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<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> & Serviços Rápi<strong>dos</strong><br />
Nº 6 • JULHO <strong>2009</strong> • ANO II • 5 EUROS<br />
ENTREVISTA<br />
CORRADO MOGLIA<br />
DIRECTOR DE VENDAS GT TIRE EUROPA<br />
Salão Autopromotec <strong>2009</strong><br />
MISSÃO<br />
CUMPRIDA<br />
FABRICANTE<br />
GRUPO CONTINENTAL<br />
O UNIVERSO DA CONTINENTAL<br />
A AUTOPROMOTEC <strong>2009</strong> CUMPRIU A SUA PRINCIPAL FUNÇÃO, DE<br />
MOSTRAR AOS PROFISSIONAIS DA MANUTENÇÃO E REPARAÇÃO<br />
AUTOMÓVEL, O QUE DE MAIS MODERNO EXISTE A NÍVEL DE PEÇAS,<br />
COMPONENTES, EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS<br />
EMPRESA<br />
ALBIPNEUS<br />
NEGÓCIO MUNDIAL<br />
MERCADO<br />
MÁQUINAS<br />
DE MONTAR/DESMONTAR PNEUS
SUMÁRIO<br />
EDITORIAL<br />
DESAFIAR<br />
a crise<br />
Em tempos de descompensação<br />
económica e financeira, onde<br />
uns vêem oportunidades de investimentos<br />
estratégicos e de expansão,<br />
outros apenas encontram motivos<br />
para lamentações, pessimismo e descrença.<br />
Não seria muito arriscado dizer<br />
que os primeiros apostaram na inovação<br />
e chegaram primeiro ao produto/serviço<br />
que interessa e corresponde<br />
às necessidades do mercado, enquanto<br />
que outros teimam em tentar levar<br />
para a frente modelos de negócios já<br />
vistos, muito gastos, sem perspectivas<br />
e sem futuro.<br />
Ao contrário do que seria de esperar,<br />
a actual situação económica exige mais<br />
dinamismo do que prudência e contenção,<br />
pois a reparação <strong>dos</strong> veículos está a<br />
sofrer transformações constantes, o<br />
mesmo acontecendo com o mercado e<br />
os consumidores finais. Para acompanhar<br />
toda esta rápida evolução <strong>dos</strong> factos,<br />
a única forma consequente é procurar<br />
novos nichos de mercado e novos<br />
grupos de clientes, a fim de compensar<br />
eventuais quebras da procura. Outra<br />
forma de dar o salto em frente consiste<br />
em introduzir outra linha de serviços<br />
paralela à que tradicionalmente a oficina<br />
executa.<br />
Vem esta introdução a propósito da visita<br />
que realizamos à Autopromotec,<br />
em Bolonha, onde constatámos uma<br />
atitude muito clara <strong>dos</strong> organizadores<br />
em desafiar a presente crise económica<br />
global, afirmando que há soluções e há<br />
mercado para continuar em frente.<br />
A Autopromotec <strong>2009</strong> cumpriu a sua<br />
principal função, de mostrar aos profissionais<br />
na manutenção e reparação automóvel,<br />
o que de mais moderno existe<br />
a nível de peças, componentes, equipamentos<br />
e serviços. Os profissionais sabem<br />
que em cinco dias e num espaço<br />
único, reúne-se a oferta mais completa<br />
no mercado da pós-venda. A Feira actua<br />
como um dinamizador indiscutível da<br />
indústria, bem como uma plataforma<br />
comercial de primeira ordem, geradora<br />
de transacções e contactos em tempo<br />
recorde.<br />
Se há produtos, conceitos e empresas<br />
que estão a ficar obsoletos, isso é essencialmente<br />
um problema deles. O<br />
mercado tem potencialidades e não<br />
pode ficar à espera de quem não quer<br />
ou não sabe andar para a frente. A resposta<br />
é dada pelos próprios produtos,<br />
conceitos e tecnologias expostos na feira,<br />
sendo complementada pelos debates<br />
e conferências que acompanharam<br />
o evento.<br />
O mercado aceitou o desafio de inovar<br />
e mudar o que tiver que ser mudado e<br />
nada o fará enredar em obstáculos artificiais<br />
ao progresso, que to<strong>dos</strong> desejam<br />
e pelo qual to<strong>dos</strong> estão dispostos a bater-se.<br />
■<br />
João Vieira<br />
joao.vieira@apcomunicacao.com<br />
24<br />
–<br />
36<br />
42<br />
para<br />
44<br />
/desmontar<br />
48<br />
56<br />
60<br />
64<br />
–<br />
68<br />
–<br />
72<br />
76<br />
Focalizar<br />
SALÃO<br />
Autopromotec <strong>2009</strong><br />
A grande montra<br />
FABRICANTE<br />
Grupo Continental<br />
– Um fornecedor de<br />
dimensão global<br />
MERCADO<br />
<strong>Pneus</strong> recauchuta<strong>dos</strong><br />
pesa<strong>dos</strong><br />
MERCADO<br />
Máquinas de montar/<br />
pneus<br />
ENTREVISTA<br />
Corrado Moglia,<br />
Director de Vendas<br />
GT Tire Europa<br />
ENTREVISTA<br />
Miguel Costa, Director<br />
de Marketing /<br />
Compras da Norauto<br />
ENTREVISTA<br />
Andrés Sanchez<br />
Eustáquio, Presidente<br />
do Grupo Andrés<br />
EMPRESA<br />
Albipneus<br />
Um negócio mundial<br />
EMPRESA<br />
Chaveca & Janeira<br />
Dinamizar o negócio<br />
EMPRESA<br />
StationMarché/Roady –<br />
Um novo ciclo<br />
EMPRESA<br />
<strong>Pneus</strong> da Península –<br />
na Imagem<br />
Nº 6 • JULHO <strong>2009</strong> • ANO II • 5 EUROS<br />
FICHA TÉCNICA<br />
■ DIRECTOR: João Vieira ■ DIRECTOR ADJUNTO: Paulo Homem ■ SUBDIRECTOR: Hugo Jorge ■ PROPRIEDADE: AP Comunicação - Largo Infante D. Henrique, 7 – Várzea<br />
de Colares – 2705-351 Colares Telefone: 21.928.80.52 Fax: 21.928.80.53 E-mail: geral@apcomunicacao.com ■ REDACÇÃO: Augusto Quelhas, Hugo Jorge, Carlos Silva,<br />
Fátima Rodrigues, António Lopes, Carla Ramos ■ DESIGN GRÁFICO: Pedro Vieira ■ IMAGEM: António Valente ■ PUBLICIDADE: Telefone: 21.928.80.52 Director: Mário<br />
Carmo mario.carmo@apcomunicacao.com Anabela Machado anabela.machado@apcomunicacao.com ■ IMPRESSÃO: Tipografia Peres/SocTip – Estrada Nacional 10,<br />
Km 108,3 – 2135-114 Samora Correia Telefone: 263.00.99.00 ■ PERIODICIDADE: Trimestral ■ ASSINATURA ANUAL: 20 Euros (4 números) ■ DISTRIBUIÇÃO: Midesa<br />
Portugal ■ Nº de Registo na ERC: 125367<br />
© COPYRIGHT: Nos termos legais<br />
em vigor é totalmente interdita a<br />
utilização ou a reprodução desta<br />
publicação, no seu todo ou em<br />
parte, sem a autorização prévia e<br />
por escrito da “<strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>”.<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
03
CONFERÊNCIA<br />
“O mercado <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> Pesa<strong>dos</strong>, Agrícolas, Florestais, Industriais,<br />
Engenharia Civil, Obras Públicas e Motos”<br />
VENHA PARTICIPAR NA 2.ª CONFERÊNCIA DO COMÉRCIO DE PNEUS<br />
Na sequência do sucesso obtido com a realização da 1.ª<br />
Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong> em Portugal, a AP<br />
Comunicação vai levar a efeito, já no próximo dia 3 de Outubro,<br />
no Auditório da Exposalão – Batalha, a segunda edição, desta vez<br />
dedicada ao mercado <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> Pesa<strong>dos</strong>, Agrícolas, Florestais,<br />
Industriais, Engenharia Civil, Obras Públicas e Motos.<br />
Trata-se de mais um grande evento de âmbito nacional,<br />
concebido para divulgar as tendências do sector do Comércio de<br />
<strong>Pneus</strong> em Portugal, nestas áreas específicas <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> para<br />
veículos Pesa<strong>dos</strong>, Agrícolas, Florestais, Industriais, Engenharia<br />
Civil, Obras Públicas e Motos.<br />
A Conferência vai decorrer em simultâneo com a<br />
Expotransporte, o único Salão nacional dedicado aos Veículos<br />
Pesa<strong>dos</strong>, Comerciais Ligeiros e Transportes. Esta será também<br />
uma excelente oportunidade para to<strong>dos</strong> os participantes ficarem<br />
a conhecer as mais recentes novidades das marcas presentes<br />
no Salão.<br />
A 2ª Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong> será o cenário mais<br />
indicado para conhecer os grandes desafios que o sector vai<br />
enfrentar e as oportunidades que se abrem ao mercado <strong>dos</strong><br />
<strong>Pneus</strong> Pesa<strong>dos</strong>, Agrícolas, Florestais, Industriais, Engenharia<br />
Civil, Obras Públicas e Motos.<br />
QUEM DEVE PARTICIPAR:<br />
• Fabricantes de <strong>Pneus</strong><br />
• Importadores de <strong>Pneus</strong><br />
• Distribuidores/Grossistas/Retalhistas de <strong>Pneus</strong><br />
• Distribuidores de Peças e Equipamentos para Oficinas de<br />
<strong>Pneus</strong><br />
• Proprietários e Gerentes de Oficinas Multimarca<br />
• Proprietários e Gerentes de Oficinas de <strong>Pneus</strong><br />
• Proprietários e Gerentes de Auto Centros e Serviços<br />
Rápi<strong>dos</strong><br />
• Redes Organizadas de Oficinas<br />
• Directores Pós-Venda das Oficinas de Marca<br />
• Empresas e entidades diversas ligadas ao Comércio de<br />
<strong>Pneus</strong> ou outros interessa<strong>dos</strong> neste mercado<br />
ALGUMAS DAS RAZÕES PARA NÃO<br />
PERDER ESTE EVENTO:<br />
A 2ª Conferência do Comércio de <strong>Pneus</strong> em Portugal vai ser um<br />
acontecimento onde os operadores do sector vão obter informações<br />
estratégicas vitais para o futuro <strong>dos</strong> seus negócios.<br />
• Ganhe vantagem competitiva ouvindo os conselhos <strong>dos</strong> especialistas<br />
do sector<br />
• Aprenda novas técnicas de fidelização de clientes<br />
• Encontre novos caminhos para aumentar a performance do seu negócio<br />
• Fique a saber o que os clientes realmente querem<br />
• Descubra os desafios do mercado que podem afectar o seu negócio<br />
• Identifique os merca<strong>dos</strong> onde o seu negócio deve estar presente<br />
• Conheça o futuro do mercado <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> Pesa<strong>dos</strong>, Agrícolas, Florestais,<br />
Industriais, Engenharia Civil, Obras Públicas e Motos<br />
Paramaisinformaçõeseinscriçãoconsultar:<br />
www.apcomunicacao.com/conferenciapneus<br />
04<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
13H00<br />
14H00<br />
14H15<br />
14H45<br />
15H15<br />
15H45<br />
16H15<br />
16H45<br />
17H15<br />
17h45<br />
18H15<br />
PROGRAMA<br />
Recepção <strong>dos</strong> participantes<br />
Abertura da Conferência<br />
1º PAINEL<br />
O MERCADO DOS PNEUS PESADOS<br />
2º PAINEL<br />
A RECAUCHUTAGEM E O CICLO DE VIDA DO PNEU<br />
3º PAINEL<br />
VENDA DE PNEUS AO QUILÓMETRO<br />
(CONTRATOS QUILOMÉTRICOS)<br />
4º PAINEL<br />
O MERCADO DOS PNEUS AGRÍCOLAS E FLORESTAIS<br />
Coffee-break<br />
5º PAINEL<br />
O MERCADO DOS PNEUS INDUSTRIAIS<br />
(MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS), ENGENHARIA CIVIL<br />
E OBRAS PÚBLICAS<br />
6º PAINEL<br />
O MERCADO DOS PNEUS “DUAS RODAS”<br />
E OUTROS – BICICLETA, MOTOCICLOS, ATV, AVIÃO, ETC.<br />
7º PAINEL<br />
REDES ESPECIALISTAS<br />
Encerramento da Conferência<br />
TEMAS EM DEBATE<br />
• O mercado mundial, Europeu e Português<br />
(dimensão, quotas de mercado, marcas vs fabricantes, etc.)<br />
• Segmentação (produto/utilização, preço, estratégia multimarca, etc.)<br />
• Novos produtos<br />
• Canais de distribuição (distribuição geográfica da rede de agentes)<br />
• Os posicionamentos de preço<br />
(estratégias de pricing, situação passada – actual – futura)<br />
• A comunicação<br />
(Especialização das forças de vendas, Promoções, o Ponto de Venda,<br />
Actividades de Relações Públicas, Apresentações de produto, Sponsoring,<br />
Advertising, etc.)<br />
• O Marketing do retalho<br />
(posicionamento, estratégia, preços/rentabilidade, etc.)<br />
• Ameaças e oportunidades<br />
(mercado paralelo, PALOPS, legislação sobre emissões de carbono, etc.)<br />
• Os clientes (Agentes, o cliente profissional final, o decisor da compra, etc.)<br />
• As tecnologias da informação (software de gestão de frotas,<br />
gestão e seguimento de rendimentos quilométricos, etc.)<br />
• O “Break Down Service” – Assistência Móvel 24 Horas<br />
• Que tipo de formação pode trazer valor acrescentado ao negócio?<br />
• A qualidade do serviço ao cliente.<br />
• Os fabricante de pneus e o seu reposicionamento face às novas realidades<br />
do mercado <strong>dos</strong> pneus recauchuta<strong>dos</strong> (estratégias integradas novo/garantia<br />
de carcaça/recauchutado)<br />
• Retomas de carcaças<br />
• O recauchutador independente e o futuro<br />
• Como é que esta crise pode afectar os distribuidores, reparadores,<br />
e outros agentes do Sector <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong>, nomeadamente nos apoios<br />
aos investimentos, aos stocks e à tesouraria?<br />
• Triângulo incompatível de conjuntura económica muito difícil / Dificuldades<br />
de acesso ao crédito / Rigidez das companhias no controlo de crédito<br />
• Como estão os consumidores (frotas e outros) a adaptar-se a esta nova<br />
realidade económica e financeira?<br />
• Evoluções e novidades técnicas acerca <strong>dos</strong> pneus<br />
Paramaisinformaçõeseinscriçãoconsultar:<br />
www.apcomunicacao.com/conferenciapneus<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
05
NOTÍCIAS<br />
TECO COM<br />
NOVIDADES<br />
A Teco acaba de dar início<br />
à produção de novos<br />
modelos de equipamentos<br />
para casas de pneus. O<br />
TECO 88 e TECO 88 TC,<br />
são duas equilibradoras de rodas<br />
topo de gama, com medida automática<br />
<strong>dos</strong> pârametros de lançamento e<br />
sistema electrónico de ancoragem<br />
de roda. Um <strong>dos</strong> equipamentos está<br />
disponível em versão Total Control<br />
(Teco 88TC) para efectuar a medida<br />
de excentricidade da roda com um<br />
sistema sonar.<br />
Destaque também para os TECO<br />
812 e TECO 812 TRUCK, que são<br />
alinhadores de roda com tecnologia<br />
rádio 2,4 GHz e medidores de 8 câmaras<br />
CCD. Está disponível uma plataforma<br />
de software e Hardware<br />
para camiões e autocarros. ■<br />
STAR ALIANCE<br />
REÚNE<br />
PARCEIROS<br />
Fundada há mais de um ano, a<br />
Star Aliance, empresa que se dedica<br />
à comercialização exclusiva <strong>dos</strong><br />
pneus America, reuniu no passado<br />
mês de <strong>Julho</strong> os seus parceiros.<br />
O objectivo desta acção, serviu essencialmente<br />
para fortalecer as relações<br />
de amizade e comerciais<br />
com to<strong>dos</strong> os aderentes a esta projecto.<br />
Para além de uma animada corrida<br />
de Kart em Abrantes e de um<br />
excelente convívio, to<strong>dos</strong> os participantes<br />
neste evento tiveram oportunidade<br />
de partilhar experiências,<br />
bem como o sucesso alcançado<br />
com os <strong>Pneus</strong> America. ■<br />
06<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
ETIQUETAS PARA PNEUS<br />
APROVADAS<br />
O projecto da Comissão Europeia sobre etiquetagem<br />
de pneus, da autoria do belga Ivo<br />
Belet (PPE-DE), foi aprovado pelo Parlamento<br />
Europeu por uma larga maioria de 642<br />
votos, contra 8 abstenções e 23 votos de<br />
oposição. Em termos práticos, os fabricantes<br />
de pneus terão que indicar na documentação<br />
técnica destes o nível de consumo,<br />
eficácia de travagem em molhado e ruído, a<br />
partir de Novembro de 2012. Os revendedores/distribuidores<br />
também ficam obriga<strong>dos</strong><br />
pela nova Directiva a mencionar os referi<strong>dos</strong><br />
parâmetros nas suas facturas e outros<br />
documentos passa<strong>dos</strong> ao consumidor<br />
final. No que respeita a consumo de combustível<br />
ou eficiência energética, os pneus passam a ser enquadra<strong>dos</strong> por<br />
uma escala que vai de "A" (ecológicos) a "G" (“gastadores”). No actual estádio<br />
da tecnologia de pneus, o mais eficiente pode gastar menos cerca<br />
de 10% do que um pneu pouco eficiente energeticamente falando. Para<br />
que exista um certo equilíbrio entre eficiência energética e aderência em<br />
molhado, os fabricantes também têm que indicar a eficácia <strong>dos</strong> seus<br />
pneus em travagem sobre molhado.<br />
No que se refere ao nível de ruído, estão previstos três níveis de protecção<br />
sonora: abaixo de 68 decibéis (C1), abaixo de 69 decibéis (C2) e menos<br />
do que 70 decibéis (C3). Neste caso, a Directiva Europeia<br />
2001/43/EC estabelece que to<strong>dos</strong> os pneus devem incluir uma inscrição<br />
composta pelo indicativo “e**” (estabelece que o nível de ruído do<br />
pneu durante a rodagem se adequa à norma europeia) em conjunto com<br />
o tipo de pneu, se for de um veículo comercial (00) ou de um veículo de<br />
passageiros (02), além do número referente ao Estado Membro.<br />
A introdução da Directiva Europeia 2001/49/EC sobre o ruído emitido<br />
pelo pneu durante a rodagem estabelece diferentes prazos de cumprimento<br />
em função do tipo de pneu:<br />
Fase 1: Os pneus de Turismo que tenham uma largura de secção menor<br />
ou igual a 185mm devem incluir o código indicativo antes de Outubro de<br />
<strong>2009</strong>, tal como to<strong>dos</strong> os pneus RLT e MRT.<br />
Fase 2: Os pneus de Passageiro, com largura de secção nominal entre<br />
185mm e 215mm, devem incluir a inscrição antes de 1 de Outubro de<br />
2010.<br />
Fase 3: Para os pneus de Passageiro com uma largura de secção nominal<br />
acima de 215mm estabelece-se um prazo que terminará a 1 de Outubro<br />
de 2011.<br />
Esta norma afectará unicamente os tipos de pneus indica<strong>dos</strong> e os comercializa<strong>dos</strong><br />
depois de Outubro de <strong>2009</strong>. No entanto, não será aplicada a:<br />
1. <strong>Pneus</strong> cria<strong>dos</strong> para utilização temporal como pneus sobressalentes e<br />
marca<strong>dos</strong> como temporários<br />
2. <strong>Pneus</strong> com uma secção nominal de 254mm ou 635mm<br />
3. <strong>Pneus</strong> cria<strong>dos</strong> para competição<br />
4. <strong>Pneus</strong> para veículos que não são das categorias M, N e O (Categoria<br />
M: Veículos a motor destina<strong>dos</strong> ao transporte de pessoas e que tenham<br />
pelo menos quatro rodas, ou três rodas e um peso máximo superior a 1<br />
tonelada; Categoria N: Veículos a motor destina<strong>dos</strong> ao transporte de<br />
mercadorias e que tenham pelo menos quatro rodas, ou três rodas e<br />
um peso máximo superior a 1 tonelada; Categoria O: reboques ou semireboques)<br />
5. <strong>Pneus</strong> que incorporam dispositivos adicionais para melhorar a tracção.<br />
6. <strong>Pneus</strong> para utilizar a menos de 80km/h. ■
NOTÍCIAS<br />
PIRELLI COM<br />
MUITAS<br />
NOVIDADES<br />
A Pirelli Tyre reforça o seu envolvimento<br />
no sector de camiões e lança<br />
a Série R:01 no mercado europeu.<br />
Este é um pneu para veículos profissionais<br />
que operam no sector regional.<br />
Foi desenvolvido pelos centros de<br />
investigação da Pirelli para satisfazer<br />
as necessidades <strong>dos</strong> operadores profissionais<br />
em termos de quilometragem<br />
útil, redução de consumos, potencial<br />
de recauchutagem e respeito<br />
pelo ambiente.<br />
A Pirelli Tyre também apresentou os<br />
H88 Amaranto e a Série G88, pneus<br />
desenvolvi<strong>dos</strong>, respectivamente,<br />
para o transporte de longo curso e<br />
veículos industriais. Foi ainda anunciada<br />
a última versão da série TS:01<br />
para carrinhas.<br />
Quatro produtos que têm uma vantagem<br />
em comum: um custo extremamente<br />
baixo, e que ampliam a<br />
gama Pirelli concebida para transporte<br />
profissional, de modo a cobrir<br />
80% do mercado europeu naqueles<br />
sectores que apresentam maior tendência<br />
de crescimento.<br />
O grupo italiano também apresentou<br />
um novo pacote de serviços de<br />
apoio aos operadores: o Pirelli Retreading<br />
System, o renovado sistema<br />
da Pirelli para recauchutagem de<br />
pneus; o sistema CQ24 International<br />
de assistência em viagem; e o Credit<br />
Tyre, o sistema de financiamento<br />
para frotas e retalhistas.<br />
A crescente especialização do grupo<br />
italiano no sector de transportes<br />
também se alargou ao treino e informação<br />
através da revista Truck, um<br />
novo órgão de informação grátis da<br />
Pirelli, que é publicado em paraleo<br />
com cursos de informação e actualização.<br />
■<br />
CONTINENTAL LANÇA HSR2<br />
O novo pneu HSR 2 da Continental para autocarros,<br />
concebido para utilizações exigentes<br />
em aplicações de transporte regional e de longo<br />
curso, surge com uma variedade de inovações<br />
técnicas. Além da segurança operacional<br />
optimizada e do maior conforto de condução,<br />
os novos pneus "allround" possuem uma rentabilidade<br />
significativamente maior. Destinado a<br />
serviços regionais e de longo curso, o HSR 2<br />
está a ser lançado como o mais recente membro<br />
da nova geração de pneus da série 2 da<br />
Continental. Os pneus de alta tecnologia são adequa<strong>dos</strong> para os eixos direccionais<br />
e para os eixos de tracção. Em comparação com os modelos<br />
anteriores, os novos pneus para autocarros são claramente mais rentáveis<br />
e proporcionam maior conforto. Particularmente resistente, a carcaça<br />
de 4 cintas metálicas em disposição triangular com reforço de aço<br />
no talão, foi desenvolvida como base para a optimização <strong>dos</strong> novos tipos<br />
de pneus. A construção inovadora e robusta da base <strong>dos</strong> pneus é fundamental<br />
para utilizações regionais que combinam diferentes tipos de superfícies,<br />
bem como para aplicações de longo curso.<br />
A tecnologia <strong>dos</strong> pneus, exclusiva da Continental, oferece o melhor desempenho<br />
tanto em cidade como em deslocações interurbanas. Diversas<br />
medidas de construção, como por exemplo, a construção mais rígida<br />
das carcaças, permitiram aos engenheiros da Continental diminuir a<br />
resistência ao rolamento e alcançar uma clara melhoria no consumo,<br />
que pode ir até 5%. Outra característica em destaque <strong>dos</strong> novos pneus<br />
HSR 2 é o contorno das secções transversais com maior volume de ar.<br />
Desta forma, a elasticidade do pneu é significativamente aumentada,<br />
sem comprometer a estabilidade de condução e o desempenho quilométrico.<br />
O novo pneu HSR 2 para autocarros está disponível nas dimensões<br />
295/80R22.5 e 315/80R22.5. ■<br />
NOVA 3D DA BEISSBARTH<br />
NA LUSILECTRA<br />
A máquina de alinhar direcções Easy 3D da<br />
Beissbarth consiste num sistema de alinhamento<br />
de direcções 3D totalmente inovador.<br />
A máquina pode ser utilizada em oficinas automóveis<br />
e serviços de pneus, onde o alinhamento<br />
da direcção é um serviço constante.<br />
Com a nova Easy 3D da Beissbarth, um mecânico<br />
necessitará apenas de sete minutos<br />
para efectuar um alinhamento preciso da direcção<br />
num veículo. Isto representa uma<br />
poupança de tempo de 50% quando comparado<br />
com as máquinas convencionais de alinhamento<br />
da direcção.<br />
Uma outra vantagem para a redução de<br />
custos é o facto do procedimento completo<br />
de medição, incluindo a compensação do empeno, poder ser efectuado<br />
apenas por uma pessoa. Isto significa, por exemplo, que o alinhamento<br />
da direcção pode ser efectuado ao mesmo tempo da substituição do<br />
pneu com um mínimo de esforço extra. Os ajustes ou reparações efectua<strong>dos</strong><br />
com base nos resulta<strong>dos</strong> da medição garantem vendas adicionais<br />
de peças e/ou acessórios. ■<br />
08<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
INVESTIR NOS<br />
RECAUCHUTADOS<br />
Os pneus recauchuta<strong>dos</strong> para veículos pesa<strong>dos</strong><br />
ganharam uma segunda vida, com os<br />
principais construtores a olharem mais atentamente<br />
para eles. A aposta da Michelin no<br />
produto renovado, como parte de um serviço<br />
global oferecido aos profissionais, permitiu desenvolver processos industriais de<br />
fabricação equivalentes aos que se utilizam para os pneus novos. Também lhe permite<br />
comercializar uma vasta gama dimensional para dar resposta a quase todas<br />
as necessidades <strong>dos</strong> utilizadores.<br />
Para conseguir o mesmo, a Michelin efectuou um grande investimento na fábrica<br />
de Valladolid com o fim de aumentar a capacidade de produção e a qualidade do<br />
produto. Os principais melhoramentos foram efectua<strong>dos</strong> nos sistemas de verificação<br />
de carcaças e produto terminado, assim como nos processos que controlam<br />
a uniformidade do produto. Igualmente, ampliou-se a inclusão de flancos novos no<br />
Remix para que o seu aspecto exterior seja igual ao do pneu novo.<br />
Prova da qualidade do processo e do resultado final, a modalidade mais estendida<br />
no Michelin Remix é o sistema de renovação nominativo. Neste caso, é o próprio<br />
transportador, através de um distribuidor autorizado, que envia para a fábrica os<br />
seus pneus Michelin para que sejam renova<strong>dos</strong>. Esta modalidade de renovação baseia-se<br />
no conhecimento que tem o profissional do estado <strong>dos</strong> seus pneus. Ele<br />
sabe melhor que ninguém em que condições, como e onde rodaram. Também é<br />
consciente de que a carcaça é a matéria-prima do renovado e a base na qual se<br />
sustenta o rendimento que vai obter nesta nova vida do seu pneu. A rastreabilidade<br />
do pneu está garantida graças à matrícula que aparece no flanco, o que assegura<br />
que o transportador receberá os seus pneus Remix sobre as suas próprias carcaças<br />
Michelin. ■<br />
NOVO TOYO<br />
PROXES NE<br />
O Proxes NE é a nova proposta<br />
da Toyo na Europa,<br />
um pneu ecológico que<br />
apresenta uma baixa resistência<br />
ao rolamento reduzindo<br />
dessa forma o consumo.<br />
Para além destas vantagens<br />
do Proxes NE<br />
apresenta outra vantagens<br />
ambientais, já que durante<br />
o processo de produção<br />
deste pneu reduziram-se de<br />
forma drástica as emissões<br />
de carbono utilizando uma<br />
tecnologia pioneira no Mundo:<br />
a utilização de poliester<br />
reciclado (Ecocircle) na carcasa<br />
do pneu.<br />
Face ao modelo anterior<br />
(Proxes CF1) o novo Proxes<br />
NE reduz em 15% a resistência<br />
de rodagem, o que o<br />
torna num <strong>dos</strong> produtos<br />
mais aptos em matéria ambiental.<br />
■<br />
PUB<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
09
NOTÍCIAS<br />
PUB<br />
PNEU SUPER LARGO<br />
NA GOODYEAR<br />
A Goodyear Dunlop lançou o<br />
pneumático 495/45R22.5<br />
Omnitrac MSD super largo<br />
para camiões, que foi desenhado<br />
especificamente para permitir maior carga útil a<br />
veículos destina<strong>dos</strong> a serviço misto e uso em estrada. O<br />
novo Omnitrac MSD é um pneu largo de tracção, que<br />
substitui a configuração regular de roda dupla, por um<br />
tamanho exclusivo de pneumático. Utilizando quatro<br />
pneus 495/45R22.5 Omnitrac MSD super largos, nas<br />
jantes do veículo, em vez de oito pneumáticos<br />
315/80R22.5 MSD, poupa-se a impressionante quantidade<br />
de 260 quilos. Os veículos que beneficiam da<br />
maioria <strong>dos</strong> novos produtos da Goodyear são os camiões<br />
betoneiras, camiões de transporte de mercadorias<br />
e outros modelos, sendo que cada quilo poupado no<br />
veículo vazio é um quilo ganho em carga útil. ■<br />
"Um parceiro<br />
para o seu negócio"<br />
Distribuimos pneus:<br />
MINHO TYRES, COMPONENTES VEÍCULOS AUTOMÓVEIS, LDA.<br />
Parque Empresarial de Lanheses, Pavilhão 7E - Lanheses<br />
4925-424 LANHESES<br />
