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DOSPNEUS<br />
REVISTA<br />
REVISTA INDEPENDENTE DE PNEUMÁTICOS E SERVIÇOS RÁPIDOS<br />
Dossier<br />
PNEUS DE<br />
COMBATE<br />
Os pneus OTR são um nicho de mercado<br />
apetecível, mas não é para to<strong>dos</strong> e só alguns<br />
nele querem e podem estar a trabalhar. São<br />
vários os segmentos de mercado onde são<br />
comercializa<strong>dos</strong> e to<strong>dos</strong> exigem aos diferentes<br />
operadores uma grande especialização e<br />
conhecimento<br />
Nº 19 • OUTUBRO <strong>2012</strong> • ANO III • 5 EUROS<br />
PUB<br />
Entrevista<br />
Miguel Santos,<br />
Diretor-Geral<br />
da Rede<br />
Euromaster<br />
em Portugal<br />
Empresa<br />
A Momo Tires é<br />
uma realidade<br />
com uma oferta<br />
completa para<br />
os principais<br />
segmentos<br />
Entrevista<br />
Agustín Salinas<br />
Costa,<br />
Gerente do<br />
Grupo Salco<br />
Serviço<br />
Uma parte<br />
importante do<br />
negócio <strong>dos</strong><br />
pneus é a<br />
reparação<br />
correta
EDITORIAL<br />
Nº 19 • OUTUBRO <strong>2012</strong> • ANO III<br />
SUMÁRIO<br />
Para muitos,<br />
agora já é tarde<br />
Não há como não fugir ao tema. A crise. A tão badalada crise. Fala-se<br />
que no final de <strong>2012</strong> o mercado de pneus (ligeiros, comerciais e SUV /<br />
4x4) poderá registar quebras superiores a 20%. Alguns dizem mesmo<br />
que a quebra é ainda maior. E agora?<br />
Bem, agora somos obriga<strong>dos</strong> a pensar. Somos obriga<strong>dos</strong> a encontrar formas<br />
de reinventar o negócio e saber como podemos recuperar algum do<br />
serviço que perdemos.<br />
Sou de opinião que o retalhista tradicional (salvo honrosas exceções) não<br />
pode nem deve viver só do pneu. Uma das razões é que o valor médio por<br />
pneu vendido tem vindo a baixar, o que necessariamente deixa menos margem<br />
ao retalhista. Depois porque a concorrência “agressiva” que hoje existe<br />
tem reflexo no preço. Quer isso dizer que a margem é menor.<br />
Existem muitas outras razões que o retalhista sabe melhor que ninguém<br />
porque está a ganhar cada vez menos por pneu.<br />
Cobrar os serviços de alinhamento e outros também já deixou de dar lucro,<br />
pois alguns apostaram, erradamente, na oferta <strong>dos</strong> mesmos. Oferecer<br />
aquilo que um retalhista tem de mais valioso, que é o serviço, comprova-se<br />
agora que foi uma péssima aposta.<br />
O presente é a diversificação <strong>dos</strong> serviços. O retalhista tradicional tem que<br />
passar do “pneu” para o “pneu + mecânica”, oferecendo ao cliente a possibilidade<br />
de fazer um conjunto de muitos outros serviços que ele normalmente<br />
não fazia numa casa de pneus.<br />
Parece-me também que a associação a redes também é fundamental. Na<br />
maioria <strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong> da Europa as redes já representam mais de 50% do<br />
sector oficinal, enquanto em Portugal representa apenas 16%. Atualmente<br />
existem muitos projetos de rede altamente credíveis e profissionais, que ultrapassam<br />
aquela lógica da imagem e do benefício na compra. São projetos<br />
que trazem um valor acrescentado enorme a diferentes níveis, como seja a<br />
formação profissional, o aconselhamento ao nível da gestão, suporte de comunicação,<br />
disponibilização de informação técnica, entre outras reais maisvalias.<br />
É preciso olhar de facto para a realidade. Existem imensas oportunidades,<br />
que obviamente não são à borla e que exigem muito trabalho e dedicação,<br />
mas que são oportunidades para não desperdiçar.<br />
O que tenho notado é que tem apostou na diversificação de serviços, nas<br />
redes, na gestão e profissionalização do negócio não passa por tantas dificuldades<br />
como os outros, que só agora acordaram quando deixaram de ver os<br />
clientes a entrar pela porta.<br />
A diferenciação terá que ser feita pelo profissionalismo e pela multiplicidade<br />
de serviços e nunca pelo pneu e muito menos pelo preço. É certo que,<br />
para muitos, agora já é tarde.<br />
Paulo Homem<br />
paulo.homem@apcomunicacao.com<br />
Notícias<br />
Novidades do sector 4<br />
Acontecimento<br />
10º Encontro Valorpneu 16<br />
Mercado<br />
<strong>Pneus</strong> OTR 20<br />
Atualidade<br />
ACAP - Etiqueta <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> 26<br />
Entrevistas<br />
Miguel Santos - Euromaster 28<br />
Agustín Salinas Costa - Grupo Salco 32<br />
Empresas<br />
Point S 44<br />
Jota <strong>Pneus</strong> 46<br />
Euro Tyre 48<br />
Easy <strong>Pneus</strong> 50<br />
AZ Auto 52<br />
Domingos & Morgado 54<br />
Produto<br />
Zeetex 56<br />
Primewell 58<br />
Counteract Balancing Beads 60<br />
Mercado<br />
Bridgestone 2050 62<br />
www.ApcomunicAcAo.com<br />
FICHA TÉCNICA<br />
®<br />
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© COPYRIGHT:<br />
Nos termos legais em vigor é totalmente interdita a utilização ou a<br />
reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a<br />
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REVISTA<br />
DOS PNEUS 03
NOTÍCIAS<br />
Esclarecimento Tiresur / GT Radial<br />
Na edição 18 da <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, foi editada uma entrevista com Luís Miguel<br />
Munoz, Director Geral da Tiresur, em que o mesmo afirma que esta empresa<br />
espanhola é representante <strong>dos</strong> pneus para pesa<strong>dos</strong> da GT Radial em Portugal.<br />
A Tiresur vem agora esclarecer que a representação exclusiva da GT Radial<br />
para Portugal tem apenas efeito para os pneus de ligeiros. 3<br />
Sópneus celebra Protocolo com Aran<br />
A Sópneus celebrou um protocolo de cooperação com a ARAN – Associação<br />
Nacional do Ramo Automóvel – que prevê o apoio aos associa<strong>dos</strong> ARAN para o<br />
desenvolvimento da área de negócio respeitante ao comércio e manutenção de<br />
pneus.<br />
Ao abrigo deste acordo, a Sópneus partilhará o seu know-how no negócio <strong>dos</strong><br />
pneus, possibilitando as associa<strong>dos</strong> ARAN usufruírem de um programa de apoio ao<br />
desenvolvimento deste negócio em várias vertentes, nomeadamente no apoio permanente<br />
ao arranque do negócio, formação técnica e de vendas, utilização de ferramentas<br />
informáticas e apoio em marketing e promoção do negócio e da própria empresa.<br />
3<br />
SD International<br />
entra em Portugal com marca Zeta<br />
A SD International foi fundada em 2002 em Shangai, tendo depois expandido a<br />
sua presença a outras regiões do globo, com a abertura de escritórios em Inglaterra,<br />
Argentina, Emiratos Árabes Uni<strong>dos</strong>, França e Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong> da América.<br />
Uma das políticas da SD International é investir fortemente em equipamentos e<br />
tecnologia, assim como, seleciona cuida<strong>dos</strong>amente as unidades de fabricação, submetendo-as<br />
a rigorosos controlos e auditorias, que abarcam 16 processos de produção<br />
e qualidade em cada uma das unidades de produção antes de contratar a fabricação<br />
e fornecimento das suas marcas próprias.<br />
To<strong>dos</strong> os produtos da SD International estão certifica<strong>dos</strong> com a normas DOT,<br />
ECE / S Marking, Inmetro e cumprem totalmente com a normativa Reach.<br />
Como membro da ITMA Europe (ver www.itma-europe.com), a SD International<br />
tem acesso a todas as normativas técnicas da União Europeia e to<strong>dos</strong> os seus produtos<br />
cumprem estritamente com to<strong>dos</strong> os requisitos presentes e futuros dita<strong>dos</strong><br />
pela indústria de borracha europeia.<br />
A SD International, comercializa as suas marcas através de 300 distribuidores nacionais<br />
em mais de 75 países, oferecendo aos clientes relações comerciais de longo<br />
prazo, com total proteção do território onde operam a nível nacional ou regional,<br />
dependendo do país.<br />
A marca Zeta, da SD International, que agora chega a Portugal através da Sociedade<br />
de <strong>Pneus</strong> do Oriente (SPO) apresenta uma gama completa de produtos para veículos<br />
de passageiros, comerciais e SUV / 4x4. A sua linha de pneus para camião (radiais)<br />
seguem rigorosos padrões de qualidade, sendo esta fábrica fornecedora do primeiro<br />
equipamento para as marcas FAW e DFC.<br />
Recentemente a SD International esteve presente na Citexpo, na China, com um<br />
stand divulgando toda a sua gama e marcas de pneus.<br />
Refira-se que a SD International está a desenvolver esforços no sentido de procurar<br />
um distribuidor em Portugal para a marca de pneus Pace.<br />
Mais informações pelo e.mail: adriana@sd-international.co.uk, ou através do site<br />
www.sd-international.cn. 3<br />
Nankang<br />
reconhecida<br />
Os produtos Nankang têm vindo a<br />
ganhar cada vez mais notoriedade por<br />
essa Europa fora.<br />
O mais recente exemplo disso mesmo<br />
é o prémio que a marca obteve<br />
com o seu pneu de altas prestações NS-<br />
20.<br />
Assim, o pneu Nankang NS-20 obteve mais uma vez uma boa classificação no<br />
ranking das 50 marcas distinguidas pela revista alemã Auto Bild.<br />
Refira-se que a Nankang é representada em Portugal pela Dispnal <strong>Pneus</strong>. 3<br />
S. José - Logística de <strong>Pneus</strong><br />
marcou presença na Agroglobal<br />
A S.José – Logística de <strong>Pneus</strong> esteve presente na Agroglobal, um evento que se<br />
realizou em setembro em Valada do Ribatejo, no Cartaxo.<br />
Este certame, que será o mais importante do sector em Portugal, introduz uma<br />
evolução nos conceitos de feiras, ao ser completamente dirigida a profissionais<br />
do sector da agro-indústria, desenvolvendo-se dentro de um campo agrícola,<br />
previamente preparado com culturas para o efeito e incorporando demonstrações<br />
práticas, com uma enorme quantidade de tratores que com as suas alfaias<br />
vão desenvolvendo todo o tipo de trabalhos.<br />
Ao mesmo tempo vão acontecendo fóruns de discussão do tema “Agricultura<br />
em Portugal”, em que estiveram presentes importantes figuras políticas e da economia<br />
de Portugal e de Espanha.<br />
Equipando os tratores em trabalho também havia pneus BKT, ao lado das<br />
maiores marcas de pneus, equipando mesmo máquinas de grande potência.<br />
No espaço BKT, com uma mostra da enorme gama da marca, os comerciais<br />
da S.José receberam centenas de agricultores que vieram de Norte a Sul do país,<br />
das Ilhas e até de Espanha, de quem ouviram os melhores depoimentos acerca<br />
das performances que estão a ter com os pneus BKT que usam nos seus tratores.<br />
Como foi evidente neste evento, todas as principais marcas de tratores já usam<br />
a marca BKT como primeiro equipamento.<br />
“Foi mais uma importante jornada na consolidação da presença da marca<br />
BKT em Portugal, num certame onde estiveram as principais marcas do sector”,<br />
disse Luís Aniceto da S. José. 3<br />
Novo logo Altaroda<br />
Como empresa moderna e dinâmica, a Altaroda sabe também que os valores da<br />
imagem são fundamentais para a relação que pretende ter com os seus parceiros.<br />
Atendendo a essa realidade decidiu a Altaroda apostar numa nova imagem, que<br />
se concretiza acima de tudo num novo logótipo.<br />
“O nosso novo logótipo tenta refletir uma imagem mais sólida que não compromete<br />
rutura com o anterior”, disse Vitor Rocha, Director Geral da Altaroda. 3<br />
04<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
NOTÍCIAS<br />
Distribuição da GT Radial em Portugal<br />
A partir de 1 de Setembro de <strong>2012</strong>, a Tiresur SL será responsável por todo o mercado de automóveis<br />
de PCR incorporando pneus de passageiros, 4x4 e comerciais, enquanto a SEA Lda assume<br />
o controle do segmento TBR incluindo pneus de camião médios e pesa<strong>dos</strong>.<br />
Ao operar estruturas dedicadas por categoria de produto, GiTi Tire criou uma rede de distribuição<br />
profissional que irá melhorar a quota de mercado em Portugal, em linha com a estratégia<br />
global da empresa.<br />
A GiTi Tire e os seus parceiros vão continuar a melhorar a proposta da marca GT Radial através<br />
da introdução de novos pneus de qualidade e inovadores para a carteira já completa, juntamente<br />
com um serviço de campo, para to<strong>dos</strong> os profissionais de sector de pneus.<br />
Com mais de 15 anos de experiência no mercado Português, programas de fidelidade e muitos<br />
outros projetos de marketing foram desenvolvi<strong>dos</strong> com grande sucesso em parcerias GT Radial<br />
com revendedores de pneus. 3<br />
Rede RINO com formação em pneus<br />
Pirelli<br />
A Rede Rino proporcionou<br />
uma ação de formação destinada<br />
aos técnicos das suas oficinas, em<br />
parceria com a Pirelli, sobre a<br />
gama de pneus deste construtor.<br />
Estas ações de formação decorreram<br />
em setembro em Lisboa e<br />
Porto.<br />
Tratou-se de uma iniciativa que serviu para dar a conhecer toda a gama de <strong>Pneus</strong> Pirelli,<br />
explorar as características de cada tipo de pneu (Desportivo, Ecológico, etc), e ainda, para a<br />
explicação do novo regulamento da União Europeia para “Rotulagem de <strong>Pneus</strong>”.<br />
A conhecida marca italiana, bem como outras das mais conceituadas marcas de pneus,<br />
passam agora a estar disponíveis para venda ao público em algumas das oficinas Rino espalhadas<br />
pelo país. 3<br />
O Grupo Al Dobowi e a<br />
etiquetagem <strong>dos</strong> pneus<br />
O Grupo Al Dobowi participou recentemente na «Conferência<br />
de etiquetagem de <strong>Pneus</strong>» do European Rubber Journal, levada a<br />
cabo no Hotel Le Méridien, em Bruxelas, com a participação de<br />
membros proeminentes do setor Europeu da borracha e <strong>dos</strong> pneus.<br />
O Sr. Jorge Crespo, Diretor Geral Europeu para a Infinity Tyres,<br />
esteve na conferência em representação do Al Dobowi, tendo feito<br />
uma apresentação intitulada «Marcas Económicas e Etiquetagem de<br />
<strong>Pneus</strong>».<br />
O Sr. Crespo apresentou um discurso interessante respeitante aos<br />
pontos de vista de um fabricante chinês de pneus nos merca<strong>dos</strong> europeu<br />
e global, estando concentrado nos efeitos que a nova lei de etiquetagem<br />
de pneus terá nas marcas económicas asiáticas. Para além<br />
disso, também discutiu como a etiquetagem de pneus irá, como um<br />
todo, ajudar algumas dessas marcas económicas a crescer na Europa<br />
e como esta nova legislação irá ajudar alguns fabricantes de pneus<br />
asiáticos a beneficiar a curto e longo prazo.<br />
O Sr. Crespo disse que: «Para muitos na indústria <strong>dos</strong> pneus, a<br />
adoção destas novas leis foi inicialmente vista como um empecilho<br />
para muitos fabricantes de pneus asiáticos. Contudo, se tivermos em<br />
consideração a sua resposta positiva e atitude global em relação à legislação<br />
da UE, poderá ser seguro dizer que só abona em favor desses<br />
mesmos fabricantes terem sido largamente subestima<strong>dos</strong>. A conformidade<br />
tem sido vista, no caso de muitas marcas chinesas, como<br />
uma espécie de desafio e algo por que tiveram muito de se esforçar<br />
para obter. O enorme investimento em tecnologia e I&D que estes<br />
fabricantes de pneus levaram a cabo de modo a, não apenas estar em<br />
conformidade, mas até acolher as leis europeias, não é motivo de<br />
riso. Os seus esforços e dedicação são algo pelo qual os consumidores<br />
deveriam estar gratos.» 3<br />
PUB<br />
06<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
NOTÍCIAS<br />
Beta representada<br />
pela Bolas<br />
A Bolas, S.A. , empresa importadora de<br />
máquinas e equipamentos para a indústria<br />
(metalomecânica, automóvel , construção<br />
e madeira) integrou recentemente no seu<br />
portfolio de produtos a reconhecida marca<br />
de ferramentas manuais, vestuário e calçado de segurança Beta.<br />
Assim, e com efeitos a 1 de Janeiro de 2013, a Bolas, S.A.assumirá a distribuição<br />
exclusiva da marca Beta nos merca<strong>dos</strong> de Portugal, Angola e Moçambique.<br />
Contudo, até final do corrente ano, a empresa está desde já autorizada a promover<br />
a marca Beta e em condições de abastecer regularmente estes merca<strong>dos</strong>,<br />
através da sua rede de revendedores especializa<strong>dos</strong>.<br />
A introdução da Beta, marca que detém uma posição de liderança no mercado<br />
português e mundial, vem complementar e valorizar o portfolio de produtos da<br />
Bolas, S.A. , sendo uma prioridade para a empresa continuar a contar com a preferência<br />
<strong>dos</strong> profissionais, para quem ela já se tornou uma referência, através de<br />
um serviço eficiente, rápido e que ofereça plenas garantias em termos de assistência<br />
pré e pós-venda. A sua vasta linha de produtos, que ultrapassa os 20.000 artigos<br />
codifica<strong>dos</strong>, está orientada para o utilizador profissional.<br />
Durante a EMAF <strong>2012</strong>, a decorrer na Exponor de 21-24 de novembro, poderá<br />
já apreciar todas as novidades Beta no stand da Bolas, S.A.. 3<br />
PUB<br />
Continental expande oferta de pneus<br />
de eixo de direcção HSL 2+<br />
O pneu de eixo de direção da geração 2+ da<br />
Continental também pode ser obtido, desde já,<br />
no tamanho 385/65 R 22.5.<br />
Assim, existe atualmente um número total de<br />
onze dimensões do HSL 2+ destina<strong>dos</strong> aos eixos<br />
dianteiros. O pneu para os percursos internacionais<br />
de longa distância destaca-se, em comparação<br />
com a geração antecessora, pelas suas propriedades<br />
melhoradas de condução e manutenção.<br />
Responsáveis por isso são, sobretudo, as micro-lamelas<br />
integradas nas ranhuras longitudinais, colocadas<br />
na transversal em relação ao sentido de rodagem.<br />
Em conjunto, elas garantem igualmente<br />
uma boa aderência <strong>dos</strong> pneus de eixo de direcção<br />
em pisos molha<strong>dos</strong>, graças aos largos canais de<br />
drenagem. O coração do pneu forma a estrutura inovadora da carcaça com cintas<br />
triangulares de quatro camadas, um rebordo especial de fio de aço, um volume de ar<br />
aumentado e a tecnologia AirKeep® patenteada.<br />
Relativamente ao valor da etiqueta UE de aderência em pisos molha<strong>dos</strong>, o HSL<br />
2+ atinge o valor "B" na nova dimensão de pneus 385/65 R 22.5, atingindo o valor<br />
"C" na resistência ao rolamento, e apresenta uma onda sonora para o nível de ruído<br />
externo, na forma de pneus silenciosos.<br />
O HSL 2+ está disponível para eixos dianteiros nas dimensões 355/50 R 22.5 XL<br />
com indicador de análise do desgaste (VAI), 385/55 R 22.5, 295/60 R 22.5, 315/60<br />
R 22.5, 315/60 R 22.5 XL, 385/65 R 22.5 (novo), 315/70 R 22.5 (VAI), 315/70 R<br />
22.5 XL (VAI), 295/80 R 22.5, 295/80 R 22.5 XL e 315/80 R 22. 3<br />
Westlake<br />
com novo distribuidor em Espanha<br />
A Eskay Tyres, pertencente ao Al Dobowi Group e distribuidor da Westlake<br />
em diversos merca<strong>dos</strong> europeus, chegou a um acordo com o distribuidor espanhol,<br />
Don Tyre S.L., que permitirá expandir a marca Westlake em Espanha, através<br />
de alianças estratégicas com diversos players do setor.<br />
Jorge Crespo, Diretor Geral da Eskay Tyres, disse que “a Don Tyre apreciou<br />
bastante a qualidade e a valorização da marca Westlake Tyres, e a sua estratégia<br />
encaixa perfeitamente na nossa estratégia, por isso estou certo que este acordo<br />
será benéfico para ambas as partes”.<br />
A Don Tyre irá assim comercializar em Espanha uma extensa gama de produtos<br />
Westlake, com uma oferta para veículos de passageiros, comerciais e 4x4. 3<br />
<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 07
NOTÍCIAS<br />
Firestone equipa nova gama<br />
John Deere 6M<br />
A John Deere escolheu os pneus Firestone<br />
para sua nova gama de tratores<br />
da Série 6M que irá ser lançada no<br />
final de <strong>2012</strong><br />
A última geração de pneus de tração<br />
da Firestone, Performer e Maxi<br />
Traction irá equipar a série de modelos<br />
de tratores entre os 105 e os 170<br />
cavalos de potência. A mais recente tecnologia "IF” de produtos de baixa pressão Firestone<br />
está igualmente disponível para os novos tractores da John Deere.<br />
A Firestone irá fornecer à John Deere a mais recente linha Performer nas séries 65,<br />
70 e 85 com capacidades melhoradas de carga e velocidade, permitindo aos agricultores<br />
minimizar a compactação do solo, reduzir o tempo de trabalho e conduzir em<br />
estradas a velocidades mais altas. Com a excelente tracção e auto-limpeza da tecnologia<br />
da Firestone “Dual Angle Lug”, a linha Performer minimiza a compactação do<br />
solo e aumenta a eficiência no campo.<br />
Para os modelos de maior potência da série John Deere 6M, a Firestone irá fornecer<br />
a linha de pneus radiais Maxi Traction.<br />
Além de excelente tracção e auto-limpeza com perturbação mínima do solo sob<br />
cargas pesadas, esta linha proporciona uma condução mais confortável, suave e<br />
uma vida útil mais longa. 3<br />
Michelin com novidades<br />
para Engenharia Civil<br />
A Michelin apresentou novidades da sua atividade<br />
em Engenharia Civil para 2013 no Salão MinExpo,<br />
que decorreu em Las Vegas, (Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong>)<br />
em setembro passado.<br />
Entre as mesmas, os pneus mais emblemáticos da<br />
Michelin Engenharia Civil adotam a nova denominação<br />
Michelin XDR2 (substituindo a anterior Michelin<br />
XDR), o que significa que se trata da segunda geração<br />
deste pneu na dimensão record de 63 polegadas. O pneu beneficia <strong>dos</strong> últimos<br />
avanços tecnológicos <strong>dos</strong> investigadores da Michelin para refletir a procura <strong>dos</strong><br />
clientes e utilizadores.<br />
O Salão MinExpo de Las Vegas foi, igualmente, a ocasião para a Michelin dar<br />
a conhecer duas novas novidades: os pneus Michelin X Mine D2 e Michelin<br />
XTXL, ambos para minas subterrâneas, e integram a tecnologia B2 em algumas<br />
das suas dimensões.<br />
Os novos sistemas eletrónicos de gestão permitem melhorar mais a eficiência<br />
<strong>dos</strong> pneus e tornar mais fluido o seu ciclo de vida, prever a sua substituição e antecipar<br />
as operações de reciclagem e de valorização. A última geração deste sistema<br />
de gestão para os pneus de engenharia civil, o MEMS Evolution 2, também<br />
se apresentou em Las Vegas. 3<br />
Máquina de lavar<br />
rodas da HPA-FAIP<br />
A Conversa de Mãos, Lda., empresa que<br />
importa e distribui em exclusivo a marca de<br />
equipamentos para pneus HPA-FAIP apresentou<br />
a W850, máquina de lavar rodas.<br />
Sempre atenta às exigências <strong>dos</strong> profissionais<br />
ao serviço das rodas mas sobretudo<br />
sempre pronta a oferecer propostas<br />
que visem a melhor qualidade do<br />
serviço, HPA-FAIP criou a máquina de<br />
lavar rodas eletrónica W850. Com funcionamento<br />
a ciclo fechado, água a baixa<br />
pressão e grãos plásticos.<br />
Trata-se de um máquina que lava todo o tipo de rodas,<br />
mas que foi concebida para lavar com grande eficácia as rodas de veículos SUV e comerciais<br />
ligeiros.<br />
Mais informações em www.conversademaos.pt. 3<br />
Pesa<strong>dos</strong> da Goodyear<br />
energeticamente eficientes<br />
A chegada da nova etiqueta europeia<br />
de pneus, que implica uma nova metodologia<br />
para avaliar o seu rendimento,<br />
confirmou o papel pioneiro da Goodyear<br />
no desenvolvimento <strong>dos</strong> mesmos.<br />
O melhor exemplo desta situação é o<br />
pneu para reboque LHT II, que consegue<br />
a pontuação A em eficiência de<br />
combustível em duas medidas, que estão<br />
disponíveis no mercado desde 2010.<br />
Também o novo pneu de direção<br />
Marathon LHS II + e o pneu regional<br />
para reboque RHT II conseguiram excelentes<br />
qualificações B tanto em eficiência<br />
energética como em aderência em<br />
piso molhado em diferentes medidas2<br />
O pneu regional de direção RHS II conseguiu um C em eficiência energética e<br />
A na travagem em piso molhado numa medida e B/B em outra. Além disso, cerca<br />
de 50% <strong>dos</strong> pneus para pesa<strong>dos</strong> da Goodyear conseguiram C/C ou superior, o<br />
que demonstra as prestações <strong>dos</strong> produtos Premium da empresa.<br />
A associação German Rubber Industry descreve os pneus com C/C e mais altos<br />
como pneus muito bons e aos pneus A/C – A/A e C/A – A/A como pneus<br />
extraordinários de alta qualidade. 3<br />
Himalaia <strong>Pneus</strong> na rede PointS<br />
A Himalaia <strong>Pneus</strong>, empresa de retalho de pneus, com presença em Castelo Branco<br />
e Oleiros, integra agora a rede PointS.<br />
As duas unidades de retalho que a empresa possui, precisamente em Castelo<br />
Branco e Oleiros, estão ambos com a imagem da rede PointS.<br />
Para dinamizar esta nova parceria, a Himalaia <strong>Pneus</strong> esteve presente na Feira do<br />
Pinhal em Oleiros, no passado mês de agosto, através de um stand, onde promoveu<br />
os seus serviços. 3<br />
Vulco reforça aposta online<br />
A Vulco, rede de oficinas associada à<br />
Goodyear Dunlop, renovou o website<br />
(www.vulco.info) como parte da estratégia<br />
que visa fortalecer a presença na web e<br />
redes sociais.<br />
Desta forma a marca pretende aproximar-se<br />
<strong>dos</strong> clientes, oferecendo canais<br />
online que possibilitem um atendimento<br />
mais personalizado.<br />
A nova plataforma possibilita a solicitação<br />
de orçamentos online, concedendo<br />
aos clientes uma maior flexibilidade de<br />
pedi<strong>dos</strong>, o rápido acesso às ofertas e promoções<br />
disponíveis em toda a rede de<br />
serviços ou a indicação da oficina Vulco mais perto da localização indicada. Para<br />
além <strong>dos</strong> perfis já existentes no Facebook e Twitter, a rede criou um novo perfil<br />
no Google +, a rede social do Google.<br />
"O nosso objetivo é a melhoria contínua do serviço e atenção prestada aos<br />
nossos clientes, daí termos desenvolvido um site mais intuitivo e dinâmico", comenta<br />
Alberto Villarreal, Diretor da rede Vulco. 3<br />
08<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
NOTÍCIAS<br />
Continental oferece<br />
seguro de pneu<br />
A Continental <strong>Pneus</strong> Portugal tem a decorrer durante<br />
novembro uma campanha na qual to<strong>dos</strong> os pneus<br />
<strong>dos</strong> segmentos de turismo, van e 4X4 compra<strong>dos</strong> durante<br />
este período, têm um seguro contra danos acidentais,<br />
válido pelo período de um ano e adicional à<br />
garantia legal.<br />
Além disso, os consumidores têm ainda a possibilidade<br />
de ganhar um “tablet”. Este seguro de pneu, denominado<br />
Garantia “ContiPlus”, prevê a cobertura de<br />
danos acidentais relaciona<strong>dos</strong> com a utilização diária <strong>dos</strong> pneus, como embates nos<br />
passeios ou em buracos, que não permitam a utilização do pneu em segurança.<br />
A Garantia “ContiPlus” da Continental, assegura igualmente assistência em viagem,<br />
garantindo um serviço de reboque e continuação de viagem para os ocupantes<br />
da viatura, podendo mesmo ser enviada viatura de substituição nos casos que a seguradora<br />
entenda como mais indicado.<br />
Para ativarem a Garantia “ContiPlus”, é apenas necessária a aquisição de pneus<br />
num agente aderente à campanha e o preenchimento de um formulário com os da<strong>dos</strong><br />
pessoais, no momento da compra. 3<br />
Atwoo desenvolve<br />
reparação “inteligente”<br />
A empresa Atwoo aposta numa reparação inteligente com um conceito inovador!<br />
Pelo menos é assim que anuncia o HBC System.<br />
Trata-se de um sistema completo para reparação de estofos, teci<strong>dos</strong>, velu<strong>dos</strong>,<br />
plástico, pele, vinil, pára-choques, pára-brisas, jantes e pintura.<br />
O HBC System possui todas as ferramentas e materiais de alta qualidade para<br />
um acabamento perfeito. 3<br />
Novos R-STEER 001 e R-DRIVE 001<br />
da Bridgestone<br />
A Bridgestone está progressivamente<br />
a substituir os seus conheci<strong>dos</strong> pneus<br />
R297 e o M729 pelos novos R-STEER<br />
001 e R-DRIVE 001 para uso regional<br />
na Europa. Na base do desenvolvimento<br />
esteve o aumento da robustez, permitindo<br />
uma utilização versátil, um elevado<br />
nível de desempenho e um longo ciclo<br />
de vida.<br />
Os novos R-STEER 001 e R-DRIVE 001 pretendem responder à atual tendência<br />
das condições diárias da operação das frotas, num amplo mix de condições de<br />
uso em aplicações regionais, nomeadamente no uso em auto-estrada, cidade e<br />
fora de estrada. Este segmento "regional", que representa cerca de 42% do mercado<br />
total de pneus de pesa<strong>dos</strong>, abrange igualmente diversos tipos de veículos - camiões<br />
de carga geral, frigoríficos ou segmentos de mercado especializadas, tais<br />
como transporte de madeira e transporte de resíduos - aumentando ainda mais a<br />
versatilidade das condições de uso.<br />
Especificamente, o R-STEER 001 e o R STEER-DRIVE 001 foram projecta<strong>dos</strong><br />
para viagens entre 50 e 1.000 km, com uso até 5% estrada/ fora de estrada,<br />
para os clientes que procuram melhorar a sua quilometragem e custo por quilómetro.<br />
As características de desempenho abrangem uma longa vida com um coeficiente<br />
de resistência ao rolamento equilibrado, excelente tração para o R-DRIVE<br />
001 e carcaças com grande durabilidade para maximizar a recauchutagem, superiorizando-se<br />
aos antecessores R297 e M729.<br />
Os Bridgestone R-STEER 001 e o R STEER-DRIVE 001 serão introduzi<strong>dos</strong><br />
progressivamente na Europa a partir de <strong>Outubro</strong> de <strong>2012</strong>, inicialmente na medida<br />
mais comum em aplicações regionais: 315/80R22.5. Outras medidas serão<br />
adicionadas no futuro. 3<br />
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REVISTA<br />
DOS PNEUS 09
NOTÍCIAS<br />
Dunlop inova na competição<br />
A Dunlop Motorsport é a marca encarregue de desenvolver os pneus para o revolucionário<br />
GreenGT H2, um carro que promete alterar o conceito de potência na<br />
competição automóvel. Para tal, vai trabalhar de perto com o fabricante de forma a<br />
que os pneus possam favorecer todas as qualidades deste carro futurista.<br />
O GreenGT H2 é o primeiro carro de competição impulsionado por células de<br />
hidrogénio, que inclui tecnologia de transmissão elétrica.<br />
“Os carros elétricos apresentam desafios para o design <strong>dos</strong> pneus. Por exemplo,<br />
manusear o peso extra do veículo, implica que a capacidade de carga do pneu seja<br />
aumentada e para maximizar a eficiência o design do pneu tenha baixa resistência à<br />
rodagem”, esclarece Jean-Felix Bazelin, Diretor Geral da Dunlop Motorsport, acrescentando<br />
que “o elevado binário do motor que estes carros atingem implica que os<br />
pneus vão precisar de uma nova construção que proporcione maior rigidez longitudinal.<br />
Outro desafio para a Dunlop é criar um pneu que otimize as vantagens da tecnologia<br />
de divisão do binário do motor entre ambos os eixos, graças à utilização de<br />
um diferencial ativo. Enquanto as suspensões se utilizam para controlar a resposta<br />
do veículo, a repartição do binário utiliza-se para otimizar a sua estabilidade. Além<br />
disso, vamos adaptar o composto do pneu para ajustá-lo a este carro em particular.<br />
Para controlar a temperatura do pneu e o desgaste há a possibilidade de utilizar um<br />
composto mais suave que num carro convencional – algo que a Dunlop conseguiu<br />
com o seu último protótipo de pneu de estrada, o BluResponse AA, com uma redução<br />
da resistência à rodagem que maximiza a eficiência do carro”. 3<br />
Luvas De Trabalho<br />
Black Mamba<br />
A Black Mamba é uma das maiores e mais<br />
venenosas cobras do mundo, o seu nome<br />
deve-se ao interior da sua boca que é todo<br />
preto.<br />
Agora, é também a marca de provavelmente uma das melhores luvas de nitrilo<br />
do mundo. De tecnologia americana, o seu produto de bandeira são as luvas de<br />
nitrilo também pretas, feitas com o patenteado polímero da marca NITREX®,<br />
estas luvas sem pó, são super resistentes, aos químicos e á perfuração, cerca de 7<br />
vezes mais que luvas normais do mercado.<br />
As luvas Mamba, oferecem uma sensibilidade e segurança extremas, mesmo<br />
quando se trabalha com as mais sensíveis ou pequenas peças.<br />
As luvas Mamba estão disponíveis em caixas de 100 luvas. Outras ofertas da<br />
marca, são as luvas anti cortes, ideais para manuseamento de peças cortantes<br />
(chapas e vidros), as luvas de Nylon/nitrilo e as de Poliuretano/nitrilo, para trabalhos<br />
mais duros.<br />
Estas luvas estão disponíveis para venda aos pares e são distribuídas em Portugal<br />
pela Vieira & Freitas, Lda. 3<br />
Hankook<br />
aumenta produção na Europa<br />
A Hankook vai continuar com a ampliação da sua fábrica da Hungria através de<br />
um investimento de aproximadamente 8,6 milhões de euros.<br />
A empresa vai instalar unidades adicionais de mistura de compostos que vão aumentar<br />
o rendimento da fábrica. As obras começaram no início de <strong>Outubro</strong> e devem<br />
estar prontas no final do segundo semestre de 2013. Neste momento, a fábrica<br />
húngara da Hankook emprega 2.200 pessoas e produz pneus para turismo, todo-oterreno<br />
e veículos comerciais em centenas de especificações diferentes. 3<br />
Michelin Power Pure SC<br />
Radial para Scooters<br />
As motorizações nas scooters não param de aumentar<br />
de cilindrada. Inicialmente concebidas para uso urbano,<br />
estas duas rodas de nova geração ampliam o seu<br />
campo de ação às estradas e autoestradas. Com motores<br />
que desenvolvem mais de 70 CV, as grandes scooters<br />
oferecem umas qualidades dinâmicas e umas performances<br />
parecidas às das motos mais convencionais.<br />
Com a comercialização do primeiro pneu desportivo<br />
com borracha dupla de tecnologia radial para scooter,<br />
a Michelin oferece uma resposta concreta e satisfaz estas<br />
novas necessidades. Esta é a primeira vez que a melhor<br />
tecnologia de um pneu para duas rodas se concentra num pneu para scooter.<br />
Muito atentos ao comportamento <strong>dos</strong> seus veículos, os utilizadores de grandes<br />
scooters, <strong>dos</strong> quais um de cada três são também motoristas, procuram acima<br />
de tudo o prazer de conduzir e o desportivismo.<br />
O Michelin Power Pure SC Radial está disponível em duas dimensões à venda<br />
no mercado europeu desde agosto de <strong>2012</strong>. 3<br />
Q&F comercializa<br />
jantes Lexani<br />
Sediada em Corona (Califórnia/EUA), a<br />
Lexani cedo se impôs na indústria de jantes<br />
de luxo com um conceito inovador no mercado:<br />
permitir ao cliente a sua total personalização.<br />
Para além de uma longa lista de modelos<br />
extremamente exclusivos, é possível<br />
dar um toque especial através do seu website<br />
revolucionário.<br />
Os seus padrões de qualidade são únicos. Recorrendo ao melhor alumínio e méto<strong>dos</strong><br />
de fabrico vanguardistas, a Lexani tornou-se uma referência nos EUA, contando<br />
já com um vasto leque de adeptos de Hollywood a requerer os seus produtos<br />
para tornar os seus veículos ainda mais exclusivos.<br />
Com medidas entre as 18” e 30”, certamente que o cliente encontrará aquele modelo<br />
especial para a sua viatura, seja carro, SUV ou Jipe.<br />
Relativamente à sua estrutura, a Lexani oferece jantes monobloco e tripartidas em<br />
alumínio, enquanto a Asanti, uma marca mais exclusiva do mesmo grupo, pauta-se<br />
por jantes em alumínio forjado, bipartidas ou tripartidas.<br />
Para mais informações, contacte a Q&F Lda (qflda.lxsite.com). 3<br />
Sópneus lança-se em nova área de<br />
negócio<br />
A Rhodas & Performance<br />
é o mais recente projeto<br />
do Grupo Sópneus. Criada<br />
com o objectivo de<br />
apresentar as melhores soluções<br />
aos seus clientes na<br />
compra ou troca de viatura,<br />
a Rhodas & Performance<br />
propõe-se a oferecer<br />
um conjunto de soluções<br />
integradas no que concerne a todo o processo de compra de uma viatura.<br />
Localizada na Maia, junto à loja Sópneus, esta nova área de negócio está pensada,<br />
segundo os seus responsáveis, para as necessidades <strong>dos</strong> seus clientes.<br />
“Para o cliente, este serviço integral faz todo o sentido, pois é em alturas de<br />
contexto económico menos favorável que o apoio à tomada de decisão, quer ao<br />
nível da escolha da viatura quer na melhor solução de financiamento, pode fazer<br />
a diferença”, salienta José Alves, responsável comercial por esta nova área de negócios.<br />
Além de apresentar um vasco leque de viaturas, a Rhodas & Performance oferecerá<br />
várias soluções de financiamento. 3<br />
10<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
Seja um só com seu pneu e o caminho será um só com você.
