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Revista dos Pneus 016 - Janeiro 2012

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DOSPNEUS<br />

REVISTA<br />

REVISTA INDEPENDENTE DE PNEUMÁTICOS E SERVIÇOS RÁPIDOS<br />

Mercado<br />

PNEUS<br />

RECAUCHUTADOS<br />

O pneu recauchutado tem-se afirmado não<br />

só pelo preço, mas também por questões<br />

relacionadas com a segurança e o meio<br />

ambiente. Para promover o produto a ANIRP<br />

lançou a Campanha “Pneu Recauchutado<br />

Tudo Controlado”<br />

Nº 16 • JANEIRO <strong>2012</strong> • ANO III • 5 EUROS<br />

PUB<br />

Entrevista<br />

Ramón<br />

Villalobos,<br />

Responsável<br />

Rede Key Point<br />

para Portugal<br />

Mercado<br />

Nova<br />

distribuição<br />

virada para o<br />

cliente final<br />

Empresa<br />

<strong>Pneus</strong> Cruzeiro<br />

com nova<br />

dinâmica de<br />

negócio<br />

Técnica<br />

As quatro vidas<br />

do pneu de<br />

camião


EDITORIAL<br />

Nº 16 • JANEIRO <strong>2012</strong> • ANO III<br />

SUMÁRIO<br />

Tanta<br />

contradição<br />

Nos muitos quilómetros que tenho feito a visitar as empresas e as<br />

entidades que têm como ponto comum o “pneu”, acabo por ter<br />

sentimentos contraditórios face à evolução deste sector de actividade<br />

por estes tempos, tendo em conta o futuro.<br />

Por um lado vejo o ânimo de alguns operadores, visível pelos investimentos<br />

que têm vindo a fazer ou vão realizar num futuro a curto prazo,<br />

mas por outro noto que o desânimo já se apoderou de muita gente.<br />

Vejo também uma classe de empresários, nomeadamente jovens, que<br />

perceberam que só reinvestindo no negócio em formação, tecnologia e<br />

gestão podem preparar-se para o futuro, mas também vejo a opção pelo<br />

facilitismo, onde o vender a qualquer custo e sem critério é opção.<br />

Noto vontade para que o associativismo no sector <strong>dos</strong> pneus vá por<br />

diante, mas noto também que existem demasiadas sensibilidades contraditórias<br />

que dificultam esse projecto.<br />

Noto que existem entidades com vontade de dinamizar sectores de actividade<br />

com acções reais, mas assisto a outras onde o peso da burocracia<br />

é demasiado grande para que as suas iniciativas ganhem dimensão e<br />

relevância.<br />

Sei também que toda a gente sabe e conhece os problemas que afectam<br />

este sector, mas desconheço qual a razão porque muitos não querem<br />

de facto fazer nada para os resolver.<br />

Sei ainda que temos feito um esforço enorme para dar visibilidade a to<strong>dos</strong><br />

os operadores do sector, mas noto também que alguns, mesmo de<br />

referência mundial, continuam a olhar com desconfiança para nós.<br />

Noto que to<strong>dos</strong> querem que exista uma revista do sector e que valorizam<br />

os seus conteú<strong>dos</strong>, mas ainda não compreendi porque é que ainda<br />

temos que argumentar tanto para a implementar neste mercado.<br />

O que noto mesmo é que existe uma profunda contradição neste sector<br />

de actividade. Apesar de ser um mercado maduro, tem demasia<strong>dos</strong><br />

podres, sendo por vezes irracional, pouco lógico e acima de tudo desorganizado.<br />

Existem “vontades” para se organizar, mas com tanta contradição,<br />

talvez o melhor para muitos é deixar andar e esperar que as coisas<br />

se resolvam naturalmente. Aliás, o mercado irá tratar disso!<br />

Paulo Homem<br />

paulo.homem@apcomunicacao.com<br />

Notícias<br />

Novidades do sector 4<br />

Actualidade<br />

Site <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> 12<br />

9º Encontro Valorpneu 14<br />

Com. Esp. Produtores <strong>Pneus</strong> ACAP 16<br />

Com. Esp. Retalhistas <strong>Pneus</strong> ACAP 17<br />

Apresentação campanha ANIRP 18<br />

Conhecer<br />

Compreender a recauchutagem 22<br />

Mercado<br />

Nova distribuição 28<br />

Campanha de verificação Michelin 32<br />

Entrevistas<br />

Bruno de Carvalho, Rubber Vulk 34<br />

Ramón Villalobos, Key Point 36<br />

Empresas<br />

Recauchutagem São Mamede 40<br />

Multishop Auto 44<br />

Avis 47<br />

Pneuport 48<br />

<strong>Pneus</strong> Cruzeiro 52<br />

José Aniceto & Irmão 56<br />

Velyen 58<br />

Garland 60<br />

Retalho<br />

Vulcanizadora Fragoso & Filhos 61<br />

Pit Stop By Santogal 62<br />

A. H. Almeida 63<br />

Opinião<br />

Luís Martins, Gripen Wheels 64<br />

Destaque<br />

Manual de Gestão Oficinal 66<br />

Técnica<br />

As 4 vidas do pneu de camião 68<br />

<strong>Pneus</strong> OTR – Off the Road 72<br />

WWW.APCOMUNICACAO.COM<br />

FICHA TÉCNICA<br />

®<br />

APCOMUNICAÇÃo<br />

O SEU PARCEIRO DE NEGÓCIO<br />

© COPYRIGHT:<br />

Nos termos legais em vigor é totalmente interdita a utilização ou a<br />

reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a<br />

autorização prévia e por escrito da “<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>”.<br />

DIRECTOR:Paulo Homem DIRECTOR ADJUNTO:João Vieira SUBDIRECTOR: Hugo JorgePROPRIEDADE: João Vieira - Largo Infante<br />

D. Henrique, 7 – Várzea de Colares – 2705-351 Colares Telefone:21.928.80.52 Fax:21.928.80.53 E-mail:geral@apcomunicacao.com<br />

REDACÇÃO: Augusto Quelhas, João Cerqueira, Paula Veloso Amaral, Fátima Rodrigues, António Lopes DESIGN GRÁFICO: Pedro Vieira<br />

IMAGEM: António Valente PUBLICIDADE:Telefone:21.928.80.52 Director:Mário Carmo mario.carmo@apcomunicacao.com<br />

IMPRESSÃO:Peres - SocTip – Estrada Nacional 10, Km 108,3 – 2135-114 Samora Correia Telefone: 263.00.99.00PERIODICIDADE:<br />

TrimestralASSINATURA ANUAL:20 Euros (4 números)<br />

DISTRIBUIÇÃO:CTT Nº de Registo na ERC: 125367 Depósito Legal Nº:306293/10<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 03


NOTÍCIAS<br />

Speedline trucks de<br />

regresso<br />

A Speedline vai recomeçar a produção e distribuição<br />

das jantes para "camião".<br />

Este "nicho" de mercado, que já foi bastante representativo<br />

para a Speedline, praticamente desapareceu<br />

com a extinção deste negócio por parte da<br />

empresa.<br />

Após a aquisição da Speedline por parte da Ronal,<br />

as jantes de camião Speedline estarão de novo<br />

no mercado, numa aposta da empresa em ter jantes<br />

de qualidade, com estilo muito próprio, possuíndo<br />

ainda homologação e certificação TÜV.<br />

Em Portugal é a Toptotal a fazer a distribuição<br />

das mesmas para o mercado nacional, a exemplo<br />

do que já acontece com as diversas marcas do Grupo<br />

Ronal, o que já acontece a partir deste mês de<br />

Fevereiro. <br />

Continental Mabor Empresa do Ano<br />

Europneus aposta no “ambiente”<br />

Ao longo de 2011, a Europneus decidiu adoptar uma atitude pró activa no que diz respeito ao meio ambiente.<br />

Esta decisão conduziu a uma busca de soluções capazes de oferecer, não só, uma alternativa inovadora para a<br />

reciclagem <strong>dos</strong> pneus mas também de se reflectir num produto de consumo capaz de minorar os efeitos relaciona<strong>dos</strong><br />

com o desmantelamento das florestas.<br />

Fruto deste projecto, nasceu a divisão “Europneu – Ambiente”, uma diversificação das actividades comerciais<br />

deste retalhista de pneus, focada na redução da pegada ecológica visando a sustentabilidade ambiental.<br />

Depois de analisar diversas propostas, a Europneus foi nomeadoa, desde Dezembro passado, representante<br />

para Portugal e Brasil da empresa “Dena Tecnology, Ltd.” que desenvolveu um processo de produção e equipamentos<br />

basea<strong>dos</strong> na Nano-tecnologia para produção e utilização de materiais nanómetricos e moleculares.<br />

A tecnologia desenvolvida pela Dena é capaz de produzir produtos mais leves, mais resistentes, mais puros,<br />

mais precisos e com custos menores.<br />

A Dena actua em diferentes sectores, como as tintas, cosméticos, indústria alimentar, indústria farmacêutica,<br />

indústria química entre outros, e apresenta uma solução inovadora com respeito à reciclagem <strong>dos</strong> pneus que converte<br />

em produtos substitutos da madeira.<br />

Esta madeira, totalmente amiga do ambiente, não sofre os danos que afectam a madeira convencional tais<br />

como os efeitos da água, da exposição ao tempo e <strong>dos</strong> insectos.<br />

Esta tecnologia propicia uma alternativa de investimento com recuperação do capital entre nove a 12 meses e<br />

margens extremamente aliciantes. Alem disso, a “madeira verde” tem comprador assegurado.<br />

Através da Europneus, é oferecido todo o suporte técnico necessário para implementação do projecto e a possibilidade<br />

de estabelecer acor<strong>dos</strong> de investimento em formato de Joint Venture. <br />

A Continental Mabor foi eleita empresa do ano<br />

2010 pela <strong>Revista</strong> Exame, tendo realizado nesse ano<br />

vendas superiores a 597 milhões de euros.<br />

O crescimento de cerca de 26% em relação ao<br />

ano anterior deveu-se à elevada procura internacional<br />

de pneus, tanto do lado <strong>dos</strong> construtores de automóveis,<br />

como do mercado de substituição. Cerca<br />

de 97% das vendas da empresa são realizadas para<br />

exportação, principalmente para o espaço comunitário.<br />

O negócio da Continental Mabor caracteriza-se<br />

pelo fabrico de pneus e sua comercioalização através<br />

<strong>dos</strong> canais internacionais do Grupo Continental,<br />

onde está integrada. Em 2010 este grupo tinha<br />

masi de 148 mil emprega<strong>dos</strong>, estava activo em 46<br />

países e teve vendas globais superiores a 26 mil milhões<br />

de euros. O grupo Continental é actualmente<br />

o quarto maior fabricante de pneus em termos globais.<br />

No futuro próximo, os investimentos realiza<strong>dos</strong><br />

na Continental Mabor serão domina<strong>dos</strong> pela necessidade<br />

de responder à complexidade crescente da<br />

produção. A empresa também pensa na expansão,<br />

até porque a competitividade entre as várias unidades<br />

de produção do Grupo Continental é elevada.<br />

O tipo de pneus que a fábrica de Lousado produz<br />

em maior quantidade é o segmento Premium, mas a<br />

empresa está actualmente a apostar também na fabricação<br />

de pneus de alta performance UHP. Tratase<br />

de um projecto que esta unidade industrial conseguiu<br />

trazer para o nosso país, que poderá contribuir<br />

para elevar a sua capacidade de produção até 20 milhões<br />

de pneus / ano, só nesta gama.<br />

José Carvalho Neto é desde o início de <strong>2012</strong>, o<br />

novo Presidente da Continental Mabor, em substituição<br />

de António Lopes Seabra, que passou a ser o<br />

responsável pela Região da Ásia e Pacífico de <strong>Pneus</strong><br />

para viaturas de passageiros e comerciais ligeiros da<br />

Continental. <br />

Desmontadora<br />

super-automática<br />

A Sarraipa iniciou a comercialização de<br />

uma máquina de desmontar pneus super-automática.<br />

Denominada 40 TiTop, esta equipamento<br />

da Teco, possui um braço vertical<br />

que está equipado com<br />

ferramenta automatizada “lever-less”.<br />

Equipada com dispositivo<br />

automático TPH, este<br />

equipamento assiste o<br />

operador na montagem<br />

e desmontagem<br />

de qualquer tipologia de<br />

pneumático. Possui também<br />

um sistema de blocagem<br />

do prato que permite<br />

desmontar rodas de 11 a 26<br />

polegadas. <br />

Guia Michelin<br />

<strong>2012</strong><br />

A Michelin acaba de pôr à venda a nova<br />

edição do guia Michelin Espanha & Portugal<br />

que, fiel ao seu compromisso com os viajantes,<br />

apresenta uma vasta e variada selecção<br />

de estabelecimentos de ambos os países.<br />

Nesta nova edição, o viajante conta com<br />

uma selecção de 4.448 estabelecimentos, <strong>dos</strong><br />

quais 2.246 são hotéis, 295 estabelecimentos de<br />

turismo rural, 1.783 restaurantes e 124 bares de<br />

tapas em Espanha. Além disso, para nos facilitar<br />

a selecção, os inspectores de O guia Michelin assinalamnos<br />

com o pictograma “Bib Gourmand” 229 estabelecimentos que servem<br />

uma cozinha de qualidade a menos de 35 €, e com o “Bib Hotel” 51 hotéis que oferecem<br />

serviços de qualidade com a maior parte <strong>dos</strong> quartos a menos de 55 € o quarto duplo, nas províncias,<br />

e 65 € em grandes cidades e lugares turísticos importantes. Nesta edição de <strong>2012</strong>, também se destacam<br />

em vermelho 311 estabelecimentos especialmente agradáveis.<br />

O guia, que conta com toda a riqueza cartográfica do fundo documentário Michelin, inclui um total de<br />

1.397 localidades, mostrando também 174 planos de 131 cidades e 34 mapas regionais. <br />

04<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


NOTÍCIAS<br />

Sópneus novo distribuidor Falken<br />

A Falken Tire Corporation assinou um acordo de distribuição<br />

com a Sópneus. Com efeito imediato, a Sópneus<br />

torna-se distribuidor exclusivo em Portugal da marca Falken,<br />

comercializando a linha completa de pneus de Turismo,<br />

4x4 e Comerciais.<br />

A Falken é uma marca de pneus pertencente ao Grupo<br />

Sumitomo Rubber Industries, sedeado em Tóquio, no Japão,<br />

e um <strong>dos</strong> maiores fabricantes de pneus do mundo.<br />

Com uma vasta gama de Turismo, 4x4 e Comerciais, os<br />

pneus Falken evidenciam-se pelas altas performances,<br />

quer em piso seco, quer em piso molhado. Com prestações<br />

bastante positivas apresentadas nos testes de comparação realiza<strong>dos</strong> por entidades<br />

especialistas, os pneus Falken têm vindo a ganhar cada vez mais a confiança<br />

<strong>dos</strong> condutores, que encontram assim uma marca de pneus que oferece<br />

uma excelente relação qualidade/preço.<br />

A Sópneus é uma cadeia de postos multi-marca especializa<strong>dos</strong> na prestação de<br />

todo o tipo de serviço a pneumáticos, possuindo equipamentos tecnologicamente<br />

avança<strong>dos</strong>, capazes de realizar intervenções com elevado rigor, rapidez e<br />

qualidade. Para além de todo o tipo de serviços a pneumáticos, dedica-se também<br />

à realização de serviços rápi<strong>dos</strong> de mecânica. Para mais informações sobre a<br />

Sópneus visite www.sopneus.com. <br />

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KHM distribuiu<br />

Kumho competição<br />

Os <strong>Pneus</strong> de Competição da Kumho tem<br />

agora um novo Importador e Distribuidor<br />

para Portugal.<br />

Trata-se da KHM Racing - Comércio de <strong>Pneus</strong> de Competição Unipessoal, Lda,<br />

cujo responsável é Humbero Matos.<br />

Para mais informações sobre a KHM e sobre os pneus Kumho de competição poderá<br />

contactar por este e.mail: khmracing@gmail.com. <br />

Muitos projectos na Euro Tyre<br />

No âmbito do projecto de expansão da Euro Tyre como distribuidor ibérico<br />

inaugurou esta empresa as suas novas instalações.<br />

Com uma área de armazenamento de 10.000 m2, a Euro Tyre possui agora as<br />

condições necessárias para crescer neste mercado. Com um stock médio de<br />

90.000 unidades a Euro Tyre serve o mercado português e o mercado espanhol<br />

em 24 horas.<br />

No seguimento do seu projecto de expansão como distribuidor ibérico, a Euro<br />

Tyre abriu também, em Outubro, uma nova delegação em Barcelona.<br />

Com uma área de 1.000m2 e uma equipa de 5 pessoas a empresa pretende<br />

prestar, na Catalunha, um serviço de duas entregas diárias.<br />

Com um stock médio de 4.000 pneus e abastecimentos semanais a partir de<br />

Portugal ou da Holanda, a Euro Tyre pretende atingir uma quota de mercado relevante<br />

neste mercado.<br />

Em 1 de Outubro de 2011, a equipa comercial em Espanha foi aumentada,<br />

possuindo neste momento a empresa uma equipa de seis comerciais espalha<strong>dos</strong><br />

por toda a espanha.<br />

Com entregas díarias, em 24 horas, desde Portugal, o mercado espanhol apresenta-se<br />

como um mercado natural de crescimento para a Euro Tyre.<br />

As vendas no mercado espanhol duplicaram em 2011, quando comparado<br />

com 2010, sendo objectivo da empresa que, em <strong>2012</strong>, as mesmas atinjam o mesmo<br />

valor em Espanha e Portugal.<br />

É objectivo da Euro Tyre, no segundo semestre de <strong>2012</strong>, a abertura de um armazém<br />

em Madrid para fortalecer a sua presença local. <br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 05


NOTÍCIAS<br />

Novo Marathon+ para<br />

camiões<br />

O lançamento da<br />

nova gama Marathon<br />

+ da Goodyear, marca<br />

a introdução de pneus<br />

para camiões que reduzem<br />

os custos operacionais<br />

do veículo,<br />

ainda mais do que os<br />

seus predecessores e os<br />

seus concorrentes.<br />

Os pneus de eixos de direção e condução de longo curso Marathon<br />

LHS II + e LHD II + da Goodyear, disponibilizam a mais baixa<br />

resistência ao rolamento, comparativamente a qualquer outro<br />

pneu para camiões da Goodyear, com uma melhor aderência ao<br />

piso molhado do que os seus concorrentes e sem qualquer redução<br />

do desempenho na quilometragem. A resistência ao rolamento<br />

<strong>dos</strong> novos pneus é 7% inferior à <strong>dos</strong> pneus Marathon LHS II e<br />

LHD II, o que significa um consumo de combustível mais eficiente<br />

e emissões mais baixas.<br />

Os testes realiza<strong>dos</strong> pela TÜV Süd Automotive, que compararam<br />

o desempenho <strong>dos</strong> novos pneus Marathon + com os de três<br />

principais concorrentes, demonstram uma capacidade ímpar de<br />

resistência ao rolamento e ótimo desempenho de travagem em<br />

piso molhado, <strong>dos</strong> novos pneus. Uma inovadora e nova melhoria<br />

do composto de rasto, denominado Silefex, é um <strong>dos</strong> componentes<br />

chave <strong>dos</strong> avanços tecnológicos. <br />

Facom lança chave<br />

inovadora<br />

Preocupada com a segurança, e a fim de melhorar as<br />

condições de trabalho, a FACOM introduz um novo<br />

conceito no mercado – a nova chave D.48 para a drenagem<br />

de óleo e as correspondentes pontas magnéticas<br />

do cárter, o que torna as mudanças de óleo mais simples,<br />

rápidas e sem risco de queimaduras. As oficinas,<br />

frequentemente, recorrem à solução do “Faça você<br />

mesmo” – uma chave de roquete onde colocam na parte<br />

superior uma garrafa de plástico cortada. Mas com a<br />

nova chave de drenagem da Facom, os mecânicos podem<br />

remover o tampão do depósito de óleo com facilidade<br />

e sem que o óleo entre em contacto com as mãos.<br />

Actualmente não existe nenhuma ferramenta como<br />

esta no mercado. A chave para mudança de óleo e as 15<br />

pontas magnéticas para o depósito de óleo estão disponíveis<br />

para serem comercializadas em kit (D.48-KITPB)<br />

ou individualmente (D.48PB e MB-J15PB).<br />

Mitas com novo pneu para ceifeiras<br />

A Mitas apresentou, depois de uma intensa colaboração com um fabricante líder de ceifeiras,<br />

o Continental CHO (Cyclilc Harvest Operation).<br />

“Para responder à procura de uma geração de ceifeiras de alto rendimento era necessário desenvolver<br />

pneus que resolvessem o conflito entre o cumprimento da normativa em estrada e a<br />

crescente necessidade de protecção do solo”, disse Hans-Ulrich Klose, director de engenharia<br />

da marca checa. <br />

Configurador para<br />

jantes OZ<br />

A Neoparts apresentou as jantes OZ para veículos<br />

da marca Smart. Até agora no mercado havia<br />

pouca escolha em termos de jantes para o Smart<br />

ForTwo, mas agora, este pequeno já pode ter jantes<br />

OZ.<br />

Outra das novidades da OZ é o lançamento de<br />

novos produtos, ou melhor novos modelos de jantes.<br />

Destaque para os novos modelos OZ Itália, OZ<br />

Vittoria, OZ Superturismo Dakar e OZ Cortina,<br />

que entraram no mercado em Novembro passado.<br />

Uma derradeira novidade é o "novo" configurador<br />

de jantes/viatura com imagem incluída no site<br />

ou fotografia do veículo.<br />

Através do site www.ozracing.com/configurator<br />

pode visualizar as jantes da sua preferência na imagem<br />

predefinida existente ou em<br />

www.ozracing.com/facecar para inserir uma fotografia<br />

da sua viatura e experimentar vários modelos<br />

de jantes. Esta é a melhor forma de escolher as jantes<br />

que melhor se adaptam e que melhor efeito visual<br />

têm num automóvel, servindo também como<br />

uma óptima ferramenta para as casas de pneus<br />

mostrarem aos seus clientes. <br />

Adrenalin em exclusivo<br />

na First Stop<br />

A Bridgestone já iniciou a comercialização do novo membro<br />

da família Potenza, o Adrenalin. Tal como o nome indica, este<br />

pneu pretende proporcionar aos jovens condutores, diversão e<br />

emoções fortes, tal como dar uma aparência mais desportiva<br />

ao seu veículo.<br />

Este novo elemento tem a designação RE002 e vem apresentar-se<br />

como uma nova alternativa premium dentro deste<br />

nicho de mercado.<br />

A performance do Potenza Adrenalin está orientada sobretudo<br />

para uma condução em seco, oferecendo uma resposta<br />

de condução agressiva, esperada pelos jovens entusiastas. Esta<br />

nova aposta da Bridgestone posiciona-se imediatamente abaixo<br />

do S001, o porta-estandarte da marca em termos de performance<br />

para veículos de alta cilindrada.<br />

O Adrenalin estará nesta fase disponível nas medidas 195/60<br />

R15 com índice de velocidade H (210km/h), 195/55 R15, 205/55<br />

R15, 215/55 R15, 225/55 R16, 195/50 R15, 205/50 R15, 205/55 R16<br />

e 225/55 R16, estas em índices de velocidade W (270km/h). <br />

25 milhões de pneu Hankook<br />

Após a conclusão da segunda unidade de produção, na sua fábrica<br />

na Hungria, a Hankook anunciou que a atingiu a produção de<br />

25 milhões de unidades em Novembro de 2011.<br />

Este dado revela, segundo a Hankook, o seu forte crescimento no<br />

mercado europeu, em virtude de uma cada vez maior procura <strong>dos</strong><br />

pneus da marca mas também o crescimento das suas actividades<br />

como fornecedor de pneus para primeiro equipamento junto de algumas<br />

das mais importantes marcas de automóveis.<br />

A Hankook investiu cerca de 550 milhões de euros nesta fábrica<br />

na Hungria, que recentemente atingiu a sua capacidade plena em<br />

termos de produção, com 12 milhões de pneus por ano, empregando mais de 2.000 pessoas.<br />

Nesta unidade da Hankook são produzi<strong>dos</strong> pneus para veículos automóveis, SUV e comerciais ligeiros,<br />

num total de mais de 500 diferentes tipos de especificações e medidas. <br />

06<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


NOTÍCIAS<br />

Troféu Pneu do Ano<br />

O Troféu Pneu do Ano, realizado pela <strong>Revista</strong><br />

<strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> nos anos 2010 e 2011, vai passar a<br />

realizar-se de dois em dois anos, de modo a<br />

conseguirmos ter mais modelos de pneus novos<br />

a concurso.<br />

Assim, o Troféu Pneu do Ano será realizado<br />

em anos ímpares, que são também os anos de realização<br />

da Conferência sobre o Comércio de <strong>Pneus</strong><br />

em Portugal, igualmente organizada pela <strong>Revista</strong><br />

<strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>.<br />

Esperamos deste modo conseguir satisfazer os<br />

interesses das marcas de pneus presentes no mercado<br />

nacional e de to<strong>dos</strong> os leitores e operadores do sector que participam com a<br />

sua votação na escolha <strong>dos</strong> melhores pneus do ano.<br />

O próximo Troféu Pneu do Ano será em 2013 e as categorias a concurso serão:<br />

Premium, Quality e Budget. Vai por certo ser uma edição muito concorrida a nível<br />

de novos produtos, pois será o primeiro ano em que os pneus candidatos vão apresentar<br />

as etiquetas de identificação, que passam a ser obrigatórias no final de <strong>2012</strong>. <br />

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Pedro Teixeira nas redes<br />

espanholas de oficinas Continental<br />

Pedro Teixeira faz parte, desde o início de <strong>Janeiro</strong>, membro da direcção-geral<br />

da FSC, a empresa que congrega as redes de oficinas da continental em Espanha,<br />

seja a Best Drive ou a <strong>Pneus</strong> Expert.<br />

Ao mesmo tempo, o até agora director-geral da FSC, José Luis de la Fuente,<br />

passará a ocupar o cargo de director-geral da Continental no mercado português.<br />

“Desta forma, a Continental continua a apostar no desenvolvimento da sua presença<br />

no ponto de venda através <strong>dos</strong> conceitos multiproduto – Best Drive – e da<br />

sua rede de especialistas de pneus de turismo <strong>Pneus</strong> Expert”, disse fonte da empresa.<br />

“Em 2011, a rede <strong>Pneus</strong> Expert cresceu em nove novos franchisa<strong>dos</strong> até chegar<br />

a estar representado por um total de 124 pontos de venda em Espanha. Por outro<br />

lado, desde o seu lançamento no mercado em Março de 2011, a Best Drive superou<br />

as suas expectativas até chegar a alcançar os 33 pontos de venda no final do<br />

ano passado”, diz a marca. <br />

To<strong>dos</strong> os pneus<br />

convergem para<br />

Reifen <strong>2012</strong><br />

O maior evento mundial do sector <strong>dos</strong><br />

pneus tem lugar na Messe de Essen, Alemanha,<br />

de 5 a 8 de Junho próximos. Tudo o<br />

que diga respeito a produtos e serviços relaciona<strong>dos</strong><br />

com pneus, distribuição destes,<br />

tecnologias de pneus e de chassis de veículos,<br />

recauchutagem, vulcanização, reparação e oficinas de pneus terá passagem obrigatória<br />

na Reifen <strong>2012</strong>. A feira abrirá no dia 4 com uma cerimónia festiva quanto<br />

baste, onde serão entregues os Prémios de Inovação relativos a este ano, cujas categorias<br />

em competição incluem Tecnologias, Produtos, Conceitos de Serviço, Optimização<br />

de Processos, Defesa do Ambiente e Conservação de Recursos. A apresentação<br />

das candidaturas termina no final de Março deste ano.<br />

Toda a feira será acompanhada por um programa e informações e apoio, que conta<br />

com a experiência do principal patrocinador do evento, a associação alemã de comércio<br />

de pneus BRV. Na manhã do primeiro dia da feira (dia 5/6), um seminário<br />

sobre assessoria a empresas e processo de sucessão empresarial ocupará as atenções.<br />

A seguir ao almoço, o tema obrigatório serão as novas etiquetas <strong>dos</strong> pneus novos.<br />

No dia 6/6, outros seminários e conferências estão na calha, incluindo temas como<br />

Maneiras e Procedimentos, O Ser Humano - a questão do risco, etc. No dia 7/7, várias<br />

acções de formação terão lugar, incluindo temas como venda especializada de<br />

pneus, oficinas de reparação e o inesgotável tema " Trye Label ".<br />

A organização este ano criou um novo site exclusivo para o evento (www.messeessen-media.de),<br />

que permite a expositores e visitantes acederem a toda a informação<br />

disponível sobre a feira de Reifen e até efectuarem encomendas. Mais informações<br />

estarão disponíveis no site habitual (www.reifen-messe.de). <br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 07


NOTÍCIAS<br />

Nova loja Norauto<br />

em odivelas<br />

A Norauto, líder europeu em Centros-Auto e especialista<br />

na manutenção e equipamento automóvel, tem a<br />

partir de 29 de Novembro, uma nova loja em Odivelas,<br />

junto ao Odivelas Parque.<br />

Este novo centro tem uma área total de 860 m2 e vai<br />

funcionar como superfície de venda de peças e de produtos<br />

para o automóvel e como oficina de reparações auto.<br />

Implementada em Portugal desde 1996, a Norauto tem<br />

consolidado a sua posição, de norte a sul, como a superfície<br />

comercial ideal para a manutenção automóvel, contabilizando em Portugal um total de 15 centros auto.<br />

Este novo centro de Odivelas está dividido em áreas bem definidas como Lazer Viagens, Som e Multimédia<br />

(equipamento electrónico), Prazer e Paixão (personalização), Conforto e Segurança e Peças Técnicas. Com esta<br />

divisão, a Norauto pretende oferecer mais de 5 000 referências em produtos para automóvel, com destaque para<br />

os pneus, baterias, travagem, som, mobilidade, entre outros produtos.<br />

Infinity prepara nova linha de produtos<br />

A Infinity vai apresentar a sua nova linha de produtos na Reifen <strong>2012</strong>, o salão internacional de pneus que<br />

decorre em Essen (Alemanha), de 5 a 8 de Junho. A nova gama da marca tem vindo a ser testada na Europa,<br />

para ficar garantido que estará de acordo com a nova legislação europeia. Jorge Crespo, o responsável pelas<br />

operações da Infinity na Europa, disse que esta nova gama será o próximo passo em matéria de segurança e<br />

qualidade. “Os novos pneus vão trazer pisos assimétricos para os modelos UHP, SUV e HP e oferecer componentes<br />

novos e melhora<strong>dos</strong> que incluem mais sílica numa gama que tem sido considerada de alta qualidade”,<br />

disse. <br />

NPS com lubrificantes<br />

e baterias<br />

Dando continuidade à qualidade do serviço prestado<br />

aos seus clientes a NPS Portugal lançou recentemente<br />

duas novas gamas de produtos.<br />

Assim, a NPS Portugal lançou uma gama completa<br />

de óleos e de baterias para todas as marcas de viaturas<br />

japonesas, coreanas e europeias.<br />

Relativamente aos óleos a NPS Portugal disponibiliza,<br />

óleo de travões, motor e caixa de velocidades. Os<br />

óleos comercializa<strong>dos</strong> pela NPS Portugal, são de marca<br />

própria, possuindo elevada qualidade e fiabilidade.<br />

A NPS Portugal, acaba também de lançar em Portugal<br />

baterias da prestigiada marca KOBA, apresentadas<br />

com logo KOBA e logo NPS. A qualidade e eficácia<br />

das baterias KOBA são inquestionáveis, pelo que, a<br />

NPS Portugal disponibiliza com este lançamento,<br />

uma gama de baterias de qualidade de topo, para to<strong>dos</strong><br />

os seus clientes.<br />

As baterias comercializadas pela NPS Portugal, destinam-se<br />

igualmente a toda a gama de viaturas, desde<br />

automóveis a comerciais e para todas as marcas de veículos<br />

japoneses, coreanos e europeus. <br />

Montenegro<br />

& Fernandes<br />

lança jornal<br />

A Montenegro & Fernandes<br />

vai ter uma novo suporte de comunicação<br />

para os seus clientes<br />

e para o mercado em geral. A empresa de ferramentas<br />

vai lançar um jornal trimestral (já em<br />

<strong>Janeiro</strong>)com o propósito de informar “os nossos<br />

clientes para as acções que irão ser tomadas relativamente<br />

à TENG TOOLS em Portugal”, diz José<br />

Coelho, responsável da empresa. Terá também no<br />

interior campanhas que podem ser de baixa de preços<br />

ou produtos com ofertas associadas. Este jornal<br />

servirá também para explicar o funcionamento<br />

para algumas ferramentas mais especiais. Mais informações<br />

em www.montenegrofernandes.pt<br />

Goodyear<br />

introduz microchip<br />

nos pneus para camião<br />

A Goodyear anuncia pela primeira vez a utilização comercial<br />

de microchips em pneus para camiões. Estes microchips permitem<br />

evitar o roubo de pneus <strong>dos</strong> atrela<strong>dos</strong>, uma prática que afecta<br />

os operadores de frotas e que em tempo de crise se acentua<br />

ainda mais. O novo pneu para atrelado Goodyear Regional<br />

RHT II RFID (Identidade de rádio frequência) 435/50R19.5 integra<br />

um microchip que estabelece uma ligação, via internet,<br />

com o programa de gestão de pneus FleetOnlineSolutions.<br />

Esta nova tecnologia, que obteve um prémio na América Latina<br />

no início deste ano, permite monitorizar os pneus. Em caso de<br />

roubo, é muito mais fácil localizá-los e identificá-los em relação a<br />

outros pneus. Os pneus podem ser monitoriza<strong>dos</strong> durante a sua<br />

vida útil incluindo em situações de re-revestimento do rasto. <br />

Andres disponibiliza<br />

Rodiac<br />

Rodiac é o novo pneu<br />

de moto da Nankang,<br />

que a empresa Neumático<br />

Andrés (importador<br />

para Espanha) já tem disponível<br />

para os seus<br />

clientes.<br />

O novo Rodiac é um<br />

pneu sport-touring que<br />

permite uma ampla gama de<br />

usos, apresentando uma boa relação<br />

qualidade/preço para o seu segmento.<br />

Este pneu apresenta alguns novos desenvolvimentos<br />

técnicos, que permite que o mesmo apresente<br />

maior estabilidade e rigidez da carcaça.<br />

A Neumaticos Andrés possui uma extensa gama<br />

de pneus para moto das marcas, Michelin, Pirelli,<br />

Bridgestone, Metzeler, Dunlop y Continental, tendo<br />

agora aumentado o seu catálogo com a incorporação<br />

da marca Nankang. <br />

Hankook<br />

com novo pneu<br />

para camião<br />

AH22+ será o nome do novo pneu da Hankook<br />

para camião, no seguimento da linha AH22. Este produto,<br />

desenhado especificamente para utilização no<br />

tráfico regional oferece agora mais rendimento no tráfico<br />

urbano e de longa distância, graças à sua estrutura<br />

optimizada que apresenta o cinturão mais largo, uma<br />

área de talão reforçada e um novo desenho da banda<br />

de rodagem. O AH22+ pode utilizar-se para to<strong>dos</strong> os<br />

eixos de camiões e autocarros em tráfego regional.<br />

A carcaça plana reforçada permite uma pressão uniforme<br />

sobre o solo e, em combinação com a estrutura<br />

também reforçada do talão do AH22+, proporciona<br />

uma vida útil maior do pneu, inclusivamente em situações<br />

de carga máxima.<br />

Graças a uma menor deformação do pneu, não só<br />

se reduz a resistência ao rolamento e cumprem-se os<br />

requisitos de custo-benefício para essas actividades,<br />

como também se consegue uma condução suave, pelo<br />

que o controlo e o conforto aumentam. <br />

08<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


NOTÍCIAS<br />

Desmontadora<br />

automática<br />

profissional<br />

A StatusGrau tem disponível<br />

para comercialização<br />

uma nova desmontadora<br />

automática<br />

profissional.<br />

A Smonther<br />

850 Duo possui uma<br />

série de características,<br />

entre as quais se destacam:<br />

- Sistema sem ferro de<br />

desmonta;<br />

- Movimento tipo<br />

pantógrafo;<br />

- Chama automática da<br />

coluna operativa;<br />

- Memória do descolador;<br />

- Posicionamento automático da unha sobre a<br />

jante;<br />

- Duas velocidades;<br />

- Dois senti<strong>dos</strong> de rotação;<br />

- Descolador duplo;<br />

- Rodízio com guia lazer;<br />

- Elevador de roda integrado;<br />

- Diâmetro de 12 a 30 polegadas; <br />

Lopes Seabra é vice-presidente<br />

da Continental Ásia e Pacífico<br />

A Continental AG nomeou António Lopes Seabra como Executivo responsável pela<br />

região da Ásia e Pacifico de <strong>Pneus</strong> para Viaturas de Passageiros e Comerciais Ligeiros.<br />