Telef.: 258 735 137 - Fax: 258 735 137<br />
minhotyres@sapo.pt<br />
MARANGONI REFORÇA<br />
GAMA MARIX<br />
Quem atender à imagem que<br />
a marca Marangoni passa<br />
para a comunicação, poderia<br />
pensar-se que se trata de<br />
uma marca especializada em<br />
pneus de nichos muito exclusivos,<br />
mas está longe de ser assim. De facto, 65% das<br />
actividades industriais da empresa são canalizadas<br />
para a recauchutagem, constituindo o ponto central<br />
do seu negócio. Aliás, na origem da Marangoni estava<br />
essa mesma actividade de recauchutagem, quando a<br />
empresa arrancou, há mais de meio século. Isto não<br />
seria notícia, se a Marangoni não tivesse resolvido voltar<br />
às origens, concentrando boa parte da sua atenção<br />
na produção e comercialização de pneus recauchuta<strong>dos</strong>.<br />
A decisão não perde pela oportunidade,<br />
dada a conjuntura económica internacional e o aumento<br />
do desemprego, que está a reduzir o poder de compra<br />
um pouco por toda a parte. Para melhor atingir os<br />
seus objectivos, a Marangoni acaba de mudar a produção<br />
<strong>dos</strong> pneus recauchuta<strong>dos</strong> Marix de Feltre para<br />
Rovereto. Maior capacidade de produção e a proximidade<br />
do centro técnico de investigação e desenvolvimento<br />
da empresa constituíram os principais critérios<br />
da opção pelo local. A intenção é alargar a oferta da<br />
gama Marix a outros segmentos do mercado, como o<br />
<strong>dos</strong> comerciais ligeiros e os veículos 4x4 e SUV. Garantindo<br />
que os seus pneus Marix recauchuta<strong>dos</strong><br />
nada ficam a dever em qualidade e performance aos<br />
pneus novos, sendo distribuí<strong>dos</strong> por toda a Europa<br />
deste os anos 90, a Marangoni ressalta o valor ecológico<br />
<strong>dos</strong> seus pneus, que passaram a denominar-se<br />
Marix Ecology há cerca de 10 anos. Neste momento,<br />
a gama Marix Ecology representa 20% do mercado<br />
europeu de pneus. ■<br />
10<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
NOTÍCIAS<br />
TYRESAVER<br />
NA ALTARODA<br />
A Alta Roda vai disponibilizar aos<br />
seus clientes no mês de Agosto o<br />
Tyresaver 3.0. Trata-se de um<br />
equipamento para enchimento<br />
<strong>dos</strong> pneus com Nitrogénio, que<br />
pode ser ligado directamente a<br />
um compressor ou linha de ar<br />
comprimido, gerando automaticamente<br />
azoto. É um aparelho portátil,<br />
fácil de usar, de baixo investimento<br />
e alta margem de lucro,<br />
que pode proporcionar as casas<br />
de pneus (e a todas as oficinas<br />
que trabalhem o pneu) um rápido<br />
retorno do investimento.<br />
Outra aposta da AltaRoda tem<br />
sido na formação. A empresa tem<br />
feito acções sobre a importância<br />
da reparação de pneus como<br />
oportunidade de negócio, que é<br />
um pormenor “bastante deixado<br />
para segundo plano, mas com a<br />
crise é realmente o que o cliente<br />
procura”, disse Vitor Rocha, gerente<br />
da Alta Roda, afirmando ainda<br />
que "a formação tem um custo<br />
muito baixo para a rentabilidade<br />
que se obtém à posteriori”. Estão<br />
por isso previstas mais acções de<br />
formação no futuro. ■<br />
TOYO APRESENTA PROPOSTA<br />
PARA COMPETIÇÃO<br />
A Toyo lançou na Europa o Open Country<br />
M/T-R off-road para competição, que está<br />
disponível na medida mais habitual para uso<br />
em rally-raid que é o 235/85 R 16.<br />
O Open Country M/T-R foi desenvolvido nos dois últimos na Europa, nas<br />
mais duras provas de TT, tendo vencido mesmo em 2008 o Mundial Fia na<br />
cetagoria T2. As características deste pneu são diversas. Em primeiro lugar<br />
a capacidade de rolar com baixas pressões, depois a robustez e por fim a<br />
resistência, que permite fazer mais quilómetros com os mesmos pneus. ■<br />
TRELLEBORG LANÇA NOVOS<br />
PRODUTOS<br />
A Trelleborg Wheel Systems está a investir<br />
forte no sector florestal. Esta estratégia<br />
envolve elevada qualidade, desenvolvimento<br />
contínuo do produto, foco<br />
completo no cliente e uma presença global.<br />
Na feira de Elmia Wood <strong>2009</strong>, que<br />
se realizou de 3 a 6 de Junho na Suécia, a Trelleborg divulgou um elevado<br />
número de novos produtos, incluindo pneus florestais renova<strong>dos</strong> da gama<br />
Twin Forestry, assim como novas jantes. Como parte do seu investimento<br />
em pneus florestais, a Trelleborg Wheel Systems actualizou a sua gama<br />
Twin Forestry, tendo melhorado seis dimensões. Foram também apresentadas<br />
novas jantes para pneus florestais, as quais são produzidas por medida<br />
na fábrica que a marca possui em Sävsjö na Suécia.<br />
“Estamos a actualizar a capacidade de carga da gama existente e estamos<br />
também a introduzir novos produtos. O nosso foco vai para o máximo<br />
benefício para os clientes em termos de equilíbrio optimizado entre importantes<br />
propriedades <strong>dos</strong> pneus, tais como durabilidade, serviço e tracção,<br />
com um cuidado consistente no que toca aos efeitos no solo e conforto”,<br />
diz Lars Eriksson, Director de Produto, <strong>Pneus</strong> Florestais, da Trelleborg<br />
Wheel Systems.<br />
“O desenvolvimento da nossa gama de produtos é baseado em larga medida<br />
no contacto permanente que temos com os clientes. Ouvir os clientes<br />
é um elemento vital da nossa estratégia. Só então podemos satisfazer verdadeiramente<br />
a suas necessidades em termos de produtos e serviços superiores”,<br />
acrescenta este responsável. ■<br />
TURANZA ER300 ECOPIA MUITO EFICIENTE<br />
A Bridgestone apresentou o seu pneu de<br />
grande turismo premium Turanza ER300<br />
com a designação “Ecopia”.<br />
Este nome não foi escolhido por acaso,<br />
pois o mesmo traduz a eficiência em termos<br />
de economia de combustível desta<br />
nova proposta.<br />
Fabricado a partir do Bridgestone Turanza<br />
ER300, uma referência em primeiro<br />
equipamento e no mercado de substituição,<br />
o “Ecopia” introduz uma nova tecnologia<br />
de reforço da mistura para a<br />
geometria original do desenho do piso.<br />
Esta mistura reduz a formação de aquecimento<br />
durante a rotação do pneu, o que leva<br />
a uma resistência ao rolamento melhorada<br />
e, logicamente, a um menor consumo de<br />
combustível e a um mais baixo nível de<br />
emissões de CO2.<br />
Disponíveis no Mercedes Class S e do<br />
Opel Insignia como equipamento original,<br />
o “Ecopia” foram também coloca<strong>dos</strong> de<br />
forma progressiva no mercado de substituição<br />
desde o passado mês de Abril, inicialmente<br />
em 15 medidas diferentes, de<br />
14 a 17 polegadas, e com símbolos de velocidade<br />
de H a Y. A gama será alargada no<br />
futuro. ■<br />
12<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
“BOLAS” APRESENTA<br />
NOVIDADES<br />
A Bolas lançou para o mercado algumas<br />
novidades em termos de equipamentos<br />
para oficinas e casas de pneus.<br />
Na Winntec a novidade é o cilindro de<br />
descolamento de pneus Y 471180.<br />
Este equipamento permite evitar um<br />
<strong>dos</strong> trabalhos mais perigosos na oficina:<br />
o descolamento e remoção do pneu, situação<br />
que ocorre especialmente nos<br />
veículos pesa<strong>dos</strong> em que a jante se encontra<br />
colada ao tambor.<br />
Outro novo produto da Winntec é o<br />
carro de transporte hidráulico. Este equipamento adapta-se a<br />
carros com pneus de 13”-19”/32 cm e tem uma capacidade<br />
máxima de 705 kg . Permite a movimentação através de um<br />
único operador. Muito útil em oficinas auto, oficinas de pintura,<br />
stands de automóveis e casas de pneus.<br />
Na marca Ravaglioli destaque para a nova Equilibradora de Rodas<br />
Electrónica e Pneumática G 3.140 H. É um equipamento<br />
para pneus de veículos ligeiros (Ø 10 a 24”), que apresenta<br />
uma excelente relação qualidade preço.<br />
Está equipada com monitor a cores TFT 17” e PC industrial, 3<br />
sensores que permitem o posicionamento automático da roda<br />
no local a inserir o peso. Ciclo totalmente automático com bloqueio<br />
através de travão da roda. Equipada com cobertura da<br />
roda, cones e garra rápida. ■<br />
ENORME FRAUDE<br />
COM PNEUS<br />
RECICLADOS<br />
A Espanha está a lidar com<br />
um processo que envolve<br />
uma fraude de grandes proporções,<br />
envolvendo mais<br />
de 36.500 toneladas de<br />
pneus que não pagaram a<br />
taxa de reciclagem (ecovalor), podendo o total<br />
<strong>dos</strong> fun<strong>dos</strong> desvia<strong>dos</strong> superar os € 9 milhões,<br />
só nos últimos dois anos. De facto, a Signus<br />
Ecovalor, a entidade que em Espanha efectua a<br />
gestão <strong>dos</strong> pneus em fim de vida teve em<br />
2008 uma introdução declarada de pneus no<br />
mercado de 182.070 toneladas, tendo sido recolhi<strong>dos</strong><br />
mais 9% do que o previsto, ou seja,<br />
198.374 toneladas de pneus usa<strong>dos</strong>. Isto gerou<br />
uma diferença de 16.277 toneladas, referente<br />
principalmente à importação de veículos<br />
usa<strong>dos</strong> e aos veículos abati<strong>dos</strong> em fim de vida.<br />
O problema está em que esses pneus suplementares<br />
não foram declara<strong>dos</strong> e/ou não pagaram<br />
o respectivo ecovalor de reciclagem,<br />
que em Espanha é de € 1,57 para carros de<br />
turismo e equivalentes. ■<br />
PUB<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
13
NOTÍCIAS<br />
NOVA SÉRIE DE<br />
ALINHADORES<br />
RAVAGLIOLI<br />
A nova série Ravaglioli de alinhadores<br />
para camiões apresentada na última feira<br />
Autopromotec em Bolonha, está equipada<br />
com um novo programa, muito inovador<br />
particularmente vocacionado para os profissionais<br />
do sector que se dedicam em<br />
grande parte ao alinhamento de direcções<br />
de camiões e autocarros. Esta nova linha<br />
de alinhadores representa um avanço no<br />
sector, graças a novos acessórios e inovadoras<br />
características técnicas e de programação,<br />
nomeadamente:<br />
- Braços aumenta<strong>dos</strong> e muito longos para<br />
os receptores (até 16 m de alcance do<br />
sinal).<br />
- Alinhamento e cálculo múltiplo <strong>dos</strong> eixos<br />
a alinhar (alinhamento profissional de camiões<br />
e reboques)<br />
- Inclinómetro duplo nos receptores (permite<br />
medir e fixar o avanço com as rodas<br />
a direito e não torcidas).<br />
A transmissão entre os receptores dianteiros<br />
e a consola faz-se via BlueTooth e a<br />
transmissão entre receptores dianteiros e<br />
traseiros via infravermelhos, pelo que ambas<br />
as comunicações são realizadas sem<br />
fios. Além disso, to<strong>dos</strong> os receptores estão<br />
equipa<strong>dos</strong> com um teclado superior,<br />
com a função de controlo remoto (4 controlos<br />
remotos, um por cima de cada receptor)<br />
com possibilidade de carregamento<br />
das baterias sem recorrer a cabos,<br />
graças aos suportes especiais nas fachadas<br />
laterais da consola. ■<br />
MONDOLFO FERRO TEM NOVO<br />
DISTRIBUIDOR EM PORTUGAL<br />
A Altaroda anunciou recentemente<br />
que passou a distribuir a marca<br />
Mondolfo Ferro para o mercado nacional,<br />
tendo a seu cargo a comercialização<br />
e assistência de equilibradores<br />
de rodas e elevadores.<br />
Vítor Rocha, Director Geral da Altaroda,<br />
sublinhou a qualidade de<br />
topo <strong>dos</strong> equipamentos Mondolfo<br />
Ferro, o que facilitará a reintrodução<br />
da gama de equilibradores de<br />
rodas e elevadores num mercado<br />
onde já esteve com grande sucesso durante vários anos. “Muito embora<br />
o ciclo económico não seja o mais favorável, as casas de pneus<br />
e oficinas continuam a comprar equipamentos de qualidade e é aí<br />
que tencionamos ter mais sucesso”.<br />
Ao nível <strong>dos</strong> equipamentos de montar e desmontar pneus, a AltaRoda<br />
passou a representar também a marca Sírio em Portugal. ■<br />
NOVO MICHELIN<br />
PARA SUV E TT<br />
O Latitude Cross, desenhado especialmente<br />
para os todo o terreno e SUV é uma das<br />
mais recentes novidades da Michelin. Esta<br />
gama 4x4, que foi renovada nos dois últimos<br />
anos, e que partilha o mesmo nome (Latitude)<br />
oferece o pneu mais adequado para qualquer<br />
uso <strong>dos</strong> todo o terreno e SUV de última<br />
geração, desde as situações off-road mais<br />
exigentes até à condução diária por estrada.<br />
O Michelin Latitude Cross proporciona uma<br />
tracção equivalente à de um pneu off-road. A sua capacidade de<br />
aderência em lama e para avançar em terreno não comprimido é<br />
comparável à de um pneu todo o terreno. Por outro lado oferece o<br />
mesmo conforto na condução que um pneu de estrada, embora<br />
seja de uso misto (65% estrada e 35% off-road). Além disso, é tão<br />
silencioso como o Michelin Latitude Tour HP, conhecido pelo seu<br />
cómodo poder de manejo.<br />
Por último, destaque para o composto de borracha da faixa de rodagem,<br />
tecnologia que provou a sua valia nos pneus de engenharia<br />
civil: O composto “Terrain-Proof Compound” oferece resistência à<br />
abrasão e uma duração excepcional. ■<br />
EUROPNEUS OBTÉM CERTIFICAÇÃO<br />
No passado mês de Maio, a<br />
Euro<strong>Pneus</strong> alcançou a certificação<br />
do seu sistema de gestão da qualidade.<br />
Esta certificação baseia-se<br />
na norma NP EN ISO 9001 e foi<br />
obtida através da TÜV Rheinland<br />
Portugal, entidade auditora e certificadora<br />
acreditada pelo IPAC<br />
(Instituto Português de Acreditação).<br />
A certificação do sistema de<br />
gestão da qualidade da Euro<strong>Pneus</strong><br />
de acordo com a norma NP ISO<br />
9001 pretende garantir um serviço<br />
pautado por eleva<strong>dos</strong> padrões<br />
de qualidade, de forma a proporcionar<br />
a satisfação contínua <strong>dos</strong><br />
seus clientes.<br />
Deste modo, a implementação e<br />
certificação de um sistema da<br />
qualidade de acordo a ISO 9001<br />
permite estimular a confiança externa<br />
e interna, potenciar a satisfação<br />
<strong>dos</strong> clientes e aumentar o<br />
reconhecimento no mercado.<br />
Para mais informações sobre a<br />
Euro<strong>Pneus</strong>, visite:<br />
www.europneus.pt. ■<br />
14<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
GAMA DE RECAUCHUTADO<br />
TREADMAX<br />
Para camiões, a Goodyear lançou a nova gama de recauchutado<br />
TreadMax. Aproveitando as características das carcaças <strong>dos</strong> novos<br />
pneus para camiões da gama MaxTechnology, a tecnologia de<br />
recauchutado TreadMax utiliza a mesma<br />
estrutura, compostos de bandas de<br />
rodagem e componentes que a nova<br />
gama MaxTechnology. Este novo<br />
sistema permite que um pneu recauchutado<br />
obtenha rendimentos<br />
idênticos ao de um pneu novo na<br />
quilometragem, travagem, tracção<br />
em pisos molha<strong>dos</strong>, manobra,<br />
estabilidade e baixa resistência<br />
ao rolamento. Em conjunto<br />
com o desenvolvimento do<br />
conceito Multi-Life para os pneus<br />
de camião, é possível uma redução<br />
do custo por quilómetro, poupança<br />
de combustível asegurando<br />
assim um melhor rendimento das<br />
frotas. A gama de recauchutado<br />
TreadMax está disponível tanto para<br />
pneus RHD II como para LHD II, sempre<br />
destina<strong>dos</strong> ao eixo de tracção <strong>dos</strong> veículos em seis medidas de<br />
295/80R22.5 a 315/80R22.5. ■<br />
LONGA DURAÇÃO<br />
BRIDGESTONE<br />
801.090 quilómetros.<br />
Essa<br />
foi a distância<br />
total que o camionista<br />
Poul<br />
Jensen, da empresa<br />
Nielsens<br />
Fiskeeksport,<br />
completou com<br />
um jogo de pneus Bridgestone M729<br />
montado no seu Volvo FH12.<br />
Apesar da maioria dessa quilometragem<br />
ter sido percorrida em boas estradas entre<br />
Nielsens Fiskeeksport, em Aalbæk, e<br />
vários destinos, principalmente Polónia e<br />
Alemanha, não deixa de constituir uma<br />
performance notável para um único jogo<br />
de pneus.<br />
Depois de cumpri<strong>dos</strong> 600.000 km, Poul<br />
Jensen tratou de verificar o estado do<br />
piso <strong>dos</strong> pneus e isso permitiu-lhes ter<br />
uma segunda vida. Para tanto, o piso foi<br />
cortado de forma a aprofundar as ranhuras,<br />
como que recriando o desenho original<br />
do piso. ■<br />
PUB<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
15
NOTÍCIAS<br />
SAVA ACTUALIZA<br />
A GAMA DE PNEUS<br />
PARA CAMIÕES<br />
A marca Sava apresentou uma nova geração<br />
de pneus direccionais em três gamas<br />
para camiões de longo curso e reboques,<br />
com prestações e rendimento superiores.<br />
Os pneus do eixo direccional Avant A3plus e<br />
os pneus de tracção Orjak O3plus possuem<br />
uma nova estrutura e novos compostos de<br />
borracha que garantem um aumento significativo<br />
da quilometragem (+15%), maior duração<br />
da carcaça e um nível superior de estabilidade.<br />
A mesma carcaça será aplicada<br />
nos pneus de reboque Cargo C3plus. A nova<br />
tecnologia de produção inclui telas e cintas<br />
mais resistentes, que aumentam a resistência<br />
à abrasão e aumentam a duração do<br />
pneu. A maior estabilidade deve-se aos novos<br />
talões com arames assimétricos, que<br />
também aumentam a duração do pneus e<br />
melhoram a tracção em 5%. O desenho do<br />
piso tem uma configuração robusta, constituída<br />
por cinco rigs para uma quilometragem<br />
elevada e maior duração. Além disso, o<br />
design do tipo<br />
de bloco nas linhas<br />
centrais<br />
do piso permite<br />
uma boa<br />
travagem em<br />
pisos molha<strong>dos</strong>.<br />
Disponível<br />
nas medidas<br />
315/80R22.5, 295/80R22.5 e<br />
315/70R22.5. Estes pneus vão substituir<br />
a gama 22.5” Avant A3.<br />
A gama Orjak O3plus da Sava abarca as<br />
aplicações para camiões de transporte a longas<br />
distâncias ou regionais. O novo design<br />
do piso é um conceito de fila de cinco blocos<br />
que permite uma excelente tracção em estradas<br />
molhadas. A elevada quilometragem<br />
é o resultado de um desenho de piso largo<br />
com os seus ombros semi-fecha<strong>dos</strong>. Também<br />
disponíveis nas dimensões<br />
315/80R22.5, 295/80R22.5 e<br />
315/70R22.5, estes pneus vão substituir<br />
a gama 22.5” Orjak O3.<br />
O pneu Cargo C3plus foi concebido para reboques<br />
que trabalham em operações de<br />
transporte longas distâncias e regionais.<br />
Com um desenho de piso de seis sulcos com<br />
cinco ranhuras em zigzag, o pneu tem um<br />
excelente potencial de quilometragem e travagem<br />
em pisos molha<strong>dos</strong>. Este pneu vai ser<br />
produzido nas dimensões 385/65R22.5 e<br />
vai substituir o Cargo C3. ■<br />
PRÉMIO FAST CAR PREMEIA<br />
CONTISPORTCONTACT 3<br />
A Continental ganhou o cobiçado prémio da revista<br />
nº1 em carros modifica<strong>dos</strong>, “Fast Car”.<br />
Na revista do mês de Junho <strong>2009</strong>, veio a<br />
notícia que o Continental ContiSportContact<br />
3 ficou em primeiro lugar na categoria<br />
“Best for Safety” (Melhor em Segurança).<br />
Os Prémios “Fast Car” elogiam o que há<br />
de melhor da indústria de tuning, divulgando<br />
os produtos mais inspiradores considera<strong>dos</strong><br />
imprescindíveis. Os prémios dão destaque<br />
a desempenhos excepcionais, qualidade,<br />
originalidade, conveniência e valor. São<br />
vistos na área das modificações como um carimbo<br />
de aprovação dando aos entusiastas confiança quando<br />
definem a sua próxima compra. Em termos de segurança, a utilização<br />
de um composto de sílica flexível de terceira geração<br />
permite um bom desempenho na travagem em piso molhado.<br />
Uma boa relação de borracha no flanco exterior com um padrão<br />
de piso assimétrico e firme, garante igualmente um excelente<br />
desempenho. ■<br />
PNEUS DURASEAL<br />
PERCORREM VOLTA AO<br />
MUNDO<br />
A “Volta ao mundo num carro<br />
de bombeiros” é o nome do projecto<br />
que a Goodyear patrocina,<br />
com os pneus especiais Dura-<br />
Seal, com propriedades de reparação<br />
de furo incorporadas.<br />
Foi no passado mês de Março<br />
que Jan Riedel e Esther Krings partiram de Darmstadt, na Alemanha,<br />
para uma viagem à volta do globo, num camião de bombeiros<br />
suíço com 34 anos. A primeira etapa da viagem transportou<br />
a equipa da Alemanha até ao sudoeste da Ásia, com paragem<br />
em Singapura.<br />
O modelo Magirus Deutz 170D11FA, construído em 1975, foi<br />
o carro seleccionado pela equipa para concretizar este projecto.<br />
A sua preparação incluiu a instalação de pneus para veículos especiais:<br />
o modelo Omnitrac MSD com a tecnologia DuraSeal na<br />
medida 13R22.5. Estes pneus contêm uma capa adicional na<br />
zona central, um revestimento extra, constituído por um composto<br />
especial, que permite reparar automaticamente furos até<br />
seis milímetros de diâmetro. Se o pneu ficar danificado por um<br />
objecto cortante, como um prego, o gel infiltra-se no furo, formando<br />
um tampão hermético. Uma vez retirado o prego, a Goodyear<br />
DuraSeal conta com um sistema que ocupa na totalidade<br />
o furo causado pelo prego. Esta tecnologia permite selar furos<br />
até 6 milímetros de diâmetro, podendo fazê-lo sempre que ocorra<br />
esta situação. Desta forma, o veículo segue viagem até os<br />
pneus serem repara<strong>dos</strong> ou recauchuta<strong>dos</strong> normalmente. Submeti<strong>dos</strong><br />
a rigorosos testes, estes pneus podem suportar 51 furos<br />
com uma pistola de pregos, sem perder qualquer pressão. ■<br />
16<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
A HISTÓRIA DE UM<br />
REMENDO CENTECH<br />
Para demonstrar a<br />
qualidade superior das<br />
unidades de reparação<br />
Centech, da marca<br />
TECH, uma viatura foi<br />
conduzida de Nova York<br />
a Los Angeles com um<br />
remendo da marca norte<br />
americana. Começou<br />
apenas como um pequeno teste, mas percorri<strong>dos</strong><br />
230.770 km e um mapa de estradas depois,<br />
o resultado final foi uma enorme história de sucesso,<br />
desempenho e poupança. Pretendeu-se<br />
apenas ver o quão longe um remendo Centech<br />
iria. Foi seleccionado um pneu de um monte de<br />
lixo e fez-se uma reparação na lateral do mesmo<br />
com um remendo Centech e depois foi colocado<br />
de novo na estrada. Após 25.920 km, o piso estava<br />
gasto, mas a reparação não mostrava sinais<br />
de desgaste ou falha, portanto foi recauchutado,<br />
montado e colocado novamente em serviço.<br />
Após 89.100 km, já havia sido recuperado o custo<br />
proporcional de um pneu radial novo para camião.<br />
Os 140.940 km de serviço adicionais podem<br />
ser melhor descritos como se fossem “gratuitos”<br />
ou “sem despesa”... ■<br />
SCANIA MONTA DE<br />
ORIGEM PNEUS<br />
EXCLUSIVOS GOODYEAR<br />
O construtor sueco de<br />
camiões e autocarros<br />
Scania está a montar novos<br />
tipos de pneus exclusivos<br />
da Goodyear.<br />
Um deles é o novo pneu<br />
direccional Marathon<br />
LHS II (375/50R22.5),<br />
que utiliza a tecnologia<br />
Max Technology, a qual<br />
permite uma carga sobre o eixo frontal de o toneladas, com<br />
plataforma baixa. Isto aumenta a capacidade de carga total,<br />
reduz os danos na via e melhora o consumo de combustível.<br />
Este pneu também usa a tecnologia Airmax da Goodyear que<br />
permite aumentar o volume de ar no interior do pneu, sem diminuir<br />
o diâmetro deste.<br />
O pneu Marathon LHS II também está disponível na medida<br />
355/50R22.5, beneficiando igualmente do conceito Airmax.<br />
Para operar permanentemente em estradas molhadas, a<br />
Goodyear recomenda o pneu para eixo direccional Ultragrip<br />
WTS, uma referência de aderência no molhado. O novo Goodyear<br />
Marathon LHS II pode ser montado em to<strong>dos</strong> os eixos<br />
que não sejam de tracção. ■<br />
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REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
17
NOTÍCIAS<br />
PNEUS AGRÍCOLAS PIRELLI<br />
PASSAM A DESIGNAR-SE<br />
TRELLEBORG<br />
COMPRESSOR<br />
PORTÁTIL TECH<br />
O compressor de ar digital TECH, recentemente<br />
apresentado pelo importador<br />
exclusivo da marca, Alta roda,<br />
constitui um auxiliar essencial para andar<br />
na bagageira de qualquer viatura.<br />
O seu carácter leve e portátil e o seu<br />
preço competitivo, alia<strong>dos</strong> à sua grande<br />
aplicabilidade, tornam-no numa ferramenta<br />
muito apelativa. Assim, os<br />
detentores deste dispositivo com um<br />
preço de apenas 43€ + IVA, podem<br />
controlar a pressão <strong>dos</strong> seus pneumáticos<br />
a toda a hora sem terem de ir à<br />
estação de serviço. Para os veículos<br />
modernos que não trazem roda sobressalente,<br />
é uma ferramenta verdadeiramente<br />
essencial, já que permite<br />
ganhar mais alguns quilómetros no<br />
caso de furo e acima de tudo preserva<br />
o bom estado do pneu em caso de<br />
perda de pressão. Uma boa solução<br />
também para os condutores que não<br />
querem ser apanha<strong>dos</strong> de surpresa<br />
em plena estrada e que olham para a<br />
manutenção <strong>dos</strong> seus pneumáticos<br />
como um valor essencial da sua segurança.<br />
■<br />
A Trelleborg Wheel Systems<br />
está na fase final de transacção<br />
da marca de pneus radiais<br />
agrícolas Pirelli para<br />
Trelleborg, o que acontecerá<br />
antes da licença de utilização<br />
do nome Pirelli expirar em<br />
2010. A Trelleborg começou<br />
em 1999 a introduzir gradualmente<br />
a marca Trelleborg<br />
nos produtos radiais Pirelli,<br />
após a aquisição da divisão<br />
de pneus agrícolas do<br />
fabricante italiano.<br />
As pessoas, o know-how, a tecnologia e as instalações são as mesmas,<br />
somente o nome de marca passa de Pirelli para Trelleborg depois<br />
de um período que permitiu reforçar o nome Trelleborg no mercado.<br />
A transição tem sido um processo demorado e dispendioso; de<br />
facto, somente a troca de cerca de 200 moldes para que as paredes<br />
laterais <strong>dos</strong> pneus ostentem o nome Trelleborg custará 2,6 milhões<br />
de dólares. No entanto, os custos técnicos ficam muito aquém <strong>dos</strong><br />
custos de marketing que totalizarão no fim do processo 13 milhões<br />
de dólares. Esta tarefa está de alguma forma facilitada porque os<br />
clientes sabem que a Trelleborg fabrica pneus agrícolas com a marca<br />
Pirelli desde 1999, o que ajuda a evitar alguma confusão durante a<br />
passagem de nome. A mensagem já passou ao nível <strong>dos</strong> fabricantes<br />
de máquinas agrícolas e retalhistas especializa<strong>dos</strong> na medida em que<br />
a Trelleborg lida diariamente com eles. No entanto os consumidores<br />
finais estão menos informa<strong>dos</strong> e é essa a razão porque têm vindo a<br />
investir fortemente em publicidade. Com efeito, o orçamento para a<br />
campanha de publicidade vai mais do que duplicar os seus valores habituais:<br />
em vez <strong>dos</strong> dois por cento habituais da sua facturação, a Trelleborg<br />
