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1 UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro CFCH – Centro ...

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No que se refere à saú<strong>de</strong>, essa política operou até os anos 80 através <strong>de</strong> um<br />

quadro institucional muito fragmenta<strong>do</strong>, on<strong>de</strong> também prevalecia a dicotomia entre<br />

prevenção e cura.<br />

O movimento social <strong>de</strong> apoio à reforma sanitária, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o final <strong>do</strong>s anos 70,<br />

orientou-se pelos seguintes e principais princípios: <strong>de</strong>scentralização, com ênfase na<br />

unida<strong>de</strong> fe<strong>de</strong>rada e aumento <strong>do</strong> papel <strong>do</strong>s municípios; integração <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong> gestora<br />

em cada nível <strong>de</strong> governo; participação da socieda<strong>de</strong> civil como forma <strong>de</strong> controle<br />

social; integração, <strong>de</strong> forma sistêmica, das ações preventivas e curativas. (Draibe, 2000)<br />

Já no ambiente da <strong>de</strong>mocratização <strong>do</strong> país, a reforma culminou com a<br />

consagração, na Constituição <strong>de</strong> 1988, <strong>de</strong> uma nova forma institucional <strong>de</strong>nominada<br />

Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> – SUS, integrada à Segurida<strong>de</strong> Social, juntamente com a<br />

Previdência Social e a Assistência Social, e apoiada no direito universal da população à<br />

saú<strong>de</strong>. (Draibe, 2000)<br />

A <strong>de</strong>scentralização <strong>do</strong> SUS, no início, sustentou-se em três modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

gestão (NOB-01/93): a gestão incipiente, a gestão parcial e a gestão semi-plena. Até o<br />

final <strong>de</strong> 1997, 57% <strong>do</strong>s municípios já se enquadrava nas mesmas, sen<strong>do</strong> que apenas 2 %<br />

na gestão semi-plena (aproximadamente 16% da população). (Arretche, 2000; Arretche<br />

e Marques, 1999; Draibe, 2000)<br />

Em 1996, com a modificação <strong>de</strong>ssa norma operacional básica para a NOB-<br />

01/96, a sistemática <strong>de</strong> <strong>de</strong>scentralização foi simplificada para duas modalida<strong>de</strong>s: a Plena<br />

<strong>de</strong> Atenção Básica (com maior grau <strong>de</strong> autonomia) e a Plena <strong>do</strong> Sistema Municipal (ou<br />

Estadual), que supõe a assunção total da gestão por parte <strong>do</strong> município. (Draibe, 2000)<br />

Atualmente 99% <strong>do</strong>s municípios já se encontram enquadra<strong>do</strong>s, sen<strong>do</strong> que<br />

aproximadamente 80% estão na modalida<strong>de</strong> Plena <strong>de</strong> Atenção Básica. Neste quadro,

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