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Revista dos Pneus 006 - Julho 2009

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<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> & Serviços Rápi<strong>dos</strong><br />

Nº 6 • JULHO <strong>2009</strong> • ANO II • 5 EUROS<br />

ENTREVISTA<br />

CORRADO MOGLIA<br />

DIRECTOR DE VENDAS GT TIRE EUROPA<br />

Salão Autopromotec <strong>2009</strong><br />

MISSÃO<br />

CUMPRIDA<br />

FABRICANTE<br />

GRUPO CONTINENTAL<br />

O UNIVERSO DA CONTINENTAL<br />

A AUTOPROMOTEC <strong>2009</strong> CUMPRIU A SUA PRINCIPAL FUNÇÃO, DE<br />

MOSTRAR AOS PROFISSIONAIS DA MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO<br />

AUTOMÓVEL, O QUE DE MAIS MODERNO EXISTE A NÍVEL DE PEÇAS,<br />

COMPONENTES, EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS<br />

EMPRESA<br />

ALBIPNEUS<br />

NEGÓCIO MUNDIAL<br />

MERCADO<br />

MÁQUINAS<br />

DE MONTAR/DESMONTAR PNEUS


SUMÁRIO<br />

EDITORIAL<br />

DESAFIAR<br />

a crise<br />

Em tempos de descompensação<br />

económica e financeira, onde<br />

uns vêem oportunidades de investimentos<br />

estratégicos e de expansão,<br />

outros apenas encontram motivos<br />

para lamentações, pessimismo e descrença.<br />

Não seria muito arriscado dizer<br />

que os primeiros apostaram na inovação<br />

e chegaram primeiro ao produto/serviço<br />

que interessa e corresponde<br />

às necessidades do mercado, enquanto<br />

que outros teimam em tentar levar<br />

para a frente modelos de negócios já<br />

vistos, muito gastos, sem perspectivas<br />

e sem futuro.<br />

Ao contrário do que seria de esperar,<br />

a actual situação económica exige mais<br />

dinamismo do que prudência e contenção,<br />

pois a reparação <strong>dos</strong> veículos está a<br />

sofrer transformações constantes, o<br />

mesmo acontecendo com o mercado e<br />

os consumidores finais. Para acompanhar<br />

toda esta rápida evolução <strong>dos</strong> factos,<br />

a única forma consequente é procurar<br />

novos nichos de mercado e novos<br />

grupos de clientes, a fim de compensar<br />

eventuais quebras da procura. Outra<br />

forma de dar o salto em frente consiste<br />

em introduzir outra linha de serviços<br />

paralela à que tradicionalmente a oficina<br />

executa.<br />

Vem esta introdução a propósito da visita<br />

que realizamos à Autopromotec,<br />

em Bolonha, onde constatámos uma<br />

atitude muito clara <strong>dos</strong> organizadores<br />

em desafiar a presente crise económica<br />

global, afirmando que há soluções e há<br />

mercado para continuar em frente.<br />

A Autopromotec <strong>2009</strong> cumpriu a sua<br />

principal função, de mostrar aos profissionais<br />

na manutenção e reparação automóvel,<br />

o que de mais moderno existe<br />

a nível de peças, componentes, equipamentos<br />

e serviços. Os profissionais sabem<br />

que em cinco dias e num espaço<br />

único, reúne-se a oferta mais completa<br />

no mercado da pós-venda. A Feira actua<br />

como um dinamizador indiscutível da<br />

indústria, bem como uma plataforma<br />

comercial de primeira ordem, geradora<br />

de transacções e contactos em tempo<br />

recorde.<br />

Se há produtos, conceitos e empresas<br />

que estão a ficar obsoletos, isso é essencialmente<br />

um problema deles. O<br />

mercado tem potencialidades e não<br />

pode ficar à espera de quem não quer<br />

ou não sabe andar para a frente. A resposta<br />

é dada pelos próprios produtos,<br />

conceitos e tecnologias expostos na feira,<br />

sendo complementada pelos debates<br />

e conferências que acompanharam<br />

o evento.<br />

O mercado aceitou o desafio de inovar<br />

e mudar o que tiver que ser mudado e<br />

nada o fará enredar em obstáculos artificiais<br />

ao progresso, que to<strong>dos</strong> desejam<br />

e pelo qual to<strong>dos</strong> estão dispostos a bater-se.<br />

■<br />

João Vieira<br />

joao.vieira@apcomunicacao.com<br />

24<br />

–<br />

36<br />

42<br />

para<br />

44<br />

/desmontar<br />

48<br />

56<br />

60<br />

64<br />

–<br />

68<br />

–<br />

72<br />

76<br />

Focalizar<br />

SALÃO<br />

Autopromotec <strong>2009</strong><br />

A grande montra<br />

FABRICANTE<br />

Grupo Continental<br />

– Um fornecedor de<br />

dimensão global<br />

MERCADO<br />

<strong>Pneus</strong> recauchuta<strong>dos</strong><br />

pesa<strong>dos</strong><br />

MERCADO<br />

Máquinas de montar/<br />

pneus<br />

ENTREVISTA<br />

Corrado Moglia,<br />

Director de Vendas<br />

GT Tire Europa<br />

ENTREVISTA<br />

Miguel Costa, Director<br />

de Marketing /<br />

Compras da Norauto<br />

ENTREVISTA<br />

Andrés Sanchez<br />

Eustáquio, Presidente<br />

do Grupo Andrés<br />

EMPRESA<br />

Albipneus<br />

Um negócio mundial<br />

EMPRESA<br />

Chaveca & Janeira<br />

Dinamizar o negócio<br />

EMPRESA<br />

StationMarché/Roady –<br />

Um novo ciclo<br />

EMPRESA<br />

<strong>Pneus</strong> da Península –<br />

na Imagem<br />

Nº 6 • JULHO <strong>2009</strong> • ANO II • 5 EUROS<br />

FICHA TÉCNICA<br />

■ DIRECTOR: João Vieira ■ DIRECTOR ADJUNTO: Paulo Homem ■ SUBDIRECTOR: Hugo Jorge ■ PROPRIEDADE: AP Comunicação - Largo Infante D. Henrique, 7 – Várzea<br />

de Colares – 2705-351 Colares Telefone: 21.928.80.52 Fax: 21.928.80.53 E-mail: geral@apcomunicacao.com ■ REDACÇÃO: Augusto Quelhas, Hugo Jorge, Carlos Silva,<br />

Fátima Rodrigues, António Lopes, Carla Ramos ■ DESIGN GRÁFICO: Pedro Vieira ■ IMAGEM: António Valente ■ PUBLICIDADE: Telefone: 21.928.80.52 Director: Mário<br />

Carmo mario.carmo@apcomunicacao.com Anabela Machado anabela.machado@apcomunicacao.com ■ IMPRESSÃO: Tipografia Peres/SocTip – Estrada Nacional 10,<br />

Km 108,3 – 2135-114 Samora Correia Telefone: 263.00.99.00 ■ PERIODICIDADE: Trimestral ■ ASSINATURA ANUAL: 20 Euros (4 números) ■ DISTRIBUIÇÃO: Midesa<br />

Portugal ■ Nº de Registo na ERC: 125367<br />

© COPYRIGHT: Nos termos legais<br />

em vigor é totalmente interdita a<br />

utilização ou a reprodução desta<br />

publicação, no seu todo ou em<br />

parte, sem a autorização prévia e<br />

por escrito da “<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>”.<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

03


CONFERÊNCIA<br />

“O mercado <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> Pesa<strong>dos</strong>, Agrícolas, Florestais, Industriais,<br />

Engenharia Civil, Obras Públicas e Motos”<br />

VENHA PARTICIPAR NA 2.ª CONFERÊNCIA DO COMÉRCIO DE PNEUS<br />

Na sequência do sucesso obtido com a realização da 1.ª<br />

Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong> em Portugal, a AP<br />

Comunicação vai levar a efeito, já no próximo dia 3 de Outubro,<br />

no Auditório da Exposalão – Batalha, a segunda edição, desta vez<br />

dedicada ao mercado <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> Pesa<strong>dos</strong>, Agrícolas, Florestais,<br />

Industriais, Engenharia Civil, Obras Públicas e Motos.<br />

Trata-se de mais um grande evento de âmbito nacional,<br />

concebido para divulgar as tendências do sector do Comércio de<br />

<strong>Pneus</strong> em Portugal, nestas áreas específicas <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> para<br />

veículos Pesa<strong>dos</strong>, Agrícolas, Florestais, Industriais, Engenharia<br />

Civil, Obras Públicas e Motos.<br />

A Conferência vai decorrer em simultâneo com a<br />

Expotransporte, o único Salão nacional dedicado aos Veículos<br />

Pesa<strong>dos</strong>, Comerciais Ligeiros e Transportes. Esta será também<br />

uma excelente oportunidade para to<strong>dos</strong> os participantes ficarem<br />

a conhecer as mais recentes novidades das marcas presentes<br />

no Salão.<br />

A 2ª Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong> será o cenário mais<br />

indicado para conhecer os grandes desafios que o sector vai<br />

enfrentar e as oportunidades que se abrem ao mercado <strong>dos</strong><br />

<strong>Pneus</strong> Pesa<strong>dos</strong>, Agrícolas, Florestais, Industriais, Engenharia<br />

Civil, Obras Públicas e Motos.<br />

QUEM DEVE PARTICIPAR:<br />

• Fabricantes de <strong>Pneus</strong><br />

• Importadores de <strong>Pneus</strong><br />

• Distribuidores/Grossistas/Retalhistas de <strong>Pneus</strong><br />

• Distribuidores de Peças e Equipamentos para Oficinas de<br />

<strong>Pneus</strong><br />

• Proprietários e Gerentes de Oficinas Multimarca<br />

• Proprietários e Gerentes de Oficinas de <strong>Pneus</strong><br />

• Proprietários e Gerentes de Auto Centros e Serviços<br />

Rápi<strong>dos</strong><br />

• Redes Organizadas de Oficinas<br />

• Directores Pós-Venda das Oficinas de Marca<br />

• Empresas e entidades diversas ligadas ao Comércio de<br />

<strong>Pneus</strong> ou outros interessa<strong>dos</strong> neste mercado<br />

ALGUMAS DAS RAZÕES PARA NÃO<br />

PERDER ESTE EVENTO:<br />

A 2ª Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong> em Portugal vai ser um<br />

acontecimento onde os operadores do sector vão obter informações<br />

estratégicas vitais para o futuro <strong>dos</strong> seus negócios.<br />

• Ganhe vantagem competitiva ouvindo os conselhos <strong>dos</strong> especialistas<br />

do sector<br />

• Aprenda novas técnicas de fidelização de clientes<br />

• Encontre novos caminhos para aumentar a performance do seu negócio<br />

• Fique a saber o que os clientes realmente querem<br />

• Descubra os desafios do mercado que podem afectar o seu negócio<br />

• Identifique os merca<strong>dos</strong> onde o seu negócio deve estar presente<br />

• Conheça o futuro do mercado <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> Pesa<strong>dos</strong>, Agrícolas, Florestais,<br />

Industriais, Engenharia Civil, Obras Públicas e Motos<br />

Paramaisinformaçõeseinscriçãoconsultar:<br />

www.apcomunicacao.com/conferenciapneus<br />

04<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


13H00<br />

14H00<br />

14H15<br />

14H45<br />

15H15<br />

15H45<br />

16H15<br />

16H45<br />

17H15<br />

17h45<br />

18H15<br />

PROGRAMA<br />

Recepção <strong>dos</strong> participantes<br />

Abertura da Conferência<br />

1º PAINEL<br />

O MERCADO DOS PNEUS PESADOS<br />

2º PAINEL<br />

A RECAUCHUTAGEM E O CICLO DE VIDA DO PNEU<br />

3º PAINEL<br />

VENDA DE PNEUS AO QUILÓMETRO<br />

(CONTRATOS QUILOMÉTRICOS)<br />

4º PAINEL<br />

O MERCADO DOS PNEUS AGRÍCOLAS E FLORESTAIS<br />

Coffee-break<br />

5º PAINEL<br />

O MERCADO DOS PNEUS INDUSTRIAIS<br />

(MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS), ENGENHARIA CIVIL<br />

E OBRAS PÚBLICAS<br />

6º PAINEL<br />

O MERCADO DOS PNEUS “DUAS RODAS”<br />

E OUTROS – BICICLETA, MOTOCICLOS, ATV, AVIÃO, ETC.<br />

7º PAINEL<br />

REDES ESPECIALISTAS<br />

Encerramento da Conferência<br />

TEMAS EM DEBATE<br />

• O mercado mundial, Europeu e Português<br />

(dimensão, quotas de mercado, marcas vs fabricantes, etc.)<br />

• Segmentação (produto/utilização, preço, estratégia multimarca, etc.)<br />

• Novos produtos<br />

• Canais de distribuição (distribuição geográfica da rede de agentes)<br />

• Os posicionamentos de preço<br />

(estratégias de pricing, situação passada – actual – futura)<br />

• A comunicação<br />

(Especialização das forças de vendas, Promoções, o Ponto de Venda,<br />

Actividades de Relações Públicas, Apresentações de produto, Sponsoring,<br />

Advertising, etc.)<br />

• O Marketing do retalho<br />

(posicionamento, estratégia, preços/rentabilidade, etc.)<br />

• Ameaças e oportunidades<br />

(mercado paralelo, PALOPS, legislação sobre emissões de carbono, etc.)<br />

• Os clientes (Agentes, o cliente profissional final, o decisor da compra, etc.)<br />

• As tecnologias da informação (software de gestão de frotas,<br />

gestão e seguimento de rendimentos quilométricos, etc.)<br />

• O “Break Down Service” – Assistência Móvel 24 Horas<br />

• Que tipo de formação pode trazer valor acrescentado ao negócio?<br />

• A qualidade do serviço ao cliente.<br />

• Os fabricante de pneus e o seu reposicionamento face às novas realidades<br />

do mercado <strong>dos</strong> pneus recauchuta<strong>dos</strong> (estratégias integradas novo/garantia<br />

de carcaça/recauchutado)<br />

• Retomas de carcaças<br />

• O recauchutador independente e o futuro<br />

• Como é que esta crise pode afectar os distribuidores, reparadores,<br />

e outros agentes do Sector <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, nomeadamente nos apoios<br />

aos investimentos, aos stocks e à tesouraria?<br />

• Triângulo incompatível de conjuntura económica muito difícil / Dificuldades<br />

de acesso ao crédito / Rigidez das companhias no controlo de crédito<br />

• Como estão os consumidores (frotas e outros) a adaptar-se a esta nova<br />

realidade económica e financeira?<br />

• Evoluções e novidades técnicas acerca <strong>dos</strong> pneus<br />

Paramaisinformaçõeseinscriçãoconsultar:<br />

www.apcomunicacao.com/conferenciapneus<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

05


NOTÍCIAS<br />

TECO COM<br />

NOVIDADES<br />

A Teco acaba de dar início<br />

à produção de novos<br />

modelos de equipamentos<br />

para casas de pneus. O<br />

TECO 88 e TECO 88 TC,<br />

são duas equilibradoras de rodas<br />

topo de gama, com medida automática<br />

<strong>dos</strong> pârametros de lançamento e<br />

sistema electrónico de ancoragem<br />

de roda. Um <strong>dos</strong> equipamentos está<br />

disponível em versão Total Control<br />

(Teco 88TC) para efectuar a medida<br />

de excentricidade da roda com um<br />

sistema sonar.<br />

Destaque também para os TECO<br />

812 e TECO 812 TRUCK, que são<br />

alinhadores de roda com tecnologia<br />

rádio 2,4 GHz e medidores de 8 câmaras<br />

CCD. Está disponível uma plataforma<br />

de software e Hardware<br />

para camiões e autocarros. ■<br />

STAR ALIANCE<br />

REÚNE<br />

PARCEIROS<br />

Fundada há mais de um ano, a<br />

Star Aliance, empresa que se dedica<br />

à comercialização exclusiva <strong>dos</strong><br />

pneus America, reuniu no passado<br />

mês de <strong>Julho</strong> os seus parceiros.<br />

O objectivo desta acção, serviu essencialmente<br />

para fortalecer as relações<br />

de amizade e comerciais<br />

com to<strong>dos</strong> os aderentes a esta projecto.<br />

Para além de uma animada corrida<br />

de Kart em Abrantes e de um<br />

excelente convívio, to<strong>dos</strong> os participantes<br />

neste evento tiveram oportunidade<br />

de partilhar experiências,<br />

bem como o sucesso alcançado<br />

com os <strong>Pneus</strong> America. ■<br />

06<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

ETIQUETAS PARA PNEUS<br />

APROVADAS<br />

O projecto da Comissão Europeia sobre etiquetagem<br />

de pneus, da autoria do belga Ivo<br />

Belet (PPE-DE), foi aprovado pelo Parlamento<br />

Europeu por uma larga maioria de 642<br />

votos, contra 8 abstenções e 23 votos de<br />

oposição. Em termos práticos, os fabricantes<br />

de pneus terão que indicar na documentação<br />

técnica destes o nível de consumo,<br />

eficácia de travagem em molhado e ruído, a<br />

partir de Novembro de 2012. Os revendedores/distribuidores<br />

também ficam obriga<strong>dos</strong><br />

pela nova Directiva a mencionar os referi<strong>dos</strong><br />

parâmetros nas suas facturas e outros<br />

documentos passa<strong>dos</strong> ao consumidor<br />

final. No que respeita a consumo de combustível<br />

ou eficiência energética, os pneus passam a ser enquadra<strong>dos</strong> por<br />

uma escala que vai de "A" (ecológicos) a "G" (“gastadores”). No actual estádio<br />

da tecnologia de pneus, o mais eficiente pode gastar menos cerca<br />

de 10% do que um pneu pouco eficiente energeticamente falando. Para<br />

que exista um certo equilíbrio entre eficiência energética e aderência em<br />

molhado, os fabricantes também têm que indicar a eficácia <strong>dos</strong> seus<br />

pneus em travagem sobre molhado.<br />

No que se refere ao nível de ruído, estão previstos três níveis de protecção<br />

sonora: abaixo de 68 decibéis (C1), abaixo de 69 decibéis (C2) e menos<br />

do que 70 decibéis (C3). Neste caso, a Directiva Europeia<br />

2001/43/EC estabelece que to<strong>dos</strong> os pneus devem incluir uma inscrição<br />

composta pelo indicativo “e**” (estabelece que o nível de ruído do<br />

pneu durante a rodagem se adequa à norma europeia) em conjunto com<br />

o tipo de pneu, se for de um veículo comercial (00) ou de um veículo de<br />

passageiros (02), além do número referente ao Estado Membro.<br />

A introdução da Directiva Europeia 2001/49/EC sobre o ruído emitido<br />

pelo pneu durante a rodagem estabelece diferentes prazos de cumprimento<br />

em função do tipo de pneu:<br />

Fase 1: Os pneus de Turismo que tenham uma largura de secção menor<br />

ou igual a 185mm devem incluir o código indicativo antes de Outubro de<br />

<strong>2009</strong>, tal como to<strong>dos</strong> os pneus RLT e MRT.<br />

Fase 2: Os pneus de Passageiro, com largura de secção nominal entre<br />

185mm e 215mm, devem incluir a inscrição antes de 1 de Outubro de<br />

2010.<br />

Fase 3: Para os pneus de Passageiro com uma largura de secção nominal<br />

acima de 215mm estabelece-se um prazo que terminará a 1 de Outubro<br />

de 2011.<br />

Esta norma afectará unicamente os tipos de pneus indica<strong>dos</strong> e os comercializa<strong>dos</strong><br />

depois de Outubro de <strong>2009</strong>. No entanto, não será aplicada a:<br />

1. <strong>Pneus</strong> cria<strong>dos</strong> para utilização temporal como pneus sobressalentes e<br />

marca<strong>dos</strong> como temporários<br />

2. <strong>Pneus</strong> com uma secção nominal de 254mm ou 635mm<br />

3. <strong>Pneus</strong> cria<strong>dos</strong> para competição<br />

4. <strong>Pneus</strong> para veículos que não são das categorias M, N e O (Categoria<br />

M: Veículos a motor destina<strong>dos</strong> ao transporte de pessoas e que tenham<br />

pelo menos quatro rodas, ou três rodas e um peso máximo superior a 1<br />

tonelada; Categoria N: Veículos a motor destina<strong>dos</strong> ao transporte de<br />

mercadorias e que tenham pelo menos quatro rodas, ou três rodas e<br />

um peso máximo superior a 1 tonelada; Categoria O: reboques ou semireboques)<br />

5. <strong>Pneus</strong> que incorporam dispositivos adicionais para melhorar a tracção.<br />

6. <strong>Pneus</strong> para utilizar a menos de 80km/h. ■


NOTÍCIAS<br />

PIRELLI COM<br />

MUITAS<br />

NOVIDADES<br />

A Pirelli Tyre reforça o seu envolvimento<br />

no sector de camiões e lança<br />

a Série R:01 no mercado europeu.<br />

Este é um pneu para veículos profissionais<br />

que operam no sector regional.<br />

Foi desenvolvido pelos centros de<br />

investigação da Pirelli para satisfazer<br />

as necessidades <strong>dos</strong> operadores profissionais<br />

em termos de quilometragem<br />

útil, redução de consumos, potencial<br />

de recauchutagem e respeito<br />

pelo ambiente.<br />

A Pirelli Tyre também apresentou os<br />

H88 Amaranto e a Série G88, pneus<br />

desenvolvi<strong>dos</strong>, respectivamente,<br />

para o transporte de longo curso e<br />

veículos industriais. Foi ainda anunciada<br />

a última versão da série TS:01<br />

para carrinhas.<br />

Quatro produtos que têm uma vantagem<br />

em comum: um custo extremamente<br />

baixo, e que ampliam a<br />

gama Pirelli concebida para transporte<br />

profissional, de modo a cobrir<br />

80% do mercado europeu naqueles<br />

sectores que apresentam maior tendência<br />

de crescimento.<br />

O grupo italiano também apresentou<br />

um novo pacote de serviços de<br />

apoio aos operadores: o Pirelli Retreading<br />

System, o renovado sistema<br />

da Pirelli para recauchutagem de<br />

pneus; o sistema CQ24 International<br />

de assistência em viagem; e o Credit<br />

Tyre, o sistema de financiamento<br />

para frotas e retalhistas.<br />

A crescente especialização do grupo<br />

italiano no sector de transportes<br />

também se alargou ao treino e informação<br />

através da revista Truck, um<br />

novo órgão de informação grátis da<br />

Pirelli, que é publicado em paraleo<br />

com cursos de informação e actualização.<br />

■<br />

CONTINENTAL LANÇA HSR2<br />

O novo pneu HSR 2 da Continental para autocarros,<br />

concebido para utilizações exigentes<br />

em aplicações de transporte regional e de longo<br />

curso, surge com uma variedade de inovações<br />

técnicas. Além da segurança operacional<br />

optimizada e do maior conforto de condução,<br />

os novos pneus "allround" possuem uma rentabilidade<br />

significativamente maior. Destinado a<br />

serviços regionais e de longo curso, o HSR 2<br />

está a ser lançado como o mais recente membro<br />

da nova geração de pneus da série 2 da<br />

Continental. Os pneus de alta tecnologia são adequa<strong>dos</strong> para os eixos direccionais<br />

e para os eixos de tracção. Em comparação com os modelos<br />

anteriores, os novos pneus para autocarros são claramente mais rentáveis<br />

e proporcionam maior conforto. Particularmente resistente, a carcaça<br />

de 4 cintas metálicas em disposição triangular com reforço de aço<br />

no talão, foi desenvolvida como base para a optimização <strong>dos</strong> novos tipos<br />

de pneus. A construção inovadora e robusta da base <strong>dos</strong> pneus é fundamental<br />

para utilizações regionais que combinam diferentes tipos de superfícies,<br />

bem como para aplicações de longo curso.<br />

A tecnologia <strong>dos</strong> pneus, exclusiva da Continental, oferece o melhor desempenho<br />

tanto em cidade como em deslocações interurbanas. Diversas<br />

medidas de construção, como por exemplo, a construção mais rígida<br />

das carcaças, permitiram aos engenheiros da Continental diminuir a<br />

resistência ao rolamento e alcançar uma clara melhoria no consumo,<br />

que pode ir até 5%. Outra característica em destaque <strong>dos</strong> novos pneus<br />

HSR 2 é o contorno das secções transversais com maior volume de ar.<br />

Desta forma, a elasticidade do pneu é significativamente aumentada,<br />

sem comprometer a estabilidade de condução e o desempenho quilométrico.<br />

O novo pneu HSR 2 para autocarros está disponível nas dimensões<br />

295/80R22.5 e 315/80R22.5. ■<br />

NOVA 3D DA BEISSBARTH<br />

NA LUSILECTRA<br />

A máquina de alinhar direcções Easy 3D da<br />

Beissbarth consiste num sistema de alinhamento<br />

de direcções 3D totalmente inovador.<br />

A máquina pode ser utilizada em oficinas automóveis<br />

e serviços de pneus, onde o alinhamento<br />

da direcção é um serviço constante.<br />

Com a nova Easy 3D da Beissbarth, um mecânico<br />

necessitará apenas de sete minutos<br />

para efectuar um alinhamento preciso da direcção<br />

num veículo. Isto representa uma<br />

poupança de tempo de 50% quando comparado<br />

com as máquinas convencionais de alinhamento<br />

da direcção.<br />

Uma outra vantagem para a redução de<br />

custos é o facto do procedimento completo<br />

de medição, incluindo a compensação do empeno, poder ser efectuado<br />

apenas por uma pessoa. Isto significa, por exemplo, que o alinhamento<br />

da direcção pode ser efectuado ao mesmo tempo da substituição do<br />

pneu com um mínimo de esforço extra. Os ajustes ou reparações efectua<strong>dos</strong><br />

com base nos resulta<strong>dos</strong> da medição garantem vendas adicionais<br />

de peças e/ou acessórios. ■<br />

08<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


INVESTIR NOS<br />

RECAUCHUTADOS<br />

Os pneus recauchuta<strong>dos</strong> para veículos pesa<strong>dos</strong><br />

ganharam uma segunda vida, com os<br />

principais construtores a olharem mais atentamente<br />

para eles. A aposta da Michelin no<br />

produto renovado, como parte de um serviço<br />

global oferecido aos profissionais, permitiu desenvolver processos industriais de<br />

fabricação equivalentes aos que se utilizam para os pneus novos. Também lhe permite<br />

comercializar uma vasta gama dimensional para dar resposta a quase todas<br />

as necessidades <strong>dos</strong> utilizadores.<br />

Para conseguir o mesmo, a Michelin efectuou um grande investimento na fábrica<br />

de Valladolid com o fim de aumentar a capacidade de produção e a qualidade do<br />

produto. Os principais melhoramentos foram efectua<strong>dos</strong> nos sistemas de verificação<br />

de carcaças e produto terminado, assim como nos processos que controlam<br />

a uniformidade do produto. Igualmente, ampliou-se a inclusão de flancos novos no<br />

Remix para que o seu aspecto exterior seja igual ao do pneu novo.<br />

Prova da qualidade do processo e do resultado final, a modalidade mais estendida<br />

no Michelin Remix é o sistema de renovação nominativo. Neste caso, é o próprio<br />

transportador, através de um distribuidor autorizado, que envia para a fábrica os<br />

seus pneus Michelin para que sejam renova<strong>dos</strong>. Esta modalidade de renovação baseia-se<br />

no conhecimento que tem o profissional do estado <strong>dos</strong> seus pneus. Ele<br />

sabe melhor que ninguém em que condições, como e onde rodaram. Também é<br />

consciente de que a carcaça é a matéria-prima do renovado e a base na qual se<br />

sustenta o rendimento que vai obter nesta nova vida do seu pneu. A rastreabilidade<br />

do pneu está garantida graças à matrícula que aparece no flanco, o que assegura<br />

que o transportador receberá os seus pneus Remix sobre as suas próprias carcaças<br />

Michelin. ■<br />

NOVO TOYO<br />

PROXES NE<br />

O Proxes NE é a nova proposta<br />

da Toyo na Europa,<br />

um pneu ecológico que<br />

apresenta uma baixa resistência<br />

ao rolamento reduzindo<br />

dessa forma o consumo.<br />

Para além destas vantagens<br />

do Proxes NE<br />

apresenta outra vantagens<br />

ambientais, já que durante<br />

o processo de produção<br />

deste pneu reduziram-se de<br />

forma drástica as emissões<br />

de carbono utilizando uma<br />

tecnologia pioneira no Mundo:<br />

a utilização de poliester<br />

reciclado (Ecocircle) na carcasa<br />

do pneu.<br />

Face ao modelo anterior<br />

(Proxes CF1) o novo Proxes<br />

NE reduz em 15% a resistência<br />

de rodagem, o que o<br />

torna num <strong>dos</strong> produtos<br />

mais aptos em matéria ambiental.<br />

■<br />

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REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

09


NOTÍCIAS<br />

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PNEU SUPER LARGO<br />

NA GOODYEAR<br />

A Goodyear Dunlop lançou o<br />

pneumático 495/45R22.5<br />

Omnitrac MSD super largo<br />

para camiões, que foi desenhado<br />

especificamente para permitir maior carga útil a<br />

veículos destina<strong>dos</strong> a serviço misto e uso em estrada. O<br />

novo Omnitrac MSD é um pneu largo de tracção, que<br />

substitui a configuração regular de roda dupla, por um<br />

tamanho exclusivo de pneumático. Utilizando quatro<br />

pneus 495/45R22.5 Omnitrac MSD super largos, nas<br />

jantes do veículo, em vez de oito pneumáticos<br />

315/80R22.5 MSD, poupa-se a impressionante quantidade<br />

de 260 quilos. Os veículos que beneficiam da<br />

maioria <strong>dos</strong> novos produtos da Goodyear são os camiões<br />

betoneiras, camiões de transporte de mercadorias<br />

e outros modelos, sendo que cada quilo poupado no<br />

veículo vazio é um quilo ganho em carga útil. ■<br />

"Um parceiro<br />

para o seu negócio"<br />

Distribuimos pneus:<br />

MINHO TYRES, COMPONENTES VEÍCULOS AUTOMÓVEIS, LDA.<br />

Parque Empresarial de Lanheses, Pavilhão 7E - Lanheses<br />

4925-424 LANHESES<br />

Telef.: 258 735 137 - Fax: 258 735 137<br />

minhotyres@sapo.pt<br />

MARANGONI REFORÇA<br />

GAMA MARIX<br />

Quem atender à imagem que<br />

a marca Marangoni passa<br />

para a comunicação, poderia<br />

pensar-se que se trata de<br />

uma marca especializada em<br />

pneus de nichos muito exclusivos,<br />

mas está longe de ser assim. De facto, 65% das<br />

actividades industriais da empresa são canalizadas<br />

para a recauchutagem, constituindo o ponto central<br />

do seu negócio. Aliás, na origem da Marangoni estava<br />

essa mesma actividade de recauchutagem, quando a<br />

empresa arrancou, há mais de meio século. Isto não<br />

seria notícia, se a Marangoni não tivesse resolvido voltar<br />

às origens, concentrando boa parte da sua atenção<br />

na produção e comercialização de pneus recauchuta<strong>dos</strong>.<br />

A decisão não perde pela oportunidade,<br />

dada a conjuntura económica internacional e o aumento<br />

do desemprego, que está a reduzir o poder de compra<br />

um pouco por toda a parte. Para melhor atingir os<br />

seus objectivos, a Marangoni acaba de mudar a produção<br />

<strong>dos</strong> pneus recauchuta<strong>dos</strong> Marix de Feltre para<br />

Rovereto. Maior capacidade de produção e a proximidade<br />

do centro técnico de investigação e desenvolvimento<br />

da empresa constituíram os principais critérios<br />

da opção pelo local. A intenção é alargar a oferta da<br />

gama Marix a outros segmentos do mercado, como o<br />

<strong>dos</strong> comerciais ligeiros e os veículos 4x4 e SUV. Garantindo<br />

que os seus pneus Marix recauchuta<strong>dos</strong><br />

nada ficam a dever em qualidade e performance aos<br />

pneus novos, sendo distribuí<strong>dos</strong> por toda a Europa<br />

deste os anos 90, a Marangoni ressalta o valor ecológico<br />

<strong>dos</strong> seus pneus, que passaram a denominar-se<br />

Marix Ecology há cerca de 10 anos. Neste momento,<br />

a gama Marix Ecology representa 20% do mercado<br />

europeu de pneus. ■<br />

10<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


NOTÍCIAS<br />

TYRESAVER<br />

NA ALTARODA<br />

A Alta Roda vai disponibilizar aos<br />

seus clientes no mês de Agosto o<br />

Tyresaver 3.0. Trata-se de um<br />

equipamento para enchimento<br />

<strong>dos</strong> pneus com Nitrogénio, que<br />

pode ser ligado directamente a<br />

um compressor ou linha de ar<br />

comprimido, gerando automaticamente<br />

azoto. É um aparelho portátil,<br />

fácil de usar, de baixo investimento<br />

e alta margem de lucro,<br />

que pode proporcionar as casas<br />

de pneus (e a todas as oficinas<br />

que trabalhem o pneu) um rápido<br />

retorno do investimento.<br />

Outra aposta da AltaRoda tem<br />

sido na formação. A empresa tem<br />

feito acções sobre a importância<br />

da reparação de pneus como<br />

oportunidade de negócio, que é<br />

um pormenor “bastante deixado<br />

para segundo plano, mas com a<br />

crise é realmente o que o cliente<br />

procura”, disse Vitor Rocha, gerente<br />

da Alta Roda, afirmando ainda<br />

que "a formação tem um custo<br />

muito baixo para a rentabilidade<br />

que se obtém à posteriori”. Estão<br />

por isso previstas mais acções de<br />

formação no futuro. ■<br />

TOYO APRESENTA PROPOSTA<br />

PARA COMPETIÇÃO<br />

A Toyo lançou na Europa o Open Country<br />

M/T-R off-road para competição, que está<br />

disponível na medida mais habitual para uso<br />

em rally-raid que é o 235/85 R 16.<br />

O Open Country M/T-R foi desenvolvido nos dois últimos na Europa, nas<br />

mais duras provas de TT, tendo vencido mesmo em 2008 o Mundial Fia na<br />

cetagoria T2. As características deste pneu são diversas. Em primeiro lugar<br />

a capacidade de rolar com baixas pressões, depois a robustez e por fim a<br />

resistência, que permite fazer mais quilómetros com os mesmos pneus. ■<br />

TRELLEBORG LANÇA NOVOS<br />

PRODUTOS<br />

A Trelleborg Wheel Systems está a investir<br />

forte no sector florestal. Esta estratégia<br />

envolve elevada qualidade, desenvolvimento<br />

contínuo do produto, foco<br />

completo no cliente e uma presença global.<br />

Na feira de Elmia Wood <strong>2009</strong>, que<br />

se realizou de 3 a 6 de Junho na Suécia, a Trelleborg divulgou um elevado<br />

número de novos produtos, incluindo pneus florestais renova<strong>dos</strong> da gama<br />

Twin Forestry, assim como novas jantes. Como parte do seu investimento<br />

em pneus florestais, a Trelleborg Wheel Systems actualizou a sua gama<br />

Twin Forestry, tendo melhorado seis dimensões. Foram também apresentadas<br />

novas jantes para pneus florestais, as quais são produzidas por medida<br />

na fábrica que a marca possui em Sävsjö na Suécia.<br />

“Estamos a actualizar a capacidade de carga da gama existente e estamos<br />

também a introduzir novos produtos. O nosso foco vai para o máximo<br />

benefício para os clientes em termos de equilíbrio optimizado entre importantes<br />

propriedades <strong>dos</strong> pneus, tais como durabilidade, serviço e tracção,<br />

com um cuidado consistente no que toca aos efeitos no solo e conforto”,<br />

diz Lars Eriksson, Director de Produto, <strong>Pneus</strong> Florestais, da Trelleborg<br />

Wheel Systems.<br />

“O desenvolvimento da nossa gama de produtos é baseado em larga medida<br />

no contacto permanente que temos com os clientes. Ouvir os clientes<br />

é um elemento vital da nossa estratégia. Só então podemos satisfazer verdadeiramente<br />

a suas necessidades em termos de produtos e serviços superiores”,<br />

acrescenta este responsável. ■<br />

TURANZA ER300 ECOPIA MUITO EFICIENTE<br />

A Bridgestone apresentou o seu pneu de<br />

grande turismo premium Turanza ER300<br />

com a designação “Ecopia”.<br />

Este nome não foi escolhido por acaso,<br />

pois o mesmo traduz a eficiência em termos<br />

de economia de combustível desta<br />

nova proposta.<br />

Fabricado a partir do Bridgestone Turanza<br />

ER300, uma referência em primeiro<br />

equipamento e no mercado de substituição,<br />

o “Ecopia” introduz uma nova tecnologia<br />

de reforço da mistura para a<br />

geometria original do desenho do piso.<br />

Esta mistura reduz a formação de aquecimento<br />

durante a rotação do pneu, o que leva<br />

a uma resistência ao rolamento melhorada<br />

e, logicamente, a um menor consumo de<br />

combustível e a um mais baixo nível de<br />

emissões de CO2.<br />

Disponíveis no Mercedes Class S e do<br />

Opel Insignia como equipamento original,<br />

o “Ecopia” foram também coloca<strong>dos</strong> de<br />

forma progressiva no mercado de substituição<br />

desde o passado mês de Abril, inicialmente<br />

em 15 medidas diferentes, de<br />

14 a 17 polegadas, e com símbolos de velocidade<br />

de H a Y. A gama será alargada no<br />

futuro. ■<br />

12<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


“BOLAS” APRESENTA<br />

NOVIDADES<br />

A Bolas lançou para o mercado algumas<br />

novidades em termos de equipamentos<br />

para oficinas e casas de pneus.<br />

Na Winntec a novidade é o cilindro de<br />

descolamento de pneus Y 471180.<br />

Este equipamento permite evitar um<br />

<strong>dos</strong> trabalhos mais perigosos na oficina:<br />

o descolamento e remoção do pneu, situação<br />

que ocorre especialmente nos<br />

veículos pesa<strong>dos</strong> em que a jante se encontra<br />

colada ao tambor.<br />

Outro novo produto da Winntec é o<br />

carro de transporte hidráulico. Este equipamento adapta-se a<br />

carros com pneus de 13”-19”/32 cm e tem uma capacidade<br />

máxima de 705 kg . Permite a movimentação através de um<br />

único operador. Muito útil em oficinas auto, oficinas de pintura,<br />

stands de automóveis e casas de pneus.<br />

Na marca Ravaglioli destaque para a nova Equilibradora de Rodas<br />

Electrónica e Pneumática G 3.140 H. É um equipamento<br />

para pneus de veículos ligeiros (Ø 10 a 24”), que apresenta<br />

uma excelente relação qualidade preço.<br />

Está equipada com monitor a cores TFT 17” e PC industrial, 3<br />

sensores que permitem o posicionamento automático da roda<br />

no local a inserir o peso. Ciclo totalmente automático com bloqueio<br />

através de travão da roda. Equipada com cobertura da<br />

roda, cones e garra rápida. ■<br />

ENORME FRAUDE<br />

COM PNEUS<br />

RECICLADOS<br />

A Espanha está a lidar com<br />

um processo que envolve<br />

uma fraude de grandes proporções,<br />

envolvendo mais<br />

de 36.500 toneladas de<br />

pneus que não pagaram a<br />

taxa de reciclagem (ecovalor), podendo o total<br />

<strong>dos</strong> fun<strong>dos</strong> desvia<strong>dos</strong> superar os € 9 milhões,<br />

só nos últimos dois anos. De facto, a Signus<br />

Ecovalor, a entidade que em Espanha efectua a<br />

gestão <strong>dos</strong> pneus em fim de vida teve em<br />

2008 uma introdução declarada de pneus no<br />

mercado de 182.070 toneladas, tendo sido recolhi<strong>dos</strong><br />

mais 9% do que o previsto, ou seja,<br />

198.374 toneladas de pneus usa<strong>dos</strong>. Isto gerou<br />

uma diferença de 16.277 toneladas, referente<br />

principalmente à importação de veículos<br />

usa<strong>dos</strong> e aos veículos abati<strong>dos</strong> em fim de vida.<br />