António Lopes Seabra iniciou a sua actividade na Continental em 1990 como Director<br />

de Compras. Depois de alguns anos de sucesso nas áreas de materiais, distribuição e<br />

operações industriais, foi nomeado em Outubro de 2000 Presidente da Continental Mabor<br />

bem como gestor de outras empresas do Grupo Continental em Portugal. Em 2004 e,<br />

em acumulação, liderou a fábrica da Continental no México bem como outros projectos relevantes do Grupo<br />

Continental, nomeadamente o arranque da fábrica de Camaçari no Brasil. Pertence a vários Conselhos Consultivos<br />

da Continental e também sob a sua responsabilidade foram concretiza<strong>dos</strong> diversos projectos de expansão em<br />

Portugal, nomeadamente, os projectos ExPro2002, SUVs, bem como o arranque da produção de pneus UHP<br />

(pneus de alta performance) e Conti-Seal (pneus anti-furo). <br />

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Aguesport<br />

importador Federal<br />

A Aguesport, empresa grossista de pneus, é o novo<br />

importador exclusivo da marca Federal para o mercado<br />

português.<br />

A Federal é uma marca com longa tradição no mercado<br />

português, que entretanto quase desapareceu,<br />

mas que a Aguesport pretende agora revitalizar. Para<br />

isso está já a trabalhar no sentido de criar uma rede de<br />

agentes, com o objetivo estratégico de ter um agente<br />

por cada concelho de Portugal.<br />

A gama Federal passará a estar disponível a partir<br />

do final de <strong>Janeiro</strong> de <strong>2012</strong>.<br />

Neste momento estão a ser preparadas campanhas<br />

publicitárias destinadas ao consumidor final, que serão<br />

lançadas em diversos meios de comunicação social.<br />

Esta marca apostou forte no último ano no lançamento<br />

de novos modelos onde se destaca o novo Federal<br />

595 RPM. Este modelo será na opinião da<br />

Aguesport a "bandeira" da marca pelo seu design e<br />

pela sua qualidade.<br />

A aguesport destaca também o novo modelo destinado<br />

ao mercado <strong>dos</strong> SUV, o Federal Couragia FX. <br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 09


NOTÍCIAS<br />

Camac lança<br />

novos produtos<br />

A CNB-CAMAC, único fabricante nacional de pneus, viu, em 2011, as suas gamas<br />

renovadas e actualizadas.<br />

Para viaturas comerciais surge o 145R13C – NC80, enquanto para veículos ligeiros<br />

surge o 165R15 Alpus - (Pneu de Inverno).<br />

Estas duas referências surgem após o lançamento das novas dimensões na gama<br />

CYGNUS (ligeiros de passageiros), Terra e Atlas (4x4) e Fargo (VAN) efectuada no<br />

primeiro trimestre de 2011.<br />

A empresa pretende, agora, continuar a crescer e a conquistar quota de mercado,<br />

aumentando a sua presença nos merca<strong>dos</strong> nacional e internacional.<br />

O lançamento de novas dimensões de pneus (a concretizar no 1ª trimestre de <strong>2012</strong>)<br />

é outro <strong>dos</strong> trunfos da marca para chegar a mais consumidores. <br />

Haweka com dois novos produtos<br />

A Haweka lançou o Airgolift, um elevador rápido, que se junta facilmente<br />

com qualquer máquina de equilibrar. Com este produto, obtémse<br />

um posicionamento mais preciso <strong>dos</strong> pneus no eixo da máquina. O<br />

pneu é sempre correctamente fixado. Além disso, não há pressão da<br />

roda sobre o eixo durante o processo de aperto, prolongando a<br />

vida do seu veio central, bem como a saúde <strong>dos</strong> técnicos que executam<br />

a operação.<br />

Outro produto novidade na Gonçalteam,<br />

que representa a Haweka<br />

em Portugal, é uma garra para alinhamentos<br />

de automóveis. Com<br />

novo design e nova ergonomia,<br />

o equipamento tem uma abertura variável de 13 a 25 polegadas e é adaptável<br />

a quase todas as marcas. O representante garante um preço imbatível e formação<br />

técnica sobre o produto. <br />

Polibaterias<br />

aumenta gama<br />

Fiamm<br />

Em virtude da recente comercialização<br />

por parte da<br />

Polibaterias das baterias<br />

FIAMM, já disponíveis<br />

nas gamas Diamond<br />

e Titanium,<br />

vem agora esta empresa<br />

acrescentar a bateria L6 12V 110Ah<br />

na gama Titanium.<br />

Trata-se de um modelo específico para os<br />

Porsche Cayenne, VW Touareg, Audi Q7, entre<br />

outros veículos de gama média alta e alta e<br />

também para a Fiat Ducato (equipamento original<br />

FIAMM).<br />

Para além disso, a Polibaterias iniciou também<br />

a comercialização das baterias de moto<br />

FIAMM, nas gamas Storm e Wind, duas gamas<br />

diversificadas e apropriadas para as principais<br />

marcas de veículos duas rodas, tais como,<br />

BMW, Ducati, Honda, Yamaha, Susuki, Kawasaki,<br />

etc.<br />

A FIAMM, como acontece também na área<br />

automóvel ao fornecer em OEM a Mercedes,<br />

Renault, Grupo PSA, Toyota, Nissan, Ferrari,<br />

Fiat, Maserati, entre outras, é nesta área equipamento<br />

original da marca DUCATI em que é o<br />

sponsor oficial da Ducati Moto GP team. <br />

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Z. Ind. Maia I - Sector 1, Lt.45<br />

4475-132 Gemunde - Maia PT<br />

Tel 229479020 Fax 229479029<br />

www.iberacero.pt<br />

Importador oficial<br />

Importador exclusivo<br />

10<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


NOTÍCIAS<br />

Fiat apresenta peças Classic Line<br />

O Fiat Group Automobiles Portugal efectuou para o mercado o lançamento da CLAS-<br />

SIC LINE - a gama de peças auto do grupo Fiat que combina qualidade e poupança com<br />

preços altamente vantajosos para veículos fora de produção. A Classic Line responde a<br />

uma solicitação do mercado e torna-se numa excelente oportunidade para as oficinas, oferecendo<br />

uma gama de peças certificadas pelo grupo Fiat, que garante a melhor relação qualidade/preço<br />

para os veículos fora de produção. De facto, o valor mais alto das operações<br />

de manutenção, é exactamente aquele que se refere aos veículos com mais de 5 anos de idade,<br />

que representam mais de 80% do parque circulante do grupo Fiat em Portugal. Nesta<br />

primeira fase de lançamento, as linhas de produto a serem disponibilizadas são:<br />

Pastilhas de Travão (42 referências) e Discos de Travão (38 referências).<br />

Já em <strong>2012</strong>, serão lançadas as linhas de produto de filtros, distribuição<br />

e suspensão. Com a introdução de novas linhas de produto<br />

e extensões programadas, a Classic Line irá disponibilizar<br />

uma oferta integrada, indo de encontro às necessidades <strong>dos</strong> clientes<br />

deste segmento. <br />

Cygnet com pneus<br />

Bridgestone<br />

Os Bridgestone Ecopia B250 foram escolhi<strong>dos</strong> pela Aston<br />

Martin para equipar o seu modelo Cygnet. O pequeno<br />

citadino de luxo será equipado de série com os Ecopia com<br />

a medida 175/60 R16. Os pneus Bridgestone Ecopia recorrem<br />

a uma tecnologia de compostos de enchimento que reduzem o atrito e a acumulação de<br />

calor durante a rotação do pneu, levando a uma menor resistência ao rolamento e igualmente<br />

a menores consumos. A principal vantagem <strong>dos</strong> pneus Ecopia é o facto de obter benefícios<br />

ecológicos sem sacrificar a segurança, especialmente na travagem em piso molhado e no manuseio<br />

em geral. O Cygnet é um veículo citadino com design artesanal e a atenção ao detalhe<br />

esperada de um Aston Martin. Com uma escolha quase ilimitada de opções de acessórios manualmente<br />

concebi<strong>dos</strong>, o Cygnet oferece ao seu condutor luxo e individualidade. <br />

S. José Logística<br />

de <strong>Pneus</strong> é<br />

PME Excelência<br />

A S. José Logística de <strong>Pneus</strong> foi distinguida<br />

com o Estatuto PME Excelência 2011, uma<br />

iniciativa do IAPMEI, criada numa parceria<br />

com a banca, para sinalizar o mérito das pequenas<br />

e médias empresas que evidenciam os melhores desempenhos no<br />

universo das PME Líder nacionais.<br />

O Estatuto PME Excelência foi atribuído este ano a 1368 empresas,<br />

que em vários sectores de actividade, se destacaram pelos melhores desempenhos<br />

económico-financeiros e de gestão.<br />

Dessa forma a S. José Logística de <strong>Pneus</strong> apresenta rácios de solidez financeira<br />

e de rendibilidade acima da média nacional, têm sabido manter<br />

altos padrões competitivos num contexto particularmente exigente e está<br />

a conseguir ultrapassar a crise com crescimento, consolidação de resulta<strong>dos</strong>,<br />

e contributos activos na criação de riqueza e de emprego na região<br />

onde se insere. <br />

Lava rodas electrónica Teco<br />

A LR 400 é uma equipamento da Teco, comercializado<br />

em Portugal pela Sarraipa, que<br />

serve para lavar rodas.<br />

Esta máquina de limpeza de rodas electrónica<br />

está equipada com sistema de lavagem de<br />

circuito fechado com água a baixa pressão<br />

e grânulos, sendo concebida para operar<br />

em rodas de turismo, veículos de todo-oterreno,<br />

ligeiros e veículos comerciais. <br />

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REVISTA<br />

DOS PNEUS 11


ACTUALIDADE<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com<br />

<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> lança site<br />

Primeiro como suplemento do Jornal das Oficinas, depois a versão em papel e agora<br />

como site de informação na internet e newsletter digital. A <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> segue<br />

assim o seu percurso, proporcionando mais informação, com esta plataforma na internet<br />

Cada vez mais a internet é um local de consulta<br />

preferencial para apresentação das empresas e<br />

de interacção com utilizadores e parceiros,<br />

pelo que este é o momento adequado para o<br />

lançamento do site da REVISTA DOS PNEUS e o<br />

alargamento <strong>dos</strong> canais de relacionamento com to<strong>dos</strong><br />

aqueles que querem conhecer melhor o sector <strong>dos</strong><br />

pneus em Portugal e no mundo.<br />

Esta plataforma online encontra-se assim em<br />

www.revista<strong>dos</strong>pneus.com e está já acessível com notícias<br />

actualizadas, que permitem comunicar sempre<br />

que a informação aconteça.<br />

Além da REVISTA DOS PNEUS, sentimos falta de<br />

ter uma plataforma que pudesse dar imediatamente a<br />

informação que produzimos e aquela que o mercado<br />

nos faz chegar. É daí que nasce o site, no qual nos<br />

comprometemos a actualizar sempre que houver informação<br />

que o justifique.<br />

Este site pretende ser uma ferramenta de comunicação<br />

aberta a to<strong>dos</strong> os intervenientes no sector, que dela<br />

podem usufruir para comunicar livremente as suas notícias,<br />

conteú<strong>dos</strong> e opiniões que sejam relevantes para<br />

este sector de actividade e para o seu crescimento.<br />

Apelamos também à disponibilidade de to<strong>dos</strong> os operadores<br />

<strong>dos</strong> pneus e <strong>dos</strong> serviços rápi<strong>dos</strong>, para visitar<br />

em www.revista<strong>dos</strong>pneus.com e comentar as notícias<br />

que entender.<br />

No entanto, os conteú<strong>dos</strong> do site não substituem os<br />

da revista. Cada um destes suportes, terá a sua forma<br />

própria de tratar os acontecimentos relaciona<strong>dos</strong> com<br />

o sector <strong>dos</strong> pneumáticos.<br />

Simultaneamente com o site, regularmente serão<br />

editadas newsletter digitais, com as notícias do próprio<br />

site da REVISTA DOS PNEUS, sendo essa mais uma<br />

forma de comunicar com o sector.<br />

Também no Facebook<br />

Paralelamente aproveitamos para lançar a página da<br />

REVISTA DOS PNEUS do Facebook, que está em<br />

www.facebook.com/revistapneus, e que é mais um suporte<br />

de comunicação que está ao dispor deste sector.<br />

Neste suporte são também divulgadas as notícias do<br />

site do REVISTA DOS PNEUS, mas qualquer pessoa<br />

ou empresa lá poderá colocar os seus próprias conteú<strong>dos</strong>.<br />

Para terminar, voltamos a chamar a atenção que<br />

pode enviar todas as informações (através do e.mail:<br />

paulo.homem@apcomunicacao.com), para o site e<br />

para a revista, nomeadamente:<br />

- Novidades e notícias diversas da vossa empresa;<br />

- Novos serviços;<br />

- Novos produtos;<br />

- Novos equipamentos;<br />

- Novos negócios;<br />

- Campanhas e promoções;<br />

- Inauguração de novas lojas e pontos de vendas;<br />

- Novas oficinas, armazéns;<br />

- Entre outros.<br />

Boa visita em www.revista<strong>dos</strong>pneus.com.<br />

12<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


ACTUALIDADE<br />

O “menu” orienta para cada<br />

uma das secções que estão<br />

disponíveis<br />

Esta função permite<br />

pesquisar sobre qualquer<br />

conteúdo publicado<br />

Poderá fazer o downlod da<br />

última edição da <strong>Revista</strong><br />

<strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> em PDF<br />

Regulamente poderá<br />

responder às sondagens<br />

sobre assuntos do sector<br />

Aqui estará sempre a<br />

notícia mais recente e<br />

que merece o maior<br />

destaque, sendo este<br />

espaço actualizado com<br />

muita regularidade<br />

Basta assinar para passar<br />

a receber regularmente a<br />

newsletter do site<br />

Alguns <strong>dos</strong> eventos<br />

terão uma destaque<br />

através de uma<br />

reportagem fotográfica<br />

Algumas das notícias terão<br />

destaque neste espaço<br />

Os úlitmos comentários às<br />

notícias também terão<br />

destaque<br />

As notícias recentemente<br />

editadas ficam disponíveis na<br />

primeira página do site<br />

O Facebook da <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong><br />

<strong>Pneus</strong> pode ser consultado<br />

através do site<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 13


ACTUALIDADE<br />

9.º Encontro Valorpneu<br />

Bom desempenho<br />

A Valorpneu reuniu os seus aderentes e diferentes entidades na FIL, em Lisboa,<br />

no âmbito do 9º Encontro Valorpneu, no qual aproveitou para fazer um balanço da<br />

actividade mas também dar a conhecer algumas novidades<br />

Aentrar no seu 10º ano de existência, a Valorpneu<br />

promoveu o seu encontro anual. Na sessão<br />

de aberura, Mário Grácio, Director geral da<br />

Agência Portuguesa do Ambiente destacou<br />

mais uma vez o excelente desempenho da Valorpneu,<br />

nomeadamente ao nível <strong>dos</strong> objectivos, onde “mais<br />

uma vez se passou <strong>dos</strong> 100%, isto é, conseguiu-se recolher<br />

mais pneus do que aqueles que são coloca<strong>dos</strong> no<br />

mercado. Também destaco o excelente desempenho ao<br />

nível das metas de reciclagem e valorização <strong>dos</strong> pneus”.<br />

O responsável da Agência Portuguesa do Ambiente reconheceu<br />

ainda que “foi uma época ganha em prol <strong>dos</strong><br />

pneus usa<strong>dos</strong>”.<br />

Cristina Caldeira, Directora do Departamento de<br />

Fluxos Especiais e Merca<strong>dos</strong> de Resíduos da Agência<br />

Portuguesa do Ambiente, na sua apresentação fez um<br />

balanço <strong>dos</strong> quase 10 anos da actividade ao nível do sistema<br />

de recolha de pneus usa<strong>dos</strong>. Destaque nesta intervenção<br />

para a aplicação do princípio da responsabilidade<br />

alargada do produtor (PRAP), decorrente do Artigo<br />

10 -A do Decreto-Lei nº 73/2011 de 17 de Junho, que<br />

atribuiu ao produtor do produto a responsabilidade total<br />

ou parcial, física e/ou financeira pelos impactes ambientais<br />

(em todo o ciclo de vida), pela produção de resíduos<br />

decorrentes do processo produtivo, pela posterior<br />

utilização <strong>dos</strong> respectivos produtos e respectiva<br />

gestão quanto atingem o final de vida.<br />

Desta forma, tenta-se promover alterações à concepção<br />

do produto, envolvendo menos resíduos na sua<br />

produção e posterior utilização, e tenta-se garantir o tratamento<br />

<strong>dos</strong> produtos que tenham assumido a natureza<br />

de resíduos.<br />

A forma como este princípio é aplicado em sistema<br />

integra<strong>dos</strong> surge com enfoque na hierarquia de gestão<br />

de resíduos, na introdução de metas de recolha, recauchutagem<br />

e reciclagem mas também com a persecução<br />

de objectivos de informação, sensibilização e de investigação<br />

e desenvolvimento, junto de to<strong>dos</strong> os intervenientes.<br />

Em termos de perspectivas futuras, Cristina Caldeira,<br />

referiu como prioridade da APA e do seu departamento,<br />

a revisão do DL nº 111/2011 e da portaria<br />

nº 335/97, bem como o cumprimento da meta mínima<br />

de incorporação 5% de materiais recicla<strong>dos</strong> em<br />

obra, a articulação com as compras públicas ecológicas<br />

e ainda a promoção da introdução de constituintes recicla<strong>dos</strong><br />

na produção de novos materiais (como a utilização<br />

do Betume modificado de Borracha).<br />

SGPU<br />

Na intervenção de Climénia Silva, da Valorpneu, referiu<br />

que entre 2003 e Outubro de 2011, foram trata<strong>dos</strong><br />

800 toneladas de pneus, que corresponde a 350 Kms de<br />

distância de cobertos por uma largura de quatro metros<br />

e meio de pneus com três metros de altura. Ao todo,<br />

nesse período, foram trata<strong>dos</strong> qualquer coisa como<br />

118.000.000 de pneus.<br />

De to<strong>dos</strong> os indicadores de performance da Valorpneu<br />

apenas não foi atingindo o da recauchutagem (mais<br />

a preparação para reutilização). Nesse sentido, a Valorp-<br />

14<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


ACTUALIDADE<br />

EVOLUCÃO DOS<br />

FLUXOS DE PNEUS<br />

PRÉMIO INOVAÇÃO<br />

VALORPNEU 2011<br />

Na apresentação de Paulo Silva, da Valorpneu, foram<br />

apresenta<strong>dos</strong> da<strong>dos</strong> interessantes da evolução da actividade<br />

desta entidade gestora de pneus usa<strong>dos</strong>.<br />

O destaque vai para o quadro que aqui publicamos<br />

sobre a evolução <strong>dos</strong> fluxos de pneus (em toneladas)<br />

de 2003 até 2011.<br />

Existiu uma diminuição clara <strong>dos</strong> pneus coloca<strong>dos</strong> no<br />

mercado em 2011, que deve rondar os 9,3%, sendo que<br />

o mais preocupante é que essa diminuição não é acompanhada<br />

na mesma proporção pelos pneus usa<strong>dos</strong> gera<strong>dos</strong><br />

(-4,5%) e muito menos pelos pneus usa<strong>dos</strong> recolhi<strong>dos</strong><br />

(-2,4%).<br />

Esta situação para a Valorpneu é importante, segundo<br />

Paulo Silva, pois poderá colocar em risco o equilíbrio<br />

do sistema (SGPU).<br />

Com uma taxa de recolha de pneus usa<strong>dos</strong> que chegou<br />

aos 108% em 2011 (estimado), Paulo Silva considera<br />

que tal situação se deve ao mercado paralelo,<br />

mas também ao facto de haver mais vendas de pneus<br />

usa<strong>dos</strong> ou de pouco qualidade a entrar no mercado<br />

(que têm um período de utilização mais curto), bem<br />

como a entrada e saída de operadores pontuais.<br />

O 9º Encontro da<br />

Valorpneu foi bastante<br />

participado, ficando<br />

evidente o trabalho<br />

que tem sido feito por<br />

esta entidade<br />

Foram divulga<strong>dos</strong> neste 9º Encontro da Rede Valorpneu,<br />

os Prémios Inovação Valorpneu 2011. A<br />

terceira edição desta iniciativa premiou, com 7.500<br />

Euros e um estágio profissional na Valorpneu, Filipe<br />

Valadares e Miguel Bravo, dois alunos do curso<br />

de Engenharia Civil do Instituto Superior Técnico<br />

(IST) que desenvolveram o projecto “Betão com<br />

borracha proveniente de pneus usa<strong>dos</strong>”.<br />

O projecto consiste numa nova forma de produção<br />

de betão com granulado de borracha que permite<br />

evitar o consumo de uma quantidade apreciável<br />

de agrega<strong>dos</strong> naturais, mantendo e melhorando,<br />

em alguns casos, as propriedades do betão.<br />

Este novo tipo de betão poderá ter aplicabilidade<br />

prática em lajetas com aplicações em arruamentos,<br />

acessibilidades, praças e jardins; separadores<br />

centrais do tipo New-Jersey e lancis; paredes divisórias<br />

ou lajes estruturais e como material de enchimento.<br />

O projecto teve o acompanhamento do Professor<br />

Doutor Jorge de Brito e a duração total de 12 meses:<br />

“ Nove meses de trabalho prático e três meses<br />

de trabalho teórico, nos quais produzimos cerca de<br />

2.000 litros de betão no laboratório do IST”, explicaram<br />

os vencedores do Prémio.<br />

Além do primeiro prémio foram atribuídas duas<br />

menções honrosas, a segunda a Maria Neto, que<br />

desenvolveu o projecto “Do pneu ao refúgio”, que<br />

nasceu em 2009 como trabalho de mestrado na<br />

Universidade da Beira Interior (UBI) e continuou depois<br />

como trabalho de doutoramento na Faculdade<br />

de Arquitectura da Universidade do Porto (FAUP), e<br />

a primeira à dupla Bruno Vasconcelos e Pedro Malaca<br />

da Universidade de Coimbra, com o projecto<br />

“Desenvolvimento de uma célula robotizada de recolha<br />

de contentor e triagem de pneus”.<br />

neu tem feito uma série de iniciativas que passou por<br />

um protocolo com a ANIRP que levou a acções de formação<br />

na área da triagem de pneus e encaminhamento<br />

para recauchutagem. A Valorpneu deu também apoio à<br />

campanha que a ANIRP desenvolveu sobre o pneu recauchutado.<br />

Outra iniciativa, que a Valorpneu está a promover, é<br />

um estudo de caracterização da actividade de recauchutagem,<br />

com análise do mercado, identificação <strong>dos</strong> constrangimentos<br />

e, muito importante, saber as quantidades<br />

de pneus que passam fora do âmbito do Sistema de<br />

Gestão de <strong>Pneus</strong> usa<strong>dos</strong> (SGPU).<br />

A Directora Geral da Valorpneu falou ainda de outras<br />

acções que esta entidade gestora tem em curso, com<br />

destaque para a constante adequação da rede de recolha<br />

de pneus usa<strong>dos</strong>, onde sobressai o processo de certificação<br />

ambiental <strong>dos</strong> pontos de recolha e um maior seguimento<br />

da acção de triagem de pneus usa<strong>dos</strong> para recauchutagem.<br />

Ao nível do transporte e valorização, a Valorpneu<br />

tem estado muito atenta às cargas de pneus usa<strong>dos</strong> <strong>dos</strong><br />

pontos de recolha para os valorizadores, estando a decorrer<br />

um projecto interno nesta matéria.<br />

Outro aspecto que vai merecer cada vez mais atenção<br />

da Valorpneu é o das vendas online de pneus, numa<br />

tentativa de identificar “novos” produtores, nomeadamente<br />

empresas estrangeiras que colocam pneus novos<br />

no mercado português via comércio electrónico. Digase<br />

que em 2010, a Valorpneu registou um decréscimo<br />

de aproximadamente 10% relativamente aos pneus coloca<strong>dos</strong><br />

no mercado que liquidam Ecovalor.<br />

Quanto ao sistema de informação da Valorpneu, está<br />

a decorrer um projecto para a sua total renovação, incluindo<br />

a vertente da SGPU Online. Com esta situação<br />

poderá ter uma agilidade maior e obviamente um<br />

maior controlo.<br />

Aderentes<br />

Outros da<strong>dos</strong> interessantes foram revela<strong>dos</strong> neste<br />

encontro da Valorpneu.<br />

Diogo Branco, da Valorpneu, revelou que até final<br />

de 2011 estavam regista<strong>dos</strong> 1.242 produtores de pneus<br />

aderentes ao SGPU.<br />

Quer isto dizer que há mais produtores (cerca de<br />

7%), mas existe uma maior dispersão <strong>dos</strong> mesmos, que<br />

é mais difícil de captar pois alguns dizem respeito a<br />

oportunidades momentâneas de negócio. Contudo,<br />

regista-se que houve uma quebra de pneus coloca<strong>dos</strong><br />

no mercado em 2011.<br />

Na intervenção foi reforçada a importância do relacionamento<br />

da Valorpneu com as entidades fiscalizadoras<br />

(ASAE, DGAIEC, IGAOT e SEPNA), que levaram<br />

também a novas adesões ao SGPU, pelo que a Valorpneu<br />

vai apostar numa maior cooperação com essas<br />

entidades.<br />

Foram da<strong>dos</strong> a conhecer por Dora Gervásio, alguns<br />

da<strong>dos</strong> sobre os pontos de recolha. Vai haver uma<br />

maior fiscalização das cargas de pneus usa<strong>dos</strong> e vai<br />

continuar a ser também promovida a certificação ambiental<br />

<strong>dos</strong> pontos de recolha. <br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 15


ACTUALIDADE<br />

Comissão Especializada de Produtores de <strong>Pneus</strong><br />

Já por diversas vezes nas páginas da REVISTA<br />

DOS PNEUS publicamos artigos onde foi visível<br />

a intervenção da Comissão Especializada<br />

de Produtores de <strong>Pneus</strong>.<br />

A mais visível foi a realização da Campanha “Pela<br />

Sua Segurança, Pneu Usado não controlado e de origem<br />

desconhecida pode ser Arriscado” que surgiu<br />

em Setembro de 2010 e teve um segunda vaga em<br />

Fevereiro de 2011, tendo envolvido não só a CEPP,<br />

mas também uma série de outras entidades como estatais,<br />

como o IMTT, ASAE, UNT e VALORPNEU,<br />

onde se tentou sensibilizar o consumidor, para os<br />

perigos de aquisição de pneus usa<strong>dos</strong> de origem desconhecida<br />

e não controla<strong>dos</strong>, numa perspectiva de<br />

circulação em segurança rodoviária, de preservação<br />

ambiental e de regularização da actividade, combatendo<br />

a concorrência desleal e a fuga à legislação fiscal.<br />

Mas o trabalho desenvolvido por esta comissão<br />

foi bastante mais profundo, indo de encontro aos<br />

objectivos da sua constituição em 2009, que passam<br />

pelo acompanhamento constante e atempado da actividade<br />

sectorial das empresas por si representadas,<br />

pela promoção de diálogo com um número crescente<br />

de entidades públicas e privadas, resultante da globalização<br />

de merca<strong>dos</strong>, pela prestação de assessoria<br />

informativa e formativa a to<strong>dos</strong> os Associa<strong>dos</strong>, garantindo<br />

o acesso destes a um leque alargado de serviços<br />

e produtos, destina<strong>dos</strong> a apoiar e a desenvolver<br />

a sua actividade empresarial e, também pela dinamização<br />

e promoção do Sector junto da opinião pública<br />

através <strong>dos</strong> Órgãos de Comunicação Social.<br />

Assim, no plano de actividades da Comissão Especializada<br />

<strong>dos</strong> Produtores de <strong>Pneus</strong> encontra-se a<br />

promoção da Regulação da Actividade. Para tal, foi<br />

Constituição da Comissão Especializada de Produtos de <strong>Pneus</strong> da ACAP: Bridgestone Portugal, Lda.;<br />

Continental <strong>Pneus</strong> S.A.; Goodyear Dunlop Tires Portugal; Michelin - Companhia Luso Pneu, Lda.; Pirelli<br />

Neumáticos, S.A.; <strong>Pneus</strong> da Península S.A. e Yokohama Ibéria S.A.<br />

Unir esforços<br />

Em 2009, os pneus voltaram a reactivar a sua actividade, no seio da ACAP, através da<br />

constituição da Comissão Especializada de Produtores de <strong>Pneus</strong>. Apesar da visibilidade das<br />

campanhas já efectuadas, está a ser feito um importante trabalho de fundo, que trará grandes<br />

benefícios para o sector<br />

constituído um Grupo Técnico de Produtores de<br />

<strong>Pneus</strong> para intervenção em áreas de:<br />

- Criação e definição de perfil de Técnico para o Sector;<br />

- Acompanhamento do processo de certificação do<br />

Técnico;<br />

- Proposta de certificação da Actividade da venda de<br />

pneus;<br />

- Pesquisas e Recolha e tratamento de Informação sobre<br />

temas que a Comissão necessite de intervir.<br />

Ainda nesta área, para <strong>2012</strong>, está previsto desenvolver<br />

um trabalho de pesquisa sobre aparelhos de medição<br />

de rastos de pneus para propor a homologação.<br />

Não menos importante é o trabalho de acompanhamento<br />

da aplicação da Legislação sobre Etiquetagem<br />

de <strong>Pneus</strong> - Regulamento (CE) nº 1222/2009 do Parlamento<br />

Europeu e do Conselho – que entrará em vigor<br />

este ano e que será muito importante para todo o sector<br />

<strong>dos</strong> pneus.<br />

Destaque ainda, por parte desta comissão, para a<br />

apresentação de iniciativas legislativas de regulação<br />

(concentração num único diploma, Código de Estrada,<br />

de normas sobre coimas e sanções e proposta de<br />

homologação de instrumentos de medição utiliza<strong>dos</strong><br />

pelas autoridades fiscalizadoras).<br />

Área de Formação<br />

Outra das grandes apostas da CEPP da ACAP é o<br />

desenvolvimento de actividade Formativa sobre <strong>Pneus</strong><br />

durante <strong>2012</strong> e no futuro.<br />

Dessa forma será formado um “Grupo Técnico”<br />

que prestará formação a entidades estatais fiscalizadoras<br />

– UNT e PSP, sendo desenvolvido um Módulo<br />

Formativo sobre o Pneu.<br />

Outro “Grupo Técnico” prestará formação a técnicos<br />

para certificação. Também é intenção do CEPP<br />

propor ao IMTT a inclusão do tema <strong>Pneus</strong> na formação<br />

a prestar pelas Escolas de Condução para as cartas<br />

de condução;<br />

Divulgação do Sector <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong><br />

Tal como já fez em 2011, também em <strong>2012</strong> o CEPP<br />

irá participar em encontros com empresas e Associações<br />

do sector, colaboração com Órgãos de Comunicação<br />

especializada do sector, participar em eventos nacionais<br />

e internacionais (Feiras, Colóquios, Seminários), assim<br />

como em conferências e outras iniciativas.<br />

Desta forma espera a CEPP, que to<strong>dos</strong> os produtores<br />

de <strong>Pneus</strong> Associa<strong>dos</strong> da ACAP se revejam na Comissão<br />

Especializada que os representa, podendo colaborar e<br />

prestar sempre o seu contributo e, em contrapartida, solicitar<br />

qualquer apoio e/ou esclarecimento ou intervenção<br />

que permita, em última análise, o desenvolvimento<br />

de todo o Sector da Importação/Fabrico de <strong>Pneus</strong>.<br />

Refira-se que a Comissão Especializada de Produtores<br />

de <strong>Pneus</strong>, é constituída pelas empresas que exercem a actividade<br />

de fabrico e importação de pneus, sendo actualmente<br />

participada pela Bridgestone Portugal, Continental<br />

<strong>Pneus</strong>, Goodyear Dunlop, Michelin, Pirelli Neumáticos,<br />

<strong>Pneus</strong> da Península e Yokohama Ibéria. <br />

16<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


ACTUALIDADE<br />

Apresentação da Comissão Especializada de Retalhistas de <strong>Pneus</strong><br />

Está formalmente constituída a Comissão Especializada<br />

de Retalhistas de <strong>Pneus</strong>. Nesta fase, fazem<br />

parte da Comissão Especializada de Retalhistas<br />

de <strong>Pneus</strong> 8 empresas, que representam<br />

geograficamente o sector do retalho <strong>dos</strong> pneus de norte<br />

a sul de Portugal.<br />

Contudo, não pretende esta comissão ser fechada<br />

em si mesmo, mas sim estar aberta a to<strong>dos</strong> os interessa<strong>dos</strong><br />

que, com a sua experiência, conhecimento e opiniões,<br />

possam trazer importantes mais-valias para este<br />

sector, desde que para tal sejam associa<strong>dos</strong> da ACAP.<br />

A criação desta comissão vem de encontro ao que se<br />

fala há muitos anos no sector, isto é, existe a certeza de<br />

que o sector precisa de união, credibilidade e profissionalismo.<br />

No fundo é todo esse trabalho que a Comissão Especializada<br />

de Retalhistas de <strong>Pneus</strong> pretende fazer através<br />

de um conjunto de mecanismos que a ACAP coloca<br />

ao seu dispor, para se atingirem os objectivos propostos.<br />

Assim, os objectivos da Comissão Especializada de<br />

Retalhistas de <strong>Pneus</strong>, inseri<strong>dos</strong> nos próprios objectivos<br />

da ACAP, são os de acompanhamento constante e<br />

atempado da actividade sectorial das empresas por si<br />

representadas e designadamente:<br />

- Apresentação, junto do IMTT de propostas de regulamentação<br />

do Sector, quer ao nível da regulação do<br />

comércio de pneus usa<strong>dos</strong> em Portugal, quer ao nível<br />

de questões relacionadas com a utilização da legislação<br />

em vigor, de modo mais adequado à realidade<br />

actual (propostas a apresentar junto <strong>dos</strong> IPO S<br />

sobre alargamento e/ajustamento de tolerâncias);<br />

- Desenvolvimento de Inquéritos relativos ao Sector,<br />

para melhor conhecimento do mercado <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>,<br />

ao nível das empresas representativas, <strong>dos</strong> preços de<br />

Finalmente o associativismo<br />

Mesmo tendo organizado as primeiras reuniões ao longo de 2011, só no final do ano foi<br />

constituída, no seio da ACAP, a Comissão Especializada de Retalhistas de <strong>Pneus</strong>.<br />

Um ponto de partida efectivo para o associativismo no sector do retalho de pneus<br />

serviços pratica<strong>dos</strong> (elaboração de tabela recomendada),<br />

das necessidades de formação das empresas<br />

do Retalho;<br />

- Elaboração de brochuras com “Informações Úteis”<br />

para o Retalho de <strong>Pneus</strong>;<br />

- Promoção de iniciativas para criação de seguros próprios;<br />

- Elaboração de Manuais contendo os principais aspectos<br />

reguladores da actividade;<br />

- Realização de Encontros e Seminários com entidades<br />

e/ou personalidades representativas para troca<br />

de experiências.<br />

Constituição da Comissão Especializada de Retalhistas de <strong>Pneus</strong> da ACAP: Chaveca &Janeira; Estação do<br />