NOTÍCIAS<br />
Pesa<strong>dos</strong> da GE com Goodyear Dunlop<br />
A Goodyear Dunlop assinou um contrato de três anos com a divisão de "Serviços de<br />
equipamento" da General Electric (GE) que inclui o fornecimento de pneus para os 70.000<br />
atrela<strong>dos</strong> da frota da GE que circulam por toda a Europa. Este contrato representa um <strong>dos</strong><br />
acor<strong>dos</strong> mais importantes do setor, na Europa.<br />
A Goodyear Dunlop assiste assim à renovação do serviço conseguido em 2006, resultado<br />
do bom relacionamento entre as duas empresas bem como do desempenho positivo <strong>dos</strong><br />
pneus Goodyear e Dunlop e da qualidade <strong>dos</strong> serviços presta<strong>dos</strong>.<br />
Para além do fornecimento de pneus, o acordo contempla a gestão do serviço, tendo<br />
como ferramenta principal a FleetOnlineSolutions (FOS) da Goodyear. Este programa de<br />
gestão online está disponível para a Goodyear, para os clientes e para a rede de ambos, disponibilizando<br />
desde informação detalhada sobre os pneus à rede de serviços TruckForce,<br />
bem como da<strong>dos</strong> sobre o veículo. 3<br />
<strong>Pneus</strong> de soja? Goodyear diz que sim<br />
Testes realiza<strong>dos</strong> na fábrica da Goodyear,<br />
em Lawton (Oklahoma), permitiram descobrir<br />
que os componentes de borracha feitos a<br />
partir de óleo de soja se misturam melhor<br />
com a sílica utilizada na fabricação de pneus.<br />
Esta é uma melhoria que torna a fábrica<br />
mais eficiente, garantindo um consumo mais<br />
reduzido de energia e de emissões de gases de<br />
efeito estufa.<br />
Desta forma, o petróleo utilizado no fabrico<br />
de pneus pode ser reduzido até 26,5 milhões<br />
de litros por ano e a vida útil <strong>dos</strong> pneus<br />
pode aumentar até 10%.<br />
Os protótipos <strong>dos</strong> pneus fabrica<strong>dos</strong> em Lawton vão ser testa<strong>dos</strong> em San Angelo (Texas),<br />
nos próximos meses. Se os resulta<strong>dos</strong> forem positivos, a Goodyear espera que os consumidores<br />
passem a comprar pneus feitos com óleo de soja a partir de 2015. 3<br />
Vredestein aposta<br />
na produção de pneus<br />
agrícolas<br />
A Vredestein vai investir na sua fábrica holandesa de Enschede para<br />
aumentar a produção em mais de 50 por cento.<br />
A empresa diz que tem havido um aumento na procura de pneus<br />
agrícolas na Europa e que, por isso, espera já fazer estes investimentos<br />
em 2013.<br />
Os produtos Flotation Pro e flotation Trac e Traxion+ 65 series e<br />
Traxion XXL são aqueles que vão beneficiar mais com este acréscimo<br />
de produção.<br />
O investimento da empresa não será só para o aumento de produção.<br />
A Vredestein espera criar novos pneus com larguras superiores a<br />
850 mm e um diâmetro total de 2.15 metros. 3<br />
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12<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
NOTÍCIAS<br />
Bridgestone<br />
com Nissan Leaf em<br />
recorde de elétricos<br />
A Bridgestone foi o fornecedor da Nissan para<br />
mais um marco no que respeita à utilização de automóveis<br />
elétricos.<br />
Equipa<strong>dos</strong> com o Ecopia EP150, na medida<br />
205/55R16 91V , três Nissan Leaf concluíram uma<br />
viagem sem precedentes de 12.500 quilómetros<br />
percorrendo 10 países em 42 dias. "As condições da<br />
estrada e do tempo variaram muito ao longo do caminho,<br />
mas os pneus Ecopia foram perfeitos no pisos<br />
seco e molhado. A baixa resistência ao rolamento<br />
ajudou-nos a maximizar a distância que viajamos<br />
entre recargas", aponta Kevin Kooijman, um<br />
<strong>dos</strong> três condutores.<br />
Em 2010, a Nissan selecionou o Bridgestone<br />
Ecopia EP150 como equipamento de origem para<br />
o LEAF, o primeiro carro 100% eléctrico produzido<br />
em massa, votado para o Carro Europeu do<br />
Ano 2011. A Ecopia é a linha da eco-friendly da<br />
Bridgestone, tendo sido especialmente desenvolvida<br />
para proporcionar baixa resistência ao rolamento<br />
sem comprometer o desempenho geral do pneu,<br />
incluindo a segurança em piso molhado. 3<br />
Hankook com nova<br />
série para pesa<strong>dos</strong><br />
A Hankook apresentou a sua nova série de pneus<br />
radiais para pesa<strong>dos</strong>, a e-cube Max. Esta série é composta<br />
pelos modelos AL10+ para o eixo direcional, o<br />
DL10+ para o eixo de tracção e o TL10+ para o reboque.<br />
Os três novos desenhos foram desenvolvi<strong>dos</strong> com<br />
uma atenção na eficiência e sustentabilidade, questões cada vez mais importante no transporte de longo curso.<br />
Para isso, nos modelos para eixo direcional empregou-se a tecnologia de enrolamento em espiral da Hankook.<br />
Já o DL10+, para o eixo traseiro, apresenta uma nova solução nas ranhuras 3D com uma nervura profunda na sua<br />
base que une um ombro com o outro.<br />
Desta forma, o desgaste é regular, o que aumenta a quilometragem e proporciona aos pneus maior eficiência<br />
tecnológica. 3<br />
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Pirelli tem os pneus<br />
to<strong>dos</strong> classifica<strong>dos</strong><br />
De acordo com a legislação<br />
europeia da<br />
etiquetagem de pneus,<br />
a Pirelli já confirmou a<br />
classificação de to<strong>dos</strong><br />
os seus produtos, à<br />
frente <strong>dos</strong> quais está o<br />
Pirelli Cinturato P7<br />
Blue, com a classificação<br />
AA.<br />
Nas medidas até<br />
235 de largura, a resistência<br />
ao rolamento é<br />
da classe A, sendo nas larguras da banda de rolamento<br />
superiores da classe B.<br />
A gama Cinturato tem em média uma classificação<br />
B na distância de travagem em molhado.<br />
Toda a gama de pneus Pirelli UP ou UHP está classificada<br />
nas categorias A ou B, tanto na distância de travagem<br />
em molhado, como em eficiência energética.<br />
Quanto à sonoridade, a classificação é de duas ondas,<br />
cumprindo antecipadamente a normativa que estará<br />
em vigor em 2016. 3<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 13
NOTÍCIAS<br />
Etiqueta com limitações<br />
Segundo os especialistas da Goodyear,<br />
a etiqueta de pneus deveria reunir outros<br />
critérios chave como a estabilidade ou a<br />
aquaplanagem. Jean-Pierre Jeusette, diretor<br />
geral do Centro de Inovação da Goodyear<br />
no Luxemburgo, comenta:<br />
“A etiqueta apenas serve de ponto de<br />
partida para os consumidores e gestores<br />
de frotas que devem olhar para além desta<br />
informação e considerar outros critérios que afetam o rendimento geral de um<br />
pneu. Para colocar tudo em perspetiva, a Goodyear testa cerca de 50 fatores diferentes<br />
durante o processo de desenvolvimento <strong>dos</strong> pneus incluindo manobra em piso<br />
seco e molhado, estabilidade lateral e estabilidade a alta velocidade e outros pontos<br />
cruciais relaciona<strong>dos</strong> com a segurança como a resistência à aquaplanagem em curvas<br />
e em retas que também não são indicadas.”<br />
Por isso, a Goodyear aconselha os automobilistas a perguntar sobre mais detalhes<br />
<strong>dos</strong> pneus nas oficinas, em vez de esperarem que a etiqueta indique tudo o que precisam<br />
saber sobre os pneus que vão montar nas suas viaturas. 3<br />
Pirelli Lança<br />
Cinturato P7 Blue<br />
A Pirelli apresentou o novo Cinturato<br />
P7 Blue em Valência, o primeiro<br />
pneu a ser distinguido com uma classificação<br />
“AA” pelo novo regulamento<br />
europeu sobre etiquetagem de pneus.<br />
Com o Cinturato Blue, a Pirelli expande a sua linha de produtos premium e<br />
amplia a sua gama de pneus especializa<strong>dos</strong>, desenvolvi<strong>dos</strong> para satisfazer as necessidades<br />
cada vez mais diversificadas <strong>dos</strong> clientes.<br />
O novo pneu, criado para carros de média a alta potência, já está à venda e é<br />
uma evolução direta do Cinturato P7, o primeiro pneu do mundo ecológico e de<br />
alta performance.<br />
O novo Blue melhora a travagem em molhado até 2,6 metros em comparação<br />
com pneus de categoria B e diminui a resistência ao rolamento em 23% em comparação<br />
com pneus de categoria C. Estes resulta<strong>dos</strong> equivalem a uma poupança<br />
de 5,1% em combustível e de mais de 90 euros anualmente.<br />
A mais recente evolução na gama Cinturato foi induzida pela crescente procura<br />
de segurança e economia da parte <strong>dos</strong> automobilistas. O Blue foi criado em exclusivo<br />
para o mercado de substituição, em contraste com o Cinturato P7, que<br />
também foi concebido como equipamento de origem e que rapidamente se tornou<br />
a opção de referência para to<strong>dos</strong> os mais prestigia<strong>dos</strong> fabricantes de berlinas<br />
de média a alta potência. 3<br />
“Total performance" da Michelin<br />
A nova estratégia da marca francesa Michelin assenta no conceito Total Performance,<br />
segundo o qual é possível conjugar no mesmo pneu vários tipos de<br />
prestações diferentes e até opostas em certos casos. Com o lema "A Michelin não<br />
vende borracha, vende prestações" o fabricante pretende seduzir os potenciais<br />
clientes com a possibilidade de terem o melhor pneu para todas as situações,<br />
considerando que este é o único ponto de contacto do carro com a estrada, através<br />
do qual se pode manter o controlo direcional do veículo e manter a máxima<br />
tração e o máximo poder de travagem. Além de ser uma estratégia de marketing,<br />
Total Performance é também um guia do grupo para toda a actividade de I+D, o<br />
que já "obrigou" a renovar 80% das gamas de pneus da Michelin (Energy, Primacy,<br />
Pilot, Agilis, etc.), em menos de dois anos. Dentro do compromisso da máxima<br />
fiabilidade e prestações em relação aos seus clientes finais, Total Performance<br />
é a evolução lógica de uma marca que se quer manter no grupo da frente por<br />
muito tempo. 3<br />
Brembo líder nas redes sociais<br />
Com mais de 100.000 fãs no Facebook, a Brembo é a empresa de componentes<br />
automóvel mais popular em todo o Mundo. Não admira, porque quem gosta da<br />
Brembo é entusiasta de bons carros, do desporto automóvel e de bons travões. Para<br />
além de satisfazer to<strong>dos</strong> os seus fãs, a Brembo possui um site em seis idiomas, incluindo<br />
o chinês e o japonês, que recebeu a visita de um milhão de interessa<strong>dos</strong> durante<br />
2011, incluindo clientes, investidores, entusiastas da marca e meios de informação.<br />
Nas redes sociais, a marca Brembo está presente das principais redes, incluindo<br />
YouTube, Twiter e LinkedIn. Os motivos de interesse da página <strong>dos</strong> fãs<br />
Brembo são as novidades da marca, evoluções e tuning, para além de comentários<br />
<strong>dos</strong> mais diversos e pura conversa. Os mais dinâmicos podem entrar através do site<br />
nas competições motorizadas em que a Brembo está envolvida. Contudo, as redes<br />
sociais não são para a Brembo apenas marketing de primeira água. A marca aproveita<br />
to<strong>dos</strong> os comentários, queixas ou sugestões que aparecem nas redes sociais para<br />
ativar os seus mecanismos de atenção ao cliente e conseguir maior nível de satisfação<br />
de to<strong>dos</strong> e de cada um <strong>dos</strong> seus clientes. 3<br />
Liga UEFA roda com os pneus Hankook<br />
O poder mediático do futebol convenceu o fabricante coreano de pneus Hankook,<br />
que tem apostado de forma muito consistente e consequente no mercado europeu,<br />
a patrocinar a UEFA Europe League nos próximos três anos (<strong>2012</strong>/2015).<br />
Com este investimento em marketing desportivo, a Hankook passa a beneficiar de<br />
uma presença constante nos estádios de futebol e a consequente presença nos meios<br />
de informação, através das transmissões televisivas, para além de todas as referências<br />
à marca Hankook nos formatos habituais de comunicação da UEFA com a imprensa<br />
e os media. Este marketing ultrapassa largamente a Europa, que é o melhor negócio<br />
regional da Hankook, atingindo os adeptos de futebol de todo o Mundo, o que<br />
garante à marca um retorno publicitário enorme. 3<br />
Mitas com site de internet<br />
para Portugal<br />
A Mitas apresentou, no mês passado,<br />
a versão para Espanha e Portugal do seu<br />
site dedicado ao universo da marca,<br />
bem como os pneus da Continental<br />
para agricultura. A página pode ser encontrada<br />
em www.mitas-tyres.com e lá<br />
se encontra toda a informação detalhada<br />
do catálogo da empresa, da<strong>dos</strong> técnicos,<br />
conselhos de manutenção bem<br />
como as últimas notícias e novidades<br />
relacionadas com a empresa e próximos lançamentos. A Mitas lançou também<br />
uma loja virtual B2B a fim de agilizar as entregas aos distribuidores de pneus nos<br />
dois países ibéricos. 3<br />
14<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
ACONTECIMENTO<br />
10º Encontro Valorpneu<br />
Novo século, nova vida<br />
A Valorpneu acaba de comemorar o seu 10º ano de atividade ao serviço da gestão de pneus<br />
usa<strong>dos</strong>, tendo realizado para o efeito o seu 10º Encontro Anual<br />
O10º Encontro Anual da Rede da Valorpneu<br />
decorreu entre os dias 16 e 17 de <strong>Outubro</strong>, em<br />
Vila Nova de Gaia, no Hotel The Yeatman,<br />
junto ao rio Douro, sob o lema "10 anos a<br />
construir o futuro"<br />
Como é habitual foram reuni<strong>dos</strong> to<strong>dos</strong> os parceiros<br />
da Valorpneu, quer Pontos de Recolha, Transportadores,<br />
Valorizadores, quer outras entidades que direta ou<br />
indiretamente se relacionam com o sistema integrado<br />
de gestão de pneus usa<strong>dos</strong>.<br />
De igual forma, e à semelhança do que tem acontecido<br />
em Encontros anteriores, a Dra. Climénia Silva,<br />
Diretora Geral da Valorpneu, divulgou as mais recentes<br />
evoluções ocorridas no sistema, bem como as previsões<br />
para a conclusão do ano de <strong>2012</strong> e um balanço<br />
<strong>dos</strong> dez anos de existência da Valorpneu 2002-<strong>2012</strong>.<br />
Face aos da<strong>dos</strong> que foram apresenta<strong>dos</strong> há motivos<br />
de satisfação, tanto para a empresa, como para os produtores<br />
de resíduos de pneus e ainda para o meio ambiente,<br />
que acaba por ser o grande beneficiado pela<br />
correta gestão de pneus usa<strong>dos</strong>.<br />
As prendas não faltaram, sendo um novo logo da<br />
empresa, uma nova plataforma informática e novas<br />
ferramentas de comunicação, através das quais pretende<br />
afirmar cada vez melhor a sua missão, os seus objetivos<br />
e os seus projetos.<br />
Sendo um resíduo perigoso, o pneu usado tem impactos<br />
dramáticos e irreversíveis na água, nos solos,<br />
nos ecossistemas e na cadeia alimentar. Os mais velhos<br />
ainda se recordam perfeitamente <strong>dos</strong> pneus abandona<strong>dos</strong><br />
por to<strong>dos</strong> os la<strong>dos</strong> e que viajavam pelos cursos<br />
de água, ficando deposita<strong>dos</strong> nas margens destes e<br />
até nas praias, onde o mar os rejeitava. Foi muito tempo<br />
de enorme negligência.<br />
Disso não teve a Valorpneu a mínima responsabilidade,<br />
porque a legislação que criou condições para a<br />
recolha e valorização <strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong> (DL<br />
111/2001) foi imediatamente aproveitada para o lançamento<br />
do projeto, que em 2002 já se encontrava licenciado.<br />
Evolução do projeto<br />
Logo que houve condições legais e administrativas<br />
para avançar com o projeto da gestão integrada de<br />
pneus usa<strong>dos</strong>, que no fundo consiste em estabelecer a<br />
ponte entre os que produzem esses resíduos e os que<br />
ainda deles retiram valor económico, a iniciativa assumiu-se.<br />
Foi assim que nasceu em 2002 a Valorpneu, uma<br />
sociedade sem fins lucrativos em que participam a<br />
ACAP (60%), a APIB 20% e a ANIRP (20%). O objectivo<br />
era claramente não deixar o pneu usado cair literalmente<br />
na rua e processar a sua recolha e valorização,<br />
financiando essa atividade com o valor residual<br />
<strong>dos</strong> próprios pneus e com uma taxa ou ecovalor pago<br />
pelos produtores de pneus, ou seja, aqueles que lançam<br />
pneus novos no mercado.<br />
Além disso, porque a gestão de pneus usa<strong>dos</strong> é uma<br />
questão de cidadania, higiene, defesa do ambiente e<br />
um factor de implicações sócio-económicas, a Valorpneu<br />
assumiu ainda a responsabilidade da comunica-<br />
16<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
ACONTECIMENTO<br />
Climénia Silva, Diretora Geral da Valorpneu, fez um<br />
balanço <strong>dos</strong> 10 anos de atividade da Valorpneu<br />
Este ano, o Prémio Inovação Valorpneu, foi atribuído<br />
a Diogo André Pedro, aluno de Eng. Civil do IST<br />
Luis Aniceto, Gerente da José Aniceto & Irmão,<br />
falou do impacto do pneu nos consumidores<br />
José Carvalho, Diretor Geral da Biosafe, falou sobre<br />
o impacto na atividade de reciclagem de pneus<br />
Marco Marta, Diretor Geral da AVE, abordou o tema<br />
da utilização de pneus na valorização energética<br />
Elsa Nascimento, Gerente da Renascimento, deu<br />
a sua perspetiva enquanto ponto de recolha<br />
Rui Martins, Partner da Ernst & Young, falou do<br />
desempenho da Rede de Recolha<br />
Paulo Ribeiro, Partner da 3 Drivers, apresentou os<br />
Prémios Inovação Valorpneu <strong>2012</strong><br />
Hélder Pedro, Gerente da Valorpneu, encerrou o<br />
Encontro agradecendo a presença de to<strong>dos</strong><br />
ção e sensibilização com operadores do mercado e<br />
com os cidadãos em geral. Por outro lado, como o<br />
pneu usado tem várias utilizações com potencial económico<br />
e utilidade social, a Valorpneu ficou ainda<br />
com o encargo de promover e estimular a inovação<br />
(I+D), na área da valorização <strong>dos</strong> resíduos de pneus.<br />
Principais indicadores<br />
O volume total do fluxo de pneus usa<strong>dos</strong> é por si<br />
um indicador de eficiência, pois estão contabilizadas<br />
até ao momento 890 mil toneladas de pneus geri<strong>dos</strong><br />
pela Valorpneu, o que dá perto de 90.000<br />
toneladas/ano. Não fora a inflexão descendente do<br />
mercado provocada pela crise económica a partir de<br />
2007, já teríamos ultrapassado provavelmente um total<br />
de 1 milhão de toneladas neste momento. A eficiência<br />
da gestão do sistema está igualmente patente<br />
na taxa de recolha, que será de 112% no final do ano.<br />
Isso significa que a Valorpneu processa mais pneus do<br />
que aqueles que são declara<strong>dos</strong> pelos respectivos produtores,<br />
não sendo o excedente portanto financiado<br />
pelo ecovalor. Ecovalor esse que em dez anos apenas<br />
sofreu duas atualizações, apesar da instabilidade <strong>dos</strong><br />
custos que to<strong>dos</strong> reconhecem. Estamos assim em presença<br />
de um projeto sustentável a prazo, que é capaz<br />
de se auto financiar e desenvolver plenamente sem as<br />
habituais "esmolas" <strong>dos</strong> serviços públicos em Portugal.<br />
O excedente de pneus na recolha, relativamente<br />
ao total declarado, resulta de pneus não declara<strong>dos</strong> ao<br />
sistema integrado de gestão, com o intuito de "fugir"<br />
ao ecovalor, algo típico em certa classe de empreendedores<br />
portugueses, cujo sentido de cidadania e de<br />
cumprimento <strong>dos</strong> deveres sociais muito deixa a desejar.<br />
No entanto, há que ter em conta as existências fora<br />
de prazo e os pneus usa<strong>dos</strong> importa<strong>dos</strong> pela "porta do<br />
cavalo", algo igualmente típico de certos agentes económicos.<br />
Em termos de destinos <strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong>, em <strong>2012</strong><br />
iremos ter quase metade envia<strong>dos</strong> para a reciclagem<br />
(49,3%), o que significa que a vida útil do pneu terminou,<br />
mas não a vida útil <strong>dos</strong> seus materiais constituintes.<br />
A recauchutagem deverá alcançar os 18% do total<br />
<strong>dos</strong> pneus recolhi<strong>dos</strong>, enquanto que os reutiliza<strong>dos</strong><br />
diretamente são apenas 0,8% (650 toneladas). A valorização<br />
energética é outro destino em subida (31,9%),<br />
porque o pneu usado tem um valor energético semelhante<br />
ao carvão, sendo por isso procurado pelas indústrias<br />
que são grandes consumidores de energia.<br />
Inovar com resíduos<br />
Os Prémios Inovação da Valorpneu não constituem<br />
somente uma oportunidade de encontrar novas<br />
utilizações para os resíduos de pneus, sendo igualmente<br />
uma excelente ferramenta de divulgação do<br />
projeto de gestão de pneus usa<strong>dos</strong> e um estímulo para<br />
os departamentos de investigação de empresas e universidades.<br />
Prova disso são os quatro prémios já atribuí<strong>dos</strong>,<br />
qualquer deles com ideias que têm pernas para andar.<br />
Em 2009, o prémio foi para Carlos Eduardo Laginha<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 17
ACONTECIMENTO<br />
10º Encontro Valorpneu<br />
10 ANOS DE VIDA<br />
2003 - Após a constituição da Valorpneu e o seu licenciamento,<br />
o Sistema Integrado de Gestão de<br />
<strong>Pneus</strong> Usa<strong>dos</strong> (SGPU) estava pronto para arrancar.<br />
Surgiram assim os primeiros 11 postos de recolha<br />
de pneus usa<strong>dos</strong> (PR), que encaminhavam os resíduos<br />
para 2 recicladores e 1 valorizador energético.<br />
Havia entretanto 325 produtores regista<strong>dos</strong> e<br />
uma indústria de recauchutagem associada ao<br />
projeto.<br />
2004 / 2007 - Este é o verdadeiro período de consolidação<br />
da Valorpneu, tendo a empresa obtido a<br />
cobertura territorial completa, em 2006, a adesão<br />
da totalidade <strong>dos</strong> recauchutadores nacionais (33),<br />
em 2007 e uma rede de 49 pontos de recolha (PR),<br />
também em 2007. Os processos de auditoria aos<br />
produtores tinham começado em 2005 e em 2006<br />
surge um Manual de Normas para PR. Três novos<br />
valorizadores energéticos aderem ao sistema, ficando<br />
com um total de 4.<br />
2008 - A empresa obtém o segundo licenciamento<br />
e renova a imagem institucional. Neste ano, é<br />
lançado o Prémio de Inovação, destinado às melhores<br />
ideias sobre aproveitamento de pneus usa<strong>dos</strong>.<br />
Entretanto, a atividade <strong>dos</strong> postos de recolha<br />
de pneus usa<strong>dos</strong> passa a estar enquadrada por Relatórios<br />
de Desempenho e passa igualmente a haver<br />
Prémio de Desempenho para os PR, um claro<br />
estímulo à sua produtividade e eficiência. Um novo<br />
reciclador adere ao sistema.<br />
O 10º Encontro Valorpneu reuniu to<strong>dos</strong> os parceiros, quer Pontos de Recolha, Transportadores,<br />
Valorizadores, quer outras entidades direta ou indiretamente relacionadas com o SIGPU<br />
2009 - To<strong>dos</strong> os operadores da rede Valorpneu<br />
passam a estar enquadra<strong>dos</strong> por contratos entretanto<br />
negocia<strong>dos</strong> e a taxa de ecovalor é actualizada<br />
pela 1ª vez. Por outro lado, a adesão ao sistema é<br />
simplificada e desburocratizada.<br />
2010 / 2011 - O site da Valorpneu passa a dispor<br />
de uma área de denúncia anónima de fraudes relacionadas<br />
com pneus usa<strong>dos</strong> ("free riders"). São introduzi<strong>dos</strong><br />
Relatórios de Desempenho para o<br />
transporte e são publica<strong>dos</strong> no site da empresa os<br />
critérios para adesão de novos postos de recolha<br />
(PR). Os pontos de recolha passam a receber formação<br />
da ANIRP em critérios de triagem de pneus<br />
usa<strong>dos</strong>, ao mesmo tempo que avança o projeto de<br />
certificação ambiental <strong>dos</strong> operadores do sistema.<br />
É introduzido o sistema de avaliação de receção de<br />
pneus usa<strong>dos</strong> em dois distritos. Há um evidente esforço<br />
de qualificação da atividade.<br />
<strong>2012</strong> - No ano do 10º aniversário, a Valorpneu<br />
tem 1.370 produtores regista<strong>dos</strong> e o ecovalor é<br />
atualizado. Os relatórios <strong>dos</strong> operadores passam a<br />
incluir novos indicadores de controlo. Este está a<br />
ser o ano de reforço da comunicação, tendo a Valorpneu<br />
organizado uma Exposição <strong>dos</strong> Prémios<br />
de Inovação obti<strong>dos</strong> até agora (Lisboa/Setembro).<br />
(Universidade de Évora), que propõe a transformação<br />
<strong>dos</strong> resíduos de pneus em carvões ativa<strong>dos</strong>. Estes últimos<br />
são produtos de elevado valor acrescentado, sendo<br />
utiliza<strong>dos</strong>, por exemplo, nos filtros de habitáculo<br />
das viaturas e nas máscaras profissionais <strong>dos</strong> pintores,<br />
entre outros.<br />
Já em 2010, o prémio coube a Ana Arribas e Cátia<br />
Fernandes (Instituto Politécnico de Bragança), que<br />
conceberam um "Labirinto de <strong>Pneus</strong>", na prática uma<br />
instalação urbana que permite aos utentes verificarem<br />
e exercitarem as suas capacidades de orientação e de<br />
geoposicionamento lógico. No ano passado (2011), o<br />
prémio inovação da Valorpneu ficou para Filipe Valadares<br />
e Miguel Bravo (Instituto Superior Técnico - Lisboa),<br />
que desenvolveram um novo tipo de betão com<br />
borracha, tirando assim partido das qualidades de isolamento<br />
térmico e acústico <strong>dos</strong> resíduos de pneus.<br />
Neste ano <strong>2012</strong>, o prémio foi atribuído a Diogo<br />
André Pedro, aluno de Eng Civil do IST, com o projeto<br />
“Desempenho de argamassas com materiais finos<br />
provenientes da trituração de pneus”. O projeto consiste<br />
em encontrar soluções que, para além de aproveitarem<br />
a resistência mecânica conferida pelos materiais<br />
cimentícios, consigam também incrementar nas argamassas<br />
características de ductilidade. Este novo reboco<br />
pretende ser uma alternativa a revestimento de paredes.<br />
Aderentes ao SGPU<br />
Os produtores aderentes ao Sistema Integrado de<br />
Gestão de <strong>Pneus</strong> Usa<strong>dos</strong> têm vindo a aumentar regularmente<br />
ao longo do tempo, o que demonstra que as<br />
pessoas acreditam no projeto e já comprovaram a sua<br />
eficiência e idoneidade. No início (2003), eram apenas<br />
325 os produtores regista<strong>dos</strong>, mas no ano passado<br />
eram já 1.290, estando este ano previsto um total de<br />
1.370. São estes produtores que pagam o ecovalor por<br />
Diogo Pedro recebeu<br />
das mãos de Ana Sofia<br />
Vaz, da Agência<br />
Portuguesa do<br />
Ambiente, o Prémio<br />
Inovação Valorpneu<br />
<strong>2012</strong>.<br />
cada unidade nova lançada no mercado, permitindo à<br />
Valorpneu financiar o fluxo de recolha e valorização<br />
<strong>dos</strong> pneus usa<strong>dos</strong> em Portugal. Esse financiamento é<br />
complementado pela venda <strong>dos</strong> resíduos de pneus<br />
com valor económico, o que permite equilibrar as<br />
contas, sem pesar excessivamente nos custos de comercialização<br />
<strong>dos</strong> pneus novos. Está assim criado o<br />
enquadramento económico e financeiro da atividade<br />
de gestão de pneus usa<strong>dos</strong>, que já demonstrou ser eficiente<br />
e sustentável.<br />
Em termos das origens de pneus usa<strong>dos</strong>, 70% são<br />
como seria de esperar empresas ligadas ao comércio e<br />
distribuição de pneus, retalhistas de peças auto, comércio<br />
de automóveis e oficinas de reparação e manutenção<br />
automóvel. De qualquer modo, o abandono<br />
de pneus na via pública ou em qualquer outro local<br />
inadequado é legalmente punível, sendo um crime<br />
contra o ambiente e a saúde pública, para além de outros<br />
riscos eventuais e do atentado estético em relação<br />
à paisagem expectável. 3<br />
18<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
LIVE WELL. DRIVE WELL. PRIMEWELL.<br />
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DOSSIER<br />
<strong>Pneus</strong> OTR<br />
Pesos pesa<strong>dos</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong><br />
Do bom desempenho de um pneu OTR depende a rentabilidade de uma determinada operação,<br />
seja na construção de uma estrada, num porto ou numa mina. Por isso o segmento <strong>dos</strong> pneus<br />
OTR não é para to<strong>dos</strong> e só alguns nele querem e podem estar a trabalhar<br />
Ocusto inerente a um pneu OTR pode ascender<br />
a uns largos milhares de euros. A relação entre<br />
o custo do pneu e a função que ele tem que<br />
desempenhar é pois muito importante tendo<br />
em conta o tipo de trabalho que o mesmo irá ter que<br />
desempenhar.<br />
Apesar de também neste segmento existir a invasão<br />
chinesa e também de produtos Budget, nem por isso<br />
este mercado continua a ser dominado pelas grandes<br />
marcas, que têm a capacidade de construir pneus de<br />
qualidade em função das características do trabalho<br />
que os mesmos vão fazer, como fazem todo um<br />
acompanhamento técnico e de informação do cliente,<br />
que é fundamental para o mesmo tirar a máximo rentabilidade<br />
<strong>dos</strong> pneus OTR.<br />
São várias os segmentos de mercado onde os pneus<br />
OTR são comercializa<strong>dos</strong>. Minas, estaleiros, obras públicas,<br />
portos de embarque, entre outros, exigem uma<br />
grande especialização e conhecimento aos diferentes<br />
operadores de mercado.<br />
Mercado<br />
Tal como em muitos outros merca<strong>dos</strong>, também no<br />
segmento <strong>dos</strong> pneus OTR os números são em parte<br />
trabalha<strong>dos</strong> em função das necessidades e interesses<br />
de cada operador deste negócio. Quase ninguém gosta<br />
de falar <strong>dos</strong> valores envolvi<strong>dos</strong> na transação deste<br />
tipo de pneus, como poucos são aqueles que nos dão<br />
uma perspetiva <strong>dos</strong> números de vendas que os pneus<br />
de OTR atingem no mercado português.<br />
Uma coisa é para já certa, muitos <strong>dos</strong> negócios associa<strong>dos</strong><br />
aos pneus OTR são para exportação para outros<br />
merca<strong>dos</strong> (nomeadamente África). Quer isto dizer<br />
que apesar de fatura<strong>dos</strong> no nosso mercado esses<br />
pneus não irão operar em Portugal.<br />
Parece evidente que o mercado em Portugal desceu<br />
bastante. As razões são facilmente compreensíveis<br />
quando vemos que muitas obras públicas foram canceladas.<br />
A adjudicação de obras públicas por parte do<br />
Governo tem um efeito catalisador em diversos merca<strong>dos</strong>,<br />
sendo um deles o <strong>dos</strong> pneus OTR.<br />
Com o mercado tão restringido, por via da crise<br />
económica e financeira de Portugal, o fator preço passou<br />
a ser um <strong>dos</strong> fatores de análise mais importantes<br />
(não o único) nos pneus OTR. Mesmo assim, não são<br />
muitos os operadores que se aventuram neste negócio,<br />
contando-se pelos de<strong>dos</strong> das mãos os retalhistas que<br />
