Revista dos Pneus 018 - Julho 2012
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DOSPNEUS<br />
REVISTA<br />
REVISTA INDEPENDENTE DE PNEUMÁTICOS E SERVIÇOS RÁPIDOS<br />
Salão<br />
A GRANDE<br />
MONTRA!<br />
A 27ª edição do Salão Internacional de Reifen,<br />
que decorreu em Essen, de 4 a 8 de Junho de<br />
<strong>2012</strong>, foi a melhor de todas, tendo registado<br />
um número recorde de mais de 19.000<br />
visitantes profissionais e 653 expositores de<br />
44 países. A REVISTA DOS PNEUS conta-lhe<br />
tudo o que lá se passou<br />
Nº 18 • JULHO <strong>2012</strong> • ANO III • 5 EUROS<br />
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Mercado<br />
É vasto<br />
o mercado<br />
das empresas<br />
que vendem<br />
equipamentos<br />
para as casas<br />
de pneus<br />
Entrevista<br />
José Luis<br />
de la Fuente,<br />
Diretor Geral<br />
da Continental<br />
<strong>Pneus</strong><br />
Entrevista<br />
Harjeev<br />
Kandhari,<br />
Presidente<br />
Executivo do<br />
Grupo Al Dobowi<br />
Empresa<br />
A MLS <strong>Pneus</strong> é<br />
um grossista de<br />
pneus da zona do<br />
Porto
EDITORIAL<br />
Nº 18 • JULHO <strong>2012</strong> • ANO III<br />
SUMÁRIO<br />
Falta de<br />
“Etiqueta”<br />
Émuito interessante que nesta altura do ano o mercado <strong>dos</strong> pneus<br />
se dedique tanto a falar da “Etiqueta”. É importante sim senhor<br />
que sejam apenas três critérios (mas apenas dois contam na realidade)<br />
a contribuírem para a tomada de decisão do automobilista.<br />
Porém, qualquer marca chega a ter 20 ou mais critérios de avaliação <strong>dos</strong><br />
seus pneus, e muitas vezes nem são esses que estão agora na “Etiqueta”<br />
os principais alvos do desenvolvimento de um produto.<br />
Mas o que vos quero falar é da falta de “Etiqueta” que cada vez mais existe<br />
no mercado. Mais do que os pneus, o que merecia uma “Etiqueta” é o<br />
mercado ou pelo menos o comportamento de certos atores do mercado.<br />
Deveria existir, por isso, uma “Etiqueta” de boas práticas e bons comportamentos.<br />
A começar pelo Estado, que se esquece da sua função reguladora,<br />
deixando que no mercado se continuem a perpetuar práticas altamente<br />
lesivas para o bom funcionamento deste setor económico. Cheques<br />
carecas, concorrência desleal por via da não faturação, não<br />
cumprimento da legislação ambiental e económica, são alguns <strong>dos</strong> muitos<br />
problemas que poderiam ser resolvi<strong>dos</strong> com fiscalização e com medidas<br />
que to<strong>dos</strong> nós conhecemos.<br />
Nesta altura, em que existem associações setoriais ligadas ao ramo <strong>dos</strong><br />
pneus e uma entidade gestora de pneus em fim de vida (que não tem função<br />
fiscalizadora), que têm na sua constituição pessoas com largo conhecimento<br />
<strong>dos</strong> problemas de falta de “Etiqueta” deste setor, poderiam<br />
ser muito mais pró-ativos na denúncia desses mesmos problemas.<br />
Também existe falta de “Etiqueta” no mercado. As práticas de concorrência<br />
desleal são diárias, o que leva a que no mercado se “comam” vivos<br />
uns aos outros como se de uma batalha campal se tratasse. Mesmo<br />
os que ainda querem ter “Etiqueta” nos negócios estão a ser arrasta<strong>dos</strong><br />
para práticas menos boas, como forma de sobrevivência.<br />
Também nos tocam os problemas de falta de “Etiqueta”, num mercado<br />
em que muitas vezes as pessoas parecem querer estar acima das empresas<br />
que representam, nomeadamente nas multinacionais, tentando<br />
condicionar (o que não têm conseguido) aquele que continua a ser um<br />
trabalho feito com “Etiqueta” e muita seriedade, como é a REVISTA DOS<br />
PNEUS.<br />
Paulo Homem<br />
paulo.homem@apcomunicacao.com<br />
Notícias<br />
Novidades do sector 4<br />
Salão<br />
Reifen <strong>2012</strong> 16<br />
Mercado<br />
Empresas de equipamentos 36<br />
Produto<br />
Goodyear SUV / 4x4 46<br />
Entrevistas<br />
José Luis de la Fuente, Continental 48<br />
Joel Alentado, <strong>Pneus</strong> da Península 52<br />
Harjeev Singh Kandhari , Al Dobowi 54<br />
Onkar S. Kanwar, Apollo Tyres 58<br />
Luís Martins, Grippen Whells 62<br />
Luis Miguel Muñoz, Tiresur Neumáticos 64<br />
Rui Silva, Eurotyre 68<br />
Empresas<br />
Inter Partner Assistance 71<br />
SD International 72<br />
MLS <strong>Pneus</strong> 74<br />
Yokohama 76<br />
Opinião<br />
Víctor Manuel Cañizares 78<br />
Acontecimento<br />
Salão Automecânica 82<br />
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REVISTA<br />
DOS PNEUS 03
NOTÍCIAS<br />
Fedima<br />
com novo site<br />
A Recauchutagem 31 acaba de lançar um<br />
novo site da sua marca de pneus Fedima.<br />
Disponível em www.fedimatyres.com, este<br />
site apresenta uma série de novas funcionalidades<br />
e até algumas inovações, que considera<br />
a empresa serem muito interessantes<br />
para o público em geral, tendo em conta a<br />
área de negócio em que se insere.<br />
Para além de uma área profissional, reservada<br />
aos clientes Fedima, este site permite<br />
ficar a conhecer toda a gama de pneus desta<br />
marca, como também as mais recentes notícias e lançamentos de novos produtos.<br />
Lusilectra lança Romess<br />
Muitos <strong>dos</strong> veículos que circulam atualmente nas estradas, em especial os veículos<br />
com mais de 3 anos, possuem fluido de travões que poderá não suportar o<br />
calor gerado pelas ações de travagem bruscas sem ficar em ebulição.<br />
É da responsabilidade das oficinas informar os seus clientes sobre os potenciais<br />
perigos que podem ocorrer pela não substituição atempada do fluido de travões.<br />
Neste sentido, a Lusilectra e a sua representada ROMESS disponibilizam equipamentos<br />
para verificar a qualidade <strong>dos</strong> flui<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> travões aplicáveis a todas as<br />
gerações, tipos e composições químicas utiliza<strong>dos</strong> nas mais diversas marcas de automóveis.<br />
AQUA 10 (Art. Nº 4510) - Mede o ponto exato de ebulição do fluido <strong>dos</strong> travões<br />
numa câmara de pressão fechada. Os resulta<strong>dos</strong> são mostra<strong>dos</strong> através de<br />
um manómetro analógico (ponteiro).<br />
AQUA 12 (Art. Nº 4512) - Mede o ponto exato de ebulição numa câmara de<br />
pressão fechada. Os resulta<strong>dos</strong> são mostra<strong>dos</strong> num visor LCD, sendo facilmente<br />
transferi<strong>dos</strong> através de uma interface RS 232 para um PC ou computador portátil.<br />
BFS Teste para o Fluído <strong>dos</strong> Travões (Art. Nº 8909) - Determina o ponto de<br />
ebulição diretamente no depósito do fluído <strong>dos</strong> travões do veículo. O valor é indicado<br />
num visor LCD. Este equipamento é fornecido com uma impressora para<br />
registo das medições e é um instrumento de muito fácil utilização e de baixo custo.<br />
<br />
Check & Go aposta em feiras<br />
A rede de oficinas Check & Go apostou forte na sua presente em dois eventos nacionais<br />
onde o automóvel foi o tema central.<br />
Primeiro esteve presente na Automobilia de Aveiro, que decorreu em maio, naquele<br />
que é um <strong>dos</strong> maiores salões de automóveis clássicos que se realiza em Portugal.<br />
Já em <strong>Julho</strong> a Check&Go marcou presença no Santarém Tuning party, onde esteve<br />
também presente com um stand promovendo esta rede oficinal.<br />
Em qualquer <strong>dos</strong> eventos, a Check&Go aproveitou também para promover um<br />
<strong>dos</strong> fornecedores da rede, os pneus Vredstein, através de campanhas que motivavam<br />
os potenciais clientes a visitarem um <strong>dos</strong> aderentes ao conceito Check&Go.<br />
Fort 530<br />
é novidade na Tecniverca<br />
A Tecniverca, como representante <strong>dos</strong> equipamentos Fort<br />
em Portugal, apresentou recentemente, como novidade, o<br />
Fort 530.<br />
Trata-se de um equipamento de montar / desmontar<br />
pneus para veículos de passageiros e comerciais, com<br />
capacidade de fixação para rodas entre as 10 e as 26 polegadas,<br />
e vem equipado com um motor de duas velocidades.<br />
Para os especialistas este equipamento está disponível<br />
na versão GT com dispositivo de enchimento<br />
de pneus.<br />
Distinção Nankang<br />
A Nankang foi distinguida pelo governo de Taiwan como uma das 100 melhores<br />
marcas do país.<br />
Esta distinção reconhece a Nankang como marca produtora de pneus de alta<br />
qualidade e que está presente em mais de 100 países espalha<strong>dos</strong> por todo o mundo.<br />
O governo de Taiwan aponta ainda a Nankang como uma empresa não só de presente<br />
mais também de futuro, na vanguarda do avanço tecnológico procurando a<br />
melhor eficiência na segurança, no conforto e também na garantia para os seus<br />
clientes.<br />
Toyo equipa novo Mazda CX-5<br />
Toyo Tire & Rubber Co. anunciou que o Toyo Proxes R36 foi escolhido como<br />
equipamento de origem para o novo compacto SUV Mazda CX-5<br />
O pneu 225/55R19 Proxes R36 vem complementar<br />
a tecnologia SKYACTIV introduzida<br />
no Mazda CX-5. A tecnologia SKYACTIV é<br />
uma combinação de prazer, eficiência e segurança,<br />
oferece um manuseamento e estabilidade<br />
reforçada, maior economia de combustível<br />
e baixas emissões de gases.<br />
Refira-se que os <strong>Pneus</strong> Toyo são equipamento<br />
de origem nos modelos Mazda 2,<br />
3, 5 e 6 na Europa.<br />
A última montagem do compacto crossover<br />
Mazda CX-5 reflete o novo KODO,<br />
o chamado design Soul of Motion baseado<br />
no movimento da natureza. O Proxes<br />
R36 oferece a agilidade e vitalidade pretendida<br />
pela Mazda subjugado ao tema de um<br />
movimento eficiente e ainda assim bonito.<br />
A Toyo Tires continua a melhorar a sua tecnologia,<br />
focando-se no desenvolvimento de<br />
novos produtos para exceder as exigências <strong>dos</strong><br />
maiores fabricantes de automóveis.<br />
Campanha Domingos & Morgado 2<br />
A Domingos & Morgado 2 – Equipamentos,<br />
Lda., numa altura em que o mercado <strong>dos</strong> equipamentos<br />
oficinais está a ser invadido por produtos de origem<br />
asiática, de muito baixa qualidade, e no intuito<br />
de sensibilizar o mercado para a qualidade <strong>dos</strong> produtos<br />
Europeus, decidiu disponibilizar um número<br />
limitado <strong>dos</strong> conheci<strong>dos</strong> HTC Wizard Up 30, de fabrico<br />
100% Italiano, a preços fantásticos.<br />
Esta Campanha de elevadores de tesoura para Casas de <strong>Pneus</strong>, com capacidade<br />
de elevação de 3Ton. e altura de elevação de 1m, decorrerá até final de Setembro, esperando-se<br />
uma boa adesão por parte do mercado, em muitos casos cansado da falta<br />
de qualidade e das constantes intervenções a que os produtos orientais obrigam.<br />
De plataformas independentes (sem barra central) estão especialmente aptos a serem<br />
encastra<strong>dos</strong> para que, quando recolhi<strong>dos</strong>, fiquem completamente à face do pavimento.<br />
04<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
NOTÍCIAS<br />
Federal 595 RPM<br />
com nota B<br />
A Aguesport comunicou ao mercado que o pneu<br />
595 RPM da sua representada Federal Corporation<br />
obteve uma classificação segundo as novas normas<br />
europeias de: Aderência em piso molhado – B.<br />
Esta classificação revela, segundo a Aguesport, a<br />
excelência <strong>dos</strong> novos produtos da marca Federal.<br />
BKT visita S.José<br />
Decorreu no passado em maio passado um encontro de clientes BKT da<br />
S.José - Logística de <strong>Pneus</strong>, em Cantanhede.<br />
Tendo como objetivo principal ser uma jornada de divulgação de todo o potencial<br />
desta marca, esteve presente o Diretor Geral da BKT, Sr. Rajiv Poddar, filho<br />
do Presidente da Empresa, e o Sr. Gaurav Aneja, delegado comercial da marca<br />
para vários países da Europa entre os quais Portugal.<br />
Foi feita uma explanação da posição da BKT no mundo, do objetivo de alcançar<br />
o 1º lugar mundial entre os fabricantes de pneus fora de estrada, com 10% do<br />
mercado, objetivo projetado para 2015 e que já é possível antecipar em um ano,<br />
pois vai ser atingido em 2014.<br />
Para isso, muito vai contribuir a nova fábrica, a 4ªunidade de fabrico BKT, de<br />
que se mostraram imagens, que iniciou a produção no início do ano, e que vai<br />
cobrir todas as necessidades e encomendas <strong>dos</strong> seus distribuidores mundiais, tendente<br />
a alcançar aquele objetivo.<br />
A S.José aproveitou a presença destes seus clientes e <strong>dos</strong> responsáveis da BKT,<br />
para apresentar o seu novo armazém, destinado a pneus pesa<strong>dos</strong> e agro-industriais,<br />
que com mais 4.500m2 vai tornar possível aumentar o nível de stock, necessário<br />
a cobrir todas as necessidades <strong>dos</strong> projetos da S.José para o mercado Ibérico.<br />
No final do dia foi servido um jantar num Hotel local, em que se degustaram<br />
as especialidades gastronómicas da região, como o inevitável Leitão à Bairrada, e<br />
com a animação de um grupo de fa<strong>dos</strong> de Coimbra.<br />
804 é novidade na Teco<br />
A Sarraipa, na qualidade de representante oficial da marca TECO<br />
em Portugal, com mais de 20 anos de mercado no nosso país,<br />
acaba de lançar a nova máquina de alinhar direções para ligeiros,<br />
TECO 804.<br />
Trata-se de uma máquina com capacidade de precisão nas<br />
suas medições de ângulos (0,01%) e 4 sensores, CMOS<br />
(3.2kg) , sistema de transmissão de da<strong>dos</strong> sem fio, com<br />
captadores de fácil manuseamento, com sistema operativo<br />
na plataforma Windows XP Profissional.<br />
O software de alinhamento profissional é caracterizado<br />
por um interface de utilização simples e intuitiva de<br />
modo a obter uma vizualização eficaz de to<strong>dos</strong> os da<strong>dos</strong> nas<br />
diferentes fases de trabalho possibilitando a sua utilização<br />
em diferentes línguas.<br />
A TECO804 dispõe de uma base de da<strong>dos</strong> com mais de<br />
20.000 veiculos classifica<strong>dos</strong> em diferentes áreas geográficas de modo a facilitar a sua<br />
consulta, obtendo ainda uma segunda base personalizada pelo operador.<br />
Tech disntigue<br />
Altaroda<br />
A TECH promoveu o seu jantar<br />
de gala, em que to<strong>dos</strong> anos é distinguido<br />
um distribuidor. Este ano foi<br />
a Altaroda que viu reconhecido o<br />
seu trabalho face aos resulta<strong>dos</strong> em<br />
2011.<br />
“Soube bem o distribuidor de Portugal da TECH ganhar perante mais de 30<br />
distribuidores de todo mundo que passaram o tempo a perguntar se Portugal se<br />
aguentava no euro”, afirmou Vitor Rocha, director geral da Altaroda.<br />
Superdainu<br />
comercializado<br />
pela Altaroda<br />
A Altaroda iniciou a comercialização em Portugal do<br />
Superdainu, que mais não é do que a evolução do famoso<br />
manómetro Eurodainu fabricado desde a década<br />
de 80 com mais de 2 milhões de unidades vendidas.<br />
O Superdainu apresenta um design mais moderno,<br />
tornando-se por isso mais prático e maneável do que o<br />
modelo anterior.<br />
A redução significativa de peso, graças a uma construção<br />
com materiais mais leves, torna o uso desde equipamento<br />
ainda mais funcional.<br />
Em matéria de construção, o Superdainu possui uma<br />
válvula de descarga de ar e conectores niquela<strong>dos</strong> para<br />
melhor combater a corrosão, apresentando uma mangueira<br />
de 1,5 metros testada a 30 bar.<br />
Mesmo em caso de queda ou choque, graças ao novo design do anel de borracha<br />
aumentado em 20% comparado com os Eurodainu anteriores, a precisão deste<br />
equipamento está garantida. O Superdainu possui ainda um novo disco de precisão,<br />
com uma escala de 0,7 a 10 bar (precisão de 0.1 bar nos intervalos de faixas), estando<br />
em conformidade com a diretiva europeia 86/217 EEC.<br />
A fixação do vidro e disco de medição com um o-ring especial (sem uso de cola)<br />
garante uma impermeabilização eficaz do sistema de medição, tornando este manómetro<br />
100% resistente à agua.<br />
O manómetro de enchimento de pneus Superdainu foi lançado em Fevereiro de<br />
<strong>2012</strong> pela WONDER, que os fabrica nas suas instalações em Cremona (Itália), chegando<br />
agora a Portugal pelas mãos da Altaroda. Refira-se ainda que este equipamento<br />
é aprovado pela Michelin.<br />
Novas Equilibradoras<br />
John Bean<br />
A John Bean apresentou a sua Nova Equilibradora<br />
B9655, também disponível na versão B9655/S dotada<br />
do novo sistema SMART SONAR.<br />
É uma equilibradora com monitor, destinada ao<br />
sector <strong>dos</strong> veículos ligeiros de passageiros, motociclos<br />
e comerciais ligeiros.<br />
Com a tradicional fiabilidade e precisão de trabalho<br />
John Bean, é dotada de um corpo de pequenas<br />
dimensões, de forma a optimizar o espaço na oficina.<br />
Está disponível em duas configurações distintas:<br />
a B9655 com braço 2D SAPE e a B9655/S com um<br />
sensor SMART SONAR adicional.<br />
Disponível a partir de Maio de <strong>2012</strong>, vem colmatar<br />
uma lacuna na gama de Equilibradoras compactas<br />
John Bean, tornando-se assim a mais pequena equilibradora com monitor<br />
disponível na gama.<br />
A somar a tudo isto, trata-se da equilibradora mais rápida da linha John Bean,<br />
com um ciclo de equilibragem de apenas 6 segun<strong>dos</strong>, entre o início do lançamento<br />
e a completa paragem da roda, sem perder absolutamente nada da sua<br />
precisão, mas aumentando em muito a sua produtividade, devido à sua rapidez<br />
de cálculo do desequilíbrio da roda.<br />
06<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
NOTÍCIAS<br />
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Nova ferramenta de alinhamento<br />
da Klann<br />
A Gonçalteam já tem disponível a nova ferramenta de alinhamento da Klann<br />
para veículos Mercedes.<br />
A ferramenta para afinação de convergências no eixo traseiro, para viaturas<br />
Mercedes, está disponível nos seguintes modelos: Serie 190 (W201), Classe C<br />
(W202, W203), 200-300 E (W124), Classe E (W210, W211), Classe S (W220).<br />
Devido ao formato da nova chave é possível chegar aos espaços de afinação rapidamente<br />
e de maneira cómoda. O kit vem equipado com 8 bits para as marcas<br />
respetivas, o que lhe garante 100% de eficácia.<br />
Grupo Andrés distribui<br />
pneu Matador<br />
Esta marca de pneus pertence desde 2009 ao<br />
Grupo Continental Tires, depois deste ter formado<br />
uma joint venture com um fabricante local<br />
de Puchov, na Eslováquia, detentor da marca<br />
de pneus Matador. Desde 2007 que a Continental<br />
já era acionista maioritário da sociedade<br />
(51%), mas as leis da concentração económica<br />
falaram mais alto. Depois de instalar na fábrica<br />
de Puchov os padrões de qualidade e o sistema<br />
de produção comum a todo o Grupo Continental,<br />
só faltava agora proceder à distribuição do produto.<br />
A nível ibérico, a Continental Tires chegou a<br />
um acordo de distribuição com a conhecida empresa espanhola<br />
de distribuição Grupo Andrés Neumáticos, há mais de 30 anos no mercado.<br />
A introdução da marca Matador no mercado ibérico decorrerá por fases, sendo os<br />
pneus de camião os primeiros a avançar. Na segunda fase, entrarão no mercado os<br />
pneus de ligeiros de passageiros, comerciais ligeiros e todo o terreno 4 x 4. O Grupo<br />
Andrés Neumáticos foi fundado em Salamanca por Eustaquio Andrés ainda no século<br />
passado, sendo um <strong>dos</strong> principais grupos independentes de distribuição de<br />
pneus a nível ibérico, com um volume alcançado vendas superior a 2 milhões de<br />
pneus no ano passado.<br />
Etiqueta vai reduzir<br />
consumos<br />
De acordo com a Goodyear Dunlop, a etiquetagem<br />
de pneus vai desempenhar um papel determinante no<br />
aumento da eficiência do consumo de combustível na Europa.<br />
A nova etiqueta de pneus, que será obrigatória a partir de 1 de novembro de<br />
<strong>2012</strong>, vai fazer da resistência ao rolamento e, consequentemente, da eficiência<br />
do consumo de combustível, num objetivo chave para a avaliação europeia de<br />
pneus. É esperado que a etiquetagem venha a influenciar os operadores de frotas<br />
de veículos comerciais no sentido de considerarem este aspeto quando compram<br />
pneus novos.<br />
Num estudo realizado pela empresa, os resulta<strong>dos</strong> mostraram que apenas 40%<br />
<strong>dos</strong> operadores compraram pneus eficientes no consumo de combustível para os<br />
seus veículos. Isto significa que mais de metade das frotas de veículos comerciais<br />
da Europa está a consumir, desnecessariamente, combustível e a perder oportunidade<br />
para reduzir os custos operacionais.<br />
A Goodyear acredita que a etiquetagem fará com que os operadores tomem<br />
consciência da importância <strong>dos</strong> pneus a respeito da eficiência do consumo de<br />
combustível, e ajudará, não só a diminuir os seus custos na escolha <strong>dos</strong> pneus,<br />
como também na emissão do CO2.<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 07
NOTÍCIAS<br />
Velyen apresenta novidades<br />
em equipamentos<br />
A marca Velyen, licenciada pela Istobal, deu a conhecer algumas novidades. Entre<br />
elas, um novo catálogo de soluções de parking, um elevador de perfil baixo, elevadores<br />
de 3,5 T, elevadores de pistão e desmontadores de rodas.<br />
Há ainda um novo catálogo de mobiliário e novos sistemas de gestão de flui<strong>dos</strong><br />
por cabo.<br />
12 novidades no Dunlop Econodrive<br />
A Dunlop acaba de lançar o Econodrive, uma nova geração de pneus para furgões<br />
e camiões ligeiros, especialmente cria<strong>dos</strong> para reduzir os custos <strong>dos</strong> condutores.<br />
O novo pneu inclui doze aperfeiçoamentos de engenharia avançada e novas<br />
tecnologias, criadas para que os furgões e camiões ligeiros possam poupar custos<br />
com a utilização de um pneu mais duradouro e eficiente.<br />
Entre estas melhorias encontra-se uma melhor quilometragem, melhor resistência<br />
à rodagem, novos elementos de fabrico, design<br />
da banda de rodagem, com quatro nervos cria<strong>dos</strong><br />
para condições de humidade, e um composto<br />
de nova construção.<br />
Outra novidade do Econodrive da Dunlop<br />
são os medidores de desgaste lateral<br />
<strong>dos</strong> flancos. Assim podemos verificar se o<br />
flanco está em boas condições depois do<br />
uso intensivo na cidade e <strong>dos</strong> habituais<br />
atritos contra as calçadas.<br />
O Econodrive da Dunlop está disponível<br />
nas doze medidas mais comuns para camiões<br />
ligeiros e furgões e a gama vai ser ampliada<br />
até alcançar as 30 referências.<br />
Nankang apresenta FT-9<br />
A Nankang apresenta o novo pneu 4X4 FT-9, que designou<br />
de “Mud Terrain Terminator” e que se destina a to<strong>dos</strong> os entusiastas<br />
de uma condução mais aventureira.<br />
O Nankang FT-9 é um pneu que, devido ao padrão de ombro<br />
agressivo com blocos pronuncia<strong>dos</strong>, apresenta um elevado<br />
desempenho em qualquer tipo de terreno, seja em superfícies<br />
mais duras ou com mais lama.<br />
O padrão do Nankang FT-9, com blocos em forma de gancho e com as saliências<br />
em zigzag, foi pensado para uma maior tração nos terrenos mais difíceis.<br />
O Nankang FT-9 está disponível nas seguintes medidas: 30x9.50R15 LT<br />
104Q; 31x10.50R15 LT 109Q; 37x12.50R15 LT 118L; 35x12.50R17 LT 119Q;<br />
205/80R16 LT 110/108Q; LT 185/85R16 105/103L.<br />
Q&F e AEZ<br />
fizeram roadshow<br />
A Q&F, Lda e a sua representada AEZ promoveram ao longo de 15 dias, no passado<br />
mês de Junho, um roadshow dando a conhecer as mais recentes novidades deste<br />
construtor de jantes.<br />
Um veículo especial equipado com um reboque, que tinha em exposição diversas<br />
jantes <strong>dos</strong> modelos mais recentes desta marca, circulou por diversos pontos do país<br />
(Maia, Porto, Guimarães, Viseu, Viana do Castelo, São João da Madeira, Aveiro,<br />
Lisboa, Sintra, Cascais, entre outros<br />
locais) estando presente junto<br />
a diversos clientes da Q&F.<br />
Desta forma os clientes da<br />
Q&F puderam ver as jantes e ficar<br />
a conhecer as mais recentes e tentadoras<br />
propostas da AEZ, o que<br />
é uma mais valia face aos tradicionais<br />
catálogos.<br />
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DIRETOR GERAL<br />
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08<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
NOTÍCIAS<br />
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AB International na Feira do Dubai<br />
A Alves Bandeira International FZE, empresa mais recente do Grupo Alves Bandeira,<br />
marcou presença recentemente na feira Automechanika que se realizou no<br />
Dubai, sendo o único expositor português presente.<br />
Após a recente abertura das suas instalações naquele país, a AB international<br />
aproveitou esta importante feira para promover os seus produtos, num evento que<br />
contou com visitantes de vários países do mundo, face a importância deste certame.<br />
A Alves Bandeira International promoveu no local os seus serviços de trading<br />
principalmente de pneus, onde através desta sua nova base instalada no Dubai, consegue<br />
estar mais perto de novos merca<strong>dos</strong>, principalmente daquela zona do mundo,<br />
onde pretende marcar presença.<br />
Para além da divulgação das várias áreas de negócio do Grupo Alves Bandeira, outro<br />
<strong>dos</strong> produtos que teve em exposição no seu espaço, foi a sua renovada linha de<br />
lubrificantes que estiveram em destaque despertando muito interesse por parte <strong>dos</strong><br />
visitantes, demonstrando especial atenção na sua imagem e na qualidade e nível de<br />
especificações que esta gama apresenta.<br />
Para André Bandeira, responsável pela AB International “esta nossa primeira presença<br />
numa feira International foi de facto um sucesso, tendo ficado acima das expectativas,<br />
comprovado pelos muitos contactos realiza<strong>dos</strong> e interesse demonstrado<br />
por quem nos visitou. Estamos apenas há um mês aqui instala<strong>dos</strong>, sendo que agora<br />
é nosso objetivo dar continuidade a to<strong>dos</strong> estes contactos para em breve podermos<br />
ser um operador de trading de referência principalmente no mercado de pneus,<br />
apostando em novos merca<strong>dos</strong>, e em países que nos dão garantias de crescimento.<br />
A Alves Bandeira International voltou a estar presente numa feira internacional,<br />
desta vez em Essen na Alemanha, um certame dedicado em exclusivo ao negócio<br />
<strong>dos</strong> pneus, evento que contou com cerca de 600 expositores de 42 países.<br />
Pneu Bridgestone<br />
com nota máxima “A/A”<br />
A Bridgestone Europe vai lançar o novo EP001S ECOPIA<br />
com nota "A / A" – o máximo em termos de eficiência de combustível<br />
e aderência em piso molhado, a partir de Outubro de<br />
<strong>2012</strong>. O novo pneu é, igualmente, o primeiro a atingir o rótulo<br />
de topo na classificação na Europa e no Japão. O EP001S é o<br />
mais recente membro da gama Ecopia e será apresentado oficialmente<br />
no Salão Automóvel de Paris, em Setembro, para depois<br />
ser introduzido no mercado europeu em Outubro. Os novos rótulos<br />
já serão incluí<strong>dos</strong> na maioria <strong>dos</strong> pneus disponíveis na<br />
União Europeia (UE) produzi<strong>dos</strong> após 1 de <strong>Julho</strong> de <strong>2012</strong>. A partir de 1 de Novembro,<br />
to<strong>dos</strong> os pneus comercializa<strong>dos</strong> na Europa irão estar em conformidade<br />
com a rotulagem, tal como definido pelo regulamento Europeu de <strong>Pneus</strong> (EC)<br />
número 1222/2009.<br />
John Bean com aprovação Porsche<br />
A Domingos & Morgado anunciou em Portugal a homologação das Alinhadoras<br />
John Bean por mais um Construtor de Automóveis, neste caso a Porsche, o que só<br />
por si, diz a empresa, é sinónimo do reconhecimento da elevadíssima qualidade <strong>dos</strong><br />
seus equipamentos. No seguimento da sua política de definição de equipamentos<br />
específicos para trabalhar nas suas viaturas, a Porsche homologou as alinhadoras<br />
John Bean, através do seu Catálogo de Equipamento, definindo assim uma linha de<br />
máquinas alinhadoras recomendadas para instalação na sua rede de distribuidores e<br />
concessionários autoriza<strong>dos</strong>. As máquinas homologadas pela Porsche são alinhadoras<br />
Visualiner 3D1 – Lift e Visualiner 3D ARAGO.<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 09
NOTÍCIAS<br />
Nova gama<br />
de bancadas Facom<br />
A Facom acaba de lançar uma nova gama de bancadas<br />
móveis para completar a sua linha de bancadas JET+ lançada<br />
o ano passado.<br />
As novas bancadas móveis JET+ encontram-se disponíveis<br />
no formato de seis ou sete gavetas, com capacidade para três<br />
módulos e possuem funcionalidades com características inteligentes<br />
de forma a aumentar a eficiência do trabalho <strong>dos</strong> mecânicos e proprietários<br />
das oficinas. Tal como acontece com o resto da gama JET+, as bancadas têm<br />
uma alta capacidade de armazenamento com a vantagem acrescida de conterem um<br />
armário para guardar utensílios volumosos.<br />
Duas novas dimensões<br />
para ampliar a gama<br />
A Michelin para satisfazer as necessidades <strong>dos</strong><br />
empresários, agricultores e produtores de cereais<br />
lançou duas novas dimensões do seu pneu Michelin<br />
CerexBib, IF 800/70 R 38 CFO e IF<br />
900/60 R 38 CFO.<br />
Em <strong>2012</strong>, as ceifeiras podem atingir os 600<br />
CV, permitindo ceifar seis hectares por hora e colher<br />
mais de 60.000 quilos de cereais numa hora<br />
de trabalho.<br />
Para o horizonte de 2015-2020, máquinas ainda<br />
mais potentes vão permitir ceifar até 80.000 quilos por<br />
hora. Em 1965, as máquinas de 80 CV ceifavam só um hectare por hora, e só colhiam<br />
4.500 quilos de cereais.<br />
Empresários, agricultores e responsáveis de grandes explorações de cereais perseguem<br />
o legítimo objetivo de aumentar a sua produtividade. Por isso enfrentam-se<br />
sempre com crescentes dificuldades. O êxito para conseguir uma boa colheita<br />
consiste em resolver uma equação complexa:<br />
- Apanhar o cereal maduro, em épocas de trabalho cada vez mais curtas e<br />
ameaçadas por uma acentuação <strong>dos</strong> riscos climatológicos;<br />
- Aceder rapidamente por estrada a terrenos cada vez mais distancia<strong>dos</strong>;<br />
- Otimizar a velocidade de ceifa e o rendimento por hora.<br />
Este aumento implica o aumento da carga transportada pelas máquinas. O<br />
eixo dianteiro das máquinas deve, também, suportar cargas superiores a 28 toneladas.<br />
Neste quadro com limitações cada vez maiores e para responder às crescentes<br />
exigências de empresários, agricultores e responsáveis de grandes explorações<br />
de cereais, a Michelin desenvolveu as novas dimensões IF800/70 R 38 CFO<br />
e IF 900/60 R 38 CFO, do seu pneu Michelin CerexBib, apresentado em 2011.<br />
<strong>Pneus</strong> inteligentes<br />
da Michelin em<br />
Londres<br />
Os pneus que a Michelin irá fornecer<br />
aos autocarros de serviço nos Jogos Olímpicos<br />
de Londres <strong>2012</strong> serão certamente<br />
inteligentes, mas o seu fabricante não será menos, visto que se trata de um investimento<br />
em marketing com um retorno muito considerável, numa altura em que os<br />
olhos de todo o Mundo se focam na capital inglesa.<br />
Além deste aspecto mais comercial, os novos pneus que comunicam da Michelin<br />
irão garantir maior nível de segurança à frota de transportes londrina, que estará em<br />
forma para a 30 edição <strong>dos</strong> Jogos Olímpicos da Era Moderna, que decorrerá de 27<br />
de <strong>Julho</strong> a 12 de Agosto. O pneu fornecido pela Michelin é o X InCity TM, equipado<br />
com sensores de controlo de pressão e temperatura (TPMS), bem como sensores<br />
RFID (Identificação por Rádio Frequência), que permitirão aos responsáveis pela<br />
frota manter um controlo total <strong>dos</strong> pneus <strong>dos</strong> autocarros em todas e quaisquer situações.<br />
Este novo conceito está igualmente a caminho das frotas de transportes de<br />
mercadorias, onde a segurança e a rentabilidade são os factores chave de sustentabilidade<br />
das empresas do sector.<br />
Novidades Bolas<br />
A Bolas anunciou o lançamento do novo<br />
folheto Equipamentos Industrais <strong>2012</strong>, onde<br />
se encontram as melhores ofertas promocionais<br />
do ano.<br />
São 44 páginas com uma selecção abrangente<br />
de produtos para as mais diversas áreas<br />
de actividade (Garagem & Estação de Serviço,<br />
Metalomecânica, Madeira, Construção, Floresta<br />
& Jardim, etc.), como sempre privilegiando<br />
os critérios de qualidade, fiabilidade e<br />
durabilidade.<br />
Um das novidades é o novo G 6441.22<br />
uma máquina de montar / desmontar pneus<br />
em versão automática da Ravaglioli. Igualmente<br />
da mesma marca, destaque para o novo elevador Openfront de 4 colunas,<br />
que tem capacidade para 5.000 kg, com plataformas longas de 5.200 mm, que se<br />
destina a garagens e oficinas, permitindo o acesso total do operador à zona de<br />
trabalho, encontrando-se disponível em versão para alinhamento de direções<br />
com plataformas oscilantes traseiras.<br />
Destaque também para o macaco pneumático de baixo perfil (Y422510) da<br />
Winntec.<br />
Estas e outras novidades, encontram-se no folheto que já está disponível para<br />
download em http://www.bolas.pt/campanhas.asp.<br />
Norauto também em Matosinhos<br />
A Norauto abriu em Junho uma nova loja, desta feita em Matosinhos, junto ao<br />
Mar Shopping, mesmo ao lado da Leroy Merlin.<br />
Este novo centro tem uma área total de 1.100 m2 e vai funcionar como superfície<br />
de venda de peças e de produtos para o automóvel e como oficina de reparações<br />
auto.<br />
Este novo centro de Matosinhos está dividido em áreas bem definidas como Lazer<br />
Viagens, Som e Multimédia (equipamento electrónico), Prazer e Paixão (personalização),<br />
Conforto e Segurança e Peças Técnicas. Com esta divisão, a Norauto<br />
pretende oferecer mais de 5.000 referências em produtos para automóvel, com destaque<br />
para os pneus, baterias, travagem, som, mobilidade, entre outros produtos.<br />
Novos pneus Continental<br />
HSL2+ e HDL2+<br />
Para defender a sua posição de líder<br />
do mercado, a Continental acaba de<br />
lançar a 2ª geração de pneus para longo<br />
curso HSL2+ (direcionais) e<br />
HDL2+ (tração), com rendimento<br />
quilométrico total elevado e excelentes características<br />
de condução, graças a novas micro lâminas colocadas nos sulcos<br />
longitudinais.<br />
Quatro dimensões destes novos pneus são forneci<strong>dos</strong> na versão XL reforçada,<br />
para tonelagem por pneu até 8 toneladas.<br />
Estes pneus sucedem aos comprova<strong>dos</strong> HS(D)L2 lança<strong>dos</strong> em 2010 e apresentam<br />
novos argumentos. Um cuidado especial foi colocado nos pneus direccionais<br />
HSL2+, porque estes são 35% mais substituí<strong>dos</strong> do que os pneus de tração,<br />
que trabalham sempre na mesma posição.<br />
O pneu direcional é fornecido nas medidas 295/80R22.5 (normal e XL) e<br />
315/80R22.5, podendo ser utiliza<strong>dos</strong> em qualquer <strong>dos</strong> eixos, no caso <strong>dos</strong> autocarros.<br />
A versão XL <strong>dos</strong> pneus do eixo direccional HSL2+ prevê o aumento do<br />
peso <strong>dos</strong> motores Euro6, que estarão equipa<strong>dos</strong> com sistemas de redução catalítica<br />
(SCR) de NOx, entre outros componentes de controlo de emissões. Nas medidas<br />
355/50R22.5 XL, 315/70R22.5 e 315/70R22.5 os pneus direcionais dispõem<br />
do sistema VAI (Visual Alignment Indicator), que permite detetar um desgaste<br />
irregular prematuro e o consequente aumento de consumo de<br />
combustível, devido a maior resistência ao rolamento <strong>dos</strong> pneus.<br />
Nos pneus de tracção HDL2+ foi introduzida a dimensão de perfil baixo<br />
295/55R22.5, que é requerida pelos camiões e reboques de grande volume, ficando<br />
disponível a partir de Maio de <strong>2012</strong>.<br />
10<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
NOTÍCIAS<br />
Autodata<br />
com soluções para grupos<br />
A Autodata conta entre os seus clientes com numerosos<br />
Grupos e Associações de Oficinas. A estes grupos a Autodata<br />
proporciona informação técnica em diferentes formas.<br />
VERSÃO PERSONALIZADA/ESPECIALISTA - Um Grupo<br />
ou Associação, têm a possibilidade de subscrever para to<strong>dos</strong><br />
os seus clientes uma versão personalizada do serviço Autodata<br />
Online. Poderá assim selecionar apenas os módulos que interessam<br />
à sua actividade.<br />
VERSÃO REUNIDA - Nesta solução as Associações têm a possibilidade de integrar na sua própria aplicação<br />
Web, um enlace direto ao Autodata Online.<br />
VERSÃO WEB SERVICES - Outra maneira de integrar os da<strong>dos</strong> Autodata nas suas aplicações Web, é utilizando<br />
os Serviços WEB Autodata. Esta solução permite à sua aplicação conectar-se diretamente ao serviço<br />
Autodata, consultar a sua Base de da<strong>dos</strong> e recuperar a informação em formato XML.<br />
VERSÃO BASE DE DADOS - Se deseja integrar diretamente nas suas aplicações locais ou internet um ou<br />
vários módulos, Autodata pode fornecer estes da<strong>dos</strong> em formato XML. <br />
Midas também em<br />
São João da Madeira<br />
A Midas abriu o 46º Centro Midas no Centro Comercial<br />
8ª AVENIDA em S. João da Madeira.<br />
Este novo centro prova a consolidação do grupo e<br />
o forte investimento feito nos últimos anos para reforçar<br />
a presença desta insígnia nos centros comerciais.<br />
Com esta inauguração a Midas passa a ter 46 centros<br />
e uma maior presença a nível nacional nos principais<br />
centros urbanos.<br />
Mais novidades<br />
FIAMM<br />
A Polibaterias, no seguimento do desenvolvimento<br />
da marca FIAMM em Portugal, passou a<br />
disponibilizar, três novas áreas de produtos (Eco-<br />
Force, Neptune e Clássica ) do terceiro fabricante<br />
Europeu e quatro a nível mundial de baterias de arranque.<br />
A gama FIAMM Ecoforce, é uma bateria AGM,<br />
destinada aos veículos híbri<strong>dos</strong> e a veículos com<br />
sistema stop-start, com excelentes prestações de arranque<br />
a frio e elevada resistência aos ciclos de carga-descarga.<br />
A FIAMM Clássica é uma gama destinada aos<br />
veículos antigos e clássicos com baterias de 6 volts,<br />
e aspeto semelhante à das antigas baterias de ebonite<br />
utilizadas nestes veículos.<br />
Destaque também para a FIAMM Neptune,<br />
uma gama AGM vocacionada para os veículos de<br />
lazer e náutica.<br />
Para além destas novas gamas, a Polibaterias ampliou<br />
a gama de arranque, com a introdução <strong>dos</strong><br />
modelos para viaturas japonesas. Mais informações<br />
em www.polibaterias.com.<br />
PUB<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 11
NOTÍCIAS<br />
Bertoli é Country Manager da Pirelli<br />
em Portugal<br />
Giansimone Bertoli foi nomeado<br />
novo Country Manager<br />
da Pirelli Neumáticos para Espanha<br />
e Portugal, em substituição<br />
de Gian Paolo Gatti Comini,<br />
que, depois de oito anos como<br />
responsável máximo na Península<br />
Ibérica, foi transferido para<br />
França, para assumir o cargo de<br />
Country Manager desse país.<br />
Como Country Manager de<br />
Espanha e Portugal, Bertoli assume a gestão comercial e administrativa de todas<br />
as divisões da Pirelli Neumáticos, turismo camião e moto. Na sequência da substituição<br />
de Gatti Comini, Giansimone Bertoli destaca: “A Península Ibérica sempre<br />
foi um <strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong> de referência para a Pirelli na Europa e continuará a sêlo<br />
apesar das circunstâncias atuais. Este é um mercado amadurecido, com uma<br />
realidade complexa, que está a atravessar momentos críticos mas que conta com<br />
uma equipa e clientes que permitem ter boas perspetivas de futuro. Uma boa<br />
plataforma para reconstruir as bases do futuro mercado espanhol e português.”<br />
Novo pneu de gruas<br />
Michelin X-Crane+<br />
O último salão de tecnologias de construção Intermat<br />
Paris <strong>2012</strong> foi o local escolhido pela Michelin para apresentar<br />
os seus novos " duros " para a indústria de construção,<br />
onde surgiram três novidades principais: o pneu<br />
Michelin X-Crane+, destinado a gruas, o Michelin<br />
XADN+, para dumpers articula<strong>dos</strong> e uma nova gama<br />
de pneus Michelin BibSteel, para equipamentos de<br />
construção compactos, especialmente retro escavadoras mini e pás carregadoras pequenas.<br />
Em to<strong>dos</strong> os seus novos produtos, a Michelin garante maior rentabilidade,<br />
devido a maior robustez e duração <strong>dos</strong> seus pneus. O conforto e a segurança não foram<br />
esqueci<strong>dos</strong>, bem como outros aspectos práticos. No caso do X-Crane, a sua<br />
montagem/desmontagem tornou-se mais fácil, o que é um alívio em pneus de grandes<br />
dimensões. Nos restantes pneus foi aumentada a resistência a impactos laterais.<br />
A Michelin aproveitou ainda a Intermat Paris <strong>2012</strong> para apresentar o seu programa<br />
Michelin Earthmover Professionnals, uma certificação destinada pela marca aos<br />
seus distribuidores com experiência e competências específicas nesta área da construção.<br />
Continental cria<br />
indicador visual<br />
Os pneus para veículos industriais da<br />
Continental passam a dispor de um indicador<br />
visual de alinhamento (VAI), que deteta desgaste irregular <strong>dos</strong> pneus,<br />
provocado por desalinhamento da geometria do chassis e/ou por uma condução<br />
incorreta ou demasiadamente agressiva. O desgaste irregular <strong>dos</strong> pneus é responsável<br />
pelo agravar das condições de segurança e conforto de condução, maior<br />
consumo de combustível e dramático encurtamento da vida do pneu. O sistema<br />
VAI é válido para camiões e reboques sendo utilizado nos EUA já há vários anos.<br />
Este sistema controla o desgaste em cada pneu individualmente, tornando desnecessário<br />
recorrer a equipamentos de alinhamento de direção convencionais.<br />
O sistema VAI consta de cinco pontos de medição coloca<strong>dos</strong> à volta do ombro<br />
do pneu, constituí<strong>dos</strong> por indicadores de borracha com a forma de raios,<br />
com comprimentos de 1 a 4 mm. Se ao cabo de uns milhares de km o desgaste<br />
<strong>dos</strong> pneus de cada lado de um <strong>dos</strong> eixos for diferente, o que se nota facilmente<br />
por comparação visual, existe qualquer problema de alinhamento das rodas do<br />
veículo, que deve ser solucionado. Se o desgaste for idêntico em ambos os<br />
pneus, está tudo correcto. Qualquer utilizador sem qualquer tipo de conhecimento<br />
na área do alinhamento pode facilmente comprovar os defeitos com o<br />
sistema VAI exclusivo da Continental.<br />
Novo sistema de orçamentação<br />
Apesar de ainda estar numa fase de pré-lançamento, já se encontra presente no<br />
mercado um novo programa de orçamentação automóvel, denominado GTA Solution.<br />
Com a simples introdução da matrícula do veículo, o sistema identifica rapidamente<br />
o mesmo e o utilizador inicia o seu orçamento com a certeza inequívoca de<br />
que está a orçamentar o veículo correto. Seguradoras e profissionais do ramo automóvel<br />
já aderiram a este novo sistema e já o estão a testar para averiguar das suas<br />
qualidades.<br />
Com uma gama de produtos diversificada e com preços muito competitivos, o<br />
mercado alvo deste sistema é muito abrangente e com muitos potenciais clientes. O<br />
sistema está dotado de preços e de referências de 11 milhões de peças, de tempos de<br />
substituição, de desmontagem e de pintura, de modo aos clientes elaborarem os orçamentos<br />
do início ao fim de uma forma muito célere e intuitiva. Também permite<br />
o tratamento de imagem, a análise estatística de resulta<strong>dos</strong> e uma interligação com<br />
sistemas de comunicação. <br />
Novas medidas de pneus Mitas<br />
A família de pneus ERL/ERD da Mitas para máquinas industriais e de movimentação<br />
de terras foi ampliada 30%, para responder à procura do mercado. O<br />
Chefe de Produto Petr Hala justificou esta ampliação com o facto de cada superfície<br />
e cada utilização off road requerer pneus com características diferentes. Os<br />
novos pneus ERL/ERD-40 apresentam uma superfície maior, para prolongar a<br />
sua duração, enquanto que os ERL-50 foi pensado para superfícies rochosas, que<br />
exigem grande resistência ao corte. Toda a linha de pneus Mitas ERL/ERD obedece<br />
ao conceito radial e possui uma carcaça reforçada com cinturões de aço.<br />
Para ter sucesso neste tipo de pneus, a resistência aos danos e a possibilidade<br />
de prolongar a vida do pneu através de recauchutagem são essenciais. Os pneus<br />
Mitas estão neste caso, sendo fabrica<strong>dos</strong> na República Checa e exporta<strong>dos</strong> para<br />
todo o Mundo. Os Mitas ERL são utiliza<strong>dos</strong> em pás carregadoras e máquinas de<br />
terraplanagem, enquanto que os Mitas ERD se destinam a veículos de transporte.<br />
A Mitas é um <strong>dos</strong> fabricantes europeus líderes em pneus agrícolas e industriais,<br />
que são comercializa<strong>dos</strong> globalmente sob as marcas Mitas e Cultor, para<br />
além de fabricar pneus sob licença da Continental. Outra especialidade da Mitas<br />
são os pneus off road para motociclos. Por detrás do negócio está a holding CGS<br />
a.s., detentora da CGS TYRES, com fábricas na República Checa e na Sérvia.<br />
Goodyear renova contrato exclusivo<br />
Os pneus Goodyear foram escolhi<strong>dos</strong> por mais um ano para equipar os camiões<br />
do Campeonato da Europa FIA de Camiões, a espectacular modalidade que continua<br />
a electrizar os principais circuitos europeus. O acordo exclusivo de fornecimento<br />
<strong>dos</strong> pneus Goodyear para <strong>2012</strong> foi assinado com a Truck Racing Organization<br />
(TRO), que promove a competição, implicando o fornecimento de pneus de competição<br />
para to<strong>dos</strong> os participantes do campeonato, bem como to<strong>dos</strong> os serviços de<br />
apoio necessários. Trata-se de um encargo de certo modo pesado para a marca Goodyear,<br />
que receberá como retorno a enorme visibilidade proporcionada pela forte<br />
assistência de espectadores nas pistas, para além <strong>dos</strong> muitos outros que seguem as<br />
corridas através de transmissões televisivas.<br />
12<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
NOTÍCIAS<br />
Hankook vende<br />
mais pneus<br />
Apesar da crise ou por causa dela, a marca de<br />
pneus Hankook aumentou as suas vendas globais<br />
em 17,1%, durante o primeiro trimestre deste ano<br />
(<strong>2012</strong>). Por outro lado, apesar das dificuldades económicas<br />
e da subida das matérias-primas, os lucros<br />
operacionais cresceram 21,5%. Estes resulta<strong>dos</strong> favoráveis<br />
foram em boa parte proporciona<strong>dos</strong> pelos<br />
merca<strong>dos</strong> europeu e norte-americano, que contribuíram<br />
respectivamente com 26,7% e 19,8% das<br />