previu gastar 4,2 por cento entre 2<strong>006</strong> e 2010, ano em que<br />
toda a gama terá o nome Trelleborg. ■<br />
3ª GERAÇÃO DE PNEUS RUN-FLAT BRIDGESTONE<br />
A marca que criou o conceito runflat<br />
aperfeiçoou recentemente algumas<br />
tecnologias que aumentam<br />
as suas performances e tenciona<br />
lançar a 3ª geração de pneus runflat<br />
na origem ainda este ano. A<br />
Bridgestone está convencida que a<br />
tendência para utilização de pneus<br />
run-flat irá aumentar, porque os<br />
construtores de veículos vão ter<br />
que lançar no mercado carros<br />
mais pequenos e mais leves, nos<br />
quais a 5ª roda não tem cabimento.<br />
Segundo a marca japonesa de<br />
pneus, as inovações e melhoramentos<br />
que introduziu recentemente<br />
nos seus run-flat irão facilitar<br />
ainda mais a sua difusão no<br />
mercado de origem e consequentemente<br />
no mercado de substituição.<br />
Na verdade, embora existam<br />
várias maneiras de eliminar a roda<br />
sobresselente, para a Bridgestone<br />
a tecnologia run-flat é a melhor<br />
resposta, devido às seguintes razões:<br />
- Melhora a estabilidade de condução<br />
na sequência de um furo<br />
- Maior segurança e tranquilidade<br />
para os condutores, pois evita<br />
trocar as rodas em locais de risco,<br />
como as auto estradas e locais<br />
ermos à noite<br />
- Possibilidade de continuar a conduzir,<br />
mesmo que o pneu sofra<br />
danos ou furos em qualquer ponto<br />
da sua estrutura.<br />
Além destes da<strong>dos</strong>, a Bridgestone<br />
adianta que a eliminação da 5ª<br />
roda nos automóveis permitiria ajudar<br />
a poupar recursos naturais,<br />
pois são compra<strong>dos</strong> anualmente<br />
59 milhões de pneus para substituir<br />
os suplentes. Em termos de<br />
emissões de CO 2 , o conjunto de<br />
factores que resulta da eliminação<br />
da 5º roda <strong>dos</strong> veículos permitiria<br />
reduzir em cerca de 2 milhões de<br />
toneladas/ano o CO 2 emitido para<br />
a atmosfera terrestre. ■<br />
18<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
€258 MILHÕES DE PNEUS<br />
NA INTERNET<br />
Os factos falam por si: o menor custo<br />
do mesmo pneu no comércio online está<br />
a desviar um número crescente de compradores<br />
das vias tradicionais. Com crise<br />
ou sem crise, um euro é um euro e<br />
obriga quem precisa de fazer contas a fazê-las. Nada menos do<br />
que € 258 milhões de pneus foram comercializa<strong>dos</strong> em 2008<br />
pela Internet, ou seja mais 20% do que no ano anterior. Os da<strong>dos</strong><br />
são da plataforma europeia Delticom AG, líder do mercado<br />
online, que ganhou durante o mesmo ano 700.000 novos clientes,<br />
tendo passado para 2,6 milhões o volume total <strong>dos</strong> seus<br />
clientes. Não só os clientes aumentam, como a sua fidelidade<br />
também. Pelo menos, 213.000 clientes regista<strong>dos</strong> voltaram a<br />
comprar pneus durante 2008, numa das lojas online da Delticom.<br />
Por outro lado, o número de oficinas associadas da Delticom<br />
também aumentou, permitindo aos clientes da plataforma<br />
electrónica escolher entre 24.000 pontos de montagem de<br />
pneus em toda a Europa.<br />
Apesar os êxitos passa<strong>dos</strong>, que têm beneficiado os accionistas<br />
das empresa, a Delticom mantém uma atitude prudente para<br />
<strong>2009</strong>, prevendo um crescimento de 10% até ao final do ano,<br />
podendo a margem descer até aos 6%, o que corresponde ao<br />
índice de referência. De qualquer forma, a Delticom pretende<br />
consolidar a sua posição no mercado e reafirmar a sua condição<br />
de líder na Europa da venda de pneus online. ■<br />
GOODYEAR-DUNLOP<br />
ADIANTA-SE<br />
A NORMA DA CE<br />
A Goodyear-Dunlop, adiantou-se 3 anos em<br />
relação ao prazo estabelecido para o cumprimento<br />
da norma da Comissão Europeia que<br />
impõe a introdução obrigatória de um código<br />
indicativo de que o pneu cumpre com os índices<br />
de ruído estabeleci<strong>dos</strong> na directiva europeia.<br />
Esta inscrição tem de ser aplicada entre<br />
Outubro de <strong>2009</strong> e Outubro de 2011<br />
em função da medida do pneu, mas a Goodyear-Dunlop<br />
já começou a incorporar a indicação<br />
<strong>dos</strong> índices de ruído nos seus pneus,<br />
em alguns casos, com os índices de ruído<br />
emitido bastante inferiores aos estabeleci<strong>dos</strong><br />
pela Comissão Europeia. ■<br />
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REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
19
NOTÍCIAS<br />
PORSCHE PANAMERA<br />
ACELERA COM PNEUS<br />
CONTINENTAL<br />
NOVO RECORDE MUNDIAL DE LOOP<br />
Num desafio para recorde mundial de<br />
loop concebido pela Dunlop e Fifth Gear (a<br />
ser transmitido no Channel Five num episódio<br />
especial patrocinado pela Dunlop do<br />
programa Fifth Gear), foi possível fazer<br />
com um veículo, uma volta completa num<br />
loop gigante de 12 metros.<br />
Para conseguir este desafio, foi escolhido<br />
Steve Truglia, ex-soldado das Forças<br />
Especiais do Reino Unido e duplo de James<br />
Bond.<br />
O conjunto de recordes mundiais de Steve<br />
é igualado pelo conjunto de participações<br />
no Fifth Gear, incluindo ensinar aos<br />
apresentadores como virar um carro a<br />
alta velocidade.<br />
Mas conduzir um carro de cabeça para<br />
baixo foi um teste ainda maior, até mesmo<br />
para Steve.<br />
Para o efeito, foi construído um loop de<br />
12 metros com a resistência suficiente<br />
para suportar um carro a grande velocidade.<br />
Truglia conseguiu.<br />
O carro, equipado com pneus Dunlop<br />
manteve uma linha estável à volta do loop,<br />
mesmo na fase invertida onde o contacto<br />
preciso e a resposta <strong>dos</strong> pneus eram vitais.<br />
■<br />
Os técnicos da Continental aperfeiçoaram e adaptaram<br />
o modelo de topo ContiSportContact 3 exclusivamente<br />
para a carroçaria do novo modelo da Porsche,<br />
seguindo as instruções <strong>dos</strong> técnicos da marca de Zuffenhausen.<br />
Para distinguir o modelo especial para a<br />
Porsche, do normal, acrescentaram à série especial<br />
as letras “N0“. No eixo dianteiro o pneu do Panamera<br />
tem as dimensões 255/45 ZR 19 (100Y), e no eixo<br />
traseiro as dimensões são 285/40 ZR 19 (103Y).<br />
Para este modelo também há a opção das dimensões<br />
245/50 ZR 18 (100Y) e 275/45 ZR 18 (103Y),<br />
igualmente marca<strong>dos</strong> com a designação “N0“. Os<br />
pneus desportivos aprova<strong>dos</strong> pela Porsche têm que<br />
obedecer aos mais rigorosos requisitos impostos pelo<br />
mais famoso construtor alemão de automóveis desportivos,<br />
nunca comprometendo no entanto o conforto<br />
e o respeito pelo meio ambiente. ■<br />
GOODYEAR RENOVA<br />
ACORDO COM BMW<br />
Não é o volume de pneus que está em causa, mas a<br />
responsabilidade e a imagem que o acordo implica. Na<br />
realidade, trata-se de um acordo entre as duas empresas<br />
para fornecimento exclusivo de pneus Goodyear<br />
às escolas de condução BMW em Portugal e<br />
Espanha. É também um compromisso de ambas as<br />
marcas com a segurança da condução e a prevenção,<br />
como a forma mais eficaz de evitar possíveis acidentes.<br />
De facto, o curso de condução proporcionado<br />
pela escola BMW Driver Training, já com 30 anos a<br />
formar condutores, inclui técnicas avançadas e combina<br />
ensino teórico e prático. Os pneus são considera<strong>dos</strong><br />
na escola um elemento fundamental da segurança<br />
do veículo, sendo indispensáveis para aplicar na estrada<br />
as funções de segurança ABS e ESP. ■<br />
CONTINENTAL UTILIZA<br />
TOMOGRAFIA<br />
COMPUTORIZADA<br />
A Continental, está a utilizar um novo “scanner” de<br />
tomografia computorizada de forma a melhorar ainda<br />
mais os testes de pneus.<br />
Com este equipamento, é possível reduzir de forma<br />
significativa o tempo necessário para visualizar um<br />
pneu, bem como aumentar a qualidade das imagens<br />
obtidas durante o processo. As imagens focam-se<br />
na distorção <strong>dos</strong> materiais de reforço, tais como<br />
cordas de aço, bem como a sua posição exacta no<br />
pneu.<br />
A distorção do pneu ao curvar, travar ou sob grande<br />
carga, também é simulada e visualizada. Partes<br />
do pneu podem ser apresentadas separadamente,<br />
de forma a analisar o desgaste de forma independente,<br />
permitindo o teste a partes da carcaça.<br />
Cerca de 3.000 pneus serão sujeitos a estes testes<br />
anualmente. Este novo equipamento permite<br />
analisar partes distintas do pneu em 3D, bem como<br />
no contexto do pneu como um todo.<br />
Graças a isto, os técnicos de desenvolvimento de<br />
pneus em Hannover podem construir os produtos<br />
de forma a corresponderem aos mais rigorosos requisitos.<br />
■<br />
20<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
HANKOOK "EUROPEUS"<br />
NA ORIGEM VW<br />
O construtor alemão de veículos<br />
Volkswagen irá montar<br />
pneus Hankook no equipamento<br />
original da sua gama<br />
da 5ª geração <strong>dos</strong> modelos<br />
Transporter, Caravelle, Multivan<br />
e California, que se passará<br />
a chamar simplesmente T 5. O pneu original que<br />
será utilizado nestes modelos será, entre outros, o<br />
novo Hankook Radial RA 28, na medida 215/65 R 16<br />
C. Este pneu é fornecido exclusivamente à fábrica de<br />
modelos comerciais da VW em Hanover (Alemanha) e<br />
constitui o primeiro grande fornecimento directo da<br />
nova fábrica Hankook da Hungria (Dunjauvaros). Além<br />
do novo modelo T 5, a Hankook fornece também pneus<br />
para outros modelos da VW na Europa, como é o caso<br />
do Caddy, Caddy Maxi, Polo, Golf VI e Tiguan. No México,<br />
a Hankook fornece igualmente pneus para o equipamento<br />
original <strong>dos</strong> VW Jetta, Jetta SportWagen e<br />
New Beetle, que são produzi<strong>dos</strong> para o mercado norteamericano.<br />
Para realizar estes contratos com o construtor alemão,<br />
a Hankook teve que submeter a sua fábrica situada<br />
na região de Budapeste a uma rigorosa auditoria<br />
por parte de consultores da Volkswagen. Para ser fornecedor<br />
da VW, qualquer fabricante tem que estar<br />
certificado pela ISO-International Standardisation Organization,<br />
o que acontece com a fábrica Hankook da<br />
Hungria, que em Janeiro deste ano recebeu as certificações<br />
ISO/TS 16942:2002 e EN ISO14001:2004.<br />
Nesta moderníssima fábrica da Hankook da Europa trabalham<br />
mais de 1.200 funcionários, que produzem<br />
cerca de 15.000 pneus por dia (5 milhões ano), com<br />
mais de 300 dimensões diferentes, destina<strong>dos</strong> essencialmente<br />
a carros ligeiros e comerciais ligeiros. ■<br />
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KUMHO EURO AID 24H<br />
À semelhança das principais marcas de pneus do<br />
mercado, o fabricante coreano Kumho Tires passou a<br />
dispor de um serviço de assistência permanente na<br />
estrada para transportadores profissionais, permitindo<br />
tempos mínimos de paralisação <strong>dos</strong> veículos. Os<br />
operadores de transportes viram as suas margens diminuir<br />
dramaticamente, em função <strong>dos</strong> aumentos <strong>dos</strong><br />
combustíveis, sendo imperativo o cumprimento <strong>dos</strong><br />
horários de entregas, para assegurarem a necessária<br />
rentabilidade. A assistência Kumho Euro Aid cobre<br />
toda a Europa e é proporcionada por operadores profissionais,<br />
que asseguram a resolução de qualquer<br />
problema de pneus em tempo recorde. Para beneficiar<br />
deste serviço, os clientes (frotistas ou camionistas<br />
profissionais) que comprarem os seus pneus Kumho<br />
nos distribuidores oficiais envolvi<strong>dos</strong> na iniciativa,<br />
receberão gratuitamente um cartão Kumho Euro Aid<br />
de acesso à assistência na estrada. ■<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
21
NOTÍCIAS<br />
NOVAS DESMONTADORAS DE PNEUS<br />
E EQUILIBRADORAS DE RODAS BOSCH<br />
Com os novos equipamentos para montar e desmontar<br />
pneus e para equilibrar rodas, tanto em motociclos, em<br />
veículos ligeiros de passageiros, como em veículos industriais,<br />
a Bosch reforça a sua posição como fornecedor<br />
global de equipamento para a<br />
oficina. Todas as máquinas são fáceis<br />
de utilizar e oferecem processos melhora<strong>dos</strong><br />
de trabalho para pneus e jantes.<br />
As desmontadoras oferecem mo<strong>dos</strong><br />
de funcionamento e acessórios para<br />
poder fixar todo o tipo de rodas e as equilibradoras<br />
permitem também trabalhar com<br />
rodas pesadas de elevado diâmetro.<br />
Nas desmontadoras, os equipamentos<br />
mais altos de gama, TCE 4530 e 4510<br />
estão desenha<strong>dos</strong> para veículos ligeiros<br />
de passageiros e veículos comerciais<br />
com rodas até 30” de diâmetro. O<br />
sistema hidráulico de montagem destes<br />
equipamentos, permite trocar os<br />
pneus com uma elevada frequência de trabalho,<br />
ao exercer forças muito altas e pressões precisas<br />
de controlo. Tanto rodas com jantes de aço ou em liga<br />
leve, como pneus run flat, podem ser troca<strong>dos</strong> com rapidez<br />
e precisão, utilizando até duas velocidades de trabalho.<br />
A Bosch desenvolveu também quatro novas desmontadoras<br />
para pneus de veículos comerciais de todo<br />
o tipo.<br />
Relativamente às novas equilibradoras, os programas<br />
automáticos de equilibragem impedem falhas<br />
operativas e asseguram um resultado<br />
preciso. O sistema cálcula também a<br />
posição <strong>dos</strong> pesos adesivos ocultos nas<br />
jantes de alumínio que se apresentam de<br />
forma clara e precisa para a sua colocação.<br />
A equilibradora mais alta da gama,<br />
a WBE 4515, indicada para rodas de<br />
veículos ligeiros de passageiros e veículos<br />
industriais ligeiros, dispõe de um monitor<br />
LCD e de um acoplamento pneumático,<br />
permitindo terminar a equilibragem de forma<br />
muito rápida. Um dispositivo a laser<br />
encarrega-se de fazer um diagnóstico do<br />
perfil da roda, o que permite a poupança<br />
<strong>dos</strong> pesos ao compensar os desequilíbrios de<br />
jantes e pneu. Completam a gama para rodas de<br />
ligeiros de passageiros, as equilibradoras universais<br />
WBE 4225 e WBE 4220 (com display LCD), e as<br />
compactas WBE 4110 e WBE 4100, que só dispõem<br />
de indicadores alfanuméricos. Adicionalmente, está disponível<br />
a WBE 5210, que permite equilibrar rodas de<br />
camiões e autocarros com pesos até 200 kg. ■<br />
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22<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
OPINIÃO<br />
Por: Luis Martins, Country Manager da Gripen Wheels Portugal<br />
A VACA PÚRPURA<br />
UM NOVO “PÊ” PARA<br />
A PRÁTICA DO MARKETING<br />
Na Gestão do Marketing, a tomada<br />
de decisões baseia-se, numa<br />
abordagem simplista, em 5 variáveis<br />
objectivamente controláveis. Os famosos<br />
“P’s” (pês) do Marketing.<br />
Mas afinal... quantos “P’s” tem o Marketing?<br />
Há bastantes anos que se fala, basicamente,<br />
em 5 (cinco). A saber: Produto, Preço,<br />
Distribuição (do inglês Place), Comunicação<br />
(do inglês Promotion) e Serviço ao Cliente<br />
(do inglês People).<br />
No entanto algo de perturbador aconteceu.<br />
Os “P’s” já não são suficientes. Os merca<strong>dos</strong><br />
“estão loucos”, a competitividade atingiu<br />
níveis da mais absoluta e rigorosa exigência.<br />
Só sobrevivem os melhores. Fala-se<br />
de UM NOVO “P”... um “P” que começa por<br />
“N”, de NOTÁVEL!<br />
Imaginemos UMA VACA (de cor) PÚRPURA<br />
no meio de milhares de vacas todas iguais.<br />
Está a visualizar a imagem?<br />
Se formos diferentes e ousa<strong>dos</strong> atraímos a<br />
atenção e, possivelmente, realizamos mais e<br />
melhores negócios. Que é o que to<strong>dos</strong> desejamos.<br />
Verdade?<br />
Recorrendo à minha memória profissional,<br />
a título de exemplo, conto-lhe e descrevo-lhe<br />
uma das histórias de sucesso que<br />
ilustram e demonstram o que acabo de dizer.<br />
Decorria o ano da graça de 1997, tinha a<br />
meu cargo a Direcção de Marketing da Continental<br />
em Portugal, quando pensámos o<br />
que poderíamos fazer de ousado, original e<br />
irreverente para incrementar a notoriedade<br />
da marca MABOR e fazer crescer as vendas<br />
de forma sólida. “Dormia eu sobre o assunto”<br />
quando me surgiu uma ideia verdadeiramente<br />
“maluca” à época (algo que me vinha<br />
do meu passado profissional nos Hipermerca<strong>dos</strong>).<br />
E se, por cada 4 (quatro) pneus MA-<br />
BOR oferecemos um Telemóvel? Sim, um<br />
Telemóvel inteiramente GRÁTIS (relembro<br />
que à época ainda não “saíam” na compra de<br />
um qualquer gelado), o “electrodoméstico”<br />
mais desejado do momento. Provavelmente,<br />
com um valor de mercado muito próximo do<br />
valor <strong>dos</strong> pneus (para o cliente final).<br />
Quase ninguém acreditou (quase? Sim.<br />
Porque há sempre alguém mais ousado do<br />
que nós)...<br />
Impossível! Onde é que vais arranjar orçamento<br />
para comprar o telemóvel? A margem<br />
do produto não comporta uma oferta<br />
desse valor! Estás doido! Os “insultos” subiram<br />
de tom quando, de forma quase profana<br />
e já transbordando algum orgulho ferido,<br />
soltei um “e o operador ainda vai comparticipar<br />
uma grande campanha de rádio e imprensa”...<br />
foi a gargalhada geral. Por falar<br />
em geral... o Director Geral - Paiva Carvalho<br />
– foi um <strong>dos</strong> poucos que me levaram a sério).<br />
Os comentários não foram encorajadores...<br />
eu e os colegas da Direcção de Marketing<br />
(que saudades do Jorge Nunes, da Ana<br />
Paula Barbosa e, <strong>dos</strong> restantes...) saímos<br />
quase desanima<strong>dos</strong>. Mas fomos à “guerra”.<br />
Acreditámos no impossível. A descrença <strong>dos</strong><br />
restantes colegas deu-nos energias adicionais.<br />
Só pensávamos na nossa VACA de cor<br />
PÚRPURA.<br />
Sintetizando os acontecimentos:<br />
1. A TELECEL viu na acção proposta uma<br />
grande oportunidade de negócio (fidelização<br />
de clientes).<br />
2. Comparticipou 50% das campanhas de<br />
Rádio, Imprensa e material de divulgação no<br />
Ponto de Venda.<br />
3. Forneceu toda a logística do negócio<br />
(sem custos para a Continental Portugal).<br />
4. A Continental Portugal foi (nesse ano)<br />
um <strong>dos</strong> 5 (cinco) maiores “Agentes” TELE-<br />
CEL em número de novos clientes angaria<strong>dos</strong><br />
e fidelizações de 24 meses concretizadas<br />
(a contrapartida da TELECEL que financiou<br />
todo o projecto).<br />
5. A campanha de “media” foi um sucesso.<br />
Os clientes (Mabor) invadiram os Agentes a<br />
pedir MABOR (ou telemóveis??).<br />
6. Os Agentes que tinham muitos pneus<br />
em stock pediram uma solução... encomenda<br />
de X’s pneus = entrega de “vales telemóvel”<br />
para os pneus em stock. Ambas as partes<br />
lucraram com o negócio.<br />
7. O dever de sigilo profissional não me<br />
permite revelar quantos pneus foram vendi<strong>dos</strong><br />
em 3 (três) meses mas, digo-vos que, no<br />
final de Junho tinham-se vendido mais<br />
pneus que durante todo o ano anterior. Foi<br />
“de loucos”. Os colegas da Logística quase<br />
que enlouqueceram (mas contribuíram e de<br />
que maneira para o sucesso da operação).<br />
8. Criou-se uma Base de Da<strong>dos</strong> de clientes<br />
finais com o objectivo de abrir um canal de<br />
comunicação directa com o consumidor<br />
(Marketing Directo). Entre outras coisas, poderíamos<br />
calcular quando o cliente iria trocar<br />
novamente os seus pneus e, 3 (três) meses<br />
antes enviar cheque oferta para descontar<br />
nos MABOR seguintes. A base de da<strong>dos</strong><br />
contemplava informação como nome, data<br />
de nascimento, profissão, endereço, telefone,<br />
automóvel, ano do automóvel, quilómetros,<br />
pneus desmonta<strong>dos</strong> (dimensão, marca<br />
e tipo), pneus monta<strong>dos</strong> (dimensão, marca e<br />
tipo), etc. Fidelização do cliente final era o<br />
objectivo.<br />
9. Fidelização à marca o que é? Existe no<br />
mercado <strong>dos</strong> pneus? Resposta: Médico de 32<br />
anos, BMW Série 5, desmonta MICHELIN<br />
(com o devido respeito, claro) e monta MA-<br />
BOR. Ele “há coisas fantásticas, não há?”.<br />
Conclusão: O “nosso” quinto “P”, ou melhor,<br />
o nosso “N” de NOTÁVEL fez nascer A<br />
VACA PÚRPURA!<br />
A. Clientes Finais Satisfeitos.<br />
B. Agentes MABOR satisfeitos (mais e melhores<br />
negócios – o cliente final não trazia o<br />
famigerado “papelinho” com os preços <strong>dos</strong><br />
concorrentes).<br />
C. Durante o período da Campanha deixámos<br />
(to<strong>dos</strong>) de discutir descontos...<br />
D. Fornecedor satisfeito. Aumento da notoriedade<br />
da MARCA, incremento exponencial<br />
das vendas e <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong>, Base de<br />
Da<strong>dos</strong> preciosa, Força de Vendas motivada,<br />
etc., etc., etc.<br />
Procure, sem demoras, a SUA VACA (de<br />
cor) PÚRPURA (no meio das milhares de vacas<br />
iguais).<br />
Está a visualizar a imagem?<br />
Se formos diferentes e ousa<strong>dos</strong> atrairemos<br />
a atenção e, certamente, realizaremos<br />
mais e melhores negócios. Que é o que to<strong>dos</strong><br />
desejamos. Verdade? Muito mais em tempos<br />
de crise. Não é uma questão de estilo... é<br />
uma questão de sobrevivência.<br />
“O pensamento criativo é o valor actual<br />
mais cobiçado e gerador de lucro para qualquer<br />
indivíduo, empresa ou país. Possui a<br />
capacidade de mudá-lo a si, ao seu negócio e<br />
ao mundo.” – Robert P. Crawford ■<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
23
SALÃO<br />
AUTOPROMOTEC <strong>2009</strong><br />
AUTOPROMOTEC <strong>2009</strong><br />
A GRANDE MONTRA<br />
A 23ª edição da Autopromotec, que decorreu no parque de<br />
exposições de Bolonha, Itália, de 20 a 24 de Maio, foi a<br />
maior de sempre, com mais de 100.000 visitantes, um<br />
número total de 1.443 expositores e área de exposição<br />
completamente esgotada (150.000 m2).<br />
24<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
OSalão Autopromotec conta já com 40 anos de existência,<br />
sendo um <strong>dos</strong> mais antigos eventos consagra<strong>dos</strong> ao equipamento<br />
para oficinas automóvel. Este ano, o certame decorreu<br />
sob o signo do êxito, tendo ultrapassado to<strong>dos</strong> os anteriores<br />
máximos. O número total de expositores atingiu a cifra recorde de<br />
1.443 contra 1.404 em 2007, <strong>dos</strong> quais 468 eram estrangeiros e os<br />
restantes 975 italianos. O destaque vai para os expositores alemães,<br />
cujo número ultrapassou os 100.<br />
Para corresponder a esta oferta de âmbito global, estiveram presentes<br />
mais de 100 mil visitantes profissionais, com ligações ao aftermarket,<br />
tanto na vertente de distribuição, como de reparação. De<br />
referir que a Itália tem 84.500 empresas de reparação automóvel,<br />
com um nível de actualização e competitividade elevado. Para acolher<br />
todo este universo foram ocupa<strong>dos</strong> 11 pavilhões, com a área total<br />
de 150.000 m2, complementada por 3 áreas ao ar livre, com um<br />
total de 20.000 m2. Na tradição das feiras anteriores, a presença <strong>dos</strong><br />
fabricantes de equipamento oficinal era a mais forte, com ênfase<br />
nas máquinas para oficinas de pneus.<br />
O Salão Autopromotec <strong>2009</strong> afirmou-se como<br />
um <strong>dos</strong> maiores eventos mundiais do<br />
aftermarket automóvel, reunindo os sectores<br />
das peças e equipamentos para oficinas.<br />
Na primeira linha<br />
Para compreender o sucesso e o impacto da Autopromotec <strong>2009</strong>,<br />
é necessário ter presente o potencial da indústria italiana de equipamentos<br />
e de peças para o automóvel, assim como a dimensão do<br />
seu aftermarket e a necessidade de actualização das oficinas, para<br />
corresponderem aos novos padrões de serviço ao cliente e às exigentes<br />
especificações técnicas <strong>dos</strong> novos modelos.<br />
Por outro lado, Bolonha e o chamado "Motor Valley", a região circundante,<br />
foram berço de marcas míticas como a Ferrari, Lamborghini<br />
e Ducati, possuindo ainda a maior concentração de fabricantes<br />
de equipamentos para oficinas do mundo.<br />
Para dar expressão a todo o potencial existente na região e a to<strong>dos</strong><br />
os expositores visitantes, a Autopromotec apostou em privilegiar<br />
os expositores directos, isto é, aqueles que exibem os seus<br />
próprios produtos, favorecendo e estimulando os contactos "Business<br />
to Business" (B2B). De facto, o avanço tecnológico do automóvel<br />
exige equipamentos cada vez mais actualiza<strong>dos</strong> e desenvolvi<strong>dos</strong>,<br />
de acordo com as novas especificações <strong>dos</strong> veículos. E neste<br />
aspecto, podemos ver na Autopromotec, os mais recentes equipamentos<br />
para reparação e manutenção automóvel. Além disso, o espaço<br />
da exposição é dividido em várias feiras diferentes, cada uma<br />
das quais com uma especialidade temática, o que dá aos visitantes<br />
a possibilidade de concentrar a sua atenção no principal motivo da<br />
sua visita.<br />
A posição estratégica de Bolonha na própria Itália, no Sul da Europa<br />
e na zona do Mediterrâneo, principalmente Norte de África e Médio<br />
Oriente, garante à Autopromotec uma projecção internacional<br />
cada vez mais acentuada, enquanto evento do aftermarket automóvel<br />
global. Tal como aconteceu este ano, os expositores de outras<br />
paragens tiveram na Autopromotec uma oportunidade excelente de<br />
ampliar os seus negócios nesta área estratégica. No plano interno, a<br />
Autopromotec não necessita de apresentações, nem de promoção.<br />
A dinâmica do aftermarket italiano, por si só, é suficiente para promover<br />
e potenciar a visita de muitos profissionais a este Salão.<br />
O número recorde de expositores e de visitantes, assim como a<br />
presença forte <strong>dos</strong> sectores das peças, equipamentos e das redes<br />
oficinais, vieram conferir à Autopromotec um estatuto de Salão<br />
mundial, evento de tecnologia avançada e plataforma de mercado,<br />
uma vez que abriu novas perspectivas de negócios, revelou as tendências<br />
do sector aftermarket e foi ponto de referência para o sector<br />
em geral.<br />
Nas próximas páginas, damos uma panorâmica das principais<br />
novidades apresentadas nesta Feira, para o sector <strong>dos</strong> pneus.<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
25
SALÃO<br />
AUTOPROMOTEC <strong>2009</strong><br />
Beissbarth<br />
Cemb<br />
Corghi<br />
NOVIDADES AUTOPROMOTEC <strong>2009</strong><br />
BEISSBARTH<br />
O alinhamento de rodas é um serviço<br />
procurado, porque as rodas desalinhadas<br />
têm um impacto directo na segurança do<br />