verdadeiramente são especializa<strong>dos</strong> neste negócio.<br />
Também não existem muitas marcas de <strong>Pneus</strong> OTR<br />
em Portugal, mas o produto de baixo custo tem vindo<br />
a ganhar alguma relevância num determinado tipo de<br />
clientes. Obviamente que as marcas premium continuam<br />
a operar neste negócio e a apostar nele, considerando<br />
que se trata de um negócio global, em que o<br />
pneu é apenas um <strong>dos</strong> componentes do serviço que<br />
prestam ao cliente.<br />
O que também não se sabe é quantas máquinas e<br />
equipamentos, que usam este tipo de pneus, existem<br />
em Portugal. Estimam-se alguns valores, entre 5.000 e<br />
10.000, num parque que tem uma idade média superior<br />
aos 10 anos de idade.<br />
20<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
DOSSIER<br />
PERGUNTAS<br />
1Como caracteriza o<br />
mercado <strong>dos</strong> pneus OTR<br />
em Portugal (em termos<br />
de operadores, oferta,<br />
etc)?<br />
2Quais os factores que mais<br />
contribuem para a venda<br />
de pneus OTR (preço,<br />
marca, acompanhamento<br />
técnico / comercial, etc)?<br />
3Geograficamente, onde<br />
mais se vendem pneus de<br />
OTR?<br />
4Quais as ameaças e as<br />
oportunidades para o<br />
retalho que comercializa<br />
pneus OTR?<br />
5Em número de unidades<br />
vendidas, quanto vale na<br />
sua opinião o mercado de<br />
pneus OTR em Portugal? É<br />
um mercado que tem vindo<br />
a crescer ou a diminuir?<br />
Porquê?<br />
6Como vai evoluir no futuro<br />
o negócio <strong>dos</strong> pneus OTR<br />
em Portugal?<br />
Telmo Montenegro<br />
Bridgestone<br />
31 O Mercado Português de pneus de Engenharia<br />
Civil está altamente especializado. Em termos europeus<br />
estamos no TOP 5 <strong>dos</strong> países com mais exigência<br />
técnica e conhecimento de produto. Pelo facto de existir<br />
em Portugal grandes grupos de construtores que<br />
operam internacionalmente as exigências e conhecimentos<br />
nesta aréa são extremamente elevadas.<br />
32 O factor primordial é performance! O elevado<br />
conhecimento de pneus OTR por parte do consumidor<br />
final, faz com que fatores como custo por hora, resistência<br />
a aquecimento ou cortes (e muitos outros fatores),<br />
sejam essenciais. Desta forma, uma equipa altamente<br />
especializada e capaz de atender a estas<br />
necessidades são fulcrais.<br />
3 Em todo o território nacional (ilhas incluído).<br />
34 , 35 e 36 Não respondeu<br />
Rui Miguel Chorado<br />
Dispnal <strong>Pneus</strong><br />
31 Atualmente em qualquer tipo de mercado existe<br />
um vasto leque de operadores e também de ofertas.<br />
Contudo, trata-se de um mercado vocacionado para<br />
profissionais, com dois tipos de oferta; marcas de 1.ª<br />
linha e pneus de diversas origens, estes dois tipos de<br />
oferta distinguem-se pela particularidade das suas características.<br />
32 Os fatores que mais contribuem para a venda de<br />
pneus OTR são, o preço e a marca, pela relação que to<strong>dos</strong><br />
conhecemos, qualidade versus preço. Embora, o<br />
acompanhamento técnico e comercial também seja<br />
importante, visto que estarmos falar de pneus com características<br />
específicas e que necessitam de assistência<br />
para a montagem/manutenção.<br />
Não existem muitas marcas<br />
de pneus OTR, mas o<br />
produto de baixo custo tem<br />
vindo a ganhar relevância<br />
num determinado tipo de<br />
clientes<br />
Daniel Camacho<br />
Goodyear<br />
31 O mercado atualmente está focalizado nos negócios<br />
de volume (Export) e nos negócios relaciona<strong>dos</strong><br />
com as atividades portuárias.<br />
Existem poucos operadores OTR especializa<strong>dos</strong> e<br />
com valor acrescentado para serviço e venda, o seu suporte<br />
tem como base o próprio conhecimento aliado<br />
à sua experiência e o apoio das principais marcas.<br />
As marcas Budget estão em implementação, com<br />
uma oferta assente no preço para combater as necessidades<br />
de manter o negócio local em andamento.<br />
32 Apesar da crise os principais usuários valorizam o<br />
acompanhamento técnico prestado pelas principais<br />
marcas e operadores especializa<strong>dos</strong>, de acordo com a<br />
obtenção de um melhor custo / hora, seguindo a ideia<br />
“Pneu certo para o serviço”.<br />
Com to<strong>dos</strong> os segmentos dentro do mercado OTR<br />
em crise, tem vindo a ser evidente que o fator preço<br />
das marcas Budget ganhou um peso significativo.<br />
3 Onde mais se vendem pneus de OTR é na região<br />
da Grande Lisboa e do Grande Porto.<br />
34 Uma das mais importantes ameaças é a redução<br />
do investimento público, como também o endividamento<br />
provocado pelos largos prazos de cobrança que<br />
geram por vezes incumprimento e dificuldades de cobrança.<br />
Uma clara oportunidade é a especialização<br />
neste segmento, dado tratar-se de um produto muito<br />
profissional. Outra oportunidade é a focalização <strong>dos</strong><br />
empresários em negócios de exportação.<br />
35 O mercado de pneus OTR em Portugal vale cerca<br />
de 4.000 unidades. Existe uma tendência geral para<br />
um ligeiro decréscimo, sendo que é um mercado muito<br />
volátil e influenciado por operações de exportação.<br />
Curiosamente a segunda metade do ano apresenta um<br />
tendência de crescimento<br />
36 Na minha opinião vai haver um crescimento de<br />
alguns sectores (Portos / Minas Subterrânias, por<br />
exemplo), grande peso nas exportações e decréscimo<br />
evidente na exploração e obras públicas.<br />
3 A zona onde se vendem mais pneus de Engenharia<br />
em Portugal será provavelmente a Zona Norte e<br />
Centro, embora uma grande percentagem <strong>dos</strong> pneus<br />
vendi<strong>dos</strong> se destine à exportação.<br />
34 Ameaças: Atual situação económica, a estagnação<br />
do sector da Construção Civil em Portugal.<br />
Oportunidades: Capacidade de resposta imediata,<br />
obviamente com preço competitivo e stock disponível.<br />
35 Em Portugal o mercado de pneus OTR representa<br />
uma percentagem reduzida, relativamente ao restante<br />
mercado de <strong>Pneus</strong>.<br />
Podemos constatar que o mercado de pneus OTR<br />
têm vindo a aumentar quanto às exportações, já o consumo<br />
interno irá diminuir devido à estagnação do<br />
mercado da construção.<br />
36 Durante os próximos anos, os negócios de<br />
pneus OTR em Portugal poderá evoluir dependendo<br />
ou não da retoma das grandes obras de construção.<br />
Caso essa retoma não se verifique, teremos provavelmente<br />
um aumento das exportações para os PALOPS.<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 21
DOSSIER<br />
<strong>Pneus</strong> OTR<br />
1Questão<br />
Como caracteriza o<br />
mercado <strong>dos</strong> pneus OTR<br />
em Portugal (em termos de<br />
operadores, oferta, etc)?<br />
produtos, bem como o permanente espírito de inovação<br />
e reinvenção do negócio e da forma de lhe dar<br />
vida, constituem fatores, mais do que nunca, críticos<br />
de sucesso. A atual conjuntura económica, tem-se revelado<br />
uma verdadeira oportunidade para os produtos<br />
do Segmento Económico e para quem aposta na sua<br />
comercialização.<br />
35 Nos últimos três anos, o mercado Português de<br />
pneus OTR tem oscilado entre as 10.800 e as 9.350<br />
unidades. No somatório <strong>dos</strong> segmentos, o mercado<br />
tem registado uma quebra, mais acentuada em 2010.<br />
No entanto, o segmento Económico <strong>dos</strong> pneus OTR,<br />
tem registado um crescimento assinalável e sustentado<br />
das vendas ano após ano. Estou seguro que o segmento<br />
Económico tem conquistado quota de mercado significativa<br />
em Portugal, nos últimos anos em geral e,<br />
nos últimos 18 meses em particular.<br />
A este facto não são alheios dois fatores preponderantes,<br />
por um lado a grande evolução da qualidade<br />
<strong>dos</strong> produtos das marcas económicas mais conceituadas,<br />
por outro, o ambiente de recessão que afeta a Europa<br />
em geral e a Península Ibérica em particular. No<br />
entanto, teremos de tentar compreender até que ponto<br />
não estarão os hábitos de consumo em transformação<br />
no longo prazo. Recordo que em Inglaterra, o segmento<br />
económico <strong>dos</strong> pneus de turismo, já representava<br />
mais de 50% do total do mercado nos i<strong>dos</strong> anos<br />
90. Claramente matéria a rever.<br />
36 O mercado <strong>dos</strong> pneus OTR vai ter uma evolução<br />
em linha com o ciclo económico que vivemos.<br />
Neste sentido, as empresas Portuguesas de Obras Publicas<br />
continuarão a ganhar concursos no estrangeiro e<br />
continuarão a comprar pneu OTR em Portugal. O sector<br />
mineiro promete desenvolvimentos a médio prazo.<br />
As relações comerciais de Portugal com os PA-<br />
3<br />
2Questão<br />
Quais os factores que<br />
mais contribuem para a<br />
venda de pneus OTR<br />
(preço, marca,<br />
acompanhamento<br />
técnico / comercial,<br />
etc)?<br />
Questão<br />
Geograficamente, onde<br />
mais se vendem pneus<br />
de OTR?<br />
Luís Martins<br />
Grippen Whells<br />
31 O mercado <strong>dos</strong> pneus OTR tem as suas particularidades.<br />
Não é, do ponto de vista económico e logístico,<br />
um mercado tão acessível como o mercado <strong>dos</strong><br />
pneus de turismo. Desta realidade resulta um menor<br />
número de Importadores com “presença física” em<br />
Portugal. Temos, por um lado, os Importadores cujo<br />
capital social é detido pelo fabricante (normalmente<br />
comercializando produtos de preço elevado) e, por<br />
outro lado, os Importadores independentes que comercializam<br />
marcas económicas. Desta forma, temos<br />
em Portugal, uma oferta completa e vasta, ao nível <strong>dos</strong><br />
merca<strong>dos</strong> mais competitivos do mundo.<br />
32 A Gripen Wheels teve sempre no seu ADN um<br />
posicionamento muito claro relativamente aos seus<br />
merca<strong>dos</strong> alvo. O segmento Económico (Budget) <strong>dos</strong><br />
produtos destina<strong>dos</strong> a um consumo profissional tem<br />
sido e, continuará a ser parte integrante da nossa oferta<br />
de base. Somos, e queremos continuar a ser, os especialistas<br />
Europeus <strong>dos</strong> pneus Económicos de Engenharia<br />
Civil, Industriais, Pesa<strong>dos</strong>, Florestais, Agrícolas,<br />
etc. Sempre que um cliente pensar num pneu Económico<br />
de Engenharia Civil, num pneu Económico Industrial,<br />
num pneu Económico Florestal, num pneu<br />
económico Pesado… Queremos que pense na Gripen<br />
Wheels. Este enfoque no preço significa que confiamos<br />
na qualidade <strong>dos</strong> nossos produtos, na eficácia do<br />
nosso Serviço Pós-Venda, na capacidade de darmos<br />
sempre o melhor aconselhamento técnico aos nossos<br />
clientes e, assegurarmos, sempre, o maior profissionalismo<br />
no atendimento das suas necessidades e as mais<br />
elevadas taxas de rentabilidade na distribuição e comercialização<br />
<strong>dos</strong> nossos produtos.<br />
3 Em Portugal, o local de venda, para o Importador,<br />
não está diretamente relacionado com o local do<br />
consumo. O local de consumo, de per si, também vai<br />
sofrendo variações significativas em função da localização<br />
geográfica das grandes obras públicas.<br />
34 O sector <strong>dos</strong> pneus em geral, atravessa um período<br />
delicado e, devo sublinhar que estou a tentar falar<br />
com delicadeza sobre a dimensão do problema. Naturalmente<br />
que existem empresas com maior e menor<br />
grau de resistência aos perío<strong>dos</strong> menos favoráveis.<br />
Nesta altura de retração <strong>dos</strong> consumos priva<strong>dos</strong> e públicos,<br />
devemos to<strong>dos</strong> os diferentes intervenientes no<br />
negócio, mesmo to<strong>dos</strong>, diretos e indiretos, zelar pelo<br />
“prato onde comemos a sopa”. Um mercado em retração<br />
não é bom para ninguém, ainda que possa beneficiar<br />
determinadas estratégias e/ou posicionamentos de<br />
preços, em detrimento de outras e/ou outros. Vivemos<br />
um período da máxima exigência no que diz respeito<br />
às nossas competências na gestão <strong>dos</strong> nossos negócios.<br />
A procura de novos merca<strong>dos</strong> (internos e externos),<br />
de novos clientes, de novos serviços e de novos<br />
LOPS terão que continuar a evoluir no sentido de desenvolvermos<br />
um verdadeiro mercado de “Eixo<br />
Atlântico” que, beneficiará, com toda a certeza, os<br />
operadores que tiverem as competências de gestão necessárias<br />
ao desenvolvimento de estratégias de internacionalização<br />
vencedoras.<br />
Filipe Brito<br />
Mitas-Tyres<br />
31 Em comparação com outros, o mercado de<br />
pneus OTR tem bastante menos revendedores. Existe<br />
uma grande variedade de marcas mas são comercializadas<br />
por menos empresas distribuidoras.<br />
32 Neste segmento os clientes mais profissionais<br />
dão mais valor à marca e acompanhamento técnico<br />
do que ao preço. Estes clientes valorizam o rendimento<br />
final de um pneu em vez do preço baixo de compra<br />
que raramente significa rendimento no final de vida<br />
do pneu.<br />
3 Os pneus OTR vendem-se um pouco por todo<br />
o país. Onde houverem máquinas a trabalhar vendemse<br />
pneus deste segmento<br />
34 Neste momento as empresas distribuidoras de<br />
pneus têm tentado ampliar a gama de produtos que<br />
comercializam. Isso significa que estas empresas irão<br />
tentar entrar em segmentos como o agrícola e o industrial<br />
como se têm destacado no mercado nacional.<br />
35 Segundo as estatísticas oficiais e não contabilizando<br />
as marcas que não fornecem as suas vendas para<br />
o mercado europeu, como as asiáticas por exemplo,<br />
atualmente o mercado de pneus OTR andará à volta<br />
de 4.000 e 5.000 pneus vendi<strong>dos</strong>.<br />
O consumo nacional de pneus OTR tem vindo a<br />
baixar significativamente devido ao cortes nas obras<br />
públicas. Felizmente os números das vendas têm-se<br />
mantido regulares devido às exportações deste tipo de<br />
pneus para os PALOPs.<br />
36 É complicado definir o futuro deste segmento<br />
devido à atual conjuntura económica que fez com que<br />
se paralisasse as obras públicas. Até conseguirmos uma<br />
22<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
DOSSIER<br />
35 Não possuímos estatísticas fidedignas que nos<br />
permitam indicar o número de unidades vendidas. É<br />
voz corrente que o mercado diminuiu. Pelo nosso<br />
lado o último ano foi de crescimento em BKT.<br />
36 Pensamos que durante <strong>2012</strong>, o mercado terá tendência<br />
para o não crescimento, fruto <strong>dos</strong> fatores indica<strong>dos</strong>.<br />
Pablo Escribano Gutiérrez<br />
Michelin<br />
31 O mercado de pneus OTR é um mercado que se<br />
canaliza fundamentalmente através de distribuidores<br />
especialistas de pneus, e que devido à sua dimensão e<br />
localização só está a ser trabalhado por um conjunto<br />
muito limitado de atores.<br />
Portugal não é exceção a esta regra, e os requisitos<br />
quanto a competências e formação necessária para a<br />
sua comercialização e manipulação, fazem com que<br />
uma percentagem muito grande do mercado está nas<br />
mãos de não mais do que 3 a 4 empresas que abarcam<br />
todo o território.<br />
A oferta está repartida em três marcas conhecidas,<br />
como são a Michelin, Bridgestone e Goodyear e depois<br />
uma série de marcas “budget” procedentes do<br />
mercado asiático.<br />
32 O primeiro fator a considerar nos pneus OTR é a<br />
qualidade e as prestações. As exigências em todo o tipo<br />
de utilizações, é muito superior ao que se pode encontrar<br />
nos restantes tipos de pneus. O impacto que tem<br />
para a produtividade de qualquer empresa a imobilização<br />
de máquinas industriais será sempre superior à<br />
poupança que se consegue se não se considerar a qualidade<br />
neste tipo de pneus.<br />
Além do produto, o perfil do cliente OTR e as suas<br />
exigências tornam cada vez mais imprescindível o<br />
4Questão<br />
Quais as ameaças e as<br />
oportunidades para o<br />
retalho que comercializa<br />
pneus OTR?<br />
5Questão<br />
Em número de unidades<br />
vendidas, quanto vale na<br />
sua opinião o mercado<br />
de pneus OTR em<br />
Portugal? É um mercado<br />
que tem vindo a crescer<br />
ou a diminuir? Porquê?<br />
6Questão<br />
Como vai evoluir no<br />
futuro o negócio <strong>dos</strong><br />
pneus OTR em<br />
Portugal?<br />
retoma económica os números continuarão seguramente<br />
a descer.<br />
Luís Aniceto<br />
S. José Logística de <strong>Pneus</strong><br />
31 O mercado de pneus OTR em Portugal é um<br />
mercado onde estão presentes todas as principais marcas,<br />
bem como outras menos conhecidas neste subsector,<br />
que, com um menor preço, vão ao encontro da escolha<br />
do consumidor que pretende um pneu com<br />
uma boa relação preço/qualidade com menos investimento.<br />
Há marcas representadas diretamente e através<br />
de importadores/distribuidores. Pelo nosso lado, a<br />
S.José com a BKT possui um stock e uma logística capaz<br />
de assegurar todas as necessidades do mercado.<br />
32 O principal fator que contribui para a venda deste<br />
tipo de pneus é a relação preço/qualidade e a disponibilidade<br />
de entrega. Importante é depois o acompanhamento<br />
e aconselhamento técnico. Há ainda tipos<br />
de utilização, de que destaco os “pneus de porto”, em<br />
que a qualidade do pneu BKT é já largamente reconhecida,<br />
e onde já tem uma grande presença no mercado.<br />
Pelo conjunto destes fatores tem vindo a S.José Logística<br />
de <strong>Pneus</strong>, com a BKT, a conquistar presença<br />
neste segmento do mercado português, e embora a<br />
marca seja mais conhecida no mercado na vertente<br />
agroindustrial, temos vindo paulatinamente a reforçar<br />
a presença também neste segmento <strong>dos</strong> pneus fora de<br />
estrada.<br />
3 Em Portugal vendem-se pneus OTR em todas as<br />
regiões, dependendo <strong>dos</strong> tipos de aplicação, naturalmente.<br />
34 Sem dúvida que a maior ameaça é a situação de<br />
estagnação da Construção e das Obras Públicas que se<br />
vive em Portugal. A oportunidade surgirá na necessidade<br />
do consumidor estar mais aberto a uma marca<br />
que é uma novidade neste segmento, como a BKT,<br />
analisando as performances propostas, permitindonos<br />
aumentar a quota de mercado de que já dispomos.<br />
acompanhamento por parte <strong>dos</strong> responsáveis técnicocomerciais<br />
capazes de dar o melhor conselho e fazer o<br />
seguimento do pneu para que se possa tirar o máximo<br />
rendimento.<br />
A atenção ao cliente, a técnica, o comércio, a gestão<br />
do negócio, a imagem… são áreas de trabalho em que<br />
a Michelin está disponibilizando ferramentas que ajudam<br />
o distribuidor a aumentar o seu profissionalismo<br />
e os seus conhecimentos sobre o sector.<br />
A crise, a falta de financiamento e de liquidez deixou<br />
um espaço para as marcas “Budget”, mas independentemente<br />
disso, o fator diferenciador nunca será o<br />
preço.<br />
3 As zonas com maior procura de pneus OTR em<br />
Portugal encontram-se como é normal, pelo potencial<br />
e pela atividade, na zona de Lisboa e sua periferia.<br />
Também o sector das minas tem uma zona importante<br />
no Alentejo e no Fundão. Como menos potencial,<br />
mas igualmente importante é a zona em redor de Penafiel.<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 23
DOSSIER<br />
<strong>Pneus</strong> OTR<br />
Parece evidente que o<br />
mercado desceu. As<br />
razões são facilmente<br />
compreensíveis quando<br />
vemos que muitas obras<br />
públicas pararam<br />
PERGUNTAS<br />
1Como caracteriza o<br />
mercado <strong>dos</strong> pneus OTR<br />
em Portugal (em termos<br />
de operadores, oferta,<br />
etc)?<br />
2Quais os factores que mais<br />
contribuem para a venda<br />
de pneus OTR (preço,<br />
marca, acompanhamento<br />
técnico / comercial, etc)?<br />
3Geograficamente, onde<br />
mais se vendem pneus de<br />
OTR?<br />
4Quais as ameaças e as<br />
oportunidades para o<br />
retalho que comercializa<br />
pneus OTR?<br />
5Em número de unidades<br />
vendidas, quanto vale na<br />
sua opinião o mercado de<br />
pneus OTR em Portugal? É<br />
um mercado que tem vindo<br />
a crescer ou a diminuir?<br />
Porquê?<br />
6Como vai evoluir no futuro<br />
o negócio <strong>dos</strong> pneus OTR<br />
em Portugal?<br />
GOODYEAR DUNLOP TIRES<br />
PORTUGAL<br />
Localização da sede<br />
Alfragide – Amadora<br />
Responsável pneus OTR Daniel Camacho (Manager Iberia)<br />
Fernando Rocha (Comercial Portugal)<br />
Contacto (telefone) +351 915 500 025<br />
Nº de comerciais / técnicos / vendedores 1<br />
Principais marcas de pneus OTR<br />
Goodyear / Dunlop<br />
Segmentos de mercado<br />
To<strong>dos</strong><br />
Gama e medidas<br />
Gama Completa<br />
Tem stock de pneus OTR em Portugal<br />
n.d.<br />
Localização do Armazém<br />
Alcalá - Madrid<br />
Período máximo de entrega<br />
48 Horas<br />
Nº médio de pneus OTR em stock (2011) n.d.<br />
Número de pneus OTR vendi<strong>dos</strong> (2011)<br />
n.d.<br />
Pontos fortes da gama de pneus OTR:<br />
1º - Qualidade;<br />
2º Acompanhamento técnico;<br />
3º Disponibilidade de produto;<br />
4º Preço;<br />
5º Diversidade de gama<br />
34 As maiores ameaças encontram-se nas dificuldades<br />
de cobrança e na falta de atividade por causa da crise,<br />
por outro lado as margens com que se trabalha neste<br />
sector. Neste sentido a qualidade do serviço joga<br />
aqui um papel fundamental já que os especialistas de<br />
pneus têm como negócio a venda do serviço em redor<br />
do pneu, e este aspeto é pouco valorizado em muitas<br />
ocasiões.<br />
Os clientes exigem cada vez mais, fornecedores profissionais<br />
que são capazes de compreender o seu trabalho<br />
e satisfazer as suas necessidades. Neste contexto, os<br />
distribuidores de pneus especialistas necessitam de<br />
adaptar-se, evoluir e diferenciar-se da distribuição mais<br />
generalista.<br />
A Michelin aposta nestes distribuidores e quer contribuir<br />
para o seu profissionalismo, partilhando com<br />
eles uma experiência de muitos anos, fomentando<br />
uma estreita colaboração entre ambos. Esta é a essência<br />
das parcerias que estamos desenvolvendo.<br />
O Michelin Earthmover Professionals (MEP) é um<br />
programa de parceria da Michelin, em toda a Europa,<br />
que se dirige aos especialistas do pneu GC comprometi<strong>dos</strong><br />
com o profissionalismo, a formação especializada<br />
e a qualidade de serviço aos clientes.<br />
O sector da construção e obras públicas está atravessando<br />
um momento delicado. O mercado é cada vez<br />
mais exigente pelo que só os que ofereçam um valor<br />
acrescentado claramente percebido pelos clientes terão<br />
garantida a continuidade do negócio.<br />
Beseando-se numa estreita colaboração entre fabricante<br />
e distribuidor, Michelin Earthmover Professionals,<br />
tem como objetivo converter-se numa referência<br />
de serviço e profissionalismo no âmbito do pneu de<br />
OTR. Pretendemos que os distribuidores MEP sejam<br />
verdadeiros colaboradores <strong>dos</strong> clientes, próximos, especializa<strong>dos</strong><br />
e forma<strong>dos</strong> para lhes oferecer produtos e<br />
serviços de qualidade que os ajudem a melhorar a sua<br />
rentabilidade.<br />
35 O volume total de mercado declarado de pneus<br />
OTR para Portugal é de 1.903 unidades no ano de<br />
2011, ao qual temos que somar cerca de 18% mais de<br />
pneus não declara<strong>dos</strong><br />
que são provenientes<br />
do mercado asiático.<br />
Em <strong>2012</strong> e até ao<br />
mês de Setembro foram<br />
comercializa<strong>dos</strong><br />
1.403 unidades, pelo<br />
que estima-se um decréscimo de 4,7%.<br />
É um decréscimo inferior a outras zonas, podendo<br />
dizer-se que o mercado português se tem mantido nos<br />
últimos anos pois é o país onde a crise dura há mais<br />
tempo e o mercado estava mais estável e até a melhorar<br />
em alguns momentos devido às exportações de<br />
pneus.<br />
36 O futuro passa por desenvolver o comércio de<br />
pneus OTR e aumentar a sua rentabilidade. O programa<br />
de parcerias Michelin Earthmover Professionals –<br />
MEP, está encarregue de desenvolver todas as competências<br />
que ajudem nesse objetivo, com destaque para:<br />
- Formação contínua – os aspetos técnicos <strong>dos</strong><br />
Com o mercado tão restringido, por via da crise económica e financeira<br />
de Portugal, o fator preço passou a ser um <strong>dos</strong> fatores de análise mais<br />
importantes (não o único) nos pneus OTR<br />
produtos e serviços, a atenção ao cliente, o serviço<br />
pós-venda, etc.<br />
- Sistema de qualidade Michelin Earthmover<br />
Professionals – A Michelin tem implementado<br />
um sistema de qualidade no qual, anualmente,<br />
realiza um diagnóstico qualitativo de cada ponto<br />
de venda e oficina móvel para analisar a situação<br />
em diversas áreas chave, como sejam, o<br />
equipamento, serviço ao cliente, organização e<br />
comunicação. Em função deste diagnóstico,<br />
planeiam-se objetivos de progresso que se<br />
traduzem num plano de ação concreto, que é<br />
levado à prática por cada distribuidor com a ajuda<br />
de um comercial<br />
especializado da<br />
Michelin.<br />
- Contribuição para<br />
o cliente – As<br />
exigências <strong>dos</strong> clientes<br />
antes mencionadas,<br />
só podem ser feitas por pessoal profissional,<br />
preparado e comprometido com a sua atividade.<br />
Num distribuidor Michelin Earthmover<br />
Professionals os clientes vão encontrar um<br />
parceiro de negócio que os ajudará e aconselhará a<br />
todo o momento, e que lhes oferecerá produtos e<br />
serviços de primeira qualidade.3<br />
24<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
DOSSIER<br />
BRIDGESTONE PORTUGAL<br />
GRIPEN WHEEL IBERIA,<br />
UNIPESSOAL LDA<br />
S.JOSÉ<br />
LOGÍSTICA DE PNEUS<br />
Localização da sede<br />
Alcochete<br />
Responsável pneus OTR Telmo de Menezes Montenegro<br />
Contacto (telefone)<br />
n.d<br />
Nº de comerciais / técnicos / vendedores n.d.<br />
Principais marcas de pneus OTR Bridgestone e Firestone<br />
Segmentos de mercado<br />
To<strong>dos</strong><br />
Gama e medidas De jante 15” a 63”<br />
Tem stock de pneus OTR em Portugal<br />
Sim<br />
Localização do Armazém<br />
Alcochete<br />
Período máximo de entrega<br />
24 Horas<br />
Nº médio de pneus OTR em stock (2011) n.d.<br />
Número de pneus OTR vendi<strong>dos</strong> (2011)<br />
n.d.<br />
Pontos fortes da gama de pneus OTR:<br />
1º Qualidade;<br />
2º Preço;<br />
3º Acompanhamento técnico;<br />
4º Diversidade de gama;<br />
5º Disponibilidade de produto<br />
Localização da sede<br />
Maia<br />
Responsável pneus OTR General Market Manager - Luis Martins<br />
Back Office Manager - António Martins<br />
Contacto (telefone) 220 991 400<br />
Nº de comerciais / técnicos / vendedores 2<br />
Principais marcas de pneus OTR<br />
Aeolus, Dynamaxx,<br />
Gripen Wheels, Hilo, Triangle, United e Ceat Altura.<br />
Segmentos de mercado em que está presente<br />
Premium, Quality e Budget<br />
Gama e medidas A gama mais completa e diversificada da Europa<br />
Tem stock de pneus OTR em Portugal Sim (mais de 500 unidades)<br />
Localização do Armazém Zona Industrial da Maia (Grande Porto)<br />
Período máximo de entrega Portugal Continental – 24 a 48 horas<br />
Espanha (Península) – 48 a 72 Horas<br />
Nº médio de pneus OTR em stock (2011) Mais de 500 unidades<br />
Número de pneus OTR vendi<strong>dos</strong> (2011) Mais de 18%<br />
de quota de mercado<br />
Pontos fortes da gama de pneus OTR:<br />
1º Maior stock Europeu de pneus Económicos OTR;<br />
2º Maior Variedade de Produto;<br />
3º Preços mais Competitivos do mercado;<br />
4º Serviço ao cliente de excelência;<br />
5º Boas Taxas de Rentabilidade para o negócio <strong>dos</strong> Agentes<br />
Localização da sede<br />
Cantanhede<br />
Responsável pneus OTR<br />
Luís Aniceto<br />
Contacto (telefone) 231 419 290<br />
Nº de comerciais / técnicos / vendedores 6<br />
Principais marcas de pneus OTR<br />
BKT<br />
Segmentos de mercado em que está presente<br />
Eng. Civil (radiais e convencionais),<br />
<strong>Pneus</strong> de Porto, Movimentação de cargas<br />
Nomes da gama e medidas<br />
Gama abrangente<br />
Tem stock de pneus OTR em Portugal Stock permanente<br />
com as medidas da lista de preços.<br />
Localização do Armazém<br />
Cantanhede<br />
Período máximo de entrega<br />
24 Horas.<br />
Nº médio de pneus OTR em stock (2011) n.d.<br />
Número de pneus OTR vendi<strong>dos</strong> (2011)<br />
n.d.<br />
Pontos fortes da gama de pneus OTR:<br />
1º Qualidade;<br />
2º Diversidade de gama;<br />
3º Disponibilidade de produto;<br />
4º Preço;<br />
5ª Acompanhamento técnico<br />
DISPNAL PNEUS, S.A<br />
MITAS-TYRES, S.L.U.<br />
MICHELIN<br />
ESPAÑA PORTUGAL S.A.<br />
Localização da sede<br />
Penafiel<br />
Responsável pneus OTR<br />
Rui Miguel Chorado<br />
Contacto (telefone) 255 617 480<br />
Nº de comerciais / técnicos / vendedores8 Comerciais/vendedores<br />
Principais marcas de pneus OTR Linglong / Triangle / Petlas<br />
Segmentos de mercado em que está presente<br />
Retalho<br />
Gama e medidas Diagonal (15 a 29-25 e 1800-25)<br />
e Radial (15.5 a 20.5 R25 a 1800R25)<br />
Tem stock de pneus OTR em Portugal<br />
Sim<br />
Localização do Armazém<br />
Penafiel<br />
Período máximo de entrega (24h/48h/mais)<br />
24 Horas<br />
Nº médio de pneus OTR em stock (2011) n.d.<br />
Número de pneus OTR vendi<strong>dos</strong> (2011)<br />
n.d.<br />
Pontos fortes da gama de pneus OTR:<br />
1º Preço / Qualidade;<br />
2º Diversidade de gama;<br />
3º Disponibilidade de produto;<br />
4º Acompanhamento técnico<br />
Localização da sede<br />
Madrid<br />
Responsável pneus OTR<br />
Filipe Brito – Portugal/Galiza<br />
Contacto (telefone) 916 770 421<br />
Nº de comerciais / técnicos / vendedores 1<br />
Principais marcas de pneus OTR<br />
Mitas<br />
Segmentos de mercado em que está presente<br />
Earth Movers, Grúas móveis, MPT, tratores industriais, etc.<br />
Gama e medidas<br />
Muito abrangente<br />
Tem stock de pneus OTR em Portugal<br />
Só em Espanha<br />
Localização do Armazém<br />
Cabanillas del Campo<br />
Período máximo de entrega<br />
Máximo 48h<br />
Nº médio de pneus OTR em stock (2011) n.d.<br />
Número de pneus OTR vendi<strong>dos</strong> (2011)<br />
n.d.<br />
Pontos fortes da gama de pneus OTR:<br />
1º Qualidade;<br />
2º Disponibilidade de produto;<br />
3º Preço;<br />
4º Acompanhamento técnico;<br />
5º Diversidade de gama.<br />
Localização da sede<br />
Madrid (Espanha)<br />
Responsável pneus OTR Pablo Escribano Gutiérrez<br />
Contacto (telefone)<br />
n.d.<br />
Nº de comerciais / técnicos / vendedores n.d.<br />
Principais marcas de pneus OTR<br />
Michelin<br />
Segmentos de mercado em que está presente To<strong>dos</strong><br />
