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Revista dos Pneus 018 - Julho 2012

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DOSPNEUS<br />

REVISTA<br />

REVISTA INDEPENDENTE DE PNEUMÁTICOS E SERVIÇOS RÁPIDOS<br />

Salão<br />

A GRANDE<br />

MONTRA!<br />

A 27ª edição do Salão Internacional de Reifen,<br />

que decorreu em Essen, de 4 a 8 de Junho de<br />

<strong>2012</strong>, foi a melhor de todas, tendo registado<br />

um número recorde de mais de 19.000<br />

visitantes profissionais e 653 expositores de<br />

44 países. A REVISTA DOS PNEUS conta-lhe<br />

tudo o que lá se passou<br />

Nº 18 • JULHO <strong>2012</strong> • ANO III • 5 EUROS<br />

PUB<br />

Mercado<br />

É vasto<br />

o mercado<br />

das empresas<br />

que vendem<br />

equipamentos<br />

para as casas<br />

de pneus<br />

Entrevista<br />

José Luis<br />

de la Fuente,<br />

Diretor Geral<br />

da Continental<br />

<strong>Pneus</strong><br />

Entrevista<br />

Harjeev<br />

Kandhari,<br />

Presidente<br />

Executivo do<br />

Grupo Al Dobowi<br />

Empresa<br />

A MLS <strong>Pneus</strong> é<br />

um grossista de<br />

pneus da zona do<br />

Porto


EDITORIAL<br />

Nº 18 • JULHO <strong>2012</strong> • ANO III<br />

SUMÁRIO<br />

Falta de<br />

“Etiqueta”<br />

Émuito interessante que nesta altura do ano o mercado <strong>dos</strong> pneus<br />

se dedique tanto a falar da “Etiqueta”. É importante sim senhor<br />

que sejam apenas três critérios (mas apenas dois contam na realidade)<br />

a contribuírem para a tomada de decisão do automobilista.<br />

Porém, qualquer marca chega a ter 20 ou mais critérios de avaliação <strong>dos</strong><br />

seus pneus, e muitas vezes nem são esses que estão agora na “Etiqueta”<br />

os principais alvos do desenvolvimento de um produto.<br />

Mas o que vos quero falar é da falta de “Etiqueta” que cada vez mais existe<br />

no mercado. Mais do que os pneus, o que merecia uma “Etiqueta” é o<br />

mercado ou pelo menos o comportamento de certos atores do mercado.<br />

Deveria existir, por isso, uma “Etiqueta” de boas práticas e bons comportamentos.<br />

A começar pelo Estado, que se esquece da sua função reguladora,<br />

deixando que no mercado se continuem a perpetuar práticas altamente<br />

lesivas para o bom funcionamento deste setor económico. Cheques<br />

carecas, concorrência desleal por via da não faturação, não<br />

cumprimento da legislação ambiental e económica, são alguns <strong>dos</strong> muitos<br />

problemas que poderiam ser resolvi<strong>dos</strong> com fiscalização e com medidas<br />

que to<strong>dos</strong> nós conhecemos.<br />

Nesta altura, em que existem associações setoriais ligadas ao ramo <strong>dos</strong><br />

pneus e uma entidade gestora de pneus em fim de vida (que não tem função<br />

fiscalizadora), que têm na sua constituição pessoas com largo conhecimento<br />

<strong>dos</strong> problemas de falta de “Etiqueta” deste setor, poderiam<br />

ser muito mais pró-ativos na denúncia desses mesmos problemas.<br />

Também existe falta de “Etiqueta” no mercado. As práticas de concorrência<br />

desleal são diárias, o que leva a que no mercado se “comam” vivos<br />

uns aos outros como se de uma batalha campal se tratasse. Mesmo<br />

os que ainda querem ter “Etiqueta” nos negócios estão a ser arrasta<strong>dos</strong><br />

para práticas menos boas, como forma de sobrevivência.<br />

Também nos tocam os problemas de falta de “Etiqueta”, num mercado<br />

em que muitas vezes as pessoas parecem querer estar acima das empresas<br />

que representam, nomeadamente nas multinacionais, tentando<br />

condicionar (o que não têm conseguido) aquele que continua a ser um<br />

trabalho feito com “Etiqueta” e muita seriedade, como é a REVISTA DOS<br />

PNEUS.<br />

Paulo Homem<br />

paulo.homem@apcomunicacao.com<br />

Notícias<br />

Novidades do sector 4<br />

Salão<br />

Reifen <strong>2012</strong> 16<br />

Mercado<br />

Empresas de equipamentos 36<br />

Produto<br />

Goodyear SUV / 4x4 46<br />

Entrevistas<br />

José Luis de la Fuente, Continental 48<br />

Joel Alentado, <strong>Pneus</strong> da Península 52<br />

Harjeev Singh Kandhari , Al Dobowi 54<br />

Onkar S. Kanwar, Apollo Tyres 58<br />

Luís Martins, Grippen Whells 62<br />

Luis Miguel Muñoz, Tiresur Neumáticos 64<br />

Rui Silva, Eurotyre 68<br />

Empresas<br />

Inter Partner Assistance 71<br />

SD International 72<br />

MLS <strong>Pneus</strong> 74<br />

Yokohama 76<br />

Opinião<br />

Víctor Manuel Cañizares 78<br />

Acontecimento<br />

Salão Automecânica 82<br />

WWW.APCOMUNICACAO.COM<br />

FICHA TÉCNICA<br />

®<br />

APCOMUNICAÇÃo<br />

O SEU PARCEIRO DE NEGÓCIO<br />

© COPYRIGHT:<br />

Nos termos legais em vigor é totalmente interdita a utilização ou a<br />

reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a<br />

autorização prévia e por escrito da “REVISTA DOS PNEUS”.<br />

DIRECTOR:Paulo Homem DIRECTOR ADJUNTO:João Vieira SUBDIRECTOR: Hugo JorgeEDITOR e PROPRIETÁRIO: João Vieira - Largo<br />

Infante D. Henrique, 7 – Várzea de Colares – 2705-351 Colares Telefone:21.928.80.52 Fax:21.928.80.53 E-mail:geral@apcomunicacao.com<br />

REDACÇÃO: Augusto Quelhas, João Cerqueira, Fátima Rodrigues, António Lopes DESIGN GRÁFICO: Pedro Vieira<br />

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PERIODICIDADE:TrimestralASSINATURA ANUAL:20 Euros (4 números)<br />

DISTRIBUIÇÃO:CTT Nº de Registo na ERC: 125367 Depósito Legal Nº:306293/10 Tiragem: 5.000 exemplares<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 03


NOTÍCIAS<br />

Fedima<br />

com novo site<br />

A Recauchutagem 31 acaba de lançar um<br />

novo site da sua marca de pneus Fedima.<br />

Disponível em www.fedimatyres.com, este<br />

site apresenta uma série de novas funcionalidades<br />

e até algumas inovações, que considera<br />

a empresa serem muito interessantes<br />

para o público em geral, tendo em conta a<br />

área de negócio em que se insere.<br />

Para além de uma área profissional, reservada<br />

aos clientes Fedima, este site permite<br />

ficar a conhecer toda a gama de pneus desta<br />

marca, como também as mais recentes notícias e lançamentos de novos produtos.<br />

Lusilectra lança Romess<br />

Muitos <strong>dos</strong> veículos que circulam atualmente nas estradas, em especial os veículos<br />

com mais de 3 anos, possuem fluido de travões que poderá não suportar o<br />

calor gerado pelas ações de travagem bruscas sem ficar em ebulição.<br />

É da responsabilidade das oficinas informar os seus clientes sobre os potenciais<br />

perigos que podem ocorrer pela não substituição atempada do fluido de travões.<br />

Neste sentido, a Lusilectra e a sua representada ROMESS disponibilizam equipamentos<br />

para verificar a qualidade <strong>dos</strong> flui<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> travões aplicáveis a todas as<br />

gerações, tipos e composições químicas utiliza<strong>dos</strong> nas mais diversas marcas de automóveis.<br />

AQUA 10 (Art. Nº 4510) - Mede o ponto exato de ebulição do fluido <strong>dos</strong> travões<br />

numa câmara de pressão fechada. Os resulta<strong>dos</strong> são mostra<strong>dos</strong> através de<br />

um manómetro analógico (ponteiro).<br />

AQUA 12 (Art. Nº 4512) - Mede o ponto exato de ebulição numa câmara de<br />

pressão fechada. Os resulta<strong>dos</strong> são mostra<strong>dos</strong> num visor LCD, sendo facilmente<br />

transferi<strong>dos</strong> através de uma interface RS 232 para um PC ou computador portátil.<br />

BFS Teste para o Fluído <strong>dos</strong> Travões (Art. Nº 8909) - Determina o ponto de<br />

ebulição diretamente no depósito do fluído <strong>dos</strong> travões do veículo. O valor é indicado<br />

num visor LCD. Este equipamento é fornecido com uma impressora para<br />

registo das medições e é um instrumento de muito fácil utilização e de baixo custo.<br />

<br />

Check & Go aposta em feiras<br />

A rede de oficinas Check & Go apostou forte na sua presente em dois eventos nacionais<br />

onde o automóvel foi o tema central.<br />

Primeiro esteve presente na Automobilia de Aveiro, que decorreu em maio, naquele<br />

que é um <strong>dos</strong> maiores salões de automóveis clássicos que se realiza em Portugal.<br />

Já em <strong>Julho</strong> a Check&Go marcou presença no Santarém Tuning party, onde esteve<br />

também presente com um stand promovendo esta rede oficinal.<br />

Em qualquer <strong>dos</strong> eventos, a Check&Go aproveitou também para promover um<br />

<strong>dos</strong> fornecedores da rede, os pneus Vredstein, através de campanhas que motivavam<br />

os potenciais clientes a visitarem um <strong>dos</strong> aderentes ao conceito Check&Go.<br />

Fort 530<br />

é novidade na Tecniverca<br />

A Tecniverca, como representante <strong>dos</strong> equipamentos Fort<br />

em Portugal, apresentou recentemente, como novidade, o<br />

Fort 530.<br />

Trata-se de um equipamento de montar / desmontar<br />

pneus para veículos de passageiros e comerciais, com<br />

capacidade de fixação para rodas entre as 10 e as 26 polegadas,<br />

e vem equipado com um motor de duas velocidades.<br />

Para os especialistas este equipamento está disponível<br />

na versão GT com dispositivo de enchimento<br />

de pneus.<br />

Distinção Nankang<br />

A Nankang foi distinguida pelo governo de Taiwan como uma das 100 melhores<br />

marcas do país.<br />

Esta distinção reconhece a Nankang como marca produtora de pneus de alta<br />

qualidade e que está presente em mais de 100 países espalha<strong>dos</strong> por todo o mundo.<br />

O governo de Taiwan aponta ainda a Nankang como uma empresa não só de presente<br />

mais também de futuro, na vanguarda do avanço tecnológico procurando a<br />

melhor eficiência na segurança, no conforto e também na garantia para os seus<br />

clientes.<br />

Toyo equipa novo Mazda CX-5<br />

Toyo Tire & Rubber Co. anunciou que o Toyo Proxes R36 foi escolhido como<br />

equipamento de origem para o novo compacto SUV Mazda CX-5<br />

O pneu 225/55R19 Proxes R36 vem complementar<br />

a tecnologia SKYACTIV introduzida<br />

no Mazda CX-5. A tecnologia SKYACTIV é<br />

uma combinação de prazer, eficiência e segurança,<br />

oferece um manuseamento e estabilidade<br />

reforçada, maior economia de combustível<br />

e baixas emissões de gases.<br />

Refira-se que os <strong>Pneus</strong> Toyo são equipamento<br />

de origem nos modelos Mazda 2,<br />

3, 5 e 6 na Europa.<br />

A última montagem do compacto crossover<br />

Mazda CX-5 reflete o novo KODO,<br />

o chamado design Soul of Motion baseado<br />

no movimento da natureza. O Proxes<br />

R36 oferece a agilidade e vitalidade pretendida<br />

pela Mazda subjugado ao tema de um<br />

movimento eficiente e ainda assim bonito.<br />

A Toyo Tires continua a melhorar a sua tecnologia,<br />

focando-se no desenvolvimento de<br />

novos produtos para exceder as exigências <strong>dos</strong><br />

maiores fabricantes de automóveis.<br />

Campanha Domingos & Morgado 2<br />

A Domingos & Morgado 2 – Equipamentos,<br />

Lda., numa altura em que o mercado <strong>dos</strong> equipamentos<br />

oficinais está a ser invadido por produtos de origem<br />

asiática, de muito baixa qualidade, e no intuito<br />

de sensibilizar o mercado para a qualidade <strong>dos</strong> produtos<br />

Europeus, decidiu disponibilizar um número<br />

limitado <strong>dos</strong> conheci<strong>dos</strong> HTC Wizard Up 30, de fabrico<br />

100% Italiano, a preços fantásticos.<br />

Esta Campanha de elevadores de tesoura para Casas de <strong>Pneus</strong>, com capacidade<br />

de elevação de 3Ton. e altura de elevação de 1m, decorrerá até final de Setembro, esperando-se<br />

uma boa adesão por parte do mercado, em muitos casos cansado da falta<br />

de qualidade e das constantes intervenções a que os produtos orientais obrigam.<br />

De plataformas independentes (sem barra central) estão especialmente aptos a serem<br />

encastra<strong>dos</strong> para que, quando recolhi<strong>dos</strong>, fiquem completamente à face do pavimento.<br />

04<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


NOTÍCIAS<br />

Federal 595 RPM<br />

com nota B<br />

A Aguesport comunicou ao mercado que o pneu<br />

595 RPM da sua representada Federal Corporation<br />

obteve uma classificação segundo as novas normas<br />

europeias de: Aderência em piso molhado – B.<br />

Esta classificação revela, segundo a Aguesport, a<br />

excelência <strong>dos</strong> novos produtos da marca Federal.<br />

BKT visita S.José<br />

Decorreu no passado em maio passado um encontro de clientes BKT da<br />

S.José - Logística de <strong>Pneus</strong>, em Cantanhede.<br />

Tendo como objetivo principal ser uma jornada de divulgação de todo o potencial<br />

desta marca, esteve presente o Diretor Geral da BKT, Sr. Rajiv Poddar, filho<br />

do Presidente da Empresa, e o Sr. Gaurav Aneja, delegado comercial da marca<br />

para vários países da Europa entre os quais Portugal.<br />

Foi feita uma explanação da posição da BKT no mundo, do objetivo de alcançar<br />

o 1º lugar mundial entre os fabricantes de pneus fora de estrada, com 10% do<br />

mercado, objetivo projetado para 2015 e que já é possível antecipar em um ano,<br />

pois vai ser atingido em 2014.<br />

Para isso, muito vai contribuir a nova fábrica, a 4ªunidade de fabrico BKT, de<br />

que se mostraram imagens, que iniciou a produção no início do ano, e que vai<br />

cobrir todas as necessidades e encomendas <strong>dos</strong> seus distribuidores mundiais, tendente<br />

a alcançar aquele objetivo.<br />

A S.José aproveitou a presença destes seus clientes e <strong>dos</strong> responsáveis da BKT,<br />

para apresentar o seu novo armazém, destinado a pneus pesa<strong>dos</strong> e agro-industriais,<br />

que com mais 4.500m2 vai tornar possível aumentar o nível de stock, necessário<br />

a cobrir todas as necessidades <strong>dos</strong> projetos da S.José para o mercado Ibérico.<br />

No final do dia foi servido um jantar num Hotel local, em que se degustaram<br />

as especialidades gastronómicas da região, como o inevitável Leitão à Bairrada, e<br />

com a animação de um grupo de fa<strong>dos</strong> de Coimbra.<br />

804 é novidade na Teco<br />

A Sarraipa, na qualidade de representante oficial da marca TECO<br />

em Portugal, com mais de 20 anos de mercado no nosso país,<br />

acaba de lançar a nova máquina de alinhar direções para ligeiros,<br />

TECO 804.<br />

Trata-se de uma máquina com capacidade de precisão nas<br />

suas medições de ângulos (0,01%) e 4 sensores, CMOS<br />

(3.2kg) , sistema de transmissão de da<strong>dos</strong> sem fio, com<br />

captadores de fácil manuseamento, com sistema operativo<br />

na plataforma Windows XP Profissional.<br />

O software de alinhamento profissional é caracterizado<br />

por um interface de utilização simples e intuitiva de<br />

modo a obter uma vizualização eficaz de to<strong>dos</strong> os da<strong>dos</strong> nas<br />

diferentes fases de trabalho possibilitando a sua utilização<br />

em diferentes línguas.<br />

A TECO804 dispõe de uma base de da<strong>dos</strong> com mais de<br />

20.000 veiculos classifica<strong>dos</strong> em diferentes áreas geográficas de modo a facilitar a sua<br />

consulta, obtendo ainda uma segunda base personalizada pelo operador.<br />

Tech disntigue<br />

Altaroda<br />

A TECH promoveu o seu jantar<br />

de gala, em que to<strong>dos</strong> anos é distinguido<br />

um distribuidor. Este ano foi<br />

a Altaroda que viu reconhecido o<br />

seu trabalho face aos resulta<strong>dos</strong> em<br />

2011.<br />

“Soube bem o distribuidor de Portugal da TECH ganhar perante mais de 30<br />

distribuidores de todo mundo que passaram o tempo a perguntar se Portugal se<br />

aguentava no euro”, afirmou Vitor Rocha, director geral da Altaroda.<br />

Superdainu<br />

comercializado<br />

pela Altaroda<br />

A Altaroda iniciou a comercialização em Portugal do<br />

Superdainu, que mais não é do que a evolução do famoso<br />

manómetro Eurodainu fabricado desde a década<br />

de 80 com mais de 2 milhões de unidades vendidas.<br />

O Superdainu apresenta um design mais moderno,<br />

tornando-se por isso mais prático e maneável do que o<br />

modelo anterior.<br />

A redução significativa de peso, graças a uma construção<br />

com materiais mais leves, torna o uso desde equipamento<br />

ainda mais funcional.<br />

Em matéria de construção, o Superdainu possui uma<br />

válvula de descarga de ar e conectores niquela<strong>dos</strong> para<br />

melhor combater a corrosão, apresentando uma mangueira<br />

de 1,5 metros testada a 30 bar.<br />

Mesmo em caso de queda ou choque, graças ao novo design do anel de borracha<br />

aumentado em 20% comparado com os Eurodainu anteriores, a precisão deste<br />

equipamento está garantida. O Superdainu possui ainda um novo disco de precisão,<br />

com uma escala de 0,7 a 10 bar (precisão de 0.1 bar nos intervalos de faixas), estando<br />

em conformidade com a diretiva europeia 86/217 EEC.<br />

A fixação do vidro e disco de medição com um o-ring especial (sem uso de cola)<br />

garante uma impermeabilização eficaz do sistema de medição, tornando este manómetro<br />

100% resistente à agua.<br />

O manómetro de enchimento de pneus Superdainu foi lançado em Fevereiro de<br />

<strong>2012</strong> pela WONDER, que os fabrica nas suas instalações em Cremona (Itália), chegando<br />

agora a Portugal pelas mãos da Altaroda. Refira-se ainda que este equipamento<br />

é aprovado pela Michelin.<br />

Novas Equilibradoras<br />

John Bean<br />

A John Bean apresentou a sua Nova Equilibradora<br />

B9655, também disponível na versão B9655/S dotada<br />

do novo sistema SMART SONAR.<br />

É uma equilibradora com monitor, destinada ao<br />

sector <strong>dos</strong> veículos ligeiros de passageiros, motociclos<br />

e comerciais ligeiros.<br />

Com a tradicional fiabilidade e precisão de trabalho<br />

John Bean, é dotada de um corpo de pequenas<br />

dimensões, de forma a optimizar o espaço na oficina.<br />

Está disponível em duas configurações distintas:<br />

a B9655 com braço 2D SAPE e a B9655/S com um<br />

sensor SMART SONAR adicional.<br />

Disponível a partir de Maio de <strong>2012</strong>, vem colmatar<br />

uma lacuna na gama de Equilibradoras compactas<br />

John Bean, tornando-se assim a mais pequena equilibradora com monitor<br />

disponível na gama.<br />

A somar a tudo isto, trata-se da equilibradora mais rápida da linha John Bean,<br />

com um ciclo de equilibragem de apenas 6 segun<strong>dos</strong>, entre o início do lançamento<br />

e a completa paragem da roda, sem perder absolutamente nada da sua<br />

precisão, mas aumentando em muito a sua produtividade, devido à sua rapidez<br />

de cálculo do desequilíbrio da roda.<br />

06<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


NOTÍCIAS<br />

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Nova ferramenta de alinhamento<br />

da Klann<br />

A Gonçalteam já tem disponível a nova ferramenta de alinhamento da Klann<br />

para veículos Mercedes.<br />

A ferramenta para afinação de convergências no eixo traseiro, para viaturas<br />

Mercedes, está disponível nos seguintes modelos: Serie 190 (W201), Classe C<br />

(W202, W203), 200-300 E (W124), Classe E (W210, W211), Classe S (W220).<br />

Devido ao formato da nova chave é possível chegar aos espaços de afinação rapidamente<br />

e de maneira cómoda. O kit vem equipado com 8 bits para as marcas<br />

respetivas, o que lhe garante 100% de eficácia.<br />

Grupo Andrés distribui<br />

pneu Matador<br />

Esta marca de pneus pertence desde 2009 ao<br />

Grupo Continental Tires, depois deste ter formado<br />

uma joint venture com um fabricante local<br />

de Puchov, na Eslováquia, detentor da marca<br />

de pneus Matador. Desde 2007 que a Continental<br />

já era acionista maioritário da sociedade<br />

(51%), mas as leis da concentração económica<br />

falaram mais alto. Depois de instalar na fábrica<br />

de Puchov os padrões de qualidade e o sistema<br />

de produção comum a todo o Grupo Continental,<br />

só faltava agora proceder à distribuição do produto.<br />

A nível ibérico, a Continental Tires chegou a<br />

um acordo de distribuição com a conhecida empresa espanhola<br />

de distribuição Grupo Andrés Neumáticos, há mais de 30 anos no mercado.<br />

A introdução da marca Matador no mercado ibérico decorrerá por fases, sendo os<br />

pneus de camião os primeiros a avançar. Na segunda fase, entrarão no mercado os<br />

pneus de ligeiros de passageiros, comerciais ligeiros e todo o terreno 4 x 4. O Grupo<br />

Andrés Neumáticos foi fundado em Salamanca por Eustaquio Andrés ainda no século<br />

passado, sendo um <strong>dos</strong> principais grupos independentes de distribuição de<br />

pneus a nível ibérico, com um volume alcançado vendas superior a 2 milhões de<br />

pneus no ano passado.<br />

Etiqueta vai reduzir<br />

consumos<br />

De acordo com a Goodyear Dunlop, a etiquetagem<br />

de pneus vai desempenhar um papel determinante no<br />

aumento da eficiência do consumo de combustível na Europa.<br />

A nova etiqueta de pneus, que será obrigatória a partir de 1 de novembro de<br />

<strong>2012</strong>, vai fazer da resistência ao rolamento e, consequentemente, da eficiência<br />

do consumo de combustível, num objetivo chave para a avaliação europeia de<br />

pneus. É esperado que a etiquetagem venha a influenciar os operadores de frotas<br />

de veículos comerciais no sentido de considerarem este aspeto quando compram<br />

pneus novos.<br />

Num estudo realizado pela empresa, os resulta<strong>dos</strong> mostraram que apenas 40%<br />

<strong>dos</strong> operadores compraram pneus eficientes no consumo de combustível para os<br />

seus veículos. Isto significa que mais de metade das frotas de veículos comerciais<br />

da Europa está a consumir, desnecessariamente, combustível e a perder oportunidade<br />

para reduzir os custos operacionais.<br />

A Goodyear acredita que a etiquetagem fará com que os operadores tomem<br />

consciência da importância <strong>dos</strong> pneus a respeito da eficiência do consumo de<br />

combustível, e ajudará, não só a diminuir os seus custos na escolha <strong>dos</strong> pneus,<br />

como também na emissão do CO2.<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 07


NOTÍCIAS<br />

Velyen apresenta novidades<br />

em equipamentos<br />

A marca Velyen, licenciada pela Istobal, deu a conhecer algumas novidades. Entre<br />

elas, um novo catálogo de soluções de parking, um elevador de perfil baixo, elevadores<br />

de 3,5 T, elevadores de pistão e desmontadores de rodas.<br />

Há ainda um novo catálogo de mobiliário e novos sistemas de gestão de flui<strong>dos</strong><br />

por cabo.<br />

12 novidades no Dunlop Econodrive<br />

A Dunlop acaba de lançar o Econodrive, uma nova geração de pneus para furgões<br />

e camiões ligeiros, especialmente cria<strong>dos</strong> para reduzir os custos <strong>dos</strong> condutores.<br />

O novo pneu inclui doze aperfeiçoamentos de engenharia avançada e novas<br />

tecnologias, criadas para que os furgões e camiões ligeiros possam poupar custos<br />

com a utilização de um pneu mais duradouro e eficiente.<br />

Entre estas melhorias encontra-se uma melhor quilometragem, melhor resistência<br />

à rodagem, novos elementos de fabrico, design<br />

da banda de rodagem, com quatro nervos cria<strong>dos</strong><br />

para condições de humidade, e um composto<br />

de nova construção.<br />

Outra novidade do Econodrive da Dunlop<br />

são os medidores de desgaste lateral<br />

<strong>dos</strong> flancos. Assim podemos verificar se o<br />

flanco está em boas condições depois do<br />

uso intensivo na cidade e <strong>dos</strong> habituais<br />

atritos contra as calçadas.<br />

O Econodrive da Dunlop está disponível<br />

nas doze medidas mais comuns para camiões<br />

ligeiros e furgões e a gama vai ser ampliada<br />

até alcançar as 30 referências.<br />

Nankang apresenta FT-9<br />

A Nankang apresenta o novo pneu 4X4 FT-9, que designou<br />

de “Mud Terrain Terminator” e que se destina a to<strong>dos</strong> os entusiastas<br />

de uma condução mais aventureira.<br />

O Nankang FT-9 é um pneu que, devido ao padrão de ombro<br />

agressivo com blocos pronuncia<strong>dos</strong>, apresenta um elevado<br />

desempenho em qualquer tipo de terreno, seja em superfícies<br />

mais duras ou com mais lama.<br />

O padrão do Nankang FT-9, com blocos em forma de gancho e com as saliências<br />

em zigzag, foi pensado para uma maior tração nos terrenos mais difíceis.<br />

O Nankang FT-9 está disponível nas seguintes medidas: 30x9.50R15 LT<br />

104Q; 31x10.50R15 LT 109Q; 37x12.50R15 LT 118L; 35x12.50R17 LT 119Q;<br />

205/80R16 LT 110/108Q; LT 185/85R16 105/103L.<br />

Q&F e AEZ<br />

fizeram roadshow<br />

A Q&F, Lda e a sua representada AEZ promoveram ao longo de 15 dias, no passado<br />

mês de Junho, um roadshow dando a conhecer as mais recentes novidades deste<br />

construtor de jantes.<br />

Um veículo especial equipado com um reboque, que tinha em exposição diversas<br />

jantes <strong>dos</strong> modelos mais recentes desta marca, circulou por diversos pontos do país<br />

(Maia, Porto, Guimarães, Viseu, Viana do Castelo, São João da Madeira, Aveiro,<br />

Lisboa, Sintra, Cascais, entre outros<br />

locais) estando presente junto<br />

a diversos clientes da Q&F.<br />

Desta forma os clientes da<br />

Q&F puderam ver as jantes e ficar<br />

a conhecer as mais recentes e tentadoras<br />

propostas da AEZ, o que<br />

é uma mais valia face aos tradicionais<br />

catálogos.<br />

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DIRETOR GERAL<br />

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08<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


NOTÍCIAS<br />

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AB International na Feira do Dubai<br />

A Alves Bandeira International FZE, empresa mais recente do Grupo Alves Bandeira,<br />

marcou presença recentemente na feira Automechanika que se realizou no<br />

Dubai, sendo o único expositor português presente.<br />

Após a recente abertura das suas instalações naquele país, a AB international<br />

aproveitou esta importante feira para promover os seus produtos, num evento que<br />

contou com visitantes de vários países do mundo, face a importância deste certame.<br />

A Alves Bandeira International promoveu no local os seus serviços de trading<br />

principalmente de pneus, onde através desta sua nova base instalada no Dubai, consegue<br />

estar mais perto de novos merca<strong>dos</strong>, principalmente daquela zona do mundo,<br />

onde pretende marcar presença.<br />

Para além da divulgação das várias áreas de negócio do Grupo Alves Bandeira, outro<br />

<strong>dos</strong> produtos que teve em exposição no seu espaço, foi a sua renovada linha de<br />

lubrificantes que estiveram em destaque despertando muito interesse por parte <strong>dos</strong><br />

visitantes, demonstrando especial atenção na sua imagem e na qualidade e nível de<br />

especificações que esta gama apresenta.<br />

Para André Bandeira, responsável pela AB International “esta nossa primeira presença<br />

numa feira International foi de facto um sucesso, tendo ficado acima das expectativas,<br />

comprovado pelos muitos contactos realiza<strong>dos</strong> e interesse demonstrado<br />

por quem nos visitou. Estamos apenas há um mês aqui instala<strong>dos</strong>, sendo que agora<br />

é nosso objetivo dar continuidade a to<strong>dos</strong> estes contactos para em breve podermos<br />

ser um operador de trading de referência principalmente no mercado de pneus,<br />

apostando em novos merca<strong>dos</strong>, e em países que nos dão garantias de crescimento.<br />

A Alves Bandeira International voltou a estar presente numa feira internacional,<br />

desta vez em Essen na Alemanha, um certame dedicado em exclusivo ao negócio<br />

<strong>dos</strong> pneus, evento que contou com cerca de 600 expositores de 42 países.<br />

Pneu Bridgestone<br />

com nota máxima “A/A”<br />

A Bridgestone Europe vai lançar o novo EP001S ECOPIA<br />

com nota "A / A" – o máximo em termos de eficiência de combustível<br />

e aderência em piso molhado, a partir de Outubro de<br />

<strong>2012</strong>. O novo pneu é, igualmente, o primeiro a atingir o rótulo<br />

de topo na classificação na Europa e no Japão. O EP001S é o<br />

mais recente membro da gama Ecopia e será apresentado oficialmente<br />

no Salão Automóvel de Paris, em Setembro, para depois<br />

ser introduzido no mercado europeu em Outubro. Os novos rótulos<br />

já serão incluí<strong>dos</strong> na maioria <strong>dos</strong> pneus disponíveis na<br />

União Europeia (UE) produzi<strong>dos</strong> após 1 de <strong>Julho</strong> de <strong>2012</strong>. A partir de 1 de Novembro,<br />

to<strong>dos</strong> os pneus comercializa<strong>dos</strong> na Europa irão estar em conformidade<br />

com a rotulagem, tal como definido pelo regulamento Europeu de <strong>Pneus</strong> (EC)<br />

número 1222/2009.<br />

John Bean com aprovação Porsche<br />

A Domingos & Morgado anunciou em Portugal a homologação das Alinhadoras<br />

John Bean por mais um Construtor de Automóveis, neste caso a Porsche, o que só<br />

por si, diz a empresa, é sinónimo do reconhecimento da elevadíssima qualidade <strong>dos</strong><br />

seus equipamentos. No seguimento da sua política de definição de equipamentos<br />

específicos para trabalhar nas suas viaturas, a Porsche homologou as alinhadoras<br />

John Bean, através do seu Catálogo de Equipamento, definindo assim uma linha de<br />

máquinas alinhadoras recomendadas para instalação na sua rede de distribuidores e<br />

concessionários autoriza<strong>dos</strong>. As máquinas homologadas pela Porsche são alinhadoras<br />

Visualiner 3D1 – Lift e Visualiner 3D ARAGO.<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 09


NOTÍCIAS<br />

Nova gama<br />

de bancadas Facom<br />

A Facom acaba de lançar uma nova gama de bancadas<br />

móveis para completar a sua linha de bancadas JET+ lançada<br />

o ano passado.<br />

As novas bancadas móveis JET+ encontram-se disponíveis<br />

no formato de seis ou sete gavetas, com capacidade para três<br />

módulos e possuem funcionalidades com características inteligentes<br />

de forma a aumentar a eficiência do trabalho <strong>dos</strong> mecânicos e proprietários<br />

das oficinas. Tal como acontece com o resto da gama JET+, as bancadas têm<br />

uma alta capacidade de armazenamento com a vantagem acrescida de conterem um<br />

armário para guardar utensílios volumosos.<br />

Duas novas dimensões<br />

para ampliar a gama<br />

A Michelin para satisfazer as necessidades <strong>dos</strong><br />

empresários, agricultores e produtores de cereais<br />

lançou duas novas dimensões do seu pneu Michelin<br />

CerexBib, IF 800/70 R 38 CFO e IF<br />

900/60 R 38 CFO.<br />

Em <strong>2012</strong>, as ceifeiras podem atingir os 600<br />

CV, permitindo ceifar seis hectares por hora e colher<br />

mais de 60.000 quilos de cereais numa hora<br />

de trabalho.<br />

Para o horizonte de 2015-2020, máquinas ainda<br />

mais potentes vão permitir ceifar até 80.000 quilos por<br />

hora. Em 1965, as máquinas de 80 CV ceifavam só um hectare por hora, e só colhiam<br />

4.500 quilos de cereais.<br />

Empresários, agricultores e responsáveis de grandes explorações de cereais perseguem<br />

o legítimo objetivo de aumentar a sua produtividade. Por isso enfrentam-se<br />

sempre com crescentes dificuldades. O êxito para conseguir uma boa colheita<br />

consiste em resolver uma equação complexa:<br />

- Apanhar o cereal maduro, em épocas de trabalho cada vez mais curtas e<br />

ameaçadas por uma acentuação <strong>dos</strong> riscos climatológicos;<br />

- Aceder rapidamente por estrada a terrenos cada vez mais distancia<strong>dos</strong>;<br />

- Otimizar a velocidade de ceifa e o rendimento por hora.<br />

Este aumento implica o aumento da carga transportada pelas máquinas. O<br />

eixo dianteiro das máquinas deve, também, suportar cargas superiores a 28 toneladas.<br />

Neste quadro com limitações cada vez maiores e para responder às crescentes<br />

exigências de empresários, agricultores e responsáveis de grandes explorações<br />

de cereais, a Michelin desenvolveu as novas dimensões IF800/70 R 38 CFO<br />

e IF 900/60 R 38 CFO, do seu pneu Michelin CerexBib, apresentado em 2011.<br />

<strong>Pneus</strong> inteligentes<br />

da Michelin em<br />

Londres<br />

Os pneus que a Michelin irá fornecer<br />

aos autocarros de serviço nos Jogos Olímpicos<br />

de Londres <strong>2012</strong> serão certamente<br />

inteligentes, mas o seu fabricante não será menos, visto que se trata de um investimento<br />

em marketing com um retorno muito considerável, numa altura em que os<br />

olhos de todo o Mundo se focam na capital inglesa.<br />

Além deste aspecto mais comercial, os novos pneus que comunicam da Michelin<br />

irão garantir maior nível de segurança à frota de transportes londrina, que estará em<br />

forma para a 30 edição <strong>dos</strong> Jogos Olímpicos da Era Moderna, que decorrerá de 27<br />

de <strong>Julho</strong> a 12 de Agosto. O pneu fornecido pela Michelin é o X InCity TM, equipado<br />

com sensores de controlo de pressão e temperatura (TPMS), bem como sensores<br />

RFID (Identificação por Rádio Frequência), que permitirão aos responsáveis pela<br />

frota manter um controlo total <strong>dos</strong> pneus <strong>dos</strong> autocarros em todas e quaisquer situações.<br />

Este novo conceito está igualmente a caminho das frotas de transportes de<br />

mercadorias, onde a segurança e a rentabilidade são os factores chave de sustentabilidade<br />

das empresas do sector.<br />

Novidades Bolas<br />

A Bolas anunciou o lançamento do novo<br />

folheto Equipamentos Industrais <strong>2012</strong>, onde<br />

se encontram as melhores ofertas promocionais<br />

do ano.<br />

São 44 páginas com uma selecção abrangente<br />

de produtos para as mais diversas áreas<br />

de actividade (Garagem & Estação de Serviço,<br />

Metalomecânica, Madeira, Construção, Floresta<br />

& Jardim, etc.), como sempre privilegiando<br />

os critérios de qualidade, fiabilidade e<br />

durabilidade.<br />

Um das novidades é o novo G 6441.22<br />

uma máquina de montar / desmontar pneus<br />

em versão automática da Ravaglioli. Igualmente<br />

da mesma marca, destaque para o novo elevador Openfront de 4 colunas,<br />

que tem capacidade para 5.000 kg, com plataformas longas de 5.200 mm, que se<br />

destina a garagens e oficinas, permitindo o acesso total do operador à zona de<br />

trabalho, encontrando-se disponível em versão para alinhamento de direções<br />

com plataformas oscilantes traseiras.<br />

Destaque também para o macaco pneumático de baixo perfil (Y422510) da<br />

Winntec.<br />

Estas e outras novidades, encontram-se no folheto que já está disponível para<br />

download em http://www.bolas.pt/campanhas.asp.<br />

Norauto também em Matosinhos<br />

A Norauto abriu em Junho uma nova loja, desta feita em Matosinhos, junto ao<br />

Mar Shopping, mesmo ao lado da Leroy Merlin.<br />

Este novo centro tem uma área total de 1.100 m2 e vai funcionar como superfície<br />

de venda de peças e de produtos para o automóvel e como oficina de reparações<br />

auto.<br />

Este novo centro de Matosinhos está dividido em áreas bem definidas como Lazer<br />

Viagens, Som e Multimédia (equipamento electrónico), Prazer e Paixão (personalização),<br />

Conforto e Segurança e Peças Técnicas. Com esta divisão, a Norauto<br />

pretende oferecer mais de 5.000 referências em produtos para automóvel, com destaque<br />

para os pneus, baterias, travagem, som, mobilidade, entre outros produtos.<br />

Novos pneus Continental<br />

HSL2+ e HDL2+<br />

Para defender a sua posição de líder<br />

do mercado, a Continental acaba de<br />

lançar a 2ª geração de pneus para longo<br />

curso HSL2+ (direcionais) e<br />

HDL2+ (tração), com rendimento<br />

quilométrico total elevado e excelentes características<br />

de condução, graças a novas micro lâminas colocadas nos sulcos<br />

longitudinais.<br />

Quatro dimensões destes novos pneus são forneci<strong>dos</strong> na versão XL reforçada,<br />

para tonelagem por pneu até 8 toneladas.<br />

Estes pneus sucedem aos comprova<strong>dos</strong> HS(D)L2 lança<strong>dos</strong> em 2010 e apresentam<br />

novos argumentos. Um cuidado especial foi colocado nos pneus direccionais<br />

HSL2+, porque estes são 35% mais substituí<strong>dos</strong> do que os pneus de tração,<br />

que trabalham sempre na mesma posição.<br />

O pneu direcional é fornecido nas medidas 295/80R22.5 (normal e XL) e<br />

315/80R22.5, podendo ser utiliza<strong>dos</strong> em qualquer <strong>dos</strong> eixos, no caso <strong>dos</strong> autocarros.<br />

A versão XL <strong>dos</strong> pneus do eixo direccional HSL2+ prevê o aumento do<br />

peso <strong>dos</strong> motores Euro6, que estarão equipa<strong>dos</strong> com sistemas de redução catalítica<br />

(SCR) de NOx, entre outros componentes de controlo de emissões. Nas medidas<br />

355/50R22.5 XL, 315/70R22.5 e 315/70R22.5 os pneus direcionais dispõem<br />

do sistema VAI (Visual Alignment Indicator), que permite detetar um desgaste<br />

irregular prematuro e o consequente aumento de consumo de<br />

combustível, devido a maior resistência ao rolamento <strong>dos</strong> pneus.<br />

Nos pneus de tracção HDL2+ foi introduzida a dimensão de perfil baixo<br />

295/55R22.5, que é requerida pelos camiões e reboques de grande volume, ficando<br />

disponível a partir de Maio de <strong>2012</strong>.<br />

10<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


NOTÍCIAS<br />

Autodata<br />

com soluções para grupos<br />

A Autodata conta entre os seus clientes com numerosos<br />

Grupos e Associações de Oficinas. A estes grupos a Autodata<br />

proporciona informação técnica em diferentes formas.<br />

VERSÃO PERSONALIZADA/ESPECIALISTA - Um Grupo<br />

ou Associação, têm a possibilidade de subscrever para to<strong>dos</strong><br />

os seus clientes uma versão personalizada do serviço Autodata<br />

Online. Poderá assim selecionar apenas os módulos que interessam<br />

à sua actividade.<br />

VERSÃO REUNIDA - Nesta solução as Associações têm a possibilidade de integrar na sua própria aplicação<br />

Web, um enlace direto ao Autodata Online.<br />

VERSÃO WEB SERVICES - Outra maneira de integrar os da<strong>dos</strong> Autodata nas suas aplicações Web, é utilizando<br />

os Serviços WEB Autodata. Esta solução permite à sua aplicação conectar-se diretamente ao serviço<br />

Autodata, consultar a sua Base de da<strong>dos</strong> e recuperar a informação em formato XML.<br />

VERSÃO BASE DE DADOS - Se deseja integrar diretamente nas suas aplicações locais ou internet um ou<br />

vários módulos, Autodata pode fornecer estes da<strong>dos</strong> em formato XML. <br />

Midas também em<br />

São João da Madeira<br />

A Midas abriu o 46º Centro Midas no Centro Comercial<br />

8ª AVENIDA em S. João da Madeira.<br />

Este novo centro prova a consolidação do grupo e<br />

o forte investimento feito nos últimos anos para reforçar<br />

a presença desta insígnia nos centros comerciais.<br />

Com esta inauguração a Midas passa a ter 46 centros<br />

e uma maior presença a nível nacional nos principais<br />

centros urbanos.<br />

Mais novidades<br />

FIAMM<br />

A Polibaterias, no seguimento do desenvolvimento<br />

da marca FIAMM em Portugal, passou a<br />

disponibilizar, três novas áreas de produtos (Eco-<br />

Force, Neptune e Clássica ) do terceiro fabricante<br />

Europeu e quatro a nível mundial de baterias de arranque.<br />

A gama FIAMM Ecoforce, é uma bateria AGM,<br />

destinada aos veículos híbri<strong>dos</strong> e a veículos com<br />

sistema stop-start, com excelentes prestações de arranque<br />

a frio e elevada resistência aos ciclos de carga-descarga.<br />

A FIAMM Clássica é uma gama destinada aos<br />

veículos antigos e clássicos com baterias de 6 volts,<br />

e aspeto semelhante à das antigas baterias de ebonite<br />

utilizadas nestes veículos.<br />

Destaque também para a FIAMM Neptune,<br />

uma gama AGM vocacionada para os veículos de<br />

lazer e náutica.<br />

Para além destas novas gamas, a Polibaterias ampliou<br />

a gama de arranque, com a introdução <strong>dos</strong><br />

modelos para viaturas japonesas. Mais informações<br />

em www.polibaterias.com.<br />

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REVISTA<br />

DOS PNEUS 11


NOTÍCIAS<br />

Bertoli é Country Manager da Pirelli<br />

em Portugal<br />

Giansimone Bertoli foi nomeado<br />

novo Country Manager<br />

da Pirelli Neumáticos para Espanha<br />

e Portugal, em substituição<br />

de Gian Paolo Gatti Comini,<br />

que, depois de oito anos como<br />

responsável máximo na Península<br />

Ibérica, foi transferido para<br />

França, para assumir o cargo de<br />

Country Manager desse país.<br />

Como Country Manager de<br />

Espanha e Portugal, Bertoli assume a gestão comercial e administrativa de todas<br />

as divisões da Pirelli Neumáticos, turismo camião e moto. Na sequência da substituição<br />

de Gatti Comini, Giansimone Bertoli destaca: “A Península Ibérica sempre<br />

foi um <strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong> de referência para a Pirelli na Europa e continuará a sêlo<br />

apesar das circunstâncias atuais. Este é um mercado amadurecido, com uma<br />

realidade complexa, que está a atravessar momentos críticos mas que conta com<br />

uma equipa e clientes que permitem ter boas perspetivas de futuro. Uma boa<br />

plataforma para reconstruir as bases do futuro mercado espanhol e português.”<br />

Novo pneu de gruas<br />

Michelin X-Crane+<br />

O último salão de tecnologias de construção Intermat<br />

Paris <strong>2012</strong> foi o local escolhido pela Michelin para apresentar<br />

os seus novos " duros " para a indústria de construção,<br />

onde surgiram três novidades principais: o pneu<br />

Michelin X-Crane+, destinado a gruas, o Michelin<br />

XADN+, para dumpers articula<strong>dos</strong> e uma nova gama<br />

de pneus Michelin BibSteel, para equipamentos de<br />

construção compactos, especialmente retro escavadoras mini e pás carregadoras pequenas.<br />

Em to<strong>dos</strong> os seus novos produtos, a Michelin garante maior rentabilidade,<br />

devido a maior robustez e duração <strong>dos</strong> seus pneus. O conforto e a segurança não foram<br />

esqueci<strong>dos</strong>, bem como outros aspectos práticos. No caso do X-Crane, a sua<br />

montagem/desmontagem tornou-se mais fácil, o que é um alívio em pneus de grandes<br />

dimensões. Nos restantes pneus foi aumentada a resistência a impactos laterais.<br />

A Michelin aproveitou ainda a Intermat Paris <strong>2012</strong> para apresentar o seu programa<br />

Michelin Earthmover Professionnals, uma certificação destinada pela marca aos<br />

seus distribuidores com experiência e competências específicas nesta área da construção.<br />

Continental cria<br />

indicador visual<br />

Os pneus para veículos industriais da<br />

Continental passam a dispor de um indicador<br />

visual de alinhamento (VAI), que deteta desgaste irregular <strong>dos</strong> pneus,<br />

provocado por desalinhamento da geometria do chassis e/ou por uma condução<br />

incorreta ou demasiadamente agressiva. O desgaste irregular <strong>dos</strong> pneus é responsável<br />

pelo agravar das condições de segurança e conforto de condução, maior<br />

consumo de combustível e dramático encurtamento da vida do pneu. O sistema<br />

VAI é válido para camiões e reboques sendo utilizado nos EUA já há vários anos.<br />

Este sistema controla o desgaste em cada pneu individualmente, tornando desnecessário<br />

recorrer a equipamentos de alinhamento de direção convencionais.<br />

O sistema VAI consta de cinco pontos de medição coloca<strong>dos</strong> à volta do ombro<br />

do pneu, constituí<strong>dos</strong> por indicadores de borracha com a forma de raios,<br />

com comprimentos de 1 a 4 mm. Se ao cabo de uns milhares de km o desgaste<br />

<strong>dos</strong> pneus de cada lado de um <strong>dos</strong> eixos for diferente, o que se nota facilmente<br />

por comparação visual, existe qualquer problema de alinhamento das rodas do<br />

veículo, que deve ser solucionado. Se o desgaste for idêntico em ambos os<br />

pneus, está tudo correcto. Qualquer utilizador sem qualquer tipo de conhecimento<br />

na área do alinhamento pode facilmente comprovar os defeitos com o<br />

sistema VAI exclusivo da Continental.<br />

Novo sistema de orçamentação<br />

Apesar de ainda estar numa fase de pré-lançamento, já se encontra presente no<br />

mercado um novo programa de orçamentação automóvel, denominado GTA Solution.<br />

Com a simples introdução da matrícula do veículo, o sistema identifica rapidamente<br />

o mesmo e o utilizador inicia o seu orçamento com a certeza inequívoca de<br />

que está a orçamentar o veículo correto. Seguradoras e profissionais do ramo automóvel<br />

já aderiram a este novo sistema e já o estão a testar para averiguar das suas<br />

qualidades.<br />

Com uma gama de produtos diversificada e com preços muito competitivos, o<br />

mercado alvo deste sistema é muito abrangente e com muitos potenciais clientes. O<br />

sistema está dotado de preços e de referências de 11 milhões de peças, de tempos de<br />

substituição, de desmontagem e de pintura, de modo aos clientes elaborarem os orçamentos<br />

do início ao fim de uma forma muito célere e intuitiva. Também permite<br />

o tratamento de imagem, a análise estatística de resulta<strong>dos</strong> e uma interligação com<br />

sistemas de comunicação. <br />

Novas medidas de pneus Mitas<br />

A família de pneus ERL/ERD da Mitas para máquinas industriais e de movimentação<br />

de terras foi ampliada 30%, para responder à procura do mercado. O<br />

Chefe de Produto Petr Hala justificou esta ampliação com o facto de cada superfície<br />

e cada utilização off road requerer pneus com características diferentes. Os<br />

novos pneus ERL/ERD-40 apresentam uma superfície maior, para prolongar a<br />

sua duração, enquanto que os ERL-50 foi pensado para superfícies rochosas, que<br />

exigem grande resistência ao corte. Toda a linha de pneus Mitas ERL/ERD obedece<br />

ao conceito radial e possui uma carcaça reforçada com cinturões de aço.<br />

Para ter sucesso neste tipo de pneus, a resistência aos danos e a possibilidade<br />

de prolongar a vida do pneu através de recauchutagem são essenciais. Os pneus<br />

Mitas estão neste caso, sendo fabrica<strong>dos</strong> na República Checa e exporta<strong>dos</strong> para<br />

todo o Mundo. Os Mitas ERL são utiliza<strong>dos</strong> em pás carregadoras e máquinas de<br />

terraplanagem, enquanto que os Mitas ERD se destinam a veículos de transporte.<br />

A Mitas é um <strong>dos</strong> fabricantes europeus líderes em pneus agrícolas e industriais,<br />

que são comercializa<strong>dos</strong> globalmente sob as marcas Mitas e Cultor, para<br />

além de fabricar pneus sob licença da Continental. Outra especialidade da Mitas<br />

são os pneus off road para motociclos. Por detrás do negócio está a holding CGS<br />

a.s., detentora da CGS TYRES, com fábricas na República Checa e na Sérvia.<br />

Goodyear renova contrato exclusivo<br />

Os pneus Goodyear foram escolhi<strong>dos</strong> por mais um ano para equipar os camiões<br />

do Campeonato da Europa FIA de Camiões, a espectacular modalidade que continua<br />

a electrizar os principais circuitos europeus. O acordo exclusivo de fornecimento<br />

<strong>dos</strong> pneus Goodyear para <strong>2012</strong> foi assinado com a Truck Racing Organization<br />