O problema está em que esses pneus suplementares<br />

não foram declara<strong>dos</strong> e/ou não pagaram<br />

o respectivo ecovalor de reciclagem,<br />

que em Espanha é de € 1,57 para carros de<br />

turismo e equivalentes. ■<br />

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REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

13


NOTÍCIAS<br />

NOVA SÉRIE DE<br />

ALINHADORES<br />

RAVAGLIOLI<br />

A nova série Ravaglioli de alinhadores<br />

para camiões apresentada na última feira<br />

Autopromotec em Bolonha, está equipada<br />

com um novo programa, muito inovador<br />

particularmente vocacionado para os profissionais<br />

do sector que se dedicam em<br />

grande parte ao alinhamento de direcções<br />

de camiões e autocarros. Esta nova linha<br />

de alinhadores representa um avanço no<br />

sector, graças a novos acessórios e inovadoras<br />

características técnicas e de programação,<br />

nomeadamente:<br />

- Braços aumenta<strong>dos</strong> e muito longos para<br />

os receptores (até 16 m de alcance do<br />

sinal).<br />

- Alinhamento e cálculo múltiplo <strong>dos</strong> eixos<br />

a alinhar (alinhamento profissional de camiões<br />

e reboques)<br />

- Inclinómetro duplo nos receptores (permite<br />

medir e fixar o avanço com as rodas<br />

a direito e não torcidas).<br />

A transmissão entre os receptores dianteiros<br />

e a consola faz-se via BlueTooth e a<br />

transmissão entre receptores dianteiros e<br />

traseiros via infravermelhos, pelo que ambas<br />

as comunicações são realizadas sem<br />

fios. Além disso, to<strong>dos</strong> os receptores estão<br />

equipa<strong>dos</strong> com um teclado superior,<br />

com a função de controlo remoto (4 controlos<br />

remotos, um por cima de cada receptor)<br />

com possibilidade de carregamento<br />

das baterias sem recorrer a cabos,<br />

graças aos suportes especiais nas fachadas<br />

laterais da consola. ■<br />

MONDOLFO FERRO TEM NOVO<br />

DISTRIBUIDOR EM PORTUGAL<br />

A Altaroda anunciou recentemente<br />

que passou a distribuir a marca<br />

Mondolfo Ferro para o mercado nacional,<br />

tendo a seu cargo a comercialização<br />

e assistência de equilibradores<br />

de rodas e elevadores.<br />

Vítor Rocha, Director Geral da Altaroda,<br />

sublinhou a qualidade de<br />

topo <strong>dos</strong> equipamentos Mondolfo<br />

Ferro, o que facilitará a reintrodução<br />

da gama de equilibradores de<br />

rodas e elevadores num mercado<br />

onde já esteve com grande sucesso durante vários anos. “Muito embora<br />

o ciclo económico não seja o mais favorável, as casas de pneus<br />

e oficinas continuam a comprar equipamentos de qualidade e é aí<br />

que tencionamos ter mais sucesso”.<br />

Ao nível <strong>dos</strong> equipamentos de montar e desmontar pneus, a AltaRoda<br />

passou a representar também a marca Sírio em Portugal. ■<br />

NOVO MICHELIN<br />

PARA SUV E TT<br />

O Latitude Cross, desenhado especialmente<br />

para os todo o terreno e SUV é uma das<br />

mais recentes novidades da Michelin. Esta<br />

gama 4x4, que foi renovada nos dois últimos<br />

anos, e que partilha o mesmo nome (Latitude)<br />

oferece o pneu mais adequado para qualquer<br />

uso <strong>dos</strong> todo o terreno e SUV de última<br />

geração, desde as situações off-road mais<br />

exigentes até à condução diária por estrada.<br />

O Michelin Latitude Cross proporciona uma<br />

tracção equivalente à de um pneu off-road. A sua capacidade de<br />

aderência em lama e para avançar em terreno não comprimido é<br />

comparável à de um pneu todo o terreno. Por outro lado oferece o<br />

mesmo conforto na condução que um pneu de estrada, embora<br />

seja de uso misto (65% estrada e 35% off-road). Além disso, é tão<br />

silencioso como o Michelin Latitude Tour HP, conhecido pelo seu<br />

cómodo poder de manejo.<br />

Por último, destaque para o composto de borracha da faixa de rodagem,<br />

tecnologia que provou a sua valia nos pneus de engenharia<br />

civil: O composto “Terrain-Proof Compound” oferece resistência à<br />

abrasão e uma duração excepcional. ■<br />

EUROPNEUS OBTÉM CERTIFICAÇÃO<br />

No passado mês de Maio, a<br />

Euro<strong>Pneus</strong> alcançou a certificação<br />

do seu sistema de gestão da qualidade.<br />

Esta certificação baseia-se<br />

na norma NP EN ISO 9001 e foi<br />

obtida através da TÜV Rheinland<br />

Portugal, entidade auditora e certificadora<br />

acreditada pelo IPAC<br />

(Instituto Português de Acreditação).<br />

A certificação do sistema de<br />

gestão da qualidade da Euro<strong>Pneus</strong><br />

de acordo com a norma NP ISO<br />

9001 pretende garantir um serviço<br />

pautado por eleva<strong>dos</strong> padrões<br />

de qualidade, de forma a proporcionar<br />

a satisfação contínua <strong>dos</strong><br />

seus clientes.<br />

Deste modo, a implementação e<br />

certificação de um sistema da<br />

qualidade de acordo a ISO 9001<br />

permite estimular a confiança externa<br />

e interna, potenciar a satisfação<br />

<strong>dos</strong> clientes e aumentar o<br />

reconhecimento no mercado.<br />

Para mais informações sobre a<br />

Euro<strong>Pneus</strong>, visite:<br />

www.europneus.pt. ■<br />

14<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


GAMA DE RECAUCHUTADO<br />

TREADMAX<br />

Para camiões, a Goodyear lançou a nova gama de recauchutado<br />

TreadMax. Aproveitando as características das carcaças <strong>dos</strong> novos<br />

pneus para camiões da gama MaxTechnology, a tecnologia de<br />

recauchutado TreadMax utiliza a mesma<br />

estrutura, compostos de bandas de<br />

rodagem e componentes que a nova<br />

gama MaxTechnology. Este novo<br />

sistema permite que um pneu recauchutado<br />

obtenha rendimentos<br />

idênticos ao de um pneu novo na<br />

quilometragem, travagem, tracção<br />

em pisos molha<strong>dos</strong>, manobra,<br />

estabilidade e baixa resistência<br />

ao rolamento. Em conjunto<br />

com o desenvolvimento do<br />

conceito Multi-Life para os pneus<br />

de camião, é possível uma redução<br />

do custo por quilómetro, poupança<br />

de combustível asegurando<br />

assim um melhor rendimento das<br />

frotas. A gama de recauchutado<br />

TreadMax está disponível tanto para<br />

pneus RHD II como para LHD II, sempre<br />

destina<strong>dos</strong> ao eixo de tracção <strong>dos</strong> veículos em seis medidas de<br />

295/80R22.5 a 315/80R22.5. ■<br />

LONGA DURAÇÃO<br />

BRIDGESTONE<br />

801.090 quilómetros.<br />

Essa<br />

foi a distância<br />

total que o camionista<br />

Poul<br />

Jensen, da empresa<br />

Nielsens<br />

Fiskeeksport,<br />

completou com<br />

um jogo de pneus Bridgestone M729<br />

montado no seu Volvo FH12.<br />

Apesar da maioria dessa quilometragem<br />

ter sido percorrida em boas estradas entre<br />

Nielsens Fiskeeksport, em Aalbæk, e<br />

vários destinos, principalmente Polónia e<br />

Alemanha, não deixa de constituir uma<br />

performance notável para um único jogo<br />

de pneus.<br />

Depois de cumpri<strong>dos</strong> 600.000 km, Poul<br />

Jensen tratou de verificar o estado do<br />

piso <strong>dos</strong> pneus e isso permitiu-lhes ter<br />

uma segunda vida. Para tanto, o piso foi<br />

cortado de forma a aprofundar as ranhuras,<br />

como que recriando o desenho original<br />

do piso. ■<br />

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REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

15


NOTÍCIAS<br />

SAVA ACTUALIZA<br />

A GAMA DE PNEUS<br />

PARA CAMIÕES<br />

A marca Sava apresentou uma nova geração<br />

de pneus direccionais em três gamas<br />

para camiões de longo curso e reboques,<br />

com prestações e rendimento superiores.<br />

Os pneus do eixo direccional Avant A3plus e<br />

os pneus de tracção Orjak O3plus possuem<br />

uma nova estrutura e novos compostos de<br />

borracha que garantem um aumento significativo<br />

da quilometragem (+15%), maior duração<br />

da carcaça e um nível superior de estabilidade.<br />

A mesma carcaça será aplicada<br />

nos pneus de reboque Cargo C3plus. A nova<br />

tecnologia de produção inclui telas e cintas<br />

mais resistentes, que aumentam a resistência<br />

à abrasão e aumentam a duração do<br />

pneu. A maior estabilidade deve-se aos novos<br />

talões com arames assimétricos, que<br />

também aumentam a duração do pneus e<br />

melhoram a tracção em 5%. O desenho do<br />

piso tem uma configuração robusta, constituída<br />

por cinco rigs para uma quilometragem<br />

elevada e maior duração. Além disso, o<br />

design do tipo<br />

de bloco nas linhas<br />

centrais<br />

do piso permite<br />

uma boa<br />

travagem em<br />

pisos molha<strong>dos</strong>.<br />

Disponível<br />

nas medidas<br />

315/80R22.5, 295/80R22.5 e<br />

315/70R22.5. Estes pneus vão substituir<br />

a gama 22.5” Avant A3.<br />

A gama Orjak O3plus da Sava abarca as<br />

aplicações para camiões de transporte a longas<br />

distâncias ou regionais. O novo design<br />

do piso é um conceito de fila de cinco blocos<br />

que permite uma excelente tracção em estradas<br />

molhadas. A elevada quilometragem<br />

é o resultado de um desenho de piso largo<br />

com os seus ombros semi-fecha<strong>dos</strong>. Também<br />

disponíveis nas dimensões<br />

315/80R22.5, 295/80R22.5 e<br />

315/70R22.5, estes pneus vão substituir<br />

a gama 22.5” Orjak O3.<br />

O pneu Cargo C3plus foi concebido para reboques<br />

que trabalham em operações de<br />

transporte longas distâncias e regionais.<br />

Com um desenho de piso de seis sulcos com<br />

cinco ranhuras em zigzag, o pneu tem um<br />

excelente potencial de quilometragem e travagem<br />

em pisos molha<strong>dos</strong>. Este pneu vai ser<br />

produzido nas dimensões 385/65R22.5 e<br />

vai substituir o Cargo C3. ■<br />

PRÉMIO FAST CAR PREMEIA<br />

CONTISPORTCONTACT 3<br />

A Continental ganhou o cobiçado prémio da revista<br />

nº1 em carros modifica<strong>dos</strong>, “Fast Car”.<br />

Na revista do mês de Junho <strong>2009</strong>, veio a<br />

notícia que o Continental ContiSportContact<br />

3 ficou em primeiro lugar na categoria<br />

“Best for Safety” (Melhor em Segurança).<br />

Os Prémios “Fast Car” elogiam o que há<br />

de melhor da indústria de tuning, divulgando<br />

os produtos mais inspiradores considera<strong>dos</strong><br />

imprescindíveis. Os prémios dão destaque<br />

a desempenhos excepcionais, qualidade,<br />

originalidade, conveniência e valor. São<br />

vistos na área das modificações como um carimbo<br />

de aprovação dando aos entusiastas confiança quando<br />

definem a sua próxima compra. Em termos de segurança, a utilização<br />

de um composto de sílica flexível de terceira geração<br />

permite um bom desempenho na travagem em piso molhado.<br />

Uma boa relação de borracha no flanco exterior com um padrão<br />

de piso assimétrico e firme, garante igualmente um excelente<br />

desempenho. ■<br />

PNEUS DURASEAL<br />

PERCORREM VOLTA AO<br />

MUNDO<br />

A “Volta ao mundo num carro<br />

de bombeiros” é o nome do projecto<br />

que a Goodyear patrocina,<br />

com os pneus especiais Dura-<br />

Seal, com propriedades de reparação<br />

de furo incorporadas.<br />

Foi no passado mês de Março<br />

que Jan Riedel e Esther Krings partiram de Darmstadt, na Alemanha,<br />

para uma viagem à volta do globo, num camião de bombeiros<br />

suíço com 34 anos. A primeira etapa da viagem transportou<br />

a equipa da Alemanha até ao sudoeste da Ásia, com paragem<br />

em Singapura.<br />

O modelo Magirus Deutz 170D11FA, construído em 1975, foi<br />

o carro seleccionado pela equipa para concretizar este projecto.<br />

A sua preparação incluiu a instalação de pneus para veículos especiais:<br />

o modelo Omnitrac MSD com a tecnologia DuraSeal na<br />

medida 13R22.5. Estes pneus contêm uma capa adicional na<br />

zona central, um revestimento extra, constituído por um composto<br />

especial, que permite reparar automaticamente furos até<br />

seis milímetros de diâmetro. Se o pneu ficar danificado por um<br />

objecto cortante, como um prego, o gel infiltra-se no furo, formando<br />

um tampão hermético. Uma vez retirado o prego, a Goodyear<br />

DuraSeal conta com um sistema que ocupa na totalidade<br />

o furo causado pelo prego. Esta tecnologia permite selar furos<br />

até 6 milímetros de diâmetro, podendo fazê-lo sempre que ocorra<br />

esta situação. Desta forma, o veículo segue viagem até os<br />

pneus serem repara<strong>dos</strong> ou recauchuta<strong>dos</strong> normalmente. Submeti<strong>dos</strong><br />

a rigorosos testes, estes pneus podem suportar 51 furos<br />

com uma pistola de pregos, sem perder qualquer pressão. ■<br />

16<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


A HISTÓRIA DE UM<br />

REMENDO CENTECH<br />

Para demonstrar a<br />

qualidade superior das<br />

unidades de reparação<br />

Centech, da marca<br />

TECH, uma viatura foi<br />

conduzida de Nova York<br />

a Los Angeles com um<br />

remendo da marca norte<br />

americana. Começou<br />

apenas como um pequeno teste, mas percorri<strong>dos</strong><br />

230.770 km e um mapa de estradas depois,<br />

o resultado final foi uma enorme história de sucesso,<br />

desempenho e poupança. Pretendeu-se<br />

apenas ver o quão longe um remendo Centech<br />

iria. Foi seleccionado um pneu de um monte de<br />

lixo e fez-se uma reparação na lateral do mesmo<br />

com um remendo Centech e depois foi colocado<br />

de novo na estrada. Após 25.920 km, o piso estava<br />

gasto, mas a reparação não mostrava sinais<br />

de desgaste ou falha, portanto foi recauchutado,<br />

montado e colocado novamente em serviço.<br />

Após 89.100 km, já havia sido recuperado o custo<br />

proporcional de um pneu radial novo para camião.<br />

Os 140.940 km de serviço adicionais podem<br />

ser melhor descritos como se fossem “gratuitos”<br />

ou “sem despesa”... ■<br />

SCANIA MONTA DE<br />

ORIGEM PNEUS<br />

EXCLUSIVOS GOODYEAR<br />

O construtor sueco de<br />

camiões e autocarros<br />

Scania está a montar novos<br />

tipos de pneus exclusivos<br />

da Goodyear.<br />

Um deles é o novo pneu<br />

direccional Marathon<br />

LHS II (375/50R22.5),<br />

que utiliza a tecnologia<br />

Max Technology, a qual<br />

permite uma carga sobre o eixo frontal de o toneladas, com<br />

plataforma baixa. Isto aumenta a capacidade de carga total,<br />

reduz os danos na via e melhora o consumo de combustível.<br />

Este pneu também usa a tecnologia Airmax da Goodyear que<br />

permite aumentar o volume de ar no interior do pneu, sem diminuir<br />

o diâmetro deste.<br />

O pneu Marathon LHS II também está disponível na medida<br />

355/50R22.5, beneficiando igualmente do conceito Airmax.<br />

Para operar permanentemente em estradas molhadas, a<br />

Goodyear recomenda o pneu para eixo direccional Ultragrip<br />

WTS, uma referência de aderência no molhado. O novo Goodyear<br />

Marathon LHS II pode ser montado em to<strong>dos</strong> os eixos<br />

que não sejam de tracção. ■<br />

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PNEUS<br />

17


NOTÍCIAS<br />

PNEUS AGRÍCOLAS PIRELLI<br />

PASSAM A DESIGNAR-SE<br />

TRELLEBORG<br />

COMPRESSOR<br />

PORTÁTIL TECH<br />

O compressor de ar digital TECH, recentemente<br />

apresentado pelo importador<br />

exclusivo da marca, Alta roda,<br />

constitui um auxiliar essencial para andar<br />

na bagageira de qualquer viatura.<br />

O seu carácter leve e portátil e o seu<br />

preço competitivo, alia<strong>dos</strong> à sua grande<br />

aplicabilidade, tornam-no numa ferramenta<br />

muito apelativa. Assim, os<br />

detentores deste dispositivo com um<br />

preço de apenas 43€ + IVA, podem<br />

controlar a pressão <strong>dos</strong> seus pneumáticos<br />

a toda a hora sem terem de ir à<br />

estação de serviço. Para os veículos<br />

modernos que não trazem roda sobressalente,<br />

é uma ferramenta verdadeiramente<br />

essencial, já que permite<br />

ganhar mais alguns quilómetros no<br />

caso de furo e acima de tudo preserva<br />

o bom estado do pneu em caso de<br />

perda de pressão. Uma boa solução<br />

também para os condutores que não<br />

querem ser apanha<strong>dos</strong> de surpresa<br />

em plena estrada e que olham para a<br />

manutenção <strong>dos</strong> seus pneumáticos<br />

como um valor essencial da sua segurança.<br />

■<br />

A Trelleborg Wheel Systems<br />

está na fase final de transacção<br />

da marca de pneus radiais<br />

agrícolas Pirelli para<br />

Trelleborg, o que acontecerá<br />

antes da licença de utilização<br />

do nome Pirelli expirar em<br />

2010. A Trelleborg começou<br />

em 1999 a introduzir gradualmente<br />

a marca Trelleborg<br />

nos produtos radiais Pirelli,<br />

após a aquisição da divisão<br />

de pneus agrícolas do<br />

fabricante italiano.<br />

As pessoas, o know-how, a tecnologia e as instalações são as mesmas,<br />

somente o nome de marca passa de Pirelli para Trelleborg depois<br />

de um período que permitiu reforçar o nome Trelleborg no mercado.<br />

A transição tem sido um processo demorado e dispendioso; de<br />

facto, somente a troca de cerca de 200 moldes para que as paredes<br />

laterais <strong>dos</strong> pneus ostentem o nome Trelleborg custará 2,6 milhões<br />

de dólares. No entanto, os custos técnicos ficam muito aquém <strong>dos</strong><br />

custos de marketing que totalizarão no fim do processo 13 milhões<br />

de dólares. Esta tarefa está de alguma forma facilitada porque os<br />

clientes sabem que a Trelleborg fabrica pneus agrícolas com a marca<br />

Pirelli desde 1999, o que ajuda a evitar alguma confusão durante a<br />

passagem de nome. A mensagem já passou ao nível <strong>dos</strong> fabricantes<br />

de máquinas agrícolas e retalhistas especializa<strong>dos</strong> na medida em que<br />

a Trelleborg lida diariamente com eles. No entanto os consumidores<br />

finais estão menos informa<strong>dos</strong> e é essa a razão porque têm vindo a<br />

investir fortemente em publicidade. Com efeito, o orçamento para a<br />

campanha de publicidade vai mais do que duplicar os seus valores habituais:<br />

em vez <strong>dos</strong> dois por cento habituais da sua facturação, a Trelleborg<br />

previu gastar 4,2 por cento entre 2<strong>006</strong> e 2010, ano em que<br />

toda a gama terá o nome Trelleborg. ■<br />

3ª GERAÇÃO DE PNEUS RUN-FLAT BRIDGESTONE<br />

A marca que criou o conceito runflat<br />

aperfeiçoou recentemente algumas<br />

tecnologias que aumentam<br />

as suas performances e tenciona<br />

lançar a 3ª geração de pneus runflat<br />

na origem ainda este ano. A<br />

Bridgestone está convencida que a<br />

tendência para utilização de pneus<br />

run-flat irá aumentar, porque os<br />

construtores de veículos vão ter<br />

que lançar no mercado carros<br />

mais pequenos e mais leves, nos<br />

quais a 5ª roda não tem cabimento.<br />

Segundo a marca japonesa de<br />

pneus, as inovações e melhoramentos<br />

que introduziu recentemente<br />

nos seus run-flat irão facilitar<br />

ainda mais a sua difusão no<br />

mercado de origem e consequentemente<br />

no mercado de substituição.<br />

Na verdade, embora existam<br />

várias maneiras de eliminar a roda<br />

sobresselente, para a Bridgestone<br />

a tecnologia run-flat é a melhor<br />

resposta, devido às seguintes razões:<br />

- Melhora a estabilidade de condução<br />

na sequência de um furo<br />

- Maior segurança e tranquilidade<br />

para os condutores, pois evita<br />

trocar as rodas em locais de risco,<br />

como as auto estradas e locais<br />

ermos à noite<br />

- Possibilidade de continuar a conduzir,<br />

mesmo que o pneu sofra<br />

danos ou furos em qualquer ponto<br />

da sua estrutura.<br />

Além destes da<strong>dos</strong>, a Bridgestone<br />

adianta que a eliminação da 5ª<br />

roda nos automóveis permitiria ajudar<br />

a poupar recursos naturais,<br />

pois são compra<strong>dos</strong> anualmente<br />

59 milhões de pneus para substituir<br />

os suplentes. Em termos de<br />

emissões de CO 2 , o conjunto de<br />

factores que resulta da eliminação<br />

da 5º roda <strong>dos</strong> veículos permitiria<br />

reduzir em cerca de 2 milhões de<br />

toneladas/ano o CO 2 emitido para<br />

a atmosfera terrestre. ■<br />

18<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


€258 MILHÕES DE PNEUS<br />

NA INTERNET<br />

Os factos falam por si: o menor custo<br />

do mesmo pneu no comércio online está<br />

a desviar um número crescente de compradores<br />

das vias tradicionais. Com crise<br />

ou sem crise, um euro é um euro e<br />

obriga quem precisa de fazer contas a fazê-las. Nada menos do<br />

que € 258 milhões de pneus foram comercializa<strong>dos</strong> em 2008<br />

pela Internet, ou seja mais 20% do que no ano anterior. Os da<strong>dos</strong><br />

são da plataforma europeia Delticom AG, líder do mercado<br />

online, que ganhou durante o mesmo ano 700.000 novos clientes,<br />

tendo passado para 2,6 milhões o volume total <strong>dos</strong> seus<br />

clientes. Não só os clientes aumentam, como a sua fidelidade<br />

também. Pelo menos, 213.000 clientes regista<strong>dos</strong> voltaram a<br />

comprar pneus durante 2008, numa das lojas online da Delticom.<br />

Por outro lado, o número de oficinas associadas da Delticom<br />

também aumentou, permitindo aos clientes da plataforma<br />

electrónica escolher entre 24.000 pontos de montagem de<br />

pneus em toda a Europa.<br />

Apesar os êxitos passa<strong>dos</strong>, que têm beneficiado os accionistas<br />

das empresa, a Delticom mantém uma atitude prudente para<br />

<strong>2009</strong>, prevendo um crescimento de 10% até ao final do ano,<br />

podendo a margem descer até aos 6%, o que corresponde ao<br />

índice de referência. De qualquer forma, a Delticom pretende<br />

consolidar a sua posição no mercado e reafirmar a sua condição<br />

de líder na Europa da venda de pneus online. ■<br />

GOODYEAR-DUNLOP<br />

ADIANTA-SE<br />

A NORMA DA CE<br />

A Goodyear-Dunlop, adiantou-se 3 anos em<br />

relação ao prazo estabelecido para o cumprimento<br />

da norma da Comissão Europeia que<br />

impõe a introdução obrigatória de um código<br />

indicativo de que o pneu cumpre com os índices<br />

de ruído estabeleci<strong>dos</strong> na directiva europeia.<br />

Esta inscrição tem de ser aplicada entre<br />

Outubro de <strong>2009</strong> e Outubro de 2011<br />

em função da medida do pneu, mas a Goodyear-Dunlop<br />

já começou a incorporar a indicação<br />

<strong>dos</strong> índices de ruído nos seus pneus,<br />

em alguns casos, com os índices de ruído<br />

emitido bastante inferiores aos estabeleci<strong>dos</strong><br />

pela Comissão Europeia. ■<br />

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REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

19


NOTÍCIAS<br />

PORSCHE PANAMERA<br />

ACELERA COM PNEUS<br />

CONTINENTAL<br />

NOVO RECORDE MUNDIAL DE LOOP<br />

Num desafio para recorde mundial de<br />

loop concebido pela Dunlop e Fifth Gear (a<br />

ser transmitido no Channel Five num episódio<br />

especial patrocinado pela Dunlop do<br />

programa Fifth Gear), foi possível fazer<br />

com um veículo, uma volta completa num<br />

loop gigante de 12 metros.<br />

Para conseguir este desafio, foi escolhido<br />

Steve Truglia, ex-soldado das Forças<br />

Especiais do Reino Unido e duplo de James<br />

Bond.<br />

O conjunto de recordes mundiais de Steve<br />

é igualado pelo conjunto de participações<br />

no Fifth Gear, incluindo ensinar aos<br />

apresentadores como virar um carro a<br />

alta velocidade.<br />

Mas conduzir um carro de cabeça para<br />

baixo foi um teste ainda maior, até mesmo<br />

para Steve.<br />

Para o efeito, foi construído um loop de<br />

12 metros com a resistência suficiente<br />

para suportar um carro a grande velocidade.<br />

Truglia conseguiu.<br />

O carro, equipado com pneus Dunlop<br />

manteve uma linha estável à volta do loop,<br />

mesmo na fase invertida onde o contacto<br />

preciso e a resposta <strong>dos</strong> pneus eram vitais.<br />

■<br />

Os técnicos da Continental aperfeiçoaram e adaptaram<br />

o modelo de topo ContiSportContact 3 exclusivamente<br />

para a carroçaria do novo modelo da Porsche,<br />

seguindo as instruções <strong>dos</strong> técnicos da marca de Zuffenhausen.<br />

Para distinguir o modelo especial para a<br />

Porsche, do normal, acrescentaram à série especial<br />

as letras “N0“. No eixo dianteiro o pneu do Panamera<br />

tem as dimensões 255/45 ZR 19 (100Y), e no eixo<br />

traseiro as dimensões são 285/40 ZR 19 (103Y).<br />

Para este modelo também há a opção das dimensões<br />

245/50 ZR 18 (100Y) e 275/45 ZR 18 (103Y),<br />

igualmente marca<strong>dos</strong> com a designação “N0“. Os<br />

pneus desportivos aprova<strong>dos</strong> pela Porsche têm que<br />

obedecer aos mais rigorosos requisitos impostos pelo<br />

mais famoso construtor alemão de automóveis desportivos,<br />

nunca comprometendo no entanto o conforto<br />

e o respeito pelo meio ambiente. ■<br />

GOODYEAR RENOVA<br />

ACORDO COM BMW<br />

Não é o volume de pneus que está em causa, mas a<br />

responsabilidade e a imagem que o acordo implica. Na<br />

realidade, trata-se de um acordo entre as duas empresas<br />

para fornecimento exclusivo de pneus Goodyear<br />

às escolas de condução BMW em Portugal e<br />

Espanha. É também um compromisso de ambas as<br />

marcas com a segurança da condução e a prevenção,<br />

como a forma mais eficaz de evitar possíveis acidentes.<br />

De facto, o curso de condução proporcionado<br />

pela escola BMW Driver Training, já com 30 anos a<br />

formar condutores, inclui técnicas avançadas e combina<br />

ensino teórico e prático. Os pneus são considera<strong>dos</strong><br />

na escola um elemento fundamental da segurança<br />

do veículo, sendo indispensáveis para aplicar na estrada<br />

as funções de segurança ABS e ESP. ■<br />

CONTINENTAL UTILIZA<br />

TOMOGRAFIA<br />

COMPUTORIZADA<br />

A Continental, está a utilizar um novo “scanner” de<br />

tomografia computorizada de forma a melhorar ainda<br />

mais os testes de pneus.<br />

Com este equipamento, é possível reduzir de forma<br />

significativa o tempo necessário para visualizar um<br />

pneu, bem como aumentar a qualidade das imagens<br />

obtidas durante o processo. As imagens focam-se<br />

na distorção <strong>dos</strong> materiais de reforço, tais como<br />

cordas de aço, bem como a sua posição exacta no<br />

pneu.<br />

A distorção do pneu ao curvar, travar ou sob grande<br />

carga, também é simulada e visualizada. Partes<br />

do pneu podem ser apresentadas separadamente,<br />

de forma a analisar o desgaste de forma independente,<br />

permitindo o teste a partes da carcaça.<br />

Cerca de 3.000 pneus serão sujeitos a estes testes<br />

anualmente. Este novo equipamento permite<br />

analisar partes distintas do pneu em 3D, bem como<br />

no contexto do pneu como um todo.<br />

Graças a isto, os técnicos de desenvolvimento de<br />

pneus em Hannover podem construir os produtos<br />

de forma a corresponderem aos mais rigorosos requisitos.<br />

■<br />

20<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


HANKOOK "EUROPEUS"<br />

NA ORIGEM VW<br />

O construtor alemão de veículos<br />

Volkswagen irá montar<br />

pneus Hankook no equipamento<br />

original da sua gama<br />

da 5ª geração <strong>dos</strong> modelos<br />

Transporter, Caravelle, Multivan<br />

e California, que se passará<br />

a chamar simplesmente T 5. O pneu original que<br />

será utilizado nestes modelos será, entre outros, o<br />

novo Hankook Radial RA 28, na medida 215/65 R 16<br />

C. Este pneu é fornecido exclusivamente à fábrica de<br />

modelos comerciais da VW em Hanover (Alemanha) e<br />

constitui o primeiro grande fornecimento directo da<br />

nova fábrica Hankook da Hungria (Dunjauvaros). Além<br />

do novo modelo T 5, a Hankook fornece também pneus<br />

para outros modelos da VW na Europa, como é o caso<br />

do Caddy, Caddy Maxi, Polo, Golf VI e Tiguan. No México,<br />

a Hankook fornece igualmente pneus para o equipamento<br />

original <strong>dos</strong> VW Jetta, Jetta SportWagen e<br />

New Beetle, que são produzi<strong>dos</strong> para o mercado norteamericano.<br />

Para realizar estes contratos com o construtor alemão,<br />

a Hankook teve que submeter a sua fábrica situada<br />

na região de Budapeste a uma rigorosa auditoria<br />

por parte de consultores da Volkswagen. Para ser fornecedor<br />

da VW, qualquer fabricante tem que estar<br />

certificado pela ISO-International Standardisation Organization,<br />

o que acontece com a fábrica Hankook da<br />

Hungria, que em Janeiro deste ano recebeu as certificações<br />

ISO/TS 16942:2002 e EN ISO14001:2004.<br />

Nesta moderníssima fábrica da Hankook da Europa trabalham<br />

mais de 1.200 funcionários, que produzem<br />

cerca de 15.000 pneus por dia (5 milhões ano), com<br />

mais de 300 dimensões diferentes, destina<strong>dos</strong> essencialmente<br />

a carros ligeiros e comerciais ligeiros. ■<br />

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KUMHO EURO AID 24H<br />

À semelhança das principais marcas de pneus do<br />

mercado, o fabricante coreano Kumho Tires passou a<br />

dispor de um serviço de assistência permanente na<br />

estrada para transportadores profissionais, permitindo<br />

tempos mínimos de paralisação <strong>dos</strong> veículos. Os<br />

operadores de transportes viram as suas margens diminuir<br />

dramaticamente, em função <strong>dos</strong> aumentos <strong>dos</strong><br />

combustíveis, sendo imperativo o cumprimento <strong>dos</strong><br />

horários de entregas, para assegurarem a necessária<br />

rentabilidade. A assistência Kumho Euro Aid cobre<br />

toda a Europa e é proporcionada por operadores profissionais,<br />

que asseguram a resolução de qualquer<br />

problema de pneus em tempo recorde. Para beneficiar<br />

deste serviço, os clientes (frotistas ou camionistas<br />

profissionais) que comprarem os seus pneus Kumho<br />

nos distribuidores oficiais envolvi<strong>dos</strong> na iniciativa,<br />

receberão gratuitamente um cartão Kumho Euro Aid<br />

de acesso à assistência na estrada. ■<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

21


NOTÍCIAS<br />

NOVAS DESMONTADORAS DE PNEUS<br />

E EQUILIBRADORAS DE RODAS BOSCH<br />

Com os novos equipamentos para montar e desmontar<br />

pneus e para equilibrar rodas, tanto em motociclos, em<br />

veículos ligeiros de passageiros, como em veículos industriais,<br />

a Bosch reforça a sua posição como fornecedor<br />

global de equipamento para a<br />

oficina. Todas as máquinas são fáceis<br />

de utilizar e oferecem processos melhora<strong>dos</strong><br />

de trabalho para pneus e jantes.<br />

As desmontadoras oferecem mo<strong>dos</strong><br />

de funcionamento e acessórios para<br />

poder fixar todo o tipo de rodas e as equilibradoras<br />

permitem também trabalhar com<br />

rodas pesadas de elevado diâmetro.<br />

Nas desmontadoras, os equipamentos<br />

mais altos de gama, TCE 4530 e 4510<br />

estão desenha<strong>dos</strong> para veículos ligeiros<br />

de passageiros e veículos comerciais<br />

com rodas até 30” de diâmetro. O<br />

sistema hidráulico de montagem destes<br />

equipamentos, permite trocar os<br />

pneus com uma elevada frequência de trabalho,<br />

ao exercer forças muito altas e pressões precisas<br />

de controlo. Tanto rodas com jantes de aço ou em liga<br />

leve, como pneus run flat, podem ser troca<strong>dos</strong> com rapidez<br />

e precisão, utilizando até duas velocidades de trabalho.<br />

A Bosch desenvolveu também quatro novas desmontadoras<br />

para pneus de veículos comerciais de todo<br />

o tipo.<br />

Relativamente às novas equilibradoras, os programas<br />

automáticos de equilibragem impedem falhas<br />

operativas e asseguram um resultado<br />

preciso. O sistema cálcula também a<br />

posição <strong>dos</strong> pesos adesivos ocultos nas<br />

jantes de alumínio que se apresentam de<br />

forma clara e precisa para a sua colocação.<br />

A equilibradora mais alta da gama,<br />

a WBE 4515, indicada para rodas de<br />

veículos ligeiros de passageiros e veículos<br />

industriais ligeiros, dispõe de um monitor<br />

LCD e de um acoplamento pneumático,<br />

permitindo terminar a equilibragem de forma<br />

muito rápida. Um dispositivo a laser<br />

encarrega-se de fazer um diagnóstico do<br />

perfil da roda, o que permite a poupança<br />

<strong>dos</strong> pesos ao compensar os desequilíbrios de<br />

jantes e pneu. Completam a gama para rodas de<br />

ligeiros de passageiros, as equilibradoras universais<br />

WBE 4225 e WBE 4220 (com display LCD), e as<br />

compactas WBE 4110 e WBE 4100, que só dispõem<br />

de indicadores alfanuméricos. Adicionalmente, está disponível<br />

a WBE 5210, que permite equilibrar rodas de<br />

camiões e autocarros com pesos até 200 kg. ■<br />

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22<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


