Barreiro - Fonoteca Municipal de Lisboa

Flash
Brad Pitt
pode fazer
filme
sobre os
mineiros
chilenos
A produtora de Brad Pitt,
Plan B Entertainment, fez
uma proposta de vários milhões
de euros com o objectivo de
assegurar os direitos para adaptar
ao cinema a história do resgate dos
33 mineiros chilenos ao cinema.
Segundo o jornal chileno “El
Mercurio”, a Plan B está na melhor
posição para levar a história para
Hollywood. O advogado que
representa os mineiros chilenos,
Edgardo Reinoso, disse que os 33
pretendem criar um fundo
comum, para que o dinheiro da
venda dos direitos
cinematográficos, televisivos e de
publicidade seja dividido entre
eles. Reinoso acrescentou ainda
que alguns dos mineiros, que
ficaram presos 700 metros debaixo
da terra durante 69 dias, podem
ter papeis secundários na
adaptação cinematográfica. Mas
Brad Pitt e a sua Plan B, que
produziu “Comer Orar Amar” e
“Kick-Ass - O Novo Super-Herói”,
não são os únicos a tentar contar a
história. Já há mesmo um filme
acabado: “Los 33 de San Jose”,
escrito em conjunto por J.J. Barrios
e Jacobo Bergareche e realizado
por Antonio Recio, que conta com
32 actores chilenos e um boliviano
no elenco. Até há um projecto de
filme pornográfico baseado no que
aconteceu nos 69 dias em que os
mineiros estiveram presos debaixo
da terra. O realizador, Leonardo
Barrera, diz que não tem planos de
mostrar “uma orgia no ecrã”, mas
sim uma versão ficcionada da
realidade.
Sumário
Barreiro 6
A cidade dormitório
que nunca dorme
Neil Hannon 14
começa amanhã uma
mini-tournée por Portugal
Bruce Springsteen 16
Aos 27 anos era assim:
“Darkness on the
edge of town”
Nuno Prata 20
Regressa no tempo certo
Philippe Herreweghe 22
Dá-nos um Mahler apolíneo
Luís Miguel Cintra 26
Tem o coração
no lugar da cabeça
Teatro Meridional 28
O que aconteceu
antes de “1974”?
Ficha Técnica
Brad Pitt fez
uma proposta
de milhões
Directora Bárbara Reis
Editor Vasco Câmara,
Inês Nadais (adjunta)
Conselho editorial Isabel
Coutinho, Óscar Faria, Cristina
Fernandes, Vítor Belanciano
Design Mark Porter, Simon
Esterson, Kuchar Swara
Directora de arte Sónia Matos
Designers Ana Carvalho,
Carla Noronha, Mariana Soares
Editor de fotografia
Miguel Madeira
E-mail: ipsilon@publico.pt
HO/ REUTERS
“Shoah”:
o melhor
documentário
de
sempre
regressa
às salas
“Shoah”, o monumental
documentário de Claude
Lanzmann sobre o
Holocausto, foi
considerado pela edição
nova-iorquina da revista
“TimeOut” como o melhor
documentário de sempre.
O filme vai voltar em 2011
ao circuito comercial norteamericano,
25 anos depois
da estreia.
“Shoah”, de 1985, lidera a
lista de 50 documentários
dominada por obras da
última década e dos anos
60. “L’arrivée d’un train à
La Ciotat” (1895), dos
irmãos Auguste e Louis
Lumière, que mostra, num
só take, com a câmara fixa,
um comboio a aproximarse
de La Ciotat, é o filme
mais antigo presente. Foi
este filme, de 50 segundos,
que levou espectadores
presentes na sala a
entrarem em pânico e
fugirem por causa de um
comboio que avançava em
sua direcção. O mais
recente documentário é
“Homem no Arame”, do
realizador inglês James
Marsh, que estreou em
Portugal em Março do ano
passado – o filme foca-se
em Philippe Petit, um
equilibrista francês que
atravessou as Torres Gémeas
num arame, em 1974. “Man
on Wire”, no título original,
ganhou o Óscar para Melhor
Documentário em 2009.
Obras como “F for Fake”,
de Orson Welles, “Noite e
Nevoeiro” de Alain Resnais,
“A Última Valsa” de Martin
Scorsese, ”Grizzly Man”, de
Werner Herzog, “Bowling
for Columbine” de Michael
Moore e “O Triunfo da
Vontade”, de Leni
Riefenstahl estão presentes
na lista.
Em “Shoah”, ao contrário
de muitos documentários
sobre o Holocausto,
Lanzmann não recorre a
imagens de arquivo. Em vez
disso, visitou os lugares mais
icónicos da tragédia e
entrevistou pessoas
envolvidas no Holocausto;
falou com testemunhas,
“Shoah”, o melhor filme
para a “TimeOut” Nova Iorque,
e “L’arrivée d’un train à
La Ciotat”, dos irmãos Auguste
e Louis Lumière, o filme
mais antigo da lista
sobreviventes e cúmplices.
No final, 550 minutos de
filme (nove horas e meia),
que Lanzmann demorou 11
anos a montar. Quando o
apresentou em 1985, disse
que “o filme, usando apenas
imagens do presente, evoca
o passado com muito mais
força do que qualquer
documento histórico”. “A
memória é reactivada cada
vez que ‘Shoah’ é visto em
qualquer ponto do mundo.
Durante muitos anos, o filme
esteve incompreensivelmente
ausente dos cinemas
de Nova Iorque; esta é uma
boa altura para mostrá-lo
novamente”, disse
Lanzmann recentemente
num comunicado,
referindo-se ao regresso do
filme às salas. A IFC Films
anunciou que “Shoah” vai
estar em exibição no
Lincoln Plaza a partir do
dia 10 de Dezembro e no
IFC Centre a partir do dia
24 de Dezembro, em Nova
Iorque; em 2011 o filme vai
ser lançado nos EUA a nível
nacional.
“Sans Soleil”, de Chris
Marker, ficou em segundo
lugar na lista da
“TimeOut”, e “A Verdade
Contra Tudo” de Errol
Morris em terceiro. O
cinema de Chris Marker,
incluindo “Sans Soleil”,
“La jetée” e “A.K.”, vai
poder er visto na Culturgest
entre 2 e 6 de Dezembro. O
realizador foi recentemente
homenageado na última
edição do Estoril Film
Festival.
Ípsilon • Sexta-feira 26 Novembro 2010 • 3