veículo e porque influenciam negativamente<br />
o consumo de combustível e o desgaste<br />
<strong>dos</strong> pneus. Além disso, as novas tecnologias<br />
permitem efectuar alinhamentos de<br />
grande qualidade em poucos minutos, o<br />
que também é um factor de atracção <strong>dos</strong><br />
consumidores. A marca Beissbarth, que<br />
integra o Grupo Bosch, apresentou o seu<br />
novo sistema de alinhamento de rodas<br />
Easy3D, que verifica o alinhamento da geometria<br />
<strong>dos</strong> trens rolantes em 3 dimensões.<br />
Na realidade, trata-se de um inovador sistema<br />
tridimensional flexível, que beneficia<br />
de um interface de utilização intuitiva para<br />
o operador. A verificação do alinhamento é<br />
efectuada por uma câmara fotográfica digital<br />
de alta precisão, que faz parte do sistema<br />
KDS.NG (alinhamento da nova geração).<br />
As principais vantagens do novo sistema<br />
Easy3D são ocupar pouco espaço na<br />
oficina, estar sempre pronto a utilizar e necessitar<br />
apenas de um operador, devido à<br />
rápida e simples compensação das rodas<br />
da viatura.<br />
“ESTAMOS A TENTAR CRESCER<br />
MAIS NO MERCADO PORTUGUÊS”<br />
Barbetti Michele, Director de Marketing da TECO<br />
Que novidades trouxe a marca TECO à Autopromotec/09?<br />
Durante a Feira, apresentámos as novas máquinas<br />
de equilibrar pneus, o que pode proporcionar algumas<br />
reduções de preços para os nossos clientes. Actualizámos<br />
o software das nossas máquinas, o que também<br />
permite tornar os preços mais competitivos. Estamos<br />
igualmente a apresentar uma nova linha de<br />
desmontadoras de topo de gama, com um novo sistema<br />
de fixação da roda. Os nossos equipamentos destinam-se<br />
a profissionais e tentamos obter o máximo<br />
de vantagens para eles. É nisso que se baseiam as<br />
nossas expectativas de vendas.<br />
Como tem a vossa empresa sentido a actual crise global?<br />
Relativamente aos nossos concorrentes e outros operadores do mercado, podemonos<br />
considerar felizes, porque estamos a trabalhar com 100% da nossa equipa, embora<br />
as vendas tenham caído no primeiro trimestre deste ano cerca de 50%. Penso<br />
que vamos parar de descer e voltar aos bons negócios dentro de poucos meses. Terminar<br />
o ano com -20% em relação ao ano passado é um objectivo realista e que podemos<br />
alcançar facilmente.<br />
CEMB<br />
A marca Cemb apresentou uma nova linha<br />
de máquinas de equilibrar rodas inovadora.<br />
A Cemb C88/SE possui um novo<br />
elevador chamado Zero Weight (peso zero),<br />
que anula o peso da roda e é controlado directamente<br />
pela lógica da equilibradora,<br />
tornando extremamente rápida e precisa a<br />
centragem da roda. O ecrã táctil de alta definição<br />
facilita a leitura das informações e<br />
os coman<strong>dos</strong> da máquina. Disponível apenas<br />
com blocagem pneumática da roda, a<br />
C88/SE é fornecida com todas as opções<br />
(full option): Sonar LA, Sonar EMS, Sonar<br />
LR (lateral run out) e sistema VDD (Virtual<br />
Direct Drive), patenteado pela Cemb. Comutação<br />
automática depois de efectuada a<br />
medida da distância e repetidor de posição<br />
sem carregar em qualquer botão. Uma<br />
função estatística permite encontrar a melhor<br />
posição de montagem da roda no carro.<br />
Função estatística para os pesos e tipo<br />
de correcção utilizada (número e tipo de<br />
pesos). Medição automática da largura<br />
com Sonar, com reconhecimento do tipo de<br />
pneu montado na jante.<br />
CORGHI<br />
Além de outros equipamentos, como<br />
máquinas de equilibrar rodas, a consagrada<br />
marca Corghi apresentou uma desmontadora<br />
para pneus de grandes dimensões<br />
(até 58"), dentro daquilo que vai sendo a<br />
tendência do mercado. A nova máquina dá<br />
pelo sugestivo nome de Monster AG TT. O<br />
principal objectivo desta máquina consiste<br />
em reduzir a fadiga do operador, como o<br />
sistema de desmontagem Leva la Leva,<br />
modo automático de identificação das dimensões<br />
da roda, memorização da posição,<br />
dispositivo Side to Side (passagem de<br />
um lado para o outro da roda) e sistema<br />
autocentrante com garras e ressaltos, entre<br />
outras utilidades. Sistema integrado de<br />
protecção do pneu e do ar da roda. Para assegurar<br />
a máxima performance do traba-<br />
Que tipo de apoio presta a marca TECO aos clientes do mercado português?<br />
Temos dois distribuidores no mercado português, com os quais estamos em contacto<br />
permanente. Logicamente, fornecemos toda a informação relativa aos nossos equipamentos<br />
e aos veículos com que os nossos clientes trabalham. Através desses distribuidores,<br />
também chegamos aos merca<strong>dos</strong> de Angola e Cabo Verde.<br />
A TECO está satisfeita com o desempenho da marca em Portugal?<br />
Estamos a tentar crescer mais no mercado português e temos trabalhado nesse<br />
sentido. Logo que a situação internacional permita, pensamos chegar aos nossos objectivos<br />
estabeleci<strong>dos</strong> para o vosso mercado.<br />
26<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
lho, a Monster AG TT possui as ferramentas<br />
apontadas ao centro da roda, permitindo<br />
a máxima precisão e grande eficiência.<br />
Por outro lado, a inclinação do disco destalonador<br />
é processada por um potente sistema<br />
hidráulico. A roda pode ser trabalhada<br />
elevada ou apenas a poucos centímetros<br />
do solo. A máquina é universal para<br />
todas as rodas com um furo central mínimo<br />
de 90 mm.<br />
FASEP<br />
A marca Fasep está no mercado desde<br />
1969 e lidera as vendas no sector de máquinas<br />
para trabalhar pneus. A última novidade<br />
desta marca é uma máquina de equilibrar<br />
rodas de camião B140, montada sobre<br />
um carrinho, o que vem resolver o<br />
problema de trabalhar com as pesadas rodas<br />
de camião (mais de 130kg de peso, em<br />
certos casos). Graças às suas rodas, a Fasep<br />
B140 pode ser deslocada facilmente<br />
para qualquer lado, indo até junto da roda<br />
que se pretende equilibrar. Apesar da sua<br />
mobilidade, a equilibradora B140 assegura<br />
a mesma excepcional precisão de medida<br />
das máquinas fixas. O sistema electrónico<br />
da máquina funciona com bateria, sendo o<br />
lançamento manual, com um travão para<br />
parar a roda no final. O sistema de elevação<br />
manual permite levantar a roda e centrá-la<br />
facilmente e sem esforço.<br />
HAWEKA<br />
A empresa alemã Haweka lançou o seu<br />
sistema de alinhamento de rodas para veículos<br />
comerciais AXIS4000, de grande precisão,<br />
facilidade de utilização e rapidez.<br />
Trata-se de um sistema electrónico de<br />
topo de gama e da última geração, baseado<br />
numa câmara digital e transmissão de da<strong>dos</strong><br />
para o processador (PC) via rádio frequência.<br />
As câmaras são fixadas nas rodas<br />
por intermédio de um sistema magnético<br />
(jantes de aço) ou por um sistema patenteado<br />
(ProClamp) de molas (nas jantes de<br />
alumínio). A medição é imediata e de alta<br />
precisão, com o carro assente no chão e<br />
em condições de andar. O relatório do alinhamento<br />
é impresso imediatamente, bem<br />
Haweka<br />
“A REPARAÇÃO DE PNEUS É UMA<br />
ACTIVIDADE VIÁVEL”<br />
Walter Van Loon, Vice Presidente da Tech<br />
Qual é a presença da marca Tech no mercado português?<br />
Trabalhamos bem com o mercado português, onde<br />
estive recentemente, em visita a três empresas de recauchutagem<br />
da Bandag. Apresentámos a nossa linha<br />
completa de produtos e as perspectivas de negócio<br />
são muito positivas.<br />
Que efeito está a ter a presente crise económica nos<br />
negócios da Tech?<br />
Estamos a sentir algum impacto do clima económico,<br />
porque durante os primeiros meses do ano houve<br />
uma certa paragem no transporte de mercadorias.<br />
Se os camiões não rolam, é evidente que o consumo<br />
de pneus é bastante menor. Apesar disso, os clientes tentam adiar as compras e fazer<br />
os negócios só na última hora. Nos pneus de grandes dimensões e caros, os clientes<br />
também preferem ir reparando os pneus, em vez de mandar recauchutá-los, como<br />
acontecia antes desta recessão. Não vejo o panorama muito negativo para nós, pois a<br />
reparação de pneus é uma actividade viável e com mais oportunidades nestas situações<br />
de mercado.<br />
Quais são as previsões de negócios da Tech para o mercado português?<br />
Fiquei impressionado com a dimensão do negócio de recauchutagem em Portugal e<br />
com o número de operadores do ramo. Julgo que temos boas oportunidades de negócio<br />
no vosso mercado e tencionamos aproveitá-las.<br />
“ESTAMOS A AMPLIAR A GAMA”<br />
James Lo, Director de Vendas Kenda Europa<br />
Qual tem sido a evolução da marca Kenda e qual é a<br />
sua actual oferta de pneus?<br />
A filosofia da nossa empresa é a honestidade, a qualidade,<br />
o serviço e a inovação. A nossa política é fazer<br />
sempre as coisas bem à primeira vez. A empresa<br />
Kenda foi fundada em 1962 e agora tem duas fábrica<br />
em Taiwan. Temos mais duas fábricas no Sul da China<br />
e outras duas na região de Shanghai, bem como uma<br />
nova unidade recentemente inaugurada no Norte da<br />
China. Na Coreia, fabricamos 9 mil pneus/dia. Em<br />
Taiwan, fabricamos 25.000 pneus de bicicleta/dia.<br />
Iniciámos a produção de pneus para carros de passageiros<br />
há dois anos e to<strong>dos</strong> os anos aumenta a nossa<br />
produção. Além de pneus para bicicletas, onde temos<br />
uma posição muito forte, produzimos pneus para motos,<br />
ATVs, scooters, pneus industriais e pneus especiais.<br />
Quais são as perspectivas da marca Kenda para <strong>2009</strong>?<br />
Os pneus Kenda são vendi<strong>dos</strong> em 80 países, em alguns <strong>dos</strong> quais temos escritórios<br />
de vendas próprios. Em Portugal, também vendemos os nossos pneus, que se diferenciam<br />
pelo design, silêncio de rolamento e boa drenagem de água. Estamos a ampliar a<br />
gama, porque o mercado tem necessidade de uma gama completa. Estamos igualmente<br />
a promover a imagem da marca em toda a Europa e em todo o mundo.<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
27
SALÃO<br />
AUTOPROMOTEC <strong>2009</strong><br />
“ESTAMOS A ENCONTRAR<br />
SOLUÇÕES PARA AS DIFICULDADES<br />
DO MERCADO”<br />
Domenico Mastrogiacomo, Dir. de Marketing da Kumho<br />
Como se diferencia a marca Kumho <strong>dos</strong> seus principais<br />
concorrentes?<br />
A nossa presença na Autopromotec visou demonstrar<br />
em toda a Europa a nossa capacidade tecnológica<br />
e qualidade de produção, tendo apresentado alguns<br />
produtos que só fabricantes de pneus de primeiro<br />
plano conseguem fabricar. O facto de estarmos a<br />
fornecer pneus para a competição automóvel (Fórmula<br />
3) é também um excelente indicativo das potencialidades<br />
da nossa marca. Estamos igualmente a dar excelente<br />
resposta aos desafios do ambiente, com tecnologias<br />
que tornam os pneus mais compatíveis com<br />
a sustentabilidade ambiental. O desenho assimétrico que estamos a introduzir nos nossos<br />
pneus torna o seu nível de ruído menor. De resto, a nossa gama de pneus ecológicos<br />
e energeticamente eficientes demonstra que há muito tempo a Kumho está preocupada<br />
em desenvolver pneus váli<strong>dos</strong> para o futuro da mobilidade sustentável. Também<br />
nas nossas unidades de produção estamos a empregar tecnologias e processos<br />
amigos do ambiente.<br />
Que impacto tem a presente crise na actividade da Kumho Tyres?<br />
A crise é a mesma para toda a gente. A forma de enfrentar é que pode ser diferente.<br />
Nós estamos a encontrar soluções para as dificuldades do mercado e a obter bons<br />
resulta<strong>dos</strong>. Em termos de pneus, a crise afecta principalmente as marcas de primeiro<br />
plano, porque têm preços acima da média. Esse facto cria boas oportunidades para as<br />
marcas de segunda linha que inspiram total confiança. No caso da Kumho, temos dois<br />
pontos bastante fortes: boa qualidade de produto e uma gama muito completa, desde<br />
pneus de 10" de diâmetro. De momento, só não estamos a trabalhar com pneus de<br />
moto.<br />
Quais são as perspectivas de vendas da marca Kumho Tyres?<br />
Estamos a crescer no mercado europeu, que já representa 28% das nossas exportações,<br />
contra os 40% <strong>dos</strong> EUA. Na Coreia e na China, já temos boas quotas de mercado<br />
e tencionamos continuar a crescer em todas as frentes.<br />
Quais são actualmente os centros de produção da Kumho Tyres?<br />
Contamos com centros de produção na Coreia do Sul, China e Vietname, onde também<br />
produzimos matérias-primas. Neste momento, estamos a construir uma fábrica<br />
de alta tecnologia totalmente automatizada (APU) nos EUA (Georgia), a fim de corresponder<br />
às necessidades crescentes do mercado de pneus norte-americano.<br />
como no final, depois de efectuadas as necessárias<br />
correcções da geometria das<br />
suspensões. Na realidade, estamos perante<br />
um novo paradigma de alinhamento de<br />
rodas para veículos pesa<strong>dos</strong>, de grande<br />
produtividade, exactidão e conveniência.<br />
HUNTER<br />
Com a máquina de equilibrar rodas<br />
GSP9600HD, a marca especializada Hunter<br />
coloca no mercado um equipamento de<br />
grande versatilidade e alta tecnologia, capaz<br />
de trabalhar com rodas de 10" a 30" de<br />
diâmetro (38" nas jantes de alumínio especiais)<br />
e com larguras até 16" (7,5" nas jantes<br />
se alumínio). Isto permite que a oficina<br />
realize o equilíbrio de rodas da maior parte<br />
<strong>dos</strong> carros ligeiros e pesa<strong>dos</strong> do parque<br />
circulante, com a mesma máquina. Para<br />
as rodas mais pesadas, a Hunter<br />
GSP9600HD (Heavy Duty) possui um elevador<br />
de roda de origem. Os rolos da base do<br />
elevador colocam a roda na sua posição<br />
exacta de fixação. Uma base de da<strong>dos</strong><br />
imensa permite que a maior parte das funções<br />
sejam automatizadas, tornando o<br />
equilíbrio rápido e rigoroso. Entre outras<br />
vantagens, a nova equilibradora Hunter<br />
oferece os seguintes benefícios: Redução<br />
de custos de pesos de 30-40% (veículos ligeiros);<br />
Redução significativa do tempo e<br />
custo <strong>dos</strong> serviços; Excelente equilíbrio<br />
global, totalmente automático; Simplifica<br />
a utilização do equipamento; Elimina as<br />
"improvisações" que afectam a qualidade<br />
de serviço.<br />
Hunter<br />
Marangoni<br />
Infinity<br />
28<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
INFINITY<br />
Localizado num espaço privilegiado no<br />
Hall 20, o stand da empresa de <strong>Pneus</strong> Infinity<br />
foi um <strong>dos</strong> mais movimenta<strong>dos</strong>, tendo<br />
recebido a visita de muitos clientes e visitantes<br />
do Salão. Para além da apresentação<br />
de dois novos produtos – o Infinity 059 e<br />
o Infinity 200 – foi ainda promovida toda<br />
uma série de reuniões de actualização com<br />
os distribuidores. Os principais distribuidores<br />
Infinity europeus e internacionais visitaram<br />
o stand, tendo sido recebi<strong>dos</strong> pela<br />
equipa Infinity da Europa e do Dubai. Clive<br />
Mansfield, Director de Vendas da Infinity<br />
Tyres Europe Limited, comentou, “É fantástico<br />
poder vir a Bolonha e encontrar-me<br />
aqui com to<strong>dos</strong> os nossos parceiros Infinity.<br />
Continuamos totalmente empenha<strong>dos</strong><br />
em prosseguir com o crescimento e a expansão<br />
da marca Infinity e em continuar a<br />
promover o desenvolvimento das nossas<br />
relações com os principais parceiros distribuidores”.<br />
Foi ainda confirmado que a<br />
Infinity irá estar presente na exposição de<br />
Reifen 2010, com um stand substancialmente<br />
maior e mais sofisticado.<br />
MARANGONI<br />
As empresas petrolíferas deixaram de<br />
ter nos fabricantes de pneus os alia<strong>dos</strong> do<br />
costume, para maximizar o consumo de<br />
combustível. A palavra de ordem em todo o<br />
Mundo são agora os pneus energeticamente<br />
eficientes. A marca Marangoni lançou<br />
recentemente o seu programa Ecoenergy,<br />
que assenta em três princípios:<br />
- Processo de recauchutagem do pneu,<br />
permitindo aproveitar a carcaça, a qual<br />
representa até 2/3 do custo total do produto;<br />
- Novos compostos de histerese (aquecimento)<br />
estreitamente baixa, reduzindo a<br />
resistência ao rolamento e o consumo de<br />
combustível;<br />
- Redução das emissões de CO2, através<br />
de pneus energeticamente mais eficientes<br />
e do controlo sistemático da pressão<br />
destes.<br />
MONDOLFO FERRO<br />
O mais recente lançamento deste fabricante<br />
de equipamentos é a desmontadora<br />
Aquila Raptor, que obedece a um novo conceito<br />
operacional, mais próximo das necessidades<br />
<strong>dos</strong> profissionais do pneu.<br />
Efectivamente, esta nova máquina foi estudada<br />
para tornar mais simples a desmontagem<br />
de to<strong>dos</strong> os tipos de pneus, em especial<br />
os mais rígi<strong>dos</strong>, de perfil baixo e do<br />
tipo run-flat, bastante comuns nos tempos<br />
actuais. A Aquila Raptor está já homologada<br />
pela associação alemã de fabricantes de<br />
pneus WDK. Outro ponto forte da nova máquina<br />
é a sua grande ergonomia, pois o seu<br />
funcionamento automatizado torna a montagem/desmontagem<br />
de qualquer tipo de<br />
pneu simples e sem esforço, não necessitando<br />
de nenhum tipo de alavanca.<br />
OMCN<br />
Os elevadores são grandes auxiliares da<br />
actividade de manutenção e reparação automóvel,<br />
permitindo o rápido acesso a pontos<br />
problemáticos do veículo, reduzindo a<br />
fadiga do operador e melhorando a qualidade<br />
do serviço. A marca OMCN é um <strong>dos</strong><br />
grandes especialistas neste tipo de equipamento,<br />
tendo apresentado as suas novidades<br />
num stand de 400m2. O elevador 730<br />
é constituído por duas tesouras de longo<br />
alcance, com um suporte de duas longarinas,<br />
que permite elevar carros pequenos e<br />
comerciais de chassis longo, até 4 toneladas.<br />
Este equipamento pode ficar montado<br />
sobre o pavimento ou embutido no solo. A<br />
série 2000 é composta por elevadores de<br />
êmbolos enterra<strong>dos</strong>, para viaturas de pas-<br />
Mondolfo Ferro<br />
“QUEREMOS MANTER A<br />
ESPECIALIZACÃO E QUALIDADE<br />
ACIMA DA MÉDIA”<br />
OMCN<br />
Giovanni Masinelli, Admin. Delegado da Vredestein Italia<br />
Quais foram as novidades apresentadas pela marca<br />
Vredestein na Autopromotec?<br />
Estamos a lançar neste momento o pneu Ultrac<br />
Cento. Trata-se de um pneu mais leve 15% do que o<br />
pneu comum, com baixo nível de ruído e reduzida resistência<br />
ao rolamento. É um pneu muito avançado<br />
que tem todas as características que irão ser a norma<br />
nos próximos anos, compatível com a mobilidade<br />
sustentável. Continuamos igualmente a apresentar ao<br />
mercado o nosso pneu "4 seasons", cujo desenho e<br />
características contemplam a utilização mista, em<br />
vias secas ou húmidas, com idêntica segurança.<br />
Qual é a estratégia seguida pela vossa empresa para superar as actuais dificuldades do<br />
mercado?<br />
A Vredestein Italia é uma organização ainda muito jovem, que começou apenas com<br />
dois elementos humanos. Começámos por vender apenas para grossistas e passámos<br />
a entrar na distribuição geral na viragem do século. Agora, estamos a crescer<br />
bastante no 1º segmento do mercado, o <strong>dos</strong> pneus de grandes dimensões. Os nossos<br />
pneus são desenha<strong>dos</strong> por Giugiaro, estilista de automóveis, e o seu nome funciona<br />
em Itália como imagem de muito alta qualidade, segmento onde nos posicionamos. Só<br />
temos competidores directos na Pirelli, Michelin, Bridgestone e talvez na Continental<br />
também. Estamos a lançar em Itália um conceito de oficinas "Vredestein Safety Center",<br />
que está a encontrar boa aceitação.<br />
Quais são as perspectivas da Vredestein Italia para <strong>2009</strong>?<br />
A nossa estratégia é vender apenas no retalho, ou seja, nas oficinas especializadas<br />
de pneus. Nada de grandes superfícies, concessões e outros operadores generalistas.<br />
Em termos de marketing, estamos a utilizar alguns Fiat 500 e Alfa Mito personaliza<strong>dos</strong>,<br />
que estacionamos em locais de grande visibilidade. Estes carros correspondem à<br />
imagem da maneira de sentir e da forma de estar <strong>dos</strong> italianos e a iniciativa está a ter<br />
bastante sucesso entre o público e junto <strong>dos</strong> nossos clientes, que apreciam este tipo<br />
de comunicação.<br />
Qual é a estratégia de diferenciação da Vredstein Italia no mercado?<br />
No ano passado as nossas vendas cresceram 23%, num mercado em recessão, o<br />
que pode ser considerado uma boa performance. A Vredestein é uma marca de nicho<br />
e não de volumes. Queremos manter a especialização, a qualidade acima da média e<br />
preços igualmente "exclusivos"…<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
29
SALÃO<br />
AUTOPROMOTEC <strong>2009</strong><br />
Pirelli<br />
Ravaglioli<br />
“TEMOS UMA POSIÇÃO MUITO<br />
FORTE NOS PNEUS AGRÍCOLAS”<br />
Olus Dayan, Director de Vendas da Petlas<br />
Quais são as previsões da marca Petlas para <strong>2009</strong>?<br />
Estamos satisfeitos com os avanços que temos conseguido,<br />
mas ainda há muito trabalho a desenvolver,<br />
no sentido de atingirmos os objectivos pretendi<strong>dos</strong>.<br />
Vamos estar no futuro bastante mais activos na gama<br />
de pneus para ligeiros de passageiros e comerciais ligeiros.<br />
Considera satisfatório o desempenho da marca Petlas<br />
no mercado português?<br />
O distribuidor que temos actualmente efectua a distribuição<br />
da nossa marca em todo o país. Trabalhamos<br />
em conjunto com o distribuidor para prestar<br />
todo o apoio que pudermos aos clientes da marca Petlas,<br />
ao nível da informação técnica, meios de marketing e logística.<br />
Qual é a estratégia de diferenciação seguida pela marca Petlas?<br />
Nos pneus agrícolas, temos uma qualidade acima da média. Não temos dúvidas em<br />
afirmar que se trata do melhor pneu agrícola do mercado a nível global. Tem uma construção<br />
sólida, um excelente composto e um desenho muito eficiente. A nossa marca<br />
ainda está em desenvolvimento e em constante evolução. Estamos a recolher neste<br />
momento os frutos de investimentos realiza<strong>dos</strong> há alguns anos, em termos de qualidade.<br />
Temos um parque de máquinas ao nível do melhor que existe em todo o Mundo.<br />
Actualmente a nossa fábrica está a produzir num bom nível e tencionamos abrir brevemente<br />
outra fábrica para pneus de camião.<br />
Quais são os principais merca<strong>dos</strong> em que está presente a marca Petlas?<br />
O nosso mercado principal é a Europa, mas também somos muito populares na Médio<br />
Oriente, Norte de África e na Austrália, por exemplo. Nos EUA, estamos a activar a<br />
nossa distribuição, pois é um mercado com grande potencial.<br />
Quais têm sido os efeitos da actual crise internacional na actividade da Petlas?<br />
A marca Petlas está a passar um pouco ao lado da crise, porque temos uma posição<br />
muito forte nos pneus agrícolas e a agricultura é uma actividade básica para a produção<br />
alimentar, que tem que continuar em qualquer situação. Tentamos não fabricar<br />
pneus que sejam meros objectos de consumo, mas sim pneus que tenham utilidade<br />
para toda a gente.<br />
sageiros e comerciais até 3,5 t, não ocupando<br />
nenhum espaço da oficina, quando<br />
estão desactiva<strong>dos</strong>.<br />
PIRELLI<br />
Os fabricantes de pneus estão agora com<br />
um olho posto no consumidor e outro voltado<br />
para o ambiente, face às novas directivas<br />
europeias sobre nível de ruído de rolamento<br />
e sobre a utilização de óleos altamente<br />
aromáticos na composição de<br />
pneus. O novo pneu para veículos comerciais<br />
R:01 da Pirelli é o melhor exemplo do<br />
que acabamos de referir, tendo sido especialmente<br />
desenvolvido para o exigente<br />
segmento do transporte regional. A primeira<br />
piscadela de olho vai para o consumidor,<br />
ao proporcionar mais 30% de quilometragem<br />
do que o anterior produto do<br />
mesmo fabricante. A nova estrutura cintada<br />
e a tecnologia Satt da Pirelli conjugamse<br />
também para tornar a reconstrução do<br />
pneu mais eficiente nas fases seguintes da<br />
sua vida útil. Apesar da baixa resistência ao<br />
rolamento, com baixo consumo de combustível<br />
e de emissões de CO2, o novo pneu<br />
R:01 apresenta excelente comportamento<br />
de travagem em molhado e de aderência<br />
nas curvas. Em termos das normativas sobre<br />
nível de ruído (2012) e sobre teor de<br />
óleos aromáticos (2010), o novo pneu R:01<br />
antecipa e cumpre já as futuras exigências<br />
legais.<br />
RAVAGLIOLI<br />
As novidades deste fabricante de equipamentos<br />
estão desta vez voltadas para o<br />
sector <strong>dos</strong> veículos comerciais de transporte,<br />
provavelmente porque se trata de<br />
um mercado com bastante potencial de<br />
crescimento e relativamente menor concorrência.<br />
Além do sistema de alinhamento<br />
para autocarros de passageiros RAVTD<br />
8080 TBTH, um verdadeiro topo de gama<br />
para o segmento, equipado com 8 sensores<br />
de infravermelhos, a marca Ravaglioli<br />
apresentou o elevador de tesoura RAV<br />
660.1 I, com capacidade até 3.500 kg e base<br />
de apoio com 5,1 m de comprimento. Ocupando<br />
muito pouco espaço, armado ou desarmado,<br />
este elevador tem articulações<br />
lubrificadas e sem manutenção. Accionamento<br />
pneumático, com sistema de segurança<br />
e dispositivo de auto regulação automático.<br />
Outra novidade é a desmontadora<br />
G1180.30.Slim, um conceito funcional sem<br />
necessidade de alavanca, com capacidade<br />
para jantes até 15" de largura e de 10-30"<br />
de diâmetro. Tem coman<strong>dos</strong> servo assisti<strong>dos</strong><br />
e motor com inversor para regular a<br />
velocidade de rotação da roda.<br />
30<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
SCHRADER<br />
Dentre a enorme oferta actual de mini<br />
aparelhos de diagnóstico, a Schrader propõe<br />
o Eurodiag, recomendado para oficinas<br />
e casas especializadas de pneus, uma vez<br />
que inclui da<strong>dos</strong> de verificação para sistemas<br />
electrónicos de controlo da pressão<br />
<strong>dos</strong> pneus de qualquer marca. Facilidade<br />
de utilização, banco de da<strong>dos</strong> de viaturas<br />
com modelos de 63 construtores, método<br />
de funcionamento passo a passo, actualização<br />
de software (Internet ou cartão SD), impressora<br />
e linha de assistência técnica são<br />
algumas das vantagens desta nova proposta<br />
de diagnóstico para o pós-venda automóvel.<br />
O Eurodiag é fornecido num prático estojo<br />