(TRO), que promove a competição, implicando o fornecimento de pneus de competição<br />

para to<strong>dos</strong> os participantes do campeonato, bem como to<strong>dos</strong> os serviços de<br />

apoio necessários. Trata-se de um encargo de certo modo pesado para a marca Goodyear,<br />

que receberá como retorno a enorme visibilidade proporcionada pela forte<br />

assistência de espectadores nas pistas, para além <strong>dos</strong> muitos outros que seguem as<br />

corridas através de transmissões televisivas.<br />

12<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


NOTÍCIAS<br />

Hankook vende<br />

mais pneus<br />

Apesar da crise ou por causa dela, a marca de<br />

pneus Hankook aumentou as suas vendas globais<br />

em 17,1%, durante o primeiro trimestre deste ano<br />

(<strong>2012</strong>). Por outro lado, apesar das dificuldades económicas<br />

e da subida das matérias-primas, os lucros<br />

operacionais cresceram 21,5%. Estes resulta<strong>dos</strong> favoráveis<br />

foram em boa parte proporciona<strong>dos</strong> pelos<br />

merca<strong>dos</strong> europeu e norte-americano, que contribuíram<br />

respectivamente com 26,7% e 19,8% das<br />

vendas mundiais, com um crescimento local de<br />

37% e 31% em cada uma destas zonas do planeta.<br />

Nos merca<strong>dos</strong> emergentes da América Latina e da<br />

Ásia, o crescimento verificado foi de 32,8%, o que<br />

põe em destaque a presença do fabricante coreano<br />

nessas áreas.<br />

O posicionamento da Hankook com marca Premium<br />

ajudou ao crescimento da venda de pneus<br />

de altas prestações, que aumentou nos merca<strong>dos</strong><br />

maduros da América do Norte e da Europa 33,9%<br />

e 45,2%, respectivamente.<br />

Vulco também no Smartphone<br />

A Vulco, a rede de oficinas associadas da Goodyear<br />

Dunlop acaba de lançar uma nova aplicação que facilita<br />

o controlo do veículo pelo utilizador, garantindo<br />

por sua vez, uma maior tranquilidade ao volante. A<br />

APP VULCO pode ser descarregada<br />

gratuitamente e encontra-se disponível<br />

para Smartphones Android,<br />

Iphone e Blackberry. Desta<br />

forma a Vulco aproveita as novas<br />

tecnologias para oferecer uma<br />

nova vantagem a to<strong>dos</strong> os clientes.<br />

Entre as comodidades que a<br />

nova aplicação APP VULCO oferece,<br />

destaca-se a possibilidade de realizar o seguimento<br />

do consumo de combustível, facilitando deste<br />

modo, uma vigilância mais rigorosa sobre o consumo<br />

do veículo. Adicionalmente, o utilizador receberá alertas<br />

no dispositivo móvel, que o recordam<br />

as datas em que deve realizar<br />

a mudança de óleo e filtros, assim<br />

como o pagamento do seguro<br />

automóvel. Tudo isto ajudará os<br />

condutores a manter o seu veículo<br />

sempre em ótimas condições, o<br />

que se traduz numa maior segurança<br />

na hora de enfrentar a estrada.<br />

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Delticom defende<br />

venda de pneus online<br />

Seria estranho que o não fizesse, porque se trata da<br />

principal plataforma electrónica europeia de distribuição<br />

de pneus. De qualquer modo, desejar é uma coisa,<br />

alcançar é outra muito diferente. O comércio online<br />

de pneus está longe de demonstrar na prática o potencial<br />

teórico que em princípio reclama, continuando a<br />

ser uma sistema de venda de pneus relativamente marginal.<br />

Surge agora no entanto um estudo "suspeito", cujo<br />

relatório foi apresentado pela empresa especializada<br />

Gather Estudios, a pedido da Delticom. O inquérito<br />

que deu origem ao referido relatório foi realizado em<br />

Espanha a 1.000 potenciais compradores de pneus,<br />

com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos.<br />

Coincidência ou não, os resulta<strong>dos</strong> do estudo demonstram<br />

que o interesse <strong>dos</strong> automobilistas espanhóis<br />

por adquirir pneus através da Internet aumentou<br />

significativamente. Num ano apenas, os interessa<strong>dos</strong><br />

nesse tipo de transação passaram de 18%, para<br />

24%, o que dá um candidato a uma encomenda online,<br />

em cada quatro pessoas interessadas em comprar<br />

pneus. Os condutores são mais propensos agora a jogar<br />

na Internet (28%), quando no ano passado eram<br />

apenas 18%. Quanto às condutoras, subiram de 14%<br />

para 18%. Por escalões etários, um em cada três potenciais<br />

compradores estariam dispostos a comprar pneus<br />

online, tanto no escalão até aos 35 anos (jovens),<br />

como no escalão <strong>dos</strong> 25 aos 44 anos de idade. No escalão<br />

etário de 45 aos 54 anos já só um em cada quatro<br />

compradores faria a sua encomenda de pneus pela Internet,<br />

o que corresponde à média geral do mercado,<br />

segundo os resulta<strong>dos</strong> do estudo.<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 13


NOTÍCIAS<br />

Volvo com mais um fornecedor<br />

de pneus<br />

A Bridgestone Europe irá começar<br />

a fornecer pneus originais à<br />

Volvo Car Corporation, naquela<br />

que é a primeira parceria entre as<br />

duas empresas.<br />

Os pneus escolhi<strong>dos</strong> foram os<br />

Bridgestone Turanza T001 de 16 polegadas para o novo Volvo V40 de 5 portas,<br />

que irão começar a equipar de origem o modelo da marca sueca a partir do final<br />

de Maio de <strong>2012</strong>. Ainda em Maio, a Bridgestone irá começar igualmente a fornecer<br />

à Volvo os pneus Dueler para o XC60 Crossover SUV.<br />

Lançado em Março de <strong>2012</strong>, o Turanza T001 é pneu bandeira da Bridgestone.<br />

Com um desenho de piso e tecnologia de materiais avançada, o T001 Turanza<br />

tem o seu foco na segurança e eficiência, proporcionando um elevado nível de<br />

conforto.<br />

BMW aposta nos<br />

pneus Hankook<br />

Na BMW o critério desempenho e<br />

segurança prevalece sobre outras<br />

questões, sendo um factor de marketing<br />

o simples facto de um pneu ser<br />

escolhido para primeiro equipamento<br />

da marca bávara. Está neste caso o pneu de altas prestações Hankook Ventus S1<br />

evo2 (205/60R16W), que equipará de origem os modelos Serie 3 da BMW (316d a<br />

320d, 316i a 320i). Este contrato de fornecimento a favor da Hankook vem na sequência<br />

de outros em relação ao MINI e ao BMW Serie 1, o que significa que os engenheiros<br />

da marca alemã confiam no desempenho do pneu da Hankook, tanto do<br />

ponto de vista da aderência, dinâmica de condução e eficiência energética.<br />

O Ventus S1 evo2 acaba de ser lançado no mercado de substituição e já criou reputação<br />

de grande conforto de condução e baixa resistência ao rolamento. Menor<br />

peso e características de resposta rápida a uma condução dinâmica são outros aperfeiçoamentos<br />

deste novo pneu da Hankook. Os técnicos e responsáveis da marca<br />

estão fortemente " motiva<strong>dos</strong> " por este êxito e acreditam que outras marcas de primeiro<br />

plano irão apostar nos seus pneus, que jogam na primeira divisão, em termos<br />

de segurança, condução e protecção do ambiente.<br />

Michelin Energy Saver+<br />

e Michelin Agilis+<br />

Os novos pneus Michelin Energy Saver+<br />

para ligeiros, e Michelin Agilis+, para<br />

veículos comerciais iniciaram a sua comercialização<br />

nos merca<strong>dos</strong> europeus.<br />

<strong>2012</strong> é um ano importante… É o ano da<br />

implantação da etiqueta europeia do<br />

pneu.<br />

O compromisso da Michelin é proporcionar<br />

todas as performances essenciais<br />

para os condutores de ligeiros ou utilizadores<br />

de veículos comerciais, mesmo que<br />

não apareçam na etiqueta;<br />

- Os pneus Michelin proporcionam<br />

segurança em todas as circunstâncias,<br />

não só em estradas molhadas, como também em estradas secas.<br />

- Os pneus Michelin proporcionam também segurança nas curvas.<br />

- Além disso, os pneus Michelin garantem uma duração quilométrica sem par<br />

e a mantêm as suas performances durante to<strong>dos</strong> os quilómetros que se<br />

percorram.<br />

Toda a dificuldade é proporcionar estes benefícios ao mesmo tempo, num<br />

mesmo pneu, como ocorre no caso <strong>dos</strong> novos Michelin Energy Saver+ e Michelin<br />

Agilis+.<br />

Continental dá OK<br />

à etiqueta <strong>dos</strong> pneus<br />

A etiquetagem <strong>dos</strong> pneus, que será obrigatória<br />

a partir de 1 de Novembro deste ano (<strong>2012</strong>),<br />

para dar cumprimento ao Regulamento<br />

1222/2009, tem sido bem acolhida pelos fabricantes<br />

de pneus. Está neste caso a marca Continental,<br />

que concorda que esta iniciativa irá tornar<br />

mais transparente a comercialização <strong>dos</strong><br />

pneus. No entanto, a marca alemã entende que mais características de igual importância<br />

às três escolhidas deveriam figurar também na referida etiqueta. Este ponto<br />

de vista foi veiculado pelo porta-voz de imprensa da Continental, Alexander Bahlmann,<br />

que adiantou serem importantes para a opção de compra de um pneu o controlo<br />

direcional, a resistência ao aquaplaning e as distâncias de travagem em seco.<br />

Recorde-se que a futura etiqueta <strong>dos</strong> pneus apenas obriga a classificar a eficiência<br />

energética, nível de ruído e distâncias de travagem em piso molhado.<br />

Para os verdadeiros especialistas do pneu, há cerca de 20 características importantes<br />

num pneu, que são utilizadas, por exemplo, nos testes comparativos ou isola<strong>dos</strong><br />

realiza<strong>dos</strong> por revistas especializadas. Bahlmann também lamenta que as características<br />

específicas <strong>dos</strong> pneus de Inverno tenham sido pura e simplesmente ignoradas<br />

para a etiquetagem, quando este pneus são de grande importância para to<strong>dos</strong> os países<br />

do Norte da Europa.<br />

Lassa lança pneus Phenoma<br />

A empresa turca Lassa vai iniciar a<br />

comercialização do seu pneu de<br />

altas prestações e condução desportiva<br />

Phenoma, que estará<br />

disponível em 11 medidas,<br />

para jantes de 16 a 18 polegadas.<br />

Este pneu foi desenvolvido<br />

pelo centro de I+D da Brisa, uma<br />

joint-venture criada entre o grupo industrial turco Sabanci e a Bridgestone, o<br />

maior fabricante mundial de borracha e pneus.<br />

Fontes da Lassa informaram que o novo pneu Phenoma beneficia de um composto<br />

de alta tecnologia, sobre o qual não foram fornecidas especificações concretas,<br />

mas que proporciona boa aderência e facilidade de controlo em qualquer<br />

superfície seca ou molhada. O desenho da banda de rolamento do novo pneu<br />

proporciona o máximo de contacto com o solo e possui reforços nos ombros e<br />

nos flancos. O pneu foi entretanto ensaiado pela entidade alemã de certificação<br />

de qualidade TUV-SUD (Dezembro de 2010), que lhe atribuiu excelente rendimento<br />

em piso de asfalto. Na travagem a seco as distâncias de imobilização foram<br />

em média 2,9 m mais curtas do que outros quatro pneus competidores directos.<br />

A maneabilidade a seco também foi 5% superior à <strong>dos</strong> seus rivais, o mesmo<br />

sucedendo com a resistência ao rolamento, que se revelou 8% menor. Os<br />

resulta<strong>dos</strong> em piso molhado não foram revela<strong>dos</strong>, mas serão pelo menos equivalentes<br />

aos <strong>dos</strong> competidores. Como curiosidade, o designação do pneu Phenoma<br />

resultou de um concurso realizado pela Internet, em que participaram 3.000<br />

pessoas. Na realidade, não é melhor nem pior do que outras designações, mas já<br />

deu para pôr alguns milhares de cabeças a ferver… <br />

Bridgestone Ecopia<br />

EP001S A/A<br />

Com a chegada da nova etiqueta de características <strong>dos</strong><br />

pneus, passará a haver duas classes de pneus: os pneus<br />

A/A (máxima eficiência energética e mínima distância de<br />

travagem em molhado) e os outros pneus. Ciente disto, a<br />

Bridgestone programou para Outubro próximo o lançamento<br />

do seu novo pneu Ecopia EP001S, após a apresentação<br />

que terá lugar no Salão Internacional Automóvel de<br />

Paris, previsto para Setembro. O lançamento do novo Bridgestone<br />

Ecopia será precedido e acompanhado de uma grande<br />

campanha promocional, destinada a chamar a atenção <strong>dos</strong> revendedores e <strong>dos</strong> consumidores<br />

finais para as duas letras mágicas do futuro <strong>dos</strong> pneus na Europa: A/A. <br />

14<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


NOTÍCIAS<br />

AZ Auto<br />

distribui Bosch<br />

Após ter iniciado a comercialização<br />

da gama de produtos BOSCH,<br />

no final de 2011, a AZ Auto reforça a<br />

sua parceria comercial com a marca,<br />

passando a ser um Distribuidor<br />

Bosch.<br />

A procura permanente de oportunidades para inovar ao nível do portfólio de<br />

produtos e serviços que disponibiliza ao mercado, faz parte do ADN estratégico<br />

da AZ Auto. Neste sentido, a aposta na Bosch, uma marca com o carimbo da<br />

Qualidade Original, vem reposicionar a empresa como um player em destaque<br />

no aftermarket nacional, sendo um <strong>dos</strong> poucos distribuidores em que a marca<br />

alemã confia a comercialização da sua gama de produtos.<br />

O programa da Bosch, disponível na AZ Auto, é constituído por: Baterias; Velas<br />

(ignição e incandescência); Escovas Limpa-Vidros; Filtros; Travagem; Iluminação;<br />

Motores de arranque; Alternadores; Parkpilot; Sistemas Diesel; Sistemas<br />

Gasolina; Correias; Distribuição; Bobines Ignição; Sondas Lambda; Medidores<br />

de Massa de Ar; Produtos Exchange; Esi Tronic e Equipamento oficinal.<br />

RPL Clima apresenta Easyflush<br />

A RPLCLIMA apresentou a nova máquina de lavagem de circuitos de ar condicionado<br />

, denominada EASYFLUSH.<br />

Trata-se de um equipamento muito compacto (69x35x26 cm) com 25 kg de peso,<br />

que permite a lavagem normal e inversa, utilizando ar comprimido ou azoto para<br />

injetar o liquido de limpeza.<br />

Tanque de 20 litros, caixa de adaptadores para as peças a/c, manutenção simples<br />

(aspirar e limpar o filtro de alumínio depois de cada lavagem), garantia de um ano e<br />

a conformidade CE (ao abrigo das diretivas de segurança) são outras características<br />

do Easyflush. <br />

Ferrari FF com Bridgestone<br />

Potenza S001<br />

O novo Ferrari FF é uma das raras incursões<br />

do construtor italiano no conceito da tração integral,<br />

sendo propulsionado por um motor V12<br />

de 880 CV. Para civilizar toda esta potência, lá<br />

estão os UHP Potenza S001, que dispõem de reduzida<br />

resistência ao rolamento e uma construção mais leve, também ela energeticamente<br />

mais eficiente. Estes pneus da Bridgestone já eram aliás uma das opções de<br />

primeiro equipamento do Ferrari 458 Italia, de 570 CV. Desde 1990 que a marca japonesa<br />

Bridgestone colabora com o construtor de Maranello, altura em que equipou<br />

de origem o Ferrari 348 com os seus pneus. Desde então, muitos outros modelos<br />

da mítica marca italiana foram equipa<strong>dos</strong> com os pneus Bridgestone.<br />

Pirelli apresenta<br />

Cinturatto P7 Blue<br />

A Pirelli apresentou no Salão de Reifen o seu<br />

novo pneu de referência A/A, uma evolução do<br />

Cinturatto P7, destinado a modelos mais potentes.<br />

Partindo de um pneu já de topo na oferta europeia, a Pirelli conseguiu melhorar<br />

ainda as distâncias de travagem em molhado, que fica a menos 2,6 m do melhor<br />

pneu da categoria B do mercado. Em termos de eficiência energética, o novo<br />

Cinturatto P7 Blue consegue uma resistência ao rolamento 23% melhor do que<br />

um pneu da categoria C, o que permite economizar 5,1% em combustível. Ao<br />

contrário do Pirelli Cinturatto P7, que continua a ser fornecido para o mercado<br />

de primeiro equipamento, o P7 Blue será fornecido exclusivamente para o mercado<br />

de substituição. A estratégia da Pirelli é ambiciosa e quer tornar-se uma referência<br />

mundial absoluta em pneus de altas prestações e alta qualidade, até 2015.<br />

Trelleborg TM900 High Power. O pneu agrícola insuperável. Projectado em conjunto com os principais<br />

fabricantes de máquinas agrícolas, o TM900 High Power foi concebido para tractores com potências desde 200 até<br />

360 CV e para velocidades até 65 km/h. A elevada tracção, a excelente capacidade de autolimpeza, o conforto e o<br />

baixo consumo de combustível, fazem do novo Trelleborg TM900 High Power a mais avançada expressão do pneu<br />

agrícola radial.<br />

TRELLEBORG TM900 HIGH POWER.<br />

POTÊNCIA À PRIMEIRA VISTA.<br />

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REVISTA<br />

DOS PNEUS 15


SALÃO<br />

REIFEN <strong>2012</strong><br />

A grande montra!<br />

A 27ª edição do Salão Internacional de Reifen, que decorreu em Essen, de 4 a 8 de Junho de <strong>2012</strong>,<br />

foi a melhor de todas, tendo registado um número recorde de mais de 19.000 visitantes<br />

profissionais e 653 expositores de 44 países<br />

Especialistas de todas as áreas ligadas aos pneus,<br />

jantes e tecnologia de chassis, viajaram desde<br />

mais de 130 países para visitarem o Salão de<br />

Reifen e assim ficarem ao corrente das inovações<br />

e tendências de mercado. De acordo com os resulta<strong>dos</strong><br />

de um inquérito feito pela organização, mais<br />

de um terço <strong>dos</strong> visitantes fizerem encomendas durante<br />

a feira e fecharam negócios,<br />

sendo que 88%<br />

<strong>dos</strong> visitantes eram quadros<br />

decisores das empresas.<br />

Por sua vez, a maioria<br />

<strong>dos</strong> 653 expositores presentes<br />

mostraram-se muito satisfeitos com a sua participação<br />

e com os contactos realiza<strong>dos</strong> durante o certame.<br />

"Se você quiser estar presente neste sector a nível internacional,<br />

não pode falhar a feira de Essen", disse<br />

Frank Thorwirth, Chairman e CEO da Messe Essen.<br />

Idêntica opinião expressou Peter Hülzer, Diretor Executivo<br />

da BRV - Bundesverband Reifenhandel und<br />

Vulkaniseur-Handwerk ("Associação das Empresas do<br />

Comércio de <strong>Pneus</strong> da Alemanha”) "Esta feira foi um<br />

êxito para nós. Neste tempos complica<strong>dos</strong>, estávamos<br />

longe de imaginar a presença de um número tão elevado<br />

de visitantes tão importantes. Aliás, a qualidade<br />

Nesta edição <strong>2012</strong> do Salão de Reifen, o tema mais debatido nos<br />

corredores e nas salas de conferências e debates foi a nova etiqueta<br />

que será obrigatória a partir de Novembro deste ano<br />

<strong>dos</strong> visitantes melhorou muito em relação às edições<br />

anteriores deste evento. É uma oportunidade única<br />

para estabelecer ligações e falar pessoalmente com os<br />

membros da nossa associação. Os nossos contactos<br />

aumentam exponencialmente de cada vez que estamos<br />

presentes em Reifen".<br />

Comunicação ao vivo<br />

Apesar da intensa atividade comercial, o salão de<br />

Reifen é essencialmente uma plataforma de comunicação<br />

de to<strong>dos</strong> os operadores do sector <strong>dos</strong> pneus a nível<br />

global, na qual fabricantes e distribuidores de<br />

pneus, equipamentos e serviços se encontram com os<br />

seus clientes atuais e potenciais, tocando pontos de<br />

vista sobre as perspectivas<br />

do mercado, <strong>dos</strong><br />

produtos e das tendências.<br />

Nesta edição <strong>2012</strong> do<br />

Salão de Reifen, o tema<br />

mais debatido nos corredores<br />

e nas salas de conferências e debates foi a nova<br />

etiqueta que será obrigatória a partir de Novembro<br />

deste ano.<br />

Todas as marcas presentes mostraram estar já preparadas<br />

para afixar a etiqueta na sua gama de pneus à<br />

venda a partir do próximo mês de Novembro e consi-<br />

16<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


SALÃO<br />

deram que se trata de uma medida positiva para o comércio<br />

de pneus na Europa. A nova etiqueta irá incluir<br />

indicações relativas ao níveis de resistência ao rolamento,<br />

de aderência em molhado e de ruído emitido<br />

ao circular. Estes elementos objectivos de avaliação do<br />

pneu permitirão ao consumidor escalonar melhor as<br />

suas opções, uma vez que as designações comerciais<br />

muitas vezes não passam<br />

disso mesmo e até podem<br />

sugerir coisas que não existem.<br />

Outro tema que alimentou<br />

as conversas em Reifen<br />

foram os pneus verdes,<br />

ambientalmente compatíveis e energeticamente eficientes,<br />

com baixa resistência ao rolamento e incorporando<br />

óleos de fontes renováveis e biodegradáveis.<br />

Quanto aos pneus resistentes a furos ou Runflat,<br />

que permitem ao condutor alcançar um ponto de assistência<br />

com um pneu furado, não foram tão mostra<strong>dos</strong><br />

como na edição anterior do Salão, mas as principais<br />

marcas continuam a desenvolver esta tecnologia e<br />

a incluir na sua gama pneus Runflat.<br />

Pleno de vigor<br />

Na 27 edição da sua carreira, o Salão Reifen não perdeu<br />

o vigor, pelo contrário, apresentando-se em plena<br />

A generalidade <strong>dos</strong> expositores e visitantes saiu de Reifen na<br />

disposição de voltar para a próxima edição em 2014, confirman<strong>dos</strong>e<br />

assim o estatuto de Feira mais importante do sector <strong>dos</strong> pneus<br />

forma, numa altura em que a conjuntura económica<br />

internacional e muitos sectores de atividade se encontram<br />

a braços com dificuldades económicas.<br />

Este clima de optimismo e de aposta no futuro é claramente<br />

a vitória, não somente de um sector que entendeu<br />

claramente a necessidade e a inevitabilidade de<br />

mudança, pondo rapidamente em prática as soluções<br />

alternativas que podem assegurar a sua sustentabilidade,<br />

mas igualmente o início de uma mais nítida retoma<br />

<strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong> a nível global.<br />

Os desafios coloca<strong>dos</strong> ao desenvolvimento e à sustentabilidade<br />

da indústria de pneus estão neste momento<br />

respondi<strong>dos</strong> de forma rápida e eficiente, abrindo<br />

caminho ao crescimento<br />

futuro. A generalidade<br />

<strong>dos</strong> expositores e visitantes<br />

saiu de Reifen com esta<br />

convicção e na disposição<br />

de voltar para a próxima<br />

edição em 2014, que será a<br />

28ª Reifen. Nas páginas que seguem, apresentamos as<br />

novidades que as principais marcas de pneus levaram a<br />

Reifen, com destaque para as empresas portuguesas<br />

que mais uma vez marcaram presença no que é considerado<br />

o maior e mais importante Salão de <strong>Pneus</strong> do<br />

Mundo.<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 17


SALÃO<br />

REIFEN <strong>2012</strong><br />

ALLIANCE TIRE<br />

GROUP<br />

O Grupo ATG é uma empresa global especializada<br />

no estudo, desenvolvimento, fabrico e distribuição de<br />

pneus destina<strong>dos</strong> a equipamentos agrícolas, de exploração<br />

florestal, industriais, de construção e movimentação<br />

de terras, tanto para primeiro equipamento,<br />

como para o mercado de substituição, onde está presente<br />

com as marcas Alliance, Galaxy e Primex.<br />

Na feira de Reifen, a ATG apresentou algumas novidades,<br />

entre as quais o novo Alliance 528 Dual Master,<br />

como o nome indica destinado a equipamentos<br />

de rodado duplo, como escavadoras e outros equipamentos<br />

OTR compactos. O 528 Dual Master da Alliance<br />

está disponível para jantes de 9" de largura,<br />

com a medida 315/80R 22.5.<br />

Outra novidade ATG é o pneu Alliance All Steel<br />

Radial 624, a última geração de pneus para escavadoras<br />

e elevadores de forquilhas do mercado. A maior<br />

Vredestein Sportrac 5 vão do 185/55R 15 ao<br />

205/50R17. A medida de perfil mais baixo é a<br />

195/45R 16.<br />

BKT<br />

A presença da marca indiana BKT na feira de Reifen<br />

teve este ano um significado especial, porque a<br />

empresa comemora os 25 anos de actividade. Uma vitória<br />

<strong>dos</strong> princípios de ação e da estratégia de negócio<br />

escolhi<strong>dos</strong>, que assentaram desde logo nos investimentos<br />

em tecnologias, sistemas organizativos avança<strong>dos</strong><br />

e um objectivo de serviço ao cliente, tudo dentro<br />

de um compromisso social e ambiental inegociável.<br />

Começando humildemente em 1987 a fabricar<br />

pneus para veículos de 2 e 3 rodas, a BKT passou a fabricar<br />

pneus para viaturas fora de estrada em 1990.<br />

Em 1995, a marca resolve tentar a sua sorte no segmentos<br />

<strong>dos</strong> pneus OTR, um segmento onde é necessário<br />

investir com seriedade e possuir elevada capacidade<br />

tecnológica. Ao longo deste século, a empresa<br />

Andrea Vassura<br />

Diretor Comercial Marangoni<br />

Este ano temos estado a fazer uma análise das novas exigências<br />

europeias em relação ao sector <strong>dos</strong> pneus, que irá<br />

refletir-se na nossa atividade futura. Não interessa estar a<br />

trabalhar em produtos que não correspondam a essas novas<br />

exigências. O mercado português é um <strong>dos</strong> nossos alvos e um <strong>dos</strong> nossos<br />

mais antigos distribuidores é uma empresa portuguesa (Pneurama). Claro<br />

que os países do Sul da Europa estão a passar por uma conjuntura económica<br />

um tanto apertada, mas ao cabo de 20 anos já conhecemos bem os clientes e<br />

iremos apoiá-los para manter as nossas posições no mercado.<br />

O ano passado na Europa foi um ano excepcional para os pneus e nós agora<br />

estamos a pagar um pouco esse excesso de procura. O receio da subida de<br />

matérias-primas levou muitos distribuidores a apostarem em stocks a preços<br />

competitivos, o que fez aumentar o volume do mercado acima da média. Como<br />

esses stocks têm custos financeiros, está-se a notar neste 1º semestre de<br />

<strong>2012</strong>, uma quebra da ordem <strong>dos</strong> 20%, o que se compreende perfeitamente.<br />

Para termos boas vendas, temos que apresentar produtos competitivos nos<br />

vários segmentos e nas dimensões procuradas, assim como serviços compatíveis<br />

com as necessidades da distribuição. O mercado europeu de pneus é <strong>dos</strong><br />

mais exigentes do Mundo, sendo necessário ter o produto certo, no momento<br />

certo, para conseguir sucesso nas vendas. Em termos de preço, a Marangoni<br />

privilegia a relação preço/qualidade, onde o nível de qualidade é sempre um<br />

<strong>dos</strong> principais argumentos de venda. O pneu é um <strong>dos</strong> principais factores de<br />

segurança ativa do veículo e baixo preço significa alto risco.<br />

inovação deste pneu é o desenho bem aberto e destacado<br />

<strong>dos</strong> ombros do pneu, que proporciona excelente<br />

tração em solos macios, enquanto que os blocos de<br />

borracha do centro da banda de rolamento bem juntos,<br />

garantem uma óptima condução em estrada pavimentada.<br />

Ainda outra da marca Alliance é o Multiuse<br />

655, destinado como o nome indica a inúmeros equipamentos<br />

de transporte, industriais, de construção e<br />

serviços municipaliza<strong>dos</strong>.<br />

APOLLO TYRES<br />

A marca Vredestein surge agora associada à marca<br />

Apollo, formando uma empresa europeia Apollo Vredestein<br />

BV, que integra o grupo multinacional Apollo<br />

Tyres. Esta associação, no entanto, não retira à marca<br />

Vredestein a sua identidade tecnológica e inovadora,<br />

assentando provavelmente em sinergias comuns e<br />

em projetos paralelos.<br />

Foi isso mesmo que pudemos verificar em Reifen,<br />

onde as novidades da Vredestein aparecem ao lado<br />

das novidades da marca Apollo. Estas novidades marcantes<br />

são o novo pneu Apollo Aspire 4G e o novo<br />

pneu Vredestein Ultrac Vorti.<br />

No caso do pneu Apollo Aspire 4G, trata-se de um<br />

pneu de Verão UHP, destinado a veículos de turismo<br />

de gama alta, como o VW Passat, Audi A6 ou BMW<br />

Série 5, entre outros modelos. Na exposição de Reifen,<br />

o pneu estava montado num Mercedes-Benz da<br />

Classe E. Este pneu assegura um excelente comportamento<br />

em qualquer tipo de piso, seco ou molhado,<br />

independentemente da velocidade do veículo. Junto<br />

com este Aspire 4G, a Apollo apresentou também o<br />

pneu Amazer 3G Maxx, um pneu de Verão com desenho<br />

assimétrico, tendo recebido a classificação máxima<br />

nos testes comparativos do automóvel clube alemão<br />

ADAC em estrada molhada.<br />

Quanto ao novo pneu Vredestein Ultrac Vorti, trata-se<br />

de um pneu UHP muito evoluído, destinado a<br />

modelos de topo de gama e modelos muito desportivos,<br />

tendo um índice de velocidade Y, que permite ultrapassar<br />

os 300 km/h. Além do excelente comportamento<br />

a todas as velocidades e em to<strong>dos</strong> os pisos secos<br />

e molha<strong>dos</strong>, o novo Ultrac Vorti da Vredestein<br />

tem um desenho desportivo exclusivo da Giugiaro.<br />

Além de inúmeras inovações técnicas, o novo pneu<br />

Ultrac Vorti apresenta um nível de ruído reduzido, estando<br />

disponível nas medidas de 225/40ZR 18 até<br />

255/35ZR 20, para o eixo da frente, enquanto que as<br />

medidas para o eixo de trás oscilam entre 285/30ZR<br />

19 e 295/30ZR 20.<br />

Juntamente com o Ultrac Vorti, a Vredestein apresentou<br />

na feira de Essen o pneu de Verão Sportrac 5,<br />

já conhecido por ter vencido os testes do ADAC em<br />

2011. Não sendo um pneu para todas as estações, o<br />

Sportrac 5 enfrenta qualquer tipo de piso com excelentes<br />

resulta<strong>dos</strong>, sendo um pneu que pode conciliar<br />

o silêncio de rodagem, com o conforto e uma condução<br />

desportiva. Desenhado também pelo atelier de<br />

Giugiaro, este pneu tem o piso assimétrico e está previsto<br />

com o índice de velocidade V. As medidas do<br />

foi construindo novas fábricas e ampliando o seu negócio,<br />

ao ponto de hoje dispor de 5% do mercado<br />

global deste tipo de pneus, mas prevendo chegar aos<br />

10% já dentro de dois anos (2014), altura em que deverá<br />

chegar aos dois biliões de dólares de faturação.<br />

No entanto, a ambição é chegar à liderança do mercado<br />

de pneus Off-Highway (fora de estrada) e toda a estratégia<br />

está apontada nesse sentido.<br />

Apesar deste evidente sucesso nos negócios, a BKT<br />

não esqueceu os seus compromissos para com a sociedade<br />

e para com o ambiente. As fábricas do Norte da<br />

Índia possuem geração eólica de energia que assegura<br />

40% das suas necessidades energéticas. A água da chuva<br />

é filtrada, utilizada, reciclada e utilizada novamente<br />

na rega de terrenos de cultivo vizinhos da fábrica.<br />

Programas de reciclagem de resíduos e de protecção<br />

da água e <strong>dos</strong> solos são ativamente desenvolvi<strong>dos</strong> pela<br />

empresa nas suas áreas de intervenção. A mais recente<br />

unidade de produção da BKT, que deverá ser ativada<br />

ainda este ano – uma unidade fabril equipada com as<br />

18<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


SALÃO<br />

REIFEN <strong>2012</strong><br />

mais altas tecnologias na fabricação de pneus -, é mesmo<br />

capaz de ser totalmente autónoma energeticamente<br />

e ainda fornece energia à comunidade envolvente,<br />

na qual emprega trabalhadores e desenvolve<br />

projetos sociais de educação e de apoio social.Da<br />

gama atual de pneus da BKT fazem parte as linhas de<br />

produto Maglift (pneus industriais), Agrimax Force<br />

(pneus agrícolas), Earthmax (movimentação de terras)<br />

Ridemax e Multimax, tornando a BKT na marca com<br />

a mais abrangente gama de pneus fora de estrada.<br />

BRIDGESTONE<br />

A Bridgestone, o maior produtor mundial de<br />

pneus, apareceu em Reifen a defender aquilo que é<br />

mais do que óbvio, isto é, a redução de custos para as<br />

frotas, começando por aquilo que domina perfeitamente,<br />

a tecnologia do pneu. Na realidade, todo o<br />

stand da Bridgestone em Reifen, com 450 m2, estava<br />

integralmente consagrado à estratégia Total Tyre Life,<br />

que pretende para já aliviar os custos das frotas, já a<br />

duas versões do seu Ecopia: H-STEER (eixo da frente)<br />

e H-DRIVE (eixo motriz), que utilizam ambos a tão<br />

falada nano tecnologia do composto de borracha<br />

(NanoPro-Tech). O Ecopia direcional por seu turno<br />

proporciona uma resistência ao rolamento 18,9% menor<br />

do que um pneu convencional, enquanto que o<br />

pneu Ecopia de tração consegue uma redução de<br />

26,5% dessa resistência. Em conjunto, os dois tipos<br />

de pneu garantem uma economia de 4,4% de combustível<br />

(que representa cerca de 25% ou mais <strong>dos</strong><br />

custos totais de um veículo de transporte). Por detrás<br />

da economia, está também subjacente a ideia de uma<br />

condução mais profissional e portanto mais segura.<br />

CONTINENTAL<br />

A jogar em casa, o fabricante alemão não tinha<br />

muito que demonstrar em Essen. Um <strong>dos</strong> conceitos<br />

sensatos que a marca levou à feira de Essen foi o de<br />

que o mercado cada vez mais pede pneus de verão<br />

que tenham boa aderência no molhado, aliás um <strong>dos</strong><br />

composto conhecido por BlackChilli, que tira partido<br />

da variação de vibrações do pneu. Para automóveis,<br />

o novo ContiSportContact 5 está previsto para<br />

jantes de 17/18", com relações dimensionais de 50% a<br />

35%. Para SUV, as medidas de jante vão de 18" a 20" e<br />

relações dimensionais de 55% a 40%. Nos dois casos,<br />

o índice de velocidade alcança os 300 km/h. A Continental<br />

apresentou também o ContiEcoContact 5,<br />

um pneu que combina baixa resistência ao rolamento,<br />

com elevadas prestações e enorme segurança, que<br />

será fabricado em 42 medidas para jantes de 14" a 17".<br />

O índice de velocidade permite alcançar até 300<br />

Km/h.<br />

A Continental não podia esquecer os operadores<br />

profissionais e guardou para eles uma surpresa: o<br />

novo pneu VancoEco, que permite uma redução da<br />

resistência ao rolamento de 30% e uma redução de<br />

consumo de 4%. Vai estar disponível para a maioria<br />

<strong>dos</strong> comerciais ligeiros do mercado, dispondo de medidas<br />

de jante de 15" a 17" e relações dimensionais<br />

(perfil) de 50% a 75%.<br />

Lucia Salmaso<br />

Diretora Marketing BKT<br />

Viemos a Reifen principalmente para encontrar os nossos<br />

clientes e estabelecer planos de negócio para o futuro. Temos<br />

aqui presentes cinco modelos de pneus BKT, cuja tecnologia<br />

permite suportar cargas elevadas com baixa pressão,<br />

uma condição importante para pneus agrícolas, porque preservam o solo e<br />

são mais confortáveis para os operadores das máquinas. Temos pneus igualmente<br />

específicos para uso em estrada, com boas características de tração<br />

para reboques. A nossa gama atual inclui ainda pneus para porta-paletes e<br />

monta-cargas de forquilhas, máquinas industriais e para usos diversifica<strong>dos</strong>.<br />

A nova fábrica é um investimento que visa reforçar a nossa capacidade de<br />

produção. A estratégia consiste em aumentar a capacidade de entrega para o<br />

mercado de primeiro equipamento, sem colocar em risco o habitual fornecimento<br />

aos nossos fiéis clientes do mercado de substituição. Com os novos investimentos,<br />

devemos aumentar a nossa produção cerca de 80%. Além do volume,<br />

pretendemos igualmente diversificar a nossa oferta, tendo em vista<br />

preencher certos nichos de mercado, como a indústria florestal, por exemplo.<br />

No próximo ano, apostaremos igualmente em pneus OTR para mineração e<br />

para a indústria de construção e obras públicas. O mercado europeu representa<br />

cerca de 50% das nossas vendas e é seguramente o nosso mercado<br />

mais importante. Estamos à espera de um bom ano de vendas em <strong>2012</strong>, com<br />

um crescimento a rondar os 30%. Temos boas perspectivas para o mercado<br />

português e vamos continuar a lutar com as principais marcas de primeiro<br />

plano, para conquistar mais quota de mercado.<br />

braços com os custos incontroláveis <strong>dos</strong> combustíveis.<br />

Usando uma analogia inteligente entre a vida do<br />

pneu e modelo do ADN, a marca japonesa criou no<br />

seu stand todas as fases da vida do pneu.<br />

A Bridgestone considera a recauchutagem um factor<br />

essencial na rentabilidade de utilização do pneu,<br />

por isso, no seu stand foi dado destaque ao método<br />

Bandag de recauchutagem a frio, como sendo o processo<br />

de recauchutagem mais seguro e rentável da<br />

atualidade, permitindo duas ou três recauchutagens,<br />

em muitos casos. Segundo as contas efectuadas pela<br />

Bridgestone, o custo quilométrico de um pneu recauchutado<br />

é 30% inferior ao de um pneu novo. Além<br />

disso, o processo de recauchutagem permite reduzir<br />

as emissões de CO2 em 30%, relativamente à produção<br />

de um pneu novo.<br />

A Bridgestone demonstrou que o pneu pode começar<br />

a economizar desde os primeiros quilómetros na<br />

estrada. A nova linha de pneus Ecopia para camião é a<br />

resposta para esse tipo de economia. A marca propõe<br />

parâmetros requeri<strong>dos</strong> pela nova etiquetagem <strong>dos</strong><br />

pneus.<br />

Exemplo de pneu que usa polo e gabardina ao mesmo<br />

tempo é o novo ContiPremiumContact 5, um<br />

pneu da última geração, dotado de tecnologia de baixa<br />

resistência ao rolamento e a consequente eficiência<br />

energética. Trata-se além disso de um pneu com boas<br />

características de condução e conforto, grande rendimento<br />

quilométrico e superior segurança, como já é<br />

habitual nos produtos Continental. Este pneu será fabricado<br />

para to<strong>dos</strong> os tipos de carros, dispondo de 26<br />

dimensões diferentes, para jantes de 14" a 17", com<br />

índice de velocidade até 270 km/h.<br />

Dentro da sua filosofia económica e ambiental de<br />

produzir pneus para todas as estações do ano, a marca<br />

Continental apresentou igualmente o ContiSport-<br />

Contact 5, Trata-se de um pneu destinado a automóveis<br />

e SUV de características desportivas, onde se tenta<br />

conciliar elevada segurança com uma condução dinâmica.<br />

Este pneu beneficia de uma tecnologia de<br />

COOPER TIRE<br />

Este fabricante inglês levou a Essen as duas marcas<br />

de pneus que produz, Cooper e Avon, destacando-se<br />

as novidades em pneus para veículos 4 x 4 e pneus<br />

UHP para automóveis e para motos. Como fabricante<br />

de volumes reduzi<strong>dos</strong>, a Cooper Tire aposta em nichos<br />

de mercado, onde consegue obter maior rentabilidade<br />

do que em segmentos de alta concorrência. Para<br />

veículos 4 x 4, as novidades são os pneus Cooper Discoverer<br />

S/T MAXX e o Discoverer A/T3. Na marca<br />

Avon, a vedeta era o ZZ5 UHP, que vem complementar<br />

o já existente ZZ3. Nas motos, a nova gama 3D Ultra<br />

era a atracção maior.<br />

O pneu Cooper Discoverer S/T MAXX beneficia<br />

da tecnologia de construção Armor Tek3, que lhe confere<br />

excepcional resistência e durabilidade, com reforço<br />

das paredes laterais. Isso mesmo foi comprovado<br />

no início do ano, quando este pneu participou no último<br />

Rali Dakar, monta<strong>dos</strong> num Toyota Land Cruiser<br />

20<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


SALÃO<br />

150. Os pneus asseguraram o primeiro lugar na classe<br />

ao condutor, depois de percorrerem mais de 9.000 km<br />

extremamente duros e nas mais diversas condições climáticas,<br />

sem qualquer tipo de anomalia. Já o Discoverer<br />

A/T3 é um pneu mais versátil, destinado ao mercado<br />

europeu, que se sente tão à vontade na cidade,<br />

como na auto estrada ou na montanha.<br />

FALKEN<br />

Esta marca é a face europeia do grupo japonês Sumitomo,<br />

apresentando uma gama de pneus tecnologicamente<br />

avança<strong>dos</strong> para automóveis, SUV e veículos<br />

comerciais. A presença da Falken nas provas do campeonato<br />

mundial de resistência e nas prova da American<br />

LeMans Series tem ajudado a desenvolver uma<br />

tecnologia para veículos de estrada muito evoluída,<br />

tornando os pneus competitivos, tanto no mercado de<br />

origem, como no de substituição.<br />

As principais novidades foram os pneus de altas<br />

prestações Falken AZENIS FK453 e FK453CC, destina<strong>dos</strong><br />

a veículos de topo de gama e elevada potência.<br />

No todo o terreno moderado, fez a sua aparição o<br />

novo pneu Falken Wildpeak A/T AT01, enquanto<br />

que o pneu Falken ZIEX ZE 914 Ecorun é um pneu<br />

que se caracteriza por reduzida resistência ao rolamento<br />

e elevada aderência em molhado, para to<strong>dos</strong> os tipos<br />

de automóveis. Já o novo Falken Eurowinter<br />

HS449 é como a designação indica um pneu de Inverno,<br />

que proporciona boa aderência em estrada cobertas<br />

de neve e gelo. A gama de pneus SINCERA SN é<br />

destinada a veículos de uso diário, oferecendo conforto,<br />

segurança e bom rendimento quilométrico. Estes<br />

pneus deverão estar brevemente disponíveis no mercado<br />

português.<br />

FEDERAL<br />

Este ano a Federal apresentou duas novidades, sendo<br />

a primeira um novo pneu para viaturas de topo de<br />

gama, com medidas a partir de 16" até 20/21". A outra<br />

é um pneu de neve, pensado para situações climáticas<br />

como as da Escandinávia, onde existe neve durante<br />

uma grande parte do ano. Basicamente, a presença da<br />

Federal em Reifen visou encontrar novos clientes,<br />

apresentar os seus produtos e novidades, bem como<br />

recolher informações sobre a nova legislação europeia<br />

sobre a etiquetagem de pneus para o consumidor final.<br />

A marca Federal está na Europa há mais de trinta<br />

anos, mas reconhece que ainda não fez tudo o que era<br />

necessário em termos de imagem de marca. Está por<br />

isso a pensar desenvolver mais iniciativas para promover<br />

a imagem da marca junto do grande público. Em<br />

termos de vendas, este é um ano em que pretende<br />

manter as suas posições no mercado, porque a economia<br />

europeia está a passar por alguns sobressaltos. Não<br />

está por isso a pensar crescer em termos de volumes de<br />

vendas durante <strong>2012</strong>.<br />

Relativamente ao mercado português, a marca Federal<br />

já teve uma boa expansão, mas perdeu um pouco<br />

o ritmo nos últimos anos. Vai por isso reforçar a imagem<br />

e promover ações de marketing para revitalizar a<br />

marca e chegar a maior número de consumidores.<br />

“Estamos satisfeitos com o arranque deste ano e iremos<br />

continuar a reforçar a nossa presença com pneus<br />

de altas prestações e outros produtos que o mercado<br />

actual exige. Vamos fazer tudo o que pudermos para<br />

promover a marca no mercado português e alcançar<br />

resulta<strong>dos</strong> compatíveis com o passado da marca”, refere<br />

Pedro Conceição, Administrador da Aguesport, importador<br />

da marca Federal para Portugal. O crescimento<br />

da marca é resultado de investimentos contínuos<br />

nas últimas tecnologias e nos melhores recursos humanos.<br />

Sendo uma empresa orientada para o cliente, A<br />

Federal depende do desempenho <strong>dos</strong> seus colaboradores,<br />

mantendo sempre viva a chama da inovação.<br />

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REVISTA<br />

DOS PNEUS 21


SALÃO<br />

REIFEN <strong>2012</strong><br />

GT RADIAL<br />

A grande estratégia de mercado desta marca assenta<br />

principalmente no reforço de produtos e serviços no<br />

muito competitivo e ambicionado segmento <strong>dos</strong><br />

pneus de pesa<strong>dos</strong>, no qual a GT Radial é o quarto fornecedor<br />

do mercado europeu. De uma assentada, a<br />

marca apresentou em Reifen quatro novos pneus para<br />

veículos comerciais, dois quais dois novos produtos<br />

para camiões de média tonelagem e transporte regional,<br />

na medida de jante 17,5".<br />

Os novos pneus GAR820 (direcional) e GDR619<br />

(tração) obedecem às mais recentes tendências, que<br />

exigem pneus mais confortáveis, mais silenciosos,<br />

com bom comportamento em seco e em molhado,<br />

bem como uma taxa reduzida de desgaste e longa quilometragem.<br />

Ambos os pneus aparecem na medida<br />

215/75R17.5 de imediato, mas novas medidas de<br />

grande solicitação serão lançadas ao longo de 2013.<br />

Outra novidade é o pneu GDR621, um pneu de tração<br />

de tráfego regional para o Inverno, com a medida<br />

que sejam as condições do piso. Trata-se de um pneu<br />

assimétrico de composto com alto teor de sílica, que<br />

estará disponível em 43 medidas, a partir de<br />

195/45R15, até 255/35ZR20, com códigos de velocidade<br />

de V a W.<br />

Quanto ao novo Champiro VP1, trata-se de um<br />

pneu versátil para todas as estações, que apresenta<br />

boas prestações, tanto em piso seco, como molhado,<br />

com baixa resistência ao rolamento, bom controlo do<br />

ruído e elevado rendimento quilométrico. O pneu<br />

Champiro VP1 será lançado em 28 medidas, desde<br />

165/80R13, até 205/55R16, com códigos de velocidade<br />

de T a V.<br />

GOODYEAR<br />

DUNLOP<br />

A Goodyear/Dunlop apostou tudo no marketing a<br />

partir da nova etiqueta para o consumidor europeia e<br />

apresentou o novo pneu Sport BluResponse AA,<br />

onde os dois A referem a máxima classificação em eficiência<br />

energética e em distância de travagem em molhado.<br />

Por outro lado, o BluResponse significa provavelmente<br />

blunt response, quer dizer resposta de cortar a<br />

respiração, um apelo claro aos jovens mais radicais,<br />

mas com pouco significado para o consumidor em geral,<br />

excepto no que implica de margem de segurança.<br />

O pneu Sport BluResponse AA concorre para cumprir<br />

as elevadas expectativas europeias em matéria de<br />

eficiência e aderência em piso molhado. A etiqueta<br />

AA nos pneus significa que o Sport BluResponse AA<br />

alcançou os mais eleva<strong>dos</strong> níveis de classificação em<br />

termos de eficiência de consumo de combustível e<br />

aderência em piso molhado, conforme estabelecido<br />

na nova regulamentação europeia sobre etiquetas de<br />

pneus. Este pneu foi especificamente concebido para<br />

fins de Investigação e Desenvolvimento e de momento<br />

não se encontra disponível, sendo utilizado, principalmente,<br />

como base para desenvolvimento de futuros<br />

pneus de elevadas classificações, a serem lança<strong>dos</strong><br />

num futuro próximo e para demonstrações de pneus<br />

em diversos eventos.<br />

Para a Goodyear/Dunlop, a etiqueta traz consigo o<br />

desafio de fornecer um pneu desportivo, com um elevado<br />

grau de desempenho, mas que cumpra também<br />

com alguns <strong>dos</strong> principais critérios da etiqueta no<br />

mercado. A apresentação do pneu Sport BluRepsonse<br />

AA é um reconhecimento da capacidade <strong>dos</strong> engenheiros<br />

da marca em cumprir com o que é exigido,<br />

combinando um pneu desportivo, com uma elevada<br />

classificação na etiqueta“.<br />

Os pneus desenvolvi<strong>dos</strong> com base em algumas das<br />

tecnologias <strong>dos</strong> pneus de competição Dunlop, combinam<br />

a classificação AA sem comprometer os critérios<br />

de rendimento mais desportivos do pneu. Esta<br />

tecnologia foi alcançada graças à aplicação de um<br />

composto recentemente desenvolvido, uma tecnologia<br />

concebida para reduzir a produção de calor no<br />

pneu, uma estrutura de banda melhorada e novas técnicas<br />

de fabrico.<br />

Augustine Ting<br />

Diretor Vendas Maxxis<br />

Este ano, estamos a apresentar um novo pneu de Verão, vários<br />

pneus 4 x 4, para além <strong>dos</strong> pneus de Inverno, que representam<br />

