Dissertação - Centro Tecnológico / UFES - Universidade Federal do ...
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3 Revisão Bibliográfica LÁZARO, G.C.S. (2012) 31<br />
A Organização Mundial de Saúde (OMS) deliberou o valor máximo<br />
permiti<strong>do</strong>/tolerável (VMP) para ingestão diária de microcistinas para a população<br />
humana, que é de 0,04 mg•kg -1 por peso corpóreo por dia (CHORUS; BARTRAM,<br />
1999). Sampaio (2008), pesquisan<strong>do</strong> na laguna de Jacarepaguá (RJ), registrou<br />
ingestão diária de microcistina de até 0,20 mg•kg -1 de peso corpóreo•dia -1 valor este,<br />
cinco vezes superior ao VMP recomenda<strong>do</strong> pela OMS, consideran<strong>do</strong> o consumo<br />
diário de 300 gramas de peixe para uma pessoa de 60 kg. No Espírito Santo não há<br />
relato de da<strong>do</strong>s dessa natureza pela comunidade acadêmica.<br />
Santos (2007) detectou microcistinas no teci<strong>do</strong> muscular <strong>do</strong> pesca<strong>do</strong>, que é<br />
comercializa<strong>do</strong> pela colônia Mestre Pedro, localizada na margem da laguna de<br />
Jacarepaguá. Ademais, publicações <strong>do</strong> Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho<br />
(UFRJ) tem alerta<strong>do</strong> que as constantes proliferações tóxicas estão afetan<strong>do</strong> o<br />
potencial pesqueiro das lagunas (SOARES, 1999) e aumentan<strong>do</strong> o risco de<br />
intoxicação humana, ten<strong>do</strong> em vista que a toxina aloja-se nas vísceras, músculos e<br />
ovos (MAGALHÃES et al., 1999).<br />
3.4 MICROCYSTIS AERUGINOSA E MICROCISTINAS<br />
Microcystis aeruginosa Kützing 1846 é uma das mais perigosas cianobactérias<br />
forma<strong>do</strong>ras de florações e tem si<strong>do</strong> encontrada em to<strong>do</strong>s os continentes (JIANG et<br />
al., 2008). Esta espécie é uma das mais estudadas e conhecidas. De acor<strong>do</strong> com<br />
Sant’Anna e colabora<strong>do</strong>res (2008), as florações tóxicas desta espécie tem uma<br />
distribuição ampla nas áreas tropicais e subtropicais <strong>do</strong> Brasil.<br />
M. aeruginosa pertence à Família Microcystaceae dentro da Ordem Chroococcales e<br />
é composta por colônias flutuantes, esféricas a irregulares, com grande variabilidade<br />
morfológica, envolvidas por fina camada de mucilagem incolor. A colônia desta<br />
espécieapresenta numerosas células esféricas, com diâmetro celular varian<strong>do</strong> de 4<br />
a 6,2 µm, que estão aglomeradas de forma irregular. Além disso, estas células<br />
possuem aerótopos que controlam a flutuabilidade, permitin<strong>do</strong> melhor<br />
posicionamento na captação de luz (KOMÁREK et al., 2002; SILVA; SANT’ANNA et<br />
al., 2008; HUSZAR; ROLAND, 2009). A divisão celular ocorre em três planos<br />
perpendiculares (KOMÁREK, 2003).