Nomes da gama e medidas<br />
Gama abrangente<br />
Tem stock de pneus OTR em Portugal<br />
n.d<br />
Localização do Armazém<br />
n.d.<br />
Período máximo de entrega<br />
n.d<br />
Nº médio de pneus OTR em stock (2011) n.d.<br />
Número de pneus OTR vendi<strong>dos</strong> (2011)<br />
n.d.<br />
Pontos fortes da gama de pneus OTR:<br />
1º Qualidade;<br />
2º Acompanhamento técnico;<br />
3º Diversidade de gama;<br />
4º Disponibilidade de produto<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 25
ATUALIDADE<br />
ACAP - Etiqueta <strong>dos</strong> pneus<br />
Divulgar a etiqueta<br />
A Comissão Especializada de Produtores de <strong>Pneus</strong> da ACAP, representada pelas<br />
principais marcas de pneus, desenvolveu uma campanha de sensibilização da opinião<br />
pública sobre a “Nova Etiqueta <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>”<br />
Apartir de 1 de Novembro de <strong>2012</strong>, os pneus<br />
para veículos ligeiros de turismo, veículos comerciais<br />
ligeiros e veículos comerciais pesa<strong>dos</strong>,<br />
que forem produzi<strong>dos</strong> depois de 1 de Julho<br />
têm obrigatoriamente de conter uma etiqueta<br />
para cumprirem com o regulamento (EC)<br />
1222/2009. As exceções são os pneus recauchuta<strong>dos</strong>,<br />
pneus de competição, pneus sobressalentes, pneus<br />
com pregos, pneus para utilização profissional fora<br />
de estrada e pneus de veículos antigos.<br />
Atendendo à atualidade do assunto, a Comissão<br />
Especializada de Produtores de <strong>Pneus</strong> da ACAP,<br />
promoveu uma conferência de imprensa sobre o<br />
lançamento de uma campanha de sensibilização<br />
pública para a “Nova Etiqueta <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>”.<br />
Esta campanha que utiliza a web como principal<br />
suporte de comunicação tem ainda a associação do<br />
IMTT (Instituto da Mobilidade e Transportes Terrestres)<br />
e da Valorpneu (Sociedade da Gestão de<br />
<strong>Pneus</strong>), para além das sete companhias de pneus<br />
que estão envolvidas nesta Comissão, estando também<br />
todas elas a fazer um intenso trabalho de informação<br />
junto <strong>dos</strong> retalhistas sobre a nova etiqueta.<br />
Na apresentação da campanha, Jorge Vieira,<br />
como porta-voz da Comissão Especializada de Produtores<br />
de <strong>Pneus</strong>, disse que a nova etiqueta “visa<br />
tornar o transporte mais ecológico. Com ela os consumidores<br />
estão informa<strong>dos</strong> sobre as propriedades<br />
técnicas <strong>dos</strong> pneus que estão a comprar, ajudandoos<br />
assim a ter uma escolha mais objetiva”.<br />
Os objetivos da “Etiqueta <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>” passam<br />
“pela informação em si ao consumidor, pelo desenvolvimento<br />
tecnológico de melhores produtos e<br />
também pela eficiência energética <strong>dos</strong> pneus”, referiu<br />
o mesmo porta-voz, adiantando que “sendo a<br />
travagem em molhado um <strong>dos</strong> aspetos considera<strong>dos</strong><br />
nesta etiqueta, também as questões da segurança<br />
rodoviária foram ti<strong>dos</strong> em consideração, o que é<br />
sempre um aspeto muito relevante a considerar, nomeadamente<br />
num país como Portugal”.<br />
Critérios<br />
São três os critérios de classificação que constam<br />
da nova etiqueta <strong>dos</strong> pneus.<br />
O primeiro é o consumo de combustível (com<br />
classificação de A a G, que avalia o nível de resistência<br />
à rodagem e de que forma contribui o pneu para<br />
poupar combustível), o segundo é a segurança (com<br />
classificação de A a G, que avalia a distância de travagem<br />
em molhado de um pneu) e, por úlitmo, o<br />
ruído exterior (com classificação de 1 a 3, medindo<br />
o nível de ruído exterior do pneu).<br />
Refira-se ainda que to<strong>dos</strong> os pneus produzi<strong>dos</strong> a<br />
partir de 1 de Novembro, e que estejam à vista no<br />
ponto de venda, têm que levar o autocolante fornecido<br />
pelo fabricante ou pelo grossista.<br />
Mesmo os pneus que não estejam à vista do consumidor<br />
final, a informação terá que ser apresentada<br />
de outra forma ao consumidor. O retalhista deve<br />
incluir a classificação do pneu que vendeu ao cliente<br />
na fatura que lhe entrega.3<br />
26<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
ENTREVISTA<br />
Miguel Santos<br />
Diretor da Rede Euromaster em Portugal<br />
AEuromaster nasceu sobre uma base de distribuidores<br />
regionais ou nacionais, nos quais o<br />
Grupo Michelin encontrou um potencial de<br />
desenvolvimento importante, como foi o caso<br />
da ATS em Inglaterra e Konz Ibérica em Espanha.<br />
Desde a sua criação em 1991, o principal objetivo<br />
da Euromaster é a plena satisfação <strong>dos</strong> seus clientes<br />
através da qualidade <strong>dos</strong> seus serviços e do profissionalismo<br />
das mais de 10.700 pessoas que nela trabalham.<br />
A Euromaster é hoje o ator líder na Europa no sector<br />
<strong>dos</strong> pneus e de todas as operações que giram em<br />
torno da manutenção do veículo. Com a sua chegada<br />
a Portugal, a sua presença estende-se a 17 países, como<br />
também a to<strong>dos</strong> os segmentos de produto do setor.<br />
Conta hoje com mais de 2.000 centros de serviço<br />
em toda a Europa entre centros próprios (nalguns países)<br />
e centros franquia<strong>dos</strong>.<br />
A responsabilidade do desenvolvimento desta rede<br />
em Portugal é de Miguel Santos, que esteve desde<br />
1995 na Michelin, tendo passado por diversos cargos<br />
naquela empresa, o último <strong>dos</strong> quais ligado aos pneus<br />
agrícolas em Espanha e Portugal. Em março deste ano<br />
“É um serviço de A a Z”<br />
A rede Euromaster está oficialmente em Portugal. O seu desenvolvimento tem vindo a fazer- se<br />
nos últimos meses e o aparecimento desta rede tornar-se-á mais evidente em 2013. Mesmo não<br />
sendo conhecida em Portugal o seu capital de experiência é enorme<br />
transitou para o projeto da Euromaster em Portugal,<br />
estando a coordenar a implementação desta rede no<br />
nosso país.<br />
O Diretor da Euromaster em Portugal, falou para a<br />
REVISTA DOS PNEUS, sobre o lançamento desta<br />
rede e os projetos que existem para o presente e para o<br />
futuro.<br />
Quais as razões que levaram ao lançamento da<br />
rede Euromaster em Portugal?<br />
A ideia foi dar a oportunidade aos parceiros Michelin<br />
em Portugal de participar no projeto de expansão<br />
de uma rede Europeia.<br />
Qual é o conceito principal da rede Euromaster?<br />
É uma rede que tem como principal objetivo, disponibilizar<br />
aos automobilistas a melhor oferta em<br />
produtos e serviços relaciona<strong>dos</strong> com o pneu e a manutenção<br />
<strong>dos</strong> seus veículos assegurando a sua mobilidade<br />
e segurança.<br />
A rede Vialíder vai manter-se a operar em<br />
Portugal?<br />
A rede Vialíder não continuará a operar em Portugal,<br />
o mesmo é dizer que ela acaba.<br />
Contudo, existe um pormenor importante que gostaria<br />
de realçar. No que se refere à rede Euromaster,<br />
esta não é gerida pela Michelin, como sucedia com a<br />
Vialíder, mas sim pela Euromaster com total autonomia<br />
e independência. É um facto que a Euromaster é<br />
uma empresa do Grupo Michelin, mas existe uma total<br />
independência de funcionamento. A Michelin é a<br />
empresa fabricante, a Euromaster é uma empresa de<br />
distribuição.<br />
Qual a razão da alteração desse conceito?<br />
Basicamente porque se fosse uma rede do fabricante<br />
estaríamos limita<strong>dos</strong> à oferta do fabricante. Como pretendemos<br />
ter uma oferta muito mais abrangente em<br />
termos de produtos e serviços é importante essa independência,<br />
estando aberta a outras oportunidades.<br />
O que vai acontecer aos Vialíder existentes?<br />
Muitos deles abraçaram este projeto da Euromaster,<br />
o que era de esperar, até porque já têm um percurso<br />
dentro do Grupo Michelin. Não fazia sentido desperdiçar<br />
esse enorme capital que é a presença de muitos<br />
Vialíder na Euromaster. Neste momento são já mais<br />
de 50 aderentes da Euromaster, que são ex-Vialíder,<br />
mas pretendemos ter outros na nossa rede que nunca<br />
tenham sido Vialíder.<br />
Em Espanha a Vialíder vai também deixar de<br />
existir?<br />
Não. Pela sua dimensão em Espanha a Vialíder vai<br />
continuar a estar presente nesse mercado.<br />
Para além do serviço de pneus, a rede Euromaster<br />
também vai prestar outros tipos de serviços? Quais?<br />
Sim, é uma rede especialista em pneus, mas não se<br />
dedica unicamente a pneus, pois o objetivo é que os<br />
centros Euromaster possam responder de A a Z em to-<br />
28<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
ENTREVISTA<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 29
ENTREVISTA<br />
Miguel Santos<br />
Diretor da Rede Euromaster em Portugal<br />
<strong>dos</strong> os serviços de manutenção automóvel. Prestará assim<br />
to<strong>dos</strong> os serviços relaciona<strong>dos</strong> com a manutenção<br />
do veículo, nomeadamente a Revisão Oficial, como já<br />
acontece noutros países onde a rede está presente.<br />
Oferecemos também outros serviços e produtos exclusivos<br />
da rede que visam satisfazer as expectativas <strong>dos</strong><br />
consumidores e acompanhar a evolução das suas necessidades.<br />
O nosso objetivo é sermos a referência do mercado<br />
no que toca ao profissionalismo na prestação destes<br />
serviços.<br />
Quais são esses produtos exclusivos de que fala?<br />
São produtos que entram na área <strong>dos</strong> seguros, vendas<br />
online e outros serviços que queremos potenciar<br />
com a rede.<br />
Ao pretenderem apostar na revisão oficial, como<br />
estão a trabalhar na área da informação técnica?<br />
A própria rede já tem uma série de acor<strong>dos</strong> nesta<br />
área da informação técnica, alguns deles europeus,<br />
sendo que um <strong>dos</strong> objetivos é disponibilizar essa informação<br />
aos aderentes. Igualmente importante, é não<br />
descurar o capítulo da formação, onde iremos focar<br />
muitos <strong>dos</strong> nossos esforços. Sabemos que existem diferentes<br />
velocidades dentro da rede, mas o nosso objetivo<br />
passa pela homogeneização <strong>dos</strong> serviços, para que<br />
se consiga garantir a mesma qualidade e a mesma oferta<br />
em toda a rede.<br />
A rede Vialíder deixa de existir, pelo que alguns postos dessa rede passaram a ter a nova imagem integrada<br />
da rede Euromaster<br />
A rede Euromaster não quer prestar unicamente o serviço de pneus, mas sim<br />
um serviço global onde a mecânica também tem o seu lugar<br />
Os aderentes poderão também vender outras<br />
marcas de pneus que não sejam da Michelin?<br />
Como já disse, não é uma rede desenvolvida pela<br />
Michelin e como tal baseia-se numa oferta multimarca<br />
desenvolvida pela própria Euromaster. Tal como fazemos<br />
noutros países, a Euromaster tem uma política<br />
multimarca, na qual se irá basear também para Portugal.<br />
No entanto, face ao nosso compromisso de oferecer<br />
sempre os melhores produtos e serviços, é natural<br />
que os produtos do grupo Michelin ocupem um lugar<br />
preferencial na nossa carteira de marcas.<br />
Um aderente à rede Euromaster pode estar<br />
associado a um grupo de compras ou a outra rede?<br />
Não. Não fazia qualquer sentido, tem que haver exclusividade.<br />
Com a rede Euromaster o objetivo é também chegar<br />
mais próximo de outro tipo de clientes,<br />
nomeadamente as frotas?<br />
Sim, mas não só a frotas. Tratando-se a oferta Euromaster<br />
da mais completa do mercado, a nossa ambição<br />
é fazê-la chegar a todo o tipo de clientes.<br />
Quantos pontos de venda tem nesta fase de<br />
lançamento a rede Euromaster em Portugal?<br />
Atualmente a rede conta já com mais de 50 pontos<br />
de venda. No entanto, continuamos a trabalhar no<br />
sentido de a fazer crescer.<br />
Quantos centros da rede Euromaster esperam abrir<br />
até final de 2013?<br />
Mais que um objetivo quantitativo, seguimos uma<br />
estratégia de crescimento através de centros de serviço<br />
de qualidade capazes de assegurar a melhor cobertura<br />
geográfica de forma a que to<strong>dos</strong> os consumidores tenham<br />
um centro Euromaster perto de si.<br />
Quais são as diferenças da rede Euromaster para as<br />
outras redes já existentes no mercado?<br />
Fundamentalmente a diferença da rede Euromaster<br />
assenta na amplitude e na qualidade da nossa oferta,<br />
prestada com o máximo profissionalismo na rede mais<br />
homogénea do mercado.<br />
Os nossos procedimentos e méto<strong>dos</strong> de trabalho, o<br />
rigor da nossa formação e o grau de exigência da nossa<br />
certificação ISO 9001 são a essência desta diferenciação<br />
relativamente à concorrência.<br />
A médio prazo um <strong>dos</strong> nossos objetivos é que os<br />
postos da rede Euromaster tenham a certificação ISO,<br />
o que poderá até nem ser difícil já que a certificação<br />
Euromaster leva ao cumprimento de muitos <strong>dos</strong> prossupostos<br />
da certificação ISO.<br />
A especialização em pneus será sempre o objetivo<br />
da rede Euromaster?<br />
Não. Atendendo às expectativas <strong>dos</strong> consumidores,<br />
a nossa especialização gira em torno do pneu e da manutenção<br />
do veículo. Uma resposta completa que facilite<br />
a vida <strong>dos</strong> consumidores.<br />
30<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
ENTREVISTA<br />
Quais as vantagens de aderir à rede Euromaster e<br />
não a outra rede?<br />
Trata-se de abraçar o projeto mais ambicioso e completo<br />
do mercado. A potência do conceito Euromaster<br />
é a melhor garantia para assegurar o futuro do negócio<br />
de cada aderente.<br />
O que vai a Euromaster “oferecer” aos aderentes da<br />
rede em Portugal?<br />
O nosso propósito é oferecer apoio nas diversas<br />
áreas de atuação <strong>dos</strong> centros de serviços, ajudando<br />
cada centro a desenvolver o seu profissionalismo nas<br />
suas ofertas de produtos e serviços.<br />
Dispomos de um back office que atua nas áreas<br />
mais variadas, passando pela construção de uma imagem<br />
sólida que reflita a homogeneidade e profissionalismo<br />
da rede, uma comunicação forte que se apoia<br />
em promoções que procurarão responder às expectativas<br />
<strong>dos</strong> consumidores, uma equipa altamente formada<br />
e especializada que dará apoio sobre o terreno e<br />
que permitirá a adequação das ofertas às especificidades<br />
de cada região ao mesmo tempo que implementará<br />
os procedimentos e méto<strong>dos</strong> sobejamente reconheci<strong>dos</strong><br />
já noutros países como sendo a referência.<br />
A formação e constante atualização das competências<br />
<strong>dos</strong> profissionais que integram a rede será para<br />
nós uma prioridade e fá-lo-emos de uma forma constante<br />
com recurso aqui também às novas tecnologias<br />
como por ex. o e-learning entre outras.<br />
EUROMASTER PORTUGAL<br />
Miguel Santos é o coordenador da rede Euromaster no mercado português, tendo a responsabilidade,<br />
juntamente com a sua equipa e o apoio de Espanha, de desenvolver este franquia<br />
Sede: Campo Grande N° 378-4°A<br />
1700 - 096 Lisboa<br />
Responsável: Miguel Santos<br />
E-mail: miguel.santos@euromaster.com<br />
Diria que queremos ter uma oferta 360 graus para o<br />
cliente que visita um ponto Euromaster.<br />
Considera que as casas de pneus só têm um<br />
caminho a seguir, que é integrarem-se em redes<br />
organizadas? Ou ainda há espaço para se manterem<br />
independentes?<br />
Obviamente sempre<br />
haverá espaço para atores<br />
independentes no<br />
mercado.<br />
No entanto, por<br />
motivos de recursos e<br />
de cobertura geográfica<br />
(dada a mobilidade do consumidor final é necessário<br />
dar respostas numa zona de maior amplitude), a resposta<br />
às exigências <strong>dos</strong> clientes passará no futuro pelas redes<br />
que devido à sua dimensão têm maior capacidade<br />
para satisfazer essas necessidades e para desenvolver<br />
acor<strong>dos</strong> mais benéficos aproveitando não só a sua cobertura<br />
nacional como também no nosso caso uma forte<br />
implantação europeia.<br />
O que é preciso uma casa de pneus fazer para aderir<br />
à rede Euromaster?<br />
Existem três fatores essenciais. Primeiro, partilhar a<br />
nossa visão de mercado e a mesma orientação para a<br />
“Mais que um objetivo quantitativo, seguimos uma estratégia de<br />
crescimento através de centros de serviço de qualidade capazes de<br />
assegurar a melhor cobertura geográfica”<br />
gestão do seu negócio, depois ter espírito de grupo e,<br />
por úlitmo, dispor de instalações numa zona com necessidade<br />
de cobertura.<br />
Deste modo, poderá satisfazer a sua ambição de<br />
pertencer à rede mais profissional não só de Portugal<br />
mas da Europa.<br />
A implementação de produtos e serviços que se<br />
adaptem também às novas tendências de mercado<br />
como o comércio eletrónico e as redes sociais são outro<br />
<strong>dos</strong> capítulos sobre os que atuaremos e que visam<br />
completar a oferta da rede em Portugal.<br />
A oferta de produtos exclusivos que permitam facilitar<br />
a mobilidade <strong>dos</strong> consumidores é para nós outra<br />
área de atuação e para<br />
tal poremos à disposição<br />
da rede produtos<br />
como a revisão oficial,<br />
planos de manutenção,<br />
seguros, ajudas ao<br />
financiamento, assistência<br />
24h, acor<strong>dos</strong> com entidades colectivas, programas<br />
de fidelização, entre outros, trata-se realmente de<br />
uma oferta a 360 graus.<br />
Em suma, tudo isto é o que nos permite afirmar<br />
que a Euromaster tem a oferta mais profissional, mais<br />
diversificada e mais completa do mercado.3<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 31
ENTREVISTA<br />
Agustín Salinas Costa, Gerente do Grupo Salco<br />
“30 anos de experiência”<br />
Apesar do negócio <strong>dos</strong> pneus ser muito recente no Grupo Salco em Portugal,<br />
a verdade é que a empresa espanhola quer marcar presença mais forte no mercado português,<br />
associando-o ao negócio <strong>dos</strong> lubrificantes<br />
OGrupo Salco é uma empresa galega que tem as<br />
suas origens no ano de 1973. A sua entrada no<br />
mercado português foi feita através de uma<br />
nova empresa, denominada Galusal, com a intenção<br />
de comercializar em exclusivo os lubrificantes<br />
da marca Gulf. Aproveitando a rede comercial já desenvolvida,<br />
a empresa decidiu também iniciar a venda<br />
de pneus, que foi em tempos a atividade principal do<br />
Grupo. Agustín Salinas Costa, Gerente do Grupo Salco,<br />
falou para a REVISTA DOS PNEUS sobre esta<br />
aposta da empresa em Portugal.<br />
Desde quando é que o Grupo Salco / Galusal vende<br />
pneus em Portugal?<br />
A venda de pneus por parte da Galusal em Portugal<br />
é recente. Foi um processo que começou em Julho de<br />
2011.<br />
Como se desenvolveu a estratégia de vender pneus<br />
em Portugal?<br />
A estratégia empresarial que foi definida teve como<br />
início a venda na zona norte de Portugal, acima de<br />
tudo por ser mais próximo da Galiza e por termos lá<br />
todo o nosso parque logístico.<br />
Desde o norte a Galusal começou a estender posteriormente<br />
a sua atividade comercial a todo o território<br />
português, chegando ao ponto atual em que temos<br />
uma importante atividade na zona de Lisboa e Setúbal.<br />
Quantos pneus vendem anualmente? E em<br />
Portugal?<br />
O Grupo Salco vende em to<strong>dos</strong> os merca<strong>dos</strong> em<br />
que está presente cerca de 100.000 pneus. Cerca de<br />
10% correspondem aproximadamente às vendas da<br />
Galusal no mercado português.<br />
Qual o stock médio de pneus em armazém?<br />
Temos aproximadamente 14.000 unidades em<br />
stock.<br />
Como funcionam em termos logísticos? Fazem<br />
entregas em 24 horas em qualquer lugar de<br />
Portugal?<br />
Como política de empresa do Grupo Salco, e em<br />
consequência de termos a Galusal em Portugal, as entregas<br />
de pneus realizam-se num período de 24 a 48<br />
horas, dependendo das zonas. Contudo, pela nossa<br />
experiência a maior parte das entregas realizam-se<br />
num período inferior a 24 horas. Gostaria de salientar,<br />
que para agilizar o processo de envio e torná-lo ainda<br />
mais rápido, os clientes da Galusal dispõe ainda da facilidade<br />
de realizar o seus pedi<strong>dos</strong> online através da página<br />
profissional www.salconline.es, e do endereço de<br />
correio eletrónico central@gruposalco.com.<br />
Onde estão localiza<strong>dos</strong> os armazéns? Qual é o<br />
armazém que abastece o mercado português?<br />
Os armazéns principais de distribuição do Grupo<br />
Salco estão localiza<strong>dos</strong> em Mos (Pontevedra) e na Corunha,<br />
ambos na Galiza.<br />
32<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
ENTREVISTA<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 33
ENTREVISTA<br />
Agustín Salinas Costa, Gerente do Grupo Salco<br />
Quantas marcas de pneus comercializam e quais<br />
são as principais marcas de pneus que<br />
disponibilizam ao mercado?<br />
A Galusal comercializa qualquer marca e medida<br />
que o cliente necessite. Contudo, as principais marcas<br />
são Goodyear, Dunlop, Michelin, Sava, Bridgestone,<br />
Yokohama e Camac.<br />
A Galusal possui alguma marca própria de pneus<br />
ou alguma marca em exclusivo?<br />
Colocando de parte a aliança estratégia que temos<br />
com a Goodyear / Dunlop para a Galiza, onde nos<br />
posicionamos no mercado como um sócio preferencial<br />
da marca norte americana, o Grupo Salco comercializa<br />
em exclusivo para a Galiza a marca Camac.<br />
Dominando toda a logística e a distribuição, a<br />
Galusal tem alguma rede de retalho associada?<br />
Não.<br />
Como é que trabalham o mercado português? Que<br />
meios humanos e materiais têm em Portugal?<br />
Têm algum escritório em Portugal?<br />
A Galusal tem a sua sede na localidade de Valença<br />
do Minho.<br />
Temos um delegado de vendas que é o senhor Jorge<br />
Domínguez Fontenla, que se encarrega da divisão<br />
comercial, quer ao nível <strong>dos</strong> pneus, quer <strong>dos</strong> lubrificantes.<br />
A Galusal comercializa quase todo o tipo de produtos relaciona<strong>dos</strong> com o automóvel. Para além <strong>dos</strong> pneus,<br />
também comercializa lubrificantes, jantes, massas, anticongelantes, baterias, etc<br />
GALUSAL / GRUPO SALCO<br />
Sede: Av. Miguel Dantas, 34, Lb 3, Ed. Status<br />
4930-670 Valença<br />
Gerente: Agustín Salinas Costa<br />
Telefone: 0034 986 629 103<br />
Fax: 0034 986 294 126<br />
E.mail: administracion@gruposalco.com<br />
Website: www.gruposalco.com<br />
Agustín Salinas Costa, Gerente do Grupo Salco,<br />
afirma que a experiência da empresa no negócio <strong>dos</strong> pneus é enorme<br />
Quais são os vossos principais clientes em<br />
Portugal? O retalho? As marcas de automóveis?<br />
Outros grossistas?<br />
Os principais clientes em Portugal são os retalhistas<br />
de pneus, as oficinas e os concessionários de automóveis<br />
de todas as marcas. Em geral, são clientes<br />
da Galusal todo aquele tipo de negócios que estejam<br />
no mercado <strong>dos</strong> pneus e <strong>dos</strong> lubrificantes.<br />
A vossa gama de pneus incide apenas em pneus<br />
para veículos ligeiros ou também vendem pneus<br />
para veículos pesa<strong>dos</strong>, industriais e agrícolas,<br />
entre outros?<br />
Estamos presentes em praticamente to<strong>dos</strong> os setores,<br />
principalmente ao nível de automóveis, motos,<br />
carrinhas, camiões e comerciais, e ainda os pneus<br />
maciços e de maior porte a indústria pesada, tais<br />
como minas, pedreiras, entre outros. Refira-se que<br />
este sector especializado é algo que dominamos há<br />
vários anos no Grupo Salco.<br />
Que vantagens e pontos fortes tem a Galusal, face<br />
a outros operadores na distribuição de pneus?<br />
Um <strong>dos</strong> principais é a experiência de mais de 30<br />
anos dedica<strong>dos</strong> ao mundo do pneu, o que nos valeu<br />
o reconhecimento de marcas internacionais como a<br />
Goodyear / Dunlop que nos considera um partner<br />
estratégico no noroeste de Espanha em Portugal.<br />
É toda esta experiência do grupo que agora é<br />
transmitida pela Galusal para o mercado português.<br />
A Galusal oferece ainda condições especiais em marcas<br />
como Goodyear, Dunlop e Sava, assim como<br />
um amplo stock em outras marcas de reconhecido<br />
prestígio no mercado internacional.<br />
Têm algum acordo com algum operador<br />
(grossista) de pneus em Portugal?<br />
Não, não temos nenhum acordo.<br />
Para quantas casas de pneus vendem em<br />
Portugal?<br />
Atualmente, atendendo ao curto período de presença<br />
da Galusal em Portugal, já trabalhamos com 8<br />
casas, mas as previsões apontam para que o nosso<br />
crescimento seja muito importante já nos próximos<br />
meses.<br />
Para além de pneus e lubrificantes comercializam<br />
outros produtos?<br />
A Galusal comercializa quase todo o tipo de produtos<br />
relaciona<strong>dos</strong> com o automóvel, sempre com<br />
marcas premium ou então com marcas próprias do<br />
Grupo Salco. Por isso, para além <strong>dos</strong> pneus, a Galusal<br />
comercializa lubrificantes, jantes, massas, anticongelantes,<br />
baterias, entre outros produtos.<br />
Qual a vossa opinião sobre o mercado português<br />
de pneus?<br />
Para o Grupo Salco, Portugal é um mercado muito<br />
parecido com o da Galiza, sendo por isso que usamos<br />
uma estratégia semelhante aqui face aquela que<br />
desenvolvemos há vários anos na Galiza. Trata-se<br />
por conseguinte de um mercado focado no preço,<br />
na qualidade e na rapidez do serviço.3<br />
34<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
OPINIÃO<br />
Pedro Nascimento<br />
Gerente da empresa Nascimento & Mota<br />
Está claro, que não haverá retorno à mesma posição<br />
económica que existia antes do começo<br />
desta crise. Para este ano estimou-se que a quebra<br />
nas vendas no setor <strong>dos</strong> pneus não ultrapassasse<br />
os 10%. Creio que quando chegarmos a 31 de<br />
Dezembro, poderemos afirmar que o que prevemos<br />
foi menos de metade da quebra.<br />
Como tal, as empresas do retalho de pneus, tal<br />
como todas as outras, terão de se restruturar.<br />
Por um dado tempo, basearam-se na facilidade das<br />
vendas, no crédito <strong>dos</strong> fornecedores e na facilidade de<br />
crédito para ajudar a manter o negócio, mas agora esta<br />
estrada está-se a fechar.<br />
Os “pacotes de estímulo” podem ter moderado os<br />
primeiros efeitos desta nova crise, mas os bancos mudaram<br />
totalmente de posição, e de um mundo de facilitismo<br />
e de acesso ao crédito, passaram repentinamente<br />
a um sistema de contenção, deixando sem margem<br />
de manobra as empresas.<br />
Os erros políticos cometi<strong>dos</strong> nestes últimos anos<br />
significam pelo menos, 10 anos de austeridade selvagem.<br />
A quebra do poder de compra é mais que uma<br />
consequência, é uma realidade.<br />
Os nossos políticos ainda não compreenderam que<br />
não se produz riqueza se não apoiarem as empresas.<br />
Aqueles que produzem e criam empregos são puni<strong>dos</strong><br />
por impostos e taxas e aqueles que não trabalham são<br />
encoraja<strong>dos</strong> por ajudas. É uma inversão de valores.<br />
Os nossos empresários procuram soluções e o único<br />
desfecho pode ter de passar pela deslocalização. Merca<strong>dos</strong><br />
africanos com taxas de crescimento elevadas são<br />
opções válidas. Começa a ser uma missão impossível<br />
suportar o custo de trabalho em Portugal, os seus impostos<br />
e taxas. É um verdadeiro 'inferno fiscal' para<br />
aqueles que criam riqueza.<br />
Análise empresarial<br />
do sector <strong>dos</strong> pneus engloba<strong>dos</strong><br />
na conjuntura atual<br />
Em Portugal, os pneus usa<strong>dos</strong> e os novos Asiáticos<br />
galopam em quota de mercado.<br />
Os nossos vizinhos Espanhóis, que nem queriam<br />
ouvir falar em pneus usa<strong>dos</strong>, vendem-nos neste momento<br />
em cada esquina, e compram-nos a outros países<br />
da europa central.<br />
A juntar a isto, países africanos procuram cada vez<br />
mais este tipo de pneus. Ironia do<br />
destino, começa a haver escassez de<br />
pneus usa<strong>dos</strong>…<br />
Nem as próprias recauchutagens<br />
em Portugal conseguem carcaças (essencialmente<br />
as de camião) para fazer<br />
face às suas encomendas.<br />
No entanto nem tudo são más notícias, em detrimento<br />
da grande quebra de venda de veículos novos,<br />
o mercado de substituição pode ser uma oportunidade<br />
para amenizar o défice de vendas.<br />
Outra boa notícia é a criação de uma associação que<br />
representa o setor. Significado de uma renovada mentalidade<br />
pouco característica do empresário do retalho<br />
<strong>dos</strong> pneus. A CERP (Comissão Especializada no Retalho<br />
<strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>) é uma realidade. Criada no seio da<br />
ACAP, começa a crescer em Associa<strong>dos</strong>, sinal de coesão<br />
e força. Os empresários do retalho já se aperceberam<br />
que têm um papel de extrema importância no setor.<br />
Sabem que podem ser intervenientes se estiverem<br />
O retalho tem que se reajustar,<br />
ficar menos dependente <strong>dos</strong> fornecedores, criar mais<br />
autonomia financeira, especializar-se nos serviços e cobrá-los.<br />
Ir ao encontro do cliente e não ficar à espera<br />
juntos. Em pouco tempo, a CERP, conseguiu desmistificar<br />
o rumor que se criou em redor da validade <strong>dos</strong><br />
pneus, formulou propostas junto da entidade reguladora,<br />
para se reverem os valores de ripómetro utiliza<strong>dos</strong><br />
nas Inspeções Periódicas, propôs a regulamentação<br />
para o comércio de pneus usa<strong>dos</strong>, encetou relações<br />
com os distribuidores de pneus e está a negociar<br />
um seguro específico para o setor. Outro objetivo da<br />
CERP, é a elaboração de inquéritos, para um melhor<br />
conhecimento das necessidades, que normalmente<br />
são comuns.<br />
” O retalho não pode continuar retalhado.”<br />
É importante refletir. Os perío<strong>dos</strong> turbulentos ajudam<br />
a mudar mentalidades.<br />
O retalho tem que se reajustar, ficar<br />
menos dependente <strong>dos</strong> fornecedores,<br />
criar mais autonomia financeira,<br />
especializar-se nos serviços e cobrá-los.<br />
Um estabelecimento de<br />
pneus tem que ser marcante pelo<br />
bom serviço prestado aos seus clientes, porque sabe<br />
que não pode contar com as margens no preço <strong>dos</strong><br />
pneus.<br />
Ir ao encontro do cliente e não ficar à espera.<br />
A organização e a boa imagem da empresa também<br />