40% do mercado alemão. Basicamente, estas são as<br />

novidades a nível e produto. No que respeita à nova etiqueta, a<br />

legislação aponta para 1 de Novembro e nós vamos ter os nossos pneus prontos<br />

nessa data. Somos um fabricante de primeira linha e não podemos falhar<br />

em nada relativo a aspectos legais. Estamos igualmente a desenvolver um<br />

pneu Verde, que estará no mercado no primeiro trimestre de 2013.<br />

Este ano não vai ser um bom ano para todo o mercado, mas nós pensamos<br />

ultrapassar as dificuldades com a boa qualidade do produto e um marketing<br />

um pouco mais agressivo. Certamente que gostaríamos de ter sempre um<br />

pouco mais de visibilidade. No entanto, estamos em 70 países e a Europa só<br />

representa para a Maxxis entre 5 e 10% do total de vendas. Maior notoriedade<br />

acabará por chegar, porque a empresa continua a crescer a nível global e também<br />

em Portugal, onde o importador Easy<strong>Pneus</strong> tem feito um bom trabalho<br />

de promoção e divulgação da marca.<br />

Hoje, a concorrência no mercado de pneus existe num patamar muito elevado.<br />

A União Europeia está a exigir pneus certifica<strong>dos</strong> e com especificações rogorosas<br />

quanto a compatibilidade ambiental, emissão de ruído e aderência<br />

em piso molhado, pelo que nós temos que acompanhar essas exigências. Estamos<br />

a desenvolver tecnologias para termos os nossos pneus ao nível <strong>dos</strong><br />

padrões de qualidade existentes na Europa. Só assim podemos competir neste<br />

exigente mercado.<br />

315/80R22.5, tendo sido testado durante anos em todas<br />

as condições de condução, incluindo neve, gelo e<br />

pisos secos ou molha<strong>dos</strong>. Para reboques e semi-reboques<br />

de longo curso, surge também o novo pneu<br />

GTL925, que será apresentado na medida<br />

435/50R19.5, a mais utilizada em reboques de grande<br />

volume de carga.<br />

Paralelamente a estes produtos, que cobrem as<br />

principais necessidades do mercado, a marca GT Radial<br />

lançou o conceito GT REE TREAD, que pode<br />

ser decifrado como Reliable, Economical e Environmental<br />

(fiável, económico e ecológico). O conceito<br />

está disponível em pneus prontos a usar ou como serviço<br />

de recauchutagem a quente, mediante contrato<br />

de gestão das várias vidas <strong>dos</strong> pneus. No segmento<br />

<strong>dos</strong> pneus para veículos ligeiros, a GT Radial lançou<br />

em Reifen o novo pneu Champiro UHP1, um pneu<br />

de altas performances que assegura excelentes prestações<br />

em seco e em molhado, controlo direcional impecável<br />

e fortes desacelerações em travagem, qualquer<br />

HANKOOK<br />

Tirando partido de uma estratégia prudente <strong>dos</strong> fabricantes<br />

de pneu clássicos, em face do atual ciclo económico,<br />

a Hankook Tire tomou praticamente de assalto<br />

o apetecível mercado alemão, onde já possui<br />

uma quota de mercado de 30%, incluindo contratos<br />

de primeiro equipamento com alguns <strong>dos</strong> principais<br />

construtores germânicos. O stand de exposição da<br />

Hankook em Reifen espelhava de resto a agressividade<br />

comercial e de marketing do fabricante euro/coreano,<br />

a partir do momento em que estabeleceu o importante<br />

centro de produção estratégico na Hungria. Nesse<br />

stand, estavam em primeiro plano as duas lanças da<br />

sua estratégia de marketing no mercado alemão, ou<br />

seja, o Audi que disputa o campeonato alemão de turismos<br />

DTM e o Mercedes-Benz SLS AMG GT3, que<br />

disputou a última edição das 24 Horas de Nurburgring.<br />

Junto aos carros, obviamente, lá estavam os<br />

pneus racing de generosas dimensões da Hankook.<br />

22<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


SALÃO<br />

REIFEN <strong>2012</strong><br />

No entanto, o triunfo da Hankook no mercado europeu<br />

não é somente marketing e imagem de marca,<br />

mas assenta igualmente numa tecnologia de vanguarda<br />

e numa estratégia de negócio milimetricamente<br />

delineada.<br />

Exemplo disso é o lançamento do novo pneu Kinergy<br />

Eco, que ultrapassa a nova etiqueta europeia e<br />

introduz no mapa um novo critério de eficiência: a<br />

energia cinética.<br />

Para conseguir conciliar a maior eficiência cinética<br />

do pneu Kinergy Eco com a sua duração ou rentabilidade<br />

quilomética, a Hankook recorreu à nano tecnologia<br />

do composto e ao desenho optimizado <strong>dos</strong> blocos<br />

de borracha da banda de rolamento.<br />

Este novo pneu estará brevemente disponível em<br />

to<strong>dos</strong> os 27 esta<strong>dos</strong> membros da União Europeia e<br />

será fornecido em 38 medidas diferentes, para jantes<br />

de 14" a 16" e com relações dimensionais entre 70 e<br />

50. A espessura das bandas de rolamento variam entre<br />

155 e 215 mm e os índices de velocidade são T, H<br />

e V.<br />

Dentro <strong>dos</strong> pneus para veículos ligeiros, a marca<br />

Hercules dispõe da gama RAPTIS, à frente da qual está<br />

o WR1, um pneu de altas prestações que pode atingir<br />

os 300 km/h. Trata-se de um pneu de desenho assimétrico<br />

com quatro canais de drenagem na banda de rolamento,<br />

que asseguram baixo nível de ruído, boa resposta<br />

direcional e a travagens, em piso seco ou molhado,<br />

além de grande conforto de condução. O canal<br />

mais exterior tem arestas que favorecem a tração, permitindo<br />

que este pneu entre no segmento M+S. A baixa<br />

economia de combustível e de emissões de CO2<br />

para o ambiente, são também dois factores de destaque<br />

no Raptis WR1, sem esquecer um alto desempenho<br />

quilométrico devido à reduzida resistência do<br />

pneu ao rolamento. Os técnicos da Hercules fabricaram<br />

o novo Raptis WR1 para atender a todas as normas<br />

europeias, nomeadamente no que respeita ao baixo<br />

nível de ruído. Quanto aos pneus para veículos comerciais<br />

possui a gama Power CV e para os 4x4 dispõe<br />

da gama Diger MT, dedicada à competição, com um<br />

piso muito agressivo e também da gama All Trac.<br />

INFINITY<br />

Os temas ecológicos continuam a preencher a melhor<br />

atenção das marcas, refletindo-se no marketing e<br />

no posicionamento e cada uma.<br />

Na Infinity Tyres, após 24 meses de estudo e desenvolvimento,<br />

surgiram dois novos pneus para automóveis,<br />

dentro das mais recentes tendências: o Ecomax e<br />

o Ecosis.<br />

O primeiro é um pneu UHP, enquanto que o segundo<br />

está no segmento <strong>dos</strong> pneus de altas prestações.<br />

Testes intensivos realiza<strong>dos</strong> até agora em diversos<br />

países europeus, demonstram que os novos pneus<br />

da Infinity estão ao nível do que de melhor se faz neste<br />

momento da Europa. Ambos beneficiam das tecnologias<br />

exclusivas da marca EFFE (Eco-Friendly Fuel<br />

Efficient) e ACCC (Advanced Comfort Control<br />

Construction).<br />

O Infinity Ecomax proporciona uma condução excelente,<br />

grande precisão de trajetória ao curvar e extraordinária<br />

aderência em qualquer piso seco ou molhado.<br />

De qualquer modo, o composto da banda de<br />

rolamento com alto teor de sílica é um certificado de<br />

boas prestações em molhado. Desenho assimétrico e<br />

largos canais longitudinais facilitam a drenagem da<br />

água em pisos molha<strong>dos</strong>, mas também tornam o controlo<br />

direcional e a tração óptimos em pisos secos, ao<br />

mesmo tempo que reduzem o nível de ruído a alta velocidade.<br />

A eficiência energética é outro ponto alto<br />

deste novo pneu, que está disponível em medidas<br />

desde 205/45R 16 XL, até 255/35R 19 XL, com índices<br />

de velocidade W e Y.<br />

O novo Infinity Ecosis é um excelente pneu de Verão,<br />

que pode circular em todas as condições climáticas<br />

e to<strong>dos</strong> os tipos de vias, garantindo excelente nível<br />

de conforto e de estabilidade. A banda de rolamento<br />

tem quatro canais longitudinais e ombros reforça<strong>dos</strong>,<br />

tornando a condução estável e precisa. Beneficia<br />

igualmente de compostos de sílica e características de<br />

eficiência energética avançadas. Estará disponível nas<br />

medidas utilizadas nos veículos mais populares do<br />

Carlos Viñas<br />

Diretor Comercial Falken<br />

Estamos a apresentar duas novidades principais. A primeira<br />

é o pneu Azenis FK453, um produto de altas prestações,<br />

para veículos de topo de gama. Temos ainda uma versão CC<br />

do mesmo pneu para veículos do tipo SUV. O novo pneu FK<br />

453 substitui o anterior FK 452. A gama para já é limitada, mas dentro de alguns<br />

meses teremos 70 medidas diferentes. O outro novo pneu é o Ziex ZE914,<br />

que sairá já a partir de <strong>Julho</strong> com a nova etiqueta de características do pneu. O<br />

453 também já trará a nova etiqueta. A nossa marca tem uma história. Em<br />

1999 pertencia ao Grupo Sumitomo, que tinha formado uma aliança com a<br />

Goodyear Tire and Rubber Company. Em 2003 a Goodyear-Dunlop iniciou a<br />

distribuição <strong>dos</strong> pneus Falken. Em 2010 a Falken Tyre Europe GmbH iniciou as<br />

suas operações em toda a Europa. Abrimos um escritório na Alemanha e daí<br />

passámos para outros merca<strong>dos</strong> de referência, como a França, Itália e o mercado<br />

ibérico. Em Portugal a marca é conhecida, mas Sul da Europa os hábitos<br />

não mudam muito rapidamente. Como orientais, nós utilizamos uma filosofia<br />

de progresso tranquilo, fazemos as coisas com calma e com perfeição, para<br />

depois aguardarmos pelos resulta<strong>dos</strong>. O mercado está difícil em toda a Europa,<br />

mas nós continuamos a trabalhar com o mesmo objectivo e isso garantenos<br />

para já um papel na primeira linha <strong>dos</strong> pneus de qualidade.<br />

Estamos optimistas, porque os pneus Falken têm uma boa relação<br />

preço/qualidade e temos condições para continuar a crescer, numa altura que<br />

to<strong>dos</strong> reconhecem que não é fácil. Continuaremos a crescer em toda a Europa<br />

e em Portugal também, embora com números pequenos.<br />

HERCULES<br />

Os pneus Hercules, comercializa<strong>dos</strong> em Portugal<br />

pela Alves Bandeira, apresentaram em Reifen os mais<br />

recentes modelos das gamas Turismo, Comerciais e<br />

4x4. Fabrica<strong>dos</strong> com a última tecnologia “Made in<br />

USA”, os pneus Hercules possuem pisos modernos e<br />

bastante atrativos, oferecendo uma alargada gama<br />

competitiva de produtos de alta qualidade que se baseia<br />

no valor, sendo a sua relação qualidade/preço a<br />

sua principal característica cumprindo to<strong>dos</strong> os novos<br />

regulamentos europeus relativos aos pneus.<br />

Paulo Santos responsável comercial da Alves Bandeira<br />

assume que “A Hercules é de facto uma das grandes<br />

apostas da Alves Bandeira que pretende no ano de<br />

<strong>2012</strong> consolidar ainda mais a sua posição no mercado<br />

<strong>dos</strong> pneus, sendo esta nova marca um importante<br />

trunfo para o seu objectivo, fruto do padrão de qualidade<br />

que oferece e da sua abrangência de referências<br />

que cobre as principais necessidades do mercado.<br />

mercado europeu. Os pneus Infinity são produzi<strong>dos</strong><br />

por parceiros industriais na China, mas todo o processo<br />

de desenvolvimento, desenho, compostos e<br />

moldes são estuda<strong>dos</strong> pela Infinity e são exclusivos, o<br />

que também garante os padrões de qualidade da produção.<br />

LASSA<br />

Esta marca de origem turca é fabricada pela BRISA,<br />

uma joint venture entre o maior produtor turco de<br />

pneus Sabanci Tyre Manufacturing e a Bridgestone.<br />

O resultado é uma vasta gama de pneus, que é distribuída<br />

em mais de 50 países. Na feira de Essen, a Lassa<br />

levou para exposição 18 <strong>dos</strong> seus melhores pneus de<br />

diversos tipos. No topo da oferta está o pneu Lassa<br />

Phenoma, um pneu de Verão UHP desenvolvido<br />

com a experiência adquirida no bem sucedido Lassa<br />

Rally Team, desde 2002. Este pneu está disponível<br />

nas 11 medidas mais populares na Europa, sendo in-<br />

24<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


SALÃO<br />

dicado para veículos de alta performance ou para o<br />

tuning. Segundo a marca, este pneu consegue distâncias<br />

de travagem mais curtas 2,9 m do que os seus<br />

competidores e 5% mais de estabilidade em piso molhado.<br />

O primeiro pneu ecológico da marca foi apresentado<br />

em Reifen, dando pelo simpático nome de<br />

Greenways. Este pneu adapta-se às normas europeias<br />

de eficiência energética e estará disponível em 20 medidas,<br />

no início de 2014.<br />

O marketing da marca Lassa é bastante ousado,<br />

sendo sponsor do clube do futebol alemão Borussia<br />

Monchengladbach durante a presente temporada<br />

2011/12 e na de <strong>2012</strong>/2013. Graças e esse facto, os visitantes<br />

do stand da Lassa podiam jogar um jogo virtual<br />

de futebol.<br />

Com uma produção anual de 10 milhões de pneus<br />

a BRISA fabrica pneus para automóveis, veículos 4 x<br />

4, para comerciais ligeiros e para outros veículos, tendo<br />

na qualidade de construção e no valor da relação<br />

preço/qualidade os principais argumentos de venda<br />

no mercado.<br />

LINGLONG TYRE<br />

Apesar de não ser das marcas mais conhecidas, a<br />

LingLong está no mercado desde 1975 e possui uma<br />

fábrica na China com a área de 110 hectares, onde são<br />

produzi<strong>dos</strong> anualmente 35 milhões de jogos de<br />

pneus, por uma equipa de mais de 5.800 emprega<strong>dos</strong>.<br />

Estes pneus são vendi<strong>dos</strong> em mais de 160 países e geraram<br />

em 2011 um volume de negócios de 1,6 biliões<br />

de dólares. Além disso, a LingLong está entre os 20<br />

maiores produtores mundiais de pneus e é umas das<br />

500 maiores empresas da China. Apesar de ter no<br />

imenso mercado interno chinês e nos países emergentes<br />

um vasto terreno para expandir o negócio, a LingLong<br />

está a compreender que o volume de produção<br />

e a tecnologia não são tudo e que a imagem de marca<br />

tem que ser bem gerida e promovida, para ter mais sucesso<br />

no futuro. A presença na feira de Reifen foi uma<br />

das formas da empresa encurtar distâncias e perceber<br />

melhor as exigências de um mercado altamente competitivo<br />

como o europeu.<br />

Em termos de produtos para o mercado europeu, a<br />

marca tem no seu pneu LingLong Grenn-Max UHP<br />

o principal cartão de visita, tendo uma banda de rolamento<br />

assimétrica, que maximiza o contacto do pneu<br />

com o solo, favorecendo a condução e as travagens,<br />

tanto em seco, como em molhado. Um detalhe não<br />

muito comum é um rebordo de borracha que protege<br />

a jante nas curvas.<br />

MARANGONI<br />

Foi apresentado em Reifen o projeto Marangoni<br />

Blue Team, que tem por objectivo os distribuidores<br />

da Alemanha, Áustria e Suíça, o que poderíamos chamar<br />

a "nata" do mercado europeu. Esse projeto de fidelização<br />

de distribuidores tem como fulcro o armazém<br />

da Marangoni em Solingen (Alemanha), a partir<br />

do qual é possível garantir entregas de 24 a 48 horas.<br />

Outros factores de valor acrescentado do projecto<br />

Blue Team Marangoni são os valores tradicionais da<br />

marca: produção 100% Made in Italy, produtos espe-<br />

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REVISTA<br />

DOS PNEUS 25


SALÃO<br />

REIFEN <strong>2012</strong><br />

cializa<strong>dos</strong> de altas prestações, a exclusiva garantia<br />

"Marangoni Lifetime Warranty", elevado nível de serviço<br />

e grande atenção e respeito pelo cliente.<br />

Outra novidade, dentro da estratégia de liderança e<br />

consolidação <strong>dos</strong> pneus recauchuta<strong>dos</strong> para veículos<br />

industriais MARIX, onde detém mais de 1/4 do mercado,<br />

é a adopção de novos nomes e referências,<br />

numa óptica de marketing. Recorde-se que a Marangoni<br />

foi pioneira no conceito de recauchutar pneus<br />

de pesa<strong>dos</strong> para aumentar a rentabilidade das frotas,<br />

modelo de negócio hoje seguido por todas as grandes<br />

marcas de pneus do mercado europeu.<br />

Ainda dentro <strong>dos</strong> pneus recauchuta<strong>dos</strong>, a Marangoni<br />

prepara-se para inovar, apresentando a nova<br />

gama de pneus RINGTREAD Black Line, que a marca<br />

garante serem uma verdadeira alternativa aos pneus<br />

premium novos. Para lançar estes novos pneus, que<br />

estarão no mercado provavelmente na "Rentrée" após<br />

férias deste ano, a Marangoni investiu forte em novos<br />

equipamentos, incluindo linhas automatizadas de<br />

produção e novas tecnologias.<br />

MAXXIS<br />

Em Reifen, a Maxxis apresentou várias novidades,<br />

começando pelo pneu de Inverno WP05. Mais inovador<br />

é o novo pneus UHP Pro R1, que apela a um<br />

novo composto "Ultra R", onde é utilizada a nano<br />

tecnologia para integrar partículas de sílica e de carvão<br />

negro.<br />

Com uma banda de rolamento com quatro sulcos<br />

longitudinais, o novo pneu Maxis Pro R1 circula sem<br />

problemas em estradas alagadas e garante excelente<br />

aderência, tanto em piso seco, como molhado. Eficiência<br />

energética e baixa sonoridade são outros atributos<br />

positivos deste novo pneu.<br />

No nicho de pneus de competição cliente, a Maxxis<br />

oferece o ZR01, um pneu de rali para asfalto, assim<br />

como o novo RC 1, um pneu de pista para piso seco,<br />

que proporciona excelente aderência, mas também<br />

possui um ciclo de aquecimento que favorece a duração<br />

do pneu. Para que o piloto não possa ser surpreendido<br />

por queda de chuva inesperada, o Maxxis<br />

RC 1 possui dois sulcos longitudinais na banda de rolamento.<br />

Nos pneus de todo o terreno, a Maxxis apresentou<br />

em Reifen o AT980, capaz de assegurar a máxima tração<br />

e poder de travagem em qualquer tipo de piso.<br />

Este pneu tem uma estrutura reforçada, com proteção<br />

contra furos, enquanto que os ombros em ângulo recto<br />

aumentam a capacidade de carga e proporcionam<br />

grande estabilidade em todas as condições de condução.<br />

MICHELIN<br />

Como fabricante de primeiro plano, o modelo de<br />

negócio da Michelin tem que assentar no fornecimento<br />

de soluções de rentabilidade, segurança e sustentabilidade<br />

a to<strong>dos</strong> e cada um <strong>dos</strong> seus clientes <strong>dos</strong> mais<br />

diversos sectores de atividade. Nesta feira de Reifen<br />

<strong>2012</strong>, a Michelin apresentou algumas novidades para<br />

o estratégico sector da construção e obras públicas. À<br />

frente da oferta, a Michelin colocou o seu novo pneu<br />

para gruas móveis X-Crane+, cuja geração anterior já<br />

era uma referência no mercado. Este novo pneu foi estudado<br />

para apresentar um desgaste regular e homogéneo,<br />

o que não é fácil, devido às elevadas cargas variáveis<br />

que o pneu suporta. Este novo pneu da Michelin<br />

será comercializado a partir deste Verão (<strong>2012</strong>), na<br />

principal medida do mercado, 445/95R25, com código<br />

de velocidade F.<br />

Outro pneu apresentado em Reifen foi o Michelin<br />

XADN+, destinado a dumpers articula<strong>dos</strong>, que são<br />

equipamentos de transporte de terras e inertes nas<br />

mais variadas condições e ambientes de trabalho. A<br />

vantagem ambiental destes pneus reside na sua menor<br />

massa, que se traduz por menos resíduos para reciclar.<br />

O Michelin XADN+ estará igualmente disponível<br />

neste Verão (<strong>2012</strong>), numa principal dimensão do mercado<br />

(29.5R25).<br />

Outra novidade da Michelin para a construção são<br />

os pneus Michelin BibSteel, destina<strong>dos</strong> a equipamentos<br />

compactos (Compact Line), como pás carregadoras,<br />

mini retro-escavadoras, Bob Cats, etc., muito utiliza<strong>dos</strong><br />

em pequenas obras nas cidades e noutros pontos<br />

em que máquinas maiores são um problema. A<br />

gama destes pneus compreende o BibSteel All Terrain<br />

e o BibSteel Hard Surface.<br />

A lista de novidades para a construção da Michelin<br />

em Reifen termina com o novo Michelin X Works,<br />

como o nome indica um pneu versátil e polivalente<br />

que pode operar em qualquer terreno e andar em segurança<br />

na estrada. O Michelin X Works foi desenvolvido<br />

para suportar uma carga de 8 toneladas por eixo<br />

(13,4 toneladas em roda<strong>dos</strong> duplos) a 110 km/h, estando<br />

disponível nas medidas 13R 22.5 e 315/80R 22.5.<br />

David Stinissen<br />

Diretor Marketing Toyo<br />

Estamos a lançar neste momento dois produtos novos com<br />

uma dimensão ecológica bem marcada, que pertencem a<br />

uma nova marca chamada Nano Energy. Os novos pneus<br />

chamam-se NanoEnergy 1 e NanoEnergy 2. O NanoEnergy<br />

pertence à categoria A das novas etiquetas de pneus e é extremamente eficiente.<br />

Também possui reduzida emissão sonora. Estará brevemente disponível<br />

em 12 medidas mais procuradas. Os dois pneus são <strong>dos</strong> mais eficientes do<br />

ponto de vista energético e apresentam também excelente comportamento<br />

nas travagens em piso molhado. Estamos igualmente a apresentar aqui um<br />

novo conceito de pneu sem ar, o que demonstra que a Toyo não está somente a<br />

pensar em pneus para vender no mercado, mas está igualmente a investigar<br />

em novas soluções para o futuro, que se pretendem mais leves, mais fiáveis e<br />

mais eficientes. Os pneus convencionais ainda têm alguns anos pela frente, diríamos<br />

6/7 anos, mas temos que pensar para além desse prazo. Este novo<br />

pneu não fura e não perde ar, sendo portanto mais seguro e eficiente do que os<br />

atuais pneus comuns. A parte central do pneu tem uma estrutura em resina<br />

sintética, que garante a mesma estabilidade do veículo em curva e ao travar<br />

do que os pneus a que estamos habitua<strong>dos</strong> a utilizar atualmente. Relativamente<br />

à nova etiqueta <strong>dos</strong> pneus, já realizámos ensaios de to<strong>dos</strong> os nossos<br />

pneus e temos to<strong>dos</strong> os da<strong>dos</strong> indispensáveis para lançar as etiquetas no máximo<br />

até ao dia 1 de Novembro próximo. Mais do que grande volume de vendas,<br />

iremos focar-nos em aumentar a nossa quota de mercado na Europa, introduzindo<br />

novos produtos e aumentando o nível de serviço.<br />

MOMO<br />

Esta marca foi criada pelo piloto Gianpiero Moretti<br />

nos anos 60 do século passado, tendo adquirido um<br />

sólido prestígio no mercado, principalmente devido a<br />

jantes de liga leve, volantes desportivos e outros acessórios<br />

para automóveis. Estávamos nos anos de crescimento<br />

do sector automóvel e o negócio conheceu rápida<br />

prosperidade, porque to<strong>dos</strong> os jovens ou menos<br />

jovens queriam ter umas jantes "especiais" e um volante<br />

a imitar um carro de competição. Hoje, passa<strong>dos</strong> 40<br />

anos do lançamento da primeira jante Momo, a colaboração<br />

entre Momo Srl e Univergomma, resultou no<br />

nascimento de um novo projecto: a Momo Tires, que<br />

foi oficialmente apresentada na Feira de Reifen. A<br />

gama agora apresentada inclui pneus de Inverno, que<br />

serão bastante competitivos, se atendermos ao passado<br />

de qualidade de produção e tecnologia da marca.<br />

Os pneus apresenta<strong>dos</strong> em Reifen eram o North Pole<br />

W-1 (jantes 13 a 15’’) e W-2 (jantes 15 a 18’’) cujo símbolo<br />

é um urso polar, garantia de poder de tração,<br />

grande estabilidade, capacidade de travagem e maneabilidade.<br />

A principal diferença entre os dois pneus são<br />

o desenho da banda de rolamento, que no North Pole<br />

W-2 é assimétrico, assim como as medidas. O W-2<br />

está indicado para carros de médias ou grandes dimen-<br />

26<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


Seja um só com seu pneu e o caminho será um só com você.


SALÃO<br />

REIFEN <strong>2012</strong><br />

sões, ou modelos desportivos. Quanto ao Van Pole<br />

W-3 (jantes 14 a 16’’), trata-se de um pneu pensado em<br />

comerciais ligeiros, com a carcaça reforçada, permitindo<br />

maior capacidade de carga em todas as condições<br />

climáticas. A tração em piso molhado é excelente, o<br />

mesmo se podendo dizer em relação ao amplo rendimento<br />

quilométrico. No caso do SUV Pole W-4 (jantes<br />

16 a 20’’) temos um pneu de Inverno apontado a<br />

veículos do tipo SUV e 4 x 4.<br />

NANKANG<br />

A Nankang Rubber Tire é um construtor de pneus<br />

asiático (Taiwan), que está no mercado há meio século.<br />

Tendo um departamento de R+D próprio e uma<br />

tecnologia de fabrico apurada, os pneus da marca<br />

Nankang conquistaram clientes de muitos países, mas<br />

a expansão a nível global é relativamente recente.<br />

Para ter acesso ao mercado europeu, a Nankang<br />

teve que alinhar a sua tradicional filosofia de "Integridade,<br />

Pragmatismo e Inovação" com as exigências de<br />

dividida em duas metades iguais, cada uma das quais<br />

com um desenho específico, através <strong>dos</strong> quais se obtém<br />

o máximo conforto e segurança, os dois principais<br />

objectivos do fabricante para este produto. O<br />

Nankang AS-1 estará disponível em medidas de jante<br />

de 15 a 20", relações dimensionais de 35 a 70 e códigos<br />

de velocidade de H a Y.<br />

NOKIAN<br />

Este ano a Nokian não programou grandes novidades,<br />

embora tenha apresentado planos para fazer mudanças<br />

em breve, na produção <strong>dos</strong> seus pneus. Toda<br />

a gama Nokian é essencialmente de pneus Verdes,<br />

porque, sendo uma marca nórdica, as questões do<br />

ambiente são sempre mais importantes do que para<br />

outros povos e culturas. Um <strong>dos</strong> pilares da empresa é<br />

produzir pneus amigos do ambiente e estar na primeira<br />

linha da defesa os recursos naturais. Em termos de<br />

mercado europeu, vai abrir um escritório num país<br />

europeu, com uma estratégia de comunicação mais<br />

Fabien Bouquet<br />

Diretor Marketing Point S<br />

A Point S levou a Reifen as últimas novidades da sua própria<br />

marca de pneus, que começaram a ser fabrica<strong>dos</strong> com um<br />

novo composto de borracha, que visa corresponder às novas<br />

exigências da etiquetagem <strong>dos</strong> pneus novos. A Point S já há<br />

vários anos que introduziu nas suas oficinas serviços de mecânica rápida e assistência<br />

geral a veículos, mas as políticas concretas de oferta de serviços,<br />

para além de pneus, depende das opções de cada país. De qualquer modo, o<br />

pneu continua a ser o ponto principal da sua atividade. Com o objectivo de evoluir<br />

para outros serviços, está atualmente a dar formação e certificação aos<br />

aderentes, porque sempre que uma oficina passa a oferecer um novo serviço<br />

tem que estar bem equipada e dispor de pessoal com formação específica. Paralelamente,<br />

está a estabelecer acor<strong>dos</strong> com fornecedores de novas linhas de<br />

produtos. Esses acor<strong>dos</strong> prevêem sempre que possível a introdução de peças<br />

de substituição e produtos com a marca Point S. A nível das vendas, conseguimos<br />

ganhar quota de mercado nos últimos anos, mas este ano vamos apenas<br />

apostar na manutenção dessa quota, porque há previsões de uma quebra média<br />

de 15% do mercado europeu de pneus.<br />

Nos pneus de ligeiros, há anos que servem para equilibrar o mercado, depois<br />

de aumentos ou quebras da procura acima da média. Nos pneus de pesa<strong>dos</strong>,<br />

o mercado reflete mais diretamente a atividade económica e <strong>dos</strong> transportes.<br />

Com a presente crise, o mercado <strong>dos</strong> pneus de pesa<strong>dos</strong> perdeu cerca<br />

de 30%. Agora resta aguardar pela retoma da economia e da atividade transportadora,<br />

para termos novos níveis de consumo desses pneus.<br />

qualidade e ambientais da União Europeia. Foi assim<br />

que surgiram os compostos livres de óleos aromáticos<br />

e as tecnologias de eficiência energética e de segurança<br />

em to<strong>dos</strong> os tipos de pisos. A principal novidade da<br />

marca Nankang em Reifen era o novo pneu ECO-2,<br />

um pneu de tecnologia moderna e composto de borracha<br />

de alto teor de sílica. Excelentes resulta<strong>dos</strong> na<br />

travagem em molhado e na eficiência energética garantem<br />

a este novo pneu o passaporte para a Europa e<br />

obviamente para outros merca<strong>dos</strong> exigentes. O ECO-<br />

2 estará disponível em diversas medidas de jantes de<br />

16 a 18", relações dimensionais de 40 a 60 e códigos<br />

de velocidade de V a Y.<br />

Quanto ao Nankang NS-20 é um pneu desportivo<br />

UHP, também com uma tecnologia de construção<br />

avançada e compostos de borracha à base de sílica.<br />

Grande aderência em to<strong>dos</strong> os tipos de pisos, estabilidade<br />

e silêncio são outras características avançadas<br />

deste novo pneu. O pneu assimétrico AS-1 é igualmente<br />

um pneu UHP que tem a banda de rolamento<br />

evoluída e mais agressiva. Tem novos parceiros na<br />

área da comunicação e vai desenvolver uma estratégia<br />

de divulgação da marca junto do grande público. O<br />

conhecimento da marca na Europa Central e do Sul<br />

ainda não é <strong>dos</strong> melhores e a marca está a querer inverter<br />

rapidamente essa situação. Atualmente, a marca<br />

ainda está totalmente focada nos pneus de Inverno<br />

e tem dado o melhor do seu esforço a esse segmento<br />

do mercado. No entanto, tem excelentes pneus de<br />

Verão, que alcançaram bom desempenho em testes<br />

comparativos e tenciona promover a sua distribuição<br />

de forma consequente. Para isso, no entanto, tem ainda<br />

que encontrar novos parceiros de negócio e acertar<br />

os detalhes em relação a cada mercado específico.<br />

PETLAS<br />

Apresentou pneus para trabalhos fora da estrada de<br />

grandes dimensões, vários pneus para veículos de passageiros<br />

e ainda pneus para camiões. To<strong>dos</strong> estes<br />

pneus têm as mais recentes tecnologias e obedecem<br />

aos mais avança<strong>dos</strong> processos de fabrico, estando já<br />

disponíveis no mercado, incluindo no mercado português.<br />

<strong>Pneus</strong> mais leves, mais eficientes e menos rui<strong>dos</strong>os<br />

é o que procuram fazer to<strong>dos</strong> os fabricantes e a Petlas<br />

não exceção, porque é isso que o mercado de primeiro<br />

equipamento exige.<br />

Com a maior consciência ecológica <strong>dos</strong> consumidores,<br />

o mercado de substituição começará a exigir o<br />

mesmo tipo de pneus.<br />

No caso da Petlas, está a incorporar os avanços da<br />

tecnologia na produção corrente e ainda não optou<br />

pela estratégia de promover pneus ecológicos especificamente.<br />

Tem vindo a alargar a gama de produtos e é cada<br />

vez mais bem conhecida do mercado, graças à presença<br />

em eventos como Reifen, o que lhe tem permitido<br />

aumentar a quota de mercado na Europa e noutros<br />

merca<strong>dos</strong>. Infelizmente, essa tendência está de certo<br />

modo a ser contrariada pela presente retração do mercado,<br />

mas esse problema está a afectar to<strong>dos</strong> os fabricantes.<br />

Mesmo assim, há merca<strong>dos</strong> emergentes onde surgem<br />

novas oportunidades e a Petlas está atenta a todas<br />

as hipóteses de negócio, o que lhe permite manter<br />

um nível de vendas rentável. Está igualmente a consolidar<br />

a sua presença no Médio Oriente, Balcãs e Norte<br />

de África, tirando partido da sua posição estratégica<br />

neste contexto geográfico. Á medida que a instabilidade<br />

política na região se equilibra, a Petlas tem mais<br />

oportunidades de negócio, fruto de um trabalho de<br />

vários anos para consolidar a sua presença nesses merca<strong>dos</strong>.<br />

No mercado ibérico e em Portugal existe uma quebra<br />

do mercado, que será mais difícil de recuperar no<br />

caso <strong>dos</strong> pneus de ligeiros, devido à situação económica.<br />

Nos pneus agrícolas e de pesa<strong>dos</strong>, pensa que há<br />

hipóteses de uma recuperação mais rápida <strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong>,<br />

dependendo da dinâmica de cada sector de atividade.<br />

28<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


SALÃO<br />

PIRELLI<br />

Como seria de esperar, a marca Pirelli marcou presença<br />

em Reifen com um pneu de "ataque" de etiqueta<br />

AA, isto é, o novo Pirelli Cinturato P7 Blue, o qual,<br />

além de reduzida resistência ao rolamento e curtas distâncias<br />

de travagem em molhado, oferece longa quilometragem<br />

e grande fiabilidade. Este pneu já está disponível<br />

no mercado europeu nas medidas para carros do<br />

segmento médio. Além do novo Cinturato P7 Blue, a<br />

Pirelli expôs em Reifen o Cinturato P7 ecológico, o<br />

pneu ultra desportivo P Zero (UHP), o Scorpion Verde,<br />

pneu ecológico de alta performance para SUV e<br />

Crossover, assim como os pneus de Inverno Snowcontrol<br />

3, Sottozero II e Scorpion Winter. A última<br />

versão da família P Zero, o P Zero Silver, esteve igualmente<br />

presente, sendo um pneu com tecnologia e processos<br />

de fabrico usa<strong>dos</strong> em pneus de F1, indicado<br />

para carros desportivos e para veículos de topo de<br />

gama de elevada potência.<br />

A última geração de pneus de camião Séries 01 marcou<br />

também presença na feira de Essen, incluindo<br />

pneus direcionais, pneus de tração e pneus para reboques<br />

e semi-reboques.<br />

A gama de pneus para 2 rodas também não faltou à<br />

chamada, com o Pirelli Diablo Rosso Corsa à cabeça.<br />

É um pneu de elevadas prestações que tanto pode ser<br />

utilizado em estrada como em pista. O Night Dragon<br />

é um pneu que oferece excelente desempenho, sendo<br />

especialmente recomendado para motos do tipo custom,<br />

como as Harley Davidson. Quanto ao Scorpion<br />

Trail, é um pneu para motos do tipo enduro, mas que<br />

são habitualmente usadas em cidade e na estrada. Finalmente,<br />

o Scorpion MX 554 Mind Hard é um pneu<br />

para fora da estrada, adaptando-se de forma excelente<br />

a pisos médios e duros ou mesmo a superfícies rochosas.<br />

REMA TIP TOP<br />

As principais novidades desta marca de equipamentos<br />

para oficinas de pneus e sistemas de reparação de<br />

pneus apresentadas em Reifen foram a máquina de<br />

montar pneus Concert, totalmente automática, a máquina<br />

de vulcanizar Thermopress XL para pneus<br />

OTR e AS, bem como os remen<strong>dos</strong> de Aramida destina<strong>dos</strong><br />

a pneus de tratores e máquinas agrícolas e industriais.<br />

Os pneus de perfil baixo e os pneus runflat<br />

são <strong>dos</strong> que mais problemas dão na montagem, obrigando<br />

o operador a grandes cuida<strong>dos</strong> para não danificar<br />

o pneu. Com a nova desmontadora Concert da<br />

Rema Tip Top, qualquer tipo de pneu pode ser montado<br />

ou desmontado rapidamente e sem qualquer esforço<br />

da parte do operador, aumentando a produtividade<br />

da oficina.<br />

Com medidas cada vez maiores de pneus para equipamentos<br />

agrícolas e de construção, as operações de<br />

vulcanização tornam-se muitas vezes impossíveis ou<br />

de fraca qualidade. Com a Thermopress XL da Rema<br />

Tip Top, esse problema foi ultrapassado, devido às dimensões<br />

da máquina. Além disso, o tempo de aquecimento<br />

é mais rápido, tornando as reparações igualmente<br />

mais rápidas.<br />

Com os novos remen<strong>dos</strong> de Aramida para pneus<br />

OTR agrícolas e industriais, as reparações tornam-se<br />

mais simples e o remendo é mais flexível, tornando-se<br />

mais fiável em utilizações duras. Os novos remen<strong>dos</strong><br />

da Rema Tip top de fibra de Aramida estão disponíveis<br />

em 5 tamanhos diferentes, para reparações pequenas<br />

ou grandes.<br />

SCHRADER<br />

Os sistemas de controlo da pressão <strong>dos</strong> pneus<br />

(TPMS) são uma inovação que ao informar o condutor<br />

em tempo real da pressão <strong>dos</strong> pneus do seu veícu-<br />

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REVISTA<br />

DOS PNEUS 29


SALÃO<br />

REIFEN <strong>2012</strong><br />

lo, garante simultaneamente, maior segurança e economia<br />

para o utilizador do veículo, maior segurança<br />

rodoviária e maior proteção do ambiente, ao reduzir<br />

o consumo de recursos e limitar as emissões de CO2.<br />

A SCHRADER apresentou no salão de Reifen um<br />

sensor e o respectivo sistema de programação que tornam<br />

a operação de substituição do sensor da válvula<br />

do pneu muito mais simples e rápida. Desse modo, a<br />

oficina poderá efetuar o serviço mais rapidamente,<br />

por menor custo e com mais rentabilidade.<br />

A solução chama-se EZ-sensor, que pode substituir<br />

cerca de 90% <strong>dos</strong> sensores de pressão <strong>dos</strong> pneus, até<br />

velocidades de utilização de 250 km/h. Este EZ-sensor<br />

tem um desempenho idêntico aos sensores de origem<br />

e pode ser facilmente programado de acordo<br />

com o sistema original de controlo de pressão de<br />

pneus. O sensor pode ser usado em jantes de aço ou<br />

de liga leve e é fornecido para velocidades acima de<br />

250 km/h no primeiro equipamento (devido a necessidades<br />

de ajustamento do sistema de controlo).<br />

Para a oficina, o novo EZ-sensor apresentado em<br />

TECH<br />

A Tech International é uma empresa especializada<br />

em produtos e ferramentas para reparação de pneus e<br />

manutenção de jantes, que possui mais de 5.000 artigos<br />

que são distribuí<strong>dos</strong> em 110 países. A Tech Europa<br />

representa a empresa global no mercado europeu,<br />

tendo apresentado em Reifen as últimas novidades em<br />

produtos e serviços para o sector, destacando-se as linhas<br />

Tech e Truflex/Pang. Pesos de equilibragem e<br />

válvulas de pneus fazem igualmente parte da oferta da<br />

Tech, que este ano aparece com novas soluções no<br />

segmento <strong>dos</strong> sistemas de controlo de pressão <strong>dos</strong><br />

pneus (TPMS). Em termos de serviços, a Tech apresentou<br />

em Reifen os seus dois novos sites corporativos<br />

(www.tech-europe.co.uk) e (www.truflexpang.co.uk),<br />

que dispõem de informação completa sobre as linhas<br />

de produto e a rede de distribuição da marca. Além<br />

disso, possuem conteú<strong>dos</strong> de formação atualiza<strong>dos</strong><br />

descarregáveis e todas as novidades e oportunidades<br />

do mercado europeu.<br />

Com o seu stand de visual futurista, a Tech Europe<br />

quis passar a mensagem de uma empresa que está na linha<br />

da frente do mercado em valor e em soluções<br />

avançadas, garantindo a sua presença no futuro do pós<br />

venda europeu.<br />

TOYO<br />

Como fornecedor de primeiro equipamento, a<br />

marca japonesa de pneus Toyo tem que estar na linha<br />

da frente da tecnologia e da qualidade de construção,<br />

desenvolvendo os pneus para um novo modelo em<br />

conjunto com os técnicos do veículo. Na atual conjuntura,<br />

os construtores de veículos preocupam-se<br />

mais com a segurança, conforto e eficiência energética,<br />

do que com acelerações e velocidade máxima. Isso<br />

encaixa perfeitamente na filosofia da Toyo, que esteve<br />

em Reifen com os seus últimos pneus NanoEnergy<br />

já etiqueta<strong>dos</strong> pela norma europeia. O Toyo Nano<br />

Energy 1 consegue a classificação A em resistência ao<br />

rolamento e B nas distâncias de travagem em molhado,<br />

conseguindo reduzir o nível sonoro exterior a 68<br />

dB, enquanto que o Toyo Nano Energy 2 mantém a<br />

eficiência energética A, mas passa para C nas distâncias<br />

de travagem e chega aos 70 dB no controlo de ruído.<br />

Ambos usam estruturas muito avançadas e compostos<br />

de borracha de alta tecnologia e são os pneus<br />

que amanhã encontraremos nas ruas da Europa. De<br />

facto, a Toyo equipa de origem algumas das principais<br />

marcas japonesas e algumas europeias, entre as<br />

quais a Audi, desde o A4 RS, até ao Q7.<br />

As duas versões <strong>dos</strong> pneus Nano Energy da Toyo<br />

serão fabrica<strong>dos</strong> nas medidas mais solicitadas, sendo<br />

lança<strong>dos</strong> gradualmente no mercado a partir deste<br />

ano.<br />

UNIWHEELS<br />

A marca Uniwheels é uma empresa totalmente dedicada<br />

a rodas e acessórios para veículos, sendo fornecedor<br />

da indústria automóvel com vários tipos de jantes,<br />

várias equipas de competição profissionais e obviamente<br />

todo o mercado de pós venda.<br />

As jantes de liga leve da Uniwheels são fabricadas<br />

sob quatro marcas - ATS, RIAL, ALUTEC E ANZIO,<br />

respondendo à procura em diferentes nichos e segmentos<br />

de mercado com um total de 44 modelos de<br />

Merry Lang<br />

Diretora Geral Linglong<br />

Estamos em Reifen com o objetivo de contactar com clientes<br />

de mais de 150 países de todo o Mundo. Esta é a forma<br />

mais rápida de os encontrar a to<strong>dos</strong>. Vir aqui é também uma<br />

boa oportunidade para ficar a conhecer as novidades do sector<br />

e até contactar com potenciais novos clientes. Além disso, viemos mostrar<br />

os nossos pneus, que estão prontos para cumprir a nova legislação europeia<br />

de marcação de pneus, que é muito importante para to<strong>dos</strong> os fabricantes.<br />

Este ano vai ser um ano difícil para to<strong>dos</strong> na Europa, mas temos bons clientes<br />

e eles vão-nos ajudar a conseguir um nível de vendas pelo menos semelhante<br />

ao do ano passado. Nos restantes países, temos boas perspectivas em alguns<br />

e menos boas noutros. Com fabricantes chineses, penso que iremos aguentar<br />

esta crise, se conseguirmos controlar os custos e melhorar a produção. Para o<br />

futuro, temos que continuar a inovar e a desenvolver produtos cada vez mais<br />

atraentes para o mercado. <strong>Pneus</strong> ecológicos, pneus de baixo perfil e pneus de<br />

Inverno são algumas das vias de evolução <strong>dos</strong> pneus Linglong para breve.<br />

A capacidade de produção do Linglong Group supera os 20 milhões de jogos<br />

de pneus/ano e está entre os maiores vinte fabricantes mundiais de pneus,<br />

entre as maiores 100 indústrias químicas do país e entre as maiores 1000 empresas<br />

industriais chinesas. Estamos satisfeitos com o nosso distribuidor no<br />

mercado português, a empresa Dispnal. Está a fazer um bom trabalho e a preparar<br />

a futura evolução do negócio. Terá por isso todo o nosso apoio, com o fornecimento<br />

de pneus e todo o material de informação e divulgação necessário<br />

para promover as vendas.<br />

Reifen aumenta as oportunidades de negócio, reduz a<br />

necessidade de stocks e o risco de montar peças trocadas,<br />

torna o serviço mais rápido e de menor custo, para<br />

além de ser compatível com os sistemas de diagnóstico<br />

e programação já existentes na oficina. De qualquer<br />

forma, a Schrader desenvolveu uma nova ferramenta<br />

electrónica EXP'AIR para programar o EZ-sensor e<br />

sensores específicos e originais. As vantagens desta ferramenta<br />

são um ecrã de grande visibilidade, bateria recarregável<br />

de longa duração, que permite imprimir os<br />

da<strong>dos</strong> do sensor num PC ou computador portátil,<br />

grande robustez para ser usado em oficinas e actualizações<br />

gratuitas do software (bases de da<strong>dos</strong>) durante o<br />

primeiro ano.<br />

jantes exclusivos. As fábricas situam-se na Polónia e<br />

na Alemanha, sendo o processo de produção a moldagem<br />

a baixa pressão. Há 40 anos que a Uniwheels<br />

domina esta tecnologia, tendo-se tornado num <strong>dos</strong><br />

principais fabricantes de jantes a nível europeu.<br />

Na feira de Reifen, a Uniwheels deu conta aos seus<br />

clientes e ao mercado das alterações efectuadas na distribuição<br />

para o pós-venda, sendo a principal delas a<br />

centralização de vendas e logística no armazém central<br />

de Bad Durkheim, uma unidade logística com<br />

20.000 m2.<br />

Quanto a jantes propriamente, a marca Rial fez as<br />

honras da casa, tendo apresentado as novas jantes Zamora<br />

e Catania, dois nomes latinos que podem ter<br />

êxito em qualquer parte do Mundo. A Zamora é uma<br />

jante original de 18 raios, com perfurações de 4 e 5<br />

pernos, podendo satisfazer um grande número de<br />

aplicações.<br />

As 4 medidas disponíveis com 4 ou 5 furos são 7.0<br />

x 15/16, 7.5 x 17 e 8.0 x 18. Por seu turno, a nova jante<br />

30<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


DISPNAL PNEUS, S. A.<br />

Rua de S.Tiago, 217 - 4575-581 Penafiel<br />

Telefone: 255 617 480 - Fax: 255 617 489<br />

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SALÃO<br />

REIFEN <strong>2012</strong><br />

Catania tem um desenho mais exclusivo de 5 raios e<br />

só está disponível com cinco furos em 3 medidas: 8.0<br />

x 17/18 e 8.5 x 19.<br />

VIPAL<br />

Esta empresa brasileira é uma das maiores indústrias<br />

mundiais de produtos para recauchutagem e reparação<br />

de pneus. A presença em Reifen abre várias<br />

janelas para o Mundo, através das quais a marca poderá<br />

testar a competitividade <strong>dos</strong> seus produtos.<br />

A Vipal não ataca somente a distribuição, mas vai<br />

também diretamente às frotas de transporte, para as<br />

quais tem soluções económicas e fiáveis. Na Reifen<br />

<strong>2012</strong>, a Vipal apresentou três novas bandas de rolamento<br />

pré-curadas. Uma delas é a DV-UM3, indicada<br />

para frotas urbanas de autocarros, com uma característica<br />

importante de rápida dissipação do calor. A<br />

banda DV-RM é indicada para transporte de passageiros<br />

e mercadorias interurbano. Sendo uma banda<br />

mais leve, preserva as carcaças, aumentando a taxa de<br />

YOKOHAMA<br />

A Yokohama construiu a sua imagem de marca<br />

com pneus de elevadas prestações e com o seu envolvimento<br />

na competição automóvel, nicho em que<br />

mantém ainda plena atividade.<br />

No entanto, este ano surgiu em Reifen com um<br />

conceito mais na moda - BluEarth - com o qual pretende<br />

fabricar pneus energeticamente mais eficientes,<br />

com maior grau de solidariedade social e ecológica.<br />

O Yokohama BluEarth AE-01 é um pneu de grande<br />

difusão que está disponível na Europa. No fabrico<br />

deste pneu é utilizado óleo de casca de laranja e um<br />

composto com base em nano tecnologia, que tornam<br />

o pneu mais eficiente, mais seguro em pisos molha<strong>dos</strong>,<br />

como maior quilometragem potencial e baixo nível<br />

de ruído exterior.<br />

Por outro lado, as características <strong>dos</strong> pneus<br />

BluEarth "emigraram" também para outros pneus da<br />

marca, como o Advan Sport V105, bem como para<br />

outros pneus de primeiro equipamento.<br />

Kohei Obata<br />

Marketing Manager Yokohama Europe<br />

Este ano trazemos à feira de Reifen três novidades, um <strong>dos</strong><br />

quais é um pneu ambientalmente compatível, com baixa resistência<br />

ao rolamento e boa aderência em molhado. Outro<br />

novo produto é um pneu ECV para veículos 4 x 4, com características<br />

igualmente ecológicas. A terceira novidade é a última geração do pneu<br />

Advan, de altas prestações, indicado para modelos de topo de gama e desportivos.<br />