OPINIÃO<br />

Por: Luis Martins, Country Manager da Gripen Wheels Portugal<br />

A VACA PÚRPURA<br />

UM NOVO “PÊ” PARA<br />

A PRÁTICA DO MARKETING<br />

Na Gestão do Marketing, a tomada<br />

de decisões baseia-se, numa<br />

abordagem simplista, em 5 variáveis<br />

objectivamente controláveis. Os famosos<br />

“P’s” (pês) do Marketing.<br />

Mas afinal... quantos “P’s” tem o Marketing?<br />

Há bastantes anos que se fala, basicamente,<br />

em 5 (cinco). A saber: Produto, Preço,<br />

Distribuição (do inglês Place), Comunicação<br />

(do inglês Promotion) e Serviço ao Cliente<br />

(do inglês People).<br />

No entanto algo de perturbador aconteceu.<br />

Os “P’s” já não são suficientes. Os merca<strong>dos</strong><br />

“estão loucos”, a competitividade atingiu<br />

níveis da mais absoluta e rigorosa exigência.<br />

Só sobrevivem os melhores. Fala-se<br />

de UM NOVO “P”... um “P” que começa por<br />

“N”, de NOTÁVEL!<br />

Imaginemos UMA VACA (de cor) PÚRPURA<br />

no meio de milhares de vacas todas iguais.<br />

Está a visualizar a imagem?<br />

Se formos diferentes e ousa<strong>dos</strong> atraímos a<br />

atenção e, possivelmente, realizamos mais e<br />

melhores negócios. Que é o que to<strong>dos</strong> desejamos.<br />

Verdade?<br />

Recorrendo à minha memória profissional,<br />

a título de exemplo, conto-lhe e descrevo-lhe<br />

uma das histórias de sucesso que<br />

ilustram e demonstram o que acabo de dizer.<br />

Decorria o ano da graça de 1997, tinha a<br />

meu cargo a Direcção de Marketing da Continental<br />

em Portugal, quando pensámos o<br />

que poderíamos fazer de ousado, original e<br />

irreverente para incrementar a notoriedade<br />

da marca MABOR e fazer crescer as vendas<br />

de forma sólida. “Dormia eu sobre o assunto”<br />

quando me surgiu uma ideia verdadeiramente<br />

“maluca” à época (algo que me vinha<br />

do meu passado profissional nos Hipermerca<strong>dos</strong>).<br />

E se, por cada 4 (quatro) pneus MA-<br />

BOR oferecemos um Telemóvel? Sim, um<br />

Telemóvel inteiramente GRÁTIS (relembro<br />

que à época ainda não “saíam” na compra de<br />

um qualquer gelado), o “electrodoméstico”<br />

mais desejado do momento. Provavelmente,<br />

com um valor de mercado muito próximo do<br />

valor <strong>dos</strong> pneus (para o cliente final).<br />

Quase ninguém acreditou (quase? Sim.<br />

Porque há sempre alguém mais ousado do<br />

que nós)...<br />

Impossível! Onde é que vais arranjar orçamento<br />

para comprar o telemóvel? A margem<br />

do produto não comporta uma oferta<br />

desse valor! Estás doido! Os “insultos” subiram<br />

de tom quando, de forma quase profana<br />

e já transbordando algum orgulho ferido,<br />

soltei um “e o operador ainda vai comparticipar<br />

uma grande campanha de rádio e imprensa”...<br />

foi a gargalhada geral. Por falar<br />

em geral... o Director Geral - Paiva Carvalho<br />

– foi um <strong>dos</strong> poucos que me levaram a sério).<br />

Os comentários não foram encorajadores...<br />

eu e os colegas da Direcção de Marketing<br />

(que saudades do Jorge Nunes, da Ana<br />

Paula Barbosa e, <strong>dos</strong> restantes...) saímos<br />

quase desanima<strong>dos</strong>. Mas fomos à “guerra”.<br />

Acreditámos no impossível. A descrença <strong>dos</strong><br />

restantes colegas deu-nos energias adicionais.<br />

Só pensávamos na nossa VACA de cor<br />

PÚRPURA.<br />

Sintetizando os acontecimentos:<br />

1. A TELECEL viu na acção proposta uma<br />

grande oportunidade de negócio (fidelização<br />

de clientes).<br />

2. Comparticipou 50% das campanhas de<br />

Rádio, Imprensa e material de divulgação no<br />

Ponto de Venda.<br />

3. Forneceu toda a logística do negócio<br />

(sem custos para a Continental Portugal).<br />

4. A Continental Portugal foi (nesse ano)<br />

um <strong>dos</strong> 5 (cinco) maiores “Agentes” TELE-<br />

CEL em número de novos clientes angaria<strong>dos</strong><br />

e fidelizações de 24 meses concretizadas<br />

(a contrapartida da TELECEL que financiou<br />

todo o projecto).<br />

5. A campanha de “media” foi um sucesso.<br />

Os clientes (Mabor) invadiram os Agentes a<br />

pedir MABOR (ou telemóveis??).<br />

6. Os Agentes que tinham muitos pneus<br />

em stock pediram uma solução... encomenda<br />

de X’s pneus = entrega de “vales telemóvel”<br />

para os pneus em stock. Ambas as partes<br />

lucraram com o negócio.<br />

7. O dever de sigilo profissional não me<br />

permite revelar quantos pneus foram vendi<strong>dos</strong><br />

em 3 (três) meses mas, digo-vos que, no<br />

final de Junho tinham-se vendido mais<br />

pneus que durante todo o ano anterior. Foi<br />

“de loucos”. Os colegas da Logística quase<br />

que enlouqueceram (mas contribuíram e de<br />

que maneira para o sucesso da operação).<br />

8. Criou-se uma Base de Da<strong>dos</strong> de clientes<br />

finais com o objectivo de abrir um canal de<br />

comunicação directa com o consumidor<br />

(Marketing Directo). Entre outras coisas, poderíamos<br />

calcular quando o cliente iria trocar<br />

novamente os seus pneus e, 3 (três) meses<br />

antes enviar cheque oferta para descontar<br />

nos MABOR seguintes. A base de da<strong>dos</strong><br />

contemplava informação como nome, data<br />

de nascimento, profissão, endereço, telefone,<br />

automóvel, ano do automóvel, quilómetros,<br />

pneus desmonta<strong>dos</strong> (dimensão, marca<br />

e tipo), pneus monta<strong>dos</strong> (dimensão, marca e<br />

tipo), etc. Fidelização do cliente final era o<br />

objectivo.<br />

9. Fidelização à marca o que é? Existe no<br />

mercado <strong>dos</strong> pneus? Resposta: Médico de 32<br />

anos, BMW Série 5, desmonta MICHELIN<br />

(com o devido respeito, claro) e monta MA-<br />

BOR. Ele “há coisas fantásticas, não há?”.<br />

Conclusão: O “nosso” quinto “P”, ou melhor,<br />

o nosso “N” de NOTÁVEL fez nascer A<br />

VACA PÚRPURA!<br />

A. Clientes Finais Satisfeitos.<br />

B. Agentes MABOR satisfeitos (mais e melhores<br />

negócios – o cliente final não trazia o<br />

famigerado “papelinho” com os preços <strong>dos</strong><br />

concorrentes).<br />

C. Durante o período da Campanha deixámos<br />

(to<strong>dos</strong>) de discutir descontos...<br />

D. Fornecedor satisfeito. Aumento da notoriedade<br />

da MARCA, incremento exponencial<br />

das vendas e <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong>, Base de<br />

Da<strong>dos</strong> preciosa, Força de Vendas motivada,<br />

etc., etc., etc.<br />

Procure, sem demoras, a SUA VACA (de<br />

cor) PÚRPURA (no meio das milhares de vacas<br />

iguais).<br />

Está a visualizar a imagem?<br />

Se formos diferentes e ousa<strong>dos</strong> atrairemos<br />

a atenção e, certamente, realizaremos<br />

mais e melhores negócios. Que é o que to<strong>dos</strong><br />

desejamos. Verdade? Muito mais em tempos<br />

de crise. Não é uma questão de estilo... é<br />

uma questão de sobrevivência.<br />

“O pensamento criativo é o valor actual<br />

mais cobiçado e gerador de lucro para qualquer<br />

indivíduo, empresa ou país. Possui a<br />

capacidade de mudá-lo a si, ao seu negócio e<br />

ao mundo.” – Robert P. Crawford ■<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

23


SALÃO<br />

AUTOPROMOTEC <strong>2009</strong><br />

AUTOPROMOTEC <strong>2009</strong><br />

A GRANDE MONTRA<br />

A 23ª edição da Autopromotec, que decorreu no parque de<br />

exposições de Bolonha, Itália, de 20 a 24 de Maio, foi a<br />

maior de sempre, com mais de 100.000 visitantes, um<br />

número total de 1.443 expositores e área de exposição<br />

completamente esgotada (150.000 m2).<br />

24<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


OSalão Autopromotec conta já com 40 anos de existência,<br />

sendo um <strong>dos</strong> mais antigos eventos consagra<strong>dos</strong> ao equipamento<br />

para oficinas automóvel. Este ano, o certame decorreu<br />

sob o signo do êxito, tendo ultrapassado to<strong>dos</strong> os anteriores<br />

máximos. O número total de expositores atingiu a cifra recorde de<br />

1.443 contra 1.404 em 2007, <strong>dos</strong> quais 468 eram estrangeiros e os<br />

restantes 975 italianos. O destaque vai para os expositores alemães,<br />

cujo número ultrapassou os 100.<br />

Para corresponder a esta oferta de âmbito global, estiveram presentes<br />

mais de 100 mil visitantes profissionais, com ligações ao aftermarket,<br />

tanto na vertente de distribuição, como de reparação. De<br />

referir que a Itália tem 84.500 empresas de reparação automóvel,<br />

com um nível de actualização e competitividade elevado. Para acolher<br />

todo este universo foram ocupa<strong>dos</strong> 11 pavilhões, com a área total<br />

de 150.000 m2, complementada por 3 áreas ao ar livre, com um<br />

total de 20.000 m2. Na tradição das feiras anteriores, a presença <strong>dos</strong><br />

fabricantes de equipamento oficinal era a mais forte, com ênfase<br />

nas máquinas para oficinas de pneus.<br />

O Salão Autopromotec <strong>2009</strong> afirmou-se como<br />

um <strong>dos</strong> maiores eventos mundiais do<br />

aftermarket automóvel, reunindo os sectores<br />

das peças e equipamentos para oficinas.<br />

Na primeira linha<br />

Para compreender o sucesso e o impacto da Autopromotec <strong>2009</strong>,<br />

é necessário ter presente o potencial da indústria italiana de equipamentos<br />

e de peças para o automóvel, assim como a dimensão do<br />

seu aftermarket e a necessidade de actualização das oficinas, para<br />

corresponderem aos novos padrões de serviço ao cliente e às exigentes<br />

especificações técnicas <strong>dos</strong> novos modelos.<br />

Por outro lado, Bolonha e o chamado "Motor Valley", a região circundante,<br />

foram berço de marcas míticas como a Ferrari, Lamborghini<br />

e Ducati, possuindo ainda a maior concentração de fabricantes<br />

de equipamentos para oficinas do mundo.<br />

Para dar expressão a todo o potencial existente na região e a to<strong>dos</strong><br />

os expositores visitantes, a Autopromotec apostou em privilegiar<br />

os expositores directos, isto é, aqueles que exibem os seus<br />

próprios produtos, favorecendo e estimulando os contactos "Business<br />

to Business" (B2B). De facto, o avanço tecnológico do automóvel<br />

exige equipamentos cada vez mais actualiza<strong>dos</strong> e desenvolvi<strong>dos</strong>,<br />

de acordo com as novas especificações <strong>dos</strong> veículos. E neste<br />

aspecto, podemos ver na Autopromotec, os mais recentes equipamentos<br />

para reparação e manutenção automóvel. Além disso, o espaço<br />

da exposição é dividido em várias feiras diferentes, cada uma<br />

das quais com uma especialidade temática, o que dá aos visitantes<br />

a possibilidade de concentrar a sua atenção no principal motivo da<br />

sua visita.<br />

A posição estratégica de Bolonha na própria Itália, no Sul da Europa<br />

e na zona do Mediterrâneo, principalmente Norte de África e Médio<br />

Oriente, garante à Autopromotec uma projecção internacional<br />

cada vez mais acentuada, enquanto evento do aftermarket automóvel<br />

global. Tal como aconteceu este ano, os expositores de outras<br />

paragens tiveram na Autopromotec uma oportunidade excelente de<br />

ampliar os seus negócios nesta área estratégica. No plano interno, a<br />

Autopromotec não necessita de apresentações, nem de promoção.<br />

A dinâmica do aftermarket italiano, por si só, é suficiente para promover<br />

e potenciar a visita de muitos profissionais a este Salão.<br />

O número recorde de expositores e de visitantes, assim como a<br />

presença forte <strong>dos</strong> sectores das peças, equipamentos e das redes<br />

oficinais, vieram conferir à Autopromotec um estatuto de Salão<br />

mundial, evento de tecnologia avançada e plataforma de mercado,<br />

uma vez que abriu novas perspectivas de negócios, revelou as tendências<br />

do sector aftermarket e foi ponto de referência para o sector<br />

em geral.<br />

Nas próximas páginas, damos uma panorâmica das principais<br />

novidades apresentadas nesta Feira, para o sector <strong>dos</strong> pneus.<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

25


SALÃO<br />

AUTOPROMOTEC <strong>2009</strong><br />

Beissbarth<br />

Cemb<br />

Corghi<br />

NOVIDADES AUTOPROMOTEC <strong>2009</strong><br />

BEISSBARTH<br />

O alinhamento de rodas é um serviço<br />

procurado, porque as rodas desalinhadas<br />

têm um impacto directo na segurança do<br />

veículo e porque influenciam negativamente<br />

o consumo de combustível e o desgaste<br />

<strong>dos</strong> pneus. Além disso, as novas tecnologias<br />

permitem efectuar alinhamentos de<br />

grande qualidade em poucos minutos, o<br />

que também é um factor de atracção <strong>dos</strong><br />

consumidores. A marca Beissbarth, que<br />

integra o Grupo Bosch, apresentou o seu<br />

novo sistema de alinhamento de rodas<br />

Easy3D, que verifica o alinhamento da geometria<br />

<strong>dos</strong> trens rolantes em 3 dimensões.<br />

Na realidade, trata-se de um inovador sistema<br />

tridimensional flexível, que beneficia<br />

de um interface de utilização intuitiva para<br />

o operador. A verificação do alinhamento é<br />

efectuada por uma câmara fotográfica digital<br />

de alta precisão, que faz parte do sistema<br />

KDS.NG (alinhamento da nova geração).<br />

As principais vantagens do novo sistema<br />

Easy3D são ocupar pouco espaço na<br />

oficina, estar sempre pronto a utilizar e necessitar<br />

apenas de um operador, devido à<br />

rápida e simples compensação das rodas<br />

da viatura.<br />

“ESTAMOS A TENTAR CRESCER<br />

MAIS NO MERCADO PORTUGUÊS”<br />

Barbetti Michele, Director de Marketing da TECO<br />

Que novidades trouxe a marca TECO à Autopromotec/09?<br />

Durante a Feira, apresentámos as novas máquinas<br />

de equilibrar pneus, o que pode proporcionar algumas<br />

reduções de preços para os nossos clientes. Actualizámos<br />

o software das nossas máquinas, o que também<br />

permite tornar os preços mais competitivos. Estamos<br />

igualmente a apresentar uma nova linha de<br />

desmontadoras de topo de gama, com um novo sistema<br />

de fixação da roda. Os nossos equipamentos destinam-se<br />

a profissionais e tentamos obter o máximo<br />

de vantagens para eles. É nisso que se baseiam as<br />

nossas expectativas de vendas.<br />

Como tem a vossa empresa sentido a actual crise global?<br />

Relativamente aos nossos concorrentes e outros operadores do mercado, podemonos<br />

considerar felizes, porque estamos a trabalhar com 100% da nossa equipa, embora<br />

as vendas tenham caído no primeiro trimestre deste ano cerca de 50%. Penso<br />

que vamos parar de descer e voltar aos bons negócios dentro de poucos meses. Terminar<br />

o ano com -20% em relação ao ano passado é um objectivo realista e que podemos<br />

alcançar facilmente.<br />

CEMB<br />

A marca Cemb apresentou uma nova linha<br />

de máquinas de equilibrar rodas inovadora.<br />

A Cemb C88/SE possui um novo<br />

elevador chamado Zero Weight (peso zero),<br />

que anula o peso da roda e é controlado directamente<br />

pela lógica da equilibradora,<br />

tornando extremamente rápida e precisa a<br />

centragem da roda. O ecrã táctil de alta definição<br />

facilita a leitura das informações e<br />

os coman<strong>dos</strong> da máquina. Disponível apenas<br />

com blocagem pneumática da roda, a<br />

C88/SE é fornecida com todas as opções<br />

(full option): Sonar LA, Sonar EMS, Sonar<br />

LR (lateral run out) e sistema VDD (Virtual<br />

Direct Drive), patenteado pela Cemb. Comutação<br />

automática depois de efectuada a<br />

medida da distância e repetidor de posição<br />

sem carregar em qualquer botão. Uma<br />

função estatística permite encontrar a melhor<br />

posição de montagem da roda no carro.<br />

Função estatística para os pesos e tipo<br />

de correcção utilizada (número e tipo de<br />

pesos). Medição automática da largura<br />

com Sonar, com reconhecimento do tipo de<br />

pneu montado na jante.<br />

CORGHI<br />

Além de outros equipamentos, como<br />

máquinas de equilibrar rodas, a consagrada<br />

marca Corghi apresentou uma desmontadora<br />

para pneus de grandes dimensões<br />

(até 58"), dentro daquilo que vai sendo a<br />

tendência do mercado. A nova máquina dá<br />

pelo sugestivo nome de Monster AG TT. O<br />

principal objectivo desta máquina consiste<br />

em reduzir a fadiga do operador, como o<br />

sistema de desmontagem Leva la Leva,<br />

modo automático de identificação das dimensões<br />

da roda, memorização da posição,<br />

dispositivo Side to Side (passagem de<br />

um lado para o outro da roda) e sistema<br />

autocentrante com garras e ressaltos, entre<br />

outras utilidades. Sistema integrado de<br />

protecção do pneu e do ar da roda. Para assegurar<br />

a máxima performance do traba-<br />

Que tipo de apoio presta a marca TECO aos clientes do mercado português?<br />

Temos dois distribuidores no mercado português, com os quais estamos em contacto<br />

permanente. Logicamente, fornecemos toda a informação relativa aos nossos equipamentos<br />

e aos veículos com que os nossos clientes trabalham. Através desses distribuidores,<br />

também chegamos aos merca<strong>dos</strong> de Angola e Cabo Verde.<br />

A TECO está satisfeita com o desempenho da marca em Portugal?<br />

Estamos a tentar crescer mais no mercado português e temos trabalhado nesse<br />

sentido. Logo que a situação internacional permita, pensamos chegar aos nossos objectivos<br />

estabeleci<strong>dos</strong> para o vosso mercado.<br />

26<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


lho, a Monster AG TT possui as ferramentas<br />

apontadas ao centro da roda, permitindo<br />

a máxima precisão e grande eficiência.<br />

Por outro lado, a inclinação do disco destalonador<br />

é processada por um potente sistema<br />

hidráulico. A roda pode ser trabalhada<br />

elevada ou apenas a poucos centímetros<br />

do solo. A máquina é universal para<br />

todas as rodas com um furo central mínimo<br />

de 90 mm.<br />

FASEP<br />

A marca Fasep está no mercado desde<br />

1969 e lidera as vendas no sector de máquinas<br />

para trabalhar pneus. A última novidade<br />

desta marca é uma máquina de equilibrar<br />

rodas de camião B140, montada sobre<br />

um carrinho, o que vem resolver o<br />

problema de trabalhar com as pesadas rodas<br />

de camião (mais de 130kg de peso, em<br />

certos casos). Graças às suas rodas, a Fasep<br />

B140 pode ser deslocada facilmente<br />

para qualquer lado, indo até junto da roda<br />

que se pretende equilibrar. Apesar da sua<br />

mobilidade, a equilibradora B140 assegura<br />

a mesma excepcional precisão de medida<br />

das máquinas fixas. O sistema electrónico<br />

da máquina funciona com bateria, sendo o<br />

lançamento manual, com um travão para<br />

parar a roda no final. O sistema de elevação<br />

manual permite levantar a roda e centrá-la<br />

facilmente e sem esforço.<br />

HAWEKA<br />

A empresa alemã Haweka lançou o seu<br />

sistema de alinhamento de rodas para veículos<br />

comerciais AXIS4000, de grande precisão,<br />

facilidade de utilização e rapidez.<br />

Trata-se de um sistema electrónico de<br />

topo de gama e da última geração, baseado<br />

numa câmara digital e transmissão de da<strong>dos</strong><br />

para o processador (PC) via rádio frequência.<br />

As câmaras são fixadas nas rodas<br />

por intermédio de um sistema magnético<br />

(jantes de aço) ou por um sistema patenteado<br />

(ProClamp) de molas (nas jantes de<br />

alumínio). A medição é imediata e de alta<br />

precisão, com o carro assente no chão e<br />

em condições de andar. O relatório do alinhamento<br />

é impresso imediatamente, bem<br />

Haweka<br />

“A REPARAÇÃO DE PNEUS É UMA<br />

ACTIVIDADE VIÁVEL”<br />

Walter Van Loon, Vice Presidente da Tech<br />

Qual é a presença da marca Tech no mercado português?<br />

Trabalhamos bem com o mercado português, onde<br />

estive recentemente, em visita a três empresas de recauchutagem<br />

da Bandag. Apresentámos a nossa linha<br />

completa de produtos e as perspectivas de negócio<br />

são muito positivas.<br />

Que efeito está a ter a presente crise económica nos<br />

negócios da Tech?<br />

Estamos a sentir algum impacto do clima económico,<br />

porque durante os primeiros meses do ano houve<br />

uma certa paragem no transporte de mercadorias.<br />

Se os camiões não rolam, é evidente que o consumo<br />

de pneus é bastante menor. Apesar disso, os clientes tentam adiar as compras e fazer<br />

os negócios só na última hora. Nos pneus de grandes dimensões e caros, os clientes<br />

também preferem ir reparando os pneus, em vez de mandar recauchutá-los, como<br />

acontecia antes desta recessão. Não vejo o panorama muito negativo para nós, pois a<br />

reparação de pneus é uma actividade viável e com mais oportunidades nestas situações<br />

de mercado.<br />

Quais são as previsões de negócios da Tech para o mercado português?<br />

Fiquei impressionado com a dimensão do negócio de recauchutagem em Portugal e<br />

com o número de operadores do ramo. Julgo que temos boas oportunidades de negócio<br />

no vosso mercado e tencionamos aproveitá-las.<br />

“ESTAMOS A AMPLIAR A GAMA”<br />

James Lo, Director de Vendas Kenda Europa<br />

Qual tem sido a evolução da marca Kenda e qual é a<br />

sua actual oferta de pneus?<br />

A filosofia da nossa empresa é a honestidade, a qualidade,<br />

o serviço e a inovação. A nossa política é fazer<br />

sempre as coisas bem à primeira vez. A empresa<br />

Kenda foi fundada em 1962 e agora tem duas fábrica<br />

em Taiwan. Temos mais duas fábricas no Sul da China<br />

e outras duas na região de Shanghai, bem como uma<br />

nova unidade recentemente inaugurada no Norte da<br />

China. Na Coreia, fabricamos 9 mil pneus/dia. Em<br />

Taiwan, fabricamos 25.000 pneus de bicicleta/dia.<br />

Iniciámos a produção de pneus para carros de passageiros<br />

há dois anos e to<strong>dos</strong> os anos aumenta a nossa<br />

produção. Além de pneus para bicicletas, onde temos<br />

uma posição muito forte, produzimos pneus para motos,<br />

ATVs, scooters, pneus industriais e pneus especiais.<br />

Quais são as perspectivas da marca Kenda para <strong>2009</strong>?<br />

Os pneus Kenda são vendi<strong>dos</strong> em 80 países, em alguns <strong>dos</strong> quais temos escritórios<br />

de vendas próprios. Em Portugal, também vendemos os nossos pneus, que se diferenciam<br />

pelo design, silêncio de rolamento e boa drenagem de água. Estamos a ampliar a<br />

gama, porque o mercado tem necessidade de uma gama completa. Estamos igualmente<br />

a promover a imagem da marca em toda a Europa e em todo o mundo.<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

27


SALÃO<br />

AUTOPROMOTEC <strong>2009</strong><br />

“ESTAMOS A ENCONTRAR<br />

SOLUÇÕES PARA AS DIFICULDADES<br />

DO MERCADO”<br />

Domenico Mastrogiacomo, Dir. de Marketing da Kumho<br />

Como se diferencia a marca Kumho <strong>dos</strong> seus principais<br />

concorrentes?<br />

A nossa presença na Autopromotec visou demonstrar<br />

em toda a Europa a nossa capacidade tecnológica<br />

e qualidade de produção, tendo apresentado alguns<br />

produtos que só fabricantes de pneus de primeiro<br />

plano conseguem fabricar. O facto de estarmos a<br />

fornecer pneus para a competição automóvel (Fórmula<br />

3) é também um excelente indicativo das potencialidades<br />

da nossa marca. Estamos igualmente a dar excelente<br />

resposta aos desafios do ambiente, com tecnologias<br />

que tornam os pneus mais compatíveis com<br />

a sustentabilidade ambiental. O desenho assimétrico que estamos a introduzir nos nossos<br />

pneus torna o seu nível de ruído menor. De resto, a nossa gama de pneus ecológicos<br />

e energeticamente eficientes demonstra que há muito tempo a Kumho está preocupada<br />

em desenvolver pneus váli<strong>dos</strong> para o futuro da mobilidade sustentável. Também<br />

nas nossas unidades de produção estamos a empregar tecnologias e processos<br />

amigos do ambiente.<br />

Que impacto tem a presente crise na actividade da Kumho Tyres?<br />

A crise é a mesma para toda a gente. A forma de enfrentar é que pode ser diferente.<br />

Nós estamos a encontrar soluções para as dificuldades do mercado e a obter bons<br />

resulta<strong>dos</strong>. Em termos de pneus, a crise afecta principalmente as marcas de primeiro<br />

plano, porque têm preços acima da média. Esse facto cria boas oportunidades para as<br />

marcas de segunda linha que inspiram total confiança. No caso da Kumho, temos dois<br />

pontos bastante fortes: boa qualidade de produto e uma gama muito completa, desde<br />

pneus de 10" de diâmetro. De momento, só não estamos a trabalhar com pneus de<br />

moto.<br />

Quais são as perspectivas de vendas da marca Kumho Tyres?<br />

Estamos a crescer no mercado europeu, que já representa 28% das nossas exportações,<br />

contra os 40% <strong>dos</strong> EUA. Na Coreia e na China, já temos boas quotas de mercado<br />

e tencionamos continuar a crescer em todas as frentes.<br />

Quais são actualmente os centros de produção da Kumho Tyres?<br />

Contamos com centros de produção na Coreia do Sul, China e Vietname, onde também<br />

produzimos matérias-primas. Neste momento, estamos a construir uma fábrica<br />

de alta tecnologia totalmente automatizada (APU) nos EUA (Georgia), a fim de corresponder<br />

às necessidades crescentes do mercado de pneus norte-americano.<br />

como no final, depois de efectuadas as necessárias<br />

correcções da geometria das<br />

suspensões. Na realidade, estamos perante<br />

um novo paradigma de alinhamento de<br />

rodas para veículos pesa<strong>dos</strong>, de grande<br />

produtividade, exactidão e conveniência.<br />

HUNTER<br />

Com a máquina de equilibrar rodas<br />

GSP9600HD, a marca especializada Hunter<br />

coloca no mercado um equipamento de<br />

grande versatilidade e alta tecnologia, capaz<br />

de trabalhar com rodas de 10" a 30" de<br />

diâmetro (38" nas jantes de alumínio especiais)<br />

e com larguras até 16" (7,5" nas jantes<br />

se alumínio). Isto permite que a oficina<br />

realize o equilíbrio de rodas da maior parte<br />

<strong>dos</strong> carros ligeiros e pesa<strong>dos</strong> do parque<br />

circulante, com a mesma máquina. Para<br />

as rodas mais pesadas, a Hunter<br />

GSP9600HD (Heavy Duty) possui um elevador<br />

de roda de origem. Os rolos da base do<br />

elevador colocam a roda na sua posição<br />

exacta de fixação. Uma base de da<strong>dos</strong><br />

imensa permite que a maior parte das funções<br />

sejam automatizadas, tornando o<br />

equilíbrio rápido e rigoroso. Entre outras<br />

vantagens, a nova equilibradora Hunter<br />

oferece os seguintes benefícios: Redução<br />

de custos de pesos de 30-40% (veículos ligeiros);<br />

Redução significativa do tempo e<br />

custo <strong>dos</strong> serviços; Excelente equilíbrio<br />

global, totalmente automático; Simplifica<br />

a utilização do equipamento; Elimina as<br />

"improvisações" que afectam a qualidade<br />

de serviço.<br />

Hunter<br />

Marangoni<br />

Infinity<br />

28<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


INFINITY<br />

Localizado num espaço privilegiado no<br />

Hall 20, o stand da empresa de <strong>Pneus</strong> Infinity<br />

foi um <strong>dos</strong> mais movimenta<strong>dos</strong>, tendo<br />

recebido a visita de muitos clientes e visitantes<br />

do Salão. Para além da apresentação<br />

de dois novos produtos – o Infinity 059 e<br />

o Infinity 200 – foi ainda promovida toda<br />

uma série de reuniões de actualização com<br />

os distribuidores. Os principais distribuidores<br />

Infinity europeus e internacionais visitaram<br />

o stand, tendo sido recebi<strong>dos</strong> pela<br />

equipa Infinity da Europa e do Dubai. Clive<br />

Mansfield, Director de Vendas da Infinity<br />

Tyres Europe Limited, comentou, “É fantástico<br />

poder vir a Bolonha e encontrar-me<br />

aqui com to<strong>dos</strong> os nossos parceiros Infinity.<br />

Continuamos totalmente empenha<strong>dos</strong><br />

em prosseguir com o crescimento e a expansão<br />

da marca Infinity e em continuar a<br />

promover o desenvolvimento das nossas<br />

relações com os principais parceiros distribuidores”.<br />

Foi ainda confirmado que a<br />

Infinity irá estar presente na exposição de<br />

Reifen 2010, com um stand substancialmente<br />

maior e mais sofisticado.<br />

MARANGONI<br />

As empresas petrolíferas deixaram de<br />

ter nos fabricantes de pneus os alia<strong>dos</strong> do<br />

costume, para maximizar o consumo de<br />

combustível. A palavra de ordem em todo o<br />

Mundo são agora os pneus energeticamente<br />

eficientes. A marca Marangoni lançou<br />

recentemente o seu programa Ecoenergy,<br />

que assenta em três princípios:<br />

- Processo de recauchutagem do pneu,<br />

permitindo aproveitar a carcaça, a qual<br />

representa até 2/3 do custo total do produto;<br />

- Novos compostos de histerese (aquecimento)<br />

estreitamente baixa, reduzindo a<br />

resistência ao rolamento e o consumo de<br />

combustível;<br />

- Redução das emissões de CO2, através<br />

de pneus energeticamente mais eficientes<br />

e do controlo sistemático da pressão<br />

destes.<br />

MONDOLFO FERRO<br />

O mais recente lançamento deste fabricante<br />

de equipamentos é a desmontadora<br />

Aquila Raptor, que obedece a um novo conceito<br />

operacional, mais próximo das necessidades<br />

<strong>dos</strong> profissionais do pneu.<br />

Efectivamente, esta nova máquina foi estudada<br />

para tornar mais simples a desmontagem<br />

de to<strong>dos</strong> os tipos de pneus, em especial<br />

os mais rígi<strong>dos</strong>, de perfil baixo e do<br />

tipo run-flat, bastante comuns nos tempos<br />

actuais. A Aquila Raptor está já homologada<br />

pela associação alemã de fabricantes de<br />

pneus WDK. Outro ponto forte da nova máquina<br />

é a sua grande ergonomia, pois o seu<br />

funcionamento automatizado torna a montagem/desmontagem<br />

de qualquer tipo de<br />

pneu simples e sem esforço, não necessitando<br />

de nenhum tipo de alavanca.<br />

OMCN<br />

Os elevadores são grandes auxiliares da<br />

actividade de manutenção e reparação automóvel,<br />

permitindo o rápido acesso a pontos<br />

problemáticos do veículo, reduzindo a<br />

fadiga do operador e melhorando a qualidade<br />

do serviço. A marca OMCN é um <strong>dos</strong><br />

grandes especialistas neste tipo de equipamento,<br />

tendo apresentado as suas novidades<br />

num stand de 400m2. O elevador 730<br />

é constituído por duas tesouras de longo<br />

alcance, com um suporte de duas longarinas,<br />

que permite elevar carros pequenos e<br />

comerciais de chassis longo, até 4 toneladas.<br />

Este equipamento pode ficar montado<br />

sobre o pavimento ou embutido no solo. A<br />

série 2000 é composta por elevadores de<br />

êmbolos enterra<strong>dos</strong>, para viaturas de pas-<br />

Mondolfo Ferro<br />

“QUEREMOS MANTER A<br />

ESPECIALIZACÃO E QUALIDADE<br />

ACIMA DA MÉDIA”<br />

OMCN<br />

Giovanni Masinelli, Admin. Delegado da Vredestein Italia<br />

Quais foram as novidades apresentadas pela marca<br />

Vredestein na Autopromotec?<br />

Estamos a lançar neste momento o pneu Ultrac<br />

Cento. Trata-se de um pneu mais leve 15% do que o<br />

pneu comum, com baixo nível de ruído e reduzida resistência<br />

ao rolamento. É um pneu muito avançado<br />

que tem todas as características que irão ser a norma<br />

nos próximos anos, compatível com a mobilidade<br />

sustentável. Continuamos igualmente a apresentar ao<br />

mercado o nosso pneu "4 seasons", cujo desenho e<br />

características contemplam a utilização mista, em<br />

vias secas ou húmidas, com idêntica segurança.<br />

Qual é a estratégia seguida pela vossa empresa para superar as actuais dificuldades do<br />

mercado?<br />

A Vredestein Italia é uma organização ainda muito jovem, que começou apenas com<br />

dois elementos humanos. Começámos por vender apenas para grossistas e passámos<br />

a entrar na distribuição geral na viragem do século. Agora, estamos a crescer<br />

bastante no 1º segmento do mercado, o <strong>dos</strong> pneus de grandes dimensões. Os nossos<br />

pneus são desenha<strong>dos</strong> por Giugiaro, estilista de automóveis, e o seu nome funciona<br />

em Itália como imagem de muito alta qualidade, segmento onde nos posicionamos. Só<br />

temos competidores directos na Pirelli, Michelin, Bridgestone e talvez na Continental<br />

também. Estamos a lançar em Itália um conceito de oficinas "Vredestein Safety Center",<br />

que está a encontrar boa aceitação.<br />

Quais são as perspectivas da Vredestein Italia para <strong>2009</strong>?<br />

A nossa estratégia é vender apenas no retalho, ou seja, nas oficinas especializadas<br />

de pneus. Nada de grandes superfícies, concessões e outros operadores generalistas.<br />

Em termos de marketing, estamos a utilizar alguns Fiat 500 e Alfa Mito personaliza<strong>dos</strong>,<br />

que estacionamos em locais de grande visibilidade. Estes carros correspondem à<br />

imagem da maneira de sentir e da forma de estar <strong>dos</strong> italianos e a iniciativa está a ter<br />

bastante sucesso entre o público e junto <strong>dos</strong> nossos clientes, que apreciam este tipo<br />

de comunicação.<br />

Qual é a estratégia de diferenciação da Vredstein Italia no mercado?<br />

No ano passado as nossas vendas cresceram 23%, num mercado em recessão, o<br />

que pode ser considerado uma boa performance. A Vredestein é uma marca de nicho<br />

e não de volumes. Queremos manter a especialização, a qualidade acima da média e<br />

preços igualmente "exclusivos"…<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

29


SALÃO<br />

AUTOPROMOTEC <strong>2009</strong><br />

Pirelli<br />

Ravaglioli<br />

“TEMOS UMA POSIÇÃO MUITO<br />

FORTE NOS PNEUS AGRÍCOLAS”<br />

Olus Dayan, Director de Vendas da Petlas<br />

Quais são as previsões da marca Petlas para <strong>2009</strong>?<br />

Estamos satisfeitos com os avanços que temos conseguido,<br />

mas ainda há muito trabalho a desenvolver,<br />

no sentido de atingirmos os objectivos pretendi<strong>dos</strong>.<br />

Vamos estar no futuro bastante mais activos na gama<br />

de pneus para ligeiros de passageiros e comerciais ligeiros.<br />

Considera satisfatório o desempenho da marca Petlas<br />

no mercado português?<br />

O distribuidor que temos actualmente efectua a distribuição<br />

da nossa marca em todo o país. Trabalhamos<br />

em conjunto com o distribuidor para prestar<br />

todo o apoio que pudermos aos clientes da marca Petlas,<br />

ao nível da informação técnica, meios de marketing e logística.<br />

Qual é a estratégia de diferenciação seguida pela marca Petlas?<br />

Nos pneus agrícolas, temos uma qualidade acima da média. Não temos dúvidas em<br />

afirmar que se trata do melhor pneu agrícola do mercado a nível global. Tem uma construção<br />

sólida, um excelente composto e um desenho muito eficiente. A nossa marca<br />

ainda está em desenvolvimento e em constante evolução. Estamos a recolher neste<br />

momento os frutos de investimentos realiza<strong>dos</strong> há alguns anos, em termos de qualidade.<br />

Temos um parque de máquinas ao nível do melhor que existe em todo o Mundo.<br />

Actualmente a nossa fábrica está a produzir num bom nível e tencionamos abrir brevemente<br />

outra fábrica para pneus de camião.<br />

Quais são os principais merca<strong>dos</strong> em que está presente a marca Petlas?<br />

O nosso mercado principal é a Europa, mas também somos muito populares na Médio<br />

Oriente, Norte de África e na Austrália, por exemplo. Nos EUA, estamos a activar a<br />

nossa distribuição, pois é um mercado com grande potencial.<br />

Quais têm sido os efeitos da actual crise internacional na actividade da Petlas?<br />

