2. ansiedade e medo infantil no ambiente odontopediatrico ...
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1 INTRODUÇÃO<br />
Uma das dificuldades encontradas pelo clínico durante o atendimento<br />
odontológico é o <strong>medo</strong> que alguns pacientes manifestam em relação aos<br />
procedimentos que terão curso durante a sessão. O comparecimento para<br />
tratamento odontológico pode representar um grande problema para esses<br />
pacientes (KANEGANE et al, 2003).<br />
Em 1998, segundo a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios, mais<br />
de 29 milhões de brasileiros nunca haviam realizado uma consulta odontológica,<br />
sendo o <strong>medo</strong> um dos motivos (PESQUISA NACIONAL POR AMOSTRA DE<br />
DOMICÍLIOS, 1998).<br />
Apesar de a literatura evidenciar crescente reconhecimento sobre a<br />
importância de estudos a respeito do <strong>medo</strong> relacionado ao tratamento odontológico,<br />
pouca ênfase tem sido dada a este tema quando da formação do cirurgião-dentista<br />
(CAMPARIS; CARDOSO JUNIOR, 2008).<br />
Nesta perspectiva, é importante que, ao longo da formação profissional, o<br />
acadêmico possa reconhecer detalhadamente o fenôme<strong>no</strong> comportamental de <strong>medo</strong><br />
do tratamento odontológico, bem como estratégias que minimizem impactos deste<br />
fenôme<strong>no</strong> (PELEGRINE, 2006).<br />
Sabe-se que o <strong>medo</strong> e <strong>ansiedade</strong> não são particularidades do tratamento<br />
odontológico, ocorrendo também em outros contextos de terapêutica médica e de<br />
saúde em geral, especialmente quando procedimentos invasivos fazem parte das<br />
rotinas terapêuticas. O <strong>medo</strong> de dentista, <strong>no</strong> entanto, tem sido caricaturado como<br />
um dos mais freqüentes e mais intensamente vivenciados (POSSOBON et al, 2007)<br />
Torna-se importante ressaltar que este tipo de <strong>medo</strong> parece não ter mudado<br />
com o passar do tempo, apesar do aperfeiçoamento dos equipamentos e dos<br />
procedimentos odontológicos (KANEGANE et al., 2003).<br />
A explicação para este fato, de acordo com Pelegrine (2006), estaria na<br />
abordagem cirúrgico-restauradora, que durante muitos a<strong>no</strong>s foi predominante em<br />
odontologia. Este paradigma favoreceria a associação entre odontologia e <strong>medo</strong> ao<br />
tratamento odontológico. Segundo o mesmo autor, estudos em diferentes contextos<br />
socioculturais evidenciam que as experiências negativas <strong>no</strong> consultório<br />
odontológico, quando acompanhadas de dor intensa, levam a esta associação. Tais