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Anais do I Congresso de Bioetica e Bem-Estar Animal - Unoesc

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<strong>Anais</strong> <strong>do</strong> I <strong>Congresso</strong> Brasileiro <strong>de</strong> Bioética e <strong>Bem</strong>-<strong>Estar</strong> <strong>Animal</strong> e<br />

I Seminário Nacional <strong>de</strong> Biossegurança e Biotecnologia <strong>Animal</strong><br />

105<br />

da saú<strong>de</strong> mental <strong>de</strong> nossa socieda<strong>de</strong>, ajudan<strong>do</strong> a manter o equilíbrio emocional (ELUL;<br />

MARCHIAFAVA, 1964). Neste senti<strong>do</strong>, os aspectos etnoveterinários tem gran<strong>de</strong><br />

importância, especialmente quan<strong>do</strong> nos referimos aos imaginários, representações e<br />

funções que os animais <strong>de</strong> companhia representam em nossas comunida<strong>de</strong>s urbanas<br />

lationamericanas (MALDONADO, 2005).<br />

A discussão ética no controle das populações <strong>de</strong> cães e gatos acontece num<br />

perío<strong>do</strong> transacional na saú<strong>de</strong> pública veterinária, focan<strong>do</strong> esses animais não apenas como<br />

potenciais zoonóticos, mas sim, como integrantes das famílias e comunida<strong>de</strong>s, e com valor<br />

intrínseco agrega<strong>do</strong>. Os cães e gatos são agentes que interferem na promoção da saú<strong>de</strong>,<br />

positiva ou negativamente, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> da guarda responsável e das políticas públicas<br />

implantadas, seja para a estabilização <strong>de</strong>ssas populações e prevenção das zoonoses e<br />

<strong>de</strong>mais agravos que esses animais possam produzir ao individuo e coletivida<strong>de</strong>, seja para<br />

o bem-estar <strong>do</strong>s próprios animais (GARCIA, 2006).<br />

Ações efetivas para o controle populacional <strong>de</strong> cães e gatos - o registro e<br />

i<strong>de</strong>ntificação, controle da reprodução, educação e legislações pertinentes, recolhimento<br />

seletivo e ações específicas para animais comunitários - foram recomendadas pela<br />

primeira vez por órgão estadual público no Brasil em 2005, bem como o manejo etológico<br />

em todas as ações (SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE SÃO PAULO, 2006).<br />

Também a implantação <strong>de</strong> cursos <strong>de</strong> capacitação específicos para os funcionários que<br />

lidam com o controle populacional são recentes no Brasil (INSTITUTO TÉCNICO DE<br />

EDUCAÇÃO E CONTROLE ANIMAL, 2007).<br />

Analisan<strong>do</strong> parte da ca<strong>de</strong>ia <strong>do</strong> controle populacional <strong>de</strong> cães e gatos são <strong>de</strong>tecta<strong>do</strong>s<br />

alguns pontos críticos <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s como “pontos <strong>de</strong> estrangulamento” para o bem-estar<br />

humano, animal ou da comunida<strong>de</strong>, isto é, áreas on<strong>de</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento das ações po<strong>de</strong>m<br />

gerar mal estar para os seres humanos (funcionários ou comunida<strong>de</strong>) e/ou para os animais<br />

e que permitem uma discussão ética<br />

1. A forma <strong>de</strong> recolhimento <strong>do</strong>s animais: Envolve o processo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a tomada <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>cisão da retirada <strong>do</strong> animal até o transporte <strong>do</strong> mesmo. Po<strong>de</strong>mos dividir esse ponto <strong>de</strong><br />

estrangulamento (PE) em 5 fases e a seqüência das ações <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada caso, sen<strong>do</strong> a<br />

Fase 1 (contato com a comunida<strong>de</strong>) <strong>de</strong> fundamental importância que possa, sempre que<br />

possível, acontecer em primeiro lugar:<br />

a. Fase 1: contato com a comunida<strong>de</strong> ou representação local: a análise ou interação<br />

com to<strong>do</strong>s os envolvi<strong>do</strong>s é <strong>de</strong> fundamental importância para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão. Coletar<br />

informações sobre a situação e o contexto que o animal sem controle está inseri<strong>do</strong> nessa<br />

comunida<strong>de</strong>. Como ação <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública e promoção da saú<strong>de</strong>, fazer a comunida<strong>de</strong><br />

participar da tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.<br />

b. Fase 2: análise da situação <strong>do</strong> animal;<br />

c. Fase 3: análise <strong>do</strong> ambiente;<br />

d. Fase 4: tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão: nessa fase, po<strong>de</strong>rá ocorrer ou não o recolhimento <strong>do</strong><br />

animal.<br />

e. Fase 5: recolhimento: passa pelo processo <strong>de</strong> manejo para o recolhimento<br />

(interação com o animal, aproximação, intervenção para contenção / imobilização,<br />

embarque no veículo <strong>de</strong> transporte, transporte);<br />

2. A internação <strong>do</strong> animal no serviço <strong>de</strong> controle animal (centro <strong>de</strong> controle <strong>de</strong><br />

zoonoses, canil municipal, etc): envolve as seguintes ações:<br />

Sistema CFMV/CRMVs - Comissão <strong>de</strong> Ética, Bioética e <strong>Bem</strong>-<strong>Estar</strong> <strong>Animal</strong> e Comissão <strong>de</strong> Biotecnologia e Biossegurança

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