A marca Petlas está a passar um pouco ao lado da crise, porque temos uma posição<br />

muito forte nos pneus agrícolas e a agricultura é uma actividade básica para a produção<br />

alimentar, que tem que continuar em qualquer situação. Tentamos não fabricar<br />

pneus que sejam meros objectos de consumo, mas sim pneus que tenham utilidade<br />

para toda a gente.<br />

sageiros e comerciais até 3,5 t, não ocupando<br />

nenhum espaço da oficina, quando<br />

estão desactiva<strong>dos</strong>.<br />

PIRELLI<br />

Os fabricantes de pneus estão agora com<br />

um olho posto no consumidor e outro voltado<br />

para o ambiente, face às novas directivas<br />

europeias sobre nível de ruído de rolamento<br />

e sobre a utilização de óleos altamente<br />

aromáticos na composição de<br />

pneus. O novo pneu para veículos comerciais<br />

R:01 da Pirelli é o melhor exemplo do<br />

que acabamos de referir, tendo sido especialmente<br />

desenvolvido para o exigente<br />

segmento do transporte regional. A primeira<br />

piscadela de olho vai para o consumidor,<br />

ao proporcionar mais 30% de quilometragem<br />

do que o anterior produto do<br />

mesmo fabricante. A nova estrutura cintada<br />

e a tecnologia Satt da Pirelli conjugamse<br />

também para tornar a reconstrução do<br />

pneu mais eficiente nas fases seguintes da<br />

sua vida útil. Apesar da baixa resistência ao<br />

rolamento, com baixo consumo de combustível<br />

e de emissões de CO2, o novo pneu<br />

R:01 apresenta excelente comportamento<br />

de travagem em molhado e de aderência<br />

nas curvas. Em termos das normativas sobre<br />

nível de ruído (2012) e sobre teor de<br />

óleos aromáticos (2010), o novo pneu R:01<br />

antecipa e cumpre já as futuras exigências<br />

legais.<br />

RAVAGLIOLI<br />

As novidades deste fabricante de equipamentos<br />

estão desta vez voltadas para o<br />

sector <strong>dos</strong> veículos comerciais de transporte,<br />

provavelmente porque se trata de<br />

um mercado com bastante potencial de<br />

crescimento e relativamente menor concorrência.<br />

Além do sistema de alinhamento<br />

para autocarros de passageiros RAVTD<br />

8080 TBTH, um verdadeiro topo de gama<br />

para o segmento, equipado com 8 sensores<br />

de infravermelhos, a marca Ravaglioli<br />

apresentou o elevador de tesoura RAV<br />

660.1 I, com capacidade até 3.500 kg e base<br />

de apoio com 5,1 m de comprimento. Ocupando<br />

muito pouco espaço, armado ou desarmado,<br />

este elevador tem articulações<br />

lubrificadas e sem manutenção. Accionamento<br />

pneumático, com sistema de segurança<br />

e dispositivo de auto regulação automático.<br />

Outra novidade é a desmontadora<br />

G1180.30.Slim, um conceito funcional sem<br />

necessidade de alavanca, com capacidade<br />

para jantes até 15" de largura e de 10-30"<br />

de diâmetro. Tem coman<strong>dos</strong> servo assisti<strong>dos</strong><br />

e motor com inversor para regular a<br />

velocidade de rotação da roda.<br />

30<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


SCHRADER<br />

Dentre a enorme oferta actual de mini<br />

aparelhos de diagnóstico, a Schrader propõe<br />

o Eurodiag, recomendado para oficinas<br />

e casas especializadas de pneus, uma vez<br />

que inclui da<strong>dos</strong> de verificação para sistemas<br />

electrónicos de controlo da pressão<br />

<strong>dos</strong> pneus de qualquer marca. Facilidade<br />

de utilização, banco de da<strong>dos</strong> de viaturas<br />

com modelos de 63 construtores, método<br />

de funcionamento passo a passo, actualização<br />

de software (Internet ou cartão SD), impressora<br />

e linha de assistência técnica são<br />

algumas das vantagens desta nova proposta<br />

de diagnóstico para o pós-venda automóvel.<br />

O Eurodiag é fornecido num prático estojo<br />

com to<strong>dos</strong> os acessórios necessários e<br />

um manual de instruções de utilização.<br />

SICAM<br />

Esta empresa beneficia <strong>dos</strong> sistemas de<br />

qualidade e das sinergias existentes no<br />

Grupo Bosch, ao qual pertence. A novidade<br />

da Sicam é uma máquina de equilibrar rodas<br />

com tecnologia vídeo SBM V655, capaz<br />

de operar com rodas de to<strong>dos</strong> os tipos (motos,<br />

tractores, etc.), até ao diâmetro máximo<br />

de 1.150 mm. O sistema electrónico foi<br />

optimizado para simplificar todas as operações,<br />

incluindo a aplicação de pesos cola<strong>dos</strong><br />

em jantes de liga leve, assim como para<br />

evitar eventuais erros do operador. A protecção<br />

da roda foi também desenhada para<br />

minimizar o espaço ocupado pela máquina<br />

na oficina. Outra novidade da marca é a<br />

desmontadora de pneus Falco AL 530 ITR,<br />

que pode operar com rodas de 10-33" de<br />

diâmetro, blocando rodas até 30" sem necessidade<br />

de acessórios especiais. Esta<br />

máquina pode ser equipada com o dispositivo<br />

Tecnoroller XL que aumenta a velocidade<br />

de serviço e facilita a desmontagem de<br />

to<strong>dos</strong> os tipos de pneus, incluindo os pneus<br />

run-flat e outros de flancos rígi<strong>dos</strong>. Outro<br />

acessório muito útil é o dispositivo Helper,<br />

que facilita grandemente a montagem de<br />

to<strong>dos</strong> os pneus, incluindo os mais difíceis. O<br />

Sidelift é um acessório que pode ser aplicado<br />

a todas as desmontadoras da marca Sicam,<br />

tornando simples e rápida a operação<br />

de colocar a roda no prato de fixação.<br />

Como surgiu a marca Momo e qual tem sido a sua<br />

evolução no mercado?<br />

A marca Momo nasceu em Modena nos i<strong>dos</strong> anos<br />

de 1964. O primeiro produto foi uma jante especial e<br />

a Momo desenvolveu-se basicamente através da cooperação<br />

com equipas que mantinham actividade no<br />

desporto automóvel, como a Ferrari, por exemplo. Actualmente,<br />

a sede da empresa é em Milão e continuamos<br />

fornecer clientes de várias modalidades do desporto<br />

automóvel, excepto para a F1. Temos neste<br />

momento duas unidades de produção, uma das quais<br />

voltada apenas para a competição e outra, a mais importante,<br />

para o mercado do tuning. Os volantes e<br />

jantes especiais continuam a ser o nosso principal<br />

produto, que também tem bastante sucesso em Portugal. To<strong>dos</strong> os nossos produtos<br />

têm um design exclusivo, estão certifica<strong>dos</strong> e são totalmente garanti<strong>dos</strong>.<br />

Considera que a actual crise veio para ficar?<br />

Temos que aceitar a crise da melhor forma que pudermos. Os volumes baixaram<br />

para toda a gente, mais ou menos, mas quem tiver produtos de qualidade e a correcta<br />

comunicação consegue manter-se no mercado de uma forma aceitável.<br />

Está satisfeito com o desempenho da marca Momo em Portugal?<br />

Vamos tentar revitalizar a imagem da marca e as vendas em Portugal, porque é um<br />

país onde tradicionalmente a nossa marca tem uma excelente aceitação, atendendo à<br />

sua dimensão. Falta ainda encontrar as pessoas certas para fazer uma inversão de<br />

tendência.<br />

Schrader<br />

Snap-On<br />

“VAMOS REVITALIZAR A IMAGEM<br />

DA MARCA EM PORTUGAL”<br />

Matteo Gianotti, Director de Marketing da Momo<br />

Sicam<br />

SNAP-ON<br />

Esta marca de equipamentos para oficinas<br />

e casas de pneus tem apostado nas<br />

economias de escala, produção em massa<br />

e na relação qualidade/preço. Os resulta<strong>dos</strong><br />

estão à vista, tendo a empresa realizado<br />

uma facturação global de 2,8 biliões de<br />

dólares (2007). Focada no aperfeiçoamento<br />

constante de produtos e processos, a Snap-<br />

On deve boa parte do seu sucesso à sua Di-<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

31


AUTOPROMOTEC <strong>2009</strong><br />

SALÃO<br />

“A CORGHI SEGUIU O SEU PRÓPRIO<br />

CAMINHO”<br />

Roberto Rossi, Director de Vendas da Corghi<br />

Até que ponto a presente crise está a afectar a marca<br />

Corghi?<br />

Estamos a passar por um período difícil, mas estou<br />

convencido que as coisas vão melhorar dentro de pouco<br />

tempo. Julgo que o mercado já bateu no fundo e<br />

que agora vai começar novamente a subir gradualmente.<br />

A Corghi é uma empresa de grande dimensão<br />

e tem uma situação sólida, pois to<strong>dos</strong> os seus accionistas<br />

e investidores têm bases económicas sólidas.<br />

Isto permitiu que a empresa seguisse o seu próprio<br />

caminho e tentasse tirar partido da própria crise para<br />

crescer. Isso significa desenvolver produtos novos,<br />

estudar novos projectos, para arrancar em 2010 da<br />

linha da frente, enquanto a concorrência se está a<br />

tentar orientar e a resolver os seus problemas económicos.<br />

Que novidades apresentou a Corghi na Autopromotec/09?<br />

As novidades técnicas já foram apresentadas na Automechanika, mas continuam a<br />

ser novidades mundiais. Desta forma, temos dois grupos de novidades. As máquinas<br />

que foram apresentadas, mas ainda não foram comercializadas, como é o caso da<br />

desmontadora Monster (para rodas até 58" de diâmetro). De referir que uma das 10<br />

primeiras máquinas vendidas no Mundo inteiro foi para Portugal. Trata-se de uma máquina<br />

totalmente automatizada e inovadora, que vai revolucionar o trabalho de rodas<br />

grandes e muito grandes, tornando-o mais rápido e mais seguro. Esta é a estrela da<br />

marca neste momento. Depois, temos as máquinas de equilibrar rodas, que vão começar<br />

a ser fabricadas dentro em pouco tempo. São máquinas do segmento médio/baixo,<br />

com preços muito atractivos. Estarão em Portugal no final do ano e são um<br />

produto muito interessante para o vosso mercado, pois conjuga um preço muito conveniente<br />

com uma tecnologia já mais avançada. Dentro das máquinas de equilibrar rodas<br />

já conhecidas, temos a Corghi Blue Light, um equipamento de topo de gama, das<br />

quais já temos sete vendidas para Portugal. É uma boa aposta para um país com uma<br />

população reduzida, pois a Espanha, o país da Europa onde se venderam mais dessas<br />

máquinas, apenas comprou dez.<br />

Considera que a Corghi pode aumentar as suas vendas durante o presente ano?<br />

O mês de Abril foi o melhor da história da Corghi, o que deixa prever um fecho deste<br />

ano muito positivo para a nossa empresa, isto é, com mais cerca de 20% de volume<br />

de vendas do que no ano passado. Se não tivéssemos tantas máquinas Corghi com 20<br />

anos (e mais) a funcionar perfeitamente em casa <strong>dos</strong> clientes , ainda poderíamos crescer<br />

um pouco mais… Mas esta é mesmo a melhor publicidade do Mundo para a nossa<br />

marca!<br />

Quais são as perspectivas de actividade da Corghi para <strong>2009</strong>?<br />

Inaugurámos uma nova fábrica totalmente robotizada, com cinco máquinas de soldar<br />

automáticas, que podem operar com peças pequenas e até comprimentos de 6 metros.<br />

Também tem uma linha de pintura totalmente automatizada. Tudo isto torna a<br />

produção mais rápida e com padrões de qualidade mais eleva<strong>dos</strong>. Com esta nova unidade<br />

de produção, a Corghi pode fazer ainda melhores negócios, porque entrega as<br />

máquinas antes <strong>dos</strong> seus concorrentes começarem a fazer as contas… A área coberta<br />

é de 20.000 m2, com possibilidade de extensão de mais 5-10 mil m2, numa área<br />

total de 100.000 m2, junto da nossa fábrica anterior. Esta fábrica vai criar mais 50<br />

postos de trabalho.<br />

visão Europeia, situada em Corregio (Itália).<br />

É nessa unidade que são desenvolvidas e<br />

fabricadas essencialmente as máquinas de<br />

equilibrar e desmontar pneus da marca. As<br />

máquinas de equilibrar rodas electrónicas<br />

representam cerca de 80% das operações<br />

da Snap-On.<br />

SPACE<br />

Esta marca propõe uma estação electrónica<br />

de alinhamento de direcções Master<br />

Aligner 4D, com tecnologia de medição laser.<br />

Apesar de obedecer a um conceito nesta<br />

altura "clássico", com cabeças de medição<br />

e pratos coloca<strong>dos</strong> em cada roda do<br />

veículo, a marca Space garante que são<br />

apenas necessários 7 segun<strong>dos</strong> para pôr o<br />

sistema a funcionar, o que não pode ser<br />

considerado excessivo. A base com elevador<br />

incluída na estação de alinhamento exige<br />

algum investimento e um espaço cativo<br />

da oficina exclusivo para alinhamentos. O<br />

Master Aligner 4D proporciona um alinhamento<br />

de qualidade e completo, indispensável<br />

nos dias de hoje. A produtividade e<br />

rentabilidade do sistema também não oferece<br />

dúvidas.<br />

TECO<br />

A marca Teco está no mercado há relativamente<br />

pouco tempo (desde 1990), mas<br />

conseguiu impor-se no competitivo mundo<br />

<strong>dos</strong> equipamentos para oficinas automóvel,<br />

graças a um conjunto de opções correctas:<br />

Produtos de alta qualidade, especificamente<br />

desenvolvi<strong>dos</strong> para utilização profissional<br />

e super intensiva; Investigação tecnológica<br />

constante, dirigida para o desenvolvimento<br />

de soluções avançadas na<br />

manutenção de pneus da última geração;<br />

Serviço ao cliente eficiente, com um tempo<br />

médio de entrega de apenas 15 dias após a<br />

encomenda; e Caracterização do produto,<br />

coerente com o típico gosto estético do design<br />

italiano. Da oferta corrente deste fabri-<br />

Space<br />

Teco<br />

32<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


“QUEREMOS CRIAR<br />

UMA VERDADEIRA FAMÍLIA<br />

INFINITY”<br />

Surender Kandhari, Chairman da Al Dobowi<br />

Tyre Saver<br />

cante consta uma gama de desmontadoras<br />

(TECO36/40/42/100 TOP), máquinas de<br />

equilibrar rodas (a mais recente é a TECO88<br />

TC) e sistemas de alinhamento de direcções<br />

(TECO812).<br />

TYRE SAVER 3.0<br />

Este conceito inovador da marca Parker<br />

visa dar um novo fôlego à utilização de Azoto<br />

(Nitrogénio) no enchimento de pneus,<br />

uma solução técnica cujas vantagens demonstradas<br />

são a maior duração do pneu,<br />

assim como menor consumo de combustível,<br />

devido a uma pressão de enchimento<br />

mais constante. O grande obstáculo à difusão<br />

do sistema de enchimento de pneus<br />

com Nitrogénio vinha sendo a necessidade<br />

de possui um gerador de Nitrogénio e uma<br />

linha específica de fornecimento do mesmo.<br />

Com o Tyre Saver 3.0, tudo isso é ultrapassado,<br />

porque o aparelho, em forma de<br />

pistola, é ligado directamente à rede de ar<br />

comprimido (desidratado) e gera imediatamente<br />

a quantidade de Nitrogénio necessária<br />

para encher ou rectificar a pressão do<br />

pneu. Isso é possível graças a uma membrana<br />

específica, que separa o Nitrogénio<br />

dentro da "pistola" de enchimento. Grande<br />

facilidade de utilização e economia (baixo<br />

investimento) são os principais argumentos<br />

desta inovação, que "ameaça" tornar-se<br />

num verdadeiro sucesso.<br />

VREDESTEIN<br />

Para comemorar o 100º aniversário da<br />

marca, a Vredstein lançou o pneu Ultrac<br />

Cento, de altas prestações, com código de<br />

velocidade "Y" e com desenho da mão de<br />

Giugiaro. Máxima segurança, desenho exclusivo<br />

e preocupações ambientais foram<br />

as principais prioridades no desenvolvimento<br />

do Ultrac Cento, um pneu de Verão,<br />

Como surgiu a marca Infinity no mercado e qual tem<br />

sido a sua evolução?<br />

O Grupo Al Dobowi foi fundado por mim no Dubai em<br />

1976. Antes, o meu pai tinha fundado a empresa em<br />

1942, na Índia. De seguida, vim para o Dubai para<br />

continuar o negócio da família, que era de pneus, baterias<br />

e recauchuta<strong>dos</strong>, entre outros produtos. A partir<br />

de um certo ponto, sentimos a necessidade de termos<br />

a nossa própria marca, porque todas as grandes<br />

marcas pretendiam ter os seus próprios distribuidores<br />

no Dubai. Portanto, decidimos tornarmo-nos num<br />

player à escala global, com a nossa própria marca.<br />

O nome Infinity veio do nome do nosso próprio escritório, que trabalhava com uma<br />

"infinidade" de pneus de to<strong>dos</strong> os tipos. O nome Infinity Tires agradou-nos e tornou-se<br />

na marca que gostaríamos de ter, pois trata-se de um nome bem conhecido no mundo<br />

<strong>dos</strong> pneus e no mercado internacional. Fomos buscar a tecnologia mais avançada aos<br />

EUA e construímos os nossos próprios moldes. Desde então temos realizado uma<br />

grande campanha de promoção, tanto do ponto de vista técnico, como no que respeita<br />

a marketing. Hoje, podemos dizer com orgulho que os pneus Infinity são vendi<strong>dos</strong> na<br />

Europa, na China, nos EUA e Canadá, África e Médio Oriente. Só a América do Norte<br />

representa 38% do mercado mundial de pneus.<br />

Qual é a estratégia de diferenciação da marca Infinity no mercado de pneus?<br />

A oferta da Infinity compreende pneus de to<strong>dos</strong> os tipos: para veículos ligeiros, veículos<br />

de alta performance, 4x4, veículos comerciais, tractores agrícolas, máquinas industriais,<br />

máquinas de mineração, etc.. Somos especialistas em pneus para máquinas<br />

que trabalham debaixo do solo, para as quais fornecemos primeiro equipamento (OE).<br />

Fazemos pneus de boa qualidade e temos tido o cuidado de utilizar uma correcta comunicação<br />

e iniciativas de marketing. Utilizamos a investigação tecnológica para aperfeiçoar<br />

os nossos produtos e processos, porque na realidade queremos fazer tudo<br />

com o máximo profissionalismo. Não queremos apenas o negócio de ocasião, mas um<br />

projecto a longo prazo e que se consiga afirmar com sucesso no futuro. Para sermos<br />

coerentes com o nome Infinity Tires.<br />

Que efeitos tem a actual crise do mercado na actividade da Infinity?<br />

A economia está a passar por uma fase menos boa, mas o nosso negócio assenta<br />

em princípios sóli<strong>dos</strong> e num trabalho consolidado. O facto é que na Europa crescemos<br />

40% este ano (1º quadrimestre). No ano passado, tínhamos crescido 34%. É normal<br />

que em tempo de dificuldades os consumidores apostem em produtos com uma relação<br />

qualidade/preço óptima. To<strong>dos</strong> os nossos distribuidores têm ordens para substituir<br />

qualquer pneu com defeitos. Depois, vê-se de quem é a responsabilidade. Esta é a<br />

nossa maneira de estar no mercado e eu não vejo outra.<br />

Como avalia o desempenho da marca Infinity no mercado português?<br />

O nosso distribuidor em Portugal está a fazer um bom trabalho, pois tivemos um bom<br />

arranque. Estão no mercado há muito tempo e são profissionais do ramo. Se me perguntar<br />

se estou satisfeito eu digo que não, porque sou um homem com ambições e<br />

nunca estou satisfeito com aquilo que consigo realizar. Quero sempre mais e mais…<br />

Não quero apenas volumes de vendas, mas fazer dinheiro e criar uma imagem para o<br />

futuro.<br />

Considera que a notoriedade da marca Infinity é suficiente junto do consumidor?<br />

Ainda podemos fazer mais pela difusão da imagem da marca junto do consumidor final.<br />

Neste momento, estamos concentra<strong>dos</strong> nos nossos distribuidores. Se estiverem<br />

satisfeitos com o nosso produto e com o nosso trabalho, são eles que fazem a promoção<br />

da marca junto <strong>dos</strong> consumidores. Esta é a primeira fase de afirmação da marca,<br />

que ainda tem apenas 5 anos. Queremos criar um clube Infinity com os nossos distribuidores,<br />

uma verdadeira família Infinity. Mesmo que seja preciso fazer uma grande<br />

festa to<strong>dos</strong> os anos…<br />

É previsível que as vendas da Infinity cresçam durante <strong>2009</strong>?<br />

Não tenho qualquer dúvida. Sou bastante positivo e estou sempre à procura de boas<br />

soluções para tudo.<br />

Vredestein<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

33


SALÃO<br />

AUTOPROMOTEC <strong>2009</strong><br />

elegante, silencioso e capaz de excelente<br />

aderência, tanto em piso seco, como molhado.<br />

Além desta iniciativa, a marca irá<br />

personalizar os seus pontos de venda com a<br />

"certificação" Centro de Segurança Vredstein.<br />

O conceito já foi implantado em Itália,<br />

estando prevista a sua expansão a outros<br />

países europeus.<br />

“TECNOLOGIA, DESIGN E FABRICO<br />

TOTALMENTE ITALIANOS”<br />

Maria Pia Pezzoni, Vice Presidente da Stilauto<br />

Qual tem sido a evolução da Stilauto no mercado?<br />

A empresa surgiu em 1966, pela mão do meu marido<br />

Vitorio Pezzoni. É a mais antiga marca da Europa<br />

em jantes especiais.<br />

Em que países estão disponíveis as jantes Stilauto?<br />

Estamos a comercializar os nossos produtos em<br />

toda a Europa Ocidental e Central. Neste momento,<br />

estamos também a começar a entrar na Europa de<br />

Leste (Ucrânia e Rússia), embora não seja muito fácil<br />

avançar nessa direcção. É mais fácil comprar coisas<br />

lá do que vender… Também exportamos para a América<br />

Latina (Brasil, Venezuela, México, etc.) e para a<br />

América do Norte (EUA/Canadá).<br />

YOKOHAMA<br />

Talvez devido ao seu envolvimento na<br />

competição automóvel, a marca de pneus<br />

Yokohama está neste momento aparentemente<br />

"entre dois amores".<br />

De facto, as duas últimas novidades da<br />

marca, o pneu Advan Neova AD08 e o pneu<br />

dB Super E-Spec parecem apontar em<br />

duas direcções quase totalmente opostas.<br />

Enquanto que o primeiro é um pneu muito<br />

perto do conceito competição cliente, com<br />

grande aderência e precisão de condução,<br />

o segundo está totalmente envolvido pela<br />

óptica de protecção do ambiente, tratan<strong>dos</strong>e<br />

de um pneu silencioso, energeticamente<br />

eficiente, sem produtos poluentes, etc.<br />

Nesta mesma última linha de pensamento,<br />

estão igualmente os novos pneus<br />

Yokohma 104ZR e 901ZS, destina<strong>dos</strong> ao<br />

segmento de veículos de transporte de<br />

passageiros.<br />

Qual é o posicionamento da marca Stilauto no mercado?<br />

As nossas jantes estão no segmento médio/alto, em termos de qualidade. A tecnologia<br />

e o design são totalmente italianos e a nossa fábrica fica perto de Milão. Todas as<br />

jantes são fabricadas em liga de alumínio.<br />

A Stilauto vende mais para o mercado de pós venda ou para o equipamento original?<br />

Vendemos principalmente para o mercado de pós-venda. O mercado OE tem pequena<br />

rentabilidade para este tipo de produtos fabrica<strong>dos</strong> em pequenas séries ou exemplares<br />

únicos. Fornecemos algumas jantes para a Toyota do Reino Unido, mas apenas para<br />

algumas séries de veículos especiais e/ou promocionais. Fizemos também negócios<br />

idênticos com a VW francesa e VW da Noruega. Também estamos a fornecer alguns<br />

carros da Aston Martin.<br />

Estão satisfeitos com o desempenho da marca Stilauto em Portugal?<br />

O mercado português está um pouco em baixo neste género de produto. Tivemos<br />

uma descida de vendas da ordem <strong>dos</strong> 50%. Também estamos a encontrar o mesmo<br />

tipo de dificuldades em mais países. Para não perdermos mais vendas, tivemos que<br />

optar em muitos casos por reduções de preço.<br />

Yokohaama<br />

34<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


NOVO AC75<br />

Porque fazemos do seu trabalho o nosso!<br />

• O novo AC75 estabelece um novo patamar nos pneus de série larga. Este é um pneu para todo o tipo de trabalhos com uma relação de aspecto de 75%.<br />

• Graças à sua grande capacidade de carga, oferece uma movimentação suave no terreno e um poderoso desempenho na estrada até 50Km/h.<br />

• A grande área de contacto com o solo traduz-se numa opção económica graças às reduzidas pressões e pouca profundidade do rasto.<br />

• O design do rasto e ombros arredonda<strong>dos</strong> asseguram um trato cuida<strong>dos</strong>o do solo.<br />

CGS Neumáticos Ibérica S.L.U<br />

Avda. de Somosierra, 12 Edif. B - 2.º A<br />

28703 San Sebastian de los Reyes - Madrid<br />

Telemovél: (00351) 916770421<br />

Fax: (0034) 914904481<br />

Filipe Brito | email: filipe.brito@cgs-tyres.com<br />

Trademark licensed by Continental


FABRICANTE<br />

GRUPO CONTINENTAL<br />

O UNIVERSO<br />

DA CONTINENTAL<br />

A prestigiada marca Continental é um <strong>dos</strong> cinco<br />

principais fornecedores de dimensão global do sector<br />

automóvel, segundo da Europa, apresentando tecnologias<br />

e soluções inovadoras no equipamento original, assim<br />

como componentes e peças de elevada qualidade no<br />

mercado de substituição.<br />

36<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


Com vendas superiores<br />

a €24 biliões em<br />

2008, o Grupo<br />

Continental é um <strong>dos</strong><br />

principais fornecedores<br />

mundiais da indústria<br />

automóvel.<br />

AContinental foi uma das primeiras<br />

empresas ocidentais a compreender<br />

que a deslocalização<br />

da produção era uma questão de sobrevivência<br />

inadiável, tendo estabelecido estruturas<br />

avançadas na Europa de Leste e<br />

na China, entre outros países emergentes.<br />

Em 2013, o fabricante alemão de<br />

pneus, componentes e tecnologias para<br />

automóveis concentrará 25% da sua facturação<br />

na região asiática. A estratégia<br />

passa pela exploração do enorme potencial<br />

do mercado chinês, onde a<br />

Continental inaugurou recentemente<br />

mais um centro<br />

técnico, com 10.000<br />

m2. A partir de 2011,<br />

cerca de 200 engenheiros<br />

estarão a trabalhar<br />

nestas novas instalações.<br />

Sistemas de travagem,<br />

electrónica e<br />

componentes de controlo<br />

do motor serão as<br />

áreas mais activas nesse<br />

centro técnico de<br />

Shanghai, tendo em vista<br />

reduzir a sinistralidade rodoviária<br />

e as emissões de<br />

escape.<br />

Os seus produtos principais estão dirigi<strong>dos</strong><br />

em grande parte para a performance<br />

e para a segurança de veículos, cobrindo<br />

praticamente todas as funções do<br />

automóvel, incluindo os pneus. Para atingir<br />

o seu actual patamar como empresa,<br />

a Continental teve que percorrer todas as<br />

etapas históricas do desenvolvimento<br />

automóvel, depois de ter sido fundada em<br />

1871 (Hanover-Alemanha), há quase 140<br />

anos.<br />

Oferta completa da Continental<br />

A empresa está estruturada em seis divisões<br />

com relativa autonomia, para assegurar<br />

maior rentabilidade e competitividade<br />

<strong>dos</strong> seus produtos:<br />

1. Chassis e Segurança<br />

2. Grupo Propulsor (Powertrain)<br />

3. Interiores<br />

4. <strong>Pneus</strong> para carros ligeiros e comerciais<br />

ligeiros<br />

5. <strong>Pneus</strong> para veículos industriais<br />

6. Contitech - Sistemas de transmissão<br />

do grupo propulsor.<br />

Em 31 de Dezembro de 2008, a Continental<br />

dispunha de uma equipa profissional<br />

de 140.000 elementos, que operavam<br />

cerca de 190 instalações independentes,<br />

distribuídas por 35 países. As características<br />

inovadoras <strong>dos</strong> produtos Continental,<br />

o seu nível de qualidade, a sua total<br />

funcionalidade e fiabilidade, assim como<br />

a sua excelente relação custo/eficiência<br />

permitem que a marca Alemã ocupe sistematicamente<br />

os primeiros lugares do<br />

mercado, em cada segmento em que se<br />

encontra a competir. Deste modo, a performance<br />

<strong>dos</strong> produtos da marca Continental<br />

pode ser estabelecida assim:<br />

- Primeiro fornecedor global de sistemas<br />

hidráulicos de travão, sistemas de assistência<br />

à condução, tecnologia de sensores,<br />

unidades de controlo de<br />

airbags, sistemas de suspensão<br />

pneumática, sistemas<br />

de telemática,<br />

instrumentação automóvel<br />

e sistemas de<br />

alimentação completos;<br />

- Segundo fornecedor<br />

global de sistemas<br />

electrónicos e de assistência<br />

de travagem;<br />

- Quarto fornecedor<br />

global de pneus de todas<br />

as categorias e primeiro<br />

fornecedor na Europa,<br />

em to<strong>dos</strong> os principais<br />

segmentos de pneus.<br />

- Por seu turno, a divisão ContiTech lidera<br />

o mercado global de guarnições para veículos,<br />

correias transportadoras e molas<br />

pneumáticas para equipamento ferroviário,<br />

entre outros produtos.<br />

A excelente performance <strong>dos</strong> produtos<br />

Continental não se deve apenas às suas<br />

características intrínsecas, mas também<br />

ao elevado nível de serviço que a marca<br />

presta aos seus clientes, os quais considera<br />

como seus parceiros de negócio. A<br />

visão holística da empresa e a resposta<br />

integrada aos desafios coloca<strong>dos</strong> pelos<br />

clientes garante a estes o máximo sucesso<br />

na sua actividade, qualquer que ela<br />

seja. Além disso, o know-how da Continental<br />

não está fechado num cofre, mas<br />

ao serviço permanente do desenvolvimento<br />

<strong>dos</strong> seus clientes.<br />

Resulta<strong>dos</strong> óbvios<br />

Quando a oferta preenche ou até supera<br />

as necessidades e expectativas da procura,<br />

os resulta<strong>dos</strong> positivos são inevitáveis.<br />

Não será pois de estranhar que as<br />

vendas da empresa tenham atingido em<br />

2008 € 24.238,7 milhões, superior aos €<br />

16.619.4, de 2007 (+ 31,4%). Quanto aos<br />

lucros (EBIT), ascenderam em 2008 a €<br />

1.837,3 milhões, praticamente em linha<br />

com 2007 (€ 1.841.5 milhões).<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

37


FABRICANTE<br />

GRUPO CONTINENTAL<br />

No que se refere a divisões, não<br />

surpreende que os pneus representem<br />

mais de 1/4 da facturação total<br />

(€ 6.504.5 milhões/26,83%). Outra divisão<br />

bem sucedida é a de Interiores,<br />

onde se incluem sistemas de segurança<br />

do habitáculo, sensores de<br />

pressão <strong>dos</strong> pneus, tacógrafos, dispositivos<br />

multimédia e de comunicações,<br />

instrumentos e módulos interiores. No<br />

total, esta divisão realizou € 5.856.7 milhões<br />

(24,16%), ultrapassando os 50%<br />

de vendas da Continental, juntamente<br />

com os pneus.<br />

A divisão de Chassis e Segurança, que<br />

inclui electrónica de travagem, componentes<br />

de travão, sensores, sistemas de<br />

segurança activa e passiva, direcção assistida,<br />

e componentes de suspensão, entre<br />

outros, contribuiu com 21,18% das<br />

vendas, com um total de € 5.134 milhões.<br />

Por seu turno, a divisão do Grupo Propulsor,<br />

que inclui sistemas de alimentação e<br />

de gestão do motor e da transmissão, sensores/actuadores,<br />

linhas de combustível e<br />

sistemas de propulsão híbrida, não foi<br />

além <strong>dos</strong> € 4.040 (16,67%), evidenciando a<br />

forte concorrência existente neste segmento<br />

de mercado. Outra divisão que opera<br />

num segmento de forte concorrência, a<br />

ContiTech, não ultrapassou os € 3.007 milhões<br />

de vendas (12,4% do total).<br />

Visão estratégica<br />

Nenhuma empresa pode ter um sucesso<br />

duradouro e sustentado, sem uma visão<br />

estratégica penetrante e exacta, que<br />

estabeleça o correcto equilíbrio entre produtos,<br />

consumidores e merca<strong>dos</strong>. Também<br />

não há estratégias sem apostas, porque<br />

não existem estratégias virtuais. No<br />

caso da Continental, a grande aposta foi<br />

desde sempre a mobilidade individual, na<br />

permanente convicção de que é possível<br />

torná-la mais segura, mais conveniente e<br />

mais sustentável. Definida a estratégia,<br />

faltava estabelecer os meios tácticos.<br />

Dentre estes, talvez os mais importantes<br />

sejam os seguintes:<br />

• Apresentar produtos inovadores e que<br />

estabelecem tendências, sistemas de elevada<br />

performance, qualidade sem o mínimo<br />

compromisso e serviços de evidente<br />

valor acrescentado<br />

• Combinar tecnologia, economia, ambiente<br />

e aspectos pessoais de performance<br />

para alcançar soluções e produtos de<br />

excelência<br />

• Gerar valor com produtos e serviços<br />

para os clientes, parceiros de negócios,<br />

accionistas, colaboradores e para toda a<br />

sociedade.<br />

• Crescimento rentável e permanente<br />

controlo de custos, em todas as áreas de<br />

negócio<br />

• Procedimentos e condutas basea<strong>dos</strong><br />

pelo respeito e integridade, mantendo<br />

uma postura honesta e justa em relação a<br />

to<strong>dos</strong>, assim como cumprindo todas as<br />

promessas e contractos.<br />

Responsabilidade social<br />

A Continental assume sem ambiguidades<br />

a sua orientação para o consumidor<br />

e para o mercado. Em termos<br />

práticos, são estes que em última<br />

análise condicionam a gestão global<br />

da empresa. Produtos avança<strong>dos</strong> e<br />

inovadores, qualidade permanente e<br />

marketing efectivo garantem o sucesso<br />

desta opção. A protecção <strong>dos</strong><br />

investidores da empresa,<br />

sócios e accionista,<br />

passa pela<br />

cuida<strong>dos</strong>a gestão <strong>dos</strong><br />

investimentos, os<br />

quais são realiza<strong>dos</strong><br />

sempre para alcançar<br />

a liderança do mercado,<br />

crescimento sustentável<br />

e retorno equilibrado.<br />

A gestão <strong>dos</strong> recursos<br />

humanos na Continental baseia-se no<br />

princípio de que os seus colaboradores<br />

devem à empresa dedicação e máximo<br />

rendimento. Recompensar a excelência e<br />

criar as melhores condições de trabalho<br />

são meios de estimular a criatividade e o<br />

máximo desempenho. Para alcançar os<br />

seus objectivos, a empresa promove a formação,<br />

flexibilidade laboral, lealdade e a<br />

importância <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong>. To<strong>dos</strong> na<br />

Continental beneficiam de oportunidades<br />

iguais e de postos de trabalho seguros e<br />

Um em quatro pneus na Europa<br />

são fabrica<strong>dos</strong> pelo Grupo<br />

Continental. Quando são<br />

produzi<strong>dos</strong>, mais de 30% de<br />

to<strong>dos</strong> os veículos ligeiros novos<br />

na Europa vêm das fábricas<br />

equipa<strong>dos</strong> com pneus<br />

Continental<br />

Como fornecedor de sistemas<br />

de travagem, sistemas e<br />

componentes do bloco<br />

propulsor e do chassis,<br />

instrumentação, electrónica<br />

de veículos e pneus, o Grupo<br />

Continental contribui para o<br />

aumento da segurança na<br />

condução e na protecção<br />

global do ambiente.<br />

38<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


Actualmente, o Grupo<br />

Continental tem uma<br />

força de trabalho de<br />

aproximadamente<br />

133.000 pessoas, em<br />

cerca de 190<br />

localidades<br />

distribuídas por 35<br />

países.<br />

higiénicos, qualquer que seja a sua<br />

idade, género, raça, religião, nacionalidade<br />

ou orientação sexual. A defesa da<br />

diversidade, entre os colaboradores e<br />

base de fornecedores, é outra forma de<br />

promover a integração e inclusão como<br />

regra.<br />

Por outro lado, a Continental respeita<br />

as leis e a cultura de to<strong>dos</strong> os países em<br />

que opera. Diálogo aberto e saudável<br />

com to<strong>dos</strong> os grupos da sociedade<br />

constitui outro traço do<br />

código de conduta da empresa,<br />

onde quer que esteja. Como vizinha,<br />

a Continental tenta respeitar<br />

to<strong>dos</strong> os direitos de empresas<br />

e particulares que se encontram<br />

na sua proximidade.<br />

Além do mais, a Continental<br />

oferece onde quer que opere<br />

empregos estáveis e bem rem<br />

u n e r a d o s ,<br />

através do seu desempenho de<br />

elevada performance e rentabilidade.<br />

Cultura empresarial<br />

Em qualquer parte do mundo,<br />

onde quer que a Continental esteja<br />

a operar, o espírito que inspira colaboradores<br />

individuais e equipas ou<br />

mesmo divisões é sempre o mesmo:<br />

alcançar o máximo desempenho.<br />

Para chegar ao topo, a empresa cultiva<br />

objectivos ambiciosos e luta sempre<br />

pelas melhores práticas, não<br />

aceitando nada que não seja o melhor.<br />

O espírito competitivo é equilibrado<br />

com o espírito de cooperação, que é<br />

uma das características da empresa. O<br />

entendimento e as boas relações entre<br />

dirigentes e emprega<strong>dos</strong> é encorajado,<br />

bem como com os representantes <strong>dos</strong><br />

trabalhadores. Este facilita os relacionamento<br />

e mesmo o estabelecimento de<br />

fortes laços pessoais entre os colaboradores.<br />

Para manter a filosofia da cooperação<br />

sempre activa, a Continental combate a<br />

burocracia interna e a formação de hierarquias<br />

vazias de significado. A cultura da<br />

empresa encoraja a delegação de poderes<br />

e recompensa o empreendorismo. Além<br />

disso, a comunicação é aberta e processada<br />

activamente. A Continental entende a<br />

informação como qualquer coisa que pertence<br />

a to<strong>dos</strong> igualmente.<br />

O espírito de responsabilidade é outro<br />

traço da cultura de empresa da Continental:<br />

to<strong>dos</strong> assumem a responsabilidade<br />

<strong>dos</strong> seus actos, decisões e desempenho<br />

em todas as situações. A empresa espera<br />

que os emprega<strong>dos</strong> acatem críticas construtivas<br />

positivamente e que respeitem e<br />

valorizem as sugestões de patrões, trabalhando<br />

de forma organizada as suas ideias.<br />

Por outro lado, cada colaborador está<br />

consciente de que representa a empresa e<br />

joga a sua reputação aos olhos de to<strong>dos</strong>.<br />

Outro traço da cultura da Continental<br />

é o espírito da aprendizagem, considerando-se<br />

uma empresa de aprendizagem.<br />

O conhecimento é disponibilizado<br />

em toda a empresa e a to<strong>dos</strong> os níveis,<br />

permitindo aos gestores e funcionários<br />

adaptar-se rapidamente a mudanças de<br />

ambiente, antecipar tendências e conformar<br />

o mercado. To<strong>dos</strong> os colaboradores<br />

são encoraja<strong>dos</strong> a seguir uma aprendizagem<br />

contínua ao longo de toda a vida.<br />

São também desenvolvi<strong>dos</strong> programas<br />

que facilitam a troca de conhecimentos<br />

internamente e com outros parceiros externos.<br />

■<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

39


ACTUALIDADE<br />

Fábrica de Lousado<br />

CONTINENTAL<br />

EM PORTUGAL<br />

No dia 6 de <strong>Julho</strong> de 1989, a Continental cria uma joint-venture<br />

com a Mabor e é formada uma nova empresa designada por<br />

Continental Mabor. Em 1993 a Continental assumiu o controlo<br />

integral da Continental Mabor, e hoje, Lousado está entre as<br />

melhores fábricas que o Grupo tem no mundo.<br />

A qualidade <strong>dos</strong> pneus Continental é<br />

garantida pela alta tecnologia das cerca<br />

de 200 prensas instaladas na fábrica<br />

de Lousado<br />

Afábrica de Lousado é uma das<br />

responsáveis pelo sucesso da<br />

Continental na Europa, tendo<br />

um papel muito importante para o Grupo.<br />

Em 1998 é aprovado um projecto no valor<br />

total de 60 milhões de euros; dois<br />

anos mais tarde são investi<strong>dos</strong> 100 milhões<br />

e mais recentemente, com o projecto<br />

SUV, foram investi<strong>dos</strong> mais 24 milhões<br />

de euros.<br />

A grande aposta da Administração do<br />

Grupo Continental nesta fábrica, deve-se<br />

ao excelente trabalho de to<strong>dos</strong> os colaboradores<br />

e à forma de gestão exemplar da<br />

sua Direcção. A palavra chave tem sido a<br />

flexibilidade.<br />

Com um volume de facturação (em<br />

2008) de 487, 9 milhões de euros, a fábrica<br />

de Lousado tem actualmente 1.511 trabalhadores.<br />

A produção em 2008 foi de 14,7<br />

milhões de pneus, destina<strong>dos</strong> maioritariamente<br />

para o mercado de substituição<br />

(61%), enquanto a origem representa<br />

39%. Neste caso, as principais marcas de<br />

automóveis clientes da Continental são:<br />

Renault, GM, Volkswagen, Ford, Chrysler,<br />

Peugeot e Nissan.<br />

Para além da marca Continental (68%),<br />

são produzidas outras marcas do grupo,<br />

Antes de deixarem a fábrica de Lousado,<br />

to<strong>dos</strong> os pneus passam por um rigoroso<br />

controlo de qualidade, feito por<br />

um grupo de especialistas<br />

como a Uniroyal, Barum, Semperit e diversas<br />

privadas, incluindo a Mabor.<br />

Quanto ao tipo de pneus produzi<strong>dos</strong>, as<br />

medidas das jantes, variam entre as 14”<br />

(29%) e de 15” a 20” (71%). Relativamente<br />

aos índices de velocidade, são utiliza<strong>dos</strong><br />

os seguintes: T (39%), H (36%), V (14%), W<br />

(5%), Restantes M, R, S, Y e Z (20%). ■<br />

40<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


MERCADO<br />

<strong>Pneus</strong> recauchuta<strong>dos</strong> para pesa<strong>dos</strong><br />

