
L.N.P. na<br />
alma<br />
Figura 10 - Distribuição <strong>de</strong> tensões em vigas mistas sob momento positivo – Interação parcial<br />
No caso <strong>de</strong> interação parcial, para levar em consi<strong>de</strong>ração o efeito <strong>de</strong> escorregamento, as<br />
normas brasileira, americana e a cana<strong>de</strong>nse recomendam a substituição do módulo <strong>de</strong> resistência<br />
elástico da seção homogeneizada por um módulo <strong>de</strong> resistência elástico reduzido (ou efetivo),<br />
que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do grau <strong>de</strong> conexão.<br />
Com relação à fase construtiva, no caso <strong>de</strong> construção não escorada, além das<br />
verificações <strong>de</strong> resistência como viga mista, <strong>de</strong>ve-se fazer verificações adicionais da viga <strong>de</strong> aço<br />
isolada.<br />
Deslocamentos<br />
Os <strong>de</strong>slocamentos verticais são calculados pelo processo elástico, <strong>de</strong>vendo-se incluir, ao<br />
<strong>de</strong>terminar as proprieda<strong>de</strong>s da seção homogeneizada, o efeito da fluência do concreto,<br />
reduzindo-se o módulo <strong>de</strong> elasticida<strong>de</strong> do concreto.<br />
No caso <strong>de</strong> interação parcial, o efeito <strong>de</strong> escorregamento provoca um acréscimo nos<br />
<strong>de</strong>slocamentos verticais. Esse acréscimo, em geral, é consi<strong>de</strong>rado pelas normas.<br />
As normas brasileira, americana e cana<strong>de</strong>nse recomendam, na <strong>de</strong>terminação dos<br />
<strong>de</strong>slocamentos verticais, a substituição do momento <strong>de</strong> inércia da seção homogeneizada por um<br />
momento <strong>de</strong> inércia reduzido, que é função do grau <strong>de</strong> conexão.<br />
Com respeito à fase construtiva, no caso <strong>de</strong> construção não escorada, os <strong>de</strong>slocamentos<br />
<strong>de</strong>vem ser obtidos consi<strong>de</strong>rando-se a superposição <strong>de</strong> dois casos: o carregamento atuante na<br />
viga <strong>de</strong> aço antes da cura do concreto e o carregamento atuante após a cura do concreto,<br />
consi<strong>de</strong>rando-se agora a seção mista.<br />
3.5.2 Região <strong>de</strong> momentos negativos<br />
Conforme já mencionado, o <strong>dimensionamento</strong> <strong>de</strong> vigas mistas submetidas a momentos<br />
fletores negativos torna-se mais complexo que o <strong>de</strong> vigas submetidas apenas à momentos<br />
positivos, <strong>de</strong>vido aos efeitos <strong>de</strong> fissuração do concreto e das instabilida<strong>de</strong>s associadas ao perfil<br />
<strong>de</strong> aço, verificados na região dos apoios.<br />
As normas diferem quanto aos procedimentos <strong>de</strong> cálculo sobre as vigas mistas<br />
contínuas, verificando-se que existe carência <strong>de</strong> uma abordagem mais completa sobre o assunto.<br />
A norma brasileira, por exemplo, especifica que a resistência <strong>de</strong> vigas mistas sob<br />
momentos negativos seja admitida igual a da viga <strong>de</strong> aço isolada, não permitindo que se<br />
consi<strong>de</strong>re a contribuição da armadura longitudinal contida na largura efetiva da laje.<br />
Obviamente, isso acarreta em um <strong>dimensionamento</strong> bastante conservador. Semelhante à norma<br />
americana e à cana<strong>de</strong>nse, a NBR 8800 não aborda outros aspectos relevantes no<br />
Ca<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Estruturas, São Carlos, v. 7, n. 25, p. 51-84, 2005