oupas padronizadas, produzidas em grande escala, obedecendo mais aos usos e costumes morais e menos às necessidades do próprio corpo. Vestidos em uniformes rotineiros, da manhã até à noite, de segunda à sextafeira, de janeiro a dezembro, dos cabelos aos pés - caminhamos lado a lado sem permitir o toque alheio, até mesmo em meio a um aglomerado. Todos, absolutamente todos nós, convivemos sem nos tocar, além das nossas mãos, em cumprimentos rápidos ou em grupos reservados, quando nos permitimos abraçar e beijar apenas nos entra-e-sai ou em festividades. Pois é; não estarão os nossos poros clamando pela luz solar Ou, ao menos, pelo tato afetivo dos nossos companheiros Estudos estatísticos europeus mostram os norte-americanos retraídos no contato físico-social, em comparação aos cidadãos do Velho Continente. Perguntamos: e nós, "latinos sul-americanos", cheios de ranços coloniais ibéricos que reforçam tanto o "machismo" responsável por regras impostas ao vestuário e ao comportamento entre nós Como seria bom se nos desnudássemos, sempre que o sol permitisse, sem os chamados "equívocos". Pudéssemos nos tocar e ser tocados em toda a superfície do corpo, em afeto, sem macular a moral reinante. Porém, afastando-nos das situações utópicas, partamos para um chamado de alerta. Tenhamos em mente que o tato também é responsável pelo equilíbrio emocional. Sugerimos as trocas freqüentes de massagens, em todas as suas formas, como arma eficaz ao combate à poluição tátil. Deixemos que mãos amigas, partidárias de trocas constantes, nos toquem o corpo e façam circular com maior intensidade nossas energias, em afeto e compreensão. Este é um pedido dos poros de nossa pele. Há três anos, um grupo de alunos do Instituto Brasileiro de Yoga, do Rio de Janeiro, uniu-se para pesquisar as diversas formas de tratamento por massagem, utilizadas nos quatro cantos do planeta. Deste estudo, e através de práticas experimentais, constituímos, por composição sistemática, um novo método de transmissão dos conhecimentos sobre esta arte, que denominamos "massagem e sensibilidade". Constituiu-se principalmente de um diálogo tátil, na forma de manipulação dos meridianos chineses e sus pontos de comando, utilizando a concentração de nossas energias e a conseqüente transmissão aos setores necessitados de nosso corpo. Empregamos também a alimentação vegetariana, as compressas vegetais, os recursos yoguis - músico e cromoterápicos - que ampliam o potencial de cada prática. Voltamos os nossos interesses para o infindável universo de situações humano-sociais, que se nos apresentam a cada passo, cuidando com atenção a cada indivíduo e respectivo enfoque da vida. Guardando distância das
terapias médico-psicológicas, nos dispomos a reintegrar cada ser humano, são ou não, ao seu movimento natural. O Autor