LONGO CURSO NOS PESADOS<br />

Os pneus recauchuta<strong>dos</strong> para pesa<strong>dos</strong> já não podem ser<br />

olha<strong>dos</strong> de lado, dada a qualidade que hoje apresentam.<br />

Portugal tem alguma indústria neste campo, da qual se<br />

apresentam algumas das recauchutagens existentes.<br />

Os pesa<strong>dos</strong> utilizam muitas vezes pneus recauchuta<strong>dos</strong> a frio,<br />

que hoje em dia, conseguem ter já comportamentos e características<br />

semelhantes aos <strong>dos</strong> pneus novos. Prova disso, é que marcas<br />

como a Goodyear, a Dunlop, a Marangoni e a Bridgestone entraram<br />

já neste negócio, quer como marca própria quer como parceiros na<br />

disponibilização de tecnologia, compostos de borracha e desenho<br />

de pisos. Actualmente, as marcas estão a investir em pisos que<br />

permitam redução de combustível e, por consequência, emissões<br />

de escape nocivas, bem como em novas misturas de borracha amigas<br />

do ambiente.<br />

IMPÉRIO PNEUS<br />

Império<br />

Tel: 253303000<br />

A Império <strong>Pneus</strong> é uma das maiores<br />

produtoras de pneus. Desde<br />

1968, que a empresa se especializou<br />

na produção de pneus e na sua distribuição<br />

no mercado interno e externo.<br />

Trata-se de uma empresa<br />

certificada NP EN 9001: 2008 e os<br />

seus produtos são homologa<strong>dos</strong> de acordo com os regulamentos<br />

CEE / ONU 108 / 109.<br />

A Império <strong>Pneus</strong> é a única empresa de reconstrução de pneus no<br />

Sul da Europa que dispõe de laboratório de ensaios. To<strong>dos</strong> os produtos<br />

estão homologa<strong>dos</strong> pelas normas internacionais. Produz<br />

uma variada gama, estando incluída a gama de <strong>Pneus</strong> Pesa<strong>dos</strong>,<br />

com o Império Super Km para utilizações de longo e médio curso e<br />

o Império Premium para longo curso.<br />

O pneu Império Super Km consiste na reconstrução integral,<br />

com uma borracha top, que permite obter uma excelente performance,<br />

na relação custo/qualidade, disponível em diversos pisos<br />

direccionais e também de tracção.<br />

Quanto ao Império Premium representa o topo de gama na reconstrução<br />

frio integral, encontrando-se igualmente disponível<br />

em diversos pisos direccionais e de tracção.<br />

RECAUCHUTAGEM S. JOSÉ<br />

Ring Tread, Marangoni e Kontur<br />

Tel: 231 419 290<br />

Com forte investimento na recauchutagem a frio<br />

desde 1989, a S. José <strong>Pneus</strong> representa as marcas<br />

Ring Tread, Marangoni e Kontur. Quanto à primeira<br />

marca, existem vários pisos disponíveis conforme<br />

as utilizações que se queiram fazer. Já na Marangoni,<br />

destaca-se o piso ENERGECO, que é o utilizado<br />

em pneus de tracção longo curso (TIR) com uma forte<br />

poupança de combustível. Este é um pneu para aplicações em<br />

295/80-22.5, 315/80-22.5 e 315/70R22.5. As vantagens comunicadas<br />

pela marca são um rolamento suave e com direcção estável,<br />

um excelente comportamento em estrada e uma boa adesão<br />

e tracção, mesmo em superfícies que não são as mais lisas.<br />

Quanto aos Kontur, também um produto Marangoni, destacase<br />

o piso de tracção para utilizações mais agressivas DY – HM.<br />

Muito bom nas resistência ao desgaste, com boa tracção em condições<br />

atmosféricas adversas, excelente nos esforços laterais e<br />

na resistência em fora-de-estrada, o DY HM é o recauchutado<br />

para utilizações mais fortes.<br />

SEIÇA - RECONSTRUÇÃO DE PNEUS<br />

Seiça<br />

Tel: 244 545 370<br />

Na oferta da Seiça - Reconstrução de <strong>Pneus</strong> cabem<br />

pneus reconstruí<strong>dos</strong> a frio (pré-vulcanizado)<br />

integral, ou seja, de talão a talão com a marca Seiça.<br />

Este desenvolvimento foi feito com a colaboração da<br />

empresa de borracha E.I.B. (Empresa Industrial de<br />

Borracha), que pertence ao grupo.<br />

Tem também o pneu integral a frio (pré-vulcanizado)<br />

com paredes reforçadas, utilizado em autocarros urbanos<br />

(medida 275/70R22,5, 12R22,5, 11R22,5 e 295/80R22,5) e viaturas<br />

de trabalhos agressivos, exemplo camiões de RSU e de obras (medida<br />

315/80R22,5), protegendo a carcaça contra choques e cortes<br />

em passeios ou outros obstáculos.<br />

Outra das novidades é o novo composto de longa quilometragem<br />

NEWMIX. Este composto está a ser aplicado em utilização longo<br />

curso e urbano. Foi totalmente desenvolvido pelo grupo de modo a<br />

rivalizar com produtos de topo utiliza<strong>dos</strong> internacionalmente. Os<br />

resulta<strong>dos</strong> são já evidentes, conseguindo baixar significativamente<br />

o custo/km das frotas que já o estão a utilizar. O mesmo pode ser<br />

utilizado em molde e em pré-vulcanizado.<br />

Em termos de novos pisos em molde, são de salientar o SNA2<br />

tracção longo curso, nas medidas 315/80R22,5 e 315/70R22,5 e o<br />

SZE2 direccional regional na medida 315/80R22,5.<br />

PNEUS DO ALCAIDE<br />

Goodyear e Dunlop<br />

Tel: 244470537<br />

A <strong>Pneus</strong> do Alcaide, S.A., é o único recauchutador<br />

oficial da marca Goodyear Dunlop em Portugal, estando<br />

no sector da recauchutagem desde 1991. A<br />

gama que utiliza é toda com pisos Goodyear e Dunlop<br />

nas gamas de jante 17,5” e 22,5”. Cerca de 70%<br />

da produção da <strong>Pneus</strong> do Alcaide é em anel, ou seja,<br />

42<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


sem pegamentos. A empresa é homologada no âmbito do Regulamento<br />

109, desde Junho de 2<strong>006</strong>, cumprindo assim os requisitos<br />

técnicos para a recauchutagem de pneus para veículos pesa<strong>dos</strong> de<br />

mercadorias e passageiros. A empresa tem também o acompanhamento<br />

técnico da Goodyear/Dunlop e a sua certificação como<br />

recauchutador autorizado da marca.<br />

A gama está dividida pelas aplicações do produto, para o serviço<br />

de longo de curso, serviço regional e serviço misto/fora de estrada,<br />

onde os pisos são iguais aos originais. Os pisos mais representativos<br />

são: para o serviço de longo de curso LHD (tracção) e LHT (reboque),<br />

serviço regional RHD (tracção) e RHS (direccional) e RHT<br />

(reboque), serviço misto/fora de estrada, MSD e ORD (tracção) e<br />

MST (reboque).<br />

A <strong>Pneus</strong> do Alcaide lançou em Abril do ano passado o sistema integral<br />

a frio NextTread da Goodyear/Dunlop, disponível em 2 medidas,<br />

315/80R22.5 e 385/65R22.5. No decorrer deste ano, vai lançar<br />

ainda os novos pisos Goodyear LHDII (tracção longo curso), RHDII<br />

(tracção serviço regional) e RHSII (direcção regional), para as medidas<br />

mais representativas.<br />

RECAUCHUTAGEM 31<br />

Fedima<br />

Tel: 262590380<br />

A R31/FEDIMA produz pneus para camião em<br />

molde, processo também denominado de reconstrução<br />

a quente, com um processo de reconstrução<br />

integral do pneu de talão a talão, e com reconstrução<br />

não integral onde o pneu é<br />

intervencionado entre “ombros”. Também produz<br />

em Pré-Moldado, processo também designado<br />

por reconstrução a frio, que é um processo de reconstrução<br />

não integral.<br />

Em termos de produtos, salienta-se a Certificação Bridgestone<br />

Firestone que tem para produtos Premium, quer em molde para<br />

percursos regionais e longa distância, com desempenhos notáveis<br />

em termos de Quilometragem, ou em Pré-moldado para percursos<br />

regionais e longa distância, mas também para fora de estrada,<br />

autocarros (reforço nos ombros), e neve.<br />

Existem também os pneus Integrais Fedima em Molde, para<br />

percursos regionais (FZE-2 anexo), longa distância, misto e fora de<br />

estrada (FDY3 anexo).<br />

Nas características técnicas do FZE2, reconhece-se um excelente<br />

pneu para percursos regionais, para todas as posições radiais,<br />

mais largo e com um piso mais profundo que o seu antecessor FZE,<br />

para melhor desempenho e resistência ao desgaste inerente à sua<br />

localização de rodagem.<br />

Quanto ao FDY3, trata-se de um produto excepcional para percursos<br />

mistos e fora de estrada; elevada capacidade de tracção;<br />

composto mais resistente ao desgaste para terrenos mais agressivos,<br />

(cortes e descamação); Maior profundidade do piso para maior<br />

durabilidade.<br />

Destaca-se também o último pneu Fedima FZL, 365/80 R20 (14.5<br />

R20), lançado há apenas um mês, para um mercado off-road destinado<br />

a Veículos militares Pandur II, Bombeiros, Agrícolas, entre<br />

outros.<br />

NORTENHA<br />

Kraiburg<br />

Tel: 255 710 200<br />

A Kraiburg, o melhor fabricante independente<br />

de pisos e a Nortenha uniram-se na<br />

partilha de conhecimentos e tecnologia resultando<br />

assim uma nova segmentação de pneus, mais adequada<br />

às necessidades <strong>dos</strong> utilizadores.<br />

Nos pisos pré-vulcaniza<strong>dos</strong> Kraiburg, existem as gamas K Plus,<br />

K Base e K Tech.<br />

Para o K Base, a Kraiburg criou um novo composto (70% borracha<br />

natural / 30% SBR) capaz de oferecer excelentes propriedades<br />

de desgaste, combinado com um grande resistência ao corte e rasgo.<br />

Estes pneus trabalham a qualquer temperatura e testes exaustivos<br />

mostraram que o seu desempenho nas mais variadas condições<br />

e aplicações é equivalente à actual gama “Plus”. A nova gama<br />

“standard” e o fundamento da estratégia da gama de pré-vulcaniza<strong>dos</strong><br />

Kraiburg existe para todas as linhas propostas para estrada,<br />

fora de estrada e distribuição. É uma extensa gama com mais de 40<br />

padrões adequa<strong>dos</strong> a toda a procura.<br />

Os K Tech fazem parte de uma linha de pneus para reboques:<br />

baixos volumes, cargas elevadas, altas temperaturas e esforços<br />

transversais. Os pneus séries 60 dão-se para reservas limitadas,<br />

diâmetro pequeno, veículos potentes e pressões de pneus críticas.<br />

Os pisos de inverno destacam-se pela sua estabilidade de temperaturas,<br />

lamelas profundas, baixo calor acumulado.<br />

Já os K Plus são para utilização de estrada onde há necessidade<br />

de pouco desgaste e grande quilometragem. É um pneu adequado<br />

para longos percursos, médias distâncias e tráfego urbano, a custos<br />

competitivos por quilómetro.<br />

RECAUCHUTAGEM RAMÔA<br />

Bridgestone, Marangoni, Avon-Cooper, Borvul,<br />

Fapobol e E.I.B<br />

Tel: 253 607 760<br />

A gama de pneus recauchuta<strong>dos</strong> para pesa<strong>dos</strong><br />

da Recauchutagem Ramôa é constituída<br />

por dois sistemas. O primeiro é a recauchutagem<br />

a quente, por molde, ao passo que o segundo<br />

se trata da Recauchutagem a frio (prémoldado),<br />

o qual contempla pisos basea<strong>dos</strong><br />

nos pneus novos. Dentro da gama de frio, a Recauchutagem Ramôa<br />

trabalha com as seguintes marcas internacionais: Bridgestone (na<br />

qual é certificada), Marangoni e Avon-Cooper. Além destas, trabalha<br />

com as marcas nacionais Borvul, Fapobol e E.I.B.<br />

Toda esta produção esté certificada pela NP EN ISO 9001 – 2000 e<br />

homologada pela norma E13 109R – 000025).<br />

BANDAGUE<br />

Bandag<br />

Tel: 214607800<br />

A Bandague está presente no mercado português<br />

desde 1972, no negócio de recauchutagem<br />

a frio. A empresa possui três unidades<br />

produtivas em locais estrategicamente distribuí<strong>dos</strong><br />

no território nacional (Braga, Pontão e<br />

Alcoitão), garantindo uma cobertura completa<br />

do país. Uma rede de agentes autoriza<strong>dos</strong> em<br />

to<strong>dos</strong> os pontos mais importantes torna a presença da marca Bandague<br />

junto <strong>dos</strong> seus clientes ainda mais efectiva. . A Bandag desenvolveu<br />

uma diversificada gama de pisos que se adequam ao<br />

eixo, tipo de viatura e serviço executado. Para os trajectos de longo<br />

curso, por exemplo, tem quatro pisos diferentes para o eixo de<br />

tracção. Além <strong>dos</strong> diversos tipos de pisos que fabrica, ainda disponibiliza<br />

uma vasta gama de serviços e produtos: Recauchutagem,<br />

<strong>Pneus</strong> novos, Ponto de Recolha, Serviços de Inspecções de Frota,<br />

Cursos de Formação, Serviços de Assistência Móvel, Postos de Assistência<br />

(Fix'n'Go) e Contratos de Outsourcing. ■<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

43


MERCADO<br />

Máquinas de desmontar pneus<br />

IMPRESCINDÍVEIS<br />

Dependendo do volume de serviço existem muitas opções para<br />

as casas de pneus em termos de máquinas de montar /<br />

desmontar pneus. As automáticas estão na moda, são caras<br />

mas conseguem-se rentabilizar mais rapidamente. Contudo,<br />

opções não faltam em termos de qualidade e/ou preço.<br />

AERO<br />

Tecniverca<br />

Telefone: 219 584 273<br />

A Aero apresentou recentemente uma máquina<br />

de desmontar totalmente automática.<br />

A Smonther 900 é uma desmontadora totalmente<br />

automática, desenhada para dar uma<br />

performance excelente no dia-a-dia, com a<br />

flexibilidade de mudar entre pneus standard<br />

e tamanhos maiores com muita facilidade.<br />

Com os ajudas incluídas permite mudar até mesmo os mais<br />

complexos pneus Run-Flats (e baixo perfil) com o mínimo esforço<br />

e máxima eficiência, seja em jantes de aço ou alumínio.<br />

Outra característica da Smonther 900, é que ela foi desenhada<br />

para um funcionamento totalmente hidráulico para trabalhar em<br />

todas as rodas sem danificar as jantes e sem usar desmontas. Inclui<br />

um sistema integrado de levantar a roda, um braço depressor<br />

baixo e outro braço depressor rotativo em cima que permite trabalhar<br />

em to<strong>dos</strong> os tipos de rodas até 30” de diâmetro e 21” largura.<br />

Todo o controlo de operações é efectuado num joystick simples e<br />

fácil de usar. Rolos descoladores, e uma combinação de dois depressores,<br />

fazem a performance desta máquina para trabalhar to<strong>dos</strong><br />

os pneus.<br />

BEISSBARTH<br />

Lusilectra<br />

Telefone: 226 198 750<br />

Com a marca Beissbarth a Lusilectra destaca<br />

dois modelos de máquinas de desmontar<br />

pneus. A MS 65 OR-RAC consiste numa máquina universal<br />

destinada a todas as oficinas profissionais, incluindo<br />

to<strong>dos</strong> os pneus RFT e jantes com diâmetro de 14” a 26”.<br />

Das suas características técnicas, destacam-se:<br />

- A coluna de montagem sobe pneumaticamente para<br />

rodas até 14” com o toque de uma tecla;<br />

- Montagem simples do pneu com o auxílio do braço Tecnoroller<br />

controlado pneumaticamente, com 2 cilindros pneumáticos integra<strong>dos</strong>,<br />

especialmente importante para os pneus de perfil baixo<br />

e “Run-flat”;<br />

- Flexibilidade devido ao movimento para a frente e para trás do<br />

prato de fixação com 2 velocidades de rotação;<br />

- Tempos reduzi<strong>dos</strong> de ajuste através da coluna de montagem reclinável<br />

pneumática e do bloqueio pneumático da cabeça de<br />

montagem;<br />

- O desbloqueio pneumático da jante garante um manuseamento<br />

suave da jante;<br />

- Inclui, como equipamento standard, uma alavanca de montagem<br />

patenteada do perfil para montagem <strong>dos</strong> pneus RFT.<br />

O segundo destaque é o modelo MS 80. A máquina de maiores dimensões<br />

Beissbarth para montar/desmontar pneus não tem rival.<br />

Substitui facilmente pneus até 3 metros de diâmetro instala<strong>dos</strong> em<br />

rodas com um peso até 2.2 toneladas, apenas com um toque de<br />

uma tecla. Todas as suas funções são hidráulicas e controladas<br />

através de “joysticks” localiza<strong>dos</strong> na consola. Mas esta máquina<br />

não se destina apenas aos pneus de veículos de movimentação de<br />

terras. Graças à sua vasta gama de fixações, a MS 80 é bastante<br />

flexível. Isto significa que pode também ser utilizada em pneus de<br />

veículos comerciais ligeiros, veículos pesa<strong>dos</strong>, tractores e reboques.<br />

Em termos de características técnicas, destacam-se:<br />

- Força de descolagem do pneu superior a 4 toneladas;<br />

- 2 velocidades de rotação;<br />

- Flexibilidade devido à sua vasta gama de fixações;<br />

- A pressão hidráulica regulada garante que não são causa<strong>dos</strong> danos<br />

na jante durante a substituição do pneu;<br />

- Não é necessária a alimentação de ar pressurizado.<br />

BUTLER<br />

Cometil<br />

Telefone: 219 379 550<br />

A BUTLER é uma marca de topo no<br />

segmento de equipamento para<br />

(des)montagem de pneus de ligeiros e<br />

pesa<strong>dos</strong>. Tendo tido como estandarte<br />

inicial o modelo Airdraulic, já com 20<br />

anos no mercado, cujas principais características<br />

são o sistema de fixação da<br />

jante em túlipa, funcionamento 100% pneumático, e a (des)montagem<br />

propriamente dita feita por intermédio de rolos em teflon e<br />

unhas em material sintético de modo a evitar a todo o custo danos<br />

no pneu/jante. Actualmente o modelo de topo disponibilizado pela<br />

BUTLER é a AIKIDO, equipamento que, à imagem da filosofia da fábrica<br />

permite a (des)montagem de pneus evitando o esforço do<br />

operador, mantendo sempre uma ergonomia de funcionamento irrepreensível.<br />

Neste equipamento destacam-se as seguintes características:<br />

Unha de (des)montagem em material sintético, Suporte<br />

Auto-blocante da jante – Aplica uma força adicional que fortalece<br />

a fixação da jante durante a rotação da mesma, Rolos<br />

descoladores inferior e superior com sensor de detecção do bordo<br />

44<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


da jante - os mesmos encontram-se sincroniza<strong>dos</strong> electronicamente,<br />

Motor eléctrico equipado com inversor que permite ao operador<br />

controlar a velocidade conforme necessário – quando se encontra<br />

em processo de (des)montagem a rotação reduz gradualmente<br />

ao sentir o esforço adicional do talão do pneu, Braço auxiliar<br />

pneumático para pneus Run-Flat. No segmento de pesa<strong>dos</strong> a BU-<br />

TLER disponibiliza equipamentos que permitem a (des)montagem<br />

em rodas até 58”.<br />

CEMB<br />

Cometil<br />

Telefone: 219 379 550<br />

A Cometil importa e distribui equipamentos<br />

para (des)montagem de pneus de<br />

motos, ligeiros e pesa<strong>dos</strong> da sua representada<br />

CEMB desde 1996. Oriundas da<br />

fábrica de Lecco conta com a SM900<br />

MOTO ideal para a (des)montagem de<br />

pneus de motos. Para ligeiros/comerciais,<br />

a CEMB apresenta uma vasta gama desde os modelos mais<br />

simples ao mais automatiza<strong>dos</strong> sendo os mesmos a SM916, SM926<br />

e por último a MATIC1000.<br />

No segmento de veículos pesa<strong>dos</strong>, a CEMB apresenta modelos<br />

que permitem a (des)montagem em rodas até 56”. A MATIC1000<br />

destaca-se como sendo o topo de gama da fábrica de Lecco, uma<br />

máquina super automática, que elimina a necessidade da utilização<br />

do tradicional desmonta. Com uma alimentação electro-pneumática,<br />

comandada por intermédio de joysticks e pedais, roletes<br />

destalonadores com guia laser, sistema de tranca da roda através<br />

de uma flange central, duas velocidades, ferramenta em material<br />

sintético para auxiliar à (des)montagem sem o uso do desmonta e<br />

total sincronização <strong>dos</strong> movimentos da várias ferramentas e utensílios.<br />

A MATIC1000 vem também equipada de fábrica com o elevador<br />

de rodas e braço auxiliar de montagem para auxiliar à montagem<br />

de pneus de baixo perfil e Run-Flat.<br />

CORGHI<br />

Corcet<br />

Telefone: 255 728 220<br />

A Corghi Artiglio 500 é a nova desmontadora<br />

de pneus automática com tecnologia<br />

“Leva la leva” (Sem alavanca) de 2ª<br />

geração para rodas de veículos ligeiros,<br />

SUV e comerciais até 32”. Natural evolução<br />

da Artiglio 50, esta nova desmontadora<br />

mantém as melhores prerrogativas<br />

apresentando ao mesmo tempo numerosas<br />

novidades técnicas: dispositivo de descolagem dinâmica com<br />

descolador duplo, grupo “Leva la leva” de nova concepção, bloqueio<br />

da roda melhorado, estrutura reforçada e, grande cuidado<br />

na concepção ergonómica de to<strong>dos</strong> os coman<strong>dos</strong>. Tudo isto significa<br />

maior velocidade operativa sem riscos para o operador e para<br />

as jantes, mesmo durante as fases de utilização intensiva, grande<br />

simplicidade de uso e universalidade, num equipamento explorável<br />

em 100% em todas as suas peculiaridades.<br />

FOG<br />

Catarino & Rodrigues<br />

Telefone: 259 336 922<br />

Comercializada pela Catarino & Rodrigues, a marca FOG disponibiliza<br />

uma gama muito completa de equipamentos de desmontar<br />

pneus.<br />

Para motociclos a FOG disponibiliza a desmontadora<br />

UTM. 250SM, existindo também<br />

uma versão UTM.250S para pneus de maiores<br />

dimensões que é complementada pela<br />

UTM.260S.<br />

Também para pneus ligeiros existe a<br />

UTM.300S, entrando-se nas demontadoras<br />

automáticas na série UTM.400S (que possui<br />

diferentes versões devido aos extras que a<br />

mesma pode incluir).<br />

Porém, o destaque principal vai para a nova geração de desmontadoras,<br />

concebidas para as mais recentes novidades de pneus<br />

(Run Flat) e para um funcionamento simples e eficaz. Neste capítulo<br />

sobressai a UTM.650SGT e especialmente a UTM.660SGT, que<br />

pode trabalhar pneus de elevado tecnologia de grandes dimensões,<br />

sem que exista qualquer contacto com a jante.<br />

HOFMANN<br />

Teixeira & Chorado<br />

Telefone: 255 710 150<br />

Precisão, controlo e potência foram as linhas<br />

de orientação para o desenvolvimento<br />

da nova Hofmann Quadriga. Esta nova desmontadora<br />

com capacidade para operar em<br />

rodas até 30” de diâmetro, dispõe de procedimento<br />

totalmente automático, sendo a primeira do seu género a<br />

obter a certificação WDK. Equipada com diferentes programas de<br />

software que permitem o reconhecimento do tipo de roda por parte<br />

da máquina, basta que o operador bloqueie a roda e todas as<br />

operações seguintes são realizadas com um único movimento de<br />

Joystick. A operação automática é extremamente segura e é possível<br />

interromper o procedimento em qualquer altura.<br />

A Hofmann Quadriga é a desmontadora mais automatizada do<br />

mercado e estará disponível a partir de Setembro de <strong>2009</strong>.<br />

HPA<br />

João A.M. Santos<br />

Telefone: 227 418 090<br />

Para ligeiros e comerciais ligeiros a<br />

João A.M. Santos dispõe das série 3, 5 e 6<br />

da HPA.<br />

Destaque para a série 6, que é uma máquina<br />

de desmontar automática, foi concebida<br />

para facilitar ao máximo as operações<br />

de desmontagem e montagem de to<strong>dos</strong><br />

os pneus de turismo, SUV, veículos comerciais e motos.<br />

Possui um sistema de rotação autocentrante com “IP system”<br />

(Increased Power system), somente para a versão 2V – com dupla<br />

(6-15 rotações/min.). Este equipamento dispõe ainda de modelação<br />

automática que permite que o esforço de torção permaneça no<br />

melhor quociente possível também à velocidade máxima.<br />

Para pneus de grandes dimensões, até 56”, estão disponíveis diversos<br />

modelos (F561, F650 A, F560, F260 e F240). No F561 é caracterizado<br />

por dispor de movimento em simultâneo do carro porta-ferramentas<br />

e do braço autocentrante, permitindo assim um<br />

imediato posicionamento da roda. As ferramentas para tirar o talão,<br />

desmontar e montar estão incorporadas num único braço giratório<br />

completamente automatizado.<br />

To<strong>dos</strong> os coman<strong>dos</strong> deste equipamento estão situa<strong>dos</strong> numa coluna<br />

móvel que permite trabalhar com as rodas na posição ideal.<br />

To<strong>dos</strong> os movimentos podem ser realiza<strong>dos</strong> ao dobro da velocidade,<br />

bastando para tal actuar sobre o pedal da coluna móvel.<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

45


Máquinas de montar / desmontar pneus<br />

MERCADO<br />

HUNTER<br />

Cometil<br />

Telefone: 219 379 550<br />

A Cometil importa e distribui em exclusividade<br />

a HUNTER, a mesma distribui os<br />

equipamentos para (des)montagem de<br />

pneus de ligeiros/comerciais TCX525 e<br />

TCX550 que permitem ao operador manusear<br />

pneus e jantes até 30” contando com um sistema de cilindros<br />

duplos que aumentam a força das garras em 40% mais do que<br />

os designs convencionais de cilindro simples , o prato tem também<br />

como característica importante o facto de ter um selector que permite<br />

uma variação da altura do mesmo, de modo a que se ajuste ao<br />

operador, Coluna com braço móvel de accionamento automático<br />

que permite uma poupança de espaço na área de trabalho, motor<br />

de 220V com velocidade variável, Unhas de aplicação rápida intercambiáveis<br />

com sistema Quick- Connect – possibilidade de aplicação<br />

de unha em material sintético para operar em jantes de liga ,<br />

contanto ainda com o braço auxiliar BPS para ajudar na montagem<br />

<strong>dos</strong> pneus Run-flat e baixo perfil.<br />

JOHN BEAN<br />

Domingos & Morgado 2<br />

Telefone: 229 618 900<br />

A nova geração de desmontadoras automáticas<br />

Quadriga 1000 da John Bean, já<br />

se encontram disponíveis. Estas desmontadoras,<br />

com quatro programas de montagem<br />

e desmontagem 100% automáticos,<br />

é a primeira do seu género com Certificação<br />

WDK.<br />

A Quadriga 1000 apresenta uma série<br />

de procedimentos dinâmicos completamente<br />

automáticos, tais como a força aplicada, o movimento <strong>dos</strong><br />

descoladores e a colocação das ferramentas. Desta forma, fica garantida<br />

a integridade do pneu e da jante aquando das operações de<br />

montagem/desmontagem.<br />

As novas necessidades <strong>dos</strong> Serviços de <strong>Pneus</strong> têm vindo a tornar-se<br />

cada vez mais desafiantes, tanto para o operador como para<br />

o construtor de equipamentos. Estas necessidades devem-se não<br />

somente à crescente popularização <strong>dos</strong> pneus de perfil ultra-baixo,<br />

como também à cada vez maior utilização de pneus do tipo Run-<br />

Flat. Esta modificação no Mercado obrigou à utilização de procedimentos<br />

específicos para a montagem e desmontagem de rodas, o<br />

que originou esta nova geração de máquinas de desmontar<br />

As desmontadoras completamente automáticas, como é o caso<br />

da Quadriga 1000 foram concebidas não só para libertar o operador<br />

das pesadas “manobras” a que estes novos pneus obrigam,<br />

como também para minimizar os erros associa<strong>dos</strong> a operações<br />

cada vez mais difíceis de realizar com desmontadoras de tipo clássico.<br />

O controlo automático da força a aplicar ao longo de todas as<br />

etapas da desmontagem/montagem de um pneu garantem que<br />

nem pneu nem jante sejam danifica<strong>dos</strong> no processo.<br />

Estas desmontadoras 100% automáticas permitem a montagem<br />

e a desmontagem de qualquer tipo de pneu sem a intervenção do<br />

operador. Este apenas tem de fazer deslocar uma pequena alavanca<br />

para que o processo de montagem/desmontagem se desenrole<br />

contínuo.<br />

Não obstante estas funções se poderem desenrolar de forma<br />

completamente automática, o operador dispõe, no entanto, de um<br />

completo painel de coman<strong>dos</strong> que lhe permite realizar, de forma<br />

completamente controlada por si, qualquer operação da máquina.<br />

Esta desmontadora é capaz de trabalhar to<strong>dos</strong> os tipos de jantes<br />

e <strong>Pneus</strong> presentes actualmente no Mercado, e suporta jantes até<br />

30’ de diâmetro e pneus até 47” (cerca de 1.200mm) de diâmetro.<br />

Devido ao seu desenho ergonómico e rapidez de funcionamento,<br />

este tipo de desmontadora também está aconselhado para casas<br />

de pneus com grande volume de trabalho.<br />

Além desta nova máquina, a John Bean disponibiliza também outro<br />

modelo da mesma família em versão semi-automática – a PE-<br />

GASUS – para além da já habitual gama de desmontadoras convencionais.<br />

MONDOLFO FERRO<br />

Mr.Pneu<br />

Telefone: 252 248 012<br />

As máquinas de desmontar pneus de<br />

Mondolfo Ferro, série FOX DBL (uma das<br />

mais recentes novidades da Mr Pneu),<br />

foram realizadas para satisfazer a crescente<br />

exigência <strong>dos</strong> profissionais do sector<br />

de descolar de modo dinâmico os<br />

pneus de secção larga e com perfil baixo.<br />

A descolagem dinâmica, efectuada<br />

mediante soluções técnicas patenteadas, distribui a força necessária<br />

para a operação em toda a circunferência do talão evitando<br />

qualquer possibilidade de danificação no pneu.<br />

Esta equipamento possui um autocentrante hidropneumático<br />

específico, que está constantemente sob pressão, e que é capaz de<br />

agarrar jantes de até 26” polegadas de diâmetro e que, mediante<br />

adaptadores apropria<strong>dos</strong>, efectua também o agarramento pelo<br />

lado exterior.<br />

O sistema insuflador para pneus tubeless com diâmetro variável<br />

TI (disponível a pedido) demonstra ser uma solução extremamente<br />

útil para aqueles pneus nos quais é muito difícil colocar o talão, resultando<br />

prático e seguro pela seu desenho muito ergonómico.<br />

Refira-se que a Mr. Pneu também comercializa equipamentos da<br />

Cemb.<br />

MULLER<br />

Autotec<br />

Telefone: 214 727 300<br />

Os modelos semi-automático e automático<br />

da Mullher são o destaque em termos de<br />

máquinas de desmontar pneus.<br />

A MDP 4800 (semi-automática) é um modelo<br />

tradicional com braço deportado tipo<br />

bandeira que oferece uma melhor relação<br />

prestação / preço. São muito utilizadas por<br />

grande parte <strong>dos</strong> operadores com uma garantia<br />

de rapidez e de fácil utilização.<br />

O seu braço deportado é igualmente uma<br />

solução interessante para as zonas de trabalho reduzidas. A sua<br />

estrutura robusta e a sua capacidade de elevação permite um trabalho<br />

seguro na grande parte <strong>dos</strong> pneus que equipam os veículos<br />

ligeiros.<br />

Mandril Auto-centrante, Cursor de pré-regulação sob o prato,<br />

Duplo sentido de rotação, Coman<strong>dos</strong> intuitivos e progressivos,<br />

Concepção reforçada do desmontador e Suporte de ferramentas<br />

situado na proximidade são outros destaque deste equipamento.<br />

Permitindo trabalhar com jantes entre 10” e 20” (exterior de jante)<br />

e 12” e 23” (interior de jante), a MDP 4800 pode trabalhar com<br />

rodas até 37” (com uma largura máxima de 122).<br />

A MDP 4885 é um modelo automático que está equipado com<br />

46<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


uma coluna inclinável com comando pneumático. Bloqueio assim<br />

que a cabeça da máquina retira a jante, são funções realizadas em<br />

simultâneo e automaticamente. Deste modo, o reajuste não é necessário,<br />

podendo o operador prosseguir o seu trabalho com outros<br />

pneus idênticos. Esta máquina poderá também receber dois<br />

opcionais : Assistentes para facilitar a montagem e desmontagem<br />

de pneus rígi<strong>dos</strong> (refª 4335) e pneus de baixo perfil (refª 4330).<br />

SICAM<br />

Equiassiste<br />

Telefone: 227 877 150<br />

A desmontadora/montadora de<br />

pneus, semi-automática, AF 2500 da SI-<br />

CAM, veio responder às novas necessidades<br />

que o mercado da assistência a<br />

pneus impunha - Trabalhar de forma<br />

profissional, simples e cómoda os novos<br />

pneus R.F.T. (Run Flat Tyre).<br />

O cómodo elevador de roda, que resolve<br />

o problema das rodas cada vez mais pesadas, o sistema de<br />

destalonamento através de roldanas “hidráulicas” a presença, de<br />

série, do braço “Helper” entre outros atributos, permite ao operador<br />

trabalhar comodamente, e sem provocar danos ao pneumático,<br />

ou á jante - Na qual pode trabalhar até um diâmetro de 30". A<br />

elevada força do destalonador e a presença de um dispositivo em<br />

plástico - de posição regulável - permite ao operador trabalhar<br />

sem esforço os pneus R.F.T.<br />

A unha de desmontagem em teflon, especialmente concebida<br />

para reduzir ao mínimo o espaço ocupado entre o pneumático e a<br />

jante, evita esforços inúteis ou deformações no talão do pneumático.<br />

O movimento de translação do autocentrante, proporciona uma<br />

dupla função de destalonamento e de ajuda durante a montagem/desmontagem<br />

de qualquer pneumático.<br />

Um novo dispositivo de enchimento Tubless, incorporado, com<br />

válvula accionada por botão, garante uma maior eficácia no enchimento<br />

rápido do pneumático.<br />

SÍRIO<br />

MG - Equipamentos e Serviços<br />

Telefone: 214 528 899<br />

Intermaco<br />

Telefone: 223 745 530<br />

AltaRoda<br />

Telefone: 255 783 600<br />

A MG-Equipamentos e Serviços, a Intermaco<br />

e a Alta Roda importam e distribuem<br />

os equipamentos SÍRIO, onde<br />

se inclui a gama de desmontadoras de<br />

pneus que permite responder às mais<br />

exigentes solicitações do mercado.<br />

A oferta é composta pelas Linhas: Motociclos, Pesa<strong>dos</strong>, Semi-<br />

