Dissertação - Centro Tecnológico / UFES - Universidade Federal do ...
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3 Revisão Bibliográfica LÁZARO, G.C.S. (2012) 33<br />
O ferro é importante na assimilação de nitrogênio e na produção de clorofilaa(JIANG<br />
et al., 2008). Na pesquisa de Marsalek e colabora<strong>do</strong>res (2012),<br />
nanopartículas de ferro molecular (valência zero) foram utilizadas na destruição<br />
celular e impedimento da formação de floraçõesde cianobactérias ao remover<br />
fósforo biodisponível; bem como atua na imobilização de microcistinas, evitan<strong>do</strong> sua<br />
liberação para o meio aquático.<br />
As microcistinas foram descritas pela primeira vez no início da década de 1980 e<br />
desde então são amplamente estudadas (SOARES, 2009). A produção destes<br />
heptapeptídeos não se restringe exclusivamente a Microcystis aeruginosa, uma vez<br />
que linhagens tóxicas já foram registradas em outros gêneros. Além disso, estas<br />
toxinas causam sérios danos ao fíga<strong>do</strong> de animais vertebra<strong>do</strong>s, uma vez que os<br />
hepatócitos são capazes de captá-las através <strong>do</strong>s transporta<strong>do</strong>res iônicos presente<br />
nos canais biliares e no intestino delga<strong>do</strong> (AZEVEDO, 1998; CALIJURI; ALVES;<br />
DOS SANTOS, 2006; SOARES, 2009).<br />
Os impactos sobre o fíga<strong>do</strong> são irreversíveis, caso não ocorra necrose deste órgão e<br />
óbito por hemorragia, o indivíduo apresentará disfunção hepática. A letalidade da<br />
toxina é atribuída ao choque hipovolêmico, que resulta <strong>do</strong> sequestro de sangue pelo<br />
fíga<strong>do</strong>. Ainda, o atrofiamento <strong>do</strong> citoesqueleto deste órgão deve-se à ação inibitória<br />
que as microcistinas e nodularinas exercem nas fosfatases, que são enzimas que<br />
regulam a síntese de proteínas, essenciais à sua manutenção (CARMICHAEL, 1992,<br />
1994; CHORUS; BARTRAM, 1999; KAMOGAE; HIROOKA, 2000; YUAN;<br />
CARMICHAEL; HILBORN, 2005; CALIJURI; ALVES; DOS SANTOS, 2006; SILVA-<br />
STENICO et al., 2009; SOARES, 2009).<br />
Esses mecanismos de interferência com as fosfatases que tornam as hepatotoxinas<br />
promotoras de tumores conforme publicações científicas, que obtiveram vários<br />
resulta<strong>do</strong>s associan<strong>do</strong> a microcistina ao estabelecimento da capacidade<br />
hepatocarcinogênica (KAMOGAE; HIROOKA, 2000).