Pneu; Europneus; Nascimento e Mota; Pneubase; <strong>Pneus</strong> do Alcoa; <strong>Pneus</strong> 32; Pneuvita<br />

Começam assim a ser da<strong>dos</strong> os primeiros passos<br />

para regular a actividade de retalho de pneus em Portugal,<br />

contribuindo a Comissão Especializada de Retalhistas<br />

de <strong>Pneus</strong> para melhorar a sua imagem, certificar<br />

a profissão, bem como desenvolver muitas outras iniciativas<br />

necessárias ao bom funcionamento e desempenho<br />

deste sector de actividade. <br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 17


ACTUALIDADE<br />

ANIRP - Associação Nacional <strong>dos</strong> Industriais de Recauchutagem de <strong>Pneus</strong><br />

Em prol do recauchutado<br />

A ANIRP levou os recauchutadores e a imprensa a uma pista para demonstrar que os pneus<br />

recauchuta<strong>dos</strong> para veículos ligeiros são uma opção no momento da troca, aproveitando a<br />

ocasião para lançar uma campanha em prol do pneu recauchutado<br />

Em Portugal o principal prescritor do pneu é o retalhista.<br />

Em mais de 85% <strong>dos</strong> casos é o retalhista<br />

que acaba por decidir qual o pneu que vai montar<br />

no carro do seu cliente, tendo em conta na<br />

maioria das vezes o orçamento que esse mesmo cliente<br />

tem disponível.<br />

Atendendo a que o factor preço actualmente<br />

domina o negócio <strong>dos</strong> pneus, levando<br />

muitos clientes a optar por pneus de baixa<br />

qualidade ou mesmo pneus usa<strong>dos</strong> (que<br />

por vezes não são controla<strong>dos</strong>), entendeu a<br />

ANIRP (Associação Nacional <strong>dos</strong> Industriais<br />

de Recauchutagem de <strong>Pneus</strong>) que este era o<br />

momento ideal para fazer a promoção do pneu recauchutado<br />

para veículos ligeiros, tendo em conta o seu<br />

preço competitivo mas também as suas qualidades face<br />

aos outros dois tipos de pneus acima descritos.<br />

Método<br />

A forma que a ANIRP encontrou para promover o<br />

pneu recauchutado de ligeiro passou (e passa ainda)<br />

por diversas fases. Em primeiro lugar uma união de<br />

vontades dentro da associação, que levou a mesma a<br />

apostar num conjunto de iniciativas tendentes a promover<br />

o pneu recauchutado de ligeiro junto <strong>dos</strong> retalhistas<br />

e, sobretudo, junto do consumidor final.<br />

A ANIRP tem vindo a promover uma série de<br />

iniciativas tendo em vista a credibilização <strong>dos</strong><br />

pneus recauchuta<strong>dos</strong> para ligeiros<br />

Uma das iniciativas, por ventura a mais visível, foi o<br />

desenvolvimento de uma importante campanha de<br />

publicidade, utilizando uma figura pública (Elizabete<br />

Jacinto, piloto de camiões), em que o tema da campanha<br />

é “Pneu Recauchutado Tudo Controlado”.<br />

Para desenvolver esta campanha foram utiliza<strong>dos</strong> diversos<br />

meios, em especial a televisão, mas também a<br />

imprensa escrita e as redes sociais (e a internet em geral),<br />

de modo a que a mensagem possa chegar ao consumidor<br />

final.<br />

Noutro plano, a ANIRP, para divulgar esta campanha<br />

efectou ainda uma apresentação, com a comunicação<br />

social, no qual os associa<strong>dos</strong> tinham em exposição<br />

parte da sua gama de pneus ligeiros recauchuta<strong>dos</strong><br />

(e não só). Na mesma ocasião e no<br />

mesmo local (Pista de Guilhabreu) foi ainda<br />

proporcionado pelas associa<strong>dos</strong> da ANIRP, a<br />

realização prática de uma série de testes de<br />

demonstração <strong>dos</strong> pneus recauchuta<strong>dos</strong>, em<br />

diferentes tipos de automóveis e 4x4.<br />

Apresentação<br />

Na apresentação da campanha “Pneu Recauchutado<br />

Tudo Controlado”, José Gomes, Presidente da Direcção<br />

da ANIRP, explicou as razões que levaram a associação<br />

a apostar nesta campanha, na qual foram investi<strong>dos</strong><br />

mais de 120 mil Euros.<br />

18<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


ACTUALIDADE<br />

TESTES DINÂMICOS<br />

MERCADO DE SUBSTITUIÇÃO EM PORTUGAL EM 2010<br />

Categorias<br />

<strong>Pneus</strong><br />

<strong>Pneus</strong> Recauchuta<strong>dos</strong> (fonte: SGPU)<br />

de <strong>Pneus</strong><br />

Novos Produção Exporta<strong>dos</strong> Nacional<br />

% Total<br />

Passageiros/Turismo 3.906.964 97.394 40.249 57.145 1%<br />

4x4 on/off road 226.204 88.123 56.669 31.454 12%<br />

Comerciais 523.861 128.130 28.641 99.489 16%<br />

Pesa<strong>dos</strong> 284.892 236.215 23.967 212.248 43%<br />

Agrícolas (diversos) 58.330 13.223 1.020 12.203 17%<br />

Agrícolas (rodas motoras) 22.879 6.138 791 5.347 19%<br />

Industriais (8" a 15") 19.055 3.187 159 3.028 14%<br />

Maciços 17.669 487 0 487 3%<br />

Eng. Civil (


ACTUALIDADE<br />

ANIRP - Associação Nacional <strong>dos</strong> Industriais de Recauchutagem de <strong>Pneus</strong><br />

O MITO<br />

“NOVOS VS RECAUCHUTADOS”<br />

OPINIÕES<br />

Estu<strong>dos</strong> realiza<strong>dos</strong> sobre destroços de pneus recolhi<strong>dos</strong><br />

em auto-estradas permitem concluir que<br />

estes provêm tanto de pneus novos como de pneus<br />

recauchuta<strong>dos</strong>, em percentagens idênticas.<br />

"Crocodilo" é o nome pelo qual são vulgarmente<br />

designa<strong>dos</strong> os restos de pneus encontra<strong>dos</strong> nas<br />

estradas. Os "crocodilos" resultam do rebentamento<br />

de pneus, o que pode ocorrer devido a vários<br />

tipos de falhas, sendo que to<strong>dos</strong> os estu<strong>dos</strong> já realiza<strong>dos</strong><br />

indicam que a principal causa é a falta de<br />

manutenção por parte do utilizador.<br />

Em 2009, a ANIRP e o Departamento de Engenharia<br />

de Polímeros da Universidade do Minho,<br />

com o patrocínio da Valorpneu e com a colaboração<br />

da AENOR, Autoestradas do Atlântico, Brisa, Scutvias<br />

e Galpgest, desenvolveram um projecto, designado<br />

por "Caça ao Crocodilo". Este estudo teve<br />

por objectivo identificar as causas das falhas <strong>dos</strong><br />

pneus e contribuir para uma maior segurança rodoviária,<br />

determinando-se a razão entre pneus recauchuta<strong>dos</strong><br />

falha<strong>dos</strong> e pneus novos falha<strong>dos</strong> nas<br />

estradas portuguesas. Este estudo evidenciou que<br />

os “crocodilos” encontra<strong>dos</strong> provêm de pneus novos<br />

e recauchuta<strong>dos</strong> em percentagens idênticas,<br />

corroborando os estu<strong>dos</strong> realiza<strong>dos</strong> pelo NHTSA<br />

(National Highway Traffic Safety Administration)<br />

nos EUA e pelo TRL (Transport Research Laboratory)<br />

na autoestrada britânica M4.<br />

O estudo permitiu também concluir que as principais<br />

causas de falha são a utilização de pressão<br />

de insuflação insuficiente (60% das causas) e perfuração<br />

ou agressão da estrutura. A maior incidência<br />

de falhas verifica-se nos eixos não direccionais.<br />

Para José Gomes, o “pneu recauchutado é um produto<br />

perfeito tendo em conta a conjuntura económica<br />

actual, mas não é de facto só pelo preço que queremos<br />

afirmar o produto mas sim por questões relacionadas<br />

com a segurança e com o meio ambiente”. Assim, os<br />

três vectores essenciais desta campanha são exactamente<br />

a segurança, o ambiente e o preço do pneu recauchutado<br />

de ligeiro, pelo que a escolha da Elisabete Jacinto<br />

para rosto desta aposta passou, no entender da ANIRP,<br />

pela imagem de garantia de qualidade e fiabilidade que<br />

esta desportista (associado ao mundo automóvel)<br />

transmite. Para além do trabalho que a ANIRP está a<br />

desenvolver como associação do sector, também cada<br />

um <strong>dos</strong> recauchutadores vai forçar junto <strong>dos</strong> retalhistas<br />

a comercialização do pneu recauchutado. Alguns <strong>dos</strong><br />

recauchutadores vão mesmo apostar em novas medidas<br />

e novos pisos, mais aliciantes do ponto de vista comercial,<br />

mas também efectuar algum esforço de comunicação<br />

e marketing tendente a potenciar a venda <strong>dos</strong><br />

pneus recauchuta<strong>dos</strong> de ligeiros nas casas de pneus. <br />

Na presença de praticamente to<strong>dos</strong> os responsáveis de empresas de recauchutagem em Portugal, recolhemos<br />

um conjunto de opiniões junto das cinco entidades que representam a direcção da ANIRP, na primeira pessoa,<br />

sobre a campanha “Pneu Recauchutado Tudo Controlado” e as implicações que a mesma pode vir a ter.<br />

José Aniceto<br />

Recauchutagem São José<br />

“Esta campanha é importante no<br />

sentido de fazer passar uma imagem<br />

positiva <strong>dos</strong> pneus recauchuta<strong>dos</strong> que<br />

a maioria das pessoas não tem. Temse<br />

a ideia que o recauchutado tem<br />

pouca qualidade, mas isso é totalmente falso. Esta<br />

campanha dá-nos a possibilidade de provar o contrário,<br />

como dizer que somos das indústrias de recauchutagem<br />

mais desenvolvidas tecnologicamente em<br />

todo o mundo. No fundo é isto que nos faltava transmitir<br />

para o comum <strong>dos</strong> automobilistas, até porque se<br />

trata de um pneu que vem de encontro ao clima económico<br />

que vivemos, sendo uma alternativa muito<br />

melhor quer em relação ao pneu chinês ou ao pneu<br />

usado. Contudo, teremos que convencer também o<br />

retalhista que o recauchutado é uma opção muito<br />

melhor que o pneu usado ou o pneu novo de má qualidade”.<br />

Gomes da Costa<br />

Recauchutagem Bandague<br />

“Um <strong>dos</strong> objectivos desta campanha<br />

foi mudar a imagem do pneu junto do<br />

automobilista. A recauchutagem de<br />

hoje nada tem a ver com a de há 20<br />

anos, evoluiu-se imenso em termos<br />

tecnológicos, e por isso queremos explicar o que é o<br />

pneu recauchutado e apagar toda a carga negativa<br />

que está associada a este tipo de produto. Outro aspecto<br />

importante é que o pneu recauchutado é um<br />

pneu ecológico o que também se enquadra na lógica<br />

da protecção do ambiente. O terceiro aspecto é que o<br />

custo por quilómetro do pneu recauchutado é muito<br />

mais baixo que o pneu novo, com performances muito<br />

semelhantes.<br />

Esta campanha vai também permitir sensibilizar o<br />

retalhista para a importância do pneu recauchutado,<br />

pois se ele não for sensibilizado é óbvio que não o vai<br />

vender”.<br />

José Gomes<br />

Recauchutagem Nortenha<br />

“Queremos claramente desmistificar<br />

o pneu recauchutado, mas também<br />

comunicar de uma forma mais<br />

efectiva com o consumidor final, passando<br />

essa mensagem através das<br />

casas de pneus e assim ganhar uma imagem sólida e<br />

consistente com os pneus recauchuta<strong>dos</strong>. É isto que<br />

entendo que deve ser feito, daí apostarmos numa<br />

campanha em diferentes suportes, televisão, papel e<br />

internet, de modo a podermos chegar ao consumidor<br />

final.<br />

Agora cabe também a cada um <strong>dos</strong> recauchutadores,<br />

através <strong>dos</strong> seus clientes, forçar a venda deste<br />

tipo de pneus, até porque existe um mercado muito<br />

grande por explorar com o pneu recauchutado, seja<br />

ele de ligeiro, comercial ou 4x4”.<br />

João Seiça<br />

Recauchutagem Seiça<br />

“Trata-se de uma campanha de<br />

grande valor e com muito interesse,<br />

pois conseguimos demonstrar que o<br />

pneu recauchutado é uma opção muito<br />

válida, ecológica, segura, económica<br />

e que reúne as características de um pneu novo. O<br />

automobilista tem obviamente uma opinião errada<br />

face ao pneu recauchutado, na grande maioria <strong>dos</strong><br />

casos porque nunca experimentou o mesmo, existindo<br />

claramente um preconceito em usar pneus recauchuta<strong>dos</strong>.<br />

É por isso que nós como recauchutadores,<br />

directamente ou através da ANIRP, temos o trabalho<br />

de mudar a mentalidade das pessoas. Hoje um pneu<br />

recauchutado é um pneu que foi visto, controlado,<br />

analisado e recauchutado com todas as garantias de<br />

qualidade, reunindo por isso condições que um pneu<br />

usado não pode oferecer”.<br />

Recauchutagem São Mamede<br />

Eugénio Pereira<br />

“É sem dúvida nenhuma uma campanha<br />

muito importante e que é muito<br />

favorável para to<strong>dos</strong> os recauchutadores.<br />

Com esta campanha penso que<br />

o consumidor final ficará mais alertado<br />

para a opção que é o pneu recauchutado e assim<br />

passar a ser também uma boa opção no momento de<br />

decidir.<br />

O pneu recauchutado actualmente tem tanta qualidade<br />

como um pneu novo, e por isso temos que ser<br />

nós a incentivar o consumidor final, através desta<br />

campanha e obviamente do retalhista, que se trata de<br />

um opção a ter em conta. Os requisitos de qualidade<br />

na recauchutagem de um pneu que nos são impostos,<br />

obrigam necessariamente a que o pneu recauchutado<br />

seja um pneu de qualidade e por isso apostamos<br />

nesta campanha para o divulgar”.<br />

20<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


A EQUIPA FEMININA<br />

COMPETIÇÃO<br />

Troféu Sahara Aventura 2011<br />

Paula Castanho<br />

Representante de Portugal no mítico Camel<br />

Trophy realizado em Samoa. Participante na Baja<br />

Portalegre 500. Participante no 24h TT. Jornalista<br />

da SIC desde 1992 e responsável pelo programa<br />

SIC Esperança, na SIC Mulher.<br />

Catarina Correia<br />

A sua ligação ao mundo automóvel inicia-se em<br />

1989 na ACAP, que representa o Sector em Portugal,<br />

onde exerce funções de Secretária Geral Adjunta.<br />

É responsável pela organização do Salão Internacional<br />

do Automóvel e do Rally ACAP, nos<br />

anos 90.<br />

Aventura no deserto<br />

O Troféu Sahara Aventura 2011 contou com a participação de uma equipa feminina<br />

portuguesa. A <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> apoiou a iniciativa como media partner e várias<br />

empresas ligadas ao sector <strong>dos</strong> pneus e pós-venda automóvel patrocinaram a equipa,<br />

nomeadamente a Michelin, Blue Print e MCoutinho Peças<br />

Aequipa, constituída pela Jornalista da SIC, Paula<br />

Castanho e pela Secretária Geral Adjunta da<br />

ACAP, Catarina Correia, participou ao volante<br />

de um Toyota Land Cruiser, devidamente preparado<br />

para as dificuldades da prova que decorreu nas<br />

areias do Sahara Maroquino.<br />

O Troféu Sahara Aventura trata-se de uma prova de<br />

todo-o-terreno de orientação e de estratégia, pois eram<br />

forneci<strong>dos</strong> diariamente às equipas (muito competitivas!)<br />

“Waypoints”, cada um com pontuação diversa,<br />

cuja detecção e alcance tinha diferentes níveis de exigência.<br />

Seleccionado o percurso a efectuar, era necessário<br />

fotografar a equipa e veículos junto aos referi<strong>dos</strong><br />

pontos. Da soma resultava a classificação de cada etapa.<br />

Todavia, a dificuldade compensava, não só pelo<br />

maior número de pontos conquista<strong>dos</strong>, mas igualmente<br />

pela enorme beleza inexplorada <strong>dos</strong> locais, selecciona<strong>dos</strong><br />

pela organização.<br />

Foram definidas 4 etapas com enquadramentos<br />

paisagísticos fantásticos e divergentes – neve, deserto,<br />

montanha, etc. – muitos com acesso bastante complexo.<br />

A tangibilidade <strong>dos</strong> mesmos constituía um enorme<br />

desafio, apoiado, é certo, por mapas e por um gps<br />

com parca informação.<br />

Na hora da chegada, Paula Castanho e Catarina<br />

Correia afirmaram que “Todas as dificuldades que<br />

sentimos durante os cinco dias da prova, foram compensadas<br />

pela extraordinária experiência de condução<br />

vivida ao volante do Toyota e pelas paisagens deslumbrantes<br />

que vimos. Deixamos o nosso agradecimento<br />

à Blue Print, Michelin, Portugal Fresh, MCoutinho<br />

Peças, FLY London e aos nossos media partners Jornal<br />

das Oficinas, <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, <strong>Revista</strong> Mais Alentejo<br />

e Activa sem esquecer o Cristovão Leitão que nos cedeu<br />

o carro”. <br />

Paula Castanho e Catarina Correia tiveram por<br />

diversas vezes de pegar nas pás, para retirar a areia<br />

debaixo do Toyota, que ficava atascado nas dunas do<br />

deserto do Sahara<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 21


CONHECER<br />

Compreender a recauchutagem<br />

Evolução das mentalidades<br />

A crescente utilização de pneus recauchuta<strong>dos</strong> em aplicações muito exigentes, como o transporte<br />

rodoviário de longo curso e as aeronaves, tornou-se possível através do emprego de tecnologias<br />

avançadas de reparação e recuperação de carcaças, assim como testes de laboratório intensivos<br />

Arecauchutagem nasceu praticamente ao mesmo<br />

tempo da indústria de pneus para veículos, cerca<br />

do ano de 1900, porque era mais do que óbvio<br />

que a banda de rolamento se gastava mais rapidamente<br />

do que estrutura ou carcaça do pneu. Bastava<br />

aplicar uma nova banda de rolamento num pneu gasto<br />

e tínhamos um pneu praticamente novo.<br />

Apesar disso e pese embora a<br />

enorme força do conceito de<br />

economia que representava desde<br />

logo, o pneu recauchutado<br />

teve que progredir muito lentamente<br />

e um pouco ao sabor <strong>dos</strong><br />

acontecimentos. A verdade é<br />

que o automóvel se manteve um meio de transporte<br />

elitista até pelo menos ao pós guerra (1950), altura em<br />

que começaram a surgir os primeiros modelos utilitários<br />

(VW Carocha, Renault 4CV, etc.). Portanto, a<br />

questão do pneu recauchutado era considerada apenas<br />

remotamente, sendo visto como um produto de<br />

segunda escolha e geralmente só aplicado em carros<br />

usa<strong>dos</strong> ou em fim de vida. Isto, no que respeita a veículos<br />

de passageiros, porque nos veículos comerciais<br />

o pneu recauchutado foi sempre visto com maior<br />

pragmatismo pelos empresários de transporte, que<br />

viam nele uma forma de redução de custos muito evidente.<br />

A crescente utilização de pneus recauchuta<strong>dos</strong> em<br />

aplicações muito exigentes, constitui por si só um<br />

certificado de qualidade para o mercado<br />

Só que, entretanto, entrámos nos "anos loucos" do<br />

crescimento económico e do consumo imparável<br />

(anos 70/80 do século passado, que havia de culminar<br />

nos anos 90 e princípio deste século com o consumismo<br />

(consumo pelo consumo). Claro que o pneu recauchutado<br />

foi sobrevivendo como produto de nicho,<br />

tendo-se aperfeiçoado tecnicamente, sempre à<br />

sombra da sua incontornável economia. Passou mesmo<br />

assim por tempos difíceis e podia mesmo ter desaparecido,<br />

porque a praga <strong>dos</strong> "pneus usa<strong>dos</strong>", resultante<br />

do consumismo, conseguia ser ainda mais "económica".<br />

A grande oportunidade<br />

Ao longo de todo o século<br />

XX, a indústria do pneu recauchutado<br />

foi evoluindo tecnicamente<br />

e como conceito de negócio,<br />

tendo adquirido economias<br />

de escala e sinergias com os<br />

grandes grupos económicos. Todas as grandes marcas<br />

de pneus hoje em dia possuem departamentos de recauchutagem,<br />

podendo ainda participar em diversas<br />

outras indústrias de recauchutagem, como forma de<br />

controlarem os avanços <strong>dos</strong> concorrentes nessa área.<br />

O sector da recauchutagem tinha pois atingido a sua<br />

22<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


CONHECER<br />

QUADRO I - CONSERVAÇÃO DE RECURSOS E SUSTENTABILIDADE<br />

O BOM EXEMPLO DOS EUA<br />

Os pneus recauchuta<strong>dos</strong> são os mais "verdes" do planeta, porque permitem reduzir o consumo de petróleo e de<br />

emissões de CO 2 .<br />

POUPANÇA PETRÓLEO RECAUCHUTAGEM (EM GALÕES)<br />

São necessários 83 l de<br />

petróleo para produzir<br />

um pneu novo<br />

Apenas 26,5 l para<br />

recauchutar um pneu<br />

Frota com 100 pneus Frota com 500 pneus Frota com 1.000 pneus<br />

Futuro sem reforma<br />

Nos EUA, o governo federal publicou uma directiva<br />

(Novembro de 1988) que incentiva o uso de<br />

pneus recauchuta<strong>dos</strong> em to<strong>dos</strong> os departamentos<br />

governamentais e todas as empresas que têm contractos<br />

com o governo. Para além <strong>dos</strong> imperativos<br />

de conservação de recursos e protecção do ambiente,<br />

o governo pode assim reduzir o seu orçamento<br />

em pneus, pois um recauchutado custa menos<br />

30 a 50% menos do que um pneu novo. Os governantes<br />

<strong>dos</strong> EUA sabem isso perfeitamente,<br />

porque a aviação (comercial e militar) consegue<br />

economizar por ano mais de 100 milhões de dólares<br />

em pneus. Nos aviões, 80% <strong>dos</strong> pneus em uso<br />

são recauchuta<strong>dos</strong> e chegam a fazer uma média de<br />

270 descolagens e aterragens com o mesmo pneu.<br />

No caso <strong>dos</strong> transportes rodoviários, o negócio chega<br />

aos 3 biliões de dólares anuais.<br />

Como na Europa não existe governo federal, ainda<br />

estamos na fase do controlo de défice orçamental<br />

<strong>dos</strong> países, mas não demorará muito a descobrirem<br />

que estão a pagar para destruir recursos e poluir<br />

o ambiente. Mas também vão descobrir que o<br />

pneu recauchutado cria emprego e gera riqueza,<br />

como acontece já nos EUA. Ali existem cerca de 850<br />

indústrias de recauchutagem de todas as dimensões,<br />

desde 20 pneus dia a mais de 1000 unidades<br />

diárias, que representam mais de 3 biliões de dólares<br />

de facturação anual. Como o Mundo não é só<br />

Europa e EUA, o pneu recauchutado tem inúmeras<br />

oportunidades de crescer de forma sustentada em<br />

todo o planeta. Se a tendência se mantiver, tudo<br />

apontando nesse sentido, qualquer dia os fabricantes<br />

de pneus começam a fabricar carcaças especialmente<br />

para serem recauchutadas… O futuro da<br />

recauchutagem está deste modo mais do que assegurado<br />

e não se prevê qual seja a sua idade de reforma.<br />

maturidade, quando os choques petrolíferos vieram<br />

demonstrar que o petróleo é cada vez mais um recurso<br />

finito e que as mudanças climáticas, decorrentes<br />

das emissões com efeito e estufa, são mesmo para levar<br />

muito a sério.<br />

To<strong>dos</strong> chegaram a um rápido consenso de que o<br />

crescimento económico ilimitado não é sustentável e<br />

de que se impunham urgentes limitações<br />

ao consumo de petróleo<br />

e às emissões de CO2. Dos<br />

consensos à realidade prática vai<br />

sempre uma certa distância, mas<br />

o facto é que se tem vindo a caminhar<br />

para uma economia<br />

mais sustentável, que acaba de receber o "apoio" inesperado<br />

da crise financeira internacional.<br />

De um momento para o outro, o pneu recauchutado<br />

passa de ajudante subalterno, para senhor de pleno<br />

direito no mercado global. Deixou de ser o substituto<br />

inferior do pneu novo, para partilhar com este o conceito<br />

da redução do custo do ciclo de vida global do<br />

pneu. O pneu novo passa a valer, não só pelos seus<br />

atributos próprios, como pela possibilidade de prolongar<br />

a sua vida através de duas ou três recauchutagens,<br />

pelo menos. Os pneus de outros veículos podem<br />

chegar até às 12 recauchutagens, como no caso<br />

das aeronaves comerciais.<br />

Em relação a um pneu novo, o recauchutado passa pelas<br />

mesmas fases de fabrico, excepto no que respeita à<br />

construção da carcaça, que é recuperada de um pneu usado<br />

Contudo, além de se tornar protagonista na área da<br />

economia, passando a figurar na agenda e nos planos<br />

de to<strong>dos</strong> os operadores de frotas de veículos, o pneu<br />

recauchutado tornou-se uma verdadeira vedeta na<br />

área da conservação de recursos e de defesa do meio<br />

ambiente. Efectivamente, um pneu recauchutado<br />

consome menos de 1/3 do petróleo do que um pneu<br />

novo necessita (energia e matéria prima). No caso de<br />

um pneu para camião, isso significa que cada pneu<br />

novo gasta mais de 83 l de petróleo, enquanto que um<br />

pneu recauchutado se fica pelos 26,5 l (QUADRO I).<br />

Estamos a falar de três vezes mais sustentabilidade.<br />

Claro que temos que fazer contas ao facto de não haver<br />

pneus recauchuta<strong>dos</strong> sem<br />

haver pneus novos, mas a realidade<br />

é que o pneu novo se torna<br />

mais sustentável ao prolongar a<br />

sua vida e quilometragem através<br />

das recauchutagens. A verdade<br />

é que hoje temos no transporte<br />

de longo curso tantos pneus novos como recauchuta<strong>dos</strong><br />

a rolar ao mesmo tempo. Há mesmo certos<br />

operadores que só montam pneus recauchuta<strong>dos</strong> no<br />

eixo de tracção e novos no eixo direccional, o que supera<br />

a tendência média de um para um.<br />

Como se tudo isto não bastasse, para dar uma gran-<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 23


CONHECER<br />

Compreender a recauchutagem<br />

FIG.1<br />

Uma carcaça de pneu<br />

passa por uma<br />

estreita malha de<br />

testes e verificações,<br />

sendo a primeira<br />

meramente visual<br />

FIG.2<br />

Esta máquina<br />

consegue<br />

detectar furos<br />

na carcaça<br />

com uma<br />

corrente de<br />

25.000 volts<br />

FIG.3<br />

Com este<br />

tipo de "radiografia",<br />

podem ser detecta<strong>dos</strong><br />

danos na carcaça que<br />

de outro modo não são<br />

visíveis<br />

FIG.4<br />

Esta máquina<br />

computorizada de<br />

controlo numérico<br />

possui ferramentas de<br />

corte que permitem<br />

chegar a tolerâncias<br />

da máxima exactidão<br />

FIG.5<br />

FIG.6<br />

O granulado<br />

de borracha<br />

que sobra da<br />

raspagem das<br />

carcaças é<br />

usado para<br />

produzir<br />

outros<br />

produtos,<br />

como tapetes<br />

de borracha,<br />

entre outros<br />

A superfície da carcaça é regularizada, utilizando<br />

borracha por vulcanizar<br />

de oportunidade de protagonismo ao pneu recauchutado,<br />

este ainda tem a seu crédito o facto de "obrigar"<br />

os operadores de frotas a manterem a pressão <strong>dos</strong><br />

pneus sempre no nível ideal, pois essa é uma condição<br />

para o pneu poder ser recauchutado mais vezes,<br />

conservando a carcaça. Indirectamente, o recauchutado<br />

consegue assim economizar milhões de litros de<br />

combustível e evitar muitas toneladas de emissões de<br />

CO2. Mas há mais, porque o pneu recauchutado<br />

consegue ainda reduzir o volume de resíduos de<br />

pneus em fim de vida, minimizando os custos globais<br />

da reciclagem.<br />

Qualidade e segurança<br />

A actual situação privilegiada do pneu recauchutado<br />

no mercado não seria possível sem uma demonstração<br />

prévia de credibilidade e de fiabilidade. Isso<br />

tornou-se possível através do emprego de tecnologias<br />

avançadas de selecção, reparação e recuperação de<br />

carcaças, a processos de fabrico certifica<strong>dos</strong>, assim<br />

como testes de laboratório intensivos. Esse conjunto<br />

de situações permite garantir a máxima qualidade do<br />

produto e oferecer ao consumidor a mesma garantia<br />

dum pneu novo.<br />

Por outro lado, a crescente utilização de pneus recauchuta<strong>dos</strong><br />

em aplicações muito exigentes, como o<br />

transporte rodoviário de longo curso e as aeronaves,<br />

com idêntico desempenho aos pneus novos, constitui<br />

por si só um certificado de qualidade para o mercado.<br />

Acresce além disso a circunstância da quase totalidade<br />

<strong>dos</strong> produtores de recauchuta<strong>dos</strong> terem uma ligação<br />

qualquer a uma das grandes marcas produtoras<br />

do mercado, podendo pertencer ao mesmo grupo, serem<br />

filiais, serem negócios em franchising dessas marcas,<br />

terem acor<strong>dos</strong> de cooperação técnica ou simplesmente<br />

de consultadoria. Não podia ser de outro<br />

modo com um segmento de mercado que está no terreno<br />

a discutir volumes com os grandes fabricantes,<br />

tanto actualmente, como ainda mais no futuro.<br />

24<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


CONHECER<br />

FIG.7<br />

Só pequenos furos e cortes podem ser repara<strong>dos</strong><br />

numa carcaça para recauchutar<br />

FIG.8<br />

Esta carcaça já está<br />

recuperada e está a<br />

ser transportada para<br />

o local de aplicação da<br />

nova banda de<br />

rolamento.<br />

FIG.9<br />

Esta máquina<br />

consegue<br />

extrudir para<br />

a carcaça a<br />

quantidade<br />

exacta de<br />

borracha<br />

verde ou por<br />

curar<br />

FIG.10<br />

Processo de fabrico<br />

Em relação a um pneu novo, o recauchutado passa<br />

pelas mesmas fases de fabrico, excepto no que respeita<br />

à construção da carcaça, que é recuperada de um pneu<br />

usado.<br />

De qualquer modo, as carcaças usadas que são utilizadas<br />

no fabrico de pneus recauchuta<strong>dos</strong> passam por<br />

testes e verificações à lupa, sendo recuperadas de pequenas<br />

deficiências de uso e totalmente preparadas,<br />

como veremos de seguida, para receberem uma nova<br />

banda de rolamento.<br />

Com pequenas diferenças, dependendo da tecnologia<br />

de recauchutagem utilizada, to<strong>dos</strong> os processos de<br />

reconstrução do pneu assentam em sete passos principais.<br />

PASSO Nº 1 - O primeiro contacto da empresa de<br />

recauchutagem com uma carcaça eventualmente válida<br />

é realizado através de uma inspecção visual e táctil<br />

(Fig. 1). A carcaça não pode apresentar defeitos susceptíveis<br />

de comprometer a recauchutagem, como danos<br />

profun<strong>dos</strong> na estrutura ou falta de borracha na banda<br />

de rolamento.<br />

A empresa não pode defraudar as expectativas do<br />

consumidor fina, em prejudicar a imagem de qualidade<br />

da marca.<br />

Todas as carcaças consideradas impróprias são enviadas<br />

para o tratamento de resíduos de pneus em fim<br />

de vida.<br />

PASSO Nº 2 - As carcaças que serão recauchutadas,<br />

passam de seguida por testes não destrutivos, que incluem<br />

ultra sons, alta voltagem e Raios-X, entre outros<br />

(Fig. 2). O objectivo destes testes é determinar se existem<br />

danos não visíveis em grande número (furos, por<br />

exemplo, telas despegadas, cabos de aço parti<strong>dos</strong>, etc.),<br />

que inviabilizem o aproveitamento da carcaça.<br />

FIG.11<br />

A carcaça com<br />

a banda de<br />

rolamento<br />

aplicada é<br />

colocada no<br />

molde, cujo<br />

desenho<br />

ficará gravado<br />

na banda de<br />

rolamento do<br />

pneu.<br />

Através deste painel<br />

de instrumentos, o<br />

operador selecciona a<br />

pressão, a<br />

temperatura e o<br />

tempo de cura do<br />

pneu, que vulcanizará<br />

a borracha da banda<br />

de rolamento,<br />

ligando-a firmemente<br />

à carcaça<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 25


CONHECER<br />

Compreender a recauchutagem<br />

FIG.12<br />

O pneu<br />

recauchutado<br />

está pronto e pode<br />

ser retirado do<br />

molde, com a<br />

ajuda de um<br />

guincho. Além de<br />

pesado, o pneu<br />

está muito quente<br />

na altura de ser<br />

retirado do molde<br />

FIG.13<br />

Neste sistema, a banda de rolamento já curada é<br />

colada na carcaça que foi preparada antes. Como<br />

se pode ver, a banda de rolamento é uma extensa<br />

fita de borracha com desenhos, que a máquina vai<br />

colando à carcaça<br />

FIG.14<br />

A cola especial à base de borracha é aplicada na<br />

carcaça, antes de se aplicar a banda de rolamento<br />

pronta<br />

FIG.15<br />

Nos pneus que são recauchuta<strong>dos</strong> sem molde,<br />

estes são introduzi<strong>dos</strong> numa câmara de<br />

vulcanização envolvi<strong>dos</strong> numa capa de borracha<br />

exterior<br />

PASSO Nº 3 - Após os dois níveis de triagem anteriores,<br />

a carcaça está pronta para ser aparada, ou seja,<br />

passar por um processo de corte da borracha antiga em<br />

excesso. Esta operação é processada por máquinas de<br />

precisão computorizadas, que deixam apenas a borracha<br />

original indispensável para efectuar a recauchutagem,<br />

com tolerâncias muito exactas (Fig. 3).<br />

A forma deixada pelo corte tem grande importância<br />

no êxito da posterior recauchutagem, permitindo obter<br />

especificações de origem do construtor do veículo.<br />

Existem casos em que a forma final do pneu é ainda<br />

mais perfeita do que o pneu original.<br />

Os resíduos resultantes desta operação são depois<br />

recicla<strong>dos</strong>, para darem origem a novos produtos de<br />

borracha (Fig. 4).<br />

PASSO Nº 4 - Nesta fase, é efectuada a reparação e<br />

preparação da carcaça previamente aparada. O objectivo<br />

destes procedimentos é obviamente conseguir que<br />

a carcaça gaste toda a nova banda de rolamento e, se<br />

possível, permitir ainda uma nova recauchutagem no<br />

futuro. Nesta fase, a carcaça ainda pode se rejeitada,<br />

caso se verifiquem danos de maiores dimensões. Isso<br />

muitas vezes só é possível avaliar ao retirar a borracha<br />

deteriorada (Fig. 5).<br />

Nos pontos em que foi retirada mais borracha, é<br />

aplicada nova camada de borracha ainda não vulcanizada<br />

(Fig. 6).<br />

Os pequenos danos ( furos e cortes) são repara<strong>dos</strong> a<br />

partir do interior do pneu, para não interferir com o<br />

processo de recauchutagem seguinte (Fig. 7).<br />

PASSO Nº 5 - Depois de preparada, a carcaça está<br />

pronta para receber a nova banda de rolamento (Fig.<br />

8), mas esta pode ser aplicada por dois méto<strong>dos</strong> diferentes:<br />

cura em molde e cura prévia.<br />

Cura em Molde - Este sistema de recauchutagem é<br />

muito parecido com o fabrico de um pneu novo, sendo<br />

aplicada a borracha nova (verde) na carcaça.<br />

26<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


CONHECER<br />

FIG.16<br />

Para que a capa<br />

de borracha,<br />

semelhante a<br />

uma câmara de<br />

ar, cumpra o seu<br />

papel<br />

integralmente, é<br />

extraído o ar do<br />

seu interior,<br />

através de uma<br />

válvula<br />

FIG.17<br />

Os pneus são introduzi<strong>dos</strong> na câmara de<br />

vulcanização dentro de uma capa de borracha,<br />

cuja principal função é manter to<strong>dos</strong> os<br />

elementos do pneu uni<strong>dos</strong>, até se completar o<br />

processo de cura<br />

FIG.18<br />

A verificação<br />

efectuada no final do<br />

ciclo produtivo<br />

permite aferir os<br />

padrões de qualidade<br />

do pneu recauchutado<br />

já acabado<br />

FIG.19<br />

Existem vários méto<strong>dos</strong> para conseguir isso, podendo<br />

ou não incluir as paredes laterais do pneu (Fig. 9). Neste<br />

ponto, a carcaça fica pronta para ser introduzida no<br />

molde, onde se processará a completa ligação da banda<br />

de rolamento à carcaça (Fig. 10). O desenho do pneu recauchutado<br />

está gravado no próprio molde, tal como<br />

nos pneus novos. Após o processo de cura (Fig. 11), o<br />

novo pneu pode ser retirado do molde e está pronto<br />

para ser submetido a testes de qualidade (Fig. 12).<br />

Método da cura prévia - Neste método, a banda de<br />

rolamento, que pode ser de uma peça inteira ou ser<br />

constituída por várias secções (Fig. 13), é colada na carcaça<br />

já preparada, onde foi aplicada uma cola específica<br />

(Fig. 14). Já com nova banda de rolamento colada, é colocada<br />

uma capa de borracha na carcaça (Figs. 15 e 16),<br />

que é enviada para a câmara de vulcanização (Fig. 17).<br />

PASSO Nº 6 - A cura da carcaça com borracha nova<br />

ou verde depende de programas defini<strong>dos</strong> previamente,<br />

nos quais o tempo, a pressão e a temperatura garantem<br />

a total coesão da nova banda de rolamento do<br />

pneu com a carcaça já preparada.<br />

Em termos de qualidade final do produto, não existe<br />

diferença fundamental entre os dois méto<strong>dos</strong> de<br />

cura (molde ou câmara de compressão), embora se<br />

possa depreender que o processo do molde seja mais<br />

rápido e permita maior produtividade, pois são elimina<strong>dos</strong><br />

os procedimentos de preparação da nova banda<br />

de rolamento e de colagem desta. Se não houver diferenças<br />

de custo significativas entre os dois méto<strong>dos</strong>,<br />

isso acaba por não ter qualquer impacto no consumidor<br />

final.<br />

PASSO Nº 7 - Na inspecção final do novo pneu recauchutado,<br />

verifica-se a conformidade <strong>dos</strong> padrões do<br />

produto e a sua apresentação exterior (Fig. 18). Uma camada<br />

de tinta final dá um aspecto de novo ao recauchutado,<br />

que fica pronto para ser expedido para o mercado,<br />

com a respectiva etiqueta já colada (Fig. 19). <br />

Depois de pintado o pneu recauchutado fica com o<br />

brilho de um pneu novo e está pronto para mais<br />

um ciclo de vida útil. A etiqueta permite<br />

identificar as medidas e outras características do<br />

pneu, para além de conter instruções de<br />

segurança<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 27


MERCADO<br />

Nova distribuição<br />

Vira<strong>dos</strong> para o cliente final<br />

Depois de sabermos o ponto de vista <strong>dos</strong> grossistas e <strong>dos</strong> retalhistas, nesta edição da <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong><br />