Automáticas, Automáticas, Racing, Top Professional, e o mais recente<br />

modelo S116 com vários dispositivos patentea<strong>dos</strong> que asseguram<br />

uma performance única em termos de ergonomia, segurança<br />

e qualidade de operação, particularmente nas rodas cujas<br />

características apresentam maiores dificuldades aos utilizadores.<br />

Destaque para o “Smart Roller”, sistema de descolagem do pneu<br />

com dois discos de movimento sincronizado, e que, com a função<br />

“Auto Touch”, dispensa a utilização de qualquer alavanca para a<br />

separação total entre pneu e jante.<br />

Também o Prato de Apoio da Roda com sistema de centragem<br />

por cone com efeito auto-bloqueio, dispensando acessórios de<br />

centragem adicionais, permite uma fácil operação com jantes de<br />

to<strong>dos</strong> os tipos e com pneus Run-Flat, SST e BSR.<br />

O motor é alimentado por um comando de frequência variável<br />

que permite regular a velocidade de rotação através de pedal.<br />

Alguns destes dispositivos podem também equipar modelos das<br />

outras gamas anteriormente referidas.<br />

SPACE<br />

Cetrus<br />

Telefone: 252 308 600<br />

A marca de equipamentos para casa<br />

de pneus Space acaba de lançar no<br />

mercado uma nova desmontadora automática.<br />

O destaque deste equipamento<br />

vai para duas evoluções tecnológicas<br />

patenteadas pelas Space, que<br />

permitem melhorar a qualidade do trabalho<br />

efectuado, reduzindo-se o risco<br />

de afectar a jante e o pneu. A Auto-<br />

Touch function é um sistema que introduz<br />

uma patilha entre o talão da roda e a jante, permitindo reduzir<br />

o esforço na remoção do pneu.<br />

Quanto ao “Bead-Breaking” é um sistema que utiliza duas rodas<br />

em formas de disco que se separam no momento em que a roda<br />

gira para “descolar” a jante do pneu, facilitando exactamente essa<br />

operação.<br />

Destaque ainda para o “Self-Locking Plate”, um sistema de bloqueio<br />

central da roda, e para o “Invemotor” que permite ao motor<br />

funcionar mediante um inverter que regula com precisão a velocidade<br />

de rotação usando o pedal.<br />

Esta recente gama de produtos da Space está disponível nos modelos<br />

GA340.18, GA340.20 e GA340.22, estando ainda disponíveis<br />

uma série de acessórios.<br />

TECO<br />

Fortuna Equipamentos<br />

Telefone: 227 475 100<br />

A Teco, representada pela Fortuna<br />

Equipamentos disponibiliza uma vasta<br />

gama de máquinas de demontar pneus<br />

para motos, moto 4, automóveis, camiões<br />

e máquinas industriais.<br />

A gama começa nas desmontadoras<br />

20 Special, 21, 22 e 25, todas elas da linha<br />

semi-automática. A 20 Special e a<br />

21 estão mais orientadas para pneus de<br />

menores dimensões como de scotter,<br />

motos, quad´, etc, enquanto as restantes estão mais orientadas<br />

para pneus de automóveis ligeiros.<br />

Os modelos 35, 36 special, 37, 40t.i. e 42t.i. já entram nos modelos<br />

automáticos. Nos modelos “topo de gama” tornam-se os mais<br />

rentáveis, pois devido à sua tecnologia (e extras) podem dar resposta<br />

à desmontagem de uma gama de pneus mais vasta em termos<br />

de medidas.<br />

Os modelos 54A, 55A e 56, este úlitmo automático, estão orientadas<br />

para pneus de grande dimensões (camiões e agrícolas).<br />

O derradeiro destaque vai ainda para o modelo 100. Tecnologicamente<br />

desenvolvida, a 100 dispõe de quatro sistemas patentea<strong>dos</strong><br />

(Helicoidal Tiling System, Automatic Leverless Tool Head, Self-<br />

Centering Spindle e o Bead Breaking System), que permitem uma<br />

muito maior operacionalidade e produtividade. ■<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

47


ENTREVISTA<br />

Corrado Moglia, Director de Vendas GT Tire Europa<br />

Corrado Moglia<br />

“AINDA NÃO PARÁMOS<br />

DE CRESCER”<br />

A GT Tire, 10º maior produtor mundial de pneus, está<br />

a concentrar o seu negócio na Europa em pneus para<br />

carros de passageiros, comerciais ligeiros e<br />

comerciais pesa<strong>dos</strong>. Em breve, estará concluída a<br />

renovação completa de toda a oferta actual.<br />

AGT Tire é uma companhia chinesa<br />

e indonésia, com seis fábricas<br />

na China e uma grande unidade<br />

de produção na Indonésia. O capital é chinês<br />

e tem a sede em Singapura. Na Europa,<br />

iniciou as operações apenas em 2<strong>006</strong>,<br />

embora as exportações tenham começado<br />

há cerca de 13 anos. O Grupo GT Tire é actualmente<br />

o 10º produtor mundial de<br />

pneus, embora essa posição ainda tem<br />

que ser oficializada. Em 2007, estava em<br />

11º lugar da produção mundial de pneus,<br />

atrás da marca Toyo, mas ainda não parou<br />

de crescer.<br />

A oferta inclui pneus de todas as categorias,<br />

mas na Europa a GT Tire está a concentrar<br />

o negócio em pneus para carros de<br />

passageiros, comerciais ligeiros e comerciais<br />

pesa<strong>dos</strong>. Tem várias marcas de<br />

pneus, a mais conhecida das quais é a GT<br />

Radial. O principal exportador para a Europa<br />

é actualmente a fábrica da Indonésia,<br />

mas a qualidade do produto é uniforme em<br />

todas as unidades de produção. Mesmo<br />

assim, o maior mercado é o equipamento<br />

original na China, onde fornece to<strong>dos</strong> os<br />

construtores locais.<br />

Em entrevista à REVISTA DOS PNEUS,<br />

Corrado Moglia, Director de Vendas da GT<br />

Tire na Europa, explica quais os objectivos<br />

da marca GT Radial para Portugal.<br />

Que desempenho tem apresentado a<br />

marca GT Radial no mercado português?<br />

Com a marca GT Radial, estamos a ter<br />

um bom desempenho no mercado português.<br />

Os agentes do mercado já sabem<br />

quem somos e qual é o nosso valor, dando<br />

preferência à nossa marca. Fornecemos<br />

em Portugal toda a nossa gama de pneus<br />

(ligeiros de passageiros, comerciais ligeiros,<br />

4x4 e veículos pesa<strong>dos</strong>), tal como no<br />

resto da Europa. A GT Radial teve um desempenho<br />

brilhante no último ano, graças<br />

ao excelente trabalho realizado por Nuno<br />

Pinto de Sousa e a sua organização Grandestak.<br />

Esta empresa é provavelmente o<br />

nosso melhor distribuidor em toda a Europa,<br />

não em termos de volumes, porque o<br />

mercado é pequeno, mas em termos de<br />

quota de mercado e de qualidade de vendas,<br />

incluindo o posicionamento quanto a<br />

preços.<br />

Quais são as perspectivas da GT Tire para<br />

este ano?<br />

Este ano é um período de mudança e renovação,<br />

pois lançaremos muitas novidades<br />

no mercado. Uma das novidades serão<br />

os pneus de Inverno, um produto inteiramente<br />

novo da nossa marca. Para Portugal<br />

este tipo de pneus tem uma procura<br />

quase nula, mas no Norte da Europa temos<br />

boas expectativas de vendas. Três novos<br />

produtos estão no entanto a caminho.<br />

Um deles é um pneu de altas prestações<br />

UHP, produzido exclusivamente para o<br />

mercado europeu. Ao todo, teremos quatro<br />

novos produtos no segmento topo-degama,<br />

para tornar a nossa oferta mais<br />

competitiva e mais aliciante. Estamos<br />

igualmente a desenvolver um novo pneu<br />

para comerciais ligeiros, que se destina a<br />

renovar a nossa gama. Em breve, teremos<br />

concluída a renovação completa de toda a<br />

nossa oferta actual.<br />

Que impactos está a ter a presente crise<br />

global no desempenho da GT Tire?<br />

Claro que não estamos imunes aos problemas<br />

que afectam toda a gente, mas as<br />

vendas têm mantido um ritmo constante e<br />

não estamos a sofrer tantos prejuízos<br />

como inicialmente julgávamos. Na realidade,<br />

as nossas vendas aumentaram este<br />

ano. Isso fica dever-se ao facto de sermos<br />

um produtor à escala global e de termos<br />

uma boa rede de distribuição. Em to<strong>dos</strong> os<br />

mercado temos distribuidores exclusivos,<br />

48<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

49


ENTREVISTA<br />

Corrado Moglia, Director de Vendas GT Tire Europa<br />

fazendo a distribuição directa<br />

nos merca<strong>dos</strong> domésticos<br />

(China/Indonésia) e nos EUA.<br />

Por vezes, temos uma quebra<br />

num mercado ou numa<br />

zona, mas a nossa força nos<br />

restantes merca<strong>dos</strong> ajuda a<br />

equilibrar os negócios.<br />

Infelizmente, na Europa a<br />

crise está a ter reflexos muito<br />

negativos na indústria de<br />

transportes rodoviários. A procura<br />

de pneus para camiões e<br />

autocarros desceu bastante<br />

(25%), o que atinge logicamente<br />

todas as marcas. Alguns <strong>dos</strong><br />

principais fabricantes chegaram<br />

a ter quebras nas vendas da ordem<br />

<strong>dos</strong> 50%. Para nós, o problema<br />

não foi tão grave, pois começámos<br />

a vender em força na<br />

Ucrânia e na Rússia, o que compensou<br />

a diminuição de vendas na<br />

Europa Central. Portanto, neste<br />

segmento, conseguimos mesmo<br />

assim vender mais pneus em 2008,<br />

do que no ano anterior.<br />

Que apoio dispensa a GT Tire aos seus<br />

clientes do mercado português?<br />

A nossa cooperação com a Grandestak é<br />

completa, no que respeita ao apoio aos<br />

clientes. Na verdade, eles são para nós mais<br />

do que um bom parceiro e estamos muito<br />

satisfeitos em colaborar a to<strong>dos</strong> os níveis<br />

com eles, seja do ponto de vista técnico,<br />

apoio de vendas e marketing (subsidiamos<br />

anualmente parte do orçamento da Grandestak<br />

nesta área), para além do material de<br />

marketing que fornecemos directamente.<br />

No plano do apoio técnico, realizamos tudo o<br />

que os fabricantes de 1ª linha costumam fazer.<br />

Temos tido a sorte de ter uma taxa de<br />

reclamações muito baixa, porque também<br />

temos procedimentos de controlo de qualidade<br />

em todas as fases de produção e distribuição<br />

<strong>dos</strong> nossos pneus. Mesmo assim,<br />

quando surgem anomalias, temos procedimentos<br />

estandardiza<strong>dos</strong> que permitem em<br />

poucos dias obter uma resposta da fábrica<br />

às reclamações do cliente final, quer sejam<br />

procedentes, ou improcedentes (problemas<br />

de utilização).<br />

Qual tem sido o papel do Clube GT 48 na<br />

promoção da marca GT em Portugal?<br />

O Clube GT 48 foi uma grande ideia e está a<br />

revelar-se um excelente conceito de marketing,<br />

funcionando com muito sucesso. Provavelmente<br />

iremos desenvolver o mesmo<br />

tipo de iniciativas por toda a Europa, embora<br />

o comportamento <strong>dos</strong> consumidores e da<br />

Jorge Nuno Pinto de Sousa, Nuno Pinto<br />

de Sousa e Corrado Moglia são os<br />

responsáveis pelo sucesso da marca de<br />

pneus GT Radial no nosso país<br />

cadeia de distribuição seja muito diferente<br />

de um país para outro. Tentaremos aplicar o<br />

mesmo conceito, mas com características<br />

adaptadas a cada mercado específico. Pensamos<br />

que em certos casos será muito fácil<br />

levar a ideia para a frente, mas noutros pode<br />

ser mais difícil ou até mesmo impossível.<br />

Grande parte do<br />

sucesso da ideia da Grandestak<br />

ficou a dever-se à<br />

estreita colaboração da<br />

nossa marca no desenvolvimento<br />

do projecto do Clube<br />

GT 48 em todas as fases<br />

da sua evolução.<br />

Quais são as perspectivas<br />

da GT Tire para <strong>2009</strong>?<br />

A estrutura de distribuição<br />

GT Tire está a evoluir constantemente<br />

na Europa e já temos<br />

neste momento uma<br />

equipa de 20 elementos, para<br />

dar apoio aos nossos distribuidores<br />

europeus. Recentemente<br />

montámos um centro de testes<br />

para pneus no Reino Unido,<br />

pois além do apoio técnico e comercial,<br />

que já oferecíamos aos<br />

nossos clientes, queremos que eles tenham<br />

a certeza absoluta de que estão a vender o<br />

melhor produto do mercado. Antes de introduzir<br />

um novo pneu GT no mercado europeu,<br />

iremos efectuar testes exaustivos, comparativamente<br />

a outras marcas de prestígio do<br />

mercado, para que não fiquem dúvidas a ninguém.<br />

■<br />

A GT Tire tem três<br />

novos produtos a<br />

caminho. Um deles é<br />

um pneu de altas<br />

prestações UHP,<br />

produzido<br />

exclusivamente para o<br />

mercado europeu<br />

50<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


PNEUS GT RADIAL<br />

Distribuidor: Grandestak<br />

Dir-Geral: Dr. Nuno Pinto de Sousa<br />

Sede: Zona Ind. da Varziela,<br />

Rua 3 – Lote 11 – Mindelo<br />

4485-631 Vila do Conde<br />

Telefone: 252.24.80.12<br />

e-mail: pintodesousa@grandestak.pt<br />

“Temos uma grande<br />

receptividade no mercado”<br />

Nuno Pinto de Sousa, Administrador da Grandestak<br />

– Distribuidor GT Radial para Portugal<br />

O Clube GT 48 foi uma<br />

grande ideia e está a<br />

revelar-se um excelente<br />

conceito de marketing,<br />

funcionando com muito<br />

sucesso. Provavelmente a<br />

GT Tire irá desenvolver o<br />

mesmo tipo de iniciativa<br />

noutros países europeus<br />

Que balanço faz da parceria da Grandestak<br />

com a GT Tire?<br />

É muito fácil trabalhar com a GT Tire, porque<br />

sempre foi uma empresa muito receptiva<br />

ao desenvolvimento. Desde que a GT Tire<br />

entrou na Europa (2<strong>006</strong>) e desde que Corrado<br />

Moglia assumiu as suas funções, a união<br />

entre as duas empresas tornou-se realmente<br />

muito forte.<br />

Em termos de qualidade, a GT Radial é<br />

uma marca de topo. Claro que existem as<br />

chamadas marcas Premium, guindadas a<br />

esse estatuto privilegiado de imagem um<br />

pouco pela força do seu marketing, mas ao<br />

nível da qualidade a GT Radial está no mesmo<br />

patamar ou até um pouco melhor. Isto é<br />

confirmado por testes efectua<strong>dos</strong> por entidades<br />

completamente independentes. A<br />

grande diferença aparece quando comparamos<br />

os preços, pois verifica-se que a GT Radial<br />

tem preços mais de 30% inferiores às<br />

marcas consideradas Premium.<br />

Que perspectivas tem<br />

a Grandestak para<br />

<strong>2009</strong>?<br />

Durante este ano iremos<br />

consolidar as nossas<br />

vendas e prevemos<br />

mesmo aumentar cerca<br />

de 25% o volume total,<br />

relativamente ao ano<br />

passado. Temos uma<br />

grande receptividade no<br />

mercado e há mesmo<br />

clientes nossos que esperam<br />

pelos pneus GT Radial<br />

para os entregarem ao<br />

consumidor final, por exigência<br />

deste último.<br />

Que apoio presta a Grandestak aos seus<br />

clientes de pneus GT Radial?<br />

Depois de trabalharmos mais de 15 anos<br />

com outra marca de primeira linha, posso<br />

afirmar com segurança que nunca tivemos<br />

tão poucas reclamações como actualmente<br />

com a GT. O sucesso da marca GT assenta<br />

muito na mentalidade que é criada entre fabricante<br />

e distribuidores. É quase uma verdadeira<br />

"mística", pois eu considero-me<br />

tanto da GT como o próprio dono da empresa.<br />

Gostamos de ser GT, gostamos de saber<br />

que estamos a fazer uma marca e isso é<br />

muito estimulante, mesmo se ao princípio<br />

as coisas não se apresentem muito fáceis.<br />

A nossa "fé" no produto e na marca tornamnos<br />

mais credíveis aos olhos do mercado e<br />

somos capazes de contagiar os nossos<br />

clientes com o nosso entusiasmo. Não há<br />

nada melhor do que isto.<br />

Outro aspecto que dinamiza as vendas e<br />

estimula os clientes é o facto de to<strong>dos</strong> os<br />

anos haver novidades e evoluções na GT.<br />

Cada lançamento de um novo produto é um<br />

sucesso maior do que o anterior e isso cria<br />

uma dinâmica muito favorável para a confiança<br />

<strong>dos</strong> nossos clientes e do consumidor<br />

final. No próximo mês de Setembro iremos<br />

fazer o lançamento oficial do pneu de altas<br />

prestações Champiro HPY, e o fantástico<br />

Champiro 228. Estes pneus em testes efectua<strong>dos</strong><br />

pela Alemã TÜV conseguiram ter<br />

melhores prestações do que as mais famosas<br />

marcas mundiais com as quais foram<br />

testa<strong>dos</strong>.<br />

Que está a ser feito para promover a<br />

marca GT Radial junto do consumidor<br />

final?<br />

A GT Tire não tem neste momento potencial<br />

para patrocinar grandes eventos mundiais<br />

milionários, mas investe no marketing<br />

<strong>dos</strong> seus clientes e no desenvolvimento do<br />

produto, para oferecer a melhor qualidade,<br />

ao preço mais conveniente. O que nos interessa<br />

é que um condutor que montou pneus<br />

GT Radial fique interessado em montar a<br />

mesma marca da próxima vez. A vontade do<br />

consumidor ainda é o principal factor de<br />

venda de um pneu. Talvez isto seja construir<br />

a imagem pública debaixo para cima, e<br />

não ao contrário. Pode demorar um pouco<br />

mais de tempo, mas fica sem dúvida mais<br />

sedimentada na opinião pública. ■<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

51


ENTREVISTA<br />

António Gonçalves, Director-Geral da Gonçalteam<br />

“SOMOS UMA REFERÊNCIA<br />

NO MERCADO”<br />

A Gonçalteam é<br />

uma empresa que<br />

se dedica à<br />

comercialização de<br />

consumíveis para<br />

casas de pneus,<br />

tendo no decorrer<br />

da sua curta<br />

história desenvolvido<br />

uma dinâmica<br />

comercial muito<br />

activa.<br />

Em <strong>Julho</strong> de 2005 teve início a Gonçalteam.<br />

A sua designação deriva do<br />

nome do seu fundador e director geral,<br />

António Gonçalves, pessoa com larga experiência<br />

no sector <strong>dos</strong> consumíveis para as<br />

casas de pneus, através do trabalho que desenvolveu<br />

na Rodatec.<br />

Com António Gonçalves, a REVISTA DOS<br />

PNEUS foi conhecer melhor a Gonçalteam.<br />

Qual foi a razão que levou ao aparecimento<br />

da Gonçalteam?<br />

Com os conhecimentos que tinha do mercado,<br />

começou a haver muitas solicitações<br />

para fornecer consumíveis. Comecei a fazer<br />

uma vendas e o negócio rapidamente começou<br />

a crescer, pois havia claramente uma<br />

oportunidade neste mercado. Apesar de sermos<br />

uma empresa nova, demonstrámos rapidamente<br />

que poderíamos estar pelo menos<br />

ao nível <strong>dos</strong> melhores.<br />

Qual foi a estratégia para esse sucesso?<br />

Fizémos uma aposta clara em produtos de<br />

qualidade, representações exclusivas, distribuição<br />

rápida e na escolha <strong>dos</strong> melhores<br />

parceiros comerciais, vendendo com uma<br />

excelente relação preço / qualidade quer<br />

para nós quer para o nosso cliente.<br />

Quais são as preocupações actuais da Gonçalteam,<br />

atendendo à crise que se vive?<br />

A nossa forma de trabalhar não mudou<br />

muito. Temos uma grande preocupação na<br />

gestão do dia-a-dia, com grande controlo<br />

<strong>dos</strong> custos, objectivos semanais por vendedor<br />

e forte conhecimento do cliente alvo propondo-lhe<br />

bons negócios. Isto leva-nos a ter<br />

um crescimento superior a 35% face ao ano<br />

anterior. Tal situação está de acordo com<br />

aquilo que tinha em perspectiva para esta<br />

empresa num plano a cinco anos.<br />

Os consumíveis para casas de pneus foram<br />

o começo. A Gonçalteam evoluiu para outros<br />

produtos?<br />

52<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


GONÇALTEAM<br />

COMERCIALIZA TYRESAVER<br />

Na sequência do acordo efectuado entre a Gonçalteam, Lda e a Parker Filtration<br />

and Separation B.V no passado mês Maio, esta empresa portuguesa passou a<br />

comercializar em Portugal o Tyresaver, um revolucionário sistema para produzir<br />

Nitrogénio a 95%.<br />

Este sistema inovador proporciona ao mercado, nomeadamente às casas de<br />

pneus, a oportunidade de efectuar um serviço com qualidade e retorno económico<br />

elevado, até porque o custo do equipamento é muito inferior ao tradicional equipamento<br />

de nitrogénio.<br />

De acordo com o preço estabelecido pela fábrica, o Tyresaver, que já está disponível,<br />

pode ser adquirido por 599 Euros (mais IVA). O valor de recarga Tyresaver<br />

3.0 é de 349€ + IVA, enquanto o valor do Kit de Carrapetas (com 500 peças) é<br />

de 20 Euros mais o IVA.<br />

GONÇALTEAM<br />

Sede: Armz 38-C, Vale Cucena-Paio Pires<br />

2840 Paio Pires<br />

Responsável: António Gonçalves<br />

Telefone: 212 251 578<br />

Fax: 212 251 397<br />

E-mail: goncalteam@sapo.pt<br />

Internet: www.goncalteam.pt<br />

António Gonçalves, Director-Geral da<br />

Gonçalteam diz que a empresa é uma<br />

referência do mercado<br />

Pode-se dizer que em termos de consumíveis<br />

chegámos a uma fase de estabilização<br />

que corresponde aos nossos objectivos.<br />

Desde o início do ano 2008 que começamos<br />

a colocar equipamentos no mercado,<br />

numa parceria com a Cometil, que tem tido<br />

uma enorme receptividade do mercado,<br />

numa lógica de alargar o nosso leque de<br />

produtos.<br />

A Gonçalteam já vinha comercializando alguns<br />

pequenos equipamentos para casas de<br />

pneus, que continua a comercializar, sendo<br />

sempre um complemento à nossa oferta de<br />

produtos.<br />

Mesmo estando estabilizado o negócio <strong>dos</strong><br />

consumíveis, ainda existe margem para<br />

crescer?<br />

Não existe controlo neste negócio <strong>dos</strong> consumíveis,<br />

pois no dia seguinte aparece sempre<br />

alguém no cliente a dizer que o negócio<br />

anterior foi mau e que o dele é mais competitivo.<br />

O que gera no cliente uma desconfiança<br />

no próprio mercado e em alguns <strong>dos</strong> seus<br />

agentes, tornando-o menos receptivo à evolução<br />

do próprio negócio, pelo facto de não<br />

saber se está a comprar e vender bem ou<br />

mal.<br />

Através da forma como trabalhamos, o<br />

produto de qualidade que propomos e o serviço<br />

que prestamos, permite que muitos<br />

clientes trabalhem praticamente em exclusivo<br />

com a Gonçalteam.<br />

Nós resolvemos os problemas <strong>dos</strong> nossos<br />

clientes e somos os verdadeiros parceiros<br />

deles. Muitos dizem isto no mercado mas<br />

são muito poucos aqueles que na verdade<br />

trabalham em função das necessidades <strong>dos</strong><br />

clientes. Por isso a Gonçaltem tornou-se um<br />

alvo a abater e uma referência no mercado<br />

Quais são os meios (humanos e materiais)<br />

que a Gonçalteam dispõe?<br />

Temos uma dinâmica comercial simples<br />

mas altamente eficiente. Óptamos por fazer<br />

a venda directa, em que os produtos saem do<br />

nosso armazém para serem entregues ao<br />

cliente. Os clientes têm o nosso stock todo à<br />

sua disposição, tendo a rotatividade que entender<br />

em função das suas necessidades.<br />

Penso que esta é a forma mais saudável de<br />

trabalhar neste mercado.<br />

Temos uma equipa comercial no terreno<br />

com seis pessoas, numa equipa de 9 pessoas<br />

no total e mais uma em Outsourcing,<br />

pelo que o crescimento da equipa só irá<br />

acontecer no capítulo técnico, por alguém<br />

que possa dar formação e assistência técnica,<br />

que é algo que já fazemos mas recorrendo<br />

a pessoas externas.<br />

A formação é algo de importante para a<br />

Gonçalteam?<br />

Para além da formação técnica, queremos<br />

forçar muito na formação comercial e de serviço.<br />

Dentro de uma casa de pneus existem<br />

sectores que podem ser mais dinamiza<strong>dos</strong>.<br />

Penso que poderemos trabalhar nesse sentido,<br />

fornecendo importantes conhecimentos<br />

na gestão do serviço de um posto de pneus,<br />

potenciando a utilização de determian<strong>dos</strong><br />

equipamentos e produtos que trazem mais<br />

rentabilidade para a casa de pneus.<br />

Quais são as mais recentes novidades de<br />

produto da Gonçalteam?<br />

Acabámos de lançar um aparelho portátil<br />

para enchimento <strong>dos</strong> pneus com nitrogénio,<br />

o Tyresaver, que apresenta múltiplas vantagens<br />

para as casa de pneus que pretendem<br />

prestar esse seviço aos clientes. Não só o<br />

equipamento é mais barato que a tradicional<br />

máquina de nitrogénio, como a sua operacionalidade<br />

é muito maior. Outra novidade é<br />

uma máquina da Haweka para alinhamento<br />

de rodas de pesa<strong>dos</strong>, a Axis 4000, que pelas<br />

suas características facilita bastante a este<br />

actividade do operador. Na Prema, que é uma<br />

das nossas principais representações, existem<br />

também diversas novidades ao nível <strong>dos</strong><br />

consumíveis. ■<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

53


ENTREVISTA<br />

António Ganhão, Coordenador Retalho<br />

“QUEREMOS SER<br />

O NÚMERO 1”<br />

A Rede Vulco entrou em Portugal nos finais de<br />

2007. Actualmente são quase 20 as casas de<br />

pneus que aderiram a este conceito, apresentando<br />

uma imagem comum que está de acordo com o<br />

conceito desta rede. Altura para se fazer um<br />

balanço <strong>dos</strong> quase dois anos de vida.<br />

Arede VULCO foi inicialmente implementada<br />

no mercado francês em<br />

1996 e em Espanha dois anos mais<br />

tarde, estando também presente na Bélgica,<br />

Eslovénia e em Marrocos.<br />

É um <strong>dos</strong> conceitos de rede desenvolvido<br />

pelo Grupo Goodyear Dunlop. Em toda a Europa<br />

são mais de 2.500 oficinas (150 na Península<br />

Ibérica) com imagem de marca.<br />

António Ganhão, Coordenador de Retalho<br />

para Portugal, falou sobre a rede Vulco para<br />

a REVISTA DOS PNEUS.<br />

Quais as razões principais qu≠e levaram ao<br />

lançamento da rede Vulco em Portugal?<br />

A Vulco é uma importante ferramenta de<br />

fidelização. Nós queremos e precisamos reforçar<br />

a relação entre as casas de retalho e o<br />

fabricante.<br />

Por isso, a Vulco é muito mais que a mera<br />

comercialização de pneus, sendo um importante<br />

suporte em diferentes áreas para os<br />

nossos parceiros, nomeadamente em áreas<br />

de marketing, redução de custos, sistemas<br />

de tecnologia de informação, angariação de<br />

clientes, etc.<br />

54<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


Os parceiros da rede Vulco terão sempre,<br />

de acordo com a estratégia definida pela<br />

Goodyear, uma relevante presença no mercado<br />

das frotas e no seu constante desenvolvimento<br />

neste caso em Portugal.<br />

A rede Vulco nasceu em finais de 2007. Qual<br />

o balanço deste período de actividade?<br />

Estamos muito satisfeitos com o desenvolvimento<br />

da rede até agora, mas temos que<br />

considerar que não partimos do zero. A nossa<br />

experiência noutros merca<strong>dos</strong> é relevante,<br />

pelo que sabemos os passos que deveremos<br />

dar agora neste novo mercado. Posso<br />

dizer que estamos perante um novo mercado<br />

mas com um conceito de retalho já existente.<br />

Qual é o conceito principal da rede Vulco?<br />

Imagem forte e vontade de vingar são vectores<br />

que o conceito Vulco quer fazer prevalecer<br />

em Portugal. O objectivo é claro: tornar-se<br />

na principal rede especialista em<br />

pneus. Com uma forte presença na vizinha<br />

Espanha e também em França - onde surgiu<br />

pela primeira vez em 1996 - Bélgica e Eslovénia,<br />

o conceito promete fazer valer a sua<br />

experiência para se diferenciar e prestar os<br />

melhores serviços ao consumidor final.<br />

Para além do serviço de pneus, a rede Vulco<br />

também deve prestar outros tipo de serviços?<br />

Quais?<br />

A oficina tem de ter como “core business”<br />

o trabalho em pneus, mas salvaguardando a<br />

ideia que hoje em dia as oficinas têm de<br />

prestar também outros serviços. E este é<br />

outro <strong>dos</strong> pontos onde ajudamos as pessoas<br />

que só trabalharam pneus até aqui a desenvolver<br />

serviços que não conhecem tão bem.<br />

Estou-me a referir ao serviço de travões,<br />

óleo, sistemas de ar condicionado, baterias,<br />

etc. Portanto, o conceito ideal da oficina Vulco<br />

é o de uma oficina em que o seu negócio<br />

principal são pneus mas simultaneamente<br />

com multi serviços, orientada ao cliente e<br />

com uma filosofia de trabalho em equipa.<br />

A rede Vulco vai também comercializar<br />

produtos de marca própria (Baterias Vulco,<br />

Escovas Vulco, etc)?<br />

Sim. A venda de produtos de marca própria<br />

reforça o reconhecimento da marca,<br />

permitindo identificar os mesmos dentro da<br />

rede. Por outro lado, dá a possibilidade de se<br />

ganhar dinheiro e desenvolver negócios.<br />

Sendo uma rede desenvolvida pela Goodyear,<br />

os aderentes poderão também vender<br />

outras marcas que não sejam da Goodyear?<br />

A rede Vulco em Portugal conta já com 19<br />

postos de assistência a pneus, mas espera<br />

chegar às 50 casas de pneus em dois anos<br />

de actividade<br />

O nosso objectivo é que se possa vender a<br />

percentagem máxima possível de produtos<br />

Goodyear e Dunlop, mas sem esquecer que<br />

temos que oferecer serviços e produtos aos<br />

clientes de uma forma geral. Para além do<br />

mix de marcas de pneus que comercializamos,<br />

temos que atender à expectativa do<br />

cliente e não podemos negar serviços e produtos<br />

a cliente que procuram outras marcas.<br />

Um aderente à rede Vulco pode estar associado<br />

a um grupo de compras, como a<br />

Pneuport, MegaMundi, etc?<br />

Não pode. O projecto Vulco exige exclusividade.<br />

Com a rede Vulco, a Goodyear pretende<br />

chegar mais próximo de outro tipo de clientes,<br />

nomeadamente as frotas?<br />

Quais são os objectivos de curto e médio<br />

prazo para a rede Vulco?<br />

Temos uma marca forte denominada Vulco<br />

que já está experimentada com sucesso em<br />

vários países na Europa e em Portugal queremos<br />

ser número 1.<br />

Quantos centros da rede Vulco esperam ter<br />

(ou abrir) por ano até 2010?<br />

Quantidade é importante mas mais importante<br />

é a qualidade. Contudo, temos um plano<br />

para ter 50 centros Vulco em dois anos.<br />

Este é um número que pode conciliar da melhor<br />

forma a qualidade e a quantidade nas<br />

nossas operações.<br />

Quantos postos Vulco tem a rede actualmente?<br />

Actualmente já contamos com 19 postos.<br />

Quais são as diferenças de uma rede como a<br />

Vulco para uma tradicional rede de serviços<br />

rápi<strong>dos</strong>?<br />

A rede Vulco é constituída por oficinas<br />

apoiadas por um fabricante de pneus de primeira<br />

linha, a Goodyear Dunlop. Diferenciamo-nos<br />

a nível de serviço e a nível das perspectivas<br />

e apoio que oferecemos ao cliente<br />

associado e ao consumidor final. Cada uma<br />

das outras redes dirá que são os melhores,<br />

mas nós temos uma experiência de muitos<br />

anos não só em Espanha e França, mas a nível<br />

Europeu. Creio que conseguimos afinar<br />

um programa importante de retail com pontos<br />

de apoio que acreditamos são os mais<br />

adequa<strong>dos</strong> aos merca<strong>dos</strong> onde estamos presentes.<br />