com to<strong>dos</strong> os acessórios necessários e<br />
um manual de instruções de utilização.<br />
SICAM<br />
Esta empresa beneficia <strong>dos</strong> sistemas de<br />
qualidade e das sinergias existentes no<br />
Grupo Bosch, ao qual pertence. A novidade<br />
da Sicam é uma máquina de equilibrar rodas<br />
com tecnologia vídeo SBM V655, capaz<br />
de operar com rodas de to<strong>dos</strong> os tipos (motos,<br />
tractores, etc.), até ao diâmetro máximo<br />
de 1.150 mm. O sistema electrónico foi<br />
optimizado para simplificar todas as operações,<br />
incluindo a aplicação de pesos cola<strong>dos</strong><br />
em jantes de liga leve, assim como para<br />
evitar eventuais erros do operador. A protecção<br />
da roda foi também desenhada para<br />
minimizar o espaço ocupado pela máquina<br />
na oficina. Outra novidade da marca é a<br />
desmontadora de pneus Falco AL 530 ITR,<br />
que pode operar com rodas de 10-33" de<br />
diâmetro, blocando rodas até 30" sem necessidade<br />
de acessórios especiais. Esta<br />
máquina pode ser equipada com o dispositivo<br />
Tecnoroller XL que aumenta a velocidade<br />
de serviço e facilita a desmontagem de<br />
to<strong>dos</strong> os tipos de pneus, incluindo os pneus<br />
run-flat e outros de flancos rígi<strong>dos</strong>. Outro<br />
acessório muito útil é o dispositivo Helper,<br />
que facilita grandemente a montagem de<br />
to<strong>dos</strong> os pneus, incluindo os mais difíceis. O<br />
Sidelift é um acessório que pode ser aplicado<br />
a todas as desmontadoras da marca Sicam,<br />
tornando simples e rápida a operação<br />
de colocar a roda no prato de fixação.<br />
Como surgiu a marca Momo e qual tem sido a sua<br />
evolução no mercado?<br />
A marca Momo nasceu em Modena nos i<strong>dos</strong> anos<br />
de 1964. O primeiro produto foi uma jante especial e<br />
a Momo desenvolveu-se basicamente através da cooperação<br />
com equipas que mantinham actividade no<br />
desporto automóvel, como a Ferrari, por exemplo. Actualmente,<br />
a sede da empresa é em Milão e continuamos<br />
fornecer clientes de várias modalidades do desporto<br />
automóvel, excepto para a F1. Temos neste<br />
momento duas unidades de produção, uma das quais<br />
voltada apenas para a competição e outra, a mais importante,<br />
para o mercado do tuning. Os volantes e<br />
jantes especiais continuam a ser o nosso principal<br />
produto, que também tem bastante sucesso em Portugal. To<strong>dos</strong> os nossos produtos<br />
têm um design exclusivo, estão certifica<strong>dos</strong> e são totalmente garanti<strong>dos</strong>.<br />
Considera que a actual crise veio para ficar?<br />
Temos que aceitar a crise da melhor forma que pudermos. Os volumes baixaram<br />
para toda a gente, mais ou menos, mas quem tiver produtos de qualidade e a correcta<br />
comunicação consegue manter-se no mercado de uma forma aceitável.<br />
Está satisfeito com o desempenho da marca Momo em Portugal?<br />
Vamos tentar revitalizar a imagem da marca e as vendas em Portugal, porque é um<br />
país onde tradicionalmente a nossa marca tem uma excelente aceitação, atendendo à<br />
sua dimensão. Falta ainda encontrar as pessoas certas para fazer uma inversão de<br />
tendência.<br />
Schrader<br />
Snap-On<br />
“VAMOS REVITALIZAR A IMAGEM<br />
DA MARCA EM PORTUGAL”<br />
Matteo Gianotti, Director de Marketing da Momo<br />
Sicam<br />
SNAP-ON<br />
Esta marca de equipamentos para oficinas<br />
e casas de pneus tem apostado nas<br />
economias de escala, produção em massa<br />
e na relação qualidade/preço. Os resulta<strong>dos</strong><br />
estão à vista, tendo a empresa realizado<br />
uma facturação global de 2,8 biliões de<br />
dólares (2007). Focada no aperfeiçoamento<br />
constante de produtos e processos, a Snap-<br />
On deve boa parte do seu sucesso à sua Di-<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
31
AUTOPROMOTEC <strong>2009</strong><br />
SALÃO<br />
“A CORGHI SEGUIU O SEU PRÓPRIO<br />
CAMINHO”<br />
Roberto Rossi, Director de Vendas da Corghi<br />
Até que ponto a presente crise está a afectar a marca<br />
Corghi?<br />
Estamos a passar por um período difícil, mas estou<br />
convencido que as coisas vão melhorar dentro de pouco<br />
tempo. Julgo que o mercado já bateu no fundo e<br />
que agora vai começar novamente a subir gradualmente.<br />
A Corghi é uma empresa de grande dimensão<br />
e tem uma situação sólida, pois to<strong>dos</strong> os seus accionistas<br />
e investidores têm bases económicas sólidas.<br />
Isto permitiu que a empresa seguisse o seu próprio<br />
caminho e tentasse tirar partido da própria crise para<br />
crescer. Isso significa desenvolver produtos novos,<br />
estudar novos projectos, para arrancar em 2010 da<br />
linha da frente, enquanto a concorrência se está a<br />
tentar orientar e a resolver os seus problemas económicos.<br />
Que novidades apresentou a Corghi na Autopromotec/09?<br />
As novidades técnicas já foram apresentadas na Automechanika, mas continuam a<br />
ser novidades mundiais. Desta forma, temos dois grupos de novidades. As máquinas<br />
que foram apresentadas, mas ainda não foram comercializadas, como é o caso da<br />
desmontadora Monster (para rodas até 58" de diâmetro). De referir que uma das 10<br />
primeiras máquinas vendidas no Mundo inteiro foi para Portugal. Trata-se de uma máquina<br />
totalmente automatizada e inovadora, que vai revolucionar o trabalho de rodas<br />
grandes e muito grandes, tornando-o mais rápido e mais seguro. Esta é a estrela da<br />
marca neste momento. Depois, temos as máquinas de equilibrar rodas, que vão começar<br />
a ser fabricadas dentro em pouco tempo. São máquinas do segmento médio/baixo,<br />
com preços muito atractivos. Estarão em Portugal no final do ano e são um<br />
produto muito interessante para o vosso mercado, pois conjuga um preço muito conveniente<br />
com uma tecnologia já mais avançada. Dentro das máquinas de equilibrar rodas<br />
já conhecidas, temos a Corghi Blue Light, um equipamento de topo de gama, das<br />
quais já temos sete vendidas para Portugal. É uma boa aposta para um país com uma<br />
população reduzida, pois a Espanha, o país da Europa onde se venderam mais dessas<br />
máquinas, apenas comprou dez.<br />
Considera que a Corghi pode aumentar as suas vendas durante o presente ano?<br />
O mês de Abril foi o melhor da história da Corghi, o que deixa prever um fecho deste<br />
ano muito positivo para a nossa empresa, isto é, com mais cerca de 20% de volume<br />
de vendas do que no ano passado. Se não tivéssemos tantas máquinas Corghi com 20<br />
anos (e mais) a funcionar perfeitamente em casa <strong>dos</strong> clientes , ainda poderíamos crescer<br />
um pouco mais… Mas esta é mesmo a melhor publicidade do Mundo para a nossa<br />
marca!<br />
Quais são as perspectivas de actividade da Corghi para <strong>2009</strong>?<br />
Inaugurámos uma nova fábrica totalmente robotizada, com cinco máquinas de soldar<br />
automáticas, que podem operar com peças pequenas e até comprimentos de 6 metros.<br />
Também tem uma linha de pintura totalmente automatizada. Tudo isto torna a<br />
produção mais rápida e com padrões de qualidade mais eleva<strong>dos</strong>. Com esta nova unidade<br />
de produção, a Corghi pode fazer ainda melhores negócios, porque entrega as<br />
máquinas antes <strong>dos</strong> seus concorrentes começarem a fazer as contas… A área coberta<br />
é de 20.000 m2, com possibilidade de extensão de mais 5-10 mil m2, numa área<br />
total de 100.000 m2, junto da nossa fábrica anterior. Esta fábrica vai criar mais 50<br />
postos de trabalho.<br />
visão Europeia, situada em Corregio (Itália).<br />
É nessa unidade que são desenvolvidas e<br />
fabricadas essencialmente as máquinas de<br />
equilibrar e desmontar pneus da marca. As<br />
máquinas de equilibrar rodas electrónicas<br />
representam cerca de 80% das operações<br />
da Snap-On.<br />
SPACE<br />
Esta marca propõe uma estação electrónica<br />
de alinhamento de direcções Master<br />
Aligner 4D, com tecnologia de medição laser.<br />
Apesar de obedecer a um conceito nesta<br />
altura "clássico", com cabeças de medição<br />
e pratos coloca<strong>dos</strong> em cada roda do<br />
veículo, a marca Space garante que são<br />
apenas necessários 7 segun<strong>dos</strong> para pôr o<br />
sistema a funcionar, o que não pode ser<br />
considerado excessivo. A base com elevador<br />
incluída na estação de alinhamento exige<br />
algum investimento e um espaço cativo<br />
da oficina exclusivo para alinhamentos. O<br />
Master Aligner 4D proporciona um alinhamento<br />
de qualidade e completo, indispensável<br />
nos dias de hoje. A produtividade e<br />
rentabilidade do sistema também não oferece<br />
dúvidas.<br />
TECO<br />
A marca Teco está no mercado há relativamente<br />
pouco tempo (desde 1990), mas<br />
conseguiu impor-se no competitivo mundo<br />
<strong>dos</strong> equipamentos para oficinas automóvel,<br />
graças a um conjunto de opções correctas:<br />
Produtos de alta qualidade, especificamente<br />
desenvolvi<strong>dos</strong> para utilização profissional<br />
e super intensiva; Investigação tecnológica<br />
constante, dirigida para o desenvolvimento<br />
de soluções avançadas na<br />
manutenção de pneus da última geração;<br />
Serviço ao cliente eficiente, com um tempo<br />
médio de entrega de apenas 15 dias após a<br />
encomenda; e Caracterização do produto,<br />
coerente com o típico gosto estético do design<br />
italiano. Da oferta corrente deste fabri-<br />
Space<br />
Teco<br />
32<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
“QUEREMOS CRIAR<br />
UMA VERDADEIRA FAMÍLIA<br />
INFINITY”<br />
Surender Kandhari, Chairman da Al Dobowi<br />
Tyre Saver<br />
cante consta uma gama de desmontadoras<br />
(TECO36/40/42/100 TOP), máquinas de<br />
equilibrar rodas (a mais recente é a TECO88<br />
TC) e sistemas de alinhamento de direcções<br />
(TECO812).<br />
TYRE SAVER 3.0<br />
Este conceito inovador da marca Parker<br />
visa dar um novo fôlego à utilização de Azoto<br />
(Nitrogénio) no enchimento de pneus,<br />
uma solução técnica cujas vantagens demonstradas<br />
são a maior duração do pneu,<br />
assim como menor consumo de combustível,<br />
devido a uma pressão de enchimento<br />
mais constante. O grande obstáculo à difusão<br />
do sistema de enchimento de pneus<br />
com Nitrogénio vinha sendo a necessidade<br />
de possui um gerador de Nitrogénio e uma<br />
linha específica de fornecimento do mesmo.<br />
Com o Tyre Saver 3.0, tudo isso é ultrapassado,<br />
porque o aparelho, em forma de<br />
pistola, é ligado directamente à rede de ar<br />
comprimido (desidratado) e gera imediatamente<br />
a quantidade de Nitrogénio necessária<br />
para encher ou rectificar a pressão do<br />
pneu. Isso é possível graças a uma membrana<br />
específica, que separa o Nitrogénio<br />
dentro da "pistola" de enchimento. Grande<br />
facilidade de utilização e economia (baixo<br />
investimento) são os principais argumentos<br />
desta inovação, que "ameaça" tornar-se<br />
num verdadeiro sucesso.<br />
VREDESTEIN<br />
Para comemorar o 100º aniversário da<br />
marca, a Vredstein lançou o pneu Ultrac<br />
Cento, de altas prestações, com código de<br />
velocidade "Y" e com desenho da mão de<br />
Giugiaro. Máxima segurança, desenho exclusivo<br />
e preocupações ambientais foram<br />
as principais prioridades no desenvolvimento<br />
do Ultrac Cento, um pneu de Verão,<br />
Como surgiu a marca Infinity no mercado e qual tem<br />
sido a sua evolução?<br />
O Grupo Al Dobowi foi fundado por mim no Dubai em<br />
1976. Antes, o meu pai tinha fundado a empresa em<br />
1942, na Índia. De seguida, vim para o Dubai para<br />
continuar o negócio da família, que era de pneus, baterias<br />
e recauchuta<strong>dos</strong>, entre outros produtos. A partir<br />
de um certo ponto, sentimos a necessidade de termos<br />
a nossa própria marca, porque todas as grandes<br />
marcas pretendiam ter os seus próprios distribuidores<br />
no Dubai. Portanto, decidimos tornarmo-nos num<br />
player à escala global, com a nossa própria marca.<br />
O nome Infinity veio do nome do nosso próprio escritório, que trabalhava com uma<br />
"infinidade" de pneus de to<strong>dos</strong> os tipos. O nome Infinity Tires agradou-nos e tornou-se<br />
na marca que gostaríamos de ter, pois trata-se de um nome bem conhecido no mundo<br />
<strong>dos</strong> pneus e no mercado internacional. Fomos buscar a tecnologia mais avançada aos<br />
EUA e construímos os nossos próprios moldes. Desde então temos realizado uma<br />
grande campanha de promoção, tanto do ponto de vista técnico, como no que respeita<br />
a marketing. Hoje, podemos dizer com orgulho que os pneus Infinity são vendi<strong>dos</strong> na<br />
Europa, na China, nos EUA e Canadá, África e Médio Oriente. Só a América do Norte<br />
representa 38% do mercado mundial de pneus.<br />
Qual é a estratégia de diferenciação da marca Infinity no mercado de pneus?<br />
A oferta da Infinity compreende pneus de to<strong>dos</strong> os tipos: para veículos ligeiros, veículos<br />
de alta performance, 4x4, veículos comerciais, tractores agrícolas, máquinas industriais,<br />
máquinas de mineração, etc.. Somos especialistas em pneus para máquinas<br />
que trabalham debaixo do solo, para as quais fornecemos primeiro equipamento (OE).<br />
Fazemos pneus de boa qualidade e temos tido o cuidado de utilizar uma correcta comunicação<br />
e iniciativas de marketing. Utilizamos a investigação tecnológica para aperfeiçoar<br />
os nossos produtos e processos, porque na realidade queremos fazer tudo<br />
com o máximo profissionalismo. Não queremos apenas o negócio de ocasião, mas um<br />
projecto a longo prazo e que se consiga afirmar com sucesso no futuro. Para sermos<br />
coerentes com o nome Infinity Tires.<br />
Que efeitos tem a actual crise do mercado na actividade da Infinity?<br />
A economia está a passar por uma fase menos boa, mas o nosso negócio assenta<br />
em princípios sóli<strong>dos</strong> e num trabalho consolidado. O facto é que na Europa crescemos<br />
40% este ano (1º quadrimestre). No ano passado, tínhamos crescido 34%. É normal<br />
que em tempo de dificuldades os consumidores apostem em produtos com uma relação<br />
qualidade/preço óptima. To<strong>dos</strong> os nossos distribuidores têm ordens para substituir<br />
qualquer pneu com defeitos. Depois, vê-se de quem é a responsabilidade. Esta é a<br />
nossa maneira de estar no mercado e eu não vejo outra.<br />
Como avalia o desempenho da marca Infinity no mercado português?<br />
O nosso distribuidor em Portugal está a fazer um bom trabalho, pois tivemos um bom<br />
arranque. Estão no mercado há muito tempo e são profissionais do ramo. Se me perguntar<br />
se estou satisfeito eu digo que não, porque sou um homem com ambições e<br />
nunca estou satisfeito com aquilo que consigo realizar. Quero sempre mais e mais…<br />
Não quero apenas volumes de vendas, mas fazer dinheiro e criar uma imagem para o<br />
futuro.<br />
Considera que a notoriedade da marca Infinity é suficiente junto do consumidor?<br />
Ainda podemos fazer mais pela difusão da imagem da marca junto do consumidor final.<br />
Neste momento, estamos concentra<strong>dos</strong> nos nossos distribuidores. Se estiverem<br />
satisfeitos com o nosso produto e com o nosso trabalho, são eles que fazem a promoção<br />
da marca junto <strong>dos</strong> consumidores. Esta é a primeira fase de afirmação da marca,<br />
que ainda tem apenas 5 anos. Queremos criar um clube Infinity com os nossos distribuidores,<br />
uma verdadeira família Infinity. Mesmo que seja preciso fazer uma grande<br />
festa to<strong>dos</strong> os anos…<br />
É previsível que as vendas da Infinity cresçam durante <strong>2009</strong>?<br />
Não tenho qualquer dúvida. Sou bastante positivo e estou sempre à procura de boas<br />
soluções para tudo.<br />
Vredestein<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
33
SALÃO<br />
AUTOPROMOTEC <strong>2009</strong><br />
elegante, silencioso e capaz de excelente<br />
aderência, tanto em piso seco, como molhado.<br />
Além desta iniciativa, a marca irá<br />
personalizar os seus pontos de venda com a<br />
"certificação" Centro de Segurança Vredstein.<br />
O conceito já foi implantado em Itália,<br />
estando prevista a sua expansão a outros<br />
países europeus.<br />
“TECNOLOGIA, DESIGN E FABRICO<br />
TOTALMENTE ITALIANOS”<br />
Maria Pia Pezzoni, Vice Presidente da Stilauto<br />
Qual tem sido a evolução da Stilauto no mercado?<br />
A empresa surgiu em 1966, pela mão do meu marido<br />
Vitorio Pezzoni. É a mais antiga marca da Europa<br />
em jantes especiais.<br />
Em que países estão disponíveis as jantes Stilauto?<br />
Estamos a comercializar os nossos produtos em<br />
toda a Europa Ocidental e Central. Neste momento,<br />
estamos também a começar a entrar na Europa de<br />
Leste (Ucrânia e Rússia), embora não seja muito fácil<br />
avançar nessa direcção. É mais fácil comprar coisas<br />
lá do que vender… Também exportamos para a América<br />
Latina (Brasil, Venezuela, México, etc.) e para a<br />
América do Norte (EUA/Canadá).<br />
YOKOHAMA<br />
Talvez devido ao seu envolvimento na<br />
competição automóvel, a marca de pneus<br />
Yokohama está neste momento aparentemente<br />
"entre dois amores".<br />
De facto, as duas últimas novidades da<br />
marca, o pneu Advan Neova AD08 e o pneu<br />
dB Super E-Spec parecem apontar em<br />
duas direcções quase totalmente opostas.<br />
Enquanto que o primeiro é um pneu muito<br />
perto do conceito competição cliente, com<br />
grande aderência e precisão de condução,<br />
o segundo está totalmente envolvido pela<br />
óptica de protecção do ambiente, tratan<strong>dos</strong>e<br />
de um pneu silencioso, energeticamente<br />
eficiente, sem produtos poluentes, etc.<br />
Nesta mesma última linha de pensamento,<br />
estão igualmente os novos pneus<br />
Yokohma 104ZR e 901ZS, destina<strong>dos</strong> ao<br />
segmento de veículos de transporte de<br />
passageiros.<br />
Qual é o posicionamento da marca Stilauto no mercado?<br />
As nossas jantes estão no segmento médio/alto, em termos de qualidade. A tecnologia<br />
e o design são totalmente italianos e a nossa fábrica fica perto de Milão. Todas as<br />
jantes são fabricadas em liga de alumínio.<br />
A Stilauto vende mais para o mercado de pós venda ou para o equipamento original?<br />
Vendemos principalmente para o mercado de pós-venda. O mercado OE tem pequena<br />
rentabilidade para este tipo de produtos fabrica<strong>dos</strong> em pequenas séries ou exemplares<br />
únicos. Fornecemos algumas jantes para a Toyota do Reino Unido, mas apenas para<br />
algumas séries de veículos especiais e/ou promocionais. Fizemos também negócios<br />
idênticos com a VW francesa e VW da Noruega. Também estamos a fornecer alguns<br />
carros da Aston Martin.<br />
Estão satisfeitos com o desempenho da marca Stilauto em Portugal?<br />
O mercado português está um pouco em baixo neste género de produto. Tivemos<br />
uma descida de vendas da ordem <strong>dos</strong> 50%. Também estamos a encontrar o mesmo<br />
tipo de dificuldades em mais países. Para não perdermos mais vendas, tivemos que<br />
optar em muitos casos por reduções de preço.<br />
Yokohaama<br />
34<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
NOVO AC75<br />
Porque fazemos do seu trabalho o nosso!<br />
• O novo AC75 estabelece um novo patamar nos pneus de série larga. Este é um pneu para todo o tipo de trabalhos com uma relação de aspecto de 75%.<br />
• Graças à sua grande capacidade de carga, oferece uma movimentação suave no terreno e um poderoso desempenho na estrada até 50Km/h.<br />
• A grande área de contacto com o solo traduz-se numa opção económica graças às reduzidas pressões e pouca profundidade do rasto.<br />
• O design do rasto e ombros arredonda<strong>dos</strong> asseguram um trato cuida<strong>dos</strong>o do solo.<br />
CGS Neumáticos Ibérica S.L.U<br />
Avda. de Somosierra, 12 Edif. B - 2.º A<br />
28703 San Sebastian de los Reyes - Madrid<br />
Telemovél: (00351) 916770421<br />
Fax: (0034) 914904481<br />
Filipe Brito | email: filipe.brito@cgs-tyres.com<br />
Trademark licensed by Continental
FABRICANTE<br />
GRUPO CONTINENTAL<br />
O UNIVERSO<br />
DA CONTINENTAL<br />
A prestigiada marca Continental é um <strong>dos</strong> cinco<br />
principais fornecedores de dimensão global do sector<br />
automóvel, segundo da Europa, apresentando tecnologias<br />
e soluções inovadoras no equipamento original, assim<br />
como componentes e peças de elevada qualidade no<br />
mercado de substituição.<br />
36<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
Com vendas superiores<br />
a €24 biliões em<br />
2008, o Grupo<br />
Continental é um <strong>dos</strong><br />
principais fornecedores<br />
mundiais da indústria<br />
automóvel.<br />
AContinental foi uma das primeiras<br />
empresas ocidentais a compreender<br />
que a deslocalização<br />
da produção era uma questão de sobrevivência<br />
inadiável, tendo estabelecido estruturas<br />
avançadas na Europa de Leste e<br />
na China, entre outros países emergentes.<br />
Em 2013, o fabricante alemão de<br />
pneus, componentes e tecnologias para<br />
automóveis concentrará 25% da sua facturação<br />
na região asiática. A estratégia<br />
passa pela exploração do enorme potencial<br />
do mercado chinês, onde a<br />
Continental inaugurou recentemente<br />
mais um centro<br />
técnico, com 10.000<br />
m2. A partir de 2011,<br />
cerca de 200 engenheiros<br />
estarão a trabalhar<br />
nestas novas instalações.<br />
Sistemas de travagem,<br />
electrónica e<br />
componentes de controlo<br />
do motor serão as<br />
áreas mais activas nesse<br />
centro técnico de<br />
Shanghai, tendo em vista<br />
reduzir a sinistralidade rodoviária<br />
e as emissões de<br />
escape.<br />
Os seus produtos principais estão dirigi<strong>dos</strong><br />
em grande parte para a performance<br />
e para a segurança de veículos, cobrindo<br />
praticamente todas as funções do<br />
automóvel, incluindo os pneus. Para atingir<br />
o seu actual patamar como empresa,<br />
a Continental teve que percorrer todas as<br />
etapas históricas do desenvolvimento<br />
automóvel, depois de ter sido fundada em<br />
1871 (Hanover-Alemanha), há quase 140<br />
anos.<br />
Oferta completa da Continental<br />
A empresa está estruturada em seis divisões<br />
com relativa autonomia, para assegurar<br />
maior rentabilidade e competitividade<br />
<strong>dos</strong> seus produtos:<br />
1. Chassis e Segurança<br />
2. Grupo Propulsor (Powertrain)<br />
3. Interiores<br />
4. <strong>Pneus</strong> para carros ligeiros e comerciais<br />
ligeiros<br />
5. <strong>Pneus</strong> para veículos industriais<br />
6. Contitech - Sistemas de transmissão<br />
do grupo propulsor.<br />
Em 31 de Dezembro de 2008, a Continental<br />
dispunha de uma equipa profissional<br />
de 140.000 elementos, que operavam<br />
cerca de 190 instalações independentes,<br />
distribuídas por 35 países. As características<br />
inovadoras <strong>dos</strong> produtos Continental,<br />
o seu nível de qualidade, a sua total<br />
funcionalidade e fiabilidade, assim como<br />
a sua excelente relação custo/eficiência<br />
permitem que a marca Alemã ocupe sistematicamente<br />
os primeiros lugares do<br />
mercado, em cada segmento em que se<br />
encontra a competir. Deste modo, a performance<br />
<strong>dos</strong> produtos da marca Continental<br />
pode ser estabelecida assim:<br />
- Primeiro fornecedor global de sistemas<br />
hidráulicos de travão, sistemas de assistência<br />
à condução, tecnologia de sensores,<br />
unidades de controlo de<br />
airbags, sistemas de suspensão<br />
pneumática, sistemas<br />
de telemática,<br />
instrumentação automóvel<br />
e sistemas de<br />
alimentação completos;<br />
- Segundo fornecedor<br />
global de sistemas<br />
electrónicos e de assistência<br />
de travagem;<br />
- Quarto fornecedor<br />
global de pneus de todas<br />
as categorias e primeiro<br />
fornecedor na Europa,<br />
em to<strong>dos</strong> os principais<br />
segmentos de pneus.<br />
- Por seu turno, a divisão ContiTech lidera<br />
o mercado global de guarnições para veículos,<br />
correias transportadoras e molas<br />
pneumáticas para equipamento ferroviário,<br />
entre outros produtos.<br />
A excelente performance <strong>dos</strong> produtos<br />
Continental não se deve apenas às suas<br />
características intrínsecas, mas também<br />
ao elevado nível de serviço que a marca<br />
presta aos seus clientes, os quais considera<br />
como seus parceiros de negócio. A<br />
visão holística da empresa e a resposta<br />
integrada aos desafios coloca<strong>dos</strong> pelos<br />
clientes garante a estes o máximo sucesso<br />
na sua actividade, qualquer que ela<br />
seja. Além disso, o know-how da Continental<br />
não está fechado num cofre, mas<br />
ao serviço permanente do desenvolvimento<br />
<strong>dos</strong> seus clientes.<br />
Resulta<strong>dos</strong> óbvios<br />
Quando a oferta preenche ou até supera<br />
as necessidades e expectativas da procura,<br />
os resulta<strong>dos</strong> positivos são inevitáveis.<br />
Não será pois de estranhar que as<br />
vendas da empresa tenham atingido em<br />
2008 € 24.238,7 milhões, superior aos €<br />
16.619.4, de 2007 (+ 31,4%). Quanto aos<br />
lucros (EBIT), ascenderam em 2008 a €<br />
1.837,3 milhões, praticamente em linha<br />
com 2007 (€ 1.841.5 milhões).<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
37
FABRICANTE<br />
GRUPO CONTINENTAL<br />
No que se refere a divisões, não<br />
surpreende que os pneus representem<br />
mais de 1/4 da facturação total<br />
(€ 6.504.5 milhões/26,83%). Outra divisão<br />
bem sucedida é a de Interiores,<br />
onde se incluem sistemas de segurança<br />
do habitáculo, sensores de<br />
pressão <strong>dos</strong> pneus, tacógrafos, dispositivos<br />
multimédia e de comunicações,<br />
instrumentos e módulos interiores. No<br />
total, esta divisão realizou € 5.856.7 milhões<br />
(24,16%), ultrapassando os 50%<br />
de vendas da Continental, juntamente<br />
com os pneus.<br />
A divisão de Chassis e Segurança, que<br />
inclui electrónica de travagem, componentes<br />
de travão, sensores, sistemas de<br />
segurança activa e passiva, direcção assistida,<br />
e componentes de suspensão, entre<br />
outros, contribuiu com 21,18% das<br />
vendas, com um total de € 5.134 milhões.<br />
Por seu turno, a divisão do Grupo Propulsor,<br />
que inclui sistemas de alimentação e<br />
de gestão do motor e da transmissão, sensores/actuadores,<br />
linhas de combustível e<br />
sistemas de propulsão híbrida, não foi<br />
além <strong>dos</strong> € 4.040 (16,67%), evidenciando a<br />
forte concorrência existente neste segmento<br />
de mercado. Outra divisão que opera<br />
num segmento de forte concorrência, a<br />
ContiTech, não ultrapassou os € 3.007 milhões<br />
de vendas (12,4% do total).<br />
Visão estratégica<br />
Nenhuma empresa pode ter um sucesso<br />
duradouro e sustentado, sem uma visão<br />
estratégica penetrante e exacta, que<br />
