2. ansiedade e medo infantil no ambiente odontopediatrico ...
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estudos variaram muito com relação à proposta da pesquisa, os métodos utilizados,<br />
a idade das crianças incluídas, e relato da relação entre o <strong>medo</strong> pais e filhos. A<br />
maioria dos estudos confirmou a relação entre o <strong>medo</strong> dos pais e dos filhos. Esta<br />
relação foi mais evidente em crianças com idade igual e inferior a oito a<strong>no</strong>s.<br />
Para Singh et al (2009), o efeito da <strong>ansiedade</strong> materna é maior com me<strong>no</strong>res<br />
de quatro a<strong>no</strong>s de idade, embora as crianças de todas as idades possam ser<br />
afetadas. Sua explicação seria a simbiose mãe-filho, que começa na infância e<br />
diminui gradualmente com a idade. Para os autores, crianças com idade inferior a<br />
quatro a<strong>no</strong>s se comportam melhor com seus pais presentes, porém, a presença ou<br />
ausência dos pais não parece afetar significativamente o comportamento das<br />
crianças com idade superior a quatro.<br />
Os estudos desenvolvidos por Corkey e Freeman (1994) enfatizam a<br />
importância da relação mãe-filho, uma vez que a forma como a criança tolera o<br />
estresse e a habilidade para enfrentá-lo parecem ser facilitadas quando as mães são<br />
compreensivas e autoconfiantes e os pais impõem um conjunto de limites. Estes<br />
autores afirmam que a relação estabelecida com a mãe influencia as habilidades da<br />
criança para enfrentar a situação odontológica.<br />
Para Klingber (1995) idade, estado emocional geral e <strong>ansiedade</strong> materna são<br />
identificados como fatores que se desenvolvem concomitante ao <strong>medo</strong> odontológico.<br />
Em sua pesquisa, constatou-se que o <strong>medo</strong> está associado com a falta de<br />
tratamento odontológico e com a deterioração da saúde bucal. Segundo o autor, a<br />
dor durante o tratamento odontológico aumenta o risco de desenvolvimento de<br />
<strong>medo</strong>.<br />
Dentre os procedimentos clínicos realizados pelo cirurgião-dentista os que<br />
mais causam <strong>medo</strong> e <strong>ansiedade</strong> é a anestesia e a alta rotação (SOUZA et al., 2004).<br />
Singh et al (2000) verificaram que as crianças que tinham realizado<br />
tratamento odontológico com anestesia mostraram-se mais temerosas do que<br />
aquelas que não foram submetidas a esta intervenção, permitindo inferir que a<br />
etiologia do <strong>medo</strong> pode relacionar-se a esse procedimento e pode envolver a<br />
percepção de ausência de controle.<br />
Ramos-Jorge et al (2006) avaliaram os potenciais fatores que influenciam o<br />
comportamento <strong>no</strong> <strong>ambiente</strong> de odontopediatria, a pesquisa foi realizada com<br />
crianças de 48 à 68 meses de idade que nunca foram a um dentista. O<br />
comportamento das crianças foi avaliado por meio da escala Frankl durante os