■<br />

GOODYEAR DUNLOP PORTUGAL<br />

Sede: Alfrapark – Edifício F, Piso 1 Sul<br />

2610-008 Amadora<br />

Responsável: António Ganhão<br />

Telefone: 210 349 000<br />

Fax: 210 349 101<br />

E-mail: antonio_ganhao@goodyear.com<br />

Internet: www.vulco.es<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

55


ENTREVISTA<br />

Miguel Costa, Director de Marketing/Compras da Norauto<br />

Miguel Costa<br />

“É FUNDAMENTAL<br />

CRESCER<br />

DE FORMA SUSTENTADA”<br />

A Norauto foi um <strong>dos</strong> primeiros players da nova<br />

distribuição a chegar a Portugal. A sua criteriosa política<br />

de abertura de novos centros faz da Norauto um <strong>dos</strong> mais<br />

consolida<strong>dos</strong> negócios do ramo automóvel.<br />

As mais de 370 lojas da Norauto<br />

espalhadas pelo Mundo, dizem<br />

bem da dimensão que esta empresa<br />

tem, bem como do know-how acumulado<br />

em mais de 30 anos de actividade.<br />

Em Portugal está desde 1996, altura em<br />

que abriu o primeiro centro, contando já<br />

com 11 a nível nacional.<br />

Para nos falar da empresa em Portugal<br />

e do seu futuro, a REVISTA DOS PNEUS falou<br />

com Miguel Costa, actual Director de<br />

Marketing / Compras da Norauto.<br />

Actualmente com 11 lojas, a política de<br />

expansão da rede Norauto em Portugal<br />

está a decorrer como previsto?<br />

A expansão está a decorrer conforme o<br />

previsto. No mês de <strong>Julho</strong>/09 tivémos uma<br />

abertura em Sintra e continuará a haver<br />

novas aberturas nos próximos anos.<br />

O fundamental para a Norauto é crescer<br />

de forma sustentada, que lhe permita ao<br />

mesmo tempo, uma contínua melhoria na<br />

prestação de serviços aos nossos clientes.<br />

Existem diversos factores essenciais na<br />

nossa política de expansão, nomeadament,<br />

a disponibilidade de uma localização<br />

adequada para a Norauto e a um custo<br />

que permita a exploração rentável do nosso<br />

conceito, dando prioridade à compra de<br />

terrenos; e ter os recursos humanos com<br />

a formação necessária à boa prestação de<br />

serviços ao cliente.<br />

Para além destes critérios, existe todo o<br />

tempo que implica obter as licenças necessárias.<br />

Quais são as vossas perspectivas em<br />

termos de evolução a médio e longo<br />

prazo para Portugal?<br />

A Norauto está em Portugal com o objectivo<br />

de continuar o seu trabalho de expansão,<br />

e pretende, acima de tudo, continuar<br />

a ser primeira escolha <strong>dos</strong> consumidores<br />

automobilistas, não só através da<br />

criação de promoções vantajosas para os<br />

nossos clientes mas sobretudo pelo serviço<br />

de excelência que queremos prestar a<br />

to<strong>dos</strong> os que nos visitem. Temos igualmente<br />

a vontade de ser uma verdadeira alternativa<br />

aos concessionários com a garantia<br />

de uma manutenção igual à que é<br />

definida pelos construtores automóveis,<br />

mas 20 a 30% mais barata. Na sequência<br />

disto, temos vindo a desenvolver novas<br />

prestações, tais como, diagnóstico electrónico,<br />

substituição da correia de distribuição,<br />

tendo ainda outros projectos em<br />

preparação…<br />

56<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

57


ENTREVISTA<br />

Miguel Costa, Director de Marketing/Compras da Norauto<br />

Para além do conceito de “auto centro” que<br />

actualmente têm, a Norauto vai evoluir<br />

para centros mais pequenos, abdicando,<br />

por exemplo, da loja?<br />

Com a insígnia Norauto não. No Grupo Norauto<br />

existem diversas insígnias ligadas ao<br />

sector automóvel, e que possuem uma componente<br />

puramente oficina. Nesse caso, isso<br />

poderá acontecer.<br />

Qual tem sido a evolução do conceito de<br />

auto centro Norauto, tendo em conta a<br />

experiência que já têm no mercado?<br />

A evolução vai, sobretudo, no sentido de<br />

alargarmos o leque de serviços que oferecemos<br />

aos nossos clientes, como por exemplo,<br />

mudança da correia de distribuição, diagnóstico<br />

e reparação do sistema de ar condicionado,<br />

diagnóstico electrónico, etc.. Para<br />

além disso, o objectivo é igualmente alargar<br />

a oferta da gama de produtos, dando a possibilidade<br />

aos nossos clientes de escolher entre<br />

a marca 1º Preço Confiança, marca Norauto<br />

ou uma marca Premium. Em paralelo,<br />

desenvolvemos a presença de marcas referência<br />

no mercado para cada uma das nossas<br />

gamas (por exemplo, Chicco, na gama<br />

das cadeiras de bebé, Mont-Blac para a<br />

gama <strong>dos</strong> porta-bicicletas,…), com o objectivo<br />

de oferecer uma solução especifica para<br />

cada um <strong>dos</strong> nossos clientes.<br />

Tendo também em atenção as características,<br />

cada vez mais exigentes, <strong>dos</strong> nossos<br />

clientes e dada a importância que a especialização<br />

<strong>dos</strong> técnicos tem, hoje em dia, apostamos<br />

cada vez mais na formação, de modo<br />

a conseguirmos responder de forma efectiva<br />

às expectativas <strong>dos</strong> nossos clientes. Pretendemos<br />

destacar-nos pelo atendimento ao<br />

cliente, pela vasta gama de produtos<br />

para equipar o automóvel e no serviço<br />

que prestamos na oficina.<br />

Muitos auto centros têm evoluído para um<br />

serviço oficinal um pouco mais técnico,<br />

indo mais além do serviço rápido. A<br />

Norauto também seguiu essa lógica?<br />

A evolução na<br />

oferta de serviços<br />

ao cliente é quase<br />

uma exigência de<br />

mercado, por isso,<br />

a Norauto seguiu<br />

essa lógica. Para<br />

além de muitos outros,<br />

como disse antes,<br />

temos disponíveis<br />

os serviços de<br />

mudança de correia<br />

distribuição, diagnóstico<br />

e reparação ar<br />

condicionado e diagnóstico<br />

electrónico.<br />

A Norauto tem uma<br />

marca de pneus. Pode<br />

dizer-se que a Norauto é um<br />

especialista de pneus?<br />

Sim. Os pneus da Norauto obedecem<br />

a um grande investimento<br />

em meios técnicos, humanos e de<br />

investigação em parceria com um<br />

<strong>dos</strong> maiores fabricantes de pneus<br />

a nível mundial.<br />

Os requisitos de qualidade, assim<br />

como, to<strong>dos</strong> os testes feitos,<br />

são equipara<strong>dos</strong> às marcas Premium e de<br />

referência do mercado. Garantimos a qualidade<br />

<strong>dos</strong> nossos pneus, dando uma garantia<br />

que pode ir até aos 40 000 km.<br />

Em termos de gama, a Norauto tem também<br />

ao dispor <strong>dos</strong> seus clientes as marcas<br />

de referência do mercado (Michelin, Brid-<br />

A rede Norauto tem vindo a<br />

crescer de forma<br />

sustentada e criteriosa<br />

apostando sempre no<br />

conceito de loja e oficina<br />

Em termos de produtos e serviços<br />

houve também alguma evolução no<br />

conceito Norauto nos últimos anos?<br />

Alargamos a nossa oferta de serviços<br />

oficina, como por exemplo: correia distribuição,<br />

reparação ar condicionado,<br />

diagnóstico electrónico.<br />

Relativamente aos produtos, continuamos<br />

a apostar numa oferta que<br />

permita dar uma solução aos nossos<br />

clientes nos mais diversos segmentos:<br />

1º preço confiança, marca Norauto,<br />

marcas Premium e produtos<br />

ecológicos.<br />

Para além disso estamos a alargar<br />

a nossa oferta de produtos e<br />

serviços na oficina a um conceito de<br />

mobilidade, que inclui, o segmento<br />

duas rodas (scooter, bicicletas).<br />

58<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


zona de influência de uma Norauto,<br />

temos que ter em consideração enquanto<br />

concorrente e merece o nosso<br />

respeito.<br />

Os pneus fazem parte do<br />

negócio da Norauto que<br />

possui mesmo um marca<br />

própria de pneumáticos<br />

NORAUTO<br />

Sede: Av. <strong>dos</strong> Cavaleiros, nº 49<br />

2794-057 Carnaxide<br />

Responsável: Miguel Costa<br />

Telefone: 214 250 880<br />

Fax: 214 250 899<br />

E-mail: n.d.<br />

Internet: www.norauto.pt<br />

gestone, Firestone, Pirelli, Goodyear, Continental,<br />

Dunlop) e uma marca Budget (1º<br />

Preço Confiança).<br />

Para além <strong>dos</strong> pneus, temos todo o tipo de<br />

prestação de serviços na oficina relaciona<strong>dos</strong><br />

com os pneus.<br />

A Norauto é um verdadeiro especialista de<br />

pneus.<br />

Que tipo de peças incorporam nos carros<br />

<strong>dos</strong> vossos clientes?<br />

Peças com qualidade equivalente à origem<br />

e sempre de acordo com a norma ou homologação<br />

específica que o modelo automóvel<br />

exija.<br />

A Norauto aposta em algumas marcas<br />

própria. Isso é uma mais valia para o seu<br />

ngeócio?<br />

É uma mais valia para o negócio e para<br />

o cliente.<br />

Os produtos de marca Norauto, têm<br />

um caderno de encargos específico,<br />

tendo por base a qualidade das marcas<br />

líderes.<br />

A concorrência da Norauto está nas<br />

casas de pneus, nas oficinas<br />

independentes ou nas marcas<br />

automóveis?<br />

Dependendo da localização, do tipo de<br />

produto e de serviço, a concorrência da Norauto<br />

abrange diversos conceitos: concessionário,<br />

oficinas independentes, especialista<br />

pneus, auto centro, fast fit, hipermercado…<br />

A partir do momento que um potencial<br />

cliente da Norauto, possa adquirir um produto,<br />

serviço ou ambos, noutro local da<br />

Qual a razão do conceito auto centro<br />

demorar tanto tempo a crescer em<br />

Portugal?<br />

O mais importante é crescer de forma<br />

sustentada, que permita um desenvolvimento<br />

de forma durável e sempre<br />

orientado para prestar o melhor serviço<br />

ao cliente.<br />

Cada insígnia segue uma estratégia<br />

própria e em função disso tem o seu ritmo<br />

de desenvolvimento.<br />

O fundamental para a Norauto, é que<br />

cada insígnia de auto centro preste um<br />

bom serviço ao cliente, de forma a cimentar<br />

uma imagem de qualidade e de referência<br />

no sector da manutenção automóvel.<br />

Como analisa o mercado oficinal em<br />

Portugal, e qual o caminho que ele vai ter?<br />

Pensa que as pequenas oficinas<br />

tradicionais têm os dias conta<strong>dos</strong>?<br />

As pequenas oficinas continuarão a ter um<br />

papel importante no mercado português, assim<br />

como acontece nos outros países.<br />

Existe uma rápida evolução tecnológica<br />

<strong>dos</strong> automóveis e as pequenas oficinas terão<br />

que repensar o seu modelo de negócio e<br />

nas prestações que poderão oferecer aos<br />

clientes.<br />

O mercado português está muito atomizado<br />

e é natural que haja um ajustamento,<br />

reflexo também das escolhas <strong>dos</strong> automobilistas.<br />

Na sua opinião quais são os pontos fortes<br />

da Norauto, isto é, onde é que a Norauto se<br />

diferencia claramente da concorrência?<br />

São vários, os factores que fazem da Norauto<br />

a primeira escolha <strong>dos</strong> nossos clientes.<br />

O atendimento ao cliente, a largura e<br />

profundidade das gamas, o preço, a informação<br />

na loja, a conveniência <strong>dos</strong> horários de<br />

abertura (abertos to<strong>dos</strong> os dias semana) e<br />

das diferentes localizações no país. O facto<br />

de a Norauto proporcionar continuamente<br />

formação aos seus colaboradores, faz com<br />

que estejamos prepara<strong>dos</strong> para responder<br />

com qualidade e de forma transparente às<br />

expectativas <strong>dos</strong> nossos clientes. Trabalhamos<br />

diariamente para proporcionar um nível<br />

superior de qualidade na prestação do serviço<br />

fornecido ao cliente e optimizamos a<br />

transparência <strong>dos</strong> processos na loja e na oficina.<br />

Isso acaba por reflectir a escolha <strong>dos</strong><br />

nossos clientes que saem da Norauto com a<br />

garantia de satisfação. ■<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

59


ENTREVISTA<br />

Eustaquio Andrés Sanchez, Presidente do Grupo Andrés<br />

DIMENSÃO IBÉRICA<br />

É um <strong>dos</strong> principais distribuidores<br />

independentes de pneus na Península Ibérica,<br />

que possui uma forte presente comercial em<br />

Portugal. O Grupo Andrés é um colosso da<br />

distribuição de pneus, que desde a sua origem<br />

vende pneus no nosso país.<br />

Desde as suas origens como uma<br />

pequena loja pneus em Salamanca,<br />

há quase 30 anos atrás, o seu<br />

fundador e presidente Eustaquio Andrés<br />

Sanchez tornou o Grupo Andrés Pneumáticos<br />

no primeiro distribuidor exclusivo e independente<br />

de pneus da Península Ibérica.<br />

A REVISTA DOS PNEUS entrevistou Andrés<br />

Sanchez Eustaquio, profundo conhecedor<br />

do sector <strong>dos</strong> pneus, que nos falou desta<br />

dinâmica empresa Espanhola.<br />

O que é actualmente o Grupo Andrés?<br />

É a referência no sector da distribuição de<br />

pneus. O Grupo está estabelecido com a opção<br />

mais sólida e rentável para os profissionais<br />

do sector <strong>dos</strong> pneus, que enfoca toda a<br />

sua estratégia na procura constante da máxima<br />

rentabilidade para os seus clientes.<br />

As nossas fontes de abastecimentos são<br />

os principais fabricantes de pneus do mundo,<br />

pelo que a nossa solidez e o nosso poder<br />

de compra nos permite praticar um excelente<br />

e dinâmico preço de venda.<br />

Desde quando é que o Grupo Andrés vende<br />

pneus em Portugal?<br />

Desde o seu início, isto é, praticamente há<br />

30 anos atrás, simplesmente devido à proximidade<br />

da fronteira com Portugal. Contudo,<br />

quando nos integramos realmente na União<br />

Europeia foi quando se deu início à distribuição<br />

e venda ordenada, oferecendo to<strong>dos</strong> os<br />

nosos serviços em Portugal<br />

Como surgiu a ideia de vender pneus em<br />

Portugal?<br />

60<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


As vendas via internet geram cerca de 60%<br />

das encomendas que o Grupo Andrés recebe<br />

<strong>dos</strong> retalhistas<br />

A proximidade fronteiriça foi uma das razões,<br />

mas a rapidez no serviço de entrega<br />

juntamente com a manutenção de um elevado<br />

stock acabou por facilitar a nossa expansão<br />

em cidades como Lisboa e Porto, criando<br />

uma procura natural que nos permitiu desenvolver<br />

a infra-estrutura adequada.<br />

Quantos pneus vendem anualmente?<br />

Temos um grupo de 30 profissionais que<br />

fazem o atendimento telefónico ao cliente<br />

em Espanhol, Português ou Inglês sendo assessora<strong>dos</strong><br />

comercialmente em relação à<br />

compra <strong>dos</strong> seus pneus.<br />

A eficácia destes profissionais permite<br />

atender cerca de 1.500 telefonemas por dia,<br />

gerindo 7.000 pedi<strong>dos</strong> por semana, o que nos<br />

leva a realizar até 400.000 envios de pneus<br />

anuais. Com os mais modernos meios de comunicação<br />

e um call-center de última geração,<br />

o contacto com o cliente é agilizado e a<br />

espera é mínima.<br />

Para uma maior visibilidade e eficiência,<br />

temos a página web mais avançada do mercado,<br />

que gere cerca de 60% das encomendas<br />

através dela. Com a ajuda dessas ferramentas,<br />

as nossas vendas atingiram um total<br />

de 2.500.000 pneus (cerca de 1.000.000<br />

unidades em Portugal).<br />

Qual o stock médio de pneus?<br />

Temos cerca de 400.000 pneus em média<br />

no nosso armazém de Salamanca.<br />

Qual a dimensão do vosso armazém? Tem<br />

mais que um armazém?<br />

Como distribuidor independente, o Grupo<br />

André é o maior operador de pneus da Península<br />

Ibérica.<br />

Diariamente são expedi<strong>dos</strong> do nosso armazém<br />

mais de 8.000 pneus que correspondem<br />

a cerca de 1.000 envios diários para<br />

Portugal e Espanha.<br />

Também diariamente descarregamos<br />

mais de 8.000 pneus de mais de 20 marcas<br />

diferentes nos nossos 40.000 m2 de armazéns.<br />

Dispomos para o efeito de vários armazéns,<br />

to<strong>dos</strong> eles na zona de Salamanca e arredores,<br />

o que nos facilita muito em termos<br />

de disponibilidade imediata.<br />

Como funcionam em termos logísticos? Fazem<br />

entregas em 24 horas em qualquer lugar<br />

de Portugal?<br />

Com uma ampla e variada logística e trabalhando<br />

com as melhores empresas nacionais<br />

e regionais do sector, entregamos<br />

os pneus em toda a Península Ibérica em 24<br />

horas em 90% <strong>dos</strong> casos, sendo os restantes<br />

10% em 48 horas.<br />

Quantas marcas de pneus comercializam?<br />

Quais são as principais?<br />

Trabalhamos mais de 20 marcas de pneus<br />

para oferecer a gama mais diversificada<br />

possível aos nossos clientes.<br />

As marcas mais importantes são as de<br />

maior procura, que por sinal são também as<br />

<strong>dos</strong> maiores fabricantes de pneus.<br />

O Grupo Andrés possui alguma marca própria<br />

de pneus?<br />

Não dispomos de uma marca própria, porque<br />

entendemos que a procura de produtos<br />

e a variedade de gama muda muito rapidamente.<br />

Contudo, em Espanha somos distribuidores<br />

exclusivos da Nankang e na Península<br />

Ibérica da marca Triangle, Deestone e Dong<br />

Ah.<br />

Dominando a distribuição, o grupo Andrés<br />

tem alguma rede de retalho associada?<br />

Somos o único distribuidor de pneus que<br />

não tem uma rede de oficinas, já que a nossa<br />

política de empresa é vender e facilitar os<br />

nossos serviços a to<strong>dos</strong> os profissionais <strong>dos</strong><br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

61


ENTREVISTA<br />

Eustaquio Andrés Sanchez, diz que o<br />

mercado de pneus em Portugal vai<br />

profissionalizar-se cada vez mais<br />

Eduardo Salazar Sanchís (Director Geral), Javier Andrés Herrera (Director de Logística),<br />

Eustaquio Andrés Sanchez (Presidente), Iván Andrés Herrera (Director Comercial), Enrique<br />

Ferrero Revert (Director de Vendas e Marketing)<br />

pneus, oferecendo-lhes a tranquilidade de<br />

que nunca lhes iremos fazer concorrência.<br />

Dito de outra maneira. Um distribuidor<br />

que tenha uma rede de oficinas, somente<br />

pode vender a uma oficina (sua associada)<br />

em uma cidade, já que essa oficina é concorrente<br />

directa de outras oficinas na mesma<br />

cidade.<br />

A vossa gama de pneus incide apenas em<br />

pneus para veículos ligeiros ou também<br />

vendem pneus para veículos pesa<strong>dos</strong>, industriais<br />

e agrícolas?<br />

Dispomos de todo o tipo de pneus, desde<br />

os pneus para carro de mão e kart (jantes 4<br />

ou 6 polegadas), até aos enormes pneus industriais<br />

(jantes 25 ou 29 polegadas). Porém,<br />

o mais importante são os pneus de<br />

moto, turismo, 4x4, furgão, camião e agroindustrial.<br />

Que vantagens e pontos fortes tem o Grupo<br />

Andrés, face a outros operadores na distribuição<br />

de pneus?<br />

Temos diversas vantagens, algumas já faladas<br />

anteriormente, mas que aponto de seguida:<br />

- Disponibilidade de 400.000 pneus em<br />

stock;<br />

- Serviço, em Portugal 96% das entregas<br />

são feitas em 24 horas;<br />

- Somos a referência para ao mercado em<br />

termos de preço;<br />

- Não temos oficinas franchisadas e por<br />

isso não fazemos concorrência;<br />

- Página de pedi<strong>dos</strong> online con stock em<br />

tempo real, com inovadoras ferramentas<br />

de ajuda de venda ao cliente.<br />

- Atenção personalizada ao cliente, em português,<br />

das 9 horas da manhã até às<br />

20h15m.<br />

Têm algum acordo com algum operador de<br />

pneus em Portugal?<br />

A nossa distribuição é feita principalmente<br />

através de um único operador logístico que é<br />

a Coimbra Tir.<br />

Para quantas casas de pneus vendem em<br />

Portugal?<br />

O nosso sistema de distribuição permitenos<br />

chegar às pequenas casas de pneus e<br />

oficinas. Chegamos a mais de 2.000 pontos<br />

de venda em Portugal.<br />

Qual a vossa opinião sobre o mercado português<br />

de pneus?<br />

Na nossa opinião é um mercado muito exigente<br />

e que necessita de uma atenção especial<br />

face a outras merca<strong>dos</strong>, devido à crise<br />

económica que atravessa desde há alguns<br />

anos. Oferecemos a esse mercado os nossos<br />

melhores produtos aos melhores preços, o<br />

que tem servido a quem está no mercado em<br />

Portugal ter uma referência mais precisa do<br />

negócio.<br />

Acreditamos que Portugal está a ultrapassar<br />

a crise melhor que outros países europeus,<br />

talvez porque já tenha tocado no fundo<br />

e já começar a emergir.<br />

Como é normal, cada vez vamos ter mais<br />

profissionais dedica<strong>dos</strong> à venda de pneus em<br />

Portugal. Para progredirem como um bom<br />

negócio, as oficinas estão a preparar-se<br />

para o futuro, dedicando mais recursos para<br />

o Marketing e Venda.<br />

O mercado português de pneus tenderá a<br />

profissionalizar-se cada vez mais e, por isso,<br />

será um negócio mais produtivo. ■<br />

GRUPO ANDRÉS<br />

Sede: Salamanca<br />

Espanha<br />

Presidente: Eustaquio Andrés Sánchez<br />

Telefone: (+34) 902 19 32 48<br />

Fax: (+34) 902 19 33 0<br />

E-mail: info@grupoandres.com<br />

Internet: www.grupoandres.com<br />

62<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


EMPRESA<br />

Albipneus<br />

NEGÓCIO MUNDIAL<br />

Quem conhece o pequeno posto de retalho da<br />

Albipneus em Castelo Branco não imagina a<br />

dimensão do negócio que lhe está associado.<br />

A Albipneus vende pneus para os quatro<br />

cantos do mundo.<br />

64<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


tem o nome Albipneus, movimenta qualquer<br />

coisa como 300.000 pneus entre retalho<br />

e distribuição, com uma facturação<br />

próxima <strong>dos</strong> 15 milhões de euros.<br />

Sérgio Louro e Joaquim<br />

Louro, pai e filho, ambos<br />

dedica<strong>dos</strong> ao negócio<br />

<strong>dos</strong> pneus<br />

As origens da Albipneus remontam<br />

a Janeiro de 1992, fruto de<br />

um desafio que Joaquim Louro<br />

(juntamente com outras pessoas) entendeu<br />

enfrentar, numa área de negócio que<br />

não tinha qualquer experiência, que eram<br />

os pneus. Na altura começou apenas com<br />

um montador de pneus, numa pequena<br />

instalação, mas nem com um ano de laboração<br />

a sociedade inicial desfez-se e Joaquim<br />

Louro deu início à Albipneus.<br />

O negócio cresceu, foram sendo realiza<strong>dos</strong><br />

acor<strong>dos</strong> e parcerias, sendo que em<br />

2005 a Albipneus dispunha de sete estabelecimentos,<br />

tendo ano após ano incrementado<br />

as suas vendas (quer em pneus<br />

de ligeiros quer de comerciais) e a sua<br />

facturação.<br />

Com a dinâmica de distribuição de<br />

pneus que já tinha em Portugal, a Albipneus<br />

começa a exportação em 2002, para<br />

em 2005 abrir um posto de retalho em Cáceres,<br />

sendo a única empresa portuguesa<br />

com presença na distribuição e no retalho<br />

em Espanha.<br />

Neste período, entre 2002 e 2005 a empresa<br />

cresceu 350% e com o posto de retalho<br />

aberto em Espanha, a exportação<br />

aumentou ainda mais, tendo-se atingido o<br />

pico de actividade em 2007, chegando aos<br />

3 milhões de euros de exportação.<br />

Em 2008 associado à Albipneus, nasceu<br />

o projecto Star Alliance, gerido por Sérgio<br />

Louro, que lançou a marca de pneus America,<br />

segundo um esquema de negócio<br />

que levou à constituição de uma rede de<br />

aderentes a este projecto.<br />

Actualmente ao Grupo Albipneus pertencem<br />

12 postos de retalho, apenas um<br />

Exportação<br />

A Albipneus tem crescido imenso ao<br />

nível da exportação, tendo neste momento<br />

presença em diversos países<br />

da Europa, nos Palop, Argélia, Brasil,<br />

entre muitos outros.<br />

Tal expansão não foi circunstancial,<br />

mas sim “um objectivo nosso,<br />

que passava pela divulgação da nossa<br />

empresa e <strong>dos</strong> nossos serviços<br />

em Portugal e no estrangeiro”, revela<br />

Joaquim Louro, administrador<br />

da Albipneus, acrescentando que<br />

“somos uma empresa que faz investigação<br />

permanente e que não<br />

fica de braços cruza<strong>dos</strong> à espera<br />

que as coisas aconteçam. Estamos em<br />

permamente evolução”.<br />

O ano de <strong>2009</strong> vai marcar mais um mudar<br />

de página na Albipneus, com a passagem<br />

da empresa a Sociedade Anónima.<br />

“Esta situação vai permitir uma maior<br />

abertura da empresa a determinadas expectativas<br />

que temos para o negócio”, diz<br />

Joaquim Louro, explicando que “nos vai<br />

permitir aumentar o grupo fazendo parcerias<br />

com a própria Albipneus, mas por<br />

outro lado, permitir que a Albipneus entre<br />

noutras empresas fazendo determinadas<br />

parcerias”.<br />

O objectivo da Albipneus é ter mais postos<br />

de atendimento ao público, já que ao<br />

nível da revenda a empresa considera que<br />

não pode aumentar muito mais o trabalho<br />

que tem sido feito pelos 300 parceiros<br />

“aos quais quero agradecer o trabalho<br />

que têm vindo a fazer connosco”, diz Joaquim<br />

Louro.<br />

Das 12 casas de retalho que estão na Albipneus,<br />

apenas a de Castelo Branco tem<br />

este nome. É neste espaço que estão centra<strong>dos</strong><br />

os serviços da Albipneus, onde<br />

existe a “central de compra”, sendo daí<br />

que é feita a distribuição para os outros<br />

postos e para a revenda.<br />

“Em cada uma das nossas 12 casas<br />

existe uma particularidade, pois cada uma<br />

tem um sócio-gerente independente que<br />

é o gestor do posto”, refere Joaquim Louro<br />

que esclarece que em cada uma tem<br />

pelo menos 50% da participação. Nenhum<br />

desses postos terá o nome Albipneus, até<br />

porque dessa forma se mantém a independência<br />

das mesmas e se potencia a<br />

sua identidade local.<br />

“Existe claramente uma vontade de fazer<br />

coisas novas. Sabemos que qualquer<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

65


EMPRESA<br />

Albipneus<br />

tipo de investimento tem que ser<br />

muito bem pensado e ponderado”,<br />

revela o mesmo responsável.<br />

Globalização<br />

Movimentando cerca de 300.000<br />

pneus por ano, mais do que muitos<br />

importadores que operam em Portugal,<br />

Joaquim Louro revela que<br />

isso só se consegue com “trabalho<br />

e com o excelente leque de colaboradores<br />

que temos”.<br />

Algo de que a Albipneus não se envergonha<br />

de dizer é que foi um <strong>dos</strong><br />

primeiros operadores a recorrer ao<br />

mercado paralelo, o que permitiu<br />

que a empresa “ajudasse a colocar<br />

melhores preços de pneus em Portugal,<br />

através da coragem que tivémos<br />

em ir a outros merca<strong>dos</strong>, mas também<br />

nos permitiu ter preços para exportação,<br />

o que nos levou a este crescimento”.<br />

Com números muito consideráveis de<br />

vendas de pneus no retalho, mesmo assim<br />

esta área representa apenas 20% da<br />

facturação da Albipneus, que assim alcança<br />

80% das vendas na distribuição.<br />

“Para <strong>2009</strong> o nosso objectivo, não havendo<br />

regressão nas vendas, pretendemos<br />

pelo menos manter o mesmo nível<br />

de facturação <strong>dos</strong> dois anos anteriores, o<br />

que era excelente devido à crise actual”,<br />

perspectiva Joaquim Louro.<br />

Retalho<br />

Falar do serviço na área do retalho é<br />

quase um chavão no mercado. Para a Albipneus<br />

tudo passa pela satisfação do<br />

cliente, mas um <strong>dos</strong> factores principais é<br />

o atendimento e a qualidade do serviço.<br />

“Sabemos que não somos baratos mas<br />

temos a certeza que também não somos<br />

caros, isto é, temos um preço adequado<br />

ao serviço que prestamos ao cliente e à<br />

qualidade que temos no mesmo”, revela<br />

Joaquim Louro que justifica o sucesso<br />

dessa aposta com o facto de “termos vindo<br />

a crescer em to<strong>dos</strong> os postos. Não se<br />

trata de um crescimento por baixa de<br />

preços ou promoções, mas sim pela qualidade<br />

do serviço que prestamos e pela<br />

confiança que incutimos no nosso cliente,<br />

que normalmente regressa aos nossos<br />

pontos”.<br />

Como se falou antes, os 12 postos Albipneus<br />

são independentes, tendo Joaquim<br />

Louro reconhecido algumas vantagens<br />

que poderiam existir numa unificação<br />

da imagem nomeadamente para as<br />

frotas, sendo essa uma situação que está<br />

em estudo na empresa.<br />

A Albipneus<br />

possui<br />

participações em<br />

mais 12 casas<br />

de pneus<br />

PROJECTO<br />

STAR ALIANCE<br />

Em finais de 2008, dentro da Albipneus nasceu o projecto Star Aliance, que surge da<br />

procura constante de novas oportunidades de negócio ao nível <strong>dos</strong> pneus.<br />

A Star Aliance lançou a marca de pneus America, permitindo que uma rede de casas<br />

de pneus tenha acesso exclusivo à comercialização desta marca.<br />

“Existem três palavras chave neste negócio: não existem escalões, promoções nem<br />

obrigações”, refere Joaquim Louro, explicando que “ao contrário de todas as marcas o<br />

preço é o mesmo para quem compra um ou compra cem pneus America, não há promoções<br />

pois o preço mantém-se estável ao longo do ano, não se correndo o risco de se<br />

fazer maus negócios e, por úlitmo, não há obrigações porque os aderentes à Star Aliance<br />

são livres de comprar quando querem”.<br />

Segundo o mesmo responsável “é um novo conceito de negócio, que não pressiona os<br />

aderentes, deixando-lhes a liberdade de decidir, de escolher e de comprar quando mais<br />

lhes convier”.<br />

SERVIÇO DE VIGILÂNCIA<br />

Dos muitos serviços que a Albipneus presta aos seus clientes, quer nos postos de retalho<br />

quer na distribuição, existe um que se destaca. Trata-se de um serviço de vigilância<br />

que funciona em toda a extensão da Auto-Estrada A23. “Temos uma brigada que<br />

está em alerta 24 horas, que se desloca a qualquer ponto da A23 sempre que for solicitado,<br />

prestando assistência a pneus nomeadamente na área <strong>dos</strong> pesa<strong>dos</strong>”, refere<br />

Joaquim Louro.<br />

Existem também acor<strong>dos</strong> com companhias de seguros (mesmo estrangeiras), que recorrem<br />

a este serviço de “piquete”, utilizando-se para o efeito uma carrinha adaptada a<br />

este serviço.<br />

66<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


ALBIPNEUS<br />

Sede: Estrada Cruz de Montalvão, 17<br />

6000-197 Castelo Branco<br />

Gerente: Joaquim Louro<br />

Telefone: 272 324 544<br />

Fax: 272 324 542<br />

E-mail: louro.sergio@gmail.com<br />

Internet: -<br />

A Albipneus movimenta<br />

cerca de 300.000 pneus<br />

por ano das mais diversas<br />

marcas e origens<br />

A Albipneus vai inaugurar no<br />

final do ano um novo posto de<br />

assistência a pneus em<br />

Castelo Branco<br />

Distribuição<br />

Na área da distribuição, o stock da Albipneus<br />

possui dois armazéns principais,<br />

com uma capacidade de 7.000 m2 onde<br />

estão em média cerca de 40.000 pneus.<br />

“Na componente de exportação, existe<br />

uma grande parte <strong>dos</strong> pneus que vendemos<br />

que nem sequer passam pelos nossos<br />

armazéns, pois vão do fabricante para<br />

o cliente final, onde funcionamos numa<br />

lógica de central de compra”, revela Joaquim<br />

Louro.<br />

Para além de distribuição com meios<br />

próprios, a Albipneus tem contrato com<br />

empresas especializadas em distribuição<br />

que asseguram essa função em Portugal<br />

mas também no estrangeiro.<br />

Muitos <strong>dos</strong> clientes em Espanha, França,<br />

itália, Alemanha, Bélgica, Holanda, Inglaterra,<br />

Túrquia, Marrocos, Argélia<br />

(pneus industriais), Palop e Brasil são casas<br />

de retalho, embora em certos casos<br />

se venda directamente ao cliente final.<br />

Não se concentrando apenas no pneu<br />

para veículos ligeiros, outra aposta da Albipneus<br />

está na grande diversidade de<br />

produto que dispõe no seu stock. “Essa é<br />

de facto uma aposta que fazemos, mesmo<br />

sabendo que estamos a trabalhar<br />

com clientes diferentes e com necessidades<br />

diferentes, mas queremos ter disponibilidade<br />

tanto no ligeiro como no pesado<br />

ou no agrícola”, revela Joaquim Louro.<br />

Com tantos operadores na área da distribuição<br />

que existem actualmente, o<br />

responsável da Albipneus diz que o mercado<br />

terá que se reajustar pois poderá<br />

não haver mercado para to<strong>dos</strong>, afirmando<br />

que “isto não é um poço sem fundo.<br />

Quem tiver mais estrutura e maior poder<br />

negocial vai conseguir manter-se competitivo”.<br />

Futuro<br />

A Albipneus está a fazer um<br />

forte investimento (cerca de um<br />

milhão e meio de euros) em novas<br />

instalações na zona industrial<br />

de Castelo Branco. Aqui<br />

existirá um grande armazém<br />

central, para concentrar o stock<br />

de pneus, ganhando-se por isso<br />

em sinergias na actividade de distribuição,<br />

mas também funcionará<br />

um novo posto de retalho com seis<br />

box´s para ligeiros e quatro para<br />

camiões. Numa área superior a<br />

5.000m2, <strong>dos</strong> quais 4.000m2 correspondem<br />

a construção, neste<br />

novo espaço, a inaugurar até finais<br />

de <strong>2009</strong>, funcionarão to<strong>dos</strong> os serviços<br />

da Albipneus. ■<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

67


EMPRESA<br />

Chaveca & Janeira<br />

DINAMIZAR O NEGÓCIO<br />

Implementada e consolidada no mercado <strong>dos</strong> pneus em<br />

Portugal, a Chaveca & Janeira, olha para o futuro com o<br />

optimismo de quem tem um imenso Know-how na área. O<br />

objectivo passa por conquistar mais mercado, também através<br />

do ambicioso projecto de vendas “on line”.<br />

Tem já mais de 50 anos a história da<br />

Chaveca & Janeira. Foi em 1957 que<br />

teve início a sua actividade, com a<br />

recauchutagem de pneus, actividade que<br />

manteve como principal até à entrada da década<br />

de 80.<br />

Essa actividade permitiu que a Chaveca &<br />

Janeira tivesse um contacto muito directo<br />

com outras casas de pneus, o que lhe abriu a<br />

oportunidade de entrar no comércio de<br />

pneus.<br />

O comércio passou a assumir grande preponderância<br />

no negócio de pneus da empresa,<br />

tendo Chaveca & Janeira apostado em<br />

duas vertentes, por um lado os postos próprios<br />

e, por outro lado, a distribuição.<br />

A dinâmica comercial que a empresa veio<br />

a incutir nos seus negócios levou a que a distribuição<br />

ganhasse um papel preponderante<br />

na actividade da empresa.<br />

Actualmente a Chaveca & Janeira faz distribuição<br />

de pneus para todo o país, sendo<br />

um negócio que pretende desenvolver, tal<br />

como o do retalho, onde a empresa dispõe<br />

das “Chaveca & Janeira Autoservice” em S.<br />

Brás de Alportel, Faro e Portimão.<br />

Para além do negócio de pneus a Chaveca<br />

& Janeira distribui também os lubrificantes<br />

Shell para toda a região do Algarve, sendo<br />

ainda distribuidor de jantes (Mille Miglia e<br />

Tora).<br />

Não sendo uma actividade industrial, a<br />

Chaveca & Janeira dispõe ainda de equipamento<br />

para fazer a reparação e rectificação<br />

de jantes, o que poucas casas podem ofere-<br />

68<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


A certificação deu uma maior dinâmica aos<br />

negócio da Chaveca & Janeira<br />

Rui Chaveca,<br />

Administrador da Chaveca & Janeira<br />

cer naquela região do país. “Actualmente<br />

estamos muito focaliza<strong>dos</strong> na prestação de<br />

um serviço melhor e totalmente direccionado<br />

ao cliente”, diz Rui Chaveca, administrador<br />

da Chaveca & Janeira. O que muito contribuiu<br />

para esta nova dinâmica foi a certificação<br />

da empresa no ISO 9001 em 2008, o<br />

que nos deu “uma projecção muito importante<br />

junto de entidades públicas, como para<br />

concorrer a certas empresas que exigem a<br />

certificação por também elas serem certificadas”,<br />

sublinha o mesmo responsável, revelando<br />

o caso das empresas com frotas e<br />

de algumas rent-a-car, bem como alguns<br />

organismos públicos como Câmaras Muncipais,<br />

Região de Turismo do Algarve, entre<br />

outras, que permitiram aumentar as vendas<br />

nos postos de retalho da empresa.<br />

Aposta no “On line”<br />

Um <strong>dos</strong> projectos em que a Chaveca & Janeira<br />

mais se empenhou no último ano ao nível<br />

das distribuição foi nas vendas “on line”.<br />

Sendo um projecto muito importante e interessante<br />

para a empresa, que através dele<br />

tem vindo a conquistar novos clientes, Rui<br />

Chaveca, faz notar que “desde Fevereiro, altura<br />

em que fizémos os primeiros testes, no-<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

69


EMPRESA<br />

VENDAS “ON LINE”<br />

As vendas “on line” são uma das apostas de<br />

Rui Chaveca e da sua empresa para<br />

aumentar as vendas<br />

Uma das grandes apostas da Chaveca & Janeira<br />

para <strong>2009</strong> foram as vendas “on line”.<br />

O projecto foi lançado em 2008 mas só no início deste<br />

ano foram realiza<strong>dos</strong> os primeiros testes, para em<br />

Março se dar início às vendas “on line” propriamente<br />

ditas.<br />

Qualquer empresa que esteja ligada ao ramo oficinal<br />

ou ao retalho de pneus tem um determinado montante<br />

de crédito, sendo aberta uma conta e atribuído um<br />

login e uma password.<br />

Depois através do site www.chaveca-janeira.pt, o<br />

cliente acede ao stock e pode efectuar os pedi<strong>dos</strong>,<br />

sendo os pneus entregues até às 12 horas do dia seguinte (desde que o pedido seja até às<br />