vendas mundiais, com um crescimento local de<br />
37% e 31% em cada uma destas zonas do planeta.<br />
Nos merca<strong>dos</strong> emergentes da América Latina e da<br />
Ásia, o crescimento verificado foi de 32,8%, o que<br />
põe em destaque a presença do fabricante coreano<br />
nessas áreas.<br />
O posicionamento da Hankook com marca Premium<br />
ajudou ao crescimento da venda de pneus<br />
de altas prestações, que aumentou nos merca<strong>dos</strong><br />
maduros da América do Norte e da Europa 33,9%<br />
e 45,2%, respectivamente.<br />
Vulco também no Smartphone<br />
A Vulco, a rede de oficinas associadas da Goodyear<br />
Dunlop acaba de lançar uma nova aplicação que facilita<br />
o controlo do veículo pelo utilizador, garantindo<br />
por sua vez, uma maior tranquilidade ao volante. A<br />
APP VULCO pode ser descarregada<br />
gratuitamente e encontra-se disponível<br />
para Smartphones Android,<br />
Iphone e Blackberry. Desta<br />
forma a Vulco aproveita as novas<br />
tecnologias para oferecer uma<br />
nova vantagem a to<strong>dos</strong> os clientes.<br />
Entre as comodidades que a<br />
nova aplicação APP VULCO oferece,<br />
destaca-se a possibilidade de realizar o seguimento<br />
do consumo de combustível, facilitando deste<br />
modo, uma vigilância mais rigorosa sobre o consumo<br />
do veículo. Adicionalmente, o utilizador receberá alertas<br />
no dispositivo móvel, que o recordam<br />
as datas em que deve realizar<br />
a mudança de óleo e filtros, assim<br />
como o pagamento do seguro<br />
automóvel. Tudo isto ajudará os<br />
condutores a manter o seu veículo<br />
sempre em ótimas condições, o<br />
que se traduz numa maior segurança<br />
na hora de enfrentar a estrada.<br />
PUB<br />
Delticom defende<br />
venda de pneus online<br />
Seria estranho que o não fizesse, porque se trata da<br />
principal plataforma electrónica europeia de distribuição<br />
de pneus. De qualquer modo, desejar é uma coisa,<br />
alcançar é outra muito diferente. O comércio online<br />
de pneus está longe de demonstrar na prática o potencial<br />
teórico que em princípio reclama, continuando a<br />
ser uma sistema de venda de pneus relativamente marginal.<br />
Surge agora no entanto um estudo "suspeito", cujo<br />
relatório foi apresentado pela empresa especializada<br />
Gather Estudios, a pedido da Delticom. O inquérito<br />
que deu origem ao referido relatório foi realizado em<br />
Espanha a 1.000 potenciais compradores de pneus,<br />
com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos.<br />
Coincidência ou não, os resulta<strong>dos</strong> do estudo demonstram<br />
que o interesse <strong>dos</strong> automobilistas espanhóis<br />
por adquirir pneus através da Internet aumentou<br />
significativamente. Num ano apenas, os interessa<strong>dos</strong><br />
nesse tipo de transação passaram de 18%, para<br />
24%, o que dá um candidato a uma encomenda online,<br />
em cada quatro pessoas interessadas em comprar<br />
pneus. Os condutores são mais propensos agora a jogar<br />
na Internet (28%), quando no ano passado eram<br />
apenas 18%. Quanto às condutoras, subiram de 14%<br />
para 18%. Por escalões etários, um em cada três potenciais<br />
compradores estariam dispostos a comprar pneus<br />
online, tanto no escalão até aos 35 anos (jovens),<br />
como no escalão <strong>dos</strong> 25 aos 44 anos de idade. No escalão<br />
etário de 45 aos 54 anos já só um em cada quatro<br />
compradores faria a sua encomenda de pneus pela Internet,<br />
o que corresponde à média geral do mercado,<br />
segundo os resulta<strong>dos</strong> do estudo.<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 13
NOTÍCIAS<br />
Volvo com mais um fornecedor<br />
de pneus<br />
A Bridgestone Europe irá começar<br />
a fornecer pneus originais à<br />
Volvo Car Corporation, naquela<br />
que é a primeira parceria entre as<br />
duas empresas.<br />
Os pneus escolhi<strong>dos</strong> foram os<br />
Bridgestone Turanza T001 de 16 polegadas para o novo Volvo V40 de 5 portas,<br />
que irão começar a equipar de origem o modelo da marca sueca a partir do final<br />
de Maio de <strong>2012</strong>. Ainda em Maio, a Bridgestone irá começar igualmente a fornecer<br />
à Volvo os pneus Dueler para o XC60 Crossover SUV.<br />
Lançado em Março de <strong>2012</strong>, o Turanza T001 é pneu bandeira da Bridgestone.<br />
Com um desenho de piso e tecnologia de materiais avançada, o T001 Turanza<br />
tem o seu foco na segurança e eficiência, proporcionando um elevado nível de<br />
conforto.<br />
BMW aposta nos<br />
pneus Hankook<br />
Na BMW o critério desempenho e<br />
segurança prevalece sobre outras<br />
questões, sendo um factor de marketing<br />
o simples facto de um pneu ser<br />
escolhido para primeiro equipamento<br />
da marca bávara. Está neste caso o pneu de altas prestações Hankook Ventus S1<br />
evo2 (205/60R16W), que equipará de origem os modelos Serie 3 da BMW (316d a<br />
320d, 316i a 320i). Este contrato de fornecimento a favor da Hankook vem na sequência<br />
de outros em relação ao MINI e ao BMW Serie 1, o que significa que os engenheiros<br />
da marca alemã confiam no desempenho do pneu da Hankook, tanto do<br />
ponto de vista da aderência, dinâmica de condução e eficiência energética.<br />
O Ventus S1 evo2 acaba de ser lançado no mercado de substituição e já criou reputação<br />
de grande conforto de condução e baixa resistência ao rolamento. Menor<br />
peso e características de resposta rápida a uma condução dinâmica são outros aperfeiçoamentos<br />
deste novo pneu da Hankook. Os técnicos e responsáveis da marca<br />
estão fortemente " motiva<strong>dos</strong> " por este êxito e acreditam que outras marcas de primeiro<br />
plano irão apostar nos seus pneus, que jogam na primeira divisão, em termos<br />
de segurança, condução e protecção do ambiente.<br />
Michelin Energy Saver+<br />
e Michelin Agilis+<br />
Os novos pneus Michelin Energy Saver+<br />
para ligeiros, e Michelin Agilis+, para<br />
veículos comerciais iniciaram a sua comercialização<br />
nos merca<strong>dos</strong> europeus.<br />
<strong>2012</strong> é um ano importante… É o ano da<br />
implantação da etiqueta europeia do<br />
pneu.<br />
O compromisso da Michelin é proporcionar<br />
todas as performances essenciais<br />
para os condutores de ligeiros ou utilizadores<br />
de veículos comerciais, mesmo que<br />
não apareçam na etiqueta;<br />
- Os pneus Michelin proporcionam<br />
segurança em todas as circunstâncias,<br />
não só em estradas molhadas, como também em estradas secas.<br />
- Os pneus Michelin proporcionam também segurança nas curvas.<br />
- Além disso, os pneus Michelin garantem uma duração quilométrica sem par<br />
e a mantêm as suas performances durante to<strong>dos</strong> os quilómetros que se<br />
percorram.<br />
Toda a dificuldade é proporcionar estes benefícios ao mesmo tempo, num<br />
mesmo pneu, como ocorre no caso <strong>dos</strong> novos Michelin Energy Saver+ e Michelin<br />
Agilis+.<br />
Continental dá OK<br />
à etiqueta <strong>dos</strong> pneus<br />
A etiquetagem <strong>dos</strong> pneus, que será obrigatória<br />
a partir de 1 de Novembro deste ano (<strong>2012</strong>),<br />
para dar cumprimento ao Regulamento<br />
1222/2009, tem sido bem acolhida pelos fabricantes<br />
de pneus. Está neste caso a marca Continental,<br />
que concorda que esta iniciativa irá tornar<br />
mais transparente a comercialização <strong>dos</strong><br />
pneus. No entanto, a marca alemã entende que mais características de igual importância<br />
às três escolhidas deveriam figurar também na referida etiqueta. Este ponto<br />
de vista foi veiculado pelo porta-voz de imprensa da Continental, Alexander Bahlmann,<br />
que adiantou serem importantes para a opção de compra de um pneu o controlo<br />
direcional, a resistência ao aquaplaning e as distâncias de travagem em seco.<br />
Recorde-se que a futura etiqueta <strong>dos</strong> pneus apenas obriga a classificar a eficiência<br />
energética, nível de ruído e distâncias de travagem em piso molhado.<br />
Para os verdadeiros especialistas do pneu, há cerca de 20 características importantes<br />
num pneu, que são utilizadas, por exemplo, nos testes comparativos ou isola<strong>dos</strong><br />
realiza<strong>dos</strong> por revistas especializadas. Bahlmann também lamenta que as características<br />
específicas <strong>dos</strong> pneus de Inverno tenham sido pura e simplesmente ignoradas<br />
para a etiquetagem, quando este pneus são de grande importância para to<strong>dos</strong> os países<br />
do Norte da Europa.<br />
Lassa lança pneus Phenoma<br />
A empresa turca Lassa vai iniciar a<br />
comercialização do seu pneu de<br />
altas prestações e condução desportiva<br />
Phenoma, que estará<br />
disponível em 11 medidas,<br />
para jantes de 16 a 18 polegadas.<br />
Este pneu foi desenvolvido<br />
pelo centro de I+D da Brisa, uma<br />
joint-venture criada entre o grupo industrial turco Sabanci e a Bridgestone, o<br />
maior fabricante mundial de borracha e pneus.<br />
Fontes da Lassa informaram que o novo pneu Phenoma beneficia de um composto<br />
de alta tecnologia, sobre o qual não foram fornecidas especificações concretas,<br />
mas que proporciona boa aderência e facilidade de controlo em qualquer<br />
superfície seca ou molhada. O desenho da banda de rolamento do novo pneu<br />
proporciona o máximo de contacto com o solo e possui reforços nos ombros e<br />
nos flancos. O pneu foi entretanto ensaiado pela entidade alemã de certificação<br />
de qualidade TUV-SUD (Dezembro de 2010), que lhe atribuiu excelente rendimento<br />
em piso de asfalto. Na travagem a seco as distâncias de imobilização foram<br />
em média 2,9 m mais curtas do que outros quatro pneus competidores directos.<br />
A maneabilidade a seco também foi 5% superior à <strong>dos</strong> seus rivais, o mesmo<br />
sucedendo com a resistência ao rolamento, que se revelou 8% menor. Os<br />
resulta<strong>dos</strong> em piso molhado não foram revela<strong>dos</strong>, mas serão pelo menos equivalentes<br />
aos <strong>dos</strong> competidores. Como curiosidade, o designação do pneu Phenoma<br />
resultou de um concurso realizado pela Internet, em que participaram 3.000<br />
pessoas. Na realidade, não é melhor nem pior do que outras designações, mas já<br />
deu para pôr alguns milhares de cabeças a ferver… <br />
Bridgestone Ecopia<br />
EP001S A/A<br />
Com a chegada da nova etiqueta de características <strong>dos</strong><br />
pneus, passará a haver duas classes de pneus: os pneus<br />
A/A (máxima eficiência energética e mínima distância de<br />
travagem em molhado) e os outros pneus. Ciente disto, a<br />
Bridgestone programou para Outubro próximo o lançamento<br />
do seu novo pneu Ecopia EP001S, após a apresentação<br />
que terá lugar no Salão Internacional Automóvel de<br />
Paris, previsto para Setembro. O lançamento do novo Bridgestone<br />
Ecopia será precedido e acompanhado de uma grande<br />
campanha promocional, destinada a chamar a atenção <strong>dos</strong> revendedores e <strong>dos</strong> consumidores<br />
finais para as duas letras mágicas do futuro <strong>dos</strong> pneus na Europa: A/A. <br />
14<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
NOTÍCIAS<br />
AZ Auto<br />
distribui Bosch<br />
Após ter iniciado a comercialização<br />
da gama de produtos BOSCH,<br />
no final de 2011, a AZ Auto reforça a<br />
sua parceria comercial com a marca,<br />
passando a ser um Distribuidor<br />
Bosch.<br />
A procura permanente de oportunidades para inovar ao nível do portfólio de<br />
produtos e serviços que disponibiliza ao mercado, faz parte do ADN estratégico<br />
da AZ Auto. Neste sentido, a aposta na Bosch, uma marca com o carimbo da<br />
Qualidade Original, vem reposicionar a empresa como um player em destaque<br />
no aftermarket nacional, sendo um <strong>dos</strong> poucos distribuidores em que a marca<br />
alemã confia a comercialização da sua gama de produtos.<br />
O programa da Bosch, disponível na AZ Auto, é constituído por: Baterias; Velas<br />
(ignição e incandescência); Escovas Limpa-Vidros; Filtros; Travagem; Iluminação;<br />
Motores de arranque; Alternadores; Parkpilot; Sistemas Diesel; Sistemas<br />
Gasolina; Correias; Distribuição; Bobines Ignição; Sondas Lambda; Medidores<br />
de Massa de Ar; Produtos Exchange; Esi Tronic e Equipamento oficinal.<br />
RPL Clima apresenta Easyflush<br />
A RPLCLIMA apresentou a nova máquina de lavagem de circuitos de ar condicionado<br />
, denominada EASYFLUSH.<br />
Trata-se de um equipamento muito compacto (69x35x26 cm) com 25 kg de peso,<br />
que permite a lavagem normal e inversa, utilizando ar comprimido ou azoto para<br />
injetar o liquido de limpeza.<br />
Tanque de 20 litros, caixa de adaptadores para as peças a/c, manutenção simples<br />
(aspirar e limpar o filtro de alumínio depois de cada lavagem), garantia de um ano e<br />
a conformidade CE (ao abrigo das diretivas de segurança) são outras características<br />
do Easyflush. <br />
Ferrari FF com Bridgestone<br />
Potenza S001<br />
O novo Ferrari FF é uma das raras incursões<br />
do construtor italiano no conceito da tração integral,<br />
sendo propulsionado por um motor V12<br />
de 880 CV. Para civilizar toda esta potência, lá<br />
estão os UHP Potenza S001, que dispõem de reduzida<br />
resistência ao rolamento e uma construção mais leve, também ela energeticamente<br />
mais eficiente. Estes pneus da Bridgestone já eram aliás uma das opções de<br />
primeiro equipamento do Ferrari 458 Italia, de 570 CV. Desde 1990 que a marca japonesa<br />
Bridgestone colabora com o construtor de Maranello, altura em que equipou<br />
de origem o Ferrari 348 com os seus pneus. Desde então, muitos outros modelos<br />
da mítica marca italiana foram equipa<strong>dos</strong> com os pneus Bridgestone.<br />
Pirelli apresenta<br />
Cinturatto P7 Blue<br />
A Pirelli apresentou no Salão de Reifen o seu<br />
novo pneu de referência A/A, uma evolução do<br />
Cinturatto P7, destinado a modelos mais potentes.<br />
Partindo de um pneu já de topo na oferta europeia, a Pirelli conseguiu melhorar<br />
ainda as distâncias de travagem em molhado, que fica a menos 2,6 m do melhor<br />
pneu da categoria B do mercado. Em termos de eficiência energética, o novo<br />
Cinturatto P7 Blue consegue uma resistência ao rolamento 23% melhor do que<br />
um pneu da categoria C, o que permite economizar 5,1% em combustível. Ao<br />
contrário do Pirelli Cinturatto P7, que continua a ser fornecido para o mercado<br />
de primeiro equipamento, o P7 Blue será fornecido exclusivamente para o mercado<br />
de substituição. A estratégia da Pirelli é ambiciosa e quer tornar-se uma referência<br />
mundial absoluta em pneus de altas prestações e alta qualidade, até 2015.<br />
Trelleborg TM900 High Power. O pneu agrícola insuperável. Projectado em conjunto com os principais<br />
fabricantes de máquinas agrícolas, o TM900 High Power foi concebido para tractores com potências desde 200 até<br />
360 CV e para velocidades até 65 km/h. A elevada tracção, a excelente capacidade de autolimpeza, o conforto e o<br />
baixo consumo de combustível, fazem do novo Trelleborg TM900 High Power a mais avançada expressão do pneu<br />
agrícola radial.<br />
TRELLEBORG TM900 HIGH POWER.<br />
POTÊNCIA À PRIMEIRA VISTA.<br />
Ogilvy&Mather<br />
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| www.trelleborg.com/wheelsystems |<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 15
SALÃO<br />
REIFEN <strong>2012</strong><br />
A grande montra!<br />
A 27ª edição do Salão Internacional de Reifen, que decorreu em Essen, de 4 a 8 de Junho de <strong>2012</strong>,<br />
foi a melhor de todas, tendo registado um número recorde de mais de 19.000 visitantes<br />
profissionais e 653 expositores de 44 países<br />
Especialistas de todas as áreas ligadas aos pneus,<br />
jantes e tecnologia de chassis, viajaram desde<br />
mais de 130 países para visitarem o Salão de<br />
Reifen e assim ficarem ao corrente das inovações<br />
e tendências de mercado. De acordo com os resulta<strong>dos</strong><br />
de um inquérito feito pela organização, mais<br />
de um terço <strong>dos</strong> visitantes fizerem encomendas durante<br />
a feira e fecharam negócios,<br />
sendo que 88%<br />
<strong>dos</strong> visitantes eram quadros<br />
decisores das empresas.<br />
Por sua vez, a maioria<br />
<strong>dos</strong> 653 expositores presentes<br />
mostraram-se muito satisfeitos com a sua participação<br />
e com os contactos realiza<strong>dos</strong> durante o certame.<br />
"Se você quiser estar presente neste sector a nível internacional,<br />
não pode falhar a feira de Essen", disse<br />
Frank Thorwirth, Chairman e CEO da Messe Essen.<br />
Idêntica opinião expressou Peter Hülzer, Diretor Executivo<br />
da BRV - Bundesverband Reifenhandel und<br />
Vulkaniseur-Handwerk ("Associação das Empresas do<br />
Comércio de <strong>Pneus</strong> da Alemanha”) "Esta feira foi um<br />
êxito para nós. Neste tempos complica<strong>dos</strong>, estávamos<br />
longe de imaginar a presença de um número tão elevado<br />
de visitantes tão importantes. Aliás, a qualidade<br />
Nesta edição <strong>2012</strong> do Salão de Reifen, o tema mais debatido nos<br />
corredores e nas salas de conferências e debates foi a nova etiqueta<br />
que será obrigatória a partir de Novembro deste ano<br />
<strong>dos</strong> visitantes melhorou muito em relação às edições<br />
anteriores deste evento. É uma oportunidade única<br />
para estabelecer ligações e falar pessoalmente com os<br />
membros da nossa associação. Os nossos contactos<br />
aumentam exponencialmente de cada vez que estamos<br />
presentes em Reifen".<br />
Comunicação ao vivo<br />
Apesar da intensa atividade comercial, o salão de<br />
Reifen é essencialmente uma plataforma de comunicação<br />
de to<strong>dos</strong> os operadores do sector <strong>dos</strong> pneus a nível<br />
global, na qual fabricantes e distribuidores de<br />
pneus, equipamentos e serviços se encontram com os<br />
seus clientes atuais e potenciais, tocando pontos de<br />
vista sobre as perspectivas<br />
do mercado, <strong>dos</strong><br />
produtos e das tendências.<br />
Nesta edição <strong>2012</strong> do<br />
Salão de Reifen, o tema<br />
mais debatido nos corredores<br />
e nas salas de conferências e debates foi a nova<br />
etiqueta que será obrigatória a partir de Novembro<br />
deste ano.<br />
Todas as marcas presentes mostraram estar já preparadas<br />
para afixar a etiqueta na sua gama de pneus à<br />
venda a partir do próximo mês de Novembro e consi-<br />
16<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
SALÃO<br />
deram que se trata de uma medida positiva para o comércio<br />
de pneus na Europa. A nova etiqueta irá incluir<br />
indicações relativas ao níveis de resistência ao rolamento,<br />
de aderência em molhado e de ruído emitido<br />
ao circular. Estes elementos objectivos de avaliação do<br />
pneu permitirão ao consumidor escalonar melhor as<br />
suas opções, uma vez que as designações comerciais<br />
muitas vezes não passam<br />
disso mesmo e até podem<br />
sugerir coisas que não existem.<br />
Outro tema que alimentou<br />
as conversas em Reifen<br />
foram os pneus verdes,<br />
ambientalmente compatíveis e energeticamente eficientes,<br />
com baixa resistência ao rolamento e incorporando<br />
óleos de fontes renováveis e biodegradáveis.<br />
Quanto aos pneus resistentes a furos ou Runflat,<br />
que permitem ao condutor alcançar um ponto de assistência<br />
com um pneu furado, não foram tão mostra<strong>dos</strong><br />
como na edição anterior do Salão, mas as principais<br />
marcas continuam a desenvolver esta tecnologia e<br />
a incluir na sua gama pneus Runflat.<br />
Pleno de vigor<br />
Na 27 edição da sua carreira, o Salão Reifen não perdeu<br />
o vigor, pelo contrário, apresentando-se em plena<br />
A generalidade <strong>dos</strong> expositores e visitantes saiu de Reifen na<br />
disposição de voltar para a próxima edição em 2014, confirman<strong>dos</strong>e<br />
assim o estatuto de Feira mais importante do sector <strong>dos</strong> pneus<br />
forma, numa altura em que a conjuntura económica<br />
internacional e muitos sectores de atividade se encontram<br />
a braços com dificuldades económicas.<br />
Este clima de optimismo e de aposta no futuro é claramente<br />
a vitória, não somente de um sector que entendeu<br />
claramente a necessidade e a inevitabilidade de<br />
mudança, pondo rapidamente em prática as soluções<br />
alternativas que podem assegurar a sua sustentabilidade,<br />
mas igualmente o início de uma mais nítida retoma<br />
<strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong> a nível global.<br />
Os desafios coloca<strong>dos</strong> ao desenvolvimento e à sustentabilidade<br />
da indústria de pneus estão neste momento<br />
respondi<strong>dos</strong> de forma rápida e eficiente, abrindo<br />
caminho ao crescimento<br />
futuro. A generalidade<br />
<strong>dos</strong> expositores e visitantes<br />
saiu de Reifen com esta<br />
convicção e na disposição<br />
de voltar para a próxima<br />
edição em 2014, que será a<br />
28ª Reifen. Nas páginas que seguem, apresentamos as<br />
novidades que as principais marcas de pneus levaram a<br />
Reifen, com destaque para as empresas portuguesas<br />
que mais uma vez marcaram presença no que é considerado<br />
o maior e mais importante Salão de <strong>Pneus</strong> do<br />
Mundo.<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 17
SALÃO<br />
REIFEN <strong>2012</strong><br />
ALLIANCE TIRE<br />
GROUP<br />
O Grupo ATG é uma empresa global especializada<br />
no estudo, desenvolvimento, fabrico e distribuição de<br />
pneus destina<strong>dos</strong> a equipamentos agrícolas, de exploração<br />
florestal, industriais, de construção e movimentação<br />
de terras, tanto para primeiro equipamento,<br />
como para o mercado de substituição, onde está presente<br />
com as marcas Alliance, Galaxy e Primex.<br />
Na feira de Reifen, a ATG apresentou algumas novidades,<br />
entre as quais o novo Alliance 528 Dual Master,<br />
como o nome indica destinado a equipamentos<br />
de rodado duplo, como escavadoras e outros equipamentos<br />
OTR compactos. O 528 Dual Master da Alliance<br />
está disponível para jantes de 9" de largura,<br />
com a medida 315/80R 22.5.<br />
Outra novidade ATG é o pneu Alliance All Steel<br />
Radial 624, a última geração de pneus para escavadoras<br />
e elevadores de forquilhas do mercado. A maior<br />
Vredestein Sportrac 5 vão do 185/55R 15 ao<br />
205/50R17. A medida de perfil mais baixo é a<br />
195/45R 16.<br />
BKT<br />
A presença da marca indiana BKT na feira de Reifen<br />
teve este ano um significado especial, porque a<br />
empresa comemora os 25 anos de actividade. Uma vitória<br />
<strong>dos</strong> princípios de ação e da estratégia de negócio<br />
escolhi<strong>dos</strong>, que assentaram desde logo nos investimentos<br />
em tecnologias, sistemas organizativos avança<strong>dos</strong><br />
e um objectivo de serviço ao cliente, tudo dentro<br />
de um compromisso social e ambiental inegociável.<br />
Começando humildemente em 1987 a fabricar<br />
pneus para veículos de 2 e 3 rodas, a BKT passou a fabricar<br />
pneus para viaturas fora de estrada em 1990.<br />
Em 1995, a marca resolve tentar a sua sorte no segmentos<br />
<strong>dos</strong> pneus OTR, um segmento onde é necessário<br />
investir com seriedade e possuir elevada capacidade<br />
tecnológica. Ao longo deste século, a empresa<br />
Andrea Vassura<br />
Diretor Comercial Marangoni<br />
Este ano temos estado a fazer uma análise das novas exigências<br />
europeias em relação ao sector <strong>dos</strong> pneus, que irá<br />
refletir-se na nossa atividade futura. Não interessa estar a<br />
trabalhar em produtos que não correspondam a essas novas<br />
exigências. O mercado português é um <strong>dos</strong> nossos alvos e um <strong>dos</strong> nossos<br />
mais antigos distribuidores é uma empresa portuguesa (Pneurama). Claro<br />
que os países do Sul da Europa estão a passar por uma conjuntura económica<br />
um tanto apertada, mas ao cabo de 20 anos já conhecemos bem os clientes e<br />
iremos apoiá-los para manter as nossas posições no mercado.<br />
O ano passado na Europa foi um ano excepcional para os pneus e nós agora<br />
estamos a pagar um pouco esse excesso de procura. O receio da subida de<br />
matérias-primas levou muitos distribuidores a apostarem em stocks a preços<br />
competitivos, o que fez aumentar o volume do mercado acima da média. Como<br />
esses stocks têm custos financeiros, está-se a notar neste 1º semestre de<br />
<strong>2012</strong>, uma quebra da ordem <strong>dos</strong> 20%, o que se compreende perfeitamente.<br />
Para termos boas vendas, temos que apresentar produtos competitivos nos<br />
vários segmentos e nas dimensões procuradas, assim como serviços compatíveis<br />
com as necessidades da distribuição. O mercado europeu de pneus é <strong>dos</strong><br />
mais exigentes do Mundo, sendo necessário ter o produto certo, no momento<br />
certo, para conseguir sucesso nas vendas. Em termos de preço, a Marangoni<br />
privilegia a relação preço/qualidade, onde o nível de qualidade é sempre um<br />
<strong>dos</strong> principais argumentos de venda. O pneu é um <strong>dos</strong> principais factores de<br />
segurança ativa do veículo e baixo preço significa alto risco.<br />
inovação deste pneu é o desenho bem aberto e destacado<br />
<strong>dos</strong> ombros do pneu, que proporciona excelente<br />
tração em solos macios, enquanto que os blocos de<br />
borracha do centro da banda de rolamento bem juntos,<br />
garantem uma óptima condução em estrada pavimentada.<br />
Ainda outra da marca Alliance é o Multiuse<br />
655, destinado como o nome indica a inúmeros equipamentos<br />
de transporte, industriais, de construção e<br />
serviços municipaliza<strong>dos</strong>.<br />
APOLLO TYRES<br />
A marca Vredestein surge agora associada à marca<br />
Apollo, formando uma empresa europeia Apollo Vredestein<br />
BV, que integra o grupo multinacional Apollo<br />
Tyres. Esta associação, no entanto, não retira à marca<br />
Vredestein a sua identidade tecnológica e inovadora,<br />
assentando provavelmente em sinergias comuns e<br />
em projetos paralelos.<br />
Foi isso mesmo que pudemos verificar em Reifen,<br />
onde as novidades da Vredestein aparecem ao lado<br />
das novidades da marca Apollo. Estas novidades marcantes<br />
são o novo pneu Apollo Aspire 4G e o novo<br />
pneu Vredestein Ultrac Vorti.<br />
No caso do pneu Apollo Aspire 4G, trata-se de um<br />
pneu de Verão UHP, destinado a veículos de turismo<br />
de gama alta, como o VW Passat, Audi A6 ou BMW<br />
Série 5, entre outros modelos. Na exposição de Reifen,<br />
o pneu estava montado num Mercedes-Benz da<br />
Classe E. Este pneu assegura um excelente comportamento<br />
em qualquer tipo de piso, seco ou molhado,<br />
independentemente da velocidade do veículo. Junto<br />
com este Aspire 4G, a Apollo apresentou também o<br />
pneu Amazer 3G Maxx, um pneu de Verão com desenho<br />
assimétrico, tendo recebido a classificação máxima<br />
nos testes comparativos do automóvel clube alemão<br />
ADAC em estrada molhada.<br />
Quanto ao novo pneu Vredestein Ultrac Vorti, trata-se<br />
de um pneu UHP muito evoluído, destinado a<br />
modelos de topo de gama e modelos muito desportivos,<br />
tendo um índice de velocidade Y, que permite ultrapassar<br />
os 300 km/h. Além do excelente comportamento<br />
a todas as velocidades e em to<strong>dos</strong> os pisos secos<br />
e molha<strong>dos</strong>, o novo Ultrac Vorti da Vredestein<br />
tem um desenho desportivo exclusivo da Giugiaro.<br />
Além de inúmeras inovações técnicas, o novo pneu<br />
Ultrac Vorti apresenta um nível de ruído reduzido, estando<br />
disponível nas medidas de 225/40ZR 18 até<br />
255/35ZR 20, para o eixo da frente, enquanto que as<br />
medidas para o eixo de trás oscilam entre 285/30ZR<br />
19 e 295/30ZR 20.<br />
Juntamente com o Ultrac Vorti, a Vredestein apresentou<br />
na feira de Essen o pneu de Verão Sportrac 5,<br />
já conhecido por ter vencido os testes do ADAC em<br />
2011. Não sendo um pneu para todas as estações, o<br />
Sportrac 5 enfrenta qualquer tipo de piso com excelentes<br />
resulta<strong>dos</strong>, sendo um pneu que pode conciliar<br />
o silêncio de rodagem, com o conforto e uma condução<br />
desportiva. Desenhado também pelo atelier de<br />
Giugiaro, este pneu tem o piso assimétrico e está previsto<br />
com o índice de velocidade V. As medidas do<br />
foi construindo novas fábricas e ampliando o seu negócio,<br />
ao ponto de hoje dispor de 5% do mercado<br />
global deste tipo de pneus, mas prevendo chegar aos<br />
10% já dentro de dois anos (2014), altura em que deverá<br />
chegar aos dois biliões de dólares de faturação.<br />
No entanto, a ambição é chegar à liderança do mercado<br />
de pneus Off-Highway (fora de estrada) e toda a estratégia<br />
está apontada nesse sentido.<br />
Apesar deste evidente sucesso nos negócios, a BKT<br />
não esqueceu os seus compromissos para com a sociedade<br />
e para com o ambiente. As fábricas do Norte da<br />
Índia possuem geração eólica de energia que assegura<br />
40% das suas necessidades energéticas. A água da chuva<br />
é filtrada, utilizada, reciclada e utilizada novamente<br />
na rega de terrenos de cultivo vizinhos da fábrica.<br />
Programas de reciclagem de resíduos e de protecção<br />
da água e <strong>dos</strong> solos são ativamente desenvolvi<strong>dos</strong> pela<br />
empresa nas suas áreas de intervenção. A mais recente<br />
unidade de produção da BKT, que deverá ser ativada<br />
ainda este ano – uma unidade fabril equipada com as<br />
18<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
SALÃO<br />
REIFEN <strong>2012</strong><br />
mais altas tecnologias na fabricação de pneus -, é mesmo<br />
capaz de ser totalmente autónoma energeticamente<br />
e ainda fornece energia à comunidade envolvente,<br />
na qual emprega trabalhadores e desenvolve<br />
projetos sociais de educação e de apoio social.Da<br />
gama atual de pneus da BKT fazem parte as linhas de<br />
produto Maglift (pneus industriais), Agrimax Force<br />
(pneus agrícolas), Earthmax (movimentação de terras)<br />
Ridemax e Multimax, tornando a BKT na marca com<br />
a mais abrangente gama de pneus fora de estrada.<br />
BRIDGESTONE<br />
A Bridgestone, o maior produtor mundial de<br />
pneus, apareceu em Reifen a defender aquilo que é<br />
mais do que óbvio, isto é, a redução de custos para as<br />
frotas, começando por aquilo que domina perfeitamente,<br />
a tecnologia do pneu. Na realidade, todo o<br />
stand da Bridgestone em Reifen, com 450 m2, estava<br />
integralmente consagrado à estratégia Total Tyre Life,<br />
que pretende para já aliviar os custos das frotas, já a<br />
duas versões do seu Ecopia: H-STEER (eixo da frente)<br />
e H-DRIVE (eixo motriz), que utilizam ambos a tão<br />
falada nano tecnologia do composto de borracha<br />
(NanoPro-Tech). O Ecopia direcional por seu turno<br />
proporciona uma resistência ao rolamento 18,9% menor<br />
do que um pneu convencional, enquanto que o<br />
pneu Ecopia de tração consegue uma redução de<br />
26,5% dessa resistência. Em conjunto, os dois tipos<br />
de pneu garantem uma economia de 4,4% de combustível<br />
(que representa cerca de 25% ou mais <strong>dos</strong><br />
custos totais de um veículo de transporte). Por detrás<br />
da economia, está também subjacente a ideia de uma<br />
condução mais profissional e portanto mais segura.<br />
CONTINENTAL<br />
A jogar em casa, o fabricante alemão não tinha<br />
muito que demonstrar em Essen. Um <strong>dos</strong> conceitos<br />
sensatos que a marca levou à feira de Essen foi o de<br />
que o mercado cada vez mais pede pneus de verão<br />
que tenham boa aderência no molhado, aliás um <strong>dos</strong><br />
composto conhecido por BlackChilli, que tira partido<br />
da variação de vibrações do pneu. Para automóveis,<br />
o novo ContiSportContact 5 está previsto para<br />
jantes de 17/18", com relações dimensionais de 50% a<br />
35%. Para SUV, as medidas de jante vão de 18" a 20" e<br />
relações dimensionais de 55% a 40%. Nos dois casos,<br />
o índice de velocidade alcança os 300 km/h. A Continental<br />
apresentou também o ContiEcoContact 5,<br />
um pneu que combina baixa resistência ao rolamento,<br />
com elevadas prestações e enorme segurança, que<br />
será fabricado em 42 medidas para jantes de 14" a 17".<br />
O índice de velocidade permite alcançar até 300<br />
Km/h.<br />
A Continental não podia esquecer os operadores<br />
profissionais e guardou para eles uma surpresa: o<br />
novo pneu VancoEco, que permite uma redução da<br />
resistência ao rolamento de 30% e uma redução de<br />
consumo de 4%. Vai estar disponível para a maioria<br />
<strong>dos</strong> comerciais ligeiros do mercado, dispondo de medidas<br />
de jante de 15" a 17" e relações dimensionais<br />
(perfil) de 50% a 75%.<br />
Lucia Salmaso<br />
Diretora Marketing BKT<br />
Viemos a Reifen principalmente para encontrar os nossos<br />
clientes e estabelecer planos de negócio para o futuro. Temos<br />
aqui presentes cinco modelos de pneus BKT, cuja tecnologia<br />
permite suportar cargas elevadas com baixa pressão,<br />
uma condição importante para pneus agrícolas, porque preservam o solo e<br />
são mais confortáveis para os operadores das máquinas. Temos pneus igualmente<br />
específicos para uso em estrada, com boas características de tração<br />
para reboques. A nossa gama atual inclui ainda pneus para porta-paletes e<br />
monta-cargas de forquilhas, máquinas industriais e para usos diversifica<strong>dos</strong>.<br />
A nova fábrica é um investimento que visa reforçar a nossa capacidade de<br />
produção. A estratégia consiste em aumentar a capacidade de entrega para o<br />
mercado de primeiro equipamento, sem colocar em risco o habitual fornecimento<br />
aos nossos fiéis clientes do mercado de substituição. Com os novos investimentos,<br />
devemos aumentar a nossa produção cerca de 80%. Além do volume,<br />
pretendemos igualmente diversificar a nossa oferta, tendo em vista<br />
preencher certos nichos de mercado, como a indústria florestal, por exemplo.<br />
No próximo ano, apostaremos igualmente em pneus OTR para mineração e<br />
para a indústria de construção e obras públicas. O mercado europeu representa<br />
cerca de 50% das nossas vendas e é seguramente o nosso mercado<br />
mais importante. Estamos à espera de um bom ano de vendas em <strong>2012</strong>, com<br />
um crescimento a rondar os 30%. Temos boas perspectivas para o mercado<br />
português e vamos continuar a lutar com as principais marcas de primeiro<br />
plano, para conquistar mais quota de mercado.<br />
braços com os custos incontroláveis <strong>dos</strong> combustíveis.<br />
Usando uma analogia inteligente entre a vida do<br />
pneu e modelo do ADN, a marca japonesa criou no<br />
seu stand todas as fases da vida do pneu.<br />
A Bridgestone considera a recauchutagem um factor<br />
essencial na rentabilidade de utilização do pneu,<br />
por isso, no seu stand foi dado destaque ao método<br />
Bandag de recauchutagem a frio, como sendo o processo<br />
de recauchutagem mais seguro e rentável da<br />
atualidade, permitindo duas ou três recauchutagens,<br />
em muitos casos. Segundo as contas efectuadas pela<br />
Bridgestone, o custo quilométrico de um pneu recauchutado<br />
é 30% inferior ao de um pneu novo. Além<br />
disso, o processo de recauchutagem permite reduzir<br />
as emissões de CO2 em 30%, relativamente à produção<br />
de um pneu novo.<br />
A Bridgestone demonstrou que o pneu pode começar<br />
a economizar desde os primeiros quilómetros na<br />
estrada. A nova linha de pneus Ecopia para camião é a<br />
resposta para esse tipo de economia. A marca propõe<br />
parâmetros requeri<strong>dos</strong> pela nova etiquetagem <strong>dos</strong><br />
pneus.<br />
Exemplo de pneu que usa polo e gabardina ao mesmo<br />
tempo é o novo ContiPremiumContact 5, um<br />
pneu da última geração, dotado de tecnologia de baixa<br />
resistência ao rolamento e a consequente eficiência<br />
energética. Trata-se além disso de um pneu com boas<br />
características de condução e conforto, grande rendimento<br />
quilométrico e superior segurança, como já é<br />
habitual nos produtos Continental. Este pneu será fabricado<br />
para to<strong>dos</strong> os tipos de carros, dispondo de 26<br />
dimensões diferentes, para jantes de 14" a 17", com<br />
índice de velocidade até 270 km/h.<br />
Dentro da sua filosofia económica e ambiental de<br />
produzir pneus para todas as estações do ano, a marca<br />
Continental apresentou igualmente o ContiSport-<br />
Contact 5, Trata-se de um pneu destinado a automóveis<br />
e SUV de características desportivas, onde se tenta<br />
conciliar elevada segurança com uma condução dinâmica.<br />
Este pneu beneficia de uma tecnologia de<br />
COOPER TIRE<br />
Este fabricante inglês levou a Essen as duas marcas<br />
de pneus que produz, Cooper e Avon, destacando-se<br />
as novidades em pneus para veículos 4 x 4 e pneus<br />
UHP para automóveis e para motos. Como fabricante<br />
de volumes reduzi<strong>dos</strong>, a Cooper Tire aposta em nichos<br />
de mercado, onde consegue obter maior rentabilidade<br />
do que em segmentos de alta concorrência. Para<br />
veículos 4 x 4, as novidades são os pneus Cooper Discoverer<br />
S/T MAXX e o Discoverer A/T3. Na marca<br />
Avon, a vedeta era o ZZ5 UHP, que vem complementar<br />
o já existente ZZ3. Nas motos, a nova gama 3D Ultra<br />
era a atracção maior.<br />
O pneu Cooper Discoverer S/T MAXX beneficia<br />
da tecnologia de construção Armor Tek3, que lhe confere<br />
excepcional resistência e durabilidade, com reforço<br />
das paredes laterais. Isso mesmo foi comprovado<br />
no início do ano, quando este pneu participou no último<br />
Rali Dakar, monta<strong>dos</strong> num Toyota Land Cruiser<br />
20<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
SALÃO<br />
150. Os pneus asseguraram o primeiro lugar na classe<br />
ao condutor, depois de percorrerem mais de 9.000 km<br />
extremamente duros e nas mais diversas condições climáticas,<br />
sem qualquer tipo de anomalia. Já o Discoverer<br />
A/T3 é um pneu mais versátil, destinado ao mercado<br />
europeu, que se sente tão à vontade na cidade,<br />
como na auto estrada ou na montanha.<br />
FALKEN<br />
Esta marca é a face europeia do grupo japonês Sumitomo,<br />
apresentando uma gama de pneus tecnologicamente<br />
avança<strong>dos</strong> para automóveis, SUV e veículos<br />
comerciais. A presença da Falken nas provas do campeonato<br />
mundial de resistência e nas prova da American<br />
LeMans Series tem ajudado a desenvolver uma<br />
tecnologia para veículos de estrada muito evoluída,<br />
tornando os pneus competitivos, tanto no mercado de<br />
origem, como no de substituição.<br />
As principais novidades foram os pneus de altas<br />
prestações Falken AZENIS FK453 e FK453CC, destina<strong>dos</strong><br />
a veículos de topo de gama e elevada potência.<br />
No todo o terreno moderado, fez a sua aparição o<br />
novo pneu Falken Wildpeak A/T AT01, enquanto<br />
que o pneu Falken ZIEX ZE 914 Ecorun é um pneu<br />
que se caracteriza por reduzida resistência ao rolamento<br />
e elevada aderência em molhado, para to<strong>dos</strong> os tipos<br />
de automóveis. Já o novo Falken Eurowinter<br />
HS449 é como a designação indica um pneu de Inverno,<br />
que proporciona boa aderência em estrada cobertas<br />
de neve e gelo. A gama de pneus SINCERA SN é<br />
destinada a veículos de uso diário, oferecendo conforto,<br />
segurança e bom rendimento quilométrico. Estes<br />
pneus deverão estar brevemente disponíveis no mercado<br />
português.<br />
FEDERAL<br />
Este ano a Federal apresentou duas novidades, sendo<br />
a primeira um novo pneu para viaturas de topo de<br />
gama, com medidas a partir de 16" até 20/21". A outra<br />
é um pneu de neve, pensado para situações climáticas<br />
como as da Escandinávia, onde existe neve durante<br />
uma grande parte do ano. Basicamente, a presença da<br />
Federal em Reifen visou encontrar novos clientes,<br />
apresentar os seus produtos e novidades, bem como<br />
recolher informações sobre a nova legislação europeia<br />
sobre a etiquetagem de pneus para o consumidor final.<br />
A marca Federal está na Europa há mais de trinta<br />
anos, mas reconhece que ainda não fez tudo o que era<br />
necessário em termos de imagem de marca. Está por<br />
isso a pensar desenvolver mais iniciativas para promover<br />
a imagem da marca junto do grande público. Em<br />
termos de vendas, este é um ano em que pretende<br />
manter as suas posições no mercado, porque a economia<br />
europeia está a passar por alguns sobressaltos. Não<br />
está por isso a pensar crescer em termos de volumes de<br />
vendas durante <strong>2012</strong>.<br />
Relativamente ao mercado português, a marca Federal<br />
já teve uma boa expansão, mas perdeu um pouco<br />
o ritmo nos últimos anos. Vai por isso reforçar a imagem<br />
e promover ações de marketing para revitalizar a<br />
marca e chegar a maior número de consumidores.<br />
“Estamos satisfeitos com o arranque deste ano e iremos<br />
continuar a reforçar a nossa presença com pneus<br />
de altas prestações e outros produtos que o mercado<br />
actual exige. Vamos fazer tudo o que pudermos para<br />
promover a marca no mercado português e alcançar<br />
resulta<strong>dos</strong> compatíveis com o passado da marca”, refere<br />
Pedro Conceição, Administrador da Aguesport, importador<br />
da marca Federal para Portugal. O crescimento<br />
da marca é resultado de investimentos contínuos<br />
nas últimas tecnologias e nos melhores recursos humanos.<br />
Sendo uma empresa orientada para o cliente, A<br />
Federal depende do desempenho <strong>dos</strong> seus colaboradores,<br />
mantendo sempre viva a chama da inovação.<br />
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REVISTA<br />
DOS PNEUS 21
SALÃO<br />
REIFEN <strong>2012</strong><br />
GT RADIAL<br />
A grande estratégia de mercado desta marca assenta<br />
principalmente no reforço de produtos e serviços no<br />
muito competitivo e ambicionado segmento <strong>dos</strong><br />
pneus de pesa<strong>dos</strong>, no qual a GT Radial é o quarto fornecedor<br />
do mercado europeu. De uma assentada, a<br />
marca apresentou em Reifen quatro novos pneus para<br />
veículos comerciais, dois quais dois novos produtos<br />
para camiões de média tonelagem e transporte regional,<br />
na medida de jante 17,5".<br />
Os novos pneus GAR820 (direcional) e GDR619<br />
(tração) obedecem às mais recentes tendências, que<br />
exigem pneus mais confortáveis, mais silenciosos,<br />
com bom comportamento em seco e em molhado,<br />
bem como uma taxa reduzida de desgaste e longa quilometragem.<br />
Ambos os pneus aparecem na medida<br />
215/75R17.5 de imediato, mas novas medidas de<br />
grande solicitação serão lançadas ao longo de 2013.<br />
Outra novidade é o pneu GDR621, um pneu de tração<br />
de tráfego regional para o Inverno, com a medida<br />
que sejam as condições do piso. Trata-se de um pneu<br />
assimétrico de composto com alto teor de sílica, que<br />
estará disponível em 43 medidas, a partir de<br />
195/45R15, até 255/35ZR20, com códigos de velocidade<br />
de V a W.<br />
Quanto ao novo Champiro VP1, trata-se de um<br />
pneu versátil para todas as estações, que apresenta<br />
boas prestações, tanto em piso seco, como molhado,<br />
com baixa resistência ao rolamento, bom controlo do<br />
ruído e elevado rendimento quilométrico. O pneu<br />
Champiro VP1 será lançado em 28 medidas, desde<br />
165/80R13, até 205/55R16, com códigos de velocidade<br />
de T a V.<br />
GOODYEAR<br />
DUNLOP<br />
A Goodyear/Dunlop apostou tudo no marketing a<br />
partir da nova etiqueta para o consumidor europeia e<br />
apresentou o novo pneu Sport BluResponse AA,<br />
onde os dois A referem a máxima classificação em eficiência<br />
energética e em distância de travagem em molhado.<br />
Por outro lado, o BluResponse significa provavelmente<br />
blunt response, quer dizer resposta de cortar a<br />
respiração, um apelo claro aos jovens mais radicais,<br />
mas com pouco significado para o consumidor em geral,<br />
excepto no que implica de margem de segurança.<br />
O pneu Sport BluResponse AA concorre para cumprir<br />
as elevadas expectativas europeias em matéria de<br />
eficiência e aderência em piso molhado. A etiqueta<br />
AA nos pneus significa que o Sport BluResponse AA<br />
alcançou os mais eleva<strong>dos</strong> níveis de classificação em<br />
termos de eficiência de consumo de combustível e<br />
aderência em piso molhado, conforme estabelecido<br />
na nova regulamentação europeia sobre etiquetas de<br />
pneus. Este pneu foi especificamente concebido para<br />
fins de Investigação e Desenvolvimento e de momento<br />
não se encontra disponível, sendo utilizado, principalmente,<br />
como base para desenvolvimento de futuros<br />
pneus de elevadas classificações, a serem lança<strong>dos</strong><br />
num futuro próximo e para demonstrações de pneus<br />
em diversos eventos.<br />
Para a Goodyear/Dunlop, a etiqueta traz consigo o<br />
desafio de fornecer um pneu desportivo, com um elevado<br />
grau de desempenho, mas que cumpra também<br />
com alguns <strong>dos</strong> principais critérios da etiqueta no<br />
mercado. A apresentação do pneu Sport BluRepsonse<br />
AA é um reconhecimento da capacidade <strong>dos</strong> engenheiros<br />
da marca em cumprir com o que é exigido,<br />
combinando um pneu desportivo, com uma elevada<br />
classificação na etiqueta“.<br />
Os pneus desenvolvi<strong>dos</strong> com base em algumas das<br />
tecnologias <strong>dos</strong> pneus de competição Dunlop, combinam<br />
a classificação AA sem comprometer os critérios<br />
de rendimento mais desportivos do pneu. Esta<br />
tecnologia foi alcançada graças à aplicação de um<br />
composto recentemente desenvolvido, uma tecnologia<br />
concebida para reduzir a produção de calor no<br />
pneu, uma estrutura de banda melhorada e novas técnicas<br />
de fabrico.<br />
Augustine Ting<br />
Diretor Vendas Maxxis<br />
Este ano, estamos a apresentar um novo pneu de Verão, vários<br />
pneus 4 x 4, para além <strong>dos</strong> pneus de Inverno, que representam<br />
40% do mercado alemão. Basicamente, estas são as<br />
novidades a nível e produto. No que respeita à nova etiqueta, a<br />
legislação aponta para 1 de Novembro e nós vamos ter os nossos pneus prontos<br />
nessa data. Somos um fabricante de primeira linha e não podemos falhar<br />
em nada relativo a aspectos legais. Estamos igualmente a desenvolver um<br />
pneu Verde, que estará no mercado no primeiro trimestre de 2013.<br />
Este ano não vai ser um bom ano para todo o mercado, mas nós pensamos<br />
ultrapassar as dificuldades com a boa qualidade do produto e um marketing<br />
um pouco mais agressivo. Certamente que gostaríamos de ter sempre um<br />
pouco mais de visibilidade. No entanto, estamos em 70 países e a Europa só<br />
representa para a Maxxis entre 5 e 10% do total de vendas. Maior notoriedade<br />
acabará por chegar, porque a empresa continua a crescer a nível global e também<br />
em Portugal, onde o importador Easy<strong>Pneus</strong> tem feito um bom trabalho<br />
de promoção e divulgação da marca.<br />
Hoje, a concorrência no mercado de pneus existe num patamar muito elevado.<br />
A União Europeia está a exigir pneus certifica<strong>dos</strong> e com especificações rogorosas<br />