<strong>Pneus</strong> fomos saber como é que a nova distribuição olha para o mercado <strong>dos</strong> pneus.<br />

São inegáveis os benefícios que a nova distribuição<br />

trouxe ao sector oficinal (mecânica e<br />

pneus). Desde que apareceram os primeiros<br />

centros autos, já na década de 90, a sua importância<br />

no mercado da manutenção e reparação automóvel<br />

tem sido crescente e têm-se vindo a consolidar<br />

cada vez mais.<br />

Existem conceitos para to<strong>dos</strong> os<br />

gostos, mas to<strong>dos</strong> eles assentam<br />

em directrizes muito bem definidas<br />

e já muito testa<strong>dos</strong> noutros<br />

merca<strong>dos</strong>, pelo que não é de estranhar<br />

que tenham tido e continuem<br />

a ter (de uma forma geral)<br />

sucesso.<br />

Os preços fixos, a aposta na imagem, a concentração<br />

em determina<strong>dos</strong> tipos de serviços, o poder económico<br />

das empresas a que estão ligadas, o investimento em<br />

comunicação muito direccionada ao cliente final, a localização<br />

estratégica <strong>dos</strong> centros, entre muitos outros<br />

aspectos, fizeram com que a atractividade pelos serviços<br />

a que se proponham fazer fosse grande.<br />

Um <strong>dos</strong> negócios que está também muito associado<br />

à nova distribuição é o <strong>dos</strong> pneus. São constantes as<br />

campanhas que essas empresas fazem para o cliente final<br />

ao nível <strong>dos</strong> pneus, propondo muitas vezes uma série<br />

de serviços associa<strong>dos</strong> e de valor acrescentado que<br />

Existem conceitos para to<strong>dos</strong> os gostos, mas to<strong>dos</strong> eles<br />

assentam em directrizes muito bem definidas e já muito<br />

testa<strong>dos</strong> noutros merca<strong>dos</strong><br />

levam muitas vezes o cliente a optar por mudar os seus<br />

pneus nessas oficinas.<br />

Sabemos, até porque ouvimos as diferentes sensibilidades<br />

associadas ao mercado <strong>dos</strong> pneus, que a rivalidade<br />

entre os “puros” retalhistas de pneus e a nova distribuição<br />

é grande. É certo que muitos retalhistas também<br />

já seguiram o caminho da nova distribuição, associando-se<br />

muitos deles em redes organizadas, potenciando<br />

a relação com o cliente final mas também oferecendo<br />

um maior leque de serviços de modo a capitalizar<br />

o que seria uma simples troca de pneus. Porém, a<br />

grande maioria do retalho não está organizado e sofre<br />

cada vez mais com a abordagem que as redes organizadas<br />

e a nova distribuição têm para<br />

o cliente final.<br />

Escolhemos para esta edição da<br />

REVISTA DOS PNEUS três importantes<br />

representantes da nova<br />

distribuição em Portugal. Feu vert,<br />

Roady e Norauto, representam<br />

mais de 100 estabelecimentos onde os pneus assumem<br />

importância capital nos seus negócios.<br />

Fomos saber a opinião <strong>dos</strong> seus responsáveis sobre o<br />

mercado <strong>dos</strong> pneus em Portugal, num contexto económico<br />

recessivo que ditou também uma quebra desse<br />

mercado em 2011.<br />

28<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


MERCADO<br />

PERGUNTAS<br />

1Como caracteriza o mercado<br />

do retalho de pneus<br />

(incluíndo a nova<br />

distribuição) em Portugal?<br />

2O que trouxe a nova<br />

distribuição ao sector <strong>dos</strong><br />

pneus a retalho no nosso<br />

mercado?<br />

3Considera que existem<br />

casas de pneus a mais em<br />

Portugal? Porquê?<br />

4Quais as ameaças e as<br />

oportunidades do retalho de<br />

pneus para a nova<br />

distribuição?<br />

5Qual é, na sua opinião, o<br />

futuro da actividade do<br />

retalho em Portugal?<br />

Jorge Lobato Faria<br />

Feu Vert<br />

1 Tendencialmente a ficar<br />

melhor organizado, mas com<br />

uma desastrosa gestão das margens<br />

de rentabilidade por parte<br />

de alguns operadores menos<br />

profissionais.<br />

2 Profissionalismo, gestão,<br />

organização, oferta alargada,<br />

maior garantia para o cliente final<br />

e maior credibilidade ao sector.<br />

3 Acredito que o próprio mercado acabará por dar<br />

resposta a esta questão, fazendo uma triagem e seleccionando<br />

naturalmente as casas melhor organizadas,<br />

melhor geridas e mais profissionais.<br />

4 Como ameaça, a imagem mais especialista junto<br />

do cliente final quando na realidade não o são e a evolução<br />

e modernização das casas e oficinas tradicionais<br />

para oficinas independentes e multiserviço.<br />

Como oportunidade, a nova distribuição apresentase<br />

como uma alternativa real às casas de pneus tradicionais,<br />

propondo ao cliente qualidade de serviço,<br />

profissionalismo e oferta alargada de pneus e serviços.<br />

5 É o caminhar para uma maior profissionalização<br />

e dignificação da nossa actividade, que por vezes é<br />

maltratrada por alguns operadores que descredibilizam<br />

o mercado.<br />

Fonte Oficial Roady<br />

Roady<br />

1 Actualmente o mercado caracteriza-se por uma<br />

grande quebra de margens na venda de pneus, a par de<br />

um aumento de oferta de serviços na venda de pneus.<br />

O pequeno retalho tem-se pautado por uma falta de<br />

transparência de preços e por uma oferta de poucos<br />

serviços agrega<strong>dos</strong>, embora nos últimos tempos, pelo<br />

facto de estar a reorganizar-se e integrar-se em redes,<br />

tenda a tornar-se cada vez mais profissional. A distribuição<br />

moderna sendo mais transparente e oferecendo<br />

mais serviços complementares é a que oferece mais<br />

credibilidade, confiança e profissionalismo.<br />

2 Melhor serviço, qualidade, profissionalismo,<br />

trasparência, oferta de marcas e comunicação.<br />

3 Sim, porque o sistema de fiscalização actual,<br />

com algumas falhas de controlo, permite que pequenas<br />

casas sobrevivam, vendendo pneus usa<strong>dos</strong>, ou<br />

comprando pneus não conformes, com preços mais<br />

baixos.<br />

4 Como ameaças, as casas de pneus que vendem<br />

usa<strong>dos</strong>, como oportunidades, a sua especialização/diferenciação,<br />

equipamentos, formação técnica.<br />

5 O retalho não integrado continuará com uma<br />

tendência decrescente, sendo que as redes tenderão a<br />

aumentar, situação que se verificará também com os<br />

Centros Auto.<br />

Miguel Costa<br />

Norauto<br />

1 É um mercado muito<br />

competitivo, pulverizado por<br />

inúmeros pontos de venda e<br />

marcas de pneus.<br />

Existem unidades de negócio,<br />

com um nível de prestação<br />

de serviços muito bom, todavia<br />

muitos outros actores de<br />

menor dimensão perturbam<br />

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REVISTA<br />

DOS PNEUS 29


MERCADO<br />

Nova distribuição<br />

imenso o mercado através do não respeito das obrigações<br />

legais, da comercialização de produtos de qualidade<br />

perigosa para o consumidor e pela desvalorização<br />

<strong>dos</strong> serviços (com a oferta das válvulas, equilibragem,<br />

alinhamento…).<br />

2 A nova distribuição e em particular a Norauto<br />

veio trazer maior transparência ao nível <strong>dos</strong> preços de<br />

venda e maior conforto ao consumidor, pois permite<br />

fazer toda a manutenção do automóvel num mesmo<br />

local.<br />

Oferece uma grande variedade de produtos, facilidade<br />

de acessos e estacionamento, visibilidade, qualidade<br />

das instalações e equipamentos.<br />

To<strong>dos</strong> os centros Norauto estão abertos 7 dias por<br />

semana com horários alarga<strong>dos</strong>, têm facilidades de<br />

pagamento e grandes investimentos na formação <strong>dos</strong><br />

colaboradores, por forma a ter uma uniformização da<br />

qualidade do serviço.<br />

Com uma forte capacidade de investimento, gestão,<br />

inovação e comunicação, é um conceito que oferece<br />

mais valias ao consumidor.<br />

3 É um mercado muito atomizado em pontos de<br />

venda, mas existe uma quantidade de vendas assinalável<br />

concentrada em algumas redes e cadeias, como tal,<br />

é de concluir que muitos operadores devem ter uma<br />

média de vendas muito reduzida.<br />

Numa análise puramente aritmética direi que existem<br />

muitas casas de pneus, mas o próprio mercado<br />

fará a sua escolha.<br />

De lamentar são os pontos de venda que fazem o<br />

seu negócio através de práticas que estão à margem da<br />

legalidade.<br />

4 Através do crescimento natural das suas redes é<br />

de prever que continue a crescer em pontos de venda<br />

e a ganhar quota de mercado, até pelas mais valias já<br />

acima explicitadas.<br />

A qualidade de cada insígnia e o reconhecimento<br />

pelo consumidor fará a triagem. É fundamental saber<br />

adaptar-se ao mercado e às expectativas <strong>dos</strong> clientes.<br />

As ameaças incidem sobretudo no mercado paralelo<br />

e respectiva concorrência desleal.<br />

5 O futuro da actividade irá passar pelo crescimento<br />

das redes associadas, das insígnias financeiramente<br />

sólidas e <strong>dos</strong> concessionários.<br />

É estratégico saber valorizar os serviços associa<strong>dos</strong><br />

aos pneus e a competência <strong>dos</strong> técnicos qualifica<strong>dos</strong>.<br />

É um erro crasso oferecer os serviços.<br />

A curto prazo haverá sempre operadores à margem<br />

das boas práticas, mas que não serão sustentáveis a<br />

médio-longo prazo.<br />

Por outro lado, a evolução tecnológica e de normas<br />

legais associadas aos pneus e ao automóvel no seu geral,<br />

exigirá cada vez mais competências na relação e<br />

prestação de serviços ao cliente. <br />

PERGUNTAS<br />

1Como caracteriza o mercado do<br />

retalho de pneus (incluíndo a<br />

nova distribuição) em Portugal?<br />

2O que trouxe a nova distribuição<br />

ao sector <strong>dos</strong> pneus a retalho<br />

no nosso mercado?<br />

3Considera que existem casas<br />

de pneus a mais em Portugal?<br />

Porquê?<br />

4Quais as ameaças e as<br />

oportunidades do retalho de<br />

pneus para a nova distribuição?<br />

5Qual é, na sua opinião, o futuro<br />

da actividade do retalho em<br />

Portugal?<br />

FEU VERT PORTUGAL<br />

CENTROS AUTO ROADY<br />

NORAUTO PORTUGAL<br />

Início da actividade Novembro de 2005<br />

Localização da sede Sintra Retail Park (Rio de Mouro)<br />

Número de estabelecimentos 9: 8 Autocentros, 1 Car Service<br />

Localização <strong>dos</strong> estabelecimentos<br />

Braga, Guimarães, Gaia, Aveiro, Leiria, Santarém, Loures,<br />

Sintra, Portimão<br />

Número total (global) de emprega<strong>dos</strong> 135<br />

Endereço internet<br />

www.feuvert.pt<br />

Principais acor<strong>dos</strong><br />

Protocolos estabeleci<strong>dos</strong> com diversas empresas e<br />

organismos públicos e priva<strong>dos</strong><br />

Faz to<strong>dos</strong> os serviços de pneus<br />

Sim<br />

Faz to<strong>dos</strong> serviços de mecânica<br />

Sim<br />

Nº de marcas de pneus comercializadas 10<br />

Principais marcas de pneus comercializadasMabor, Firestone,<br />

Bridgestone, Continental, Michelin<br />

Segmentos de mercado (ligeiro, TT, vans, outros)<br />

Ligeiro, TT e Van<br />

Nº médio de pneus em stock (2010) 8.000 uni.<br />

Número de pneus vendi<strong>dos</strong> nos postos (2010) 52.000 uni.<br />

Pontos fortes da empresa:<br />

Qualidade do serviço<br />

Rapidez de resposta<br />

Preço<br />

Atendimento<br />

Distribuição geográfica <strong>dos</strong> postos<br />

Horário alargado<br />

Início da actividade 1998<br />

Localização da sede<br />

Alcanena<br />

Número de estabelecimentos 32<br />

Localização <strong>dos</strong> estabelecimentos<br />

Portugal Continental de Norte a Sul do País<br />

Número total (global) de emprega<strong>dos</strong><br />

Cerca de 450 colaboradores, o que se traduz numa média de 13 a 15<br />

colaboradores por ponto de venda.<br />

Endereço internet<br />

www.roady.pt<br />

Principais acor<strong>dos</strong> (gestoras, entidades, etc)<br />

- Gestoras: Arval e GE<br />

- Entidades: ACP, PT, Glassdrive, Sócios Benfica<br />

Faz to<strong>dos</strong> os serviços de pneus<br />

Sim<br />

Faz to<strong>dos</strong> serviços de mecânica To<strong>dos</strong> menos chapa e pintura<br />

Nº de marcas de pneus comercializadas: 8<br />

Principais marcas de pneus comercializadas:<br />

Durant, Mabor, Bridgestone, Michelin<br />

Segmentos de mercado (ligeiro, TT, vans, outros)<br />

Os anteriormente referi<strong>dos</strong> até 3500kg de carga<br />

Nº médio de pneus em stock (2010)<br />

Não respondido<br />

Número de pneus vendi<strong>dos</strong> nos postos (2010)<br />

Não respondido<br />

Pontos fortes da empresa:<br />

- Qualidade do serviço<br />

- Preço<br />

- Atendimento Personalizado<br />

Início da actividade: 1996<br />

Localização da sede:<br />

Alfragide<br />

Número de estabelecimentos: 15<br />

Localização <strong>dos</strong> estabelecimentos:<br />

Braga, Maia, Rio Tinto, V.N. Gaia, Aveiro, Coimbra, Torres<br />

Novas, Alfragide, Sintra, Odivelas, Montijo, Almada, Barreiro<br />

(Coina), Setúbal, Guia (Albufeira)<br />

Número total (global) de emprega<strong>dos</strong>: 367<br />

Endereço internet:<br />

www.norauto.pt<br />

Principais acor<strong>dos</strong> (gestoras, entidades, etc) :<br />

LeasePlan; ACP; SLBenfica, SCPortugal; FCPorto<br />

Faz to<strong>dos</strong> os serviços de pneus :<br />

Sim<br />

Faz to<strong>dos</strong> serviços de mecânica :<br />

Sim<br />

Nº de marcas de pneus comercializadas : 12<br />

Principais marcas de pneus comercializadas :<br />

Michelin, Bridgestone, Goodyear/Dunlop, Norauto Prevensys,<br />

Firestone<br />

Segmentos de mercado (ligeiro, TT, vans, outros) :<br />

ligeiro, TT, vans<br />

Nº médio de pneus em stock (2010):<br />

média de 1.100 pneus por centro, mais um armazém ibérico do<br />

Grupo, que tem em média 130.000 pneus em stock<br />

Número de pneus vendi<strong>dos</strong> nos postos (2010): não respondido<br />

Pontos fortes da empresa:<br />

- Qualidade do serviço<br />

- Preço<br />

- Atendimento<br />

30<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


MERCADO<br />

Campanha de verificação de pneus<br />

Estado <strong>dos</strong> pneus agrava-se<br />

É preocupante o agravamento do estado <strong>dos</strong> pneus de veículos em Portugal. É desta forma que<br />

a Michelin resume a campanha de verificação de pneus que efectuou em mea<strong>dos</strong> de 2011.<br />

Mas nem tudo são más notícias para os pneus<br />

Já começam a ser uma tradição as campanhas de<br />

verificação de pneus que a Michelin realiza em<br />

Portugal. Em mea<strong>dos</strong> de 2011, a Michelin, durante<br />

20 dias, conseguiu que mais de 13.000 veículos<br />

fossem verifica<strong>dos</strong> ao nível <strong>dos</strong> pneus, para já no final<br />

do ano passado ter dado a conhecer as conclusões dessa<br />

campanha.<br />

Na totalidade foram analisa<strong>dos</strong><br />

mais de 52.000 pneus, tendo sido<br />

verificada a pressão e a profundidade<br />

do piso <strong>dos</strong> pneus, mas também<br />

possíveis danos em cada um<br />

<strong>dos</strong> quatro pneus <strong>dos</strong> ligeiros,<br />

4x4 e camionetas inspecciona<strong>dos</strong>.<br />

Dos 13.000 veículos, seleccionaram-se os da<strong>dos</strong><br />

de 10.187 veículos para a realização deste estudo.<br />

Os resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> nesta campanha mostram da<strong>dos</strong><br />

realmente preocupantes. Assim sendo, 14% <strong>dos</strong><br />

veículos ligeiros verifica<strong>dos</strong> e 40,3% <strong>dos</strong> veículos comerciais<br />

circulam com pelo menos um pneu com<br />

pressão perigosa, com grave risco para a segurança rodoviária.<br />

Em comparação com os resulta<strong>dos</strong> da campanha<br />

2009, os da<strong>dos</strong> ganham um carácter ainda mais<br />

negativo, pois naquele ano 10,7% <strong>dos</strong> ligeiros verifica<strong>dos</strong><br />

tinha pelo menos um pneu com pressão perigosa;<br />

isto é, 3,3% menos que o volume actual. Em relação<br />

aos veículos comerciais, compara<strong>dos</strong> com a campanha<br />

14% <strong>dos</strong> ligeiros verifica<strong>dos</strong> em Portugal possui pelo<br />

menos um pneu com mais desgaste do que o limite legal<br />

limite legal de 1.6 mm de profundidade<br />

anterior, os números são ainda mais alarmantes, pois<br />

em 2009 era 20,7% <strong>dos</strong> veículos comerciais que levava<br />

uma pressão perigosa; isto é, a percentagem de veículos<br />

comerciais que circulam nas estradas portuguesas<br />

com evidente perigo é quase o dobro em apenas dois<br />

anos.<br />

Não menos chamativo é o dado <strong>dos</strong> veículos que<br />

circulam com pressão incorrecta. 36% <strong>dos</strong> ligeiros tinha<br />

pelo menos um pneu com pressão incorrecta, enquanto<br />

esse dado se eleva até 56% no caso <strong>dos</strong> veículos<br />

comerciais. Circular com pneus com uma pressão<br />

incorrecta, entre 0,5 e 1 bar abaixo da correcta, aumenta<br />

o risco de estouros, provoca mais instabilidade no<br />

veículo e, por consequência, aumenta<br />

o perigo de acidentes. Além<br />

disso, aumenta o consumo de combustível,<br />

com consequências económicas<br />

para o proprietário, e aumenta<br />

também a emissão de CO2.<br />

Outro <strong>dos</strong> aspectos inspecciona<strong>dos</strong><br />

na Campanha Michelin de Verificação de <strong>Pneus</strong><br />

em Espanha e Portugal 2011 foi a profundidade do<br />

piso. Embora a Lei estabeleça a proibição de circular<br />

com uma profundidade inferior a 1,6 mm, os da<strong>dos</strong><br />

obti<strong>dos</strong> revelam que 14% <strong>dos</strong> ligeiros verifica<strong>dos</strong> em<br />

Portugal possui pelo menos um pneu com mais des-<br />

32<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


MERCADO<br />

ACIDENTALIDADE<br />

14% <strong>dos</strong> veículos ligeiros<br />

verifica<strong>dos</strong> e 40,3% <strong>dos</strong><br />

veículos comerciais circulam<br />

com pelo menos um pneu com<br />

pressão perigosa<br />

Tal como tem vindo a fazer no passado, a Michelin<br />

encomendou à Fundação Espanhola para a Segurança<br />

Rodoviária (FESVIAL), da qual é patrocinadora,<br />

a realização de um Estudo de Acidentalidade<br />

por Defeitos <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> entre os anos 2005 e 2009<br />

em Espanha e Portugal.<br />

Esse relatório mostra como os defeitos nos veículos<br />

não são uma causa principal nos acidentes<br />

de trânsito, pois apenas representam cerca de<br />

0,61% <strong>dos</strong> 287.582 veículos envolvi<strong>dos</strong> em acidentes<br />

com vítimas. No entanto, dessa percentagem,<br />

mais da metade, 54,7%, corresponde a veículos<br />

que tinham defeitos nos pneus.<br />

Nos acidentes com vítimas mortais, a percentagem<br />

de veículos com pneus com danos ascende a<br />

69,6%. Isto é, a proporção de acidentes mortais triplica<br />

em relação ao total de acidentes. A antiguidade<br />

também adiciona risco. 65% <strong>dos</strong> veículos acidenta<strong>dos</strong><br />

em 2009 por causa <strong>dos</strong> pneus tinha 10<br />

anos ou mais.<br />

Atendendo à idade do condutor, os jovens menores<br />

de 25 anos têm mais acidentes por defeitos nos<br />

pneus. Por tipo de acidente, mais da metade <strong>dos</strong><br />

acidentes por pneus em mau estado são saídas da<br />

estrada. Contudo, o estudo reflecte também da<strong>dos</strong><br />

positivos como o facto de que o número de vítimas<br />

mortais em acidentes de trânsito na estrada reduziu<br />

quase para a metade nesses cinco anos.<br />

gaste do que esse limite legal, com o grave aumento da<br />

distância de travagem e a perda de aderência e estabilidade<br />

que isto provoca. Neste caso, comparando com<br />

os resulta<strong>dos</strong> da campanha 2009, observa-se um aumento<br />

considerável de 5,6 pontos percentuais, pois<br />

8,4% <strong>dos</strong> veículos encontrava-se nesta situação.<br />

Os veículos comerciais seguem o mesmo caminho<br />

ao atingir 18% aqueles que circulam com profundidade<br />

inferior a 1,6 mm. Desta vez, os da<strong>dos</strong> voltam a<br />

agravar ao compará-los com a campanha de 2009,<br />

quando se registou 14,9% de veículos nesta situação.<br />

A campanha verificou também os danos que tinham<br />

os pneus <strong>dos</strong> veículos inspecciona<strong>dos</strong>. Merece a<br />

pena sublinhar que 28% <strong>dos</strong> veículos comerciais e<br />

22% <strong>dos</strong> ligeiros tinha algum pneu com danos, enquanto<br />

em 2009 se detectou 13% de veículos comerciais<br />

e 14,2% de ligeiros com danos nos pneus. Estes<br />

aumentos de 10% e de 5%, respectivamente, na actual<br />

edição voltam a incidir bastante nos maus resulta<strong>dos</strong><br />

obti<strong>dos</strong> em 2011. <br />

A campanha de pressões que a Michelin realizou mostra que muitos condutores não têm o desejado cuidado<br />

com a manutenção do seus pneus<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 33


ENTREVISTA<br />

Bruno de Carvalho, Director de Marketing da Rubber Vulk<br />

“É um projecto de futuro”<br />

A Rubber Vulk, sendo uma empresa nacional, tornou-se numa referência a nível internacional<br />

ao nível <strong>dos</strong> produtos de reparação de pneus. A presença no mercado global sai ainda mais<br />

reforçada com o site de vendas online<br />

ARubber Vulk tem vindo a trabalhar, durante os<br />

últimos dois anos, num projecto de vendas online,<br />

o que faz todo o sentido atendendo a dimensão<br />

do seu negócio quer em termos geográficos<br />

quer de variedade de produto. Bruno de Carvalho,<br />

Director de Marketing da Rubber Vulk, aborda na<br />

REVISTA DOS PNEUS o novo site de vendas online<br />

da empresa.<br />

Quais foram as razões que levaram a Rubber Vulk a<br />

apostar num projecto de vendas online?<br />

O projecto de vendas online surge no seguimento<br />

de uma estratégia de diferenciação que iniciamos há<br />

dez anos com a auto-venda.<br />

A evolução do mercado bem como a diversificação<br />

da linha de oferta foram outros motivos que nos levaram<br />

a esta aposta, que reflecte também a visão da marca<br />

de “estar presente onde a mobilidade rodoviária<br />

existir” e a inovação como um <strong>dos</strong> seus principais valores.<br />

Quanto tempo demorou a desenvolver este projecto<br />

de vendas online?<br />

O projecto foi iniciado há dois anos e ainda não está<br />

terminado. Neste momento está disponível para profissionais<br />

nos merca<strong>dos</strong> de Portugal, Espanha e França<br />

e serve de suporte de vendas a distribuidores exclusivos<br />

noutros merca<strong>dos</strong>. Durante este ano estará disponível<br />

para profissionais do mercado italiano e as linhas<br />

de oferta continuam a aumentar para to<strong>dos</strong> os merca<strong>dos</strong>.<br />

Quais foram as principais dificuldades no<br />

desenvolvimento deste projecto de vendas online?<br />

Este foi (e continua a ser) um projecto muito difícil<br />

de implementar. A sua arquitectura não é difícil mas é<br />

muito demorado e dispendioso. É um projecto de futuro<br />

e o seu retorno não é imediato.<br />

Como é um projecto inovador e que envolve muitos<br />

artigos, pode ficar rapidamente obsoleto, e pouco<br />

atractivo.<br />

Em termos de objectivos, o que é que a Rubber Vulk<br />

pretende atingir com as vendas Online?<br />

O principal objectivo é poder chegar a mais potenciais<br />

clientes e proporcionar a possibilidade de poderem<br />

efectuar as suas compras com comodidade e<br />

transparência.<br />

Além disso, é uma forma de podermos comunicar<br />

com o cliente alvo de uma forma rápida e económica,<br />

e dar a conhecer a linha completa de produtos que, em<br />

auto-venda, tem as suas limitações.<br />

Considera que as casas de pneus já estão preparadas<br />

para aderir às vendas online?<br />

Sim. A distribuição de pneus abriu esse caminho, e<br />

as casas de pneus tradicionais tiveram que se adaptar,<br />

sob pena de não comprarem com condições vantajosas.<br />

Por outro lado, o profissional também começa a valorizar<br />

o tempo que perde diariamente a atender comerciais<br />

e procura outras formas de atendimento.<br />

34<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


ENTREVISTA<br />

RUBBER VULK<br />

Sede: Zona Industrial – Lote 21<br />

3680 – 133 Oliveira de Frades<br />

Gerente: Bruno de Carvalho<br />

Telefone: 232 763 109<br />

Fax: 232 763 110<br />

E-mail: info@rubbervulk.com<br />

Internet: www.rubbervulk.com<br />

O novos site de vendas online da Rubber Vulk<br />

transformou-se também numa forma de<br />

catálogo electrónico<br />

As vendas online funcionam como mais uma aposta<br />

na qualidade de serviço?<br />

Sim, sem dúvida. No nosso caso essa é uma preocupação<br />

constante. Entendemos que a venda on-line<br />

não pode ser “sem sal” ou somente uma possibilidade<br />

de comprar, mas sim uma extensão da organização. Aí<br />

disponibilizamos toda a informação referente ao produto,<br />

fichas técnicas e de segurança, tabelas de aplicação,<br />

informação técnica e outras que julgamos importantes;<br />

produto a produto.<br />

O stock está permanentemente actualizado nas<br />

vendas online?<br />

To<strong>dos</strong> os produtos disponibiliza<strong>dos</strong> online têm<br />

stock regular e está disponível toda a gama de produtos<br />

Rubber Vulk.<br />

Juntamente com a oferta da empresa, os clientes<br />

poderão vir a adquirir outros produtos neste site de<br />

vendas online?<br />

Na plataforma on-line estão disponibiliza<strong>dos</strong> os<br />

produtos que dispomos de linha. Como a linha é ampla,<br />

é possível que os profissionais encontrem produtos<br />

que desconheciam que comercializamos.<br />

Com o site de vendas online vão ser potenciadas<br />

outras áreas, como as promoções e campanhas?<br />

Sim, vão ser potenciadas campanhas e promoções<br />

que só estarão disponíveis online.<br />

Quando poderão vir a representar as vendas online<br />

a curto / médio prazo nas vendas totais de peças da<br />

Rubber Vulk?<br />

O volume tem vindo a duplicar a cada ano. Contudo<br />

o crescimento online não se tem verificado no retalho<br />

tradicional, mas sim na nova distribuição como as<br />

oficinas de mecânica, concessionários, etc. que tem<br />

necessidades menores. Acreditamos que num futuro<br />

próximo, as vendas on-line podem chegar aos 10% das<br />

vendas no mercado nacional.<br />

Pensam que com as vendas online poderão vir a<br />

conquistar mais clientes novos?<br />

Sim, esse é um <strong>dos</strong> objectivos.<br />

As vendas online poderão vir a trazer uma maior<br />

operacionalização do negócio face aos clientes e<br />

parceiros?<br />

A venda on-line é uma outra forma que o cliente/parceiro<br />

tem de efectivar a compra, consultar informação e<br />

procurar solução, mas não substitui nem invalida o contacto<br />

pessoal com o nosso comercial/técnico. Podemos<br />

dizer que sim, o contacto é permanente, o que potencia<br />

a eficácia e a operacionalização do negócio.<br />

Que passos uma casa de pneus precisa dar para<br />

aceder às vendas online da Rubber Vulk?<br />

Qualquer agente que tenha necessidades ao nível <strong>dos</strong><br />

consumíveis para trabalhar este negócio, só tem que visitar<br />

o site www.loja.rubbervulk.com ou www.rubbervulk.com<br />

e entrar na área de lojas on-line e depois escolher<br />

Portugal.<br />

Quais as vantagens, face ao tradicional, de o cliente<br />

comprar via online?<br />

A grande vantagem é a comodidade. Poder escolher<br />

quando quer efectuar a compra e não depender da visita<br />

de um comercial, poder ter acesso à informação que<br />

quer e não ser “atropelado” por informação desnecessária,<br />

clareza e transparência no preço. Tem também a<br />

vantagem de poder manter o suporte técnico de uma<br />

organização que conhece e que lhe disponibiliza também<br />

este serviço, mas não vive somente dele. Por último<br />

tem a possibilidade de, em momentos pontuais,<br />

usufruir de vantagem económica fruto de ganhos operacionais<br />

que podem ser repassa<strong>dos</strong> ao cliente.<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 35


ENTREVISTA<br />

Ramón Villalobos - Responsável pelo Projeto Key Point para Portugal e Espanha<br />

“Autonomia<br />

é o lema do projecto”<br />

O final de 2011 ficou marcado, ao nível <strong>dos</strong> pneus, pelo lançamento em Portugal do Key Point,<br />

uma rede de oficinas especializadas, onde a imagem Pirelli assume predominância fundamental<br />