são muito importantes. O olho também compra.3<br />
36<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
OPINIÃO<br />
Pedro Nascimento<br />
Gerente da empresa Nascimento & Mota<br />
Está claro, que não haverá retorno à mesma posição<br />
económica que existia antes do começo<br />
desta crise. Para este ano estimou-se que a quebra<br />
nas vendas no setor <strong>dos</strong> pneus não ultrapassasse<br />
os 10%. Creio que quando chegarmos a 31 de<br />
Dezembro, poderemos afirmar que o que prevemos<br />
foi menos de metade da quebra.<br />
Como tal, as empresas do retalho de pneus, tal<br />
como todas as outras, terão de se restruturar.<br />
Por um dado tempo, basearam-se na facilidade das<br />
vendas, no crédito <strong>dos</strong> fornecedores e na facilidade de<br />
crédito para ajudar a manter o negócio, mas agora esta<br />
estrada está-se a fechar.<br />
Os “pacotes de estímulo” podem ter moderado os<br />
primeiros efeitos desta nova crise, mas os bancos mudaram<br />
totalmente de posição, e de um mundo de facilitismo<br />
e de acesso ao crédito, passaram repentinamente<br />
a um sistema de contenção, deixando sem margem<br />
de manobra as empresas.<br />
Os erros políticos cometi<strong>dos</strong> nestes últimos anos<br />
significam pelo menos, 10 anos de austeridade selvagem.<br />
A quebra do poder de compra é mais que uma<br />
consequência, é uma realidade.<br />
Os nossos políticos ainda não compreenderam que<br />
não se produz riqueza se não apoiarem as empresas.<br />
Aqueles que produzem e criam empregos são puni<strong>dos</strong><br />
por impostos e taxas e aqueles que não trabalham são<br />
encoraja<strong>dos</strong> por ajudas. É uma inversão de valores.<br />
Os nossos empresários procuram soluções e o único<br />
desfecho pode ter de passar pela deslocalização. Merca<strong>dos</strong><br />
africanos com taxas de crescimento elevadas são<br />
opções válidas. Começa a ser uma missão impossível<br />
suportar o custo de trabalho em Portugal, os seus impostos<br />
e taxas. É um verdadeiro 'inferno fiscal' para<br />
aqueles que criam riqueza.<br />
Análise empresarial<br />
do sector <strong>dos</strong> pneus engloba<strong>dos</strong><br />
na conjuntura atual<br />
Em Portugal, os pneus usa<strong>dos</strong> e os novos Asiáticos<br />
galopam em quota de mercado.<br />
Os nossos vizinhos Espanhóis, que nem queriam<br />
ouvir falar em pneus usa<strong>dos</strong>, vendem-nos neste momento<br />
em cada esquina, e compram-nos a outros países<br />
da europa central.<br />
A juntar a isto, países africanos procuram cada vez<br />
mais este tipo de pneus. Ironia do<br />
destino, começa a haver escassez de<br />
pneus usa<strong>dos</strong>…<br />
Nem as próprias recauchutagens<br />
em Portugal conseguem carcaças (essencialmente<br />
as de camião) para fazer<br />
face às suas encomendas.<br />
No entanto nem tudo são más notícias, em detrimento<br />
da grande quebra de venda de veículos novos,<br />
o mercado de substituição pode ser uma oportunidade<br />
para amenizar o défice de vendas.<br />
Outra boa notícia é a criação de uma associação que<br />
representa o setor. Significado de uma renovada mentalidade<br />
pouco característica do empresário do retalho<br />
<strong>dos</strong> pneus. A CERP (Comissão Especializada no Retalho<br />
<strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>) é uma realidade. Criada no seio da<br />
ACAP, começa a crescer em Associa<strong>dos</strong>, sinal de coesão<br />
e força. Os empresários do retalho já se aperceberam<br />
que têm um papel de extrema importância no setor.<br />
Sabem que podem ser intervenientes se estiverem<br />
O retalho tem que se reajustar,<br />
ficar menos dependente <strong>dos</strong> fornecedores, criar mais<br />
autonomia financeira, especializar-se nos serviços e cobrá-los.<br />
Ir ao encontro do cliente e não ficar à espera<br />
juntos. Em pouco tempo, a CERP, conseguiu desmistificar<br />
o rumor que se criou em redor da validade <strong>dos</strong><br />
pneus, formulou propostas junto da entidade reguladora,<br />
para se reverem os valores de ripómetro utiliza<strong>dos</strong><br />
nas Inspeções Periódicas, propôs a regulamentação<br />
para o comércio de pneus usa<strong>dos</strong>, encetou relações<br />
com os distribuidores de pneus e está a negociar<br />
um seguro específico para o setor. Outro objetivo da<br />
CERP, é a elaboração de inquéritos, para um melhor<br />
conhecimento das necessidades, que normalmente<br />
são comuns.<br />
” O retalho não pode continuar retalhado.”<br />
É importante refletir. Os perío<strong>dos</strong> turbulentos ajudam<br />
a mudar mentalidades.<br />
O retalho tem que se reajustar, ficar<br />
menos dependente <strong>dos</strong> fornecedores,<br />
criar mais autonomia financeira,<br />
especializar-se nos serviços e cobrá-los.<br />
Um estabelecimento de<br />
pneus tem que ser marcante pelo<br />
bom serviço prestado aos seus clientes, porque sabe<br />
que não pode contar com as margens no preço <strong>dos</strong><br />
pneus.<br />
Ir ao encontro do cliente e não ficar à espera.<br />
A organização e a boa imagem da empresa também<br />
são muito importantes. O olho também compra.3<br />
36<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
EMPRESA<br />
S.JOSE LOGISTICA DE PNEUS<br />
de José Aniceto & irmão, Lda<br />
Mais um importante passo<br />
Tem sido exponencial o crescimento da atividade da S.José-Logística de <strong>Pneus</strong>.<br />
Já em plena laboração está o mais recente armazém da empresa, que suporta grande parte<br />
do negócio BKT em Portugal e Espanha<br />
Ainda nem um ano passou sobre a última reportagem<br />
que a REVISTA DOS PNEUS fez em<br />
Cantanhede com a S.José-Logística de <strong>Pneus</strong>,<br />
Lda. Nessa altura o assunto foi o mais recente<br />
armazém, agregado às instalações da empresa, com<br />
condições logísticas excecionais para a atividade de revenda<br />
de pneus.<br />
Esse armazém, destinado essencialmente à logística<br />
de pneus para veículos ligeiros, pela forma como foi<br />
construído, garantiu à empresa maior operacionalidade<br />
na sua atividade, mas ficou por realizar uma nova<br />
fase desse projeto, que se prendia com os pneus agrícolas.<br />
Em 2011 a José Aniceto & Irmão, Lda investia assim<br />
em mais um armazém, perto da sede da empresa,<br />
que com os seus 1.500 m2 permitia à empresa trabalhar<br />
especificamente com a marca BKT, nomeadamente<br />
ao nível <strong>dos</strong> pneus agrícolas.<br />
Pelo meio já decorria um novo projeto, que teve o<br />
seu epílogo em Abril de <strong>2012</strong>, e que tornou a S. José,<br />
Logística de <strong>Pneus</strong> representante da BKT em Portugal<br />
e Espanha. Apesar de ter sido constituída uma empresa<br />
para operar naquele país, com a designação de San<br />
Jose Neumaticos Y Accesorios, SL, a empresa de Cantanhede<br />
fazia crescer novamente o seu espaço de<br />
stock, adicionando mais 3.000 m2 (ficando assim<br />
com 4.500 m2) ao armazém destinado à operação<br />
com a marca BKT.<br />
A apresentação aos clientes deste novo armazém<br />
aconteceu no dia 2 de Maio, que contou com a presença<br />
do Diretor Geral da BKT, Rajiv Poddar. “Foi<br />
um dia marcante para a José Aniceto & Irmão, Lda<br />
que representou a concretização de um projeto e o<br />
consolidar das expetativas que temos para o crescimento<br />
da nossa atividade”, disse Luís Aniceto gerente<br />
da empresa.<br />
Agora com quase 8.000 m2 de área de armazém total,<br />
os novos 4.500 m2 disponíveis representam a consolidação<br />
de um espaço específico para o produto<br />
agro-industrial, para “fazer face à evolução que queremos<br />
continuar a fazer com a marca BKT em Portugal,<br />
mas também em Espanha”.<br />
Com este tremendo investimento, a oferta disponível<br />
na marca BKT duplicou de um momento para o<br />
outro, mas também investiu-se numa imagem moderna<br />
e equipamentos funcionais, o que se traduziu num<br />
ganho muito grande na produtividade.<br />
“Podemos ter três camiões no cais, a fazer carga ou<br />
descarga em simultâneo, e isto é muito importante,<br />
pois os tempos de operação diminuíram drasticamente.<br />
Temos agora condições logísticas como nunca tivemos,<br />
que traduzem um enorme avanço na nossa<br />
atividade”, realça Luís Aniceto.<br />
Neste armazém concentra-se toda a oferta da S.<br />
José, Logística de <strong>Pneus</strong> em termos de produto de<br />
grandes dimensões, com uma fortíssima presença de<br />
pneus agrícolas da BKT.<br />
“Este investimento vai permitir-nos desenvolver<br />
outros projetos, como por exemplo fornecermos o<br />
primeiro equipamento, com uma oferta integrada de<br />
38<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
EMPRESA<br />
Para os responsáveis desta<br />
empresa de Cantanhede já<br />
não existem quaisquer<br />
dúvidas de que a entrada em<br />
Espanha foi também muito<br />
benéfica para o próprio<br />
mercado português<br />
“trata-se de um consequência lógica do nosso negócio.<br />
Se já somos uma referência na distribuição de<br />
pneus no sector de reposição, também o queremos<br />
ser no primeiro equipamento”.<br />
Neste período a S. José, Logística de <strong>Pneus</strong> assumese<br />
mesmo como a marca BKT na Península Ibérica,<br />
dando já assistência técnica a pneus BKT que não foram<br />
no passado vendi<strong>dos</strong> pela empresa de Cantanhede<br />
e a outros pneus BKT que equipam de origem algum<br />
equipamento agrícola. “Isto é também o reconhecimento<br />
do trabalho que temos vindo a fazer e<br />
que começa a dar os seus frutos”, reconhece Luís Aniceto.<br />
O novo armazém da S. José Logística de <strong>Pneus</strong>, que suporta o negócio da BKT em Portugal e Espanha, revela<br />
bem a aposta que este operador fez no negócio <strong>dos</strong> pneus agro-florestais<br />
pneu e jante. Atualmente já fornecemos o maior produtor<br />
de sistemas de rega em Portugal e já estamos<br />
nesse negócio em Espanha. Queremos ainda ser um<br />
player ativo no fornecimento de pneus às fábricas que<br />
constroem reboques, ao nível do mercado ibérico,<br />
existindo aqui um grande potencial de negócio”, conta<br />
José Aniceto gerente da empresa, acrescentando<br />
Espanha<br />
“Demos uma resposta mais rápida do que aquilo<br />
que as pessoas esperavam”. É desta maneira que Luís<br />
Aniceto comenta a entrada da S. José, Logística de<br />
<strong>Pneus</strong> no mercado Espanhol. O novo armazém foi<br />
projetado já pensando no crescimento da atividade<br />
da empresa em Espanha, mas não está colocada de<br />
parte a hipótese de a empresa ter no país vizinho um<br />
outro armazém.<br />
“A marca BKT já era conhecida em Espanha e a<br />
sua qualidade era reconhecida, mas estava estagnada,<br />
pois não havia produto no mercado nem era trabalhada<br />
de forma conveniente”, refere Luís Aniceto, ar-<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 39
EMPRESA<br />
S.JOSE LOGISTICA DE PNEUS<br />
de José Aniceto & irmão, Lda<br />
JOSÉ ANICETO E IRMÃO, LDA<br />
Sede: Zona de Industrial, Lote 13, Apt 53<br />
3060-107 Cantanhede<br />
Gerentes: José Aniceto / Luís Aniceto<br />
Telefone: 231 419 290<br />
Fax: 231 419 290<br />
E-mail: encomendas@sjosepneus.com<br />
geral@sjosepneus.com<br />
Internet: www.sjosepneus.com<br />
O maior volume de<br />
negócios da S. José,<br />
Logística de <strong>Pneus</strong>,<br />
continua a ser os pneus de<br />
turismo, comerciais e 4x4<br />
Sendo o distribuidor da marca BKT para Portugal e Espanha, a S. José Logística de <strong>Pneus</strong> vai desenvolver<br />
outros projetos com esta marca de pneus<br />
gumentando “que conhecendo o potencial da marca<br />
BKT e a dimensão e importância do mercado Espanhol,<br />
a aposta de trabalhar esse mercado foi audaz.<br />
Apesar de, provavelmente, ser a pior altura <strong>dos</strong> últimos<br />
30 anos para investir em Espanha, entendemos<br />
que isso é também uma oportunidade para impor<br />
um produto como o BKT”.<br />
Para “atacar” o mercado espanhol foi constituída,<br />
como se disse, uma empresa em Espanha, tendo depois<br />
a San Jose Neumaticos Y Accesorios, SL uma<br />
equipa de comerciais que desenvolvem a sua atividade<br />
juntamente com alguns distribuidores. “Este é um<br />
projeto ainda numa fase inicial, em que sabemos o<br />
que queremos, mas em que estamos sempre a avaliar<br />
qual o melhor caminho a seguir”, afirma José Aniceto.<br />
Para os responsáveis desta empresa de Cantanhede<br />
já não existem quaisquer dúvidas de que a entrada<br />
em Espanha foi também muito benéfica para o próprio<br />
mercado português. A razão, segundo Luís Aniceto,<br />
é simples e explica-se pelo facto de “existir necessidade<br />
de trabalhar com novas medidas e novas<br />
gamas em Espanha, gerando assim maior disponibilidade<br />
e variedade de stock para o nosso mercado.<br />
Dessa forma conseguimos dar uma resposta muito<br />
mais rápida aos nossos clientes em Portugal”.<br />
Com 440 referências de produto BKT, a José Aniceto<br />
& irmão, Lda passa a ter a maior oferta ibérica<br />
em produto agro-industrial. “Mesmo podendo colocar<br />
um pouco em causa a rentabilidade média do<br />
stock, queremos que o cliente sinta que poderemos<br />
cobrir quase todas as suas necessidades em termos de<br />
pneus agro-industriais.<br />
Neste momento cobrimos 90% das necessidades<br />
do mercado agro-industrial e por isso queremos que<br />
o cliente se lembre de nós quando tem algo necessidade”,<br />
afirma Luís Aniceto, reafirmando que “a BKT<br />
é uma marca de qualidade, que tem um bom preço”.<br />
Apesar de to<strong>dos</strong> estes novos investimentos na área<br />
agro-industrial, que colocam a José Aniceto & irmão,<br />
Lda numa invejável posição no mercado ibérico neste<br />
sector específico do negócio <strong>dos</strong> pneus, Luís Aniceto<br />
não esquece porém a globalidade do negócio da<br />
empresa. “O maior volume de negócios da S. José,<br />
Logística de <strong>Pneus</strong>, continua a ser os pneus de turismo,<br />
comercial e 4x4. Não somos um operador de<br />
pneus agrícolas, somos sim, um operador global de<br />
pneus, que se afirma como tendo a maior e mais diversificada<br />
gama de pneus do mercado, mesmo em<br />
medidas de turismo e SUV fora do comum” refere<br />
Luís Aniceto.<br />
Para concluir, este responsável da José Aniceto &<br />
irmão, Lda revela que “sempre pautamos a nossa<br />
ação pelo rigor da nossa gestão e pela seriedade que<br />
colocamos no nosso negócio. É impossível passar incólume<br />
ao momento que se vive agora no mercado, e<br />
por isso queremos continuar com os pés bem assentes<br />
no chão, evoluindo um passo de cada vez, sem esquecer<br />
de agradecer aos nossos clientes o apoio que<br />
nos têm dado”.3<br />
40<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
O BluEarth no coração.<br />
O pneu amigo do ambiente que tem baixos níveis<br />
de consumode combustível e que permite andar mais.<br />
YOKOHAMA IBERIA, S.A<br />
Rua 12 · Zona Industrial da Varziela<br />
4480-109 Vila do Conde · Portugal<br />
T: 252 249 070 · F: 252 249 079<br />
contacta@yokohamaiberia.com<br />
www.yokohama-online.com
EMPRESA<br />
MOMO TIRES<br />
Marca estimula projeto<br />
A Momo Tires é uma realidade com uma oferta completa, um catálogo de pneus para os<br />
principais segmentos da procura e com uma identidade visual própria<br />
Amarca Momo está no mercado desde os anos<br />
60 do século passado e foi adquirindo ao longo<br />
do tempo um capital sólido, em termos de<br />
visibilidade e de qualidade de produto. O<br />
grande "culpado" disso foi o piloto italiano Gianpiero<br />
Moretti, que também "acelerava" com alguma facilidade<br />
na área <strong>dos</strong> negócios, tendo criado uma indústria<br />
de acessórios para personalização de automóveis, com<br />
destaque para os volantes revesti<strong>dos</strong> a couro.<br />
O bom gosto e a qualidade de fabrico do produto,<br />
assim como o patrocínio do próprio piloto, garantiram<br />
à marca Momo uma boa aceitação no mercado<br />
europeu e norte-americano, entre outros. Em Portugal,<br />
a Momo foi desde sempre uma marca de prestígio<br />
e de sucesso, com uma imagem de certo modo "colada"<br />
aos desportos motoriza<strong>dos</strong> e a um estatuto social<br />
elevado.<br />
O valor da marca está naturalmente na origem do<br />
negócio de jantes de liga leve Momo, no fundo uma<br />
ampliação de gama, cuja oportunidade muito deve ao<br />
declínio do mercado <strong>dos</strong> volantes especiais, desde<br />
logo pelo aparecimento e generalização <strong>dos</strong> air bags.<br />
Negócio aos círculos<br />
Volantes especiais, jantes especiais e pneus com<br />
personalidade são três passos de um negócio que rola<br />
e passa naturalmente de um segmento ao outro com<br />
uma lógica circular e imparável.<br />
A verdade é que a Momo já estava no negócio das<br />
jantes, cujo grande canal de distribuição é o negócio<br />
de pneus. Os distribuidores são geralmente os mesmos<br />
para <strong>dos</strong> dois produtos e isso criou condições de<br />
proximidade que despoletaram a oportunidade da<br />
Momo alargar a sua área de negócio aos pneus, sem<br />
trair a sua vocação original, que é o estilo e a personalização<br />
do veículo. Jante e pneu são hoje uma peça<br />
chave na definição do estilo de um veículo e a Momo<br />
sabe isso muito bem, porque os italianos são de certo<br />
modo peritos em temas relaciona<strong>dos</strong> com a moda e o<br />
estilismo.<br />
Outra área em que os italianos são fortes é o dinamismo<br />
empresarial, factor que propiciou a reunião<br />
das peças do puzzle que deu origem à Momo Tires.<br />
Desenhar, produzir, distribuir<br />
Os grandes eventos do pós-venda automóvel europeu<br />
são um viveiro de oportunidades de encontros e<br />
de concretização de negócios. Foi precisamente na<br />
Autopromotec de Bolonha em 2009, que um encontro<br />
normal de negócios entre responsáveis da marca<br />
Momo e do dinâmico distribuidor italiano de pneus<br />
Univergomma, proporcionou o desenvolvimento<br />
deste novo projeto.<br />
A Univergomma apresentou ao responsáveis da<br />
Momo o fabricante chinês Jinyu, uma empresa com<br />
uma dimensão interessante (12 milhões de pneus ligeiros<br />
e 2,5 milhões de pneus pesa<strong>dos</strong> ano), um centro<br />
avançado de R&D e com projetos de expansão da<br />
sua atividade.<br />
Estavam portanto reunidas as sinergias indispensá-<br />
42<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
EMPRESA<br />
Massimo Peccia e Alexandra Peccia da<br />
Univergomma, com o novo pneu Momo Suv Pole<br />
O valor da marca está<br />
naturalmente na origem do<br />
negócio de jantes de liga<br />
leve Momo<br />
MOMO TIRES<br />
Sede: Via Pisana 541/G<br />
50018 Scandicci (FI) - Itália<br />
Diretor-Geral: Massimo Peccia<br />
Telefone: +39 055 73751<br />
Fax: +39 055 7375222<br />
e-mail: massimo.peccia@momotires.it<br />
Internet: www.momo.it<br />
veis para arrancar com um projeto inovador, onde a<br />
Momo fornecia a marca bem conhecida e bem aceite<br />
no mercado internacional, assim como competências<br />
de design, enquanto que a Jinyu fornecia a tecnologia<br />
e a capacidade de produção, ficando a Univergomma<br />
com a responsabilidade da distribuição, algo que faz e<br />
bem há muito tempo, dispondo só em Itália de 55<br />
distribuidores e 11.000 clientes, além de patrocinar a<br />
rede de oficinas especializadas em pneus Uniservices.<br />
Projeto estruturado<br />
Havendo vontade e meios, a obra nasce. Entre o<br />
momento mágico da Autopromotec 2009 e a apresentação<br />
da marca Momo Tires na última feira de Essen,<br />
na Alemanha, decorreram tão somente três anos.<br />
Não se julgue no entanto que a Momo Tires foi até<br />
Reifen <strong>2012</strong> apenas com uma operação comercial e<br />
de marketing bem montada. A Momo Tires é uma<br />
realidade com uma oferta completa, um catálogo de<br />
pneus para os principais segmentos da procura e com<br />
uma identidade visual própria. Estamos a falar de<br />
uma nova marca de pneus italiana que irá concorrer<br />
no muito competitivo segmento médio, onde a relação<br />
preço/valor consegue suplantar em muitos casos<br />
os argumentos técnicos <strong>dos</strong> pneus topo de gama.<br />
Isto significa que os pneus estão prontos e vão sair<br />
para o mercado já com a gama de Inverno North Pole,<br />
aquela que poderá afirmar-se de imediato, ficando a<br />
gama de pneus de Verão para a próxima Primavera de<br />
2013.<br />
Existem para já duas opções, W-1 e W-2, para jantes<br />
de 13 até 18 polegadas (entre a medida 155/80R13<br />
e a medida 245/40R18), o que permite satisfazer as<br />
necessidades de veículos <strong>dos</strong> principais segmentos do<br />
parque circulante. As primeiras 30 medidas de lançamento<br />
já estão no mercado desde o dia 1 de Setembro<br />
e as restantes 25 serão introduzidas a partir do início<br />
de 2013.<br />
Para o próximo ano, está prevista a gama Suv Pole,<br />
articulada em torno de 16 medidas diferentes, entre o<br />
pneu 205/70R15 e o 275/40R20. A gama para comerciais<br />
ligeiros médios Van Pole terá 8 referências, a partir<br />
da medida 165/70R14, até à medida 195/65R16. A<br />
gama Mendex M7 terá medidas de jante entre 14 e<br />
16", destinando-se a comerciais pequenos.<br />
No que se refere à gama de pneus para a estação<br />
quente, os modelos previstos são o Outrun, M1, M2 e<br />
M3, com medidas de jante entre 13 e 18 polegadas.<br />
Para os veículos de condução fora da estrada a Momo<br />
Tires prevê duas linhas de pneus, uma para SUVs e<br />
outra para veículos 4 x 4 puros, com os modelos Rescuer<br />
M8 e A-Lusion M9, disponíveis em medidas de<br />
jante de 15" a 20".<br />
Para já, a distribuição ficará a cargo da Univergomma,<br />
que já foi nomeada distribuidor oficial da marca<br />
Momo Tires em Itália, onde possui 55 oficinas e 9 retalhistas<br />
espalha<strong>dos</strong> por todo o território. Em Portugal,<br />
a Momo Tires está neste momento à procura de<br />
distribuidores para as suas diferentes gamas de<br />
pneus.3<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 43
EMPRESA<br />
Point S<br />
Ajudar o aderente<br />
Num mundo cada vez mais globalizado e informado, a Point S tem vindo a preparar-se<br />
com ferramentas tecnológicas pensadas para apoiar o aderente a esta rede no seu<br />
negócio do dia a dia<br />
APoint S é uma rede de casas de pneus que está<br />
no mercado português desde Março de 2008,<br />
mas que pertence a uma das maiores redes internacionais<br />
de pneus,<br />
Com um trabalho consistente e de crescimento sustentado,<br />
a Point S lançou agora para os seus aderentes<br />
no mercado português, duas novas ferramentas.<br />
A primeira é uma ferramenta<br />
em tudo idêntica ao CRM (Costumer<br />
Relationship Management),<br />
que permite registar to<strong>dos</strong><br />
os clientes que visitam uma oficina<br />
da Point S. Assim, qualquer<br />
cliente que entre num retalhista<br />
Point S, alguns da<strong>dos</strong> do seu carro ficam numa ficha,<br />
como por exemplo a matrícula e sua data, marca e<br />
medida <strong>dos</strong> pneus, motorização, quilómetros, morada,<br />
contactos, etc.<br />
O objetivo desta ferramenta é permitir que qualquer<br />
ponto da rede Point S fique a saber o historial<br />
do carro e to<strong>dos</strong> os serviços que tem feito, através da<br />
matrícula. A partir dessa altura existe um potencial<br />
enorme de comunicação da Point S com os clientes<br />
finais da rede (os automobilistas), através de SMS,<br />
podendo dessa forma ser feitas campanhas muito direcionadas<br />
a grupos de clientes.<br />
A Point S protocolou com a Vodafone um acordo<br />
Os preços <strong>dos</strong> pneus que constam na Loja Online<br />
são em média mais baixos do que aqueles pratica<strong>dos</strong> na<br />
própria rede nos postos de retalho<br />
de da<strong>dos</strong>, via SMS (ou por e.mail), que permitirá que<br />
cada aderente faça as suas campanhas muito direcionadas,<br />
a custos muitos reduzi<strong>dos</strong>, mas com um grau<br />
de eficácia muito grande.<br />
Também a própria Point S poderá fazer campanhas<br />
globais, envolvendo toda a rede, potenciando<br />
dessa forma o tráfego nas suas oficinas aderentes.<br />
Logicamente que existem muitas outras funcionalidades<br />
que se podem retirar desta ferramenta. “É<br />
fundamental que os retalhistas <strong>dos</strong> pneus conheçam<br />
com o maior detalhe possível o consumidor final.<br />
Numa altura em que to<strong>dos</strong> vendem barato e fazem<br />
campanhas agressivas, só as casas que conheçam bem<br />
o seu cliente é que podem ter futuro”,<br />
afirma Humberto Meneses,<br />
Diretor Geral da Point S em<br />
Portugal, acrescentando que “esta<br />
ferramenta de CRM permite exatamente<br />
isso. Conhecer melhor o<br />
cliente, mas também potenciar a<br />
relação dele com cada um <strong>dos</strong> nossos aderentes. Podemos<br />
dizer que é uma ferramenta que irá ajudar na<br />
fidelização <strong>dos</strong> clientes à nossa rede”.<br />
Está ferramenta CRM está já testada e desenvolvida,<br />
estando agora a mesma em fase de implementação<br />
na rede Point S. “Numa altura em que é difícil ter<br />
44<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
EMPRESA<br />
A Point S desenvolveu<br />
dois novos projetos<br />
para Portugal que<br />
visam ajudar o<br />
aderente a dinamizar o<br />
negócio e a fidelizar os<br />
clientes<br />
POINT S PORTUGAL<br />
Sede: Rua Fialho de Almeida, N.º 14 - 2.º Esq.<br />
1070-129 Lisboa<br />
Diretor Geral: Humberto Menezes<br />
Telefone: 211 452 788<br />
Fax: 243 9436 511<br />
E-mail: humberto.meneses@points.pt<br />
Internet: www.points.pt<br />
clientes, esta ferramenta ajuda muito os nossos aderentes<br />
a comunicar com o seu cliente. Não é obrigatório<br />
que os aderentes a utilizem, mas esta é uma<br />
arma que quem a souber aproveitar será muito útil<br />
para o desenvolvimento das suas empresas” afirma<br />
Humberto Meneses.<br />
Vendas online<br />
Um <strong>dos</strong> projetos que a Point S desenvolveu em<br />
2011 foi o site de vendas online B2B, que permitia a<br />
to<strong>dos</strong> os aderentes ter acesso às melhores ofertas nas<br />
compras de pneus aos fornecedores desta rede.<br />
O novo passo agora é o site de vendas online B2C,<br />
também designada por Loja Online.<br />
Em termos de funcionamento é um processo muito<br />
simples. O cliente regista-se podendo depois fazer a<br />
pesquisa <strong>dos</strong> pneus pela medida que lhe interessa.<br />
Mesmo que o cliente não faça a aquisição de qualquer<br />
pneu, para além de receber um brinde da Poins S, terá<br />
acesso a pesquisar com detalhe o que lhe interessa.<br />
Trata-se de um sistema em tudo semelhante a outros<br />
que já existem, mas que apresenta uma grande vantagem,<br />
que é estar associado a uma rede, nesta caso a<br />
Point S.<br />
Quando um cliente faz a encomenda ser-lhe-á indicado<br />
a casa da rede Point S mais próxima da sua morada,<br />
podendo o cliente optar para mandar para lá os<br />
pneus (onde os irá montar) ou para uma morada alternativa<br />
(no caso de não querer montar os pneus num<br />
posto da rede Point S).<br />
Os preços <strong>dos</strong> pneus que constam nesta Loja Online<br />
são em média mais baixos do que aqueles pratica<strong>dos</strong><br />
na própria rede nos postos de retalho. “Esta ferramenta<br />
não faz concorrência aos nossos aderentes, antes<br />
pelo contrário”, assegura Humberto Meneses,<br />
explicando que “a margem resultante da venda fica<br />
para o posto aderente da Point S onde o pneu será<br />
montado, que ainda ganhará na montagem e nos serviços<br />
associa<strong>dos</strong> que têm o mesmo preço em toda a<br />
nossa rede. Caso o cliente vá montar o pneu noutro retalhista,<br />
a margem fica para a Point S poder desenvolver<br />
os seus projetos”.<br />
Em stock online para o cliente final vão estar cerca<br />
de 3.500 referências de pneus, de mais de 30 marcas de<br />
pneus, com preços para todas as bolsas.<br />
“Nenhuma rede oferece este tipo de ferramenta em<br />
Portugal. Somos pioneiros, sendo esta mais uma forma<br />
de podermos potenciar as vendas Point S em Portugal<br />
e dinamizar o tráfego nos nossos aderentes”, afirma<br />
o Diretor Geral da Point S em Portugal.<br />
A divulgação da Loja Online será feita através do<br />
Google, considerando Humberto Meneses que “estas<br />
ferramentas são pensadas em prol <strong>dos</strong> nossos aderentes<br />
e no desenvolvimento do negócio Point S, até porque<br />
não representam custos para eles. Por outro lado,<br />
penso que são ferramentas destas que nos podem trazer<br />
mais aderentes para a rede Point S”.<br />
Refira-se que a rede Point S tem neste momento 26<br />
postos aderentes, esperando Humberto Meneses que a<br />
mesma venha a crescer no futuro.3<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 45
EMPRESA<br />
JOTA PNEUS<br />
Gigante local<br />
Na região de Torres Vedras não há ninguém que não conheça a Jota <strong>Pneus</strong>.<br />
É um retalhista de pneus, com décadas de serviço, que sabe bem o percurso que<br />
quer trilhar para o futuro<br />
São muitos os anos de trabalho com a Firestone.<br />
Uma história longa nos pneus, no início<br />
da década de 70, que atravessou gerações. O<br />
negócio de pneus não tem muitos segre<strong>dos</strong><br />
para ele. Atualmente ainda dá conta do recado, mas o<br />
negócio está agora entregue a familiares, genros, sobrinhos,<br />
neto e filhas, com a sócia de sempre (na vida e<br />
nos negócios) que é a mulher. É sempre um gosto falar<br />
com alguém tão experiente<br />
no ramo, e que<br />
pela simpatia que irradia<br />
não admira que tenho<br />
tido sucesso na sua vida<br />
de empresário.<br />
Desde aos anos 80 que<br />
está à frente da Jota <strong>Pneus</strong>, um reconhecido retalhista<br />
de pneus da zona de Torres Vedras, não sendo de admirar<br />
que não existe nenhum cliente que entre porta<br />
dentro que não conheça e cumprimente o senhor<br />
Joaquim Santos.<br />
“A ligação à Firestone, e mais tarde à Bridgestone,<br />
só se explica pela seriedade e respeito mútuo que sempre<br />
houve. Quando assim é posso considerar que passou<br />
a ser uma família”, afirma Joaquim Santos, o histórico<br />
gerente da Jota <strong>Pneus</strong>, “atualmente com as novas<br />
empresas isso já não é assim, compra-se pela<br />
internet por causa do preço e não conhecemos as pessoas”.<br />
A Jota <strong>Pneus</strong> é um retalhista<br />
da zona de Torres Vedras que possui três casas de pneus,<br />
todas elas com imagem da rede First Stop<br />
A Jota <strong>Pneus</strong> é atualmente uma rede de retalho local<br />
dentro de uma rede nacional. Começou por um<br />
posto em Torres Vedras (há mais de 20 anos), depois<br />
abriu outro posto em Campelos (na estrada para a<br />
