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HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 11<br />
Palácio de Palhavã<br />
Memórias senhoriais<br />
O Palácio de Palhavã encerra em si toda a grandeza arquitectónica e aura artística<br />
de uma imponente mansão senhorial do século XVII. As suas paredes perpetuam histórias<br />
e, em cada recanto, sente-se o segredar das muitas influências que, ao longo do tempo,<br />
se traduziram no enriquecimento do seu legado artístico. O palácio é actualmente<br />
a residência oficial do Embaixador de Espanha em Portugal.<br />
Breve enquadramento histórico<br />
A construção do Palácio de Palhavã, na quinta com o mesmo<br />
nome localizada na freguesia de São Sebastião da Pedreira,<br />
em Lisboa, data de 1660, por ordem de 2.º Conde de Sarzedas,<br />
D. Luís Lobo da Silveira. O palácio viria assim a erguer-se<br />
numa zona rural próxima do centro histórico, na altura conhecida<br />
por sítio da Palhavã, e seria a residência da família Sarzedas<br />
durante largos anos. O filho primogénito, D. Rodrigo da<br />
Silveira, foi o grande impulsionador para o acabamento do palácio,<br />
em particular o altivo portal nobre no qual era possível identificar<br />
o brasão de armas dos Sarzedas.<br />
Até 1918, ano em que o palácio é adquirido pelo Governo Espanhol para<br />
residência oficial do Embaixador Espanhol, o Palácio da Palhavã foi palco de<br />
ocupações sucessivas, maioritariamente por famílias nobres, de onde se destaca,<br />
posteriormente aos Sarzedas (1668-1747), os “Meninos da Palhavã”<br />
(1747-1760 / 1778-1801) e os Condes de Azambuja (a partir de 1860).<br />
Subjacente a cada passagem pelo palácio está um misto de influências e<br />
foram muitas as mudanças no seu recheio, nomeadamente obras de restauro,<br />
que se fizeram sentir. Mas nada alterou a sua grandiosidade e simbolismo<br />
e, hoje, este palácio e respectivos jardins continuam a ser sinónimo de<br />
prestígio e encanto.