quanto a compatibilidade ambiental, emissão de ruído e aderência<br />
em piso molhado, pelo que nós temos que acompanhar essas exigências. Estamos<br />
a desenvolver tecnologias para termos os nossos pneus ao nível <strong>dos</strong><br />
padrões de qualidade existentes na Europa. Só assim podemos competir neste<br />
exigente mercado.<br />
315/80R22.5, tendo sido testado durante anos em todas<br />
as condições de condução, incluindo neve, gelo e<br />
pisos secos ou molha<strong>dos</strong>. Para reboques e semi-reboques<br />
de longo curso, surge também o novo pneu<br />
GTL925, que será apresentado na medida<br />
435/50R19.5, a mais utilizada em reboques de grande<br />
volume de carga.<br />
Paralelamente a estes produtos, que cobrem as<br />
principais necessidades do mercado, a marca GT Radial<br />
lançou o conceito GT REE TREAD, que pode<br />
ser decifrado como Reliable, Economical e Environmental<br />
(fiável, económico e ecológico). O conceito<br />
está disponível em pneus prontos a usar ou como serviço<br />
de recauchutagem a quente, mediante contrato<br />
de gestão das várias vidas <strong>dos</strong> pneus. No segmento<br />
<strong>dos</strong> pneus para veículos ligeiros, a GT Radial lançou<br />
em Reifen o novo pneu Champiro UHP1, um pneu<br />
de altas performances que assegura excelentes prestações<br />
em seco e em molhado, controlo direcional impecável<br />
e fortes desacelerações em travagem, qualquer<br />
HANKOOK<br />
Tirando partido de uma estratégia prudente <strong>dos</strong> fabricantes<br />
de pneu clássicos, em face do atual ciclo económico,<br />
a Hankook Tire tomou praticamente de assalto<br />
o apetecível mercado alemão, onde já possui<br />
uma quota de mercado de 30%, incluindo contratos<br />
de primeiro equipamento com alguns <strong>dos</strong> principais<br />
construtores germânicos. O stand de exposição da<br />
Hankook em Reifen espelhava de resto a agressividade<br />
comercial e de marketing do fabricante euro/coreano,<br />
a partir do momento em que estabeleceu o importante<br />
centro de produção estratégico na Hungria. Nesse<br />
stand, estavam em primeiro plano as duas lanças da<br />
sua estratégia de marketing no mercado alemão, ou<br />
seja, o Audi que disputa o campeonato alemão de turismos<br />
DTM e o Mercedes-Benz SLS AMG GT3, que<br />
disputou a última edição das 24 Horas de Nurburgring.<br />
Junto aos carros, obviamente, lá estavam os<br />
pneus racing de generosas dimensões da Hankook.<br />
22<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
SALÃO<br />
REIFEN <strong>2012</strong><br />
No entanto, o triunfo da Hankook no mercado europeu<br />
não é somente marketing e imagem de marca,<br />
mas assenta igualmente numa tecnologia de vanguarda<br />
e numa estratégia de negócio milimetricamente<br />
delineada.<br />
Exemplo disso é o lançamento do novo pneu Kinergy<br />
Eco, que ultrapassa a nova etiqueta europeia e<br />
introduz no mapa um novo critério de eficiência: a<br />
energia cinética.<br />
Para conseguir conciliar a maior eficiência cinética<br />
do pneu Kinergy Eco com a sua duração ou rentabilidade<br />
quilomética, a Hankook recorreu à nano tecnologia<br />
do composto e ao desenho optimizado <strong>dos</strong> blocos<br />
de borracha da banda de rolamento.<br />
Este novo pneu estará brevemente disponível em<br />
to<strong>dos</strong> os 27 esta<strong>dos</strong> membros da União Europeia e<br />
será fornecido em 38 medidas diferentes, para jantes<br />
de 14" a 16" e com relações dimensionais entre 70 e<br />
50. A espessura das bandas de rolamento variam entre<br />
155 e 215 mm e os índices de velocidade são T, H<br />
e V.<br />
Dentro <strong>dos</strong> pneus para veículos ligeiros, a marca<br />
Hercules dispõe da gama RAPTIS, à frente da qual está<br />
o WR1, um pneu de altas prestações que pode atingir<br />
os 300 km/h. Trata-se de um pneu de desenho assimétrico<br />
com quatro canais de drenagem na banda de rolamento,<br />
que asseguram baixo nível de ruído, boa resposta<br />
direcional e a travagens, em piso seco ou molhado,<br />
além de grande conforto de condução. O canal<br />
mais exterior tem arestas que favorecem a tração, permitindo<br />
que este pneu entre no segmento M+S. A baixa<br />
economia de combustível e de emissões de CO2<br />
para o ambiente, são também dois factores de destaque<br />
no Raptis WR1, sem esquecer um alto desempenho<br />
quilométrico devido à reduzida resistência do<br />
pneu ao rolamento. Os técnicos da Hercules fabricaram<br />
o novo Raptis WR1 para atender a todas as normas<br />
europeias, nomeadamente no que respeita ao baixo<br />
nível de ruído. Quanto aos pneus para veículos comerciais<br />
possui a gama Power CV e para os 4x4 dispõe<br />
da gama Diger MT, dedicada à competição, com um<br />
piso muito agressivo e também da gama All Trac.<br />
INFINITY<br />
Os temas ecológicos continuam a preencher a melhor<br />
atenção das marcas, refletindo-se no marketing e<br />
no posicionamento e cada uma.<br />
Na Infinity Tyres, após 24 meses de estudo e desenvolvimento,<br />
surgiram dois novos pneus para automóveis,<br />
dentro das mais recentes tendências: o Ecomax e<br />
o Ecosis.<br />
O primeiro é um pneu UHP, enquanto que o segundo<br />
está no segmento <strong>dos</strong> pneus de altas prestações.<br />
Testes intensivos realiza<strong>dos</strong> até agora em diversos<br />
países europeus, demonstram que os novos pneus<br />
da Infinity estão ao nível do que de melhor se faz neste<br />
momento da Europa. Ambos beneficiam das tecnologias<br />
exclusivas da marca EFFE (Eco-Friendly Fuel<br />
Efficient) e ACCC (Advanced Comfort Control<br />
Construction).<br />
O Infinity Ecomax proporciona uma condução excelente,<br />
grande precisão de trajetória ao curvar e extraordinária<br />
aderência em qualquer piso seco ou molhado.<br />
De qualquer modo, o composto da banda de<br />
rolamento com alto teor de sílica é um certificado de<br />
boas prestações em molhado. Desenho assimétrico e<br />
largos canais longitudinais facilitam a drenagem da<br />
água em pisos molha<strong>dos</strong>, mas também tornam o controlo<br />
direcional e a tração óptimos em pisos secos, ao<br />
mesmo tempo que reduzem o nível de ruído a alta velocidade.<br />
A eficiência energética é outro ponto alto<br />
deste novo pneu, que está disponível em medidas<br />
desde 205/45R 16 XL, até 255/35R 19 XL, com índices<br />
de velocidade W e Y.<br />
O novo Infinity Ecosis é um excelente pneu de Verão,<br />
que pode circular em todas as condições climáticas<br />
e to<strong>dos</strong> os tipos de vias, garantindo excelente nível<br />
de conforto e de estabilidade. A banda de rolamento<br />
tem quatro canais longitudinais e ombros reforça<strong>dos</strong>,<br />
tornando a condução estável e precisa. Beneficia<br />
igualmente de compostos de sílica e características de<br />
eficiência energética avançadas. Estará disponível nas<br />
medidas utilizadas nos veículos mais populares do<br />
Carlos Viñas<br />
Diretor Comercial Falken<br />
Estamos a apresentar duas novidades principais. A primeira<br />
é o pneu Azenis FK453, um produto de altas prestações,<br />
para veículos de topo de gama. Temos ainda uma versão CC<br />
do mesmo pneu para veículos do tipo SUV. O novo pneu FK<br />
453 substitui o anterior FK 452. A gama para já é limitada, mas dentro de alguns<br />
meses teremos 70 medidas diferentes. O outro novo pneu é o Ziex ZE914,<br />
que sairá já a partir de <strong>Julho</strong> com a nova etiqueta de características do pneu. O<br />
453 também já trará a nova etiqueta. A nossa marca tem uma história. Em<br />
1999 pertencia ao Grupo Sumitomo, que tinha formado uma aliança com a<br />
Goodyear Tire and Rubber Company. Em 2003 a Goodyear-Dunlop iniciou a<br />
distribuição <strong>dos</strong> pneus Falken. Em 2010 a Falken Tyre Europe GmbH iniciou as<br />
suas operações em toda a Europa. Abrimos um escritório na Alemanha e daí<br />
passámos para outros merca<strong>dos</strong> de referência, como a França, Itália e o mercado<br />
ibérico. Em Portugal a marca é conhecida, mas Sul da Europa os hábitos<br />
não mudam muito rapidamente. Como orientais, nós utilizamos uma filosofia<br />
de progresso tranquilo, fazemos as coisas com calma e com perfeição, para<br />
depois aguardarmos pelos resulta<strong>dos</strong>. O mercado está difícil em toda a Europa,<br />
mas nós continuamos a trabalhar com o mesmo objectivo e isso garantenos<br />
para já um papel na primeira linha <strong>dos</strong> pneus de qualidade.<br />
Estamos optimistas, porque os pneus Falken têm uma boa relação<br />
preço/qualidade e temos condições para continuar a crescer, numa altura que<br />
to<strong>dos</strong> reconhecem que não é fácil. Continuaremos a crescer em toda a Europa<br />
e em Portugal também, embora com números pequenos.<br />
HERCULES<br />
Os pneus Hercules, comercializa<strong>dos</strong> em Portugal<br />
pela Alves Bandeira, apresentaram em Reifen os mais<br />
recentes modelos das gamas Turismo, Comerciais e<br />
4x4. Fabrica<strong>dos</strong> com a última tecnologia “Made in<br />
USA”, os pneus Hercules possuem pisos modernos e<br />
bastante atrativos, oferecendo uma alargada gama<br />
competitiva de produtos de alta qualidade que se baseia<br />
no valor, sendo a sua relação qualidade/preço a<br />
sua principal característica cumprindo to<strong>dos</strong> os novos<br />
regulamentos europeus relativos aos pneus.<br />
Paulo Santos responsável comercial da Alves Bandeira<br />
assume que “A Hercules é de facto uma das grandes<br />
apostas da Alves Bandeira que pretende no ano de<br />
<strong>2012</strong> consolidar ainda mais a sua posição no mercado<br />
<strong>dos</strong> pneus, sendo esta nova marca um importante<br />
trunfo para o seu objectivo, fruto do padrão de qualidade<br />
que oferece e da sua abrangência de referências<br />
que cobre as principais necessidades do mercado.<br />
mercado europeu. Os pneus Infinity são produzi<strong>dos</strong><br />
por parceiros industriais na China, mas todo o processo<br />
de desenvolvimento, desenho, compostos e<br />
moldes são estuda<strong>dos</strong> pela Infinity e são exclusivos, o<br />
que também garante os padrões de qualidade da produção.<br />
LASSA<br />
Esta marca de origem turca é fabricada pela BRISA,<br />
uma joint venture entre o maior produtor turco de<br />
pneus Sabanci Tyre Manufacturing e a Bridgestone.<br />
O resultado é uma vasta gama de pneus, que é distribuída<br />
em mais de 50 países. Na feira de Essen, a Lassa<br />
levou para exposição 18 <strong>dos</strong> seus melhores pneus de<br />
diversos tipos. No topo da oferta está o pneu Lassa<br />
Phenoma, um pneu de Verão UHP desenvolvido<br />
com a experiência adquirida no bem sucedido Lassa<br />
Rally Team, desde 2002. Este pneu está disponível<br />
nas 11 medidas mais populares na Europa, sendo in-<br />
24<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
SALÃO<br />
dicado para veículos de alta performance ou para o<br />
tuning. Segundo a marca, este pneu consegue distâncias<br />
de travagem mais curtas 2,9 m do que os seus<br />
competidores e 5% mais de estabilidade em piso molhado.<br />
O primeiro pneu ecológico da marca foi apresentado<br />
em Reifen, dando pelo simpático nome de<br />
Greenways. Este pneu adapta-se às normas europeias<br />
de eficiência energética e estará disponível em 20 medidas,<br />
no início de 2014.<br />
O marketing da marca Lassa é bastante ousado,<br />
sendo sponsor do clube do futebol alemão Borussia<br />
Monchengladbach durante a presente temporada<br />
2011/12 e na de <strong>2012</strong>/2013. Graças e esse facto, os visitantes<br />
do stand da Lassa podiam jogar um jogo virtual<br />
de futebol.<br />
Com uma produção anual de 10 milhões de pneus<br />
a BRISA fabrica pneus para automóveis, veículos 4 x<br />
4, para comerciais ligeiros e para outros veículos, tendo<br />
na qualidade de construção e no valor da relação<br />
preço/qualidade os principais argumentos de venda<br />
no mercado.<br />
LINGLONG TYRE<br />
Apesar de não ser das marcas mais conhecidas, a<br />
LingLong está no mercado desde 1975 e possui uma<br />
fábrica na China com a área de 110 hectares, onde são<br />
produzi<strong>dos</strong> anualmente 35 milhões de jogos de<br />
pneus, por uma equipa de mais de 5.800 emprega<strong>dos</strong>.<br />
Estes pneus são vendi<strong>dos</strong> em mais de 160 países e geraram<br />
em 2011 um volume de negócios de 1,6 biliões<br />
de dólares. Além disso, a LingLong está entre os 20<br />
maiores produtores mundiais de pneus e é umas das<br />
500 maiores empresas da China. Apesar de ter no<br />
imenso mercado interno chinês e nos países emergentes<br />
um vasto terreno para expandir o negócio, a LingLong<br />
está a compreender que o volume de produção<br />
e a tecnologia não são tudo e que a imagem de marca<br />
tem que ser bem gerida e promovida, para ter mais sucesso<br />
no futuro. A presença na feira de Reifen foi uma<br />
das formas da empresa encurtar distâncias e perceber<br />
melhor as exigências de um mercado altamente competitivo<br />
como o europeu.<br />
Em termos de produtos para o mercado europeu, a<br />
marca tem no seu pneu LingLong Grenn-Max UHP<br />
o principal cartão de visita, tendo uma banda de rolamento<br />
assimétrica, que maximiza o contacto do pneu<br />
com o solo, favorecendo a condução e as travagens,<br />
tanto em seco, como em molhado. Um detalhe não<br />
muito comum é um rebordo de borracha que protege<br />
a jante nas curvas.<br />
MARANGONI<br />
Foi apresentado em Reifen o projeto Marangoni<br />
Blue Team, que tem por objectivo os distribuidores<br />
da Alemanha, Áustria e Suíça, o que poderíamos chamar<br />
a "nata" do mercado europeu. Esse projeto de fidelização<br />
de distribuidores tem como fulcro o armazém<br />
da Marangoni em Solingen (Alemanha), a partir<br />
do qual é possível garantir entregas de 24 a 48 horas.<br />
Outros factores de valor acrescentado do projecto<br />
Blue Team Marangoni são os valores tradicionais da<br />
marca: produção 100% Made in Italy, produtos espe-<br />
PUB<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 25
SALÃO<br />
REIFEN <strong>2012</strong><br />
cializa<strong>dos</strong> de altas prestações, a exclusiva garantia<br />
"Marangoni Lifetime Warranty", elevado nível de serviço<br />
e grande atenção e respeito pelo cliente.<br />
Outra novidade, dentro da estratégia de liderança e<br />
consolidação <strong>dos</strong> pneus recauchuta<strong>dos</strong> para veículos<br />
industriais MARIX, onde detém mais de 1/4 do mercado,<br />
é a adopção de novos nomes e referências,<br />
numa óptica de marketing. Recorde-se que a Marangoni<br />
foi pioneira no conceito de recauchutar pneus<br />
de pesa<strong>dos</strong> para aumentar a rentabilidade das frotas,<br />
modelo de negócio hoje seguido por todas as grandes<br />
marcas de pneus do mercado europeu.<br />
Ainda dentro <strong>dos</strong> pneus recauchuta<strong>dos</strong>, a Marangoni<br />
prepara-se para inovar, apresentando a nova<br />
gama de pneus RINGTREAD Black Line, que a marca<br />
garante serem uma verdadeira alternativa aos pneus<br />
premium novos. Para lançar estes novos pneus, que<br />
estarão no mercado provavelmente na "Rentrée" após<br />
férias deste ano, a Marangoni investiu forte em novos<br />
equipamentos, incluindo linhas automatizadas de<br />
produção e novas tecnologias.<br />
MAXXIS<br />
Em Reifen, a Maxxis apresentou várias novidades,<br />
começando pelo pneu de Inverno WP05. Mais inovador<br />
é o novo pneus UHP Pro R1, que apela a um<br />
novo composto "Ultra R", onde é utilizada a nano<br />
tecnologia para integrar partículas de sílica e de carvão<br />
negro.<br />
Com uma banda de rolamento com quatro sulcos<br />
longitudinais, o novo pneu Maxis Pro R1 circula sem<br />
problemas em estradas alagadas e garante excelente<br />
aderência, tanto em piso seco, como molhado. Eficiência<br />
energética e baixa sonoridade são outros atributos<br />
positivos deste novo pneu.<br />
No nicho de pneus de competição cliente, a Maxxis<br />
oferece o ZR01, um pneu de rali para asfalto, assim<br />
como o novo RC 1, um pneu de pista para piso seco,<br />
que proporciona excelente aderência, mas também<br />
possui um ciclo de aquecimento que favorece a duração<br />
do pneu. Para que o piloto não possa ser surpreendido<br />
por queda de chuva inesperada, o Maxxis<br />
RC 1 possui dois sulcos longitudinais na banda de rolamento.<br />
Nos pneus de todo o terreno, a Maxxis apresentou<br />
em Reifen o AT980, capaz de assegurar a máxima tração<br />
e poder de travagem em qualquer tipo de piso.<br />
Este pneu tem uma estrutura reforçada, com proteção<br />
contra furos, enquanto que os ombros em ângulo recto<br />
aumentam a capacidade de carga e proporcionam<br />
grande estabilidade em todas as condições de condução.<br />
MICHELIN<br />
Como fabricante de primeiro plano, o modelo de<br />
negócio da Michelin tem que assentar no fornecimento<br />
de soluções de rentabilidade, segurança e sustentabilidade<br />
a to<strong>dos</strong> e cada um <strong>dos</strong> seus clientes <strong>dos</strong> mais<br />
diversos sectores de atividade. Nesta feira de Reifen<br />
<strong>2012</strong>, a Michelin apresentou algumas novidades para<br />
o estratégico sector da construção e obras públicas. À<br />
frente da oferta, a Michelin colocou o seu novo pneu<br />
para gruas móveis X-Crane+, cuja geração anterior já<br />
era uma referência no mercado. Este novo pneu foi estudado<br />
para apresentar um desgaste regular e homogéneo,<br />
o que não é fácil, devido às elevadas cargas variáveis<br />
que o pneu suporta. Este novo pneu da Michelin<br />
será comercializado a partir deste Verão (<strong>2012</strong>), na<br />
principal medida do mercado, 445/95R25, com código<br />
de velocidade F.<br />
Outro pneu apresentado em Reifen foi o Michelin<br />
XADN+, destinado a dumpers articula<strong>dos</strong>, que são<br />
equipamentos de transporte de terras e inertes nas<br />
mais variadas condições e ambientes de trabalho. A<br />
vantagem ambiental destes pneus reside na sua menor<br />
massa, que se traduz por menos resíduos para reciclar.<br />
O Michelin XADN+ estará igualmente disponível<br />
neste Verão (<strong>2012</strong>), numa principal dimensão do mercado<br />
(29.5R25).<br />
Outra novidade da Michelin para a construção são<br />
os pneus Michelin BibSteel, destina<strong>dos</strong> a equipamentos<br />
compactos (Compact Line), como pás carregadoras,<br />
mini retro-escavadoras, Bob Cats, etc., muito utiliza<strong>dos</strong><br />
em pequenas obras nas cidades e noutros pontos<br />
em que máquinas maiores são um problema. A<br />
gama destes pneus compreende o BibSteel All Terrain<br />
e o BibSteel Hard Surface.<br />
A lista de novidades para a construção da Michelin<br />
em Reifen termina com o novo Michelin X Works,<br />
como o nome indica um pneu versátil e polivalente<br />
que pode operar em qualquer terreno e andar em segurança<br />
na estrada. O Michelin X Works foi desenvolvido<br />
para suportar uma carga de 8 toneladas por eixo<br />
(13,4 toneladas em roda<strong>dos</strong> duplos) a 110 km/h, estando<br />
disponível nas medidas 13R 22.5 e 315/80R 22.5.<br />
David Stinissen<br />
Diretor Marketing Toyo<br />
Estamos a lançar neste momento dois produtos novos com<br />
uma dimensão ecológica bem marcada, que pertencem a<br />
uma nova marca chamada Nano Energy. Os novos pneus<br />
chamam-se NanoEnergy 1 e NanoEnergy 2. O NanoEnergy<br />
pertence à categoria A das novas etiquetas de pneus e é extremamente eficiente.<br />
Também possui reduzida emissão sonora. Estará brevemente disponível<br />
em 12 medidas mais procuradas. Os dois pneus são <strong>dos</strong> mais eficientes do<br />
ponto de vista energético e apresentam também excelente comportamento<br />
nas travagens em piso molhado. Estamos igualmente a apresentar aqui um<br />
novo conceito de pneu sem ar, o que demonstra que a Toyo não está somente a<br />
pensar em pneus para vender no mercado, mas está igualmente a investigar<br />
em novas soluções para o futuro, que se pretendem mais leves, mais fiáveis e<br />
mais eficientes. Os pneus convencionais ainda têm alguns anos pela frente, diríamos<br />
6/7 anos, mas temos que pensar para além desse prazo. Este novo<br />
pneu não fura e não perde ar, sendo portanto mais seguro e eficiente do que os<br />
atuais pneus comuns. A parte central do pneu tem uma estrutura em resina<br />
sintética, que garante a mesma estabilidade do veículo em curva e ao travar<br />
do que os pneus a que estamos habitua<strong>dos</strong> a utilizar atualmente. Relativamente<br />
à nova etiqueta <strong>dos</strong> pneus, já realizámos ensaios de to<strong>dos</strong> os nossos<br />
pneus e temos to<strong>dos</strong> os da<strong>dos</strong> indispensáveis para lançar as etiquetas no máximo<br />
até ao dia 1 de Novembro próximo. Mais do que grande volume de vendas,<br />
iremos focar-nos em aumentar a nossa quota de mercado na Europa, introduzindo<br />
novos produtos e aumentando o nível de serviço.<br />
MOMO<br />
Esta marca foi criada pelo piloto Gianpiero Moretti<br />
nos anos 60 do século passado, tendo adquirido um<br />
sólido prestígio no mercado, principalmente devido a<br />
jantes de liga leve, volantes desportivos e outros acessórios<br />
para automóveis. Estávamos nos anos de crescimento<br />
do sector automóvel e o negócio conheceu rápida<br />
prosperidade, porque to<strong>dos</strong> os jovens ou menos<br />
jovens queriam ter umas jantes "especiais" e um volante<br />
a imitar um carro de competição. Hoje, passa<strong>dos</strong> 40<br />
anos do lançamento da primeira jante Momo, a colaboração<br />
entre Momo Srl e Univergomma, resultou no<br />
nascimento de um novo projecto: a Momo Tires, que<br />
foi oficialmente apresentada na Feira de Reifen. A<br />
gama agora apresentada inclui pneus de Inverno, que<br />
serão bastante competitivos, se atendermos ao passado<br />
de qualidade de produção e tecnologia da marca.<br />
Os pneus apresenta<strong>dos</strong> em Reifen eram o North Pole<br />
W-1 (jantes 13 a 15’’) e W-2 (jantes 15 a 18’’) cujo símbolo<br />
é um urso polar, garantia de poder de tração,<br />
grande estabilidade, capacidade de travagem e maneabilidade.<br />
A principal diferença entre os dois pneus são<br />
o desenho da banda de rolamento, que no North Pole<br />
W-2 é assimétrico, assim como as medidas. O W-2<br />
está indicado para carros de médias ou grandes dimen-<br />
26<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
Seja um só com seu pneu e o caminho será um só com você.
SALÃO<br />
REIFEN <strong>2012</strong><br />
sões, ou modelos desportivos. Quanto ao Van Pole<br />
W-3 (jantes 14 a 16’’), trata-se de um pneu pensado em<br />
comerciais ligeiros, com a carcaça reforçada, permitindo<br />
maior capacidade de carga em todas as condições<br />
climáticas. A tração em piso molhado é excelente, o<br />
mesmo se podendo dizer em relação ao amplo rendimento<br />
quilométrico. No caso do SUV Pole W-4 (jantes<br />
16 a 20’’) temos um pneu de Inverno apontado a<br />
veículos do tipo SUV e 4 x 4.<br />
NANKANG<br />
A Nankang Rubber Tire é um construtor de pneus<br />
asiático (Taiwan), que está no mercado há meio século.<br />
Tendo um departamento de R+D próprio e uma<br />
tecnologia de fabrico apurada, os pneus da marca<br />
Nankang conquistaram clientes de muitos países, mas<br />
a expansão a nível global é relativamente recente.<br />
Para ter acesso ao mercado europeu, a Nankang<br />
teve que alinhar a sua tradicional filosofia de "Integridade,<br />
Pragmatismo e Inovação" com as exigências de<br />
dividida em duas metades iguais, cada uma das quais<br />
com um desenho específico, através <strong>dos</strong> quais se obtém<br />
o máximo conforto e segurança, os dois principais<br />
objectivos do fabricante para este produto. O<br />
Nankang AS-1 estará disponível em medidas de jante<br />
de 15 a 20", relações dimensionais de 35 a 70 e códigos<br />
de velocidade de H a Y.<br />
NOKIAN<br />
Este ano a Nokian não programou grandes novidades,<br />
embora tenha apresentado planos para fazer mudanças<br />
em breve, na produção <strong>dos</strong> seus pneus. Toda<br />
a gama Nokian é essencialmente de pneus Verdes,<br />
porque, sendo uma marca nórdica, as questões do<br />
ambiente são sempre mais importantes do que para<br />
outros povos e culturas. Um <strong>dos</strong> pilares da empresa é<br />
produzir pneus amigos do ambiente e estar na primeira<br />
linha da defesa os recursos naturais. Em termos de<br />
mercado europeu, vai abrir um escritório num país<br />
europeu, com uma estratégia de comunicação mais<br />
Fabien Bouquet<br />
Diretor Marketing Point S<br />
A Point S levou a Reifen as últimas novidades da sua própria<br />
marca de pneus, que começaram a ser fabrica<strong>dos</strong> com um<br />
novo composto de borracha, que visa corresponder às novas<br />
exigências da etiquetagem <strong>dos</strong> pneus novos. A Point S já há<br />
vários anos que introduziu nas suas oficinas serviços de mecânica rápida e assistência<br />
geral a veículos, mas as políticas concretas de oferta de serviços,<br />
para além de pneus, depende das opções de cada país. De qualquer modo, o<br />
pneu continua a ser o ponto principal da sua atividade. Com o objectivo de evoluir<br />
para outros serviços, está atualmente a dar formação e certificação aos<br />
aderentes, porque sempre que uma oficina passa a oferecer um novo serviço<br />
tem que estar bem equipada e dispor de pessoal com formação específica. Paralelamente,<br />
está a estabelecer acor<strong>dos</strong> com fornecedores de novas linhas de<br />
produtos. Esses acor<strong>dos</strong> prevêem sempre que possível a introdução de peças<br />
de substituição e produtos com a marca Point S. A nível das vendas, conseguimos<br />
ganhar quota de mercado nos últimos anos, mas este ano vamos apenas<br />
apostar na manutenção dessa quota, porque há previsões de uma quebra média<br />
de 15% do mercado europeu de pneus.<br />
Nos pneus de ligeiros, há anos que servem para equilibrar o mercado, depois<br />
de aumentos ou quebras da procura acima da média. Nos pneus de pesa<strong>dos</strong>,<br />
o mercado reflete mais diretamente a atividade económica e <strong>dos</strong> transportes.<br />
Com a presente crise, o mercado <strong>dos</strong> pneus de pesa<strong>dos</strong> perdeu cerca<br />
de 30%. Agora resta aguardar pela retoma da economia e da atividade transportadora,<br />
para termos novos níveis de consumo desses pneus.<br />
qualidade e ambientais da União Europeia. Foi assim<br />
que surgiram os compostos livres de óleos aromáticos<br />
e as tecnologias de eficiência energética e de segurança<br />
em to<strong>dos</strong> os tipos de pisos. A principal novidade da<br />
marca Nankang em Reifen era o novo pneu ECO-2,<br />
um pneu de tecnologia moderna e composto de borracha<br />
de alto teor de sílica. Excelentes resulta<strong>dos</strong> na<br />
travagem em molhado e na eficiência energética garantem<br />
a este novo pneu o passaporte para a Europa e<br />
obviamente para outros merca<strong>dos</strong> exigentes. O ECO-<br />
2 estará disponível em diversas medidas de jantes de<br />
16 a 18", relações dimensionais de 40 a 60 e códigos<br />
de velocidade de V a Y.<br />
Quanto ao Nankang NS-20 é um pneu desportivo<br />
UHP, também com uma tecnologia de construção<br />
avançada e compostos de borracha à base de sílica.<br />
Grande aderência em to<strong>dos</strong> os tipos de pisos, estabilidade<br />
e silêncio são outras características avançadas<br />
deste novo pneu. O pneu assimétrico AS-1 é igualmente<br />
um pneu UHP que tem a banda de rolamento<br />
evoluída e mais agressiva. Tem novos parceiros na<br />
área da comunicação e vai desenvolver uma estratégia<br />
de divulgação da marca junto do grande público. O<br />
conhecimento da marca na Europa Central e do Sul<br />
ainda não é <strong>dos</strong> melhores e a marca está a querer inverter<br />
rapidamente essa situação. Atualmente, a marca<br />
ainda está totalmente focada nos pneus de Inverno<br />
e tem dado o melhor do seu esforço a esse segmento<br />
do mercado. No entanto, tem excelentes pneus de<br />
Verão, que alcançaram bom desempenho em testes<br />
comparativos e tenciona promover a sua distribuição<br />
de forma consequente. Para isso, no entanto, tem ainda<br />
que encontrar novos parceiros de negócio e acertar<br />
os detalhes em relação a cada mercado específico.<br />
PETLAS<br />
Apresentou pneus para trabalhos fora da estrada de<br />
grandes dimensões, vários pneus para veículos de passageiros<br />
e ainda pneus para camiões. To<strong>dos</strong> estes<br />
pneus têm as mais recentes tecnologias e obedecem<br />
aos mais avança<strong>dos</strong> processos de fabrico, estando já<br />
disponíveis no mercado, incluindo no mercado português.<br />
<strong>Pneus</strong> mais leves, mais eficientes e menos rui<strong>dos</strong>os<br />
é o que procuram fazer to<strong>dos</strong> os fabricantes e a Petlas<br />
não exceção, porque é isso que o mercado de primeiro<br />
equipamento exige.<br />
Com a maior consciência ecológica <strong>dos</strong> consumidores,<br />
o mercado de substituição começará a exigir o<br />
mesmo tipo de pneus.<br />
No caso da Petlas, está a incorporar os avanços da<br />
tecnologia na produção corrente e ainda não optou<br />
pela estratégia de promover pneus ecológicos especificamente.<br />
Tem vindo a alargar a gama de produtos e é cada<br />
vez mais bem conhecida do mercado, graças à presença<br />
em eventos como Reifen, o que lhe tem permitido<br />
aumentar a quota de mercado na Europa e noutros<br />
merca<strong>dos</strong>. Infelizmente, essa tendência está de certo<br />
modo a ser contrariada pela presente retração do mercado,<br />
mas esse problema está a afectar to<strong>dos</strong> os fabricantes.<br />
Mesmo assim, há merca<strong>dos</strong> emergentes onde surgem<br />
novas oportunidades e a Petlas está atenta a todas<br />
as hipóteses de negócio, o que lhe permite manter<br />
um nível de vendas rentável. Está igualmente a consolidar<br />
a sua presença no Médio Oriente, Balcãs e Norte<br />
de África, tirando partido da sua posição estratégica<br />
neste contexto geográfico. Á medida que a instabilidade<br />
política na região se equilibra, a Petlas tem mais<br />
oportunidades de negócio, fruto de um trabalho de<br />
vários anos para consolidar a sua presença nesses merca<strong>dos</strong>.<br />
No mercado ibérico e em Portugal existe uma quebra<br />
do mercado, que será mais difícil de recuperar no<br />
caso <strong>dos</strong> pneus de ligeiros, devido à situação económica.<br />
Nos pneus agrícolas e de pesa<strong>dos</strong>, pensa que há<br />
hipóteses de uma recuperação mais rápida <strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong>,<br />
dependendo da dinâmica de cada sector de atividade.<br />
28<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
SALÃO<br />
PIRELLI<br />
Como seria de esperar, a marca Pirelli marcou presença<br />
em Reifen com um pneu de "ataque" de etiqueta<br />
AA, isto é, o novo Pirelli Cinturato P7 Blue, o qual,<br />
além de reduzida resistência ao rolamento e curtas distâncias<br />
de travagem em molhado, oferece longa quilometragem<br />
e grande fiabilidade. Este pneu já está disponível<br />
no mercado europeu nas medidas para carros do<br />
segmento médio. Além do novo Cinturato P7 Blue, a<br />
Pirelli expôs em Reifen o Cinturato P7 ecológico, o<br />
pneu ultra desportivo P Zero (UHP), o Scorpion Verde,<br />
pneu ecológico de alta performance para SUV e<br />
Crossover, assim como os pneus de Inverno Snowcontrol<br />
3, Sottozero II e Scorpion Winter. A última<br />
versão da família P Zero, o P Zero Silver, esteve igualmente<br />
presente, sendo um pneu com tecnologia e processos<br />
de fabrico usa<strong>dos</strong> em pneus de F1, indicado<br />
para carros desportivos e para veículos de topo de<br />
gama de elevada potência.<br />
A última geração de pneus de camião Séries 01 marcou<br />
também presença na feira de Essen, incluindo<br />
pneus direcionais, pneus de tração e pneus para reboques<br />
e semi-reboques.<br />
A gama de pneus para 2 rodas também não faltou à<br />
chamada, com o Pirelli Diablo Rosso Corsa à cabeça.<br />
É um pneu de elevadas prestações que tanto pode ser<br />
utilizado em estrada como em pista. O Night Dragon<br />
é um pneu que oferece excelente desempenho, sendo<br />
especialmente recomendado para motos do tipo custom,<br />
como as Harley Davidson. Quanto ao Scorpion<br />
Trail, é um pneu para motos do tipo enduro, mas que<br />
são habitualmente usadas em cidade e na estrada. Finalmente,<br />
o Scorpion MX 554 Mind Hard é um pneu<br />
para fora da estrada, adaptando-se de forma excelente<br />
a pisos médios e duros ou mesmo a superfícies rochosas.<br />
REMA TIP TOP<br />
As principais novidades desta marca de equipamentos<br />
para oficinas de pneus e sistemas de reparação de<br />
pneus apresentadas em Reifen foram a máquina de<br />
montar pneus Concert, totalmente automática, a máquina<br />
de vulcanizar Thermopress XL para pneus<br />
OTR e AS, bem como os remen<strong>dos</strong> de Aramida destina<strong>dos</strong><br />
a pneus de tratores e máquinas agrícolas e industriais.<br />
Os pneus de perfil baixo e os pneus runflat<br />
são <strong>dos</strong> que mais problemas dão na montagem, obrigando<br />
o operador a grandes cuida<strong>dos</strong> para não danificar<br />
o pneu. Com a nova desmontadora Concert da<br />
Rema Tip Top, qualquer tipo de pneu pode ser montado<br />
ou desmontado rapidamente e sem qualquer esforço<br />
da parte do operador, aumentando a produtividade<br />
da oficina.<br />
Com medidas cada vez maiores de pneus para equipamentos<br />
agrícolas e de construção, as operações de<br />
vulcanização tornam-se muitas vezes impossíveis ou<br />
de fraca qualidade. Com a Thermopress XL da Rema<br />
Tip Top, esse problema foi ultrapassado, devido às dimensões<br />
da máquina. Além disso, o tempo de aquecimento<br />
é mais rápido, tornando as reparações igualmente<br />
mais rápidas.<br />
Com os novos remen<strong>dos</strong> de Aramida para pneus<br />
OTR agrícolas e industriais, as reparações tornam-se<br />
mais simples e o remendo é mais flexível, tornando-se<br />
mais fiável em utilizações duras. Os novos remen<strong>dos</strong><br />
da Rema Tip top de fibra de Aramida estão disponíveis<br />
em 5 tamanhos diferentes, para reparações pequenas<br />
ou grandes.<br />
SCHRADER<br />
Os sistemas de controlo da pressão <strong>dos</strong> pneus<br />
(TPMS) são uma inovação que ao informar o condutor<br />
em tempo real da pressão <strong>dos</strong> pneus do seu veícu-<br />
PUB<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 29
SALÃO<br />
REIFEN <strong>2012</strong><br />
lo, garante simultaneamente, maior segurança e economia<br />
para o utilizador do veículo, maior segurança<br />
rodoviária e maior proteção do ambiente, ao reduzir<br />
o consumo de recursos e limitar as emissões de CO2.<br />
A SCHRADER apresentou no salão de Reifen um<br />
sensor e o respectivo sistema de programação que tornam<br />
a operação de substituição do sensor da válvula<br />
do pneu muito mais simples e rápida. Desse modo, a<br />
oficina poderá efetuar o serviço mais rapidamente,<br />
por menor custo e com mais rentabilidade.<br />
A solução chama-se EZ-sensor, que pode substituir<br />
cerca de 90% <strong>dos</strong> sensores de pressão <strong>dos</strong> pneus, até<br />
velocidades de utilização de 250 km/h. Este EZ-sensor<br />
tem um desempenho idêntico aos sensores de origem<br />
e pode ser facilmente programado de acordo<br />
com o sistema original de controlo de pressão de<br />
pneus. O sensor pode ser usado em jantes de aço ou<br />
de liga leve e é fornecido para velocidades acima de<br />
250 km/h no primeiro equipamento (devido a necessidades<br />
de ajustamento do sistema de controlo).<br />
Para a oficina, o novo EZ-sensor apresentado em<br />
TECH<br />
A Tech International é uma empresa especializada<br />
em produtos e ferramentas para reparação de pneus e<br />
manutenção de jantes, que possui mais de 5.000 artigos<br />
que são distribuí<strong>dos</strong> em 110 países. A Tech Europa<br />
representa a empresa global no mercado europeu,<br />
tendo apresentado em Reifen as últimas novidades em<br />
produtos e serviços para o sector, destacando-se as linhas<br />
Tech e Truflex/Pang. Pesos de equilibragem e<br />
válvulas de pneus fazem igualmente parte da oferta da<br />
Tech, que este ano aparece com novas soluções no<br />
segmento <strong>dos</strong> sistemas de controlo de pressão <strong>dos</strong><br />
pneus (TPMS). Em termos de serviços, a Tech apresentou<br />
em Reifen os seus dois novos sites corporativos<br />
(www.tech-europe.co.uk) e (www.truflexpang.co.uk),<br />
que dispõem de informação completa sobre as linhas<br />
de produto e a rede de distribuição da marca. Além<br />
disso, possuem conteú<strong>dos</strong> de formação atualiza<strong>dos</strong><br />
descarregáveis e todas as novidades e oportunidades<br />
do mercado europeu.<br />
Com o seu stand de visual futurista, a Tech Europe<br />
quis passar a mensagem de uma empresa que está na linha<br />
da frente do mercado em valor e em soluções<br />
avançadas, garantindo a sua presença no futuro do pós<br />
venda europeu.<br />
TOYO<br />
Como fornecedor de primeiro equipamento, a<br />
marca japonesa de pneus Toyo tem que estar na linha<br />
da frente da tecnologia e da qualidade de construção,<br />
desenvolvendo os pneus para um novo modelo em<br />
conjunto com os técnicos do veículo. Na atual conjuntura,<br />
os construtores de veículos preocupam-se<br />
mais com a segurança, conforto e eficiência energética,<br />
do que com acelerações e velocidade máxima. Isso<br />
encaixa perfeitamente na filosofia da Toyo, que esteve<br />
em Reifen com os seus últimos pneus NanoEnergy<br />
já etiqueta<strong>dos</strong> pela norma europeia. O Toyo Nano<br />
Energy 1 consegue a classificação A em resistência ao<br />
rolamento e B nas distâncias de travagem em molhado,<br />
conseguindo reduzir o nível sonoro exterior a 68<br />
dB, enquanto que o Toyo Nano Energy 2 mantém a<br />
eficiência energética A, mas passa para C nas distâncias<br />
de travagem e chega aos 70 dB no controlo de ruído.<br />
Ambos usam estruturas muito avançadas e compostos<br />
de borracha de alta tecnologia e são os pneus<br />
que amanhã encontraremos nas ruas da Europa. De<br />
facto, a Toyo equipa de origem algumas das principais<br />
marcas japonesas e algumas europeias, entre as<br />
quais a Audi, desde o A4 RS, até ao Q7.<br />
As duas versões <strong>dos</strong> pneus Nano Energy da Toyo<br />
serão fabrica<strong>dos</strong> nas medidas mais solicitadas, sendo<br />
lança<strong>dos</strong> gradualmente no mercado a partir deste<br />
ano.<br />
UNIWHEELS<br />
A marca Uniwheels é uma empresa totalmente dedicada<br />
a rodas e acessórios para veículos, sendo fornecedor<br />
da indústria automóvel com vários tipos de jantes,<br />
várias equipas de competição profissionais e obviamente<br />
todo o mercado de pós venda.<br />
As jantes de liga leve da Uniwheels são fabricadas<br />
sob quatro marcas - ATS, RIAL, ALUTEC E ANZIO,<br />
respondendo à procura em diferentes nichos e segmentos<br />
de mercado com um total de 44 modelos de<br />
Merry Lang<br />
Diretora Geral Linglong<br />
Estamos em Reifen com o objetivo de contactar com clientes<br />
de mais de 150 países de todo o Mundo. Esta é a forma<br />
mais rápida de os encontrar a to<strong>dos</strong>. Vir aqui é também uma<br />
boa oportunidade para ficar a conhecer as novidades do sector<br />
e até contactar com potenciais novos clientes. Além disso, viemos mostrar<br />
os nossos pneus, que estão prontos para cumprir a nova legislação europeia<br />
de marcação de pneus, que é muito importante para to<strong>dos</strong> os fabricantes.<br />
Este ano vai ser um ano difícil para to<strong>dos</strong> na Europa, mas temos bons clientes<br />
e eles vão-nos ajudar a conseguir um nível de vendas pelo menos semelhante<br />
ao do ano passado. Nos restantes países, temos boas perspectivas em alguns<br />
e menos boas noutros. Com fabricantes chineses, penso que iremos aguentar<br />
esta crise, se conseguirmos controlar os custos e melhorar a produção. Para o<br />
futuro, temos que continuar a inovar e a desenvolver produtos cada vez mais<br />
atraentes para o mercado. <strong>Pneus</strong> ecológicos, pneus de baixo perfil e pneus de<br />
Inverno são algumas das vias de evolução <strong>dos</strong> pneus Linglong para breve.<br />
A capacidade de produção do Linglong Group supera os 20 milhões de jogos<br />
de pneus/ano e está entre os maiores vinte fabricantes mundiais de pneus,<br />
entre as maiores 100 indústrias químicas do país e entre as maiores 1000 empresas<br />
industriais chinesas. Estamos satisfeitos com o nosso distribuidor no<br />
mercado português, a empresa Dispnal. Está a fazer um bom trabalho e a preparar<br />
a futura evolução do negócio. Terá por isso todo o nosso apoio, com o fornecimento<br />
de pneus e todo o material de informação e divulgação necessário<br />
para promover as vendas.<br />
Reifen aumenta as oportunidades de negócio, reduz a<br />
necessidade de stocks e o risco de montar peças trocadas,<br />
torna o serviço mais rápido e de menor custo, para<br />
além de ser compatível com os sistemas de diagnóstico<br />
e programação já existentes na oficina. De qualquer<br />
forma, a Schrader desenvolveu uma nova ferramenta<br />
electrónica EXP'AIR para programar o EZ-sensor e<br />
sensores específicos e originais. As vantagens desta ferramenta<br />
são um ecrã de grande visibilidade, bateria recarregável<br />
de longa duração, que permite imprimir os<br />
da<strong>dos</strong> do sensor num PC ou computador portátil,<br />
grande robustez para ser usado em oficinas e actualizações<br />
gratuitas do software (bases de da<strong>dos</strong>) durante o<br />
primeiro ano.<br />
jantes exclusivos. As fábricas situam-se na Polónia e<br />
na Alemanha, sendo o processo de produção a moldagem<br />
a baixa pressão. Há 40 anos que a Uniwheels<br />
domina esta tecnologia, tendo-se tornado num <strong>dos</strong><br />
principais fabricantes de jantes a nível europeu.<br />
Na feira de Reifen, a Uniwheels deu conta aos seus<br />
clientes e ao mercado das alterações efectuadas na distribuição<br />
para o pós-venda, sendo a principal delas a<br />
centralização de vendas e logística no armazém central<br />
de Bad Durkheim, uma unidade logística com<br />
20.000 m2.<br />
Quanto a jantes propriamente, a marca Rial fez as<br />
honras da casa, tendo apresentado as novas jantes Zamora<br />
e Catania, dois nomes latinos que podem ter<br />
êxito em qualquer parte do Mundo. A Zamora é uma<br />
jante original de 18 raios, com perfurações de 4 e 5<br />
pernos, podendo satisfazer um grande número de<br />
aplicações.<br />
As 4 medidas disponíveis com 4 ou 5 furos são 7.0<br />
x 15/16, 7.5 x 17 e 8.0 x 18. Por seu turno, a nova jante<br />
30<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
DISPNAL PNEUS, S. A.<br />
Rua de S.Tiago, 217 - 4575-581 Penafiel<br />
Telefone: 255 617 480 - Fax: 255 617 489<br />
http://www.dispnal.pt - Email: dispnal@dispnal.pt
SALÃO<br />
REIFEN <strong>2012</strong><br />
Catania tem um desenho mais exclusivo de 5 raios e<br />
só está disponível com cinco furos em 3 medidas: 8.0<br />
x 17/18 e 8.5 x 19.<br />
VIPAL<br />
Esta empresa brasileira é uma das maiores indústrias<br />
mundiais de produtos para recauchutagem e reparação<br />
de pneus. A presença em Reifen abre várias<br />
janelas para o Mundo, através das quais a marca poderá<br />
testar a competitividade <strong>dos</strong> seus produtos.<br />
A Vipal não ataca somente a distribuição, mas vai<br />
também diretamente às frotas de transporte, para as<br />
quais tem soluções económicas e fiáveis. Na Reifen<br />
<strong>2012</strong>, a Vipal apresentou três novas bandas de rolamento<br />
pré-curadas. Uma delas é a DV-UM3, indicada<br />
para frotas urbanas de autocarros, com uma característica<br />
importante de rápida dissipação do calor. A<br />
banda DV-RM é indicada para transporte de passageiros<br />
e mercadorias interurbano. Sendo uma banda<br />
mais leve, preserva as carcaças, aumentando a taxa de<br />
YOKOHAMA<br />
A Yokohama construiu a sua imagem de marca<br />
com pneus de elevadas prestações e com o seu envolvimento<br />
na competição automóvel, nicho em que<br />
mantém ainda plena atividade.<br />
No entanto, este ano surgiu em Reifen com um<br />
conceito mais na moda - BluEarth - com o qual pretende<br />
fabricar pneus energeticamente mais eficientes,<br />
com maior grau de solidariedade social e ecológica.<br />
O Yokohama BluEarth AE-01 é um pneu de grande<br />
difusão que está disponível na Europa. No fabrico<br />
deste pneu é utilizado óleo de casca de laranja e um<br />
composto com base em nano tecnologia, que tornam<br />
o pneu mais eficiente, mais seguro em pisos molha<strong>dos</strong>,<br />
como maior quilometragem potencial e baixo nível<br />
de ruído exterior.<br />
Por outro lado, as características <strong>dos</strong> pneus<br />
BluEarth "emigraram" também para outros pneus da<br />
marca, como o Advan Sport V105, bem como para<br />
outros pneus de primeiro equipamento.<br />
Kohei Obata<br />
Marketing Manager Yokohama Europe<br />
Este ano trazemos à feira de Reifen três novidades, um <strong>dos</strong><br />
quais é um pneu ambientalmente compatível, com baixa resistência<br />
ao rolamento e boa aderência em molhado. Outro<br />
novo produto é um pneu ECV para veículos 4 x 4, com características<br />
igualmente ecológicas. A terceira novidade é a última geração do pneu<br />
Advan, de altas prestações, indicado para modelos de topo de gama e desportivos.<br />
As vendas não estão muito de acordo com as nossas pretensões, mas<br />
têm vindo a melhorar gradualmente. Somos especialistas em pneus premium<br />
de altas prestações e a conjuntura económica não favorece muito esse<br />
tipo de produtos. De qualquer modo, estamos convenci<strong>dos</strong> que os nossos<br />
pneus têm qualidade e que acabarão por se vender melhor no futuro, com<br />
condições económicas mais favoráveis. Neste momento estamos a fazer testes<br />
com os nossos pneus para arrancar em breve com a etiquetagem desses<br />
pneus. A nova etiqueta europeia irá ajudar a vender os nossos pneus, que têm<br />
características muito interessantes para o consumidor final. Para <strong>2012</strong>, esperamos<br />
uma subida das vendas na Europa, porque estamos a partir de uma<br />
quota de mercado ainda relativamente baixa.<br />
O apoio de marketing que damos aos nossos distribuidortes é muito forte e<br />
pasa por ouvirmos as suas ideias e opiniões. Temos várias soluções de marketing<br />
para os ajudar a projetar a marca no mercado e vender mais pneus. A Yokohama<br />
tira proveito <strong>dos</strong> novos desafios para impor as suas soluções tecnológicas<br />
mais avançadas, em termos de segurança, desempenho e ecologia <strong>dos</strong><br />
seus pneus.<br />
reutilização das mesmas. Por seu turno, a banda DV-<br />
RT2 destina-se a pneus radiais de eixos motrizes de<br />
transportes de longo curso.<br />
Além destas 3 bandas, a Vipal apresentou ainda em<br />
Reifen as suas bandas de rolamento pré-curadas<br />
ECO, que se caracterizam pela menor resistência ao<br />
rolamento, beneficiando a economia das frotas. Estas<br />
