1 UFRJ â Universidade Federal do Rio de Janeiro CFCH â Centro ...
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46<br />
Vale a pena citar que esses resulta<strong>do</strong>s muitas vezes são questiona<strong>do</strong>s, a partir <strong>do</strong><br />
momento que po<strong>de</strong>m gerar a interpretação <strong>de</strong> que com essas ações <strong>do</strong> ramo empresarial,<br />
diminui a responsabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> setor público quanto às suas políticas sociais.<br />
Percebem-se ainda alguns para<strong>do</strong>xos neste contexto quan<strong>do</strong>, na mesma pesquisa,<br />
encontra-se um índice <strong>de</strong> 79% das empresas que <strong>de</strong>clararam que aten<strong>de</strong>r a comunida<strong>de</strong>s<br />
carentes já faz parte <strong>de</strong> sua estratégia institucional, embora apenas 38% formalizem essa<br />
participação em <strong>do</strong>cumentação interna.<br />
Esta atuação, entretanto, ten<strong>de</strong> a se consolidar, uma vez que o discurso <strong>do</strong>s<br />
empresários direciona-se para a interpretação <strong>de</strong> que o envolvimento social é bom não<br />
só para os próprios, como também para as empresas e para a comunida<strong>de</strong>.<br />
No que se refere à i<strong>de</strong>ntificação das ações existe uma confluência clara e<br />
majoritária para quatro áreas em especial: assistência, alimentação, saú<strong>de</strong> e educação,<br />
principalmente as duas últimas, o que po<strong>de</strong> caracterizar mais fortemente a compreensão<br />
<strong>de</strong> que estas não <strong>de</strong>vem ser apenas assistenciais, mas parte <strong>de</strong> um projeto <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>senvolvimento, em linha com os objetivos <strong>de</strong>clara<strong>do</strong>s das políticas sociais. Os<br />
projetos procuram ser inter-relacionadas e pauta<strong>do</strong>s na lógica da integração e<br />
intersetorialida<strong>de</strong> no atendimento à <strong>de</strong>manda das comunida<strong>de</strong>s.<br />
Isto nos leva a observar que “embora seja possível i<strong>de</strong>ntificar, em algumas das<br />
ações relacionadas, traços <strong>de</strong> paralelismo e superposições com respeito às ações<br />
governamentais, no geral, o potencial <strong>do</strong> atendimento presta<strong>do</strong> pelas empresas é muito<br />
mais o <strong>de</strong> complementar <strong>do</strong> que o <strong>de</strong> substituir o Esta<strong>do</strong>”. (Peliano (coord.), IPEA,<br />
2000)<br />
Cresce, simultaneamente, a preocupação em afastar-se das ações emergenciais e<br />
direcionar-se para propostas mais elaboradas e transforma<strong>do</strong>ras. Principalmente no que