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FOTOGRAFIA: GETTY IMAGES.<br />
cura saber mais. “Há uma grande<br />
procura por uma faixa do público<br />
mais informada. Falta, no entanto,<br />
chegar a uma grande fatia da po -<br />
pulação que, de uma f orma geral,<br />
não se interessa por estas questões”,<br />
explica Alexandra.<br />
A organização, sedeada em Lisboa,<br />
tem espaços disper sos por todo o<br />
país. Em Coimbra, a LPN Centro de -<br />
senvolve uma acção mais focada na<br />
questão das florestas e da água. Na<br />
Quinta da Moenda, uma propriedade<br />
doada à LP N, existe um bosque<br />
natural de carvalhos “e a LP N tem<br />
feito tudo para mantê-lo e recuperálo.<br />
Aqui, realizam-se acções de educação<br />
ambiental e de voluntariado<br />
para manter o bosque”. Neste espaço,<br />
os objectivos de futuro passam<br />
por criar um centr o de educação<br />
ambiental, recuperando a habitação<br />
existente no lugar, e influenciar os<br />
proprietários vizinhos a melhorar o<br />
habitat das suas propriedades. Já em Castr o Verde, a LPN<br />
“desenvolve um grande programa de conservação de aves<br />
estepárias e de agricultura sustentável. Para isso, já adquiriu,<br />
com verbas comunitárias do Programa LIFE, seis propriedades<br />
e um monte que funciona c omo centro de educação<br />
ambiental, o Vale Gonçalinho”. A sul, a delegação do A lgarve<br />
“faz, sobretudo, actividades de sensibilização que c onsistem<br />
em passeios pedestres, com a perspectiva de mostrar que o<br />
Algarve tem inúmeros locais de inter esse paisagístico que<br />
urge preservar. Há 30 anos que a LP N organiza pas seios<br />
todos os primeiros sábados de cada mês”.<br />
Embora não exista nenhuma delegação formal da LPN no<br />
norte do país, a organização mantém, há mais de três<br />
anos, um programa de actividades de sensibilização e de<br />
debates com a Fundação Serralves. “Este ano, vai haver<br />
exactamente um ciclo de debates sobr e a participação<br />
pública em Portugal”, acrescenta.<br />
Apesar das diferenças a que Alexandra Cunha tem assistido,<br />
e cuja importância é fundamental, ainda existem muitas<br />
questões pr eocupantes. “Além das situações r e cor -<br />
rentes de falta de apoio e de c oncretização técnica e política”<br />
dos vários planos, estratégias e directivas am bien tais,<br />
CGD: UMA PARCERIA PELA NATUREZA<br />
O átrio central do edificio-sede da Caixa Geral de Depósitos acolheu,<br />
até final da semana passada, a exposição Floresta A Nossa Herança<br />
Global, resultado do Concurso Nacional de Fotografia. Uma iniciativa<br />
que, à semelhança de outros projectos, visou a sensibilização para<br />
a gestão sustentável das florestas e que integrou o esforço de<br />
comunicação para o Ano Internacional das Florestas, a encerrar neste<br />
mês de Dezembro. O ano de 2011 foi assinalado por um conjunto<br />
adicional de acções e projectos que, numa lógica de parceria entre<br />
a Caixa e a Liga para a Protecção da Natureza (LPN), constituíram<br />
momentos de alto interesse público com a organização de debates<br />
sobre temáticas como A Floresta Portuguesa: que Futuro ou A Realidade<br />
da Floresta Portuguesa, ambas com oradores de relevo e grande<br />
animação no debate, ou ainda a organização de workshops – como o<br />
decorrido no mês de Outubro e dedicado à compostagem doméstica.<br />
A Caixa há muito que desencadeia um investimento sério para<br />
divulgação dos princípios da Assembleia-Geral da Organização das<br />
Nações Unidas, incutindo boas práticas e fomentando acções junto<br />
da população, nomeadamente através de projectos como a Floresta<br />
Caixa e Caixa Carbono Zero. Saiba mais em www.cgd.pt/institucional<br />
assim como "de da falta de fiscalização e punição dos crimes<br />
ambientais, a LP N considera a implementação do<br />
Programa Nacional de Bar ragens como uma das maiores<br />
ameaças à conservação da Natureza em Portugal”.<br />
O comunicado conjunto da LPN, e outras ONGA, é suficientemente<br />
claro sobre os efeitos dec orrentes da destruição<br />
de oito a dez troços de rio - sua biodiversidade e paisagem<br />
-, assim como do relativo impacto deste Programa na resposta<br />
às tendências de consumo energético. O problema<br />
é de tal maneira preocupante que a LP N alerta par a a<br />
necessidade de esclarecimento e mobilização de todos.<br />
Segundo a pr esidente da Dir ecção Nacional da LP N, “a<br />
melhor maneira de contribuir é fazer-se sócio de uma associação<br />
ambiental e participar na vida dessa associação, manter-se<br />
informado sobre estas questões<br />
e exigir que haja mais eficácia<br />
no funcionamento geral e nas questões<br />
ambientais em particular”.<br />
Alexandra Cunha é a presidente<br />
da direcção Nacional da Liga<br />
Para a Protecção da Natureza.<br />
www.lpn.pt