bandas inserem-se no projecto Vipal's Sustainable<br />
Transport, que é também uma estratégia de marketing,<br />
que se destina aos produtos com a etiqueta<br />
ECO. Esta linha de produtos garante economia de<br />
combustível até 10% e 6% mais de quilómetros percorri<strong>dos</strong>.<br />
Tendo sido fundada em 1973 na localidade de<br />
Nova Prata, Rio Grande do Sul (Brasil), a Borrachas<br />
Vipal tem hoje três fábricas no Brasil, sendo uma na<br />
Feira de Santana (Bahia) e as outras duas na localidade<br />
anterior. A área total de produção é de 160.000 m2,<br />
dando emprego a 3.000 trabalhadores. A Vipal exporta<br />
os seus produtos para to<strong>dos</strong> os continentes.<br />
Um <strong>dos</strong> modelos que aderiu ao novo conceito na<br />
origem foi o Mercedes-Benz SLK. Nada de espantoso,<br />
porque os carros de competição já estão também a<br />
utilizar a baixa resistência ao rolamento e a eficiência<br />
energética <strong>dos</strong> pneus para serem mais competitivos<br />
em prova.<br />
O Yokohama Geolandar G 055 é um pneu para<br />
SUV de utilização urbana, que afina igualmente pelo<br />
diapasão ambiental. Outros pneus de ligeiros presentes<br />
foram os invernais C.drive2 e S.drive. A oferta de<br />
pneus para ligeiros presente incluiu também o Advan<br />
Neova AD08.<br />
Os pneus de pesa<strong>dos</strong> da Yokohama passaram igualmente<br />
a beneficiar do conceito Zenvironment, que<br />
pretende demonstrar que a performance não é incompatível<br />
com economia de combustível, baixas<br />
emissões e longa duração.<br />
No segmento <strong>dos</strong> pneus OTR, a Yokohama apresentou<br />
um novo pneu RB31 para dumpers articula<strong>dos</strong>.<br />
ZAFCO<br />
O Grupo Zafco começou com aventura de um indiano<br />
dotado para o comércio e para os relacionamentos<br />
inter pessoais, que iniciou a sua carreira profissional<br />
como vendedor no Bangladesh, no início<br />
<strong>dos</strong> anos 60 do século passado. Estamos a falar de<br />
Mohammed Hussain, fundador da empresa. Sendo<br />
muçulmano ativo, empreendedor e ambicioso, o Sr.<br />
Hussain teve que mudar-se para Karachi, no Paquistão,<br />
onde podia exercer tranquilamente as suas atividades<br />
comerciais. Em 1973, fundou a Zafar Corporation,<br />
projeto que esteve na base do Grupo Zafco, que<br />
se haveria de estabelecer posteriormente em 1993, no<br />
Dubai.<br />
Hoje, o Grupo ZAFCO é um distribuidor global de<br />
pneus para automóveis, baterias e lubrificantes, disponde<br />
de mais de 800 clientes em 85 países. Com<br />
sede nos EAU, a empresa tem um centro de distribuição<br />
do mais atualizado, na Zona Franca de Jebel Ali,<br />
no Dubai. Sendo considerado o maior centro de distribuição<br />
de pneus do Médio Oriente. O inventário<br />
combinado <strong>dos</strong> vários armazéns da Zafco tem mais<br />
de 1 milhão de pneus permanentemente. Com uma<br />
equipa de mais de 270 profissionais, a empresa representa<br />
marca como a Pirelli, Roadstone, Otani, Nitto,<br />
Double Coin, MRF e Zeetex. Em muitos casos o Grupo<br />
Zafco, financia o desenvolvimento de marcas com<br />
grande potencial, como a Zeetex, que não tem somente<br />
pneus, mas mais de 600 artigos para veículos,<br />
incluindo 62 tipos de baterias e 65 lubrificantes. A<br />
Zeetex está certificada para os principais merca<strong>dos</strong>, incluindo<br />
para a Europa. Disponibilidade, garantia e<br />
qualidade/preço imbatível são os principais trunfos<br />
da marca Zeetex.<br />
Em Reifen, a Zeetex apresentou o novo pneu<br />
ZT1000, um pneu que combina um bom desempenho<br />
global, com características obrigatórias na atualidade,<br />
como a eficiência energética, baixo nível sonoro,<br />
longa quilometragem e boa aderência em molhado.<br />
32<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
SALÃO<br />
Empresas Portuguesas presentes<br />
ALVES<br />
BANDEIRA<br />
No seguimento da sua estratégia de internacionalização<br />
e de aproximação e entrada em novos merca<strong>dos</strong>,<br />
a Alves Bandeira International FZE esteve presente<br />
com um Stand, onde promoveu os seus serviços de<br />
trading das principais marcas de pneus que distribui<br />
para todo mundo, através <strong>dos</strong> seus dois centros operacionais,<br />
situa<strong>dos</strong> em Portugal (Mealhada) e nos U.A.E.<br />
(Dubai). O balanço final deste certame foi muito positivo.<br />
Nas palavras do seu responsável André Bandeira,<br />
“a nossa presença aqui foi muito importante, pois se<br />
pretendemos estar neste sector ao nível internacional,<br />
tínhamos que estar aqui presentes, afinal de contas,<br />
esta feira é considerada uma das maiores do ramo a nível<br />
mundial. É uma oportunidade única para encontrar<br />
e estabelecer ligações com potenciais clientes de<br />
todo mundo, desde a África, China, Europa de Leste e<br />
Europa Ocidental, sendo que no final, o número de<br />
contatos realiza<strong>dos</strong>, dá-nos garantias de sucesso em futuras<br />
transações comerciais com novos merca<strong>dos</strong>,<br />
onde ainda não estamos presentes.”<br />
Destaque ainda para a presença da equipa comercial<br />
de pneus da Alves Bandeira & Cª Lda., que é responsável<br />
pelas vendas em Portugal e que, a convite de um<br />
<strong>dos</strong> seus parceiros desta área de negócio, possibilitou a<br />
sua presença. No plano das novidades, durante a feira<br />
foi apresentado o novo piso (ZT1000) da marca Zeetex,<br />
que foi uma das principais atrações desta feira tendo<br />
sido paralelamente um <strong>dos</strong> principais patrocinadores.<br />
Esta marca será representada em exclusividade por<br />
Alves Bandeira em Portugal, existindo a possibilidade<br />
dessa representação se estender a outros países. É um<br />
pneu que se situa no segmento budget mas que possui<br />
uma elevada qualidade, estando já preparado para ser<br />
produzido com a nova etiqueta europeia de características<br />
técnicas com interesse para o consumidor. Para o<br />
lançamento da marca em Portugal, existe um plano de<br />
marketing perfeitamente definido que nos permitirá<br />
divulgar e alcançar as metas desejadas, tendo como objetivo<br />
principal chegar de uma forma diferente a todo<br />
o tipo de potenciais clientes.<br />
Em termos de vendas, este ano não está a ser um<br />
ano fácil para os negócios, mas a Alves Bandeira tem<br />
uma estrutura bem montada e bem organizada, pelo<br />
que está convencida que será possível ultrapassar as di-<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 33
SALÃO<br />
REIFEN <strong>2012</strong><br />
ficuldades que o mercado, de momento, apresenta.<br />
“Os nossos clientes estão a enfrentar restrições ao crédito,<br />
o que dificulta a fluidez <strong>dos</strong> negócios, mas esperamos<br />
que a situação possa regressar à normalidade em<br />
breve. Por outro lado, nós também não estamos em<br />
condições de financiar os nossos clientes, porque não<br />
é essa a nossa missão no mercado, temos é que criar<br />
ferramentas para eles desenvolverem e rentabilizarem<br />
o seu negócio da melhor maneira possível, deste<br />
modo, estou convencido que os atuais constrangimentos<br />
serão ultrapassa<strong>dos</strong>, embora irá demorar mais<br />
tempo do que o inicialmente previsto”, disse Paulo<br />
Santos, Responsável Comercial<br />
CA MAC<br />
A presença da Camac em Reifen é quase uma exigência,<br />
porque 95% da sua produção vai para o mercado<br />
externo e é nesse mercado que a marca tem que divulgar<br />
e promover os seus produtos.<br />
Reifen é um <strong>dos</strong> eventos com maior retorno nesse<br />
sentido, embora a CAMAC também esteja representada<br />
noutros eventos do pós-venda automóvel. Tem<br />
participado regularmente em to<strong>dos</strong> os grandes eventos<br />
internacionais, tanto na Europa, como na Ásia ou na<br />
América Latina.<br />
Com essa presença, tem conseguido encontrar muitos<br />
novos clientes. Praticamente tudo o que produz<br />
atualmente destina-se a clientes novos e a merca<strong>dos</strong><br />
novos. Isto inclui o Médio Oriente, a Ásia, América<br />
Central, América do Sul e América do Norte, entre<br />
outros merca<strong>dos</strong>.<br />
A Reifen, a Camac levou to<strong>dos</strong> os seus principais<br />
produtos, como os pneus racing de competição,<br />
pneus de turismo e pneus para comerciais. “Trazemos<br />
também catálogos <strong>dos</strong> produtos que iremos lançar nos<br />
próximos meses, para os clientes terem uma ideia geral<br />
da nossa oferta. To<strong>dos</strong> os novos produtos são desenvolvi<strong>dos</strong><br />
por um departamento especializado da empresa”,<br />
disse Jorge Rodrigues, Administrador da Camac.<br />
“Como fábrica de dimensão média estamos em boa<br />
posição para ultrapassar esta fase menos boa do mercado,<br />
porque os grandes fabricantes já estão com excesso<br />
de produção e têm os armazéns cheios, estando a antecipar<br />
as férias laborais e a colocar em prática outras formas<br />
de reduzir a sua produção. Neste momento, felizmente,<br />
temos o nosso produto escoado e vamos fabricando<br />
consoante as necessidades do mercado”,<br />
acrescentou este responsável.<br />
Em vendas “tencionamos que este ano seja o ano de<br />
viragem da Camac, em que se marque a ultrapassagem<br />
das fases mais difíceis pelas quais a empresa passou nos<br />
últimos anos. Depois de uma fase de recuperação da<br />
empresa, em que investimos em equipamentos atualiza<strong>dos</strong>,<br />
novas tecnologias e novos méto<strong>dos</strong> de produção,<br />
é altura da empresa realizar retorno e temos este<br />
ano como ponto de inflexão das vendas no sentido do<br />
aumento esperado. Julgo que este ano vamos ter mais<br />
vendas, maior rentabilidade e resulta<strong>dos</strong> positivos de<br />
exploração. Face aos indicadores do primeiro semestre,<br />
podemos esperar ultrapassar o volume de vendas<br />
<strong>dos</strong> anos anteriores e entrar numa nova fase do negócio”,<br />
conclui Jorge Rodrigues.<br />
Em relação ao futuro, este empresário está optimista,<br />
pois verifica que a estratégia seguida estava correta,<br />
naquilo que tinha de investimentos, reorganização da<br />
empresa e aposta em novos produtos. Decorri<strong>dos</strong> três<br />
anos, está a constatar-se que a estratégia resultou e que<br />
a Camac está em condições de começar a recolher os<br />
resulta<strong>dos</strong> do esforço inicial, que Jorge Rodrigues tinha<br />
perspectivado à partida. É para isso que servem as<br />
empresas e é esse o seu valor.<br />
EIB<br />
Para a EIB – Empresa Industrial de Borracha, é a primeira<br />
vez, desde há muitos anos, que está presente em<br />
Reifen com um stand. “A presença nesta Feira abrenos<br />
outras perspectivas de merca<strong>dos</strong> e também contribui<br />
para nos darmos a conhecer ao sector. Estar presentes<br />
é uma forma de dizermos o que de bom se faz<br />
em Portugal”, disse Bruno Carvalho, do Departamento<br />
Comercial. A marca EIB tem na qualidade a sua<br />
principal característica, bem como no desenvolvimento<br />
e inovação de novos produtos, dentro de uma política<br />
de proximidade com os seus clientes e dentro de<br />
um clima de estreita colaboração com eles. Tenta<br />
acompanhar as tendências do mercado e estar na primeira<br />
linha da oferta de produtos competitivos.<br />
que já tínhamos lá e colocámos uma força comercial<br />
no terreno, com cinco pessoas. Em simultâneo, abrimos<br />
uma delegação e armazém em Barcelona, o que<br />
nos está a permitir dispor de uma nova situação. Temos<br />
uma cobertura que permite efetuar entregas da<br />
parte da manhã do dia seguinte em 99% do território<br />
espanhol e tudo isso está a ajudar-nos a não quebrar o<br />
negócio, apesar da fortíssima recessão que está a grassar<br />
na Espanha”, disse Manuel Félix, Managing Director<br />
da Eurotyre.<br />
A estratégia da empresa é simples, conforme explica<br />
Manuel Félix: “Os nossos vendedores visitam as casas<br />
de retalho, com uma função de relações públicas, cujo<br />
objectivo é promover a empresa e o nosso conceito,<br />
que assenta em três pontos: disponibilidade de produto,<br />
serviço e preço competitivo, por esta ordem de importância.<br />
De facto, somos fortes em disponibilidade,<br />
porque temos mais de 110.000 pneus em stock e 3.100<br />
referências, de mais de 70 marcas. Conjugando depois<br />
a logística e o preço, temos uma oferta que é muito<br />
competitiva, embora nem sempre se ganhe à partida”.<br />
Relativamente às vendas on-line, Manuel Félix afirma<br />
que “A nossa estratégia de vendas online continua<br />
em marcha, representando já 70% das encomendas totais<br />
que recebemos. A boa verdade é que a Internet é<br />
mais rápida, mais cómoda e mais económica do que<br />
outros meios de comunicação e os clientes também<br />
não têm tempo para estar ao telefone a fazer encomendas.<br />
Por outro lado, o comércio electrónico através da<br />
Internet ganhou confiabilidade e já ninguém tem receio<br />
de enganos, atrasos ou outros inconvenientes do<br />
mesmo tipo. De qualquer forma, a nossa estratégia<br />
continua a ser a venda exclusivamente a profissionais<br />
(B2B)”.<br />
Como novidade, foi apresentado um novo serviço<br />
“Quando a EIB surgiu há cerca de 20 anos já tinha<br />
uma vocação exportadora e os merca<strong>dos</strong> exteriores<br />
sempre foram o nosso target. Isto não impede que tenhamos<br />
uma presença significativa no mercado nacional”,<br />
conclui Bruno Carvalho. Nos pré-vulcaniza<strong>dos</strong> a<br />
EIB tem apostado bastante nos pisos OTR, para o segmento<br />
industrial, tendo apresentado um novo piso,<br />
bem como outros produtos para a indústria de recauchutagem<br />
de pneus.<br />
EUROTYRE<br />
Este ano a Eurotyre em Portugal praticamente duplicou<br />
o stock e ampliou as referências disponíveis,<br />
graças a um novo armazém com 10.000 m2, que ajudou<br />
a amortecer o impacto das alterações do mercado.<br />
Em Espanha está a crescer na ordem <strong>dos</strong> 40%.<br />
“Em Espanha, já vínhamos mantendo um certo fluxo<br />
de encomendas, através <strong>dos</strong> meios de comunicação<br />
habituais. No ano passado, ativámos uma empresa<br />
para os clientes. Trata-se um programa de gestão de<br />
clientes do tipo CRM, que ficará no site da Euro Tyre,<br />
mas poderá ser utilizado livremente pelos clientes. Até<br />
ao fim de <strong>Julho</strong>, este novo serviço estará disponível.<br />
De referir que a Eurotyre foi comprada por um grupo<br />
holandês que factura mais de € 5 biliões de Euros, está<br />
em 12 países e tem 11.000 emprega<strong>dos</strong>. Esse grupo<br />
tem mais empresas de distribuição de pneus, incluindo<br />
o distribuidor da Continental na Holanda desde<br />
1949. Todo o grupo vende mais de 8 milhões de pneus<br />
ano a nível europeu, incluindo Portugal, e pretende<br />
continuar a crescer, seja através de aquisições e/ou de<br />
crescimento orgânico (como no caso da Península Ibérica).<br />
FEDIMA<br />
A Fedima é já uma presença habitual na Reifen e<br />
noutros eventos do pós-venda automóvel europeu,<br />
porque dispõe de uma variedade de produtos e uma<br />
34<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
SALÃO<br />
A Nortenha, enquanto possuidora de tecnologia de<br />
ponta, coloca nos merca<strong>dos</strong> produtos de elevada qualidade<br />
com níveis de segurança que respondem satisfatoriamente<br />
às necessidades <strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong> mais exigentes.<br />
Assim, aproveitando este evento, a Nortenha divulgou<br />
e promoveu os seus mais recentes produtos, a<br />
saber: Desenvolvimento da sua linha de pneus 4x4,<br />
com o mais recente desenho de piso MTK2, que em<br />
breve contará com mais medidas (235/85R16,<br />
175/80R16, 265/75R16, 205/70R15, 245/70R16,<br />
215/65R16);<br />
Na gama de pneus de camião, apresentou o seu<br />
mais recente pneu 12.00R24 Eco Cargo, para complementar<br />
o seu leque de produtos e dar assim resposta à<br />
necessidade de alguns merca<strong>dos</strong> emergentes. De realçar<br />
também a ligação à Continental para a produção<br />
de pneus pesa<strong>dos</strong> com bandas Contitread.<br />
Sendo líder na produção de pneus Industriais, foi<br />
lançado durante o evento o mais recente 23.5R25 e<br />
26.5R25 NADN destinado a utilização em Dumpers<br />
articula<strong>dos</strong>.<br />
Tendo sempre bem presente as preocupações ambientais,<br />
convém não esquecer que a Nortenha, na sua<br />
atividade industrial prolonga a utilização de uma carcaça<br />
de pneu por uma ou mais vidas úteis. Para além<br />
de reduzir substancialmente a quantidade de pneus<br />
que to<strong>dos</strong> os anos integram o fluxo de resíduos, esta<br />
operação de reutilização contribui para a preservação<br />
<strong>dos</strong> recursos naturais, poupando quase 2/3 das matérias-primas<br />
e a energia indispensáveis para a produção<br />
de um pneu novo.<br />
Apesar de ainda ser muito cedo, a Nortenha faz um<br />
balanço positivo da sua participação nesta feira pela já<br />
concretização de alguns novos negócios e já está pronta<br />
para abalar em direção ao Panamá, onde participará<br />
POINT S<br />
A Point S está em Portugal há cerca de três anos e já<br />
tem à volta de trinta unidades de serviço. O objectivo<br />
para o mercado português está entre 40 a 50 oficinas,<br />
para dar massa crítica à rede e assegurar uma cobertura<br />
completa do mercado. Para a Point S, o principal critério<br />
de seleção <strong>dos</strong> novos candidatos é serem profissionais<br />
do pneu competentes. “Claro que já fizemos um<br />
trabalho considerável, mas ainda falta desenvolver o<br />
resto do projeto para Portugal, que está em marcha”,<br />
refere Humberto Menezes, responsável da rede Point<br />
S em Portugal.<br />
“Estamos a trabalhar para que a rede Point S consiga<br />
em Portugal o mesmo grau de sucesso que tem noutros<br />
países europeus. Temos já ativado um site de venda<br />
de pneus ao consumidor final, e estamos paralelamente<br />
a efetuar uma profunda reestruturação do site<br />
oficial da empresa. Temos também uma ferramenta<br />
informática de gestão de clientes CRM para as nossas<br />
oficinas, que é uma excelente arma de eficiência comercial.<br />
Através de campanhas e programas informativos,<br />
conseguimos manter um nível de proximidade<br />
com o cliente final muito elevado”, diz Humberto<br />
Menezes.<br />
Em termos de expansão da rede, está prevista a entrada<br />
em atividade de seis novos postos Point S no<br />
país, até ao final do ano, apesar do mercado português<br />
de pneus estar em queda livre, devido à manifesta falta<br />
de poder aquisitivo da população.<br />
qualidade de produto acabado que justifica esta opção<br />
pela sua internacionalização. O sector de reconstrução<br />
de pneus tem vindo a consolidar-se de forma sustentável<br />
no mercado Europeu, impulsionando empresas<br />
como a Fedima, a progredir no mercado. Actualmente<br />
exporta 60% da produção, para cerca de 30 países,<br />
com a fábrica a trabalhar 24 horas por dia.<br />
A presença na Reifen justifica-se por proporcionar o<br />
encontro fácil com os seus clientes e por potenciar o<br />
contacto com outros novos. “É mais fácil estabelecer<br />
aqui um diálogo e uma boa negociação com um cliente<br />
por exemplo Espanhol, do que ir ter com ele ao seu<br />
local habitual de trabalho, onde nem sempre conseguimos<br />
a melhor atenção e disponibilidade da parte<br />
do cliente. Aqui, qualquer cliente, seja de que país for,<br />
está com o tempo por sua conta, tem mais disponibilidade<br />
e está mais atento a novidades e outros aspectos<br />
do negócio, o que não acontece na sua rotina diária de<br />
trabalho”, reconhece Carlos Marques, Administrador<br />
da empresa. Como destaques em novidades foi apresentado<br />
em primeira mão o novo site da empresa,<br />
www.fedimatyres.com, com fotografias <strong>dos</strong> pneus em<br />
3D, uma App para Ipad Fedima, e um pneu slick reconstruído,<br />
único do mercado, destinado à competição<br />
automóvel.<br />
Relativamente à venda de pneus reconstruí<strong>dos</strong> para<br />
outros países fora da Europa, Carlos Marques lamenta<br />
os impedimentos ao comércio livre deste produto:<br />
“Fomos aborda<strong>dos</strong> por vários potenciais clientes marroquinos,<br />
que mostraram interesse nos nossos pneus,<br />
mas como estão proibi<strong>dos</strong> por lei de importar pneus<br />
reconstruí<strong>dos</strong>, não fizeram qualquer compra. Há outros<br />
países em que existem idênticas limitações, como<br />
é o caso do Brasil. Este País taxa os reconstruí<strong>dos</strong> importa<strong>dos</strong><br />
a 30%, o que na prática constitui uma proibição,<br />
porque esse imposto torna o nosso pneu dificilmente<br />
vendável. Na China e na Índia a situação é<br />
idêntica ou pior, porque os países emergentes querem<br />
proteger o desenvolvimento das suas indústrias em vários<br />
sectores e procedem do mesmo modo. Para o nosso<br />
negócio, essa situação é uma contrariedade, porque<br />
o mercado europeu é livre, aceitamos praticamente<br />
tudo de todo o lado, mas nós não podemos exportar<br />
para muitos <strong>dos</strong> países que vendem cá pneus reconstruí<strong>dos</strong>.<br />
Infelizmente, vamos vivendo com aquilo que<br />
temos”.<br />
NORTENHA<br />
Mais uma vez, a Nortenha participou como expositor,<br />
na Feira Reifen. Esta participação da Nortenha enquadra-se<br />
no âmbito da estratégia da empresa no seu<br />
processo de internacionalização, divulgação da sua<br />
gama de produtos, consolidação e angariação de novos<br />
clientes.<br />
com stand próprio, de 24 a 28 de <strong>Julho</strong>, na Latin American<br />
& Caribbean Tyre Expo <strong>2012</strong>.<br />
RUBBER VULK<br />
A Rubber Vulk está em Reifen desde 2002 e agora<br />
entrou numa fase de consolidar as exportações. “É<br />
mais fácil encontrar aqui 20 ou 30 clientes habituais<br />
do que andar atrás deles por todo o Mundo. Não vimos<br />
aqui propriamente com objectivos de lançamento<br />
de novos produtos, porque já não é previsto vir a<br />
uma feira para fazer o lançamento de produtos. Basta a<br />
Internet”, disse Bruno Carvalho, Administrador da<br />
empresa. Mantém a mesma linha de produto, apenas<br />
com a renovação da imagem da embalagem, que é<br />
nova, apresentando-se mais atrativa e vendável. Em<br />
termos técnicos, foram aperfeiçoa<strong>dos</strong> alguns produtos,<br />
sobretudo os machões. Os produtos com mais<br />
vendas continuam a ser os consumíveis de equilíbrio<br />
de rodas, de reparação de pneus e as válvulas.<br />
A nível da evolução do negócio, Bruno Carvalho<br />
diz que “há merca<strong>dos</strong> em que notamos alguma estagnação,<br />
principalmente no sector de transportes de pesa<strong>dos</strong>.<br />
Mas também há países onde vamos consolidando<br />
as nossas posições e outros, como os países do Magreb,<br />
que se têm revelado uma agradável surpresa. Por<br />
outro lado, as nossas linhas de produtos compensamse<br />
mutuamente. Se há mais vendas de pneus novos, os<br />
consumíveis de equilíbrio de rodas e as válvulas vendem-se<br />
mais, enquanto que nos merca<strong>dos</strong> com pneus<br />
mais velhos os consumíveis de reparação são mais procura<strong>dos</strong>”.<br />
Para a Rubber Vulk, este ano será previsivelmente<br />
um ano de crescimento, como o ano passado já tinha<br />
sido. “Obviamente, esse crescimento não se apoia nos<br />
clientes tradicionais, que continuam a consumir no<br />
mesmo ritmo, mas sim através de clientes novos, com<br />
maior potencial de compras. Temos realizado umas<br />
parcerias de negócio interessantes aqui na própria Alemanha,<br />
onde temos boas perspectivas de crescimento.<br />
Temos também um novo parceiro de negócio bem introduzido<br />
na Rússia, Ucrânia e Cazaquistão, o que<br />
abre novos horizontes de negócio”, conclui Bruno<br />
Carvalho.<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 35
MERCADO<br />
As empresas de equipamentos oficinais<br />
Oferta e soluções<br />
Para além <strong>dos</strong> tradicionais operadores de mercado, existem muitas outras empresas que<br />
comercializam equipamentos oficinais que começam a interessar às casas de pneus.<br />
Falamos com a maioria deles e mostramos o que podem oferecer às casas de pneus<br />
Cada vez mais uma casa de pneus tem de se tornar<br />
numa oficina de automóveis com especialização<br />
em pneus. Mecânica rápida, ar<br />
condicionado e diagnóstico são serviços que<br />
uma casa de pneus terá de prestar ao seu cliente e, por<br />
isso, terá que adquirir equipamento que lhe permita<br />
desenvolver outros serviços para o cliente para além<br />
do tradicional serviço de<br />
pneus.<br />
Por outro lado, a pressão<br />
ambiental a que as<br />
casas de pneus estão sujeitas,<br />
obriga também a<br />
que estas recorram a outros<br />
equipamentos que nem sequer se destinam diretamente<br />
ao negócio da própria oficina, mas sim a cumprir<br />
com outras necessidades. Estamos neste caso a falar<br />
de equipamentos para evitar derrames (de óleo, por<br />
exemplo) ou simplesmente para recolha de baterias,<br />
escovas, pastilhas de travão, etc.<br />
Com as dificuldades económicas que o país atravessa<br />
e as dificuldades que existem na obtenção de crédito,<br />
a venda de equipamentos oficinais novos teve<br />
enormes quebras, não existindo nenhum operador de<br />
mercado que se queixe disso mesmo.<br />
Essas mesmas dificuldades têm também levado ao<br />
fecho de muitas oficinas ou algumas delas a terem que<br />
A avaliação que se deve fazer de um equipamento vai muito além do<br />
próprio equipamento. A capacidade de resposta e assistência técnica,<br />
dada pelo fornecedor, é atualmente muito importante<br />
entregar parte <strong>dos</strong> seus equipamentos por dificuldade<br />
de pagamento <strong>dos</strong> mesmos, acabando dessa forma por<br />
aparecer no mercado muitos equipa<strong>dos</strong> usa<strong>dos</strong> (alguns<br />
praticamente novos). Outro efeito da crise foi o<br />
aparecimento de equipamento de segunda e terceira<br />
“escolha”, na maioria das vezes sem qualquer qualidade<br />
e que com pouco tempo de operação acabam por<br />
deixar de funcionar corretamente, o que leva as oficinas<br />
a terem ainda mais custos.<br />
A avaliação que se deve fazer de um equipamento<br />
vai obrigatoriamente muito além do próprio equipamento.<br />
A capacidade de resposta e assistência técnica,<br />
dada pelo fornecedor, é atualmente muito importante,<br />
mas nem todas as oficinas<br />
olham para esses<br />
detalhes essenciais, sem<br />
esquecer também a formação.<br />
As próximas páginas,<br />
que mais não são do que<br />
uma atualização do trabalho editado há mais de um<br />
ano na REVISTA DOS PNEUS, mostram também o<br />
que outros operadores (para além <strong>dos</strong> tradicionais que<br />
fornecem as casas de pneus) disponibilizam às casas de<br />
pneus e a opinião deles sobre o setor e o futuro desenvolvimento<br />
do seu negócio.<br />
36<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
MERCADO<br />
pessoas (duas são técnicos). As principais marcas da<br />
Altaroda são a Mondolfo Ferro e a Atek. Em 2011 o<br />
equipamento que mais vendeu foram as desmontadoras<br />
de pneus para camião. Para além das modernas instalações,<br />
um <strong>dos</strong> recentes investimentos da empresa<br />
foi ao nível da informática. A Altaroda tem mais de<br />
1600 clientes ativos.<br />
Opinião<br />
Elizabete Bolas, Marketing Bolas<br />
“As crescentes exigências a nível de segurança e fiabilidade<br />
<strong>dos</strong> equipamentos, as normas de certificação/homologação<br />
e a garantia de uma assistência pósvenda<br />
pronta e eficaz irão cada vez mais ser factores<br />
decisivos, levando o utilizador a optar pelas marcas<br />
que lhe ofereçam maiores garantias de qualidade e serviço”.<br />
Pontos fortes da emp resa:<br />
I&D; Marcas reconhecidas; Pós-venda.<br />
ALTARODA<br />
www.altaroda.pt<br />
Tendo o início da atividade em 2007, a Altaroda é<br />
uma empresa com sede e armazém em Paredes, onde<br />
se localiza também o seu centro de formação, estando<br />
muito vocacionada para as casas de pneus. Semestralmente<br />
organiza cursos de formação técnica para os<br />
seus clientes quer do continente quer das ilhas. Dispõe<br />
no momento de uma equipa comercial e técnica de 5<br />
Opinião<br />
Vitor Rocha, General Manager<br />
“É um mercado com muitas empresas e que tem todas<br />
as marcas internacionais representadas e profissionais<br />
dedica<strong>dos</strong> ao negócio. Este negócio <strong>dos</strong> equipamentos<br />
têm como ameaça o incumprimento em caso<br />
de venda a crédito e como oportunidade tem muito<br />
equipamento a ser vendido em leilão em bom estado”.<br />
BOLAS<br />
www.bolas.pt<br />
Especializada em máquina e ferramentas para diversos<br />
setores, inclusivamente o automóvel, a Bolas iniciou<br />
a sua atividade em 1965, estando localizada em<br />
Évora a sua sede. A empresa dispõe de armazém e centro<br />
de formação também em Alverca e no Freixieiro,<br />
realizando semestralmente cursos de formação. Portugal<br />
Continental, Regiões Autónomas da Madeira e<br />
Açores, Angola e Moçambique, são as áreas de influência<br />
comercial da empresa, que dispõe de uma<br />
equipa de seis comerciais e sete técnicos. O apoio técnico/comercial<br />
pode também ser prestado pelo cal<br />
center (266 749 320).<br />
Com uma carteira de mais de 40 marcas, o destaque<br />
vai para as ferramentas eléctricas Metabo, aparelhos<br />
de soldar Telwin, compressores Fini, ferramentas manuais<br />
Gedore e equipamentos para garagem e estação<br />
de serviço Ravaglioli, sendo que todas estas marcas à<br />
exceção da Ravaglioli, são representações exclusivas.<br />
As ferramentas elétricas foram o tipo de equipamento<br />
mais vendido em 2011, enquanto os principais investimentos<br />
da empresa estiveram centra<strong>dos</strong> nos novos<br />
produtos e promoção de vendas, mas também<br />
num up-grade do sistema informático para agilização<br />
de processos. A Bolas tem mais de 400 clientes ativos.<br />
Pontos fortes da empresa:<br />
Portfolio de produtos abrangente e de excelente relação<br />
qualidade/preço; Solidez financeira e investimento<br />
contínuo em novos produtos e soluções; Política<br />
de distribuição coerente.<br />
COMETIL<br />
www.cometil.pt<br />
Especializada em equipamentos para casas de pneus<br />
e oficinas gerais, a Cometil é uma empresa de referência<br />
neste setor, estando em atividade desde 1985. A<br />
empresa de Loures (São Julião do Tojal) possui a sede,<br />
armazém e centro de formação no mesmo local, realizando<br />
cursos de formação técnica quinzenalmente.<br />
Presente em todo o território português, a Cometil<br />
tem também negócios em Angola, Cabo Verde e Timor,<br />
disponibilizando uma equipa de 15 técnicos e<br />
dois comerciais. O call center está disponível pelo número<br />
219 379 550.<br />
Representa dez marcas de equipamentos, tendo a<br />
exclusividade da Hunter, Omer, Cemb, Butler, Rotary,<br />
Schrader e Ahcon.<br />
Máquinas de alinhar direções, elevadores, máquinas<br />
de (des)montar <strong>Pneus</strong>, equilíbrio de rodas, equipamento<br />
de exaustão e distribuição de flui<strong>dos</strong> foram os<br />
principais tipos de equipamentos vendi<strong>dos</strong> pela Cometil<br />
em 2011.<br />
Os principais Investimentos em 2011 da Cometil<br />
foram na formação, na frota e no desenvolvimento do<br />
centro técnico, de modo a dar resposta aos 2820 clientes<br />
ativos que a empresa possui.<br />
Pontos fortes da empresa:<br />
Formação e Consultoria Técnica; Serviço pós-venda;<br />
Produtos de qualidade Premium<br />
Opinião<br />
Pedro Jesus, Administrador Cometil<br />
“O mercado <strong>dos</strong> equipamentos vai continuar a ser<br />
muito concorrencial. Pode verificar-se algum abrandamento<br />
mas, na nossa opinião haverá sempre mercado.<br />
O sector automóvel é extremamente importante para<br />
o funcionamento do País e havendo viaturas com níveis<br />
tecnológicos cada vez mais avança<strong>dos</strong>, é imprescindível<br />
o bom equipamento, para assegurar o seu<br />
bom desempenho”.<br />
CORCET, LDA<br />
www.corcet.pt<br />
A jovem empresa de Penafiel, nascida em 2008, tem<br />
a sua sede e armazém na zona industrial de Penafiel,<br />
onde se encontra também o centro de formação técnica<br />
a Norte, enquanto a Sul a empresa dispõe de outro<br />
centro técnico em Castanheira do Ribatejo. A periodicidade<br />
<strong>dos</strong> cursos de formação são bimestrais ou sempre<br />
que o cliente solicitar.<br />
Presente em todo o país (incluindo ilhas) a empresa<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 37
MERCADO<br />
As empresas de equipamentos oficinais<br />
dispõe de uma equipa comercial de 10 pessoas e oito<br />
técnicos, tendo os clientes ao dispor um call center<br />
(255 728 220).<br />
Esta empresa comercializa em exclusivo a Corghi,<br />
sendo que as vendas mais representativas em 2011 foram<br />
para a Máquina de equilibrar rodas Corghi<br />
EM7370, Máquina de alinhar direções Corghi Exact<br />
Blacktech e Máquina de desmontar pneus Corghi Artilglio<br />
50. Um <strong>dos</strong> principais investimento da empresa<br />
tem sido ao nível da formação técnica interna. Em<br />
2011 a Corcet registou 1013 clientes ativos.<br />
Pontos fortes da empresa:<br />
Qualidade <strong>dos</strong> Produtos; Assistência Técnica; Formação.<br />
Opinião<br />
César Teixei ra, Gerente Corcet<br />
“O mercado <strong>dos</strong> equipamentos é extremamente<br />
competitivo e exigente, onde estão presentes todas as<br />
principais marcas de equipamentos. No entanto, são<br />
poucas as empresas com estrutura técnica capaz de responder<br />
com celeridade e eficácia às solicitações <strong>dos</strong><br />
clientes. Para além de uma aposta cada vez mais forte<br />
na formação <strong>dos</strong> seus quadros, o futuro destas empresas<br />
passará pela diversificação de produtos e serviços e,<br />
eventualmente, pela procura de novos merca<strong>dos</strong>”.<br />
DOMINGOS & MORGADO<br />
www.domingos-morgado.pt<br />
Com início de atividade em 1998, a Domingos &<br />
Morgado é uma referência na área <strong>dos</strong> equipamentos<br />
oficinais, sobretudo para as casas de pneus. A empresa<br />
de Milheirós, centraliza nas suas instalações a sede, o<br />
armazém e o centro de formação técnica, onde realiza<br />
cursos de formação ao longo do ano e sem uma periodicidade<br />
regular.<br />
Com uma equipa de dois comerciais e cinco técnicos,<br />
a Domingos & Morgado utiliza o número 229<br />
618 913 através do qual pode ser dado todo o suporte<br />
técnico / comercial. Tendo a representação exclusiva<br />
das marcas John Bean, Cartec e Kuken, a Domingos &<br />
Morgado comercializa também a Werther, Shamal e<br />
Pasquin. Em 2011 os equipamentos mais vendi<strong>dos</strong> foram<br />
as máquinas de alinhar direções, máquinas de<br />
equilibrar rodas, máquinas de desmontar pneus, elevadores<br />
de oficina e linhas de teste. Uma das principais<br />
novidades da empresa foi a renovação do Centro de<br />
Formação da Maia.<br />
Pontos fortes da empresa:<br />
Qualidade <strong>dos</strong> Equipamentos; Serviço de Assistência<br />
Técnica em 24 horas; Qualidade da formação e informação<br />
Opinião<br />
Mário Leal, Diretor Técnico Domingo & Morgado<br />
“O futuro da atividade das empresas de equipamento<br />
auto em Portugal é um pouco incerto visto que está<br />
totalmente condicionado pelo atual estado da economia<br />
e pela ausência, quase total, de fontes de financiamento<br />
ao investimento. No entanto, é nossa firme<br />
convicção de que a qualidade <strong>dos</strong> equipamentos comercializa<strong>dos</strong><br />
será o fator de sobrevivência num futuro<br />
próximo”<br />
EQUIPRO<br />
www.equipro.com.pt<br />
A Equipro iniciou a sua atividade em 2004, tendo a<br />
sua sede e armazém em Odivelas. Com centro de formação<br />
técnica também no Porto, efetuando cursos de<br />
formação com uma periodicidade mensal, a Equipro<br />
foca muito a sua atividade no centro e sul de Portugal<br />
ao nível das casas de pneus. A empresa dispõe de uma<br />
equipa técnica / comercial (3/3 pessoas) tendo ao dispor<br />
do cliente um call center para apoio (218026606).<br />
John Bean, Werther, Teco, OMCN, SPX e Rubber<br />
Vulk são as principais marcas comercializadas pela<br />
Equipro, num total de 15 marcas, trabalhando de forma<br />
exclusiva a Rubber Vulk, tendo com essa empresa<br />
e com a Domingos & Morgado algumas parcerias. O<br />
tipo de equipamento mais vendido em 2011 foram as<br />
máquinas de alinhar direção, máquinas de equilibrar e<br />
desmontar pneus.<br />
Pontos fortes da empresa:<br />
Qualidade <strong>dos</strong> equipamentos e assistência técnica;<br />
Rápida distribuição; Gama bastante diversificada.<br />
Opinião<br />
Bruno Lopes, Gerente da Equipro<br />
“É dificil ter uma perspetiva positiva das empresas<br />
que vendem equipamentos com a atual situação económica,<br />
mas só as mais bem preparadas na área de formação<br />
e assistência técnica triunfarão. A aposta tem<br />
que ser cada vez mais forte na formação <strong>dos</strong> clientes e<br />
um poder de resposta na assistência técnica de acordo<br />
com as necessidades”.<br />
EUROCOFEMA<br />
www.eurocofema.pt<br />
A empresa de Ermesinde deu início à sua atividade<br />
em 1980. É na sede que funciona também o armazém<br />
e o centro de formação técnica para os seus clientes<br />
(cerca de 300 clientes ativos). A Eurocofema comercializa<br />
todo o tipo de equipamentos para oficinais de automóveis<br />
e casas de pneus, trabalhando preferencialmente<br />
na zona norte de Portugal, recorrendo a uma<br />
equipa de cinco comerciais e dois técnicos para dar<br />
apoio a toda a atividade.<br />
Do seu portfolio de produtos fazem parte diversas<br />
marcas, mas o destaque vai por inteiro para a ECF, que<br />
é uma marca própria e exclusiva da Eurocofema. Os<br />
equipamentos mais vendi<strong>dos</strong> em 2011 foram os elevadores<br />
e máquinas para pneus.<br />
Pontos fortes da empresa:<br />
Empenho e dedicação aos trabalhos presta<strong>dos</strong>; Experiência<br />
e seriedade prestada ao negócio desde a existência<br />
da empresa; O cliente sempre em primeiro lugar.<br />
Opinião<br />
José Costa, Diretor Comercial Eurocofema<br />
“Neste momento é muito difícil fazer qualquer<br />
prognóstico em relação a esta atividade, mas na minha<br />
opinião vai refletir a conjuntura da economia portuguesa,<br />
vão diminuir e vão desaparecer algumas empresas.<br />
Vai caber às empresas que sobreviverem reeducar<br />
o mercado para que este se torne mais sério e atrativo.<br />
Para além da venda é muito importante o serviço de<br />
pós venda, mas isso é <strong>dos</strong> livros. O serviço de pós venda<br />
mantém o cliente satisfeito, fidelizado e abre portas<br />
a futuras vendas”.<br />
FORTUNA<br />
www.fortuna-lda.pt<br />
A vender equipamentos desde 1972, a Fortuna tem<br />
já uma filial no Cacém, mas o seu centro operacional<br />
(sede, armazém e centro de formação técnica) continua<br />
a ser em Grijó. É aí que, de três em três meses, ou<br />
de acordo com o que for definido pelo cliente, faz os<br />
seus cursos de formação. Noutra empresa, a Fortuna<br />
Serviços, criada para o efeito, ficam a atividade comercial<br />
(com cinco colaboradores) e a equipa técnica (sete<br />
pessoas). Estes, com diversas especialidades, proporcionam<br />
aos clientes um acompanhamento de proximidade<br />
para lhes prestar o apoio técnico de que necessitam.<br />
O Call Center é acedido através de 227 475 100.<br />
Das 67 marcas comercializadas, a Fortuna destaca a<br />
USAG, Robinair, Comec, Beisbarth ou Octoplus. Especializada<br />
em diagnóstico automóvel, ar condicionado,<br />
elevadores para oficinas, ferramentas, compressores,<br />
aparelhos de soldar,<br />
carregadores de<br />
bateria e equipamentos<br />
de pintura<br />
e colisão, a<br />
Fortuna tinha<br />
600 clientes ativos<br />
em 2011.<br />
O principal investimento<br />
efetuado pela empresa<br />
em 2011 visou aumentar a<br />
capacidade de exportação<br />
38<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
MERCADO<br />
para os PALOP através da realização de parcerias estratégicas<br />
direcionadas para projetos de investimento em<br />
indústrias e em empresas de serviços na área da reparação<br />
automóvel.<br />
Pontos fortes da empresa:<br />
Qualidade nos produtos; Qualidade nos serviços;<br />
Implantação no mercado.<br />
Opinião<br />
Pedro Chapado, Fortuna<br />
“As empresas deste setor que consigam superar o<br />
atual momento de dificuldades sairão desta crise reforçadas<br />
e com melhores condições operacionais reforçando<br />
dessa forma as vantagens competitivas que tinham<br />
e reforçando a qualidade do serviço que sempre<br />
prestaram. As empresas que comercializam equipamentos<br />
para as oficinas têm de centrar toda a sua atenção<br />
nas oportunidades que apesar de tudo vão surgindo<br />
e redirecionar a sua capacidade produtiva para outros<br />
merca<strong>dos</strong> e setores que possam ser o destino <strong>dos</strong><br />
seus produtos e serviços”.<br />
GONÇALTEAM<br />
www.goncalteam.pt<br />
A Gonçalteam, fundada em<br />
2005, tem a sua sede e armazém,<br />
bem como a sua sala de<br />
formação, localizada em Paio<br />
Pires. A empresa está presente<br />
comercialmente em Portugal<br />
Continental e nas Regiões<br />
Autónomas, dispondo<br />
de uma equipa de sete<br />
comerciais e quatro técnicos,<br />
podendo aceder-se<br />
ao call center através<br />
de um telefone dedicado<br />
(912 191 487).<br />
São diversos os equipamentos comercializa<strong>dos</strong> pela<br />
Gonçalteam (10 marcas), com destaque para a representação<br />
exclusiva e muito recente M&B Engineering.<br />
Para além desta marca, a empresa disponibiliza produtos<br />
da ATH, Ravaglioli, Omcn, Cascos Haweka, Ingerssolrand<br />
e Fini. O tipo de equipamento mais vendido<br />
em 2011 foi a máquina para equilibrar e desmontar<br />
pneus, mas também elevadores de tesoura e de duas<br />
colunas, bem como compressores.<br />
Para além da nova representação de equipamentos<br />
(M&B) a Gonçalteam investiu muito na formação de<br />
formadores, sendo a formação uma das grandes apostas<br />
da empresa, para os seus mais de 1000 clientes ativos.<br />
Pontos fortes da empresa:<br />
Competência; Profissionalismo; Dedicação.<br />
Opinião<br />
António Gonçalves, Diretor Geral Gonçalteam<br />
“É um mercado que começa a estar um pouco saturado,<br />
por dois fatos principais: menos empresas a adquirir<br />
equipamento, por via de dificuldades económicas,<br />
e crescimento de mais empresas a operar diretamente<br />
com equipamentos dando mais diversificação<br />
ao cliente, e por isso segmentando mais o mercado.<br />
Penso que como em to<strong>dos</strong> os negócios, e passando<br />
esta nuvem de pressão, serão os mais ágeis e eficientes<br />
que singrarão, dividindo-se o mercado por segmentos<br />
de clientes e de produtos e por região, como será natural,<br />
independentemente da sua dimensão e localização”.<br />
LUSILECTRA<br />
www.lusilectra.pt<br />
Especialista em equipamentos para oficinas auto e<br />
centros de inspeção técnica, a Lusilectra tem to<strong>dos</strong> os<br />
seus serviços (sede, armazém e centro técnico) concentra<strong>dos</strong><br />
nas instalações do Porto. Desenvolvendo formação<br />
em função do tema e das solicitações do mercado,<br />
a Lusilectra está presente comercialmente em todo<br />
o país, dispondo de uma equipa de quatro comerciais<br />
e doze técnicos, que têm ainda o apoio de um call center<br />
para os clientes pelo número 226 198 754.<br />
Com um extenso portfolio de 26 marcas o destaque<br />
vai para a ATH, Blackhawk, Beissbarth, Herkules, IRT,<br />
Jonnesway, MAD, MAHA, Midtronics, Nussbaum,<br />
Romess, Saima, Stertil-Koni e TEM. O tipo de equipamento<br />
mais vendido em 2011 pela Lusilectra aos seus<br />
clientes foram os elevadores. Com 1.115 clientes ativos,<br />
a Lusilectra tem vindo a desenvolver uma série de<br />
parcerias com diversos organismos e entidades, tais<br />
como, a ACAP, ANIVAP, ARAN, CEPRA e ISEP.<br />
Pontos fortes da empresa:<br />
Qualidade <strong>dos</strong> equipamentos; Apoio técnico; Diversidade<br />
da gama.<br />
Opinião<br />
Raúl Vergueiro, Diretor Geral Lusilectra<br />
“O mercado do comércio de equipamentos para<br />
oficinas sofreu nos últimos anos a mesma tendência<br />
evolutiva que sofreu o mercado-alvo que são os nossos<br />
clientes – oficinas e casas de pneus. Isto é, passou a<br />
existir uma oferta muito mais alargada de produtos de<br />
marcas menos conceituadas e até mesmo de linha<br />
branca, cuja mais valia é o preço baixo. No entanto,<br />
continuam a existir as marcas de gama média e alta cujos<br />
desenvolvimentos tecnológicos acompanham o<br />
do próprio setor automóvel e que continuam a ser os<br />
referenciais do mercado, selecionadas e preferidas pelas<br />
principais marcas automóveis. Neste setor, como<br />
no próprio setor automóvel, a qualidade <strong>dos</strong> produtos<br />
e a assistência técnica serão determinantes na seleção<br />
das marcas e empresas que continuarão no mercado”.<br />
PC&C<br />
www.pcc-lda.pt<br />
O início da atividade da PC&C – Pinto da Costa &<br />
Costa, foi no começo do ano 2000, tendo a sua sede<br />
em Jesufrei e o armazém em Requião (Perto de Famalicão).<br />
Dispondo de um centro de formação técnica na<br />
sua sede, a PC&C efetua cursos de formação com uma<br />
regularidade trimestral. Com vendas em todo o país<br />
(incluindo ilhas), a PC&C vende também para os Palop<br />
s, tendo uma equipa técnico/comercial de seis pessoas<br />
e uma linha de apoio técnico disponível pelo número<br />
252 993 125.<br />
São 17 as marcas comercializadas pela empresa, nomeadamente<br />
a Racpid, Saima, Fiac, Autoimpianti, Infrarr,<br />
Herkules, Uno Liner, Allvis, Aspen – Ravaglioli e<br />
Beulentechnik, embora o maior destaque vá para as<br />
marcas Racpid, Aspen – Ravaglioli, Autoimpianti,<br />
Fiac, Infrarr e Saima.<br />
O equipamento mais vendido em 2011 foram as cabinas<br />
de pintura, elevadores de duas colunas e compressores<br />
de parafuso. A ampliação do armazém foi<br />
um <strong>dos</strong> principais investimentos em 2011 da PC&C<br />
que tem mais de 400 clientes ativos.<br />
Pontos fortes da empresa:<br />
Competência; Apoio Técnico; Relação Preço/Qualidade<br />
<strong>dos</strong> Produtos/Serviços.<br />
Opinião<br />
Nelson Costa, Departamento Qualidade PC&C<br />
“O mercado das empresas de comércio na área oficinal,<br />
caracteriza-se como um mercado muito concorrencial,<br />
mas com pouca qualidade ao nível de pós venda<br />
e satisfação <strong>dos</strong> clientes. Existe um grande número<br />
de revendedores que comercializam este tipo de equipamentos,<br />
mas que detêm um grande défice no âmbito<br />
da reparação/ assistência e pouca formação ao nível<br />
técnico. O futuro mostra-se um pouco difícil nos tempos<br />
que correm, mas penso que com dedicação, empenho,<br />
inovação e formação, estes profissionais da área<br />
conseguem combater to<strong>dos</strong> os obstáculos e no final o<br />
