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A Reinvenção dos Territórios - Universidad Nacional Autónoma de ...

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Com a <strong>de</strong>smaterialização a matéria passa a ser tratada não mais como apren<strong>de</strong>mos a<br />

manuseá-la e nomeá-la, mas como compostos elementares sejam eles químicos ou<br />

genéticos, ensejando a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> elaboração <strong>de</strong> novos materiais, como os materiais<br />

sintéticos da química ou os organismos laboratorialmente modifica<strong>dos</strong> 45 , o que provoca<br />

uma revolução tanto no mundo <strong>dos</strong> metais, como no da biologia e, fala-se menos, no campo<br />

da antropologia e da geografia política. São inúmeros os exemplos que povoam nosso<br />

cotidiano com os materiais sintéticos e compostos químicos que não só substituem o aço na<br />

fabricação das carrocerias <strong>dos</strong> automóveis; o vidro, as fibras naturais com materiais<br />

reforça<strong>dos</strong>; os canos <strong>de</strong> chumbo por plásticos, como também alimentos que são produzi<strong>dos</strong><br />

a partir <strong>de</strong> substâncias sintéticas (aromatizantes, acidificantes, colorantes, adoçantes e<br />

tantos outros).<br />

Com essa revolução nas relações <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r por meio da tecnologia nossa paisagem<br />

cotidiana passa por gran<strong>de</strong>s mudanças. No passado<br />

“(...) as casas eram <strong>de</strong> pedra nas zonas on<strong>de</strong> havia rochas <strong>de</strong> manipulação<br />

relativamente simples, enquanto que em outras zonas as habitações eram <strong>de</strong><br />

adobe e em zonas <strong>de</strong>sérticas eram <strong>de</strong> rocha e <strong>de</strong> teci<strong>dos</strong> fabrica<strong>dos</strong> com<br />

fibras vegetais. Os relatos <strong>dos</strong> viajantes e os primeiros livros <strong>de</strong> geografia<br />

<strong>de</strong>screviam como os nativos <strong>de</strong> cada comarca fabricavam suas casas e<br />

utensílios utilizando os recursos que tinham a mão. (...) Isso foi mudando<br />

gradualmente, acelerando-se a partir da segunda meta<strong>de</strong> do século XX. Hoje<br />

em dia – mais que nunca antes – a força impulsionadora do ciclo é a<br />

produção <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> características pre<strong>de</strong>terminadas, sobre cuja base<br />

se fabricam componentes e sistemas que respon<strong>de</strong>m às necessida<strong>de</strong>s e<br />

urgências <strong>de</strong> um <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico orientado a satisfazer um<br />

mercado mundializado (ou ‘globalizado’) cada vez mais sofisticado e<br />

exigente. Por exemplo: os materiais <strong>de</strong> construção (aços, cimentos, etc.) que<br />

se usam em todo o mundo estão normaliza<strong>dos</strong>; uma empresa fabricante <strong>de</strong><br />

una <strong>de</strong>terminada marca <strong>de</strong> automóveis, televisores, ou qualquer outro bem<br />

<strong>de</strong> capital usará em suas sucursais no Japão, nos Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong>, no Brasil<br />

45 PORTO-GONÇALVES, Carlos Walter 2007 Em Defesa <strong>dos</strong> Organismos Laboratorialmente Modifica<strong>dos</strong> -<br />

em busca da precisão conceitual. Consultar site do jornal Brasil <strong>de</strong> Fato.<br />

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