Lourinhã) e o mais recentemente na Merceana. Mas<br />
existe um fundamento familiar para tal, como explica<br />
Joaquim Santos: “tenho três filhas e por isso são três<br />
postos de retalho, embora uma das filhas não esteja ligada<br />
aos pneus. Em to<strong>dos</strong> os postos estão pessoas da<br />
família, estando eu a coordenar já que a ideia é funcionarmos<br />
em conjunto. Felizmente que as coisas<br />
têm funcionado bem”.<br />
Mais recentemente, desde 2008, que a Jota <strong>Pneus</strong><br />
passou a integrar a rede<br />
First Stop, depois “de termos<br />
levado algum tempo<br />
a estudar não só as<br />
vantagens mas a forma<br />
como essa situação nos<br />
poderia ser útil”, refere<br />
Joaquim Santos.<br />
Tomada a decisão, o responsável da Jota <strong>Pneus</strong><br />
considera que foi um passo importante para a sua<br />
empresa, logo a começar pelo “embelezamento” <strong>dos</strong><br />
três postos de retalho. Mas as vantagens foram muito<br />
46<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
EMPRESA<br />
JOTA PNEUS<br />
A política da Jota <strong>Pneus</strong> passa essencialmente por servir os seus clientes, estando a desenvolver outras<br />
áreas de negócio como os serviços de mecânica<br />
Sede: Rua Cândido <strong>dos</strong> Reis, 8<br />
2560-312 Torres Vedras<br />
Telefone: 261 323 163<br />
Fax: 261 322 183<br />
E-mail: geral@jotapneus.mail.pt<br />
Internet: n.d.<br />
além da parte estética, como considera o responsável<br />
da Jota <strong>Pneus</strong>, afirmando que “evoluímos em to<strong>dos</strong><br />
os senti<strong>dos</strong>. Quer na vertente comercial, quer em termos<br />
de gestão. Houve uma modernização em termos<br />
comerciais e mesmo da própria assistência, o que levou<br />
a que os clientes nos procurassem mais. Hoje<br />
existe muita casa de pneus e muitas oficinas, mas estarmos<br />
liga<strong>dos</strong> a uma rede destas permite-nos ter<br />
aces so à formação e estarmos constantemente atualiza<strong>dos</strong>.<br />
Assim como as companhias evoluem, com<br />
esta parceria, também nós podemos acompanhar a<br />
evolução e isso é realmente importante para o nosso<br />
negócio”.<br />
Sabendo das dificuldades que o mercado atravessa,<br />
Joaquim Santos não quer optar pelo facilitismo, apostando<br />
antes na profissionalização da Jota <strong>Pneus</strong>, o que<br />
levou a empresa a apostar na mecânica. “Começámos<br />
a fazer mais qualquer coisa para além <strong>dos</strong> pneus no<br />
posto da Merceana. Fomos progressivamente incluindo<br />
mais serviços nos outros dois postos”, revela o responsável<br />
da Jota <strong>Pneus</strong>, dizendo que “ainda não está a<br />
100% mas temos vindo a fazer cada vez mais serviços<br />
para além <strong>dos</strong> pneus”. Sabendo que é esse o caminho<br />
a seguir pela Jota <strong>Pneus</strong>, Joaquim Santos refere que a<br />
aposta nos serviços de mecânica é também uma forma<br />
de rentabilizar o espaço.<br />
Sempre disponível, o responsável da Jota <strong>Pneus</strong>, revela<br />
outro <strong>dos</strong> segre<strong>dos</strong> do sucesso da sua empresa.<br />
“Os stocks são a nossa riqueza. Aumentamos os nossos<br />
stocks sempre que temos disponibilidade financeira<br />
para tal”, diz Joaquim Santos, explicando que “é<br />
uma forma de servir sempre o cliente”.<br />
Mercado<br />
Conhecedor como poucos do sector <strong>dos</strong> pneus,<br />
Joaquim Santos revela que o mercado quebrou. “Na<br />
área <strong>dos</strong> pesa<strong>dos</strong> nem se fala. A construção cresceu em<br />
demasia e agora a quebra foi enorme, o que se refletiu<br />
nos pesa<strong>dos</strong>”, argumenta este responsável, que coloca<br />
grande parte da responsabilidade destas quebras nas<br />
políticas seguidas pelos sucessivos governos, afirmando<br />
ainda que “temos compensado de alguma forma<br />
essas quebras com os serviços de mecânica”.<br />
Na opinião do responsável desta empresa, os pneus<br />
usa<strong>dos</strong> não têm futuro, até porque “uma empresa<br />
com o prestígio da nossa não pode entrar por essa via.<br />
Não compramos pneus usa<strong>dos</strong> para vender. Temos<br />
pneus mais baratos para servir o cliente desse tipo de<br />
pneu, mas pneus usa<strong>dos</strong> não é boa política”.<br />
Na área <strong>dos</strong> investimentos a Jota <strong>Pneus</strong> não tem<br />
previsto nada de significativo, mas “é necessário investir<br />
sempre, quer em máquinas, que estão sempre a<br />
evoluir, quer na formação <strong>dos</strong> próprios recursos humanos”,<br />
afirma Joaquim Santos, garantindo “neste<br />
negócio estamos sempre a aprender”.<br />
Na Jota <strong>Pneus</strong> trabalham 17 pessoas, divididas pelos<br />
três centros, que trabalham todo o tipo de pneus<br />
(ligeiros, 4x4, pesa<strong>dos</strong>, agrícolas, entre outros), disponibilizando<br />
uma extensa oferta, bem acima da média<br />
para um retalhista.3<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 47
EMPRESA<br />
Euro Tyre<br />
Investir em várias frentes<br />
O percurso da Euro Tyre em Portugal tem sido fulgurante. As mais recentes instalações<br />
que este grossista tem em Murtede, perto de Cantanhede, são disso um exemplo,<br />
às quais ninguém pode ficar indiferente<br />
Os dois últimos anos da Euro Tyre têm sido um<br />
corrupio. São diversos os factos que marcaram<br />
ao longo desde período a atividade comercial<br />
da empresa, que é provavelmente o maior<br />
grossista independente de pneus a operar em Portugal.<br />
Mas vamos por partes. Em primeiro lugar falemos<br />
da internacionalização da empresa para Espanha, tendo<br />
sido criada em Madrid a Euro<br />
Tyre – Distribuccion de Neumáticos<br />
SL, para depois ter sido desenvolvida<br />
uma filial em Barcelona<br />
(outubro de 2011) onde possui<br />
um armazém de 1.000 m2.<br />
Com esta tremenda aposta em Espanha, onde possui<br />
seis comerciais, a Euro Tyre espera vender tanto<br />
em Espanha como já vende em Portugal, isto é, 50%<br />
do negócio deverá ficar dividido entre os dois países<br />
até final de <strong>2012</strong>.<br />
“Tendencialmente o negócio em Espanha irá ser<br />
cada vez mais representativo para a Euro Tyre, pois é<br />
Há mais de dois anos que a Euro Tyre ficou com a<br />
exclusividade da representação da marca Infinity para a<br />
Península Ibérica<br />
um mercado quatro vezes maior que o nosso. To<strong>dos</strong><br />
os dias estamos a abrir novos clientes, existindo muito<br />
terreno por explorar”, refere Marco Maia, diretor comercial<br />
da Euro Tyre.<br />
O armazém de Murtede abastece o mercado de Madrid<br />
(lembre-se que a Euro Tyre já vendia na Galiza),<br />
enquanto a aposta num armazém em Barcelona devese<br />
ao facto <strong>dos</strong> Catalães privilegiarem as suas compras<br />
em fornecedores locais. “A nossa estratégia é estar presente<br />
em todo o território espanhol, já temos clientes<br />
um pouco por toda a Espanha, mas sabemos que temos<br />
que ir passo a passo”, afirma o mesmo responsável.<br />
Para Espanha a Euro Tyre utilizou uma estratégia<br />
semelhante aquela que a fez crescer em Portugal, isto<br />
é, apostou em ser muita agressiva no preço, dizendo<br />
Marco Maia a este respeito que “ nas medidas mais importantes<br />
temos sempre o melhor preço”. Outro foco<br />
da atividade teve a ver com o tipo de cliente, apostando<br />
a Euro Tyre em clientes que compram diariamente<br />
um pouco em detrimento <strong>dos</strong> clientes que compram<br />
massivamente. O facto de não cobrar portes nem exigir<br />
quantidades (o cliente pode<br />
pedir um pneu), são também fatores<br />
que justificam o sucesso da<br />
empresa em Espanha, segundo os<br />
seus responsáveis. “Esta estratégia<br />
permite que em Portugal o crescimento<br />
no primeiro semestre tenha sido de 6% e que<br />
em Espanha seja muito maior”, analisa Marco Maia,<br />
dizendo que “temos uma política de recebimentos<br />
muito bem definida e isso está a dar os seus frutos nesta<br />
fase em que também sentimos as dificuldades”.<br />
Mesmo tendo as ferramentas B2B (leia-se vendas<br />
online), a Euro Tyre considera que 2013 será o ano em<br />
48<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
EMPRESA<br />
EUROTYRE<br />
A Euro Tyre veio para ficar como se prova pelas enormes instalações que a empresa possui bem perto da<br />
Mealhada, que servem o mercado português e espanhol<br />
Sede: Euro-Tyre BV, Sucursal Portugal<br />
Núcleo Ind. Murtede Lt 13 - 3060-372 Murtede<br />
Diretor Comercial: Marco Maia<br />
Telefone: 231 419 190<br />
Fax: 231 420 310<br />
E-mail: geral@eurotyre.pt<br />
Internet: www.eurotyre.pt<br />
que “vamos apostar ainda mais no serviço e a nossa estratégia<br />
passará por nos aproximarmos cada vez mais<br />
<strong>dos</strong> nossos clientes”, revela o diretor comercial da empresa,<br />
explicando que já em <strong>2012</strong> “temos vindo a fazer<br />
pequenos encontros com clientes, onde falamos com<br />
eles, ouvimo-los e tentamos perceber onde podemos<br />
melhorar”.<br />
Infinity<br />
Há mais de dois anos que a Euro Tyre ficou com a<br />
exclusividade da representação da marca Infinity para<br />
a Península Ibérica. Tem sido grande a aposta que a<br />
empresa tem feito nesta marca, sendo agora uma das<br />
suas bandeiras no mercado. “Sabemos que é uma marca<br />
de preço, mas ao contrário das outras a Infinity tem<br />
uma diferença muito importante. Na Infinity a gama é<br />
enorme e vai <strong>dos</strong> pneus para ligeiros e 4x4, até aos<br />
pneus para pesa<strong>dos</strong>, passando pelos comerciais, e isso<br />
é muito importante para o retalhista”, refere Marco<br />
Maia.<br />
No entender da Euro Tyre trata-se de uma aposta de<br />
futuro, até porque a marca Infinity começa a ser reconhecida<br />
pelos clientes como tendo um posicionamento<br />
intermédio entre o Quality e Budget. Mesmo ao nível<br />
das etiquetas “vamos apresentar resulta<strong>dos</strong> bem interessantes<br />
na marca Infinity face a marcas bem mais<br />
conhecidas. Penso que vamos ter agradáveis surpresas<br />
para anunciar” diz o mesmo responsável.<br />
Diga-se que cerca de 20% do stock da Euro Tyre é<br />
representado pela marca Infinity, tendo sido “muito<br />
bem aceite quer em Portugal quer em Espanha” assegura<br />
o diretor comercial.<br />
Armazém<br />
Um <strong>dos</strong> mais impressionantes armazéns de pneus<br />
que existe em Portugal pode ser visto na Euro Tyre,<br />
nomeadamente pela sua dimensão física, no qual a<br />
empresa já chegou a ter em stock cerca de 115.000<br />
pneus. Este armazém, inaugurado em Agosto de 2011,<br />
possui mais de 3.000 referências diferentes em stock,<br />
isto é, existem sempre diversas opções para cada medida<br />
de pneu em função da marca ou da sua classificação<br />
(premium, quality ou budget). “Uma das estratégias da<br />
nossa empresa sempre foi essa, dar todas as opções de<br />
preço ao cliente. Queremos agora, até porque temos<br />
condições logísticas, começar a trabalhar outras áreas<br />
para além <strong>dos</strong> pneus ligeiros” refere Marco Maia.<br />
Logicamente que este armazém representa uma<br />
enorme aposta da Euro Tyre no mercado espanhol<br />
como também na marca Inifinity, que justificam o investimento<br />
que a empresa fez.<br />
Mesmo parecendo que resta pouco onde investir, a<br />
Euro Tyre está bem atenta ao desenvolvimento do<br />
mercado e por isso olha com expetativa para novas<br />
oportunidades. “Vamos ter ainda mais novidades para<br />
anunciar, pois este negócio é muito dinâmico e está<br />
em constante mudança. A seu tempo iremos dar a conhecer<br />
essas novidades que passam, por exemplo, por<br />
potenciar parcerias com determina<strong>dos</strong> clientes” concluiu<br />
Marco Maia.3<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 49
EMPRESA<br />
Easy<strong>Pneus</strong><br />
Acreditar no negócio<br />
Alavancado pela marca Maxxis, o negócio da Easy<strong>Pneus</strong> conheceu um forte impulso com o<br />
investimento em novas instalações, existindo agora os meios necessários para o<br />
desenvolvimento de todas as atividades da empresa<br />
Com o encerramento das instalações da Praceta<br />
<strong>dos</strong> Torneiros e a abertura de umas novas, não<br />
muito distantes, situadas na Rua da Lavoura<br />
também em Beja, a Easypneus iniciou um<br />
novo ciclo na sua história empresarial.<br />
O ano de <strong>2012</strong> fica assim claramente como uma<br />
marca para a empresa entre o passado<br />
e o futuro. Foi quase como passar<br />
da noite para o dia. De um momento<br />
para o outro a Easypneus<br />
passou a ter uma área coberta de<br />
12.000 m2, estando de momento a<br />
ser utiliza<strong>dos</strong> 7.000 m2, o que permite<br />
à empresa pensar noutros negócios<br />
de futuro.<br />
Investindo com fun<strong>dos</strong> próprios, desde 1 de julho<br />
que a “nova” Easy<strong>Pneus</strong> abriu as suas portas, onde<br />
funcionam agora de forma integrada uma unidade de<br />
retalho e um imenso armazém para a distribuição de<br />
pneus.<br />
Ao nível do retalho, onde se investiu muito na imagem<br />
Maxxis, a Easy<strong>Pneus</strong> disponibiliza agora outras<br />
condições aos seus clientes, passando a fazer para<br />
além do serviço de ligeiros também o de pesa<strong>dos</strong> e de<br />
motos, o que faz com que oito veículos possam estar<br />
a ser intervenciona<strong>dos</strong> em simultâneo.<br />
Em fase de estudo está o lançamento de um site de<br />
vendas online B2B, como forma de potenciar o negócio<br />
no retalho, reduzir custos de operação e aumentar a<br />
operacionalidade do mesmo<br />
“Agora temos condições completamente diferentes,<br />
a to<strong>dos</strong> os níveis, para receber os nossos clientes”,<br />
afirma com orgulho Daniel Mestre, gerente da Easy-<br />
<strong>Pneus</strong>, realçando ainda “o forte impacto visual destas<br />
instalações” com um aspeto claramente diferenciador.<br />
Distribuição<br />
O maior volume de negócio da Easy<strong>Pneus</strong> é feito<br />
na distribuição de pneus, focando a sua atividade na<br />
marca Maxxis.<br />
O novo armazém (6.200 m2) é muito maior do que<br />
anterior (que estava super lotado e já não tinha as condições<br />
ideais para o desenvolvimento<br />
do negócio grossista), tendo<br />
de momento cerca de 20.000<br />
pneus, mas com uma capacidade<br />
“para mais do dobro desse valor”,<br />
assegura Daniel Mestre, e com a<br />
“possibilidade de alargar ainda<br />
mais caso seja necessário e assim se<br />
justifique”.<br />
Logicamente que com as novas condições logísticas<br />
que tem ao seu dispor, abrem-se outras portas para<br />
o desenvolvimento de diversas áreas de negócio, que<br />
até ao momento não estavam a ser exploradas pela<br />
Easy<strong>Pneus</strong>. “Para além de um reforço da oferta de li-<br />
50<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
EMPRESA<br />
EASYPNEUS<br />
A Easy<strong>Pneus</strong> está apostada em desenvolver o negócio Maxxis no nosso país, tendo agora excelentes<br />
condições logísticas para o fazer<br />
Sede: Rua da Lavoura, 7800 Beja<br />
Gerente: Daniel Mestre<br />
Telefone: 284 320 340<br />
Fax: 284 320 305<br />
E-mail: info@easypneus.pt<br />
Internet: www.easypneus.pt<br />
geiros, este armazém, até pelas condições que tem, vai<br />
permitir crescer para os pneus industriais e agrícolas,<br />
onde a Maxxis é também muito forte” refere o gerente<br />
da empresa, que acrescenta que “a Maxxis possui uma<br />
gama tão alargada e uma disponibilidade de fabricação<br />
muito grande que nos dá a possibilidade de estudar<br />
bem aquilo que é mais conveniente para o nosso<br />
mercado. No fundo, o nosso objetivo é proporcionar<br />
ao cliente a maior escolha possível”.<br />
Uma das políticas de produto que a Easypneus,<br />
como grossista independente de pneus, não quer alterar<br />
é a aposta precisamente na Maxxis. Quase 90% da<br />
oferta de produto que a Easypneus tem para o mercado<br />
está concentrada nessa marca, embora comercialize<br />
ainda as marcas Cooper, Semperit e Continental.<br />
“A relação qualidade preço da Maxxis é excelente.<br />
A verdade é esta”, assegura Daniel Mestre, argumentando<br />
que “a Maxxis como construtor de pneus a nível<br />
mundial ocupa o 9 lugar. Os produtos Maxxis<br />
têm os preços mais competitivos quando compara<strong>dos</strong><br />
com as 10 primeiras marcas do ranking mundial”.<br />
Mesmo assim, o responsável da Easy<strong>Pneus</strong> não posiciona<br />
a Maxxis como um produto low-cost, antes<br />
pelo contrário “é um produto de média / alta gama,<br />
com to<strong>dos</strong> os requisitos e homologações para singrar<br />
no mercado europeu, onde a Maxxis tem apenas 5%<br />
da sua quota de mercado a nível mundial, existindo<br />
por isso uma aposta clara de crescimento neste continente”,<br />
afirma Daniel Mestre, dizendo também que<br />
“a Maxxis é daqueles produtores asiáticos que se preocupa<br />
em produzir com qualidade”.<br />
Logisticamente a Easypneus não possui distribuição<br />
própria, recorrendo por isso a diversos transportadores<br />
com quem tem acor<strong>dos</strong>.<br />
Em fase de estudo está também o lançamento de<br />
um site de vendas online B2B, como forma de potenciar<br />
o negócio no retalho, reduzir custos de operação<br />
e de aumentar a operacionalidade do mesmo, sendo<br />
um projeto que recolhe também o apoio da própria<br />
Maxxis.<br />
Mercado<br />
Apesar do forte investimento que fez, Daniel Mestre<br />
diz-se apreensivo face ao desenvolvimento do negócio<br />
<strong>dos</strong> pneus. “No primeiro semestre as vendas subiram,<br />
mas nesta segunda metade do ano tem-se notado<br />
uma quebra”, refere o responsável da Easypneus.<br />
Porém, como “parar” não está no dicionário de Daniel<br />
Mestre nem da marca que representa, o mesmo assume<br />
que “com esta nova aposta e com a excelente localização<br />
que temos espero aumentar vendas”.<br />
Para atingir tal objetivo, a Easy<strong>Pneus</strong> vai continuar a<br />
ser “agressiva” em termos de comunicação, quer com<br />
o cliente final, quer com o cliente profissional. Um<br />
<strong>dos</strong> exemplos são os 150 Táxis que circulam no Alentejo<br />
e Algarve com a imagem Maxxis, mas também<br />
com as campanhas mensais onde são distribuí<strong>dos</strong><br />
50.000 flyers, para além de algumas campanhas de rádio.<br />
“Não podemos ficar à espera do cliente, temos<br />
que dinamizar o negócio e a marca Maxxis”, conclui<br />
Daniel Mestre.3<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 51
ENTREVISTA<br />
Manuel Mota, Diretor-Geral da AZ Auto<br />
Da roda para o pneu<br />
A AZ Auto continua a alargar a sua oferta de produtos para o Aftermarket.<br />
Desta feita não são peças mas sim pneus, mantendo-se a aposta da AZ Auto<br />
em marcas de referência<br />
AAZ Auto é um operador com um largo historial<br />
em Portugal e que esteve sempre ligado à área da<br />
“roda”, nomeadamente nas áreas de travões, suspensão<br />
e direção.<br />
Em 2009, a empresa dá um salto qualitativo na sua<br />
capacidade logística, com a utilização de um novo armazém<br />
em Camarate.<br />
Em 2011 sofre uma grande reorganização, de forma<br />
a tornar-se num fornecedor generalista e capaz de se<br />
posicionar no Top 10 do mercado de distribuição de<br />
peças em Portugal.<br />
Agora foi a vez de introduzir os pneus no seu portfólio<br />
de produtos. Manuel Mota, Diretor Geral da AZ Auto,<br />
em entrevista para a REVISTA DOS PNEUS, falou sobre<br />
este novo negócio da empresa e sobre o seu desenvolvimento.<br />
Como é que os pneus apareceram na AZ Auto, tendo<br />
em conta a área em que sempre atuou nada ter a ver<br />
com pneus?<br />
A área de atuação da empresa foi sempre a roda e<br />
como tal os pneus estão liga<strong>dos</strong>. Mas na realidade inserese<br />
no processo de tornar a AZ Auto um fornecedor global,<br />
que possa abastecer os seus clientes de to<strong>dos</strong> os produtos<br />
que necessitam. E os pneus são um artigo necessário<br />
no dia-a-dia de maior parte <strong>dos</strong> nossos clientes.<br />
Como surgiu a ideia de vender pneus?<br />
A ideia de vender pneus vem precisamente deste objetivo<br />
que acabei de referir, tornar a AZ Auto num fornecedor<br />
global.<br />
Para isso, temos vindo a fazer uma grande aposta no<br />
alargamento da nossa oferta de produtos ao mercado de<br />
peças independentes, e a introdução de uma gama de<br />
pneus faz todo o sentido, dentro desta lógica que definimos<br />
para o nosso negócio.<br />
O que é que os pneus podem trazer, como mais-valia, à<br />
atividade da AZ Auto?<br />
Essencialmente, trata-se de uma oportunidade para<br />
alargar a relação de parceria que temos com os nossos<br />
clientes, servindo-os com uma gama de produtos adicional.<br />
É também um argumento para entrada em novos<br />
segmentos de mercado. Cada vez mais, as empresas têm<br />
de procurar oportunidades de negócio, que lhes permitam<br />
manter a competitividade no mercado. Esse é o desafio<br />
que estamos a abraçar na AZ Auto.<br />
Os pneus exigem capacidade logística, pelo espaço que<br />
ocupam em stock. A AZ Auto tem armazéns próprios<br />
ou utilizam os meios de algum parceiro de negócio<br />
nesta área?<br />
Na AZ Auto temos armazéns próprios, que estão localiza<strong>dos</strong><br />
em Lisboa e também no Porto.<br />
Qual a dimensão <strong>dos</strong> armazéns afetos a esta atividade<br />
pneus da AZ Auto?<br />
Existem dois armazéns afetos à atividade de pneus,<br />
um em Lisboa com a área total de 3700 m2, e outro na<br />
Maia com cerca 400 m2.<br />
52<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
ENTREVISTA<br />
AZ AUTO<br />
Sede: Rua <strong>dos</strong> Bombeiros Voluntarios de<br />
Camarate - 2680-490 Camarate<br />
Director Geral: Manuel Mota<br />
Telefone: 219 428 000<br />
Fax: 219 402 413<br />
E-mail: info@azauto.pt<br />
Internet: www.azauto.pt<br />
Manuel Mota, Diretor Geral da AZ Auto afirma que o negócio <strong>dos</strong> pneus acaba por ser natural numa lógica<br />
de fornecimento global aos clientes da empresa<br />
Como funcionam em termos logísticos? Utilizam os<br />
mesmos parceiros que já trabalham com a AZ Auto?<br />
Temos para os pneus o mesmo processo logístico e nível<br />
de serviço que nas restantes gamas de produtos. É<br />
uma questão de aproveitamento de sinergias.<br />
Fazem entregas em 24 horas em qualquer lugar de<br />
Portugal?<br />
Como utilizamos o mesmo processo logístico, dependendo<br />
da zona, efetuamos entregas diárias, bi-diárias ou<br />
tri-diárias.<br />
Quantas marcas de pneus comercializam? Quais são<br />
as principais? Qual a estratégia de produto?<br />
Comercializamos uma gama muito abrangente com<br />
16 marcas. A nossa estratégia passa por ter produtos nos<br />
diversos segmentos de preço (premium, economy e budget),<br />
<strong>dos</strong> principais fabricantes, naturalmente como destaque<br />
para a Continental, Michelin, Goodyear, Dunlop,<br />
Bridgestone e Pirelli.<br />
Têm ou vão ter alguma marca própria, ou marca<br />
branca, de pneus?<br />
Não está previsto uma marca própria na AZ Auto.<br />
Quais são nesta fase os clientes que pretendem servir.<br />
E no futuro?<br />
To<strong>dos</strong> os clientes da AZ Auto são potenciais clientes<br />
de pneus, agora e no futuro.<br />
A vossa gama de pneus incide apenas em pneus para<br />
veículos ligeiros ou também vendem pneus para<br />
veículos pesa<strong>dos</strong>, industriais e agrícolas?<br />
Nesta fase, a nossa gama de pneus incide apenas sobre<br />
a gama de ligeiros, mas de futuro iremos estender a gama<br />
a to<strong>dos</strong> os veículos do mercado.<br />
Vão ter alguma equipa comercial dedicada em<br />
exclusivo ao negócio <strong>dos</strong> pneus na AZ Auto?<br />
Não. O contacto comercial é efetuado pelo habitual<br />
gestor de cliente.<br />
Existem projetos para desenvolver vendas de pneus<br />
online (B2B e B2C)?<br />
Sim, em breve estará disponível no nosso portal B2B,<br />
em www.azauto.pt.<br />
Que vantagens tem este negócio de pneus na AZ Auto,<br />
face a outros operadores de pneus já existentes?<br />
Posso apontar várias vantagens e pontos fortes. Em<br />
primeiro lugar vamos disponibilizar uma ampla gama<br />
quer de marcas quer de medidas. Em segundo lugar<br />
vamos apostar em preços competitivos. Outra das razões,<br />
por sinal muito importante, é o serviço logístico,<br />
que considero de elevado nível.<br />
Qual a sua opinião sobre o mercado português de<br />
pneus?<br />
É um mercado extremamente competitivo com alguns<br />
operadores muito profissionais. No entanto<br />
achamos que existe oportunidade para operadores<br />
com as nossas características. 3<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 53
EMPRESA<br />
Domingos & Morgado<br />
Ensinar e formar<br />
No final de 2010 a Domingos e Morgado anunciava ao mercado a mudança de instalações.<br />
Tratou-se de um projeto estruturado que visava outros desenvolvimentos futuros,<br />
como é o caso do Centro de Formação<br />
Para além de um espaço para a formação teórica, limitado<br />
a 9 forman<strong>dos</strong>, a Domingos & Morgado tem um espaço<br />
próprio para a formação prática<br />
ADomingos & Morgado é um <strong>dos</strong> operadores<br />
de referência no setor <strong>dos</strong> equipamentos oficinais,<br />
como também das jantes para automóveis<br />
e <strong>dos</strong> consumíveis.<br />
Por força da sua experiência e conhecimento do<br />
mercado, com mais de um milhar de equipamentos<br />
instala<strong>dos</strong> de norte a sul de Portugal Continental e<br />
Ilhas, permite que os seus responsáveis<br />
saibam, como poucos,<br />
quais são as reais necessidades<br />
das oficinas e das casas de pneus.<br />
Faz agora dois anos que a empresa<br />
partiu para novas instalações,<br />
com dois objetivos claros, como explica o Diretor<br />
Geral da empresa José Morgado, “por um lado<br />
crescer, porque precisávamos de crescer e, por outro,<br />
economizar. Qualquer <strong>dos</strong> objetivos foi atingido”.<br />
Em termos físicos a empresa já não poderia crescer<br />
mais nas instalações que ocupava, não apenas por razões<br />
de stock, mas porque pretendia desenvolver outros<br />
projetos, nomeadamente na área da formação teórica<br />
e prática. Durante dois anos a solução foi fazer um<br />
protocolo com o CEPRA onde a Domingos & Morgado<br />
desenvolvia os cursos de formação para os seus<br />
clientes, mas nada melhor do que ter condições próprias<br />
para desenvolver algo que, para os responsáveis<br />
da empresa é, nos dias de hoje, fundamental para o desenvolvimento<br />
da sua atividade, que é a formação profissional.<br />
“As novas instalações permitiram-nos desenvolver<br />
um espaço exclusivo, como se fosse uma oficina exemplar,<br />
para nos dedicarmos de uma forma muito objetiva<br />
à formação”, refere José Morgado. Equilibrar, desmontar<br />
e alinhar são áreas de formação fundamentais<br />
para a Domingos & Morgado, e que a empresa está<br />
agora a desenvolver de uma forma ainda mais profissional<br />
e objetiva, alterando-se até o paradigma da formação,<br />
como nos explica José Morgado: “atualmente<br />
conseguimos formar um alinhador de base, quando<br />
antes formávamos pessoas para trabalhar com uma<br />
máquina de alinhar, o que é muito diferente”.<br />
A Domingos & Morgado pretende<br />
assim diferenciar-se no<br />
mercado pela qualidade e pela<br />
diferenciação da sua formação.<br />
“Quando se fala em formação o<br />
que se sente no mercado é apenas<br />
ensinar o mecânico a funcionar com determinada<br />
máquina e isso não é formação”, afirma Mário Leal,<br />
Director Técnico da Domingos & Morgado.<br />
No entender do responsável técnico desta empresa,<br />
se o mecânico não souber os princípios do alinhamento<br />
“nunca na vida vai saber fazer um alinhamento correto<br />
e sempre que lhe surgir uma dúvida ou um pro-<br />
54<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
EMPRESA<br />
“NEGÓCIO DE JANTES<br />
AINDA É NEGÓCIO”<br />
Uma das atividades da Domingos & Morgado é o<br />
negócio de jantes. Se até há dois anos existia uma<br />
grande rotação de stocks e a exigência de espaço<br />
físico para ter este material era fundamental,<br />
atualmente tudo mudou.<br />
“A necessidade de ter um grande espaço em armazém,<br />
fruto da venda massiva de jantes que existia<br />
até há dois anos atrás, hoje já não é necessária”,<br />
diz José Morgado, acrescentando que “as jantes<br />
ainda continuam a ser negócio para nós, mas a sua<br />
comercialização passou a ser muito mais técnica e<br />
específica, principalmente por razões de exigência<br />
de mercado, tendo em conta a evolução do parque<br />
automóvel”.<br />
DOMINGOS & MORGADO<br />
Sede: Via Central de Milheirós, 360<br />
4475-330 Milheirós - Maia<br />
Director-Geral: José Morgado<br />
Director Comercial: Domingos Lopes<br />
Director Técnico: Mário Leal<br />
Telefone: 229 618 910<br />
Fax: 229 618 919<br />
E-mail: comercial@domingos-morgado.pt<br />
Internet: www.domingos-morgado.pt<br />
Nas atuais instalações da Domingos & Morgado já foi possível à empresa concretizar um antigo projeto,<br />
disponibilizando agora um “verdadeiro” centro de formação<br />
blema ele não irá saber resolver, pois não teve formação<br />
de como funciona a geometria de um carro”.<br />
Depois de estudar o que se fazia noutros merca<strong>dos</strong> e<br />
recorrendo aos seus fornecedores de equipamentos, a<br />
Domingos & Morgado desenvolveu manuais de formação<br />
“onde explicamos aos forman<strong>dos</strong>, num primeiro<br />
dia de formação, o que é a geometria do carro,<br />
como funciona e que fatores a influenciam, sem falar<br />
sequer em equipamentos”, refere Mário Leal.<br />
A Domingos & Morgado tem dois níveis de formação<br />
teórica, um primeiro nível, mais básico, onde são<br />
da<strong>dos</strong> conceitos de geometria num automóvel, e um<br />
segundo nível (alinhamento avançado), já muito mais<br />
técnico que permite detalhar e aprofundar a informação<br />
dada no primeiro nível.<br />
“As máquinas fornecem da<strong>dos</strong> ao mecânico, competindo<br />
a ele saber interpretar os da<strong>dos</strong> e perceber<br />
porque é que em teoria um carro está bem alinhado,<br />
mas quando vai para o teste de estrada continua, por<br />
exemplo, a fugir para um <strong>dos</strong> la<strong>dos</strong>”, explica Mário<br />
Leal, dizendo ainda que “só o mecânico percebendo<br />
bem como funciona a geometria do carro, é que depois<br />
poderá ser um bom alinhador”.<br />
Para além de um espaço para a formação teórica<br />
totalmente equipado, o qual, por opção estratégica<br />
de privilegiar a qualidade do ensino está limitado a 9<br />
forman<strong>dos</strong> em simultâneo, a Domingos & Morgado<br />
tem neste centro de formação um espaço próprio<br />
para a formação prática, no qual existem os principais<br />
