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HORTO DO CAMPO GRANDE <strong>MAGAZINE</strong> 13<br />
“O Palácio de Palhavã continua<br />
a servir os desígnios<br />
de representação, ganhando<br />
no novo milénio consciência<br />
da sua identidade arquitectónica<br />
e de uma memória histórica<br />
que remonta ao século XVII”,<br />
historiador de arte José<br />
de Monterroso Teixeira, in<br />
“O Palácio de Palhavã –<br />
Arquitectura e Representação”.<br />
Palhavã foi reconhecido, na época dos Azambuja, como um dos palcos mais<br />
requintados da sociedade lisboeta e onde foram oferecidos alguns dos bailes<br />
e festas mais elogiados.<br />
Neste majestoso palácio, onde nasceram os onze filhos dos condes, viria a<br />
falecer, em 1914, o Conde de Azambuja, acontecimento que marcava o fim<br />
de uma época.<br />
Em 1918, Francisco de Almeida Grandella, influente homem de negócios,<br />
compra a quinta e o palácio aos herdeiros do Conde de Azambuja. Entretanto,<br />
surge o interesse do Governo Espanhol em adquirir uma residência<br />
digna para ocupação diplomática e a escolha recai no Palácio de Palhavã.<br />
Francisco de Almeida Grandella acede em vender a propriedade, embora já<br />
com a excisão da maior parte da cerca, onde viria a ser construído o Bairro<br />
Azul nos anos trinta do século XX.<br />
O ano de 1936 assinalou a maior obra de remodelação do palácio depois da<br />
aquisição do mesmo pelo Estado Espanhol, tendo sido o arquitecto Pedro<br />
Muguruza Otaño o responsável pelo projecto.<br />
Mais tarde, com os actos de vandalismo de 1975, o palácio volta, inevitavelmente,<br />
a ser alvo de novos restauros. Aquando da primeira visita de Estado a<br />
Portugal do Rei D. Juan Carlos I e da Rainha D. Sofia, em 1978, já o Palácio<br />
de Palhavã havia recuperado o esplendor e opulência que sempre o caracterizaram.<br />
Actualmente, todas as suas salas partilham a mesma beleza, conforto<br />
e riqueza artística e são um convite a reviver a história de outros tempos.