sucesso será a vitória”.<br />
SARRAIPA<br />
www.sarraipa.pt<br />
A Sarraipa é uma histórica empresa que iniciou a<br />
sua atividade em 1982. Com sede e armazém em Leiria,<br />
é nas mesmas que tem o seu centro de formação,<br />
no qual realiza periodicamente (duas vezes ao ano)<br />
cursos de formação técnica para os clientes. Com uma<br />
equipa de cinco comerciais e oito técnicos, a Sarraipa<br />
está presente em Portugal continental e ilhas, podendo<br />
ser contatada para o call center através do 244 819 065.<br />
Trabalhando com representação exclusiva as marcas<br />
Teco, Cascos, Samafe, Termomecanica, Focus, Elettro<br />
CF, Del’air e Renner, aquelas que mais se destacam<br />
são a Kranzle, Teco, Cascos, Termomeccanica e Tecnomotor.<br />
Em 2011 os equipamentos mais vendi<strong>dos</strong><br />
foram elevadores, máquinas de desmontar e equilibrar<br />
pneus e as máquinas de alinhamento de direção. A<br />
Sarraipa possui atualmente mais de 850 clientes ativos.<br />
Pontos fortes da empresa:<br />
Estratégia assente na diversificação de produtos;<br />
Apoio Técnico/Comercial em todas as áreas e vertentes<br />
do negócio nas diferentes regiões do país; Inovação<br />
constante em relação aos produtos emergentes no<br />
mercado.<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 39
MERCADO<br />
As empresas de equipamentos oficinais<br />
Opinião<br />
Pedro Sarraipa, Gerente Sarraipa<br />
“O mercado <strong>dos</strong> equipamentos é de difícil controlo,<br />
com margens comerciais muito reduzidas e com<br />
forte exigência de apoio técnico e comercial. Vamos<br />
enfrentar um futuro muito complicado e de grandes<br />
desafios, pelo que as oportunidades resultam da maior<br />
criatividade que as empresas possam ter para conseguir<br />
ultrapassar as dificuldades atuais do mercado”.<br />
TECNIVERCA<br />
www.tecniverca.pt<br />
Fundada a 2 de Janeiro de 1986, a Tecniverca tem o<br />
seu nome intimamente ligado à sua primeira localização<br />
(Alverca). Atualmente, esta empresa tem a sua<br />
sede, o armazém (e showroom) e o centro de formação<br />
na Moita nas suas recentes instalações, onde organiza<br />
periodicamente ações de formação para os seus clientes,<br />
pelo menos de seis em seis meses.<br />
Uma equipa comercial de quatro pessoas e dois técnicos,<br />
para além de outros operacionais, trabalham<br />
não só o cliente de revenda no continente, como o<br />
<strong>dos</strong> Açores e Madeira. O suporte de vendas pode ser<br />
feito através do call center disponível pelo número<br />
219 584 273.<br />
São diversas as representações da Tecniverca, muitas<br />
delas vocacionadas para o setor das oficinas de mecânica<br />
mas também para a área <strong>dos</strong> pneus, com destaque<br />
para as marcas Cormach, Laser, M7 (estas três em<br />
exclusivo), Hofmann e Franken-Industrie.<br />
Pontos fortes da empresa:<br />
Qualidade <strong>dos</strong> equipamentos; Apoio Técnico; Distribuição<br />
Rápida.<br />
Opinião<br />
Alexandre Corricas, Gerente<br />
“O desinvestimento das marcas, leva a que alguns<br />
independentes possam vir a fazer pós-venda autorizado.<br />
E isso pode ser uma oportunidade para os que estão<br />
mais apetrecha<strong>dos</strong>. Contudo, apostar na formação<br />
é um <strong>dos</strong> principais caminhos a seguir nas oficinas que<br />
já dispõem de bons equipamentos. Por outro lado, as<br />
oficinas devem apostar mais na vertente comercial e<br />
serem mais pró-activas, não esperando que seja o cliente<br />
a entrar pela porta dentro”.<br />
TEIXEIRA & CHORADO<br />
www.teixeiraechorado.pt<br />
Empresa histórica do sector <strong>dos</strong> equipamentos a<br />
Teixeira & Chorado iniciou a sua atividade em 1989.<br />
Com sede, armazém e centro de formação em Penafiel,<br />
a empresa dispõe também de um centro técnico<br />
na zona do Carregado. Em qualquer <strong>dos</strong> centros técnicos<br />
organiza cursos bimestralmente ou em função das<br />
necessidades <strong>dos</strong> clientes.<br />
Uma equipa comercial de 10 pessoas e nove técnicos<br />
dão resposta aos clientes no continente, Madeira e<br />
Açores, sendo que o suporte telefónico está disponível<br />
através do call center 255 710 150.<br />
A Teixeira & Chorado tem um portfolio de 15 marcas,<br />
onde se destacam as representações exclusivas,<br />
Hofmann, GS Boxer, Rema Tip Top, Compac e Everlift.<br />
Os equipamentos mais vendi<strong>dos</strong> pela empresa em<br />
2011 foram o Elevador de duas colunas Everlift, Máquina<br />
de equilibrar rodas Hofmann Geodyna 6900 e<br />
Máquina de desmontar pneus Hofmann Monty 3300.<br />
Com cerca de 1340 clientes ativos em 2011, a principal<br />
aposta da empresa tem sido na formação técnica<br />
interna.<br />
Pontos fortes da empresa:<br />
Qualidade <strong>dos</strong> Produtos; Assistência Técnica; Formação.<br />
Opinião<br />
César Teixeira, Teixeira & Chorado<br />
“O futuro destas Empresas passa pela diversificação<br />
<strong>dos</strong> serviços associa<strong>dos</strong>. A venda e a assistência técnica,<br />
embora importantes, já não são os únicos factores<br />
de valorização deste tipo de empresa. Penso que o futuro<br />
próximo passará pela evolução <strong>dos</strong> serviços de<br />
Consultoria e Formação”.<br />
EQUIPAMENTO<br />
DE DIAGNÓSTICO<br />
ACRAMAQ<br />
www.texaiberica.com<br />
A Acramaq tem no sector<br />
do diagnóstico de ligeiros<br />
e pesa<strong>dos</strong>, a sua for ça<br />
maior através da marca<br />
Texa que representa desde<br />
2003. Além do diagnóstico,<br />
a Texa possui ainda estações<br />
100% automáticas<br />
para a manutenção de Sistemas<br />
de Ar Condicionado<br />
Auto e modernos e inovadores<br />
analisadores de gases<br />
de escape para veículos a gasolina ou diesel.<br />
Acompanhando as preocupações ambientais, a<br />
Acramaq lançou uma linha de produtos ECO que disponibiliza<br />
um vasto rol de equipamentos e soluções<br />
para que as oficinas cumpram to<strong>dos</strong> os requisitos ambientais<br />
que a atual legislação obriga, assim como produtos<br />
para a manutenção de sistemas de injeção diesel<br />
ou gasolina de todo o tipo de veículos em circulação.<br />
Destes últimos, o destaque vai para a marca Micrauto.<br />
Produtos, Soluções e Serviços adapta<strong>dos</strong> à evolução<br />
do automóvel em todas as suas variantes são as preocupações<br />
de Acramaq, no sentido de satisfazer as exigências<br />
<strong>dos</strong> profissionais do sector. Possui um Departamento<br />
Técnico de Apoio ao Cliente que assegura<br />
tudo o que está relacionado com a Assistência Técnica<br />
aos seus produtos.<br />
Pontos fortes da empresa:<br />
Inovações tecnológicas; resposta exata às necessidades<br />
<strong>dos</strong> profissionais da reparação<br />
COSTA & GARCIA<br />
www.costagarcia.pt<br />
A empresa Costa & Garcia teve o seu início de atividade<br />
em 1964. A sede e o armazém principal da empresa<br />
estão no Porto, assim como o centro de formação<br />
técnica, dispondo a empresa de uma filial em Sintra,<br />
comercializando os seus equipamentos em todo o<br />
país. Face à rápida evolução <strong>dos</strong> equipamentos a empresa<br />
está em constante formação, dispondo de uma<br />
equipa de seis comerciais e dez técnicos. Através do<br />
call center (227 155 300) podem também ser prestadas<br />
informações técnicas.<br />
Atualmente a empresa comercializa 55 marcas, das<br />
quais a Ciata, Beta, Optimum Maschinen, Ani, Tecnomotor,<br />
Sama, Ibergrafe, Puska Pneumatic e Samoa<br />
em representação exclusiva. Para além destas, destaque<br />
para a Hitachi, Oertzen, Ipc-Faip, Ipc-Soteco,<br />
Fiac/Michelin, Orion, Taiver, Egamaster, Fillrite, Tru,<br />
Coral e Comal.<br />
A consolidação <strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong> africanos é o principal<br />
investimento que a empresa fez em 2011, enquanto<br />
que em Portugal dispõe de uma carteira de 410<br />
clientes ativos.<br />
Pontos fortes da empresa:<br />
Serviço Personalizado; Qualidade <strong>dos</strong> produtos;<br />
Assistência Técnica<br />
Opinião<br />
Paulo Pinto, Costa & Garcia<br />
“Creio que será um futuro com algumas dificuldades,<br />
e com grandes desafios face à crise que o mercado<br />
atualmente atravessa, este sector de atividade é <strong>dos</strong><br />
mais afeta<strong>dos</strong>, é no entanto o momento para redimensionar<br />
e preparar as empresas para a nova realidade.<br />
É um mercado muito exigente e que obriga a um<br />
trabalho árduo da parte das empresas não só ao nível<br />
da pesquisa mas também no que respeita a assistência<br />
técnica pois uma empresa que venda bons produtos<br />
mas com uma fraca assistência não é eficiente”.<br />
IBEREQUIPE<br />
www.iberequipe.com<br />
Fundada em 2003, a Iberequipe aposta forte na comercialização<br />
de soluções de diagnóstico e possui a<br />
sua sede, armazém e centro de formação nas instalações<br />
da Zona Industrial de Palhais no Barreiro. Realiza<br />
cursos de formação com periodicidade bimensal, operando<br />
geograficamente em todo o país. Com uma<br />
40<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
O BluEarth no coração.<br />
O pneu amigo do ambiente que tem baixos níveis<br />
de consumode combustível e que permite andar mais.<br />
YOKOHAMA IBERIA, S.A<br />
Rua 12 · Zona Industrial da Varziela<br />
4480-109 Vila do Conde · Portugal<br />
T: 252 249 070 · F: 252 249 079<br />
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www.yokohama-online.com
MERCADO<br />
As empresas de equipamentos oficinais<br />
equipa de três comerciais e dois técnicos, a Iberequipe<br />
dispõe também de um call center com o número de telefone<br />
212 940 793.<br />
AVL, Autologic e Autocom são representações exclusivas<br />
desta empresa de diagnóstico, que dispõe ainda<br />
<strong>dos</strong> equipamentos da Fronuis. Equipamento de<br />
Diagnóstico Multimarca, Equipamento de Diagnóstico<br />
para especialistas, e Aparelhos de Controlo de<br />
Emissões, foram os equipamentos mais vendi<strong>dos</strong> em<br />
2011 pela Iberequipe, empresa que investiu fortemente<br />
na consultoria técnica na área de diagnóstico automóvel,<br />
dando um suporte efetivo aos seus clientes.<br />
Pontos fortes da empresa:<br />
Empresa especializada no fornecimento de equipamentos<br />
de diagnóstico automóvel e controlo de emissões;<br />
Formação na área de diagnóstico automóvel; Suporte<br />
técnico na área de diagnóstico automóvel.<br />
Opinião<br />
Pedro Antunes, Iberequipe<br />
“Em relação aos equipamentos de diagnóstico, é<br />
neste momento um mercado difícil devido à pirataria<br />
e cópias ilegais <strong>dos</strong> equipamentos de diagnóstico. Infelizmente<br />
existem empresas do sector que promovem a<br />
venda destes produtos ilegais o que faz desvalorizar o<br />
preço real do produto original. O futuro passa claramente<br />
por proporcionar serviços de consultoria técnica”.<br />
INTERMACO<br />
www.intermaco.pt<br />
Com sede em Vila Nova de Gaia, a Intermaco possui<br />
o armazém e o centro de formação técnica em Albergaria<br />
a Velha. Esta experiente empresa do ramo <strong>dos</strong><br />
equipamentos para oficinas, realiza periodicamente<br />
formação sempre em função das necessidades <strong>dos</strong><br />
clientes. Trabalhando em todo o território português,<br />
a Intermaco dinamiza as suas vendas com uma equipa<br />
de dez comerciais, tendo ainda ao seu dispor uma<br />
equipa técnica de cinco pessoas. O apoio técnico pode<br />
ser obtido através do call center pelo número 0034 937<br />
338 674.<br />
Da lista de 19 marcas que comercializa, destacam-se<br />
os equipamentos da SPX/Tecnotest, Robinair, Hanatech,<br />
AutoBoss, Jaltest, Carbon-Zapp, Sirio, Moviltest,<br />
Tracerline, entre outros. Refira-se que as marcas<br />
SPX/Tecnotest, Hanatech, Carbon-Zapp, Moviltest e<br />
Tracerline são trabalhadas em exclusivo pela empresa<br />
em Portugal. O equipamento mais vendido pela Intermaco<br />
em 2011 foi o Diagnóstico Tecnotest Reflex<br />
4130. A presença em feiras da especialidade foi um <strong>dos</strong><br />
principais investimentos da empresa em 2011.<br />
Pontos fortes da empresa:<br />
A experiência técnica e comercial de longos anos no<br />
sector; A escolha criteriosa de equipamentos de qualidade,<br />
que garantam a satisfação total do cliente; A<br />
confiança <strong>dos</strong> clientes.<br />
Opinião<br />
Pedro Santos, Responsável Técnico Intermaco<br />
“Na nossa opinião, as empresas que souberem<br />
acompanhar a evolução do mercado automóvel com<br />
equipamentos de qualidade e com uma estrutura técnica<br />
bem preparada e capaz de continuar a oferecer às<br />
oficinas o que de melhor se faz para a reparação e manutenção,<br />
serão capazes de encarar o futuro com mais<br />
otimismo e confiança. Para quem trabalha com qualidade,<br />
a maior ameaça é o aparecimento de equipamentos<br />
chineses, de qualidade duvi<strong>dos</strong>a. Estes permitem<br />
baixar os custos na compra, mas criarão problemas<br />
a médio/longo prazo”.<br />
LAUNCH IBERICA<br />
www.launchiberica.com<br />
Com sede e Armazém em Barcelona,<br />
Espanha, a Launch Ibérica é<br />
uma empresa fundada em 1992,<br />
que se dedica ao fabrico, distribuição<br />
e comercialização de<br />
equipamentos para oficinas.<br />
A empresa possui sete<br />
filiais em Espanha e Portugal,<br />
tendo o seu centro<br />
de formação em Barcelona,<br />
onde realiza trimestralmente cursos<br />
técnicos para os seus clientes.<br />
Em Portugal trabalham duas pessoas, um comercial<br />
e um técnico, sendo apoia<strong>dos</strong> por um call center que<br />
está disponível pelo número 0043 902 104 739.<br />
A Launch comercializa apenas os produtos de marca<br />
própria, tendo-se destacado em termos de vendas<br />
em 2011 o equipamento de diagnóstico X431 Diagun.<br />
A empresa vai continuar a apostar forte em feiras e nas<br />
traduções como forma de estar mais próximo do cliente.<br />
Em Portugal a Launch tem 64 cliente ativos.<br />
Pontos fortes da empresa:<br />
Preço/qualidade; Proximidade com o cliente;<br />
Apoio técnico.<br />
Opinião<br />
Carlos López, Sales Manager Launch<br />
“É um mercado razoável tendo em atenção as poucas<br />
oportunidades de negócio que vão havendo. Cada<br />
vez se dedica mais tempo à manutenção de equipamentos<br />
já instala<strong>dos</strong>. A tendência natural é continuar<br />
a desaparecerem as empresas desta atividade para dar<br />
lugar a grupos de empresas multinacionais ou de grande<br />
dimensão que ficarão com o mercado na sua totalidade”.<br />
LEIRILIS, S.A.<br />
www.leirilis.com<br />
A empresa de Leiria tem crescido bastante na área<br />
<strong>dos</strong> equipamentos oficinais. O exemplo disso foi o investimento<br />
feito numa escola de formação, com<br />
240m2 de área (80m2 de área de formação teórica e<br />
160m2 de área de formação prática). Nascida em 1986,<br />
esta empresa trabalha preferencialmente os merca<strong>dos</strong><br />
do norte e centro de Portugal, tendo seis comerciais e<br />
um técnico para responder aos seus clientes, podendo<br />
o apoio ser dado pelo call center 244 850 083.<br />
No total da sua atividade a empresa comercializa 52<br />
marcas distintas com destaque para a Bosch, tendo a<br />
representação exclusiva Sacorge, Sonic e Westa. O<br />
tipo de equipamento mais vendido em 2011 pela Leirilis<br />
foi o equipamento de diagnóstico, linhas de préinspeção<br />
e máquinas de ar condicionado. A empresa<br />
tem cerca de 900 clientes ativos, tendo desenvolvido<br />
parcerias com a Bosch.<br />
Pontos fortes da empresa:<br />
Qualidade <strong>dos</strong> equipamentos; Apoio técnico; Preço.<br />
ROBERT BOSCH<br />
www.bosch-automotive-pt.com<br />
Referência mundial no sector das peças e equipamentos,<br />
a Bosch tem as vendas e a escola de formação<br />
técnica em Lisboa (com cursos semanais), funcionando<br />
o marketing em Madrid e Lisboa simultaneamente.<br />
Presente em todo o país, a Robert Bosch dispõe de<br />
uma equipa comercial de sete pessoas, sendo cinco os<br />
técnicos, apoia<strong>dos</strong> ainda por uma Hotline técnica através<br />
do 808 203 121.<br />
Comercializando equipamento Bosch, as vendas<br />
em 2011 concentraram-se nos Equipamentos de Diagnóstico<br />
KTS, Ar Condicionado e Diesel, dispondo de<br />
uma gama muito completa de equipamentos especificamente<br />
para casas de pneus. Um <strong>dos</strong> fortes investimentos<br />
da empresa foi no lançamento do equipamento<br />
KTS Truck. Destaque para o novo Centro de Desenvolvimento<br />
na Inglaterra e para o novo software<br />
ESI[tronic]. A Robert Bosch tem como parceiros a<br />
Rede Bosch Car Service e a ATEC.<br />
Pontos fortes da empresa:<br />
Qualidade; Inovação; Orientação para o cliente.<br />
Opinião<br />
Cristina Mourão, Trade Marketeer Bosch<br />
“A necessidade cada vez mais patente de uma proximidade<br />
aos seus clientes. Ouvir os clientes é, agora<br />
mais do que nunca, uma necessidade quase diária. No<br />
caso da Bosch, o fato de termos uma relação de grande<br />
proximidade com os nossos Distribuidores é uma<br />
mais-valia cada vez mais importante e diferenciadora.<br />
A tecnologia automóvel não pára de avançar e evoluir,<br />
independentemente da crise que vivemos, sendo necessários<br />
novos equipamentos para solucionar os problemas<br />
e avarias <strong>dos</strong> veículos. Como são exemplo os<br />
casos do novo gás para os sistemas de ar condicionado,<br />
os novos sistemas que necessitam de diagnóstico,<br />
entre outros”.<br />
42<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
MERCADO<br />
STAND ASLA<br />
http://encomendas.stand-asla.pt<br />
Fundada em 1954, o Stand Asla tem<br />
larga experiência e know-how no<br />
seu setor de atividade. A empresa<br />
do Porto (Perafita),<br />
possue atualmente dois armazéns<br />
(em Lisboa e Porto)<br />
e o centro de formação técnica<br />
funciona no Porto, Lisboa, Coimbra,<br />
Faro e Funchal, realizando a empresa<br />
trimestralmente cursos de formação. Presente<br />
em todo o território nacional (continente e ilhas), o<br />
Stand Asla tem uma equipa de sete comerciais e sete<br />
técnicos, prestando o apoio técnico presencialmente<br />
nas instalações de cada cliente e telefonicamente através<br />
do Call Center disponível no número 220 917<br />
050, apenas para os clientes previamente regista<strong>dos</strong>.<br />
O Stand Asla comercializa cinco marcas de equipamentos<br />
(CTR, Texa, Magneti Marelli, Carbon Zapp e<br />
Waeco), destacando-se a Texa e as duas representações<br />
exclusivas: CTR e Magneti Marelli. Por isso, é natural<br />
que o tipo de equipamento mais vendido pelo Stand<br />
Asla em 2011 tenha sido os equipamentos de diagnóstico.<br />
Foram vários os investimentos da empresa em 2011,<br />
nomeadamente nas Redes Oficinais, implicando um<br />
esforço significativo (logística e financeiramente) - trata-se<br />
de um <strong>dos</strong> pilares centrais da atuação da empresa<br />
(com formação, informação, call-center técnico e imagem)<br />
- e na Reestruturação do site de encomendas online,<br />
essencial para o decorrer da atividade. Prestar um<br />
melhor serviço passa por facilitar e agilizar o processo<br />
de compra, o que só é possível disponibilizando uma<br />
ferramenta on-line totalmente renovada e muito mais<br />
completa e intuitiva.<br />
De referir também a abertura de plataforma logística<br />
e técnica em Lisboa e a recente parceria, ao nível da<br />
formação técnica, com o CEPRA, proporcionando<br />
formação referente à obrigatoriedade de certificação<br />
<strong>dos</strong> técnicos que intervenham em sistemas de AC, que<br />
contenham gases com efeito de estufa.<br />
Pontos fortes da empresa:<br />
Experiência de vários anos de atividade; Formação e<br />
Serviços técnicos qualifica<strong>dos</strong>; Gama de produtos<br />
alargada<br />
Opinião<br />
Jorge Sá, Administrador Stand Asla<br />
“Em termos de oferta, verifica-se que estão presentes<br />
no nosso mercado as principais marcas de equipamentos.<br />
A concorrência é bastante forte, assistindo-se constantemente<br />
a uma redução de preços e de margens praticadas.<br />
Manter a posição neste mercado é, por isso, difícil<br />
e a forma de diferenciação de cada empresa passa,<br />
sobretudo, pelo serviço pós-venda. Do nosso ponto<br />
de vista, empresas que se dediquem, exclusivamente, à<br />
comercialização de equipamento oficinal, encontrarão<br />
mais dificuldades. Por um lado, assiste-se a uma redução<br />
da capacidade de investimento por parte das<br />
oficinas e, por outro, as margens libertadas com a comercialização<br />
de equipamentos não são suficientes, só<br />
por si, para manter o negócio”.<br />
TRW<br />
www.trwaftermarket.com<br />
A TRW Automotive Portugal iniciou a sua atividade<br />
em 1931. Atualmente encontra-se no Centro Empresarial<br />
de Talaíde em São Domingos de Rana, onde<br />
tem a sua sede, armazém, e centro de formação, sendo<br />
daí que coordena toda a sua presença no território de<br />
Portugal Continental e Ilhas. Trabalhando com uma<br />
equipa comercial e técnica, a TRW pode também ser<br />
contatada através do seu cal center 214 228 311.<br />
Para além da sua forte presença no mercado das peças,<br />
a TRW marca presença no mercado de equipamentos<br />
de diagnóstico com Easychek, uma ferramenta<br />
de serviço electrónica de intervenção manual, com<br />
um vasto leque de funções. Totalmente portátil, pode<br />
ler e eliminar códigos de avaria e efetuar intervenções<br />
no local. Permite as intervenções nos principais sistemas<br />
como: travão de estacionamento, ABS, climatização,<br />
restauro <strong>dos</strong> intervalos das revisões, reparação das<br />
válvulas <strong>dos</strong> pneus TPMS, sistemas de airbag e pré-tensores,<br />
calibração do sensor de ângulo de direção. Também<br />
comercializa equipamentos das marcas Delphi e<br />
Hartridge.<br />
Pontos fortes da empresa:<br />
Serviço; Qualidade; Oferta global.<br />
Opinião<br />
Edite Teixeira, Responsável Maketing<br />
“O mercado de equipamentos de diagnóstico, é um<br />
mercado muito dinâmico e competitivo, até porque<br />
possuir equipamentos de diagnóstico hoje em dia, é<br />
fundamental para a sobrevivência de uma oficina.<br />
Uma vez que se trata, por norma, de investimentos<br />
eleva<strong>dos</strong>, a relação preço/funcionalidades é o fator<br />
mais importante, sendo que as oficinas procuram<br />
equipamentos que lhes dêem maior mobilidade e sejam<br />
simples de utilizar. As empresas deixarão cada vez<br />
mais de vender apenas o equipamento, passando a<br />
vender um serviço completo. É uma tendência que<br />
existirá cada vez mais no futuro, à medida que os novos<br />
veículos com sistemas integra<strong>dos</strong> vão estando disponíveis<br />
para reparação nas oficinas multi-marcas,<br />
acarretando consigo a necessidade de informações técnicas<br />
muito mais complexas do que necessárias até ao<br />
momento”.<br />
OUTROS<br />
EQUIPAMENTOS<br />
EQUIAUTO<br />
www.equiauto.pt<br />
É na terrugem (Sintra) que a Equiauto, empresa especialista<br />
em equipamentos de lavagem, centraliza to<strong>dos</strong><br />
os seus serviços (sede, armazém e centro de formação),<br />
embora esteja comercialmente presente em todo<br />
o país e também em Angola. As formações técnicas<br />
são dadas sempre que se verifiquem atualizações ou<br />
novos modelos.<br />
Possui uma equipa técnica com 12 pessoas, enquanto<br />
comerciais são apenas quatro, podendo os clientes<br />
recorrer ao call center pelo 219 678 230, ou através do<br />
site que tem loja online. As marcas comercializadas<br />
são sete: WashTec, Ravaglioli, Facom, Lanzoni, Kaster,<br />
Auwa e Portotécnica. O equipamento mais vendido<br />
em 2011 foram os pórticos de Lavagem Auto. Destaque<br />
para o desenvolvimento de um projeto próprio<br />
de “Sistema de Gestão e Controlo de Equipamentos<br />
de Lavagem e Periféricos”, que foi um <strong>dos</strong> principais<br />
investimentos da empresa recentemente.<br />
Com 275 clientes ativos, a Equiauto tem desenvolvido<br />
parcerias com diversas entidades, destacando-se a<br />
ANAREC e diversas escolas que propõem e enviam<br />
estagiários.<br />
Pontos fortes da empresa:<br />
Experiência e Conhecimentos; Equipa técnica, serviços<br />
de apoio para assistência e manutenção; Equipamentos<br />
cumprem todas as normas e são de alta qualidade.<br />
Opinião<br />
Otília Salina, Administradora<br />
“É um mercado onde a inovação, com o fluxo contínuo<br />
de novos materiais, produtos e ideias criativas –<br />
está sempre presente e em constante desenvolvimen-<br />
NÃO SE ESFORCE MAIS NA DESMONTAGEM DE PNEUS. TESTE A NOVA PUMA!<br />
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ca.pt<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 43
MERCADO<br />
As empresas de equipamentos oficinais<br />
to. Em termos de futuro acredito que haverá menor<br />
oferta dada a necessidade de cada uma delas ser mais<br />
especializada. Este cenário traz custos maiores para o<br />
cliente interno e externo”.<br />
KRAUTLI PORTUGAL<br />
www.krautli.pt<br />
A Krautli, empresa presente no Aftermarket com<br />
peças e equipamentos, existe em Portugal desde 1990<br />
tendo em Santa Iria de Azóia (Lisboa) a sua sede, armazém<br />
e centro de formação. Estando presente comercialmente<br />
em todo o país, a Krautli desenvolve muita<br />
formação de acordo com as necessidades <strong>dos</strong> clientes<br />
(que são mais de 1.100), dispondo de uma equipa técnica<br />
com duas pessoas (comerciais são cinco) que disponibilizam<br />
ainda aos clientes um call center com<br />
apoio técnico (219 535 631).<br />
Ao nível <strong>dos</strong> equipamentos, a Krautli disponibiliza<br />
sete marcas (Delphi, VDO, ISC, Midtronics, Electro-<br />
Mem, Actia, Synkra), sendo que algumas delas em exclusivo<br />
(VDO, Electro-Mem, ISC e Synkra). O tipo de<br />
equipamento mais vendido em 2011 pela empresa foram<br />
os carregadores de bateria Electro-Mem.<br />
Em termos de investimentos destaque para o lançamento<br />
do projeto Delphi Service Centre com a venda<br />
de um equipamento de Diagnóstico Delphi.<br />
Pontos fortes da empresa:<br />
Qualidade nas marcas representadas; Suporte técnico<br />
e formação; Credibilidade e confiança nas relações.<br />
Opinião<br />
Carlos Silva, Diretor Vendas Krautli<br />
“O mercado caracteriza-se por inúmeros operadores<br />
e marcas que oferecem às oficinas um enorme leque<br />
de opções, em muitos casos, existe uma oferta excessiva<br />
que acaba por confundir o decisor. As oportunidades<br />
criadas, residem na visão das oficinas se prepararem<br />
com equipamentos e competência adequada às<br />
exigências do automóvel atual e futuro. Quem se conseguir<br />
diferenciar na qualidade <strong>dos</strong> serviços que oferece<br />
ao seu cliente, cria uma plataforma e condições adequadas<br />
para aproveitar as oportunidades que a reparação<br />
e manutenção do automóvel geram diariamente”.<br />
MGES<br />
www.mgequipamentos.com<br />
A MGES é uma empresa de Carcavelos que iniciou<br />
a sua atividade em 1997. Tendo também um armazém<br />
em Odivelas, é em Carcavelos que dispõe de um centro<br />
de formação técnica, onde realiza diversos cursos<br />
sobre equipamentos ao longo do ano.<br />
Tendo como área geográfica de vendas Portugal<br />
Continental e Ilhas, Angola e ainda Cabo Verde, a<br />
MGES dispõe de uma equipa comercial de três pessoas<br />
e cinco são os membros da equipa técnica, funcionando<br />
ainda o call center pelo número 214 528<br />
899.<br />
As principais marcas comercializadas pela MGES<br />
são a VTEQ, Let, Sírio, Spin, Top Automotive, Tecnotest,<br />
Chief, Emanuel, Dimsport, Opto-Plus, Gis,<br />
Autodata, Coral e Meclube. Devido à sua especialização<br />
em equipamentos para centros de inspeção automóvel,<br />
o material mais vendido pela MGES em 2011<br />
foram as Linhas de Inspeção, Elevadores e Auto-Diagnóstico.<br />
Pontos fortes da empresa:<br />
Qualidade <strong>dos</strong> Equipamentos; Resposta técnica /<br />
Apoio aos clientes; Diversidade / Flexibilidade das soluções<br />
apresentadas.<br />
Opinião<br />
José Mira, Administrador MGES<br />
“Inegavelmente existe uma global quebra de receitas<br />
que acaba por afectar a disponibilização de verbas para<br />
as áreas da Formação, Certificação, renovação de equipamentos,<br />
conservação de instalações, etc.. Por outro<br />
lado são conhecidas as exigências legais que se traduzem<br />
em consideráveis custos regulares que as oficinas<br />
têm de suportar. Referimo-nos à carga fiscal aplicada<br />
às empresas, aos custos de pessoal, ao cumprimento<br />
<strong>dos</strong> requisitos de caracter ambiental e a to<strong>dos</strong> os encargos<br />
inerentes à manutenção da actividade. Em perío<strong>dos</strong><br />
difíceis como aquele que actualmente atravessamos,<br />
torna-se significativamente “desigual” cumprir<br />
ou não cumprir as diferentes obrigações atrás mencionadas,<br />
já que as mesmas podem assumir um custo decisivo<br />
na viabilidade da empresa. Em nosso entender,<br />
a “fórmula de sucesso” baseada na Qualidade, Formação<br />
e Serviço, pode estar seriamente ameaçada se não<br />
forem encontra<strong>dos</strong> meios eficazes de proteger aqueles<br />
que persistem em manter uma postura séria neste<br />
ramo de actividade”.<br />
NEDERMAN<br />
www.nederman.pt<br />
Esta empresa de origem sueca (Helsingborg), onde<br />
têm aliás o seu centro de formação técnica e o seu armazém<br />
central, está representada em Portugal com<br />
uma estrutura sediada em Lisboa. Focalizando a sua<br />
atividade nas oficinas auto ao nível <strong>dos</strong> equipamentos<br />
de extração de gases (está presente noutros setores também),<br />
a Nederman realiza pelo menos duas vezes por<br />
ano cursos de formação técnica para to<strong>dos</strong> os seus<br />
clientes em Portugal.<br />
Com uma equipa de quatro técnicos e quatro comerciais,<br />
os clientes podem também obter apoio técnico<br />
/comercial através do call center 218 923 440. A<br />
Nederman comercializa em exclusivo os produtos da<br />
sua marca própria (Nedermann). O equipamento mais<br />
vendido em 2011 foram os enroladores de mangueiras<br />
e cabos 20&30. O número de clientes ativos supera os<br />
600 (incluindo toda a Indústria).<br />
Pontos fortes da empresa:<br />
Qualidade; Ecoeficiência; Fiabilidade.<br />
Opinião<br />
Branco Martins, Managing Diretor Nederman<br />
“Nas oficinas de reparação o mercado é pouco exigente<br />
em termos de qualidade e eficiência <strong>dos</strong> equipamentos<br />
quando comparado com outras indústrias. As<br />
oportunidades é que há muitas oficinas mal equipadas<br />
em função dessa pouca exigência pela qualidade e que<br />
precisarão de melhorar. A ameaça é a falta de interesse<br />
na área do ambiente, também condicionada pela falta<br />
de fiscalização”.<br />
SOLECO<br />
www.soleco.pt<br />
Na área <strong>dos</strong> equipamentos ambientais, a Soleco desenvolve<br />
a sua atividade desde 2007, tendo por base<br />
operacional a sua sede e armazém na Maia, onde existe<br />
também um centro de formação técnica. Trabalhando<br />
geograficamente todo o mercado português, a Soleco<br />
dispõe de uma equipa de cinco comerciais e dois técnicos,<br />
podendo os clientes recorrer ao call center pelo<br />
229 613 170.<br />
Comercializando 15 marcas de equipamentos, a Soleco<br />
tem como representações exclusivas a SRI, Magrini,<br />
SME, Teknox, Ultratecno e Cryonomics. Separadores<br />
de Hidrocarbonetos, Bases de Retenção, Ecotank’s<br />
para óleo usado, Caixas de Baterias, Máquinas<br />
Lavar Peças Biológicas e Máquinas Lavar Peças Automáticas,<br />
foram os equipamentos mais vendi<strong>dos</strong> pela<br />
empresa em 2011. A Soleco tem cerca de 800 clientes<br />
ativos.<br />
Pontos fortes da empresa:<br />
Qualidade <strong>dos</strong> equipamentos e Produtos; Prazos de<br />
entrega muito reduzi<strong>dos</strong>; Assistência Técnica.<br />
Opinião<br />
Edgardo Rodrigues, Responsável Soleco<br />
“Extremamente competitivo e agressivo. As empresas<br />
que se queiram manter e crescer têm de estar num<br />
processo constante de ajuste ao mercado, criando novas<br />
ferramentas e canais de aproximação ao mercado.<br />
Uma das principais ameaças é o material barato e de<br />
fraca qualidade, que ilude o Cliente no ato da compra.<br />
Por outro lado esta mesma ameaça acaba por se tornar<br />
numa oportunidade a curto prazo uma vez que coloca<br />
no mercado muitos Clientes que ficam insatisfeitos<br />
com este tipo de produto e que começam a valorizar<br />
produtos de qualidade e a reconhecer que a qualidade<br />
tem que ter um custo associado”.<br />
44<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
MERCADO<br />
EMPRESA TELEFONE MORADA CÓDIGO POSTAL<br />
A.S. CETRUS 252308600 Lugar de Queima<strong>dos</strong> - Santiago D'Antas - Apartado 427 4764-901 V.N. Famalicão<br />
ACRAMAQ - COMERC.DE EQUIP. P/ INDÚSTRIA,LDA 219325671 Praceta de Beja, Lt.30, Lj.A Esq. 2755-274 Alcabideche<br />
ALTARODA, LDA 255783600 Rua Central do Bairro, pav 77 4584-909 Paredes<br />
APR PROFISSIONAL 219550312 Rua 25 de Abril nº 13 - Sub-Cave 2625 - 468 Forte da Casa<br />
ATLAS COPCO 214168524 Avenida do Forte, 3 2790-073 Carnaxide<br />
AUTODIAG UNIPESSOAL, LDA 244092563 Rua do Fagundo, 9 2430-078 Albergaria - Marinha Grande<br />
AUTOTEC 214727300 Avenida Leite de Vasconselos, nº 3 e 5 - Alfragide Norte 2610 - 100 Amadora<br />
BENITEX 219344530 Rua da Charneca de Cima, Armazém G - RAL 2710 – 446 Sintra<br />
BERNER 214489060 Av. Amália Rodrigues, 3510 2785-738 - S. Domingos de Rana<br />
BOLAS MÁQUINAS E FERRAMENTOS DE QUALIDADE, SA 266749300 Zona Industrial Almeirim Norte, Rua B, Lote 8/10/12 7000-171 Évora<br />
BOMBÓLEO TIERRATECH 214389600 R.Sebastião e Silva, nº 28 2745-838 Massamá<br />
BRAY MARTINS 265543170 Rua General Gomes de Freire Nº 148 2910-517 Setúbal<br />
CARSISTEMA, SA 239433720 Ribeira de Eiras - Adémia 3020-326 Coimbra<br />
CELIBER PORTUGAL, LDA 212039530 Vila Amélia, lt 327 - Pavilhão L - Quinta do Anjo 2950-805 Palmela<br />
CENTROCAR - INGERSOLL-RAND 220029150 Rua Vilar do Senhor, 461 4455 - 213 Lavra Matosinhos<br />
COMETIL 219379550 Rua de Amesterdão, nº 4 - Parque Ind. do Arneiro 2660-456 S. Julião do Tojal<br />
CONVERSA DE MÃOS, LDA 227138967 Rua Manuel Moreira da Costa Júnior, 52 arm. AF 4405-571 Valadares<br />
COPRIAL 261323521 Avenida General Humberto Delgado 9-A 2560-272 Torres Vedras<br />
CORCET,LDA 255728220 Zona Ind., nº2 - Lote 10 -Apart. 95 4560-709 Penafiel<br />
COSTA & GARCIA, SA 227155354 Rua do Cadavão nº. 801- Vilar do Paraiso 4406-953 Vila Nova Gaia<br />
COTEQ, LDA 253670663 Rua de Mazagão, 78 4705-074 Aveleda - Braga<br />
DIAGNOSCAR, LDA - COM. DE EQUIP. DE DIAG.AUTO 914028740 Estrada Casal Coelho, nº 10- Amial 2565-641 Torres Vedras<br />
DOMETIC PORTUGAL 219244173 Rua <strong>dos</strong> Navegantes Bloco 3-1º A - Beloura Business Center 2710-297 Sintra<br />
DOMINGOS & MORGADO 2, LDA 229618913 Via Central de Milheirós, 360 4475-330 Milheirós-Maia<br />
ECODEPUR 249571500 Avenida 21 de Junho, n.º 103 -Zona Industrial da Chã 2435-087 Caxarias<br />
ECO-PARTNER,SA 219666750 Núcleo Empresarial da Venda do Pinheiro - Quinta <strong>dos</strong> Estrangeiros. Rua C, Armazém BL 2665-602 Venda do Pinheiro<br />
EINHELL PORTUGAL 220917500 Rua das Aldeias, 225 - Apartado 2100 -Arcozelo 4410 - 459 Vila Nova de Gaia<br />
EQUIASSISTE (TEXA) 227877150 Rua do Lameiro, 559 - Oliveira do Douro 4430 - 444 Vila Nova de Gaia<br />
EQUIAUTO 219678230 R. Rosa do Lomeiro, nº 29 - Pavilhão 10 2715-771 Sintra<br />
EQUIPBAND (ALVES BANDEIRA) 239420906 Vale de Vaz 3350 - 110 Vila Nova de Poiares<br />
EQUIPRO 218026606 Estrada Lugar de Além, Lote 5 1685-503 Caneças<br />
EUROCOFEMA 229758579 Rua das Laranjeiras, 80/82 4445 - 491 Ermesinde<br />
FAFEACESS 253598257 Loteamento de Cavadas, Nº 64 4820-588 Quinchães - Fafe<br />
FERBASA 219421548 Rua Estado Índia 11 - Sacavém 2685-051 Sacavém<br />
FERROL 2, SA. 244824444 Quinta de Santo António, Lote 4 - Apartado 185 2419 - 903 Leiria<br />
FORCH PORTUGAL 917314442 Rua Quinta de Cabanas nº 17 - São Vicente 4700-004 Braga<br />
FORTUNA 227475100 Rua da Boavista,Apartado 344 - Zona da Feiteira 4416 - 884 Grijó - Vila de Nova Gaia<br />
GARSER 220416605 Rua Cadavão 2087,Vilar do Paraíso 4405-799 Vila Nova de Gaia<br />
GILLCAR, SA 226162679 Estrada Interior da Circunvalação , nº 11965 4200-154 Porto<br />
GONÇALTEAM, LDA 212251578 Rua Quinta das Rosas, 19 - Armazém:Wharehouse - Zona Ind. Casal do Marco 2840-131 Paio Pires<br />
GRUPO IBERO 220964584 R. Dr. Jorge da Fonseca Jorge, 1151 4415-946 Vila Nova de Gaia<br />
GUTMANN MESSTECHNIK 223747420 PracetaAntónio Correia de Carvalho, nº40 4400-022 Vila Nova de Gaia<br />
HÉLDER MÁQUINAS & FERRAMENTAS, LDA 244834636 Apt.491 -Z.Ind Casal Cego, Fracção A/B, 2401-975 Leiria<br />
HVC-IMP.EXPORT.SERVIÇOS EQUIPAMENTOS AUTO, SA 218514623 R.JOÃO PINTO RIBEIRO, 101 A e B 1800-233 Lisboa<br />
IBEREQUIPE,LDA 212940793 R. João Lino, Lt 1 Letra O Zona Ind. De Palhais 2830-222 Barreiro<br />
INTERMACO, LDA 234520110 Arruamento E - Zona Industrial - Apartado 88 3850-909 Albergaria a Velha<br />
J. MARRAZES, LDA. 219291388 Rua do Banagás, 121 - Fontanelas 2705 - 590 São João das Lampas<br />
JP TOOLS 220936858 Rua Particular Honório Tavares Costa, 60 A 4430-169 Vila Nova de Gaia<br />
KRAUTLI PORTUGAL 219535600 Horta <strong>dos</strong> Barcelos, Lt 2 2695-390 Sta. Iria da Azóia<br />
LAFEC-EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS LDA 224337310 R Sub-Estação 96, Bustelo 4585-603 Recarei<br />
LAUNCH IBERICA S.L. + 34938639818 c/ Templer Guidó, 45 08184 Barcelona-Spain<br />
LEIRILIS, SA 244850080 R. <strong>dos</strong> Camponeses, Nº 159 - Casal do Cego, Covinhas 2415-315 Marinheiro<br />
LUSILECTRA, SA 226198750 Rua Engº Ferreira Dias, nº 953/993 4100-247 Porto<br />
MAQUI PNEUS 212072380 Praceta Quinta Vinha Casa 7-Loja A - Casal do Marco 2840-013 Aldeia de Paio Pires<br />
MG - EQUIPAMENTOS & SERVIÇOS AUTO LDA 214528899 Av.S.Miguel, Edif. Arcadas S.Miguel, Nº 249 - Atelier 20 2775-750 Carcavelos<br />
MGM 227642722 Rua do Agro, 150 - Serzedo 4410 - 089 Vila Nova de Gaia<br />
MONTENEGRO FERNANDES 224664540 Rua Alexandre Braga, 106 4000 - 049 Porto<br />
MOTA & PIMENTA, LDA 252323909 Parque Industrial de Fages, Lt 4 4470-464 Requião-V.N. Famalicão<br />
MOTIVARTÉCNICA - KAESER COMPRESSORES 252820340 Rua <strong>dos</strong> Correios, 164-Apartado 77 4796-908 Vila das Aves<br />
MR. PNEU 252248012 Zona Industrial da Varziela - Lote 11 - Mindelo Vila do Conde 4485 - 631 Mindelo - Vila do Conde<br />
NEDERMAN IBÉRICA, SA 218923440 Alameda <strong>dos</strong> Oceanos, Lt 3.15.02 - Loja A 1990-197 Lisboa<br />
NEOPARTS 218558325 Av. Infante D. Henrique, lt 35 1800-218 Lisboa<br />
PC&C 252993125 Rua da Indústria, 214 - Zona Industrial de Jesufrei 4470 - 160 Vila Nova de Gaia<br />
RECIQUIP 219832698 Rua João Abel Manta, 17 - 4º Direito 2670 - 526 Loures<br />
ROBERT BOSCH, SA 218500000 Av. Infante D, Henrique, Lt 2/3E 1800-220 Lisboa<br />
RODRIBENCH 219572112 Rua das Pedreiras, 4 - Babieiro 2615 - 642 Calhandriz<br />
ROTOPORT 212899650 R. da Cerâmica - Broegas 2870-502 Montijo<br />
RUBBER VULK 232763109 Zona Ind. OLIVEIRAFrades Lt. 21 3680-133 Oliveira de Frades<br />
RUBETE - EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS, SA 227150400 Lugar da Igreja - Ap. 53 - Vilar do Paraiso 4406-901 V.N. Gaia<br />
RUPES - CARLOS DE OLIVEIRA, LDA 213031560 Rua Rodrigo Reinel, 6-B 1400-320 Lisboa<br />
SAFETYKLEEN IBERIA 212199920 Vila Amélia, Lt. 594 – Cabanas Palmela 2950-805 Qtª do Anjo<br />
SARRAIPA 244819060 Rua das Flores, Carreira D'Agua - Zona Industrial da Barosa 2400 - 016 Leiria<br />
SNA EUROPE [INDUSTRIES] SA 252650130 Rua Profº. Maria Júlia Mesquita Ramos, Apartado 15 4481-254 Vila do Conde<br />
SOLECO 2279613170 Rua Francisco de Almeida, 80 - Fracção 5 4476 - 908 - Maia<br />
STAND ASLA, SA 220917011 Rua do Progresso, 330 4455-530 Perafita<br />
STATUSGRAU, LDA 917318562 R. Nova doRossio, 33 2050-422 Vale do Paraíso<br />
TECNIVERCA, LDA 219584273 Estrada Municipal 1022 - RN 339 - Pinhal da Areia 2860-302 Moita<br />
TEIXEIRA & CHORADO, SA 255710150 Rua Tenente Valadim - Apartado 71 4560-532 Penafiel<br />
TRIPLEMAQUI, LDA. 269600361 Sines Tecnopolo - ZI Ligeira II, Lote 122 A 7520 - 309 Sines<br />
TRW AUTOMOTIVE PORTUGAL, LDA 214228300 Centro Empresarial de Talaide-Estrada Octávio Pato 2785-601 São Domingos de Rana<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 45
APRESENTAÇÃO<br />
Goodyear SUV / 4x4<br />
Gama completa<br />
Tendo por base o lançamento do novo EfficientGrip para SUV, a Goodyear<br />
completou a sua gama de pneus para veículos 4x4, existindo agora um pneu<br />
específico para cada tipo de utilização em estrada ou fora dela<br />
GOODYEAR DUNLOP PORTUGAL<br />
Sede: Estr. de Alfragide, nº67 Alfapark<br />
Edificio F, Piso 0 Sul - Apartado 7659<br />
2610-008 Amadora<br />
Telefone: 210 349 000<br />
Fax: 210 349 101<br />
E-mail: n.d.<br />
Internet: www.goodyear.com.pt<br />
Em mais uma mega apresentação da Goodyear,<br />
desta feita em Portugal, aproveitando o excelente<br />
complexo de pistas do Autódromo Internacional<br />
do Algarve, foi apresentada toda a<br />
gama que esta marca tem disponível para veículos<br />
SUV e 4x4, com destaque para a grande novidade, o<br />
EffficientGrip SUV.<br />
O nome EfficientGrip foi usado recentemente pela<br />
Goodyear para pneus de veículos ligeiros, identificando<br />
uma tecnologia que proporciona novos parâmetros<br />
ambientais na sua utilização (baixo consumo de<br />
combustível, menores emissões de CO2 e uma condução<br />
mais silenciosa). Destinado ao sucesso, a Goodyear<br />
decidiu replicar o mesmo conceito Efficient-<br />
Grip para veículos SUV, normalmente com quatro<br />
rodas motrizes, que por via do maior peso deste tipo<br />
de veículos e de uma utilização que pode contemplar<br />
outros tipo de pisos para além do asfalto, exige um<br />
pneu um pouco mais resistente.<br />
“Os veículos SUV e 4x4 estão cada vez mais eficientes<br />
e os fabricantes trabalham de forma a ir ao encontro<br />
<strong>dos</strong> padrões ambientais mais exigentes e até<br />
mesmo superá-los. Por estes motivos a Goodyear tem<br />
trabalhado intensamente para que os seus pneus suportem<br />
este tipo de condução” refere Hugues Despres,<br />
diretor de marca da Goodyear para a EMEA,<br />
acrescentando que “a chegada <strong>dos</strong> pneus Goodyear<br />
EfficientGrip para SUV segue esta necessidade. Introduzimos<br />
um pneu que permite uma poupança de<br />
combustível e melhora a manobra em piso seco e molhado,<br />
assim como o tempo de travagem, garantindo<br />
ao mesmo tempo uma condução mais suave e silenciosa.”<br />
Um <strong>dos</strong> pontos fortes do EfficientGrip é precisamente<br />
a tecnologia FuelSaving da Goodyear. O pneu<br />
é construído usando um polímero especial, desenhado<br />
para melhorar a resistência de rodagem, poupar<br />
combustível e reduzir emissões de CO2.<br />
O EfficientGrip da Goodyear está disponível nas<br />
medidas de 16 a 19 polegadas o que permite cobrir as<br />
46<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
APRESENTAÇÃO<br />
MERCADO DE PNEUS<br />
SUV / 4X4 EM ALTA<br />
TECNOLOGIA DO NOVO EFFICIENTGRIP<br />
Usufruindo de todo o Know-how da Goodyear, o novo EfficientGrip apresenta uma série de desenvolvimentos<br />
tecnológicos, aos qual corresponde um determinado efeito.<br />
TECNOLOGIA<br />
FuelSaving Technology<br />
Composto do piso com resinas de tracção<br />
Lâminas 3D nos ombros e maior rigidez circunferencial do desenho<br />
do piso<br />
Nova forma da área do talão, maior rigidez lateral do desenho do piso<br />
e peso reduzido do pneu<br />
Desenho e sequência otimiza<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> blocos<br />
Maior área útil de contacto no piso do pneu<br />
UM PNEU PARA CADA NECESSIDADE<br />
EFEITO<br />
Redução do consumo de combustível e das<br />
emissões de CO 2<br />
Distância de travagem mais curta em piso<br />
molhado<br />
Distância de travagem mais curta em piso seco<br />
Melhor precisão da direção e manobrabilidade<br />
Uma condução mais suave e silenciosa<br />
Melhor quilometragem<br />
Não é por acaso que a Goodyear apostou forte<br />
nesta apresentação da sua gama de pneus SUV /<br />
4x4. O mercado SUV (mais do que os puros 4x4)<br />
apresenta uma clara tendência para o crescimento,<br />
pelo menos nos merca<strong>dos</strong> da Europa, Médio<br />
Oriente e África. Deverá este mercado valer cerca<br />
de 3,4 milhões de veículos em 2015, tendo apresentado<br />
desde 2009 um crescimento estável, tendo-se<br />
vendido nesse ano 2 milhões de veículos (na<br />
região EMEA).<br />
Os SUV de grande consumo são os mais representativos,<br />
mas os de classe média e de gama alta,<br />
apresentam uma tendência para serem cada vez<br />
mais representativos.<br />
Isto são boas notícias para quem tem uma gama<br />
completa de pneus SUV / 4x4, como a Goodyear.<br />
Em 2011 venderam-se mais de 12 milhões de<br />
pneus para este tipo de carros e o crescimento<br />
médio das vendas nos últimos cinco anos tem sido<br />
de 9%.<br />
Em termos de índice de velocidade, os segmentos<br />
H, V e W também têm vindo a crescer nas vendas,<br />
as jantes 16 e 17 polegadas são a norma do<br />
mercado e as medidas de 18 a 20 polegadas estão<br />
a emergir.<br />
medidas mais comuns <strong>dos</strong> veículos SUV e 4x4, sendo<br />
já equipamento original do Range Rover Evoque e do<br />
Audi Q3.<br />
Um 4x4 para cada necessidade<br />
Com a introdução do EfficientGrip SUV, a gama<br />
de pneus SUV / 4x4 da Goodyear dispõe agora de cinco<br />
modelos distintos em função<br />
do tipo de utilização (ver<br />
tabela). A exceção de um destes<br />
modelos, houve a oportunidade<br />
de testar quatro deles<br />
em ambientes apropria<strong>dos</strong>.<br />
Montado no Range Rover<br />
Evoque, o EfficientGrip SUV mostrou as suas qualidades<br />
em estrada de asfalto como também em pisos<br />
de terra. É um pneu que se destina a quase todo o tipo<br />
de SUV s, que proporciona um excelente desempenho<br />
em asfalto (onde será usado maioritariamente) e<br />
também em terra. Nos testes de travagem em molhado<br />
e em seco, feitos pela Goodyear na presença <strong>dos</strong><br />
jornalistas, foi evidente a qualidade nesse domínio,<br />
obtendo-se valores médios de 6% de redução na distância<br />
de travagem em piso molhado.<br />
Com um experiente instrutor ao volante, fomos a<br />
bordo de um Land Rover Freelander montado com<br />
os pneus Goodyear Wrangler Duratrac. Trata-se de<br />
A tecnologia FuelSaving da Goodyear permite<br />
ao EfficientGrip melhorar a resistência de rodagem,<br />
poupar combustível e reduzir emissões de CO2<br />
um pneu para todo-o-terreno puro (um verdadeiro<br />
icon da Goodyear), com uma capacidade de tração<br />
muito acima da média, permitindo um desempenho<br />
extremo em traça<strong>dos</strong> muito sinuosos, onde o pneu<br />
faz toda a diferença.<br />
Já ao volante de uma Volkswagen Amarok testamos<br />
o Wrangler AT/SA. É um pneu para uso em estradões<br />
de terra, com boas capacidades offroad e excelente<br />
tracção, podendo também ser usado no asfalto<br />
sem comprometer o conforto a bordo e dinâmico do<br />
veículo.<br />
Igualmente ao volante, neste caso de um Porsche<br />
Cayenne, utilizamos a pista do Autódromo Internacional<br />
do Algarve, para testar<br />