equipamentos (mesmo os tecnologicamente<br />
mais evoluí<strong>dos</strong>) que se podem encontrar em qualquer<br />
oficina.<br />
A programação de formação neste centro da Domingos<br />
& Morgado é feita trimestralmente, embora a<br />
empresa desenvolva formação um pouco à medida<br />
das necessidades <strong>dos</strong> seus clientes, a qual pode ser, inclusivamente,<br />
na casa do cliente, desde que existam<br />
condições logísticas para o fazer. A Domingos & Morgado<br />
continua também a prestar formação nas oficinas,<br />
sendo neste caso uma formação sobre o equipamento<br />
que a empresa instalou no seu cliente.<br />
Neste momento a Domingos & Morgado está a desenvolver<br />
a certificação <strong>dos</strong> cursos de formação, que<br />
permitirá que esta formação conte para as horas de formação<br />
a que uma empresa é obrigada por lei.<br />
Quanto a custos, a Domingos & Morgado, oferece<br />
os seus cursos de formação a quem seja cliente ou potencial<br />
cliente. Para quem não é cliente, será debitado<br />
um custo ao formando, que será deduzido no caso de<br />
ele adquirir equipamentos a esta empresa.3<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 55
PRODUTO<br />
Zeetex na Alves Bandeira<br />
Nova marca no mercado<br />
O Grupo Zafco celebrou recentemente uma parceria com a Alves Bandeira com vista à<br />
representação exclusiva da marca Zeetex para o mercado Português, a<br />
qual em breve se poderá alargar a outros merca<strong>dos</strong><br />
OGrupo Zafco, com sede nos Emira<strong>dos</strong> Árabes<br />
Uni<strong>dos</strong> é um distribuidor de pneus à escala<br />
mundial dispondo de mais de 800 clientes distribuí<strong>dos</strong><br />
por 85 países onde opera com diversas<br />
marcas, sendo hoje considerado um <strong>dos</strong> gigantes do<br />
mercado mundial.<br />
Em Portugal a sua entrada é motivada pela confiança<br />
depositada na experiência e profissionalismo da Alves<br />
Bandeira que já se encontra a distribuir a marca<br />
Zeetex. Esta marca garante o fornecimento para os diversos<br />
segmentos de mercado, tendo como seus principais<br />
trunfos a continuidade de fornecimento, disponibilidade,<br />
garantia e uma excelente relação qualidade/preço.<br />
A gama de produtos Zeetex posiciona-se no segmento<br />
Budget, mas possui uma elevada qualidade e<br />
performance, oferecendo um leque diversificado de<br />
medidas para os principais segmentos.<br />
Deve-se forma a Alves Bandeira tem e irá: Turismo,<br />
Comerciais, Todo-o-Terreno e Pesa<strong>dos</strong>.<br />
Para Paulo Santos responsável comercial do negócio<br />
de pneus da Alves Bandeira “a Zeetex tem sido um<br />
verdadeiro sucesso, com as vendas a crescerem significativamente,<br />
recebendo um feedback muito positivo<br />
<strong>dos</strong> nossos clientes que comprovam a qualidade <strong>dos</strong><br />
pneus e o seu preço competitivo. Numa altura em que<br />
existe uma forte retração de consumo, esta marca posiciona-se<br />
no mercado com fortes argumentos para ser<br />
uma opção de grande referência”.<br />
Uma das mais recentes novidades da gama Zeetex é<br />
um ZT 1000. Trata-se de um pneu para veículos ligeiros,<br />
desenvolvido para os merca<strong>dos</strong> europeus onde a<br />
marca entrou recentemente, tendo estado presente em<br />
Reifen onde promoveu os seus produtos e este pneu<br />
em concreto.<br />
O ZT 1000 é um pneu que combina um bom desempenho<br />
global, com características obrigatórias na<br />
atualidade, como a eficiência energética, baixo nível<br />
sonoro, longa quilometragem e boa aderência em molhado.3<br />
ALVES BANDEIRA<br />
Sede: Zona Industrial da Pedrulha, Lote 12<br />
Mealhada - 3050-183 Casal Comba<br />
Marketing: Paulo Bandeira<br />
Telefone: 231 244 200<br />
Fax: 231 244 201<br />
E-mail: ab.comercial@a-bandeira.pt<br />
Internet: www.alvesbandeira.pt<br />
56<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
PRODUTO<br />
<strong>Pneus</strong> Primewell<br />
A par com as necessidades<br />
Atenta às novas realidades do sector <strong>dos</strong> pneus em Portugal, a Garland <strong>Pneus</strong> decidiu expandir<br />
substancialmente a sua gama de pneus da marca Primewell aos segmentos de ligeiros e<br />
comerciais, enquanto outras novidades surgirão em 2013<br />
Para fazer face à crescente pressão no fator preço<br />
no momento da compra de pneus, mas de forma<br />
a não comprometer a qualidade, segurança,<br />
respeito pelas normas europeias e compromissos<br />
ambientais, a Garland <strong>Pneus</strong> iniciou a comercialização<br />
da marca de pneus Primewell para os segmentos de<br />
pneus ligeiros e comerciais, dando por sua vez continuidade<br />
à comercialização de pneus para camião da mesma<br />
marca, que a empresa já tinha iniciado em 2010.<br />
A introdução da marca Primewell no segmento de<br />
pneus ligeiros está assente nos pisos PZ900, PS880,<br />
PS870 e PS830. Durante o ano de 2013 vai ser apresentado<br />
um novo piso assimétrico, para os índices de<br />
velocidade mais eleva<strong>dos</strong>, isto é, o PZ900 irá ser substituído.<br />
A gama disponível abrange a globalidade das<br />
medidas do mercado nacional, desde a séria 80 até à<br />
série 35 em jante de 20 polegadas.<br />
No segmento <strong>dos</strong> pneus comerciais Garland vai comercializar<br />
o Primewell PV600, com uma gama muito<br />
completa e de acordo com as necessidades do merca-<br />
A Garland está a dinamizar a marca Primewell no mercado português, alargando a sua oferta aos pneus<br />
para veículos ligeiros<br />
58<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
PRODUTO<br />
GAMA “LIGEIRA” PRIMEWELL<br />
Conheça um pouco mais em detalhe as novidades<br />
que a Garland lançou no segmento de ligeiros e comerciais<br />
com a marca Pirmewell.<br />
PZ900 com índice de velocidade W, séries 55 a 30 e<br />
jantes de 15 a 20 polegadas - Desenho de piso em forma<br />
V e dois grandes sulcos longitudinais que facilitam<br />
o escoamento e dispersão da água, proporcionando<br />
um excelente comportamento em piso molhado. Desenho<br />
do piso do pneu optimizado de passo variável<br />
permite um passeio tranquilo e suave em condições de<br />
condução de alta velocidade. O sulco central circunferencial<br />
garante mais estabilidade na condução em todas<br />
as velocidades. O especial aro protetor protege a<br />
roda de danos causa<strong>dos</strong> pelos passeios ou outros obstáculos.<br />
PS880 com índices de velocidade T,H e V, séries 65 a<br />
50 e jantes de 13 a 16 polegadas - Desenhos de piso<br />
com 4 sulcos longitudinais permitem uma melhor drenagem<br />
da água, otimizando o comportamento em piso<br />
molhado minimizando o perigo de “aquaplaning”.<br />
Desenho de piso com frisos centra contínuo melhora<br />
a performance e conforto da condução em linha reta.<br />
Composto avançado de sílica proporciona uma excelente<br />
aderência em piso molhado e seco. Desenho<br />
avançado do ombro do pneu incorporando a tecnologia<br />
“Frequency Disturbing” aumenta a estabilidade em<br />
curva, proporcionando uma viagem confortável e segura.<br />
PS870 com índices de velocidade T,H, séries 80 a 70 e<br />
jantes de 13 a 14 polegadas - Composto avançado de<br />
sílica, melhora a travagem e comportamento em piso<br />
molhado e seco. Desenho de piso com frisos centrais<br />
contínuos melhora a performance e conforto da condução<br />
em linha recta. Construção “Jointless” com telas<br />
de óptima qualidade melhora a estabilidade e resistência<br />
em altas velocidades. Ranhuras especiais no<br />
ombro do pneu e desenho em lamelas proporcionam<br />
conforto para uma viagem tranquila e seguro.<br />
PS830 com índices de velocidade T,H, série 65 e jantes<br />
de 14 a 15 polegadas- Quatro largos sulcos longitudinais<br />
proporcionam um escoamento e dispersão da<br />
água garantido um ótimo desempenho. Desenho de<br />
piso com frisos centrais contínuos melhora a performance<br />
e conforto da condução em linha reta. Desenho<br />
avançado do piso com afastamentos variáveis proporciona<br />
uma viagem suave, mesmo em condução de alta<br />
velocidade. As extensas ranhuras no ombro do pneu<br />
proporcionam uma excelente estabilidade em curva.<br />
PV600 (para comerciais) com índices de velocidade<br />
R,S,T,H, série 85 a 60 e jantes de 14 a 16 polegadas -<br />
Desenho otimizado do piso com afastamentos variáveis<br />
proporciona uma viagem segura, mesmo em condução<br />
de alta velocidade. Tecnologia de resistência extra<br />
permite carga elevada e boas margens de segurança.<br />
Talão duro com duplo enchimento melhora a<br />
estabilidade em alta velocidade e melhora a resposta<br />
da direção.<br />
GARLAND PNEUS, LDA<br />
Sede: Zona Ind. da Maia I - Sector VIII, nº310<br />
4475-298 Gemunde - Maia<br />
Director: Jorge Sousa<br />
Telefone: 229 478 387<br />
Fax: 229 483 908<br />
E-mail: jorge.sousa@garland.pt<br />
Internet: www.garland.pt<br />
O MUNDO PRIMEWELL<br />
do, desde a jante de 14 até 16 polegadas. Relativamente<br />
ao segmento de pneus SUV e 4x4, devido à reformulação<br />
da gama, com pisos para HT, A/T e M/T, só<br />
em 2013 é que a Garland <strong>Pneus</strong> vai apresentar e iniciar<br />
a comercialização destes pneus em Portugal.<br />
Já comercializada é a gama de pneus para camião,<br />
onde a Primewell é uma marca muito dinâmica. Recentemente<br />
lançou novos pisos mais evoluí<strong>dos</strong> tecnologicamente<br />
tendo previstas novidades para 2013,<br />
com novos pisos, mais medidas de pneus de acordo<br />
com as necessidades do mercado e pneus para novas<br />
utilizações.<br />
Atualmente a Primewell produz pneus de camião<br />
para todas as medidas do mercado, para todo o tipo<br />
de utilizações e para todo o tipo de serviços.<br />
Podemos referir com enorme satisfação, o sucesso<br />
com que o mercado aceitou e reconheceu a qualidade<br />
e rentabilidade <strong>dos</strong> pneus de camião Primewell, obtendo<br />
ganhos adicionais ao nível do retalhista e do utilizador<br />
final.3<br />
Mesmo sendo uma marca budget, a Primewell quer diferenciar-se das restantes, de modo a fornecer a melhor<br />
relação qualidade / preço.<br />
Assim, empenhada em manter os mais altos padrões de controlo de qualidade a Primewell obteve os certifica<strong>dos</strong><br />
de qualidade ISO9001:2000 e ISSO/TS 16949:2002 para todas as unidades de produção de pneus. Adicionalmente,<br />
todas as unidades de produção obtiveram ou estão em fase de obter o certificado ISO14001 – Certificado<br />
de Sistema de Administração Ambiental.<br />
To<strong>dos</strong> os pneus Primewell são produzi<strong>dos</strong> respeitando todas as diretivas legais, regulamentos e normas da<br />
União Europeia. Os testes para obtenção <strong>dos</strong> certifica<strong>dos</strong> de E – mark, Segurança e Ruído, foram audita<strong>dos</strong> e<br />
confirma<strong>dos</strong> pela “TUV NORD”.<br />
Os esforços da Primewell na investigação e desenvolvimento, permitiram o desenvolvimento de produtos “European<br />
Mission Matched” contribuindo desta forma para uma melhoria do desenho <strong>dos</strong> pisos bem como produtos<br />
tecnologicamente mais avança<strong>dos</strong>. Além das capacidades <strong>dos</strong> seus próprios centros de investigação em<br />
pesquisa e desenvolvimento, a Primewell também colabora com várias universidades e instituições reconhecidas<br />
internacionalmente, como o “National Quality Examination Centre for Rubber Tyre”, “Smithers Research<br />
Laboratories”, USA e “TUV Automotive GmbH Tyre/Wheel Test Centre” na Alemanha.<br />
A Primewell tem feito um investimento significativo nas suas próprias instalações de testes, o “ETC – European<br />
Technical Centre”, que está localizado no internacionalmente aclamado “MIRA Ltd” – “Motor Industry Research<br />
Association”, em Inglaterra. O ETC fornece desenvolvimento e capacidade de avaliação <strong>dos</strong> pneus da marca Primewell<br />
para a Europa e resto do mundo, tanto para o mercado de equipamento de origem como para o mercado<br />
de reposição.<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 59
PRODUTO<br />
Counteract Balancing Beads<br />
Calibragem eficiente<br />
Orientado para os pneus de veículos pesa<strong>dos</strong>, a Counteract Balancing Beads<br />
tem disponível para o mercado um produto de calibração (Microesferas) que<br />
apresenta grandes vantagens económicas<br />
ACounteract é uma empresa originária de Georgetown<br />
(Ontário) no Canadá. Foi lá que nasceu<br />
a ideia de que o sector <strong>dos</strong> veículos pesa<strong>dos</strong><br />
necessitava de uma solução mais fácil, mais eficiente<br />
e ecológica para calibrarem os pneus.<br />
Em 1997, depois de muitos anos de experiência na<br />
área <strong>dos</strong> pneumáticos, surgiu uma nova ideia ao proprietário<br />
e presidente, Roger LeBlanc, que formalizou<br />
uma patente de um novo produto e desenvolveu um<br />
plano de comercialização, que rapidamente começou<br />
a ganhar adeptos, nomeadamente nos Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong><br />
da América.<br />
Em 2001, deu-se a entrada deste produto no mercado<br />
Europeu e logo com grande sucesso, pois a pressão<br />
sobre os custos é maior, essencialmente devido aos<br />
preços <strong>dos</strong> combustíveis serem muito mais eleva<strong>dos</strong><br />
que na América do Norte. Para expandir o negócio eficazmente<br />
na Europa procedeu-se à abertura da empresa<br />
Counteract Balancing Beads Europa, gerida pelo filho<br />
do inventor, James Roger LeBlanc, e um pouco<br />
mais tarde nasceu uma terceira empresa no Brasil.<br />
O passo seguinte consistiu em obter parcerias estratégicas<br />
em diversos países.<br />
Sendo um produto fundamentalmente considerado<br />
de pós-venda, foi neste segmento do mercado que<br />
a empresa procurou os seus agentes. Atualmente está<br />
representada em todo o mundo, com exceção de alguns<br />
países do continente africano e asiático.<br />
Este produto é comercializado em Portugal para<br />
toda a Europa através da Counteract Balancing Beads<br />
Europa. A distribuição é feita no terreno pela Rubber<br />
Vulk (agente em Portugal) através de toda a sua cadeia<br />
de distribuição e de clientes.<br />
Microesferas<br />
Do ponto de vista técnico, a Countercat tem disponíveis<br />
documentos (ficha de segurança do produto,<br />
por exemplo) que explicam o funcionamento electroestático<br />
das Microesferas. Este produto, patenteado<br />
pela empresa, são no fundo pequenas microesferas de<br />
vidro revestidas, que se colocam no interior do pneu.<br />
Em função do tamanho <strong>dos</strong> pneus do veículo, existe<br />
uma tabela que permite ver qual a quantidade exata<br />
de produto a colocar no interior do mesmo, para que<br />
o mesmo funcione em condições ideais e desempenhe<br />
a função corretamente.<br />
Como funciona?<br />
As Microesferas da Counteract são distribuídas uniformemente<br />
pelo interior do pneu, assim o mesmo começa<br />
a rolar, por meio da força centrifuga. Logo que a<br />
força centrifuga nota o movimento ascendente e descendente<br />
causado pelo desequilíbrio (ponto pesado),<br />
as microesferas da Counteract começam a movimentar-se<br />
no sentido contrário a este, através da inércia. As<br />
Microesferas da Counteract continuarão a movimentar-se,<br />
até que todas os pneus estejam devidamente calibra<strong>dos</strong>.<br />
É então que entra em funcionamento o processo<br />
electrostático, que permite que as microesferas<br />
permaneçam no local correto (junto à parede interior<br />
60<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
PRODUTO<br />
VANTAGENS<br />
MICROESFERAS COUNTERACT<br />
- Redução de consumo de Combustível até 2%<br />
- Aumento da Vida útil do Pneu em 30%<br />
- Redução de Vibrações em Geral<br />
- Redução custos relaciona<strong>dos</strong> com manutenção<br />
- Possibilidade de calibragem de to<strong>dos</strong> os<br />
conjuntos rolantes do veículo de forma rápida e<br />
económica<br />
- Produto Ecológico e Reutilizável<br />
- Solução de baixo custo<br />
MÉTODOS DE INSTALAÇÃO<br />
Existem três méto<strong>dos</strong> de instalação das Microesferas<br />
da Counteract dentro do interior do pneu.<br />
O primeiro o método é o “Bag-in-Bag”.<br />
O instalador simplesmente abre a bolsa exterior<br />
e coloca a bolsa interior diretamente na cavidade<br />
do pneu.<br />
Este método é o preferido <strong>dos</strong> instaladores de<br />
pneus e foi especialmente concebido para o uso de<br />
instrumentos de pressão de ar na colocação do<br />
pneu na jante, poupando assim tempo precioso na<br />
realização desta operação.<br />
Com o aumento da pressão de ar dentro do pneu<br />
a bolsa ultra fina rasgar-se-á, permitindo com que<br />
as Microesferas se soltem.<br />
O segundo método é através da instalação com<br />
Bomba Injetora, também fornecida pela empresa,<br />
que coloca o produto sobre pressão no interior do<br />
pneu por intermédio da válvula.<br />
Um terceiro método é a da garrafa injetora, que<br />
permite introduzir o produto dentro do pneu através<br />
da válvula, de forma manual.<br />
Pequeno esquema que identifica a forma como as microesferas da Counteract funcionam dentro de um pneu de camião, permitindo dessa forma reduzir as<br />
vibrações, calibrando o pneu de uma forma “simples”<br />
do pneu) todo o tempo, independentemente do movimento<br />
ou não da viatura.<br />
São bastantes as vantagens da utilização das Microesferas<br />
da Counteract nos pneus <strong>dos</strong> veículos pesa<strong>dos</strong>.<br />
Estu<strong>dos</strong> realiza<strong>dos</strong> pela empresa, revelam que existe<br />
uma redução no consumo de combustível do veículo<br />
pesado superior 2%, que pode chegar a 9% no caso<br />
<strong>dos</strong> veículos que façam longas viagens a velocidades<br />
constantes durante várias horas. Numa frota com muitos<br />
camiões, o ganho económico é considerável.<br />
As Microesferas da Counteract reduzem a resistência<br />
ao rolamento, que por sua vez, reduz o desgaste do<br />
pneu. Quando os conjuntos de roda e pneus estão devidamente<br />
calibra<strong>dos</strong>, garante-se também um desgaste<br />
mais uniforme, que aumenta a vida útil do pneu. Prolongar<br />
a vida útil do pneu permite utilizá-lo mais tempo,<br />
que por sua vez leva à poupança de dinheiro. Em<br />
média, a vida útil do pneu pode aumentar em 30%.<br />
Ao calibrarem de forma ativa os pneus (quer no camião,<br />
quer no reboque), as Microesferas reduzem<br />
substancialmente as vibrações, aumentado assim o<br />
conforto de rolamento.<br />
Se os pneus duram mais com as Microesferas, e as<br />
vibrações se reduzem (em todo o veículo e não apenas<br />
nos pneus), logicamente que existe uma redução ao nível<br />
da manutenção <strong>dos</strong> próprios pneus e do veículo<br />
em si.<br />
COUNTERACT BALANCING<br />
BEADS EUROPA, LDA<br />
Sede: Rua do Vieira, 152<br />
3754-904 Fermentelos<br />
Managing Partner: James LeBlanc<br />
Telefone: 234 941 294<br />
Fax: 234 944 246<br />
E-mail: info@cbbe.eu<br />
Internet: www.counteractbalancing.com<br />
Este produto é também uma alternativa aos custos<br />
eleva<strong>dos</strong> de instalação <strong>dos</strong> pesos tradicionais e aos<br />
anéis de calibragem. Os pesos podem soltar-se e não se<br />
ajustam a novas situações de calibragem. Os anéis de<br />
calibragem são monta<strong>dos</strong> na parte externa do pneu,<br />
onde estão sujeitos a danos e deterioração. As Microesferas<br />
da Counteract duram pela vida útil do pneu, são<br />
mais fáceis de instalar e não prejudicam o meio ambiente<br />
como os produtos de chumbo, poupando tempo<br />
e dinheiro, bem como protegem o ambiente.<br />
Para terminar, refira-se que as Microesferas da<br />
Counteract foram projetadas para serem instaladas facilmente,<br />
apresentando-se em embalagens pré-medidas,<br />
que se colocam na cavidade do pneu, antes da sua<br />
montagem ou injetando-as pela válvula. E, como foram<br />
concebidas para permitir que qualquer pessoa as<br />
instale, o produto é acompanhado por uma tabela de<br />
aplicação, que permite facilmente identificar a quantidade<br />
de produto a instalar nos diversos tamanhos de<br />
pneus. 3<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 61
MERCADO<br />
Bridgestone com Objetivo 2050<br />
Antecipar o futuro<br />
O que será o pneu no ano 2050? Que materiais entrarão na sua construção?<br />
Estas são algumas das perguntas que a Bridgestone responde, já com bastante segurança,<br />
antecipando uma sociedade mais sustentável<br />
Objetivo 2050. Foi com este propósito que a<br />
Bridgestone anunciou as futuras tecnologias<br />
de pneus que irão contribuir para uma sociedade<br />
sustentável. No fundo o objetivo é desenvolver<br />
pneus recorrendo a materiais 100% sustentáveis.<br />
Estas futuras tecnologias foram anunciadas na Cimeira<br />
Mundial de Borracha <strong>2012</strong> (patrocinado<br />
pelo Grupo Internacional<br />
de Estudo da Borracha, sendo o único<br />
encontro de especialistas em borracha,<br />
que entre os participantes tem<br />
produtores e consumidores de borracha<br />
natural e sintética de todo o mundo,<br />
na qual o objetivo passa por discutir as tendências<br />
da indústria da borracha e os problemas que irão moldar<br />
o futuro da produção de borracha, a partir de uma<br />
perspectiva global) pelo Chairman da Bridgestone,<br />
Shoshi Arakawa, visando a produção de pneus com<br />
100% de materiais sustentáveis (O termo "sustentável"<br />
Um <strong>dos</strong> objetivos destas iniciativas é alcançar o uso<br />
de 100% de materiais sustentáveis, aproveitando as<br />
tecnologias 3Rs (Reduzir, Reutilizar e Reciclar)<br />
tem como base a definição da Bridgestone relativo a<br />
materiais aos quais não é esperado o seu fim útil, ao<br />
contrário de recursos fósseis e de outros recursos finitos).<br />
O sector <strong>dos</strong> transportes tem um impacto significativo<br />
no ambiente, particularmente em termos de utilização<br />
de recursos e emissões de CO2. Como maior fabricante<br />
de borracha do Mundo, o Grupo Bridgestone<br />
tem o potencial de reduzir significativamente o impacto<br />
sobre o meio ambiente. Para cumprir este objectivo,<br />
a Bridgestone estabeleceu metas ambientais de longo<br />
prazo na busca de uma sociedade sustentável, colocando<br />
uma grande importância no uso de materiais<br />
100% sustentáveis. De modo a atingir esta premissa, a<br />
Bridgestone irá alavancar todas as suas capacidades<br />
técnicas, diversificando e ampliando a gama de recursos<br />
renováveis já disponível.<br />
Atualmente, a Bridgestone está a diversificar regiões<br />
de produção de borracha natural e a ampliar a gama de<br />
fibras vegetais já utilizada. Para substituir os recursos<br />
fósseis com materiais renováveis, a<br />
Bridgestone reuniu um Grupo para<br />
desenvolver borracha sintética, carbono<br />
preto e agentes de borracha de<br />
composição que podem ser cria<strong>dos</strong> a<br />
partir de materiais de biomassa. Tendo<br />
em vista o ano de 2050, este Grupo<br />
vai continuar a promover o desenvolvimento destas<br />
tecnologias, apresentando um relatório sobre o progresso<br />
destas iniciativas, sempre que se justifique.<br />
O Grupo está já a desenvolver uma série de tecnologias<br />
que podem ser aplicadas em toda a sua cadeia de<br />
valor, a partir de matérias-primas de produtos acaba-<br />
62<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
MERCADO<br />
Bridgestone com Objetivo 2050<br />
<strong>dos</strong>. Um <strong>dos</strong> objetivos destas iniciativas é alcançar o<br />
uso de 100% de materiais sustentáveis, aproveitando<br />
as tecnologias 3Rs (Reduzir, Reutilizar e Reciclar) que<br />
diversificam os recursos utiliza<strong>dos</strong> renováveis, bem<br />
como tecnologia de recauchutagem.<br />
Outra aposta é o desenvolvimento de tecnologias<br />
futuras, que permitem a reduzir as emissões de CO2<br />
através da eficiência de combustível. Através do desenvolvimento<br />
de pneus que recorram a estas tecnologias,<br />
a Bridgestone pretende contribuir para uma sociedade<br />
sustentável.<br />
Objetivos de longo prazo<br />
As metas de longo prazo relativas ao meio ambiente<br />
para a Bridgestone, passam por:<br />
- Atingir uma produção com 100% de materiais<br />
sustentáveis, através das capacidades tecnológicas<br />
e de desenvolvimento do Grupo;<br />
- Contribuir para a meta globalmente acordada<br />
para redução de emissões de CO2: as iniciativas<br />
já estão em prática e a produzir resulta<strong>dos</strong>.<br />
Iniciativas específicas<br />
A Bridgestone desenvolveu uma série de iniciativas<br />
específicas destinadas à produção de materiais 100%<br />
sustentáveis.<br />
Primeiro passa por diversificar as regiões em que a<br />
borracha natural é produzida. Além de produzir borracha<br />
natural em regiões tropicais, o Grupo também desenvolveu<br />
tecnologias que permitem a produzir borracha<br />
natural a partir de plantas cultivadas em regiões<br />
áridas e temperadas. A partir do recurso a estas tecnologias,<br />
o Grupo contribui para aliviar a excessiva concentração<br />
da produção de borracha natural em determinadas<br />
áreas. As duas principais plantas atualmente<br />
em investigação são o Guayle e Dandelion Russo.<br />
Outra incitiva passa por diversificar e ampliar a<br />
gama de fibras vegetais. As fibras reforçadas atualmente<br />
utiliza<strong>dos</strong> em pneus incluem fibras de petróleo, tais<br />
como o poliéster e o nylon e ainda fibras vegetais,<br />
como rayon. No entanto, o Grupo de trabalho está a<br />
trabalhar a aplicação prática de novas fibras de celulose<br />
(que é um componente primário nas<br />
paredes celulares e na fibra das plantas,<br />
sendo que aproximadamente 1/3 de toda<br />
a matéria vegetal é celulose, sendo o hidrato<br />
de carbono mais comum do mundo),<br />
que aumentam significativamente a produção<br />
de fibras vegetais.<br />
Substituir recursos fósseis por renováveis<br />
A Bridgestone tem a decorrer outras iniciativas que<br />
visam substituir os recursos fósseis por renováveis, destacam-se<br />
as seguintes.<br />
O desenvolvimento de borracha sintética criada a<br />
partir de materiais de biomassa. O Grupo desenvolveu<br />
uma tecnologia que permite a produção de borracha<br />
sintética utilizando materiais intermediários cria<strong>dos</strong> a<br />
partir de biomassa, de modo a transformar estes materiais<br />
em recursos renováveis.<br />
Um exemplo é a borracha sintética criada com sucesso<br />
a partir de butadieno (é o material intermediário,<br />
Atualmente, a Bridgestone está a diversificar<br />
regiões de produção de borracha natural e a<br />
ampliar a gama de fibras vegetais já utilizada<br />
normalmente utilizado em borracha sintética - borracha<br />
de butadieno, de estireno-butadieno, etc.), produzido<br />
a partir de bioetanol.<br />
Desenvolvimento de carbono negro produzido a<br />
partir de materiais de biomassa. O Grupo desenvolveu<br />
uma tecnologia que permite que o carbono negro seja<br />
recuperado a partir de materiais intermediários cria<strong>dos</strong><br />
a partir de biomassa. Utilizando tecnologias sintetizadoras<br />
desenvolvidas pelo Grupo, a Bridgestone pretende<br />
transformar estes materiais em recursos renováveis.<br />
Um exemplo do sucesso desta iniciativa é o carbono<br />
negro criado a partir de gorduras e óleos vegetais.<br />
Desenvolvimento de novos materiais de borracha a<br />
partir de biomassa. Os compostos mais<br />
comuns que podem ser retira<strong>dos</strong> a partir<br />
da biomassa incluem o bioetanol, extraído<br />
a partir de açúcares, áci<strong>dos</strong> gor<strong>dos</strong> (utiliza<strong>dos</strong><br />
utiliza<strong>dos</strong> para as gorduras e óleos<br />
extraí<strong>dos</strong> a partir de óleo de palma) retira<strong>dos</strong><br />
a partir de gorduras e óleos vegetais,<br />
celulose e lignina de madeira, e outros compostos que<br />
consistem em carbono, hidrogénio e oxigénio.<br />
O mesmo Grupo está atualmente a trabalhar no desenvolvimento<br />
de novos materiais altamente funcionais<br />
de borracha, recorrendo a esta vasta gama de materiais.3<br />
64<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
DOSSIER<br />
SER MELHOR<br />
I CAPÍTULO<br />
ESTRATÉGIA DE NEGÓCIO<br />
A <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, inicia nesta edição a publicação do Dossier “Ser Melhor”,<br />
baseado num trabalho realizado pela Continental sobre o marketing específico <strong>dos</strong> postos de<br />
pneus de veículos ligeiros para clientes particulares<br />
Agrande força do mercado <strong>dos</strong> pneus está no<br />
facto de cada veículo necessitar de vários jogos<br />
de pneus ao longo da sua vida útil, para além<br />
de inúmeros episódios de reparação de danos.<br />
Com os actuais crescimento e envelhecimento do<br />
parque automóvel nacional e global, a procura de<br />
pneus torna-se exponencial, porque cada veículo ligeiro<br />
tem pelo menos 4 pneus e um pesado de transporte<br />
articulado necessita de no mínimo 12 pneus<br />
em bom estado.<br />
Por outro lado, a cadeia de distribuição de pneus -<br />
fabricantes, distribuidores e retalhistas - é relativamente<br />
simples, tornando o acesso ao produto praticamente<br />
imediato. Além disso, os novos equipamentos<br />
e ferramentas específicos permitem montar e desmontar<br />
pneus rapidamente e com segurança, proporcionando<br />
o acesso à profissão a inúmeros operadores.<br />
A contrapartida para essa fluidez do mercado é<br />
uma concorrência muito significativa e um clima de<br />
competição muito acesa, onde entram os retalhistas<br />
tradicionais de pneus, as redes de especialistas em<br />
pneus, as oficinas de serviços rápi<strong>dos</strong> e auto centros,<br />
os reparadores generalistas e os concessionários de<br />
marcas, pelo menos.<br />
To<strong>dos</strong> tentam aproveitar a proximidade com o<br />
cliente para concretizar o negócio de pneus, o que<br />
significa que o utilizador do veículo tem inúmeras<br />
oportunidades para resolver as suas necessidades de<br />
equipamento pneumático, sofrendo constantes solicitações<br />
nesse sentido.<br />
Mesmo assim, o retalhista de pneus ainda continua<br />
a ter a preferência de inúmeros condutores e tem<br />
todas as condições para continuar a desempenhar<br />
um papel de primeiro plano no mercado.<br />
Há no entanto que estar atento aos factores críticos<br />
de diferenciação no segmento de negócio e à<br />
consequente definição da melhor estratégia para o<br />
mercado.<br />
Para além da localização, acessos e funcionalidade<br />
das instalações, o retalhista de pneus deve ter em<br />
conta a renovação do equipamento e a formação <strong>dos</strong><br />
COLABORAÇÃO:<br />
66<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
4<br />
DOSSIER<br />
QUADRO I - COMO É QUE OS CLIENTES TOMAM DECISÕES<br />