Oprojecto Key Point nasceu em Itália em 1997,<br />

como forma de a Pirelli distinguir os seus<br />

clientes mais próximos, que no fundo apostavam<br />

na qualidade <strong>dos</strong> produtos da marca italiana<br />

e que acreditavam nos seus valores e na sua política<br />

comercial.<br />

Desde 2002 que esta rede se internacionalizou, estando<br />

a Key Point representada com pontos de venda<br />

em Itália (322), Suíça (40), Espanha (43), Egito (25),<br />

Grécia (10), Canadá (10), Rússia (20), Bélgica (20) e<br />

agora Portugal.<br />

O responsável pelo programa Key Point, em Espanha<br />

e Portugal, é Ramón Villalobos - Trade&Consumer<br />

Marketing da Pirelli Neumáticos S.A.U, que falou<br />

para a REVISTA DOS PNEUS sobre este programa<br />

e o seu desenvolvimento no nosso país.<br />

Quais as razões que levaram ao lançamento da<br />

rede Key Point em Portugal?<br />

As razões são incontestáveis. A Pirelli quer solidificar,<br />

cada vez mais, a sua marca no mercado português,<br />

quer crescer de forma sustentável e quer imprimir<br />

a sua identidade premium.<br />

Qual é o conceito principal da rede Key Point?<br />

O conceito principal é a flexibilidade e autonomia<br />

de gestão por parte do cliente. É muito diferente do<br />

conceito pré-estabelecido de uma rede.<br />

Tem como conceito, também, desenvolver e fortalecer<br />

a relação da marca com os seus parceiros “premium”.<br />

Para além do serviço de pneus, a rede Key Point<br />

também desenvolve outros tipos de serviços?<br />

Quais?<br />

O cliente escolhe a sua melhor forma de gerir o seu<br />

negócio. Escolhe os seus serviços, não só o serviço de<br />

pneus como outros serviços básicos de mecânica,<br />

venda de produtos diferencia<strong>dos</strong> para os veículos, serviços<br />

de apoio aos seus clientes e tantos outros. O<br />

projecto Key Point contempla soluções de gestão, de<br />

formação e de comunicação muito próprios para melhor<br />

servir os seus clientes “premium”.<br />

Sendo uma rede desenvolvida pela Pirelli, os<br />

aderentes poderão também vender outras marcas<br />

que não sejam da Pirelli?<br />

Sim, como já mencionei acima, o cliente tem total<br />

autonomia de gestão do seu negócio. Autonomia é o<br />

lema do projeto.<br />

Um aderente à rede Key Point pode estar associado<br />

a um grupo de compras?<br />

Não há razão para ser diferente, na medida que o<br />

cliente reconheça o peso comercial de cada marca de<br />

pneu no seu estabelecimento.<br />

Com a rede Key Point, a Pirelli pretende chegar<br />

mais próximo de outro tipo de clientes,<br />

nomeadamente as frotas?<br />

36<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


ENTREVISTA<br />

PNEUS UNIÃO ASSUMIU IMAGEM KEY POINT<br />

Nesta fase de arranque são<br />

para já sete o número de<br />

retalhistas que aderiram ao<br />

conceito Key Point<br />

A Pirelli com o seu projeto Key Point quer estar do<br />

lado do seu cliente. Quer apoiá-lo no seu dia-a-dia.<br />

Quer oferecer-lhe know-how de mercado. Quer somar<br />

valias comerciais.<br />

Quantos centros da rede Key Point esperam ter em<br />

finais de <strong>2012</strong>?<br />

Acabamos de arrancar com 6 estabelecimentos Key<br />

Point em Portugal no final de 2011. Para <strong>2012</strong>, queremos<br />

conquistar mais 4 ou 6 pontos de vendas. Em<br />

Portugal, vamos contar com um número atenuado de<br />

pontos de vendas, mas geograficamente muito bem<br />

distribuí<strong>dos</strong>.<br />

Como disse, o consumidor português já pode contar<br />

com sete pontos de vendas Key Point, que são a<br />

Pneuvita no Cacém, Auto Calibragem de Silvar (Guimarães),<br />

Auto Parque (Capital <strong>Pneus</strong>) e Garagem Condestável<br />

em Lisboa, <strong>Pneus</strong> União no Montijo, Adão<br />

António Ferreira Machado em Lordelo e Moreira<br />

Gonçalves em São Martinho do Campo-Valongo.<br />

A inauguração formal da rede Key Point em Portugal, aconteceu no final do mês de Novembro de 2011, com a<br />

abertura do segundo posto da <strong>Pneus</strong> União no Montijo.<br />

Apesar de ter seis aderentes desde o momento do seu arranque, a <strong>Pneus</strong> União foi a escolhida para esta inauguração<br />

por ser a primeira a adoptar a imagem do conceito Key Point.<br />

Trata-se de uma imagem forte, assente nas cores tradicionais da marca italiana de pneus (amarelo e preto), mas<br />

também no logotipo Pirelli e na sua presença como fornecedor exclusivo da Fórmula 1.<br />

É objectivo da Pirelli, com a rede Key Point, desenvolver e fortalecer a relação da marca com os seus parceiros<br />

“premium”. Faz parte do plano estratégico da Pirelli para promover uma nova identidade visual e determinar as<br />

melhores práticas para atrair e fidelizar os clientes, com o desafio de criar um posicionamento claro e bem definido<br />

no país.<br />

Com mais de 500 pontos de vendas estabeleci<strong>dos</strong> em países como Itália, Espanha, Suíça, Egipto, Rússia, Bélgica,<br />

Grécia e Canadá, o projeto Key Point tem a finalidade de apoiar os parceiros que o integram, mas respeitando a sua<br />

independência em relação a outras marcas de pneus.<br />

O consumidor português já pode contar com sete pontos de vendas Key Point: Pneuvita no Cacém, Auto Calibragem<br />

de Silvar (Guimarães), Auto Parque (Capital <strong>Pneus</strong>) e Garagem Condestável em Lisboa, Adão António Ferreira<br />

Machado em Lordelo, Moreira Gonçalves em São Martinho do Campo-Valongo e a <strong>Pneus</strong> União no Montijo.<br />

Fortalecer um ponto de venda Key Point é uma das premissas do projecto, que oferece um leque de serviços diferencia<strong>dos</strong>,<br />

como uma logística adequada às necessidades, programas de formação Key Point e Escola de Negócios<br />

Pirelli para dar a conhecer o sector, bem como uma série de actividades ao nível da comunicação e marketing.<br />

Segundo a Pirelli, um projeto como este, tem grande potencial de incentivo ao consumo, uma vez que as decisões<br />

sobre a compra de um produto e escolha de uma marca são tomadas no local da venda. Dessa forma a Pirelli estima<br />

que, deste modo, os parceiros “premium” do projeto Key Point possam conseguir um maior volume de negócios<br />

nas suas empresas.<br />

Sendo a primeira a arrancar a 100% com este conceito, Paulo Campos, responsável da <strong>Pneus</strong> União diz que “gostei<br />

muito do projeto KeyPoint da Pirelli, que, para além da garantia da qualidade <strong>dos</strong> serviços, não coloca qualquer<br />

tipo de imposições ou restrições aos parceiros aderentes. É um projeto aberto e o estreitamento das relações depende<br />

da nossa vontade. Por isso, aceitámos o desafio do conceito Key Point da Pirelli e estamos a trabalhar fortemente<br />

para melhor servir os nossos clientes. Estamos a investir para oferecer o melhor atendimento, o melhor<br />

produto e o melhor serviço à escala ‘premium’”.<br />

A Key Point no Montijo, localizado na zona antiga do Cais <strong>dos</strong> Vapores no Montijo, oferece um serviço dotado das<br />

mais recentes e sofisticadas tecnologias para reparação e manutenção de veículos, incluindo motos, e os serviços<br />

de assistência não se limitam aos pneus, mas também abrangem óleo, faróis, travões, etc. Além disso, a <strong>Pneus</strong><br />

União adotou um horário alargado para oferecer mais um serviço aos clientes.<br />

Com uma área de 220 metros quadra<strong>dos</strong>, a nova casa de pneus é uma versão adaptada ao mercado da região e ao<br />

espaço da loja. A operação carrega o ADN “premium” e destaca-se pelo design e inovação. É uma loja interativa,<br />

com diferenciações no layout, na iluminação, e na exposição <strong>dos</strong> produtos e serviços. O mix de produtos privilegia<br />

marcas de pneus e equipamentos reconhecidas internacionalmente.<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 37


ENTREVISTA<br />

Ramón Villalobos - Responsável pelo Projeto Key Point para Portugal e Espanha<br />

Quais são as diferenças de uma rede como a Key<br />

Point para uma tradicional rede de serviços rápi<strong>dos</strong>?<br />

Nós confiamos na profissionalização e na experiência<br />

<strong>dos</strong> nossos clientes e acreditamos no seu potencial.<br />

É uma boa razão para nós implementarmos o projeto<br />

Key Point nos seus pontos de vendas, cujo conceito é<br />

muito diferente do de uma rede convencional, na medida<br />

em que queremos identificar e acompanhar os<br />

nossos parceiros mais premium, seja pela sua imagem<br />

ou pelo seu serviço.<br />

PIRELLI NEUMATICOS, S.A.<br />

(SUCURSAL)<br />

Sede: Alameda António Sérgio, 22 – 7º C<br />

1495-132 Algés<br />

Telefone: 214 135 350<br />

Fax: 214 135 360<br />

E-mail: celia.cambraia.ex@pirelli.com<br />

Internet: www.pirelli.pt<br />

A Key Point é um conceito de rede onde a imagem da Pirelli e <strong>dos</strong> seus<br />

produtos assume primordial importância<br />

A especialização em pneus será sempre o objectivo<br />

da rede Key Point?<br />

É um <strong>dos</strong> objectivos, mas não só, como a sua trajectória<br />

comercial, o seu potencial de vendas, a sua experiência<br />

profissional. O nosso projecto é aberto. Queremos<br />

crescer juntos de forma sustentável, é mais um<br />

desafio a que a empresa se propõe, oferecendo vantagens<br />

ao cliente “premium” através do projecto Key<br />

Point, como um novo layout das zonas de serviços e<br />

atendimento, uma nova comunicação visual e um<br />

novo formato de exposição <strong>dos</strong> produtos, para assim<br />

estabelecer uma maior interactividade com o consumidor.<br />

Considera que as casas de pneus só têm um<br />

caminho a seguir, que é integrarem-se em redes<br />

organizadas? Ou ainda há espaço para se manterem<br />

independentes?<br />

No nosso ponto de vista queremos que os nossos<br />

clientes Key Point sigam a crescer independentes. O<br />

nosso projeto é aberto, como já disse. A Pirelli ambiciona<br />

com o projecto Key Point estabelecer parcerias<br />

longas e duradouras, parcerias verdadeiramente “únicas”.<br />

O que é preciso uma casa de pneus fazer para aderir<br />

à rede Key Point?<br />

É preciso reconhecer que somos uma empresa com<br />

uma estratégia diferenciada. Uma empresa que oferece<br />

produtos de alta tecnologia. Uma empresa que brinda<br />

com serviços inovadores. Uma empresa que está a fazer<br />

história com o regresso à Fórmula 1. Uma empresa<br />

que tem uma identidade única.<br />

Quais as vantagens de aderir à rede Key Point e não<br />

a outra rede?<br />

Todas. Um <strong>dos</strong> pontos mais forte e competitivo do<br />

nosso projecto é a neutralidade relativamente a gestão<br />

do ponto de venda. A nossa gama especial de serviços<br />

e produtos diferencia<strong>dos</strong>. A nossa imagem de marca<br />

como uma empresa internacional, capaz de produzir<br />

pneus diferencia<strong>dos</strong> para cada tipo de veículo, capaz<br />

de inovar com soluções tecnológicas seja de designe,<br />

seja de novos materiais e construções, atendo as exigências<br />

da indústria automóvel e <strong>dos</strong> consumidores.<br />

Para além de pneus, o que vai a Pirelli oferecer aos<br />

aderentes da Key Point (consultoria em gestão,<br />

formação técnica, etc)?<br />

Queremos fortalecer um ponto de venda Key Point<br />

é uma das premissas do projecto, que oferece um leque<br />

de serviços diferencia<strong>dos</strong>, como uma logística adequada<br />

às necessidades, programas de formação Key<br />

Point e Escola de Negócios Pirelli para dar a conhecer<br />

o sector, sinalização interior e exterior, gabinete de imprensa<br />

e actividades de marketing.<br />

No final do passado mês de Dezembro, a Pirelli ofereceu<br />

já um curso especial de Vendas e Atendimento<br />

para os responsáveis e funcionários <strong>dos</strong> estabelecimentos<br />

Key Point, em Portugal. <br />

38<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


APÓS VINTE ANOS DE AUSÊNCIA<br />

VOLTAMOS AO NOSSO LUGAR.<br />

MAIS DE CEM ANOS DE EXPERIÊNCIA<br />

EM PISTA E EM ESTRADA, TECNOLOGIA<br />

E PAIXÃO, PERFORMANCE E<br />

ADRENALINA PARA CRIAR O MELHOR<br />

PNEU P ZERO DESPORTIVO. É POR TUDO<br />

ISTO QUE FOMOS ESCOLHIDOS PELA F1.<br />

NÃO SÓ COMO FORNECEDOR DE PNEUS<br />

MAS TAMBÉM COMO FORNECEDOR<br />

OFICIAL DE EMOÇÕES.<br />

LET’S DANCE<br />

DE NADA SERVE A POTÊNCIA SEM CONTROLO<br />

PIRELLI.PT<br />

FORNECEDOR OFICIAL DE PNEUS


EMPRESA<br />

Recauchutagem São Mamede<br />

Incrementar o negócio<br />

Desde que existe que a Recauchutagem São Mamede não tem parado de crescer.<br />

Ao longo da sua história mudou de instalações, adquiriu nova maquinaria e apostou<br />

em serviços. O mesmo vai suceder em <strong>2012</strong><br />

Em 1 de Abril de 1998 a Recauchutagem São Mamede<br />

dava início à produção de pneus recauchuta<strong>dos</strong>.<br />

Primeiro numas pequenas instalações<br />

em São Martinho do Campo, uns anos depois<br />

(2001) nas actuais instalações em Vila Nova de Sande<br />

e, em <strong>2012</strong>, ocuparão as novas instalações integradas<br />

construídas de raiz, que marcam todo o ascendente<br />

que a empresa tem revelado desde o seu início.<br />

“Ao início poucos acreditavam no nosso projecto,<br />

mas a qualidade do nosso trabalho e do nosso produto,<br />

bem como a confiança <strong>dos</strong> nossos clientes permitiram<br />

este crescimento”, começa por afirmar Eugénio Pereira,<br />

General Manager da Recauchutagem São Mamede.<br />

Em 2011 chegou-se a um limite produtivo, semelhante<br />

ao que se verificou em 2001, pelo que a empresa<br />

foi obrigada a investir. “Hoje com as actuais instalações<br />

não temos mais capacidade de produção nem temos<br />

mais espaço físico para crescer e, para se evoluir de<br />

modo a acompanhar as necessidades de mercado tivemos<br />

que investir em novas instalações”, afirma Jorge<br />

Pereira, Administrador da Recauchutagem São Mamede,<br />

que não esquece “que devemos este crescimento<br />

aos nossos clientes, mas também aos fornecedores,<br />

pois se não são eles a apoiar-nos dificilmente teríamos<br />

chegado a este ponto”.<br />

Mas houve ainda outros factos marcantes na história<br />

da empresa. Até 2006 a Recauchutagem São Mamede<br />

passa por um processo de certificação e de homologação,<br />

garantindo dessa forma a qualidade <strong>dos</strong> produtos<br />

que fabricavam, para nesse ano investir na renovação<br />

de todo o parque de máquinas, tornando-se mais eficiente<br />

em termos produtivos.<br />

De modo a agregar serviços, complementando a sua<br />

oferta, a Recauchutagem São Mamede aposta nos serviços<br />

de assistência directa a frotas em 2009, investindo<br />

dessa forma na aproximação aos seus clientes.<br />

Produto<br />

A Recauchutagem São Mamede dedica-se em exclusivo<br />

a pneus para profissionais, isto é, a produção<br />

de pneus recauchuta<strong>dos</strong> está circunscrita aos veículos<br />

comerciais e pesa<strong>dos</strong>, ficando o pneu de ligeiro, industrial<br />

e tractor de fora.<br />

Utilizando unicamente o processo de recauchutagem<br />

a frio, a Recauchutagem São Mamede tem uma<br />

produção orientada para os pneus da camião. “Mais<br />

de 70% da nossa produção é para pneus de camião. É<br />

um mercado que conhecemos bem e onde apostamos<br />

muito forte”, afirma Eugénio Pereira.<br />

A empresa focaliza a sua actividade na angariação<br />

da carcaça junto do cliente para recauchutagem, fazendo<br />

o vendedor da Recauchutagem São Mamede<br />

uma primeira triagem visual no local sobre a qualidade<br />

dessa mesma carcaça.<br />

A maioria fatia da produção da empresa são os<br />

pneus nominativos, pneus esses que voltam assim ao<br />

cliente para continuarem a ser usa<strong>dos</strong> na frota, mas a<br />

Recauchutagem São Mamede também adquire carcaças<br />

para produzir pneus recauchuta<strong>dos</strong> efectuando<br />

depois a venda ou a revenda <strong>dos</strong> mesmos, alguns de-<br />

40<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


EMPRESA<br />

A Recauchutagem São Mamede apenas trabalha<br />

pneus para veículos pesa<strong>dos</strong> e comerciais<br />

les com marca própria. “Para nós não é muito importante<br />

ter uma marca própria, atendendo ao mercado<br />

que trabalhamos, contudo alguma da nossa produção<br />

tem marca Recauchutagem São Mamede, indo esses<br />

pneus para o mercado com a nossa marca”, revela Jorge<br />

Pereira.<br />

Borracha<br />

Neste momento a Recauchutagem São Mamede é<br />

abastecida por quatro fornecedores diferentes de borracha.<br />

“Os nossos fornecedores de linha são a EIB e a<br />

Borvul, que são as duas empresas nacionais que fabricam<br />

borracha, depois temos a Vipal, e trabalhamos<br />

ainda com um produto de topo que é a Marangoni.<br />

Estamos ainda a utilizar borracha Continental que<br />

também é fornecida pela Marangoni”, esclarece Eugénio<br />

Pereira.<br />

Qualquer destes produtos tem o seu posicionamento<br />

especifico em função da qualidade e do preço,<br />

ficando por vezes para o cliente da Recauchutagem<br />

São Mamede a possibilidade de escolher qual o produto<br />

que mais lhe convém, tendo em conta o tipo de<br />

piso. “Muitas vezes somos nós que aconselhamos o<br />

cliente, pois o produto ideal depende muito da utilização<br />

que ele pretende fazer <strong>dos</strong> pneus”, explica o<br />

mesmo responsável da empresa, acrescentando que<br />

“a opção pelo produto mais caro, pode revelar-se a solução<br />

mais económica para o cliente em termos de<br />

custo por quilómetro”.<br />

Apesar da diferente qualidade da borracha, em termos<br />

de processo de produção não existem diferenças,<br />

já que todas as carcaças passam pelas mesmas fases<br />

produtivas que atestam a qualidade da mesma antes<br />

de ser aplicado o piso. “A análise do pneu e o tratamento<br />

que o mesmo sofre garante a qualidade do<br />

nosso produto, independentemente do piso em que<br />

for aplicado”, assegura Jorge Pereira, que mesmo assim<br />

adverte “que nem todas as carcaças servem, e temos<br />

muita atenção a algum produto chinês que não<br />

tem qualquer qualidade para levar um novo piso”.<br />

Como se disse a Recauchutagem São Mamede apenas<br />

possui o processo de recauchutagem a frio, cumprindo<br />

a empresa o famoso regulamento 109 que leva<br />

a que seja regularmente avaliada, por um instituto espanhol,<br />

que comprova que o produto está de acordo<br />

com essa regulamentação.<br />

Contudo, neste momento são feitos testes de pressão<br />

e testes visuais às carcaças, mas para as novas instalações<br />

a Recauchutagem São Mamede pretende investir<br />

numa xerografia, que permitirá melhorar ainda<br />

mais o produto final.<br />

Tendo muita confiança no produto que comercializa,<br />

a Recauchutagem São Mamede oferece garantia<br />

do seu produto final.<br />

“Obviamente que fazemos sempre a análise ao produto<br />

e verificamos se é má utilização ou defeito no fabrico.<br />

Estamos muito atentos sempre às reclamações, que<br />

são poucas, e quando acontecem normalmente são<br />

por indevida utilização”, afirma Eugénio Pereira.<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 41


EMPRESA<br />

Recauchutagem São Mamede<br />

A empresa focaliza a sua<br />

actividade na angariação da<br />

carcaça junto do cliente para<br />

recauchutagem<br />

RECAUCHT. SÃO MAMEDE<br />

Sede: Zona Industrial de Vila Nova da Sande<br />

Rua <strong>dos</strong> Lameiros, nº2 - 4805-619<br />

Gerentes: Eugénio Pereira e Jorge Pereira<br />

Telefone: 253 570 770<br />

Fax: 253 570 772<br />

E-mail: geral@rsmamede.pt<br />

Internet: www.rsmamede.pt<br />

Brevemente a Recauchutagem São Mamede irá para umas novas instalações que permitirão outras<br />

condições e um aumento da produção<br />

Assistência<br />

Um <strong>dos</strong> serviços que a empresa fornece aos seus clientes<br />

é o da assistência na casa do cliente. Existem duas situações.<br />

Por um lado faz o apoio ao cliente directo da<br />

Recauchutagem São Mamede, através de acor<strong>dos</strong> estabeleci<strong>dos</strong><br />

de fornecimento de pneus mas também de<br />

mudança <strong>dos</strong> mesmos. No caso de a viatura afecta a estes<br />

acor<strong>dos</strong> não estar ocupada, a mesma poderá fazer assistência<br />

na “estrada” ou em qualquer lugar, caso a caso,<br />

em função das necessidades pontuais (por exemplo, um<br />

rebentamento de um pneu). A Recauchutagem São Mamede<br />

tem este serviço certificado estando por isso habilitada<br />

a fazê-lo, mesmo numa lógica de assistência 24<br />

horas.<br />

Esta carrinha está totalmente equipado para montar e<br />

desmontar pneus de veículos pesa<strong>dos</strong>, tendo sido “uma<br />

aposta muito boa que nos tem trazido até alguns novos<br />

clientes. Contudo, é uma forma de associar os pneus ao<br />

serviço, com importantes vantagens para o cliente”, refere<br />

Eugénio Pereira.<br />

Se nas actuais instalações não há condições para efectuar<br />

serviços de pneus, nas novas instalações da Recauchutagem<br />

São Mamede tal já vai ser possível. “É uma<br />

aposta que vamos fazer numa área de serviço de apoio<br />

ao cliente, nomeadamente nos sector <strong>dos</strong> pesa<strong>dos</strong>”, assegura<br />

Jorge Pereira.<br />

Mercado<br />

Praticamente toda a produção da Recauchutagem<br />

São Mamede é consumida no mercado português.<br />

“Com as novas instalações, a nossa ideia é expandir um<br />

pouco mais para outros merca<strong>dos</strong>. Temos perspectivadas<br />

outras aventuras em termos de exportação”, assegura<br />

Eugénio Pereira.<br />

Actualmente a fábrica da Recauchutagem São Mamede<br />

produz num turno de laboração por dia cerca de 40<br />

pneus de comerciais e 70 pneus de pesa<strong>dos</strong> recauchuta<strong>dos</strong>.<br />

“Pontualmente, dependendo do serviço e das necessidades,<br />

chegamos aos 100 pneus de pesa<strong>dos</strong> recauchuta<strong>dos</strong><br />

por dia”, diz Jorge Pereira.<br />

Com uma forte implementação na zona norte do<br />

país, embora venda em todo o país, comercialmente a<br />

Recauchutagem São Mamede tem presença também no<br />

retalho, onde “apostamos sempre em proteger o retalhista,<br />

vendendo de forma criteriosa. Actualmente, trabalhamos,<br />

com as maiores casas de retalho nesta zona<br />

do país”, revela Jorge Pereira.<br />

No sector em que se insere, os responsáveis da Recauchutagem<br />

São Mamede asseguram que os seus clientes<br />

já há muito que ultrapassaram o estigma associado ao<br />

pneu recauchutado. “A certificação das empresas que<br />

produzem pneu recauchutado, o grande aumento da<br />

qualidade do pneu recauchutado e a boa experiência<br />

que as empresas de transporte têm tido com este tipo de<br />

produto, são razões para que se acredite cada vez mais<br />

neste tipo de pneu”, afirma Eugénio Pereira.<br />

<strong>2012</strong> é pois um ano muito importante para o desenvolvimento<br />

da Recauchutagem São Mamede, que permitirá<br />

à empresa angariar novos negócios e novos serviços.<br />

<br />

42<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


EMPRESA<br />

Multishop Auto<br />

Qualidade acima de tudo<br />

A Multishop é um operador de retalho com uma forte posição na grande Lisboa,<br />

onde detém três postos próprios e um associado. Para além <strong>dos</strong> pneus, dinamizou<br />

outras fontes de receita e aposta muito nas frotas<br />

Actualmente a rede Multishop é constituída por<br />

três postos de assistência. A sede funciona em<br />

Carnaxide, onde tem o posto 1, mas a Multishop<br />

nasceu nos Oliviais no ano 2000, tendo<br />

em 2006 aberto um terceiro posto, na Cruz Vermelha<br />

em Lisboa, dispondo ainda de mais um posto associado<br />

na zona do Restelo (mas que não é Multishop<br />

Auto).<br />

Esta empresa dispõe assim de<br />

importantes posições geográficas<br />

no não menos importante mercado<br />

de Lisboa, estando actualmente<br />

integrada na First Stop, assumindo<br />

to<strong>dos</strong> os estabelecimentos<br />

a imagem unificada desta rede nacional.<br />

“Nós tínhamos que nos dedicar a alguém. Escolhemos<br />

a First Stop, até porque a Bridgestone já era um<br />

parceiro muito forte e como sempre nos apoiaram decidimos<br />

integrar a rede”, refere Luís Teixeira de Azevedo,<br />

Sócio-gerente da Multishop Auto, que reconhece<br />

Uma área muito importante da Multishop Auto é a das<br />

frotas, gerindo a empresa uma rede (Fleet Point) que<br />

desenvolve os acor<strong>dos</strong> com as gestoras de frotas<br />

que um <strong>dos</strong> pontos onde a First Stop mais se destaca é<br />

na forte imagem da rede, mesmo “se a concorrência<br />

vinda da nova distribuição apostou também muito<br />

nisso e tem grandes investidores por trás que lhes permitem<br />

maior segurança”.<br />

Mas as vantagens de estar na rede não ficam só pela<br />

imagem, já que o responsável da Multishop Auto refere<br />

também as melhores condições comerciais, por estar<br />

na First Stop, face a um agente “normal” da Bridgstone.<br />

Contudo, “sabemos que compramos mesmo assim<br />

pneus mais caros às companhias do que o<br />

poderíamos fazer no paralelo, e a concorrência da<br />

nova distribuição é disso um exemplo, praticando depois<br />

preços ao cliente final que ninguém consegue<br />

acompanhar”, refere Luís Teixeira de Azevedo.<br />

Conceito<br />

Sendo uma rede dentro de uma grande rede, o conceito<br />

da Multishop Auto não foge obviamente do especialista<br />

assumido de pneus, efectuando todo o tipo<br />

de serviços nessa área, mas a lógica<br />

<strong>dos</strong> serviços de mecânica sempre esteve<br />

na estratégia de negócio da empresa.<br />

“Desde que temos o posto nos<br />

Olivais que investimos no pneu<br />

mas também na mecânica. Sempre<br />

achamos que esse seria o caminho a seguir por empresas<br />

como esta”, refere o mesmo responsável adiantando<br />

que na Multishop Auto são feitos todo o tipo de<br />

serviços que uma oficina pode oferecer, sem esquecer<br />

a pintura e os vidros (áreas em que tem parcerias com<br />

outras empresas). “Hoje em dia os concessionários são<br />

44<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


EMPRESA<br />

Mais de 50% do negócio da Multishop Auto é proveniente das gestoras de frota, mas o negócio não<br />

é apenas importante de forma directa, mas sim pelo potencial de clientes que acaba por trazer<br />

especialistas em tudo, e nos pneus também, e nós no<br />

retalho tivemos que nos adaptar a essa realidade, oferecendo<br />

igualmente todo o tipo de serviços auto ao<br />

cliente”, afirma Luís Teixeira de Azevedo assegurando<br />

que apostou muito em equipamentos e investiu em<br />

formação <strong>dos</strong> funcionários, prestando dessa forma a<br />

Multishop Auto o mesmo nível qualitativo de serviço<br />

que qualquer concessionário, com a vantagem de possuir<br />

um preço de mão-de-obra que ainda é inferior.<br />

Tendo esta empresa diversificado bastante a sua<br />

oferta de serviços, seguindo - ou indo mesmo à frente -<br />

das tendências que ainda muitos retalhistas de pneus<br />

temem em seguir, a aposta agora está centrada em aspectos<br />

muito vira<strong>dos</strong> para a relação com o cliente final,<br />

no sentido de acima de tudo de os fidelizar e de potenciar<br />

a sua rotatividade na oficina.<br />

“O cliente final está muito virado para o preço e para<br />

o que é mais barato. Daí o sucesso da nova distribuição,<br />

que em alguns casos não ganha na venda do pneu,<br />

apenas ganhando nos serviços, e como têm estruturas<br />

financeiras muito fortes, podem ter estas práticas”, opina<br />

Luís Teixeira de Azevedo, que afirma que “as marcas<br />

de pneus querem apenas fazer números e muitas<br />

vezes quem compra 10 pneus tem as mesmas condições<br />

de uma retalhista muito maior. Tudo isto torna<br />

muito difícil a nossa tarefa”.<br />

Actualmente, o negócio de pneus representa cerca<br />

de 60% do negócio da Multishop Auto (cerca de<br />

15.000 pneus vendi<strong>dos</strong> em 2011), sendo que o objectivo<br />

passa por crescer um pouco mais na área da mecânica,<br />

mas mantendo sempre o enfoque e a especialização<br />

nos pneus. “Vamos continuar a trabalhar com as companhias,<br />

pois são aquelas que nos dão mais garantias e<br />

que mais nos apoiam. Estamos em crer que se to<strong>dos</strong> tivessem<br />

seguido este caminho o mercado <strong>dos</strong> pneus<br />

não estava como está agora”, adverte Luís Teixeira de<br />

Azevedo.<br />

Reconhecendo que existe uma realidade que se chama<br />

vendas online, o responsável da Multishop Auto<br />

prefere não seguir essa tendência, até porque considera<br />

que o cliente que acredita no retalhista compra-lhe os<br />

pneus e os serviços. “Poderemos montar pneus que o<br />

cliente tenha comprado na internet, mas isso vai sair<br />

mais caro a esse cliente. Pessoalmente não acredito<br />

muito nisso nem sequer vamos apostar nessa área que<br />

considero ter os dias conta<strong>dos</strong>”, assegura Luís Teixeira<br />

de Azevedo.<br />

Algo que também é impensável, no entender do<br />

mesmo responsável, é a oferta de serviços. “Se investimos<br />

em bons equipamentos e em formação, para assim<br />

prestar um serviço de qualidade, não podemos depois<br />

oferecê-lo”, refere o sócio gerente da Multishop<br />

Auto.<br />

Será que é possível ainda fazer-se alguma diferenciação<br />

no mercado <strong>dos</strong> pneus ao nível do retalho? Para<br />

Luís Teixeira de Azevedo o preço não será com certeza<br />

uma forma de a Multishop Auto se diferenciar no mercado,<br />

mas “julgo que o bom atendimento, as condições<br />

que oferecemos ao cliente e a qualidade do serviço, são<br />

factores importantes numa empresa como esta”.<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 45


EMPRESA<br />

Multishop Auto<br />

Sendo uma rede dentro de uma grande rede, o conceito da Multishop Auto não<br />

foge obviamente do especialista assumido de pneus<br />

A sede da Multishop funciona em Carnaxide, mas a empresa possui mais<br />

estabelecimentos na zona de Lisboa<br />

Para além <strong>dos</strong> pneus, a Multishop efectua também serviços de mecânica que<br />

já representam uma importante fatia de negócio<br />

Sempre muito crítico e muito frontal, Luís Teixeira<br />

de Azevedo considera que mesmo o mercado atravessando<br />

muitas dificuldades, os que apostam na qualidade<br />

vão conseguir sobreviver neste sector. “O que não<br />

aceito é que a concorrência seja feita de forma desleal,<br />

nomeadamente por quem não factura nada e por<br />

quem vende produto, nomeadamente usado, sem<br />

quaisquer garantias. Devia-se apostar muito na fiscalização<br />

deste negócio”, refere este profissional do ramo<br />

<strong>dos</strong> pneus.<br />

Frotas<br />

Uma área muito importante da Multishop Auto é a<br />

das frotas, gerindo a empresa uma estrutura (Multi<br />

Point que gere a Fleet Point) que desenvolve os acor<strong>dos</strong><br />

com as gestoras de frotas através de agentes Brigdestone,<br />

pertencendo eles à rede First Stop ou não. Essa estrutura<br />

(tem acor<strong>dos</strong> com praticamente todas as gestoras de frotas,<br />

embora a Multishop Auto trabalhe mesmo com todas<br />

as empresas que fazem o serviço de renting.<br />

Mais de 50% do negócio da Multishop Auto é proveniente<br />

das gestoras de frota, mas o negócio não é<br />

apenas importante de forma directa, mas sim pelo potencial<br />

de clientes que acaba por trazer ao negócio da<br />

própria empresa.<br />

“O cliente de frota traz aqui o carro de empresa e se<br />

tiver uma boa experiência acaba por trazer cá o seu carro<br />

ou o carro da família. É também nesta perspectiva<br />

MULTISHOP AUTO<br />

Sede: Estrada da Outerela, 131 / 131 A<br />

2795-544 Carnaxide<br />

Gerente: Luís Azevedo<br />

Telefone: 214 187 332<br />

Fax: 214 185 666<br />

E-mail: geral@multishop-auto.com<br />

Internet: www.multishop-auto.com<br />

que é importante trabalhar com as gestoras de frotas”,<br />

esclarece Luís Teixeira de Azevedo, que diz que actualmente<br />

o cliente de renting é o que garante maior rentabilidade.<br />

Investimentos<br />

Apesar de o momento não ser o ideal para investir,<br />

a Multishop Auto não o irá fazer de facto em Portugal,<br />

mas em breve poderá fazê-lo no Brasil onde tem<br />

projectos para abrir um primeiro posto de retalho.<br />

“Não sabemos o futuro a dois ou três anos e as oportunidades<br />

que surgirão, mas agora temos o nosso enfoque<br />

no Brasil que nos parece ser um bom mercado<br />

para investir”, revela Luís Teixeira de Azevedo.<br />

A hora é também de investir nas redes sociais,<br />

como forma de captar mais clientes, mas o grande trabalho<br />

“tem que ser feito porta a porta, cliente a cliente,<br />

com os pés bem assentes no chão, de modo a conseguir<br />

contornar as dificuldades que este sector atravessa”.<br />

<br />

46<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


EMPRESA<br />

Avis<br />

AVIS RENT A CAR<br />

Sede: Av. Marechal Craveiro Lopes<br />

Nr. 2 - 2º e 3º pisos<br />

1700 - 284 Lisboa<br />

Fleet Director: Bruno Soares<br />

Telefone: 21 754 79 10<br />

Fax: 21 754 79 94<br />

E-mail: bruno.matos@avis-portugal.pt<br />

Internet: www.avis.com.pt<br />

Rent-a-car procura<br />

preço e disponibilidade<br />

Com 5.000 viaturas em frota, a Avis faz substituições de pneus recorrendo a parceiros<br />

do mercado. O preço é importante, mas é a disponibilidade que manda<br />

Os veículos do rent-a-car circulam em média<br />

30 mil quilómetros por ano e trocam dois<br />

pneus para cada carro. Pelo menos, é este o<br />

caso da Avis, segundo informações recolhidas<br />

junto de Bruno Matos, o responsável de frota da<br />

locadora.<br />

Cerca de 80% da frota da Avis é comprada em<br />

buy-back, como acontece genericamente com empresas<br />

deste tipo. Neste sistema, o carro adquirido<br />

regressa ao fim de um período de tempo combinado<br />

para a marca que o vendeu, sendo esta responsável<br />

por o colocar de volta no mercado. A manutenção<br />

programada <strong>dos</strong> carros é feita na rede da marca,<br />

mas outras intervenções são feitas recorrendo a outras<br />

entidades.<br />

Para os pneus, a Avis utiliza fornecedores externos.<br />

A rent-a-car procura empresas com grande disponibilidade<br />

de stock e preço. Além disso, exige<br />

ainda no serviço. É o fornecedor é que vem buscar o<br />

carro para fazer as substituições de pneus. Embora o<br />

preço seja um aspecto importante da escolha de parceiro,<br />

interessa mais o tempo que se demora. O negócio<br />

de rent-a-car exige uma ocupação de frota, de<br />

preferência total, e as percentagens de tempo em<br />

que o carro não está a ser utilizado enquanto está<br />

numa rent-a-car raramente ultrapassam os cinco por<br />

cento.<br />

O negócio entre a rent-a-car é feito por acordo comercial,<br />

e não à medida que as necessidades vão<br />

aparecendo, tendo em conta uma percentagem de<br />

desconto e rappel anual. Quanto a marcas, poderão<br />

ser importantes porque pode haver um só pneu<br />

para trocar e esse terá que ser necessariamente o<br />

mesmo modelo que os outros três. Além disso, o<br />

sistema de buy-back, em que o carro regressa ao importador,<br />

para o recolocar no mercado, também o<br />

exige.<br />

O facto de a viatura ter que voltar à marca ao fim<br />

de um período que é, na Avis, no máximo de 10<br />

meses, justifica em parte porque é que há tantos carros<br />

de rent-a-car que não utilizam jantes especiais.<br />

Não só o recondicionamento desses componentes é<br />

mais carro do que substituir os tampões, como as<br />

próprias medidas <strong>dos</strong> pneus são mais convencionais<br />

e, por isso, mais baratas.<br />

Os pneus fazem parte de outros serviços “mínimos”<br />

que a rent-a-car quer fazer em casa. Com<br />

5.000 unidades em circulação, a Avis encarrega-se<br />

do atesto de óleo ou da substituição de pastilhas de<br />

travão.<br />

Quatro oficinas próprias, próximas das principais<br />

estações de levantamento (Porto, Lisboa, Faro e Madeira)<br />

fazem esses serviços. Os prazos são curtíssimos.<br />

Bruno Matos diz que não consegue viver com<br />

a ineficiência da rede normal de oficinas.<br />

A oficina tem que estar disponível para receber<br />

uma viatura a qualquer hora e essa intervenção tem<br />

que ser feita no momento. Em muitos casos, a viatura<br />

volta alguns minutos depois para o balcão de<br />

levantamento. <br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 47


EMPRESA<br />

Pneuport<br />

Central de compra e venda<br />

A rede Pneuport entrou numa nova fase da sua já longa história no sector <strong>dos</strong> pneus.<br />