estabeleça o correcto equilíbrio entre produtos,<br />
consumidores e merca<strong>dos</strong>. Também<br />
não há estratégias sem apostas, porque<br />
não existem estratégias virtuais. No<br />
caso da Continental, a grande aposta foi<br />
desde sempre a mobilidade individual, na<br />
permanente convicção de que é possível<br />
torná-la mais segura, mais conveniente e<br />
mais sustentável. Definida a estratégia,<br />
faltava estabelecer os meios tácticos.<br />
Dentre estes, talvez os mais importantes<br />
sejam os seguintes:<br />
• Apresentar produtos inovadores e que<br />
estabelecem tendências, sistemas de elevada<br />
performance, qualidade sem o mínimo<br />
compromisso e serviços de evidente<br />
valor acrescentado<br />
• Combinar tecnologia, economia, ambiente<br />
e aspectos pessoais de performance<br />
para alcançar soluções e produtos de<br />
excelência<br />
• Gerar valor com produtos e serviços<br />
para os clientes, parceiros de negócios,<br />
accionistas, colaboradores e para toda a<br />
sociedade.<br />
• Crescimento rentável e permanente<br />
controlo de custos, em todas as áreas de<br />
negócio<br />
• Procedimentos e condutas basea<strong>dos</strong><br />
pelo respeito e integridade, mantendo<br />
uma postura honesta e justa em relação a<br />
to<strong>dos</strong>, assim como cumprindo todas as<br />
promessas e contractos.<br />
Responsabilidade social<br />
A Continental assume sem ambiguidades<br />
a sua orientação para o consumidor<br />
e para o mercado. Em termos<br />
práticos, são estes que em última<br />
análise condicionam a gestão global<br />
da empresa. Produtos avança<strong>dos</strong> e<br />
inovadores, qualidade permanente e<br />
marketing efectivo garantem o sucesso<br />
desta opção. A protecção <strong>dos</strong><br />
investidores da empresa,<br />
sócios e accionista,<br />
passa pela<br />
cuida<strong>dos</strong>a gestão <strong>dos</strong><br />
investimentos, os<br />
quais são realiza<strong>dos</strong><br />
sempre para alcançar<br />
a liderança do mercado,<br />
crescimento sustentável<br />
e retorno equilibrado.<br />
A gestão <strong>dos</strong> recursos<br />
humanos na Continental baseia-se no<br />
princípio de que os seus colaboradores<br />
devem à empresa dedicação e máximo<br />
rendimento. Recompensar a excelência e<br />
criar as melhores condições de trabalho<br />
são meios de estimular a criatividade e o<br />
máximo desempenho. Para alcançar os<br />
seus objectivos, a empresa promove a formação,<br />
flexibilidade laboral, lealdade e a<br />
importância <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong>. To<strong>dos</strong> na<br />
Continental beneficiam de oportunidades<br />
iguais e de postos de trabalho seguros e<br />
Um em quatro pneus na Europa<br />
são fabrica<strong>dos</strong> pelo Grupo<br />
Continental. Quando são<br />
produzi<strong>dos</strong>, mais de 30% de<br />
to<strong>dos</strong> os veículos ligeiros novos<br />
na Europa vêm das fábricas<br />
equipa<strong>dos</strong> com pneus<br />
Continental<br />
Como fornecedor de sistemas<br />
de travagem, sistemas e<br />
componentes do bloco<br />
propulsor e do chassis,<br />
instrumentação, electrónica<br />
de veículos e pneus, o Grupo<br />
Continental contribui para o<br />
aumento da segurança na<br />
condução e na protecção<br />
global do ambiente.<br />
38<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
Actualmente, o Grupo<br />
Continental tem uma<br />
força de trabalho de<br />
aproximadamente<br />
133.000 pessoas, em<br />
cerca de 190<br />
localidades<br />
distribuídas por 35<br />
países.<br />
higiénicos, qualquer que seja a sua<br />
idade, género, raça, religião, nacionalidade<br />
ou orientação sexual. A defesa da<br />
diversidade, entre os colaboradores e<br />
base de fornecedores, é outra forma de<br />
promover a integração e inclusão como<br />
regra.<br />
Por outro lado, a Continental respeita<br />
as leis e a cultura de to<strong>dos</strong> os países em<br />
que opera. Diálogo aberto e saudável<br />
com to<strong>dos</strong> os grupos da sociedade<br />
constitui outro traço do<br />
código de conduta da empresa,<br />
onde quer que esteja. Como vizinha,<br />
a Continental tenta respeitar<br />
to<strong>dos</strong> os direitos de empresas<br />
e particulares que se encontram<br />
na sua proximidade.<br />
Além do mais, a Continental<br />
oferece onde quer que opere<br />
empregos estáveis e bem rem<br />
u n e r a d o s ,<br />
através do seu desempenho de<br />
elevada performance e rentabilidade.<br />
Cultura empresarial<br />
Em qualquer parte do mundo,<br />
onde quer que a Continental esteja<br />
a operar, o espírito que inspira colaboradores<br />
individuais e equipas ou<br />
mesmo divisões é sempre o mesmo:<br />
alcançar o máximo desempenho.<br />
Para chegar ao topo, a empresa cultiva<br />
objectivos ambiciosos e luta sempre<br />
pelas melhores práticas, não<br />
aceitando nada que não seja o melhor.<br />
O espírito competitivo é equilibrado<br />
com o espírito de cooperação, que é<br />
uma das características da empresa. O<br />
entendimento e as boas relações entre<br />
dirigentes e emprega<strong>dos</strong> é encorajado,<br />
bem como com os representantes <strong>dos</strong><br />
trabalhadores. Este facilita os relacionamento<br />
e mesmo o estabelecimento de<br />
fortes laços pessoais entre os colaboradores.<br />
Para manter a filosofia da cooperação<br />
sempre activa, a Continental combate a<br />
burocracia interna e a formação de hierarquias<br />
vazias de significado. A cultura da<br />
empresa encoraja a delegação de poderes<br />
e recompensa o empreendorismo. Além<br />
disso, a comunicação é aberta e processada<br />
activamente. A Continental entende a<br />
informação como qualquer coisa que pertence<br />
a to<strong>dos</strong> igualmente.<br />
O espírito de responsabilidade é outro<br />
traço da cultura de empresa da Continental:<br />
to<strong>dos</strong> assumem a responsabilidade<br />
<strong>dos</strong> seus actos, decisões e desempenho<br />
em todas as situações. A empresa espera<br />
que os emprega<strong>dos</strong> acatem críticas construtivas<br />
positivamente e que respeitem e<br />
valorizem as sugestões de patrões, trabalhando<br />
de forma organizada as suas ideias.<br />
Por outro lado, cada colaborador está<br />
consciente de que representa a empresa e<br />
joga a sua reputação aos olhos de to<strong>dos</strong>.<br />
Outro traço da cultura da Continental<br />
é o espírito da aprendizagem, considerando-se<br />
uma empresa de aprendizagem.<br />
O conhecimento é disponibilizado<br />
em toda a empresa e a to<strong>dos</strong> os níveis,<br />
permitindo aos gestores e funcionários<br />
adaptar-se rapidamente a mudanças de<br />
ambiente, antecipar tendências e conformar<br />
o mercado. To<strong>dos</strong> os colaboradores<br />
são encoraja<strong>dos</strong> a seguir uma aprendizagem<br />
contínua ao longo de toda a vida.<br />
São também desenvolvi<strong>dos</strong> programas<br />
que facilitam a troca de conhecimentos<br />
internamente e com outros parceiros externos.<br />
■<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
39
ACTUALIDADE<br />
Fábrica de Lousado<br />
CONTINENTAL<br />
EM PORTUGAL<br />
No dia 6 de <strong>Julho</strong> de 1989, a Continental cria uma joint-venture<br />
com a Mabor e é formada uma nova empresa designada por<br />
Continental Mabor. Em 1993 a Continental assumiu o controlo<br />
integral da Continental Mabor, e hoje, Lousado está entre as<br />
melhores fábricas que o Grupo tem no mundo.<br />
A qualidade <strong>dos</strong> pneus Continental é<br />
garantida pela alta tecnologia das cerca<br />
de 200 prensas instaladas na fábrica<br />
de Lousado<br />
Afábrica de Lousado é uma das<br />
responsáveis pelo sucesso da<br />
Continental na Europa, tendo<br />
um papel muito importante para o Grupo.<br />
Em 1998 é aprovado um projecto no valor<br />
total de 60 milhões de euros; dois<br />
anos mais tarde são investi<strong>dos</strong> 100 milhões<br />
e mais recentemente, com o projecto<br />
SUV, foram investi<strong>dos</strong> mais 24 milhões<br />
de euros.<br />
A grande aposta da Administração do<br />
Grupo Continental nesta fábrica, deve-se<br />
ao excelente trabalho de to<strong>dos</strong> os colaboradores<br />
e à forma de gestão exemplar da<br />
sua Direcção. A palavra chave tem sido a<br />
flexibilidade.<br />
Com um volume de facturação (em<br />
2008) de 487, 9 milhões de euros, a fábrica<br />
de Lousado tem actualmente 1.511 trabalhadores.<br />
A produção em 2008 foi de 14,7<br />
milhões de pneus, destina<strong>dos</strong> maioritariamente<br />
para o mercado de substituição<br />
(61%), enquanto a origem representa<br />
39%. Neste caso, as principais marcas de<br />
automóveis clientes da Continental são:<br />
Renault, GM, Volkswagen, Ford, Chrysler,<br />
Peugeot e Nissan.<br />
Para além da marca Continental (68%),<br />
são produzidas outras marcas do grupo,<br />
Antes de deixarem a fábrica de Lousado,<br />
to<strong>dos</strong> os pneus passam por um rigoroso<br />
controlo de qualidade, feito por<br />
um grupo de especialistas<br />
como a Uniroyal, Barum, Semperit e diversas<br />
privadas, incluindo a Mabor.<br />
Quanto ao tipo de pneus produzi<strong>dos</strong>, as<br />
medidas das jantes, variam entre as 14”<br />
(29%) e de 15” a 20” (71%). Relativamente<br />
aos índices de velocidade, são utiliza<strong>dos</strong><br />
os seguintes: T (39%), H (36%), V (14%), W<br />
(5%), Restantes M, R, S, Y e Z (20%). ■<br />
40<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
MERCADO<br />
<strong>Pneus</strong> recauchuta<strong>dos</strong> para pesa<strong>dos</strong><br />
LONGO CURSO NOS PESADOS<br />
Os pneus recauchuta<strong>dos</strong> para pesa<strong>dos</strong> já não podem ser<br />
olha<strong>dos</strong> de lado, dada a qualidade que hoje apresentam.<br />
Portugal tem alguma indústria neste campo, da qual se<br />
apresentam algumas das recauchutagens existentes.<br />
Os pesa<strong>dos</strong> utilizam muitas vezes pneus recauchuta<strong>dos</strong> a frio,<br />
que hoje em dia, conseguem ter já comportamentos e características<br />
semelhantes aos <strong>dos</strong> pneus novos. Prova disso, é que marcas<br />
como a Goodyear, a Dunlop, a Marangoni e a Bridgestone entraram<br />
já neste negócio, quer como marca própria quer como parceiros na<br />
disponibilização de tecnologia, compostos de borracha e desenho<br />
de pisos. Actualmente, as marcas estão a investir em pisos que<br />
permitam redução de combustível e, por consequência, emissões<br />
de escape nocivas, bem como em novas misturas de borracha amigas<br />
do ambiente.<br />
IMPÉRIO PNEUS<br />
Império<br />
Tel: 253303000<br />
A Império <strong>Pneus</strong> é uma das maiores<br />
produtoras de pneus. Desde<br />
1968, que a empresa se especializou<br />
na produção de pneus e na sua distribuição<br />
no mercado interno e externo.<br />
Trata-se de uma empresa<br />
certificada NP EN 9001: 2008 e os<br />
seus produtos são homologa<strong>dos</strong> de acordo com os regulamentos<br />
CEE / ONU 108 / 109.<br />
A Império <strong>Pneus</strong> é a única empresa de reconstrução de pneus no<br />
Sul da Europa que dispõe de laboratório de ensaios. To<strong>dos</strong> os produtos<br />
estão homologa<strong>dos</strong> pelas normas internacionais. Produz<br />
uma variada gama, estando incluída a gama de <strong>Pneus</strong> Pesa<strong>dos</strong>,<br />
com o Império Super Km para utilizações de longo e médio curso e<br />
o Império Premium para longo curso.<br />
O pneu Império Super Km consiste na reconstrução integral,<br />
com uma borracha top, que permite obter uma excelente performance,<br />
na relação custo/qualidade, disponível em diversos pisos<br />
direccionais e também de tracção.<br />
Quanto ao Império Premium representa o topo de gama na reconstrução<br />
frio integral, encontrando-se igualmente disponível<br />
em diversos pisos direccionais e de tracção.<br />
RECAUCHUTAGEM S. JOSÉ<br />
Ring Tread, Marangoni e Kontur<br />
Tel: 231 419 290<br />
Com forte investimento na recauchutagem a frio<br />
desde 1989, a S. José <strong>Pneus</strong> representa as marcas<br />
Ring Tread, Marangoni e Kontur. Quanto à primeira<br />
marca, existem vários pisos disponíveis conforme<br />
as utilizações que se queiram fazer. Já na Marangoni,<br />
destaca-se o piso ENERGECO, que é o utilizado<br />
em pneus de tracção longo curso (TIR) com uma forte<br />
poupança de combustível. Este é um pneu para aplicações em<br />
295/80-22.5, 315/80-22.5 e 315/70R22.5. As vantagens comunicadas<br />
pela marca são um rolamento suave e com direcção estável,<br />
um excelente comportamento em estrada e uma boa adesão<br />
e tracção, mesmo em superfícies que não são as mais lisas.<br />
Quanto aos Kontur, também um produto Marangoni, destacase<br />
o piso de tracção para utilizações mais agressivas DY – HM.<br />
Muito bom nas resistência ao desgaste, com boa tracção em condições<br />
atmosféricas adversas, excelente nos esforços laterais e<br />
na resistência em fora-de-estrada, o DY HM é o recauchutado<br />
para utilizações mais fortes.<br />
SEIÇA - RECONSTRUÇÃO DE PNEUS<br />
Seiça<br />
Tel: 244 545 370<br />
Na oferta da Seiça - Reconstrução de <strong>Pneus</strong> cabem<br />
pneus reconstruí<strong>dos</strong> a frio (pré-vulcanizado)<br />
integral, ou seja, de talão a talão com a marca Seiça.<br />
Este desenvolvimento foi feito com a colaboração da<br />
empresa de borracha E.I.B. (Empresa Industrial de<br />
Borracha), que pertence ao grupo.<br />
Tem também o pneu integral a frio (pré-vulcanizado)<br />
com paredes reforçadas, utilizado em autocarros urbanos<br />
(medida 275/70R22,5, 12R22,5, 11R22,5 e 295/80R22,5) e viaturas<br />
de trabalhos agressivos, exemplo camiões de RSU e de obras (medida<br />
315/80R22,5), protegendo a carcaça contra choques e cortes<br />
em passeios ou outros obstáculos.<br />
Outra das novidades é o novo composto de longa quilometragem<br />
NEWMIX. Este composto está a ser aplicado em utilização longo<br />
curso e urbano. Foi totalmente desenvolvido pelo grupo de modo a<br />
rivalizar com produtos de topo utiliza<strong>dos</strong> internacionalmente. Os<br />
resulta<strong>dos</strong> são já evidentes, conseguindo baixar significativamente<br />
o custo/km das frotas que já o estão a utilizar. O mesmo pode ser<br />
utilizado em molde e em pré-vulcanizado.<br />
Em termos de novos pisos em molde, são de salientar o SNA2<br />
tracção longo curso, nas medidas 315/80R22,5 e 315/70R22,5 e o<br />
SZE2 direccional regional na medida 315/80R22,5.<br />
PNEUS DO ALCAIDE<br />
Goodyear e Dunlop<br />
Tel: 244470537<br />
A <strong>Pneus</strong> do Alcaide, S.A., é o único recauchutador<br />
oficial da marca Goodyear Dunlop em Portugal, estando<br />
no sector da recauchutagem desde 1991. A<br />
gama que utiliza é toda com pisos Goodyear e Dunlop<br />
nas gamas de jante 17,5” e 22,5”. Cerca de 70%<br />
da produção da <strong>Pneus</strong> do Alcaide é em anel, ou seja,<br />
42<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
sem pegamentos. A empresa é homologada no âmbito do Regulamento<br />
109, desde Junho de 2<strong>006</strong>, cumprindo assim os requisitos<br />
técnicos para a recauchutagem de pneus para veículos pesa<strong>dos</strong> de<br />
mercadorias e passageiros. A empresa tem também o acompanhamento<br />
técnico da Goodyear/Dunlop e a sua certificação como<br />
recauchutador autorizado da marca.<br />
A gama está dividida pelas aplicações do produto, para o serviço<br />
de longo de curso, serviço regional e serviço misto/fora de estrada,<br />
onde os pisos são iguais aos originais. Os pisos mais representativos<br />
são: para o serviço de longo de curso LHD (tracção) e LHT (reboque),<br />
serviço regional RHD (tracção) e RHS (direccional) e RHT<br />
(reboque), serviço misto/fora de estrada, MSD e ORD (tracção) e<br />
MST (reboque).<br />
A <strong>Pneus</strong> do Alcaide lançou em Abril do ano passado o sistema integral<br />
a frio NextTread da Goodyear/Dunlop, disponível em 2 medidas,<br />
315/80R22.5 e 385/65R22.5. No decorrer deste ano, vai lançar<br />
ainda os novos pisos Goodyear LHDII (tracção longo curso), RHDII<br />
(tracção serviço regional) e RHSII (direcção regional), para as medidas<br />
mais representativas.<br />
RECAUCHUTAGEM 31<br />
Fedima<br />
Tel: 262590380<br />
A R31/FEDIMA produz pneus para camião em<br />
molde, processo também denominado de reconstrução<br />
a quente, com um processo de reconstrução<br />
integral do pneu de talão a talão, e com reconstrução<br />
não integral onde o pneu é<br />
intervencionado entre “ombros”. Também produz<br />
em Pré-Moldado, processo também designado<br />
por reconstrução a frio, que é um processo de reconstrução<br />
não integral.<br />
Em termos de produtos, salienta-se a Certificação Bridgestone<br />
Firestone que tem para produtos Premium, quer em molde para<br />
percursos regionais e longa distância, com desempenhos notáveis<br />
em termos de Quilometragem, ou em Pré-moldado para percursos<br />
regionais e longa distância, mas também para fora de estrada,<br />
autocarros (reforço nos ombros), e neve.<br />
Existem também os pneus Integrais Fedima em Molde, para<br />
percursos regionais (FZE-2 anexo), longa distância, misto e fora de<br />
estrada (FDY3 anexo).<br />
Nas características técnicas do FZE2, reconhece-se um excelente<br />
pneu para percursos regionais, para todas as posições radiais,<br />
mais largo e com um piso mais profundo que o seu antecessor FZE,<br />
para melhor desempenho e resistência ao desgaste inerente à sua<br />
localização de rodagem.<br />
Quanto ao FDY3, trata-se de um produto excepcional para percursos<br />
mistos e fora de estrada; elevada capacidade de tracção;<br />
composto mais resistente ao desgaste para terrenos mais agressivos,<br />
(cortes e descamação); Maior profundidade do piso para maior<br />
durabilidade.<br />
Destaca-se também o último pneu Fedima FZL, 365/80 R20 (14.5<br />
R20), lançado há apenas um mês, para um mercado off-road destinado<br />
a Veículos militares Pandur II, Bombeiros, Agrícolas, entre<br />
outros.<br />
NORTENHA<br />
Kraiburg<br />
Tel: 255 710 200<br />
A Kraiburg, o melhor fabricante independente<br />
de pisos e a Nortenha uniram-se na<br />
partilha de conhecimentos e tecnologia resultando<br />
assim uma nova segmentação de pneus, mais adequada<br />
às necessidades <strong>dos</strong> utilizadores.<br />
Nos pisos pré-vulcaniza<strong>dos</strong> Kraiburg, existem as gamas K Plus,<br />
K Base e K Tech.<br />
Para o K Base, a Kraiburg criou um novo composto (70% borracha<br />
natural / 30% SBR) capaz de oferecer excelentes propriedades<br />
de desgaste, combinado com um grande resistência ao corte e rasgo.<br />
Estes pneus trabalham a qualquer temperatura e testes exaustivos<br />
mostraram que o seu desempenho nas mais variadas condições<br />
e aplicações é equivalente à actual gama “Plus”. A nova gama<br />
“standard” e o fundamento da estratégia da gama de pré-vulcaniza<strong>dos</strong><br />
Kraiburg existe para todas as linhas propostas para estrada,<br />
fora de estrada e distribuição. É uma extensa gama com mais de 40<br />
padrões adequa<strong>dos</strong> a toda a procura.<br />
Os K Tech fazem parte de uma linha de pneus para reboques:<br />
baixos volumes, cargas elevadas, altas temperaturas e esforços<br />
transversais. Os pneus séries 60 dão-se para reservas limitadas,<br />
diâmetro pequeno, veículos potentes e pressões de pneus críticas.<br />
Os pisos de inverno destacam-se pela sua estabilidade de temperaturas,<br />
lamelas profundas, baixo calor acumulado.<br />
Já os K Plus são para utilização de estrada onde há necessidade<br />
de pouco desgaste e grande quilometragem. É um pneu adequado<br />
para longos percursos, médias distâncias e tráfego urbano, a custos<br />
competitivos por quilómetro.<br />
RECAUCHUTAGEM RAMÔA<br />
Bridgestone, Marangoni, Avon-Cooper, Borvul,<br />
Fapobol e E.I.B<br />
Tel: 253 607 760<br />
A gama de pneus recauchuta<strong>dos</strong> para pesa<strong>dos</strong><br />
da Recauchutagem Ramôa é constituída<br />
por dois sistemas. O primeiro é a recauchutagem<br />
a quente, por molde, ao passo que o segundo<br />
se trata da Recauchutagem a frio (prémoldado),<br />
o qual contempla pisos basea<strong>dos</strong><br />
nos pneus novos. Dentro da gama de frio, a Recauchutagem Ramôa<br />
trabalha com as seguintes marcas internacionais: Bridgestone (na<br />
qual é certificada), Marangoni e Avon-Cooper. Além destas, trabalha<br />
com as marcas nacionais Borvul, Fapobol e E.I.B.<br />
Toda esta produção esté certificada pela NP EN ISO 9001 – 2000 e<br />
homologada pela norma E13 109R – 000025).<br />
BANDAGUE<br />
Bandag<br />
Tel: 214607800<br />
A Bandague está presente no mercado português<br />
desde 1972, no negócio de recauchutagem<br />
a frio. A empresa possui três unidades<br />
produtivas em locais estrategicamente distribuí<strong>dos</strong><br />
no território nacional (Braga, Pontão e<br />
Alcoitão), garantindo uma cobertura completa<br />
do país. Uma rede de agentes autoriza<strong>dos</strong> em<br />
to<strong>dos</strong> os pontos mais importantes torna a presença da marca Bandague<br />
junto <strong>dos</strong> seus clientes ainda mais efectiva. . A Bandag desenvolveu<br />
uma diversificada gama de pisos que se adequam ao<br />
eixo, tipo de viatura e serviço executado. Para os trajectos de longo<br />
curso, por exemplo, tem quatro pisos diferentes para o eixo de<br />
tracção. Além <strong>dos</strong> diversos tipos de pisos que fabrica, ainda disponibiliza<br />
uma vasta gama de serviços e produtos: Recauchutagem,<br />
<strong>Pneus</strong> novos, Ponto de Recolha, Serviços de Inspecções de Frota,<br />
Cursos de Formação, Serviços de Assistência Móvel, Postos de Assistência<br />
(Fix'n'Go) e Contratos de Outsourcing. ■<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
43
MERCADO<br />
Máquinas de desmontar pneus<br />
IMPRESCINDÍVEIS<br />
Dependendo do volume de serviço existem muitas opções para<br />
as casas de pneus em termos de máquinas de montar /<br />
desmontar pneus. As automáticas estão na moda, são caras<br />
mas conseguem-se rentabilizar mais rapidamente. Contudo,<br />
opções não faltam em termos de qualidade e/ou preço.<br />
AERO<br />
Tecniverca<br />
Telefone: 219 584 273<br />
A Aero apresentou recentemente uma máquina<br />
de desmontar totalmente automática.<br />
A Smonther 900 é uma desmontadora totalmente<br />
automática, desenhada para dar uma<br />
performance excelente no dia-a-dia, com a<br />
flexibilidade de mudar entre pneus standard<br />
e tamanhos maiores com muita facilidade.<br />
Com os ajudas incluídas permite mudar até mesmo os mais<br />
complexos pneus Run-Flats (e baixo perfil) com o mínimo esforço<br />
e máxima eficiência, seja em jantes de aço ou alumínio.<br />
Outra característica da Smonther 900, é que ela foi desenhada<br />
para um funcionamento totalmente hidráulico para trabalhar em<br />
todas as rodas sem danificar as jantes e sem usar desmontas. Inclui<br />
um sistema integrado de levantar a roda, um braço depressor<br />
baixo e outro braço depressor rotativo em cima que permite trabalhar<br />
em to<strong>dos</strong> os tipos de rodas até 30” de diâmetro e 21” largura.<br />
Todo o controlo de operações é efectuado num joystick simples e<br />
fácil de usar. Rolos descoladores, e uma combinação de dois depressores,<br />
fazem a performance desta máquina para trabalhar to<strong>dos</strong><br />
os pneus.<br />
BEISSBARTH<br />
Lusilectra<br />
Telefone: 226 198 750<br />
Com a marca Beissbarth a Lusilectra destaca<br />
dois modelos de máquinas de desmontar<br />
pneus. A MS 65 OR-RAC consiste numa máquina universal<br />
destinada a todas as oficinas profissionais, incluindo<br />
to<strong>dos</strong> os pneus RFT e jantes com diâmetro de 14” a 26”.<br />
Das suas características técnicas, destacam-se:<br />
- A coluna de montagem sobe pneumaticamente para<br />
rodas até 14” com o toque de uma tecla;<br />
- Montagem simples do pneu com o auxílio do braço Tecnoroller<br />
controlado pneumaticamente, com 2 cilindros pneumáticos integra<strong>dos</strong>,<br />
especialmente importante para os pneus de perfil baixo<br />
e “Run-flat”;<br />
- Flexibilidade devido ao movimento para a frente e para trás do<br />
prato de fixação com 2 velocidades de rotação;<br />
- Tempos reduzi<strong>dos</strong> de ajuste através da coluna de montagem reclinável<br />
pneumática e do bloqueio pneumático da cabeça de<br />
montagem;<br />
- O desbloqueio pneumático da jante garante um manuseamento<br />
suave da jante;<br />
- Inclui, como equipamento standard, uma alavanca de montagem<br />
patenteada do perfil para montagem <strong>dos</strong> pneus RFT.<br />
O segundo destaque é o modelo MS 80. A máquina de maiores dimensões<br />
Beissbarth para montar/desmontar pneus não tem rival.<br />
Substitui facilmente pneus até 3 metros de diâmetro instala<strong>dos</strong> em<br />
rodas com um peso até 2.2 toneladas, apenas com um toque de<br />
uma tecla. Todas as suas funções são hidráulicas e controladas<br />
através de “joysticks” localiza<strong>dos</strong> na consola. Mas esta máquina<br />
não se destina apenas aos pneus de veículos de movimentação de<br />
terras. Graças à sua vasta gama de fixações, a MS 80 é bastante<br />
flexível. Isto significa que pode também ser utilizada em pneus de<br />
veículos comerciais ligeiros, veículos pesa<strong>dos</strong>, tractores e reboques.<br />
Em termos de características técnicas, destacam-se:<br />
- Força de descolagem do pneu superior a 4 toneladas;<br />
- 2 velocidades de rotação;<br />
- Flexibilidade devido à sua vasta gama de fixações;<br />
- A pressão hidráulica regulada garante que não são causa<strong>dos</strong> danos<br />
na jante durante a substituição do pneu;<br />
- Não é necessária a alimentação de ar pressurizado.<br />
BUTLER<br />
Cometil<br />
Telefone: 219 379 550<br />
A BUTLER é uma marca de topo no<br />
segmento de equipamento para<br />
(des)montagem de pneus de ligeiros e<br />
pesa<strong>dos</strong>. Tendo tido como estandarte<br />
inicial o modelo Airdraulic, já com 20<br />
anos no mercado, cujas principais características<br />
são o sistema de fixação da<br />
jante em túlipa, funcionamento 100% pneumático, e a (des)montagem<br />
propriamente dita feita por intermédio de rolos em teflon e<br />
unhas em material sintético de modo a evitar a todo o custo danos<br />
no pneu/jante. Actualmente o modelo de topo disponibilizado pela<br />
BUTLER é a AIKIDO, equipamento que, à imagem da filosofia da fábrica<br />
permite a (des)montagem de pneus evitando o esforço do<br />
operador, mantendo sempre uma ergonomia de funcionamento irrepreensível.<br />
Neste equipamento destacam-se as seguintes características:<br />
Unha de (des)montagem em material sintético, Suporte<br />
Auto-blocante da jante – Aplica uma força adicional que fortalece<br />
a fixação da jante durante a rotação da mesma, Rolos<br />