o Eagle F1 Asymmetric SUV.<br />
Trata-se de um pneu para asfalto,<br />
destinado aos SUV de<br />
grande potência e comportamento<br />
desportivo, que evidência<br />
em pista uma notável<br />
tracção.<br />
Referência para o quinto elemento da gama SUV /<br />
4x4, o UltraGrip+ SUV, destinado aos pisos de neve e<br />
gelo, para o qual foi desenvolvido, podendo também<br />
ser utilizado em estradas de asfalto, sendo pouco indicado<br />
para terra.<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 47
ENTREVISTA<br />
José Luis de la Fuente, Diretor Geral da Continental <strong>Pneus</strong>, S.A.<br />
Por diversas razões, a principal das quais é a sua<br />
fábrica em Lousado, a Continental merece um<br />
carinho especial por parte <strong>dos</strong> portugueses.<br />
Existe porém muito mais Continental para<br />
além da fábrica de pneus, nomeadamente aquela que<br />
to<strong>dos</strong> os dias está em contato permanente com os retalhistas<br />
e grossistas de pneus. A REVISTA DOS<br />
PNEUS sentou-se à mesa com José Luis de la Fuente,<br />
Diretor Geral da Continental <strong>Pneus</strong>, S.A., para falar<br />
sobre o negócio de pneus em Portugal no terreno.<br />
ContiSportContact 5, é o mais recente pneu lançado pela Continental, destinado a automóveis com<br />
características desportivas, onde se concilia elevada segurança com condução dinâmica<br />
“Existem oportunidades”<br />
A presença da Continental no mercado de pneus em Portugal é desenvolvida através de<br />
diversas formas. Desta feita, fomos abordar com José Luis de la Fuente, a vertente comercial<br />
do negócio de pneus e a sua intrínseca relação com o retalho<br />
A Continental aproximou-se da Pneuport. Porque<br />
razão a Continental demorou tanto tempo a<br />
integrar uma rede, como a concorrência Premium<br />
já tinha feito?<br />
Ao longo do tempo a Continental tem vindo a consolidar<br />
o seu negócio com acor<strong>dos</strong> estabeleci<strong>dos</strong> com<br />
os seus clientes (parceiros de negócio). No início de<br />
2010, estabelecemos com a Pneuport um acordo de<br />
parceria que visou desenvolver o negócio da Pneuport<br />
e da Continental, de forma sustentável.<br />
Com a Pneuport, possuímos um acordo de parceria<br />
de forma a dotá-la de um conjunto de ferramentas de<br />
gestão e de marketing, capazes de permitir aos seus<br />
cooperadores, terem diferentes argumentos para o desenvolvimento<br />
do seu negócio.<br />
Queremos apostar no mercado português e temos<br />
como objetivo estabelecer parcerias sustentáveis, através<br />
da aposta no desenvolvimento de uma estrutura<br />
local, pois acreditamos que é necessária uma visão do<br />
mercado onde estamos inseri<strong>dos</strong>, dada a sua especificidade.<br />
Na Continental, temos diferentes formas de estabelecer<br />
parcerias com os nossos clientes, contando por<br />
toda a Europa com uma vasta rede de parceiros, no entanto,<br />
em cada país temos abordagens diferentes, e<br />
mesmo o nome dessas parcerias vai-se alterando.<br />
De acordo com a nossa análise das características do<br />
mercado português, acreditamos que a força das parcerias<br />
reside na independência e imagem <strong>dos</strong> vários parceiros<br />
de negócio, que aliadas às ferramentas que lhes<br />
colocamos à disposição, irá permitir-lhes uma melhor<br />
gestão do seu negócio,<br />
bem como uma melhor<br />
abordagem ao consumidor<br />
final.<br />
Vão existir outros<br />
acor<strong>dos</strong> entre a<br />
Continental e outras redes de pneus?<br />
Temos vindo a desenvolver no mercado, um conjunto<br />
de parcerias com Agentes de <strong>Pneus</strong> Independentes.<br />
Temos trabalhado de forma a estabelecer uma rede<br />
de Agentes Recomenda<strong>dos</strong> Continental, com vista ao<br />
desenvolvimento do negócio de forma sustentável.<br />
De acordo com os estu<strong>dos</strong> efetua<strong>dos</strong> e com as necessidades<br />
do mercado estamos a desenvolver um conjunto<br />
de ferramentas que se enquadram em diferentes<br />
áreas de atuação, como Marketing (Comunicação,<br />
Campanhas consumidor final, E.business), Gestão<br />
(Estu<strong>dos</strong> mercado, Desenvolvimento do Ponto de<br />
venda), Recursos Humanos (Formação), entre outras.<br />
“Queremos apostar no mercado português e temos como objetivo<br />
estabelecer parcerias sustentáveis, através da aposta no<br />
desenvolvimento de uma estrutura local”<br />
A Continental está sempre disponível para estabelecer<br />
acor<strong>dos</strong> de parceria, à semelhança do que acontece<br />
um pouco por toda a Europa, onde possuímos um<br />
vasto conjunto de redes, tendo inclusivamente uma<br />
página na internet dedicada a esse tema em www.contitrade.com.<br />
O que é que a etiquetagem pode trazer ao negócio de<br />
retalho de pneus? As marcas chinesas e “low cost”<br />
vão desparecer?<br />
Em primeiro lugar gostaria de dizer que a Continental<br />
apoia a introdução da regulamentação relativa<br />
à etiqueta europeia para pneus.<br />
Esta medida permitirá uma melhor definição de<br />
quais são as marcas que<br />
oferecem ao consumidor<br />
um desempenho à altura<br />
do que se espera de um<br />
produto fundamental<br />
como são os pneus, tornando<br />
mais evidente<br />
quem são os fabricantes com maior capacidade para<br />
enfrentarem este novo desafio.<br />
Não sou de opinião que as marcas “low cost” vão<br />
desaparecer, no entanto, terão que se adaptar a uma<br />
nova realidade que irá inevitavelmente ter consequências<br />
nos custos associa<strong>dos</strong> ao desenvolvimento <strong>dos</strong><br />
48<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
ENTREVISTA<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 49
ENTREVISTA<br />
José Luis de la Fuente, Diretor Geral da Continental <strong>Pneus</strong>, S.A.<br />
seus pneus. Isto significa que só muito dificilmente<br />
isto não se refletirá no custo final para os consumidores.<br />
Do ponto de vista do retalho de pneus, irá implicar,<br />
que este esteja melhor preparado em termos de informação<br />
técnica sobre os critérios associa<strong>dos</strong> à etiqueta,<br />
mas também sobre to<strong>dos</strong> os outros critérios relevantes<br />
para o desempenho de um pneu, mesmo não estando<br />
menciona<strong>dos</strong> na etiqueta, de forma a melhor<br />
esclarecerem os consumidores.<br />
Ainda em relação aos critérios não menciona<strong>dos</strong> na<br />
etiqueta, a Continental vai mais longe, ao considerar<br />
que os três critérios ti<strong>dos</strong> em conta na etiqueta, embora<br />
importantes, nunca poderão substituir os testes de<br />
pneus, onde podem ser avalia<strong>dos</strong> em média 14 a 18<br />
critérios.<br />
Os testes são de facto, uma boa base para o consumidor<br />
que deseja ter mais e melhor informação antes<br />
de uma tomada de decisão, para além disso, a Continental,<br />
geralmente fica nos lugares cimeiros nos testes<br />
independentes, realiza<strong>dos</strong> por orgãos de comunicação<br />
da especialidade.<br />
Em Portugal em grande parte <strong>dos</strong> casos é a casa de<br />
pneus que é prescritora de pneus para o cliente final.<br />
A etiquetagem pode mudar alguma coisa neste<br />
aspeto e ser o cliente final a assumir mais<br />
protagonismo na escolha do pneu?<br />
A etiquetagem irá certamente desempenhar um<br />
papel importante, pois pela primeira vez o consumidor,<br />
terá à sua disposição, informação básica sobre o<br />
desempenho do pneu, o que lhe permitirá ter um termos<br />
de comparação objetivo entre os vários produtos,<br />
não tendo que se basear muitas vezes em questões<br />
de preço, ou por aconselhamento do retalhista.<br />
“A aposta da Continental<br />
em Portugal continua a ser<br />
forte em termos globais e<br />
não apenas em termos de<br />
política de stock”<br />
Até que ponto é que a etiqueta poderá retirar força<br />
ao aconselhamento por parte do retalhista, só o tempo<br />
dirá, mas a perceção que tenho é que o consumidor<br />
cada vez mais procura estar informado, pelo que a<br />
tendência será a de, no futuro, a escolha por determinada<br />
marca de pneus, ser tomada, antes da ida ao retalhista,<br />
sendo que o aconselhamento no local, continuará<br />
a ser importante, mas mais como complemento<br />
à informação previamente obtida pelo consumidor,<br />
ou como uma última ajuda para decidir entre uma ou<br />
outra marca com características semelhantes.<br />
A propósito da procura de informação sobre este<br />
tema, quer por parte <strong>dos</strong> consumidores quer por parte<br />
<strong>dos</strong> retalhistas, a Continental, iniciou há bastante<br />
tempo a sua divulgação, através da distribuição de informação<br />
para o ponto de venda, dirigida ao consumidor<br />
final, bem como junto <strong>dos</strong> orgãos de comunicação,<br />
através do envio de comunica<strong>dos</strong> de imprensa.<br />
Por outro lado a nossa força de vendas recebeu formação<br />
específica sobre este tema, para que esteja preparada<br />
para abordar esta matéria junto <strong>dos</strong> seus clientes,<br />
de forma a esclarecer todas as dúvidas que possam<br />
surgir.<br />
Por último, temos já disponível informação sobre a<br />
etiqueta de pneus nos nossos meios digitais em<br />
www.facebook.com/Continental<strong>Pneus</strong>PT e também<br />
em www.continental.pt .<br />
As grandes marcas descentralizaram os seus stocks<br />
para Espanha. Quer se queira quer não passaram a<br />
estar mais longe do seu cliente. Em termo de política<br />
de stock, o que tem sido feito pela Continental em<br />
Portugal?<br />
A aposta da Continental em Portugal continua a<br />
ser forte em termos globais e não apenas em termos<br />
de política de stock. Em relação a este aspeto, mantemos<br />
a nossa base logística em Portugal, com todas as<br />
vantagens que isso trás em termos de rapidez e consequente<br />
satisfação <strong>dos</strong> nossos clientes, mas temos outros<br />
bons motivos para nos mantermos sedia<strong>dos</strong> em<br />
Portugal, como termos a marca Mabor, no nosso<br />
portfólio de marcas, uma marca de origem portuguesa<br />
com um grande reconhecimento por parte <strong>dos</strong><br />
consumidores.<br />
Recordo que a Mabor deu origem à Continental<br />
Mabor, a nossa indústria de pneus situada em Vila<br />
Nova de Famalicão, que é uma das mais avançadas a<br />
nível mundial, sendo considerada um modelo dentro<br />
do nosso Grupo e mesmo fora dele, tendo sido premiada<br />
por entidades a nível nacional e que continua a<br />
ser alvo de investimentos.<br />
Para a Continental <strong>Pneus</strong>, ter o seu centro de decisão<br />
em Portugal, é indispensável pois dessa forma estamos<br />
melhor prepara<strong>dos</strong> para dar resposta às necessidades<br />
<strong>dos</strong> nossos parceiros de negócio.<br />
O que é que hoje em dia faz mais a diferença neste<br />
mercado: o produto, o serviço, a disponibilidade de<br />
stock, a “pressão” comercial, o preço, etc?<br />
Hoje o mercado é muito competitivo, e não se<br />
50<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
ENTREVISTA<br />
CONSELHOS AOS RETALHISTAS<br />
Qual é o futuro do mercado <strong>dos</strong> pneus?<br />
Existem diferentes formas de abordar esta questão.<br />
Se tivermos em conta os fatores diretamente relaciona<strong>dos</strong><br />
com a situação económica que atravessamos, e<br />
que se reflete na baixa de consumo por parte <strong>dos</strong> clientes<br />
finais, aí os agentes de pneus pouco poderão influenciar<br />
o mercado, pelo que estão dependentes da<br />
tão esperada recuperação económica do país.<br />
Já no que diz respeito aos fatores inerentes à forma<br />
de atuação na venda <strong>dos</strong> pneus ao consumidor final,<br />
tenderão a dar-se mudanças significativas. No passado,<br />
existiram diversas parcerias/grupos cria<strong>dos</strong> de forma a<br />
poderem aumentar o seu poder de compra, investindo<br />
grande parte do seu tempo e esforço para obter melhores<br />
condições de compra. A partir de agora, os Agentes<br />
de <strong>Pneus</strong>, vão procurar cada vez mais assegurar acor<strong>dos</strong><br />
com as marcas, mas salvaguardando a sua independência.<br />
Neste sentido, a Continental, no âmbito<br />
do seu conceito de parcerias, procura encontrar forma<br />
de valorizar essa independência e identidade do agente,<br />
contribuindo com o seu conhecimento e procurando<br />
atuar como consultor/dinamizador do negócio.<br />
CONTINENTAL PNEUS<br />
(PORTUGAL), S.A.<br />
O forte abrandamento do consumo tem levado a<br />
uma redução do número de automóveis que entram<br />
nas casas de pneus.<br />
Para José Luis de la Fuente “na Continental reconhecemos<br />
que a instabilidade económica aumenta as<br />
dificuldades do negócio, no entanto, consideramos<br />
que existem oportunidades de desenvolvimento e<br />
crescimento. Será cada vez mais necessário dotar o<br />
negócio de uma envolvente de comunicação e orientação<br />
para o consumidor final, de modo a captar a sua<br />
atenção e procurar a sua fidelização”.<br />
No entender do Diretor Geral da Continental <strong>Pneus</strong>,<br />
S.A., só a associação aos grandes construtores, como<br />
a Continental, poderá garantir o futuro aos retalhistas.<br />
“A associação mais alargada a um fabricante de<br />
pneus, pode ser uma forma privilegiada de garantir<br />
um crescimento sólido para os agentes de pneus”, diz<br />
José-Luis dela Fuente, acrescentando que “estaremos<br />
sempre disponíveis para escutar os nossos parceiros<br />
de negócio e juntamente com os mesmos trabalhar<br />
para encontrar os melhores fatores que possam<br />
dinamizar o seu negócio”.<br />
Sede: Rua Adelino Leitão nº 330 / Apart. 5029<br />
4761 – 906 EC Lousado<br />
Diretor Geral: José Luis de la Fuente<br />
Telefone: 252 499 234<br />
Fax: 252 493 095<br />
E-mail: continentalpneus.portugal@conti.de<br />
Internet: www.continental.pt<br />
“Ao produzirmos pneus<br />
com padrões de qualidade<br />
eleva<strong>dos</strong>, ajuda-nos a ser<br />
uma das marcas com maior<br />
notoriedade no mercado”<br />
pode dizer que exista apenas um fator que possa fazer<br />
a diferença, será antes a combinação estruturada de<br />
to<strong>dos</strong> eles, que poderá revelar-se uma mais valia.<br />
Obviamente que ao produzirmos pneus, com padrões<br />
de qualidade eleva<strong>dos</strong>, recorrendo a uma grande<br />
componente de Investigação e Desenvolvimento e<br />
que nos dão garantias de excelentes performances, estamos<br />
a ir mais facilmente de encontro das expetativas<br />
do consumidor, e no nosso caso, ajuda-nos a ser<br />
uma das marcas com maior notoriedade no mercado<br />
português.<br />
No entanto, temos que ter em conta o fator preço e<br />
torná-lo competitivo de acordo com o nível de produto<br />
comercializado, desenvolvendo ao mesmo tempo<br />
um conjunto de serviços adicionais, que façam o<br />
cliente perceber que está na presença de uma mais valia.<br />
Quais são as tendências no mercado <strong>dos</strong> pneus,<br />
nomeadamente em Portugal?<br />
No que se refere ao mercado de pneus a tendência é<br />
para uma maior evolução <strong>dos</strong> índices de velocidade<br />
V, W,Y e Z, e dentro deste segmento assistiremos a<br />
um maior crescimento <strong>dos</strong> pneus de alta performance,<br />
para jantes superiores a 17’. As medidas de referência<br />
no mercado português são a 205/55 R16 V e a<br />
175/65 R14 T. A médio e longo prazo teremos a introdução<br />
de novas e diferentes dimensões, orientadas<br />
para os veículos elétricos, cujas necessidades e características<br />
são diferentes <strong>dos</strong> atuais veículos com motores<br />
de combustão. Em relação a esta tendência emergente,<br />
do aparecimento de carros elétricos, a Continental<br />
já introduziu no mercado uma nova linha de produto,<br />
direcionada para estes veículos, o Conti.eContact.<br />
Ainda a este propósito, a Continental prevê que existirão<br />
cerca de 2,8 milhões de carros elétricos regista<strong>dos</strong><br />
em todo o mundo em 2020 e considera a eletromobilidade<br />
como uma das principais tendências no<br />
futuro da indústria automóvel, pelo que quer ter um<br />
papel ativo nesse desenvolvimento.<br />
Como analisa a reestruturação das casas de pneus<br />
em casas de serviços rápi<strong>dos</strong>. Considera que este é o<br />
caminho a seguir pelas casas de pneus para<br />
sobreviverem no mercado?<br />
Acho que é um caminho a percorrer, uma vez que,<br />
hoje em dia o consumidor pretende se possível obter<br />
to<strong>dos</strong> os serviços num único operador, tratam-se de<br />
consumidores cada vez mais exigentes e que não querem<br />
perder muito tempo com a manutenção do seu<br />
automóvel, assim sendo procura quem lhe possa fornecer<br />
o maior número de serviços de forma rápida<br />
num espaço único.<br />
Por outro lado, a polivalência na prestação deste<br />
tipo de serviços pode trazer uma maior rentabilidade à<br />
casa de pneus, independentemente de haver maior especialização<br />
e comunicação numa determindada área,<br />
neste caso o negócio de pneus.<br />
No entanto, o sucesso das casas de pneus reside na<br />
sua especialização e nos padrões de qualidade reconheci<strong>dos</strong><br />
de uma forma geral pelo consumidor. <br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 51
ENTREVISTA<br />
Joel Alentado, diretor de Marketing da <strong>Pneus</strong> da Península<br />
Exigência do mercado<br />
Sendo uma das mais ativas empresas grossistas na área <strong>dos</strong> pneus, a <strong>Pneus</strong> da Península passou<br />
a ter também um site B2B, responsável pelas vendas online aos seus parceiros de negócio<br />
Atendendo à dinâmica do próprio mercado de<br />
pneus em Portugal, não é difícil encontrar explicações<br />
para a aposta que a <strong>Pneus</strong> da Península<br />
fez no seu site ao nível das vendas online.<br />
Para nos explicar sobre este investimento da <strong>Pneus</strong> da<br />
Península, a REVISTA DOS PNEUS entrevistou Joel<br />
Alentado, diretor de Marketing da empresa.<br />
Quais são as razões objetivos para que a <strong>Pneus</strong> da<br />
Península tenha apostado nas vendas online?<br />
As razões que levaram a <strong>Pneus</strong> da Península a apostar<br />
no B2B tiveram a ver com o próprio mercado, isto<br />
é, o mesmo exigiu que a empresa se modernizasse para<br />
poder acompanhar a respetiva concorrência.<br />
Hoje em dia ter um B2B não é ser inovador, mas<br />
sim uma obrigatoriedade para qualquer empresa singrar<br />
no mercado seja ele de pneus ou de outra empresa<br />
de distribuição. A redução de custos a curto e médio<br />
prazo foi outro fator bastante importante que levou a<br />
empresa a entrar no projeto B2B.<br />
Quanto tempo demorou a desenvolver este projeto<br />
de vendas online?<br />
O projeto B2B levou alguns meses a ser desenvolvido,<br />
pois foi necessário certificarmo-nos que tudo estava<br />
a correr a 100% antes de alargarmos o projeto aos<br />
nossos clientes no geral. Inicialmente demos acesso a<br />
alguns clientes para que, durante um certo período,<br />
testassem ao máximo o B2B.<br />
Quando nos certificámos que tudo estava a correr<br />
dentro do previsto decidimos alargar para os nossos revendedores<br />
no geral.<br />
Quais foram as principais dificuldades no<br />
desenvolvimento deste projeto de vendas online?<br />
As principais dificuldades foram a escolha do parceiro<br />
para fazer o projeto, decidir as funcionalidades<br />
do mesmo e termos a certeza que, a qualquer momento<br />
podemos alterar o projeto de forma a acompanhar a<br />
evolução do mercado, as novas tecnologias e as necessidades<br />
<strong>dos</strong> nossos clientes.<br />
Quais são os objetivos que a <strong>Pneus</strong> da Peninsula<br />
pretende atingir com as vendas Online?<br />
Os objectivos são vários. Prestar um serviço de informação<br />
de qualidade aos nossos clientes, redução de<br />
custos quer para a nossa empresa quer para os nossos<br />
clientes e para que estes possam, em qualquer altura do<br />
dia, estejam onde estiverem, consultarem o nosso stock<br />
com a máxima precisão, efetuarem encomendas, etc.<br />
Considera que as casas de pneus já estão preparadas<br />
para aderir às vendas online?<br />
Hoje em dia qualquer casa de pneus tem acesso à internet,<br />
umas com maior velocidade de ligação e outras<br />
com menor, mas no geral todas estão capacitadas para<br />
poderem usufruir desta tecnologia. Uma vez que o<br />
B2B da <strong>Pneus</strong> da Península é bastante simples e acessível<br />
não requer qualquer formação especial.<br />
As vendas online funcionam como mais uma aposta<br />
na qualidade de serviço?<br />
52<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
ENTREVISTA<br />
Com o site de vendas online vão ser potenciadas<br />
outras áreas, como as promoções e campanhas?<br />
O B2B vai ser utilizado para potenciar todas as áreas<br />
desde a área financeira ao marketing, sendo um projeto<br />
transversal.<br />
Quanto representarão as vendas online a curto /<br />
médio prazo nas vendas totais de pneus da <strong>Pneus</strong> da<br />
Peninsula?<br />
Neste momento representa cerca de 15% no que<br />
toca a encomendas, sendo a percentagem maior em relação<br />
às consultas.<br />
É nosso objetivo aumentarmos mês após mês estes<br />
resulta<strong>dos</strong>.<br />
Pensam que com as vendas online poderão vir a<br />
conquistar mais clientes novos?<br />
Claro que sim, pois existem clientes que estão tão<br />
habitua<strong>dos</strong> a trabalhar com B2B que se nós não tivermos<br />
esta solução disponível não será fácil termos sucesso<br />
junto <strong>dos</strong> mesmos.<br />
Queremos no mínimo prestar os mesmos serviços<br />
que a nossa concorrência, melhorar cada vez mais o<br />
próprio B2B para que o mesmo seja simples e preciso.<br />
As vendas online poderão vir a trazer uma maior<br />
operacionalização do negócio?<br />
Como o B2B é algo sem custos para os nossos clientes<br />
e um serviço que muitos já não conseguem viver<br />
sem ele. Já está a trazer uma maior operacionalização<br />
do negócio.<br />
Que passos um retalhista precisa dar para aceder às<br />
vendas online da <strong>Pneus</strong> da Península?<br />
É necessário entrar em contato com o responsável<br />
PNEUS DA PENINSULA<br />
Sede: Parque Industrial do Batel<br />
2890 – 161 Alcochete<br />
Marketing: Joel Alentado<br />
Telefone: 212 348 330<br />
Fax: 212 348 332<br />
E-mail: geral@pneuspeninsula.com<br />
Internet: www.pneuspeninsula.com<br />
As vendas online são uma clara aposta na qualidade<br />
de serviço pois permitem, nos dias de hoje, darmos<br />
resposta ao cliente final em segun<strong>dos</strong>, efetuarmos uma<br />
encomenda na hora, pois o B2B não tem horário de<br />
trabalho, e por isso pode ser usado a qualquer hora e<br />
em qualquer lugar.<br />
Desde os preços aos<br />
stocks disponíveis, tudo<br />
pode ser visualizado no<br />
B2B, uma vez que toda a<br />
informação necessária<br />
está contida neste site.<br />
O stock está permanentemente atualizado nas<br />
vendas online?<br />
No caso do B2B de <strong>Pneus</strong> da Península o stock está<br />
sempre atualizado ao segundo, pois o site foi minuciosamente<br />
estudado e preparado para ser atualizado automaticamente<br />
sempre que exista entrada ou saída de<br />
mercadoria.<br />
Para além <strong>dos</strong> pneus para ligeiros, os restantes<br />
pneus (pesa<strong>dos</strong>, comerciais, etc) também estão<br />
disponíveis nas vendas online?<br />
To<strong>dos</strong> os nossos artigos estão no B2B, desde o pneu<br />
ligeiro ao pneu de engenharia civil to<strong>dos</strong> os pneus estão<br />
online.<br />
“As vendas online são uma clara aposta na qualidade<br />
de serviço pois permitem, nos dias de hoje, darmos resposta ao<br />
cliente final em segun<strong>dos</strong>”<br />
Juntamente com os pneus, os clientes poderão vir a<br />
adquirir outros produtos neste site de vendas<br />
online?<br />
Neste momento tudo o que a <strong>Pneus</strong> da Península<br />
comercializa está no B2B e o mesmo está preparado<br />
para que no futuro possamos comercializar outro tipo<br />
de artigos.<br />
comercial da sua zona e solicitar o respetivo acesso.<br />
Após ter-lhe sido atribuído um código de utilizador e<br />
respetiva senha o cliente entra no site geral da empresa,<br />
selecionar o menu Revendedores e clicar em “ B2B encomendas<br />
online.<br />
Quais as vantagens, face<br />
ao tradicional, de o<br />
cliente comprar via<br />
online?<br />
As vantagens face ao<br />
tradicional não são de<br />
descontos adicionais, mas<br />
sim de prestarmos um serviço de informação ao nosso<br />
cliente de forma precisa e atualizada ao segundo, o<br />
cliente pode após a consulta <strong>dos</strong> artigos em stock efetuar<br />
instantaneamente a sua encomenda sem custos<br />
adicionais e com a garantia da disponibilidade do produto,<br />
algo que somente com o B2B poderemos garantir,<br />
o que é uma grande vantagem. <br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 53
ENTREVISTA<br />
Harjeev Singh Kandhari , Presidente Executivo do Grupo Al Dobowi<br />
54<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
ENTREVISTA<br />
Com a recessão económica mundial que estamos<br />
a viver, o consumidor procura cada vez mais as<br />
marcas económicas (budget), o que está a abrir<br />
caminho para muitos distribuidores e fabricantes<br />
asiáticos se afirmarem no mercado europeu, como é<br />
o caso do grupo Al Dobowi, fundado por Surender<br />
Singh Kandhari em 1979, no Dubai. Atualmente está<br />
presente em 4 continentes e emprega 1.500 pessoas de<br />
35 diferentes nacionalidades.<br />
Em entrevista à REVISTA DOS PNEUS, Harjeev<br />
Singh Kandhari, Presidente Executivo do Grupo Al<br />
Dobowi e filho do fundador, faz uma análise realista do<br />
futuro do mercado de pneus a nível mundial..<br />
Como explica a preponderância da Ásia no mercado<br />
mundial?<br />
Durante 1.800 anos, as maiores economias do planeta<br />
foram as da China e da Índia. O domínio do Ocidente<br />
à escala mundial nos últimos dois séculos tem pois<br />
que ser considerada uma aberração histórica. Ora,<br />
acontece que todas as aberrações históricas caminham<br />
para um fim natural.<br />
Agora, é sem dúvida alguma a vez da Ásia e particularmente<br />
da Índia e da China ocuparem o lugar que<br />
lhes pertence no cenário económico mundial. Estas<br />
economias estiveram a observar e a analisar de forma<br />
paciente, como aconselhava o líder chinês Deng Xiaoping:<br />
"Lengjing Guancha" ("observa com frieza e analisa").<br />
Agora, já perceberam como devem aplicar melhor<br />
a Sabedoria Ocidental, ou seja, a economia de livre<br />
mercado.<br />
Que pode aprender a indústria europeia com os<br />
líderes asiáticos?<br />
Surpreendentemente, à medida que a fé nas virtudes<br />
De facto, a China tornou-se num <strong>dos</strong> dez países mais<br />
importantes da indústria <strong>dos</strong> pneus (veja-se o caso da<br />
Hangzhou Zhongce). Por isso, estou convencido que a<br />
Índia também entrará nesse ranking por volta de 2030.<br />
A transposição do poder económico para a Ásia tornarse-á<br />
irreversível com o tempo.<br />
E como vê o futuro mais imediato da indústria<br />
asiática?<br />
Julgo que o Mundo será completamente diferente no<br />
ano de 2030. Para visitar uma cidade do passado, as pessoas<br />
terão que viajar até Londres, por exemplo, enquanto<br />
que para visitarem uma cidade atual terão que ir até<br />
ao Dubai e, se quiserem ver as cidades <strong>dos</strong> futuro, terão<br />
que ir mais para os la<strong>dos</strong> de Shanghai ou Mumbai.<br />
Os jovens mais dinâmicos e as gerações mais optimistas<br />
já não se encontrarão no Ocidente, mas na Índia<br />
ou na China. Nessa altura, nem a Europa, nem os EUA,<br />
estarão em condições de impor sanções comerciais unilaterais<br />
ou sanções económicas ao resto do Mundo. Em<br />
contrapartida, ambos terão que trabalhar duramente<br />
para criar laços fortes e duradouros com a Ásia, a fim de<br />
protegerem os seus interesses a longo prazo, num mundo<br />
em que o Ocidente já só representará uma pequena<br />
percentagem da população mundial. Em 2030, ver-se-á<br />
sem qualquer dúvida que o século XXI será o século da<br />
Ásia.<br />
De que forma essa nova realidade afectará a<br />
indústria do pneu?<br />
A tendência que ao longo <strong>dos</strong> últimos anos marcou<br />
mais a indústria <strong>dos</strong> pneus foi o aparecimento das marcas<br />
budget e o aumento da sua qualidade e <strong>dos</strong> seus volumes<br />
de produção. E onde se fabricam to<strong>dos</strong> esses<br />
pneus? Na Ásia, logicamente, pelo que o século asiático<br />
na nossa indústria! De qualquer modo, se continuamos<br />
a procurar entre os seguintes dez maiores produtores da<br />
lista global, iremos encontrar mais fabricantes de marcas<br />
económicas ou budget. Na realidade, o fabricante<br />
que anteriormente ocupava o 10 lugar do ranking<br />
mundial era também um fabricante de pneus budget,<br />
que eram vendi<strong>dos</strong> com marcas bem estabelecidas no<br />
mercado.<br />
De que forma os fabricantes chineses competem em<br />
qualidade com as marcas ocidentais?<br />
Durante os últimos anos, a qualidade das fábricas<br />
melhorou enormemente. Todas as fábricas estão a<br />
comprar equipamentos da última geração na Europa e<br />
nos EUA, para ampliarem as suas linhas de produção.<br />
Isso tem levado a que grande parte <strong>dos</strong> fabricantes de<br />
equipamentos para fabrico de pneus se tenham estabelecido<br />
na China, para melhor poderem acompanhar os<br />
seus negócios. Quando visitamos as impressionantes fábricas<br />
mais recentes da China, é fácil verificar que estas,<br />
com os novos equipamentos, moldes e prensas, podem<br />
produzir pneus de melhor qualidade do que as marcas<br />
históricas.<br />
Chego a visitar fábricas chinesas mais de cinco vezes<br />
por ano e a evolução da qualidade que tenho visto na<br />
produção é verdadeiramente notável. Isto verifica-se<br />
não somente nos fabricantes de grandes marcas budget,<br />
mas também nos que tinham sido classifica<strong>dos</strong> como<br />
de segunda linha.<br />
Que aspectos destaca nas atuais fábricas chinesas de<br />
pneus?<br />
Os fabricantes estão a investir seriamente em equipamentos<br />
de ensaio avança<strong>dos</strong>, para terem a garantia de<br />
que os seus pneus satisfazem as várias normas de to<strong>dos</strong><br />
Século das marcas budget<br />
A curiosa visão global de Harjeev Singh Kandhari contém uma nova forma de avaliar os factores<br />
que determinarão o futuro do mercado europeu de pneus. As suas palavras transmitem a ideia<br />
de mudanças profundas, novos actores e novas expectativas para o nosso sector<br />
do comércio livre está a diminuir na população europeia<br />
e norte-americana, ela aumenta na Ásia. É por essa<br />
razão que os maiores acor<strong>dos</strong> para o comércio livre<br />
(FTAs) estão a ser assina<strong>dos</strong> e coloca<strong>dos</strong> em prática na<br />
Ásia, incluindo os acor<strong>dos</strong> de livre comércio ASEAN-<br />
China e ASEAN-Índia. Por outro lado, os fluxos comerciais<br />
que apresentam um crescimento mais rápido<br />
também se encontram na Ásia.<br />
Nesta indústria e em muitas outras, a Europa e os<br />
EUA estão muito mais preocupa<strong>dos</strong> em endurecer a legislação<br />
e em estabelecer leis de etiquetagem de pneus<br />
(por exemplo), na esperança de que elas possam atuar<br />
como barreiras comerciais, do que em promover o verdadeiro<br />
livre comércio. Enquanto isso, mesmo na nossa<br />
indústria, os grandes investimentos em unidades de<br />
produção estão a ser realiza<strong>dos</strong> na Índia e na China.<br />
Veja-se, por exemplo e a este título, o investimento realizado<br />
pela Michelin na Índia. Todas as empresas globais<br />
fabricantes de qualquer coisa já têm uma parte da<br />
sua produção estabelecida na China.<br />
será também o século das marcas budget. Isso será excelente<br />
para a indústria a nível global, porque não há<br />
pneus maus. To<strong>dos</strong> os pneus são efetivamente bons e<br />
alguns apenas um pouco melhores.<br />
Pode-nos dar um exemplo concreto dessa tendência?<br />
Presentemente, a décima fábrica de pneus do Mundo<br />
é a Hangzhou Zhongce Rubber Company (ZC Rubber)<br />
da China. Trata-se de uma fábrica associada à produção<br />
de marcas económicas, como a Westlake. No entanto,<br />
hoje já se encontra à frente de marcas bem estabelecidas<br />
como a Cooper, que antigamente ocupava<br />
essa posição no ranking mundial. De facto, poucas pessoas<br />
sabem que a ZC Rubber é o quarto fabricante<br />
mundial em termos de pneus radiais para camião.<br />
E como conseguimos através da quantidade dar o<br />
salto qualitativo para a qualidade?<br />
Uma fábrica não pode chegar a este patamar da ZC<br />
Rubber sem ser um produtor de qualidade. Pelo menos<br />
os países do Mundo para os quais exportam as suas<br />
marcas. Também têm realizdo investimentos para terem<br />
pessoal tecnicamente bem preparado e estão a desenvolver<br />
as suas próprias estruturas de I+D. Já lá vão os<br />
tempos em que chegava apenas copiar o que faziam as<br />
marcas bem estabelecidas no mercado. As novas fábricas<br />
estão a desenvolver as suas próprias capacidades e<br />
talentos, dispondo de equipas de engenheiros envolvi<strong>dos</strong><br />
exclusivamente na criação de novos padrões e nos<br />
aspectos da segurança.<br />
Qual é o verdadeiro lugar das marcas budget no<br />
actual mercado europeu?<br />
Acabo de regressar de uma viagem à Europa e verifiquei<br />
pessoalmente que as marcas budget estão a conseguir<br />
apoderar-se de quotas de mercado cada vez maiores,<br />
obrigando as marcas já estabelecidas a lutar por<br />
mais regulamentos restritivos (REACH, regulamento<br />
PAH, etc.). Na realidade, investigadores da Universidade<br />
de Chicago chegaram à conclusão de que a utiliza-<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 55
ENTREVISTA<br />
Harjeev Singh Kandhari , Presidente Executivo do Grupo Al Dobowi<br />
ção <strong>dos</strong> novos óleos "limpos" têm um papel muito relativo<br />
para a proteção do meio ambiente. Isto apenas serviu<br />
para obrigar os fabricantes das marcas budget a criarem<br />
linhas separadas de produção, com ingredientes específicos<br />
para o mercado europeu. Logicamente, o<br />
aumento <strong>dos</strong> custos reduziu de alguma forma a sua<br />
competitividade.<br />
As marcas já consolidadas pensaram que isso seria suficiente<br />
para atrasar a penetração das marcas budget na<br />
Europa. No entanto, após alguns ajustamentos, a maioria<br />
<strong>dos</strong> fabricantes asiáticos conseguiu que os seus<br />
pneus cumprissem a normativa REACH.<br />
E que pensa da nova legislação sobre as etiquetas <strong>dos</strong><br />
pneus?<br />
Apenas significa que to<strong>dos</strong> os pneus vendi<strong>dos</strong> na<br />
União Europeia terão que possuir um etiqueta sobre as<br />
suas características, baseada no nível de ruído, na distância<br />
de travagem em molhado e na resistência ao rolamento.<br />
Esta medida pretende demonstrar a supremacia<br />
tecnológica das marcas europeias clássicas, mas não me<br />
parece que esse objectivo venha a ser alcançado.<br />
Acredita que a nova etiqueta atrasará a progressão<br />
das marcas budget na Europa?<br />
As marcas consolidadas têm a esperança de que essa<br />
medida leve os consumidores a concluírem que os seus<br />
pneus são melhores do que os pneus budget, devendo<br />
pagar mais por eles. No entanto, as marcas económicas<br />
têm trabalhado afincadamente, incluindo com a mudança<br />
de desenhos da banda de rolamento e novos<br />
moldes, de modo a estarem a um nível muito próximo<br />
das marcas europeias tradicionais. Como os consumidores<br />
sabem fazer contas e dão cada vez mais importância<br />
ao preço <strong>dos</strong> pneus, a nova etiqueta europeia até se<br />
No stand do Salão de Reifen, a Infinity apresentou dois novos pneus para automóveis, dentro das mais<br />
recentes tendências: o Ecomax e o Ecosis<br />
O que o consumidor exige é<br />
simplesmente que os<br />
pneus sejam produzi<strong>dos</strong> de<br />
forma eficiente, para terem<br />
a melhor relação<br />
preço/qualidade<br />
Harjeev Kandhari recebeu-nos no stand da Infinity,<br />
no Salão de Reifen, onde deu a entrevista e mostrou<br />
a nova gama de pneus lança<strong>dos</strong> na Feira<br />
poderá tornar numa forma das marcas budget reforçarem<br />
a sua presença no mercado europeu e até subirem<br />
um pouco a sua margem de rentabilidade.<br />
O que o leva a pensar desse modo?<br />
O facto é que as marcas <strong>dos</strong> pneus são cada vez menos<br />
importantes para o vendedor, especialmente em<br />
merca<strong>dos</strong> sem um fabricante local forte, como o Reino<br />
Unido, o que levará inevitavelmente os consumidores a<br />
preferirem o pneu mais barato, para as mesmas classificações.<br />
Já vi alguns testes de marcas budget que alcançaram<br />
classificações C + C e até mesmo C + B. Certas gamas<br />
das marcas clássicas não fazem melhor do que C +<br />
C. E isto não acontece só na Europa. As marcas budget<br />
são obrigadas a cumprir requisitos diferentes estabeleci<strong>dos</strong><br />
em muitos pontos do planeta (SASO, SONcap,<br />
BIS, etc.), o que as obriga a melhorar constantemente o<br />
rendimento <strong>dos</strong> seus pneus, para cumprirem os regulamentos<br />
locais.<br />
O maior receio entre os fabricantes de marcas estabelecidas<br />
é que outros países sigam o exemplo do Reino<br />
Unido, no que respeita à utilização de pneus budget.<br />
Pode-nos explicar melhor que exemplo é esse?<br />
Até agora, o mercado europeu estava segmentado em<br />
marcas Premium de primeira qualidade (o que era determinado<br />
pelo valor da própria marca, pelo seu esforço<br />
de marketing e pela sua presença no primeiro equipamento),<br />
marcas de qualidade (2 linha <strong>dos</strong> principais<br />
fabricantes) e marcas históricas sem presença no equipamento<br />
original e que não queriam ou não tinham<br />
meios para valorizar a sua marca. Esse estatuto era determinado<br />
pela estratégia de controlo da distribuição<br />
com cadeias próprias e políticas restritivas em relação<br />
ao retalho independente. Tudo isso agora mudou drasticamente.<br />
Na atualidade, 52% <strong>dos</strong> pneus vendi<strong>dos</strong> no Reino<br />
Unido são de marcas budget e essa percentagem não<br />
cessa de aumentar. Na verdade, em 2010 venderam-se<br />
no país 29 milhões de pneus, <strong>dos</strong> quais 15 milhões<br />
eram pneus económicos. Em França, a taxa foi de 28%<br />
e de 20% na Espanha, Itália e Alemanha (10% nos<br />
pneus de Inverno). Isto dá que o crescimento anual <strong>dos</strong><br />
pneus budget na Europa ultrapassa os 20%, num momento<br />
em que o mercado está em contração e muitos<br />
segmentos das marcas já estabelecidas estão a diminuir<br />
as suas vendas. Como perspectiva, o mercado europeu<br />
representa 250 milhões de pneus/ano. Isso significa<br />
que, se to<strong>dos</strong> os países atingissem a taxa do Reino Unido<br />
em pneus económicos, 175 milhões de pneus vendi<strong>dos</strong><br />
num ano seriam pneus budget. Eis o que eu chamaria<br />
um mercado em crescimento!<br />
Até que ponto a crise atual está a afectar o mercado<br />
de pneus em geral?<br />
Com a recessão económica mundial que estamos a<br />
viver, consideramos que o crescimento das nossas marcas<br />
se deve ao facto das marcas já estabelecidas terem<br />
preços muito eleva<strong>dos</strong> nos seus pneus, o que estimula<br />
os consumidores a procurarem alternativas.<br />
56<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
ENTREVISTA<br />
E quanto ao papel das novas tecnologias para a<br />
promoção <strong>dos</strong> pneus budget?<br />
A Internet é outro factor que está a promover o crescimento<br />
das marcas budget, porque cada vez mais pessoas<br />
consultam informação sobre pneus online, mesmo<br />
que não comprem o pneu diretamente pela via electrónica.<br />
A prova disso é a proliferação de empresas como<br />
Delticom ou a BlackCircles no retalho e muitos outros<br />
no segmento da distribuição. Todas as empresas importantes<br />
na Europa oferecem pneus através da web e esta<br />
tendência está a alastrar igualmente ao Médio Oriente.<br />
A realidade é que as compras de pneus na Internet representam<br />
já de 8 a 13% <strong>dos</strong> volumes totais de vendas<br />
de pneus, em função do mercado a que nos reportamos.<br />
A Alemanha já vai nos 13%, enquanto que merca<strong>dos</strong><br />
mais pequenos andam pelos 8%. Este segmento é o<br />
que mais cresce, porque se está a verificar uma mudança<br />
da tendência cultural, em que os jovens dependem<br />
cada vez mais da Internet para as suas decisões de compra.<br />
À medida que a Internet proporcionar mais informação<br />
sobre pneus, cada vez mais pessoas poderão comprovar<br />
as diferenças de preço das marcas budget. Estas<br />
marcas também ganharam mais visibilidade na Internet,<br />
porque se trata de uma forma de marketing muito<br />
económica.<br />
Quer dizer que as marcas budget têm dificuldades<br />
para investir no seu marketing?<br />
Onde as marcas budget têm que se atualizar um pouco<br />
mais é na área do marketing, mas já não estão muito<br />
longe disso. Basta ver os stands que essas marcas apresentam<br />
nas grandes feiras internacionais para avaliar o<br />
nível do seu marketing e a rapidez com que chegaram a<br />
patamares mais eleva<strong>dos</strong> de notoriedade. As marcas<br />
AL DOBOWI<br />
O Infinity Ecomax é um pneu UHP, que beneficia das tecnologias exclusivas da marca EFFE (Eco-Friendly<br />
Fuel Efficient) e ACCC (Advanced Confort Control Construction)<br />
Sede: P.O. Box 61348 – Jebel Ali Free Zone<br />
Dubai – United Arab Emirates<br />
Presidente Executivo: Harjeev Kandhari<br />
Telefone: 00.9714.883.6661<br />
Fax: 00.9714.883.7720<br />
E-mail: harjeev@aldobowi.com<br />
Internet: www.aldobowi.com<br />
Como os pneus das marcas budget estão a ser mais<br />
utiliza<strong>dos</strong> pelo cliente, o público dá-se conta que os<br />
pneus podem custar menos e servir bem da mesma forma.<br />
O que o consumidor exige é simplesmente que os<br />
pneus sejam produzi<strong>dos</strong> de forma eficiente, para terem<br />
a melhor relação preço/qualidade.<br />
Isso significa que uma marca história tem que<br />
competir com os seus pneus?<br />
Justamente. Mas há outro aspecto importante, que é<br />
a gama de pneus em que essa concorrência se processa.<br />
No passado, os fabricantes das marcas budget tinham<br />
gamas muito limitadas.<br />
Presentemente, já existem gamas de pneus de marcas<br />
budget que rivalizam ao mesmo nível com algumas<br />
marcas estabelecidas. Tendo realizado importantes investimentos<br />
em novos moldes e prensas, podemos oferecer<br />
tamanhos de roda em marcas budget que servem<br />
num Ford Focus, num Porsche Cayenne ou num Bentley.<br />
A decisão é do cliente final.<br />
E qual é o papel <strong>dos</strong> distribuidores neste contexto?<br />
Também a nível da distribuição a era <strong>dos</strong> pneus menos<br />
bons já passou.<br />
Podes enganar algumas pessoas durante algum tempo,<br />
mas não sempre, porque o mundo <strong>dos</strong> pneus é hoje<br />
muito pequeno.<br />
Toda a gente se conhece e as fábricas tornaram-se<br />
mais transparentes na atualidade. De facto, os distribuidores<br />
principais estão a dar força a certos conceitos<br />
como o custo por quilómetro (CPK), como forma de<br />
promoverem as marcas budget. Estas marcas superam<br />
largamente as marcas históricas em critérios de consumo<br />
como este, num momento em que as frotas fazem<br />
tudo para reduzir os seus custos operacionais. Obviamente,<br />
isto favorece de forma clara os pneus económicos.<br />
Recentemente, a ATS Euromaster, uma empresa do<br />
Reino Unido controlada pela Michelin, firmou um<br />
contrato de fornecimento de pneus de camião com a<br />
GITI Primewell, após ensaios exaustivos.<br />
budget estão hoje conscientes do valor que tem um<br />
nome e já estão a investir convenientemente em marketing,<br />
branding, havendo alguns fabricantes que estão<br />
mesmo a contratar consultorias de naming, para refinar<br />
ou reforçar as suas denominações comerciais. Portanto,<br />
também nesta área não estão muito atrás das outras<br />
marcas. Como estão a surgir mais companhias que<br />
prestam mais atenção à promoção das marcas que comercializam<br />
do que à produção, os fabricantes estão a<br />
desenvolver mais rapidamente as competências de marketing<br />
necessárias para se tornarem mais competitivas.<br />
Que conselho daria aos que ainda não estão<br />
totalmente convenci<strong>dos</strong> do potencial das marcas<br />
económicas?<br />
Sugiro-lhes que analisem com mais cuidado e mais<br />
de perto as marcas budget, porque muitos deles irão<br />
comprá-las muito brevemente, se é que ainda não as<br />
compraram já. O século da Ásia está a chegar e com ele<br />
as marcas económicas estão também a chegar! <br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 57
ENTREVISTA<br />
Onkar S. Kanwar, Chairman e diretor-geral da Apollo Tyres<br />
“Temos que comunicar com o consumidor”<br />
A entrada da Apollo em solo europeu veio reforçar as ambições do construtor indiano<br />
em se tornar um <strong>dos</strong> 10 maiores do mundo. Onkar Kanwar, que trouxe a empresa<br />
até aqui, conta nesta entrevista como o pensa fazer<br />
Uma entrevista com Onkar Kanwar nunca se<br />
esquece. Cordial quanto baste, mas também<br />
distante o suficiente, o homem que, desde<br />
1976, está à frente da Apollo Tyres, responde<br />
sempre às questões com conceitos amplos e aparentemente<br />
pouco precisos. Se parece que está a fugir às<br />
questões e a responder banalidades, numa segunda<br />
leitura logo se compreende que tudo faz sentido e<br />
que aquilo que ele nos dá são as linhas de orientação<br />
que fizeram da Apollo o que ela é hoje.<br />
Com a modernização, excelência e qualidade<br />
como os vetores principais da sua liderança, a Apollo<br />
passou de um construtor regional de pneus para<br />
veículos comerciais na Índia para uma multinacional<br />
com capacidade financeira para comprar, sem<br />
quaisquer problemas de liquidez, a Vredestein e relançá-la<br />
como um <strong>dos</strong> grandes fabricantes europeus<br />
de pneus.<br />
A ambição de Kanwar é ilimitada. Como se estivesse<br />
a dar provas do que leva a jogo, fez a Vredestein,<br />
marca que passara a fazer parte do grupo, lançou<br />
o pneu com as prestações mais altas de sempre:<br />
o Vredstein Ultra Vorti 5. Foi na apresentação deste<br />
produto, durante a qual praticamente teve Budapeste<br />
a seus pés – foi recebido pelo presidente da câmara<br />
e teve as ruas fechadas pela polícia húngara para a<br />
sua passagem – que se realizou esta entrevista. Eis<br />
Onkar Kanwar, o homem que quer colocar a Apollo<br />
na lista <strong>dos</strong> 10 maiores construtores de pneus do<br />
mundo.<br />
A REVISTA DOS PNEUS esteve no Salão Reifen<br />
em 2010, onde apresentaram a compra da<br />
