HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 52 FOTOS: Miguel Serradas Duarte FOTOS: Miguel Serradas Duarte
HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 53 Teleflora 40 anos a “construir paisagem” A Teleflora celebra, em 2010, o seu 40.º aniversário. Para assinalar esta data especial, convidámos o Arqt.º Alexandre Castelo Branco, administrador da empresa, a revisitar um percurso de sucesso pautado pela inovação e pela determinação em superar qualquer desafio. HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong>: Fazendo um breve enquadramento, em que contexto é que a Teleflora passou a integrar o Grupo Horto do Campo Grande ALEXANDRE CASTELO BRANCO: Até 1986, a actividade do Horto do Campo Grande estava estritamente vocacionada para o sector privado, até que, a certa altura, o meu irmão, Pedro Castelo Branco, sentiu a necessidade de aumentar e diversificar o âmbito de actuação, nomeadamente para o sector público. Foi assim que surgiu a aposta na aquisição da Teleflora, enquanto empresa na área dos espaços verdes, e que detinha Alvará que lhe permitia o acesso a concursos públicos. De facto, quando adquirimos a Teleflora, esta era uma das únicas três empresas com potencial para dar resposta às exigências do mercado, que na época eram francamente diminutas. Hoje, a realidade do mercado é outra e existem mais de trezentas empresas a operar no mesmo ramo. A concorrência é grande, mas continuamos a diferenciar-nos pela qualidade dos nossos serviços, o que reforça a confiança depositada no nosso trabalho. H.C.G.M.: Sendo a arquitectura a sua área de formação, como se proporcionou assumir a direcção desta empresa A.C.B.: Após alguns anos a exercer arquitectura, foi o convite do meu irmão para administrar a Teleflora que marcou uma nova etapa na minha vida profissional. Muito embora a arquitectura seja uma área que me continua a apaixonar, a verdade é que hoje a encaro mais como um hobby e não estou nada arrependido da opção que tomei. H.C.G.M.: Percorrer a história da Teleflora é reviver a paixão de “construir paisagem”. Que análise pode ser feita da sua actividade A.C.B.: É uma história de muito trabalho e objectivos atingidos. Estou há 25 anos à frente deste projecto e a verdade é que parece que foi ontem que tudo começou, o que me leva a concluir que ao “construir paisagem” não damos pelo tempo passar. E isto é bom porque demonstra que continuamos apaixonados por esta profissão. Tem sido um percurso coeso e positivo, com momentos marcantes. Sempre a pensar no que será melhor para o futuro da empresa. A Teleflora está estruturada de forma a dar uma resposta eficaz às mais variadas solicitações. A concepção, construção e manutenção de espaços verdes é a nossa principal área de actuação. Paralelamente, também actuamos ao nível das hidrossementeiras, da manutenção em vias de comunicação, dos transplantes de árvores de grande porte e da recuperação de sistemas dunares. H.C.G.M.: Pode referir alguns exemplos de projectos desenvolvidos ao longo dos anos nestas diferentes áreas A.C.B.: No que respeita à concepção de projectos de espaços verdes, intervimos em concursos públicos ou em projectos particulares. Dispomos de uma equipa de arquitectos paisagistas, embora mantenhamos a nossa política de não concorrência com os diversos gabinetes de arquitectura paisagista existentes no mercado, com os quais colaboramos frequentemente. Quanto à vertente de construção de jardins, um dos sectores mais relevantes da nossa actividade, temos desenvolvido obras importantes como é o caso do Centro Cultural de Belém, o Parque Tejo e Trancão no Parque das Nações, o Parque dos Poetas, em Oeiras, o Parque da Falagueira, na Amadora, o Jardim do Cerco, em Mafra, entre outros, bem como variadíssimas intervenções no âmbito do Programa Polis, nas cidades de Castelo Branco, Coimbra, Silves e Setúbal. No sector privado, além das obras em hotéis como o Marinotel ou o Hotel Quinta do Lago, destaco também os trabalhos de arranjo paisagístico em grandes centros comerciais, como sejam o Colombo, o LoureShoping, o MadeiraShopping, o AlgarveShoping e inúmeros outros em Espanha e Itália. Já no que se refere às manutenções, trabalhámos com diversas autarquias como sejam, Lisboa, Oeiras, Cascais, Sintra, Amadora, Almada, Palmela, Castelo Branco, Coimbra, Setúbal e Faro, assim como por algumas obras emblemáticas como a Autoeuropa, o TagusParque ou o Parque Tejo e Trancão. Mantemos igualmente uma forte intervenção na área de integração paisagística em vias de comunicação, com maior incidência em auto-estradas e itinerários principais. Neste âmbito, além de executarmos a obra, mantemos muitos quilómetros de vias para as concessionárias. Uma especial referência ainda para os trabalhos realizados em vários campos de golfe como o Oitavos Campo de Golfe, na Quinta da Marinha, o Golfe da Aroeira e o Vilamoura Golf 3.