Download - Câmara Municipal do Porto
Download - Câmara Municipal do Porto
Download - Câmara Municipal do Porto
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
GRANDE ENTREVISTA<br />
041<br />
tica e <strong>do</strong>s sistemas de informação; a dificuldade em submeter as empresas<br />
municipais a um funcionamento em que fosse possível criar uma holding<br />
centraliza<strong>do</strong>ra e racionaliza<strong>do</strong>ra de vários processos de gestão). Do la<strong>do</strong><br />
oposto, orgulho-me em particular <strong>do</strong> Gabinete <strong>do</strong> Munícipe (da ideia que<br />
tive e, sobretu<strong>do</strong>, <strong>do</strong> extraordinário trabalho realiza<strong>do</strong> pelas pessoas que<br />
tiveram a responsabilidade de a implementar). Verifiquei, durante vários<br />
anos, que o Gabinete <strong>do</strong> Munícipe constituía uma das realizações mais admiradas<br />
<strong>do</strong> Município <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e da sua Câmara <strong>Municipal</strong>, merece<strong>do</strong>ra de<br />
muitas referências elogiosas e mesmo de vários prémios; espero que assim<br />
continue por muitos e bons anos, melhora<strong>do</strong> sempre.<br />
O Norte tem um imenso capital de queixa<br />
em relação à concentração da despesa<br />
pública, e sobretu<strong>do</strong> <strong>do</strong> investimento<br />
público, na Área Metropolitana de Lisboa.<br />
Partilho este capital de queixa, de que<br />
procuro retirar consequências políticas.<br />
Dito isto, não gostaria de entrar em<br />
apreciações sobre projectos concretos,<br />
que nem sempre conheço em toda a sua<br />
extensão.<br />
Com um défice da ordem <strong>do</strong>s 9,4% <strong>do</strong><br />
PIB, um endividamento externo elevadíssimo<br />
e mais de meio milhão de desemprega<strong>do</strong>s,<br />
como e quan<strong>do</strong> pensa que vamos<br />
sair disto?<br />
Só há uma forma aceitável de “sair disto”:<br />
produzir mais, leia-se, crescer economicamente,<br />
o que, nas condições existentes, só<br />
pode significar produzir mais para exportar<br />
mais. Tenho dito, com inteiro senti<strong>do</strong><br />
da responsabilidade e sem querer ofender<br />
ninguém, que se torna necessário to<strong>do</strong> um<br />
outro programa político, a começar por um<br />
novo Programa de Governo. Mas, para já,<br />
é necessário resolver problemas urgentes<br />
de tesouraria, equilibrar as contas e fazer<br />
com que a confiança <strong>do</strong>s cre<strong>do</strong>res recupere;<br />
só depois será possível “começar de<br />
novo”, esperemos que em boa direcção.<br />
«O PORTO COMEÇA A APARECER NO<br />
‘MAPA DAS INDÚSTRIAS CRIATIVAS’»<br />
Como tem encara<strong>do</strong> esta recente “movida” nocturna <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> e quais os efeitos, até<br />
a nível de atractividade económica, que esta “onda” pode provocar na cidade?<br />
Por razões que se prendem com a minha vida pessoal não sou um grande frequenta<strong>do</strong>r<br />
da “noite <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>”, em particular desta sua nova frente artístico-cultural.<br />
Aprecio, mesmo assim, o esforço de revitalização que tem vin<strong>do</strong> a fazer-se, e os<br />
seus primeiros resulta<strong>do</strong>s; o <strong>Porto</strong> começa a aparecer no “mapa das indústrias criativas”,<br />
a ponto de merecer referências tão reconfortantes e tão estimulantes como<br />
a que nos foi feita pelo Senhor Presidente da República no seu discurso <strong>do</strong> passa<strong>do</strong><br />
dia 25 de Abril. Inicia<strong>do</strong> o caminho, sou defensor de uma postura de rigor, incluin<strong>do</strong><br />
nomeadamente “uma métrica de resulta<strong>do</strong>s” (não tanto de dinheiro gasto mas<br />
de número de pessoas que residem, número de pessoas que nos visitam, número de<br />
pessoas que trabalham, negócios efectua<strong>do</strong>s, empregos cria<strong>do</strong>s, rendimento gera<strong>do</strong> e<br />
distribuí<strong>do</strong>, etc.).