descoladores inferior e superior com sensor de detecção do bordo<br />
44<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
da jante - os mesmos encontram-se sincroniza<strong>dos</strong> electronicamente,<br />
Motor eléctrico equipado com inversor que permite ao operador<br />
controlar a velocidade conforme necessário – quando se encontra<br />
em processo de (des)montagem a rotação reduz gradualmente<br />
ao sentir o esforço adicional do talão do pneu, Braço auxiliar<br />
pneumático para pneus Run-Flat. No segmento de pesa<strong>dos</strong> a BU-<br />
TLER disponibiliza equipamentos que permitem a (des)montagem<br />
em rodas até 58”.<br />
CEMB<br />
Cometil<br />
Telefone: 219 379 550<br />
A Cometil importa e distribui equipamentos<br />
para (des)montagem de pneus de<br />
motos, ligeiros e pesa<strong>dos</strong> da sua representada<br />
CEMB desde 1996. Oriundas da<br />
fábrica de Lecco conta com a SM900<br />
MOTO ideal para a (des)montagem de<br />
pneus de motos. Para ligeiros/comerciais,<br />
a CEMB apresenta uma vasta gama desde os modelos mais<br />
simples ao mais automatiza<strong>dos</strong> sendo os mesmos a SM916, SM926<br />
e por último a MATIC1000.<br />
No segmento de veículos pesa<strong>dos</strong>, a CEMB apresenta modelos<br />
que permitem a (des)montagem em rodas até 56”. A MATIC1000<br />
destaca-se como sendo o topo de gama da fábrica de Lecco, uma<br />
máquina super automática, que elimina a necessidade da utilização<br />
do tradicional desmonta. Com uma alimentação electro-pneumática,<br />
comandada por intermédio de joysticks e pedais, roletes<br />
destalonadores com guia laser, sistema de tranca da roda através<br />
de uma flange central, duas velocidades, ferramenta em material<br />
sintético para auxiliar à (des)montagem sem o uso do desmonta e<br />
total sincronização <strong>dos</strong> movimentos da várias ferramentas e utensílios.<br />
A MATIC1000 vem também equipada de fábrica com o elevador<br />
de rodas e braço auxiliar de montagem para auxiliar à montagem<br />
de pneus de baixo perfil e Run-Flat.<br />
CORGHI<br />
Corcet<br />
Telefone: 255 728 220<br />
A Corghi Artiglio 500 é a nova desmontadora<br />
de pneus automática com tecnologia<br />
“Leva la leva” (Sem alavanca) de 2ª<br />
geração para rodas de veículos ligeiros,<br />
SUV e comerciais até 32”. Natural evolução<br />
da Artiglio 50, esta nova desmontadora<br />
mantém as melhores prerrogativas<br />
apresentando ao mesmo tempo numerosas<br />
novidades técnicas: dispositivo de descolagem dinâmica com<br />
descolador duplo, grupo “Leva la leva” de nova concepção, bloqueio<br />
da roda melhorado, estrutura reforçada e, grande cuidado<br />
na concepção ergonómica de to<strong>dos</strong> os coman<strong>dos</strong>. Tudo isto significa<br />
maior velocidade operativa sem riscos para o operador e para<br />
as jantes, mesmo durante as fases de utilização intensiva, grande<br />
simplicidade de uso e universalidade, num equipamento explorável<br />
em 100% em todas as suas peculiaridades.<br />
FOG<br />
Catarino & Rodrigues<br />
Telefone: 259 336 922<br />
Comercializada pela Catarino & Rodrigues, a marca FOG disponibiliza<br />
uma gama muito completa de equipamentos de desmontar<br />
pneus.<br />
Para motociclos a FOG disponibiliza a desmontadora<br />
UTM. 250SM, existindo também<br />
uma versão UTM.250S para pneus de maiores<br />
dimensões que é complementada pela<br />
UTM.260S.<br />
Também para pneus ligeiros existe a<br />
UTM.300S, entrando-se nas demontadoras<br />
automáticas na série UTM.400S (que possui<br />
diferentes versões devido aos extras que a<br />
mesma pode incluir).<br />
Porém, o destaque principal vai para a nova geração de desmontadoras,<br />
concebidas para as mais recentes novidades de pneus<br />
(Run Flat) e para um funcionamento simples e eficaz. Neste capítulo<br />
sobressai a UTM.650SGT e especialmente a UTM.660SGT, que<br />
pode trabalhar pneus de elevado tecnologia de grandes dimensões,<br />
sem que exista qualquer contacto com a jante.<br />
HOFMANN<br />
Teixeira & Chorado<br />
Telefone: 255 710 150<br />
Precisão, controlo e potência foram as linhas<br />
de orientação para o desenvolvimento<br />
da nova Hofmann Quadriga. Esta nova desmontadora<br />
com capacidade para operar em<br />
rodas até 30” de diâmetro, dispõe de procedimento<br />
totalmente automático, sendo a primeira do seu género a<br />
obter a certificação WDK. Equipada com diferentes programas de<br />
software que permitem o reconhecimento do tipo de roda por parte<br />
da máquina, basta que o operador bloqueie a roda e todas as<br />
operações seguintes são realizadas com um único movimento de<br />
Joystick. A operação automática é extremamente segura e é possível<br />
interromper o procedimento em qualquer altura.<br />
A Hofmann Quadriga é a desmontadora mais automatizada do<br />
mercado e estará disponível a partir de Setembro de <strong>2009</strong>.<br />
HPA<br />
João A.M. Santos<br />
Telefone: 227 418 090<br />
Para ligeiros e comerciais ligeiros a<br />
João A.M. Santos dispõe das série 3, 5 e 6<br />
da HPA.<br />
Destaque para a série 6, que é uma máquina<br />
de desmontar automática, foi concebida<br />
para facilitar ao máximo as operações<br />
de desmontagem e montagem de to<strong>dos</strong><br />
os pneus de turismo, SUV, veículos comerciais e motos.<br />
Possui um sistema de rotação autocentrante com “IP system”<br />
(Increased Power system), somente para a versão 2V – com dupla<br />
(6-15 rotações/min.). Este equipamento dispõe ainda de modelação<br />
automática que permite que o esforço de torção permaneça no<br />
melhor quociente possível também à velocidade máxima.<br />
Para pneus de grandes dimensões, até 56”, estão disponíveis diversos<br />
modelos (F561, F650 A, F560, F260 e F240). No F561 é caracterizado<br />
por dispor de movimento em simultâneo do carro porta-ferramentas<br />
e do braço autocentrante, permitindo assim um<br />
imediato posicionamento da roda. As ferramentas para tirar o talão,<br />
desmontar e montar estão incorporadas num único braço giratório<br />
completamente automatizado.<br />
To<strong>dos</strong> os coman<strong>dos</strong> deste equipamento estão situa<strong>dos</strong> numa coluna<br />
móvel que permite trabalhar com as rodas na posição ideal.<br />
To<strong>dos</strong> os movimentos podem ser realiza<strong>dos</strong> ao dobro da velocidade,<br />
bastando para tal actuar sobre o pedal da coluna móvel.<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
45
Máquinas de montar / desmontar pneus<br />
MERCADO<br />
HUNTER<br />
Cometil<br />
Telefone: 219 379 550<br />
A Cometil importa e distribui em exclusividade<br />
a HUNTER, a mesma distribui os<br />
equipamentos para (des)montagem de<br />
pneus de ligeiros/comerciais TCX525 e<br />
TCX550 que permitem ao operador manusear<br />
pneus e jantes até 30” contando com um sistema de cilindros<br />
duplos que aumentam a força das garras em 40% mais do que<br />
os designs convencionais de cilindro simples , o prato tem também<br />
como característica importante o facto de ter um selector que permite<br />
uma variação da altura do mesmo, de modo a que se ajuste ao<br />
operador, Coluna com braço móvel de accionamento automático<br />
que permite uma poupança de espaço na área de trabalho, motor<br />
de 220V com velocidade variável, Unhas de aplicação rápida intercambiáveis<br />
com sistema Quick- Connect – possibilidade de aplicação<br />
de unha em material sintético para operar em jantes de liga ,<br />
contanto ainda com o braço auxiliar BPS para ajudar na montagem<br />
<strong>dos</strong> pneus Run-flat e baixo perfil.<br />
JOHN BEAN<br />
Domingos & Morgado 2<br />
Telefone: 229 618 900<br />
A nova geração de desmontadoras automáticas<br />
Quadriga 1000 da John Bean, já<br />
se encontram disponíveis. Estas desmontadoras,<br />
com quatro programas de montagem<br />
e desmontagem 100% automáticos,<br />
é a primeira do seu género com Certificação<br />
WDK.<br />
A Quadriga 1000 apresenta uma série<br />
de procedimentos dinâmicos completamente<br />
automáticos, tais como a força aplicada, o movimento <strong>dos</strong><br />
descoladores e a colocação das ferramentas. Desta forma, fica garantida<br />
a integridade do pneu e da jante aquando das operações de<br />
montagem/desmontagem.<br />
As novas necessidades <strong>dos</strong> Serviços de <strong>Pneus</strong> têm vindo a tornar-se<br />
cada vez mais desafiantes, tanto para o operador como para<br />
o construtor de equipamentos. Estas necessidades devem-se não<br />
somente à crescente popularização <strong>dos</strong> pneus de perfil ultra-baixo,<br />
como também à cada vez maior utilização de pneus do tipo Run-<br />
Flat. Esta modificação no Mercado obrigou à utilização de procedimentos<br />
específicos para a montagem e desmontagem de rodas, o<br />
que originou esta nova geração de máquinas de desmontar<br />
As desmontadoras completamente automáticas, como é o caso<br />
da Quadriga 1000 foram concebidas não só para libertar o operador<br />
das pesadas “manobras” a que estes novos pneus obrigam,<br />
como também para minimizar os erros associa<strong>dos</strong> a operações<br />
cada vez mais difíceis de realizar com desmontadoras de tipo clássico.<br />
O controlo automático da força a aplicar ao longo de todas as<br />
etapas da desmontagem/montagem de um pneu garantem que<br />
nem pneu nem jante sejam danifica<strong>dos</strong> no processo.<br />
Estas desmontadoras 100% automáticas permitem a montagem<br />
e a desmontagem de qualquer tipo de pneu sem a intervenção do<br />
operador. Este apenas tem de fazer deslocar uma pequena alavanca<br />
para que o processo de montagem/desmontagem se desenrole<br />
contínuo.<br />
Não obstante estas funções se poderem desenrolar de forma<br />
completamente automática, o operador dispõe, no entanto, de um<br />
completo painel de coman<strong>dos</strong> que lhe permite realizar, de forma<br />
completamente controlada por si, qualquer operação da máquina.<br />
Esta desmontadora é capaz de trabalhar to<strong>dos</strong> os tipos de jantes<br />
e <strong>Pneus</strong> presentes actualmente no Mercado, e suporta jantes até<br />
30’ de diâmetro e pneus até 47” (cerca de 1.200mm) de diâmetro.<br />
Devido ao seu desenho ergonómico e rapidez de funcionamento,<br />
este tipo de desmontadora também está aconselhado para casas<br />
de pneus com grande volume de trabalho.<br />
Além desta nova máquina, a John Bean disponibiliza também outro<br />
modelo da mesma família em versão semi-automática – a PE-<br />
GASUS – para além da já habitual gama de desmontadoras convencionais.<br />
MONDOLFO FERRO<br />
Mr.Pneu<br />
Telefone: 252 248 012<br />
As máquinas de desmontar pneus de<br />
Mondolfo Ferro, série FOX DBL (uma das<br />
mais recentes novidades da Mr Pneu),<br />
foram realizadas para satisfazer a crescente<br />
exigência <strong>dos</strong> profissionais do sector<br />
de descolar de modo dinâmico os<br />
pneus de secção larga e com perfil baixo.<br />
A descolagem dinâmica, efectuada<br />
mediante soluções técnicas patenteadas, distribui a força necessária<br />
para a operação em toda a circunferência do talão evitando<br />
qualquer possibilidade de danificação no pneu.<br />
Esta equipamento possui um autocentrante hidropneumático<br />
específico, que está constantemente sob pressão, e que é capaz de<br />
agarrar jantes de até 26” polegadas de diâmetro e que, mediante<br />
adaptadores apropria<strong>dos</strong>, efectua também o agarramento pelo<br />
lado exterior.<br />
O sistema insuflador para pneus tubeless com diâmetro variável<br />
TI (disponível a pedido) demonstra ser uma solução extremamente<br />
útil para aqueles pneus nos quais é muito difícil colocar o talão, resultando<br />
prático e seguro pela seu desenho muito ergonómico.<br />
Refira-se que a Mr. Pneu também comercializa equipamentos da<br />
Cemb.<br />
MULLER<br />
Autotec<br />
Telefone: 214 727 300<br />
Os modelos semi-automático e automático<br />
da Mullher são o destaque em termos de<br />
máquinas de desmontar pneus.<br />
A MDP 4800 (semi-automática) é um modelo<br />
tradicional com braço deportado tipo<br />
bandeira que oferece uma melhor relação<br />
prestação / preço. São muito utilizadas por<br />
grande parte <strong>dos</strong> operadores com uma garantia<br />
de rapidez e de fácil utilização.<br />
O seu braço deportado é igualmente uma<br />
solução interessante para as zonas de trabalho reduzidas. A sua<br />
estrutura robusta e a sua capacidade de elevação permite um trabalho<br />
seguro na grande parte <strong>dos</strong> pneus que equipam os veículos<br />
ligeiros.<br />
Mandril Auto-centrante, Cursor de pré-regulação sob o prato,<br />
Duplo sentido de rotação, Coman<strong>dos</strong> intuitivos e progressivos,<br />
Concepção reforçada do desmontador e Suporte de ferramentas<br />
situado na proximidade são outros destaque deste equipamento.<br />
Permitindo trabalhar com jantes entre 10” e 20” (exterior de jante)<br />
e 12” e 23” (interior de jante), a MDP 4800 pode trabalhar com<br />
rodas até 37” (com uma largura máxima de 122).<br />
A MDP 4885 é um modelo automático que está equipado com<br />
46<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
uma coluna inclinável com comando pneumático. Bloqueio assim<br />
que a cabeça da máquina retira a jante, são funções realizadas em<br />
simultâneo e automaticamente. Deste modo, o reajuste não é necessário,<br />
podendo o operador prosseguir o seu trabalho com outros<br />
pneus idênticos. Esta máquina poderá também receber dois<br />
opcionais : Assistentes para facilitar a montagem e desmontagem<br />
de pneus rígi<strong>dos</strong> (refª 4335) e pneus de baixo perfil (refª 4330).<br />
SICAM<br />
Equiassiste<br />
Telefone: 227 877 150<br />
A desmontadora/montadora de<br />
pneus, semi-automática, AF 2500 da SI-<br />
CAM, veio responder às novas necessidades<br />
que o mercado da assistência a<br />
pneus impunha - Trabalhar de forma<br />
profissional, simples e cómoda os novos<br />
pneus R.F.T. (Run Flat Tyre).<br />
O cómodo elevador de roda, que resolve<br />
o problema das rodas cada vez mais pesadas, o sistema de<br />
destalonamento através de roldanas “hidráulicas” a presença, de<br />
série, do braço “Helper” entre outros atributos, permite ao operador<br />
trabalhar comodamente, e sem provocar danos ao pneumático,<br />
ou á jante - Na qual pode trabalhar até um diâmetro de 30". A<br />
elevada força do destalonador e a presença de um dispositivo em<br />
plástico - de posição regulável - permite ao operador trabalhar<br />
sem esforço os pneus R.F.T.<br />
A unha de desmontagem em teflon, especialmente concebida<br />
para reduzir ao mínimo o espaço ocupado entre o pneumático e a<br />
jante, evita esforços inúteis ou deformações no talão do pneumático.<br />
O movimento de translação do autocentrante, proporciona uma<br />
dupla função de destalonamento e de ajuda durante a montagem/desmontagem<br />
de qualquer pneumático.<br />
Um novo dispositivo de enchimento Tubless, incorporado, com<br />
válvula accionada por botão, garante uma maior eficácia no enchimento<br />
rápido do pneumático.<br />
SÍRIO<br />
MG - Equipamentos e Serviços<br />
Telefone: 214 528 899<br />
Intermaco<br />
Telefone: 223 745 530<br />
AltaRoda<br />
Telefone: 255 783 600<br />
A MG-Equipamentos e Serviços, a Intermaco<br />
e a Alta Roda importam e distribuem<br />
os equipamentos SÍRIO, onde<br />
se inclui a gama de desmontadoras de<br />
pneus que permite responder às mais<br />
exigentes solicitações do mercado.<br />
A oferta é composta pelas Linhas: Motociclos, Pesa<strong>dos</strong>, Semi-<br />
Automáticas, Automáticas, Racing, Top Professional, e o mais recente<br />
modelo S116 com vários dispositivos patentea<strong>dos</strong> que asseguram<br />
uma performance única em termos de ergonomia, segurança<br />
e qualidade de operação, particularmente nas rodas cujas<br />
características apresentam maiores dificuldades aos utilizadores.<br />
Destaque para o “Smart Roller”, sistema de descolagem do pneu<br />
com dois discos de movimento sincronizado, e que, com a função<br />
“Auto Touch”, dispensa a utilização de qualquer alavanca para a<br />
separação total entre pneu e jante.<br />
Também o Prato de Apoio da Roda com sistema de centragem<br />
por cone com efeito auto-bloqueio, dispensando acessórios de<br />
centragem adicionais, permite uma fácil operação com jantes de<br />
to<strong>dos</strong> os tipos e com pneus Run-Flat, SST e BSR.<br />
O motor é alimentado por um comando de frequência variável<br />
que permite regular a velocidade de rotação através de pedal.<br />
Alguns destes dispositivos podem também equipar modelos das<br />
outras gamas anteriormente referidas.<br />
SPACE<br />
Cetrus<br />
Telefone: 252 308 600<br />
A marca de equipamentos para casa<br />
de pneus Space acaba de lançar no<br />
mercado uma nova desmontadora automática.<br />
O destaque deste equipamento<br />
vai para duas evoluções tecnológicas<br />
patenteadas pelas Space, que<br />
permitem melhorar a qualidade do trabalho<br />
efectuado, reduzindo-se o risco<br />
de afectar a jante e o pneu. A Auto-<br />
Touch function é um sistema que introduz<br />
uma patilha entre o talão da roda e a jante, permitindo reduzir<br />
o esforço na remoção do pneu.<br />
Quanto ao “Bead-Breaking” é um sistema que utiliza duas rodas<br />
em formas de disco que se separam no momento em que a roda<br />
gira para “descolar” a jante do pneu, facilitando exactamente essa<br />
operação.<br />
Destaque ainda para o “Self-Locking Plate”, um sistema de bloqueio<br />
central da roda, e para o “Invemotor” que permite ao motor<br />
funcionar mediante um inverter que regula com precisão a velocidade<br />
de rotação usando o pedal.<br />
Esta recente gama de produtos da Space está disponível nos modelos<br />
GA340.18, GA340.20 e GA340.22, estando ainda disponíveis<br />
uma série de acessórios.<br />
TECO<br />
Fortuna Equipamentos<br />
Telefone: 227 475 100<br />
A Teco, representada pela Fortuna<br />
Equipamentos disponibiliza uma vasta<br />
gama de máquinas de demontar pneus<br />
para motos, moto 4, automóveis, camiões<br />
e máquinas industriais.<br />
A gama começa nas desmontadoras<br />
20 Special, 21, 22 e 25, todas elas da linha<br />
semi-automática. A 20 Special e a<br />
21 estão mais orientadas para pneus de<br />
menores dimensões como de scotter,<br />
motos, quad´, etc, enquanto as restantes estão mais orientadas<br />
para pneus de automóveis ligeiros.<br />
Os modelos 35, 36 special, 37, 40t.i. e 42t.i. já entram nos modelos<br />
automáticos. Nos modelos “topo de gama” tornam-se os mais<br />
rentáveis, pois devido à sua tecnologia (e extras) podem dar resposta<br />
à desmontagem de uma gama de pneus mais vasta em termos<br />
de medidas.<br />
Os modelos 54A, 55A e 56, este úlitmo automático, estão orientadas<br />
para pneus de grande dimensões (camiões e agrícolas).<br />
O derradeiro destaque vai ainda para o modelo 100. Tecnologicamente<br />
desenvolvida, a 100 dispõe de quatro sistemas patentea<strong>dos</strong><br />
(Helicoidal Tiling System, Automatic Leverless Tool Head, Self-<br />
Centering Spindle e o Bead Breaking System), que permitem uma<br />
muito maior operacionalidade e produtividade. ■<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
47
ENTREVISTA<br />
Corrado Moglia, Director de Vendas GT Tire Europa<br />
Corrado Moglia<br />
“AINDA NÃO PARÁMOS<br />
DE CRESCER”<br />
A GT Tire, 10º maior produtor mundial de pneus, está<br />
a concentrar o seu negócio na Europa em pneus para<br />
carros de passageiros, comerciais ligeiros e<br />
comerciais pesa<strong>dos</strong>. Em breve, estará concluída a<br />
renovação completa de toda a oferta actual.<br />
AGT Tire é uma companhia chinesa<br />
e indonésia, com seis fábricas<br />
na China e uma grande unidade<br />
de produção na Indonésia. O capital é chinês<br />
e tem a sede em Singapura. Na Europa,<br />
iniciou as operações apenas em 2<strong>006</strong>,<br />
embora as exportações tenham começado<br />
há cerca de 13 anos. O Grupo GT Tire é actualmente<br />
o 10º produtor mundial de<br />
pneus, embora essa posição ainda tem<br />
que ser oficializada. Em 2007, estava em<br />
11º lugar da produção mundial de pneus,<br />
atrás da marca Toyo, mas ainda não parou<br />
de crescer.<br />
A oferta inclui pneus de todas as categorias,<br />
mas na Europa a GT Tire está a concentrar<br />
o negócio em pneus para carros de<br />
passageiros, comerciais ligeiros e comerciais<br />
pesa<strong>dos</strong>. Tem várias marcas de<br />
pneus, a mais conhecida das quais é a GT<br />
Radial. O principal exportador para a Europa<br />
é actualmente a fábrica da Indonésia,<br />
mas a qualidade do produto é uniforme em<br />
todas as unidades de produção. Mesmo<br />
assim, o maior mercado é o equipamento<br />
original na China, onde fornece to<strong>dos</strong> os<br />
construtores locais.<br />
Em entrevista à REVISTA DOS PNEUS,<br />
Corrado Moglia, Director de Vendas da GT<br />
Tire na Europa, explica quais os objectivos<br />
da marca GT Radial para Portugal.<br />
Que desempenho tem apresentado a<br />
marca GT Radial no mercado português?<br />
Com a marca GT Radial, estamos a ter<br />
um bom desempenho no mercado português.<br />
Os agentes do mercado já sabem<br />
quem somos e qual é o nosso valor, dando<br />
preferência à nossa marca. Fornecemos<br />
em Portugal toda a nossa gama de pneus<br />
(ligeiros de passageiros, comerciais ligeiros,<br />
4x4 e veículos pesa<strong>dos</strong>), tal como no<br />
resto da Europa. A GT Radial teve um desempenho<br />
brilhante no último ano, graças<br />
ao excelente trabalho realizado por Nuno<br />
Pinto de Sousa e a sua organização Grandestak.<br />
Esta empresa é provavelmente o<br />
nosso melhor distribuidor em toda a Europa,<br />
não em termos de volumes, porque o<br />
mercado é pequeno, mas em termos de<br />
quota de mercado e de qualidade de vendas,<br />
incluindo o posicionamento quanto a<br />
preços.<br />
Quais são as perspectivas da GT Tire para<br />
este ano?<br />
Este ano é um período de mudança e renovação,<br />
pois lançaremos muitas novidades<br />
no mercado. Uma das novidades serão<br />
os pneus de Inverno, um produto inteiramente<br />
novo da nossa marca. Para Portugal<br />
este tipo de pneus tem uma procura<br />
quase nula, mas no Norte da Europa temos<br />
boas expectativas de vendas. Três novos<br />
produtos estão no entanto a caminho.<br />
Um deles é um pneu de altas prestações<br />
UHP, produzido exclusivamente para o<br />
mercado europeu. Ao todo, teremos quatro<br />
novos produtos no segmento topo-degama,<br />
para tornar a nossa oferta mais<br />
competitiva e mais aliciante. Estamos<br />
igualmente a desenvolver um novo pneu<br />
para comerciais ligeiros, que se destina a<br />
renovar a nossa gama. Em breve, teremos<br />
concluída a renovação completa de toda a<br />
nossa oferta actual.<br />
Que impactos está a ter a presente crise<br />
global no desempenho da GT Tire?<br />
Claro que não estamos imunes aos problemas<br />
que afectam toda a gente, mas as<br />
vendas têm mantido um ritmo constante e<br />
não estamos a sofrer tantos prejuízos<br />
como inicialmente julgávamos. Na realidade,<br />
as nossas vendas aumentaram este<br />
ano. Isso fica dever-se ao facto de sermos<br />
um produtor à escala global e de termos<br />
uma boa rede de distribuição. Em to<strong>dos</strong> os<br />
mercado temos distribuidores exclusivos,<br />
48<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
49
ENTREVISTA<br />
Corrado Moglia, Director de Vendas GT Tire Europa<br />
fazendo a distribuição directa<br />
nos merca<strong>dos</strong> domésticos<br />
(China/Indonésia) e nos EUA.<br />
Por vezes, temos uma quebra<br />
num mercado ou numa<br />
zona, mas a nossa força nos<br />
restantes merca<strong>dos</strong> ajuda a<br />
equilibrar os negócios.<br />
Infelizmente, na Europa a<br />
crise está a ter reflexos muito<br />
negativos na indústria de<br />
transportes rodoviários. A procura<br />
de pneus para camiões e<br />
autocarros desceu bastante<br />
(25%), o que atinge logicamente<br />
todas as marcas. Alguns <strong>dos</strong><br />
principais fabricantes chegaram<br />
a ter quebras nas vendas da ordem<br />
<strong>dos</strong> 50%. Para nós, o problema<br />
não foi tão grave, pois começámos<br />
a vender em força na<br />
Ucrânia e na Rússia, o que compensou<br />
a diminuição de vendas na<br />
Europa Central. Portanto, neste<br />
segmento, conseguimos mesmo<br />
assim vender mais pneus em 2008,<br />
do que no ano anterior.<br />
Que apoio dispensa a GT Tire aos seus<br />
clientes do mercado português?<br />
A nossa cooperação com a Grandestak é<br />
completa, no que respeita ao apoio aos<br />
clientes. Na verdade, eles são para nós mais<br />
do que um bom parceiro e estamos muito<br />
satisfeitos em colaborar a to<strong>dos</strong> os níveis<br />
com eles, seja do ponto de vista técnico,<br />
apoio de vendas e marketing (subsidiamos<br />
anualmente parte do orçamento da Grandestak<br />
nesta área), para além do material de<br />
marketing que fornecemos directamente.<br />
No plano do apoio técnico, realizamos tudo o<br />
que os fabricantes de 1ª linha costumam fazer.<br />
Temos tido a sorte de ter uma taxa de<br />
reclamações muito baixa, porque também<br />
temos procedimentos de controlo de qualidade<br />
em todas as fases de produção e distribuição<br />
<strong>dos</strong> nossos pneus. Mesmo assim,<br />
quando surgem anomalias, temos procedimentos<br />
estandardiza<strong>dos</strong> que permitem em<br />
poucos dias obter uma resposta da fábrica<br />
às reclamações do cliente final, quer sejam<br />
procedentes, ou improcedentes (problemas<br />
de utilização).<br />
Qual tem sido o papel do Clube GT 48 na<br />
promoção da marca GT em Portugal?<br />
O Clube GT 48 foi uma grande ideia e está a<br />
revelar-se um excelente conceito de marketing,<br />
funcionando com muito sucesso. Provavelmente<br />
iremos desenvolver o mesmo<br />
tipo de iniciativas por toda a Europa, embora<br />
o comportamento <strong>dos</strong> consumidores e da<br />
Jorge Nuno Pinto de Sousa, Nuno Pinto<br />
de Sousa e Corrado Moglia são os<br />
responsáveis pelo sucesso da marca de<br />
pneus GT Radial no nosso país<br />
cadeia de distribuição seja muito diferente<br />
de um país para outro. Tentaremos aplicar o<br />
mesmo conceito, mas com características<br />
adaptadas a cada mercado específico. Pensamos<br />
que em certos casos será muito fácil<br />
levar a ideia para a frente, mas noutros pode<br />
ser mais difícil ou até mesmo impossível.<br />
Grande parte do<br />
sucesso da ideia da Grandestak<br />
ficou a dever-se à<br />
estreita colaboração da<br />
nossa marca no desenvolvimento<br />
do projecto do Clube<br />
GT 48 em todas as fases<br />
da sua evolução.<br />
Quais são as perspectivas<br />
da GT Tire para <strong>2009</strong>?<br />
A estrutura de distribuição<br />
GT Tire está a evoluir constantemente<br />
na Europa e já temos<br />
neste momento uma<br />
