comportamento estrutural e dimensionamento de ... - SET - USP
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Gerson Moacyr Sisniegas Alva & Maximiliano Malite<br />
Deve-se efetuar o correspon<strong>de</strong>nte incremento nos momentos fletores positivos dos vãos<br />
adjacentes. Este método po<strong>de</strong> ser utilizado quando a diferença entre vãos (distância entre<br />
apoios) adjacentes não for maior que 25% e os carregamentos nos tramos da viga forem iguais.<br />
Caso contrário, <strong>de</strong>ve-se utilizar o limite inferior <strong>de</strong> redução, ou seja, f 1 = 0,6.<br />
No caso <strong>de</strong> vigas não escoradas, multiplica-se o momento fletor no apoio, <strong>de</strong>terminado<br />
conforme os dois parágrafos anteriores, por um fator <strong>de</strong> redução adicional f 2 :<br />
f 2 = 0,5, caso a tensão <strong>de</strong> escoamento seja atingida antes do endurecimento da laje <strong>de</strong> concreto;<br />
f 2 = 0,7, caso a tensão <strong>de</strong> escoamento, resultante <strong>de</strong> cargas adicionais aplicadas, seja atingida<br />
<strong>de</strong>pois do endurecimento da laje <strong>de</strong> concreto.<br />
Os <strong>de</strong>slocamentos em vigas mistas contínuas são calculados em função dos momentos<br />
solicitantes já reduzidos.<br />
Fissuração do concreto:<br />
Esta norma apresenta diversos procedimentos e condições que permitem o controle da<br />
fissuração do concreto, on<strong>de</strong> <strong>de</strong>vem ser estabelecidos limites apropriados da abertura <strong>de</strong> fissura<br />
no concreto, levando-se em conta a função e natureza da estrutura.<br />
Em vigas mistas submetidas a momentos negativos, nas quais não se realize nenhum<br />
controle da abertura <strong>de</strong> fissuras do concreto, a taxa <strong>de</strong> armadura longitudinal disposta na largura<br />
efetiva da laje não <strong>de</strong>ve ser inferior a 0,4% da área efetiva da laje para construção escorada e<br />
0,2% da área efetiva da laje para construção não escorada.<br />
Quando for necessário o controle da abertura da fissura no concreto, a área mínima <strong>de</strong><br />
armadura longitudinal A s necessária na região <strong>de</strong> momentos negativos em vigas mistas é dada<br />
por:<br />
Act<br />
As<br />
= KK<br />
c<br />
f<br />
ct<br />
(4)<br />
σ<br />
st<br />
on<strong>de</strong><br />
K é um coeficiente <strong>de</strong>finido conforme o EUROCODE 2 (1992): “Projeto <strong>de</strong> estruturas <strong>de</strong><br />
concreto”. Segundo o EUROCODE 4, po<strong>de</strong>-se assumir o valor 0,8;<br />
K c é um coeficiente que leva em conta a distribuição <strong>de</strong> tensões na laje <strong>de</strong> concreto antes da<br />
fissuração. Po<strong>de</strong>-se adotar, <strong>de</strong> forma conservadora, o valor 0,9.<br />
z o é a distância entre o centro <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong> da laje e o centro <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong> da seção<br />
homogeneizada, <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rando-se a armadura;<br />
f ct é a resistência do concreto à tração. Adota-se como valor mínimo 3,0 MPa;<br />
A ct é a área efetiva <strong>de</strong> concreto submetida à tração;<br />
σ st é a máxima tensão permitida na armadura, a qual <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do diâmetro máximo das barras,<br />
conforme a tabela 6:<br />
Tabela 6 - Máxima tensão nas barras da armadura em função do diâmetro em barras <strong>de</strong> alta<br />
a<strong>de</strong>rência<br />
Diâmetro máximo das 6 8 10 12 16 20 25 32<br />
barras (mm)<br />
Abertura da fissura<br />
Máxima tensão na armadura σ st (MPa)<br />
0,3 mm 450 400 360 320 280 240 200 160<br />
0,5 mm 500 500 500 450 380 340 300 260<br />
Quando a armadura necessária para resistir ao momento fletor, calculada no estado<br />
limite último, for maior que a armadura mínima <strong>de</strong> fissuração, a tensão <strong>de</strong> tração atuante na<br />
armadura σ s , obtida pelo cálculo elástico, <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>terminada por:<br />
Ca<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Estruturas, São Carlos, v. 7, n. 25, p. 51-84, 2005