As vendas não estão muito de acordo com as nossas pretensões, mas<br />

têm vindo a melhorar gradualmente. Somos especialistas em pneus premium<br />

de altas prestações e a conjuntura económica não favorece muito esse<br />

tipo de produtos. De qualquer modo, estamos convenci<strong>dos</strong> que os nossos<br />

pneus têm qualidade e que acabarão por se vender melhor no futuro, com<br />

condições económicas mais favoráveis. Neste momento estamos a fazer testes<br />

com os nossos pneus para arrancar em breve com a etiquetagem desses<br />

pneus. A nova etiqueta europeia irá ajudar a vender os nossos pneus, que têm<br />

características muito interessantes para o consumidor final. Para <strong>2012</strong>, esperamos<br />

uma subida das vendas na Europa, porque estamos a partir de uma<br />

quota de mercado ainda relativamente baixa.<br />

O apoio de marketing que damos aos nossos distribuidortes é muito forte e<br />

pasa por ouvirmos as suas ideias e opiniões. Temos várias soluções de marketing<br />

para os ajudar a projetar a marca no mercado e vender mais pneus. A Yokohama<br />

tira proveito <strong>dos</strong> novos desafios para impor as suas soluções tecnológicas<br />

mais avançadas, em termos de segurança, desempenho e ecologia <strong>dos</strong><br />

seus pneus.<br />

reutilização das mesmas. Por seu turno, a banda DV-<br />

RT2 destina-se a pneus radiais de eixos motrizes de<br />

transportes de longo curso.<br />

Além destas 3 bandas, a Vipal apresentou ainda em<br />

Reifen as suas bandas de rolamento pré-curadas<br />

ECO, que se caracterizam pela menor resistência ao<br />

rolamento, beneficiando a economia das frotas. Estas<br />

bandas inserem-se no projecto Vipal's Sustainable<br />

Transport, que é também uma estratégia de marketing,<br />

que se destina aos produtos com a etiqueta<br />

ECO. Esta linha de produtos garante economia de<br />

combustível até 10% e 6% mais de quilómetros percorri<strong>dos</strong>.<br />

Tendo sido fundada em 1973 na localidade de<br />

Nova Prata, Rio Grande do Sul (Brasil), a Borrachas<br />

Vipal tem hoje três fábricas no Brasil, sendo uma na<br />

Feira de Santana (Bahia) e as outras duas na localidade<br />

anterior. A área total de produção é de 160.000 m2,<br />

dando emprego a 3.000 trabalhadores. A Vipal exporta<br />

os seus produtos para to<strong>dos</strong> os continentes.<br />

Um <strong>dos</strong> modelos que aderiu ao novo conceito na<br />

origem foi o Mercedes-Benz SLK. Nada de espantoso,<br />

porque os carros de competição já estão também a<br />

utilizar a baixa resistência ao rolamento e a eficiência<br />

energética <strong>dos</strong> pneus para serem mais competitivos<br />

em prova.<br />

O Yokohama Geolandar G 055 é um pneu para<br />

SUV de utilização urbana, que afina igualmente pelo<br />

diapasão ambiental. Outros pneus de ligeiros presentes<br />

foram os invernais C.drive2 e S.drive. A oferta de<br />

pneus para ligeiros presente incluiu também o Advan<br />

Neova AD08.<br />

Os pneus de pesa<strong>dos</strong> da Yokohama passaram igualmente<br />

a beneficiar do conceito Zenvironment, que<br />

pretende demonstrar que a performance não é incompatível<br />

com economia de combustível, baixas<br />

emissões e longa duração.<br />

No segmento <strong>dos</strong> pneus OTR, a Yokohama apresentou<br />

um novo pneu RB31 para dumpers articula<strong>dos</strong>.<br />

ZAFCO<br />

O Grupo Zafco começou com aventura de um indiano<br />

dotado para o comércio e para os relacionamentos<br />

inter pessoais, que iniciou a sua carreira profissional<br />

como vendedor no Bangladesh, no início<br />

<strong>dos</strong> anos 60 do século passado. Estamos a falar de<br />

Mohammed Hussain, fundador da empresa. Sendo<br />

muçulmano ativo, empreendedor e ambicioso, o Sr.<br />

Hussain teve que mudar-se para Karachi, no Paquistão,<br />

onde podia exercer tranquilamente as suas atividades<br />

comerciais. Em 1973, fundou a Zafar Corporation,<br />

projeto que esteve na base do Grupo Zafco, que<br />

se haveria de estabelecer posteriormente em 1993, no<br />

Dubai.<br />

Hoje, o Grupo ZAFCO é um distribuidor global de<br />

pneus para automóveis, baterias e lubrificantes, disponde<br />

de mais de 800 clientes em 85 países. Com<br />

sede nos EAU, a empresa tem um centro de distribuição<br />

do mais atualizado, na Zona Franca de Jebel Ali,<br />

no Dubai. Sendo considerado o maior centro de distribuição<br />

de pneus do Médio Oriente. O inventário<br />

combinado <strong>dos</strong> vários armazéns da Zafco tem mais<br />

de 1 milhão de pneus permanentemente. Com uma<br />

equipa de mais de 270 profissionais, a empresa representa<br />

marca como a Pirelli, Roadstone, Otani, Nitto,<br />

Double Coin, MRF e Zeetex. Em muitos casos o Grupo<br />

Zafco, financia o desenvolvimento de marcas com<br />

grande potencial, como a Zeetex, que não tem somente<br />

pneus, mas mais de 600 artigos para veículos,<br />

incluindo 62 tipos de baterias e 65 lubrificantes. A<br />

Zeetex está certificada para os principais merca<strong>dos</strong>, incluindo<br />

para a Europa. Disponibilidade, garantia e<br />

qualidade/preço imbatível são os principais trunfos<br />

da marca Zeetex.<br />

Em Reifen, a Zeetex apresentou o novo pneu<br />

ZT1000, um pneu que combina um bom desempenho<br />

global, com características obrigatórias na atualidade,<br />

como a eficiência energética, baixo nível sonoro,<br />

longa quilometragem e boa aderência em molhado.<br />

32<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


SALÃO<br />

Empresas Portuguesas presentes<br />

ALVES<br />

BANDEIRA<br />

No seguimento da sua estratégia de internacionalização<br />

e de aproximação e entrada em novos merca<strong>dos</strong>,<br />

a Alves Bandeira International FZE esteve presente<br />

com um Stand, onde promoveu os seus serviços de<br />

trading das principais marcas de pneus que distribui<br />

para todo mundo, através <strong>dos</strong> seus dois centros operacionais,<br />

situa<strong>dos</strong> em Portugal (Mealhada) e nos U.A.E.<br />

(Dubai). O balanço final deste certame foi muito positivo.<br />

Nas palavras do seu responsável André Bandeira,<br />

“a nossa presença aqui foi muito importante, pois se<br />

pretendemos estar neste sector ao nível internacional,<br />

tínhamos que estar aqui presentes, afinal de contas,<br />

esta feira é considerada uma das maiores do ramo a nível<br />

mundial. É uma oportunidade única para encontrar<br />

e estabelecer ligações com potenciais clientes de<br />

todo mundo, desde a África, China, Europa de Leste e<br />

Europa Ocidental, sendo que no final, o número de<br />

contatos realiza<strong>dos</strong>, dá-nos garantias de sucesso em futuras<br />

transações comerciais com novos merca<strong>dos</strong>,<br />

onde ainda não estamos presentes.”<br />

Destaque ainda para a presença da equipa comercial<br />

de pneus da Alves Bandeira & Cª Lda., que é responsável<br />

pelas vendas em Portugal e que, a convite de um<br />

<strong>dos</strong> seus parceiros desta área de negócio, possibilitou a<br />

sua presença. No plano das novidades, durante a feira<br />

foi apresentado o novo piso (ZT1000) da marca Zeetex,<br />

que foi uma das principais atrações desta feira tendo<br />

sido paralelamente um <strong>dos</strong> principais patrocinadores.<br />

Esta marca será representada em exclusividade por<br />

Alves Bandeira em Portugal, existindo a possibilidade<br />

dessa representação se estender a outros países. É um<br />

pneu que se situa no segmento budget mas que possui<br />

uma elevada qualidade, estando já preparado para ser<br />

produzido com a nova etiqueta europeia de características<br />

técnicas com interesse para o consumidor. Para o<br />

lançamento da marca em Portugal, existe um plano de<br />

marketing perfeitamente definido que nos permitirá<br />

divulgar e alcançar as metas desejadas, tendo como objetivo<br />

principal chegar de uma forma diferente a todo<br />

o tipo de potenciais clientes.<br />

Em termos de vendas, este ano não está a ser um<br />

ano fácil para os negócios, mas a Alves Bandeira tem<br />

uma estrutura bem montada e bem organizada, pelo<br />

que está convencida que será possível ultrapassar as di-<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 33


SALÃO<br />

REIFEN <strong>2012</strong><br />

ficuldades que o mercado, de momento, apresenta.<br />

“Os nossos clientes estão a enfrentar restrições ao crédito,<br />

o que dificulta a fluidez <strong>dos</strong> negócios, mas esperamos<br />

que a situação possa regressar à normalidade em<br />

breve. Por outro lado, nós também não estamos em<br />

condições de financiar os nossos clientes, porque não<br />

é essa a nossa missão no mercado, temos é que criar<br />

ferramentas para eles desenvolverem e rentabilizarem<br />

o seu negócio da melhor maneira possível, deste<br />

modo, estou convencido que os atuais constrangimentos<br />

serão ultrapassa<strong>dos</strong>, embora irá demorar mais<br />

tempo do que o inicialmente previsto”, disse Paulo<br />

Santos, Responsável Comercial<br />

CA MAC<br />

A presença da Camac em Reifen é quase uma exigência,<br />

porque 95% da sua produção vai para o mercado<br />

externo e é nesse mercado que a marca tem que divulgar<br />

e promover os seus produtos.<br />

Reifen é um <strong>dos</strong> eventos com maior retorno nesse<br />

sentido, embora a CAMAC também esteja representada<br />

noutros eventos do pós-venda automóvel. Tem<br />

participado regularmente em to<strong>dos</strong> os grandes eventos<br />

internacionais, tanto na Europa, como na Ásia ou na<br />

América Latina.<br />

Com essa presença, tem conseguido encontrar muitos<br />

novos clientes. Praticamente tudo o que produz<br />

atualmente destina-se a clientes novos e a merca<strong>dos</strong><br />

novos. Isto inclui o Médio Oriente, a Ásia, América<br />

Central, América do Sul e América do Norte, entre<br />

outros merca<strong>dos</strong>.<br />

A Reifen, a Camac levou to<strong>dos</strong> os seus principais<br />

produtos, como os pneus racing de competição,<br />

pneus de turismo e pneus para comerciais. “Trazemos<br />

também catálogos <strong>dos</strong> produtos que iremos lançar nos<br />

próximos meses, para os clientes terem uma ideia geral<br />

da nossa oferta. To<strong>dos</strong> os novos produtos são desenvolvi<strong>dos</strong><br />

por um departamento especializado da empresa”,<br />

disse Jorge Rodrigues, Administrador da Camac.<br />

“Como fábrica de dimensão média estamos em boa<br />

posição para ultrapassar esta fase menos boa do mercado,<br />

porque os grandes fabricantes já estão com excesso<br />

de produção e têm os armazéns cheios, estando a antecipar<br />

as férias laborais e a colocar em prática outras formas<br />

de reduzir a sua produção. Neste momento, felizmente,<br />

temos o nosso produto escoado e vamos fabricando<br />

consoante as necessidades do mercado”,<br />

acrescentou este responsável.<br />

Em vendas “tencionamos que este ano seja o ano de<br />

viragem da Camac, em que se marque a ultrapassagem<br />

das fases mais difíceis pelas quais a empresa passou nos<br />

últimos anos. Depois de uma fase de recuperação da<br />

empresa, em que investimos em equipamentos atualiza<strong>dos</strong>,<br />

novas tecnologias e novos méto<strong>dos</strong> de produção,<br />

é altura da empresa realizar retorno e temos este<br />

ano como ponto de inflexão das vendas no sentido do<br />

aumento esperado. Julgo que este ano vamos ter mais<br />

vendas, maior rentabilidade e resulta<strong>dos</strong> positivos de<br />

exploração. Face aos indicadores do primeiro semestre,<br />

podemos esperar ultrapassar o volume de vendas<br />

<strong>dos</strong> anos anteriores e entrar numa nova fase do negócio”,<br />

conclui Jorge Rodrigues.<br />

Em relação ao futuro, este empresário está optimista,<br />

pois verifica que a estratégia seguida estava correta,<br />

naquilo que tinha de investimentos, reorganização da<br />

empresa e aposta em novos produtos. Decorri<strong>dos</strong> três<br />

anos, está a constatar-se que a estratégia resultou e que<br />

a Camac está em condições de começar a recolher os<br />

resulta<strong>dos</strong> do esforço inicial, que Jorge Rodrigues tinha<br />

perspectivado à partida. É para isso que servem as<br />

empresas e é esse o seu valor.<br />

EIB<br />

Para a EIB – Empresa Industrial de Borracha, é a primeira<br />

vez, desde há muitos anos, que está presente em<br />

Reifen com um stand. “A presença nesta Feira abrenos<br />

outras perspectivas de merca<strong>dos</strong> e também contribui<br />

para nos darmos a conhecer ao sector. Estar presentes<br />

é uma forma de dizermos o que de bom se faz<br />

em Portugal”, disse Bruno Carvalho, do Departamento<br />

Comercial. A marca EIB tem na qualidade a sua<br />

principal característica, bem como no desenvolvimento<br />

e inovação de novos produtos, dentro de uma política<br />

de proximidade com os seus clientes e dentro de<br />

um clima de estreita colaboração com eles. Tenta<br />

acompanhar as tendências do mercado e estar na primeira<br />

linha da oferta de produtos competitivos.<br />

que já tínhamos lá e colocámos uma força comercial<br />

no terreno, com cinco pessoas. Em simultâneo, abrimos<br />

uma delegação e armazém em Barcelona, o que<br />

nos está a permitir dispor de uma nova situação. Temos<br />

uma cobertura que permite efetuar entregas da<br />

parte da manhã do dia seguinte em 99% do território<br />

espanhol e tudo isso está a ajudar-nos a não quebrar o<br />

negócio, apesar da fortíssima recessão que está a grassar<br />

na Espanha”, disse Manuel Félix, Managing Director<br />

da Eurotyre.<br />

A estratégia da empresa é simples, conforme explica<br />

Manuel Félix: “Os nossos vendedores visitam as casas<br />

de retalho, com uma função de relações públicas, cujo<br />

objectivo é promover a empresa e o nosso conceito,<br />

que assenta em três pontos: disponibilidade de produto,<br />

serviço e preço competitivo, por esta ordem de importância.<br />

De facto, somos fortes em disponibilidade,<br />

porque temos mais de 110.000 pneus em stock e 3.100<br />

referências, de mais de 70 marcas. Conjugando depois<br />

a logística e o preço, temos uma oferta que é muito<br />

competitiva, embora nem sempre se ganhe à partida”.<br />

Relativamente às vendas on-line, Manuel Félix afirma<br />

que “A nossa estratégia de vendas online continua<br />

em marcha, representando já 70% das encomendas totais<br />

que recebemos. A boa verdade é que a Internet é<br />

mais rápida, mais cómoda e mais económica do que<br />

outros meios de comunicação e os clientes também<br />

não têm tempo para estar ao telefone a fazer encomendas.<br />

Por outro lado, o comércio electrónico através da<br />

Internet ganhou confiabilidade e já ninguém tem receio<br />

de enganos, atrasos ou outros inconvenientes do<br />

mesmo tipo. De qualquer forma, a nossa estratégia<br />

continua a ser a venda exclusivamente a profissionais<br />

(B2B)”.<br />

Como novidade, foi apresentado um novo serviço<br />

“Quando a EIB surgiu há cerca de 20 anos já tinha<br />

uma vocação exportadora e os merca<strong>dos</strong> exteriores<br />

sempre foram o nosso target. Isto não impede que tenhamos<br />

uma presença significativa no mercado nacional”,<br />

conclui Bruno Carvalho. Nos pré-vulcaniza<strong>dos</strong> a<br />

EIB tem apostado bastante nos pisos OTR, para o segmento<br />

industrial, tendo apresentado um novo piso,<br />

bem como outros produtos para a indústria de recauchutagem<br />

de pneus.<br />

EUROTYRE<br />

Este ano a Eurotyre em Portugal praticamente duplicou<br />

o stock e ampliou as referências disponíveis,<br />

graças a um novo armazém com 10.000 m2, que ajudou<br />

a amortecer o impacto das alterações do mercado.<br />

Em Espanha está a crescer na ordem <strong>dos</strong> 40%.<br />

“Em Espanha, já vínhamos mantendo um certo fluxo<br />

de encomendas, através <strong>dos</strong> meios de comunicação<br />

habituais. No ano passado, ativámos uma empresa<br />

para os clientes. Trata-se um programa de gestão de<br />

clientes do tipo CRM, que ficará no site da Euro Tyre,<br />

mas poderá ser utilizado livremente pelos clientes. Até<br />

ao fim de <strong>Julho</strong>, este novo serviço estará disponível.<br />

De referir que a Eurotyre foi comprada por um grupo<br />

holandês que factura mais de € 5 biliões de Euros, está<br />

em 12 países e tem 11.000 emprega<strong>dos</strong>. Esse grupo<br />

tem mais empresas de distribuição de pneus, incluindo<br />

o distribuidor da Continental na Holanda desde<br />

1949. Todo o grupo vende mais de 8 milhões de pneus<br />

ano a nível europeu, incluindo Portugal, e pretende<br />

continuar a crescer, seja através de aquisições e/ou de<br />

crescimento orgânico (como no caso da Península Ibérica).<br />

FEDIMA<br />

A Fedima é já uma presença habitual na Reifen e<br />

noutros eventos do pós-venda automóvel europeu,<br />

porque dispõe de uma variedade de produtos e uma<br />

34<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


SALÃO<br />

A Nortenha, enquanto possuidora de tecnologia de<br />

ponta, coloca nos merca<strong>dos</strong> produtos de elevada qualidade<br />

com níveis de segurança que respondem satisfatoriamente<br />

às necessidades <strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong> mais exigentes.<br />

Assim, aproveitando este evento, a Nortenha divulgou<br />

e promoveu os seus mais recentes produtos, a<br />

saber: Desenvolvimento da sua linha de pneus 4x4,<br />

com o mais recente desenho de piso MTK2, que em<br />

breve contará com mais medidas (235/85R16,<br />

175/80R16, 265/75R16, 205/70R15, 245/70R16,<br />

215/65R16);<br />

Na gama de pneus de camião, apresentou o seu<br />

mais recente pneu 12.00R24 Eco Cargo, para complementar<br />

o seu leque de produtos e dar assim resposta à<br />

necessidade de alguns merca<strong>dos</strong> emergentes. De realçar<br />

também a ligação à Continental para a produção<br />

de pneus pesa<strong>dos</strong> com bandas Contitread.<br />

Sendo líder na produção de pneus Industriais, foi<br />

lançado durante o evento o mais recente 23.5R25 e<br />

26.5R25 NADN destinado a utilização em Dumpers<br />

articula<strong>dos</strong>.<br />

Tendo sempre bem presente as preocupações ambientais,<br />

convém não esquecer que a Nortenha, na sua<br />

atividade industrial prolonga a utilização de uma carcaça<br />

de pneu por uma ou mais vidas úteis. Para além<br />

de reduzir substancialmente a quantidade de pneus<br />

que to<strong>dos</strong> os anos integram o fluxo de resíduos, esta<br />

operação de reutilização contribui para a preservação<br />

<strong>dos</strong> recursos naturais, poupando quase 2/3 das matérias-primas<br />

e a energia indispensáveis para a produção<br />

de um pneu novo.<br />

Apesar de ainda ser muito cedo, a Nortenha faz um<br />

balanço positivo da sua participação nesta feira pela já<br />

concretização de alguns novos negócios e já está pronta<br />

para abalar em direção ao Panamá, onde participará<br />

POINT S<br />

A Point S está em Portugal há cerca de três anos e já<br />

tem à volta de trinta unidades de serviço. O objectivo<br />

para o mercado português está entre 40 a 50 oficinas,<br />

para dar massa crítica à rede e assegurar uma cobertura<br />

completa do mercado. Para a Point S, o principal critério<br />

de seleção <strong>dos</strong> novos candidatos é serem profissionais<br />

do pneu competentes. “Claro que já fizemos um<br />

trabalho considerável, mas ainda falta desenvolver o<br />

resto do projeto para Portugal, que está em marcha”,<br />

refere Humberto Menezes, responsável da rede Point<br />

S em Portugal.<br />

“Estamos a trabalhar para que a rede Point S consiga<br />

em Portugal o mesmo grau de sucesso que tem noutros<br />

países europeus. Temos já ativado um site de venda<br />

de pneus ao consumidor final, e estamos paralelamente<br />

a efetuar uma profunda reestruturação do site<br />

oficial da empresa. Temos também uma ferramenta<br />

informática de gestão de clientes CRM para as nossas<br />

oficinas, que é uma excelente arma de eficiência comercial.<br />

Através de campanhas e programas informativos,<br />

conseguimos manter um nível de proximidade<br />

com o cliente final muito elevado”, diz Humberto<br />

Menezes.<br />

Em termos de expansão da rede, está prevista a entrada<br />

em atividade de seis novos postos Point S no<br />

país, até ao final do ano, apesar do mercado português<br />

de pneus estar em queda livre, devido à manifesta falta<br />

de poder aquisitivo da população.<br />

qualidade de produto acabado que justifica esta opção<br />

pela sua internacionalização. O sector de reconstrução<br />

de pneus tem vindo a consolidar-se de forma sustentável<br />

no mercado Europeu, impulsionando empresas<br />

como a Fedima, a progredir no mercado. Actualmente<br />

exporta 60% da produção, para cerca de 30 países,<br />

com a fábrica a trabalhar 24 horas por dia.<br />

A presença na Reifen justifica-se por proporcionar o<br />

encontro fácil com os seus clientes e por potenciar o<br />

contacto com outros novos. “É mais fácil estabelecer<br />

aqui um diálogo e uma boa negociação com um cliente<br />

por exemplo Espanhol, do que ir ter com ele ao seu<br />

local habitual de trabalho, onde nem sempre conseguimos<br />

a melhor atenção e disponibilidade da parte<br />

do cliente. Aqui, qualquer cliente, seja de que país for,<br />

está com o tempo por sua conta, tem mais disponibilidade<br />

e está mais atento a novidades e outros aspectos<br />

do negócio, o que não acontece na sua rotina diária de<br />

trabalho”, reconhece Carlos Marques, Administrador<br />

da empresa. Como destaques em novidades foi apresentado<br />

em primeira mão o novo site da empresa,<br />

www.fedimatyres.com, com fotografias <strong>dos</strong> pneus em<br />

3D, uma App para Ipad Fedima, e um pneu slick reconstruído,<br />

único do mercado, destinado à competição<br />

automóvel.<br />

Relativamente à venda de pneus reconstruí<strong>dos</strong> para<br />

outros países fora da Europa, Carlos Marques lamenta<br />

os impedimentos ao comércio livre deste produto:<br />

“Fomos aborda<strong>dos</strong> por vários potenciais clientes marroquinos,<br />

que mostraram interesse nos nossos pneus,<br />

mas como estão proibi<strong>dos</strong> por lei de importar pneus<br />

reconstruí<strong>dos</strong>, não fizeram qualquer compra. Há outros<br />

países em que existem idênticas limitações, como<br />

é o caso do Brasil. Este País taxa os reconstruí<strong>dos</strong> importa<strong>dos</strong><br />

a 30%, o que na prática constitui uma proibição,<br />

porque esse imposto torna o nosso pneu dificilmente<br />

vendável. Na China e na Índia a situação é<br />

idêntica ou pior, porque os países emergentes querem<br />

proteger o desenvolvimento das suas indústrias em vários<br />

sectores e procedem do mesmo modo. Para o nosso<br />

negócio, essa situação é uma contrariedade, porque<br />

o mercado europeu é livre, aceitamos praticamente<br />

tudo de todo o lado, mas nós não podemos exportar<br />

para muitos <strong>dos</strong> países que vendem cá pneus reconstruí<strong>dos</strong>.<br />

Infelizmente, vamos vivendo com aquilo que<br />

temos”.<br />

NORTENHA<br />

Mais uma vez, a Nortenha participou como expositor,<br />

na Feira Reifen. Esta participação da Nortenha enquadra-se<br />

no âmbito da estratégia da empresa no seu<br />

processo de internacionalização, divulgação da sua<br />

gama de produtos, consolidação e angariação de novos<br />

clientes.<br />

com stand próprio, de 24 a 28 de <strong>Julho</strong>, na Latin American<br />

& Caribbean Tyre Expo <strong>2012</strong>.<br />

RUBBER VULK<br />

A Rubber Vulk está em Reifen desde 2002 e agora<br />

entrou numa fase de consolidar as exportações. “É<br />

mais fácil encontrar aqui 20 ou 30 clientes habituais<br />

do que andar atrás deles por todo o Mundo. Não vimos<br />

aqui propriamente com objectivos de lançamento<br />

de novos produtos, porque já não é previsto vir a<br />

uma feira para fazer o lançamento de produtos. Basta a<br />

Internet”, disse Bruno Carvalho, Administrador da<br />

empresa. Mantém a mesma linha de produto, apenas<br />

com a renovação da imagem da embalagem, que é<br />

nova, apresentando-se mais atrativa e vendável. Em<br />

termos técnicos, foram aperfeiçoa<strong>dos</strong> alguns produtos,<br />

sobretudo os machões. Os produtos com mais<br />

vendas continuam a ser os consumíveis de equilíbrio<br />

de rodas, de reparação de pneus e as válvulas.<br />

A nível da evolução do negócio, Bruno Carvalho<br />

diz que “há merca<strong>dos</strong> em que notamos alguma estagnação,<br />

principalmente no sector de transportes de pesa<strong>dos</strong>.<br />

Mas também há países onde vamos consolidando<br />

as nossas posições e outros, como os países do Magreb,<br />

que se têm revelado uma agradável surpresa. Por<br />

outro lado, as nossas linhas de produtos compensamse<br />

mutuamente. Se há mais vendas de pneus novos, os<br />

consumíveis de equilíbrio de rodas e as válvulas vendem-se<br />

mais, enquanto que nos merca<strong>dos</strong> com pneus<br />

mais velhos os consumíveis de reparação são mais procura<strong>dos</strong>”.<br />

Para a Rubber Vulk, este ano será previsivelmente<br />

um ano de crescimento, como o ano passado já tinha<br />

sido. “Obviamente, esse crescimento não se apoia nos<br />

clientes tradicionais, que continuam a consumir no<br />

mesmo ritmo, mas sim através de clientes novos, com<br />

maior potencial de compras. Temos realizado umas<br />

parcerias de negócio interessantes aqui na própria Alemanha,<br />

onde temos boas perspectivas de crescimento.<br />

Temos também um novo parceiro de negócio bem introduzido<br />

na Rússia, Ucrânia e Cazaquistão, o que<br />

abre novos horizontes de negócio”, conclui Bruno<br />

Carvalho.<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 35


MERCADO<br />

As empresas de equipamentos oficinais<br />

Oferta e soluções<br />

Para além <strong>dos</strong> tradicionais operadores de mercado, existem muitas outras empresas que<br />

comercializam equipamentos oficinais que começam a interessar às casas de pneus.<br />

Falamos com a maioria deles e mostramos o que podem oferecer às casas de pneus<br />

Cada vez mais uma casa de pneus tem de se tornar<br />

numa oficina de automóveis com especialização<br />

em pneus. Mecânica rápida, ar<br />

condicionado e diagnóstico são serviços que<br />

uma casa de pneus terá de prestar ao seu cliente e, por<br />

isso, terá que adquirir equipamento que lhe permita<br />

desenvolver outros serviços para o cliente para além<br />

do tradicional serviço de<br />

pneus.<br />

Por outro lado, a pressão<br />

ambiental a que as<br />

casas de pneus estão sujeitas,<br />

obriga também a<br />

que estas recorram a outros<br />

equipamentos que nem sequer se destinam diretamente<br />

ao negócio da própria oficina, mas sim a cumprir<br />

com outras necessidades. Estamos neste caso a falar<br />

de equipamentos para evitar derrames (de óleo, por<br />

exemplo) ou simplesmente para recolha de baterias,<br />

escovas, pastilhas de travão, etc.<br />

Com as dificuldades económicas que o país atravessa<br />

e as dificuldades que existem na obtenção de crédito,<br />

a venda de equipamentos oficinais novos teve<br />

enormes quebras, não existindo nenhum operador de<br />

mercado que se queixe disso mesmo.<br />

Essas mesmas dificuldades têm também levado ao<br />

fecho de muitas oficinas ou algumas delas a terem que<br />

A avaliação que se deve fazer de um equipamento vai muito além do<br />

próprio equipamento. A capacidade de resposta e assistência técnica,<br />

dada pelo fornecedor, é atualmente muito importante<br />

entregar parte <strong>dos</strong> seus equipamentos por dificuldade<br />

de pagamento <strong>dos</strong> mesmos, acabando dessa forma por<br />

aparecer no mercado muitos equipa<strong>dos</strong> usa<strong>dos</strong> (alguns<br />

praticamente novos). Outro efeito da crise foi o<br />

aparecimento de equipamento de segunda e terceira<br />

“escolha”, na maioria das vezes sem qualquer qualidade<br />

e que com pouco tempo de operação acabam por<br />

deixar de funcionar corretamente, o que leva as oficinas<br />

a terem ainda mais custos.<br />

A avaliação que se deve fazer de um equipamento<br />

vai obrigatoriamente muito além do próprio equipamento.<br />

A capacidade de resposta e assistência técnica,<br />

dada pelo fornecedor, é atualmente muito importante,<br />

mas nem todas as oficinas<br />

olham para esses<br />

detalhes essenciais, sem<br />

esquecer também a formação.<br />

As próximas páginas,<br />

que mais não são do que<br />

uma atualização do trabalho editado há mais de um<br />

ano na REVISTA DOS PNEUS, mostram também o<br />

que outros operadores (para além <strong>dos</strong> tradicionais que<br />

fornecem as casas de pneus) disponibilizam às casas de<br />

pneus e a opinião deles sobre o setor e o futuro desenvolvimento<br />

do seu negócio.<br />

36<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


MERCADO<br />

pessoas (duas são técnicos). As principais marcas da<br />

Altaroda são a Mondolfo Ferro e a Atek. Em 2011 o<br />

equipamento que mais vendeu foram as desmontadoras<br />

de pneus para camião. Para além das modernas instalações,<br />

um <strong>dos</strong> recentes investimentos da empresa<br />

foi ao nível da informática. A Altaroda tem mais de<br />

1600 clientes ativos.<br />

Opinião<br />

Elizabete Bolas, Marketing Bolas<br />

“As crescentes exigências a nível de segurança e fiabilidade<br />

<strong>dos</strong> equipamentos, as normas de certificação/homologação<br />

e a garantia de uma assistência pósvenda<br />

pronta e eficaz irão cada vez mais ser factores<br />

decisivos, levando o utilizador a optar pelas marcas<br />

que lhe ofereçam maiores garantias de qualidade e serviço”.<br />

Pontos fortes da emp resa:<br />

I&D; Marcas reconhecidas; Pós-venda.<br />

ALTARODA<br />

www.altaroda.pt<br />

Tendo o início da atividade em 2007, a Altaroda é<br />

uma empresa com sede e armazém em Paredes, onde<br />

se localiza também o seu centro de formação, estando<br />

muito vocacionada para as casas de pneus. Semestralmente<br />

organiza cursos de formação técnica para os<br />

seus clientes quer do continente quer das ilhas. Dispõe<br />

no momento de uma equipa comercial e técnica de 5<br />

Opinião<br />

Vitor Rocha, General Manager<br />

“É um mercado com muitas empresas e que tem todas<br />

as marcas internacionais representadas e profissionais<br />

dedica<strong>dos</strong> ao negócio. Este negócio <strong>dos</strong> equipamentos<br />

têm como ameaça o incumprimento em caso<br />

de venda a crédito e como oportunidade tem muito<br />

equipamento a ser vendido em leilão em bom estado”.<br />

BOLAS<br />

www.bolas.pt<br />

Especializada em máquina e ferramentas para diversos<br />

setores, inclusivamente o automóvel, a Bolas iniciou<br />

a sua atividade em 1965, estando localizada em<br />

Évora a sua sede. A empresa dispõe de armazém e centro<br />

de formação também em Alverca e no Freixieiro,<br />

realizando semestralmente cursos de formação. Portugal<br />

Continental, Regiões Autónomas da Madeira e<br />

Açores, Angola e Moçambique, são as áreas de influência<br />

comercial da empresa, que dispõe de uma<br />

equipa de seis comerciais e sete técnicos. O apoio técnico/comercial<br />

pode também ser prestado pelo cal<br />

center (266 749 320).<br />

Com uma carteira de mais de 40 marcas, o destaque<br />

vai para as ferramentas eléctricas Metabo, aparelhos<br />

de soldar Telwin, compressores Fini, ferramentas manuais<br />

Gedore e equipamentos para garagem e estação<br />

de serviço Ravaglioli, sendo que todas estas marcas à<br />

exceção da Ravaglioli, são representações exclusivas.<br />

As ferramentas elétricas foram o tipo de equipamento<br />

mais vendido em 2011, enquanto os principais investimentos<br />

da empresa estiveram centra<strong>dos</strong> nos novos<br />

produtos e promoção de vendas, mas também<br />

num up-grade do sistema informático para agilização<br />

de processos. A Bolas tem mais de 400 clientes ativos.<br />

Pontos fortes da empresa:<br />

Portfolio de produtos abrangente e de excelente relação<br />

qualidade/preço; Solidez financeira e investimento<br />

contínuo em novos produtos e soluções; Política<br />

de distribuição coerente.<br />

COMETIL<br />

www.cometil.pt<br />

Especializada em equipamentos para casas de pneus<br />

e oficinas gerais, a Cometil é uma empresa de referência<br />

neste setor, estando em atividade desde 1985. A<br />

empresa de Loures (São Julião do Tojal) possui a sede,<br />

armazém e centro de formação no mesmo local, realizando<br />

cursos de formação técnica quinzenalmente.<br />

Presente em todo o território português, a Cometil<br />

tem também negócios em Angola, Cabo Verde e Timor,<br />

disponibilizando uma equipa de 15 técnicos e<br />

dois comerciais. O call center está disponível pelo número<br />

219 379 550.<br />

Representa dez marcas de equipamentos, tendo a<br />

exclusividade da Hunter, Omer, Cemb, Butler, Rotary,<br />

Schrader e Ahcon.<br />

Máquinas de alinhar direções, elevadores, máquinas<br />

de (des)montar <strong>Pneus</strong>, equilíbrio de rodas, equipamento<br />

de exaustão e distribuição de flui<strong>dos</strong> foram os<br />

principais tipos de equipamentos vendi<strong>dos</strong> pela Cometil<br />

em 2011.<br />

Os principais Investimentos em 2011 da Cometil<br />

foram na formação, na frota e no desenvolvimento do<br />

centro técnico, de modo a dar resposta aos 2820 clientes<br />

ativos que a empresa possui.<br />

Pontos fortes da empresa:<br />

Formação e Consultoria Técnica; Serviço pós-venda;<br />

Produtos de qualidade Premium<br />

Opinião<br />

Pedro Jesus, Administrador Cometil<br />

“O mercado <strong>dos</strong> equipamentos vai continuar a ser<br />

muito concorrencial. Pode verificar-se algum abrandamento<br />

mas, na nossa opinião haverá sempre mercado.<br />

O sector automóvel é extremamente importante para<br />

o funcionamento do País e havendo viaturas com níveis<br />

tecnológicos cada vez mais avança<strong>dos</strong>, é imprescindível<br />

o bom equipamento, para assegurar o seu<br />

bom desempenho”.<br />

CORCET, LDA<br />

www.corcet.pt<br />

A jovem empresa de Penafiel, nascida em 2008, tem<br />

a sua sede e armazém na zona industrial de Penafiel,<br />

onde se encontra também o centro de formação técnica<br />

a Norte, enquanto a Sul a empresa dispõe de outro<br />

centro técnico em Castanheira do Ribatejo. A periodicidade<br />

<strong>dos</strong> cursos de formação são bimestrais ou sempre<br />

que o cliente solicitar.<br />

Presente em todo o país (incluindo ilhas) a empresa<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 37


MERCADO<br />

As empresas de equipamentos oficinais<br />

dispõe de uma equipa comercial de 10 pessoas e oito<br />

técnicos, tendo os clientes ao dispor um call center<br />

(255 728 220).<br />

Esta empresa comercializa em exclusivo a Corghi,<br />

sendo que as vendas mais representativas em 2011 foram<br />

para a Máquina de equilibrar rodas Corghi<br />

EM7370, Máquina de alinhar direções Corghi Exact<br />

Blacktech e Máquina de desmontar pneus Corghi Artilglio<br />

50. Um <strong>dos</strong> principais investimento da empresa<br />

tem sido ao nível da formação técnica interna. Em<br />

2011 a Corcet registou 1013 clientes ativos.<br />

Pontos fortes da empresa:<br />

Qualidade <strong>dos</strong> Produtos; Assistência Técnica; Formação.<br />

Opinião<br />

César Teixei ra, Gerente Corcet<br />

“O mercado <strong>dos</strong> equipamentos é extremamente<br />

competitivo e exigente, onde estão presentes todas as<br />

principais marcas de equipamentos. No entanto, são<br />

poucas as empresas com estrutura técnica capaz de responder<br />

com celeridade e eficácia às solicitações <strong>dos</strong><br />

clientes. Para além de uma aposta cada vez mais forte<br />

na formação <strong>dos</strong> seus quadros, o futuro destas empresas<br />

passará pela diversificação de produtos e serviços e,<br />

eventualmente, pela procura de novos merca<strong>dos</strong>”.<br />

DOMINGOS & MORGADO<br />

www.domingos-morgado.pt<br />

Com início de atividade em 1998, a Domingos &<br />

Morgado é uma referência na área <strong>dos</strong> equipamentos<br />

oficinais, sobretudo para as casas de pneus. A empresa<br />

de Milheirós, centraliza nas suas instalações a sede, o<br />

armazém e o centro de formação técnica, onde realiza<br />

cursos de formação ao longo do ano e sem uma periodicidade<br />

regular.<br />

Com uma equipa de dois comerciais e cinco técnicos,<br />

a Domingos & Morgado utiliza o número 229<br />

618 913 através do qual pode ser dado todo o suporte<br />

técnico / comercial. Tendo a representação exclusiva<br />

das marcas John Bean, Cartec e Kuken, a Domingos &<br />

Morgado comercializa também a Werther, Shamal e<br />

Pasquin. Em 2011 os equipamentos mais vendi<strong>dos</strong> foram<br />

as máquinas de alinhar direções, máquinas de<br />

equilibrar rodas, máquinas de desmontar pneus, elevadores<br />

de oficina e linhas de teste. Uma das principais<br />

novidades da empresa foi a renovação do Centro de<br />

Formação da Maia.<br />

Pontos fortes da empresa:<br />

Qualidade <strong>dos</strong> Equipamentos; Serviço de Assistência<br />

Técnica em 24 horas; Qualidade da formação e informação<br />

Opinião<br />

Mário Leal, Diretor Técnico Domingo & Morgado<br />

“O futuro da atividade das empresas de equipamento<br />

auto em Portugal é um pouco incerto visto que está<br />

totalmente condicionado pelo atual estado da economia<br />

e pela ausência, quase total, de fontes de financiamento<br />

ao investimento. No entanto, é nossa firme<br />

convicção de que a qualidade <strong>dos</strong> equipamentos comercializa<strong>dos</strong><br />

será o fator de sobrevivência num futuro<br />

próximo”<br />

EQUIPRO<br />

www.equipro.com.pt<br />

A Equipro iniciou a sua atividade em 2004, tendo a<br />

sua sede e armazém em Odivelas. Com centro de formação<br />

técnica também no Porto, efetuando cursos de<br />

formação com uma periodicidade mensal, a Equipro<br />

foca muito a sua atividade no centro e sul de Portugal<br />

ao nível das casas de pneus. A empresa dispõe de uma<br />

equipa técnica / comercial (3/3 pessoas) tendo ao dispor<br />

do cliente um call center para apoio (218026606).<br />

John Bean, Werther, Teco, OMCN, SPX e Rubber<br />

Vulk são as principais marcas comercializadas pela<br />

Equipro, num total de 15 marcas, trabalhando de forma<br />

exclusiva a Rubber Vulk, tendo com essa empresa<br />

e com a Domingos & Morgado algumas parcerias. O<br />

tipo de equipamento mais vendido em 2011 foram as<br />

máquinas de alinhar direção, máquinas de equilibrar e<br />

desmontar pneus.<br />

Pontos fortes da empresa:<br />

Qualidade <strong>dos</strong> equipamentos e assistência técnica;<br />

Rápida distribuição; Gama bastante diversificada.<br />

Opinião<br />

Bruno Lopes, Gerente da Equipro<br />

“É dificil ter uma perspetiva positiva das empresas<br />

que vendem equipamentos com a atual situação económica,<br />

mas só as mais bem preparadas na área de formação<br />

e assistência técnica triunfarão. A aposta tem<br />

que ser cada vez mais forte na formação <strong>dos</strong> clientes e<br />

um poder de resposta na assistência técnica de acordo<br />

com as necessidades”.<br />

EUROCOFEMA<br />

www.eurocofema.pt<br />

A empresa de Ermesinde deu início à sua atividade<br />

em 1980. É na sede que funciona também o armazém<br />

e o centro de formação técnica para os seus clientes<br />

(cerca de 300 clientes ativos). A Eurocofema comercializa<br />

todo o tipo de equipamentos para oficinais de automóveis<br />

e casas de pneus, trabalhando preferencialmente<br />

na zona norte de Portugal, recorrendo a uma<br />

equipa de cinco comerciais e dois técnicos para dar<br />

apoio a toda a atividade.<br />

Do seu portfolio de produtos fazem parte diversas<br />

marcas, mas o destaque vai por inteiro para a ECF, que<br />

é uma marca própria e exclusiva da Eurocofema. Os<br />

equipamentos mais vendi<strong>dos</strong> em 2011 foram os elevadores<br />

e máquinas para pneus.<br />

Pontos fortes da empresa:<br />

Empenho e dedicação aos trabalhos presta<strong>dos</strong>; Experiência<br />

e seriedade prestada ao negócio desde a existência<br />

da empresa; O cliente sempre em primeiro lugar.<br />

Opinião<br />

José Costa, Diretor Comercial Eurocofema<br />

“Neste momento é muito difícil fazer qualquer<br />

prognóstico em relação a esta atividade, mas na minha<br />

opinião vai refletir a conjuntura da economia portuguesa,<br />

vão diminuir e vão desaparecer algumas empresas.<br />

Vai caber às empresas que sobreviverem reeducar<br />

o mercado para que este se torne mais sério e atrativo.<br />

Para além da venda é muito importante o serviço de<br />

pós venda, mas isso é <strong>dos</strong> livros. O serviço de pós venda<br />

mantém o cliente satisfeito, fidelizado e abre portas<br />

a futuras vendas”.<br />

FORTUNA<br />

www.fortuna-lda.pt<br />

A vender equipamentos desde 1972, a Fortuna tem<br />

já uma filial no Cacém, mas o seu centro operacional<br />

(sede, armazém e centro de formação técnica) continua<br />

a ser em Grijó. É aí que, de três em três meses, ou<br />

de acordo com o que for definido pelo cliente, faz os<br />

seus cursos de formação. Noutra empresa, a Fortuna<br />

Serviços, criada para o efeito, ficam a atividade comercial<br />

(com cinco colaboradores) e a equipa técnica (sete<br />

pessoas). Estes, com diversas especialidades, proporcionam<br />

aos clientes um acompanhamento de proximidade<br />

para lhes prestar o apoio técnico de que necessitam.<br />

O Call Center é acedido através de 227 475 100.<br />

Das 67 marcas comercializadas, a Fortuna destaca a<br />

USAG, Robinair, Comec, Beisbarth ou Octoplus. Especializada<br />

em diagnóstico automóvel, ar condicionado,<br />

elevadores para oficinas, ferramentas, compressores,<br />

aparelhos de soldar,<br />

carregadores de<br />

bateria e equipamentos<br />

de pintura<br />

e colisão, a<br />

Fortuna tinha<br />

600 clientes ativos<br />

em 2011.<br />

O principal investimento<br />

efetuado pela empresa<br />

em 2011 visou aumentar a<br />

capacidade de exportação<br />

38<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


MERCADO<br />

para os PALOP através da realização de parcerias estratégicas<br />

direcionadas para projetos de investimento em<br />

indústrias e em empresas de serviços na área da reparação<br />

automóvel.<br />

Pontos fortes da empresa:<br />

Qualidade nos produtos; Qualidade nos serviços;<br />

Implantação no mercado.<br />

Opinião<br />

Pedro Chapado, Fortuna<br />

“As empresas deste setor que consigam superar o<br />

atual momento de dificuldades sairão desta crise reforçadas<br />

e com melhores condições operacionais reforçando<br />

dessa forma as vantagens competitivas que tinham<br />

e reforçando a qualidade do serviço que sempre<br />

prestaram. As empresas que comercializam equipamentos<br />

para as oficinas têm de centrar toda a sua atenção<br />

nas oportunidades que apesar de tudo vão surgindo<br />

e redirecionar a sua capacidade produtiva para outros<br />

merca<strong>dos</strong> e setores que possam ser o destino <strong>dos</strong><br />

seus produtos e serviços”.<br />

GONÇALTEAM<br />

www.goncalteam.pt<br />

A Gonçalteam, fundada em<br />

2005, tem a sua sede e armazém,<br />

bem como a sua sala de<br />

formação, localizada em Paio<br />

Pires. A empresa está presente<br />

comercialmente em Portugal<br />

Continental e nas Regiões<br />

Autónomas, dispondo<br />

de uma equipa de sete<br />

comerciais e quatro técnicos,<br />

podendo aceder-se<br />

ao call center através<br />

de um telefone dedicado<br />

(912 191 487).<br />

São diversos os equipamentos comercializa<strong>dos</strong> pela<br />

Gonçalteam (10 marcas), com destaque para a representação<br />

exclusiva e muito recente M&B Engineering.<br />

Para além desta marca, a empresa disponibiliza produtos<br />

da ATH, Ravaglioli, Omcn, Cascos Haweka, Ingerssolrand<br />

e Fini. O tipo de equipamento mais vendido<br />

em 2011 foi a máquina para equilibrar e desmontar<br />

pneus, mas também elevadores de tesoura e de duas<br />

colunas, bem como compressores.<br />

Para além da nova representação de equipamentos<br />

(M&B) a Gonçalteam investiu muito na formação de<br />

formadores, sendo a formação uma das grandes apostas<br />

da empresa, para os seus mais de 1000 clientes ativos.<br />

Pontos fortes da empresa:<br />

Competência; Profissionalismo; Dedicação.<br />

Opinião<br />

António Gonçalves, Diretor Geral Gonçalteam<br />

“É um mercado que começa a estar um pouco saturado,<br />

por dois fatos principais: menos empresas a adquirir<br />

equipamento, por via de dificuldades económicas,<br />

e crescimento de mais empresas a operar diretamente<br />

com equipamentos dando mais diversificação<br />

ao cliente, e por isso segmentando mais o mercado.<br />

Penso que como em to<strong>dos</strong> os negócios, e passando<br />

esta nuvem de pressão, serão os mais ágeis e eficientes<br />

que singrarão, dividindo-se o mercado por segmentos<br />

de clientes e de produtos e por região, como será natural,<br />

independentemente da sua dimensão e localização”.<br />

LUSILECTRA<br />

www.lusilectra.pt<br />

Especialista em equipamentos para oficinas auto e<br />

centros de inspeção técnica, a Lusilectra tem to<strong>dos</strong> os<br />

seus serviços (sede, armazém e centro técnico) concentra<strong>dos</strong><br />

