comportamento estrutural e dimensionamento de ... - SET - USP
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Gerson Moacyr Sisniegas Alva & Maximiliano Malite<br />
aço ofereceu vantagens em termos <strong>de</strong> economia e <strong>de</strong> rapi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> execução. O objetivo <strong>de</strong>sta<br />
combinação foi conciliar a rigi<strong>de</strong>z do concreto na resistência aos carregamentos laterais com o<br />
menor peso do material aço e sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vencer vãos maiores em estruturas do tipo<br />
pórtico.<br />
No Brasil, as primeiras construções mistas restringiram-se a alguns edifícios e pequenas<br />
pontes construídas entre os anos <strong>de</strong> 1950 e 1960. MALITE (1990) ressalva que, com o aumento<br />
da produção <strong>de</strong> aço <strong>estrutural</strong> no Brasil e com a busca <strong>de</strong> novas soluções arquitetônicas e<br />
estruturais, foram construídos vários edifícios no sistema misto nos últimos anos. As estruturas<br />
mistas foram normatizadas pela primeira vez em 1986 pela NBR-8800: “Projeto e Execução <strong>de</strong><br />
Estruturas <strong>de</strong> Aço <strong>de</strong> Edifícios”, a qual aborda o <strong>dimensionamento</strong> e execução somente dos<br />
elementos mistos submetidos à flexão (vigas mistas).<br />
Comparando-se com as condições correntes do concreto armado, a construção em<br />
sistema misto aço-concreto é competitiva para estruturas <strong>de</strong> vãos médios a elevados,<br />
caracterizando-se pela rapi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> execução e pela significativa redução do peso total da<br />
estrutura, propiciando assim fundações mais econômicas.<br />
A proteção contra o fogo é um fator que, por afetar o custo final da estrutura, influencia<br />
a escolha entre as estruturas <strong>de</strong> concreto, mistas e <strong>de</strong> aço. O preenchimento ou o revestimento <strong>de</strong><br />
perfis <strong>de</strong> aço com concreto, constituindo elementos mistos, po<strong>de</strong>m ser soluções econômicas<br />
quando é necessária a proteção contra o fogo e contra a corrosão.<br />
2 CONECTORES DE CISALHAMENTO<br />
Realizam a ligação entre o elemento <strong>de</strong> aço e a laje <strong>de</strong> concreto. Cumprem a função <strong>de</strong><br />
absorver os esforços <strong>de</strong> cisalhamento nas duas direções e <strong>de</strong> impedir o afastamento vertical<br />
entre a laje e viga <strong>de</strong> aço.<br />
Os conectores classificam-se em flexíveis e rígidos. O conceito <strong>de</strong> rigi<strong>de</strong>z, neste caso,<br />
está relacionado com a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> restrição ao escorregamento imposta pela ligação viga <strong>de</strong><br />
aço/laje <strong>de</strong> concreto. Os conectores do tipo pino com cabeça são os mais utilizados <strong>de</strong>ntre os<br />
flexíveis, na maioria dos países, <strong>de</strong>vido à facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fabricação utilizando o processo <strong>de</strong><br />
soldagem semi-automático. Além disso, apresentam a mesma resistência em todas direções. A<br />
figura 1 ilustra alguns dos tipos <strong>de</strong> conectores mais utilizados.<br />
a) Pino com cabeça (STUD)<br />
d) Espiral<br />
b) Perfil "U" laminado<br />
e) Pino com gancho<br />
c) Barra com alça<br />
Figura 1- Tipos usuais <strong>de</strong> conectores<br />
Ca<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Estruturas, São Carlos, v. 7, n. 25, p. 51-84, 2005