Para marcar esse momento reuniu os aderentes, mostrando-lhes a nova imagem e o novo<br />

conceito, que não quebra com o passado mas que olha abertamente para o futuro<br />

As instalações da Automafra foram o ponto de<br />

encontro da grande maioria <strong>dos</strong> cooperantes da<br />

rede Pneuport no final do mês de <strong>Janeiro</strong>. O<br />

motivo deste encontro era óbvio: a Automafra é<br />

a “casa modelo” da nova fase que a rede Pneuport atravessa<br />

fruto de uma parceria com marca de pneus Continental.<br />

Durante toda a sua história, e já<br />

lá vão 22 anos, a Pneuport foi assumidamente<br />

um central de compra.<br />

Uma lógica de negócio vanguardista<br />

na época, mas que foi perdendo<br />

alguma força, nomeadamente com<br />

a abertura <strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong> e com o<br />

advento da internet.<br />

Ainda hoje fazer compras em grupo é vantajoso, mas<br />

para se organizar melhor e dar resposta aos novos desafios<br />

do mercado, nomeadamente com o aparecimento<br />

da nova distribuição, os responsáveis da Pneuport arregaçaram<br />

as mangas e iniciaram um novo projecto, que<br />

toca não só os aspectos da imagem mas também do próprio<br />

negócio.<br />

Já desde 2009 que a rede Pneuport começou a explorar<br />

de forma mais eficiente a insígnia Pneuport, que levou<br />

a que to<strong>dos</strong> os cooperantes seguissem o mesmo manual<br />

de procedimentos, seguindo por exemplo uma<br />

imagem comum em to<strong>dos</strong> os postos de pneus da rede.<br />

Uma das apostas da parceria Pneuport / Continental resulta<br />

na exclusividade de venda <strong>dos</strong> pneus Sportiva, uma marca<br />

pertencente à Continental<br />

Depois de alguns avanços e recuos, normais num<br />

processo de decisão e de mudança que se pretendia implementar,<br />

a Pneuport chegou em <strong>2012</strong> a uma nova fase<br />

da história, através da parceria assumida com a prestigiada<br />

marca de pneus Continental.<br />

Mantendo-se como central de compras, foi decidido<br />

pelos responsáveis da Pneuport caminhar abertamente<br />

no sentido de se tornar também numa central de vendas,<br />

numa decisão tomada em conjunto com a própria<br />

Continental.<br />

Conceito de venda<br />

Tendo as 68 casas de pneus <strong>dos</strong> cooperantes da Pneuport<br />

porta aberta ao público, havia<br />

que seguir um novo rumo de forma<br />

organizada e concertada, no<br />

sentido de potenciar um conceito<br />

de venda estruturada, para que novos<br />

clientes possam visitar esses estabelecimentos.<br />

Um <strong>dos</strong> aspectos deste novo conceito de venda tem<br />

como resultado a nova imagem da rede Pneuport. Não<br />

se abdicou da cor laranja que é tão característica desta<br />

rede, mas partiu-se para uma nova imagem institucional,<br />

com um novo logótipo (que assume maior destaque)<br />

aparecendo a imagem Continental também como<br />

48<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


EMPRESA<br />

Foi em ambiente de festa que a Pneuport<br />

apresentou a to<strong>dos</strong> os cooperantes a nova imagem<br />

e a nova parceria<br />

PNEUPORT<br />

Este é um <strong>dos</strong> exemplos da nova imagem que os aderentes da Pneuport irão adoptar no sentido de caminhar<br />

para uma lógica de maior interactividade com o cliente<br />

Sede: Avenida de Berna nº 30 5º<br />

1050-042 Lisboa<br />

Presidente: Paulo Campos<br />

Telefone: 217 937 681<br />

Fax: 217 937 683<br />

E-mail: geral@pneuport.pt<br />

Internet: www.pneuport.pt<br />

suporte. O objectivo <strong>dos</strong> responsáveis da Pneuport,<br />

mais do que nunca, passa pela identificação da rede (de<br />

forma fácil) por parte do cliente esteja ele geograficamente<br />

no norte ou no sul do país. Esta nova imagem,<br />

sendo a Automafra a casa modelo, irá progressivamente<br />

sendo adoptada por to<strong>dos</strong> os cooperadores aderentes a<br />

esta parceria.<br />

Esta parceria entre a Pneuport e a<br />

Continental passa naturalmente por<br />

outros processos. Um deles é a comunicação<br />

com o consumidor final, com<br />

o objectivo de potenciar a visita de<br />

mais clientes aos postos <strong>dos</strong> cooperantes<br />

desta insígnia. Vão ser feitas campanhas<br />

para o consumidor final, atraindo-o aos postos<br />

Pneuport, como vão também ser trabalhadas parcerias<br />

com clientes de frotas (empresas, gestoras, etc) de modo<br />

a potenciar mais serviço dentro da rede.<br />

Estas nova dinâmica que já está a ser implantada, surge<br />

do esforço comum entre a Pneuport e a Continental,<br />

Mantendo-se como central de compras, foi decidido<br />

pelos responsáveis da Pneuport caminhar no sentido de<br />

se tornar também numa central de vendas<br />

e dentro de uma lógica de aproveitar toda a experiência<br />

que este construtor de pneus tem noutros merca<strong>dos</strong>,<br />

onde já desenvolve há muitos anos conceitos de central<br />

de venda muito semelhantes ao que agora está a desenvolver<br />

com a Pneuport em Portugal.<br />

A imagem da rede será sempre a da Pneuport, mas a<br />

presença da Continental será uma constante, nomeadamente<br />

na potenciação de um série de ferramentas de<br />

apoio, como é o caso da Corporate TV, onde o cliente<br />

terá acesso a informação sobre pneus e sobre as campanhas<br />

a decorrer na Pneuport.<br />

Outras das apostas desta parceria resulta também na<br />

exclusividade de venda <strong>dos</strong> pneus Sportiva, uma marca<br />

pertencente à Continental, que será unicamente comercializada<br />

na rede Pneuport.<br />

Apesar desta nova dinâmica, a especialização da rede<br />

Pneuport continuará a ser em pneus, mas a incorporação<br />

de outros serviços (mecânica rápida) que alguns aderentes<br />

já exploram será também potenciada na rede.<br />

Outras medidas estão a ser estudadas e irão ser seguidas<br />

(seguros de pneus, CRM, etc),<br />

com o objectivo de implementar uma<br />

dinâmica de negócio que permita dar<br />

à rede Pneuport uma maior notoriedade<br />

e reconhecimento público, mas simultaneamente<br />

potenciar negócios<br />

num mercado que está em recessão.<br />

Neste momento mais de 60% <strong>dos</strong> cooperantes da<br />

Pneuport já aderiram a este novo projecto (central de<br />

vendas), esperando os responsáveis por esta insígnia que<br />

to<strong>dos</strong> possam integrar o mesmo durante <strong>2012</strong>, estando<br />

em aberto a possibilidade de novos cooperadores também<br />

entre neste novo rumo.<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 49


EMPRESA<br />

Transportes Serejo<br />

Entregar com qualidade<br />

A Transporte Serejo visita por dia cerca de 160 clientes liga<strong>dos</strong> aos pneus,<br />

o que lhe permite ter uma importante visão, no terreno, deste tipo de negócio.<br />

Fomos conhecer um pouco desta empresa de São Julião do Tojal<br />

Durante 14 anos, Vicente Serejo foi motorista na<br />

Eurovidal. A experiência acumulada com essa<br />

actividade e a associação ao sector <strong>dos</strong> pneus,<br />

atendendo que trabalhava para um grande grossista,<br />

levou Vicente Serejo a apostar no transporte logístico,<br />

tanto mais que a Eurovidal tinha feito outsoucring<br />

deste sector na empresa.<br />

Foi assim que nasceu a Transportes Serejo<br />

em 1997, na altura apenas com um único camião,<br />

mas como o crescimento foi gradual,<br />

actualmente a empresa possui uma frota de<br />

35 veículos afectos ao transporte, a maioria<br />

deles liga<strong>dos</strong> ao sector <strong>dos</strong> pneus.<br />

“Para se estar ao serviço da distribuição de<br />

pneus não é tanto a frota que interessa, mas sim a experiência<br />

<strong>dos</strong> recursos humanos nessa actividade, nomeadamente<br />

quanto se tem que armar um veículo com uma<br />

carga especifica que são os pneus” revela Vicente Serejo,<br />

explicando que “muitas vezes a carga não são só pneus<br />

novos de ligeiros, são também pneus para recauchutagem<br />

Com a cada vez maior exigência desta actividade, a<br />

Transporte Serejo pretende continuar a crescer e a<br />

operacionalizar-se na distribuição de pneus<br />

ou pneus agrícolas, alguns deles com grandes dimensões,<br />

que exigem experiência e conhecimento na altura em que<br />

vão ser transporta<strong>dos</strong>”.<br />

Uma das características da Transporte Serejo é que sendo<br />

responsável por grande parte da distribuição de pneus<br />

de importantes marcas na zona onde opera (zona de<br />

grande Lisboa, margem Sul, Ribatejo, Torres Vedras e linha<br />

Oeste) o faz apenas por subcontratação.<br />

“Trabalhamos essencialmente com grandes empresas<br />

de logística, que têm os contratos com as marcas de<br />

pneus, que depois subcontratam outras empresas de<br />

transportes, como a nossa, para efectuar a distribuição em<br />

determinadas zonas <strong>dos</strong> pneus”, explica Vicente Serejo.<br />

Subcontratação<br />

Dessa forma a Transportes Serejo trabalha com três<br />

grandes operadores logísticos, sendo um deles a Luís Simões,<br />

efectuando a distribuição <strong>dos</strong> pneus Michelin na<br />

região que tem por contrato, o mesmo sucede com a<br />

Transporta, que tem as restantes marcas de pneus excepto<br />

a Goodyear que está com a Rangel. “Cada empresa tem a<br />

sua forma de trabalhar. No caso da Luís Simões<br />

com a Michelin, existem regras bem<br />

definidas, que não nos permitem num mesmo<br />

carro transportar outra marca que não<br />

seja Michelin”, revela Vicente Serejo.<br />

Algo que a Transportes Serejo nunca colocou<br />

em equação foi ter contratos directos<br />

com operadores de pneus, até porque os grandes operadores<br />

logísticos têm um poder negocial muito forte junto<br />

das marcas de pneus e conseguem distribuir em todo o<br />

país. “O que poderemos vir a fazer é alargar um pouco<br />

mais a nossa zona de distribuição com os operadores<br />

com que já trabalhamos, sendo essa a única forma de<br />

50<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


EMPRESA<br />

A Transportes Serejo possui uma frota bem adaptada às necessidades da<br />

distribuição de pneus<br />

crescer dentro deste sector de actividade”, refere Vicente<br />

Serejo, assumindo que “para nós o importante é fazer um<br />

bom trabalho para os nossos parceiros, o que nem sempre<br />

é fácil”.<br />

Frota<br />

A frota da Transportes Serejo é constituída por 35 veículos,<br />

que vão desde os comercias de 3500 Kg até aos veículos<br />

pesa<strong>dos</strong> de 7,5, 9, 12 e 19 toneladas, incluindo os<br />

semi-reboques.<br />

A informação diária recebida <strong>dos</strong> operadores logísticos<br />

com que trabalha, nomeadamente as toneladas de pneus<br />

a transportar diariamente, condicionam depois toda a<br />

afectação da frota às características do trabalho que tem<br />

que fazer em função ainda da geográfica e localização <strong>dos</strong><br />

estabelecimentos (retalho, grossistas ou concessionários)<br />

onde tem que se fazer entrega <strong>dos</strong> pneus.<br />

“Tudo tem que ser muito bem coordenado para que<br />

os pneus sejam de facto entregues dentro <strong>dos</strong> prazos<br />

combina<strong>dos</strong>. É aqui que melhor podemos fazer a diferença,<br />

pois a nossa experiência e conhecimento das zonas<br />

que operamos permite-nos dar resposta às solicitações<br />

<strong>dos</strong> nossos parceiros de negócio”, afirma Vicente Serejo,<br />

explicando que a complexidade deste serviço é grande<br />

quando, por exemplo, tem que se coordenar cargas, tipo<br />

de cargas, entregas, frota, rotas e prazos.<br />

Em média, a Transportes Serejo visita cerca de 160<br />

clientes por dia, mas a instabilidade que existe no mercado,<br />

segundo o responsável da empresa, leva a que não<br />

exista a rotina de entregas que normalmente existia. “O<br />

que se passa é que houve um quebra muito grande no<br />

consumo <strong>dos</strong> pneus, face ao que se passava há três anos<br />

atrás”, assegura Vicente Serejo, explicando que “uma casa<br />

de pneus hoje não faz praticamente stock.<br />

Antes comprava 40 ou 50 pneus, actualmente compra<br />

meia dúzia. Nós temos que entregar, por contrato no<br />

caso da Luís Simões, em 24 horas, seja um sejam 50<br />

pneus”.<br />

Com a cada vez maior exigência desta actividade, a<br />

Transporte Serejo pretende continuar a crescer e a operacionalizar-se,<br />

continuando a focalizar a sua actividade<br />

nos pneus, que são a actividade mais representativa, embora<br />

esteja presente também na distribuição de outros<br />

produtos. “Temos conseguido mostrar a nossa mais-valia<br />

neste sector e depois de tantos anos a distribuir Michelin<br />

é sinal que temos feito um bom serviço” concluiu Vicente<br />

Serejo.<br />

TRANSPORTES SEREJO<br />

Sede: Rua Entre os Muros, 54 – Arm. A<br />

Núcleo Empresarial – 1<br />

2660-533 São Julião do Tojal<br />

Gerentes: Vicente Serejo<br />

Telefone: 219 749 378<br />

Fax: 219 749 379<br />

E-mail: geral@transportesserejo.pt<br />

Internet: www.transportesserejo.pt<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 51


EMPRESA<br />

<strong>Pneus</strong> Cruzeiro<br />

Dinâmica de negócio<br />

Na revenda de pneus a interioridade não é um problema para a <strong>Pneus</strong> Cruzeiro.<br />

Este operador da Póvoa de Lanhoso tem ideias próprias sobre o negócio grossista,<br />

mas o futuro está à porta e novos objectivos estão por cumprir<br />

Onome <strong>Pneus</strong> Cruzeiro já existe há mais de 20<br />

anos. Primeiro o Pai e depois o filho, o certo é<br />

que a <strong>Pneus</strong> Cruzeiro foi trilhando o seu caminho<br />

até que há sete anos se começou a dedicar<br />

de uma forma objectiva à revenda, sendo que o negócio<br />

do retalho, sempre foi transversal a toda a história<br />

da empresa.<br />

“É de tal maneira importante a<br />

revenda para a nossa actividade,<br />

que o retalho neste momento representa<br />

apenas 4% do negócio<br />

da empresa”, começa por referir<br />

João Matos, Sócio gerente da<br />

<strong>Pneus</strong> Cruzeiro, que mesmo assim<br />

considera que o posto de retalho tem ainda potencial<br />

para crescer e para se tornar mais rentável e mais<br />

competitivo.<br />

Ao longo da sua história na revenda, a <strong>Pneus</strong> Cruzeiro<br />

chegou a ter a distribuição da Continental de<br />

Agricultura, mas após essa fase foi altura de apostar claramente<br />

no pneu de ligeiro e também no camião, sendo<br />

agora residual o mercado agro-industrial.<br />

O crescimento da empresa tem sido gradual de ano<br />

para ano, atingindo já os 150.000 pneus anuais, dispondo<br />

de um stock médio que em 2010 rondou os<br />

42.000 pneus.<br />

É devido precisamente a este crescimento que a<br />

A <strong>Pneus</strong> Cruzeiro dispõe de sete veículos comerciais para<br />

fazer a distribuição diariamente, fazendo uma única<br />

entrega diária, da parte da tarde<br />

<strong>Pneus</strong> Cruzeiro já olha mais para o futuro do que para<br />

o presente, tendo já um projecto para um novo armazém<br />

de 11.000 m2, mas “tudo depende da conjuntura<br />

de <strong>2012</strong>, já que estamos a falar em investimentos na<br />

ordem <strong>dos</strong> dois milhões de euros”, refere João Matos.<br />

Actualmente toda a parte logística da revenda está<br />

concentrada nas próprias instalações da <strong>Pneus</strong> Cruzeiro,<br />

como num pequeno armazém, que neste momento<br />

já atingiu a sua capacidade de armazenamento, daí<br />

que esteja em equação esse novo investimento. Certo<br />

“é que não vamos abrir mais postos de retalho, pois<br />

não quero criar concorrência aos nossos clientes”, refere<br />

João Matos.<br />

Produto<br />

Na revenda a <strong>Pneus</strong> Cruzeiro está<br />

posicionada no mercado como<br />

grossista de marcas Premium, nomeadamente<br />

Michelin, Goodyear,<br />

Pirelli, Dunlop, Continental e Bridgestone,<br />

mas a referência da empresa são os pneus da<br />

BF Goodrich. “Somos em Portugal o operador grossista<br />

que melhor oferta tem na BF Goodrich, quer em diversidade<br />

de medidas quer em quantidades, como<br />

também em preços somos os mais competitivos”, revela<br />

João Matos.<br />

52<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


EMPRESA<br />

A <strong>Pneus</strong> Cruzeiro fica localizada na Póvoa de Lanhoso onde se concentram os seus negócios na área do<br />

retalho e da distribuição de pneus<br />

A oferta da <strong>Pneus</strong> Cruzeiro contempla ainda a marca<br />

Riken, já num terceiro patamar de qualidade, seguindo-se<br />

depois uma série de outras marcas numa lógica<br />

de negócios pontuais que não se prendem com<br />

marcas mas sim com a cobertura de necessidades específicas<br />

de mercado.<br />

Grande parte do abastecimento da <strong>Pneus</strong> Cruzeiro é<br />

feito junto das próprias marcas, estando colocado de<br />

parte o recurso a outras fontes de abastecimento. “Dificilmente<br />

os brokkers conseguem ter preço para o que<br />

praticamos e por isso não lhes compramos, mas têm<br />

conseguido encharcar o mercado de pneus vendendo<br />

a toda a gente, o que directamente nos afecta também”,<br />

reconhece o responsável da <strong>Pneus</strong> Cruzeiro,<br />

adiantando que “podem conseguir preços pontualmente<br />

mais baratos, o que não conseguem é disponibilizar<br />

o mesmo serviço que nós fazemos, pois realmente<br />

entregamos de um dia para o outro”.<br />

Nos pneus de pesa<strong>dos</strong>, onde também disponibiliza<br />

uma gama muito completa e abrangente, a <strong>Pneus</strong> Cruzeiro<br />

é muito forte em Michelin, Goodyear, Dunlop e<br />

Sava, embora tenha também alguma oferta em pneus<br />

budget e em recauchuta<strong>dos</strong>.<br />

Pontos fortes<br />

Num mercado tão preenchido de operadores de revenda,<br />

para João Matos os pontos fortes da <strong>Pneus</strong> Cruzeiro<br />

são “a disponibilidade de produto, excepto<br />

quando a fábrica não tem, sendo essa uma situação<br />

muito comum actualmente em que chega a não haver<br />

produto durante quatro ou cinco meses, temos sempre<br />

preços competitivos e convidativos, e muito importante,<br />

fazemos entregas em 24 horas”.<br />

Aliás, ao nível das entregas existe também uma<br />

aposta muito efectiva. A <strong>Pneus</strong> Cruzeiro dispõe de<br />

sete veículos comerciais para fazer a distribuição diariamente,<br />

fazendo uma única entrega diária, da parte<br />

da tarde, numa área geográfica muito abrangente, que<br />

se estende quase até ao Grande Porto.<br />

Para além da distribuição própria, a <strong>Pneus</strong> Cruzeiro<br />

tem contratado o serviço da Rangel para que logisticamente<br />

seja possível estar presente em todo o território<br />

nacional e também nas ilhas.<br />

Outras das apostas que poderão vir a surgir são as<br />

vendas online. Neste momento a <strong>Pneus</strong> Cruzeiro já<br />

tem esse site a funcionar, não está ainda finalizado e<br />

também ainda não foi tomada a decisão final sobre a<br />

posição da <strong>Pneus</strong> Cruzeiro sobre esta plataforma de<br />

vendas. “Ainda não tenho a decisão tomada se iremos<br />

avançar com as vendas online.<br />

Gosto muito de privilegiar o contacto directo com o<br />

cliente e essa solução poderá fazer com que se perca a<br />

relação humana que temos e queremos continuar a ter<br />

com os nossos clientes”, esclarece João Matos, afirmando<br />

que “o contacto directo potencia também a<br />

venda e com as vendas online perde-se um pouco isso,<br />

pois o site não esclarece dúvidas ao cliente, mas por telefone<br />

poderemos fazê-lo”.<br />

A empresa chegou a ter três vendedores no mercado,<br />

mas a estratégia da empresa mudou nos três últi-<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 53


EMPRESA<br />

<strong>Pneus</strong> Cruzeiro<br />

Na revenda a <strong>Pneus</strong> Cruzeiro<br />

está posicionada no mercado<br />

como grossista de marcas<br />

Premium<br />

PNEUS CRUZEIRO<br />

Sede: Rua do Cruzeiro, Nº346<br />

4830-195 Fonte Arcada – Póvoa de Lanhoso<br />

Gerentes: João Matos<br />

Telefone: 253 631 783<br />

Fax: 253 738 194<br />

E-mail: geral@pneuscruzeiro.com<br />

Internet: www.pneuscruzeiro.com<br />

Existe um projecto para a mudança de instalações da <strong>Pneus</strong> Cruzeiro<br />

no que diz respeito à actividade de revenda<br />

mos anos já que actualmente não tem nenhum. “Se os<br />

retalhistas não fazem stock, o que é que o vendedor lá<br />

vai vender?”, questiona João Matos que assim justifica<br />

a opção tomada pela empresa, que reverte os custos<br />

que teria com a equipa de vendas em benefícios para<br />

os seus clientes.<br />

Para manter é a política de campanhas. A <strong>Pneus</strong><br />

Cruzeiro não faz campanhas pontuais, que podem lesar<br />

o cliente, apostando “em campanhas anuais ou em<br />

manter sempre os preços competitivos, de modo a podermos<br />

trabalhar sempre com o cliente o ano todo”.<br />

Mercado<br />

Estando em contacto directo e constante com os retalhistas,<br />

um operador grossista como a <strong>Pneus</strong> Cruzeiro<br />

está em posição privilegiada para analisar a evolução<br />

do sector <strong>dos</strong> pneus em Portugal.<br />

“No nosso país sempre encerraram e abriram casas<br />

de pneus. O problema não tem sido esse. Temos vindo<br />

a notar, isso sim, que da parte <strong>dos</strong> clientes existe<br />

uma cada vez maior dificuldade em cumprir com as<br />

suas obrigações ao nível <strong>dos</strong> pagamentos”, revela João<br />

Matos que esclarece que “esse é um problema que se<br />

agrava de mês para mês”.<br />

Para a <strong>Pneus</strong> Cruzeiro esta situação é uma “faca de<br />

dois gumes” e apesar de “nunca termos deixado de<br />

cumprir as nossas obrigações para com os nossos fornecedores,<br />

temos feito um trabalho junto <strong>dos</strong> nossos<br />

clientes, alertando para a importância de to<strong>dos</strong> cumprirmos<br />

as nossas obrigações” refere o mesmo responsável.<br />

Reconhecendo que no mercado <strong>dos</strong> pneus em Portugal<br />

não existe união, João Matos olha para o futuro<br />

do mercado da revenda de pneus com alguma apreensão.<br />

“Penso que o mercado vai evoluir tornando-se<br />

cada vez mais difícil num aspecto. O retalho cada vez<br />

faz menos stock, os grossistas pelo contrário tem cada<br />

vez mais stock e mais variedade de medidas. Esta situação<br />

obriga-nos a correr mais e possivelmente entregar<br />

em 24 horas poderá vir a ser uma eternidade. O aumento<br />

<strong>dos</strong> custos de combustível, as dificuldades nos<br />

pagamentos e a concorrência descontrolada levantam<br />

grandes problemas a esta actividade”, diz o sócio gerente<br />

da <strong>Pneus</strong> Cruzeiro.<br />

Para finalizar, João Matos reconhece que existem<br />

muitos empresários que estão no sector que não deviam<br />

estar, tão só porque não sabem gerir o negócio<br />

<strong>dos</strong> pneus. “No dia em que a <strong>Pneus</strong> Cruzeiro oferecer<br />

serviços, fecho as portas, pois não posso investir em<br />

equipamentos caríssimo, apostar em manutenção e<br />

formação <strong>dos</strong> emprega<strong>dos</strong> e depois oferecer serviços”,<br />

refere o responsável da empresa que diz ser este um<br />

<strong>dos</strong> grandes problemas do sector do retalho, concluindo<br />

que “to<strong>dos</strong> passamos por dificuldades, mas quem<br />

gere o negócio como deve ser gerido, será <strong>dos</strong> últimos<br />

a fechar as portas”.<br />

Apesar das incertezas do mercado e da economia, a<br />

<strong>Pneus</strong> Cruzeiro quer continuar a afirmar-se como um<br />

parceiro estratégico de negócios apostando sempre<br />

numa grande proximidade com os seus clientes. <br />

54<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


EMPRESA<br />

José Aniceto & Irmão, Lda<br />

No topo da revenda<br />

Estagnar é uma palavra que não está no dicionário para os responsáveis da José Aniceto & Irmão,<br />

Lda. A prova disso está nas novas instalações e nos recentes investimentos,<br />

que melhoraram a operacionalidade da empresa<br />

Quem conhecia as instalações da José Aniceto &<br />

Irmão, Lda em Cantanhede e as vê agora não<br />

pode deixar de reparar na evolução que as mesmas<br />

tiveram. Aliás, essa evolução não é só “fachada”<br />

nem passou unicamente pelo aumento do espaço<br />

disponível para armazém, pois tal crescimento acarretou<br />

também uma maior operacionalização da<br />

actividade logística da empresa, nomeadamente a que<br />

está associada à empresa de revenda de pneus, a S. José<br />

Logística de <strong>Pneus</strong>.<br />

Em termos absolutos a empresa continua a ter índices<br />

de crescimento anuais, mesmo num mercado em recessão<br />

e saturado, o que comprova que o seu negócio<br />

está consolidado. Contudo, o momento não é de repouso<br />

sobre esses indicadores, mas sim de reacção às<br />

constantes ameaças do mercado, pelo que investir foi a<br />

solução encontrada para a empresa se preparar melhor<br />

para o futuro.<br />

“O crescimento não é o nosso objectivo, mas sim<br />

uma consequência do nosso trabalho. É algo de orgânico<br />

que está inerente à nossa actividade”, afirma Luís<br />

Aniceto, gerente da José Aniceto & Irmão, Lda, que admite<br />

“estamos numa fase em que até pode acontecer o<br />

contrário, tendo em conta a selectividade que temos<br />

que colocar nas vendas e na necessidade de maior controlo<br />

da tesouraria”.<br />

Depois de dois anos segui<strong>dos</strong> como PME Líder, a<br />

empresa foi recentemente considerada PME Excelência,<br />

o que prova, no entender <strong>dos</strong> seus responsáveis, o<br />

“rigor que foi colocado na gestão da empresa, que nos<br />

deixa mais descansa<strong>dos</strong> mas também muito atentos ao<br />

que se vai passar este e nos próximos anos” afirma Luís<br />

Aniceto.<br />

Instalações<br />

O aumento de vendas, trouxe a necessidade de aumentar<br />

a gama de pneus na revenda e a consequência<br />

acabou por ser o aumento das instalações. Em final de<br />

2010 a José Aniceto & Irmão, Lda construiu um novo<br />

armazém destinado essencialmente à logística de pneus<br />

de ligeiros. Trata-se de um espaço de armazém muito<br />

mais bem organizado em que o stock está devidamente<br />

cartografado por corredores, sabendo-se exactamente o<br />

posicionamento de cada pneu. Esta organização permitiu<br />

um ordenamento logístico que veio “reduzir de forma<br />

substancial o tempo de execução de cada encomenda<br />

e também a sua eficácia, o que aumentou bastante a<br />

operacionalidade da nossa actividade”, refere José Aniceto,<br />

gerente da empresa, adiantando que “isto induziu<br />

o aumento de vendas e necessariamente veio criar pressão<br />

novamente sobre o espaço disponível”.<br />

Foi assim que durante o ano de 2011 a José Aniceto<br />

& Irmão, Lda investiu num outro armazém, a 500 metros<br />

das instalações da empresa, com cerca de 1.500 m2<br />

de área especificamente destina<strong>dos</strong> à actividade com a<br />

marca BKT, nomeadamente ao nível <strong>dos</strong> pneus agrícolas.<br />

“A boa evolução que o sector agro-industrial teve na<br />

nossa empresa, com resulta<strong>dos</strong> fantásticos, implicou<br />

também uma maior operacionalização do negócio<br />

BKT”, revela Luís Aniceto.<br />

56<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


EMPRESA<br />

O novo armazém permite uma<br />

muito maior operacionalidade do negócio de<br />

revenda em termos logísticos<br />

JOSÉ ANICETO E IRMÃO<br />

Sede: Zona de Industrial, Lote 13, Apt 53<br />

3060-107 Cantanhede<br />

Gerentes: José Aniceto / Luís Aniceto<br />

Telefone: 231 419 290<br />

Fax: 231 422 711<br />

E-mail: encomendas@sjosepneus.com<br />

geral@sjosepneus.com<br />

Internet: www.sjosepneus.com<br />

José Aniceto e Luís Aniceto têm mais projectos<br />

para a empresa, que irão dinamizar ainda mais o<br />

negócio <strong>dos</strong> pneus<br />

No segundo trimestre de<br />

<strong>2012</strong> esta empresa vai ter<br />

mais de 8.000 m2 de<br />

armazém, que lhe irão<br />

garantir uma capacidade<br />

logística sem precedentes<br />

Com este segundo armazém repleto de pneus agrícolas,<br />

sendo muito provavelmente o maior stock nacional<br />

de pneus agro-industriais que existe em Portugal (segundo<br />

os responsáveis da José Aniceto & Irmão, Lda), os investimentos<br />

não pararam por aqui e já no início de<br />

<strong>2012</strong> iniciaram as obras para um reforço de 3.000 m2<br />

deste armazém (no pavilhão contíguo) que passa assim<br />

a ter cerca de 4.500 m2.<br />

“Vamos não só reforçar o stock de pneus agro-indistriais,<br />

mas este novo investimento vai permitir libertar<br />

espaço no armazém central para os pneus de ligeiros, o<br />

que irá permitir aumentar o stock neste tipo de pneus”,<br />

explica Luís Aniceto.<br />

No segundo trimestre de <strong>2012</strong> a José Aniceto & Irmão,<br />

Lda vai ter mais de 8.000 m2 de armazém, que lhe<br />

irão garantir uma capacidade logística sem precedentes.<br />

“A operacionalidade aumentou 100% e o tempo de<br />

execução de uma encomenda passou para metade. Isto<br />

são factores que nos permitem estarmos muito mais<br />

concentra<strong>dos</strong> na nossa estratégia”, refere José Aniceto,<br />

explicando que “temos um número de referências ao<br />

dispor do cliente, que é provavelmente o maior do mercado.<br />

Os que nos caracteriza no pneu de turismo é que<br />

temos poucas quantidades de muitas medidas em diversas<br />

marcas”.<br />

A diversificação de gama sempre foi uma das apostas<br />

fortes da empresa, dizendo Luís Aniceto que “fazemos<br />

questão de ter todas as medidas, inclusivamente as menos<br />

vulgares. Sempre dizemos que é nossa finalidade<br />

complementar a oferta das marcas, proporcionando ao<br />

cliente o acesso a medidas que nem sempre são fáceis<br />

de encontram”.<br />

Tem sido esta política que tem permitido à José Aniceto<br />

& Irmão, Lda aumentar as vendas e estar presente<br />

em todo o mercado português, incluindo as ilhas, o<br />

que resultado também numa certa estabilidade em termos<br />

de produto.<br />

A oferta da S. José Logística de <strong>Pneus</strong> em ligeiros, comerciais<br />

e 4x4 concentra-se nas marcas Premium, em<br />

quatro marcas quality, com a Semperit a assumir algum<br />

destaque, e depois tem uma oferta budget onde a<br />

GoodRide que se destaca por ser a importadora oficial<br />

para Portugal. Dispõe também a empresa de uma grande<br />

oferta de pneus da camião, em algumas destas marcas,<br />

destacam-se bastante a BKT no caso <strong>dos</strong> pneus<br />

agrícolas.<br />

“As nossas vendas estão concentradas nos pneus de<br />

qualidade, muito em virtude da nossa aposta na diversificação,<br />

o que nos permite colmatar falhas do mercado<br />

e evitar ser um dealer de grandes volumes de pneus<br />

de baixo custo”, afirma José Aniceto.<br />

Actualmente a S. José Logística de <strong>Pneus</strong> dispõe de<br />

cinco comerciais no terreno, estando presente ainda<br />

em Beja com um armazém de 700 m2 (essencialmente<br />

com stock agrícola), para além de continuar com a sua<br />

forte aposta nas vendas online, na qual foi pioneira em<br />

2007.<br />

Mas os investimentos e as ideias não param e a José<br />

Aniceto & Irmão, Lda já tem novos projectos que muito<br />

brevemente irão ser anuncia<strong>dos</strong>. <br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 57