nas instalações do Porto. Desenvolvendo formação<br />

em função do tema e das solicitações do mercado,<br />

a Lusilectra está presente comercialmente em todo<br />

o país, dispondo de uma equipa de quatro comerciais<br />

e doze técnicos, que têm ainda o apoio de um call center<br />

para os clientes pelo número 226 198 754.<br />

Com um extenso portfolio de 26 marcas o destaque<br />

vai para a ATH, Blackhawk, Beissbarth, Herkules, IRT,<br />

Jonnesway, MAD, MAHA, Midtronics, Nussbaum,<br />

Romess, Saima, Stertil-Koni e TEM. O tipo de equipamento<br />

mais vendido em 2011 pela Lusilectra aos seus<br />

clientes foram os elevadores. Com 1.115 clientes ativos,<br />

a Lusilectra tem vindo a desenvolver uma série de<br />

parcerias com diversos organismos e entidades, tais<br />

como, a ACAP, ANIVAP, ARAN, CEPRA e ISEP.<br />

Pontos fortes da empresa:<br />

Qualidade <strong>dos</strong> equipamentos; Apoio técnico; Diversidade<br />

da gama.<br />

Opinião<br />

Raúl Vergueiro, Diretor Geral Lusilectra<br />

“O mercado do comércio de equipamentos para<br />

oficinas sofreu nos últimos anos a mesma tendência<br />

evolutiva que sofreu o mercado-alvo que são os nossos<br />

clientes – oficinas e casas de pneus. Isto é, passou a<br />

existir uma oferta muito mais alargada de produtos de<br />

marcas menos conceituadas e até mesmo de linha<br />

branca, cuja mais valia é o preço baixo. No entanto,<br />

continuam a existir as marcas de gama média e alta cujos<br />

desenvolvimentos tecnológicos acompanham o<br />

do próprio setor automóvel e que continuam a ser os<br />

referenciais do mercado, selecionadas e preferidas pelas<br />

principais marcas automóveis. Neste setor, como<br />

no próprio setor automóvel, a qualidade <strong>dos</strong> produtos<br />

e a assistência técnica serão determinantes na seleção<br />

das marcas e empresas que continuarão no mercado”.<br />

PC&C<br />

www.pcc-lda.pt<br />

O início da atividade da PC&C – Pinto da Costa &<br />

Costa, foi no começo do ano 2000, tendo a sua sede<br />

em Jesufrei e o armazém em Requião (Perto de Famalicão).<br />

Dispondo de um centro de formação técnica na<br />

sua sede, a PC&C efetua cursos de formação com uma<br />

regularidade trimestral. Com vendas em todo o país<br />

(incluindo ilhas), a PC&C vende também para os Palop<br />

s, tendo uma equipa técnico/comercial de seis pessoas<br />

e uma linha de apoio técnico disponível pelo número<br />

252 993 125.<br />

São 17 as marcas comercializadas pela empresa, nomeadamente<br />

a Racpid, Saima, Fiac, Autoimpianti, Infrarr,<br />

Herkules, Uno Liner, Allvis, Aspen – Ravaglioli e<br />

Beulentechnik, embora o maior destaque vá para as<br />

marcas Racpid, Aspen – Ravaglioli, Autoimpianti,<br />

Fiac, Infrarr e Saima.<br />

O equipamento mais vendido em 2011 foram as cabinas<br />

de pintura, elevadores de duas colunas e compressores<br />

de parafuso. A ampliação do armazém foi<br />

um <strong>dos</strong> principais investimentos em 2011 da PC&C<br />

que tem mais de 400 clientes ativos.<br />

Pontos fortes da empresa:<br />

Competência; Apoio Técnico; Relação Preço/Qualidade<br />

<strong>dos</strong> Produtos/Serviços.<br />

Opinião<br />

Nelson Costa, Departamento Qualidade PC&C<br />

“O mercado das empresas de comércio na área oficinal,<br />

caracteriza-se como um mercado muito concorrencial,<br />

mas com pouca qualidade ao nível de pós venda<br />

e satisfação <strong>dos</strong> clientes. Existe um grande número<br />

de revendedores que comercializam este tipo de equipamentos,<br />

mas que detêm um grande défice no âmbito<br />

da reparação/ assistência e pouca formação ao nível<br />

técnico. O futuro mostra-se um pouco difícil nos tempos<br />

que correm, mas penso que com dedicação, empenho,<br />

inovação e formação, estes profissionais da área<br />

conseguem combater to<strong>dos</strong> os obstáculos e no final o<br />

sucesso será a vitória”.<br />

SARRAIPA<br />

www.sarraipa.pt<br />

A Sarraipa é uma histórica empresa que iniciou a<br />

sua atividade em 1982. Com sede e armazém em Leiria,<br />

é nas mesmas que tem o seu centro de formação,<br />

no qual realiza periodicamente (duas vezes ao ano)<br />

cursos de formação técnica para os clientes. Com uma<br />

equipa de cinco comerciais e oito técnicos, a Sarraipa<br />

está presente em Portugal continental e ilhas, podendo<br />

ser contatada para o call center através do 244 819 065.<br />

Trabalhando com representação exclusiva as marcas<br />

Teco, Cascos, Samafe, Termomecanica, Focus, Elettro<br />

CF, Del’air e Renner, aquelas que mais se destacam<br />

são a Kranzle, Teco, Cascos, Termomeccanica e Tecnomotor.<br />

Em 2011 os equipamentos mais vendi<strong>dos</strong><br />

foram elevadores, máquinas de desmontar e equilibrar<br />

pneus e as máquinas de alinhamento de direção. A<br />

Sarraipa possui atualmente mais de 850 clientes ativos.<br />

Pontos fortes da empresa:<br />

Estratégia assente na diversificação de produtos;<br />

Apoio Técnico/Comercial em todas as áreas e vertentes<br />

do negócio nas diferentes regiões do país; Inovação<br />

constante em relação aos produtos emergentes no<br />

mercado.<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 39


MERCADO<br />

As empresas de equipamentos oficinais<br />

Opinião<br />

Pedro Sarraipa, Gerente Sarraipa<br />

“O mercado <strong>dos</strong> equipamentos é de difícil controlo,<br />

com margens comerciais muito reduzidas e com<br />

forte exigência de apoio técnico e comercial. Vamos<br />

enfrentar um futuro muito complicado e de grandes<br />

desafios, pelo que as oportunidades resultam da maior<br />

criatividade que as empresas possam ter para conseguir<br />

ultrapassar as dificuldades atuais do mercado”.<br />

TECNIVERCA<br />

www.tecniverca.pt<br />

Fundada a 2 de Janeiro de 1986, a Tecniverca tem o<br />

seu nome intimamente ligado à sua primeira localização<br />

(Alverca). Atualmente, esta empresa tem a sua<br />

sede, o armazém (e showroom) e o centro de formação<br />

na Moita nas suas recentes instalações, onde organiza<br />

periodicamente ações de formação para os seus clientes,<br />

pelo menos de seis em seis meses.<br />

Uma equipa comercial de quatro pessoas e dois técnicos,<br />

para além de outros operacionais, trabalham<br />

não só o cliente de revenda no continente, como o<br />

<strong>dos</strong> Açores e Madeira. O suporte de vendas pode ser<br />

feito através do call center disponível pelo número<br />

219 584 273.<br />

São diversas as representações da Tecniverca, muitas<br />

delas vocacionadas para o setor das oficinas de mecânica<br />

mas também para a área <strong>dos</strong> pneus, com destaque<br />

para as marcas Cormach, Laser, M7 (estas três em<br />

exclusivo), Hofmann e Franken-Industrie.<br />

Pontos fortes da empresa:<br />

Qualidade <strong>dos</strong> equipamentos; Apoio Técnico; Distribuição<br />

Rápida.<br />

Opinião<br />

Alexandre Corricas, Gerente<br />

“O desinvestimento das marcas, leva a que alguns<br />

independentes possam vir a fazer pós-venda autorizado.<br />

E isso pode ser uma oportunidade para os que estão<br />

mais apetrecha<strong>dos</strong>. Contudo, apostar na formação<br />

é um <strong>dos</strong> principais caminhos a seguir nas oficinas que<br />

já dispõem de bons equipamentos. Por outro lado, as<br />

oficinas devem apostar mais na vertente comercial e<br />

serem mais pró-activas, não esperando que seja o cliente<br />

a entrar pela porta dentro”.<br />

TEIXEIRA & CHORADO<br />

www.teixeiraechorado.pt<br />

Empresa histórica do sector <strong>dos</strong> equipamentos a<br />

Teixeira & Chorado iniciou a sua atividade em 1989.<br />

Com sede, armazém e centro de formação em Penafiel,<br />

a empresa dispõe também de um centro técnico<br />

na zona do Carregado. Em qualquer <strong>dos</strong> centros técnicos<br />

organiza cursos bimestralmente ou em função das<br />

necessidades <strong>dos</strong> clientes.<br />

Uma equipa comercial de 10 pessoas e nove técnicos<br />

dão resposta aos clientes no continente, Madeira e<br />

Açores, sendo que o suporte telefónico está disponível<br />

através do call center 255 710 150.<br />

A Teixeira & Chorado tem um portfolio de 15 marcas,<br />

onde se destacam as representações exclusivas,<br />

Hofmann, GS Boxer, Rema Tip Top, Compac e Everlift.<br />

Os equipamentos mais vendi<strong>dos</strong> pela empresa em<br />

2011 foram o Elevador de duas colunas Everlift, Máquina<br />

de equilibrar rodas Hofmann Geodyna 6900 e<br />

Máquina de desmontar pneus Hofmann Monty 3300.<br />

Com cerca de 1340 clientes ativos em 2011, a principal<br />

aposta da empresa tem sido na formação técnica<br />

interna.<br />

Pontos fortes da empresa:<br />

Qualidade <strong>dos</strong> Produtos; Assistência Técnica; Formação.<br />

Opinião<br />

César Teixeira, Teixeira & Chorado<br />

“O futuro destas Empresas passa pela diversificação<br />

<strong>dos</strong> serviços associa<strong>dos</strong>. A venda e a assistência técnica,<br />

embora importantes, já não são os únicos factores<br />

de valorização deste tipo de empresa. Penso que o futuro<br />

próximo passará pela evolução <strong>dos</strong> serviços de<br />

Consultoria e Formação”.<br />

EQUIPAMENTO<br />

DE DIAGNÓSTICO<br />

ACRAMAQ<br />

www.texaiberica.com<br />

A Acramaq tem no sector<br />

do diagnóstico de ligeiros<br />

e pesa<strong>dos</strong>, a sua for ça<br />

maior através da marca<br />

Texa que representa desde<br />

2003. Além do diagnóstico,<br />

a Texa possui ainda estações<br />

100% automáticas<br />

para a manutenção de Sistemas<br />

de Ar Condicionado<br />

Auto e modernos e inovadores<br />

analisadores de gases<br />

de escape para veículos a gasolina ou diesel.<br />

Acompanhando as preocupações ambientais, a<br />

Acramaq lançou uma linha de produtos ECO que disponibiliza<br />

um vasto rol de equipamentos e soluções<br />

para que as oficinas cumpram to<strong>dos</strong> os requisitos ambientais<br />

que a atual legislação obriga, assim como produtos<br />

para a manutenção de sistemas de injeção diesel<br />

ou gasolina de todo o tipo de veículos em circulação.<br />

Destes últimos, o destaque vai para a marca Micrauto.<br />

Produtos, Soluções e Serviços adapta<strong>dos</strong> à evolução<br />

do automóvel em todas as suas variantes são as preocupações<br />

de Acramaq, no sentido de satisfazer as exigências<br />

<strong>dos</strong> profissionais do sector. Possui um Departamento<br />

Técnico de Apoio ao Cliente que assegura<br />

tudo o que está relacionado com a Assistência Técnica<br />

aos seus produtos.<br />

Pontos fortes da empresa:<br />

Inovações tecnológicas; resposta exata às necessidades<br />

<strong>dos</strong> profissionais da reparação<br />

COSTA & GARCIA<br />

www.costagarcia.pt<br />

A empresa Costa & Garcia teve o seu início de atividade<br />

em 1964. A sede e o armazém principal da empresa<br />

estão no Porto, assim como o centro de formação<br />

técnica, dispondo a empresa de uma filial em Sintra,<br />

comercializando os seus equipamentos em todo o<br />

país. Face à rápida evolução <strong>dos</strong> equipamentos a empresa<br />

está em constante formação, dispondo de uma<br />

equipa de seis comerciais e dez técnicos. Através do<br />

call center (227 155 300) podem também ser prestadas<br />

informações técnicas.<br />

Atualmente a empresa comercializa 55 marcas, das<br />

quais a Ciata, Beta, Optimum Maschinen, Ani, Tecnomotor,<br />

Sama, Ibergrafe, Puska Pneumatic e Samoa<br />

em representação exclusiva. Para além destas, destaque<br />

para a Hitachi, Oertzen, Ipc-Faip, Ipc-Soteco,<br />

Fiac/Michelin, Orion, Taiver, Egamaster, Fillrite, Tru,<br />

Coral e Comal.<br />

A consolidação <strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong> africanos é o principal<br />

investimento que a empresa fez em 2011, enquanto<br />

que em Portugal dispõe de uma carteira de 410<br />

clientes ativos.<br />

Pontos fortes da empresa:<br />

Serviço Personalizado; Qualidade <strong>dos</strong> produtos;<br />

Assistência Técnica<br />

Opinião<br />

Paulo Pinto, Costa & Garcia<br />

“Creio que será um futuro com algumas dificuldades,<br />

e com grandes desafios face à crise que o mercado<br />

atualmente atravessa, este sector de atividade é <strong>dos</strong><br />

mais afeta<strong>dos</strong>, é no entanto o momento para redimensionar<br />

e preparar as empresas para a nova realidade.<br />

É um mercado muito exigente e que obriga a um<br />

trabalho árduo da parte das empresas não só ao nível<br />

da pesquisa mas também no que respeita a assistência<br />

técnica pois uma empresa que venda bons produtos<br />

mas com uma fraca assistência não é eficiente”.<br />

IBEREQUIPE<br />

www.iberequipe.com<br />

Fundada em 2003, a Iberequipe aposta forte na comercialização<br />

de soluções de diagnóstico e possui a<br />

sua sede, armazém e centro de formação nas instalações<br />

da Zona Industrial de Palhais no Barreiro. Realiza<br />

cursos de formação com periodicidade bimensal, operando<br />

geograficamente em todo o país. Com uma<br />

40<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


O BluEarth no coração.<br />

O pneu amigo do ambiente que tem baixos níveis<br />

de consumode combustível e que permite andar mais.<br />

YOKOHAMA IBERIA, S.A<br />

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MERCADO<br />

As empresas de equipamentos oficinais<br />

equipa de três comerciais e dois técnicos, a Iberequipe<br />

dispõe também de um call center com o número de telefone<br />

212 940 793.<br />

AVL, Autologic e Autocom são representações exclusivas<br />

desta empresa de diagnóstico, que dispõe ainda<br />

<strong>dos</strong> equipamentos da Fronuis. Equipamento de<br />

Diagnóstico Multimarca, Equipamento de Diagnóstico<br />

para especialistas, e Aparelhos de Controlo de<br />

Emissões, foram os equipamentos mais vendi<strong>dos</strong> em<br />

2011 pela Iberequipe, empresa que investiu fortemente<br />

na consultoria técnica na área de diagnóstico automóvel,<br />

dando um suporte efetivo aos seus clientes.<br />

Pontos fortes da empresa:<br />

Empresa especializada no fornecimento de equipamentos<br />

de diagnóstico automóvel e controlo de emissões;<br />

Formação na área de diagnóstico automóvel; Suporte<br />

técnico na área de diagnóstico automóvel.<br />

Opinião<br />

Pedro Antunes, Iberequipe<br />

“Em relação aos equipamentos de diagnóstico, é<br />

neste momento um mercado difícil devido à pirataria<br />

e cópias ilegais <strong>dos</strong> equipamentos de diagnóstico. Infelizmente<br />

existem empresas do sector que promovem a<br />

venda destes produtos ilegais o que faz desvalorizar o<br />

preço real do produto original. O futuro passa claramente<br />

por proporcionar serviços de consultoria técnica”.<br />

INTERMACO<br />

www.intermaco.pt<br />

Com sede em Vila Nova de Gaia, a Intermaco possui<br />

o armazém e o centro de formação técnica em Albergaria<br />

a Velha. Esta experiente empresa do ramo <strong>dos</strong><br />

equipamentos para oficinas, realiza periodicamente<br />

formação sempre em função das necessidades <strong>dos</strong><br />

clientes. Trabalhando em todo o território português,<br />

a Intermaco dinamiza as suas vendas com uma equipa<br />

de dez comerciais, tendo ainda ao seu dispor uma<br />

equipa técnica de cinco pessoas. O apoio técnico pode<br />

ser obtido através do call center pelo número 0034 937<br />

338 674.<br />

Da lista de 19 marcas que comercializa, destacam-se<br />

os equipamentos da SPX/Tecnotest, Robinair, Hanatech,<br />

AutoBoss, Jaltest, Carbon-Zapp, Sirio, Moviltest,<br />

Tracerline, entre outros. Refira-se que as marcas<br />

SPX/Tecnotest, Hanatech, Carbon-Zapp, Moviltest e<br />

Tracerline são trabalhadas em exclusivo pela empresa<br />

em Portugal. O equipamento mais vendido pela Intermaco<br />

em 2011 foi o Diagnóstico Tecnotest Reflex<br />

4130. A presença em feiras da especialidade foi um <strong>dos</strong><br />

principais investimentos da empresa em 2011.<br />

Pontos fortes da empresa:<br />

A experiência técnica e comercial de longos anos no<br />

sector; A escolha criteriosa de equipamentos de qualidade,<br />

que garantam a satisfação total do cliente; A<br />

confiança <strong>dos</strong> clientes.<br />

Opinião<br />

Pedro Santos, Responsável Técnico Intermaco<br />

“Na nossa opinião, as empresas que souberem<br />

acompanhar a evolução do mercado automóvel com<br />

equipamentos de qualidade e com uma estrutura técnica<br />

bem preparada e capaz de continuar a oferecer às<br />

oficinas o que de melhor se faz para a reparação e manutenção,<br />

serão capazes de encarar o futuro com mais<br />

otimismo e confiança. Para quem trabalha com qualidade,<br />

a maior ameaça é o aparecimento de equipamentos<br />

chineses, de qualidade duvi<strong>dos</strong>a. Estes permitem<br />

baixar os custos na compra, mas criarão problemas<br />

a médio/longo prazo”.<br />

LAUNCH IBERICA<br />

www.launchiberica.com<br />

Com sede e Armazém em Barcelona,<br />

Espanha, a Launch Ibérica é<br />

uma empresa fundada em 1992,<br />

que se dedica ao fabrico, distribuição<br />

e comercialização de<br />

equipamentos para oficinas.<br />

A empresa possui sete<br />

filiais em Espanha e Portugal,<br />

tendo o seu centro<br />

de formação em Barcelona,<br />

onde realiza trimestralmente cursos<br />

técnicos para os seus clientes.<br />

Em Portugal trabalham duas pessoas, um comercial<br />

e um técnico, sendo apoia<strong>dos</strong> por um call center que<br />

está disponível pelo número 0043 902 104 739.<br />

A Launch comercializa apenas os produtos de marca<br />

própria, tendo-se destacado em termos de vendas<br />

em 2011 o equipamento de diagnóstico X431 Diagun.<br />

A empresa vai continuar a apostar forte em feiras e nas<br />

traduções como forma de estar mais próximo do cliente.<br />

Em Portugal a Launch tem 64 cliente ativos.<br />

Pontos fortes da empresa:<br />

Preço/qualidade; Proximidade com o cliente;<br />

Apoio técnico.<br />

Opinião<br />

Carlos López, Sales Manager Launch<br />

“É um mercado razoável tendo em atenção as poucas<br />

oportunidades de negócio que vão havendo. Cada<br />

vez se dedica mais tempo à manutenção de equipamentos<br />

já instala<strong>dos</strong>. A tendência natural é continuar<br />

a desaparecerem as empresas desta atividade para dar<br />

lugar a grupos de empresas multinacionais ou de grande<br />

dimensão que ficarão com o mercado na sua totalidade”.<br />

LEIRILIS, S.A.<br />

www.leirilis.com<br />

A empresa de Leiria tem crescido bastante na área<br />

<strong>dos</strong> equipamentos oficinais. O exemplo disso foi o investimento<br />

feito numa escola de formação, com<br />

240m2 de área (80m2 de área de formação teórica e<br />

160m2 de área de formação prática). Nascida em 1986,<br />

esta empresa trabalha preferencialmente os merca<strong>dos</strong><br />

do norte e centro de Portugal, tendo seis comerciais e<br />

um técnico para responder aos seus clientes, podendo<br />

o apoio ser dado pelo call center 244 850 083.<br />

No total da sua atividade a empresa comercializa 52<br />

marcas distintas com destaque para a Bosch, tendo a<br />

representação exclusiva Sacorge, Sonic e Westa. O<br />

tipo de equipamento mais vendido em 2011 pela Leirilis<br />

foi o equipamento de diagnóstico, linhas de préinspeção<br />

e máquinas de ar condicionado. A empresa<br />

tem cerca de 900 clientes ativos, tendo desenvolvido<br />

parcerias com a Bosch.<br />

Pontos fortes da empresa:<br />

Qualidade <strong>dos</strong> equipamentos; Apoio técnico; Preço.<br />

ROBERT BOSCH<br />

www.bosch-automotive-pt.com<br />

Referência mundial no sector das peças e equipamentos,<br />

a Bosch tem as vendas e a escola de formação<br />

técnica em Lisboa (com cursos semanais), funcionando<br />

o marketing em Madrid e Lisboa simultaneamente.<br />

Presente em todo o país, a Robert Bosch dispõe de<br />

uma equipa comercial de sete pessoas, sendo cinco os<br />

técnicos, apoia<strong>dos</strong> ainda por uma Hotline técnica através<br />

do 808 203 121.<br />

Comercializando equipamento Bosch, as vendas<br />

em 2011 concentraram-se nos Equipamentos de Diagnóstico<br />

KTS, Ar Condicionado e Diesel, dispondo de<br />

uma gama muito completa de equipamentos especificamente<br />

para casas de pneus. Um <strong>dos</strong> fortes investimentos<br />

da empresa foi no lançamento do equipamento<br />

KTS Truck. Destaque para o novo Centro de Desenvolvimento<br />

na Inglaterra e para o novo software<br />

ESI[tronic]. A Robert Bosch tem como parceiros a<br />

Rede Bosch Car Service e a ATEC.<br />

Pontos fortes da empresa:<br />

Qualidade; Inovação; Orientação para o cliente.<br />

Opinião<br />

Cristina Mourão, Trade Marketeer Bosch<br />

“A necessidade cada vez mais patente de uma proximidade<br />

aos seus clientes. Ouvir os clientes é, agora<br />

mais do que nunca, uma necessidade quase diária. No<br />

caso da Bosch, o fato de termos uma relação de grande<br />

proximidade com os nossos Distribuidores é uma<br />

mais-valia cada vez mais importante e diferenciadora.<br />

A tecnologia automóvel não pára de avançar e evoluir,<br />

independentemente da crise que vivemos, sendo necessários<br />

novos equipamentos para solucionar os problemas<br />

e avarias <strong>dos</strong> veículos. Como são exemplo os<br />

casos do novo gás para os sistemas de ar condicionado,<br />

os novos sistemas que necessitam de diagnóstico,<br />

entre outros”.<br />

42<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


MERCADO<br />

STAND ASLA<br />

http://encomendas.stand-asla.pt<br />

Fundada em 1954, o Stand Asla tem<br />

larga experiência e know-how no<br />

seu setor de atividade. A empresa<br />

do Porto (Perafita),<br />

possue atualmente dois armazéns<br />

(em Lisboa e Porto)<br />

e o centro de formação técnica<br />

funciona no Porto, Lisboa, Coimbra,<br />

Faro e Funchal, realizando a empresa<br />

trimestralmente cursos de formação. Presente<br />

em todo o território nacional (continente e ilhas), o<br />

Stand Asla tem uma equipa de sete comerciais e sete<br />

técnicos, prestando o apoio técnico presencialmente<br />

nas instalações de cada cliente e telefonicamente através<br />

do Call Center disponível no número 220 917<br />

050, apenas para os clientes previamente regista<strong>dos</strong>.<br />

O Stand Asla comercializa cinco marcas de equipamentos<br />

(CTR, Texa, Magneti Marelli, Carbon Zapp e<br />

Waeco), destacando-se a Texa e as duas representações<br />

exclusivas: CTR e Magneti Marelli. Por isso, é natural<br />

que o tipo de equipamento mais vendido pelo Stand<br />

Asla em 2011 tenha sido os equipamentos de diagnóstico.<br />

Foram vários os investimentos da empresa em 2011,<br />

nomeadamente nas Redes Oficinais, implicando um<br />

esforço significativo (logística e financeiramente) - trata-se<br />

de um <strong>dos</strong> pilares centrais da atuação da empresa<br />

(com formação, informação, call-center técnico e imagem)<br />

- e na Reestruturação do site de encomendas online,<br />

essencial para o decorrer da atividade. Prestar um<br />

melhor serviço passa por facilitar e agilizar o processo<br />

de compra, o que só é possível disponibilizando uma<br />

ferramenta on-line totalmente renovada e muito mais<br />

completa e intuitiva.<br />

De referir também a abertura de plataforma logística<br />

e técnica em Lisboa e a recente parceria, ao nível da<br />

formação técnica, com o CEPRA, proporcionando<br />

formação referente à obrigatoriedade de certificação<br />

<strong>dos</strong> técnicos que intervenham em sistemas de AC, que<br />

contenham gases com efeito de estufa.<br />

Pontos fortes da empresa:<br />

Experiência de vários anos de atividade; Formação e<br />

Serviços técnicos qualifica<strong>dos</strong>; Gama de produtos<br />

alargada<br />

Opinião<br />

Jorge Sá, Administrador Stand Asla<br />

“Em termos de oferta, verifica-se que estão presentes<br />

no nosso mercado as principais marcas de equipamentos.<br />

A concorrência é bastante forte, assistindo-se constantemente<br />

a uma redução de preços e de margens praticadas.<br />

Manter a posição neste mercado é, por isso, difícil<br />

e a forma de diferenciação de cada empresa passa,<br />

sobretudo, pelo serviço pós-venda. Do nosso ponto<br />

de vista, empresas que se dediquem, exclusivamente, à<br />

comercialização de equipamento oficinal, encontrarão<br />

mais dificuldades. Por um lado, assiste-se a uma redução<br />

da capacidade de investimento por parte das<br />

oficinas e, por outro, as margens libertadas com a comercialização<br />

de equipamentos não são suficientes, só<br />

por si, para manter o negócio”.<br />

TRW<br />

www.trwaftermarket.com<br />

A TRW Automotive Portugal iniciou a sua atividade<br />

em 1931. Atualmente encontra-se no Centro Empresarial<br />

de Talaíde em São Domingos de Rana, onde<br />

tem a sua sede, armazém, e centro de formação, sendo<br />

daí que coordena toda a sua presença no território de<br />

Portugal Continental e Ilhas. Trabalhando com uma<br />

equipa comercial e técnica, a TRW pode também ser<br />

contatada através do seu cal center 214 228 311.<br />

Para além da sua forte presença no mercado das peças,<br />

a TRW marca presença no mercado de equipamentos<br />

de diagnóstico com Easychek, uma ferramenta<br />

de serviço electrónica de intervenção manual, com<br />

um vasto leque de funções. Totalmente portátil, pode<br />

ler e eliminar códigos de avaria e efetuar intervenções<br />

no local. Permite as intervenções nos principais sistemas<br />

como: travão de estacionamento, ABS, climatização,<br />

restauro <strong>dos</strong> intervalos das revisões, reparação das<br />

válvulas <strong>dos</strong> pneus TPMS, sistemas de airbag e pré-tensores,<br />

calibração do sensor de ângulo de direção. Também<br />

comercializa equipamentos das marcas Delphi e<br />

Hartridge.<br />

Pontos fortes da empresa:<br />

Serviço; Qualidade; Oferta global.<br />

Opinião<br />

Edite Teixeira, Responsável Maketing<br />

“O mercado de equipamentos de diagnóstico, é um<br />

mercado muito dinâmico e competitivo, até porque<br />

possuir equipamentos de diagnóstico hoje em dia, é<br />

fundamental para a sobrevivência de uma oficina.<br />

Uma vez que se trata, por norma, de investimentos<br />

eleva<strong>dos</strong>, a relação preço/funcionalidades é o fator<br />

mais importante, sendo que as oficinas procuram<br />

equipamentos que lhes dêem maior mobilidade e sejam<br />

simples de utilizar. As empresas deixarão cada vez<br />

mais de vender apenas o equipamento, passando a<br />

vender um serviço completo. É uma tendência que<br />

existirá cada vez mais no futuro, à medida que os novos<br />

veículos com sistemas integra<strong>dos</strong> vão estando disponíveis<br />

para reparação nas oficinas multi-marcas,<br />

acarretando consigo a necessidade de informações técnicas<br />

muito mais complexas do que necessárias até ao<br />

momento”.<br />

OUTROS<br />

EQUIPAMENTOS<br />

EQUIAUTO<br />

www.equiauto.pt<br />

É na terrugem (Sintra) que a Equiauto, empresa especialista<br />

em equipamentos de lavagem, centraliza to<strong>dos</strong><br />

os seus serviços (sede, armazém e centro de formação),<br />

embora esteja comercialmente presente em todo<br />

o país e também em Angola. As formações técnicas<br />

são dadas sempre que se verifiquem atualizações ou<br />

novos modelos.<br />

Possui uma equipa técnica com 12 pessoas, enquanto<br />

comerciais são apenas quatro, podendo os clientes<br />

recorrer ao call center pelo 219 678 230, ou através do<br />

site que tem loja online. As marcas comercializadas<br />

são sete: WashTec, Ravaglioli, Facom, Lanzoni, Kaster,<br />

Auwa e Portotécnica. O equipamento mais vendido<br />

em 2011 foram os pórticos de Lavagem Auto. Destaque<br />

para o desenvolvimento de um projeto próprio<br />

de “Sistema de Gestão e Controlo de Equipamentos<br />

de Lavagem e Periféricos”, que foi um <strong>dos</strong> principais<br />

investimentos da empresa recentemente.<br />

Com 275 clientes ativos, a Equiauto tem desenvolvido<br />

parcerias com diversas entidades, destacando-se a<br />

ANAREC e diversas escolas que propõem e enviam<br />

estagiários.<br />

Pontos fortes da empresa:<br />

Experiência e Conhecimentos; Equipa técnica, serviços<br />

de apoio para assistência e manutenção; Equipamentos<br />

cumprem todas as normas e são de alta qualidade.<br />

Opinião<br />

Otília Salina, Administradora<br />

“É um mercado onde a inovação, com o fluxo contínuo<br />

de novos materiais, produtos e ideias criativas –<br />

está sempre presente e em constante desenvolvimen-<br />

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REVISTA<br />

DOS PNEUS 43


MERCADO<br />

As empresas de equipamentos oficinais<br />

to. Em termos de futuro acredito que haverá menor<br />

oferta dada a necessidade de cada uma delas ser mais<br />

especializada. Este cenário traz custos maiores para o<br />

cliente interno e externo”.<br />

KRAUTLI PORTUGAL<br />

www.krautli.pt<br />

A Krautli, empresa presente no Aftermarket com<br />

peças e equipamentos, existe em Portugal desde 1990<br />

tendo em Santa Iria de Azóia (Lisboa) a sua sede, armazém<br />

e centro de formação. Estando presente comercialmente<br />

em todo o país, a Krautli desenvolve muita<br />

formação de acordo com as necessidades <strong>dos</strong> clientes<br />

(que são mais de 1.100), dispondo de uma equipa técnica<br />

com duas pessoas (comerciais são cinco) que disponibilizam<br />

ainda aos clientes um call center com<br />

apoio técnico (219 535 631).<br />

Ao nível <strong>dos</strong> equipamentos, a Krautli disponibiliza<br />

sete marcas (Delphi, VDO, ISC, Midtronics, Electro-<br />

Mem, Actia, Synkra), sendo que algumas delas em exclusivo<br />

(VDO, Electro-Mem, ISC e Synkra). O tipo de<br />

equipamento mais vendido em 2011 pela empresa foram<br />

os carregadores de bateria Electro-Mem.<br />

Em termos de investimentos destaque para o lançamento<br />

do projeto Delphi Service Centre com a venda<br />

de um equipamento de Diagnóstico Delphi.<br />

Pontos fortes da empresa:<br />

Qualidade nas marcas representadas; Suporte técnico<br />

e formação; Credibilidade e confiança nas relações.<br />

Opinião<br />

Carlos Silva, Diretor Vendas Krautli<br />

“O mercado caracteriza-se por inúmeros operadores<br />

e marcas que oferecem às oficinas um enorme leque<br />

de opções, em muitos casos, existe uma oferta excessiva<br />

que acaba por confundir o decisor. As oportunidades<br />

criadas, residem na visão das oficinas se prepararem<br />

com equipamentos e competência adequada às<br />

exigências do automóvel atual e futuro. Quem se conseguir<br />

diferenciar na qualidade <strong>dos</strong> serviços que oferece<br />

ao seu cliente, cria uma plataforma e condições adequadas<br />

para aproveitar as oportunidades que a reparação<br />

e manutenção do automóvel geram diariamente”.<br />

MGES<br />

www.mgequipamentos.com<br />

A MGES é uma empresa de Carcavelos que iniciou<br />

a sua atividade em 1997. Tendo também um armazém<br />

em Odivelas, é em Carcavelos que dispõe de um centro<br />

de formação técnica, onde realiza diversos cursos<br />

sobre equipamentos ao longo do ano.<br />

Tendo como área geográfica de vendas Portugal<br />

Continental e Ilhas, Angola e ainda Cabo Verde, a<br />

MGES dispõe de uma equipa comercial de três pessoas<br />

e cinco são os membros da equipa técnica, funcionando<br />

ainda o call center pelo número 214 528<br />

899.<br />

As principais marcas comercializadas pela MGES<br />

são a VTEQ, Let, Sírio, Spin, Top Automotive, Tecnotest,<br />

Chief, Emanuel, Dimsport, Opto-Plus, Gis,<br />

Autodata, Coral e Meclube. Devido à sua especialização<br />

em equipamentos para centros de inspeção automóvel,<br />

o material mais vendido pela MGES em 2011<br />

foram as Linhas de Inspeção, Elevadores e Auto-Diagnóstico.<br />

Pontos fortes da empresa:<br />

Qualidade <strong>dos</strong> Equipamentos; Resposta técnica /<br />

Apoio aos clientes; Diversidade / Flexibilidade das soluções<br />

apresentadas.<br />

Opinião<br />

José Mira, Administrador MGES<br />

“Inegavelmente existe uma global quebra de receitas<br />

que acaba por afectar a disponibilização de verbas para<br />

as áreas da Formação, Certificação, renovação de equipamentos,<br />

conservação de instalações, etc.. Por outro<br />

lado são conhecidas as exigências legais que se traduzem<br />

em consideráveis custos regulares que as oficinas<br />

têm de suportar. Referimo-nos à carga fiscal aplicada<br />

às empresas, aos custos de pessoal, ao cumprimento<br />

<strong>dos</strong> requisitos de caracter ambiental e a to<strong>dos</strong> os encargos<br />

inerentes à manutenção da actividade. Em perío<strong>dos</strong><br />

difíceis como aquele que actualmente atravessamos,<br />

torna-se significativamente “desigual” cumprir<br />

ou não cumprir as diferentes obrigações atrás mencionadas,<br />

já que as mesmas podem assumir um custo decisivo<br />

na viabilidade da empresa. Em nosso entender,<br />

a “fórmula de sucesso” baseada na Qualidade, Formação<br />

e Serviço, pode estar seriamente ameaçada se não<br />

forem encontra<strong>dos</strong> meios eficazes de proteger aqueles<br />

que persistem em manter uma postura séria neste<br />

ramo de actividade”.<br />

NEDERMAN<br />

www.nederman.pt<br />

Esta empresa de origem sueca (Helsingborg), onde<br />

têm aliás o seu centro de formação técnica e o seu armazém<br />

central, está representada em Portugal com<br />

uma estrutura sediada em Lisboa. Focalizando a sua<br />

atividade nas oficinas auto ao nível <strong>dos</strong> equipamentos<br />

de extração de gases (está presente noutros setores também),<br />

a Nederman realiza pelo menos duas vezes por<br />

ano cursos de formação técnica para to<strong>dos</strong> os seus<br />

clientes em Portugal.<br />

Com uma equipa de quatro técnicos e quatro comerciais,<br />

os clientes podem também obter apoio técnico<br />

/comercial através do call center 218 923 440. A<br />

Nederman comercializa em exclusivo os produtos da<br />

sua marca própria (Nedermann). O equipamento mais<br />

vendido em 2011 foram os enroladores de mangueiras<br />

e cabos 20&30. O número de clientes ativos supera os<br />

600 (incluindo toda a Indústria).<br />

Pontos fortes da empresa:<br />

Qualidade; Ecoeficiência; Fiabilidade.<br />

Opinião<br />

Branco Martins, Managing Diretor Nederman<br />

“Nas oficinas de reparação o mercado é pouco exigente<br />

em termos de qualidade e eficiência <strong>dos</strong> equipamentos<br />

quando comparado com outras indústrias. As<br />

oportunidades é que há muitas oficinas mal equipadas<br />

em função dessa pouca exigência pela qualidade e que<br />

precisarão de melhorar. A ameaça é a falta de interesse<br />

na área do ambiente, também condicionada pela falta<br />

de fiscalização”.<br />

SOLECO<br />

www.soleco.pt<br />

Na área <strong>dos</strong> equipamentos ambientais, a Soleco desenvolve<br />

a sua atividade desde 2007, tendo por base<br />

operacional a sua sede e armazém na Maia, onde existe<br />

também um centro de formação técnica. Trabalhando<br />

geograficamente todo o mercado português, a Soleco<br />

dispõe de uma equipa de cinco comerciais e dois técnicos,<br />

podendo os clientes recorrer ao call center pelo<br />

229 613 170.<br />

Comercializando 15 marcas de equipamentos, a Soleco<br />

tem como representações exclusivas a SRI, Magrini,<br />

SME, Teknox, Ultratecno e Cryonomics. Separadores<br />

de Hidrocarbonetos, Bases de Retenção, Ecotank’s<br />

para óleo usado, Caixas de Baterias, Máquinas<br />

Lavar Peças Biológicas e Máquinas Lavar Peças Automáticas,<br />

foram os equipamentos mais vendi<strong>dos</strong> pela<br />

empresa em 2011. A Soleco tem cerca de 800 clientes<br />

ativos.<br />

Pontos fortes da empresa:<br />

Qualidade <strong>dos</strong> equipamentos e Produtos; Prazos de<br />

entrega muito reduzi<strong>dos</strong>; Assistência Técnica.<br />

Opinião<br />

Edgardo Rodrigues, Responsável Soleco<br />

“Extremamente competitivo e agressivo. As empresas<br />

que se queiram manter e crescer têm de estar num<br />

processo constante de ajuste ao mercado, criando novas<br />

ferramentas e canais de aproximação ao mercado.<br />

Uma das principais ameaças é o material barato e de<br />

fraca qualidade, que ilude o Cliente no ato da compra.<br />

Por outro lado esta mesma ameaça acaba por se tornar<br />

numa oportunidade a curto prazo uma vez que coloca<br />

no mercado muitos Clientes que ficam insatisfeitos<br />

com este tipo de produto e que começam a valorizar<br />

produtos de qualidade e a reconhecer que a qualidade<br />

tem que ter um custo associado”.<br />

44<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


MERCADO<br />

EMPRESA TELEFONE MORADA CÓDIGO POSTAL<br />

A.S. CETRUS 252308600 Lugar de Queima<strong>dos</strong> - Santiago D'Antas - Apartado 427 4764-901 V.N. Famalicão<br />

ACRAMAQ - COMERC.DE EQUIP. P/ INDÚSTRIA,LDA 219325671 Praceta de Beja, Lt.30, Lj.A Esq. 2755-274 Alcabideche<br />

ALTARODA, LDA 255783600 Rua Central do Bairro, pav 77 4584-909 Paredes<br />

APR PROFISSIONAL 219550312 Rua 25 de Abril nº 13 - Sub-Cave 2625 - 468 Forte da Casa<br />

ATLAS COPCO 214168524 Avenida do Forte, 3 2790-073 Carnaxide<br />

AUTODIAG UNIPESSOAL, LDA 244092563 Rua do Fagundo, 9 2430-078 Albergaria - Marinha Grande<br />

AUTOTEC 214727300 Avenida Leite de Vasconselos, nº 3 e 5 - Alfragide Norte 2610 - 100 Amadora<br />

BENITEX 219344530 Rua da Charneca de Cima, Armazém G - RAL 2710 – 446 Sintra<br />

BERNER 214489060 Av. Amália Rodrigues, 3510 2785-738 - S. Domingos de Rana<br />

BOLAS MÁQUINAS E FERRAMENTOS DE QUALIDADE, SA 266749300 Zona Industrial Almeirim Norte, Rua B, Lote 8/10/12 7000-171 Évora<br />

BOMBÓLEO TIERRATECH 214389600 R.Sebastião e Silva, nº 28 2745-838 Massamá<br />

BRAY MARTINS 265543170 Rua General Gomes de Freire Nº 148 2910-517 Setúbal<br />

CARSISTEMA, SA 239433720 Ribeira de Eiras - Adémia 3020-326 Coimbra<br />

CELIBER PORTUGAL, LDA 212039530 Vila Amélia, lt 327 - Pavilhão L - Quinta do Anjo 2950-805 Palmela<br />

CENTROCAR - INGERSOLL-RAND 220029150 Rua Vilar do Senhor, 461 4455 - 213 Lavra Matosinhos<br />

COMETIL 219379550 Rua de Amesterdão, nº 4 - Parque Ind. do Arneiro 2660-456 S. Julião do Tojal<br />

CONVERSA DE MÃOS, LDA 227138967 Rua Manuel Moreira da Costa Júnior, 52 arm. AF 4405-571 Valadares<br />

COPRIAL 261323521 Avenida General Humberto Delgado 9-A 2560-272 Torres Vedras<br />

CORCET,LDA 255728220 Zona Ind., nº2 - Lote 10 -Apart. 95 4560-709 Penafiel<br />

COSTA & GARCIA, SA 227155354 Rua do Cadavão nº. 801- Vilar do Paraiso 4406-953 Vila Nova Gaia<br />

COTEQ, LDA 253670663 Rua de Mazagão, 78 4705-074 Aveleda - Braga<br />

DIAGNOSCAR, LDA - COM. DE EQUIP. DE DIAG.AUTO 914028740 Estrada Casal Coelho, nº 10- Amial 2565-641 Torres Vedras<br />

DOMETIC PORTUGAL 219244173 Rua <strong>dos</strong> Navegantes Bloco 3-1º A - Beloura Business Center 2710-297 Sintra<br />

DOMINGOS & MORGADO 2, LDA 229618913 Via Central de Milheirós, 360 4475-330 Milheirós-Maia<br />

ECODEPUR 249571500 Avenida 21 de Junho, n.º 103 -Zona Industrial da Chã 2435-087 Caxarias<br />

ECO-PARTNER,SA 219666750 Núcleo Empresarial da Venda do Pinheiro - Quinta <strong>dos</strong> Estrangeiros. Rua C, Armazém BL 2665-602 Venda do Pinheiro<br />

EINHELL PORTUGAL 220917500 Rua das Aldeias, 225 - Apartado 2100 -Arcozelo 4410 - 459 Vila Nova de Gaia<br />

EQUIASSISTE (TEXA) 227877150 Rua do Lameiro, 559 - Oliveira do Douro 4430 - 444 Vila Nova de Gaia<br />

EQUIAUTO 219678230 R. Rosa do Lomeiro, nº 29 - Pavilhão 10 2715-771 Sintra<br />

EQUIPBAND (ALVES BANDEIRA) 239420906 Vale de Vaz 3350 - 110 Vila Nova de Poiares<br />

EQUIPRO 218026606 Estrada Lugar de Além, Lote 5 1685-503 Caneças<br />

EUROCOFEMA 229758579 Rua das Laranjeiras, 80/82 4445 - 491 Ermesinde<br />

FAFEACESS 253598257 Loteamento de Cavadas, Nº 64 4820-588 Quinchães - Fafe<br />

FERBASA 219421548 Rua Estado Índia 11 - Sacavém 2685-051 Sacavém<br />

FERROL 2, SA. 244824444 Quinta de Santo António, Lote 4 - Apartado 185 2419 - 903 Leiria<br />

FORCH PORTUGAL 917314442 Rua Quinta de Cabanas nº 17 - São Vicente 4700-004 Braga<br />

FORTUNA 227475100 Rua da Boavista,Apartado 344 - Zona da Feiteira 4416 - 884 Grijó - Vila de Nova Gaia<br />

GARSER 220416605 Rua Cadavão 2087,Vilar do Paraíso 4405-799 Vila Nova de Gaia<br />

GILLCAR, SA 226162679 Estrada Interior da Circunvalação , nº 11965 4200-154 Porto<br />

GONÇALTEAM, LDA 212251578 Rua Quinta das Rosas, 19 - Armazém:Wharehouse - Zona Ind. Casal do Marco 2840-131 Paio Pires<br />

GRUPO IBERO 220964584 R. Dr. Jorge da Fonseca Jorge, 1151 4415-946 Vila Nova de Gaia<br />

GUTMANN MESSTECHNIK 223747420 PracetaAntónio Correia de Carvalho, nº40 4400-022 Vila Nova de Gaia<br />

HÉLDER MÁQUINAS & FERRAMENTAS, LDA 244834636 Apt.491 -Z.Ind Casal Cego, Fracção A/B, 2401-975 Leiria<br />

HVC-IMP.EXPORT.SERVIÇOS EQUIPAMENTOS AUTO, SA 218514623 R.JOÃO PINTO RIBEIRO, 101 A e B 1800-233 Lisboa<br />

IBEREQUIPE,LDA 212940793 R. João Lino, Lt 1 Letra O Zona Ind. De Palhais 2830-222 Barreiro<br />

INTERMACO, LDA 234520110 Arruamento E - Zona Industrial - Apartado 88 3850-909 Albergaria a Velha<br />

J. MARRAZES, LDA. 219291388 Rua do Banagás, 121 - Fontanelas 2705 - 590 São João das Lampas<br />

JP TOOLS 220936858 Rua Particular Honório Tavares Costa, 60 A 4430-169 Vila Nova de Gaia<br />

KRAUTLI PORTUGAL 219535600 Horta <strong>dos</strong> Barcelos, Lt 2 2695-390 Sta. Iria da Azóia<br />

LAFEC-EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS LDA 224337310 R Sub-Estação 96, Bustelo 4585-603 Recarei<br />

LAUNCH IBERICA S.L. + 34938639818 c/ Templer Guidó, 45 08184 Barcelona-Spain<br />

LEIRILIS, SA 244850080 R. <strong>dos</strong> Camponeses, Nº 159 - Casal do Cego, Covinhas 2415-315 Marinheiro<br />

LUSILECTRA, SA 226198750 Rua Engº Ferreira Dias, nº 953/993 4100-247 Porto<br />

MAQUI PNEUS 212072380 Praceta Quinta Vinha Casa 7-Loja A - Casal do Marco 2840-013 Aldeia de Paio Pires<br />

MG - EQUIPAMENTOS & SERVIÇOS AUTO LDA 214528899 Av.S.Miguel, Edif. Arcadas S.Miguel, Nº 249 - Atelier 20 2775-750 Carcavelos<br />

MGM 227642722 Rua do Agro, 150 - Serzedo 4410 - 089 Vila Nova de Gaia<br />

MONTENEGRO FERNANDES 224664540 Rua Alexandre Braga, 106 4000 - 049 Porto<br />

MOTA & PIMENTA, LDA 252323909 Parque Industrial de Fages, Lt 4 4470-464 Requião-V.N. Famalicão<br />

MOTIVARTÉCNICA - KAESER COMPRESSORES 252820340 Rua <strong>dos</strong> Correios, 164-Apartado 77 4796-908 Vila das Aves<br />

MR. PNEU 252248012 Zona Industrial da Varziela - Lote 11 - Mindelo Vila do Conde 4485 - 631 Mindelo - Vila do Conde<br />

NEDERMAN IBÉRICA, SA 218923440 Alameda <strong>dos</strong> Oceanos, Lt 3.15.02 - Loja A 1990-197 Lisboa<br />

NEOPARTS 218558325 Av. Infante D. Henrique, lt 35 1800-218 Lisboa<br />

PC&C 252993125 Rua da Indústria, 214 - Zona Industrial de Jesufrei 4470 - 160 Vila Nova de Gaia<br />

RECIQUIP 219832698 Rua João Abel Manta, 17 - 4º Direito 2670 - 526 Loures<br />

ROBERT BOSCH, SA 218500000 Av. Infante D, Henrique, Lt 2/3E 1800-220 Lisboa<br />

RODRIBENCH 219572112 Rua das Pedreiras, 4 - Babieiro 2615 - 642 Calhandriz<br />

ROTOPORT 212899650 R. da Cerâmica - Broegas 2870-502 Montijo<br />

RUBBER VULK 232763109 Zona Ind. OLIVEIRAFrades Lt. 21 3680-133 Oliveira de Frades<br />

RUBETE - EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS, SA 227150400 Lugar da Igreja - Ap. 53 - Vilar do Paraiso 4406-901 V.N. Gaia<br />

RUPES - CARLOS DE OLIVEIRA, LDA 213031560 Rua Rodrigo Reinel, 6-B 1400-320 Lisboa<br />

SAFETYKLEEN IBERIA 212199920 Vila Amélia, Lt. 594 – Cabanas Palmela 2950-805 Qtª do Anjo<br />

SARRAIPA 244819060 Rua das Flores, Carreira D'Agua - Zona Industrial da Barosa 2400 - 016 Leiria<br />

SNA EUROPE [INDUSTRIES] SA 252650130 Rua Profº. Maria Júlia Mesquita Ramos, Apartado 15 4481-254 Vila do Conde<br />

SOLECO 2279613170 Rua Francisco de Almeida, 80 - Fracção 5 4476 - 908 - Maia<br />

STAND ASLA, SA 220917011 Rua do Progresso, 330 4455-530 Perafita<br />

STATUSGRAU, LDA 917318562 R. Nova doRossio, 33 2050-422 Vale do Paraíso<br />

TECNIVERCA, LDA 219584273 Estrada Municipal 1022 - RN 339 - Pinhal da Areia 2860-302 Moita<br />

TEIXEIRA & CHORADO, SA 255710150 Rua Tenente Valadim - Apartado 71 4560-532 Penafiel<br />

TRIPLEMAQUI, LDA. 269600361 Sines Tecnopolo - ZI Ligeira II, Lote 122 A 7520 - 309 Sines<br />

TRW AUTOMOTIVE PORTUGAL, LDA 214228300 Centro Empresarial de Talaide-Estrada Octávio Pato 2785-601 São Domingos de Rana<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 45


APRESENTAÇÃO<br />

Goodyear SUV / 4x4<br />

Gama completa<br />

Tendo por base o lançamento do novo EfficientGrip para SUV, a Goodyear<br />

completou a sua gama de pneus para veículos 4x4, existindo agora um pneu<br />

específico para cada tipo de utilização em estrada ou fora dela<br />

GOODYEAR DUNLOP PORTUGAL<br />

Sede: Estr. de Alfragide, nº67 Alfapark<br />

Edificio F, Piso 0 Sul - Apartado 7659<br />

2610-008 Amadora<br />

Telefone: 210 349 000<br />

Fax: 210 349 101<br />

E-mail: n.d.<br />

Internet: www.goodyear.com.pt<br />

Em mais uma mega apresentação da Goodyear,<br />

desta feita em Portugal, aproveitando o excelente<br />

complexo de pistas do Autódromo Internacional<br />

do Algarve, foi apresentada toda a<br />

gama que esta marca tem disponível para veículos<br />

SUV e 4x4, com destaque para a grande novidade, o<br />

EffficientGrip SUV.<br />

O nome EfficientGrip foi usado recentemente pela<br />

Goodyear para pneus de veículos ligeiros, identificando<br />

uma tecnologia que proporciona novos parâmetros<br />

ambientais na sua utilização (baixo consumo de<br />

combustível, menores emissões de CO2 e uma condução<br />

mais silenciosa). Destinado ao sucesso, a Goodyear<br />

decidiu replicar o mesmo conceito Efficient-<br />

Grip para veículos SUV, normalmente com quatro<br />

rodas motrizes, que por via do maior peso deste tipo<br />

de veículos e de uma utilização que pode contemplar<br />

outros tipo de pisos para além do asfalto, exige um<br />

pneu um pouco mais resistente.<br />

“Os veículos SUV e 4x4 estão cada vez mais eficientes<br />

e os fabricantes trabalham de forma a ir ao encontro<br />

<strong>dos</strong> padrões ambientais mais exigentes e até<br />

mesmo superá-los. Por estes motivos a Goodyear tem<br />

trabalhado intensamente para que os seus pneus suportem<br />

este tipo de condução” refere Hugues Despres,<br />

diretor de marca da Goodyear para a EMEA,<br />

acrescentando que “a chegada <strong>dos</strong> pneus Goodyear<br />

EfficientGrip para SUV segue esta necessidade. Introduzimos<br />

um pneu que permite uma poupança de<br />

combustível e melhora a manobra em piso seco e molhado,<br />

assim como o tempo de travagem, garantindo<br />

ao mesmo tempo uma condução mais suave e silenciosa.”<br />

Um <strong>dos</strong> pontos fortes do EfficientGrip é precisamente<br />

a tecnologia FuelSaving da Goodyear. O pneu<br />

é construído usando um polímero especial, desenhado<br />

para melhorar a resistência de rodagem, poupar<br />

combustível e reduzir emissões de CO2.<br />

O EfficientGrip da Goodyear está disponível nas<br />

medidas de 16 a 19 polegadas o que permite cobrir as<br />

46<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


APRESENTAÇÃO<br />

MERCADO DE PNEUS<br />

SUV / 4X4 EM ALTA<br />

TECNOLOGIA DO NOVO EFFICIENTGRIP<br />

Usufruindo de todo o Know-how da Goodyear, o novo EfficientGrip apresenta uma série de desenvolvimentos<br />

tecnológicos, aos qual corresponde um determinado efeito.<br />

TECNOLOGIA<br />

FuelSaving Technology<br />

Composto do piso com resinas de tracção<br />

Lâminas 3D nos ombros e maior rigidez circunferencial do desenho<br />

do piso<br />

Nova forma da área do talão, maior rigidez lateral do desenho do piso<br />

e peso reduzido do pneu<br />

Desenho e sequência otimiza<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> blocos<br />