Vredstein. Foi esse o evento mais importante <strong>dos</strong><br />
últimos tempos para a empresa?<br />
Apresentámos ainda a Apollo para o mercado europeu.<br />
E introduzimo-la em quatro merca<strong>dos</strong>: Alemanha,<br />
Itália, Reino Unido e Holanda. São aqueles<br />
merca<strong>dos</strong> onde pensamos que existem clientes para<br />
estes pneus. Mas a ideia é ir para outros países.<br />
A Apollo é uma marca muito recente na Europa.<br />
Mas que planos têm para o resto do mundo?<br />
Tentamos estar diretamente em todo o lado para<br />
estabelecer contactos com os consumidores. São<br />
eles que decidem. Eu posso vender a um representante,<br />
mas ele pode não conseguir vender. Temos<br />
que comunicar com o consumidor.<br />
Com a sua experiência no mercado, que<br />
mudanças é que vê daqui para a frente?<br />
Penso que o consumidor está cada vez mais exigente.<br />
É importante que exista capacidade para responder<br />
às suas aspirações. Tem que se responder às<br />
suas exigências de baixo atrito, maior quilometragem,<br />
poupança de combustível e índice de velocidade.<br />
Estes são os pontos básicos que o cliente pede<br />
e espera de nós. Tudo isto são assuntos que ajudam<br />
não só as empresas a saber o que devem fazer com<br />
os seus produtos, como também a ter o melhor balanço<br />
ecológico.<br />
58<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
ENTREVISTA<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 59
ENTREVISTA<br />
Onkar S. Kanwar, Chairman e diretor-geral da Apollo Tyres<br />
A PERFEIÇÃO ABSOLUTA<br />
O Vredstein Ultra Vorti 5 é um pneu de capacidades extremas que a Vredestein, que faz parte da Apollo<br />
Tyres, lançou para mostrar o seu potencial tecnológico e posicionar-se como um construtor de referência<br />
Acerca do novo pneu que acabam de lançar, o Ultra<br />
Vortic 5, o que é que destacaria?<br />
Quisemos fazer um pneu que tivesse o melhor<br />
desempenho a velocidades-limite, acima <strong>dos</strong> 300<br />
km/h. É um pneu de uma perfeição absoluta.<br />
Foi preciso muito investimento para este pneu?<br />
Bem, esta é a única forma de conseguir satisfazer<br />
as necessidades deste tipo de consumidor.<br />
Eles querem o melhor e é isso que temos que fazer.<br />
Este é um mercado muito competitivo, o de pneus<br />
de alta performance…<br />
Este é um pneu desenhado especialmente para<br />
o efeito. É preciso experimentar para se ver que é<br />
um produto excecional. Se o cliente compra o melhor<br />
carro, ele quer também o melhor pneu.<br />
Qual será o próximo produto que vão lançar?<br />
Vamos melhorando os pneus à medida que a<br />
marca vai ganhado notoriedade. Queremos apostar<br />
em produtos mais amigos do ambiente.<br />
A boa distribuição e presença no mercado são o<br />
mais importante, defende o chairman da Apollo<br />
Tyres, Onkar S. Kanwar<br />
APOLLO TYRES<br />
Sede: 7 Institutional Area,<br />
Sector 32<br />
Gurgaon 122001<br />
Haryana, India<br />
Chairman: Onkar S. Kanwar<br />
Telefone: +91 124 2721000<br />
Internet: www.apollotyres.com<br />
E na produção? Algumas matérias-primas, como a<br />
borracha, tiveram um aumento considerável nos<br />
últimos tempos…<br />
Os preços das matérias-primas têm, de fato, sofrido<br />
alguma flutuação. O mercado chinês é responsável<br />
por muita da procura e a borracha é apenas produzida<br />
no Sul da Ásia. Por isso, tem que se procurar alternativas<br />
e mesmo nós temos procurado junto <strong>dos</strong> produtores<br />
locais outras formas de a conseguir. Evidentemente<br />
que não sabemos como cultivar borracha, mas<br />
já investimos nesses produtores, de modo a ter a certeza<br />
de que existe borracha quando precisamos dela.<br />
É assim tão importante ter a certeza de que existe<br />
matéria-prima?<br />
A ideia é estarmos seguros de que a temos. Toda a<br />
gente a quer e apenas três países a produzem: Malásia,<br />
Indonésia e Tailândia. Mas as pessoas já a procuram<br />
por todo o lado, como Vietnam, Laos e mesmo<br />
África.<br />
Isso é estratégico para a empresa?<br />
É a única estratégia. A procura tem aumentado, a<br />
população também, fabricam-se mais carros. A borracha<br />
sintética tem-se afirmado, mas é preciso uma mistura<br />
de ambas. É uma questão de segurança.<br />
Acerca <strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong> emergentes?<br />
São merca<strong>dos</strong> de crescimento muito rápido. Há<br />
muito caminho ainda por percorrer. É um crescimento<br />
com taxas muito elevadas que indica que os merca<strong>dos</strong><br />
se vão desenvolver.<br />
Na apresentação da Apollo ao mercado europeu,<br />
disse que queria colocar a empresa nos dez maiores<br />
construtores mundiais. Continua a ser um<br />
desígnio?<br />
Sim. Estamos a colocar muitos esforços no crescimento<br />
orgânico e inorgânico. Por este último, entenda-se<br />
o aproveitamento de oportunidades de aquisição<br />
de outras empresas ligadas ao negócio de pneus.<br />
E está a pensar apenas na Europa?<br />
É sempre bom estar na Europa, mas também procuramos<br />
oportunidades no sul da Ásia e na América<br />
Latina.<br />
E espera um bom produto, uma boa marca ou uma<br />
boa rede de distribuição?<br />
A boa distribuição e presença no mercado são o<br />
mais importante, porque as marcas já nós temos.<br />
Temos que saber como introduzir a marca e ser<br />
aceite pelos consumidores. O importante é ter um<br />
mercado.<br />
Quais sãos os vossos merca<strong>dos</strong> prioritários?<br />
Uma marca como a nosso precisa de ter números.<br />
O Sul da Ásia e o Brasil são os merca<strong>dos</strong> mais importantes<br />
para a Apollo. A marca tem é que ser aceite pelos<br />
consumidores. E para isso ou compramos uma<br />
empresa ou colocamos uma nova. Depende do que<br />
existe no momento.<br />
60<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
1ª CONFERÊNCIA DE SOFTWARE E DADOS<br />
r<br />
Em simultâneo com:<br />
Salão Automecânica<br />
Exposalão Batalha | 03 de Novembro de <strong>2012</strong><br />
Informações e reservas de patrocínios:<br />
AP Comunicação - Tel.: 219 288 052 - Email: comercial@apcomunicacao.com<br />
PARTICIPE E DIVULGUE<br />
A 1ª CONFERÊNCIA DE “SOFTWARE E DADOS<br />
TÉCNICOS NAS OFICINAS INDEPENDENTES”<br />
www.eventosap.com<br />
Organização: Iniciativa conjunta Apoio:<br />
®<br />
APCOMUNICAÇÃo<br />
O SEU PARCEIRO DE NEGÓCIO<br />
REVISTADO<br />
AFTER<br />
MARKET<br />
PUBLICAÇÃO OFICIAL DO SALÃO
ENTREVISTA<br />
Luis Martins, General Market Manager Gripen Wheels Iberia<br />
Luis Martins,<br />
General Market Manager Gripen Wheels Iberia<br />
Pelle Fritzon,<br />
Presidente Gripen Wheels AB<br />
“Asseguramos variedade<br />
e máxima rentabilidade”<br />
A Gripen Wheels é hoje unanimemente reconhecida no mercado Ibérico, como um fornecedor da<br />
máxima confiança, tendo alcançado no ano fiscal que findou em Abril um recorde de faturação<br />
AGripen Wheels marca presença na Península<br />
Ibérica desde Janeiro de 2008. Inicialmente<br />
com duas empresas distintas, a Gripen Wheels<br />
Portugal e a Gripen Wheels Spain, que atuavam,<br />
respectivamente, no mercado Português e no<br />
mercado Espanhol. Em Setembro de 2011, deu-se a<br />
fusão das duas operações, nascendo a Gripen Wheels<br />
Iberia, com base operacional e logística<br />
nos escritórios e armazém da Maia.<br />
Em entrevista à REVISTA DOS<br />
PNEUS, Luís Martins destaca como<br />
maior vitória da empresa ao longo destes<br />
quase cinco anos de atividade o reconhecimento<br />
por parte <strong>dos</strong> seus clientes,<br />
como um fornecedor que assegura a maior variedade<br />
de produto com os preços mais competitivos e as mais<br />
altas taxas de rentabilidade.<br />
Que tipo de pneus são atualmente comercializa<strong>dos</strong><br />
pela Gripen Wheels Iberia?<br />
A Gripen Wheels Iberia comercializa pneus Pesa<strong>dos</strong>,<br />
pneus Industriais, pneus para Equipamentos de<br />
Movimentação de Cargas (empilhadores), pneus para<br />
máquinas Florestais, pneus OTR – Engenharia Civil,<br />
Jantes de Camião, Jantes OTR - Engenharia Civil, entre<br />
outros produtos relaciona<strong>dos</strong> com o mercado <strong>dos</strong><br />
pneus para utilizações profissionais. A Gripen Wheels<br />
“Uma vez que estamos focaliza<strong>dos</strong> no segmento<br />
Económico, não posso deixar de confessar que a atual<br />
conjuntura económica, tem-se revelado uma verdadeira<br />
oportunidade”, diz Luís Martins<br />
enquanto Grupo, é o maior distribuidor independente<br />
Europeu de pneus de Engenharia Civil, jantes OTR -<br />
Engenharia Civil e pneus Agrícolas. Vendemos, em 5<br />
semanas, quase 50% do volume total anual do mercado<br />
Português de pneus OTR - Engenharia Civil.<br />
Do nosso portfólio constam marcas próprias como<br />
a Gripen Wheels e a Dynamaxx, esta última um produto<br />
OTR de Engenharia Europeia, marcas representadas,<br />
com exclusividade para alguns merca<strong>dos</strong> como<br />
a Triangle, a Hilo, a Aeolus, a United (pneus Florestais)<br />
e a Ceat Altura entre outras. No segundo semestre<br />
deste ano, introduziremos no mercado uma marca de<br />
pneus pesa<strong>dos</strong> de elevada qualidade mas com um posicionamento<br />
de preço muito agressivo.<br />
Como se processa a distribuição <strong>dos</strong> v/<br />
pneus no mercado Ibérico? Têm<br />
armazém central para os dois países?<br />
Atualmente distribuímos cerca de<br />
75% <strong>dos</strong> produtos vendi<strong>dos</strong> na Península<br />
Ibérica, a partir da nossa plataforma logística situada<br />
na Maia. Os restantes produtos vendi<strong>dos</strong>, são movimenta<strong>dos</strong>,<br />
sobretudo, das nossas plataformas logísticas<br />
localizadas na França, Alemanha, Itália e Suécia. A<br />
concentração das operações Ibéricas numa única base<br />
logística, contribuiu para solidificar o enorme cresci-<br />
62<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
ENTREVISTA<br />
mento que a empresa teve no mercado Europeu em<br />
geral e nos merca<strong>dos</strong> Português e Espanhol em particular,<br />
permitindo expandir e diversificar a oferta de<br />
pneus OTR, Industriais, Florestais, Agrícolas, Movimentação<br />
de Cargas e Pesa<strong>dos</strong>, sempre com o foco no<br />
segmento económico.<br />
Qual o vosso posicionamento em termos de preço?<br />
A Gripen Wheels teve sempre no seu ADN um posicionamento<br />
muito claro relativamente aos seus merca<strong>dos</strong><br />
alvo. O segmento Económico (ou Budget se<br />
quisermos usar um estrangeirismo) <strong>dos</strong> produtos destina<strong>dos</strong><br />
a um consumo profissional tem sido e continuará<br />
a ser parte integrante da nossa oferta de base. Somos,<br />
e queremos continuar a ser, os especialistas Europeus<br />
<strong>dos</strong> pneus Económicos de Engenharia Civil,<br />
Industriais, Pesa<strong>dos</strong>, Florestais, Agrícolas, etc. Sempre<br />
que um cliente pensar num pneu Económico de Engenharia<br />
Civil, num pneu Económico Industrial, num<br />
pneu Económico Florestal, num pneu económico Pesado…<br />
Queremos que pense na Gripen Wheels.<br />
Quais são as principais ameaças para o sector onde<br />
se insere a vossa atividade? E as oportunidades?<br />
O sector <strong>dos</strong> pneus em geral, atravessa um período<br />
delicado e, devo sublinhar que estou a tentar falar com<br />
delicadeza sobre a dimensão do problema. Naturalmente<br />
que existem empresas com maior e menor grau<br />
de resistência aos perío<strong>dos</strong> menos favoráveis. Nesta altura<br />
de retração <strong>dos</strong> consumos priva<strong>dos</strong> e públicos, devemos<br />
to<strong>dos</strong> os diferentes intervenientes no negócio,<br />
diretos e indiretos, zelar pelo “prato onde comemos a<br />
sopa”. Um mercado, em retração não é bom para ninguém.<br />
Ainda que possa beneficiar determinadas estratégias<br />
e/ou posicionamentos de preços, em detrimento<br />
de outras e/ou outros. Vivemos um período da máxima<br />
exigência no que diz respeito às nossas<br />
competências na gestão <strong>dos</strong> nossos negócios. A procura<br />
de novos merca<strong>dos</strong> (internos e externos), de novos<br />
clientes, de novos serviços e de novos produtos, bem<br />
como o permanente espírito de inovação e reinvenção<br />
do negócio e da forma de lhe dar vida, constituem factores,<br />
mais do que nunca, críticos de sucesso. Somos<br />
um povo de excelência que sempre soube superar-se<br />
nos momentos de maior exigência.<br />
Que análise faz da situação atual do Comércio de<br />
<strong>Pneus</strong> OTR e de Engenharia Civil em Portugal?<br />
O segmento Económico <strong>dos</strong> pneus em geral e <strong>dos</strong><br />
pneus OTR-Engenharia Civil em particular, tem registado<br />
um crescimento assinalável, com um crescimento<br />
sustentado das vendas ano após ano. Estou seguro<br />
QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS DO AUMENTO DA TAXA DE ECOVALOR<br />
PARA A GRIPEN WHEELS IBERIA?<br />
“Esta revisão <strong>dos</strong> Ecovalores, em forma de aumento, vem em péssima altura e revela uma grande falta de sensibilidade<br />
por parte <strong>dos</strong> decisores envolvi<strong>dos</strong>.<br />
O nosso mercado necessita de diálogo entre as partes envolvidas. Sem mercado não há Ecovalores… Creio que se poderia<br />
ter esperado pelo final do ano para tomar as decisões. Os novos Ecovalores, para além de constituírem mais um<br />
péssimo sinal para um mercado economicamente deprimido, contribuem ainda mais para os desequilíbrios atualmente<br />
notórios entre os operadores que são empresas de direito Português e, consequentemente facturam os seus produtos<br />
com Ecovalor e, to<strong>dos</strong> os restantes operadores (e não são poucos) que, por exemplo, por serem empresas de direito Espanhol<br />
facturam sem Ecovalor, passando a obrigatoriedade da respectiva declaração à Valorpneu para o retalhista.<br />
No caso <strong>dos</strong> pneus OTR-Engenharia Civil, o Ecovalor pode chegar a pesar mais de 10% no respectivo preço de venda.<br />
E, recordo, na altura da criação da Valorpneu, era convicção das partes envolvidas que, com a optimização do sistema,<br />
os Ecovalores tenderiam a descer, também porque, inicialmente haveria que fazer a gestão <strong>dos</strong> muitos pneus em fim de<br />
vida existentes no momento da criação da Valorpneu e para os quais não tinha sido cobrado o Ecovalor. Por fim, pareceme<br />
que a Valorpneu não terá que apresentar resulta<strong>dos</strong> positivos (lucros) to<strong>dos</strong> os anos. Poderá também ter um ano de<br />
resulta<strong>dos</strong> negativos e tendencialmente ser uma organização que não visa os lucros.<br />
No fundo, acho que o mercado necessita de um diálogo verdadeiramente representativo das partes e <strong>dos</strong> diferentes<br />
interesses envolvi<strong>dos</strong> no negócio. Quer no negócio <strong>dos</strong> pneus novos, quer no negócio <strong>dos</strong> pneus recauchuta<strong>dos</strong>, quer no<br />
negócio do tratamento do produto em fim-de-vida. Só desta forma o sistema poderá ser verdadeiramente sustentável”.<br />
GRIPEN WHEELS IBERIA<br />
Sede: Centro de Negócios da Maia - Rua de Albino<br />
José Domingues, 74 - 2º AT - 4470-034 Maia<br />
General Market Manager: Luis Martins<br />
Telefone: 220 991 400<br />
Fax: 220 931936<br />
e-mail: luis.martins@gripenwheels.com<br />
Internet: www.gripenwheels.com<br />
OPINIÃO<br />
Pelle Fritzon,<br />
Presidente Gripen Wheels AB<br />
“Estamos confiantes”<br />
A Gripen Wheels foi uma<br />
marca que começou do zero há<br />
cerca de 20 anos (1993). Neste<br />
momento, somos uma equipa<br />
de 30 pessoas, geramos um volume de negócios<br />
anual de ¤ 60 milhões e um lucro líquido de 5%. Podemos<br />
dizer que somos especialistas em pneus de<br />
grandes dimensões OTR, mas também trabalhamos<br />
com pneus para a agricultura, para máquinas de exploração<br />
florestal e maquinaria de construção pesada.<br />
Cerca de 90% <strong>dos</strong> nossos pneus vêm da República<br />
Popular da China e da Índia, sendo os restantes 10%<br />
provenientes do Japão, EUA e outros países. Esta é<br />
uma tendência que nem nós, nem ninguém, pode alterar,<br />
mas que está a criar alguns problemas devido à<br />
atual situação económica da Europa. De facto, não temos<br />
fábricas no espaço europeu e temos dificuldades<br />
em importar pneus <strong>dos</strong> países onde eles são produzi<strong>dos</strong>.<br />
O nosso mercado principal é a Europa, principalmente<br />
o Norte da Europa e a Europa Ocidental. Temos<br />
empresas de distribuição próprias em cada país,<br />
como é o caso da Gripen Wheels Iberia, geridas pelos<br />
nossos profissionais e capital 100% da casa mãe na<br />
Suécia. A nossa estratégia de mercado consiste em<br />
trabalhar exclusivamente com distribuidores profissionais,<br />
evitando contacto direto com os consumidores<br />
finais. Esta é a forma de garantir um serviço verdadeiramente<br />
profissional e é disso que o mercado<br />
precisa. Hoje em dia, muitos grossistas vendem a<br />
quem primeiro lhes der o dinheiro, mas depois deixam<br />
os utilizadores finais sem soluções, quando é<br />
preciso resolver os problemas. Não é uma forma séria<br />
de estar no negócio, que nós vivamente repudiamos.<br />
To<strong>dos</strong> os nossos colaboradores são pessoas com<br />
grande experiência profissional no mercado <strong>dos</strong><br />
pneus em geral e no mercado <strong>dos</strong> pneus de grandes<br />
dimensões em particular. Há certas marcas de primeiro<br />
plano que contratam qualquer pessoa para<br />
trabalhar neste mercado, mas isso não é sistema e<br />
acaba por dar problemas. Com a garantia de assistência<br />
técnica que nós damos, somos um suporte<br />
para o nosso distribuidor, ajudando-o na venda, mas<br />
também somos o principal garante para o utilizador<br />
final de um serviço técnico profissional de primeira<br />
qualidade. Um distribuidor e um operador que vendem<br />
um pneu OTR por ano ou nem isso, que experiência<br />
têm destes pneus? É tudo improvisado, tudo<br />
ao acaso e as coisas até podem resultar uma vez por<br />
mera sorte. Na segunda vez, já não resulta.<br />
Em relação ao futuro, estamos confiantes, porque<br />
somos uma empresa economicamente saudável e<br />
com grande capacidade financeira. Se o cliente final<br />
tem menos dinheiro, compra um pneu um pouco<br />
mais barato, mas não deixa de fazer a sua vida, nem o<br />
distribuidor deixa de vender pneus. Felizmente, no<br />
nosso segmento esse problema não existe, porque<br />
ninguém se arrisca a montar um pneu OTR sem qualidade,<br />
até porque já não existe. A questão que fica é<br />
montar o pneu correto da forma correta.<br />
Como se caracterizam os clientes da Gripen Wheels<br />
Iberia?<br />
A Gripen Wheels Iberia tem uma rede de Agentes<br />
Ibérica, uniformemente distribuída por Portugal e Espanha,<br />
que é tendencialmente constituída, pelas características<br />
do produto em que somos especialistas (Engenharia<br />
Civil), por agentes económicos de maior dimensão.<br />
No entanto, em muito nos orgulha o facto de<br />
também merecermos fidelidade e preferência de muitos<br />
operadores de menor dimensão no negócio da Engenharia<br />
Civil. A to<strong>dos</strong> procuramos fornecer o maior<br />
profissionalismo no atendimento das suas necessidades<br />
e as mais elevadas taxas de rentabilidade na distribuição<br />
e comercialização <strong>dos</strong> nossos produtos.<br />
que o segmento Económico tem conquistado quota<br />
de mercado significativa em Portugal nos últimos anos<br />
em geral e nos últimos 18 meses em particular.<br />
A este facto não são alheios dois factores preponderantes,<br />
por um lado a grande evolução da qualidade<br />
<strong>dos</strong> produtos das marcas económicas mais conceituadas,<br />
por outro, o ambiente de recessão que afecta a Europa<br />
em geral e a Península Ibérica em particular. No<br />
entanto, teremos de tentar compreender até que ponto<br />
não estarão os hábitos de consumo em transformação<br />
no longo prazo. Recordo que em Inglaterra, o segmento<br />
económico <strong>dos</strong> pneus de turismo, já representava<br />
mais de 50% do total do mercado nos i<strong>dos</strong> anos<br />
90. <br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 63
ENTREVISTA<br />
Luis Miguel Muñoz, Diretor Geral Tiresur Neumáticos<br />
“Temos que ser muito competitivos em tudo:<br />
Preço, Serviço e Stock”<br />
A Tiresur Neumáticos está preparada para reforçar a sua presença no mercado português,<br />
desenvolvendo para isso to<strong>dos</strong> os meios humanos e materiais<br />
ATiresur é uma empresa internacional especializada<br />
na distribuição de pneus, que faz parte<br />
do Grupo AM que, com 78 anos de experiência<br />
no mercado espanhol, atualmente tem as<br />
suas operações em nove países diferentes em três continentes.<br />
Tendo como atividade principal a distribuição de<br />
pneus, a Tiresur é um distribuidor de referência em Espanha<br />
e quer também ser em Portugal, país considerado<br />
estratégico pela companhia estando mesmo a fazer<br />
uma aposta decidida de consolidação da sua presença<br />
em território luso através de significativos investimentos<br />
em equipas, recursos e instalações. Foi sobre este e<br />
outros assuntos que Luis Miguel Muñoz, Director Geral<br />
Tiresur Neumáticos, falou numa entrevista para a<br />
REVISTA DOS PNEUS.<br />
Sendo uma empresa com tanta história, há quantos<br />
anos é que a Tiresur vende pneus em Portugal?<br />
A Tiresur está no mercado português há seis anos e a<br />
nossa estratégia inclui investimentos em equipas, instalações<br />
e recursos, que juntamente com as nossas marcas<br />
exclusivas GT Radial, Ovation, Sunfull e Accelera<br />
nos permitem continuar a crescer e desenvolvermonos<br />
num mercado como o português.<br />
O nosso plano estratégico contempla, através de significativos<br />
investimentos, instalar, ainda em <strong>2012</strong> e<br />
com continuidade em 2013, uma estrutura empresarial<br />
própria em Portugal com uma sede central mais um armazém<br />
em Lisboa, onde nos abasteceremos e daremos<br />
todo o serviço ao mercado português, dando assim um<br />
enorme salto qualitativo na atividade da nossa companhia<br />
em Portugal.<br />
Como se está a desenvolver esta nova estratégia de<br />
vender pneus em Portugal?<br />
Para se ser o melhor, não basta ser excelente num<br />
único aspeto, temos que ser muito competitivos em<br />
tudo: preço, serviço e stock.<br />
Esta é a nossa filosofia e o valor que trazemos aos<br />
nossos cliente: um portfolio de produtos completo,<br />
com marcas exclusivas, a mais ampla disponibilidade<br />
de referências em stock, com um excelente serviço de<br />
entregas em 24 horas, tudo isto ao melhor preço e com<br />
uma atenção comercial personalizada.<br />
Esta orientação para o cliente que é a senha de identidade<br />
da companhia, vamos desenvolvê-la em Portugal<br />
através da nossa atenção comercial personalizada<br />
(teremos uma equipa de três comerciais), de um call<br />
center (com operadores dedica<strong>dos</strong>) e a nossa plataforma<br />
de internet (website específico para Portugal em<br />
www.tiresur.com.pt) como canal de comunicação e<br />
vendas para oferecer um nível de serviço excelente que<br />
nos permita ter a confiança da nossa ampla base de<br />
clientes, incorporar novos compradores e fidelizá-los<br />
construindo relações de longo prazo.<br />
Em termos gerais, a Tiresur é uma empresa de distribuição<br />
multicanal que conta com uma ampla força de<br />
vendas, liderada por um diretor de vendas, um key account<br />
manager e uma numerosa equipa de profissio-<br />
64<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
ENTREVISTA<br />
Como funcionam em termos logísticos neste<br />
momento?<br />
Neste momento, o nosso serviço de entregas é de 24<br />
/ 48 horas em todo o território português, contudo, estamos<br />
realizando investimentos e trabalhando para minimizar<br />
os tempos de entrega e a capacidade de serviço,<br />
fruto do nosso compromisso de excelência com os<br />
nossos clientes.<br />
Quantas marcas de pneus comercializam? Quais são<br />
as principais marcas de pneus que disponibilizam ao<br />
mercado?<br />
A Tiresur é distribuidora exclusiva das marcas GT<br />
Radial, Ovation, Sunfull e Accelera para os merca<strong>dos</strong><br />
de Espanha e Portugal, assim como Runway, Ovation<br />
y Sunfull para la maioria <strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong> da América latina,<br />
incluindo o Brasil.<br />
Dominando toda a logística e a distribuição, a<br />
Tiresur tem alguma rede de retalho associada na<br />
Europa ou em Portugal?<br />
Em Espanha, faz dois anos, realizamos o lançamento,<br />
com muito êxito, da rede de oficinas associadas<br />
Center’s Auto, com imagem da marca de pneus GT<br />
Radial que atualmente conta com 60 casas em grupo e<br />
mais cinco que brevemente entrarão. Contamos ainda<br />
com quatro Center’s Auto próprios (e um em processo<br />
de abertura) entre Granada capital e região autónoma.<br />
A vantagem diferencial competitiva numa rede de<br />
associa<strong>dos</strong> por convicção como é a Center s Auto, é<br />
vender mais e melhor a partir da oficina, fidelizando o<br />
cliente final ao serviço dessa casa.<br />
Luis Miguel Muñoz, Diretor Geral Tiresur Neumáticos, diz nesta entrevista que a sua empresa vai apostar<br />
forte no mercado em Portugal<br />
Para além de Espanha e<br />
Portugal, a Tiresur conta<br />
com sedes no Brasil e<br />
Colômbia, onde<br />
comercializa os seus<br />
produtos<br />
nais no nosso Contact Center que constituem um referencial<br />
de qualidade de serviço ao cliente, e operando<br />
um canal de venda online que colocamos à disposição<br />
do mercado. O site www.tiresur.com.pt proporciona<br />
toda a informação que estará disponível 24 horas por<br />
dia e 365 dias por ano.<br />
Este novo projeto da Tiresur é para ser<br />
implementado em quantos anos?<br />
Embora tenhamos uma ampla base de clientes e um<br />
volume de negócios que vamos consolidando, a Tiresur<br />
quer-se estabelecer através de investimentos significativos<br />
em equipas, instalações e processos, para que a<br />
sua expansão no mercado português seja feita mediante<br />
um plano estratégico que vamos desenvolver nos<br />
próximos três anos.<br />
A ideia da Tiresur é continuar a crescer no mercado<br />
<strong>dos</strong> pneus?<br />
O crescimento da Tiresur está estritamente vinculado<br />
a diversos acor<strong>dos</strong> estratégicos de longo prazo que<br />
mantém com fabricantes de pneus líderes nos seus segmentos<br />
a nível mundial, assim como a uma equipa de<br />
gestão profissional com a mais alta qualificação e aos<br />
investimentos em equipas, instalações e processos que<br />
levaram a crescimentos anuais superiores a 20% nos últimos<br />
cinco anos.<br />
Qual o stock médio de pneus em armazém da<br />
Tiresur?<br />
Atualmente temos cerca de 150.000 pneus em stock<br />
nos nossos armazéns de Granada e Madrid, que abastecem<br />
Portugal, mas em breve iremos abrir um armazém<br />
em Lisboa, no qual também vamos instalar a nossa<br />
sede central no país.<br />
Quais são os vossos principais clientes em Portugal?<br />
O retalho? As marcas de automóveis? Outros<br />
grossistas?<br />
O nosso compromisso com a excelência é passado<br />
para a nossa base de clientes ativos que confiam em<br />
nós, crescem dia a dia e que dão o apoio à gestão estratégica<br />
da Tiresur. Cada cliente é importante para a nossa<br />
empresa, tanto os grandes grupos <strong>dos</strong> quais fazemos<br />
a gestão através de um departamento de grandes contas<br />
como à casa de pneus mais pequena.<br />
É uma situação complexa e mutável, pois é muito difícil<br />
definir standard s de comportamento no canal de<br />
operadores como os concessionários que tradicionalmente<br />
trabalhavam, quase exclusivamente com marcas<br />
“Premium”, estão começando a trabalhar de forma<br />
continuada com outra tipologia de marcas como Quality<br />
e inclusivamente Budget, em resposta à crescente<br />
procura de um mercado natural para especialistas e autocentros<br />
onde ele é forçado a adaptar-se rapidamente<br />
para evitar a perda de quota de mercado ou oportunidades<br />
de vendas.<br />
A vossa gama de pneus incide apenas em pneus para<br />
veículos ligeiros ou também vendem pneus para<br />
veículos pesa<strong>dos</strong>, industriais e agrícolas, entre<br />
outros?<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 65
ENTREVISTA<br />
Luis Miguel Muñoz, Diretor Geral Tiresur Neumáticos<br />
A Tiresur oferece uma ampla gama de pneus para satisfazer<br />
todas as necessidades do mercado: turismo, altas<br />
prestações, 4x4/SUV, furgão e pneus para camião.<br />
Ao nível <strong>dos</strong> pesa<strong>dos</strong> temos a exclusividade da marca<br />
Quality GT Radial da qual somos distribuidores em<br />
exclusivo para Portugal e cuja relação qualidade / preço,<br />
em termos de custos por quilómetro, proporciona<br />
excelentes resulta<strong>dos</strong>.<br />
Que vantagens e pontos fortes tem a Tiresur, face a<br />
outros operadores na distribuição de pneus?<br />
Uma estratégia sólida de crescimento de novos segmentos,<br />
merca<strong>dos</strong> e clientes, constitui a melhor receita<br />
para avançar no mercado português.<br />
A evolução do modelo de distribuição na Tiresur<br />
está baseado em investir nos nossos clientes, ou seja, investir<br />
naqueles processos de negócio que aportam valor<br />
como novas instalações logísticas para aumentar<br />
stocks disponíveis, reduzir os tempos de entrega, potenciar<br />
os recursos humanos e materiais, o nosso Contact<br />
Centre e a nossa web B2B destina<strong>dos</strong> a aproximar<br />
o cliente, seja via telefone, web ou e.mail, de qualquer<br />
aspeto relacionado com a receção de pedi<strong>dos</strong> de serviço<br />
pós-venda e, claro, aumentar a dimensão e a qualificação<br />
da força de vendas profissionalizada que, repartida<br />
por toda o país, ofereça ao cliente uma atenção personalizada.<br />
Em definitivo, uma estratégia baseada em<br />
estabelecer relações de longo prazo com os nossos<br />
clientes.<br />
Têm algum acordo com algum operador (grossista)<br />
de pneus em Portugal?<br />
Temos a nossa própria distribuição.<br />
Para quantas casas de pneus vendem em Portugal?<br />
“A orientação para o cliente,<br />
que é a senha de identidade<br />
da companhia, vamos<br />
desenvolvê-la em Portugal<br />
através da nossa atenção<br />
comercial”<br />
A Tiresur vai ter estruturas próprias em Portugal,<br />
com sede, armazém e recursos técnicos e humanos<br />
afetos ao mercado português<br />
APOSTA FORTE NA GT RADIAL<br />
A Tiresur quer reforçar de forma clara e evidente a<br />
sua posição de distribuidor de pneus em Portugal.<br />
Como se pode ler na entrevista está a investir fortemente<br />
em meios e processos para garantir uma forte<br />
distribuição no nosso país. Desde este ano a Tiresur<br />
garantiu a exclusividade para o mercado português<br />
da representação da GT Radial.<br />
A GT Radial (já conhecida em Portugal) é uma marca<br />
do segmento “Quality” que “tem como vantagem<br />
competitiva fundamental ter pneus que são desenha<strong>dos</strong><br />
a pensar no automobilista, com a melhor relação<br />
preço / qualidade do mercado, apresentado elevada<br />
quilometragem, menor consumo, segurança comprovada<br />
e, finalmente, pneus que proporcionam excelente<br />
desempenho ao melhor preço”, diz Luis Miguel<br />
Muñoz, Diretor Geral Tiresur Neumáticos,<br />
acrescentando “a marca GT Radial oferece à casa de<br />
pneus uma elevada rentabilidade ao negócio, com a<br />
fiabilidade de uma marca que produz os seus próprios<br />
pneus e com tecnologias de última geração. A GT Radial<br />
investe muito em I+D para o desenvolvimento <strong>dos</strong><br />
seus produtos, disponibilizando uma gama muito<br />
completa desde o ligeiro ao pesado, que está certificada<br />
na Europa”.<br />
Refira-se que para a além da GT Radial, a Tiresur vai<br />
também apostar forte nas marcas Ovation e Accelera,<br />
estas do segmento Budget, que segundo a Tiresur estão<br />
a ter um grande crescimento de vendas devido à<br />
disponibilidade do produto, ao preço e aos serviço de<br />
distribuição da própria Tiresur.<br />
Luis Miguel Muñoz, Diretor Geral Tiresur<br />
Neumáticos, vê novas oportunidades de negócio<br />
em Portugal<br />
TIRESUR NEUMÁTICOS<br />
Sede: Polígono Industrial Los Álamos<br />
Carretera Atarfe - Santa Fe<br />
18230 ATARFE (Granada)<br />
Diretor Geral: Luis Miguel Muñoz,<br />
Diretor Marketing: Manuel Garrido<br />
Telefone: +34 958 40 11 30<br />
Fax: +34 958 43 94 82<br />
E-mail: clientes@tiresur.com<br />
Internet: www.tiresur.com<br />
www.grupoam.eu<br />
Temos uma ampla base de clientes que continuam<br />
confiando na Tiresur, que vai crescendo e se consolidando<br />
dia após dia.<br />
Atendendo à forte aposta que vão fazer em Portugal,<br />
qual é a sua opinião sobre o mercado português de<br />
pneus?<br />
É um mercado que se situa em torno <strong>dos</strong> 3 milhões<br />
de pneus, que neste ano vai decrescer mas que já atingiu<br />
um nível de maturidade muito importante.<br />
Em Portugal, como acontece noutros países, como<br />
“atores” de pneus, a distribuição está sofrendo a concorrência<br />
direta de fornecedores (fabricantes que comercializam<br />
diretamente em pontos de venda de pequena<br />
dimensão que antes não forneciam), clientes<br />
(oficinas, que antes desta situação, se dedicavam à redistribuição)<br />
e outros operadores que anteriormente,<br />
ou não eram competitivos ao nível <strong>dos</strong> pneus ou este<br />
não era um produto de especial relevância no seu portfólio.<br />
Adicionalmente, a pressão competitiva do setor<br />
aumentou e os operadores que baseiam na internet a<br />
sua estratégia principal de comercialização também.<br />
Nesta difícil conjuntura, os distribuidores de pneus<br />
de certa dimensão, como a Tiresur, vão-se consolidando<br />
como operadores imprescindíveis do mercado,<br />
com uma proposta baseada em amplos stocks, redução<br />
<strong>dos</strong> tempos de serviço nas entregas ao cliente e uma<br />
oferta variada de referências e marcas que nos permite,<br />
por um lado, anteciparmo-nos aos constantes ajustes<br />
<strong>dos</strong> fabricantes e, por outro, chegar a pontos de serviço<br />
que, com outra estrutura autónoma, não estariam servi<strong>dos</strong><br />
num mercado tão atomizado, como é este em<br />
Portugal.<br />
Ainda existem oportunidades por explorar neste<br />
sector de actividade em Portugal?<br />
Uma crise económica como a atual, também tem a<br />
sua vertente de oportunidade e a Tiresur graças aos<br />
nossos clientes, foi crescendo de uma forma sustentada<br />
nos últimos anos.<br />
Com uma estratégia de investimento nos processos<br />
de negócio que tragam valor aos nossos clientes e focarmo-nos<br />
nas suas necessidades como eixo central das<br />
nossas atenções, a Tiresur, nesta difícil conjuntura, tem<br />
como objetivo constituir-se como um distribuidor de<br />
referência situado no “top of mind” <strong>dos</strong> profissionais<br />
do sector <strong>dos</strong> pneus em Portugal.<br />
Estamos envolvi<strong>dos</strong> numa dinâmica de agressividade<br />
comercial onde se estreitam as margens e temos que<br />
ir reposicionando os preços para os ajustar à constante<br />
evolução do mercado e da concorrência, embora estes<br />
fatores obriguem a ser muito mais eficientes e a favorecerem<br />
os clientes.<br />
Neste sector <strong>dos</strong> pneus em geral e para aquelas empresas<br />
de distribuição em particular, a capacidade de<br />
adaptar-se com rigor às exigências do mercado com<br />
uma estratégia sólida de suporte, irá permitir-lhes sair<br />
reforçadas da situação atual que em <strong>2012</strong> se está intensificando<br />
e a deixar algumas empresas do sector pelo<br />
caminho. <br />
66<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
ENTREVISTA<br />
Rui Silva, Diretor Geral da Eurotyre<br />
“Não podemos entrar numa<br />
lógica do vale tudo”<br />
O conceito de rede não é novo para a Arc En Ciel Pneumáticos, S.A.. Porém os tempos são outros e<br />
existem novos desafios e muito mais concorrência. É sobre isto que falámos com Rui Silva<br />
Em Portugal existem neste momento 67 pontos<br />
de venda da rede Eurotyre. To<strong>dos</strong> eles são retalhistas<br />
de pneus que enfrentam neste momento<br />
grandes desafios, (des)motiva<strong>dos</strong> por um ambiente<br />
económico muito instável. A <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong><br />
voltou a falar com Rui Silva, Diretor Geral da rede Eurotyre,<br />
sobre os novos desafios desta rede.<br />
Disse numa entrevista à REVISTA DOS PNEUS em<br />
Janeiro de 2009, que a rede Eurotyre tinha atingido<br />
a sua maturidade. Ainda mantém a sua opinião?<br />
Não. Claramente que não. É certo que todo o processo<br />
de comunicação e decisão na rede é hoje muito<br />
mais fácil, nomeadamente desde que a administração<br />
passou a ser totalmente portuguesa. Quando digo que<br />
dou ao conceito de maturidade uma interpretação claramente<br />
diferente hoje que dava na altura, tem mais a<br />
ver com a evolução do mercado e com a rapidez com<br />
que as coisas estão a acontecer a to<strong>dos</strong> os níveis, algumas<br />
delas que não são domináveis por nós.<br />
Isto leva a que a empresa se tenha que ajustar às novas<br />
realidades e libertar algumas amarras que tinha<br />
face a alguns objetivos que estavam defini<strong>dos</strong>, pois vivemos<br />
tempos que não nos permitem seguir determinadas<br />
orientações que tínhamos em mente. Agora temos<br />
que pensar em coisas que há dois anos não tinham<br />
tanta importância, nomeadamente todo o fator<br />
de rentabilidade e de sustentabilidade de toda a organização.<br />
A orientação base do conceito Eurotyre sofreu<br />
alguma alteração por força das circunstâncias?<br />
Não existe qualquer alteração no conceito, nem perdemos<br />
a nossa identidade, que levou à nossa fundação.<br />
É apenas uma nova realidade, que nos obriga a<br />
uma maior adaptação às realidades do mercado.<br />
São 67 os retalhistas de pneus que integram a rede.<br />
Como tem evoluído o número de acionistas na rede<br />
Eurotyre?<br />
A situação nesse aspeto tem-se mantido estável. Entraram<br />
três novas casas e saíram duas para outras redes<br />
de marca privada. A nossa grande preocupação é conseguirmos<br />
ser rápi<strong>dos</strong> a reagir a alterações de mercado<br />
e a poder passar essa informação para os aderentes. Os<br />
nossos pontos de venda são autónomos e têm por isso<br />
autonomia na interpretação do negócio. Competenos<br />
a nós influenciar de uma forma positiva esses aderentes,<br />
transmitindo o nosso conhecimento, para que<br />
cada um se aperceba das evoluções/alterações que tem<br />
que fazer para se adaptar à nova realidade. Sabemos<br />
que a pressão agora é maior, como sabemos que dentro<br />
da rede ainda se funciona a duas ou três velocidades.<br />
Os que mais rapidamente se adaptaram estão obviamente<br />
a conseguir viver melhor nesta fase.<br />
Os aderentes são os sócios da rede. O modelo de<br />
gestão da rede Eurotyre adapta-se às necessidades<br />
que o mercado impõe?<br />
Não vejo que este modelo seja impeditivo do que<br />
68<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
ENTREVISTA<br />
Se as casas de pneus não evoluírem para outros<br />
serviços terão dificuldades?<br />
A questão, como disse, não é de agora. Já muitas vezes<br />
afirmei que é muito importante qualquer retalhista<br />
de pneus evoluir em termos de serviços. Não falo apenas<br />
nos serviços rápi<strong>dos</strong>, mas na potenciação de outros negócios<br />
que estão associa<strong>dos</strong> ao automóvel e ao automobilista<br />
e que a casa de pneus não pode desperdiçar. É<br />
também uma questão de diversificar o negócio e encontrar<br />
outras fontes de lucro de modo a não estar dependente<br />
unicamente do pneu, evitando assim correr alguns<br />
riscos. Basta ver o que a nova distribuição trouxe<br />
para Portugal na última década e que já era feito lá fora.<br />
O modelo existe apenas temos que o aplicar à nossa realidade<br />
e desenvolvê-lo.<br />
Haverá receio, por parte desse retalho mais<br />
conservador, de perder o rótulo de especialista de<br />
pneus?<br />
Muitas pessoas vêem nos serviços rápi<strong>dos</strong> um “bicho<br />
de sete cabeças”. Sabemos que é mais fácil tornar um<br />
mecânico num bom montador de pneus do que o contrário.<br />
Por isso é que temos acor<strong>dos</strong> e definimos um plano<br />
de formação para temas como a travagem, a suspensão,<br />
o diagnóstico, entre outros. Existe outro dado que é<br />
muito importante. Mesmo um produtor, como por<br />
exemplo a Continental <strong>Pneus</strong>, já diversificou a sua gama<br />
de produtos, não fabricando apenas pneus mas sim<br />
muitos outros componentes para o automóvel. A Continental<br />
não deixou de ser especialista <strong>dos</strong> pneus, passou<br />
isso sim a ser especialista também noutras áreas.<br />
Como hoje a oferta é grande, que vantagens existem<br />
para as casas de pneus de integrarem (ou virem a<br />
integrar) a rede Eurotyre?<br />
“As renting´s não podem<br />
exigir qualidade do serviço<br />
quando nos estão a retirar<br />
margem que permite obter<br />
meios para atingir essa<br />
qualidade de serviço”<br />
quer que seja. O ideal seria que o modelo de gestão do<br />
“master” fosse rigorosamente cumprido por to<strong>dos</strong> os<br />
aderentes, mas isso teríamos que mudar muita coisa e<br />
até o nosso slogan que diz que somos uma rede independente.<br />
A forma como trabalhamos é semelhante<br />
aos demais operadores de mercado, mas apenas temos<br />
capacidade para sugerir, e não impor, o que é melhor<br />
para o ponto de venda em termos de gestão, de compras,<br />
de vendas, etc.<br />
Sabemos que isto nos retira alguma capacidade de<br />
evoluir, pois se estivéssemos to<strong>dos</strong> à mesma velocidade<br />
obviamente que isso nos dava uma agressividade/competitividade,<br />
e mais rapidamente atingiríamos os nossos<br />
objetivos.<br />
Para além do conceito de central de compra, as redes<br />
têm evoluído no sentido de proporcionar aos seus<br />
aderentes outras valências, como por exemplo o<br />
acesso a informação técnica. A rede Eurotyre também<br />
tem evoluído nesse sentido?<br />
Para ser justo considero que a rede Eurotyre até foi<br />
pioneira nesse sentido. Nós temos fornecedores há vários<br />
anos que agora estão a trabalhar com novas redes sejam<br />
elas independentes ou não. Ninguém nos está a ensinar<br />
o modelo. A rede está há 12 anos em Portugal e<br />
desde essa altura que temos acor<strong>dos</strong> com fornecedores<br />
de peças, com representação das principais marcas, tendo<br />
acesso à informação e ao produto. A questão não é<br />
de agora e temos vindo a alertar constantemente to<strong>dos</strong><br />
os elementos da rede para a importância e necessidade<br />
da diversificação de serviços.<br />
Existe algum caminho a fazer nesse sentido da<br />
diversificação <strong>dos</strong> serviços na rede Eurotyre?<br />
Sim. Sem dúvida, talvez apenas 40% <strong>dos</strong> aderentes o<br />
façam. Como disse nós não podemos impor nada aos<br />
nossos aderentes, apenas sugerir, enquanto outras redes<br />
nomeadamente as que estão ligadas ao fabricante através<br />
de uma imposição saudável já diversificaram os seus<br />
serviços em maior percentagem na rede.<br />
A crise não faz com que deixemos de pensar que a<br />
imagem da rede e o nosso conceito é importante, pois é<br />
algo onde temos investido muito. Como achamos que é<br />
importante o nosso pneu exclusivo Eurotyre que agora<br />
vai alargar o seu campo dimensional. As mais valias são<br />
sempre avaliadas em função do momento e das necessidades<br />
de cada casa de pneus.<br />
A oferta que os brokers fazem às casas de pneus só<br />
têm alguma recetividade porque estas estão a reagir por<br />
impulso à situação da crise, ou seja, existe uma busca incessante<br />
pelo preço em detrimento da estratégia.<br />
Nós não queremos seguir por esse caminho, tendo a<br />
consciência <strong>dos</strong> riscos que assumimos com a nossa estratégia.<br />
Os protocolos que temos com os nossos fornecedores<br />
(as companhias de pneus) são para respeitar, recolhendo<br />
to<strong>dos</strong> os benefícios dessa relação e que são<br />
muitos. Não fazia qualquer sentido usufruir desses benefícios<br />
e depois ir comprar pneus a um broker, que não<br />
nos aporta quase nada quando comparamos com aquilo<br />
que uma companhia nos pode fornecer.<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 69
ENTREVISTA<br />
Rui Silva, Diretor Geral da Eurotyre<br />
Será uma questão de princípios?<br />
Temos que saber valorizar as relações e não podemos<br />
entrar numa lógica do vale tudo. Se isso acontecer<br />
perdemos identidade e deixamos de ter voz ativa<br />
para falar do que quer que seja. Não sou insensível à<br />
questão preço e reconheço que pontualmente podem<br />
existir bons negócios. A questão principal é que as<br />
pessoas por vezes não fazem contas e o que pode parecer<br />
um bom negócio não o é na realidade em termos<br />
futuros.<br />
EUROTYRE<br />
Sede: Av. 1º Dezembro nº 41<br />
Fracção N<br />
2715-109 Pêro Pinheiro<br />
Diretor Geral: Rui Silva<br />
Telefone: 219 624 256<br />
Fax: 219 624 258<br />
E-mail: arcenciel@arcenciel.com.pt<br />
Internet: www.eurotyrept.com<br />
A Eurotyre possui agora novas instalações e um novo armazém (com 300 m2),<br />
mantendo-se contudo na zona de Pêro Pinheiro<br />
Por isso considero que para qualquer casa de pneus<br />
é sempre melhor estar associado a uma organização<br />
em rede que lhe consegue trazer mais valias, em conjunto<br />
com as companhias e restante parceiros, que de<br />
outra forma nunca vai ter acesso e que nenhum broker<br />
lhe vai proporcionar.<br />
As próprias companhias / fabricantes também estão<br />
a desenvolver as suas redes, o que tornará mais<br />
difícil a existência de redes independentes. Também<br />
é desta opinião?<br />
Temos que ter a consciência de que os fabricantes<br />
serão sempre as locomotivas do negócio de pneus e a<br />
nós compete-nos ir nas melhores carruagens.<br />
Por isso, temos que ter a consciência de que também<br />
a rede Eurotyre terá que evoluir e desenvolver-se<br />
cada vez mais para crescer e acompanhar essas tais locomotivas.<br />
Isso vai exigir mais criatividade da nossa parte e mais<br />
trabalho para acompanharmos o mercado.<br />
A procura de novos clientes, por exemplo na área<br />
das frotas, é um caminho que tem sido seguido pela<br />
Eurotyre?<br />
A valorização que um ponto de venda dá às frotas,<br />
aos renting s e às gestoras vai-se desvanecendo com a<br />
agressividade com que cada vez mais essas estruturas<br />
estão a exigir às casas de pneus.<br />
Nesse ponto de vista perdemos o fornecimento que<br />
tínhamos acordado com duas renting s pois as condições<br />
por eles impostas não eram exequíveis, passando<br />
os limites por nós suporta<strong>dos</strong>.<br />
Existe uma rede a defender, que fez investimento<br />