EMPRESA<br />

Velyen<br />

Vanguarda nos elevadores<br />

A marca espanhola Velyen, especialista em equipamentos oficinais, tem distribuição e<br />

assistência técnica garantida no nosso país através de empresas portuguesas. Conheça<br />

um pouco mais desta empresa com mais de 60 anos<br />

AVelyen funciona como a empresa especialista<br />

em equipamentos oficinais da Istobal, sendo<br />

por isso que os produtos Velyen surgem no<br />

mercado licencia<strong>dos</strong> pela Istobal.<br />

Mas para a Velyen o importante não é ser só um especialista<br />

em pós-venda, pois a empresa espanhola<br />

aposta em desenvolver soluções globais para equipar<br />

qualquer oficina, seja ela para a automóveis ou mesmo<br />

para motos, seja de mecânica ou de pneus.<br />

O Know-how da empresa remonta a 1950, altura em<br />

que a empresa original começou a desenvolver soluções<br />

para o pós-venda, desenvolvendo uma gama de produtos<br />

e serviços com a finalidade de satisfazer as necessidades<br />

globais de uma oficina segura, produtiva e que utiliza<br />

tecnologia de vanguarda.<br />

Os equipamentos da Velyen são vendi<strong>dos</strong> um pouco<br />

por todo o mundo, dispondo a empresa de cobertura<br />

internacional em mais de 60 países, incluindo Portugal,<br />

cabendo a responsabilidade da distribuição a diversas<br />

empresas, como por exemplo, a Lusilectra, MGM e a<br />

João A.M. Santos. Não tendo a Velyen nenhuma equipa<br />

comercial em Portugal, os serviços técnicos no nosso<br />

país são garanti<strong>dos</strong> pela Manuel Guedes Martins<br />

(MGM), empresa com a qual a Velyen esteve presente<br />

na Automecânica da Batalha no passado mês de Outubro.<br />

Equipamentos<br />

São quatro as grandes áreas de produtos que a Velyen<br />

cobre. Por um lado as soluções de lubrificação, descontaminação<br />

e outros flui<strong>dos</strong>, por outro as soluções de extracção<br />

de gases de escape. Contudo, as duas áreas onde<br />

a empresa espanhola é mais conhecida (pelo menos em<br />

Portugal) uma é a <strong>dos</strong> elevadores, dispondo de uma<br />

gama vastíssima e muito especializada, a outra é o das<br />

equilibradoras e desmontadoras. Em qualquer destas<br />

duas gamas de equipamentos a Velyen possui um experiência<br />

que remonta precisamente a 1950.<br />

“A Velyen é uma fábrica com capital 100% espanhol<br />

que responde perante um mercado globalizado e muito<br />

competitivo como é o do serviço pós-venda automóvel,<br />

exportando a sua produção para muitos países e desenvolvendo<br />

serviços de pós-venda locais com um alto<br />

grau de satisfação <strong>dos</strong> clientes”, refere Vicente Soria Cataluña,<br />

responsável Comercial e de Marketing da Velyen,<br />

quando questionado sobre a qualidade <strong>dos</strong> produtos<br />

desta empresa, adiantando ainda que “a Velyen<br />

faz um controlo de qualidade muito exigente em to<strong>dos</strong><br />

os centros de trabalho onde são fabrica<strong>dos</strong> as estruturas<br />

metálicas <strong>dos</strong> seus produtos, Valência, Ásia e Médio<br />

Oriente, nunca esquecendo que o objectivo é manter a<br />

competitividade que o mercado nos exige”.<br />

Em termos tecnológicos (hidráulica, componente<br />

eléctrica, electrónica, pneumática, parafusos e porcas )<br />

to<strong>dos</strong> os produtos possuem desenho exclusivo e são fabrica<strong>dos</strong><br />

pela Velyen, enquanto a montagem e acabamento<br />

final são garanti<strong>dos</strong> a 100% por profissionais altamente<br />

qualifica<strong>dos</strong> da empresa espanhola .<br />

“Desta forma o produto final Velyen está competindo<br />

juntamente com o primeiro pelotão <strong>dos</strong> fabricantes<br />

58<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


EMPRESA<br />

Soluções em Lubrificação,<br />

descontaminação e outros fluí<strong>dos</strong><br />

Todo o tipo de elevadores<br />

(Motos, turismos e industriais)<br />

Para além <strong>dos</strong> equipamentos a Velyen<br />

aposta muito forte na assistência técnica<br />

A NOVIDADE<br />

Soluções de extracção<br />

de gases de escape<br />

Equilibradoras e desmonstadoras<br />

(Motos, turismos e industriais)<br />

A gama de elevadores Velyen merece destaque, mas a empresa espanhola possui uma gama de outros<br />

equipamentos oficinais para os sector <strong>dos</strong> pneus<br />

europeus em todo o mundo”, assegura Vicente Soria<br />

Cataluña, acrescentando que “estar satisfeito é um sintoma<br />

de que queremos mudar ainda mais as coisas, isto<br />

é, de superar-nos. Tudo será possível fruto de um trabalho<br />

de equipa consolidado, exigente e que pretende<br />

crescer to<strong>dos</strong> os dias”.<br />

Para que não sobrem dúvidas sobre a qualidade <strong>dos</strong><br />

equipamentos Velyen, segundo o seu responsável Comercial<br />

e de Marketing, “to<strong>dos</strong> os equipamentos têm<br />

homologação vigente, inclusivamente com a nova normativa<br />

sobre elevadores, o que nos diferencia claramente<br />

de outros fabricantes”. Algo que também não é esquecido<br />

pela Velyen é a formação. “Tanto podemos fazer<br />

formação contínua na casa do cliente com a<br />

poderemos fazer na fábrica”, refere Vicente Soria Cataluña,<br />

que também aposta muito no site da Velyen, que<br />

considera vital para que o cliente obtenha informação<br />

da empresa, <strong>dos</strong> serviços e <strong>dos</strong> equipamentos, sendo<br />

uma ajuda muito importante em termos comerciais<br />

para to<strong>dos</strong> aqueles que trabalham com a Velyen.<br />

Sobre o mercado português, Vicente Soria Cataluña<br />

refere que “apesar do mercado se ter reduzido, nós temos<br />

vindo a fazer um bom trabalho com a perspectivas<br />

de as vendas continuarem a subir como acontece desde<br />

2008.<br />

Importante também é que temos cada vez mais clientes<br />

fiéis”. <br />

VELYEN<br />

Sede: Parque Industrial “Cuidad de Carlet” S-4<br />

C/ Camino dês Carrasqueral, nº6<br />

46240 Carlet (Valência)<br />

Responsável: Vicente Soria Cataluña<br />

Telefone: 0034 962 543 073<br />

Fax: n.d.<br />

E-mail: comercial-sat@velyen.com<br />

Internet:www.velyen.com<br />

Muito brevemente a Velyen vai lançar no mercado<br />

uma novidade que diz ser o elevador mais inovador<br />

de mercado.<br />

Enquanto esperamos por essa novidade, um <strong>dos</strong><br />

mais recentes produtos da Velyen é o elevador<br />

4EC1800 (Velyen Premium). Estamos a falar de um<br />

elevador de duas colunas, para veículos até 3.500<br />

Kg com sincronização electrónica.<br />

Este elevador para veículos ligeiros, possui já a<br />

nova Directiva Europeia para Equipamentos<br />

2006/42/CE e a Norma harmonizada EN1493:2010,<br />

que o torna com um <strong>dos</strong> elevadores mais seguros<br />

do mercado e o posiciona como uma referência<br />

nesse capítulo.<br />

Os braços assimétricos e telescópicos (com duplo<br />

calço) deste equipamento permitem a abertura<br />

fácil das portas do veículo em que se está a trabalhar,<br />

bem como permitem trabalhar qualquer tipo<br />

de veículo.<br />

Outro aspecto importante deste equipamento é o<br />

SCS (Self-Control System), que é um sistema automático<br />

(sem manutenção) integrado de informação<br />

de auto-diagnóstico.<br />

Com uma série de pequenas evoluções e de características,<br />

o 4EC1800 dispõe ainda de um sistema<br />

de protecção <strong>dos</strong> pés do operador através de<br />

um sinal acústico.<br />

O equipamentos pode ainda ser vendido com<br />

uma série de extras opcionais, como suportes para<br />

ferramentas, equipamentos de iluminação, suporte<br />

para alinhador de direcção, entre outros, sem<br />

esquecer a personalização de cores.<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 59


EMPRESA<br />

Garland<br />

O novo armazém da Garland na Maia irá<br />

potenciar ainda mais a actividade logística desta<br />

empresa<br />

GRUPO GARLAND<br />

Sede: Zona Industrial da Maia<br />

4475-298 Gemunde - Maia<br />

Presidente: Bruce Dawson<br />

Telefone: 229 478 387<br />

Fax: 229 483 908<br />

E-mail: bruce.dawson@garland.pt<br />

Internet: www.garland.pt<br />

Super logística<br />

A Garland inaugurou na Maia um novo armazém para a sua actividade logística.<br />

Trata-se de uma super estrutura muito moderna e funcional, que permitirá à empresa<br />

acompanhar os novos tempos<br />

Dos diversos sectores de actividade onde a Garland<br />

opera, o <strong>dos</strong> pneus é provavelmente o<br />

mais conhecido dentro desta área de negócio,<br />

por via da sua atividade de revenda. Porém, a<br />

dimensão do Grupo Garland é incomparavelmente<br />

maior, já que das suas operações fazem parte os transportes,<br />

a navegação e a logística.<br />

Esta empresa, com mais de 200<br />

anos, é uma referência incontornável<br />

na logística tendo dado recentemente<br />

mais uma grande passo<br />

para se afirmar ainda mais neste<br />

negócio, ao inaugurar na Maia<br />

um nova armazém (junto ao que<br />

já disponha).<br />

Implantado num terreno de 25 mil m2 junto às<br />

atuais instalações da Garland na Zona Industrial da<br />

Maia, este edifício tem uma área bruta de armazenagem<br />

de 12 mil m2, com uma altura de 12,5 metros e 23<br />

cais de carga e descarga. Esta infraestrutura irá permitir<br />

à Garland Logística obter uma capacidade adicional<br />

de armazenagem de 20 mil paletes.<br />

No entender da empresa, este nova infraestruturas<br />

vem cobrir a falta de um armazém com esta dimensão<br />

no norte do País e dar resposta às crescentes necessidades<br />

em termos de operações logísticas.<br />

Entendem os responsáveis da Garland que para<br />

Implantado num terreno de 25 mil m2, as novas<br />

instalações da Garland na Zona Industrial da Maia<br />

possuem uma área bruta de armazenagem de 12 mil m2<br />

muitas empresas de média dimensão, este enorme armazém<br />

permite o recurso ao outsourcing logístico<br />

(que é cada vez mais uma opção), pelas vantagens económicas<br />

e competitivas que representa, nomeadamente<br />

a substituição de custos fixos por custos variáveis e<br />

aumentar a eficiência e capacidade de resposta das empresas<br />

com um serviço da mais elevada qualidade.<br />

Para além das tradicionais actividades de armazenagem,<br />

preparação de encomendas e distribuição, o leque<br />

de serviços de valor acrescentado para os clientes<br />

contempla etiquetagem, reembalamento, assemblagem<br />

de componentes, controlo de qualidade, entre<br />

outras opções.<br />

Isto é muito importante, para<br />

qualquer empresa que faça importação,<br />

já que a Garland se posiciona<br />

claramente como um parceiro<br />

que pode tratar, com elevado<br />

profissionalismo, todo o<br />

processo logístico, decorrente da<br />

importação de qualquer tipo de produto.<br />

Refira-se que a Garland <strong>Pneus</strong>, uma das empresas do<br />

Grupo Garland, é responsável pela representação e distribuição<br />

em Portugal das marcas de pneus Uniroyal,<br />

Continental (agrícola), Kenda, Runway, Primewell e<br />

Cultor (agrícola). <br />

60<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


RETALHO<br />

Vulcanizadora Fragoso & Filhos<br />

V. FRAGOSO & FILHOS<br />

Sede: Estrada nacional 249<br />

Bairo de Massapés – Abóboda<br />

2785 S. Domingos de Rana<br />

Gerente: Rui Fragoso<br />

Telefone: 214 444 097<br />

Fax: 214 453 282<br />

E-mail: geral@fragosoefilhos.com<br />

Internet: www.fragosoefilhos.com<br />

Investir na imagem<br />

As novas instalações da Vulcanizadora Fragoso & Filhos são um bom exemplo de que nem todo<br />

o retalho está a seguir o mesmo caminho. Ainda existem organizações que sabem que as<br />

oportunidades existem e que as mesmas são para ser aproveitadas<br />

Aempresa já existe há mais de 30 anos, mas foi há<br />

12 anos que assumiu o nome que tem actualmente:<br />

Vulcanizadora Fragoso & Filhos. Trata-se<br />

de um negócio puramente familiar, em que Rui<br />

Fragoso é um <strong>dos</strong> sócios gerentes.<br />

Recentemente as instalações de São Domingos de<br />

Rana foram alvo de uma importante remodelação que<br />

transfiguraram por completo a imagem<br />

A Vulcanizadora Fragoso & Filhos investiu na<br />

modernização das suas instalações e os<br />

resulta<strong>dos</strong> estão a ser muito positivos<br />

deste operador, mas ouve também mudanças<br />

importantes na parte operativa.<br />

De dois equipamentos de montagem passaram<br />

a ter cinco e em vez de uma existem<br />

agora duas máquinas de alinhamento.<br />

“Sempre trabalhamos muito bem, mas<br />

agora com esta remodelação é obvio que melhoramos<br />

muito. Sentimos bem a diferença com este investimento<br />

que fizemos, pois temos mais clientes”, revela<br />

Rui Fragoso, gerente da empresa.<br />

Sabendo que o cliente não gosta de esperar, a Vulcanizadora<br />

Fragoso & Filhos oferece agora outras condições<br />

para quem visita a empresa. “Não investimos a<br />

pensar na concorrência. Investimos a pensar na melhoria<br />

do nosso serviço e no nosso cliente. Se pensasse<br />

na concorrência então tinha que andar a dar pneus”,<br />

refere o mesmo responsável.<br />

Com uma política totalmente virada para a satisfação<br />

do cliente, a Vulcanizadora Fragoso & Filhos aposta<br />

numa política de produto consciente. “Temos produtos<br />

baratos mas de marcas que nos garantem qualidade.<br />

Não recomendo ao meu cliente aquilo que não<br />

queria para mim. A aposta é que o cliente saia satisfeito<br />

e possa voltar várias vezes porque foi bem servido”,<br />

assegura Rui Fragoso.<br />

A Vulcanizadora Fragoso & Filhos está actualmente<br />

associada à rede MegaMundi, levando Rui Fragoso a<br />

considerar que “nos ajudou bastante estar envolvi<strong>dos</strong><br />

num grupo.<br />

Quem não estiver numa rede está fora da realidade.<br />

Acesso a produto em excelentes condições, acesso a<br />

informações, apoio técnico, entre outras, são vantagens<br />

que temos por estar na MegaMundi”.<br />

Os 30 anos que leva de mercado, o facto<br />

de ser uma referência na zona e ainda<br />

“o sermos sérios”, diz Rui Fragoso, leva a<br />

que Vulcanizadora Fragoso & Filhos “esteja<br />

um pouco em contra-ciclo, pois temos<br />

cada vez mais serviço. O que se passa é que o<br />

cliente procura cada vez mais o produto mais barato”.<br />

Para além deste posto, que emprega 11 pessoas, a<br />

Vulcanizadora Fragoso & Filhos dispõe ainda de um<br />

outro (com mais 4 pessoas) em Trajouce, orientado<br />

para o serviços de pesa<strong>dos</strong>. <br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 61


RETALHO<br />

Pit Stop By Santogal<br />

PIT STOP<br />

Posto: Rua Carolina Michaelis de Vasconcelos, 6<br />

Lisboa - Benfica<br />

Telefone: 210 430 410<br />

Fax: n.d.<br />

E-mail: pit.stop.benfica@santogal.pt<br />

Internet: www.santogal.pt<br />

Concentrar serviços<br />

O nome é sugestivo e sugere de pronto serviços rápi<strong>dos</strong>. O Pit Stop são oficinas de<br />

serviços rápi<strong>dos</strong>, num conceito multimarca, recentemente desenvolvido pela<br />

Santogal, onde os pneus também marcam presença<br />

Ogrupo Santogal dispensa apresentações. São<br />

poucas as marcas que não representa em Portugal,<br />

está envolvida no negócio das peças e tem<br />

por ano um consumo considerável de pneus<br />

através das muitas concessões do grupo.<br />

A nova oficina Pit Stop marca a entrada do Grupo<br />

Santogal nas oficinas multimarca independentes, um<br />

negócio em que não estava<br />

representada, mas que se<br />

enquadra também na lógica<br />

de serviços da empresa,<br />

dando apoio às próprias<br />

concessões do grupo bem<br />

como ao negócio de usa<strong>dos</strong><br />

(Nacional Car).<br />

O conceito do Pit Stop é muito simples. É no fundo<br />

uma oficina que concentra a sua actividade num<br />

conjunto bem definido de serviços, to<strong>dos</strong> eles caracteriza<strong>dos</strong><br />

por alguma simplicidade técnica e não ocupando<br />

muito tempo de oficina, permitindo dessa forma<br />

que o cliente veja o problema com o seu carro resolvido<br />

rapidamente.<br />

Trata-se portanto de uma oficina de serviços rápi<strong>dos</strong>,<br />

mas em que a tipologia de serviços está muito<br />

bem definida, recorrendo a Santogal a diversos parceiros<br />

de negócio para os desenvolver.<br />

Na Pit Stop fazem-se cinco tipos de serviços: <strong>Pneus</strong>,<br />

A nova oficina Pit Stop marca a entrada do Grupo Santogal<br />

nas oficinas multimarca independentes, um negócio em que<br />

não estava representada, mas que se enquadra também na<br />

lógica de serviços da empresa<br />

Vidros, Lavagens, Baterias e IPO.<br />

Para além <strong>dos</strong> pneus, na Pit Stop faz-se a substituição<br />

e / ou reparação de vidros, mas também o restauro<br />

exterior de faróis (ópticas), sendo o processo tratado<br />

com a seguradora.<br />

Nas lavagens efectua serviços de interior e exterior,<br />

enquanto nas baterias são efectua<strong>dos</strong> testes de conformidade<br />

e substituição caso seja necessário. O serviço<br />

de IPO inclui a verificação, o transporte e a realização<br />

da própria inspecção em centro habilitado.<br />

No serviço de pneus a aposta vais para a verificação<br />

e correcção do alinhamento / geometria da direcção e<br />

para a montagem de pneus<br />

(com respectivo equilíbrio),<br />

para todo o tipo de<br />

veículos ligeiros. Nos<br />

pneus adquiri<strong>dos</strong> na Pit<br />

Stop o cliente tem ainda a<br />

oferta vitalícia da reparação<br />

de furos.<br />

Transversal a estes cinco serviços, está sempre subjacente<br />

uma política de descontos e promoções,<br />

numa lógica de preços reduzi<strong>dos</strong>.<br />

Para além da unidade agora aberta em Lisboa (Benfica)<br />

a Santogal vai abrir em <strong>2012</strong> mais três Pit Stop. <br />

62<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


RETALHO<br />

A.H. Almeida<br />

A. H. ALMEIDA<br />

Sede: Rua D. Nuno Álvares Pereira, 4/4ª –<br />

Bloco 18 - Polígono de Actividade Económicas<br />

Parque Oriente - 2695-167 Bobadela Lrs<br />

Sócio-gerente: Paulo Almeida<br />

Telefone: 219947130<br />

Fax: 219947139<br />

E-mail: geral@ahalmeida.pt<br />

Internet: www.ahalmeida.pt<br />

Três em um<br />

Vender unicamente pneus não foi a solução encontrada pela A.H. Almeida. Apostou,<br />

com as novas instalações, num negócio multi-serviço o que se revelou uma excelente<br />

forma de rentabilizar a actividade<br />

Com o investimento num único espaço, a A. H.<br />

Almeida juntou o que antes estava disperso por<br />

três oficinas diferentes: a mecânica, a chapa e<br />

pintura e os pneus. Com as novas instalações, o<br />

número de clientes cresceu e com isso a rentabilidade, até<br />

porque o serviço que passou a prestar ao cliente é agora<br />

melhor, tem mais qualidade e é, em suma, mais profissional.<br />

Outra vantagem conseguida foi a diversidade<br />

de serviços. “Conseguimos entrar<br />

em áreas de negócio onde antes ainda não<br />

estávamos. E, por causa disso, começámos<br />

a ter muito mais trabalho” diz Paulo<br />

Almeida, sócio gerente da A.H. Almeida.<br />

Mas já antes se notava um crescimento da procura<br />

de serviços da empresa. Para receber mais clientes era<br />

preciso fazer investimentos. “Com estas novas instalações,<br />

ficámos com a operação muito mais rentabilizada”,<br />

diz Paulo Almeida.<br />

A nova oficina da A.H. Almeida foi inaugurada em<br />

Fevereiro de 2009. Agora, a A. H. Almeida (que herdou<br />

o nome da primeira empresa da família) tem<br />

1.200 m2 de área de produção e mais 300 numa mezzanine<br />

construída propositadamente para escritórios e<br />

sala de formação. Na oficina, trabalham três mecânicos<br />

e seis produtivos de chapa e pintura, entre os 19<br />

elementos que fazem parte desta empresa. To<strong>dos</strong> os<br />

Bem visível está o stock de pneus, no primeiro<br />

piso, por sinal muito amplo e diversificado, face<br />

ao que muitos retalhistas de pneus dispõem<br />

funcionários já vêm das anteriores oficinas. Os clientes<br />

também seguiram.<br />

A A. H. Almeida fica num complexo de edifícios na<br />

zona de Bobadela, o Polígono de Actividade Económicas<br />

Parque Oriente. É um espaço totalmente amplo,<br />

sem ter sequer um pilar que complicasse o desenho<br />

das baias oficinais. Logo à entrada está a zona de<br />

preparação e entrega <strong>dos</strong> carros. E, por dentro, com<br />

muito espaço, a zona de pintura à esquerda, com duas<br />

estufas e duas baias de preparação e, à direita, toda a<br />

zona de pneus e mecânica. Bem visível está o stock de<br />

pneus, no primeiro piso. Por sinal é um stock muito<br />

amplo e diversificada, face ao que muitos retalhistas de<br />

pneus dispõe actualmente, o que permite<br />

dar resposta mais rápida aos clientes.<br />

O equipamento base da oficina é todo<br />

novo, mas os técnicos da empresa já trabalhavam<br />

com quase to<strong>dos</strong> os que lá existem.<br />

“Evoluímos foi na qualidade”, diz<br />

Paulo Almeida.<br />

A mecânica é a área de intervenção com mais peso<br />

na A. H. Almeida. “Mas os serviços rápi<strong>dos</strong> são cada<br />

vez mais importantes”, diz. Antes deste novo espaço,<br />

os proprietários não tinham serviços rápi<strong>dos</strong>, hoje em<br />

dia esse é um serviço muito procurado, onde os pneus<br />

são também importantes.<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 63


OPINIÃO<br />

Luis Martins, General Market Manager Gripen Wheels beria<br />

luis.martins@gripenwheels.com<br />

Os nossos governantes declararam que <strong>2012</strong><br />

será o ano do fim da crise. Verdade ou não, o<br />

certo é que os merca<strong>dos</strong> Europeus em geral e o<br />

Português em particular, estão mergulha<strong>dos</strong><br />

num clima de recessão económica. A crise das Dívidas<br />

Soberanas… desceu ao nível mais mundano da crise<br />

do Consumo Publico e do Consumo Privado. O Estado,<br />

em crise, reduz substancialmente o Investimento<br />

Publico e, como se não bastasse, lança um feroz ataque<br />

ao Consumo Privado. Concentremos a nossa análise<br />

no Consumo Privado. A classe média Portuguesa, em<br />

grande parte constituída pelos Funcionários Públicos,<br />

vai ficar privada de dois salários este ano. Salários esses<br />

que, para uma percentagem substancial desta parte significativa<br />

da população, eram directamente canaliza<strong>dos</strong><br />

para as “grandes contas a pagar” de carácter anual.<br />

Exemplo: o Seguro Automóvel, as Férias, a substituição<br />

de electrodomésticos de maior valor e… os pneus<br />

do automóvel.<br />

Mais do que diagnosticar o problema, importa encontrar<br />

soluções que nos permitam ultrapassar este período<br />

menos positivo da nossa economia, com o melhor<br />

desempenho possível, do ponto de vista do volume<br />

de negócios e da respectiva rentabilidade gerada.<br />

A meu ver, importa cuidar alguns aspectos fundamentais<br />

do negócio:<br />

Na Óptica do Retalhista<br />

(Ponto de Venda e Assistência a <strong>Pneus</strong>)<br />

1. Será fundamental e, nalguns casos vital, adequar e<br />

adaptar a oferta de produtos e serviços à nova realidade<br />

<strong>dos</strong> consumidores. Funcionários públicos<br />

<strong>2012</strong>…<br />

O ANO DO FIM DA CRISE!<br />

com menos dois vencimentos (-14,28 % de rendimento<br />

disponível), mais desemprega<strong>dos</strong>, aumento<br />

<strong>dos</strong> principais bens de consumo e serviços… em<br />

suma, consumidores com menor poder de compra.<br />

Neste tipo de conjuntura económica, o fenómeno<br />

do “Trading Down” surge com particular incidência,<br />

exemplificando, os consumidores tendem a<br />

comprar o mesmo número de iogurtes, mas de um<br />

preço unitário inferior (caso típico do que ocorre<br />

nos Hipermerca<strong>dos</strong>). Assim, torna-se imperioso<br />

(re)analisar a nossa oferta de produtos e serviços, levando<br />

em conta a certeza do crescimento da procura<br />

<strong>dos</strong> produtos do segmento económico (Budget).<br />

Por exemplo, será fundamental, para além da tradicional<br />

oferta de marcas “Premium” (de preço mais<br />

elevado), disponibilizar ao cliente uma oferta clara e<br />

consistente de marcas de preço reduzido (Budget).<br />

Se não o fizermos, vamos “estender o tapete vermelho”<br />

ao proliferar da venda de pneus usa<strong>dos</strong> (ou de<br />

retoma, como agora é hábito dizer).<br />

2. Com a ajuda <strong>dos</strong> Importadores, teremos que fazer<br />

um esforço redobrado no sentido de OFERECER<br />

MAIS POR MENOS. As Campanhas e as Promoções<br />

de vendas, terão de ser agressivas como nunca.<br />

O Ponto de Venda e Assistência a <strong>Pneus</strong> terá, mais<br />

do que nunca, de “chamar os clientes” a si. Como?<br />

Com Campanhas e Promoções, baixas no custo e<br />

elevadas na taxa de sucesso e rentabilidade. Resumindo,<br />

temos que usar a ferramenta mais preciosa<br />

que as entidades divinas nos deram: A INTELI-<br />

GÊNCIA. O “Cross-Selling” é uma boa ideia. OFE-<br />

RECER MAIS POR MENOS é a ideia a reter.<br />

Na Óptica do Importador<br />

(Fabricante ou Independente)<br />

Os Importadores terão que reinventar o seu modelo<br />

de negócio, adaptando-o à nova realidade com que vamos<br />

ter de viver em <strong>2012</strong>. A inovação e a competência<br />

serão factores críticos de sucesso nos tempos mais próximos.<br />

Com inovação e competência nada é impossível.<br />

Teremos que, necessariamente, inovar e alocar competências<br />

em dois eixos básicos:<br />

1. Relações Públicas: Dignificar o Produto PNEU. Em<br />

épocas de recessão económica, a manutenção do<br />

automóvel tende a ser relegada para segundo plano.<br />

O PNEU tem sido “o parente pobre” do “aftermarket”<br />

automóvel… ao ponto de ser vulnerável ao<br />

aparecimento do fenómeno “comércio de pneus<br />

usa<strong>dos</strong>”. A nossa “incompetência” tem aberto portas<br />

a este fenómeno. Não tenhamos dúvidas. Vamos,<br />

de uma vez por todas, elevar o grau de importância<br />

percepcionada do nosso produto. Que a tem,<br />

já to<strong>dos</strong> sabemos… os automobilistas é que não.<br />

Vamos invadir a comunicação social com notícias,<br />

apresentações de produtos e testes de pneus. É possível<br />

promovermos testes de pneus em Portugal…<br />

para tal basta inovar e usar a inteligência (A Continental<br />

já o fez no passado, <strong>Revista</strong> TURBO em<br />

1998). Porque não, promover um teste comparativo<br />

entre pneus novos e pneus usa<strong>dos</strong> (distância de tra-<br />

64<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


OPINIÃO<br />

vagem em piso molhado, resistência ao aquaplaning,<br />

etc.)? Ficaria demonstrada a superioridade do<br />

pneu novo no que à segurança diz respeito.<br />

Vamos solicitar aos jornalistas da imprensa especializada<br />

(automóvel) que, quando testarem os automóveis,<br />

façam uma referência ao equipamento pneumático.<br />

Vamos voltar à televisão. Existem<br />

hoje em antena, vários programas centra<strong>dos</strong><br />

na indústria automóvel (Volante<br />

Tv – SIC Notícias, Tv Turbo – TVI 24,<br />

Mundo Automóvel – RTP Informação,<br />

etc.)? O Pneu continua tristemente ausente<br />

destes programas. A última reportagem<br />

sobre pneus, que me lembro de<br />

ter visto na televisão portuguesa… foi a<br />

peça jornalística da SIC sobre os<br />

pneus… usa<strong>dos</strong>! Valorizando os seus<br />

atributos… De pneus novos, nem sinal!<br />

A imprensa não nos vai procurar (só Departamentos<br />

Comerciais para vender<br />

publicidade), nós é que vamos ter de<br />

procurar a imprensa. Eles estão aí… e estão<br />

disponíveis para colaborar. Tenho a<br />

certeza. As notícias são grátis!<br />

2. OFERECER MAIS POR MENOS. Vender pneus<br />

aos nossos Agentes (Sell-In) continuará a ser importante<br />

(como sempre). Mas, mais importante será estimularmos<br />

a procura e a capacidade de venda <strong>dos</strong><br />

nossos Agentes (Sell-Out). É imperioso atrair os<br />

clientes aos Postos. As campanhas, ou acções comerciais<br />

para os nossos Agentes, deverão ser acompanhadas<br />

de Promoções agressivas para os clientes<br />

finais. OFERECER MAIS POR MENOS como?<br />

Numa conjuntura de margens reduzidas, o “Cross-<br />

Selling” pode ser uma boa ideia. Pensemos no<br />

Cross-Selling como a possibilidade que se oferece às<br />

empresas de aproveitarem um canal de distribuição/venda<br />

de um tipo de produtos, para venderem<br />

outro distinto. Assim sendo, pensemos em produtos<br />

ou serviços que possam estar interessa<strong>dos</strong> em<br />

vender “a reboque” da venda <strong>dos</strong> nossos pneus. No<br />

passado, os telemóveis resultaram lindamente (lembram-se<br />

da campanha da Mabor?). Hoje em dia,<br />

existem um sem número de produtos e serviços, capazes<br />

de aliciarem os consumidores, incentivando a<br />

compra de uma marca Premium pela percepção do<br />

valor financeiro da oferta (Exemplo: 4 pneus<br />

205/55R16 V - 320,00 € + uma oferta no valor comercial<br />

de 99,00 € = 4 pneus 205/55R16 V -<br />

224,00 €, isto é 30 % de desconto). OFERECER<br />

MAIS POR MENOS. Casos existem, em que será<br />

possível fazê-lo com um nível de subsidiação da<br />

oferta bastante reduzido, conseguindo da parte do<br />

parceiro comercial um contributo significativo para<br />

a divulgação e promoção da campanha<br />

nos media.<br />

Com inovação e competência nada é<br />

impossível! Que o <strong>2012</strong> seja o ano da<br />

inovação e da competência! Por um<br />

mercado <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> dignificado e mais<br />

rentável para to<strong>dos</strong> os operadores intervenientes.<br />

O Mercado <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> em Portugal,<br />

saberá por certo dar as respostas adequadas<br />

e adaptar-se de forma bem sucedida<br />

aos novos desafios de <strong>2012</strong>.<br />

NOTA: Parabéns à CONTINENTAL<br />

MABOR pelo merecido Prémio Empresa<br />

do Ano, atribuído pela <strong>Revista</strong> EXA-<br />

ME (edição especial 500 Maiores & Melhores<br />

Empresas). A toda a equipa<br />

CONTINENTAL MABOR em geral e aos ex. colegas<br />

Carvalho Neto e Lopes Seabra em particular, um grande<br />

Bem Hajam! De realçar também a prestigiante promoção<br />

do Lopes Seabra a Vice Presidente da Continental<br />

para a região Ásia Pacífico (a de maior crescimento<br />

mundial). Portugal em geral e o mercado <strong>dos</strong><br />

pneus em particular, sentem-se dignifica<strong>dos</strong> e orgulhosos<br />

por estes tremen<strong>dos</strong> feitos. Está dado o mote! <br />

PUB<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 65


DESTAQUE<br />

MANUAL DE GESTÃO PARA OFICINAS DE PNEUS<br />

MANUAL DE GESTÃO OFICINAL<br />

OFICINA DE PNEUS<br />

IV CAPÍTULO - Parcerias, diversificação e actualização<br />

Equipas que vencem<br />

As empresas de hoje têm que ser equipas, seleccionadas, organizadas e treinadas para vencer.<br />

Só equipas polifacetadas, versáteis e polivalentes podem dar resposta aos desafios do mercado,<br />

remando to<strong>dos</strong> no mesmo sentido contra a maré das crises e das dificuldades imprevisíveis<br />

Os negócios de hoje já não podem ser aqueles<br />

espectáculos ostensivos de alguém que tem dinheiro<br />

ou acesso a ele e teima em ser um "one<br />

show man" e "um homem <strong>dos</strong> sete instrumentos",<br />

mesmo que isso não lhe dê lucro nenhum e<br />

o negócio vá deslizando pelas ruas da amargura até cair<br />

no caixote do lixo.<br />

To<strong>dos</strong> os dias são criadas dezenas de novas empresas<br />

e to<strong>dos</strong> os dias fecham as portas e abrem falência<br />

outras tantas, porque se criou a ilusão de que qualquer<br />

pessoa pode ser um empresário de sucesso e que abrir<br />

um negócio é a mesma coisa que ir registar um boletim<br />

do Euromilhões ou do Totoloto. Claro que isso<br />

também acaba por trazer algum lucro ao estado e à<br />

economia, bem como a alguns vigaristas pelo meio,<br />

mas não é essa a aposta que faz andar a economia e o<br />

país para a frente, criando riqueza, empregos e prestações<br />

sociais estáveis e sustentáveis.<br />

As empresas de hoje têm que ser equipas, seleccionadas,<br />

organizadas e treinadas para vencer. Nas águas<br />

agitadas e traiçoeiras <strong>dos</strong> negócios da actualidade, os<br />

navegadores solitários dificilmente chegarão a bom<br />

porto, sendo mais provável que fiquem encalha<strong>dos</strong><br />

num baixio ou caiam na boca de algum tubarão..<br />

Obviamente, ao falar de equipas estamos também a<br />

falar de lideranças, porque não há verdadeiras equipas<br />

sem verdadeiros líderes. Só que o líder que agora faz<br />

falta tem que estar uns degraus acima da média, porque<br />

é-lhe requerida idêntica competência e capacidade<br />

de negociação em relação a to<strong>dos</strong> os parceiros de negócio,<br />

incluindo os clientes, sócios e accionistas, colaboradores,<br />

fornecedores e outras parcerias privilegiadas.<br />

Ele tem que ser o advogado da empresa e <strong>dos</strong> seus<br />

interesses, contra as pretensões e ambições de cada<br />

grupo interno e contra factores externos adversos,<br />

agindo como um fiel depositário de um valor do qual<br />

terá que prestar contas. Esse papel de fiel da balança e<br />

de regulador de interesses, não o impedirá de estar na<br />

primeira linha do activismo e da motivação, impelindo<br />

a equipa para as conquistas e objectivos que terão<br />

que ser alcança<strong>dos</strong>. Esse líder sabe que a condição de<br />

sucesso é que to<strong>dos</strong> e cada um <strong>dos</strong> elementos da empresa<br />

actuem em perfeito sincronismo e funcionem<br />

como peças de uma máquina bem afinada e oleada,<br />

preparada para acelerar ao primeiro toque no acelerador.<br />

Finanças saudáveis<br />

Nunca as finanças das empresas estiveram tanto na<br />

ordem do dia e na agenda das prioridades, tornando-se<br />

num factor vital de sustentabilidade do negócio. Por<br />

finanças saudáveis deve entender-se liquidez e disponibilidades<br />

de caixa que permitam à empresa cumprir<br />

as suas obrigações financeiras, gerir os stocks e meios<br />

de produção de forma rentável e ter capacidade de<br />

auto financiamento, pelo menos em boa parte.<br />

O recurso ao crédito agrava os custos e só deve ser<br />

um recurso bem estudado, para financiar o progresso,<br />

a produtividade e a expansão do negócio. Para conseguir<br />

financiamentos nas melhores condições, a empre-<br />

66<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


DESTAQUE<br />

sa deve estabelecer parceiras na área financeira que lhe<br />

permita beneficiar de vantagens estratégicas e serviços<br />

de valor acrescentado, como análise permanente de<br />

movimentos, controlo de pagamentos/recebimentos,<br />

gestão de créditos, cobranças, consultadoria, acesso a<br />

fun<strong>dos</strong> disponíveis, aplicação de poupanças, serviços<br />

de informações bancárias e outros.<br />

Por outro lado, sem indicadores de gestão, uma empresa<br />

é um navio no alto mar numa noite de nevoeiro,<br />

podendo entrar em rota de colisão com um obstáculo<br />

a qualquer momento. Os parceiros da área financeira e<br />

contabilística devem gerar esses indicadores, incluindo<br />

os de gestão antecipada e previsional, que permitem<br />

à empresa evitar os desvios da rota e corrigir a tempo<br />

falhas e omissões.<br />

Uma empresa privada de uma correcta política de<br />

gestão e avaliação financeira é como um carro sem travões<br />

e sem caixa de velocidades, que não consegue<br />

controlar o seu avanço e acaba na berma da estrada. O<br />

líder da empresa não precisa necessariamente ser um<br />

Nunca as finanças das<br />

empresas estiveram tanto na<br />

ordem do dia e na agenda das<br />

prioridades, tornando-se num<br />

factor vital de sustentabilidade<br />

do negócio<br />

expert em finanças, mas deve dispor das ferramentas<br />

que lhe permitam controlar a situação, de modo a que<br />

o dinheiro seja o motor do negócio e não um obstáculo<br />

no caminho.<br />

Estratégia combinada<br />

Nos tempos actuais, a orientação estratégica <strong>dos</strong> negócios<br />

deve parecer mais uma prova de perícia e slalom<br />

do que um circuito de velocidade pura. Com as<br />

circunstâncias envolventes em que vivemos, nenhum<br />

ou muito poucos negócios podem acelerar em linha<br />

recta e manter a mesma estratégia inalterada, por muito<br />

perfeita que se tenha revelado até ao momento. A<br />

economia, o mercado e a tecnologia estão a mudar a<br />

um ritmo muito rápido e em grande medida imprevisível,<br />

sendo necessário estudar todas as situações e to<strong>dos</strong><br />

os factos envolvi<strong>dos</strong>, para poder tomar decisões<br />

estratégicas consequentes.<br />

Ainda não há muito tempo, as estratégias da actualização,<br />

diversificação e especialização podiam encararse<br />

isoladamente e aplicar-se de forma independente<br />

umas das outras, mas isso deixou de ser possível.<br />

Efectivamente, já não possível pensar na actualização<br />

como um processo periódico e meramente parcial do<br />

negócio, porque as mudanças são permanentes e com<br />

profundidade. Para responder a esse desafio, a estratégia<br />

de actualização deve ser também permanente e abranger<br />

to<strong>dos</strong> os aspectos essenciais do negócio: produto,<br />

méto<strong>dos</strong>, cultura da empresa e comunicação. Além disso,<br />

as estratégias da diversificação e de especialização,<br />

aparentemente antagónicas, devem ser articuladas entre<br />

si e dentro do processo de actualização permanente, de<br />

forma a gerar uma dinâmica de renovação e de inovação<br />

constantes.<br />

Isto significa que a oficina pode estar a especializar-se<br />

num determinado segmento de produto, para corresponder<br />

a tendências do mercado, ao mesmo tempo que<br />

diversifica a sua oferta de serviços, inovando e renovando<br />

as instalações, por exemplo, ou introduzindo novos<br />

méto<strong>dos</strong> de trabalho e novas formas de atendimento.<br />

Obviamente, essas modificações não podem ser arbitrárias,<br />

mas orientadas por uma estratégia de melhorar a<br />

qualidade do serviço, aumentar a rentabilidade do negócio<br />

e tornar a empresa mais competitiva no mercado.<br />

Trata-se de um processo criativo e dinâmico, que terá<br />

que ser reavaliado igualmente ao ritmo das mudanças,<br />

em função <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong> e da resposta da procura.<br />

Do que não restam dúvidas é que o futuro das oficinas<br />

e o seu grau de sustentabilidade dependem em<br />

grande medida da sua capacidade para se adaptarem às<br />

novas condições do mercado, da economia e da sociedade.<br />

Aparentemente, os negócios do passado têm<br />

pouco ou nenhum espaço para se desenvolverem nos<br />

merca<strong>dos</strong> que se têm vindo a desenhar nos tempos<br />

mais recentes. <br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 67


TÉCNICA<br />

As quatro vidas do pneu de camião<br />

Optimizar o investimento<br />

O pneu de camião competitivo tem neste momento quatro fases na sua<br />

existência ou quatro vidas, se quisermos, que conseguem aumentar 150%<br />

a duração total do pneu, a custos controla<strong>dos</strong><br />

Aprimeira vida será o uso do pneu até ao limite legal<br />

de profundidade da banda de rolamento,<br />

cerca de 2mm. Em seguida, a banda de rolamento<br />

do pneu pode ser aprofundada novamente,<br />

porque os pneus já são fabrica<strong>dos</strong> de origem com uma<br />

espessura de borracha que permite essa operação (até 6-<br />

8mm de profundidade), que proporciona a segunda<br />

vida do pneu.<br />

Chega<strong>dos</strong> novamente ao limite de desgaste autorizado,<br />

o pneu pode ser recauchutado, partindo da hipótese<br />

de que a carcaça ainda está em bom estado, iniciando-se<br />

a terceira vida do pneu. Finalmente, chega<strong>dos</strong>, outra vez<br />

ao limite de desgaste da banda de rolamento, esta pode<br />

ser novamente aprofundada, entrando-se na quarta vida<br />

do pneu. Teoricamente, este ciclo poderia ser prolongado<br />

indefinidamente, até a carcaça deixar de ser recauchutável,<br />

como acontece com os pneus de aeronaves,<br />

que chegam a ser recauchuta<strong>dos</strong> 12 vezes. Para isso, no<br />

entanto, os pesa<strong>dos</strong> teriam que ter uma utilização muito<br />

cuidada, incluindo uma condução defensiva e prudente,<br />

para além de circularem prioritariamente em vias<br />

bem pavimentadas e pouco abrasivas. Como estas condições<br />

estão raramente reunidas, também um pneu de<br />

camião será raramente recauchutado mais do que uma<br />

vez ou duas, no máximo.<br />

De qualquer modo, as três vidas suplementares prolongam<br />

de forma muito conveniente a vida do pneu (+<br />

100% para a recauchutagem e + 25% para cada uma das<br />

operações de aprofundamento da banda de rolamento,<br />

o que permite reduzir os custos operacionais de forma<br />

significativa.<br />

Quanto se pode ganhar?<br />

Os dígitos dependem apenas da dimensão da frota,<br />

mas é possível ganhar muito dinheiro com a gestão adequada<br />

<strong>dos</strong> pneus. Em primeiro lugar, ganhamos mais<br />

25% de quilometragem em cada operação de recortar e<br />

aprofundar a banda de rolamento, mas o lucro não fica<br />

por aqui. Como o pneu recupera a aderência e a tracção,<br />

mas não aumenta o diâmetro, o seu formato mais compacto<br />

reduz as deformações em andamento e consequentemente<br />

a resistência ao rolamento, beneficiando o<br />

consumo de combustível. Se forem só recupera<strong>dos</strong> os<br />

pneus do eixo de tracção, pode ganhar-se 2,5% em gasóleo,<br />

mas se forem to<strong>dos</strong> os pneus de um conjunto articulado<br />

completo esse ganho já pode ser de 6%.<br />

Relativamente à recauchutagem, a quilometragem<br />

possível com o pneu renovado é idêntica à de um pneu<br />

novo, mas o custo da operação é 50% a 70% menor do<br />

que o preço de um pneu novo. Dependendo da dimensão<br />

da frota, basta multiplicar os pneus recauchuta<strong>dos</strong><br />

pelo preço de um pneu novo e dividir por dois, ou mesmo<br />

por 1.5, para termos o lucro líquido alcançado.<br />

Enquadramento<br />

Neste momento os pneus recauchuta<strong>dos</strong> têm uma<br />

qualidade final e uma garantia idênticas à de um pneu<br />

novo. No caso <strong>dos</strong> pneus de pesa<strong>dos</strong>, na maior parte das<br />

situações são recauchuta<strong>dos</strong> pelo próprio fabricante <strong>dos</strong><br />

pneus novos, ao abrigo de contratos e convénios com as<br />

68<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


TÉCNICA<br />

é prestado. Pequenos defeitos podem ser repara<strong>dos</strong> com<br />

garantia, mas a partir de uma certa dimensão os danos<br />

são irreparáveis e o pneu tem que ser enviado para a valorização.<br />

Testes à lupa da estrutura fazem parte da selecção<br />

das carcaças que são recauchutadas.<br />

E quanto ao ambiente?<br />

O processo de gestão <strong>dos</strong> pneus de pesa<strong>dos</strong> em quatro<br />

vidas, pelo menos, é favorável para o ambiente, tanto<br />

em termos de conservação de recursos, como em economia<br />

energética. Uma carcaça, que é aquilo que o<br />

pneu conserva ao longo das suas quatro vidas, representa<br />

70% do peso total de um pneu, o que diz tudo sobre<br />

o que significa aprofundar e recauchutar um pneu, levando-o<br />

a praticamente triplicar a quilometragem percorrida<br />

no final de vida útil. Globalmente, tendo em<br />

conta a frota europeia de transportes rodoviários, a economia<br />

de borracha natural, borracha sintética (derivada<br />

do petróleo) e aço (para as telas e talões) atinge valores<br />

muito consideráveis, o que naturalmente são boas notícias<br />

para o ambiente. Se a isto juntarmos a redução de<br />

energia gasta na produção de pneus novos e respectivas<br />

carcaças, bem como as emissões de CO 2 que se evitam,<br />

até se poderia dizer que este devia ser o padrão normal<br />

na gestão <strong>dos</strong> pneus das frotas de pesa<strong>dos</strong>.<br />

Economia com qualidade<br />

Seria desastroso em to<strong>dos</strong> os senti<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> termos que<br />

a busca de reduções nos custos operacionais das frotas<br />

significasse uma degradação das normas de segurança<br />

rodoviária. Felizmente, grande parte do processo de optimização<br />

da utilização <strong>dos</strong> pneus decorre no circuito<br />

das grandes marcas, cujos padrões de qualidade não merecem<br />

qualquer reparo. Claro que isso não poderia ser<br />

um pretexto para criar o monopólio de três ou quatro<br />

transportadores. To<strong>dos</strong> os grandes fabricantes de primeira<br />

linha oferecem um conjunto de serviços para frotas<br />

muito semelhante e atractivo, devido à grande concorrência<br />

estimulada pelos volumes de negócio muito<br />

consideráveis. A tecnologia utilizada actualmente na recauchutagem<br />

de pneus é idêntica à utilizada nos pneus<br />

de aeronaves, com os mesmos padrões de qualidade, estando<br />

sujeita à regulamentação 109 da UNE-<br />

CE (United Nations Economic Commission<br />

for Europe). Os pneus recauchuta<strong>dos</strong> têm<br />

que trazer no flanco a gravação do acordo,<br />

que pode ser, por exemplo, 109R-002439.<br />

Qualquer pneu recauchutado que não esteja<br />

identificado deste modo é portanto suspeito.<br />

Basicamente, existem duas tecnologias de recauchutagem<br />

de pneus: a frio e a quente. No primeiro caso, dizse<br />

“a frio", porque a banda de rolamento já está vulcanizada<br />

e pronta para ser montada na carcaça. Esta deve no<br />

entanto estar em muito bom estado e com os flancos e<br />

talões impecáveis. O processo decorre num forno a 110<br />

C e a uma pressão de 7 bar, durante o qual uma borracha<br />

especial colocada entre a carcaça e banda de rolamento<br />

provoca a perfeita aderência e ligação dessas duas<br />

partes do pneu. A vantagem deste processo para a carcaça<br />

é não suportar pressões e temperaturas tão elevadas<br />

como na recauchutagem a quente, preservando-se mais.<br />

A recauchutagem a quente assemelha-se em tudo ao<br />

O processo de gestão <strong>dos</strong> pneus pesa<strong>dos</strong> em<br />

quatro vidas, é favorável ao ambiente, em<br />

conservação recursos e economia energética<br />

fabrico de um pneu novo, sendo a nova banda de rolamento<br />

e os flancos vulcaniza<strong>dos</strong> na carcaça a uma temperatura<br />

de 150 C e a uma pressão de 14 bar. No final,<br />

temos um pneu praticamente novo.<br />

Logicamente, o resultado final depende em grande<br />

medida da qualidade da carcaça e do tratamento que lhe<br />

marcas, devendo ser preservada a hipótese de outros recauchutadores<br />

terem como têm as suas oportunidades<br />

no mercado. Se no caso da recauchutagem os padrões<br />

estão claramente defini<strong>dos</strong>, para a Europa e até a nível<br />

global, no caso das operações de recortar e aprofundar a<br />

banda de rolamento <strong>dos</strong> pneus é preciso também evitar<br />

que se corram riscos desnecessários. Um trabalho pouco<br />

profissional e mal executado pode colocar<br />

em risco a segurança do pneu, provocando a<br />

separação <strong>dos</strong> seus elementos, furos, rebentamentos,<br />

etc.<br />

Os padrões de qualidade que estão a ser segui<strong>dos</strong><br />

nesta actividade são os da E.T.R.T.O.<br />

(European Tyre and Rim Technical Organization),<br />

exigindo profissionais qualifica<strong>dos</strong> e o respeito<br />

estrito das recomendações do fabricante do pneu. O desgaste<br />

máximo da banda de rolamento do pneu não deve<br />

exceder 2 ou 4mm de profundidade residual e o aprofundamento<br />

efectuado não deve exceder os 6 a 8mm, dependendo<br />

do tipo de pneu e do seu fabricante. <br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 69


TÉCNICA<br />

Pressão de pneus de pesa<strong>dos</strong><br />

Controlo de pressão<br />

e rentabilidade<br />

Os pneus com a pressão correcta duram mais e correm menos risco de sofrer danos e furos,<br />

proporcionando maior segurança, quer para o veículo e operadores, quer para a circulação rodoviária<br />

Os argumentos a favor do controlo da pressão<br />

<strong>dos</strong> pneus são já do conhecimento geral e a<br />

sua importância é reconhecida, mas alguma<br />

coisa "impede" que exista uma verdadeira política<br />

de controlo da pressão <strong>dos</strong> pneus, tanto em veículos<br />

ligeiros, como pesa<strong>dos</strong>.<br />

Já não estamos a falar em montar sistemas de controlo<br />

electrónico da pressão <strong>dos</strong><br />

Há basicamente dois sistemas de controlo electrónico<br />

da pressão <strong>dos</strong> pneus: os de medição indirecta e os<br />

de medição directa da pressão<br />

pneus, porque aí os argumentos<br />

contra recrudescem, "porque está<br />

aí a crise", "porque não há dinheiro",<br />

"as empresas vão à falência",<br />

etc.. Nem vale a pena perder muito<br />

tempo com isto porque chega<br />

a ser ridículo que pessoas responsáveis não entendam<br />

que a rentabilidade desses sistemas ultrapassa largamente<br />

o seu custo. Entretanto, os sistemas passarão a<br />

ser obrigatórios na origem e os argumentos desse tipo<br />

acabarão por estalar, como balões de vento que são.<br />

Antes desses sofistica<strong>dos</strong> e "caros" sistemas de controlo<br />

da pressão de pneus, a pressão destes podia e devia<br />

ser imperativamente verificada e corrigida sistematicamente<br />

pelos emprega<strong>dos</strong> de manutenção de frotas<br />

e pelos motoristas/ajudantes de motoristas e to<strong>dos</strong><br />

os que vivem das frotas de transporte. Isso não exige<br />

custos significativos, mas antes irrisórios, nem exige<br />

horas extraordinárias e constitui apenas um <strong>dos</strong> mínimos<br />

requerimentos profissionais <strong>dos</strong> operadores.<br />

Apesar disso, alguma coisa "impede" que o óbvio<br />

aconteça, sem que haja penalizações para os incumpridores,<br />

tanto dentro das empresas, como na estrada.<br />

Mas, deixemos entretanto de lado os "enigmas" e<br />

"mistérios" do pós-venda automóvel e abordemos os<br />

aspectos bem mais interessantes e positivos resultantes<br />

de um responsável controlo da pressão especificada<br />

<strong>dos</strong> pneus:<br />

1 - Os pneus com a pressão correcta correm um risco<br />

muito menor de sofrer danos e furos, proporcionando<br />

maior segurança, quer para o veículo e operadores,<br />

quer para a circulação rodoviária. Por outro<br />

lado, os pneus duram mais e as<br />

carcaças ficam em melhores condições<br />

de serem recauchutadas.<br />

Poupando custos de reparação<br />

<strong>dos</strong> pneus e de imobilização <strong>dos</strong><br />

veículos, o saldo é ainda mais positivo.<br />

2 - Claro que a pressão correcta também diminui o<br />

consumo de combustível. Num conjunto articulado<br />

de 12 pneus, 10% de pressão a menos nos pneus dá<br />

um prejuízo na bomba que varia de 500 a 1.000 Euros<br />

por ano, dependendo da carga e da velocidade de circulação,<br />

entre outros factores. Numa frota de 100 veí-<br />

70<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


TÉCNICA<br />

O sinal do sensor de pressão é geralmente transmitido<br />

por uma tecnologia sem fios (rádio frequência,<br />

por exemplo) à unidade de controlo, que verifica<br />

quando a pressão desce abaixo do mínimo autorizado.<br />

Em qualquer <strong>dos</strong> casos, é emitido um sinal acústico<br />

e/ou visual ao condutor, ou encarregado de manutenção<br />

da frota, que mais não tem do que acertar a pressão<br />

do pneu em causa, verificando se possível a origem<br />

do problema. Se a pressão se mantiver estável, o<br />

sistema apenas confere o estado <strong>dos</strong> pneus de 15 em<br />

15 minutos.<br />

O sistema tem um interface na cabina, que permite<br />

ao condutor visualizar to<strong>dos</strong> os pneus do veículo e as<br />

respectivas pressões em tempo real.<br />

Claro que, se o motorista não o fazia antes, não é<br />

pelo aviso do sistema TPMS que irá fazê-lo depois de<br />

o ter montado no veículo. No entanto, nas frotas<br />

mais evoluídas, o sistema de controlo da pressão <strong>dos</strong><br />

pneus está ligado directamente ao centro de controlo<br />

de frotas, via telemétrica, permitindo ao gestor de frota<br />

exercer vigilância sobre os que controlam ou não a<br />

pressão <strong>dos</strong> pneus.<br />

Mesmo assim, só quando estiverem disponíveis os<br />

avança<strong>dos</strong> sistemas de controlo automático de pressão<br />

de pneus de pesa<strong>dos</strong>, que corrige a pressão através<br />

do cubo da roda, é que o problema ficará totalmente<br />

resolvido, esperemos.<br />

Num conjunto articulado de 12 pneus, 10% de pressão a menos nos pneus dá um prejuízo na bomba<br />

que varia de 500 a 1.000 Euros por ano<br />

culos, basta fazer as contas, para ver o que realmente<br />

leva as empresas à "falência". E só estamos a falar em<br />

10% de desvio da pressão ideal.<br />

3 - Havendo menor consumo, também há benefício<br />

para a conservação <strong>dos</strong> recursos, ou reservas de petróleo,<br />

e para a saúde do meio ambiente, com menos<br />

emissões de CO 2 , NOx, partículas, HC, etc..<br />

4 - Logicamente, com os pneus à pressão correcta,<br />

os veículos são mais facilmente conduzi<strong>dos</strong> e controla<strong>dos</strong><br />

nas situações mais exigentes, como curvas, travagens,<br />

manobras, etc., tornando as deslocações mais<br />

rápidas e mais seguras. Mais serviço, menos acidentes<br />

e menores custos = a maior rentabilidade da frota.<br />

5 - O pneu enchido à pressão especificada dura<br />

como é evidente muito mais, reduzindo os custos da<br />

frota com pneus. Só os tais 10% de pressão a menos<br />

são suficientes para reduzir a vida do pneu 5%, mas a<br />

partir daí para baixo as consequências são muito mais<br />

dramáticas. De pouco valem as técnicas de aumentar<br />

a profundidade <strong>dos</strong> pneus, a recauchutagem e a correcta<br />

gestão <strong>dos</strong> pneus, que em condições normais<br />

podem aumentar a vida de um pneu novo 150%.<br />

Sem pressão correcta, tudo isso é tempo e dinheiro<br />

perdi<strong>dos</strong>.<br />

Sistemas TPMS<br />

Há basicamente dois sistemas de controlo electrónico<br />

da pressão <strong>dos</strong> pneus, que têm vindo a melhorar<br />

a cada nova geração, tanto em termos de fiabilidade,<br />

como de resistência ao desgaste.<br />

Os de medição indirecta e os de medição directa da<br />

pressão. Nos primeiros, é utilizado o sinal do sensor<br />

do cubo da roda do sistema ABS, que é transformado<br />

pelo software da unidade de controlo em pressão, devido<br />

a diminuição do diâmetro da roda com menor<br />

pressão, que é obrigada a dar mais voltas para percorrer<br />

a mesma distância das outras.<br />

Nos sistemas de medição directa, é instalado um<br />

sensor de pressão na válvula do pneu ou mesmo no<br />

interior da banda de rolamento do pneu.<br />

Custo versus rentabilidade<br />

O custo actual de um sistema de controlo da pressão<br />

<strong>dos</strong> pneus fica por apenas € 25 por pneu na origem,<br />

sendo a sua montagem extremamente simples<br />

(mais simples do que um vulgar auto rádio). Isto significa<br />

que o veículo amortiza o investimento na primeira<br />

viagem média/longa e começa a rentabilizar<br />

logo a partir da segunda viagem. No caso de veículos<br />

que não trazem o sistema TPMS de origem, a montagem<br />

de um sistema num conjunto tractor com seis rodas<br />

e um reboque com três eixos de roda<strong>dos</strong> simples e<br />

seis rodas (12 no total) a instalação de um sistema de<br />

controlo de pressão pode variar entre 1.000 e 1.500<br />

Euros, dependendo do sistema e respectivas funções.<br />

Nos veículos com reboque ou semi-reboque, este tem<br />

que possuir uma unidade de controlo independente,<br />

que fica ligada à unidade central de processamento.<br />

Isso torna o sistema mais caro no que num camião<br />

sem reboque de seis rodas,<br />

De qualquer modo, a amortização num veículo de<br />

transporte de utilização intensiva é extremamente rápida,<br />

mesmo contando apenas com a economia proporcionada<br />

em combustível e em pneus. Se considerarmos<br />

as avarias que evita e os possíveis acidentes<br />

causa<strong>dos</strong> por pneus, o investimento é amortizado<br />

logo à partida e ainda sobra muito dinheiro. <br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 71


MERCADO<br />

<strong>Pneus</strong> OTR – Off the Road<br />

<strong>Pneus</strong> de “combate”<br />

OTR é a sigla inglesa para pneus fora da estrada, referindo um universo de<br />

pneus que acaba por ter um mercado importante, mas especializado, que exige<br />

algumas noções mais específicas<br />

Num momento ou noutro, um pneu OTR pode<br />

chegar a uma oficina de pneus e é preciso saber<br />

como lidar com ele. Podemos encontrar esses<br />

pneus em escavadoras , máquinas de movimentação<br />

de terras, tractores, moto niveladoras, retro escavadoras,<br />

monta cargas, pás carregadoras, etc. Estes pneus<br />

têm estruturas mais resistentes do que os pneus comuns,<br />

mas menos flexíveis em muitos casos, possuindo<br />

talões e sistemas de fixação à jante específicos.<br />

Além <strong>dos</strong> conhecimentos comuns aos pneus de veículos<br />

comerciais, a assistência a estes pneus requer outras<br />

capacidades e alguma experiência acumulada.<br />

De qualquer modo, para reparar estes pneus OTR<br />

não é preciso ter um curso completo de vendas sobre<br />

esse produto, embora seja necessário respeitar as instruções<br />

e recomendações do construtor do equipamento<br />

onde o pneu está montado. Não actuar de<br />

acordo com esta precaução pode provavelmente causar<br />

danos ao pneu, à jante e ao próprio operador. O<br />

equipamento normal para assistir pneus de veículos<br />

comerciais é adequado para este fim, mas recomendase<br />

o uso de uma lança com um êmbolo hidráulico,<br />

que permite lidar mais facilmente com maior número<br />

de situações.<br />

Particularidades<br />

Os pneus OTR não possuem propriamente uma<br />

banda de rolamento, mas um conjunto de espessos<br />

blocos dispostos mais ou menos diagonalmente ao<br />

sentido de marcha e bastante separa<strong>dos</strong>, para facilitar o<br />

desprendimento de areias, pedras. lama e outros objectos.<br />

Os tractores e as retro escavadoras usam geralmente<br />

pneus com um desenho do tipo "TG", enquanto<br />

que as pás carregadoras e os monta cargas utilizam<br />

pneus do tipo "LG", nos quais os blocos de borracha<br />

estão dispostos mais perpendicularmente ao sentido<br />

de marcha. Com a prática, o técnico acaba por identificar<br />

cada um destes tipos de pneu com um simples<br />

olhar.<br />

Os pneus OTR tanto podem ter câmara de ar como<br />

serem do tipo sem câmara (tubeless). Quanto às rodas<br />

destes veículos, tanto podem ser jantes de uma só<br />

peça, como podem apresentar vários tipos de aros e<br />

anéis diversos de fixação e/ou vedação. Nos pneus tubless,<br />

é necessário montar uma válvula de enchimento<br />

específica, qualquer que seja a jante, do mesmo modo<br />

que os pneus com câmara têm que ser monta<strong>dos</strong> sempre<br />

com câmara de ar.<br />

Os furos não são coisa rara em equipamentos utiliza<strong>dos</strong><br />

na construção e serviços de obras públicas, sendo<br />

utiliza<strong>dos</strong> vários sistemas para evitar essas ocorrências,<br />

porque as imobilizações das máquinas implicam<br />

custos eleva<strong>dos</strong>. Geralmente, há verdadeiros batalhões<br />

de pessoal que fica à espera <strong>dos</strong> equipamentos, a fim<br />

de dar sequência ao seu trabalho.<br />

Em muitos pneus são utilizadas espumas que vedam<br />

o furo automaticamente, dependendo do tipo e<br />

dimensão do dano. Também há produtos que se aplicam<br />

na parede interior do pneu que conseguem o<br />

mesmo efeito. Mais recentemente, os fabricantes de<br />

72<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


MERCADO<br />

Estes pneus não são muito difíceis de trabalhar, mas<br />

é conveniente ter um tipo qualquer de apoio para<br />

manter a jante imobilizada, enquanto se desmonta o<br />

pneu, no local de trabalho da máquina. O próprio braço<br />

hidráulico do equipamento pode servir para esse<br />

efeito, se não estiver a servir de apoio à própria máquina.<br />

Esses pneus não necessitam ser totalmente desmonta<strong>dos</strong><br />

para efectuar uma reparação, porque há<br />

bastante espaço no seu interior, quando se desmonta o<br />

talão do lado de fora, ficando o outro no seu lugar.<br />

Mesmo assim, a grande parte da perda de pressão <strong>dos</strong><br />

pneus das retro escavadoras processa-se pelo próprio<br />

talão, Isto muitas vezes não é causado pela infiltração<br />

de lama ou resíduos na base do pneu, mas deriva do<br />

próprio sistema de fixação deste à jante, mesmo em<br />

máquinas relativamente novas. Nestes casos, um bom<br />

produto de montar pneus (não diluído) aplicado entre<br />

a jante e o pneu pode resolver o problema por muito<br />

tempo.<br />

Além <strong>dos</strong> conhecimentos<br />

comuns aos pneus de<br />

veículos comerciais, a<br />

assistência a pneus OTR<br />

requer outras capacidades<br />

pneus lançaram um conceito inovador, os pneus<br />

"semi pneumáticos", que são uma excelente alternativa<br />

aos furos. No fundo, estes pneus recuperam a ideia<br />

<strong>dos</strong> pneus maciços, mas nos quais ainda se consegue<br />

injectar algum ar, o que proporciona alguma flexibilidade<br />

e mais aderência. O facto desses pneus serem usa<strong>dos</strong><br />

em obras e estaleiros não é um grande inconveniente<br />

para a sua rigidez. Esses pneus já vêm monta<strong>dos</strong><br />

em jante de fábrica e depois de gastos voltam a ser<br />

monta<strong>dos</strong> outra vez na fábrica. Lagartas de borracha<br />

são também utilizadas em certos equipamentos, como<br />

os “Bobcats", para evitar a praga <strong>dos</strong> furos na construção.<br />

O técnico de reparação deve estar familiarizado<br />

com estas tecnologias, para poder encontrar respostas<br />

em cada situação.<br />

Retro escavadoras<br />

Boa parte do serviço de pneus OTR vem das retro<br />

escavadoras, um equipamento muito versátil e de<br />

grande utilidade, que praticamente nenhuma empresa<br />

de construção dispensa, assim como as autarquias, seja<br />

em regime de aluguer, ou como propriedade própria.<br />

Dentre as tarefas mais produtivas destas máquinas estão<br />

a abertura de valas, movimentação e regularização<br />

de terras, remoção de pedras, função de pá carregadora,<br />

monta cargas, etc. A máquina pode assentar em sapatas<br />

hidráulicas, podendo também apoiar-se na pá<br />

frontal ou no cesto posterior, de acordo com as situações.<br />

Uma delas é para mudar um pneu, seja da frente<br />

ou de trás. Embora existam várias dimensões destas<br />

máquinas, desde as muito pequenas, para operarem<br />

em ruas estreitas e outros locais com reduzido espaço<br />

de manobra, o tamanho mais vulgar <strong>dos</strong> pneus que se<br />

encontram monta<strong>dos</strong> nestes equipamentos é o 31-<br />

15,50x15. Estes pneus também aparecem em monta<br />

cargas transportáveis, que são utiliza<strong>dos</strong> na exploração<br />

florestal e noutras actividades ao ar livre, como o arranjo<br />

de jardins e parques públicos, entre outras. Têm<br />

grande capacidade para enfrentar lamas e terrenos moles,<br />

enterrando-se dificilmente.<br />

"Bobcats"<br />

Muitas pás carregadoras pequenas de transmissão<br />

hidráulica e sem volante, cujas rodas controlam a direcção<br />

movendo-se a velocidades diferentes, são conhecidas<br />

pelo nome genérico de "Bobcats", sendo tão<br />

populares ou mais do que a retro escavadoras no mundo<br />

da construção civil e das obras púbicas.<br />

Dependendo da sua marca e modelo, podem estar<br />

equipa<strong>dos</strong> com pneus das dimensões 10 x 16.5, 12 x<br />

16.5 e 14 x 17.5. Estes pneus possuem um desenho especial,<br />

que permite que mantenham a tracção, enquanto<br />

resvalam no terreno, ao mudar de direcção,<br />

garantindo um bom nível de aderência em qualquer<br />

tipo de piso. As rodas e os pneus destas máquinas podem<br />

ser <strong>dos</strong> mais simples de reparar, ou <strong>dos</strong> mais difíceis,<br />

dependendo basicamente da marca e do tipo de<br />

pneu.<br />

Um equipamento destes muito utilizado pode gastar<br />

um jogo de pneus num ano, devido ao constante<br />

resvalar do pneu no solo. No entanto, apareceu recentemente<br />

uma marca de pneus que apresentou um borracha<br />

tão espessa e tão resistente, que podem durar<br />

quatro vezes mais e sofrer muito menos furos, do que<br />

a anterior tecnologia. De qualquer modo, esses pneus<br />

não são nenhuma "pêra doce" para trabalhar, podendo<br />

demorar meio dia completo para trocar os quatro<br />

pneus da máquina. A maior parte destes pneus que<br />

são direccionais e de tracção ao mesmo tempo, possuem<br />

um sentido de montagem obrigatório, que é indispensável<br />

respeitar. Mais raros são os pneus deste<br />

tipo que não têm essa exigência. Em certos modelos<br />

mais antigos, que possuíam marcha-atrás, era indispensável<br />

montar o pneu no sentido indicado no flanco,<br />

pois havia problemas de tracção, caso isso não fosse<br />

acatado.<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 73


MERCADO<br />

<strong>Pneus</strong> OTR – Off the Road<br />

Outras máquinas curiosas<br />

Dentre os equipamentos que calçam pneus do tipo<br />

OTR, estão as plataformas elevatórias para pessoal, geralmente<br />

utilizadas por pintores e outros profissionais<br />

de manutenção de estruturas. Estas máquinas utilizam<br />

geralmente os pneus das pás carregadoras maiores,<br />

mas uma vez apareceu uma máquina com pneus<br />

tipo balão (baixa pressão). Ao reparar um furo no local<br />

de trabalho da máquina, o remendo saltava passado<br />

pouco tempo, porque o pneu dobrava-se no local da<br />

reparação.<br />

Os pneus OTR são um<br />

nicho de mercado<br />

apetecível, que nenhuma<br />

oficina deve excluir,<br />

dotando os seus técnicos<br />

de formação específica<br />

Os pneus OTR utiliza<strong>dos</strong> em máquinas retroescavadoras atingem grandes dimensões, sendo necessário<br />

utilizar equipamento adequado para proceder à sua montagem ou reparação<br />

Depois de vários dias a fazer a mesma coisa, colocou-se<br />

um bocado de câmara de ar a toda a volta do<br />

lado interno do pneu. Isso resultou, porque a câmara<br />

de ar segurava o remendo no local, mesmo quando<br />

este era empurrado para dentro do pneu, pela deformação<br />

deste.<br />

O maior pneu que um técnico de uma oficina de<br />

pneus "normais" poderá encontrar será o das dimensões<br />

17.5 x 25, que é montado em certas pás carregadoras,<br />

podendo variar o tipo de jante. Sem um equipamento<br />

adequado, podem ser necessárias duas pessoas<br />

para desmontar o pneu.<br />

Muitas rodas para pneus OTR, mesmo assim, são<br />

neste momento simples de trabalhar, sendo desmontáveis<br />

em várias peças e geralmente equipadas com<br />

tecnologia tubless. Além do aro metálico de fixação,<br />

essas rodas trazem um aro de borracha, que serve de<br />

vedação para o ar comprimido do pneu.<br />

Para jantes de 24" dá jeito ter uma máquina de desmontar<br />

das maiores, mas um bom técnico com uma<br />

boa massa de montar pneus, aplicada em quantidades<br />

"industriais", também pode dar conta do recado facilmente.<br />

Aspectos práticos<br />

A maior parte das reparações de pneus OTR, ou são<br />

realizadas no local de utilização do equipamento, ou<br />

as máquinas são transportadas em grandes camiões até<br />

à oficina.<br />

De qualquer modo, as próprias máquinas têm na<br />

maior parte <strong>dos</strong> casos a capacidade para levantar a suas<br />

rodas do chão, o que facilita a realização do serviço.<br />

Muitas dessas máquinas possuem macacos hidráulicos<br />

de estabilização e nivelamento, que deixam as rodas<br />

no ar.<br />

No entanto, um bom profissional deverá assegurarse<br />

de que não há a mínima hipótese da roda descair<br />

enquanto trabalha, colocando preguiças de resistência<br />

adequada ou outros suportes junto da roda.<br />

Há clientes conscienciosos e atentos à sua própria<br />

necessidade de resolver o problema, que já têm as rodas<br />

levantadas, antes do técnico de reparação de<br />

pneus chegar. No caso da máquina ter ficado atolada<br />

na lama ou noutra ratoeira do mesmo tipo (asfalto<br />

mole, por exemplo), pode não ser possível reparar o<br />

pneu sem levar um autêntico " banho de lama " ou de<br />

outro tipo, até acabar o serviço…<br />

Os pneus OTR representam um nicho de mercado<br />

apetecível, que nenhuma oficina deve excluir, dotando<br />

os seus técnicos de formação específica e de meios<br />

adequa<strong>dos</strong> para enfrentarem os desafios dessa actividade.<br />

Embora os equipamentos e máquinas em questão<br />

não circulem normalmente em auto estradas a 120<br />

km/h, a sua segurança também depende <strong>dos</strong> pneus,<br />

podendo haver riscos materiais e humanos eleva<strong>dos</strong>,<br />

em caso de falhas.<br />

Isso impõe os mesmos critérios e padrões de qualidade<br />

na reparação de pneus OTR, como noutro pneu<br />

qualquer. <br />

74<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS

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