Percepção<br />
do cliente<br />
Comportamento<br />
do cliente<br />
Ponto<br />
de venda<br />
Comunicação<br />
de mercado<br />
Necessidade<br />
observada<br />
Categoria<br />
da oferta<br />
Benefícios visíveis<br />
4<br />
Benefícios<br />
espera<strong>dos</strong><br />
4 4<br />
4<br />
4<br />
Categoria<br />
e aquisição<br />
da marca<br />
4<br />
Disponibilidade<br />
Preço<br />
4 4<br />
Distribuição<br />
Preço e promoções<br />
de vendas<br />
4<br />
Satisfação<br />
Benefícios<br />
experimenta<strong>dos</strong><br />
4<br />
Uso da marca<br />
4<br />
Caminho da tomada de decisão do cliente<br />
4<br />
Produtos / Serviços<br />
4<br />
Medidas da empresa para encorajar a<br />
escolha de uma marca específica<br />
técnicos profissionais, para poderem acompanhar a<br />
evolução da tecnologia e do próprio mercado. Isso,<br />
no entanto, não garante desde logo o sucesso, porque<br />
to<strong>dos</strong> tentam assegurar as melhores condições<br />
básicas para o seu negócio.<br />
No que respeita ao produto, o nivelamento é uma<br />
realidade e o número de marcas presentes no mercado<br />
não cessa de aumentar, o que faz com que o cliente<br />
final possa optar por várias soluções satisfatórias.<br />
Apesar de tudo, continua a haver grandes diferenças<br />
entre os pneus existentes no mercado, as quais<br />
muitas vezes só se tornam perceptíveis para um profissional<br />
competente e experiente.<br />
Portanto, o grande factor de diferenciação no mercado<br />
é o nível de serviço e o serviço ao cliente. Qualidade,<br />
eficiência e custo <strong>dos</strong> serviços são imediatamente<br />
detecta<strong>dos</strong> pelo consumidor, tornando-se<br />
num factor crítico de decisão. Adicionalmente, há<br />
todo o processo de relacionamento com o cliente e<br />
as soluções de conveniência propostas, que podem<br />
efetivamente cavar ainda mais a diferença para a concorrência.<br />
A estratégia de negócio fundamental é pois a orientação<br />
para o cliente e o marketing preferencial é o<br />
marketing da confiança e da credibilidade. Com estes<br />
dois vectores bem defini<strong>dos</strong>, embora os resulta<strong>dos</strong><br />
possam não ser imediatos e exigir um esforço<br />
consistente, o sucesso acaba por se consolidar, garantindo<br />
o futuro do negócio.<br />
Expectativas do cliente<br />
Para podermos passar das expectativas <strong>dos</strong> consumidores<br />
de pneus para uma política de negócios<br />
orientada para o cliente, temos que saber exatamente<br />
como é que este toma as suas decisões de compra<br />
(Quadro I).<br />
Se conhecermos as suas expectativas, podemos satisfazê-las<br />
ou até excedê-las, garantindo a satisfação do<br />
cliente e a sua fidelidade em relação à nossa casa e/ou<br />
à marca que vendemos.<br />
O vestuário e o calçado, por exemplo, não compramos<br />
por critérios de necessidade estrita, podendo ser<br />
influencia<strong>dos</strong> pelos preços baixos (sal<strong>dos</strong>), pela novidade<br />
ou pela estética. Se não ficarmos totalmente satisfeitos,<br />
podemos usar a roupa o calçado para fins secundários<br />
ou até dá-los a alguém. O mesmo não<br />
acontece com os pneus, que só compramos em caso<br />
de necessidade. Essa será pois a principal característica<br />
do comprador de pneus, isto é, a necessidade de comprar<br />
pneus. Isto é algo que joga a favor do vendedor,<br />
mas não é caso para entrar em euforias, porque temos<br />
que conhecer melhor como é que o cliente chega à<br />
decisão de compra, se quisermos realmente vender<br />
mais pneus.<br />
A única forma de chegarmos a esse objectivo é através<br />
do diálogo com o cliente, conduzindo-o de forma<br />
a obtermos as informações chave de que necessitamos.<br />
A Continental realizou centenas de entrevistas a<br />
clientes de retalhistas de pneus e falou diretamente<br />
com os vendedores dessas casas, para perceber como<br />
decorre o processo de comunicação e como se alcança<br />
a decisão de compra.<br />
Iremos de seguida aproveitar essa importante experiência<br />
do mercado, mas ficamos para já com a certeza<br />
de que uma estratégia orientada para o cliente e<br />
para o sucesso das vendas assenta essencialmente na<br />
qualidade da comunicação, o que implica ouvir atentamente<br />
as mensagens <strong>dos</strong> clientes e detectar os sinais<br />
críticos nas suas atitudes, fornecendo respostas objectivas,<br />
orientadas, fundamentadas e convincentes.<br />
Processar a informação<br />
Para se conseguir afinar uma estratégia de negócio<br />
até à perfeição, temos que conhecer bem os nossos<br />
clientes, saber porque nos compram, assim como porque<br />
é que outros clientes vão comprar à concorrência<br />
e quais as suas motivações.<br />
Perdemos clientes no passado? Porque os perdemos?<br />
Isso remete-nos para uma análise <strong>dos</strong> nossos<br />
processos, quer de venda, quer de realização <strong>dos</strong> serviços<br />
e do nível de serviço ao cliente. Além disso, temos<br />
que estar atentos ao mercado e saber o que fazem os<br />
nossos concorrentes. É tão importante notar os factores<br />
de sucesso nos que lideram o mercado, como os<br />
factores de insucesso, nos que não tentam aperfeiçoar<br />
os seus méto<strong>dos</strong> de ação e a sua política de negócio.<br />
Tudo isto deve processar-se continuamente e não de<br />
uma vez por todas ou somente de vez em quando.3<br />
COLABORAÇÃO:<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 67
GESTÃO<br />
Vender mais e melhor<br />
VENDAS = COMUNICAÇÃO<br />
Meio Mundo anda à procura de saber como vender mais e melhor, como forma de garantir a<br />
rentabilidade e a sustentabilidade das empresas e <strong>dos</strong> negócios. A fórmula que serve de título a<br />
este artigo pode ser uma resposta para a questão<br />
Oque os peritos no assunto dizem efetivamente<br />
é que a comunicação representa 85% do sucesso<br />
nas vendas, ficando os restantes 15% a<br />
cargo da apresentação e da imagem (do vendedor/a,<br />
do produto, do salão de vendas, da empresa,<br />
etc.). Se aprofundarmos um pouco mais o assunto, veremos<br />
que a própria apresentação e a imagem são também<br />
formas de comunicação não verbal, mas não menos<br />
efetiva.<br />
Portanto, poderemos até simplificar a equação com<br />
que estamos a trabalhar e colocar somente dois únicos<br />
termos:<br />
VENDAS = COMUNICAÇÃO<br />
Sendo assim tão importante a comunicação para o<br />
sucesso das vendas, é lógico que os elementos da oficina<br />
encarrega<strong>dos</strong> da recepção, da atenção ao cliente e<br />
das relações comerciais têm que ser comunicadores<br />
natos.<br />
Colocar pessoas com uma capacidade de comunicação<br />
limitada num cargo em que representa a empresa<br />
perante o cliente, em especial os novos clientes, é<br />
desde logo abrir as portas ao insucesso, senão total,<br />
pelo menos relativo.<br />
Parte da capacidade de comunicar depende de<br />
dons naturais, como o porte, a clareza da expressão facial,<br />
o tom de voz, a elegância de movimentos e do<br />
próprio carisma pessoal, este então completamente<br />
insubstituível e que não depende de aprendizagem ou<br />
imitação.<br />
Mesmo assim, através de treino e de correcção de<br />
certas limitações iniciais, uma pessoa qualquer pode<br />
moldar a sua apresentação convenientemente e estruturar<br />
a sua comunicação de uma forma mais eficiente,<br />
tornando-se um excelente comunicador.<br />
Contudo, ser bom comunicador não basta, porque<br />
um vendedor é essencialmente um negociador entre a<br />
empresa e o cliente, tendo que possuir uma capacidade<br />
muito abrangente de relacionar os interesses de<br />
cada parte e de, para além disso, perceber as reais necessidades<br />
e expectativas do cliente, mesmo as que<br />
por vezes não são reveladas. Um pouco de psicologia<br />
ajudará nesse ponto.<br />
Por outro lado, o bom comunicador pode ser apenas<br />
um vigarista ou aldrabão, se não estiver enquadrado<br />
em princípios de conduta e referências éticas. Essa<br />
referência ética baseia-se no conceito win-win, segundo<br />
o qual uma negociação só é realmente válida se encerrar<br />
vantagens para ambos os la<strong>dos</strong> e to<strong>dos</strong> os envolvi<strong>dos</strong><br />
ficarem satisfeitos com os resulta<strong>dos</strong> positivos<br />
obti<strong>dos</strong> no final. Um bom vendedor desonesto<br />
pode ser uma catástrofe ainda maior para a empresa<br />
do que um mau vendedor.<br />
No fim de tudo isto, o vendedor tem que ter uma<br />
certa <strong>dos</strong>e de ambição e vontade de vencer, tanto profissional,<br />
como social e economicamente. Não é raro<br />
um bom vendedor desenvolver a sua carreira no tempo<br />
para cargos de gestor de negócios, empresário, diretor<br />
de departamento, etc.<br />
68<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
GESTÃO<br />
Via de dois senti<strong>dos</strong><br />
Antes de chegarmos lá, no entanto, ainda temos<br />
que aperfeiçoar muita coisa. Desde logo, ultrapassar o<br />
individualismo egocêntrico, que muitas vezes se apodera<br />
das pessoas que gostam de se verem ao espelho e<br />
de se ouvirem a si próprias. Em primeiro lugar, tem<br />
que perceber que uma empresa é o resultado da ação,<br />
da capacidade e da competência de muitas pessoas, devendo<br />
aprender a trabalhar com os colegas de trabalho<br />
e a motivá-los para melhores objectivos e resulta<strong>dos</strong>,<br />
através da colaboração e da cooperação entre to<strong>dos</strong>.<br />
Além disso e principalmente, o comunicador tem<br />
que perceber que a comunicação não é uma auto estrada<br />
onde se vai sempre a direito a cento e muitos,<br />
mas uma via de dois senti<strong>dos</strong>, que tem obstáculos, desvios,<br />
pontes e vários riscos à espreita em cada curva.<br />
No dicionário da Internet "Webster's Dictionary" a<br />
comunicação está definida como "dar e receber mensagens<br />
de informação, recorrendo à fala, gestos e/ou<br />
escrita". Em termos de desporto, a comunicação será<br />
mais como ping-pong ou ténis, onde é necessário responder<br />
ao adversário, e muito menos do que golfe,<br />
corrida, natação ou salto, onde cada um faz por si o<br />
melhor que pode.<br />
Portanto, a capacidade de comunicar é também a<br />
capacidade de ouvir o interlocutor. Sem essa percepção<br />
das mensagens que o outro tem para nos passar e<br />
da sua importância relativa, a comunicação torna-se<br />
num monólogo desconcertante para a pessoa com<br />
quem falamos e deixa de funcionar. Nesse ponto,<br />
pouco importa se a oficina está limpa ou suja, organizada<br />
ou desorganizada, escura ou clara ou qual é o seu<br />
nome.<br />
Também não interessa se o vendedor tem muitos<br />
anos de prática e se a empresa tem muitas ou poucas<br />
lojas.<br />
Também é pouco importante o site da oficina ser<br />
muito atrativo ou haver muitas marcas de pneus nas<br />
prateleiras. Se a comunicação falhar na hora da verdade,<br />
nada disso passa a ter qualquer significado para o<br />
cliente. O mais certo é ele fazer as malas e nunca mais<br />
aparecer por perto.<br />
Ora, não é disto o que a oficina precisa.<br />
Serviço ao cliente<br />
A oficina não pode dizer ao cliente o serviço que ele<br />
tem que fazer, nem pode obrigá-lo a fazer o que ele<br />
não quer. Contra o cliente, não se faz nada, a não ser<br />
estragar o negócio. O que se pode e deve fazer é comunicar<br />
de forma eficiente e positiva com o cliente, seja<br />
ele qual for. Esse é o primeiro e maior serviço que uma<br />
empresa de reparação automóvel pode prestar aos<br />
seus clientes.<br />
Quando um cliente leva o seu carro à oficina para<br />
um serviço de manutenção ou reparação, deseja em<br />
primeiro lugar ser atendido com profissionalismo e<br />
atenção. Vejamos como um recepcionista com formação<br />
adequada e treino na função se comportaria:<br />
"Obrigado por nos ter dado hoje a sua preferência e<br />
ter escolhido a nossa oficina para assistir o seu carro.<br />
Eu sou o Paulo e o Sr., como se chama?"<br />
(aperto de mão).<br />
“O meu nome é João e pretendo mudar o óleo do meu<br />
carro”.<br />
“Vamos já tratar do assunto” (enquanto isso, o<br />
recepcionista abre a ordem de reparação).<br />
"Há mais alguma coisa que seja preciso fazer no seu<br />
carro?", continua o recepcionista, que acrescenta<br />
logo:<br />
"Quando prefere levantar o seu carro? "<br />
Entretanto, o Sr. João entregar-lhe as chaves do carro<br />
e prepara-se para sair, mas o Paulo aproveita o momento<br />
de bom entendimento para acrescentar uma<br />
ideia que to<strong>dos</strong> os bons recepcionistas de todo o<br />
Mundo usam sempre:<br />
"Sr. João, se me permite a sugestão, e apenas com o<br />
seu consentimento, gostaríamos de passar em revista<br />
os sistemas de segurança do seu carro.<br />
Isso é indispensável para nós podermos dar-lhe uma<br />
ideia do que é mais prioritário na manutenção do<br />
seu veículo.<br />
Quando voltar, falaremos do assunto com mais elementos<br />
e decidiremos em conjunto o que fazer, sem<br />
qualquer obrigatoriedade ou pressão".<br />
Claro que, se o recepcionista foi capaz de empregar<br />
toda esta clareza e transparência, também não terá dificuldade<br />
em explicar ao seu cliente a necessidade de<br />
se efetuar este ou aquele serviço que se imponha, demonstrando<br />
as razões técnicas e a conveniência económica<br />
<strong>dos</strong> mesmos.<br />
Eis como a comunicação (de dois senti<strong>dos</strong>) pode<br />
servir eficientemente a reparação automóvel, criando<br />
laços de entendimento e cooperação entre oficinas e<br />
condutores de veículos. 3<br />
PUB<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 69
GESTÃO<br />
Modelo de avaliação<br />
Quanto vale o seu negócio?<br />
Muitas oficinas de pneus aparentemente bem sucedidas, podem não valer<br />
tanto quanto os seus donos julgam, o que pode ser certamente uma<br />
surpresa desagradável para eles<br />
Para não sermos muito contundentes, poderíamos<br />
dizer que esses negócios poderiam valer<br />
mais, mas a realidade está sempre um pouco<br />
para além das palavras.<br />
A dura realidade, é que os donos desses negócios<br />
com grande atividade e muito movimento estão apanha<strong>dos</strong><br />
pelo turbilhão da sua própria atividade, prestando<br />
a máxima atenção<br />
To<strong>dos</strong> os empresários competentes sabem quando<br />
o seu negócio está na pujança do seu rendimento e portanto<br />
no pico do seu valor patrimonial<br />
aos detalhes do serviço e à<br />
qualidade do produto.<br />
Têm um relacionamento<br />
divertido e positivo com<br />
os seus clientes e têm sempre<br />
a resposta pronta para<br />
os emprega<strong>dos</strong> que aparecem com dúvidas. São verdadeiramente<br />
a imagem do sucesso, mas, por muito improvável<br />
que pareça, esse mesmo sucesso é o que faz o<br />
negócio valer menos do que poderia valer.<br />
Em termos correntes, valor de mercado é aquilo que<br />
um vendedor e um comprador estão dispostos a concordar,<br />
para fazerem um negócio. O termo chave nesta<br />
expressão é "estão dispostos", o que significa que<br />
não estamos em sal<strong>dos</strong>, nem vendas forçadas, nem negócios<br />
oportunistas. As vendas de negócios fazem-se<br />
to<strong>dos</strong> os dias, quando uma das partes sente que não<br />
está no seu terreno próprio e que lhe faltam perspectivas<br />
de evolução. Isto não significa que tenhamos o negócio<br />
para o vender, mas, se ele estiver pronto para<br />
vender, valerá certamente mais qualquer coisa do que<br />
o contrário. Há muitas pessoas que dizem para fora<br />
das suas bocas que não querem vender os seus negócios,<br />
nas no fundo do seu coração sabem perfeitamente<br />
que não têm nada para vender.<br />
A realidade é que muito poucos negócios estão efetivamente<br />
"prontos" para serem vendi<strong>dos</strong>, tendo portanto<br />
o máximo valor patrimonial, tanto tangível,<br />
como intangível. Isso significa que os donos mantêm<br />
o seu negócio bem arrumado e organizado, estão a<br />
vender um pouco mais to<strong>dos</strong> os dias, têm vários contratos<br />
invejáveis em carteira e contrataram pessoal que<br />
realmente faz a diferença<br />
para a concorrência. To<strong>dos</strong><br />
os empresários competentes<br />
sabem quando o seu<br />
negócio está na pujança do<br />
seu rendimento e portanto<br />
no pico do seu valor.<br />
Pode o sucesso ser um problema?<br />
No caso anteriormente citado do empresário de sucesso,<br />
que tem excelentes relações com os seus clientes<br />
e faz uma equipa sólida com os seus emprega<strong>dos</strong>, que<br />
sucede quando ele não está na oficina?<br />
70<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
GESTÃO<br />
As vendas quebram, porque os clientes "só" querem<br />
falar com ele?<br />
Os emprega<strong>dos</strong> andam "à nora" e esperam que o patrão<br />
venha para decidir o que fazer?<br />
Se a resposta a estas perguntas for "Sim!", então o<br />
valor do negócio depende quase totalmente de uma<br />
pessoa. Em caso de venda, o comprador poderá ou<br />
não ficar entusiasmado, consoante o seu perfil e a sua<br />
capacidade de repetir o desempenho do seu antecessor.<br />
Como vendedor, você não pode comprar o negócio<br />
a si mesmo. Se você é o capital ativo mais importante<br />
da empresa, tudo o mais são umas máquinas usadas,<br />
equipamentos com uns anos e o inventário do<br />
stock de pneus. Nesse caso, o valor da empresa é basicamente<br />
o valor de liquidação do negócio.<br />
Negócio "maduro"<br />
O termo maduro pode ser entendido de várias maneiras,<br />
porque, tanto pode ser um fruto que apetece<br />
comer, como um fruto que está a ponto de cair da árvore<br />
e perder-se. Uma pessoa "madura", tanto pode ser<br />
um modelo de experiência e sensatez, como um tonto<br />
cheio de vinho e pronto a estatelar-se ao comprido…<br />
O termo foi escolhido por isso mesmo, porque também<br />
um negócio pode passar por essa fase de iminente<br />
apogeu e de iminente queda.<br />
Quando todas as peças do negócio rolam perfeitamente<br />
e a empresa funciona sem qualquer atrito, até<br />
ao ponto em que isso é possível numa empresa, e<br />
quando o dono não precisa fazer nada, nem mesmo<br />
preocupar-se com a gestão, o negócio está efetivamente<br />
"maduro". A tarefa portanto será trabalhar to<strong>dos</strong> os<br />
dias para atingir esse patamar (ver questionário).<br />
Este é o verdadeiro ponto de inflexão do pensamento<br />
de pequeno empresário, para uma visão genuinamente<br />
empresarial. A única maneira de acrescentarmos<br />
valor ao nosso negócio é fazermos com que ele<br />
valha mais para qualquer pessoa. Nesse ponto, podemos<br />
optar por vender a empresa ou podemos ficar<br />
com ela, o que significa que subjectivamente a "compramos"<br />
nós mesmos. Precisamente por que é um<br />
bom negócio! 3<br />
7 PERGUNTAS<br />
PARA AVALIAÇÃO<br />
1 - Você meteu-se no negócio para ganhar<br />
dinheiro ou para ter mais liberdade pessoal?<br />
Está a consegui-lo?<br />
2 - Quantas vezes tem que responder a<br />
perguntas de emprega<strong>dos</strong>, que poderiam ser<br />
evitadas se você tivesse montado um sistema<br />
que desse essas respostas por si?<br />
3 - Se você for uma semana de férias para o<br />
Algarve, as vendas mantêm-se ou descem?<br />
(Ou sobem?)<br />
4 - Se aparecer um potencial comprador para o<br />
negócio, você diz-lhe: "Em vou-lhe mostrar<br />
como é que eu faço" ou "Eu vou-lhe mostrar<br />
como é que a empresa funciona"?<br />
5 - Você tem realmente tempo para analisar e<br />
desenvolver o negócio ou está sempre<br />
ocupado com alguma coisa inadiável?<br />
6 - Qual é o grau de maturidade do seu negócio,<br />
isto é, a que distância está <strong>dos</strong> objectivos do<br />
projeto inicial?<br />
7 - Tem uma ideia do que seria a sua empresa<br />
com o projeto totalmente realizado? É capaz<br />
de descrever essa empresa?<br />
PUB<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 71
SERVIÇO<br />
Reparação de pneus<br />
Base para o profissionalismo<br />
Uma parte importante do negócio <strong>dos</strong> pneus é a reparação correta. Saber quando se deve ou não<br />
efetuar uma reparação de um pneu é um aspecto fundamental, porque não interessa reparar<br />
bem um pneu que já é praticamente um resíduo.<br />
Não é raro ver bem repara<strong>dos</strong> pneus cujo estado<br />
já está muito degradado. O correto diagnóstico<br />
do estado do pneu é nesse sentido crítico<br />
para uma boa reparação ou para uma boa<br />
substituição do pneu. O negócio de pneus é vender<br />
bons pneus e repará-los bem. Uma parte do negócio<br />
não se mantém sem a outra.<br />
No entanto, muitas vezes assistimos a profissionais<br />
que reparam um furo sem o desmontar da jante, assumindo<br />
que o seu trabalho e a sua responsabilidade estão<br />
desse modo garanti<strong>dos</strong>. Se o pneu tiver um dano<br />
mais grave e rebentar numa auto estrada, o cliente de<br />
certo não voltará à mesma oficina, porque na sua mente<br />
ficará sempre a dúvida de que mais alguma coisa podia<br />
ter sido feita para evitar o sucedido. E de facto podia!<br />
Sem desmontar o pneu da jante e sem o examinar<br />
completamente de ambos os la<strong>dos</strong>, no interior e na<br />
banda de rolamento, ninguém pode garantir tecnicamente<br />
qual é o verdadeiro estado do pneu (Fig. 1). De<br />
facto, uma boa parte <strong>dos</strong> pneus envia<strong>dos</strong> para reparação<br />
têm vários danos que podem ser bem recupera<strong>dos</strong><br />
e outros que já não são recuperáveis de modo nenhum.<br />
To<strong>dos</strong> esperam que um pneu furado que foi reparado<br />
fique como novo, mas isso só pode ser assumido<br />
com uma certa margem de segurança, desde que o<br />
pneu esteja novo ou muito bem conservado. Um<br />
pneu já muito desgastado fura-se com mais facilidade<br />
e a reparação é menos eficaz, para já não falar noutros<br />
possíveis danos menos visíveis, cabendo ao profissional<br />
de pneus alertar o condutor para o grau de economia<br />
e de segurança das soluções possíveis ou desejáveis.<br />
Reparar ou não reparar?<br />
<strong>Pneus</strong> que sofreram sobrecargas ou rolaram com<br />
baixas pressões (às vezes sem qualquer pressão…) podem<br />
ser descarta<strong>dos</strong> pelos técnicos, desde que eles tenham<br />
obtido uma correta formação. Marcas de fortes<br />
flexões podem ser observadas nos flancos, tanto pelo<br />
interior, como pelo exterior, assim como junto <strong>dos</strong> talões<br />
ou na própria banda de rolamento, indicando que<br />
o pneu sofreu um tratamento rude, devido a baixa<br />
pressão e/ou excesso de carga (Fig. 2).<br />
Pressão incorreta também causa desgaste irregular e<br />
danos na banda de rolamento e nos talões. No caso de<br />
pneus sem câmara de pesa<strong>dos</strong>, ficam marcas na jante e<br />
na base da válvula, se o pneu rolar com baixa pressão<br />
ou vazio, especialmente nos roda<strong>dos</strong> duplos (Fig. 3).<br />
Também nunca devem ser repara<strong>dos</strong> pneus que apresentam<br />
talões deforma<strong>dos</strong> ou danifica<strong>dos</strong> (Fig. 4).<br />
No caso de pneus que sofreram problemas de alinhamento<br />
de rodas e falta de equilíbrio destas, é frequente<br />
haver problemas de separação entre as telas ou<br />
entre estas e a borracha exterior (Fig. 5). A verificação<br />
da data de fabrico também indica muitas vezes quando<br />
um pneu já não pode e não deve ser utilizado.<br />
Também há os casos em que o pneu está em bom<br />
estado, mas não tem as características indicadas para o<br />
72<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS
SERVIÇO<br />
FIG. 1 - Sem desmontar o pneu, danos interiores como este ficam por detectar, colocando em risco a<br />
condução e a segurança rodoviária.<br />
FIG. 3 - Depois de rodar com baixa pressão ou vazio, um pneu<br />
tubeless de pesado deixa marcas na jante e na base da válvula de<br />
enchimento.<br />
FIG. 2 - As marcas provocadas por baixa pressão<br />
e/ou excesso de carga do veículo não deixam<br />
dúvidas quanto ao destino a dar ao pneu:<br />
reciclagem!<br />
FIG. 4 - O talão do<br />
pneu é o elemento<br />
que faz a ligação<br />
deste à jante e ao<br />
próprio veículo,<br />
devendo garantir<br />
sempre as máximas<br />
condições de<br />
segurança. Danos e<br />
deformações neste<br />
ponto devem ser<br />
motivo de abandono<br />
da carcaça, para<br />
reciclagem e<br />
valorização.<br />
FIG. 5 - Quando existem problemas graves de alinhamento das rodas e/ou de equilíbrio destas, os danos no<br />
pneu tornam-se profun<strong>dos</strong>, resultando na descolagem das telas e da própria borracha da banda de<br />
rolamento. Altas temperaturas e a força centrífuga justificam os efeitos visíveis na imagem.<br />
FIG. 6 - Restos de cordões e tacos no interior do<br />
pneu denunciam reparações feitas<br />
completamente às cegas, isto é, sem desmontar<br />
o pneu. As tais " economias " que nunca o foram<br />
e nunca o serão…<br />
modelo de veículo em questão, devendo ser substituído<br />
por outro devidamente especificado. Outra coisa<br />
que nunca deve acontecer é usar pneus de medidas diferentes<br />
ou características incompatíveis (radiais e diagonais,<br />
por exemplo) no mesmo carro, porque tem<br />
consequências graves para a segurança de condução e<br />
para a conservação <strong>dos</strong> próprios pneus. Uma prática<br />
recomendável consiste em nunca montar um pneu reparado<br />
no veículo, sem verificar antes o estado e as características<br />
de to<strong>dos</strong> os restantes pneus. Isso distingue<br />
o bom profissional competente e que sabe acrescentar<br />
valor para o cliente, <strong>dos</strong> profissionais de segunda ou<br />
terceira classe.<br />
Entre as boas práticas está ainda o evitar montar<br />
pneus com graus de desgaste muito diferentes no mesmo<br />
eixo, porque isso prejudica a segurança de condução<br />
e agrava o desgaste <strong>dos</strong> pneus. Os pneus em melhor<br />
estado e com maior profundidade da banda de<br />
rolamento devem estar monta<strong>dos</strong> no eixo de tração,<br />
para evitar perdas de aderência perigosas (por aquaplaning,<br />
por exemplo).<br />
Tudo isto pode parecer que são coisas sem importância,<br />
mas, em caso de acidente, as autoridades e os<br />
peritos das seguradoras irão verificar minuciosamente<br />
a gestão anterior <strong>dos</strong> pneus e identificar os possíveis<br />
responsáveis.<br />
Por regra, um pneu reparado deve ser examinado<br />
com o mesmo cuidado que um pneu recauchutado e<br />
um pneu recauchutado tem que passar pelo mesmo<br />
controlo que um pneu novo, assim como, de resto,<br />
qualquer outro produto lançado no mercado. Os<br />
atuais padrões de qualidade, segurança e de defesa do<br />
consumidor assim o exigem.<br />
Bem reparar um pneu<br />
Como já vimos no início, um <strong>dos</strong> erros mais graves<br />
e frequentes na reparação de pneus é não desmontar o<br />
pneu da jante, nem efetuar uma verificação detalhada<br />
do seu estado. Efetivamente, é muito frequente en-<br />
REVISTA<br />
DOS PNEUS 73
SERVIÇO<br />
Reparação de pneus<br />
FIG. 7 - A borracha deteriorada existente na zona<br />
danificada deve ser eliminada, a fim de poder<br />
assegurar uma reparação verdadeiramente<br />
sólida e fiável.<br />
FIG. 8 - Em to<strong>dos</strong> os furos o sentido e a direcção da<br />
perfuração devem ser identifica<strong>dos</strong> correctamente,<br />
com uma ferramenta adequada, a fim de poder<br />
efectuar os restantes procedimentos de reparação<br />
correctamente.<br />
FIG. 10 - Em caso de dúvida ou mesmo por sistema,<br />
deve utilizar-se uma ferramenta de corte esférica,<br />
para determinar a existência de fissuras e outros<br />
danos no interior da borracha perfurada.<br />
FIG. 9 - Para garantir uma reparação de qualidade, o furo deve ser perfurado três vezes a partir do<br />
interior e outras três a partir do exterior, utilizando uma broca de medida adequada de carboneto. Antes<br />
de efectuar a brocagem, a zona do dano deve ser devidamente lixada e regularizada.<br />
FIG. 11 - Para assegurar uma vedação perfeita, a<br />
preparação da zona danificada deve ter um<br />
diâmetro 2 ou 3 cm mais largo do que o próprio<br />
remendo.<br />
O negócio de pneus é<br />
vender bons pneus e<br />
repará-los bem. Uma<br />
parte do negócio não se<br />
mantém sem a outra<br />
contrar pneus com restos de tacos de reparação de perfurações<br />
no interior, o que indica que o pneu foi reparado<br />
ainda montado na própria jante (Fig. 6). Isso contraria<br />
as normas de todas as associações nacionais e internacionais<br />
da indústria de pneus e do sector do<br />
retalho, pelo que deveria ser completamente banido.<br />
Infelizmente, não se trata do único erro frequente, podendo<br />
ser detectadas ainda as seguintes práticas incorretas:<br />
- Colocação de remen<strong>dos</strong> interiores em danos, sem<br />
antes ter fechado estes com um taco ou outro artefacto<br />
de vedação apropriado;<br />
- O inverso, ou seja, colocar um taco na perfuração,<br />
sem assegurar o reforço pelo interior, é igualmente<br />
um procedimento incorreto muito comum;<br />
- Não efetuar as eliminação da borracha deteriorada<br />
com uma ferramenta de corte apropriada, regularizando<br />
a zona do dano (Fig. 7);<br />
- Usar produtos de reparação de pneus radiais em<br />
pneus diagonais e reciprocamente;<br />
- Utilizar colas, endurecedores, remen<strong>dos</strong> e outros<br />
materiais de vários fabricantes diferentes;<br />
- Não efetuar a raspagem e a limpeza da zona a reparar<br />
do pneu com um produto adequado, antes de efetuar<br />
a reparação;<br />
- Não respeitar os limites quanto às dimensões da perfuração<br />
e da sua localização na carcaça.<br />
Estes, no entanto, são apenas alguns <strong>dos</strong> "atalhos"<br />
que é frequente encontrar no terreno "profissional".<br />
Raramente se utiliza um furador para verificar o sentido<br />
da perfuração, por exemplo (Fig. 8), uma das verificações<br />
essenciais para uma correta e fiável reparação de<br />
um pneu danificado. O nível de preparação do dano é<br />
também na maior parte <strong>dos</strong> casos insuficiente (Figuras<br />
9, 10 e 11).<br />
Com este artigo, tentamos superar falhas de formação<br />
que ainda subsistem em muitos técnicos, ajudando<br />
a tornar o sector <strong>dos</strong> pneus mais credível, mais rentável<br />
e com maior grau de sucesso. 3<br />
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REVISTA<br />
DOS PNEUS
LÍDER EUROPEU<br />
CHEGOU A PORTUGAL<br />
Pertencendo ao Grupo Michelin, a EUROMASTER é a rede mais ampla da<br />
Europa, com mais de 2.000 centros de serviço, líder em pneus e na<br />
manutenção de veículos, tanto para particulares como para profissionais,<br />
tendo como missão garantir a segurança e mobilidade <strong>dos</strong> seus clientes.