Maior área útil de contacto no piso do pneu<br />

UM PNEU PARA CADA NECESSIDADE<br />

EFEITO<br />

Redução do consumo de combustível e das<br />

emissões de CO 2<br />

Distância de travagem mais curta em piso<br />

molhado<br />

Distância de travagem mais curta em piso seco<br />

Melhor precisão da direção e manobrabilidade<br />

Uma condução mais suave e silenciosa<br />

Melhor quilometragem<br />

Não é por acaso que a Goodyear apostou forte<br />

nesta apresentação da sua gama de pneus SUV /<br />

4x4. O mercado SUV (mais do que os puros 4x4)<br />

apresenta uma clara tendência para o crescimento,<br />

pelo menos nos merca<strong>dos</strong> da Europa, Médio<br />

Oriente e África. Deverá este mercado valer cerca<br />

de 3,4 milhões de veículos em 2015, tendo apresentado<br />

desde 2009 um crescimento estável, tendo-se<br />

vendido nesse ano 2 milhões de veículos (na<br />

região EMEA).<br />

Os SUV de grande consumo são os mais representativos,<br />

mas os de classe média e de gama alta,<br />

apresentam uma tendência para serem cada vez<br />

mais representativos.<br />

Isto são boas notícias para quem tem uma gama<br />

completa de pneus SUV / 4x4, como a Goodyear.<br />

Em 2011 venderam-se mais de 12 milhões de<br />

pneus para este tipo de carros e o crescimento<br />

médio das vendas nos últimos cinco anos tem sido<br />

de 9%.<br />

Em termos de índice de velocidade, os segmentos<br />

H, V e W também têm vindo a crescer nas vendas,<br />

as jantes 16 e 17 polegadas são a norma do<br />

mercado e as medidas de 18 a 20 polegadas estão<br />

a emergir.<br />

medidas mais comuns <strong>dos</strong> veículos SUV e 4x4, sendo<br />

já equipamento original do Range Rover Evoque e do<br />

Audi Q3.<br />

Um 4x4 para cada necessidade<br />

Com a introdução do EfficientGrip SUV, a gama<br />

de pneus SUV / 4x4 da Goodyear dispõe agora de cinco<br />

modelos distintos em função<br />

do tipo de utilização (ver<br />

tabela). A exceção de um destes<br />

modelos, houve a oportunidade<br />

de testar quatro deles<br />

em ambientes apropria<strong>dos</strong>.<br />

Montado no Range Rover<br />

Evoque, o EfficientGrip SUV mostrou as suas qualidades<br />

em estrada de asfalto como também em pisos<br />

de terra. É um pneu que se destina a quase todo o tipo<br />

de SUV s, que proporciona um excelente desempenho<br />

em asfalto (onde será usado maioritariamente) e<br />

também em terra. Nos testes de travagem em molhado<br />

e em seco, feitos pela Goodyear na presença <strong>dos</strong><br />

jornalistas, foi evidente a qualidade nesse domínio,<br />

obtendo-se valores médios de 6% de redução na distância<br />

de travagem em piso molhado.<br />

Com um experiente instrutor ao volante, fomos a<br />

bordo de um Land Rover Freelander montado com<br />

os pneus Goodyear Wrangler Duratrac. Trata-se de<br />

A tecnologia FuelSaving da Goodyear permite<br />

ao EfficientGrip melhorar a resistência de rodagem,<br />

poupar combustível e reduzir emissões de CO2<br />

um pneu para todo-o-terreno puro (um verdadeiro<br />

icon da Goodyear), com uma capacidade de tração<br />

muito acima da média, permitindo um desempenho<br />

extremo em traça<strong>dos</strong> muito sinuosos, onde o pneu<br />

faz toda a diferença.<br />

Já ao volante de uma Volkswagen Amarok testamos<br />

o Wrangler AT/SA. É um pneu para uso em estradões<br />

de terra, com boas capacidades offroad e excelente<br />

tracção, podendo também ser usado no asfalto<br />

sem comprometer o conforto a bordo e dinâmico do<br />

veículo.<br />

Igualmente ao volante, neste caso de um Porsche<br />

Cayenne, utilizamos a pista do Autódromo Internacional<br />

do Algarve, para testar<br />

o Eagle F1 Asymmetric SUV.<br />

Trata-se de um pneu para asfalto,<br />

destinado aos SUV de<br />

grande potência e comportamento<br />

desportivo, que evidência<br />

em pista uma notável<br />

tracção.<br />

Referência para o quinto elemento da gama SUV /<br />

4x4, o UltraGrip+ SUV, destinado aos pisos de neve e<br />

gelo, para o qual foi desenvolvido, podendo também<br />

ser utilizado em estradas de asfalto, sendo pouco indicado<br />

para terra.<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 47


ENTREVISTA<br />

José Luis de la Fuente, Diretor Geral da Continental <strong>Pneus</strong>, S.A.<br />

Por diversas razões, a principal das quais é a sua<br />

fábrica em Lousado, a Continental merece um<br />

carinho especial por parte <strong>dos</strong> portugueses.<br />

Existe porém muito mais Continental para<br />

além da fábrica de pneus, nomeadamente aquela que<br />

to<strong>dos</strong> os dias está em contato permanente com os retalhistas<br />

e grossistas de pneus. A REVISTA DOS<br />

PNEUS sentou-se à mesa com José Luis de la Fuente,<br />

Diretor Geral da Continental <strong>Pneus</strong>, S.A., para falar<br />

sobre o negócio de pneus em Portugal no terreno.<br />

ContiSportContact 5, é o mais recente pneu lançado pela Continental, destinado a automóveis com<br />

características desportivas, onde se concilia elevada segurança com condução dinâmica<br />

“Existem oportunidades”<br />

A presença da Continental no mercado de pneus em Portugal é desenvolvida através de<br />

diversas formas. Desta feita, fomos abordar com José Luis de la Fuente, a vertente comercial<br />

do negócio de pneus e a sua intrínseca relação com o retalho<br />

A Continental aproximou-se da Pneuport. Porque<br />

razão a Continental demorou tanto tempo a<br />

integrar uma rede, como a concorrência Premium<br />

já tinha feito?<br />

Ao longo do tempo a Continental tem vindo a consolidar<br />

o seu negócio com acor<strong>dos</strong> estabeleci<strong>dos</strong> com<br />

os seus clientes (parceiros de negócio). No início de<br />

2010, estabelecemos com a Pneuport um acordo de<br />

parceria que visou desenvolver o negócio da Pneuport<br />

e da Continental, de forma sustentável.<br />

Com a Pneuport, possuímos um acordo de parceria<br />

de forma a dotá-la de um conjunto de ferramentas de<br />

gestão e de marketing, capazes de permitir aos seus<br />

cooperadores, terem diferentes argumentos para o desenvolvimento<br />

do seu negócio.<br />

Queremos apostar no mercado português e temos<br />

como objetivo estabelecer parcerias sustentáveis, através<br />

da aposta no desenvolvimento de uma estrutura<br />

local, pois acreditamos que é necessária uma visão do<br />

mercado onde estamos inseri<strong>dos</strong>, dada a sua especificidade.<br />

Na Continental, temos diferentes formas de estabelecer<br />

parcerias com os nossos clientes, contando por<br />

toda a Europa com uma vasta rede de parceiros, no entanto,<br />

em cada país temos abordagens diferentes, e<br />

mesmo o nome dessas parcerias vai-se alterando.<br />

De acordo com a nossa análise das características do<br />

mercado português, acreditamos que a força das parcerias<br />

reside na independência e imagem <strong>dos</strong> vários parceiros<br />

de negócio, que aliadas às ferramentas que lhes<br />

colocamos à disposição, irá permitir-lhes uma melhor<br />

gestão do seu negócio,<br />

bem como uma melhor<br />

abordagem ao consumidor<br />

final.<br />

Vão existir outros<br />

acor<strong>dos</strong> entre a<br />

Continental e outras redes de pneus?<br />

Temos vindo a desenvolver no mercado, um conjunto<br />

de parcerias com Agentes de <strong>Pneus</strong> Independentes.<br />

Temos trabalhado de forma a estabelecer uma rede<br />

de Agentes Recomenda<strong>dos</strong> Continental, com vista ao<br />

desenvolvimento do negócio de forma sustentável.<br />

De acordo com os estu<strong>dos</strong> efetua<strong>dos</strong> e com as necessidades<br />

do mercado estamos a desenvolver um conjunto<br />

de ferramentas que se enquadram em diferentes<br />

áreas de atuação, como Marketing (Comunicação,<br />

Campanhas consumidor final, E.business), Gestão<br />

(Estu<strong>dos</strong> mercado, Desenvolvimento do Ponto de<br />

venda), Recursos Humanos (Formação), entre outras.<br />

“Queremos apostar no mercado português e temos como objetivo<br />

estabelecer parcerias sustentáveis, através da aposta no<br />

desenvolvimento de uma estrutura local”<br />

A Continental está sempre disponível para estabelecer<br />

acor<strong>dos</strong> de parceria, à semelhança do que acontece<br />

um pouco por toda a Europa, onde possuímos um<br />

vasto conjunto de redes, tendo inclusivamente uma<br />

página na internet dedicada a esse tema em www.contitrade.com.<br />

O que é que a etiquetagem pode trazer ao negócio de<br />

retalho de pneus? As marcas chinesas e “low cost”<br />

vão desparecer?<br />

Em primeiro lugar gostaria de dizer que a Continental<br />

apoia a introdução da regulamentação relativa<br />

à etiqueta europeia para pneus.<br />

Esta medida permitirá uma melhor definição de<br />

quais são as marcas que<br />

oferecem ao consumidor<br />

um desempenho à altura<br />

do que se espera de um<br />

produto fundamental<br />

como são os pneus, tornando<br />

mais evidente<br />

quem são os fabricantes com maior capacidade para<br />

enfrentarem este novo desafio.<br />

Não sou de opinião que as marcas “low cost” vão<br />

desaparecer, no entanto, terão que se adaptar a uma<br />

nova realidade que irá inevitavelmente ter consequências<br />

nos custos associa<strong>dos</strong> ao desenvolvimento <strong>dos</strong><br />

48<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


ENTREVISTA<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 49


ENTREVISTA<br />

José Luis de la Fuente, Diretor Geral da Continental <strong>Pneus</strong>, S.A.<br />

seus pneus. Isto significa que só muito dificilmente<br />

isto não se refletirá no custo final para os consumidores.<br />

Do ponto de vista do retalho de pneus, irá implicar,<br />

que este esteja melhor preparado em termos de informação<br />

técnica sobre os critérios associa<strong>dos</strong> à etiqueta,<br />

mas também sobre to<strong>dos</strong> os outros critérios relevantes<br />

para o desempenho de um pneu, mesmo não estando<br />

menciona<strong>dos</strong> na etiqueta, de forma a melhor<br />

esclarecerem os consumidores.<br />

Ainda em relação aos critérios não menciona<strong>dos</strong> na<br />

etiqueta, a Continental vai mais longe, ao considerar<br />

que os três critérios ti<strong>dos</strong> em conta na etiqueta, embora<br />

importantes, nunca poderão substituir os testes de<br />

pneus, onde podem ser avalia<strong>dos</strong> em média 14 a 18<br />

critérios.<br />

Os testes são de facto, uma boa base para o consumidor<br />

que deseja ter mais e melhor informação antes<br />

de uma tomada de decisão, para além disso, a Continental,<br />

geralmente fica nos lugares cimeiros nos testes<br />

independentes, realiza<strong>dos</strong> por orgãos de comunicação<br />

da especialidade.<br />

Em Portugal em grande parte <strong>dos</strong> casos é a casa de<br />

pneus que é prescritora de pneus para o cliente final.<br />

A etiquetagem pode mudar alguma coisa neste<br />

aspeto e ser o cliente final a assumir mais<br />

protagonismo na escolha do pneu?<br />

A etiquetagem irá certamente desempenhar um<br />

papel importante, pois pela primeira vez o consumidor,<br />

terá à sua disposição, informação básica sobre o<br />

desempenho do pneu, o que lhe permitirá ter um termos<br />

de comparação objetivo entre os vários produtos,<br />

não tendo que se basear muitas vezes em questões<br />

de preço, ou por aconselhamento do retalhista.<br />

“A aposta da Continental<br />

em Portugal continua a ser<br />

forte em termos globais e<br />

não apenas em termos de<br />

política de stock”<br />

Até que ponto é que a etiqueta poderá retirar força<br />

ao aconselhamento por parte do retalhista, só o tempo<br />

dirá, mas a perceção que tenho é que o consumidor<br />

cada vez mais procura estar informado, pelo que a<br />

tendência será a de, no futuro, a escolha por determinada<br />

marca de pneus, ser tomada, antes da ida ao retalhista,<br />

sendo que o aconselhamento no local, continuará<br />

a ser importante, mas mais como complemento<br />

à informação previamente obtida pelo consumidor,<br />

ou como uma última ajuda para decidir entre uma ou<br />

outra marca com características semelhantes.<br />

A propósito da procura de informação sobre este<br />

tema, quer por parte <strong>dos</strong> consumidores quer por parte<br />

<strong>dos</strong> retalhistas, a Continental, iniciou há bastante<br />

tempo a sua divulgação, através da distribuição de informação<br />

para o ponto de venda, dirigida ao consumidor<br />

final, bem como junto <strong>dos</strong> orgãos de comunicação,<br />

através do envio de comunica<strong>dos</strong> de imprensa.<br />

Por outro lado a nossa força de vendas recebeu formação<br />

específica sobre este tema, para que esteja preparada<br />

para abordar esta matéria junto <strong>dos</strong> seus clientes,<br />

de forma a esclarecer todas as dúvidas que possam<br />

surgir.<br />

Por último, temos já disponível informação sobre a<br />

etiqueta de pneus nos nossos meios digitais em<br />

www.facebook.com/Continental<strong>Pneus</strong>PT e também<br />

em www.continental.pt .<br />

As grandes marcas descentralizaram os seus stocks<br />

para Espanha. Quer se queira quer não passaram a<br />

estar mais longe do seu cliente. Em termo de política<br />

de stock, o que tem sido feito pela Continental em<br />

Portugal?<br />

A aposta da Continental em Portugal continua a<br />

ser forte em termos globais e não apenas em termos<br />

de política de stock. Em relação a este aspeto, mantemos<br />

a nossa base logística em Portugal, com todas as<br />

vantagens que isso trás em termos de rapidez e consequente<br />

satisfação <strong>dos</strong> nossos clientes, mas temos outros<br />

bons motivos para nos mantermos sedia<strong>dos</strong> em<br />

Portugal, como termos a marca Mabor, no nosso<br />

portfólio de marcas, uma marca de origem portuguesa<br />

com um grande reconhecimento por parte <strong>dos</strong><br />

consumidores.<br />

Recordo que a Mabor deu origem à Continental<br />

Mabor, a nossa indústria de pneus situada em Vila<br />

Nova de Famalicão, que é uma das mais avançadas a<br />

nível mundial, sendo considerada um modelo dentro<br />

do nosso Grupo e mesmo fora dele, tendo sido premiada<br />

por entidades a nível nacional e que continua a<br />

ser alvo de investimentos.<br />

Para a Continental <strong>Pneus</strong>, ter o seu centro de decisão<br />

em Portugal, é indispensável pois dessa forma estamos<br />

melhor prepara<strong>dos</strong> para dar resposta às necessidades<br />

<strong>dos</strong> nossos parceiros de negócio.<br />

O que é que hoje em dia faz mais a diferença neste<br />

mercado: o produto, o serviço, a disponibilidade de<br />

stock, a “pressão” comercial, o preço, etc?<br />

Hoje o mercado é muito competitivo, e não se<br />

50<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


ENTREVISTA<br />

CONSELHOS AOS RETALHISTAS<br />

Qual é o futuro do mercado <strong>dos</strong> pneus?<br />

Existem diferentes formas de abordar esta questão.<br />

Se tivermos em conta os fatores diretamente relaciona<strong>dos</strong><br />

com a situação económica que atravessamos, e<br />

que se reflete na baixa de consumo por parte <strong>dos</strong> clientes<br />

finais, aí os agentes de pneus pouco poderão influenciar<br />

o mercado, pelo que estão dependentes da<br />

tão esperada recuperação económica do país.<br />

Já no que diz respeito aos fatores inerentes à forma<br />

de atuação na venda <strong>dos</strong> pneus ao consumidor final,<br />

tenderão a dar-se mudanças significativas. No passado,<br />

existiram diversas parcerias/grupos cria<strong>dos</strong> de forma a<br />

poderem aumentar o seu poder de compra, investindo<br />

grande parte do seu tempo e esforço para obter melhores<br />

condições de compra. A partir de agora, os Agentes<br />

de <strong>Pneus</strong>, vão procurar cada vez mais assegurar acor<strong>dos</strong><br />

com as marcas, mas salvaguardando a sua independência.<br />

Neste sentido, a Continental, no âmbito<br />

do seu conceito de parcerias, procura encontrar forma<br />

de valorizar essa independência e identidade do agente,<br />

contribuindo com o seu conhecimento e procurando<br />

atuar como consultor/dinamizador do negócio.<br />

CONTINENTAL PNEUS<br />

(PORTUGAL), S.A.<br />

O forte abrandamento do consumo tem levado a<br />

uma redução do número de automóveis que entram<br />

nas casas de pneus.<br />

Para José Luis de la Fuente “na Continental reconhecemos<br />

que a instabilidade económica aumenta as<br />

dificuldades do negócio, no entanto, consideramos<br />

que existem oportunidades de desenvolvimento e<br />

crescimento. Será cada vez mais necessário dotar o<br />

negócio de uma envolvente de comunicação e orientação<br />

para o consumidor final, de modo a captar a sua<br />

atenção e procurar a sua fidelização”.<br />

No entender do Diretor Geral da Continental <strong>Pneus</strong>,<br />

S.A., só a associação aos grandes construtores, como<br />

a Continental, poderá garantir o futuro aos retalhistas.<br />

“A associação mais alargada a um fabricante de<br />

pneus, pode ser uma forma privilegiada de garantir<br />

um crescimento sólido para os agentes de pneus”, diz<br />

José-Luis dela Fuente, acrescentando que “estaremos<br />

sempre disponíveis para escutar os nossos parceiros<br />

de negócio e juntamente com os mesmos trabalhar<br />

para encontrar os melhores fatores que possam<br />

dinamizar o seu negócio”.<br />

Sede: Rua Adelino Leitão nº 330 / Apart. 5029<br />

4761 – 906 EC Lousado<br />

Diretor Geral: José Luis de la Fuente<br />

Telefone: 252 499 234<br />

Fax: 252 493 095<br />

E-mail: continentalpneus.portugal@conti.de<br />

Internet: www.continental.pt<br />

“Ao produzirmos pneus<br />

com padrões de qualidade<br />

eleva<strong>dos</strong>, ajuda-nos a ser<br />

uma das marcas com maior<br />

notoriedade no mercado”<br />

pode dizer que exista apenas um fator que possa fazer<br />

a diferença, será antes a combinação estruturada de<br />

to<strong>dos</strong> eles, que poderá revelar-se uma mais valia.<br />

Obviamente que ao produzirmos pneus, com padrões<br />

de qualidade eleva<strong>dos</strong>, recorrendo a uma grande<br />

componente de Investigação e Desenvolvimento e<br />

que nos dão garantias de excelentes performances, estamos<br />

a ir mais facilmente de encontro das expetativas<br />

do consumidor, e no nosso caso, ajuda-nos a ser<br />

uma das marcas com maior notoriedade no mercado<br />

português.<br />

No entanto, temos que ter em conta o fator preço e<br />

torná-lo competitivo de acordo com o nível de produto<br />

comercializado, desenvolvendo ao mesmo tempo<br />

um conjunto de serviços adicionais, que façam o<br />

cliente perceber que está na presença de uma mais valia.<br />

Quais são as tendências no mercado <strong>dos</strong> pneus,<br />

nomeadamente em Portugal?<br />

No que se refere ao mercado de pneus a tendência é<br />

para uma maior evolução <strong>dos</strong> índices de velocidade<br />

V, W,Y e Z, e dentro deste segmento assistiremos a<br />

um maior crescimento <strong>dos</strong> pneus de alta performance,<br />

para jantes superiores a 17’. As medidas de referência<br />

no mercado português são a 205/55 R16 V e a<br />

175/65 R14 T. A médio e longo prazo teremos a introdução<br />

de novas e diferentes dimensões, orientadas<br />

para os veículos elétricos, cujas necessidades e características<br />

são diferentes <strong>dos</strong> atuais veículos com motores<br />

de combustão. Em relação a esta tendência emergente,<br />

do aparecimento de carros elétricos, a Continental<br />

já introduziu no mercado uma nova linha de produto,<br />

direcionada para estes veículos, o Conti.eContact.<br />

Ainda a este propósito, a Continental prevê que existirão<br />

cerca de 2,8 milhões de carros elétricos regista<strong>dos</strong><br />

em todo o mundo em 2020 e considera a eletromobilidade<br />

como uma das principais tendências no<br />

futuro da indústria automóvel, pelo que quer ter um<br />

papel ativo nesse desenvolvimento.<br />

Como analisa a reestruturação das casas de pneus<br />

em casas de serviços rápi<strong>dos</strong>. Considera que este é o<br />

caminho a seguir pelas casas de pneus para<br />

sobreviverem no mercado?<br />

Acho que é um caminho a percorrer, uma vez que,<br />

hoje em dia o consumidor pretende se possível obter<br />

to<strong>dos</strong> os serviços num único operador, tratam-se de<br />

consumidores cada vez mais exigentes e que não querem<br />

perder muito tempo com a manutenção do seu<br />

automóvel, assim sendo procura quem lhe possa fornecer<br />

o maior número de serviços de forma rápida<br />

num espaço único.<br />

Por outro lado, a polivalência na prestação deste<br />

tipo de serviços pode trazer uma maior rentabilidade à<br />

casa de pneus, independentemente de haver maior especialização<br />

e comunicação numa determindada área,<br />

neste caso o negócio de pneus.<br />

No entanto, o sucesso das casas de pneus reside na<br />

sua especialização e nos padrões de qualidade reconheci<strong>dos</strong><br />

de uma forma geral pelo consumidor. <br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 51


ENTREVISTA<br />

Joel Alentado, diretor de Marketing da <strong>Pneus</strong> da Península<br />

Exigência do mercado<br />

Sendo uma das mais ativas empresas grossistas na área <strong>dos</strong> pneus, a <strong>Pneus</strong> da Península passou<br />

a ter também um site B2B, responsável pelas vendas online aos seus parceiros de negócio<br />

Atendendo à dinâmica do próprio mercado de<br />

pneus em Portugal, não é difícil encontrar explicações<br />

para a aposta que a <strong>Pneus</strong> da Península<br />

fez no seu site ao nível das vendas online.<br />

Para nos explicar sobre este investimento da <strong>Pneus</strong> da<br />

Península, a REVISTA DOS PNEUS entrevistou Joel<br />

Alentado, diretor de Marketing da empresa.<br />

Quais são as razões objetivos para que a <strong>Pneus</strong> da<br />

Península tenha apostado nas vendas online?<br />

As razões que levaram a <strong>Pneus</strong> da Península a apostar<br />

no B2B tiveram a ver com o próprio mercado, isto<br />

é, o mesmo exigiu que a empresa se modernizasse para<br />

poder acompanhar a respetiva concorrência.<br />

Hoje em dia ter um B2B não é ser inovador, mas<br />

sim uma obrigatoriedade para qualquer empresa singrar<br />

no mercado seja ele de pneus ou de outra empresa<br />

de distribuição. A redução de custos a curto e médio<br />

prazo foi outro fator bastante importante que levou a<br />

empresa a entrar no projeto B2B.<br />

Quanto tempo demorou a desenvolver este projeto<br />

de vendas online?<br />

O projeto B2B levou alguns meses a ser desenvolvido,<br />

pois foi necessário certificarmo-nos que tudo estava<br />

a correr a 100% antes de alargarmos o projeto aos<br />

nossos clientes no geral. Inicialmente demos acesso a<br />

alguns clientes para que, durante um certo período,<br />

testassem ao máximo o B2B.<br />

Quando nos certificámos que tudo estava a correr<br />

dentro do previsto decidimos alargar para os nossos revendedores<br />

no geral.<br />

Quais foram as principais dificuldades no<br />

desenvolvimento deste projeto de vendas online?<br />

As principais dificuldades foram a escolha do parceiro<br />

para fazer o projeto, decidir as funcionalidades<br />

do mesmo e termos a certeza que, a qualquer momento<br />

podemos alterar o projeto de forma a acompanhar a<br />

evolução do mercado, as novas tecnologias e as necessidades<br />

<strong>dos</strong> nossos clientes.<br />

Quais são os objetivos que a <strong>Pneus</strong> da Peninsula<br />

pretende atingir com as vendas Online?<br />

Os objectivos são vários. Prestar um serviço de informação<br />

de qualidade aos nossos clientes, redução de<br />

custos quer para a nossa empresa quer para os nossos<br />

clientes e para que estes possam, em qualquer altura do<br />

dia, estejam onde estiverem, consultarem o nosso stock<br />

com a máxima precisão, efetuarem encomendas, etc.<br />

Considera que as casas de pneus já estão preparadas<br />

para aderir às vendas online?<br />

Hoje em dia qualquer casa de pneus tem acesso à internet,<br />

umas com maior velocidade de ligação e outras<br />

com menor, mas no geral todas estão capacitadas para<br />

poderem usufruir desta tecnologia. Uma vez que o<br />

B2B da <strong>Pneus</strong> da Península é bastante simples e acessível<br />

não requer qualquer formação especial.<br />

As vendas online funcionam como mais uma aposta<br />

na qualidade de serviço?<br />

52<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


ENTREVISTA<br />

Com o site de vendas online vão ser potenciadas<br />

outras áreas, como as promoções e campanhas?<br />

O B2B vai ser utilizado para potenciar todas as áreas<br />

desde a área financeira ao marketing, sendo um projeto<br />

transversal.<br />

Quanto representarão as vendas online a curto /<br />

médio prazo nas vendas totais de pneus da <strong>Pneus</strong> da<br />

Peninsula?<br />

Neste momento representa cerca de 15% no que<br />

toca a encomendas, sendo a percentagem maior em relação<br />

às consultas.<br />

É nosso objetivo aumentarmos mês após mês estes<br />

resulta<strong>dos</strong>.<br />

Pensam que com as vendas online poderão vir a<br />

conquistar mais clientes novos?<br />

Claro que sim, pois existem clientes que estão tão<br />

habitua<strong>dos</strong> a trabalhar com B2B que se nós não tivermos<br />

esta solução disponível não será fácil termos sucesso<br />

junto <strong>dos</strong> mesmos.<br />

Queremos no mínimo prestar os mesmos serviços<br />

que a nossa concorrência, melhorar cada vez mais o<br />

próprio B2B para que o mesmo seja simples e preciso.<br />

As vendas online poderão vir a trazer uma maior<br />

operacionalização do negócio?<br />

Como o B2B é algo sem custos para os nossos clientes<br />

e um serviço que muitos já não conseguem viver<br />

sem ele. Já está a trazer uma maior operacionalização<br />

do negócio.<br />

Que passos um retalhista precisa dar para aceder às<br />

vendas online da <strong>Pneus</strong> da Península?<br />

É necessário entrar em contato com o responsável<br />

PNEUS DA PENINSULA<br />

Sede: Parque Industrial do Batel<br />

2890 – 161 Alcochete<br />

Marketing: Joel Alentado<br />

Telefone: 212 348 330<br />

Fax: 212 348 332<br />

E-mail: geral@pneuspeninsula.com<br />

Internet: www.pneuspeninsula.com<br />

As vendas online são uma clara aposta na qualidade<br />

de serviço pois permitem, nos dias de hoje, darmos<br />

resposta ao cliente final em segun<strong>dos</strong>, efetuarmos uma<br />

encomenda na hora, pois o B2B não tem horário de<br />

trabalho, e por isso pode ser usado a qualquer hora e<br />

em qualquer lugar.<br />

Desde os preços aos<br />

stocks disponíveis, tudo<br />

pode ser visualizado no<br />

B2B, uma vez que toda a<br />

informação necessária<br />

está contida neste site.<br />

O stock está permanentemente atualizado nas<br />

vendas online?<br />

No caso do B2B de <strong>Pneus</strong> da Península o stock está<br />

sempre atualizado ao segundo, pois o site foi minuciosamente<br />

estudado e preparado para ser atualizado automaticamente<br />

sempre que exista entrada ou saída de<br />

mercadoria.<br />

Para além <strong>dos</strong> pneus para ligeiros, os restantes<br />

pneus (pesa<strong>dos</strong>, comerciais, etc) também estão<br />

disponíveis nas vendas online?<br />

To<strong>dos</strong> os nossos artigos estão no B2B, desde o pneu<br />

ligeiro ao pneu de engenharia civil to<strong>dos</strong> os pneus estão<br />

online.<br />

“As vendas online são uma clara aposta na qualidade<br />

de serviço pois permitem, nos dias de hoje, darmos resposta ao<br />

cliente final em segun<strong>dos</strong>”<br />

Juntamente com os pneus, os clientes poderão vir a<br />

adquirir outros produtos neste site de vendas<br />

online?<br />

Neste momento tudo o que a <strong>Pneus</strong> da Península<br />

comercializa está no B2B e o mesmo está preparado<br />

para que no futuro possamos comercializar outro tipo<br />

de artigos.<br />

comercial da sua zona e solicitar o respetivo acesso.<br />

Após ter-lhe sido atribuído um código de utilizador e<br />

respetiva senha o cliente entra no site geral da empresa,<br />

selecionar o menu Revendedores e clicar em “ B2B encomendas<br />

online.<br />

Quais as vantagens, face<br />

ao tradicional, de o<br />

cliente comprar via<br />

online?<br />

As vantagens face ao<br />

tradicional não são de<br />

descontos adicionais, mas<br />

sim de prestarmos um serviço de informação ao nosso<br />

cliente de forma precisa e atualizada ao segundo, o<br />

cliente pode após a consulta <strong>dos</strong> artigos em stock efetuar<br />

instantaneamente a sua encomenda sem custos<br />

adicionais e com a garantia da disponibilidade do produto,<br />

algo que somente com o B2B poderemos garantir,<br />

o que é uma grande vantagem. <br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 53


ENTREVISTA<br />

Harjeev Singh Kandhari , Presidente Executivo do Grupo Al Dobowi<br />

54<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


ENTREVISTA<br />

Com a recessão económica mundial que estamos<br />

a viver, o consumidor procura cada vez mais as<br />

marcas económicas (budget), o que está a abrir<br />

caminho para muitos distribuidores e fabricantes<br />

asiáticos se afirmarem no mercado europeu, como é<br />

o caso do grupo Al Dobowi, fundado por Surender<br />

Singh Kandhari em 1979, no Dubai. Atualmente está<br />

presente em 4 continentes e emprega 1.500 pessoas de<br />

35 diferentes nacionalidades.<br />

Em entrevista à REVISTA DOS PNEUS, Harjeev<br />

Singh Kandhari, Presidente Executivo do Grupo Al<br />

Dobowi e filho do fundador, faz uma análise realista do<br />

futuro do mercado de pneus a nível mundial..<br />

Como explica a preponderância da Ásia no mercado<br />

mundial?<br />

Durante 1.800 anos, as maiores economias do planeta<br />

foram as da China e da Índia. O domínio do Ocidente<br />

à escala mundial nos últimos dois séculos tem pois<br />

que ser considerada uma aberração histórica. Ora,<br />

acontece que todas as aberrações históricas caminham<br />

para um fim natural.<br />

Agora, é sem dúvida alguma a vez da Ásia e particularmente<br />

da Índia e da China ocuparem o lugar que<br />

lhes pertence no cenário económico mundial. Estas<br />

economias estiveram a observar e a analisar de forma<br />

paciente, como aconselhava o líder chinês Deng Xiaoping:<br />

"Lengjing Guancha" ("observa com frieza e analisa").<br />

Agora, já perceberam como devem aplicar melhor<br />

a Sabedoria Ocidental, ou seja, a economia de livre<br />

mercado.<br />

Que pode aprender a indústria europeia com os<br />

líderes asiáticos?<br />

Surpreendentemente, à medida que a fé nas virtudes<br />

De facto, a China tornou-se num <strong>dos</strong> dez países mais<br />

importantes da indústria <strong>dos</strong> pneus (veja-se o caso da<br />

Hangzhou Zhongce). Por isso, estou convencido que a<br />

Índia também entrará nesse ranking por volta de 2030.<br />

A transposição do poder económico para a Ásia tornarse-á<br />

irreversível com o tempo.<br />

E como vê o futuro mais imediato da indústria<br />

asiática?<br />

Julgo que o Mundo será completamente diferente no<br />

ano de 2030. Para visitar uma cidade do passado, as pessoas<br />

terão que viajar até Londres, por exemplo, enquanto<br />

que para visitarem uma cidade atual terão que ir até<br />

ao Dubai e, se quiserem ver as cidades <strong>dos</strong> futuro, terão<br />

que ir mais para os la<strong>dos</strong> de Shanghai ou Mumbai.<br />

Os jovens mais dinâmicos e as gerações mais optimistas<br />

já não se encontrarão no Ocidente, mas na Índia<br />

ou na China. Nessa altura, nem a Europa, nem os EUA,<br />

estarão em condições de impor sanções comerciais unilaterais<br />

ou sanções económicas ao resto do Mundo. Em<br />

contrapartida, ambos terão que trabalhar duramente<br />

para criar laços fortes e duradouros com a Ásia, a fim de<br />

protegerem os seus interesses a longo prazo, num mundo<br />

em que o Ocidente já só representará uma pequena<br />

percentagem da população mundial. Em 2030, ver-se-á<br />

sem qualquer dúvida que o século XXI será o século da<br />

Ásia.<br />

De que forma essa nova realidade afectará a<br />

indústria do pneu?<br />

A tendência que ao longo <strong>dos</strong> últimos anos marcou<br />

mais a indústria <strong>dos</strong> pneus foi o aparecimento das marcas<br />

budget e o aumento da sua qualidade e <strong>dos</strong> seus volumes<br />

de produção. E onde se fabricam to<strong>dos</strong> esses<br />

pneus? Na Ásia, logicamente, pelo que o século asiático<br />

na nossa indústria! De qualquer modo, se continuamos<br />

a procurar entre os seguintes dez maiores produtores da<br />

lista global, iremos encontrar mais fabricantes de marcas<br />

económicas ou budget. Na realidade, o fabricante<br />

que anteriormente ocupava o 10 lugar do ranking<br />

mundial era também um fabricante de pneus budget,<br />

que eram vendi<strong>dos</strong> com marcas bem estabelecidas no<br />

mercado.<br />

De que forma os fabricantes chineses competem em<br />

qualidade com as marcas ocidentais?<br />

Durante os últimos anos, a qualidade das fábricas<br />

melhorou enormemente. Todas as fábricas estão a<br />

comprar equipamentos da última geração na Europa e<br />

nos EUA, para ampliarem as suas linhas de produção.<br />

Isso tem levado a que grande parte <strong>dos</strong> fabricantes de<br />

equipamentos para fabrico de pneus se tenham estabelecido<br />

na China, para melhor poderem acompanhar os<br />

seus negócios. Quando visitamos as impressionantes fábricas<br />

mais recentes da China, é fácil verificar que estas,<br />

com os novos equipamentos, moldes e prensas, podem<br />

produzir pneus de melhor qualidade do que as marcas<br />

históricas.<br />

Chego a visitar fábricas chinesas mais de cinco vezes<br />

por ano e a evolução da qualidade que tenho visto na<br />

produção é verdadeiramente notável. Isto verifica-se<br />

não somente nos fabricantes de grandes marcas budget,<br />

mas também nos que tinham sido classifica<strong>dos</strong> como<br />

de segunda linha.<br />

Que aspectos destaca nas atuais fábricas chinesas de<br />

pneus?<br />

Os fabricantes estão a investir seriamente em equipamentos<br />

de ensaio avança<strong>dos</strong>, para terem a garantia de<br />

que os seus pneus satisfazem as várias normas de to<strong>dos</strong><br />

Século das marcas budget<br />

A curiosa visão global de Harjeev Singh Kandhari contém uma nova forma de avaliar os factores<br />

que determinarão o futuro do mercado europeu de pneus. As suas palavras transmitem a ideia<br />

de mudanças profundas, novos actores e novas expectativas para o nosso sector<br />

do comércio livre está a diminuir na população europeia<br />

e norte-americana, ela aumenta na Ásia. É por essa<br />

razão que os maiores acor<strong>dos</strong> para o comércio livre<br />

(FTAs) estão a ser assina<strong>dos</strong> e coloca<strong>dos</strong> em prática na<br />

Ásia, incluindo os acor<strong>dos</strong> de livre comércio ASEAN-<br />

China e ASEAN-Índia. Por outro lado, os fluxos comerciais<br />

que apresentam um crescimento mais rápido<br />

também se encontram na Ásia.<br />

Nesta indústria e em muitas outras, a Europa e os<br />

EUA estão muito mais preocupa<strong>dos</strong> em endurecer a legislação<br />

e em estabelecer leis de etiquetagem de pneus<br />

(por exemplo), na esperança de que elas possam atuar<br />

como barreiras comerciais, do que em promover o verdadeiro<br />

livre comércio. Enquanto isso, mesmo na nossa<br />

indústria, os grandes investimentos em unidades de<br />

produção estão a ser realiza<strong>dos</strong> na Índia e na China.<br />

Veja-se, por exemplo e a este título, o investimento realizado<br />

pela Michelin na Índia. Todas as empresas globais<br />

fabricantes de qualquer coisa já têm uma parte da<br />

sua produção estabelecida na China.<br />

será também o século das marcas budget. Isso será excelente<br />

para a indústria a nível global, porque não há<br />

pneus maus. To<strong>dos</strong> os pneus são efetivamente bons e<br />

alguns apenas um pouco melhores.<br />

Pode-nos dar um exemplo concreto dessa tendência?<br />

Presentemente, a décima fábrica de pneus do Mundo<br />

é a Hangzhou Zhongce Rubber Company (ZC Rubber)<br />

da China. Trata-se de uma fábrica associada à produção<br />

de marcas económicas, como a Westlake. No entanto,<br />

hoje já se encontra à frente de marcas bem estabelecidas<br />

como a Cooper, que antigamente ocupava<br />

essa posição no ranking mundial. De facto, poucas pessoas<br />

sabem que a ZC Rubber é o quarto fabricante<br />

mundial em termos de pneus radiais para camião.<br />

E como conseguimos através da quantidade dar o<br />

salto qualitativo para a qualidade?<br />

Uma fábrica não pode chegar a este patamar da ZC<br />

Rubber sem ser um produtor de qualidade. Pelo menos<br />

os países do Mundo para os quais exportam as suas<br />

marcas. Também têm realizdo investimentos para terem<br />

pessoal tecnicamente bem preparado e estão a desenvolver<br />

as suas próprias estruturas de I+D. Já lá vão os<br />

tempos em que chegava apenas copiar o que faziam as<br />

marcas bem estabelecidas no mercado. As novas fábricas<br />

estão a desenvolver as suas próprias capacidades e<br />

talentos, dispondo de equipas de engenheiros envolvi<strong>dos</strong><br />

exclusivamente na criação de novos padrões e nos<br />

aspectos da segurança.<br />

Qual é o verdadeiro lugar das marcas budget no<br />

actual mercado europeu?<br />

Acabo de regressar de uma viagem à Europa e verifiquei<br />

pessoalmente que as marcas budget estão a conseguir<br />

apoderar-se de quotas de mercado cada vez maiores,<br />

obrigando as marcas já estabelecidas a lutar por<br />

mais regulamentos restritivos (REACH, regulamento<br />

PAH, etc.). Na realidade, investigadores da Universidade<br />

de Chicago chegaram à conclusão de que a utiliza-<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 55


ENTREVISTA<br />

Harjeev Singh Kandhari , Presidente Executivo do Grupo Al Dobowi<br />

ção <strong>dos</strong> novos óleos "limpos" têm um papel muito relativo<br />

para a proteção do meio ambiente. Isto apenas serviu<br />

para obrigar os fabricantes das marcas budget a criarem<br />

linhas separadas de produção, com ingredientes específicos<br />

para o mercado europeu. Logicamente, o<br />

aumento <strong>dos</strong> custos reduziu de alguma forma a sua<br />

competitividade.<br />

As marcas já consolidadas pensaram que isso seria suficiente<br />

para atrasar a penetração das marcas budget na<br />

Europa. No entanto, após alguns ajustamentos, a maioria<br />

<strong>dos</strong> fabricantes asiáticos conseguiu que os seus<br />

pneus cumprissem a normativa REACH.<br />

E que pensa da nova legislação sobre as etiquetas <strong>dos</strong><br />

pneus?<br />

Apenas significa que to<strong>dos</strong> os pneus vendi<strong>dos</strong> na<br />

União Europeia terão que possuir um etiqueta sobre as<br />

suas características, baseada no nível de ruído, na distância<br />

de travagem em molhado e na resistência ao rolamento.<br />

Esta medida pretende demonstrar a supremacia<br />

tecnológica das marcas europeias clássicas, mas não me<br />

parece que esse objectivo venha a ser alcançado.<br />

Acredita que a nova etiqueta atrasará a progressão<br />

das marcas budget na Europa?<br />

As marcas consolidadas têm a esperança de que essa<br />

medida leve os consumidores a concluírem que os seus<br />

pneus são melhores do que os pneus budget, devendo<br />

pagar mais por eles. No entanto, as marcas económicas<br />

têm trabalhado afincadamente, incluindo com a mudança<br />

de desenhos da banda de rolamento e novos<br />

moldes, de modo a estarem a um nível muito próximo<br />

das marcas europeias tradicionais. Como os consumidores<br />

sabem fazer contas e dão cada vez mais importância<br />

ao preço <strong>dos</strong> pneus, a nova etiqueta europeia até se<br />

No stand do Salão de Reifen, a Infinity apresentou dois novos pneus para automóveis, dentro das mais<br />

recentes tendências: o Ecomax e o Ecosis<br />

O que o consumidor exige é<br />

simplesmente que os<br />

pneus sejam produzi<strong>dos</strong> de<br />

forma eficiente, para terem<br />

a melhor relação<br />

preço/qualidade<br />

Harjeev Kandhari recebeu-nos no stand da Infinity,<br />

no Salão de Reifen, onde deu a entrevista e mostrou<br />

a nova gama de pneus lança<strong>dos</strong> na Feira<br />

poderá tornar numa forma das marcas budget reforçarem<br />

a sua presença no mercado europeu e até subirem<br />

um pouco a sua margem de rentabilidade.<br />

O que o leva a pensar desse modo?<br />

O facto é que as marcas <strong>dos</strong> pneus são cada vez menos<br />

importantes para o vendedor, especialmente em<br />

merca<strong>dos</strong> sem um fabricante local forte, como o Reino<br />

Unido, o que levará inevitavelmente os consumidores a<br />

preferirem o pneu mais barato, para as mesmas classificações.<br />

Já vi alguns testes de marcas budget que alcançaram<br />

classificações C + C e até mesmo C + B. Certas gamas<br />

das marcas clássicas não fazem melhor do que C +<br />

C. E isto não acontece só na Europa. As marcas budget<br />

são obrigadas a cumprir requisitos diferentes estabeleci<strong>dos</strong><br />

em muitos pontos do planeta (SASO, SONcap,<br />

BIS, etc.), o que as obriga a melhorar constantemente o<br />

rendimento <strong>dos</strong> seus pneus, para cumprirem os regulamentos<br />

locais.<br />

O maior receio entre os fabricantes de marcas estabelecidas<br />

é que outros países sigam o exemplo do Reino<br />

Unido, no que respeita à utilização de pneus budget.<br />

Pode-nos explicar melhor que exemplo é esse?<br />

Até agora, o mercado europeu estava segmentado em<br />

marcas Premium de primeira qualidade (o que era determinado<br />

pelo valor da própria marca, pelo seu esforço<br />

de marketing e pela sua presença no primeiro equipamento),<br />

marcas de qualidade (2 linha <strong>dos</strong> principais<br />

fabricantes) e marcas históricas sem presença no equipamento<br />

original e que não queriam ou não tinham<br />

meios para valorizar a sua marca. Esse estatuto era determinado<br />

pela estratégia de controlo da distribuição<br />

com cadeias próprias e políticas restritivas em relação<br />

ao retalho independente. Tudo isso agora mudou drasticamente.<br />

Na atualidade, 52% <strong>dos</strong> pneus vendi<strong>dos</strong> no Reino<br />

Unido são de marcas budget e essa percentagem não<br />

cessa de aumentar. Na verdade, em 2010 venderam-se<br />

no país 29 milhões de pneus, <strong>dos</strong> quais 15 milhões<br />

eram pneus económicos. Em França, a taxa foi de 28%<br />

e de 20% na Espanha, Itália e Alemanha (10% nos<br />

pneus de Inverno). Isto dá que o crescimento anual <strong>dos</strong><br />

pneus budget na Europa ultrapassa os 20%, num momento<br />

em que o mercado está em contração e muitos<br />

segmentos das marcas já estabelecidas estão a diminuir<br />

as suas vendas. Como perspectiva, o mercado europeu<br />

representa 250 milhões de pneus/ano. Isso significa<br />

que, se to<strong>dos</strong> os países atingissem a taxa do Reino Unido<br />

em pneus económicos, 175 milhões de pneus vendi<strong>dos</strong><br />

num ano seriam pneus budget. Eis o que eu chamaria<br />

um mercado em crescimento!<br />

Até que ponto a crise atual está a afectar o mercado<br />

de pneus em geral?<br />

Com a recessão económica mundial que estamos a<br />

viver, consideramos que o crescimento das nossas marcas<br />

se deve ao facto das marcas já estabelecidas terem<br />

preços muito eleva<strong>dos</strong> nos seus pneus, o que estimula<br />

os consumidores a procurarem alternativas.<br />

56<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


ENTREVISTA<br />

E quanto ao papel das novas tecnologias para a<br />

promoção <strong>dos</strong> pneus budget?<br />

A Internet é outro factor que está a promover o crescimento<br />

das marcas budget, porque cada vez mais pessoas<br />

consultam informação sobre pneus online, mesmo<br />

que não comprem o pneu diretamente pela via electrónica.<br />

A prova disso é a proliferação de empresas como<br />

Delticom ou a BlackCircles no retalho e muitos outros<br />

no segmento da distribuição. Todas as empresas importantes<br />

na Europa oferecem pneus através da web e esta<br />

tendência está a alastrar igualmente ao Médio Oriente.<br />

A realidade é que as compras de pneus na Internet representam<br />

já de 8 a 13% <strong>dos</strong> volumes totais de vendas<br />

de pneus, em função do mercado a que nos reportamos.<br />

A Alemanha já vai nos 13%, enquanto que merca<strong>dos</strong><br />

mais pequenos andam pelos 8%. Este segmento é o<br />

que mais cresce, porque se está a verificar uma mudança<br />

da tendência cultural, em que os jovens dependem<br />

cada vez mais da Internet para as suas decisões de compra.<br />

À medida que a Internet proporcionar mais informação<br />

sobre pneus, cada vez mais pessoas poderão comprovar<br />

as diferenças de preço das marcas budget. Estas<br />

marcas também ganharam mais visibilidade na Internet,<br />

porque se trata de uma forma de marketing muito<br />

económica.<br />

Quer dizer que as marcas budget têm dificuldades<br />

para investir no seu marketing?<br />

Onde as marcas budget têm que se atualizar um pouco<br />

mais é na área do marketing, mas já não estão muito<br />

longe disso. Basta ver os stands que essas marcas apresentam<br />

nas grandes feiras internacionais para avaliar o<br />

nível do seu marketing e a rapidez com que chegaram a<br />

patamares mais eleva<strong>dos</strong> de notoriedade. As marcas<br />

AL DOBOWI<br />

O Infinity Ecomax é um pneu UHP, que beneficia das tecnologias exclusivas da marca EFFE (Eco-Friendly<br />

Fuel Efficient) e ACCC (Advanced Confort Control Construction)<br />

Sede: P.O. Box 61348 – Jebel Ali Free Zone<br />

Dubai – United Arab Emirates<br />

Presidente Executivo: Harjeev Kandhari<br />

Telefone: 00.9714.883.6661<br />

Fax: 00.9714.883.7720<br />

E-mail: harjeev@aldobowi.com<br />

Internet: www.aldobowi.com<br />

Como os pneus das marcas budget estão a ser mais<br />

utiliza<strong>dos</strong> pelo cliente, o público dá-se conta que os<br />

pneus podem custar menos e servir bem da mesma forma.<br />

O que o consumidor exige é simplesmente que os<br />

pneus sejam produzi<strong>dos</strong> de forma eficiente, para terem<br />

a melhor relação preço/qualidade.<br />

Isso significa que uma marca história tem que<br />

competir com os seus pneus?<br />

Justamente. Mas há outro aspecto importante, que é<br />

a gama de pneus em que essa concorrência se processa.<br />

No passado, os fabricantes das marcas budget tinham<br />

gamas muito limitadas.<br />

Presentemente, já existem gamas de pneus de marcas<br />

budget que rivalizam ao mesmo nível com algumas<br />

marcas estabelecidas. Tendo realizado importantes investimentos<br />

em novos moldes e prensas, podemos oferecer<br />

tamanhos de roda em marcas budget que servem<br />

num Ford Focus, num Porsche Cayenne ou num Bentley.<br />

A decisão é do cliente final.<br />

E qual é o papel <strong>dos</strong> distribuidores neste contexto?<br />

Também a nível da distribuição a era <strong>dos</strong> pneus menos<br />

bons já passou.<br />

Podes enganar algumas pessoas durante algum tempo,<br />

mas não sempre, porque o mundo <strong>dos</strong> pneus é hoje<br />

muito pequeno.<br />

Toda a gente se conhece e as fábricas tornaram-se<br />

mais transparentes na atualidade. De facto, os distribuidores<br />

principais estão a dar força a certos conceitos<br />

como o custo por quilómetro (CPK), como forma de<br />

promoverem as marcas budget. Estas marcas superam<br />

largamente as marcas históricas em critérios de consumo<br />

como este, num momento em que as frotas fazem<br />

tudo para reduzir os seus custos operacionais. Obviamente,<br />

isto favorece de forma clara os pneus económicos.<br />

Recentemente, a ATS Euromaster, uma empresa do<br />

Reino Unido controlada pela Michelin, firmou um<br />

contrato de fornecimento de pneus de camião com a<br />

GITI Primewell, após ensaios exaustivos.<br />

budget estão hoje conscientes do valor que tem um<br />

nome e já estão a investir convenientemente em marketing,<br />

branding, havendo alguns fabricantes que estão<br />

mesmo a contratar consultorias de naming, para refinar<br />

ou reforçar as suas denominações comerciais. Portanto,<br />

também nesta área não estão muito atrás das outras<br />

marcas. Como estão a surgir mais companhias que<br />

prestam mais atenção à promoção das marcas que comercializam<br />

do que à produção, os fabricantes estão a<br />

desenvolver mais rapidamente as competências de marketing<br />

necessárias para se tornarem mais competitivas.<br />

Que conselho daria aos que ainda não estão<br />

totalmente convenci<strong>dos</strong> do potencial das marcas<br />

económicas?<br />

Sugiro-lhes que analisem com mais cuidado e mais<br />

de perto as marcas budget, porque muitos deles irão<br />

comprá-las muito brevemente, se é que ainda não as<br />

compraram já. O século da Ásia está a chegar e com ele<br />

as marcas económicas estão também a chegar! <br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 57


ENTREVISTA<br />

Onkar S. Kanwar, Chairman e diretor-geral da Apollo Tyres<br />

“Temos que comunicar com o consumidor”<br />

A entrada da Apollo em solo europeu veio reforçar as ambições do construtor indiano<br />

em se tornar um <strong>dos</strong> 10 maiores do mundo. Onkar Kanwar, que trouxe a empresa<br />

até aqui, conta nesta entrevista como o pensa fazer<br />

Uma entrevista com Onkar Kanwar nunca se<br />

esquece. Cordial quanto baste, mas também<br />

distante o suficiente, o homem que, desde<br />

1976, está à frente da Apollo Tyres, responde<br />

sempre às questões com conceitos amplos e aparentemente<br />

pouco precisos. Se parece que está a fugir às<br />

questões e a responder banalidades, numa segunda<br />

leitura logo se compreende que tudo faz sentido e<br />

que aquilo que ele nos dá são as linhas de orientação<br />

que fizeram da Apollo o que ela é hoje.<br />

Com a modernização, excelência e qualidade<br />

como os vetores principais da sua liderança, a Apollo<br />

passou de um construtor regional de pneus para<br />

veículos comerciais na Índia para uma multinacional<br />

com capacidade financeira para comprar, sem<br />

quaisquer problemas de liquidez, a Vredestein e relançá-la<br />

como um <strong>dos</strong> grandes fabricantes europeus<br />

de pneus.<br />

A ambição de Kanwar é ilimitada. Como se estivesse<br />

a dar provas do que leva a jogo, fez a Vredestein,<br />

marca que passara a fazer parte do grupo, lançou<br />

o pneu com as prestações mais altas de sempre:<br />

o Vredstein Ultra Vorti 5. Foi na apresentação deste<br />

produto, durante a qual praticamente teve Budapeste<br />

a seus pés – foi recebido pelo presidente da câmara<br />

e teve as ruas fechadas pela polícia húngara para a<br />

sua passagem – que se realizou esta entrevista. Eis<br />

Onkar Kanwar, o homem que quer colocar a Apollo<br />

na lista <strong>dos</strong> 10 maiores construtores de pneus do<br />

mundo.<br />

A REVISTA DOS PNEUS esteve no Salão Reifen<br />

em 2010, onde apresentaram a compra da<br />

Vredstein. Foi esse o evento mais importante <strong>dos</strong><br />

últimos tempos para a empresa?<br />

Apresentámos ainda a Apollo para o mercado europeu.<br />

E introduzimo-la em quatro merca<strong>dos</strong>: Alemanha,<br />

Itália, Reino Unido e Holanda. São aqueles<br />

merca<strong>dos</strong> onde pensamos que existem clientes para<br />

estes pneus. Mas a ideia é ir para outros países.<br />

A Apollo é uma marca muito recente na Europa.<br />

Mas que planos têm para o resto do mundo?<br />

Tentamos estar diretamente em todo o lado para<br />

estabelecer contactos com os consumidores. São<br />

eles que decidem. Eu posso vender a um representante,<br />

mas ele pode não conseguir vender. Temos<br />

que comunicar com o consumidor.<br />

Com a sua experiência no mercado, que<br />

mudanças é que vê daqui para a frente?<br />

Penso que o consumidor está cada vez mais exigente.<br />

É importante que exista capacidade para responder<br />

às suas aspirações. Tem que se responder às<br />

suas exigências de baixo atrito, maior quilometragem,<br />

poupança de combustível e índice de velocidade.<br />

Estes são os pontos básicos que o cliente pede<br />

e espera de nós. Tudo isto são assuntos que ajudam<br />

não só as empresas a saber o que devem fazer com<br />

os seus produtos, como também a ter o melhor balanço<br />

ecológico.<br />

58<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


ENTREVISTA<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 59


ENTREVISTA<br />

Onkar S. Kanwar, Chairman e diretor-geral da Apollo Tyres<br />

A PERFEIÇÃO ABSOLUTA<br />

O Vredstein Ultra Vorti 5 é um pneu de capacidades extremas que a Vredestein, que faz parte da Apollo<br />

Tyres, lançou para mostrar o seu potencial tecnológico e posicionar-se como um construtor de referência<br />

Acerca do novo pneu que acabam de lançar, o Ultra<br />

Vortic 5, o que é que destacaria?<br />

Quisemos fazer um pneu que tivesse o melhor<br />

desempenho a velocidades-limite, acima <strong>dos</strong> 300<br />

km/h. É um pneu de uma perfeição absoluta.<br />

Foi preciso muito investimento para este pneu?<br />

Bem, esta é a única forma de conseguir satisfazer<br />

as necessidades deste tipo de consumidor.<br />

Eles querem o melhor e é isso que temos que fazer.<br />

Este é um mercado muito competitivo, o de pneus<br />

de alta performance…<br />

Este é um pneu desenhado especialmente para<br />

o efeito. É preciso experimentar para se ver que é<br />

um produto excecional. Se o cliente compra o melhor<br />

carro, ele quer também o melhor pneu.<br />

Qual será o próximo produto que vão lançar?<br />

Vamos melhorando os pneus à medida que a<br />

marca vai ganhado notoriedade. Queremos apostar<br />

em produtos mais amigos do ambiente.<br />

A boa distribuição e presença no mercado são o<br />

mais importante, defende o chairman da Apollo<br />

Tyres, Onkar S. Kanwar<br />

APOLLO TYRES<br />

Sede: 7 Institutional Area,<br />

Sector 32<br />

Gurgaon 122001<br />

Haryana, India<br />

Chairman: Onkar S. Kanwar<br />

Telefone: +91 124 2721000<br />

Internet: www.apollotyres.com<br />

E na produção? Algumas matérias-primas, como a<br />

borracha, tiveram um aumento considerável nos<br />

últimos tempos…<br />

Os preços das matérias-primas têm, de fato, sofrido<br />

alguma flutuação. O mercado chinês é responsável<br />

por muita da procura e a borracha é apenas produzida<br />

no Sul da Ásia. Por isso, tem que se procurar alternativas<br />

e mesmo nós temos procurado junto <strong>dos</strong> produtores<br />

locais outras formas de a conseguir. Evidentemente<br />

que não sabemos como cultivar borracha, mas<br />

já investimos nesses produtores, de modo a ter a certeza<br />

de que existe borracha quando precisamos dela.<br />

É assim tão importante ter a certeza de que existe<br />

matéria-prima?<br />

A ideia é estarmos seguros de que a temos. Toda a<br />

gente a quer e apenas três países a produzem: Malásia,<br />

Indonésia e Tailândia. Mas as pessoas já a procuram<br />

por todo o lado, como Vietnam, Laos e mesmo<br />

África.<br />

Isso é estratégico para a empresa?<br />

É a única estratégia. A procura tem aumentado, a<br />

população também, fabricam-se mais carros. A borracha<br />

sintética tem-se afirmado, mas é preciso uma mistura<br />

de ambas. É uma questão de segurança.<br />

Acerca <strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong> emergentes?<br />

São merca<strong>dos</strong> de crescimento muito rápido. Há<br />

muito caminho ainda por percorrer. É um crescimento<br />

com taxas muito elevadas que indica que os merca<strong>dos</strong><br />

se vão desenvolver.<br />

Na apresentação da Apollo ao mercado europeu,<br />

disse que queria colocar a empresa nos dez maiores<br />

construtores mundiais. Continua a ser um<br />

desígnio?<br />

Sim. Estamos a colocar muitos esforços no crescimento<br />

orgânico e inorgânico. Por este último, entenda-se<br />

o aproveitamento de oportunidades de aquisição<br />

de outras empresas ligadas ao negócio de pneus.<br />

E está a pensar apenas na Europa?<br />

É sempre bom estar na Europa, mas também procuramos<br />

oportunidades no sul da Ásia e na América<br />

Latina.<br />

E espera um bom produto, uma boa marca ou uma<br />

boa rede de distribuição?<br />

A boa distribuição e presença no mercado são o<br />

mais importante, porque as marcas já nós temos.<br />

Temos que saber como introduzir a marca e ser<br />

aceite pelos consumidores. O importante é ter um<br />

mercado.<br />

Quais sãos os vossos merca<strong>dos</strong> prioritários?<br />

Uma marca como a nosso precisa de ter números.<br />

O Sul da Ásia e o Brasil são os merca<strong>dos</strong> mais importantes<br />

para a Apollo. A marca tem é que ser aceite pelos<br />

consumidores. E para isso ou compramos uma<br />

empresa ou colocamos uma nova. Depende do que<br />

existe no momento.<br />

60<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


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REVISTADO<br />

AFTER<br />

MARKET<br />

PUBLICAÇÃO OFICIAL DO SALÃO


ENTREVISTA<br />

Luis Martins, General Market Manager Gripen Wheels Iberia<br />

Luis Martins,<br />

General Market Manager Gripen Wheels Iberia<br />

Pelle Fritzon,<br />

Presidente Gripen Wheels AB<br />

“Asseguramos variedade<br />

e máxima rentabilidade”<br />

A Gripen Wheels é hoje unanimemente reconhecida no mercado Ibérico, como um fornecedor da<br />

máxima confiança, tendo alcançado no ano fiscal que findou em Abril um recorde de faturação<br />

AGripen Wheels marca presença na Península<br />

Ibérica desde Janeiro de 2008. Inicialmente<br />

com duas empresas distintas, a Gripen Wheels<br />

Portugal e a Gripen Wheels Spain, que atuavam,<br />

respectivamente, no mercado Português e no<br />

mercado Espanhol. Em Setembro de 2011, deu-se a<br />

fusão das duas operações, nascendo a Gripen Wheels<br />

Iberia, com base operacional e logística<br />

nos escritórios e armazém da Maia.<br />

Em entrevista à REVISTA DOS<br />

PNEUS, Luís Martins destaca como<br />

maior vitória da empresa ao longo destes<br />

quase cinco anos de atividade o reconhecimento<br />

por parte <strong>dos</strong> seus clientes,<br />

como um fornecedor que assegura a maior variedade<br />

de produto com os preços mais competitivos e as mais<br />

altas taxas de rentabilidade.<br />

Que tipo de pneus são atualmente comercializa<strong>dos</strong><br />

pela Gripen Wheels Iberia?<br />

A Gripen Wheels Iberia comercializa pneus Pesa<strong>dos</strong>,<br />

pneus Industriais, pneus para Equipamentos de<br />

Movimentação de Cargas (empilhadores), pneus para<br />

máquinas Florestais, pneus OTR – Engenharia Civil,<br />

Jantes de Camião, Jantes OTR - Engenharia Civil, entre<br />

outros produtos relaciona<strong>dos</strong> com o mercado <strong>dos</strong><br />

pneus para utilizações profissionais. A Gripen Wheels<br />

“Uma vez que estamos focaliza<strong>dos</strong> no segmento<br />

Económico, não posso deixar de confessar que a atual<br />

conjuntura económica, tem-se revelado uma verdadeira<br />

oportunidade”, diz Luís Martins<br />

enquanto Grupo, é o maior distribuidor independente<br />

Europeu de pneus de Engenharia Civil, jantes OTR -<br />

Engenharia Civil e pneus Agrícolas. Vendemos, em 5<br />

semanas, quase 50% do volume total anual do mercado<br />

Português de pneus OTR - Engenharia Civil.<br />

Do nosso portfólio constam marcas próprias como<br />

a Gripen Wheels e a Dynamaxx, esta última um produto<br />

OTR de Engenharia Europeia, marcas representadas,<br />

com exclusividade para alguns merca<strong>dos</strong> como<br />

a Triangle, a Hilo, a Aeolus, a United (pneus Florestais)<br />

e a Ceat Altura entre outras. No segundo semestre<br />

deste ano, introduziremos no mercado uma marca de<br />

pneus pesa<strong>dos</strong> de elevada qualidade mas com um posicionamento<br />

de preço muito agressivo.<br />

Como se processa a distribuição <strong>dos</strong> v/<br />

pneus no mercado Ibérico? Têm<br />

armazém central para os dois países?<br />

Atualmente distribuímos cerca de<br />

75% <strong>dos</strong> produtos vendi<strong>dos</strong> na Península<br />

Ibérica, a partir da nossa plataforma logística situada<br />

na Maia. Os restantes produtos vendi<strong>dos</strong>, são movimenta<strong>dos</strong>,<br />

sobretudo, das nossas plataformas logísticas<br />

localizadas na França, Alemanha, Itália e Suécia. A<br />

concentração das operações Ibéricas numa única base<br />

logística, contribuiu para solidificar o enorme cresci-<br />

62<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


ENTREVISTA<br />

mento que a empresa teve no mercado Europeu em<br />

geral e nos merca<strong>dos</strong> Português e Espanhol em particular,<br />

permitindo expandir e diversificar a oferta de<br />

pneus OTR, Industriais, Florestais, Agrícolas, Movimentação<br />

de Cargas e Pesa<strong>dos</strong>, sempre com o foco no<br />

segmento económico.<br />

Qual o vosso posicionamento em termos de preço?<br />

A Gripen Wheels teve sempre no seu ADN um posicionamento<br />

muito claro relativamente aos seus merca<strong>dos</strong><br />

alvo. O segmento Económico (ou Budget se<br />

quisermos usar um estrangeirismo) <strong>dos</strong> produtos destina<strong>dos</strong><br />

a um consumo profissional tem sido e continuará<br />

a ser parte integrante da nossa oferta de base. Somos,<br />

e queremos continuar a ser, os especialistas Europeus<br />

<strong>dos</strong> pneus Económicos de Engenharia Civil,<br />

Industriais, Pesa<strong>dos</strong>, Florestais, Agrícolas, etc. Sempre<br />

que um cliente pensar num pneu Económico de Engenharia<br />

Civil, num pneu Económico Industrial, num<br />

pneu Económico Florestal, num pneu económico Pesado…<br />

Queremos que pense na Gripen Wheels.<br />

Quais são as principais ameaças para o sector onde<br />

se insere a vossa atividade? E as oportunidades?<br />

O sector <strong>dos</strong> pneus em geral, atravessa um período<br />

delicado e, devo sublinhar que estou a tentar falar com<br />

delicadeza sobre a dimensão do problema. Naturalmente<br />

que existem empresas com maior e menor grau<br />

de resistência aos perío<strong>dos</strong> menos favoráveis. Nesta altura<br />

de retração <strong>dos</strong> consumos priva<strong>dos</strong> e públicos, devemos<br />

to<strong>dos</strong> os diferentes intervenientes no negócio,<br />

diretos e indiretos, zelar pelo “prato onde comemos a<br />

sopa”. Um mercado, em retração não é bom para ninguém.<br />

Ainda que possa beneficiar determinadas estratégias<br />

e/ou posicionamentos de preços, em detrimento<br />

de outras e/ou outros. Vivemos um período da máxima<br />

exigência no que diz respeito às nossas<br />

competências na gestão <strong>dos</strong> nossos negócios. A procura<br />

de novos merca<strong>dos</strong> (internos e externos), de novos<br />

clientes, de novos serviços e de novos produtos, bem<br />

como o permanente espírito de inovação e reinvenção<br />

do negócio e da forma de lhe dar vida, constituem factores,<br />

mais do que nunca, críticos de sucesso. Somos<br />

um povo de excelência que sempre soube superar-se<br />

nos momentos de maior exigência.<br />

Que análise faz da situação atual do Comércio de<br />

<strong>Pneus</strong> OTR e de Engenharia Civil em Portugal?<br />

O segmento Económico <strong>dos</strong> pneus em geral e <strong>dos</strong><br />

pneus OTR-Engenharia Civil em particular, tem registado<br />

um crescimento assinalável, com um crescimento<br />

sustentado das vendas ano após ano. Estou seguro<br />

QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS DO AUMENTO DA TAXA DE ECOVALOR<br />

PARA A GRIPEN WHEELS IBERIA?<br />

“Esta revisão <strong>dos</strong> Ecovalores, em forma de aumento, vem em péssima altura e revela uma grande falta de sensibilidade<br />

por parte <strong>dos</strong> decisores envolvi<strong>dos</strong>.<br />

O nosso mercado necessita de diálogo entre as partes envolvidas. Sem mercado não há Ecovalores… Creio que se poderia<br />

ter esperado pelo final do ano para tomar as decisões. Os novos Ecovalores, para além de constituírem mais um<br />

péssimo sinal para um mercado economicamente deprimido, contribuem ainda mais para os desequilíbrios atualmente<br />

notórios entre os operadores que são empresas de direito Português e, consequentemente facturam os seus produtos<br />

com Ecovalor e, to<strong>dos</strong> os restantes operadores (e não são poucos) que, por exemplo, por serem empresas de direito Espanhol<br />

facturam sem Ecovalor, passando a obrigatoriedade da respectiva declaração à Valorpneu para o retalhista.<br />

No caso <strong>dos</strong> pneus OTR-Engenharia Civil, o Ecovalor pode chegar a pesar mais de 10% no respectivo preço de venda.<br />

E, recordo, na altura da criação da Valorpneu, era convicção das partes envolvidas que, com a optimização do sistema,<br />

os Ecovalores tenderiam a descer, também porque, inicialmente haveria que fazer a gestão <strong>dos</strong> muitos pneus em fim de<br />

vida existentes no momento da criação da Valorpneu e para os quais não tinha sido cobrado o Ecovalor. Por fim, pareceme<br />

que a Valorpneu não terá que apresentar resulta<strong>dos</strong> positivos (lucros) to<strong>dos</strong> os anos. Poderá também ter um ano de<br />

resulta<strong>dos</strong> negativos e tendencialmente ser uma organização que não visa os lucros.<br />

No fundo, acho que o mercado necessita de um diálogo verdadeiramente representativo das partes e <strong>dos</strong> diferentes<br />

interesses envolvi<strong>dos</strong> no negócio. Quer no negócio <strong>dos</strong> pneus novos, quer no negócio <strong>dos</strong> pneus recauchuta<strong>dos</strong>, quer no<br />

negócio do tratamento do produto em fim-de-vida. Só desta forma o sistema poderá ser verdadeiramente sustentável”.<br />

GRIPEN WHEELS IBERIA<br />

Sede: Centro de Negócios da Maia - Rua de Albino<br />

José Domingues, 74 - 2º AT - 4470-034 Maia<br />

General Market Manager: Luis Martins<br />

Telefone: 220 991 400<br />

Fax: 220 931936<br />

e-mail: luis.martins@gripenwheels.com<br />

Internet: www.gripenwheels.com<br />

OPINIÃO<br />

Pelle Fritzon,<br />

Presidente Gripen Wheels AB<br />

“Estamos confiantes”<br />

A Gripen Wheels foi uma<br />

marca que começou do zero há<br />

cerca de 20 anos (1993). Neste<br />

momento, somos uma equipa<br />

de 30 pessoas, geramos um volume de negócios<br />

anual de ¤ 60 milhões e um lucro líquido de 5%. Podemos<br />

dizer que somos especialistas em pneus de<br />

grandes dimensões OTR, mas também trabalhamos<br />

com pneus para a agricultura, para máquinas de exploração<br />

florestal e maquinaria de construção pesada.<br />

Cerca de 90% <strong>dos</strong> nossos pneus vêm da República<br />

Popular da China e da Índia, sendo os restantes 10%<br />

provenientes do Japão, EUA e outros países. Esta é<br />

uma tendência que nem nós, nem ninguém, pode alterar,<br />

mas que está a criar alguns problemas devido à<br />

atual situação económica da Europa. De facto, não temos<br />

fábricas no espaço europeu e temos dificuldades<br />

em importar pneus <strong>dos</strong> países onde eles são produzi<strong>dos</strong>.<br />

O nosso mercado principal é a Europa, principalmente<br />

o Norte da Europa e a Europa Ocidental. Temos<br />

empresas de distribuição próprias em cada país,<br />

como é o caso da Gripen Wheels Iberia, geridas pelos<br />

nossos profissionais e capital 100% da casa mãe na<br />

Suécia. A nossa estratégia de mercado consiste em<br />

trabalhar exclusivamente com distribuidores profissionais,<br />

evitando contacto direto com os consumidores<br />

finais. Esta é a forma de garantir um serviço verdadeiramente<br />

profissional e é disso que o mercado<br />

precisa. Hoje em dia, muitos grossistas vendem a<br />

quem primeiro lhes der o dinheiro, mas depois deixam<br />

os utilizadores finais sem soluções, quando é<br />

preciso resolver os problemas. Não é uma forma séria<br />

de estar no negócio, que nós vivamente repudiamos.<br />

To<strong>dos</strong> os nossos colaboradores são pessoas com<br />

grande experiência profissional no mercado <strong>dos</strong><br />

pneus em geral e no mercado <strong>dos</strong> pneus de grandes<br />

dimensões em particular. Há certas marcas de primeiro<br />

plano que contratam qualquer pessoa para<br />

trabalhar neste mercado, mas isso não é sistema e<br />

acaba por dar problemas. Com a garantia de assistência<br />

técnica que nós damos, somos um suporte<br />

para o nosso distribuidor, ajudando-o na venda, mas<br />

também somos o principal garante para o utilizador<br />

final de um serviço técnico profissional de primeira<br />

qualidade. Um distribuidor e um operador que vendem<br />

um pneu OTR por ano ou nem isso, que experiência<br />

têm destes pneus? É tudo improvisado, tudo<br />

ao acaso e as coisas até podem resultar uma vez por<br />

mera sorte. Na segunda vez, já não resulta.<br />

Em relação ao futuro, estamos confiantes, porque<br />

somos uma empresa economicamente saudável e<br />

com grande capacidade financeira. Se o cliente final<br />

tem menos dinheiro, compra um pneu um pouco<br />

mais barato, mas não deixa de fazer a sua vida, nem o<br />

distribuidor deixa de vender pneus. Felizmente, no<br />

nosso segmento esse problema não existe, porque<br />

ninguém se arrisca a montar um pneu OTR sem qualidade,<br />

até porque já não existe. A questão que fica é<br />

montar o pneu correto da forma correta.<br />

Como se caracterizam os clientes da Gripen Wheels<br />

Iberia?<br />

A Gripen Wheels Iberia tem uma rede de Agentes<br />

Ibérica, uniformemente distribuída por Portugal e Espanha,<br />

que é tendencialmente constituída, pelas características<br />

do produto em que somos especialistas (Engenharia<br />

Civil), por agentes económicos de maior dimensão.<br />

No entanto, em muito nos orgulha o facto de<br />

também merecermos fidelidade e preferência de muitos<br />

operadores de menor dimensão no negócio da Engenharia<br />

Civil. A to<strong>dos</strong> procuramos fornecer o maior<br />

profissionalismo no atendimento das suas necessidades<br />

e as mais elevadas taxas de rentabilidade na distribuição<br />

e comercialização <strong>dos</strong> nossos produtos.<br />

que o segmento Económico tem conquistado quota<br />

de mercado significativa em Portugal nos últimos anos<br />

em geral e nos últimos 18 meses em particular.<br />

A este facto não são alheios dois factores preponderantes,<br />

por um lado a grande evolução da qualidade<br />

<strong>dos</strong> produtos das marcas económicas mais conceituadas,<br />

por outro, o ambiente de recessão que afecta a Europa<br />

em geral e a Península Ibérica em particular. No<br />

entanto, teremos de tentar compreender até que ponto<br />

não estarão os hábitos de consumo em transformação<br />

no longo prazo. Recordo que em Inglaterra, o segmento<br />

económico <strong>dos</strong> pneus de turismo, já representava<br />

mais de 50% do total do mercado nos i<strong>dos</strong> anos<br />

90. <br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 63


ENTREVISTA<br />

Luis Miguel Muñoz, Diretor Geral Tiresur Neumáticos<br />

“Temos que ser muito competitivos em tudo:<br />

Preço, Serviço e Stock”<br />

A Tiresur Neumáticos está preparada para reforçar a sua presença no mercado português,<br />

desenvolvendo para isso to<strong>dos</strong> os meios humanos e materiais<br />

ATiresur é uma empresa internacional especializada<br />

na distribuição de pneus, que faz parte<br />

do Grupo AM que, com 78 anos de experiência<br />

no mercado espanhol, atualmente tem as<br />

suas operações em nove países diferentes em três continentes.<br />

Tendo como atividade principal a distribuição de<br />

pneus, a Tiresur é um distribuidor de referência em Espanha<br />

e quer também ser em Portugal, país considerado<br />

estratégico pela companhia estando mesmo a fazer<br />

uma aposta decidida de consolidação da sua presença<br />

em território luso através de significativos investimentos<br />

em equipas, recursos e instalações. Foi sobre este e<br />

outros assuntos que Luis Miguel Muñoz, Director Geral<br />

Tiresur Neumáticos, falou numa entrevista para a<br />

REVISTA DOS PNEUS.<br />

Sendo uma empresa com tanta história, há quantos<br />

anos é que a Tiresur vende pneus em Portugal?<br />

A Tiresur está no mercado português há seis anos e a<br />

nossa estratégia inclui investimentos em equipas, instalações<br />

e recursos, que juntamente com as nossas marcas<br />

exclusivas GT Radial, Ovation, Sunfull e Accelera<br />

nos permitem continuar a crescer e desenvolvermonos<br />

num mercado como o português.<br />

O nosso plano estratégico contempla, através de significativos<br />

investimentos, instalar, ainda em <strong>2012</strong> e<br />

com continuidade em 2013, uma estrutura empresarial<br />

própria em Portugal com uma sede central mais um armazém<br />

em Lisboa, onde nos abasteceremos e daremos<br />

todo o serviço ao mercado português, dando assim um<br />

enorme salto qualitativo na atividade da nossa companhia<br />

em Portugal.<br />

Como se está a desenvolver esta nova estratégia de<br />

vender pneus em Portugal?<br />

Para se ser o melhor, não basta ser excelente num<br />

único aspeto, temos que ser muito competitivos em<br />

tudo: preço, serviço e stock.<br />

Esta é a nossa filosofia e o valor que trazemos aos<br />

nossos cliente: um portfolio de produtos completo,<br />

com marcas exclusivas, a mais ampla disponibilidade<br />

de referências em stock, com um excelente serviço de<br />

entregas em 24 horas, tudo isto ao melhor preço e com<br />

uma atenção comercial personalizada.<br />

Esta orientação para o cliente que é a senha de identidade<br />

da companhia, vamos desenvolvê-la em Portugal<br />

através da nossa atenção comercial personalizada<br />

(teremos uma equipa de três comerciais), de um call<br />

center (com operadores dedica<strong>dos</strong>) e a nossa plataforma<br />

de internet (website específico para Portugal em<br />

www.tiresur.com.pt) como canal de comunicação e<br />

vendas para oferecer um nível de serviço excelente que<br />

nos permita ter a confiança da nossa ampla base de<br />

clientes, incorporar novos compradores e fidelizá-los<br />

construindo relações de longo prazo.<br />

Em termos gerais, a Tiresur é uma empresa de distribuição<br />

multicanal que conta com uma ampla força de<br />

vendas, liderada por um diretor de vendas, um key account<br />

manager e uma numerosa equipa de profissio-<br />

64<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


ENTREVISTA<br />

Como funcionam em termos logísticos neste<br />

momento?<br />

Neste momento, o nosso serviço de entregas é de 24<br />

/ 48 horas em todo o território português, contudo, estamos<br />

realizando investimentos e trabalhando para minimizar<br />

os tempos de entrega e a capacidade de serviço,<br />

fruto do nosso compromisso de excelência com os<br />

nossos clientes.<br />

Quantas marcas de pneus comercializam? Quais são<br />

as principais marcas de pneus que disponibilizam ao<br />

mercado?<br />

A Tiresur é distribuidora exclusiva das marcas GT<br />

Radial, Ovation, Sunfull e Accelera para os merca<strong>dos</strong><br />

de Espanha e Portugal, assim como Runway, Ovation<br />

y Sunfull para la maioria <strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong> da América latina,<br />

incluindo o Brasil.<br />

Dominando toda a logística e a distribuição, a<br />

Tiresur tem alguma rede de retalho associada na<br />

Europa ou em Portugal?<br />

Em Espanha, faz dois anos, realizamos o lançamento,<br />

com muito êxito, da rede de oficinas associadas<br />

Center’s Auto, com imagem da marca de pneus GT<br />

Radial que atualmente conta com 60 casas em grupo e<br />

mais cinco que brevemente entrarão. Contamos ainda<br />

com quatro Center’s Auto próprios (e um em processo<br />

de abertura) entre Granada capital e região autónoma.<br />

A vantagem diferencial competitiva numa rede de<br />

associa<strong>dos</strong> por convicção como é a Center s Auto, é<br />

vender mais e melhor a partir da oficina, fidelizando o<br />

cliente final ao serviço dessa casa.<br />

Luis Miguel Muñoz, Diretor Geral Tiresur Neumáticos, diz nesta entrevista que a sua empresa vai apostar<br />

forte no mercado em Portugal<br />

Para além de Espanha e<br />

Portugal, a Tiresur conta<br />

com sedes no Brasil e<br />

Colômbia, onde<br />

comercializa os seus<br />

produtos<br />

nais no nosso Contact Center que constituem um referencial<br />

de qualidade de serviço ao cliente, e operando<br />

um canal de venda online que colocamos à disposição<br />

do mercado. O site www.tiresur.com.pt proporciona<br />

toda a informação que estará disponível 24 horas por<br />

dia e 365 dias por ano.<br />

Este novo projeto da Tiresur é para ser<br />

implementado em quantos anos?<br />

Embora tenhamos uma ampla base de clientes e um<br />

volume de negócios que vamos consolidando, a Tiresur<br />

quer-se estabelecer através de investimentos significativos<br />

em equipas, instalações e processos, para que a<br />

sua expansão no mercado português seja feita mediante<br />

um plano estratégico que vamos desenvolver nos<br />

próximos três anos.<br />

A ideia da Tiresur é continuar a crescer no mercado<br />

<strong>dos</strong> pneus?<br />

O crescimento da Tiresur está estritamente vinculado<br />

a diversos acor<strong>dos</strong> estratégicos de longo prazo que<br />

mantém com fabricantes de pneus líderes nos seus segmentos<br />

a nível mundial, assim como a uma equipa de<br />

gestão profissional com a mais alta qualificação e aos<br />

investimentos em equipas, instalações e processos que<br />

levaram a crescimentos anuais superiores a 20% nos últimos<br />

cinco anos.<br />

Qual o stock médio de pneus em armazém da<br />

Tiresur?<br />

Atualmente temos cerca de 150.000 pneus em stock<br />

nos nossos armazéns de Granada e Madrid, que abastecem<br />

Portugal, mas em breve iremos abrir um armazém<br />

em Lisboa, no qual também vamos instalar a nossa<br />

sede central no país.<br />

Quais são os vossos principais clientes em Portugal?<br />

O retalho? As marcas de automóveis? Outros<br />

grossistas?<br />

O nosso compromisso com a excelência é passado<br />

para a nossa base de clientes ativos que confiam em<br />

nós, crescem dia a dia e que dão o apoio à gestão estratégica<br />

da Tiresur. Cada cliente é importante para a nossa<br />

empresa, tanto os grandes grupos <strong>dos</strong> quais fazemos<br />

a gestão através de um departamento de grandes contas<br />

como à casa de pneus mais pequena.<br />

É uma situação complexa e mutável, pois é muito difícil<br />

definir standard s de comportamento no canal de<br />

operadores como os concessionários que tradicionalmente<br />

trabalhavam, quase exclusivamente com marcas<br />

“Premium”, estão começando a trabalhar de forma<br />

continuada com outra tipologia de marcas como Quality<br />

e inclusivamente Budget, em resposta à crescente<br />

procura de um mercado natural para especialistas e autocentros<br />

onde ele é forçado a adaptar-se rapidamente<br />

para evitar a perda de quota de mercado ou oportunidades<br />

de vendas.<br />

A vossa gama de pneus incide apenas em pneus para<br />

veículos ligeiros ou também vendem pneus para<br />

veículos pesa<strong>dos</strong>, industriais e agrícolas, entre<br />

outros?<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 65


ENTREVISTA<br />

Luis Miguel Muñoz, Diretor Geral Tiresur Neumáticos<br />

A Tiresur oferece uma ampla gama de pneus para satisfazer<br />

todas as necessidades do mercado: turismo, altas<br />

prestações, 4x4/SUV, furgão e pneus para camião.<br />

Ao nível <strong>dos</strong> pesa<strong>dos</strong> temos a exclusividade da marca<br />

Quality GT Radial da qual somos distribuidores em<br />

exclusivo para Portugal e cuja relação qualidade / preço,<br />

em termos de custos por quilómetro, proporciona<br />

excelentes resulta<strong>dos</strong>.<br />

Que vantagens e pontos fortes tem a Tiresur, face a<br />

outros operadores na distribuição de pneus?<br />

Uma estratégia sólida de crescimento de novos segmentos,<br />

merca<strong>dos</strong> e clientes, constitui a melhor receita<br />

para avançar no mercado português.<br />

A evolução do modelo de distribuição na Tiresur<br />

está baseado em investir nos nossos clientes, ou seja, investir<br />

naqueles processos de negócio que aportam valor<br />

como novas instalações logísticas para aumentar<br />

stocks disponíveis, reduzir os tempos de entrega, potenciar<br />

os recursos humanos e materiais, o nosso Contact<br />

Centre e a nossa web B2B destina<strong>dos</strong> a aproximar<br />

o cliente, seja via telefone, web ou e.mail, de qualquer<br />

aspeto relacionado com a receção de pedi<strong>dos</strong> de serviço<br />

pós-venda e, claro, aumentar a dimensão e a qualificação<br />

da força de vendas profissionalizada que, repartida<br />

por toda o país, ofereça ao cliente uma atenção personalizada.<br />

Em definitivo, uma estratégia baseada em<br />

estabelecer relações de longo prazo com os nossos<br />

clientes.<br />

Têm algum acordo com algum operador (grossista)<br />

de pneus em Portugal?<br />

Temos a nossa própria distribuição.<br />

Para quantas casas de pneus vendem em Portugal?<br />

“A orientação para o cliente,<br />

que é a senha de identidade<br />

da companhia, vamos<br />

desenvolvê-la em Portugal<br />

através da nossa atenção<br />

comercial”<br />

A Tiresur vai ter estruturas próprias em Portugal,<br />

com sede, armazém e recursos técnicos e humanos<br />

afetos ao mercado português<br />

APOSTA FORTE NA GT RADIAL<br />

A Tiresur quer reforçar de forma clara e evidente a<br />

sua posição de distribuidor de pneus em Portugal.<br />

Como se pode ler na entrevista está a investir fortemente<br />

em meios e processos para garantir uma forte<br />

distribuição no nosso país. Desde este ano a Tiresur<br />

garantiu a exclusividade para o mercado português<br />

da representação da GT Radial.<br />

A GT Radial (já conhecida em Portugal) é uma marca<br />

do segmento “Quality” que “tem como vantagem<br />

competitiva fundamental ter pneus que são desenha<strong>dos</strong><br />

a pensar no automobilista, com a melhor relação<br />

preço / qualidade do mercado, apresentado elevada<br />

quilometragem, menor consumo, segurança comprovada<br />

e, finalmente, pneus que proporcionam excelente<br />

desempenho ao melhor preço”, diz Luis Miguel<br />

Muñoz, Diretor Geral Tiresur Neumáticos,<br />

acrescentando “a marca GT Radial oferece à casa de<br />

pneus uma elevada rentabilidade ao negócio, com a<br />

fiabilidade de uma marca que produz os seus próprios<br />

pneus e com tecnologias de última geração. A GT Radial<br />

investe muito em I+D para o desenvolvimento <strong>dos</strong><br />

seus produtos, disponibilizando uma gama muito<br />

completa desde o ligeiro ao pesado, que está certificada<br />

na Europa”.<br />

Refira-se que para a além da GT Radial, a Tiresur vai<br />

também apostar forte nas marcas Ovation e Accelera,<br />

estas do segmento Budget, que segundo a Tiresur estão<br />

a ter um grande crescimento de vendas devido à<br />

disponibilidade do produto, ao preço e aos serviço de<br />

distribuição da própria Tiresur.<br />

Luis Miguel Muñoz, Diretor Geral Tiresur<br />

Neumáticos, vê novas oportunidades de negócio<br />

em Portugal<br />

TIRESUR NEUMÁTICOS<br />

Sede: Polígono Industrial Los Álamos<br />

Carretera Atarfe - Santa Fe<br />

18230 ATARFE (Granada)<br />

Diretor Geral: Luis Miguel Muñoz,<br />

Diretor Marketing: Manuel Garrido<br />

Telefone: +34 958 40 11 30<br />

Fax: +34 958 43 94 82<br />

E-mail: clientes@tiresur.com<br />

Internet: www.tiresur.com<br />

www.grupoam.eu<br />

Temos uma ampla base de clientes que continuam<br />

confiando na Tiresur, que vai crescendo e se consolidando<br />

dia após dia.<br />

Atendendo à forte aposta que vão fazer em Portugal,<br />

qual é a sua opinião sobre o mercado português de<br />

pneus?<br />

É um mercado que se situa em torno <strong>dos</strong> 3 milhões<br />

de pneus, que neste ano vai decrescer mas que já atingiu<br />

um nível de maturidade muito importante.<br />

Em Portugal, como acontece noutros países, como<br />

“atores” de pneus, a distribuição está sofrendo a concorrência<br />

direta de fornecedores (fabricantes que comercializam<br />

diretamente em pontos de venda de pequena<br />

dimensão que antes não forneciam), clientes<br />

(oficinas, que antes desta situação, se dedicavam à redistribuição)<br />

e outros operadores que anteriormente,<br />

ou não eram competitivos ao nível <strong>dos</strong> pneus ou este<br />

não era um produto de especial relevância no seu portfólio.<br />

Adicionalmente, a pressão competitiva do setor<br />

aumentou e os operadores que baseiam na internet a<br />

sua estratégia principal de comercialização também.<br />

Nesta difícil conjuntura, os distribuidores de pneus<br />

de certa dimensão, como a Tiresur, vão-se consolidando<br />

como operadores imprescindíveis do mercado,<br />

com uma proposta baseada em amplos stocks, redução<br />

<strong>dos</strong> tempos de serviço nas entregas ao cliente e uma<br />

oferta variada de referências e marcas que nos permite,<br />

por um lado, anteciparmo-nos aos constantes ajustes<br />

<strong>dos</strong> fabricantes e, por outro, chegar a pontos de serviço<br />

que, com outra estrutura autónoma, não estariam servi<strong>dos</strong><br />

num mercado tão atomizado, como é este em<br />

Portugal.<br />

Ainda existem oportunidades por explorar neste<br />

sector de actividade em Portugal?<br />

Uma crise económica como a atual, também tem a<br />

sua vertente de oportunidade e a Tiresur graças aos<br />

nossos clientes, foi crescendo de uma forma sustentada<br />

nos últimos anos.<br />

Com uma estratégia de investimento nos processos<br />

de negócio que tragam valor aos nossos clientes e focarmo-nos<br />

nas suas necessidades como eixo central das<br />

nossas atenções, a Tiresur, nesta difícil conjuntura, tem<br />

como objetivo constituir-se como um distribuidor de<br />

referência situado no “top of mind” <strong>dos</strong> profissionais<br />

do sector <strong>dos</strong> pneus em Portugal.<br />

Estamos envolvi<strong>dos</strong> numa dinâmica de agressividade<br />

comercial onde se estreitam as margens e temos que<br />

ir reposicionando os preços para os ajustar à constante<br />

evolução do mercado e da concorrência, embora estes<br />

fatores obriguem a ser muito mais eficientes e a favorecerem<br />

os clientes.<br />

Neste sector <strong>dos</strong> pneus em geral e para aquelas empresas<br />

de distribuição em particular, a capacidade de<br />

adaptar-se com rigor às exigências do mercado com<br />

uma estratégia sólida de suporte, irá permitir-lhes sair<br />

reforçadas da situação atual que em <strong>2012</strong> se está intensificando<br />

e a deixar algumas empresas do sector pelo<br />

caminho. <br />

66<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


ENTREVISTA<br />

Rui Silva, Diretor Geral da Eurotyre<br />

“Não podemos entrar numa<br />

lógica do vale tudo”<br />

O conceito de rede não é novo para a Arc En Ciel Pneumáticos, S.A.. Porém os tempos são outros e<br />

existem novos desafios e muito mais concorrência. É sobre isto que falámos com Rui Silva<br />

Em Portugal existem neste momento 67 pontos<br />

de venda da rede Eurotyre. To<strong>dos</strong> eles são retalhistas<br />

de pneus que enfrentam neste momento<br />

grandes desafios, (des)motiva<strong>dos</strong> por um ambiente<br />

económico muito instável. A <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong><br />

voltou a falar com Rui Silva, Diretor Geral da rede Eurotyre,<br />

sobre os novos desafios desta rede.<br />

Disse numa entrevista à REVISTA DOS PNEUS em<br />

Janeiro de 2009, que a rede Eurotyre tinha atingido<br />

a sua maturidade. Ainda mantém a sua opinião?<br />

Não. Claramente que não. É certo que todo o processo<br />

de comunicação e decisão na rede é hoje muito<br />

mais fácil, nomeadamente desde que a administração<br />

passou a ser totalmente portuguesa. Quando digo que<br />

dou ao conceito de maturidade uma interpretação claramente<br />

diferente hoje que dava na altura, tem mais a<br />

ver com a evolução do mercado e com a rapidez com<br />

que as coisas estão a acontecer a to<strong>dos</strong> os níveis, algumas<br />

delas que não são domináveis por nós.<br />

Isto leva a que a empresa se tenha que ajustar às novas<br />

realidades e libertar algumas amarras que tinha<br />

face a alguns objetivos que estavam defini<strong>dos</strong>, pois vivemos<br />

tempos que não nos permitem seguir determinadas<br />

orientações que tínhamos em mente. Agora temos<br />

que pensar em coisas que há dois anos não tinham<br />

tanta importância, nomeadamente todo o fator<br />

de rentabilidade e de sustentabilidade de toda a organização.<br />

A orientação base do conceito Eurotyre sofreu<br />

alguma alteração por força das circunstâncias?<br />

Não existe qualquer alteração no conceito, nem perdemos<br />

a nossa identidade, que levou à nossa fundação.<br />

É apenas uma nova realidade, que nos obriga a<br />

uma maior adaptação às realidades do mercado.<br />

São 67 os retalhistas de pneus que integram a rede.<br />

Como tem evoluído o número de acionistas na rede<br />

Eurotyre?<br />

A situação nesse aspeto tem-se mantido estável. Entraram<br />

três novas casas e saíram duas para outras redes<br />

de marca privada. A nossa grande preocupação é conseguirmos<br />

ser rápi<strong>dos</strong> a reagir a alterações de mercado<br />

e a poder passar essa informação para os aderentes. Os<br />

nossos pontos de venda são autónomos e têm por isso<br />

autonomia na interpretação do negócio. Competenos<br />

a nós influenciar de uma forma positiva esses aderentes,<br />

transmitindo o nosso conhecimento, para que<br />

cada um se aperceba das evoluções/alterações que tem<br />

que fazer para se adaptar à nova realidade. Sabemos<br />

que a pressão agora é maior, como sabemos que dentro<br />

da rede ainda se funciona a duas ou três velocidades.<br />

Os que mais rapidamente se adaptaram estão obviamente<br />

a conseguir viver melhor nesta fase.<br />

Os aderentes são os sócios da rede. O modelo de<br />

gestão da rede Eurotyre adapta-se às necessidades<br />

que o mercado impõe?<br />

Não vejo que este modelo seja impeditivo do que<br />

68<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


ENTREVISTA<br />

Se as casas de pneus não evoluírem para outros<br />

serviços terão dificuldades?<br />

A questão, como disse, não é de agora. Já muitas vezes<br />

afirmei que é muito importante qualquer retalhista<br />

de pneus evoluir em termos de serviços. Não falo apenas<br />

nos serviços rápi<strong>dos</strong>, mas na potenciação de outros negócios<br />

que estão associa<strong>dos</strong> ao automóvel e ao automobilista<br />

e que a casa de pneus não pode desperdiçar. É<br />

também uma questão de diversificar o negócio e encontrar<br />

outras fontes de lucro de modo a não estar dependente<br />

unicamente do pneu, evitando assim correr alguns<br />

riscos. Basta ver o que a nova distribuição trouxe<br />

para Portugal na última década e que já era feito lá fora.<br />

O modelo existe apenas temos que o aplicar à nossa realidade<br />

e desenvolvê-lo.<br />

Haverá receio, por parte desse retalho mais<br />

conservador, de perder o rótulo de especialista de<br />

pneus?<br />

Muitas pessoas vêem nos serviços rápi<strong>dos</strong> um “bicho<br />

de sete cabeças”. Sabemos que é mais fácil tornar um<br />

mecânico num bom montador de pneus do que o contrário.<br />

Por isso é que temos acor<strong>dos</strong> e definimos um plano<br />

de formação para temas como a travagem, a suspensão,<br />

o diagnóstico, entre outros. Existe outro dado que é<br />

muito importante. Mesmo um produtor, como por<br />

exemplo a Continental <strong>Pneus</strong>, já diversificou a sua gama<br />

de produtos, não fabricando apenas pneus mas sim<br />

muitos outros componentes para o automóvel. A Continental<br />

não deixou de ser especialista <strong>dos</strong> pneus, passou<br />

isso sim a ser especialista também noutras áreas.<br />

Como hoje a oferta é grande, que vantagens existem<br />

para as casas de pneus de integrarem (ou virem a<br />

integrar) a rede Eurotyre?<br />

“As renting´s não podem<br />

exigir qualidade do serviço<br />

quando nos estão a retirar<br />

margem que permite obter<br />

meios para atingir essa<br />

qualidade de serviço”<br />

quer que seja. O ideal seria que o modelo de gestão do<br />

“master” fosse rigorosamente cumprido por to<strong>dos</strong> os<br />

aderentes, mas isso teríamos que mudar muita coisa e<br />

até o nosso slogan que diz que somos uma rede independente.<br />

A forma como trabalhamos é semelhante<br />

aos demais operadores de mercado, mas apenas temos<br />

capacidade para sugerir, e não impor, o que é melhor<br />

para o ponto de venda em termos de gestão, de compras,<br />

de vendas, etc.<br />

Sabemos que isto nos retira alguma capacidade de<br />

evoluir, pois se estivéssemos to<strong>dos</strong> à mesma velocidade<br />

obviamente que isso nos dava uma agressividade/competitividade,<br />

e mais rapidamente atingiríamos os nossos<br />

objetivos.<br />

Para além do conceito de central de compra, as redes<br />

têm evoluído no sentido de proporcionar aos seus<br />

aderentes outras valências, como por exemplo o<br />

acesso a informação técnica. A rede Eurotyre também<br />

tem evoluído nesse sentido?<br />

Para ser justo considero que a rede Eurotyre até foi<br />

pioneira nesse sentido. Nós temos fornecedores há vários<br />

anos que agora estão a trabalhar com novas redes sejam<br />

elas independentes ou não. Ninguém nos está a ensinar<br />

o modelo. A rede está há 12 anos em Portugal e<br />

desde essa altura que temos acor<strong>dos</strong> com fornecedores<br />

de peças, com representação das principais marcas, tendo<br />

acesso à informação e ao produto. A questão não é<br />

de agora e temos vindo a alertar constantemente to<strong>dos</strong><br />

os elementos da rede para a importância e necessidade<br />

da diversificação de serviços.<br />

Existe algum caminho a fazer nesse sentido da<br />

diversificação <strong>dos</strong> serviços na rede Eurotyre?<br />

Sim. Sem dúvida, talvez apenas 40% <strong>dos</strong> aderentes o<br />

façam. Como disse nós não podemos impor nada aos<br />

nossos aderentes, apenas sugerir, enquanto outras redes<br />

nomeadamente as que estão ligadas ao fabricante através<br />

de uma imposição saudável já diversificaram os seus<br />

serviços em maior percentagem na rede.<br />

A crise não faz com que deixemos de pensar que a<br />

imagem da rede e o nosso conceito é importante, pois é<br />

algo onde temos investido muito. Como achamos que é<br />

importante o nosso pneu exclusivo Eurotyre que agora<br />

vai alargar o seu campo dimensional. As mais valias são<br />

sempre avaliadas em função do momento e das necessidades<br />

de cada casa de pneus.<br />

A oferta que os brokers fazem às casas de pneus só<br />

têm alguma recetividade porque estas estão a reagir por<br />

impulso à situação da crise, ou seja, existe uma busca incessante<br />

pelo preço em detrimento da estratégia.<br />

Nós não queremos seguir por esse caminho, tendo a<br />

consciência <strong>dos</strong> riscos que assumimos com a nossa estratégia.<br />

Os protocolos que temos com os nossos fornecedores<br />

(as companhias de pneus) são para respeitar, recolhendo<br />

to<strong>dos</strong> os benefícios dessa relação e que são<br />

muitos. Não fazia qualquer sentido usufruir desses benefícios<br />

e depois ir comprar pneus a um broker, que não<br />

nos aporta quase nada quando comparamos com aquilo<br />

que uma companhia nos pode fornecer.<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 69