nos diversos pontos de venda e que tem que rentabilizar<br />
a sua estrutura e os negócios <strong>dos</strong> seus aderentes,<br />
pelo que não podemos chegar sequer ao ponto de trocar<br />
pneus por dinheiro.<br />
As renting s não podem exigir qualidade do serviço<br />
quando nos estão a retirar margem que permite obter<br />
meios para atingir essa qualidade de serviço.<br />
Por outro lado, sabemos que os fabricantes também<br />
interferem neste negócio garantindo preços às gestoras<br />
que não conseguimos acompanhar.<br />
Que medidas tem tomado a rede Eurotyre para<br />
fazer frente à crise?<br />
Sempre fomos uma estrutura “light” e isso hoje é<br />
muito importante. Libertamos stocks, o que nos permite<br />
ser um pouco mais agressivos pois reduziu-se de<br />
alguma forma o custo logístico. Houve também um<br />
redimensionamento da nossa estrutura operacional,<br />
tendo sido recentemente inaugurado o novo armazém.<br />
Não havendo estabilidade no mercado, pelo menos<br />
para a rede Eurotyre é importante que exista estabilidade<br />
ao nível da gestão e isso tem sido conseguido.<br />
Existe uma nova realidade e to<strong>dos</strong> temos que entender<br />
que vamos vender menos pneus e vamos ganhar menos<br />
dinheiro e, simultaneamente, vamos ter que arranjar<br />
mais coisas para fazer para rentabilizarmos os nossos<br />
negócios. É obrigatório que nos habituemos a viver<br />
com esta nova realidade. <br />
70<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
EMPRESA<br />
Inter Partner Assistance<br />
Seguro Pneu<br />
para furo não reparável ou rebentamento<br />
Dirigido aos fabricantes e retalhistas de pneus, o Seguro Pneu da Inter Partner Assistance<br />
assume os custos da reparação ou substituição do pneu<br />
AInter Partner Assistance desenvolveu e iniciou<br />
a comercialização do inovador produto<br />
Seguro Pneu no mercado nacional. Dirigido<br />
ao segmento automóvel, o produto assume<br />
os custos da reparação ou substituição do pneu em<br />
caso de furo não reparável ou rebentamento, podendo<br />
funcionar através da modalidade de pagamento<br />
de um capital fixo ou através do pagamento de um<br />
valor variável a pagar em função do desgaste do<br />
pneu à data do sinistro e tendo sempre como limite<br />
máximo a indemnizar o custo de aquisição do pneu.<br />
O produto inclui ainda uma linha de atendimento<br />
personalizada 24 horas e reboque para transportar<br />
a viatura para a oficina reparadora.<br />
Dirigido essencialmente aos fabricantes e retalhistas<br />
de pneus, o produto é igualmente uma real maisvalia<br />
para os construtores de automóveis, gestoras de<br />
frota e seguradores, podendo ser subscrito nas modalidades<br />
de inclusão automática ou venda opcional.<br />
“Como reconhecimento do sucesso e boa aceitação<br />
do produto no mercado, destacamos a parceria já<br />
celebrada com a Continental para a comercialização<br />
do produto através da sua rede de distribuição”, disse<br />
Eduardo Piçarra, diretor geral da empresa.<br />
A Inter Partner Assistance tem ainda os serviços<br />
convencionais como assistência em viagem, extensão<br />
INTER PARTNER<br />
ASSISTANCE PORTUGAL<br />
Sede: Largo Jean Monnet, 1-2º<br />
1269-069 Lisboa<br />
Director Geral: Eduardo Piçarra<br />
Telefone: 21 310 24 06<br />
Fax: n/d<br />
E-mail: eduardo.picarra@ip-assistance.com<br />
Internet: www. ip-assistance.pt<br />
de garantia automóvel e o seguro de viatura de substituição.<br />
Além destes, conta também com o Help Care,<br />
o apoio técnico e de gestão de reclamações para os importadores<br />
de automóveis que, com o Seguro Pneu,<br />
são os serviços da linha da frente desta empresa. Na<br />
sua carteira de clientes, onde o segmento automóvel é<br />
o que tem mais peso, contam-se seguradoras, bancos,<br />
construtores automóveis ou gestoras de frota. A Inter<br />
Partner distingue-se pelas fortes relações comerciais<br />
que estabelece com os seus clientes e fornecedores<br />
sempre assentes num conceito de forte parceria.<br />
Em termos tecnológicos, fator crítico de sucesso no<br />
mercado de assistência, a empresa tem realizado importantes<br />
investimentos nos últimos anos, <strong>dos</strong> quais<br />
se destacam a implementação do sistema GPS com os<br />
seus fornecedores, o sistema de envio automático de<br />
serviços e o desenvolvimento de importantes ferramentas<br />
informáticas de partilha de informação com<br />
clientes e fornecedores, que permitem aumentar o<br />
grau de controlo da qualidade do serviço prestado. <br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 71
EMPRESA<br />
SD International<br />
À conquista da Europa<br />
A SD International está presente em todo o Mundo, com uma sede em cada Continente. Na<br />
Europa Ocidental, começou agora a desenvolver uma estratégia de marketing e de vendas,<br />
liderada por Adriana Campos, com o objectivo de conquistar quota de mercado<br />
Opoder económico e logístico de grandes operadores<br />
da distribuição automóvel com dimensão<br />
global permite-lhes entrar no negócio <strong>dos</strong><br />
pneus por uma porta lateral, apresentando no<br />
mercado as suas próprias marcas de pneus, que são obti<strong>dos</strong><br />
mediante contratos de fornecimento em que prevalecem<br />
critérios de qualidade, custos e margens de comercialização.<br />
Está neste caso a SD International, que<br />
tem uma gama completa de pneus, desde automóveis,<br />
até equipamentos de movimentação de terras.<br />
Embora tenha a sua sede em Sanghai, na China, a<br />
SD International é uma empresa global, pois está presente<br />
em to<strong>dos</strong> os merca<strong>dos</strong> mundiais mais importantes.<br />
Além disso, trabalha diretamente com as fábricas<br />
que produzem os pneus que comercializa, propondo<br />
moldes e outras inovações técnicas que o mercado exige,<br />
não sendo portanto uma empresa meramente comercial.<br />
A SD International também surgiu porque hoje é<br />
muito fácil fabricar pneus na China e noutros países<br />
asiáticos, por exemplo, mas depois é preciso organizar<br />
a logística e o marketing indispensáveis para colocar<br />
esses pneus no mercado global. Para isso, é necessário<br />
conhecer muito bem o sector <strong>dos</strong> pneus e o seu negócio<br />
a nível internacional. Deste modo, os fabricantes<br />
que fornecem a SD International podem produzir os<br />
seus pneus sem receio de não ter onde os vender. Por<br />
outro lado, os distribuidores podem ter a garantia de<br />
estarem a vender produtos com qualidade e seguros<br />
em qualquer ponto do Mundo.<br />
A equipa tem gente de to<strong>dos</strong> os países, como da Europa,<br />
da América do Norte e da Ásia. Em conjunto,<br />
têm um grande conhecimento do sector <strong>dos</strong> pneus e<br />
das suas particularidades em to<strong>dos</strong> os pontos do planeta.<br />
A SD International tem pneus para to<strong>dos</strong> os tipos<br />
de veículos, incluindo pneus de pesa<strong>dos</strong>, para a agricultura<br />
e para a construção. Basicamente, os pneus<br />
que comercializa pertencem à categoria budget, mas<br />
pode ir mais além do que isso, de acordo com os pedi<strong>dos</strong><br />
<strong>dos</strong> seus distribuidores. Logicamente, os pneus comercializa<strong>dos</strong><br />
pela SD International vão ter as novas<br />
etiquetas já a partir de Novembro, que permitem aos<br />
consumidores compararem as suas características com<br />
o preço, para fazerem as suas opções.<br />
Como novidade, está previsto o lançamento de<br />
uma gama de pneus de Inverno com um novo composto<br />
mais económico e mais eficiente, o que poderá<br />
ajudar a fazer crescer as vendas no segundo semestre<br />
deste ano.<br />
Gama completa e diversificada<br />
Para ter a responsabilidade de comercializar as marcas<br />
próprias Zeta e Pace e representar em exclusivo<br />
para toda a Europa as marcas Maxtrek e Autoguard -<br />
Maxtrek, a SD International investe de forma substancial<br />
em equipamentos e tecnologias, e realiza auditorias<br />
aos fabricantes seleciona<strong>dos</strong>, antes de formalizar<br />
os contratos de fornecimento de pneus. To<strong>dos</strong> os produtos<br />
são totalmente certifica<strong>dos</strong> e preenchem todas<br />
72<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
EMPRESA<br />
Adriana Campos, Responsável Vendas Europa Ocidental da SD International,<br />
está confiante no sucesso que os pneus do Grupo vão ter no nosso país<br />
as normas <strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong> onde são comercializa<strong>dos</strong>.<br />
Isto acontece obviamente na Europa, onde existe a legislação<br />
mais exigente em matéria de pneus.<br />
As sinergias do grupo SD International permitem<br />
dispor de mais de 300 distribuidores de pneus em mais<br />
de 75 países, que dispõem de contratos de território<br />
exclusivo e outras prerrogativas essenciais. Estão assim<br />
em condições de oferecer ao mercado os produtos e<br />
serviços adequa<strong>dos</strong> à satisfação das necessidades <strong>dos</strong><br />
clientes finais. Os escritórios regionais da SD International<br />
asseguram o máximo nível de serviço ao cliente,<br />
que pode incluir entre outras vantagens o acesso ao<br />
crédito.<br />
As marcas comercializadas<br />
A marca ZETA tem no seu catálogo pneus para automóveis<br />
e veículos industriais, que são fabrica<strong>dos</strong> segundo<br />
os padrões mais avança<strong>dos</strong> do momento. A<br />
concepção e a engenharia <strong>dos</strong> pneus é realizada na Europa,<br />
com os meios tecnológicos mais atualiza<strong>dos</strong>.<br />
Isso permite que a marca seja fornecedora de equipamento<br />
original, para além de estar presente no mercado<br />
de substituição. Esta marca possui to<strong>dos</strong> os principais<br />
tipos de pneus e medidas para todas as viaturas e<br />
será comercializada em Portugal pela SPO.<br />
A marca MAXTREK oferece a maior seleção de<br />
pneus produzi<strong>dos</strong> na Ásia, dispondo de uma gama<br />
SD INTERNATIONAL<br />
Morada: 11 Impasse Cezanne,<br />
lotissement Le Tuc des Sables<br />
40130 Capbreton – France<br />
Dir. Vendas Portugal: Adriana Campos<br />
Telefone: 0033.684.501.512<br />
Fax: 0033.172.703.030<br />
e-mail: adriana@sd-international.co.uk<br />
Internet: www.sd-international.cn<br />
completa para automóveis de passageiros e comerciais<br />
ligeiros. Em Portugal, esta marca será comercializada<br />
pela Alves Bandeira.<br />
Quanto à marca PACE, foi a primeira marca introduzida<br />
pela SD International no mercado, sendo os<br />
pneus fabrica<strong>dos</strong> pelo primeiro fabricante de pneus da<br />
China, que tem o apoio técnico de uma das principais<br />
marcas europeias. A SD International está à procura<br />
de distribuidores para a marca PACE em Portugal.<br />
Quanto à marca AUTOGUARD, é fabricada desde<br />
2008 pela Capital Tyres, empresa na qual a SD International<br />
investiu fortemente em equipamentos e tecnologia.<br />
A empresa também procura distribuidores<br />
portugueses para esta marca.<br />
Por outro lado, os pneus para aplicações agrícolas e<br />
industriais são forneci<strong>dos</strong> pela SD International com<br />
as marcas Agrostar, Taishan e Duration.<br />
De referir ainda que a SD International esteve presente<br />
no Salão de Reifen, onde apresentou os novos<br />
pneus de Inverno para o mercado europeu.<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 73
EMPRESA<br />
M.L.S. <strong>Pneus</strong>, Lda<br />
Aproveitar oportunidades<br />
A dimensão é importante, mas não é para to<strong>dos</strong>. Existem negócios que funcionam bem de<br />
acordo com os objetivos e estratégias que os seus responsáveis pretendem seguir no mercado.<br />
É o caso da MLS, um pequeno grossita de pneus às portas do Porto<br />
Manuel Lucas Silva deu o seu nome à MLS<br />
<strong>Pneus</strong>. Não sendo o único sócio-gerente, é<br />
ele que coordena o dia-a-dia do negócio de<br />
pneus nesta empresa que teve o seu início<br />
em 2005. O objeto social da empresa sempre foi o de<br />
importar e distribuir pneus para veículos automóveis,<br />
embora recentemente tenha também entrado noutros<br />
setores.<br />
Qualquer <strong>dos</strong> sócios tinha experiência e conhecimento<br />
do sector <strong>dos</strong> pneus e por isso foi fácil tomar a<br />
decisão de arrancar com um negócio ligado à revenda<br />
de pneus.<br />
Primeiro com um armazém de 250 m2, depois passou<br />
para 400 m2 e agora ocupam umas outras instalações<br />
de 600 m2, que permitem um outro desenvolvimento<br />
da atividade.<br />
“O nosso melhor ano até foi 2010, mas agora temos<br />
um stock um pouco diferente, pois conseguimos ter<br />
atualmente mais referências e menor quantidade de<br />
pneus”, revela Manuel Lucas, como sendo uma tendência<br />
do mercado grossista à qual a sua empresa, até<br />
por via do entorno económico do país, não poderia<br />
deixar de responder.<br />
“Com o mesmo volume de investimento, no espaço<br />
de dois anos, duplicamos o número de referências”<br />
revela o mesmo responsável, reconhecendo que “também<br />
gostaríamos de fazer volumes, até porque teríamos<br />
outras condições negociais, mas temos que olhar<br />
para o negócio de uma forma que nos permita ter um<br />
crescimento ponderado e sem stress, que no fundo é<br />
aquilo que procuramos”.<br />
Marcas<br />
Historicamente a marca Sava foi um <strong>dos</strong> pilares iniciais<br />
da MLS <strong>Pneus</strong> através de importação. As vendas<br />
chegaram a ser representativas nessa marca que por<br />
pertencer ao Grupo Goodyear / Dunlop acabou por<br />
trazer também o agenciamento, isto é, a representação<br />
destas e de outras marcas do Grupo, diretamente através<br />
do importador nacional.<br />
Dessa forma a oferta da MLS <strong>Pneus</strong> é constituída<br />
pelos pneus premium Goodyear e Dunlop, Sava e<br />
Kumho identifica<strong>dos</strong> como quality e a marca Goodride<br />
no domínio <strong>dos</strong> pneus Budget.<br />
“Pontualmente segundo alguns negócios poderemos<br />
fazer uma ou outra importação com outras marcas,<br />
mas estamos bem servi<strong>dos</strong> dentro das marcas que<br />
apostamos e das quais somos agentes”, refere Manuel<br />
Lucas.<br />
Vendas online<br />
Uma das apostas mais recentes da MLS <strong>Pneus</strong> são as<br />
vendas online, algo que Manuel Lucas gostava que tivesse<br />
sido há dois ou três anos, mas que só agora foi<br />
possível. “Sabemos que chegamos um pouco depois<br />
de outros operadores de mercado, mas o que interessa<br />
é que também já podemos oferecer aos nossos clientes<br />
essa funcionalidade que é muito importante nesta área<br />
de negócio”, refere o responsável da MLS.<br />
No fundo, o que o cliente poderá fazer é consultar o<br />
74<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
EMPRESA<br />
quatro anos” diz Manuel Lucas, adiantando que “não<br />
existem agora novos merca<strong>dos</strong> a explorar. Não nos interessa<br />
o cliente final, pois isso era estar a passar por<br />
cima do meu cliente”.<br />
São cerca de 170 os clientes com que a MLS trabalha<br />
com regularidade, mas em sistema estão mais de<br />
400 casas de retalho que se relacionam comercialmente<br />
com esta empresa de Canelas.<br />
Ameaças do mercado<br />
Olhando para a crise económica que Portugal atravessa<br />
será de supor que um pequeno grossista também<br />
sofra com os problemas que o mercado retalhista tem<br />
vindo a registar.<br />
“Logicamente que sofremos com isso. O mal parado<br />
e os recebimentos são um problema do setor, mas<br />
o que mais temos sofrido é que determina<strong>dos</strong> clientes<br />
bons podem em apenas três meses estar numa situação<br />
complicada e isso assusta um pouco”, afirma Manuel<br />
Lucas, observando que “não tem havido porém muitas<br />
casas a fechar e o mercado continua a funcionar, e<br />
como temos sido rigorosos com as empresas com que<br />
trabalhamos não temos tido grandes problemas”. Neste<br />
caso o responsável da MLS refere a importante ajuda<br />
<strong>dos</strong> bancos para controlar melhor as empresas com<br />
que se vai trabalhar, como um importante fator para<br />
não correr tantos riscos no mercado. “Não interessa fazer<br />
vendas se depois se corre o risco de não receber.<br />
Preferimos faturar menos, mas ter a certeza que se recebe”<br />
revela o mesmo responsável.<br />
Etiquetagem<br />
Marcas como a Goodyear e Dunlop já começaram a<br />
trabalhar forte na nova etiquetagem <strong>dos</strong> pneus. O que<br />
interessa saber é como é que as marcas budget, como a<br />
MLS PNEUS, LDA<br />
Com um stock de pneus que varia entre as 4.500 e as 5.000 unidades, a MLS <strong>Pneus</strong> concentra a sua<br />
atividade como grossista na zona do grande Porto<br />
Sede: Rua Joaquim Agostinho, nº121<br />
4410-001 Canelas – VN Gaia<br />
Gerente: Manuel Lucas<br />
Telefone: 229 968 714<br />
Fax: 229 968 714<br />
E-mail: mlspneus@sapo.pt<br />
Internet: www.mlspneus.pt<br />
stock e, consoante as suas necessidades, efetuar no momento<br />
a encomenda. “Na oferta disponível no mercado,<br />
conseguimos ter produto e preço para podermos<br />
ser concorrenciais no mercado”, afirma Manuel Lucas,<br />
que olha para esta nova aposta como uma forma de estar<br />
mais próximo <strong>dos</strong> seus clientes.<br />
O que será potenciado com as vendas online são as<br />
promoções. É uma área que a MLS vai explorar de<br />
uma forma mais efetiva de modo a conseguir potenciar<br />
a sua relação ainda com mais clientes, atraindo-os<br />
para esta nova plataforma de vendas.<br />
Distribuição<br />
Se já chegou a ter uma área de distribuição bastante<br />
vasta, geograficamente falando, a MLS concentra<br />
atualmente a sua disponibilidade logística na zona do<br />
Grande Porto. Não só o armazém é em Canelas, Vila<br />
Nova de Gaia, bem às portas do Porto e numa zona de<br />
excelentes acessos, como a sua forma de estar no mercado<br />
é muito mais direta ao cliente.<br />
“O nosso trabalho é cada vez mais concentrado no<br />
Grande Porto, onde somos nós que temos distribuição<br />
própria através de um parque de três carrinhas comerciais”,<br />
explica Manuel Lucas, dizendo que a evolução<br />
logística do negócio foi enorme e que conseguiu reduzir<br />
em um quinto os quilómetros que fazia, embora as<br />
vendas tenham aumentado. Para chegar a outros clientes<br />
mais distantes, a MLS <strong>Pneus</strong> trabalha com a Rangel<br />
que garante sempre entregas nos prazos acorda<strong>dos</strong>.<br />
Com um stock que varia entre as 4.500 e as 5.000<br />
unidades de pneus, a MLS concentra essencialmente a<br />
sua atividade nos pneus para veículos ligeiros e comerciais,<br />
tendo também ofertas ao nível <strong>dos</strong> 4x4.<br />
Diversificação<br />
Se no início da sua atividade o cliente preferencial<br />
da MLS <strong>Pneus</strong> era a casa de pneus, atualmente o leque<br />
de clientes diversificou-se imenso, pois as oficinas de<br />
automóveis também elas passaram a consumir pneus<br />
em maior escala o que “foi evidente nos últimos três a<br />
Goodride, que a MLS <strong>Pneus</strong> comercializa, responde a<br />
esta situação que entrará em vigor muito brevemente.<br />
“Sabemos que quem está a trabalhar diretamente<br />
com a Goodride, nomeadamente o nosso fornecedor,<br />
tem a certeza que na data certa os pneus desta marca<br />
terão também a etiqueta e que cumprirá os requisitos<br />
da mesma”, afirma Manuel Lucas, adiantando “a partir<br />
da data de entrada em vigor da nova etiquetagem só<br />
compraremos e venderemos pneus que cumpram<br />
com o estipulado para essa etiqueta. Não queremos<br />
correr qualquer risco com a comercialização de pneus<br />
que não tenham a etiqueta de acordo com o que manda<br />
a lei”.<br />
Futuro<br />
De momento não existem grandes investimentos<br />
previstos na MLS. O portefólio de marcas será para<br />
manter este ano, mas em 2013 a empresa de Canelas<br />
poderá vir ter novas marcas, embora tudo dependa de<br />
alguns novos acor<strong>dos</strong> a estabelecer. <br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 75
EMPRESA<br />
Yokohama Iberia<br />
Yokohama leva clientes ao WTCC<br />
Cerca de 40 clientes da Yokohama tiveram o privilégio de assistir ao WTCC<br />
em condições únicas promovidas pela marca. Estrutura diretiva deslocou-se<br />
propositadamente de Espanha<br />
Com a confirmação de que será o fornecedor<br />
oficial de pneus do WTCC até 2015, com a<br />
marca Advan, a Yokohama esteve presente na<br />
prova portuguesa, que se realizou no Autódromo<br />
Internacional do Algarve, em Portimão.<br />
A marca aproveitou a realização da prova e todo o<br />
circo que gira à sua volta para levar cerca de 40 clientes<br />
ao seu espaço. Tal como muitos outros fornecedores,<br />
também este construtor de pneus tinha um stand próprio<br />
para receber os seus parceiros.<br />
O evento foi de tal forma importante, que o presidente<br />
e o responsável de marketing da Yokohama Iberia<br />
marcaram presença em Portimão. Taketoshi Morita<br />
e Victor Canizares tomaram contacto com os instaladores<br />
e distribuidores da prestigiada marca nipónica.<br />
Na tenda, era possível conhecer alguns <strong>dos</strong> produtos<br />
da marca mais de perto e tirar dúvidas com os profissionais<br />
da marca. Além disso, o espaço, que foi um<br />
<strong>dos</strong> mais concorri<strong>dos</strong> da prova, também servia para<br />
descansar entre as provas e tomar algumas refeições.<br />
A ligação da Yokohama com o WTCC vem quase<br />
desde o início deste campeonato. Foi logo no segundo<br />
ano destas provas, em 2006, que a marca se tornou o<br />
fornecedor oficial <strong>dos</strong> pneus.<br />
A Yokohama fornece dois tipos de pneus para os<br />
carros do WTCC: o slick para piso seco e o de chuva<br />
para superfícies molhadas. Cada um deles tem as suas<br />
especificações próprias. É a estratégia da organização<br />
YOKOHAMA IBERIA<br />
Sede: Rua 12 – Zona Industrial da Varziela<br />
4480-109 Vila do Conde<br />
Dir. Marketing: Victor Cañizares<br />
Telefone: 252249070<br />
Fax: 252249079<br />
E-mail: vmcanizares@yokohamaiberia.com<br />
Internet: www.yokohama-online.com<br />
de manter em baixo os custos das provas que faz com<br />
que não existam diferenças para os concorrentes.<br />
O desafio proposto à Yokohama foi de fornecer um<br />
pneu que tivesse um desempenho semelhante em<br />
qualquer carro. Nestas provas, existem principalmente<br />
dois tipos de carros: os das equipas oficiais e os independentes.<br />
As diferenças são muitas. Desde a transmissão, que<br />
pode ser dianteira ou traseira, ao próprio peso do veículo,<br />
há pormenores que têm que ser toma<strong>dos</strong> em<br />
consideração. As características têm que responder da<br />
mesma forma a to<strong>dos</strong> estes pormenores, para evitar<br />
que existam carros mais bem prepara<strong>dos</strong> para receber<br />
os pneus que outros.<br />
A Yokohama criou então uma equipa especialmente<br />
dedicada a este projeto. Os trabalhos começaram<br />
mesmo antes de saber que seria o fornecedor oficial. A<br />
marca aproveitou a experiência que tinha de outros<br />
campeonatos de desporto automóvel, fosse nacional<br />
ou internacional.<br />
76<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
EMPRESA<br />
ENTREVISTA<br />
Taketoshi Morita, presidente<br />
da Yokohama Iberia<br />
“Somos uma marca muito<br />
conhecida no país”<br />
Quando se deu esta entrevista,<br />
Taketoshi Morita ainda<br />
não sabia que a Yokohama<br />
continuará a ser o fornecedor<br />
oficial de pneus para o WTCC.<br />
O presidente da Yokohama<br />
Iberia fazia depender a realização de mais eventos<br />
semelhantes dessa decisão, o que significa que os<br />
clientes da marca podem contar com mais edições<br />
como esta.<br />
Qual a importância da presença da marca no<br />
WTCC?<br />
O WTCC está cá porque as pessoas gostam de<br />
corridas de carros. É por isso que promovemos<br />
este tipo de corridas aqui em Portugal.<br />
Como olha para o mercado português?<br />
Começámos há 20 anos e já somos uma marca<br />
muito conhecida no país. As pessoas percebem que<br />
estão a falar de uma marca premium quando falam<br />
da Yokohama com alto desempenho e qualidade.<br />
Estamos contentes porque introduzimos a marca<br />
como queríamos.<br />
A nível de produto, o que é que os consumidores<br />
podem esperar?<br />
O novo produto é o Advan, que é um pneu com<br />
muita qualidade, mas estamos a lançar o Blue<br />
Earth. A Yokohama está a tentar desenvolver um<br />
novo produto que seja seguro na sua conceção mas<br />
seja também amigo do ambiente. É isto que queremos<br />
promover e lançar num futuro próximo.<br />
Os clientes Yokohama podem esperar mais<br />
eventos deste tipo?<br />
Estamos a promover o WTCC, mas também a organizar<br />
viagens. Fomos recentemente a Florença e<br />
também à China. Com os clientes portugueses fomos<br />
ao circuito de Monza, também com o WTCC.<br />
E qual a importância deste tipo de eventos?<br />
Queremos continuar a fazer eventos deste género.<br />
Este ano está já fechado com a FIA, mas não sabemos<br />
como será para o próximo ano [entretanto<br />
confirmado como fornecedor oficial].<br />
E depende de quê?<br />
Há muitas marcas que estão atrás do WTCC. Estamos<br />
cá desde 2006. Temos um bom palmarés em<br />
desporto motorizado, mas não sabemos como vai<br />
ser daqui para a frente.<br />
O BLUE EARTH<br />
Taketoshi Morita (diretor-geral) e Victor Canizares (diretor de marketing) deslocaram-se propositadamente<br />
a Portugal para tomar contacto com os instaladores e distribuidores da Yokohama<br />
E,desde aí, as especificações técnicas mudaram muito,<br />
colocando desafios sempre diferentes para os engenheiros<br />
da marca. Desde os motores de dois litros aspira<strong>dos</strong><br />
aos 1.6 com turbo, passando por motores turbodiesel,<br />
muita coisa aconteceu.<br />
As equipas são autorizadas a utilizar cinco conjuntos<br />
de pneus secos, mas apenas 12 deles podem ser novos.<br />
Nos pneus de chuva, podem ser utiliza<strong>dos</strong> quatros<br />
conjuntos. Com esta regra, as equipas podem usar<br />
oito pneus da prova anterior. Se ainda estiverem em<br />
condições de uso, as equipas utilizam-nos para as voltas<br />
de afinação <strong>dos</strong> carros e nas sessões de treinos. Por<br />
isso, uma boa gestão <strong>dos</strong> pneus é um <strong>dos</strong> pontos mais<br />
importantes para a liderança das equipas.<br />
O campeonato de veículos de turismo permite ainda<br />
que os carros possam usar pneus pré-aqueci<strong>dos</strong>.<br />
Desta forma, as corridas são competitivas desde o primeiro<br />
minuto, já que não há o perigo de esforço destes<br />
componentes, um <strong>dos</strong> mais importantes no desporto<br />
motorizado.<br />
A nova linha Blue Earth é<br />
uma das mais recentes novidades<br />
da Yokohama. Trata-se<br />
de um pneu para pequenos<br />
familiares e compactos, com<br />
uma inenção clara de poupança<br />
de combustível. Comparado<br />
com A.drive, é um<br />
pneu com menos 20% de resistência<br />
ao rolamento. Além<br />
disso, é seguro em piso molhado e tem uma duração<br />
superior a outras linhas. A Yokohama conseguiu<br />
isto com a utilização de componentes desenvolvi<strong>dos</strong><br />
recentemente, como o nano Blend e o<br />
Orange Oil. Mas, além disso, tem um design que o<br />
faz 10% mais leve, em comparação com o A.drive.<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 77
OPINIÃO<br />
Víctor Manuel Cañizares<br />
Vice-Presidente Vendas e Marketing da Yokohama Iberia<br />
Marcas premium:<br />
O perigo do preço ser o único argumento de venda<br />
Os produtores de pneus de primeiro nível estão<br />
a utilizar to<strong>dos</strong> os recursos no desenvolvimento<br />
de produtos amigos do meio ambiente.<br />
O investimento em I&D destina-se a melhorar<br />
os níveis de poluição sonora reduzindo a emissão<br />
de decibéis; o consumo de combustível e,<br />
portanto, de monóxido de carbono reduzindo o índice<br />
de rolamento; os resíduos cancerígenos utilizando<br />
produtos naturais em vez de produtos deriva<strong>dos</strong> de<br />
petróleo; os resíduos pela via do produto acabado prolongando<br />
a vida útil destes, e de segurança aumentando<br />
a performance <strong>dos</strong> mesmos. Na verdade, a nova legislação<br />
Europeia vai obrigar-nos a mencionar estes<br />
desenvolvimentos na nova rotulagem a ser lançada<br />
este ano.<br />
Por isso, to<strong>dos</strong> apontamos o respeito pelo meio<br />
ambiente como sendo este o nosso guia de trabalho,<br />
mas como estamos transmitindo este conceito para o<br />
consumidor final? O que entende o consumidor? O<br />
que está disposto a entender ou a pagar por estes<br />
avanços tecnológicos com a crise atual? Que meios<br />
vão ser disponibiliza<strong>dos</strong> pelas várias entidades para<br />
controlar a entrada de produtos impróprios na UE?<br />
Na atual crise económica, o elevado pessimismo<br />
<strong>dos</strong> cidadãos perante o futuro incerto e uma classe política<br />
incapaz levam a que a procura de pneus desacelere:<br />
neste momento, poderíamos discutir se tomamos<br />
como referência o mínimo de 20% de sell-in acumulado,<br />
ou se pelo contrário, falamos de pelo menos<br />
40% de sell-out. No entanto, a tendência é clara: menos<br />
procura e aumento da quota de mercado das segundas<br />
marcas em detrimento das primeiras.<br />
Hoje, o preço é o fator chave e to<strong>dos</strong> nós estamos<br />
conscientes disso, e é por ele que de to<strong>dos</strong> os valores<br />
da nova geração de produtos se destacam as poupanças<br />
em combustível como a mensagem chave para alcançar<br />
uma população que só quer ouvir falar em otimização<br />
de recursos escassos. Mas será que apenas<br />
existe este caminho?<br />
Se considerarmos os dois seguintes pressupostos<br />
como váli<strong>dos</strong> (que vivemos numa sociedade em crise<br />
e que o fator preço é essencial), devemos perguntarnos<br />
se também podemos<br />
sensibilizar a sociedade<br />
para os benefícios<br />
de investir na próxima<br />
geração de pneus e de<br />
primeiro nível tendo<br />
também em conta o investimento<br />
que acontece a cada dois anos. É claro que<br />
é o caminho mais difícil e lento, mas o único que<br />
acrescenta valor ao produto, e que é a nossa razão de<br />
ser. Para sobreviver no curto prazo, seremos obriga<strong>dos</strong><br />
a atuar sobre o preço como o único impulsionador<br />
das vendas. Nos últimos meses, percebemos que<br />
ações impossíveis, talvez desesperadas por alguns intervenientes<br />
no mercado, distorceram a realidade do<br />
sector: o aumento das matérias-primas, a perda de<br />
competitividade da zona euro, o aumento nos custos<br />
de transporte e o maior investimento I&D, representam<br />
uma diminuição da margem da empresa. Mas<br />
será que vendemos mais?<br />
“Em síntese, o sector deve estar consciente<br />
de que devemos tratar o pneu como um produto que acrescenta valor<br />
a to<strong>dos</strong> os canais, desde o fabricante até ao consumidor final”<br />
Finalmente, embora os fabricantes e profissionais<br />
do sector estejam a fazer o seu papel quanto à informação<br />
sobre as consequências da condução com<br />
pneus em mau estado e pneus com piso abaixo <strong>dos</strong><br />
1,6 mm exigi<strong>dos</strong> por lei, serão apenas as autoridades<br />
competentes - e não podemos imputar toda a responsabilidade<br />
aos centros de inspeção técnica - que poderão<br />
controlar e persuadir o consumidor final a cumprir<br />
a legislação, ativando um mecanismo que poderá<br />
aumentar a procura aumentando igualmente a segurança<br />
atual do parque automóvel.<br />
Em síntese, o sector deve estar consciente de que<br />
devemos tratar o pneu como um produto que acrescenta<br />
valor a to<strong>dos</strong> os<br />
canais, desde o fabricante<br />
até ao consumidor final,<br />
e que devemos evitar<br />
a tendência de usá-lo<br />
como uma "mercadoria"<br />
ou produto gancho,<br />
onde o preço é o único argumento existente. Haverá<br />
sempre alguém que possa vender um cêntimo mais<br />
barato, mas nem to<strong>dos</strong> têm capacidade para produzir<br />
o nível exigido pelo mercado europeu e incrementar<br />
pelos serviços o valor acrescentado procurado pelo<br />
consumidor final.<br />
78<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
ATUALIDADE<br />
Nova Tabela de Ecovalor<br />
TABELA DE ECOVALOR EM VIGOR<br />
Desde 1 de <strong>Julho</strong> de <strong>2012</strong>:<br />
Código Categoria €/pneu<br />
T Ligeiro de passageiro/Turismo 1,2<br />
4x4 4x4 "on/off road" 2,11<br />
C Comercial 1,84<br />
P Pesado 8,86<br />
A1 Agrícola (diversos) 3,06<br />
A2 Agrícola (rodas motoras) 11,03<br />
E1 Industrial (8" a 15") 2,1<br />
E2 Maciço (= 24”) 41,43<br />
M1 Moto (>50cc.) 0,76<br />
M2 Moto (até 50cc.) 0,24<br />
F Aeronaves 1,2<br />
B Bicicletas 0,09<br />
Desde 1 de Janeiro de 2009 a 30 de Junho de <strong>2012</strong>:<br />
Código Categoria €/pneu<br />
T Ligeiro de passageiro/Turismo 1<br />
4x4 4x4 "on/off road" 1,99<br />
C Comercial 1,57<br />
P Pesado 7,81<br />
A1 Agrícola (diversos) 2,55<br />
A2 Agrícola (rodas motoras) 9,47<br />
E1 Industrial (8" a 15") 2,74<br />
E2 Maciço (= 24”) 36,54<br />
M1 Moto (>50cc.) 0,67<br />
M2 Moto (até 50cc.) 0,23<br />
F Aeronaves 1<br />
B Bicicletas 0,07<br />
A crise obriga<br />
Entrou em vigor, desde o passado 1 de <strong>Julho</strong> de <strong>2012</strong>, uma<br />
nova Tabela de Ecovalor, substituindo os ecovalores que<br />
vigoraram desde 2008. Climénia Silva, Diretora Geral da<br />
Valorpneu, defende-se das muitas queixas do setor<br />
Por força da evolução negativa do mercado de<br />
pneus e da degradação do enquadramento<br />
económico nacional, com consequentes efeitos<br />
na sustentabilidade económica e financeira<br />
do Sistema Integrado de Gestão de <strong>Pneus</strong> Usa<strong>dos</strong><br />
(SGPU), criado pela Valorpneu para gerir o correto<br />
encaminhamento <strong>dos</strong> pneus em fim de vida, a Valorpneu<br />
viu-se obrigada<br />
a proceder à atualização<br />
do valor da prestação financeira.<br />
É desta forma que começa<br />
o comunicado da<br />
Valorpneu, explicando<br />
em parte as razões do aumento do Ecovalor.<br />
“O aumento da rabela de ecovalor no passado dia 1<br />
de <strong>Julho</strong> de <strong>2012</strong> foi uma medida inevitável”, começa<br />
por referir à REVISTA DOS PNEUS, Climénia Silva,<br />
Diretora Geral da Valorpneu.<br />
A mesma responsável da entidade gestora <strong>dos</strong><br />
pneus em fim de vida, acrescenta que “como é do conhecimento<br />
geral o ecovalor corresponde à prestação<br />
financeira entregue pelos produtores à Valorpneu<br />
para a correta gestão e tratamento <strong>dos</strong> pneus quando<br />
chegam ao fim de vida. No contexto atual ninguém<br />
está imune à crise e o sector <strong>dos</strong> pneus também não”.<br />
Desta forma, a Diretora Geral da Valorpneu explica<br />
“De notar que o ecovalor não teve alteração desde 1 de Janeiro de<br />
2008 e que se mantém há quase 5 anos. Diga-se que em 10 anos, esta<br />
é a segunda vez em que a Tabela é atualizada”<br />
com da<strong>dos</strong> que “com a evolução negativa do mercado<br />
que se vem acentuando desde o último trimestre<br />
de 2011, situando-se no 1º semestre do ano em cerca<br />
de -12% na categoria de pneus ligeiros e de -21% na<br />
categoria de pneus pesa<strong>dos</strong>, para além da forte quebra<br />
ocorrida na venda de viaturas e portanto no mercado<br />
de origem de pneus que quase atingiu -44%, registouse<br />
proporcionalmente uma redução substancial no financiamento<br />
do Sistema Integrado de Gestão de<br />
<strong>Pneus</strong> Usa<strong>dos</strong>, comprometendo, caso não viesse a ser<br />
corrigido o ecovalor, o respeito <strong>dos</strong> compromissos assumi<strong>dos</strong><br />
pela Valorpneu”.<br />
Para concluir a responsável da Valorpneu diz que<br />
“embora a conjuntura<br />
económica viesse a antecipar<br />
a necessidade da<br />
atualização da tabela de<br />
ecovalor, esta era uma<br />
situação já prevista para<br />
1 Janeiro de 2013.<br />
De notar que o ecovalor não teve alteração desde 1<br />
de Janeiro de 2008 e que se mantém há quase 5 anos.<br />
Diga-se que em 10 anos, esta é a segunda vez em que a<br />
Tabela é atualizada.<br />
Isto só possível graças a uma rigorosa gestão e controlo<br />
da Valorpneu”. <br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 79
SERVIÇO<br />
Jantes de alumínio para pesa<strong>dos</strong><br />
Benefícios evidentes<br />
As razões que levaram as jantes de liga leve a passarem da F1 para os carros de ralis e destes<br />
para os veículos de to<strong>dos</strong> os dias foram as mesmas que estiveram na origem da aplicação da<br />
tecnologia de alumínio às jantes <strong>dos</strong> veículos pesa<strong>dos</strong><br />
Aprimeira razão será assim a eficiência energética,<br />
uma vez que, não só o peso total do veículo<br />
em vazio é reduzido em cerca de 300kg, no<br />
caso de um conjunto articulado com 18 rodas,<br />
como o peso de cada jante é 43% menor, o que reduz o<br />
momento de inércia a ser vencido pelo motor nos arranques<br />
e nas acelerações. Com menor peso, o atrito<br />
nos rolamentos de roda e na<br />
banda de rolamento <strong>dos</strong> pneus é<br />
reduzido, contribuindo para melhorar<br />
a eficiência do conjunto.<br />
É evidente que em carga o<br />
menor peso será aproveitado<br />
para aumentar a capacidade de<br />
carga do veículo, tornando cada deslocação mais rentável<br />
para o operador de frota. Esta será pois outra das<br />
razões que justificam o investimento em jantes de alumínio<br />
num veículo comercial pesado, porque essa diferença<br />
permite transportar mais 10% da carga, ou<br />
seja, mais uma carga completa em cada 100 viagens.<br />
Além desta importante questão da eficiência energética<br />
para o equilíbrio ambiental, os benefícios em termos<br />
de segurança são também evidentes. Desde logo,<br />
a mais rápida dissipação do calor pelo alumínio ajuda<br />
a manter os componentes de travagem em melhores<br />
condições. Isso é fundamental em longas descidas a<br />
carga completa, em que as travagens se sucedem ou<br />
Num conjunto articulado com 18 rodas equipadas com jantes<br />
de alumínio, consegue-se uma redução do peso total do<br />
veículo em vazio de cerca de 300 Kg<br />
podem mesmo ser constantes em certos casos.<br />
Em termos do comportamento dinâmico da suspensão,<br />
a redução do momento de inércia da roda evita<br />
movimentos amplos da suspensão, favorecendo o<br />
amortecimento e a estabilidade, tanto em linha recta,<br />
como em curva,<br />
Isto é obviamente mais sentido em pisos deforma<strong>dos</strong><br />
ou degrada<strong>dos</strong>.<br />
Para terminar o rol de vantagens destas jantes de alumínio<br />
para pesa<strong>dos</strong>, é necessário referir que elas podem<br />
ser até cinco vezes mais resistentes a impactos do<br />
que as jantes de aço e são mais resistentes à corrosão,<br />
tornando-se mais fiáveis. Como são moldadas numa<br />
só peça, as jantes de alumínio<br />
podem igualmente ter um design<br />
mais atractivo, o que é reforçado<br />
pelo brilho metálico da<br />
sua superfície do exterior.<br />
Problemas de manutenção<br />
O retorno do investimento na aquisição de jantes<br />
de alumínio é garantido à medida que os quilómetros<br />
passam, tanto mais que a manutenção destas jantes,<br />
para além da limpeza, é bastante reduzida. Exceptuase<br />
a necessidade de reparar algum dano ou deformação,<br />
causa<strong>dos</strong> por impactos violentos.<br />
80<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
SERVIÇO<br />
As jantes de alumínio<br />
podem ser até cinco vezes<br />
mais resistentes a impactos<br />
que as jantes de aço e são<br />
mais resistentes à corrosão<br />
O único ponto fraco do alumínio é a corrosão por<br />
contacto com outros metais, principalmente o aço, devido<br />
aos fluxos electroquímicos que se geram entre os<br />
dois metais, induzi<strong>dos</strong> pela humidade. Como os pernos<br />
e as porcas <strong>dos</strong> veículos são geralmente em aço,<br />
esse risco existe, sobretudo durante longos perío<strong>dos</strong> de<br />
contacto <strong>dos</strong> metais.<br />
Nos veículos de utilização intensiva, que podem<br />
percorrer mais de 250.000km anuais, o risco é bastante<br />
menor, porque as rodas são desmontadas pelo menos<br />
uma vez por ano e as uniões roscadas naturalmente<br />
limpas. Nos restantes veículos de menor taxa de utilização,<br />
é recomendável desmontar as rodas, pelo menos<br />
to<strong>dos</strong> os 18 ou 24 meses, para limpar os pontos de<br />
contacto <strong>dos</strong> metais e controlar eventuais focos de corrosão.<br />
Outro problema que deriva da oxidação natural do<br />
alumínio é a excessiva aderência das rodas ao cubo da<br />
roda ou à roda do lado contrário, no caso <strong>dos</strong> roda<strong>dos</strong><br />
duplos. Isso pode obrigar a empregar forças demasiado<br />
elevadas para separar as rodas, o que tem riscos para<br />
a mecânica do veículo e para a própria roda. Isso também<br />
só acontece depois de perío<strong>dos</strong> relativamente<br />
longos de contacto, sendo possível atenuar ou evitar<br />
estas situações colocando entre as rodas e a superfície<br />
de apoio um produto adequado (massa lubrificante de<br />
alta viscosidade e resistente ao calor), uma película de<br />
plástico bastante resistente ou mica.<br />
A maior parte <strong>dos</strong> problemas com estas jantes, no<br />
entanto, resultam de "invenções" na hora da sua montagem,<br />
quer em novas, quer durante os ciclos de rotação<br />
que as jantes sofrem naturalmente durante a sua<br />
vida útil. Um <strong>dos</strong> problemas é a utilização de pernos,<br />
parafusos e porcas não especifica<strong>dos</strong> pelo construtor,<br />
pois a jantes de alumínio deste tipo são bastante mais<br />
espessas do que as jantes de aço. Se as peças de aperto<br />
não forem adequadas, as porcas podem ficar "nas pontas",<br />
sendo impossível aplicar o binário de aperto recomendado.<br />
Isso implica uma situação de risco elevado,<br />
principalmente se ocorrem rupturas com o veículo em<br />
movimento. O prejuízo mínimo nesses casos é uma<br />
jante e um pneu para o lixo.<br />
Outra "invenção", felizmente rara, consiste em<br />
montar jantes de alumínio por fora e jantes de aço por<br />
dentro, nos roda<strong>dos</strong> duplos. O objectivo "estético"<br />
desta solução sai bastante caro, porque a corrosão entre<br />
as superfícies de contacto das jantes é muito forte,<br />
especialmente do lado do alumínio, podendo chegar a<br />
inutilizar a jante.<br />
O mais acertado na montagem das jantes de alumínio<br />
para V.I. é seguir as recomendações do construtor<br />
e utilizar os mesmos componentes de origem. No caso<br />
da aplicação em causa não possuir essas recomendações<br />
ou instruções, pode ser de bom senso copiar de<br />
outra marca o sistema de montagem das jantes de alumínio.<br />
Como estas jantes não são meramente uma moda e<br />
vieram para ficar, tencionamos brevemente apresentar<br />
mais informação sobre a sua manutenção nestas páginas.<br />
<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 81
ACTUALIDADE<br />
2ª Automecânica<br />
EMPRESAS<br />
JÁ CONFIRMADAS*<br />
Gutmann<br />
Auto Diag<br />
Alta Roda<br />
Triplemaqui<br />
RPL Clima<br />
Japopeças<br />
Bragalis<br />
Helder Máquinas e Ferramentas<br />
Rodribench<br />
Asc Autoparts<br />
Hispanor<br />
Newcar Leiria (Paulo Louro)<br />
Infomecatrónica<br />
Sousa Radiadores<br />
Sparkes & Sparkes<br />
Eurotransmissão<br />
António Oliveira & Oliveira<br />
NPS Portugal (Univex)<br />
Lubtec<br />
J.M.C.S.<br />
Maxolit<br />
Reciquip<br />
Infortrónica<br />
Tenneco<br />
Liqui-Moly<br />
Dingipeças<br />
* Até 20/7/<strong>2012</strong><br />
“Destaque aos pneus”<br />
A Exposalão quer dar um destaque especial ao setor <strong>dos</strong> pneus na edição <strong>2012</strong> da<br />
Automecânica. Este evento, que vai para a sua segunda edição, terá início no final do mês de<br />
Outubro, sendo uma oportunidade para to<strong>dos</strong> marcarem presença<br />
A2ª Automecânica - Salão de Equipamento Oficinal,<br />
Peças, Mecânica, Componentes e Acessórios<br />
para Veículos Ligeiros e Pesa<strong>dos</strong>, vai realizar-se<br />
na Exposalão, Centro de Exposições da<br />
Batalha de 31 de Outubro a 4 de Novembro de <strong>2012</strong><br />
O sucesso da primeira edição da Automecânica, motivou<br />
os responsáveis da Exposalão a apostar forte na<br />
edição <strong>2012</strong>. Sendo um certame<br />
muito vocacionado para<br />
o setor das peças e <strong>dos</strong> equipamentos,<br />
os pneus são também<br />
um alvo importante a reforçar,<br />
tanto mais que em<br />
edições anterior (quando se<br />
chamava ExpoAuto unicamente) muitos operadores<br />
deste setor marcam a sua presença como expositores.<br />
Numa altura em que a mecânica e o diagnóstico estão<br />
cada vez mais presentes nas casas de pneus, compreende-se<br />
a aposta da Exposalão em ter cada vez mais<br />
expositores o setor <strong>dos</strong> pneus.<br />
“Este ano queremos dar algum destaque ao ramo<br />
<strong>dos</strong> pneus e a todo o universo circundante, nomeadamente<br />
o equipamento”, diz José Frazão, Administrador da Exposalão<br />
“Pretendemos reunir um amplo leque de empresas<br />
de forma a criar um núcleo atrativo para to<strong>dos</strong> os profissionais<br />
que se movem neste sector. O salão será um<br />
ponto de encontro entre a oferta e a procura, um local<br />
por excelência para conhecer novidades, estabelecer<br />
novos contactos, reforçar e agitar relações comerciais e<br />
promover a concretização negócios”, afirma José Frazão,<br />
Administrador da Exposalão, acrescentando que<br />
“O objectivo é fazer a cobertura de to<strong>dos</strong> os ramos de<br />
forma a proporcionar uma boa oferta aos profissionais.<br />
No entanto este ano queremos dar algum destaque ao<br />
ramo <strong>dos</strong> pneus e de todo o universo circundante, nomeadamente<br />
o equipamento. Este é um setor com<br />
enorme potencial, o qual queremos ter uma maior representatividade<br />
nesta edição”.<br />
O JORNAL DAS OFICINAS (publicação da AP<br />
Comunicação da qual a REVISTA DOS PNEUS também<br />
faz parte) será a Publicação Oficial da Automecânica<br />
<strong>2012</strong>. Trata-se de um voto de confiança da Exposalão<br />
no trabalho desenvolvido pela AP COMUNI-<br />
CAÇÃO, por intermédio das<br />
nossas publicações, na promoção<br />
e divulgação deste evento.<br />
Nesse sentido, na edição <strong>2012</strong><br />
da Automecânica, a AP Comunicação<br />
vai organizar uma conferência<br />
de “Software e Da<strong>dos</strong><br />
Técnicos” dirigida às oficinas e casas de pneus, que se<br />
realiza no dia 3 de Novembro (www.eventosap.com).<br />
Para as empresas interessadas em estar presentes na<br />
edição <strong>2012</strong> da Automecânica, poderão recolher mais<br />
informação em www.exposalao.pt ou através do e.mail<br />
info@exposalao.pt ou pelo telefone 244 769 480. <br />
82<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS