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operar em P ortugal juntam as suas<br />
bandas musicais. Sim, são os adv ogados<br />
que tocam e cantam – e organizam<br />
um evento público para angariação de<br />
fundos a f avor de uma causa social.<br />
Este ano, os adv ogados conseguiram<br />
contribuir com mais de 7 3 mil eur os<br />
para criar a nova Casa dos R apazes e<br />
para melhorar as instalações da<br />
APPDA – Associação Portuguesa para<br />
as Perturbações do Desen volvi mento e<br />
Autismo – em Lisboa. Isto apesar da<br />
omnipresente crise.<br />
“A crise veio mexer com o coração<br />
de muita gente”, reconhece Madale na.<br />
E os efeitos desta situação estão espelhados<br />
no trabalho da Call to Action: “a<br />
crise tem vido a alter ar a «f orma de<br />
dar». E isto passa-se desde o particular<br />
à empresa. No caso das empr esas,<br />
várias situações estão a acontecer: por<br />
um lado os orçamentos são difer entes<br />
(normalmente mais baixos), por outro,<br />
as empresas estão mais e xigentes na<br />
escolha das organizações a quem dão”.<br />
Até porque dar, entenda-se, pode implicar<br />
uma série de benefícios que “vão<br />
desde vantagens fiscais, a vantagens<br />
de envolvência e, mais do que tudo,<br />
fazer parte da solução de pr oblemas<br />
sociais. No fundo, a empr esa que dá<br />
fica envolvida com a causa, está a colaborar<br />
para a resolução de um problema<br />
concreto, está a ajudar «pessoas específicas».<br />
E isso, além de tudo, é solidariedade.<br />
Se cada um de nós sabe que,<br />
quanto mais damos aos outr os, mais<br />
felizes somos, então uma empresa ga -<br />
nha também com esta questão de “se<br />
dar.” Mas as vantagens não se ficam<br />
por aqui: “uma empr esa que faz uma<br />
doação também ganha em mar ca - a<br />
sua marca fica mais rica, mais apelativa,<br />
porque quando se co mu nica bem o<br />
apoio que se dá, ganha-se Goodwill da<br />
marca e ganha-se notoriedade e imagem<br />
de solidariedade. Por último, uma<br />
empresa que garante um apoio, que faz<br />
uma doação, é automaticamente um<br />
exemplo para os seus empregados, que<br />
a sentem como sendo solidária e, por<br />
isso, com uma imagem muito mais<br />
positiva que servirá, no final do dia,<br />
como um bom e xemplo a seguir. Não<br />
tenho dúvida de que empr esas que<br />
praticam muita solidariedade têm<br />
empregados mais solidários”.<br />
Além da consultoria, a Call to Action<br />
promove, também, acções de f ormação<br />
em fundraising. Mas não é só quem<br />
precisa que procura a Call to Action: há<br />
também quem se dirija à empresa para<br />
perceber qual a melhor forma de ajudar:<br />
“temos serviços que são dirigidos<br />
às empresas, que vão desde o apoio no<br />
aconselhamento de projectos a apoiar<br />
à proposta de uma estr atégia de ava -<br />
liação de pr ojectos (muito fr equente<br />
quan do as empresas recebem muitos<br />
pedidos de apoio, que torna fundamental<br />
definir uma estratégia de avaliação e<br />
decisão)”. Ao contrário do que se vê na<br />
maioria das actividades, a Call to Action<br />
trabalha numa área que Madalena identifica<br />
como “um pouc o contra-cíclica.<br />
Na realidade, quando há menos di -<br />
nheiro, mais necessidades, e mais pertinente<br />
se torna melhorar e ir bem mais<br />
longe no fundraising. E isso exige sa -<br />
ber criar estratégias e planos de actividades<br />
de fundraising eficazes. Ora é<br />
aqui que nós sabemos ajudar e é com<br />
estas ferramentas que os r esultados<br />
da angariação de fundos podem ser<br />
bem diferentes”. Que o digam as vá -<br />
rias instituições que já recorreram aos<br />
se us serviços: no site, é pos sível en -<br />
contrar os testemunhos agradecidos<br />
do Banco Alimentar de Setúbal, da<br />
Casa das Cores, da Associação Tempo<br />
de Mudar ou da V ale de Acór, entr e<br />
outras instituições.<br />
Neste momento, a Cal l to<br />
Action está a planear os<br />
próximos três anos de<br />
funcionamento, pretendendo,<br />
claro, fazer crescer<br />
a sua actividade. “P orque<br />
é assim que sabemos que<br />
estamos a contribuir para<br />
o desenvolvimento e profissionalização<br />
do terceiro<br />
sector, especificamente<br />
para a sua sustentabilidade<br />
financeira. E, claro, este<br />
desenvolvimento significa<br />
contribuir para um mundo<br />
melhor… que é o que<br />
todas nós queremos.”<br />
Madalena Alves Pereira<br />
é uma das três sócias<br />
fundadoras da<br />
Call to Action.<br />
Caixa Woman 35