16 horas do dia anterior).<br />

Tal como um pedido efectuado por telefone, os pedi<strong>dos</strong> “on line” não têm qualquer agravamento<br />

de custo, beneficiando o cliente das mesmas condições comerciais de qualquer<br />

outra forma de aquisição.<br />

Ter volume e disponibilidade de stock são<br />

factores chave para a empresa<br />

tamos que to<strong>dos</strong> os meses as vendas por via<br />

“on line” aumentam de forma exponencial”.<br />

Estas aposta no “on line” vem trazer ainda<br />

outros benefícios quer em termos de gestão<br />

quer de stock, já que vem trazer uma maior<br />

operacionalidade ao negócio da distribuição.<br />

“Vejo que o “on line” é o próximo passo na<br />

relação com os clientes e que terá imenso<br />

futuro, pois não só a informação é fiável,<br />

como é segura, como permite ao cliente ter<br />

acesso a todo o stock de forma rápida fazendo<br />

a transacção também de forma segura e<br />

rápida”, revela o administrador da Chaveca<br />

& Janeira.<br />

Muitas casas de pneus passaram a ser novos<br />

clientes da Chaveca & Janeira por via das<br />

vendas on line, mas esta ferramenta vai ainda<br />

trazer outras potencialidades.<br />

Para os concessionários a Chaveca & Janeira<br />

está a desenvolver uma ferramenta<br />

que lhes permita estar liga<strong>dos</strong> ao stock. Automaticamente<br />

cada concessionário poderá<br />

dar ao seu cliente orçamentos de pneus,<br />

bem como fazer reservas e/ou encomendas.<br />

Dessa forma evita-se que os concessionários<br />

façam stocks e possam dar mais serviço<br />

aos seus clientes.<br />

Outro passo importante na especialização<br />

e profissionalização do negócio da distribuição,<br />

foi o acordo feito entre a Chaveca & Janeira<br />

e DHL. Como tal a DHL responsabilizase<br />

pelas entregas de pneus em 24 horas<br />

após o pedido em qualquer ponto do país, o<br />

que “foi para nós uma mais-valia muito importante,<br />

que trouxe também novos clientes<br />

e mais vendas, permitindo que a Chaveca &<br />

Janeira esteja um pouco em contra-ciclo<br />

com o que se verifica no mercado” diz Rui<br />

Chaveca.<br />

A empresa ainda dispõe de distribuição<br />

própria mas é uma situação que gradualmente<br />

deixará de ter representatividade pois<br />

“a nossa especialidade é pneus, não a distribuição.<br />

Conseguimos actualmente entregar<br />

os pneus mais rapidamente do que quando<br />

utilizamos frota própria. Por outro lado temos<br />

meios informáticos que nos permitem<br />

seguir os pneus e acompanhar as entregas,<br />

o que é muito importante para o controlo da<br />

nossa actividade”, refere Rui Chaveca.<br />

Stock<br />

Outra aposta da Chaveca & Janeira tem<br />

sido no stock. “Aumentámos o nosso stock,<br />

não só porque importamos muitos pneus,<br />

mas para se ter capacidade de resposta é<br />

necessário ter stock”, diz Rui Chaveca, argumentando<br />

que “se quero servir todo o país<br />

não posso ter o mesmo stock quando servia<br />

só regionalmente”.<br />

Apresentando um elevado volume de entradas<br />

e saídas de pneus em armazém, a<br />

Chaveca & Janeira tem uma média de 18.000<br />

pneus stock.<br />

A variedade de pneus é também uma mais<br />

valia para a Chaveca & Janeira. Para além<br />

<strong>dos</strong> pneus ligeiros, a empresa algarvia possui<br />

também oferta ao nível <strong>dos</strong> pneus para<br />

veículos comerciais (ligeiros e pesa<strong>dos</strong>), 4x4,<br />

agrícola e moto.<br />

Em termos de marcas de pneus a Chaveca<br />

& Janeira não assume preferência nem depende<br />

de nenhuma, aproveitando as oportunidades<br />

que vão surgindo no mercado para<br />

comprar melhor e assim poder vender melhor.<br />

“Temos feito um grande trabalho na distribuição.<br />

Queremos estar presentes em todo o<br />

país, angariando novos clientes e quer o preço,<br />

quer a forma e rapidez com que estamos<br />

a entregar têm-nos trazido bons resulta<strong>dos</strong>”,<br />

afirma Rui Chaveca falando, em jeito<br />

de balanço, sobre a distribuição na Chaveca<br />

& Janeira.<br />

70<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


Ao nível do retalho a Chaveca & Janeira está<br />

apostada em investir em mais dois postos de<br />

assistência a pneus<br />

O MERCADO<br />

DOS PNEUS<br />

Rui Chaveca, administrador da Chaveca &<br />

Janeira é um conhecedor profundo do negócio<br />

<strong>dos</strong> pneus e da evolução que o mesmo<br />

tem tido em Portugal.<br />

Qual é a sua opinião sobre o mercado <strong>dos</strong><br />

pneus em Portugal?<br />

Noto que cada vez se está a vender pneus<br />

mais económicos e que as marcas premium<br />

estão com dificuldade em entrar no<br />

mercado muito por culpa <strong>dos</strong> brookers de<br />

pneus que são muito competitivos em termos<br />

de preço.<br />

O sector está em dificuldades?<br />

Sinto que existe muita necessidade de “dinheiro”.<br />

As dificuldades de cobrança são<br />

grandes e toda a cadeia de valor neste mercado<br />

acaba por se ressentir disso mesmo.<br />

E qual a razão para existirem dificuldades<br />

de cobrança?<br />

A margem do negócio caiu. Isso é ponto<br />

assente. Antes o negócio <strong>dos</strong> pneus dava<br />

para tudo e agora já não dá. Muitas casas<br />

não se preocupam com a gestão do negócio<br />

e entraram em dificuldades. Não há organização,<br />

não há método e o resultado<br />

para essas casas tem sido desastroso,<br />

pois os pneus geram margens muito reduzidas.<br />

Qual é a solução?<br />

A solução passa por trabalhar de forma profissional, controlando os custos e dando serviço<br />

de qualidade ao cliente.<br />

E quanto à Chaveca & Janeira?<br />

Nós temos vendido mais pneus e estamos um pouco em contra-ciclo com o mercado. Temos<br />

trabalhado muito, apostámos na certificação o que nos deu mais uma arma para trabalhar<br />

o negócio. O nosso objectivo agora passa por alargar a nossa rede de distribuição.<br />

Retalho<br />

Cerca de 30% da actividade da Chaveca &<br />

Janeira está concentrada no retalho, mais<br />

concretamente nos três postos de pneus e<br />

serviços que a empresa tem no Algarve.<br />

Também nesta área se esperam novidades,<br />

como nos disse Rui Chaveca, atendendo<br />

a que o objectivo passa por abrir mais duas<br />

unidades de serviço.<br />

“Estamos a trabalhar muito bem na zona<br />

de Albufeira, onde temos muitos clientes e,<br />

por isso, sentimos a necessidade de abrir lá<br />

um posto”, revela Rui Chaveca.<br />

A outra aposta será na zona de fronteira,<br />

abrindo um posto em Ayamonte (Espanha)<br />

que servirá também para incrementar a distribuição<br />

naquela zona do país vizinho.<br />

Em termos de conceito de serviço, os postos<br />

da Chaveca & Janeira também têm vindo<br />

a ampliar a oferta de serviços aos clientes.<br />

“O pneu continua a ser a nossa especialização,<br />

mas vamos um pouco atrás daquilo<br />

que os nossos clientes nos pedem. Por isso,<br />

crescemos muito nas mudanças de óleo e<br />

noutros serviços, prestando sempre a mesma<br />

qualidade de serviço que temos nos<br />

pneus, até porque a certificação assim nos<br />

obriga”, afirma Rui Chaveca. ■<br />

CHAVECA & JANEIRA<br />

Sede: Rua do Colégio<br />

8150-132 São Brás de Alportel<br />

Administrador: Rui Chaveca<br />

Telefone: 289 840 840<br />

Fax: 289 840 849<br />

E-mail: info@chaveca-janeira.pt<br />

Internet: www.chaveca-janeira.pt<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

71


EMPRESA<br />

StationMarché / Roady<br />

UM NOVO CICLO<br />

O StationMarché iniciou um “novo” percurso na sua história.<br />

A estratégia tem dois vectores muito distintos, por um lado<br />

o reforço da parceria com os seus fornecedores e, por<br />

outro, a mudança de imagem e de nome. O StationMarché<br />

vai passar a chamar-se “Roady”.<br />

Em 1998 abriu na Charneca da Caparica<br />

o primeiro centro auto Stationmarché.<br />

Até aos dias de hoje a rede<br />

de centros autos com esta insígnia cresceu<br />

sustentadamente, chegando às 28 lojas / oficinas<br />

abertas em Portugal. Até final de <strong>2009</strong><br />

a expectativa <strong>dos</strong> responsáveis por este negócio,<br />

passa pela abertura de mais quatro<br />

centros auto. Sem dúvida uma demonstração<br />

de força e de vigor deste projecto num<br />

momento de crise económica e financeira.<br />

Ao longo destes 11 anos o conceito de centro<br />

auto desenvolvido pelo StationMarché<br />

nunca se desviou do seu rumo. Uma oficina e<br />

uma loja juntas num único espaço fazem um<br />

StationMarché que por sua vez está integrado<br />

dentro do chamado “Mercado <strong>dos</strong> Mosqueteiros”,<br />

isto é, todas as Insígnias do Grupo<br />

Os Mosqueteiros partilham a mesma<br />

área comercial.<br />

“O nosso objectivo desde o primeiro dia<br />

que foi crescer em números de centros auto<br />

para ter uma rede nacional. A nossa ideia é<br />

chegar aos 50 centros auto o mais rapidamente<br />

possível, pois dessa forma conseguiremos<br />

ter uma rede bem distribuída de norte<br />

a sul, e a partir daí penso que poderemos<br />

evoluir até aos 60 pontos de vendas”, refere<br />

Nuno Abreu, actualmente responsável pela<br />

insígnia Stationmarché.<br />

O Algarve vai ter em Setembro o primeiro<br />

Stationmarché, o que permite que em todas<br />

as principais cidades portuguesas nas principais<br />

regiões do país exista pelo menos um<br />

Stationmarché.<br />

72<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


Nuno Abreu, é o responsável do StationMraché em Portugal, tendo a<br />

seu cargo nesta altura a nova dinâmica da empresa<br />

Reforçar parcerias<br />

No passado mês de Junho, o StationMarché<br />

reuniu com os seus fornecedores para<br />

lhes apresentar a nova estratégia.<br />

“Muitos <strong>dos</strong> nossos fornecedores estão<br />

connosco há 10 anos e já nos conhecem muito<br />

bem, pelo que a ideia desta reunião passou<br />

pelo reforço da parceria com cada um<br />

deles, mas também apresentar-lhes tudo<br />

aquilo que estamos a fazer e que iremos mudar<br />

no futuro”, revela Nuno Abreu.<br />

A ideia estratégica do StationMarché passa<br />

por transformar o tradicional conceito de<br />

fornecedor num conceito mais amplo e mais<br />

actual, que é o da parceria, com atitudades<br />

mais pró-activas e dinâmicas na relação que<br />

existe entre ambas as partes.<br />

“Existem muitas áreas em que se podem<br />

desenvolver parcerias, para além da área<br />

comercial” diz o responsável pela insígnia<br />

StationMarché explicando que na área da<br />

formação, na área técnica e noutras áreas<br />

pode-se fazer um trabalho de parceria que<br />

traga mais valor para o cliente final através<br />

das prestação de mais e melhores serviços<br />

“mantendo uma política de qualidade / preço<br />

muito orientada para o consumidor”.<br />

Existindo uma cultura de grande distribuição,<br />

que está inerente ao Grupo Os Mosqueteiros,<br />

daí existir a vertente loja dentro do<br />

StationMarché, existe também uma aposta<br />

clara nos serviços da área oficinal.<br />

“To<strong>dos</strong> os centros auto StationMarché já<br />

estão equipa<strong>dos</strong> com máquina de diagnóstio,<br />

equipamento de ar condicionado, entre muitos<br />

outros, que nos permitem oferecer um<br />

serviço muito técnico”, revela Nuno Abreu,<br />

dizendo que “sempre foi nossa preocupação<br />

a formação <strong>dos</strong> técnicos e fazer um acompanhamento<br />

tecnológico adequado nos centros<br />

autos. Vamos transmitir mais para o<br />

cliente final esse esforço técnico que temos<br />

feito, embora muitos <strong>dos</strong> clientes já nos conheçam.<br />

A nossa mudança de imagem também<br />

incidirá mais sobre a componente oficinal”.<br />

Para se ter uma ideia do investimento feito<br />

na formação pelo StationMarché (lembre-se<br />

que o Grupo Os Mosqueteiros possui uma<br />

Academia de Formação), até finais de Maio,<br />

foram dadas mais de 6.000 horas de formação,<br />

tendo sido forma<strong>dos</strong> mais de 600 colaboradores<br />

na insígnia (para além das reciclagens<br />

de formação aos actuais colaboradores).<br />

Os responsáveis do StationMarché em Portugal juntaram cerca de 100 parceiros de negócio,<br />

incluíndo fornecedores, para apresentar a nova estratégia<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

73


EMPRESA<br />

PNEUS SÃO IMPORTANTES<br />

Dos muitos serviços que desenvolve, os centro StationMarché (Roady a partir de Setembro)<br />

desenvolvem também a área <strong>dos</strong> pneus.<br />

Tem sido feita comunicação específica nessa área <strong>dos</strong> pneus, através de promoções,<br />

propondo esta insígnia uma oferta alargada e com soluções específicas muitas vezes negociada<br />

em parceria com os clientes.<br />

Para Nuno Abreu, responsável pela insígnia “os pneus são importantes para nós. É um<br />

produto que vendemos em loja e que potenciamos na oficina através <strong>dos</strong> diversos serviços<br />

que prestamos”.<br />

Sem revelar a representatividade e o peso que os pneus ocupam neste negócio, Nuno<br />

Abreu argumenta que “eles são tão importantes para o negócio como outros produtos”.<br />

Certo, para o responsável pela insígnia, é que o profissionlismo do serviço de pneus é<br />

grande “acima de tudo pelo investimento que temos feito na formação”.<br />

Para Nuno Abreu, o nome Roady vai entrar<br />

facilmente na mente <strong>dos</strong> automobilistas<br />

portugueses<br />

STATIONMARCHE<br />

Sede: Lugar do Marrujo, Bugalhos<br />

2384-004 Alcanena<br />

Responsável Insígnia: Nuno Abreu<br />

Telefone: 249 880 300<br />

Fax: 249 891 375<br />

E-mail: geral@mosqueteiros.com<br />

Internet: www.mosqueteiros.com/station<br />

Mudança de nome<br />

Os centro autos StationMarché vão passar<br />

a ter a designação Roady já a partir de Setembro.<br />

Trata-se de uma profunda remodelação,<br />

com implicações a diferentes níveis,<br />

seguindo uma orientação internacional,<br />

atendendo que há dois anos, em França, já é<br />

usado o nome Roady.<br />

Se a principal razão da mudança é essa,<br />

nem por isso esta insígina vai deixar de aproveitar<br />

a oportunidade para dar uma nova visibilidade<br />

aos seus centros auto.<br />

“O objectivo é aproveitar esta mudança de<br />

nome e relançar a insígnia junto do cliente final,<br />

que passará por uma nova imagem nos<br />

centros, por um novo logotipo e por outras<br />

situações que já vinham sendo pensadas há<br />

algum tempo e que com estas alterações vamos<br />

agora implementar”, refere Nuno<br />

Abreu, acrescentando que “ao nível da oficina<br />

vai haver uma nova sinalética, mais apelativa<br />

face aos serviços que prestamos nos<br />

centros”.<br />

Relativamente ao nome Roady, Nuno<br />

Abreu não tem dúvidas que “o mesmo ficará<br />

facilmente na cabeça <strong>dos</strong> cliente, até porque<br />

existe uma maior associação deste nome ao<br />

conceito de centro auto que temos vindo a<br />

desenvolver”.<br />

Para além da mudança de imagem em to<strong>dos</strong><br />

os centro auto, os responsáveis da insígnia<br />

têm montado um plano de comunicação<br />

(que passará por vários meios) de modo a<br />

potenciar o nome Roady e os serviços disponíveis<br />

para o grande público.<br />

A mudança de nome não implicará qualquer<br />

alteração na lógica de abertura de novos<br />

centro auto, que continuarão a abrir dentro<br />

<strong>dos</strong> chama<strong>dos</strong> “Mercado <strong>dos</strong> Mosqueteiros”,<br />

nem existirão alterações substâncias<br />

no conceito. “Vamos isso sim potenciar e<br />

aproveitar as sinergias de utilização do<br />

nome Roady, já existente em França, aproveitando<br />

algumas campanhas e alguns produtos<br />

com esta marca para os introduzir em<br />

Portugal” refere Nuno Abreu.<br />

O responsável da insígnia admite no futuro<br />

Há dois anos em França, apareceu o nome<br />

Roady, que agora vai também chegar a<br />

Portugal<br />

uma evolução no conceito Roady, com centros<br />

orienta<strong>dos</strong> um pouco mais para a oficina<br />

e não tanto para a componente loja, mas<br />

nesta fase o importante é “apostar sempre<br />

numa relação qualidade / preço que seja<br />

adequada às expectativas <strong>dos</strong> nossos clientes”,<br />

afirma Nuno Abreu.<br />

Face à concorrência, apesar de uma aposta<br />

em ser mais competitivo na vertente preço,<br />

o responsável pela insígnia não deixa de<br />

reforçar que “não interessa ter preços baixos<br />

e depois falhar em tudo o resto. Por isso<br />

temos investido muito na componente tecnológica<br />

<strong>dos</strong> nossos centros, como também<br />

na formação para termos uma variedade e<br />

uma qualidade de serviço que nos coloca um<br />

pouco à frente da nossa concorrência”.<br />

Em termos estratégicos, parte da divulgação<br />

da nova dinâmica da insígnia Roady vai<br />

passar pelo desporto automóvel em geral e<br />

pelos ralis em particular.<br />

O nome StationMarché tem sido presença<br />

constante ao nível ralis, onde ganhou bastante<br />

notoriedade, sendo actualmente uma<br />

das equipas de referência nesta modalidade<br />

e conhecida de muitos adeptos.<br />

“Queremos aproveitar a área <strong>dos</strong> ralis<br />

para potenciar a nova imagem Roady, pois<br />

tem sido uma área muito importante para<br />

nós”, concluiu Nuno Abreu. ■<br />

74<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


EMPRESA<br />

<strong>Pneus</strong> da Península / Vredestein<br />

FOCALIZAR NA IMAGEM<br />

A <strong>Pneus</strong> da Península tem vindo a apostar forte na imagem <strong>dos</strong><br />

seus produtos Vredestien junto do grande público, tendo<br />

desenvolvido diversas acções. Recentemente recebeu um<br />

argumento de peso que se chama Ultrac Cento, o mais<br />

moderno pneu da Vredestein.<br />

Se em determina<strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong> da<br />

Europa o pneu Vredestein é já muito<br />

conhecido e apreciado, muito por<br />

culpa das excelentes referências e prémios<br />

que os diversos pneus da gama recebem nas<br />

mais diversas revistas especializadas, em<br />

Portugal a <strong>Pneus</strong> da Península tem vindo a<br />

apostar na visibilidade da marca.<br />

Presença em feiras de Tuning, associação<br />

da marca a figuras públicas, publicidade em<br />

rádio e na imprensa, pratrocínios diversos e<br />

apoio na imagem de casas de pneus (ver<br />

destaque), têm vindo a dar cada vez mais visibilidade<br />

à marca Vredestein.<br />

Novo pneu<br />

A Vredestein comemora 100 anos de existência.<br />

Por essa razão o nome do novo pneu<br />

da Vredstein é Ultrac Cento. Mas o Cento não<br />

se fica apenas por esta importante referência<br />

a um período histórico da Vredestein,<br />

pois introduz alguns avanços tecnológicos e<br />

introduz ainda na gama as não menos importantes<br />

questões ecológicas.<br />

Recorrendo novamente aos estúdios da<br />

Guigiario Design, o Cento está carregado de<br />

detalhes e pormenores no piso e na lateral<br />

do pneu, embora o desenho seja mais tradicional<br />

face, por exemplo, ao Sportrac ou ao<br />

Sessanta.<br />

O Ultrac Cento é um pneu de Verão bastante<br />

silencioso, que garante conforto e excelentes<br />

prestações em estradas secas ou molhadas,<br />

respeitando o meio ambiente.<br />

Para se obter estas performances o Cento<br />

recorre a uma mistura de borracha com alto<br />

teor de sílica que está livre de PCA, sendo<br />

construído com um total de 10 diferentes tipos<br />

de borracha.<br />

PNEUS DA PENÍNSULA<br />

Sede: Parque Industrial do Batel<br />

2890 – 161 Alcochete<br />

Administrador: Rui Veiga Carvalho<br />

Telefone: 212 348 330<br />

Fax: 212 348 332<br />

E-mail: geral@pneuspeninsula.com<br />

Internet: www.pneuspeninsula.pt<br />

Rui Veiga de Carvalho,<br />

Administraddor da <strong>Pneus</strong> da Península<br />

76<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


RM AUTO COM IMAGEM VREDESTEIN<br />

A RM Auto é uma empresa com mais de 20<br />

anos, que iniciou a actividade dedicando-se à<br />

venda de automóveis. Mais tarde evoluiu para<br />

as lavagens de automóveis profissionais e venda<br />

de acessórios, para em <strong>2009</strong> crescer para o<br />

sector <strong>dos</strong> pneus.<br />

Em Maio passado inaugurou as novas instalações<br />

“numa lógica de serviço diário, regular e<br />

constante, que serve também de suporte à nossa<br />

actividade de venda de automóveis”, refere<br />

Rui Mega, gerente da RM Auto.<br />

O posicionamento desta casa está direccionado<br />

para os pneus, mas sem esquecer o serviço<br />

rápido, nomeadamente as trocas de pastilhas,<br />

mudanças de óleo, filtros, entre outros, que<br />

não exijam uma componente muito técnica.<br />

Algo que é bem evidente na RM Auto é a imagem<br />

da Vredestein no exterior e no interior, que<br />

coincide com toda a decoração (em tons de<br />

azul) das instalações da empresa.<br />

“Apostámos na Vredestien pelo conhecimento<br />

que já tinhamos da marca e pela qualidade <strong>dos</strong><br />

seus produtos”, revela Rui Mega, afirmando<br />

que “houve também algum apoio em termos de<br />

imagem e publicidade da Vredestein, por parte<br />

da <strong>Pneus</strong> da Península. O resultado é muito positivo,<br />

porque o impacto da casa para o exterior<br />

é muito forte”.<br />

Mesmo comercializando outras marcas de<br />

pneus, a RM Auto vestiu a camisola da Vredestein<br />

até porque “com esta marca, na zona em<br />

que nos encontramos, não existe mais ninguém<br />

a vender. Isso é uma vantagem para nós em<br />

termos comerciais, mas também porque acreditamos<br />

que se trata de um pneu de grande<br />

qualidade”, revela Rui Mega.<br />

Muitos convida<strong>dos</strong> (retalhistas, imprensa e figuras públicas)<br />

assistiram ao lançamento do Ultrac Cento<br />

Os pneus Ultrac Cento foram coloca<strong>dos</strong> à prova no dia da sua<br />

apresentação com sessões de “drift”<br />

Este pneu apresenta um baixo nível de resistência<br />

à rodagem, sendo por isso silencioso,<br />

garantindo ao mesmo tempo uma redução<br />

do consumo de combustível.<br />

Os flancos são menos profun<strong>dos</strong> e mais rígi<strong>dos</strong><br />

o que influência e favorece a condução,<br />

mas também reduz o desgaste do pneu, por<br />

via igualmente da diminuição da resistência<br />

de rodagem.<br />

Outra característica deste pneu é a indicação<br />

SW na parte lateral do pneu, que já satisfaz<br />

as exigências europeias que estarão em<br />

vigor a partir de 2012 no que respeita ao ruído<br />

e aderência em chuva.<br />

Disponível nesta fase de lançamento em<br />

13 medidas, para jantes 16 e 17 polegadas e<br />

índice de velocidade Y (existente também em<br />

RunFlat), o Cento entra como um acrescento<br />

na gama Vredestien, embora em algumas<br />

medidas vá substituir (com o mesmo preço)<br />

o Sportrac 3, Ultrac e Ultrac Sessanta, deixando<br />

mesmo de existir o Sportrac 2.<br />

“Este pneu dá um contributo significativo,<br />

mesmo em termos de mercado, na percursão<br />

de um pneu mais ecológico, mais eficiente<br />

e mais seguro”, disse Rui Veiga Carvalho,<br />

administrador da <strong>Pneus</strong> da Península,<br />

na apresentação do Ultrac Cento.<br />

Para o mesmo responsável “a grande<br />

preocupação da Vredestein foi construir um<br />

pneu eficiente a to<strong>dos</strong> os níveis. Seja na produção<br />

seja depois no uso diário ao nível das<br />

performances, segurança ou em termos<br />

ambientes”.<br />

Ausente do primeiro equipamento o novo<br />

Cento, tal como os produtos Vredestein em<br />

geral, “é um pneu de tuning, no sentido restrito<br />

da palavra, já que representa uma melhoria<br />

das prestações do equipamento de<br />

origem. Por isso, as nossas expectativas de<br />

vendas são elevadas, até pelo excelente posicionamento<br />

de preço”.<br />

No futuro irão ser lançadas mais medidas<br />

do Ultrac Centro para jante superior a 17 polegadas.<br />

■<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

77


EMPRESA<br />

Recauchutagem Nortenha/Kraiburg<br />

A QUALIDADE DO<br />

RECAUCHUTADO<br />

A Recauchutagem Nortenha e a Kraiburg organizaram um<br />

workshop sobre recauchutagem de pneus. Presentes estiveram<br />

grandes transportadores e frotistas que ficaram a conhecer,<br />

entre outras coisas, como se faz a recauchutagem de um pneu.<br />

ARecauchutagem Nortenha é uma<br />

das principais empresas nacionais<br />

que se dedica ao negócio da recauchutagem<br />

de pneus. Ainda recentemente<br />

deu a conhecer alguns <strong>dos</strong> importantes investimentos<br />

que fez na sua fábrica, e que demos<br />

conta aqui na REVISTA DOS PNEUS,<br />

como seja a raspadora 3 em 1, uma máquina<br />

com capacidade para trabalhar jantes de 63<br />

polegadas.<br />

Os convida<strong>dos</strong> da Recauchutagem Nortenha<br />

e da Kraiburg tiveram oportunidade de<br />

fazer uma visita à fábrica e observar como<br />

são feitos os pneus recauchuta<strong>dos</strong>, bem<br />

como a forma como se comprova a qualidade<br />

<strong>dos</strong> mesmos e todo o parque tecnológica<br />

da empresa que tem sido alvo de sucessivas<br />

actualizações.<br />

Kraiburg<br />

Um <strong>dos</strong> pontos altos deste workshop foi a<br />

apresentação da Kraiburg e, acima de tudo,<br />

<strong>dos</strong> produtos para recauchutagem desta em-<br />

A Recauchutagem Nortenha organizou um<br />

Workshop sobre pneus recauchuta<strong>dos</strong><br />

78<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


GAMA KRAIBURG<br />

Em 2008, a Kraiburg lançou novas linhas de produto: K_base, K_tech e K_plus. Esta reformulação<br />

da gama de compostos permite que estes produtos estejam de acordo com a<br />

exigências futuras em matéria regulamentar.<br />

O objectivo estratégico desta nova gama de produtos passa por atender às necessidades<br />

do mercado, bem como às exigências <strong>dos</strong> clientes, através de um claro aumento do desempenho<br />

<strong>dos</strong> produtos em todas as áreas. Com uma maior diversificação da gama actual<br />

de produtos, a Kraiburg pretende ser o melhor parceiro possível sobretudo para viagens de<br />

longa distância com uma alta quilometragem.<br />

Linha K_base<br />

A nova linha K_base inclui cerca de 40 modelos que são adapta<strong>dos</strong> a cada área de aplicação<br />

(rodoviário/construção local ou regional) e é orientada em torno de uma quilometragem<br />

que ronda os 150.000 quilómetros. O composto desta linha (30% borracha sintética)<br />

possui excelente resistência ao desgaste e uma alta resistência ao corte e rasgo.<br />

Linha K_tech<br />

Esta nova linha K_tech, mais tecnológica, disponibiliza 18 desenhos diferentes, com uma<br />

gama de aplicações para reboques. Com um composto 100% borracha natural, apresenta<br />

como caracretísticas uma baixa resistência ao rolamento, um excelente comportamento<br />

térmico e uma alta resistência ao corte e rasgo.<br />

Linha K_plus<br />

Identificada como a linha premium, a K_plus é a nova linha da Kraiburg para longas viagens.<br />

Ela tem 13 desenhos altamente desenvolvi<strong>dos</strong> para utilização em todas as condições,<br />

seja em camiões ou autocarros. Excelente aderência e grandes quilometragens,<br />

este produto da Kraiburg permite aumentar em 25% a quilometragem de utização face<br />

aos antigos produtos.<br />

presa, que a Recauchutagem Nortenha usa<br />

para fabricar os seus pneus recauchuta<strong>dos</strong>.<br />

A Kraiburg é uma empresa Austríaca com<br />

mais de 40 anos de experiência na produção<br />

de produtos para recauchutagem, embora a<br />

história da empresa remonte a 1947, especializando-se<br />

no desenvolvimento de soluções<br />

em termos de desenho e compostos<br />

para recauchutagem em múltiplas utilizações.<br />

A Gummiwerk Kraiburg Áustria é uma empresa<br />

independente mas pertencente ao<br />

Grupo Kraiburg, que possui 12 fábricas em<br />

oito países, orientadas para a indústria da<br />

borracha, que emprega mais de 1.500 pessoas<br />

em todo o Mundo.<br />

Em Geretsberg existe a maior unidade de<br />

produção da Kraiburg que integra quatro divisões<br />

comerciais. A maior delas concentra<br />

as actividades do grupo em termos de aplicações<br />

para pneus, concentrando-se no desenvolvimento,<br />

produção e comercialização<br />

de semi-acaba<strong>dos</strong> e produtos acaba<strong>dos</strong> para<br />

a indústria do pneu.<br />

Utilizando a mais moderna tecnologia, que<br />

combina com sofistica<strong>dos</strong> processos de investigação<br />

e desenvolvimento, a Kraiburg<br />

desenvolve processos e produtos que superam<br />

os mais eleva<strong>dos</strong> padrões de qualidade.<br />

Orientada para o cliente e muito flexível, a<br />

política da Kraiburg passa não só por desenvolver<br />

produtos segun<strong>dos</strong> os seus critérios<br />

de qualidade, viabilidade económica, segurança<br />

e ecológicos, mas também em função<br />

<strong>dos</strong> benefícios que os clientes podem tirar.<br />

Seja para que tipo de utilização for (tráfego<br />

urbano, tráfego regional, off road, longa distância<br />

ou outra) a Kraiburg providencia sempre<br />

o tipo de piso correcto com um composto<br />

optimizado para essa fim.<br />

Refira-se ainda que a Kraiburg está certificada<br />

como o ISO 9001:2000 e ISO 14001 (gestão<br />

ambiental) o que é um garante da qualidade<br />

<strong>dos</strong> seus produtos.<br />

Acção<br />

Neste workshop estiveram também presentes<br />

a Continental, Michelin e Bridgestone,<br />

que mostraram a mais recente oferta ao<br />

nível de pneus para veículos pesa<strong>dos</strong>.<br />

Depois do almoço, já na pista de Guilhabreu,<br />

os presentes tiveram ainda oportunidade<br />

de participar em alguns exercícios simula<strong>dos</strong><br />

com veículos pesa<strong>dos</strong> (camiões e<br />

autocarros) da responsabilidade da CRM.<br />

Exercícios de prevenção do rollover, de<br />

travagens de emergência, de sub e sobre viragem<br />

e de simulação de capotamento, estando<br />

alguns <strong>dos</strong> pesa<strong>dos</strong> equipa<strong>dos</strong> com<br />

pneus Nortenha (e pisos Kraiburg), possibilitou<br />

aos convida<strong>dos</strong> avaliar as performances<br />

<strong>dos</strong> pneus. ■<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

79


TÉCNICA<br />

Conselhos Técnicos<br />

INSPECÇÃO E REPARAÇÃO<br />

DE PNEUS RUN FLAT<br />

Antes de iniciar uma<br />

reparação, os pneus<br />

Run Flat devem de ser<br />

examina<strong>dos</strong><br />

cuida<strong>dos</strong>amente de<br />

forma a encontrar o<br />

método mais adequado<br />

para a reparação a<br />

efectuar.<br />

Inspecção interna<br />

Antes de iniciar esta inspecção, desmonte completamente o pneu<br />

da jante. Tenha cuidado e evite molestá-lo. Siga estas recomendações<br />

para evitar os danos:<br />

ERRADO<br />

CERTO<br />

Em primeiro lugar deve-se ter atenção que podem ocorrer<br />

danos físicos ou ferimentos, em resultado do manuseamento<br />

de um pneu Run Flat após a sua rodagem em vazio, por<br />

esse motivo deve esperar que o pneu arrefeça antes de o manusear.<br />

Inspecção externa<br />

São visíveis abrasões ou outro tipo de dano nas paredes do pneu,<br />

no piso ou no talão? Em caso afirmativo, o pneu não pode ser reparado.<br />

No caso de não serem visíveis danos no pneu pode-se avançar<br />

para a fase da inspecção interna.<br />

Mas antes antes de reparar um pneu Run Flat, certifique-se de que<br />

nenhum selante em aerossol foi utilizado para encher ou selar o<br />

pneu. Os aerossóis podem conter gás combustível e altamente inflamável.<br />

Retire o núcleo da válvula do pneu ao ar livre e longe de qualquer<br />

fonte de calor, lume ou faísca.<br />

Certifique-se de que o pneu está completamente vazio antes de o<br />

tentar remover da jante.<br />

1 - Utilização correcta do descolador<br />

Os pneus Run Flat são mais espessos e mais rígi<strong>dos</strong>. Ao colocar o<br />

descolador a meio da parede lateral do pneu, dá origem a um esforço<br />

desajustado. A compressão em determinadas áreas do talão podem<br />

originar fracturas internas não visíveis. Certifique-se que o descolador<br />

é colocado perto da falange da jante, veja a imagem.<br />

2 - Sensores de pressão na válvula<br />

Os sensores utiliza<strong>dos</strong> nos sistemas directos de monitorização são<br />

peças electrónicas muito sensíveis que deverão ser tratadas com<br />

cuidado, ao desmontar ou montar os pneus. Tenha atenção à posição<br />

do sensor na jante, antes de montar ou desmontar o pneu.<br />

3 - Utilização de protecções plásticas<br />

Recomenda-se a utilização de protecções para to<strong>dos</strong> os acessórios<br />

que possam ficar em contacto com a jante - descolador, o ferro desmonta<br />

ou roletes. Os arranhões dentro da jante podem resultar em<br />

80<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS


COLABORAÇÃO:<br />

PUB<br />

ERRADO<br />

CERTO<br />

perdas de ar assim como danos no talão do pneu. Depois de removido<br />

em segurança, o pneu deve ser inspeccionado internamente, para<br />

se confirmar se é ou não adequado fazer a reparação.<br />

Início da inspecção<br />

NÃO<br />

NÃO<br />

1 - Existem alguns sinais de aparecimento de rugas no ombro, ou na<br />

parede do pneu, no seu interior,ou alguma mancha mais escura?<br />

Se sim, o pneu não pode ser reparado. No caso de não se verificarem<br />

rugas ou manchas no interior, o pneu pode ser reparado, desde<br />

que se apliquem os méto<strong>dos</strong> habituais de reparação.<br />

Os pneus Run Flat<br />

só podem ser<br />

repara<strong>dos</strong> na<br />

zona do piso.<br />

2. Limites para a reparação <strong>dos</strong> pneus Run Flat<br />

Só os pneus que sofrem furos na zona do piso e cumprem os parâmetros<br />

da inspecção podem ser repara<strong>dos</strong>, mas observe estas regras:<br />

A. Nunca repare pneus com piso inferior a 1,6 mm.<br />

B. Nunca repare pneus com furos de largura superior a 6 mm.<br />

C. O limite para a reparação de um pneu são 2 furos afasta<strong>dos</strong> 40 cm<br />

entre eles.<br />

D. A câmara de ar NÃO É UMA SOLUÇÃO para a reparação de pneus<br />

Run Flat. ■<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS<br />

81


COMPETIÇÃO<br />

Dunlop<br />

APOSTA NO DESPORTO<br />

A Dunlop tem apostado no desporto automóvel como uma<br />

ferramenta de marketing no posicionamento <strong>dos</strong> seus pneus.<br />

Na recente visita do Campeonato de Espanha de GT´s a Portugal,<br />

fomos conhecer um pouco mais desta faceta da Dunlop.<br />

Para além <strong>dos</strong> Porsche e Ferrari<br />

do Campeonato de Espanha de<br />

GT, do qual é fornecedor, a Dunlop<br />

apostou esta temporada no patrocínio<br />

ao Mini Challenge, um género de troféu<br />

monomarca, que utiliza a versão mais vitaminada<br />

do Mini, em seis eventos, sendo<br />

um deles em Portugal e os restantes em<br />

Espanha.<br />

Cerca de 50% <strong>dos</strong> Mini´s que se fabricam<br />

têm de origem pneus Dunlop, o que<br />

diz bem da ligação das duas marcas, pelo<br />

que sendo o Mini um produto de imagem e<br />

a Dunlop uma marca desportiva “faz todo<br />

o sentido prosseguir esta união na competição<br />

entre duas marcas que partilham valores<br />

comuns”, afirma Héctor Ares Torrón,<br />

responsável pelo departamento de<br />

Marketing e Relações Públicas da Dunlop<br />

na Península Ibérica, que assegura que<br />

“são produtos para pessoas que gostam<br />

de conduzir e de sentir a estrada”.<br />

Cada piloto do Mini Challenge utiliza<br />

pneus slicks, para pisos secos, fabrica<strong>dos</strong><br />

pela Dunlop Motorsport no Japão, com as<br />

medidas 215/45-17. Em caso de chuva, os<br />

pneus monta<strong>dos</strong> utilizarão sulcos adicionais,<br />

produzi<strong>dos</strong> neste caso em Inglaterra,<br />

que são diferentes <strong>dos</strong> pneus para pisos<br />

secos, tendo as medidas 205/45-17.<br />

Adicionando a Mini Challenge aos GT´s,<br />

a Dunlop trouxe ao Autódromo do Estoril<br />

cerca de 600 pneus, uma equipa de 18 elementos<br />

e muitos meios técnicos (camiões,<br />

máquinas de desmontar pneus, etc.).<br />

Em termos de desafio tecnológico com<br />

esta presença na Mini Challenge, Héctor<br />

Ares Torrón refere “sendo o Mini um automóvel<br />

do dia a dia, esta competição, que<br />

existe em vários países, permite-nos tirar<br />

alguns ensinamentos para os pneus que<br />

se utilizam nos carros de estrada. A competição<br />

permite-nos testar novos compostos<br />

e novas tecnologias que são uma importante<br />

mais valia para a Dunlop que<br />

aplica depois nos pneus que se vendem ao<br />

público”.<br />

Um <strong>dos</strong> exemplos disso é a fabricação<br />

de pneus com flancos em Kevlar, uma tecnologia<br />

que veio directamente da competição.<br />

Héctor Ares Torrón assegura que existe<br />

uma relação directa entre a competição, e<br />

neste caso a Mini Challenge, e as vendas<br />

de pneus Dunlop numa casa de pneus.<br />

“Sim, muitas vezes o cliente reconhece<br />

que Dunlop está na competição e, por isso,<br />

vamos continuar a apoiar e a estar presentes<br />

na competição”.<br />

Na Mini Challenge a Dunlop tem uma<br />

presença activa, utilizando-a como um<br />

instrumento de divulgação da sua imagem.<br />

Além <strong>dos</strong> três primeiros classifica<strong>dos</strong>,<br />

em cada corrida, vai haver outro vencedor<br />

muito especial, aquele que consiga<br />

a volta mais rápida, no seu Mini com pneus<br />

Dunlop. Este recebe um Troféu Dunlop.<br />

Em cada corrida, a Dunlop possui também<br />

uma tribuna especial, com convida<strong>dos</strong><br />

seus, que variam de evento para evento<br />

entre as 500 e as 1000 pessoas.<br />

Após as corridas, muitos desses convida<strong>dos</strong><br />

/ clientes (cerca de 400 no Estoril)<br />

tiveram oportunidade de conduzir diversos<br />

Mini´s com pneus Dunlop no circuito,<br />

em mais uma acção com a duração de<br />

quatro horas. Também especial foi a presença<br />

de clientes da rede Vulco, que<br />

acompanharam a Dunlop neste evento.<br />

Refira-se que a Dunlop possui uma história<br />

de 120 anos no desporto motorizado<br />

tendo obtido a sua primeira vitória na prova<br />

Paris-Viena de 1902. ■<br />

82<br />

REVISTA DOS<br />

PNEUS

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