ENTREVISTA<br />

Rui Silva, Diretor Geral da Eurotyre<br />

Será uma questão de princípios?<br />

Temos que saber valorizar as relações e não podemos<br />

entrar numa lógica do vale tudo. Se isso acontecer<br />

perdemos identidade e deixamos de ter voz ativa<br />

para falar do que quer que seja. Não sou insensível à<br />

questão preço e reconheço que pontualmente podem<br />

existir bons negócios. A questão principal é que as<br />

pessoas por vezes não fazem contas e o que pode parecer<br />

um bom negócio não o é na realidade em termos<br />

futuros.<br />

EUROTYRE<br />

Sede: Av. 1º Dezembro nº 41<br />

Fracção N<br />

2715-109 Pêro Pinheiro<br />

Diretor Geral: Rui Silva<br />

Telefone: 219 624 256<br />

Fax: 219 624 258<br />

E-mail: arcenciel@arcenciel.com.pt<br />

Internet: www.eurotyrept.com<br />

A Eurotyre possui agora novas instalações e um novo armazém (com 300 m2),<br />

mantendo-se contudo na zona de Pêro Pinheiro<br />

Por isso considero que para qualquer casa de pneus<br />

é sempre melhor estar associado a uma organização<br />

em rede que lhe consegue trazer mais valias, em conjunto<br />

com as companhias e restante parceiros, que de<br />

outra forma nunca vai ter acesso e que nenhum broker<br />

lhe vai proporcionar.<br />

As próprias companhias / fabricantes também estão<br />

a desenvolver as suas redes, o que tornará mais<br />

difícil a existência de redes independentes. Também<br />

é desta opinião?<br />

Temos que ter a consciência de que os fabricantes<br />

serão sempre as locomotivas do negócio de pneus e a<br />

nós compete-nos ir nas melhores carruagens.<br />

Por isso, temos que ter a consciência de que também<br />

a rede Eurotyre terá que evoluir e desenvolver-se<br />

cada vez mais para crescer e acompanhar essas tais locomotivas.<br />

Isso vai exigir mais criatividade da nossa parte e mais<br />

trabalho para acompanharmos o mercado.<br />

A procura de novos clientes, por exemplo na área<br />

das frotas, é um caminho que tem sido seguido pela<br />

Eurotyre?<br />

A valorização que um ponto de venda dá às frotas,<br />

aos renting s e às gestoras vai-se desvanecendo com a<br />

agressividade com que cada vez mais essas estruturas<br />

estão a exigir às casas de pneus.<br />

Nesse ponto de vista perdemos o fornecimento que<br />

tínhamos acordado com duas renting s pois as condições<br />

por eles impostas não eram exequíveis, passando<br />

os limites por nós suporta<strong>dos</strong>.<br />

Existe uma rede a defender, que fez investimento<br />

nos diversos pontos de venda e que tem que rentabilizar<br />

a sua estrutura e os negócios <strong>dos</strong> seus aderentes,<br />

pelo que não podemos chegar sequer ao ponto de trocar<br />

pneus por dinheiro.<br />

As renting s não podem exigir qualidade do serviço<br />

quando nos estão a retirar margem que permite obter<br />

meios para atingir essa qualidade de serviço.<br />

Por outro lado, sabemos que os fabricantes também<br />

interferem neste negócio garantindo preços às gestoras<br />

que não conseguimos acompanhar.<br />

Que medidas tem tomado a rede Eurotyre para<br />

fazer frente à crise?<br />

Sempre fomos uma estrutura “light” e isso hoje é<br />

muito importante. Libertamos stocks, o que nos permite<br />

ser um pouco mais agressivos pois reduziu-se de<br />

alguma forma o custo logístico. Houve também um<br />

redimensionamento da nossa estrutura operacional,<br />

tendo sido recentemente inaugurado o novo armazém.<br />

Não havendo estabilidade no mercado, pelo menos<br />

para a rede Eurotyre é importante que exista estabilidade<br />

ao nível da gestão e isso tem sido conseguido.<br />

Existe uma nova realidade e to<strong>dos</strong> temos que entender<br />

que vamos vender menos pneus e vamos ganhar menos<br />

dinheiro e, simultaneamente, vamos ter que arranjar<br />

mais coisas para fazer para rentabilizarmos os nossos<br />

negócios. É obrigatório que nos habituemos a viver<br />

com esta nova realidade. <br />

70<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


EMPRESA<br />

Inter Partner Assistance<br />

Seguro Pneu<br />

para furo não reparável ou rebentamento<br />

Dirigido aos fabricantes e retalhistas de pneus, o Seguro Pneu da Inter Partner Assistance<br />

assume os custos da reparação ou substituição do pneu<br />

AInter Partner Assistance desenvolveu e iniciou<br />

a comercialização do inovador produto<br />

Seguro Pneu no mercado nacional. Dirigido<br />

ao segmento automóvel, o produto assume<br />

os custos da reparação ou substituição do pneu em<br />

caso de furo não reparável ou rebentamento, podendo<br />

funcionar através da modalidade de pagamento<br />

de um capital fixo ou através do pagamento de um<br />

valor variável a pagar em função do desgaste do<br />

pneu à data do sinistro e tendo sempre como limite<br />

máximo a indemnizar o custo de aquisição do pneu.<br />

O produto inclui ainda uma linha de atendimento<br />

personalizada 24 horas e reboque para transportar<br />

a viatura para a oficina reparadora.<br />

Dirigido essencialmente aos fabricantes e retalhistas<br />

de pneus, o produto é igualmente uma real maisvalia<br />

para os construtores de automóveis, gestoras de<br />

frota e seguradores, podendo ser subscrito nas modalidades<br />

de inclusão automática ou venda opcional.<br />

“Como reconhecimento do sucesso e boa aceitação<br />

do produto no mercado, destacamos a parceria já<br />

celebrada com a Continental para a comercialização<br />

do produto através da sua rede de distribuição”, disse<br />

Eduardo Piçarra, diretor geral da empresa.<br />

A Inter Partner Assistance tem ainda os serviços<br />

convencionais como assistência em viagem, extensão<br />

INTER PARTNER<br />

ASSISTANCE PORTUGAL<br />

Sede: Largo Jean Monnet, 1-2º<br />

1269-069 Lisboa<br />

Director Geral: Eduardo Piçarra<br />

Telefone: 21 310 24 06<br />

Fax: n/d<br />

E-mail: eduardo.picarra@ip-assistance.com<br />

Internet: www. ip-assistance.pt<br />

de garantia automóvel e o seguro de viatura de substituição.<br />

Além destes, conta também com o Help Care,<br />

o apoio técnico e de gestão de reclamações para os importadores<br />

de automóveis que, com o Seguro Pneu,<br />

são os serviços da linha da frente desta empresa. Na<br />

sua carteira de clientes, onde o segmento automóvel é<br />

o que tem mais peso, contam-se seguradoras, bancos,<br />

construtores automóveis ou gestoras de frota. A Inter<br />

Partner distingue-se pelas fortes relações comerciais<br />

que estabelece com os seus clientes e fornecedores<br />

sempre assentes num conceito de forte parceria.<br />

Em termos tecnológicos, fator crítico de sucesso no<br />

mercado de assistência, a empresa tem realizado importantes<br />

investimentos nos últimos anos, <strong>dos</strong> quais<br />

se destacam a implementação do sistema GPS com os<br />

seus fornecedores, o sistema de envio automático de<br />

serviços e o desenvolvimento de importantes ferramentas<br />

informáticas de partilha de informação com<br />

clientes e fornecedores, que permitem aumentar o<br />

grau de controlo da qualidade do serviço prestado. <br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 71


EMPRESA<br />

SD International<br />

À conquista da Europa<br />

A SD International está presente em todo o Mundo, com uma sede em cada Continente. Na<br />

Europa Ocidental, começou agora a desenvolver uma estratégia de marketing e de vendas,<br />

liderada por Adriana Campos, com o objectivo de conquistar quota de mercado<br />

Opoder económico e logístico de grandes operadores<br />

da distribuição automóvel com dimensão<br />

global permite-lhes entrar no negócio <strong>dos</strong><br />

pneus por uma porta lateral, apresentando no<br />

mercado as suas próprias marcas de pneus, que são obti<strong>dos</strong><br />

mediante contratos de fornecimento em que prevalecem<br />

critérios de qualidade, custos e margens de comercialização.<br />

Está neste caso a SD International, que<br />

tem uma gama completa de pneus, desde automóveis,<br />

até equipamentos de movimentação de terras.<br />

Embora tenha a sua sede em Sanghai, na China, a<br />

SD International é uma empresa global, pois está presente<br />

em to<strong>dos</strong> os merca<strong>dos</strong> mundiais mais importantes.<br />

Além disso, trabalha diretamente com as fábricas<br />

que produzem os pneus que comercializa, propondo<br />

moldes e outras inovações técnicas que o mercado exige,<br />

não sendo portanto uma empresa meramente comercial.<br />

A SD International também surgiu porque hoje é<br />

muito fácil fabricar pneus na China e noutros países<br />

asiáticos, por exemplo, mas depois é preciso organizar<br />

a logística e o marketing indispensáveis para colocar<br />

esses pneus no mercado global. Para isso, é necessário<br />

conhecer muito bem o sector <strong>dos</strong> pneus e o seu negócio<br />

a nível internacional. Deste modo, os fabricantes<br />

que fornecem a SD International podem produzir os<br />

seus pneus sem receio de não ter onde os vender. Por<br />

outro lado, os distribuidores podem ter a garantia de<br />

estarem a vender produtos com qualidade e seguros<br />

em qualquer ponto do Mundo.<br />

A equipa tem gente de to<strong>dos</strong> os países, como da Europa,<br />

da América do Norte e da Ásia. Em conjunto,<br />

têm um grande conhecimento do sector <strong>dos</strong> pneus e<br />

das suas particularidades em to<strong>dos</strong> os pontos do planeta.<br />

A SD International tem pneus para to<strong>dos</strong> os tipos<br />

de veículos, incluindo pneus de pesa<strong>dos</strong>, para a agricultura<br />

e para a construção. Basicamente, os pneus<br />

que comercializa pertencem à categoria budget, mas<br />

pode ir mais além do que isso, de acordo com os pedi<strong>dos</strong><br />

<strong>dos</strong> seus distribuidores. Logicamente, os pneus comercializa<strong>dos</strong><br />

pela SD International vão ter as novas<br />

etiquetas já a partir de Novembro, que permitem aos<br />

consumidores compararem as suas características com<br />

o preço, para fazerem as suas opções.<br />

Como novidade, está previsto o lançamento de<br />

uma gama de pneus de Inverno com um novo composto<br />

mais económico e mais eficiente, o que poderá<br />

ajudar a fazer crescer as vendas no segundo semestre<br />

deste ano.<br />

Gama completa e diversificada<br />

Para ter a responsabilidade de comercializar as marcas<br />

próprias Zeta e Pace e representar em exclusivo<br />

para toda a Europa as marcas Maxtrek e Autoguard -<br />

Maxtrek, a SD International investe de forma substancial<br />

em equipamentos e tecnologias, e realiza auditorias<br />

aos fabricantes seleciona<strong>dos</strong>, antes de formalizar<br />

os contratos de fornecimento de pneus. To<strong>dos</strong> os produtos<br />

são totalmente certifica<strong>dos</strong> e preenchem todas<br />

72<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


EMPRESA<br />

Adriana Campos, Responsável Vendas Europa Ocidental da SD International,<br />

está confiante no sucesso que os pneus do Grupo vão ter no nosso país<br />

as normas <strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong> onde são comercializa<strong>dos</strong>.<br />

Isto acontece obviamente na Europa, onde existe a legislação<br />

mais exigente em matéria de pneus.<br />

As sinergias do grupo SD International permitem<br />

dispor de mais de 300 distribuidores de pneus em mais<br />

de 75 países, que dispõem de contratos de território<br />

exclusivo e outras prerrogativas essenciais. Estão assim<br />

em condições de oferecer ao mercado os produtos e<br />

serviços adequa<strong>dos</strong> à satisfação das necessidades <strong>dos</strong><br />

clientes finais. Os escritórios regionais da SD International<br />

asseguram o máximo nível de serviço ao cliente,<br />

que pode incluir entre outras vantagens o acesso ao<br />

crédito.<br />

As marcas comercializadas<br />

A marca ZETA tem no seu catálogo pneus para automóveis<br />

e veículos industriais, que são fabrica<strong>dos</strong> segundo<br />

os padrões mais avança<strong>dos</strong> do momento. A<br />

concepção e a engenharia <strong>dos</strong> pneus é realizada na Europa,<br />

com os meios tecnológicos mais atualiza<strong>dos</strong>.<br />

Isso permite que a marca seja fornecedora de equipamento<br />

original, para além de estar presente no mercado<br />

de substituição. Esta marca possui to<strong>dos</strong> os principais<br />

tipos de pneus e medidas para todas as viaturas e<br />

será comercializada em Portugal pela SPO.<br />

A marca MAXTREK oferece a maior seleção de<br />

pneus produzi<strong>dos</strong> na Ásia, dispondo de uma gama<br />

SD INTERNATIONAL<br />

Morada: 11 Impasse Cezanne,<br />

lotissement Le Tuc des Sables<br />

40130 Capbreton – France<br />

Dir. Vendas Portugal: Adriana Campos<br />

Telefone: 0033.684.501.512<br />

Fax: 0033.172.703.030<br />

e-mail: adriana@sd-international.co.uk<br />

Internet: www.sd-international.cn<br />

completa para automóveis de passageiros e comerciais<br />

ligeiros. Em Portugal, esta marca será comercializada<br />

pela Alves Bandeira.<br />

Quanto à marca PACE, foi a primeira marca introduzida<br />

pela SD International no mercado, sendo os<br />

pneus fabrica<strong>dos</strong> pelo primeiro fabricante de pneus da<br />

China, que tem o apoio técnico de uma das principais<br />

marcas europeias. A SD International está à procura<br />

de distribuidores para a marca PACE em Portugal.<br />

Quanto à marca AUTOGUARD, é fabricada desde<br />

2008 pela Capital Tyres, empresa na qual a SD International<br />

investiu fortemente em equipamentos e tecnologia.<br />

A empresa também procura distribuidores<br />

portugueses para esta marca.<br />

Por outro lado, os pneus para aplicações agrícolas e<br />

industriais são forneci<strong>dos</strong> pela SD International com<br />

as marcas Agrostar, Taishan e Duration.<br />

De referir ainda que a SD International esteve presente<br />

no Salão de Reifen, onde apresentou os novos<br />

pneus de Inverno para o mercado europeu.<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 73


EMPRESA<br />

M.L.S. <strong>Pneus</strong>, Lda<br />

Aproveitar oportunidades<br />

A dimensão é importante, mas não é para to<strong>dos</strong>. Existem negócios que funcionam bem de<br />

acordo com os objetivos e estratégias que os seus responsáveis pretendem seguir no mercado.<br />

É o caso da MLS, um pequeno grossita de pneus às portas do Porto<br />

Manuel Lucas Silva deu o seu nome à MLS<br />

<strong>Pneus</strong>. Não sendo o único sócio-gerente, é<br />

ele que coordena o dia-a-dia do negócio de<br />

pneus nesta empresa que teve o seu início<br />

em 2005. O objeto social da empresa sempre foi o de<br />

importar e distribuir pneus para veículos automóveis,<br />

embora recentemente tenha também entrado noutros<br />

setores.<br />

Qualquer <strong>dos</strong> sócios tinha experiência e conhecimento<br />

do sector <strong>dos</strong> pneus e por isso foi fácil tomar a<br />

decisão de arrancar com um negócio ligado à revenda<br />

de pneus.<br />

Primeiro com um armazém de 250 m2, depois passou<br />

para 400 m2 e agora ocupam umas outras instalações<br />

de 600 m2, que permitem um outro desenvolvimento<br />

da atividade.<br />

“O nosso melhor ano até foi 2010, mas agora temos<br />

um stock um pouco diferente, pois conseguimos ter<br />

atualmente mais referências e menor quantidade de<br />

pneus”, revela Manuel Lucas, como sendo uma tendência<br />

do mercado grossista à qual a sua empresa, até<br />

por via do entorno económico do país, não poderia<br />

deixar de responder.<br />

“Com o mesmo volume de investimento, no espaço<br />

de dois anos, duplicamos o número de referências”<br />

revela o mesmo responsável, reconhecendo que “também<br />

gostaríamos de fazer volumes, até porque teríamos<br />

outras condições negociais, mas temos que olhar<br />

para o negócio de uma forma que nos permita ter um<br />

crescimento ponderado e sem stress, que no fundo é<br />

aquilo que procuramos”.<br />

Marcas<br />

Historicamente a marca Sava foi um <strong>dos</strong> pilares iniciais<br />

da MLS <strong>Pneus</strong> através de importação. As vendas<br />

chegaram a ser representativas nessa marca que por<br />

pertencer ao Grupo Goodyear / Dunlop acabou por<br />

trazer também o agenciamento, isto é, a representação<br />

destas e de outras marcas do Grupo, diretamente através<br />

do importador nacional.<br />

Dessa forma a oferta da MLS <strong>Pneus</strong> é constituída<br />

pelos pneus premium Goodyear e Dunlop, Sava e<br />

Kumho identifica<strong>dos</strong> como quality e a marca Goodride<br />

no domínio <strong>dos</strong> pneus Budget.<br />

“Pontualmente segundo alguns negócios poderemos<br />

fazer uma ou outra importação com outras marcas,<br />

mas estamos bem servi<strong>dos</strong> dentro das marcas que<br />

apostamos e das quais somos agentes”, refere Manuel<br />

Lucas.<br />

Vendas online<br />

Uma das apostas mais recentes da MLS <strong>Pneus</strong> são as<br />

vendas online, algo que Manuel Lucas gostava que tivesse<br />

sido há dois ou três anos, mas que só agora foi<br />

possível. “Sabemos que chegamos um pouco depois<br />

de outros operadores de mercado, mas o que interessa<br />

é que também já podemos oferecer aos nossos clientes<br />

essa funcionalidade que é muito importante nesta área<br />

de negócio”, refere o responsável da MLS.<br />

No fundo, o que o cliente poderá fazer é consultar o<br />

74<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


EMPRESA<br />

quatro anos” diz Manuel Lucas, adiantando que “não<br />

existem agora novos merca<strong>dos</strong> a explorar. Não nos interessa<br />

o cliente final, pois isso era estar a passar por<br />

cima do meu cliente”.<br />

São cerca de 170 os clientes com que a MLS trabalha<br />

com regularidade, mas em sistema estão mais de<br />

400 casas de retalho que se relacionam comercialmente<br />

com esta empresa de Canelas.<br />

Ameaças do mercado<br />

Olhando para a crise económica que Portugal atravessa<br />

será de supor que um pequeno grossista também<br />

sofra com os problemas que o mercado retalhista tem<br />

vindo a registar.<br />

“Logicamente que sofremos com isso. O mal parado<br />

e os recebimentos são um problema do setor, mas<br />

o que mais temos sofrido é que determina<strong>dos</strong> clientes<br />

bons podem em apenas três meses estar numa situação<br />

complicada e isso assusta um pouco”, afirma Manuel<br />

Lucas, observando que “não tem havido porém muitas<br />

casas a fechar e o mercado continua a funcionar, e<br />

como temos sido rigorosos com as empresas com que<br />

trabalhamos não temos tido grandes problemas”. Neste<br />

caso o responsável da MLS refere a importante ajuda<br />

<strong>dos</strong> bancos para controlar melhor as empresas com<br />

que se vai trabalhar, como um importante fator para<br />

não correr tantos riscos no mercado. “Não interessa fazer<br />

vendas se depois se corre o risco de não receber.<br />

Preferimos faturar menos, mas ter a certeza que se recebe”<br />

revela o mesmo responsável.<br />

Etiquetagem<br />

Marcas como a Goodyear e Dunlop já começaram a<br />

trabalhar forte na nova etiquetagem <strong>dos</strong> pneus. O que<br />

interessa saber é como é que as marcas budget, como a<br />

MLS PNEUS, LDA<br />

Com um stock de pneus que varia entre as 4.500 e as 5.000 unidades, a MLS <strong>Pneus</strong> concentra a sua<br />

atividade como grossista na zona do grande Porto<br />

Sede: Rua Joaquim Agostinho, nº121<br />

4410-001 Canelas – VN Gaia<br />

Gerente: Manuel Lucas<br />

Telefone: 229 968 714<br />

Fax: 229 968 714<br />

E-mail: mlspneus@sapo.pt<br />

Internet: www.mlspneus.pt<br />

stock e, consoante as suas necessidades, efetuar no momento<br />

a encomenda. “Na oferta disponível no mercado,<br />

conseguimos ter produto e preço para podermos<br />

ser concorrenciais no mercado”, afirma Manuel Lucas,<br />

que olha para esta nova aposta como uma forma de estar<br />

mais próximo <strong>dos</strong> seus clientes.<br />

O que será potenciado com as vendas online são as<br />

promoções. É uma área que a MLS vai explorar de<br />

uma forma mais efetiva de modo a conseguir potenciar<br />

a sua relação ainda com mais clientes, atraindo-os<br />

para esta nova plataforma de vendas.<br />

Distribuição<br />

Se já chegou a ter uma área de distribuição bastante<br />

vasta, geograficamente falando, a MLS concentra<br />

atualmente a sua disponibilidade logística na zona do<br />

Grande Porto. Não só o armazém é em Canelas, Vila<br />

Nova de Gaia, bem às portas do Porto e numa zona de<br />

excelentes acessos, como a sua forma de estar no mercado<br />

é muito mais direta ao cliente.<br />

“O nosso trabalho é cada vez mais concentrado no<br />

Grande Porto, onde somos nós que temos distribuição<br />

própria através de um parque de três carrinhas comerciais”,<br />

explica Manuel Lucas, dizendo que a evolução<br />

logística do negócio foi enorme e que conseguiu reduzir<br />

em um quinto os quilómetros que fazia, embora as<br />

vendas tenham aumentado. Para chegar a outros clientes<br />

mais distantes, a MLS <strong>Pneus</strong> trabalha com a Rangel<br />

que garante sempre entregas nos prazos acorda<strong>dos</strong>.<br />

Com um stock que varia entre as 4.500 e as 5.000<br />

unidades de pneus, a MLS concentra essencialmente a<br />

sua atividade nos pneus para veículos ligeiros e comerciais,<br />

tendo também ofertas ao nível <strong>dos</strong> 4x4.<br />

Diversificação<br />

Se no início da sua atividade o cliente preferencial<br />

da MLS <strong>Pneus</strong> era a casa de pneus, atualmente o leque<br />

de clientes diversificou-se imenso, pois as oficinas de<br />

automóveis também elas passaram a consumir pneus<br />

em maior escala o que “foi evidente nos últimos três a<br />

Goodride, que a MLS <strong>Pneus</strong> comercializa, responde a<br />

esta situação que entrará em vigor muito brevemente.<br />

“Sabemos que quem está a trabalhar diretamente<br />

com a Goodride, nomeadamente o nosso fornecedor,<br />

tem a certeza que na data certa os pneus desta marca<br />

terão também a etiqueta e que cumprirá os requisitos<br />

da mesma”, afirma Manuel Lucas, adiantando “a partir<br />

da data de entrada em vigor da nova etiquetagem só<br />

compraremos e venderemos pneus que cumpram<br />

com o estipulado para essa etiqueta. Não queremos<br />

correr qualquer risco com a comercialização de pneus<br />

que não tenham a etiqueta de acordo com o que manda<br />

a lei”.<br />

Futuro<br />

De momento não existem grandes investimentos<br />

previstos na MLS. O portefólio de marcas será para<br />

manter este ano, mas em 2013 a empresa de Canelas<br />

poderá vir ter novas marcas, embora tudo dependa de<br />

alguns novos acor<strong>dos</strong> a estabelecer. <br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 75


EMPRESA<br />

Yokohama Iberia<br />

Yokohama leva clientes ao WTCC<br />

Cerca de 40 clientes da Yokohama tiveram o privilégio de assistir ao WTCC<br />

em condições únicas promovidas pela marca. Estrutura diretiva deslocou-se<br />

propositadamente de Espanha<br />

Com a confirmação de que será o fornecedor<br />

oficial de pneus do WTCC até 2015, com a<br />

marca Advan, a Yokohama esteve presente na<br />

prova portuguesa, que se realizou no Autódromo<br />

Internacional do Algarve, em Portimão.<br />

A marca aproveitou a realização da prova e todo o<br />

circo que gira à sua volta para levar cerca de 40 clientes<br />

ao seu espaço. Tal como muitos outros fornecedores,<br />

também este construtor de pneus tinha um stand próprio<br />

para receber os seus parceiros.<br />

O evento foi de tal forma importante, que o presidente<br />

e o responsável de marketing da Yokohama Iberia<br />

marcaram presença em Portimão. Taketoshi Morita<br />

e Victor Canizares tomaram contacto com os instaladores<br />

e distribuidores da prestigiada marca nipónica.<br />

Na tenda, era possível conhecer alguns <strong>dos</strong> produtos<br />

da marca mais de perto e tirar dúvidas com os profissionais<br />

da marca. Além disso, o espaço, que foi um<br />

<strong>dos</strong> mais concorri<strong>dos</strong> da prova, também servia para<br />

descansar entre as provas e tomar algumas refeições.<br />

A ligação da Yokohama com o WTCC vem quase<br />

desde o início deste campeonato. Foi logo no segundo<br />

ano destas provas, em 2006, que a marca se tornou o<br />

fornecedor oficial <strong>dos</strong> pneus.<br />

A Yokohama fornece dois tipos de pneus para os<br />

carros do WTCC: o slick para piso seco e o de chuva<br />

para superfícies molhadas. Cada um deles tem as suas<br />

especificações próprias. É a estratégia da organização<br />

YOKOHAMA IBERIA<br />

Sede: Rua 12 – Zona Industrial da Varziela<br />

4480-109 Vila do Conde<br />

Dir. Marketing: Victor Cañizares<br />

Telefone: 252249070<br />

Fax: 252249079<br />

E-mail: vmcanizares@yokohamaiberia.com<br />

Internet: www.yokohama-online.com<br />

de manter em baixo os custos das provas que faz com<br />

que não existam diferenças para os concorrentes.<br />

O desafio proposto à Yokohama foi de fornecer um<br />

pneu que tivesse um desempenho semelhante em<br />

qualquer carro. Nestas provas, existem principalmente<br />

dois tipos de carros: os das equipas oficiais e os independentes.<br />

As diferenças são muitas. Desde a transmissão, que<br />

pode ser dianteira ou traseira, ao próprio peso do veículo,<br />

há pormenores que têm que ser toma<strong>dos</strong> em<br />

consideração. As características têm que responder da<br />

mesma forma a to<strong>dos</strong> estes pormenores, para evitar<br />

que existam carros mais bem prepara<strong>dos</strong> para receber<br />

os pneus que outros.<br />

A Yokohama criou então uma equipa especialmente<br />

dedicada a este projeto. Os trabalhos começaram<br />

mesmo antes de saber que seria o fornecedor oficial. A<br />

marca aproveitou a experiência que tinha de outros<br />

campeonatos de desporto automóvel, fosse nacional<br />

ou internacional.<br />

76<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


EMPRESA<br />

ENTREVISTA<br />

Taketoshi Morita, presidente<br />

da Yokohama Iberia<br />

“Somos uma marca muito<br />

conhecida no país”<br />

Quando se deu esta entrevista,<br />

Taketoshi Morita ainda<br />

não sabia que a Yokohama<br />

continuará a ser o fornecedor<br />

oficial de pneus para o WTCC.<br />

O presidente da Yokohama<br />

Iberia fazia depender a realização de mais eventos<br />

semelhantes dessa decisão, o que significa que os<br />

clientes da marca podem contar com mais edições<br />

como esta.<br />

Qual a importância da presença da marca no<br />

WTCC?<br />

O WTCC está cá porque as pessoas gostam de<br />

corridas de carros. É por isso que promovemos<br />

este tipo de corridas aqui em Portugal.<br />

Como olha para o mercado português?<br />

Começámos há 20 anos e já somos uma marca<br />

muito conhecida no país. As pessoas percebem que<br />

estão a falar de uma marca premium quando falam<br />

da Yokohama com alto desempenho e qualidade.<br />

Estamos contentes porque introduzimos a marca<br />

como queríamos.<br />

A nível de produto, o que é que os consumidores<br />

podem esperar?<br />

O novo produto é o Advan, que é um pneu com<br />

muita qualidade, mas estamos a lançar o Blue<br />

Earth. A Yokohama está a tentar desenvolver um<br />

novo produto que seja seguro na sua conceção mas<br />

seja também amigo do ambiente. É isto que queremos<br />

promover e lançar num futuro próximo.<br />

Os clientes Yokohama podem esperar mais<br />

eventos deste tipo?<br />

Estamos a promover o WTCC, mas também a organizar<br />

viagens. Fomos recentemente a Florença e<br />

também à China. Com os clientes portugueses fomos<br />

ao circuito de Monza, também com o WTCC.<br />

E qual a importância deste tipo de eventos?<br />

Queremos continuar a fazer eventos deste género.<br />

Este ano está já fechado com a FIA, mas não sabemos<br />

como será para o próximo ano [entretanto<br />

confirmado como fornecedor oficial].<br />

E depende de quê?<br />

Há muitas marcas que estão atrás do WTCC. Estamos<br />

cá desde 2006. Temos um bom palmarés em<br />

desporto motorizado, mas não sabemos como vai<br />

ser daqui para a frente.<br />

O BLUE EARTH<br />

Taketoshi Morita (diretor-geral) e Victor Canizares (diretor de marketing) deslocaram-se propositadamente<br />

a Portugal para tomar contacto com os instaladores e distribuidores da Yokohama<br />

E,desde aí, as especificações técnicas mudaram muito,<br />

colocando desafios sempre diferentes para os engenheiros<br />

da marca. Desde os motores de dois litros aspira<strong>dos</strong><br />

aos 1.6 com turbo, passando por motores turbodiesel,<br />

muita coisa aconteceu.<br />

As equipas são autorizadas a utilizar cinco conjuntos<br />

de pneus secos, mas apenas 12 deles podem ser novos.<br />

Nos pneus de chuva, podem ser utiliza<strong>dos</strong> quatros<br />

conjuntos. Com esta regra, as equipas podem usar<br />

oito pneus da prova anterior. Se ainda estiverem em<br />

condições de uso, as equipas utilizam-nos para as voltas<br />

de afinação <strong>dos</strong> carros e nas sessões de treinos. Por<br />

isso, uma boa gestão <strong>dos</strong> pneus é um <strong>dos</strong> pontos mais<br />

importantes para a liderança das equipas.<br />

O campeonato de veículos de turismo permite ainda<br />

que os carros possam usar pneus pré-aqueci<strong>dos</strong>.<br />

Desta forma, as corridas são competitivas desde o primeiro<br />

minuto, já que não há o perigo de esforço destes<br />

componentes, um <strong>dos</strong> mais importantes no desporto<br />

motorizado.<br />

A nova linha Blue Earth é<br />

uma das mais recentes novidades<br />

da Yokohama. Trata-se<br />

de um pneu para pequenos<br />

familiares e compactos, com<br />

uma inenção clara de poupança<br />

de combustível. Comparado<br />

com A.drive, é um<br />

pneu com menos 20% de resistência<br />

ao rolamento. Além<br />

disso, é seguro em piso molhado e tem uma duração<br />

superior a outras linhas. A Yokohama conseguiu<br />

isto com a utilização de componentes desenvolvi<strong>dos</strong><br />

recentemente, como o nano Blend e o<br />

Orange Oil. Mas, além disso, tem um design que o<br />

faz 10% mais leve, em comparação com o A.drive.<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 77


OPINIÃO<br />

Víctor Manuel Cañizares<br />

Vice-Presidente Vendas e Marketing da Yokohama Iberia<br />

Marcas premium:<br />

O perigo do preço ser o único argumento de venda<br />

Os produtores de pneus de primeiro nível estão<br />

a utilizar to<strong>dos</strong> os recursos no desenvolvimento<br />

de produtos amigos do meio ambiente.<br />

O investimento em I&D destina-se a melhorar<br />

os níveis de poluição sonora reduzindo a emissão<br />

de decibéis; o consumo de combustível e,<br />

portanto, de monóxido de carbono reduzindo o índice<br />

de rolamento; os resíduos cancerígenos utilizando<br />

produtos naturais em vez de produtos deriva<strong>dos</strong> de<br />

petróleo; os resíduos pela via do produto acabado prolongando<br />

a vida útil destes, e de segurança aumentando<br />

a performance <strong>dos</strong> mesmos. Na verdade, a nova legislação<br />

Europeia vai obrigar-nos a mencionar estes<br />

desenvolvimentos na nova rotulagem a ser lançada<br />

este ano.<br />

Por isso, to<strong>dos</strong> apontamos o respeito pelo meio<br />

ambiente como sendo este o nosso guia de trabalho,<br />

mas como estamos transmitindo este conceito para o<br />

consumidor final? O que entende o consumidor? O<br />

que está disposto a entender ou a pagar por estes<br />

avanços tecnológicos com a crise atual? Que meios<br />

vão ser disponibiliza<strong>dos</strong> pelas várias entidades para<br />

controlar a entrada de produtos impróprios na UE?<br />

Na atual crise económica, o elevado pessimismo<br />

<strong>dos</strong> cidadãos perante o futuro incerto e uma classe política<br />

incapaz levam a que a procura de pneus desacelere:<br />

neste momento, poderíamos discutir se tomamos<br />

como referência o mínimo de 20% de sell-in acumulado,<br />

ou se pelo contrário, falamos de pelo menos<br />

40% de sell-out. No entanto, a tendência é clara: menos<br />

procura e aumento da quota de mercado das segundas<br />

marcas em detrimento das primeiras.<br />

Hoje, o preço é o fator chave e to<strong>dos</strong> nós estamos<br />

conscientes disso, e é por ele que de to<strong>dos</strong> os valores<br />

da nova geração de produtos se destacam as poupanças<br />

em combustível como a mensagem chave para alcançar<br />

uma população que só quer ouvir falar em otimização<br />

de recursos escassos. Mas será que apenas<br />

existe este caminho?<br />

Se considerarmos os dois seguintes pressupostos<br />

como váli<strong>dos</strong> (que vivemos numa sociedade em crise<br />

e que o fator preço é essencial), devemos perguntarnos<br />

se também podemos<br />

sensibilizar a sociedade<br />

para os benefícios<br />

de investir na próxima<br />

geração de pneus e de<br />

primeiro nível tendo<br />

também em conta o investimento<br />

que acontece a cada dois anos. É claro que<br />

é o caminho mais difícil e lento, mas o único que<br />

acrescenta valor ao produto, e que é a nossa razão de<br />

ser. Para sobreviver no curto prazo, seremos obriga<strong>dos</strong><br />

a atuar sobre o preço como o único impulsionador<br />

das vendas. Nos últimos meses, percebemos que<br />

ações impossíveis, talvez desesperadas por alguns intervenientes<br />

no mercado, distorceram a realidade do<br />

sector: o aumento das matérias-primas, a perda de<br />

competitividade da zona euro, o aumento nos custos<br />

de transporte e o maior investimento I&D, representam<br />

uma diminuição da margem da empresa. Mas<br />

será que vendemos mais?<br />

“Em síntese, o sector deve estar consciente<br />

de que devemos tratar o pneu como um produto que acrescenta valor<br />

a to<strong>dos</strong> os canais, desde o fabricante até ao consumidor final”<br />

Finalmente, embora os fabricantes e profissionais<br />

do sector estejam a fazer o seu papel quanto à informação<br />

sobre as consequências da condução com<br />

pneus em mau estado e pneus com piso abaixo <strong>dos</strong><br />

1,6 mm exigi<strong>dos</strong> por lei, serão apenas as autoridades<br />

competentes - e não podemos imputar toda a responsabilidade<br />

aos centros de inspeção técnica - que poderão<br />

controlar e persuadir o consumidor final a cumprir<br />

a legislação, ativando um mecanismo que poderá<br />

aumentar a procura aumentando igualmente a segurança<br />

atual do parque automóvel.<br />

Em síntese, o sector deve estar consciente de que<br />

devemos tratar o pneu como um produto que acrescenta<br />

valor a to<strong>dos</strong> os<br />

canais, desde o fabricante<br />

até ao consumidor final,<br />

e que devemos evitar<br />

a tendência de usá-lo<br />

como uma "mercadoria"<br />

ou produto gancho,<br />

onde o preço é o único argumento existente. Haverá<br />

sempre alguém que possa vender um cêntimo mais<br />

barato, mas nem to<strong>dos</strong> têm capacidade para produzir<br />

o nível exigido pelo mercado europeu e incrementar<br />

pelos serviços o valor acrescentado procurado pelo<br />

consumidor final.<br />

78<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


ATUALIDADE<br />

Nova Tabela de Ecovalor<br />

TABELA DE ECOVALOR EM VIGOR<br />

Desde 1 de <strong>Julho</strong> de <strong>2012</strong>:<br />

Código Categoria €/pneu<br />

T Ligeiro de passageiro/Turismo 1,2<br />

4x4 4x4 "on/off road" 2,11<br />

C Comercial 1,84<br />

P Pesado 8,86<br />

A1 Agrícola (diversos) 3,06<br />

A2 Agrícola (rodas motoras) 11,03<br />

E1 Industrial (8" a 15") 2,1<br />

E2 Maciço (= 24”) 41,43<br />

M1 Moto (>50cc.) 0,76<br />

M2 Moto (até 50cc.) 0,24<br />

F Aeronaves 1,2<br />

B Bicicletas 0,09<br />

Desde 1 de Janeiro de 2009 a 30 de Junho de <strong>2012</strong>:<br />

Código Categoria €/pneu<br />

T Ligeiro de passageiro/Turismo 1<br />

4x4 4x4 "on/off road" 1,99<br />

C Comercial 1,57<br />

P Pesado 7,81<br />

A1 Agrícola (diversos) 2,55<br />

A2 Agrícola (rodas motoras) 9,47<br />

E1 Industrial (8" a 15") 2,74<br />

E2 Maciço (= 24”) 36,54<br />

M1 Moto (>50cc.) 0,67<br />

M2 Moto (até 50cc.) 0,23<br />

F Aeronaves 1<br />

B Bicicletas 0,07<br />

A crise obriga<br />

Entrou em vigor, desde o passado 1 de <strong>Julho</strong> de <strong>2012</strong>, uma<br />

nova Tabela de Ecovalor, substituindo os ecovalores que<br />

vigoraram desde 2008. Climénia Silva, Diretora Geral da<br />

Valorpneu, defende-se das muitas queixas do setor<br />

Por força da evolução negativa do mercado de<br />

pneus e da degradação do enquadramento<br />

económico nacional, com consequentes efeitos<br />

na sustentabilidade económica e financeira<br />

do Sistema Integrado de Gestão de <strong>Pneus</strong> Usa<strong>dos</strong><br />

(SGPU), criado pela Valorpneu para gerir o correto<br />

encaminhamento <strong>dos</strong> pneus em fim de vida, a Valorpneu<br />

viu-se obrigada<br />

a proceder à atualização<br />

do valor da prestação financeira.<br />

É desta forma que começa<br />

o comunicado da<br />

Valorpneu, explicando<br />

em parte as razões do aumento do Ecovalor.<br />

“O aumento da rabela de ecovalor no passado dia 1<br />

de <strong>Julho</strong> de <strong>2012</strong> foi uma medida inevitável”, começa<br />

por referir à REVISTA DOS PNEUS, Climénia Silva,<br />

Diretora Geral da Valorpneu.<br />

A mesma responsável da entidade gestora <strong>dos</strong><br />

pneus em fim de vida, acrescenta que “como é do conhecimento<br />

geral o ecovalor corresponde à prestação<br />

financeira entregue pelos produtores à Valorpneu<br />

para a correta gestão e tratamento <strong>dos</strong> pneus quando<br />

chegam ao fim de vida. No contexto atual ninguém<br />

está imune à crise e o sector <strong>dos</strong> pneus também não”.<br />

Desta forma, a Diretora Geral da Valorpneu explica<br />

“De notar que o ecovalor não teve alteração desde 1 de Janeiro de<br />

2008 e que se mantém há quase 5 anos. Diga-se que em 10 anos, esta<br />

é a segunda vez em que a Tabela é atualizada”<br />

com da<strong>dos</strong> que “com a evolução negativa do mercado<br />

que se vem acentuando desde o último trimestre<br />

de 2011, situando-se no 1º semestre do ano em cerca<br />

de -12% na categoria de pneus ligeiros e de -21% na<br />

categoria de pneus pesa<strong>dos</strong>, para além da forte quebra<br />

ocorrida na venda de viaturas e portanto no mercado<br />

de origem de pneus que quase atingiu -44%, registouse<br />

proporcionalmente uma redução substancial no financiamento<br />

do Sistema Integrado de Gestão de<br />

<strong>Pneus</strong> Usa<strong>dos</strong>, comprometendo, caso não viesse a ser<br />

corrigido o ecovalor, o respeito <strong>dos</strong> compromissos assumi<strong>dos</strong><br />

pela Valorpneu”.<br />

Para concluir a responsável da Valorpneu diz que<br />

“embora a conjuntura<br />

económica viesse a antecipar<br />

a necessidade da<br />

atualização da tabela de<br />

ecovalor, esta era uma<br />

situação já prevista para<br />

1 Janeiro de 2013.<br />

De notar que o ecovalor não teve alteração desde 1<br />

de Janeiro de 2008 e que se mantém há quase 5 anos.<br />

Diga-se que em 10 anos, esta é a segunda vez em que a<br />

Tabela é atualizada.<br />

Isto só possível graças a uma rigorosa gestão e controlo<br />

da Valorpneu”. <br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 79


SERVIÇO<br />

Jantes de alumínio para pesa<strong>dos</strong><br />

Benefícios evidentes<br />

As razões que levaram as jantes de liga leve a passarem da F1 para os carros de ralis e destes<br />

para os veículos de to<strong>dos</strong> os dias foram as mesmas que estiveram na origem da aplicação da<br />

tecnologia de alumínio às jantes <strong>dos</strong> veículos pesa<strong>dos</strong><br />

Aprimeira razão será assim a eficiência energética,<br />

uma vez que, não só o peso total do veículo<br />

em vazio é reduzido em cerca de 300kg, no<br />

caso de um conjunto articulado com 18 rodas,<br />

como o peso de cada jante é 43% menor, o que reduz o<br />

momento de inércia a ser vencido pelo motor nos arranques<br />

e nas acelerações. Com menor peso, o atrito<br />

nos rolamentos de roda e na<br />

banda de rolamento <strong>dos</strong> pneus é<br />

reduzido, contribuindo para melhorar<br />

a eficiência do conjunto.<br />

É evidente que em carga o<br />

menor peso será aproveitado<br />

para aumentar a capacidade de<br />

carga do veículo, tornando cada deslocação mais rentável<br />

para o operador de frota. Esta será pois outra das<br />

razões que justificam o investimento em jantes de alumínio<br />

num veículo comercial pesado, porque essa diferença<br />

permite transportar mais 10% da carga, ou<br />

seja, mais uma carga completa em cada 100 viagens.<br />

Além desta importante questão da eficiência energética<br />

para o equilíbrio ambiental, os benefícios em termos<br />

de segurança são também evidentes. Desde logo,<br />

a mais rápida dissipação do calor pelo alumínio ajuda<br />

a manter os componentes de travagem em melhores<br />

condições. Isso é fundamental em longas descidas a<br />

carga completa, em que as travagens se sucedem ou<br />

Num conjunto articulado com 18 rodas equipadas com jantes<br />

de alumínio, consegue-se uma redução do peso total do<br />

veículo em vazio de cerca de 300 Kg<br />

podem mesmo ser constantes em certos casos.<br />

Em termos do comportamento dinâmico da suspensão,<br />

a redução do momento de inércia da roda evita<br />

movimentos amplos da suspensão, favorecendo o<br />

amortecimento e a estabilidade, tanto em linha recta,<br />

como em curva,<br />

Isto é obviamente mais sentido em pisos deforma<strong>dos</strong><br />

ou degrada<strong>dos</strong>.<br />

Para terminar o rol de vantagens destas jantes de alumínio<br />

para pesa<strong>dos</strong>, é necessário referir que elas podem<br />

ser até cinco vezes mais resistentes a impactos do<br />

que as jantes de aço e são mais resistentes à corrosão,<br />

tornando-se mais fiáveis. Como são moldadas numa<br />

só peça, as jantes de alumínio<br />

podem igualmente ter um design<br />

mais atractivo, o que é reforçado<br />

pelo brilho metálico da<br />

sua superfície do exterior.<br />

Problemas de manutenção<br />

O retorno do investimento na aquisição de jantes<br />

de alumínio é garantido à medida que os quilómetros<br />

passam, tanto mais que a manutenção destas jantes,<br />

para além da limpeza, é bastante reduzida. Exceptuase<br />

a necessidade de reparar algum dano ou deformação,<br />

causa<strong>dos</strong> por impactos violentos.<br />

80<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS


SERVIÇO<br />

As jantes de alumínio<br />

podem ser até cinco vezes<br />

mais resistentes a impactos<br />

que as jantes de aço e são<br />

mais resistentes à corrosão<br />

O único ponto fraco do alumínio é a corrosão por<br />

contacto com outros metais, principalmente o aço, devido<br />

aos fluxos electroquímicos que se geram entre os<br />

dois metais, induzi<strong>dos</strong> pela humidade. Como os pernos<br />

e as porcas <strong>dos</strong> veículos são geralmente em aço,<br />

esse risco existe, sobretudo durante longos perío<strong>dos</strong> de<br />

contacto <strong>dos</strong> metais.<br />

Nos veículos de utilização intensiva, que podem<br />

percorrer mais de 250.000km anuais, o risco é bastante<br />

menor, porque as rodas são desmontadas pelo menos<br />

uma vez por ano e as uniões roscadas naturalmente<br />

limpas. Nos restantes veículos de menor taxa de utilização,<br />

é recomendável desmontar as rodas, pelo menos<br />

to<strong>dos</strong> os 18 ou 24 meses, para limpar os pontos de<br />

contacto <strong>dos</strong> metais e controlar eventuais focos de corrosão.<br />

Outro problema que deriva da oxidação natural do<br />

alumínio é a excessiva aderência das rodas ao cubo da<br />

roda ou à roda do lado contrário, no caso <strong>dos</strong> roda<strong>dos</strong><br />

duplos. Isso pode obrigar a empregar forças demasiado<br />

elevadas para separar as rodas, o que tem riscos para<br />

a mecânica do veículo e para a própria roda. Isso também<br />

só acontece depois de perío<strong>dos</strong> relativamente<br />

longos de contacto, sendo possível atenuar ou evitar<br />

estas situações colocando entre as rodas e a superfície<br />

de apoio um produto adequado (massa lubrificante de<br />

alta viscosidade e resistente ao calor), uma película de<br />

plástico bastante resistente ou mica.<br />

A maior parte <strong>dos</strong> problemas com estas jantes, no<br />

entanto, resultam de "invenções" na hora da sua montagem,<br />

quer em novas, quer durante os ciclos de rotação<br />

que as jantes sofrem naturalmente durante a sua<br />

vida útil. Um <strong>dos</strong> problemas é a utilização de pernos,<br />

parafusos e porcas não especifica<strong>dos</strong> pelo construtor,<br />

pois a jantes de alumínio deste tipo são bastante mais<br />

espessas do que as jantes de aço. Se as peças de aperto<br />

não forem adequadas, as porcas podem ficar "nas pontas",<br />

sendo impossível aplicar o binário de aperto recomendado.<br />

Isso implica uma situação de risco elevado,<br />

principalmente se ocorrem rupturas com o veículo em<br />

movimento. O prejuízo mínimo nesses casos é uma<br />

jante e um pneu para o lixo.<br />

Outra "invenção", felizmente rara, consiste em<br />

montar jantes de alumínio por fora e jantes de aço por<br />

dentro, nos roda<strong>dos</strong> duplos. O objectivo "estético"<br />

desta solução sai bastante caro, porque a corrosão entre<br />

as superfícies de contacto das jantes é muito forte,<br />

especialmente do lado do alumínio, podendo chegar a<br />

inutilizar a jante.<br />

O mais acertado na montagem das jantes de alumínio<br />

para V.I. é seguir as recomendações do construtor<br />

e utilizar os mesmos componentes de origem. No caso<br />

da aplicação em causa não possuir essas recomendações<br />

ou instruções, pode ser de bom senso copiar de<br />

outra marca o sistema de montagem das jantes de alumínio.<br />

Como estas jantes não são meramente uma moda e<br />

vieram para ficar, tencionamos brevemente apresentar<br />

mais informação sobre a sua manutenção nestas páginas.<br />

<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS 81


ACTUALIDADE<br />

2ª Automecânica<br />

EMPRESAS<br />

JÁ CONFIRMADAS*<br />

Gutmann<br />

Auto Diag<br />

Alta Roda<br />

Triplemaqui<br />

RPL Clima<br />

Japopeças<br />

Bragalis<br />

Helder Máquinas e Ferramentas<br />

Rodribench<br />

Asc Autoparts<br />

Hispanor<br />

Newcar Leiria (Paulo Louro)<br />

Infomecatrónica<br />

Sousa Radiadores<br />

Sparkes & Sparkes<br />

Eurotransmissão<br />

António Oliveira & Oliveira<br />

NPS Portugal (Univex)<br />

Lubtec<br />

J.M.C.S.<br />

Maxolit<br />

Reciquip<br />

Infortrónica<br />

Tenneco<br />

Liqui-Moly<br />

Dingipeças<br />

* Até 20/7/<strong>2012</strong><br />

“Destaque aos pneus”<br />

A Exposalão quer dar um destaque especial ao setor <strong>dos</strong> pneus na edição <strong>2012</strong> da<br />

Automecânica. Este evento, que vai para a sua segunda edição, terá início no final do mês de<br />

Outubro, sendo uma oportunidade para to<strong>dos</strong> marcarem presença<br />

A2ª Automecânica - Salão de Equipamento Oficinal,<br />

Peças, Mecânica, Componentes e Acessórios<br />

para Veículos Ligeiros e Pesa<strong>dos</strong>, vai realizar-se<br />

na Exposalão, Centro de Exposições da<br />

Batalha de 31 de Outubro a 4 de Novembro de <strong>2012</strong><br />

O sucesso da primeira edição da Automecânica, motivou<br />

os responsáveis da Exposalão a apostar forte na<br />

edição <strong>2012</strong>. Sendo um certame<br />

muito vocacionado para<br />

o setor das peças e <strong>dos</strong> equipamentos,<br />

os pneus são também<br />

um alvo importante a reforçar,<br />

tanto mais que em<br />

edições anterior (quando se<br />

chamava ExpoAuto unicamente) muitos operadores<br />

deste setor marcam a sua presença como expositores.<br />

Numa altura em que a mecânica e o diagnóstico estão<br />

cada vez mais presentes nas casas de pneus, compreende-se<br />

a aposta da Exposalão em ter cada vez mais<br />

expositores o setor <strong>dos</strong> pneus.<br />

“Este ano queremos dar algum destaque ao ramo<br />

<strong>dos</strong> pneus e a todo o universo circundante, nomeadamente<br />

o equipamento”, diz José Frazão, Administrador da Exposalão<br />

“Pretendemos reunir um amplo leque de empresas<br />

de forma a criar um núcleo atrativo para to<strong>dos</strong> os profissionais<br />

que se movem neste sector. O salão será um<br />

ponto de encontro entre a oferta e a procura, um local<br />

por excelência para conhecer novidades, estabelecer<br />

novos contactos, reforçar e agitar relações comerciais e<br />

promover a concretização negócios”, afirma José Frazão,<br />

Administrador da Exposalão, acrescentando que<br />

“O objectivo é fazer a cobertura de to<strong>dos</strong> os ramos de<br />

forma a proporcionar uma boa oferta aos profissionais.<br />

No entanto este ano queremos dar algum destaque ao<br />

ramo <strong>dos</strong> pneus e de todo o universo circundante, nomeadamente<br />

o equipamento. Este é um setor com<br />

enorme potencial, o qual queremos ter uma maior representatividade<br />

nesta edição”.<br />

O JORNAL DAS OFICINAS (publicação da AP<br />

Comunicação da qual a REVISTA DOS PNEUS também<br />

faz parte) será a Publicação Oficial da Automecânica<br />

<strong>2012</strong>. Trata-se de um voto de confiança da Exposalão<br />

no trabalho desenvolvido pela AP COMUNI-<br />

CAÇÃO, por intermédio das<br />

nossas publicações, na promoção<br />

e divulgação deste evento.<br />

Nesse sentido, na edição <strong>2012</strong><br />

da Automecânica, a AP Comunicação<br />

vai organizar uma conferência<br />

de “Software e Da<strong>dos</strong><br />

Técnicos” dirigida às oficinas e casas de pneus, que se<br />

realiza no dia 3 de Novembro (www.eventosap.com).<br />

Para as empresas interessadas em estar presentes na<br />

edição <strong>2012</strong> da Automecânica, poderão recolher mais<br />

informação em www.exposalao.pt ou através do e.mail<br />

info@exposalao.pt ou pelo telefone 244 769 480. <br />

82<br />

REVISTA<br />

DOS PNEUS

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