equipa de 20 elementos, para<br />
dar apoio aos nossos distribuidores<br />
europeus. Recentemente<br />
montámos um centro de testes<br />
para pneus no Reino Unido,<br />
pois além do apoio técnico e comercial,<br />
que já oferecíamos aos<br />
nossos clientes, queremos que eles tenham<br />
a certeza absoluta de que estão a vender o<br />
melhor produto do mercado. Antes de introduzir<br />
um novo pneu GT no mercado europeu,<br />
iremos efectuar testes exaustivos, comparativamente<br />
a outras marcas de prestígio do<br />
mercado, para que não fiquem dúvidas a ninguém.<br />
■<br />
A GT Tire tem três<br />
novos produtos a<br />
caminho. Um deles é<br />
um pneu de altas<br />
prestações UHP,<br />
produzido<br />
exclusivamente para o<br />
mercado europeu<br />
50<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
PNEUS GT RADIAL<br />
Distribuidor: Grandestak<br />
Dir-Geral: Dr. Nuno Pinto de Sousa<br />
Sede: Zona Ind. da Varziela,<br />
Rua 3 – Lote 11 – Mindelo<br />
4485-631 Vila do Conde<br />
Telefone: 252.24.80.12<br />
e-mail: pintodesousa@grandestak.pt<br />
“Temos uma grande<br />
receptividade no mercado”<br />
Nuno Pinto de Sousa, Administrador da Grandestak<br />
– Distribuidor GT Radial para Portugal<br />
O Clube GT 48 foi uma<br />
grande ideia e está a<br />
revelar-se um excelente<br />
conceito de marketing,<br />
funcionando com muito<br />
sucesso. Provavelmente a<br />
GT Tire irá desenvolver o<br />
mesmo tipo de iniciativa<br />
noutros países europeus<br />
Que balanço faz da parceria da Grandestak<br />
com a GT Tire?<br />
É muito fácil trabalhar com a GT Tire, porque<br />
sempre foi uma empresa muito receptiva<br />
ao desenvolvimento. Desde que a GT Tire<br />
entrou na Europa (2<strong>006</strong>) e desde que Corrado<br />
Moglia assumiu as suas funções, a união<br />
entre as duas empresas tornou-se realmente<br />
muito forte.<br />
Em termos de qualidade, a GT Radial é<br />
uma marca de topo. Claro que existem as<br />
chamadas marcas Premium, guindadas a<br />
esse estatuto privilegiado de imagem um<br />
pouco pela força do seu marketing, mas ao<br />
nível da qualidade a GT Radial está no mesmo<br />
patamar ou até um pouco melhor. Isto é<br />
confirmado por testes efectua<strong>dos</strong> por entidades<br />
completamente independentes. A<br />
grande diferença aparece quando comparamos<br />
os preços, pois verifica-se que a GT Radial<br />
tem preços mais de 30% inferiores às<br />
marcas consideradas Premium.<br />
Que perspectivas tem<br />
a Grandestak para<br />
<strong>2009</strong>?<br />
Durante este ano iremos<br />
consolidar as nossas<br />
vendas e prevemos<br />
mesmo aumentar cerca<br />
de 25% o volume total,<br />
relativamente ao ano<br />
passado. Temos uma<br />
grande receptividade no<br />
mercado e há mesmo<br />
clientes nossos que esperam<br />
pelos pneus GT Radial<br />
para os entregarem ao<br />
consumidor final, por exigência<br />
deste último.<br />
Que apoio presta a Grandestak aos seus<br />
clientes de pneus GT Radial?<br />
Depois de trabalharmos mais de 15 anos<br />
com outra marca de primeira linha, posso<br />
afirmar com segurança que nunca tivemos<br />
tão poucas reclamações como actualmente<br />
com a GT. O sucesso da marca GT assenta<br />
muito na mentalidade que é criada entre fabricante<br />
e distribuidores. É quase uma verdadeira<br />
"mística", pois eu considero-me<br />
tanto da GT como o próprio dono da empresa.<br />
Gostamos de ser GT, gostamos de saber<br />
que estamos a fazer uma marca e isso é<br />
muito estimulante, mesmo se ao princípio<br />
as coisas não se apresentem muito fáceis.<br />
A nossa "fé" no produto e na marca tornamnos<br />
mais credíveis aos olhos do mercado e<br />
somos capazes de contagiar os nossos<br />
clientes com o nosso entusiasmo. Não há<br />
nada melhor do que isto.<br />
Outro aspecto que dinamiza as vendas e<br />
estimula os clientes é o facto de to<strong>dos</strong> os<br />
anos haver novidades e evoluções na GT.<br />
Cada lançamento de um novo produto é um<br />
sucesso maior do que o anterior e isso cria<br />
uma dinâmica muito favorável para a confiança<br />
<strong>dos</strong> nossos clientes e do consumidor<br />
final. No próximo mês de Setembro iremos<br />
fazer o lançamento oficial do pneu de altas<br />
prestações Champiro HPY, e o fantástico<br />
Champiro 228. Estes pneus em testes efectua<strong>dos</strong><br />
pela Alemã TÜV conseguiram ter<br />
melhores prestações do que as mais famosas<br />
marcas mundiais com as quais foram<br />
testa<strong>dos</strong>.<br />
Que está a ser feito para promover a<br />
marca GT Radial junto do consumidor<br />
final?<br />
A GT Tire não tem neste momento potencial<br />
para patrocinar grandes eventos mundiais<br />
milionários, mas investe no marketing<br />
<strong>dos</strong> seus clientes e no desenvolvimento do<br />
produto, para oferecer a melhor qualidade,<br />
ao preço mais conveniente. O que nos interessa<br />
é que um condutor que montou pneus<br />
GT Radial fique interessado em montar a<br />
mesma marca da próxima vez. A vontade do<br />
consumidor ainda é o principal factor de<br />
venda de um pneu. Talvez isto seja construir<br />
a imagem pública debaixo para cima, e<br />
não ao contrário. Pode demorar um pouco<br />
mais de tempo, mas fica sem dúvida mais<br />
sedimentada na opinião pública. ■<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
51
ENTREVISTA<br />
António Gonçalves, Director-Geral da Gonçalteam<br />
“SOMOS UMA REFERÊNCIA<br />
NO MERCADO”<br />
A Gonçalteam é<br />
uma empresa que<br />
se dedica à<br />
comercialização de<br />
consumíveis para<br />
casas de pneus,<br />
tendo no decorrer<br />
da sua curta<br />
história desenvolvido<br />
uma dinâmica<br />
comercial muito<br />
activa.<br />
Em <strong>Julho</strong> de 2005 teve início a Gonçalteam.<br />
A sua designação deriva do<br />
nome do seu fundador e director geral,<br />
António Gonçalves, pessoa com larga experiência<br />
no sector <strong>dos</strong> consumíveis para as<br />
casas de pneus, através do trabalho que desenvolveu<br />
na Rodatec.<br />
Com António Gonçalves, a REVISTA DOS<br />
PNEUS foi conhecer melhor a Gonçalteam.<br />
Qual foi a razão que levou ao aparecimento<br />
da Gonçalteam?<br />
Com os conhecimentos que tinha do mercado,<br />
começou a haver muitas solicitações<br />
para fornecer consumíveis. Comecei a fazer<br />
uma vendas e o negócio rapidamente começou<br />
a crescer, pois havia claramente uma<br />
oportunidade neste mercado. Apesar de sermos<br />
uma empresa nova, demonstrámos rapidamente<br />
que poderíamos estar pelo menos<br />
ao nível <strong>dos</strong> melhores.<br />
Qual foi a estratégia para esse sucesso?<br />
Fizémos uma aposta clara em produtos de<br />
qualidade, representações exclusivas, distribuição<br />
rápida e na escolha <strong>dos</strong> melhores<br />
parceiros comerciais, vendendo com uma<br />
excelente relação preço / qualidade quer<br />
para nós quer para o nosso cliente.<br />
Quais são as preocupações actuais da Gonçalteam,<br />
atendendo à crise que se vive?<br />
A nossa forma de trabalhar não mudou<br />
muito. Temos uma grande preocupação na<br />
gestão do dia-a-dia, com grande controlo<br />
<strong>dos</strong> custos, objectivos semanais por vendedor<br />
e forte conhecimento do cliente alvo propondo-lhe<br />
bons negócios. Isto leva-nos a ter<br />
um crescimento superior a 35% face ao ano<br />
anterior. Tal situação está de acordo com<br />
aquilo que tinha em perspectiva para esta<br />
empresa num plano a cinco anos.<br />
Os consumíveis para casas de pneus foram<br />
o começo. A Gonçalteam evoluiu para outros<br />
produtos?<br />
52<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
GONÇALTEAM<br />
COMERCIALIZA TYRESAVER<br />
Na sequência do acordo efectuado entre a Gonçalteam, Lda e a Parker Filtration<br />
and Separation B.V no passado mês Maio, esta empresa portuguesa passou a<br />
comercializar em Portugal o Tyresaver, um revolucionário sistema para produzir<br />
Nitrogénio a 95%.<br />
Este sistema inovador proporciona ao mercado, nomeadamente às casas de<br />
pneus, a oportunidade de efectuar um serviço com qualidade e retorno económico<br />
elevado, até porque o custo do equipamento é muito inferior ao tradicional equipamento<br />
de nitrogénio.<br />
De acordo com o preço estabelecido pela fábrica, o Tyresaver, que já está disponível,<br />
pode ser adquirido por 599 Euros (mais IVA). O valor de recarga Tyresaver<br />
3.0 é de 349€ + IVA, enquanto o valor do Kit de Carrapetas (com 500 peças) é<br />
de 20 Euros mais o IVA.<br />
GONÇALTEAM<br />
Sede: Armz 38-C, Vale Cucena-Paio Pires<br />
2840 Paio Pires<br />
Responsável: António Gonçalves<br />
Telefone: 212 251 578<br />
Fax: 212 251 397<br />
E-mail: goncalteam@sapo.pt<br />
Internet: www.goncalteam.pt<br />
António Gonçalves, Director-Geral da<br />
Gonçalteam diz que a empresa é uma<br />
referência do mercado<br />
Pode-se dizer que em termos de consumíveis<br />
chegámos a uma fase de estabilização<br />
que corresponde aos nossos objectivos.<br />
Desde o início do ano 2008 que começamos<br />
a colocar equipamentos no mercado,<br />
numa parceria com a Cometil, que tem tido<br />
uma enorme receptividade do mercado,<br />
numa lógica de alargar o nosso leque de<br />
produtos.<br />
A Gonçalteam já vinha comercializando alguns<br />
pequenos equipamentos para casas de<br />
pneus, que continua a comercializar, sendo<br />
sempre um complemento à nossa oferta de<br />
produtos.<br />
Mesmo estando estabilizado o negócio <strong>dos</strong><br />
consumíveis, ainda existe margem para<br />
crescer?<br />
Não existe controlo neste negócio <strong>dos</strong> consumíveis,<br />
pois no dia seguinte aparece sempre<br />
alguém no cliente a dizer que o negócio<br />
anterior foi mau e que o dele é mais competitivo.<br />
O que gera no cliente uma desconfiança<br />
no próprio mercado e em alguns <strong>dos</strong> seus<br />
agentes, tornando-o menos receptivo à evolução<br />
do próprio negócio, pelo facto de não<br />
saber se está a comprar e vender bem ou<br />
mal.<br />
Através da forma como trabalhamos, o<br />
produto de qualidade que propomos e o serviço<br />
que prestamos, permite que muitos<br />
clientes trabalhem praticamente em exclusivo<br />
com a Gonçalteam.<br />
Nós resolvemos os problemas <strong>dos</strong> nossos<br />
clientes e somos os verdadeiros parceiros<br />
deles. Muitos dizem isto no mercado mas<br />
são muito poucos aqueles que na verdade<br />
trabalham em função das necessidades <strong>dos</strong><br />
clientes. Por isso a Gonçaltem tornou-se um<br />
alvo a abater e uma referência no mercado<br />
Quais são os meios (humanos e materiais)<br />
que a Gonçalteam dispõe?<br />
Temos uma dinâmica comercial simples<br />
mas altamente eficiente. Óptamos por fazer<br />
a venda directa, em que os produtos saem do<br />
nosso armazém para serem entregues ao<br />
cliente. Os clientes têm o nosso stock todo à<br />
sua disposição, tendo a rotatividade que entender<br />
em função das suas necessidades.<br />
Penso que esta é a forma mais saudável de<br />
trabalhar neste mercado.<br />
Temos uma equipa comercial no terreno<br />
com seis pessoas, numa equipa de 9 pessoas<br />
no total e mais uma em Outsourcing,<br />
pelo que o crescimento da equipa só irá<br />
acontecer no capítulo técnico, por alguém<br />
que possa dar formação e assistência técnica,<br />
que é algo que já fazemos mas recorrendo<br />
a pessoas externas.<br />
A formação é algo de importante para a<br />
Gonçalteam?<br />
Para além da formação técnica, queremos<br />
forçar muito na formação comercial e de serviço.<br />
Dentro de uma casa de pneus existem<br />
sectores que podem ser mais dinamiza<strong>dos</strong>.<br />
Penso que poderemos trabalhar nesse sentido,<br />
fornecendo importantes conhecimentos<br />
na gestão do serviço de um posto de pneus,<br />
potenciando a utilização de determian<strong>dos</strong><br />
equipamentos e produtos que trazem mais<br />
rentabilidade para a casa de pneus.<br />
Quais são as mais recentes novidades de<br />
produto da Gonçalteam?<br />
Acabámos de lançar um aparelho portátil<br />
para enchimento <strong>dos</strong> pneus com nitrogénio,<br />
o Tyresaver, que apresenta múltiplas vantagens<br />
para as casa de pneus que pretendem<br />
prestar esse seviço aos clientes. Não só o<br />
equipamento é mais barato que a tradicional<br />
máquina de nitrogénio, como a sua operacionalidade<br />
é muito maior. Outra novidade é<br />
uma máquina da Haweka para alinhamento<br />
de rodas de pesa<strong>dos</strong>, a Axis 4000, que pelas<br />
suas características facilita bastante a este<br />
actividade do operador. Na Prema, que é uma<br />
das nossas principais representações, existem<br />
também diversas novidades ao nível <strong>dos</strong><br />
consumíveis. ■<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
53
ENTREVISTA<br />
António Ganhão, Coordenador Retalho<br />
“QUEREMOS SER<br />
O NÚMERO 1”<br />
A Rede Vulco entrou em Portugal nos finais de<br />
2007. Actualmente são quase 20 as casas de<br />
pneus que aderiram a este conceito, apresentando<br />
uma imagem comum que está de acordo com o<br />
conceito desta rede. Altura para se fazer um<br />
balanço <strong>dos</strong> quase dois anos de vida.<br />
Arede VULCO foi inicialmente implementada<br />
no mercado francês em<br />
1996 e em Espanha dois anos mais<br />
tarde, estando também presente na Bélgica,<br />
Eslovénia e em Marrocos.<br />
É um <strong>dos</strong> conceitos de rede desenvolvido<br />
pelo Grupo Goodyear Dunlop. Em toda a Europa<br />
são mais de 2.500 oficinas (150 na Península<br />
Ibérica) com imagem de marca.<br />
António Ganhão, Coordenador de Retalho<br />
para Portugal, falou sobre a rede Vulco para<br />
a REVISTA DOS PNEUS.<br />
Quais as razões principais qu≠e levaram ao<br />
lançamento da rede Vulco em Portugal?<br />
A Vulco é uma importante ferramenta de<br />
fidelização. Nós queremos e precisamos reforçar<br />
a relação entre as casas de retalho e o<br />
fabricante.<br />
Por isso, a Vulco é muito mais que a mera<br />
comercialização de pneus, sendo um importante<br />
suporte em diferentes áreas para os<br />
nossos parceiros, nomeadamente em áreas<br />
de marketing, redução de custos, sistemas<br />
de tecnologia de informação, angariação de<br />
clientes, etc.<br />
54<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
Os parceiros da rede Vulco terão sempre,<br />
de acordo com a estratégia definida pela<br />
Goodyear, uma relevante presença no mercado<br />
das frotas e no seu constante desenvolvimento<br />
neste caso em Portugal.<br />
A rede Vulco nasceu em finais de 2007. Qual<br />
o balanço deste período de actividade?<br />
Estamos muito satisfeitos com o desenvolvimento<br />
da rede até agora, mas temos que<br />
considerar que não partimos do zero. A nossa<br />
experiência noutros merca<strong>dos</strong> é relevante,<br />
pelo que sabemos os passos que deveremos<br />
dar agora neste novo mercado. Posso<br />
dizer que estamos perante um novo mercado<br />
mas com um conceito de retalho já existente.<br />
Qual é o conceito principal da rede Vulco?<br />
Imagem forte e vontade de vingar são vectores<br />
que o conceito Vulco quer fazer prevalecer<br />
em Portugal. O objectivo é claro: tornar-se<br />
na principal rede especialista em<br />
pneus. Com uma forte presença na vizinha<br />
Espanha e também em França - onde surgiu<br />
pela primeira vez em 1996 - Bélgica e Eslovénia,<br />
o conceito promete fazer valer a sua<br />
experiência para se diferenciar e prestar os<br />
melhores serviços ao consumidor final.<br />
Para além do serviço de pneus, a rede Vulco<br />
também deve prestar outros tipo de serviços?<br />
Quais?<br />
A oficina tem de ter como “core business”<br />
o trabalho em pneus, mas salvaguardando a<br />
ideia que hoje em dia as oficinas têm de<br />
prestar também outros serviços. E este é<br />
outro <strong>dos</strong> pontos onde ajudamos as pessoas<br />
que só trabalharam pneus até aqui a desenvolver<br />
serviços que não conhecem tão bem.<br />
Estou-me a referir ao serviço de travões,<br />
óleo, sistemas de ar condicionado, baterias,<br />
etc. Portanto, o conceito ideal da oficina Vulco<br />
é o de uma oficina em que o seu negócio<br />
principal são pneus mas simultaneamente<br />
com multi serviços, orientada ao cliente e<br />
com uma filosofia de trabalho em equipa.<br />
A rede Vulco vai também comercializar<br />
produtos de marca própria (Baterias Vulco,<br />
Escovas Vulco, etc)?<br />
Sim. A venda de produtos de marca própria<br />
reforça o reconhecimento da marca,<br />
permitindo identificar os mesmos dentro da<br />
rede. Por outro lado, dá a possibilidade de se<br />
ganhar dinheiro e desenvolver negócios.<br />
Sendo uma rede desenvolvida pela Goodyear,<br />
os aderentes poderão também vender<br />
outras marcas que não sejam da Goodyear?<br />
A rede Vulco em Portugal conta já com 19<br />
postos de assistência a pneus, mas espera<br />
chegar às 50 casas de pneus em dois anos<br />
de actividade<br />
O nosso objectivo é que se possa vender a<br />
percentagem máxima possível de produtos<br />
Goodyear e Dunlop, mas sem esquecer que<br />
temos que oferecer serviços e produtos aos<br />
clientes de uma forma geral. Para além do<br />
mix de marcas de pneus que comercializamos,<br />
temos que atender à expectativa do<br />
cliente e não podemos negar serviços e produtos<br />
a cliente que procuram outras marcas.<br />
Um aderente à rede Vulco pode estar associado<br />
a um grupo de compras, como a<br />
Pneuport, MegaMundi, etc?<br />
Não pode. O projecto Vulco exige exclusividade.<br />
Com a rede Vulco, a Goodyear pretende<br />
chegar mais próximo de outro tipo de clientes,<br />
nomeadamente as frotas?<br />
Quais são os objectivos de curto e médio<br />
prazo para a rede Vulco?<br />
Temos uma marca forte denominada Vulco<br />
que já está experimentada com sucesso em<br />
vários países na Europa e em Portugal queremos<br />
ser número 1.<br />
Quantos centros da rede Vulco esperam ter<br />
(ou abrir) por ano até 2010?<br />
Quantidade é importante mas mais importante<br />
é a qualidade. Contudo, temos um plano<br />
para ter 50 centros Vulco em dois anos.<br />
Este é um número que pode conciliar da melhor<br />
forma a qualidade e a quantidade nas<br />
nossas operações.<br />
Quantos postos Vulco tem a rede actualmente?<br />
Actualmente já contamos com 19 postos.<br />
Quais são as diferenças de uma rede como a<br />
Vulco para uma tradicional rede de serviços<br />
rápi<strong>dos</strong>?<br />
A rede Vulco é constituída por oficinas<br />
apoiadas por um fabricante de pneus de primeira<br />
linha, a Goodyear Dunlop. Diferenciamo-nos<br />
a nível de serviço e a nível das perspectivas<br />
e apoio que oferecemos ao cliente<br />
associado e ao consumidor final. Cada uma<br />
das outras redes dirá que são os melhores,<br />
mas nós temos uma experiência de muitos<br />
anos não só em Espanha e França, mas a nível<br />
Europeu. Creio que conseguimos afinar<br />
um programa importante de retail com pontos<br />
de apoio que acreditamos são os mais<br />
adequa<strong>dos</strong> aos merca<strong>dos</strong> onde estamos presentes.<br />
■<br />
GOODYEAR DUNLOP PORTUGAL<br />
Sede: Alfrapark – Edifício F, Piso 1 Sul<br />
2610-008 Amadora<br />
Responsável: António Ganhão<br />
Telefone: 210 349 000<br />
Fax: 210 349 101<br />
E-mail: antonio_ganhao@goodyear.com<br />
Internet: www.vulco.es<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
55
ENTREVISTA<br />
Miguel Costa, Director de Marketing/Compras da Norauto<br />
Miguel Costa<br />
“É FUNDAMENTAL<br />
CRESCER<br />
DE FORMA SUSTENTADA”<br />
A Norauto foi um <strong>dos</strong> primeiros players da nova<br />
distribuição a chegar a Portugal. A sua criteriosa política<br />
de abertura de novos centros faz da Norauto um <strong>dos</strong> mais<br />
consolida<strong>dos</strong> negócios do ramo automóvel.<br />
As mais de 370 lojas da Norauto<br />
espalhadas pelo Mundo, dizem<br />
bem da dimensão que esta empresa<br />
tem, bem como do know-how acumulado<br />
em mais de 30 anos de actividade.<br />
Em Portugal está desde 1996, altura em<br />
que abriu o primeiro centro, contando já<br />
com 11 a nível nacional.<br />
Para nos falar da empresa em Portugal<br />
e do seu futuro, a REVISTA DOS PNEUS falou<br />
com Miguel Costa, actual Director de<br />
Marketing / Compras da Norauto.<br />
Actualmente com 11 lojas, a política de<br />
expansão da rede Norauto em Portugal<br />
está a decorrer como previsto?<br />
A expansão está a decorrer conforme o<br />
previsto. No mês de <strong>Julho</strong>/09 tivémos uma<br />
abertura em Sintra e continuará a haver<br />
novas aberturas nos próximos anos.<br />
O fundamental para a Norauto é crescer<br />
de forma sustentada, que lhe permita ao<br />
mesmo tempo, uma contínua melhoria na<br />
prestação de serviços aos nossos clientes.<br />
Existem diversos factores essenciais na<br />
nossa política de expansão, nomeadament,<br />
a disponibilidade de uma localização<br />
adequada para a Norauto e a um custo<br />
que permita a exploração rentável do nosso<br />
conceito, dando prioridade à compra de<br />
terrenos; e ter os recursos humanos com<br />
a formação necessária à boa prestação de<br />
serviços ao cliente.<br />
Para além destes critérios, existe todo o<br />
tempo que implica obter as licenças necessárias.<br />
Quais são as vossas perspectivas em<br />
termos de evolução a médio e longo<br />
prazo para Portugal?<br />
A Norauto está em Portugal com o objectivo<br />
de continuar o seu trabalho de expansão,<br />
e pretende, acima de tudo, continuar<br />
a ser primeira escolha <strong>dos</strong> consumidores<br />
automobilistas, não só através da<br />
criação de promoções vantajosas para os<br />
nossos clientes mas sobretudo pelo serviço<br />
de excelência que queremos prestar a<br />
to<strong>dos</strong> os que nos visitem. Temos igualmente<br />
a vontade de ser uma verdadeira alternativa<br />
aos concessionários com a garantia<br />
de uma manutenção igual à que é<br />
definida pelos construtores automóveis,<br />
mas 20 a 30% mais barata. Na sequência<br />
disto, temos vindo a desenvolver novas<br />
prestações, tais como, diagnóstico electrónico,<br />
substituição da correia de distribuição,<br />
tendo ainda outros projectos em<br />
preparação…<br />
56<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
57
ENTREVISTA<br />
Miguel Costa, Director de Marketing/Compras da Norauto<br />
Para além do conceito de “auto centro” que<br />
actualmente têm, a Norauto vai evoluir<br />
para centros mais pequenos, abdicando,<br />
por exemplo, da loja?<br />
Com a insígnia Norauto não. No Grupo Norauto<br />
existem diversas insígnias ligadas ao<br />
sector automóvel, e que possuem uma componente<br />
puramente oficina. Nesse caso, isso<br />
poderá acontecer.<br />
Qual tem sido a evolução do conceito de<br />
auto centro Norauto, tendo em conta a<br />
experiência que já têm no mercado?<br />
A evolução vai, sobretudo, no sentido de<br />
alargarmos o leque de serviços que oferecemos<br />
aos nossos clientes, como por exemplo,<br />
mudança da correia de distribuição, diagnóstico<br />
e reparação do sistema de ar condicionado,<br />
diagnóstico electrónico, etc.. Para<br />
além disso, o objectivo é igualmente alargar<br />
a oferta da gama de produtos, dando a possibilidade<br />
aos nossos clientes de escolher entre<br />
a marca 1º Preço Confiança, marca Norauto<br />
ou uma marca Premium. Em paralelo,<br />
desenvolvemos a presença de marcas referência<br />
no mercado para cada uma das nossas<br />
gamas (por exemplo, Chicco, na gama<br />
das cadeiras de bebé, Mont-Blac para a<br />
gama <strong>dos</strong> porta-bicicletas,…), com o objectivo<br />
de oferecer uma solução especifica para<br />
cada um <strong>dos</strong> nossos clientes.<br />
Tendo também em atenção as características,<br />
cada vez mais exigentes, <strong>dos</strong> nossos<br />
clientes e dada a importância que a especialização<br />
<strong>dos</strong> técnicos tem, hoje em dia, apostamos<br />
cada vez mais na formação, de modo<br />
a conseguirmos responder de forma efectiva<br />
às expectativas <strong>dos</strong> nossos clientes. Pretendemos<br />
destacar-nos pelo atendimento ao<br />
cliente, pela vasta gama de produtos<br />
para equipar o automóvel e no serviço<br />
que prestamos na oficina.<br />
Muitos auto centros têm evoluído para um<br />
serviço oficinal um pouco mais técnico,<br />
indo mais além do serviço rápido. A<br />
Norauto também seguiu essa lógica?<br />
A evolução na<br />
oferta de serviços<br />
ao cliente é quase<br />
uma exigência de<br />
mercado, por isso,<br />
a Norauto seguiu<br />
essa lógica. Para<br />
além de muitos outros,<br />
como disse antes,<br />
temos disponíveis<br />
os serviços de<br />
mudança de correia<br />
distribuição, diagnóstico<br />
e reparação ar<br />
condicionado e diagnóstico<br />
electrónico.<br />
A Norauto tem uma<br />
marca de pneus. Pode<br />
dizer-se que a Norauto é um<br />
especialista de pneus?<br />
Sim. Os pneus da Norauto obedecem<br />
a um grande investimento<br />
em meios técnicos, humanos e de<br />
investigação em parceria com um<br />
<strong>dos</strong> maiores fabricantes de pneus<br />
a nível mundial.<br />
Os requisitos de qualidade, assim<br />
como, to<strong>dos</strong> os testes feitos,<br />
são equipara<strong>dos</strong> às marcas Premium e de<br />
referência do mercado. Garantimos a qualidade<br />
<strong>dos</strong> nossos pneus, dando uma garantia<br />
que pode ir até aos 40 000 km.<br />
Em termos de gama, a Norauto tem também<br />
ao dispor <strong>dos</strong> seus clientes as marcas<br />
de referência do mercado (Michelin, Brid-<br />
A rede Norauto tem vindo a<br />
crescer de forma<br />
sustentada e criteriosa<br />
apostando sempre no<br />
conceito de loja e oficina<br />
Em termos de produtos e serviços<br />
houve também alguma evolução no<br />
conceito Norauto nos últimos anos?<br />
Alargamos a nossa oferta de serviços<br />
oficina, como por exemplo: correia distribuição,<br />
reparação ar condicionado,<br />
diagnóstico electrónico.<br />
Relativamente aos produtos, continuamos<br />
a apostar numa oferta que<br />
permita dar uma solução aos nossos<br />
clientes nos mais diversos segmentos:<br />
1º preço confiança, marca Norauto,<br />
marcas Premium e produtos<br />
ecológicos.<br />
Para além disso estamos a alargar<br />
a nossa oferta de produtos e<br />
serviços na oficina a um conceito de<br />
mobilidade, que inclui, o segmento<br />
duas rodas (scooter, bicicletas).<br />
58<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
zona de influência de uma Norauto,<br />
temos que ter em consideração enquanto<br />
concorrente e merece o nosso<br />
respeito.<br />
Os pneus fazem parte do<br />
negócio da Norauto que<br />
possui mesmo um marca<br />
própria de pneumáticos<br />
NORAUTO<br />
Sede: Av. <strong>dos</strong> Cavaleiros, nº 49<br />
2794-057 Carnaxide<br />
Responsável: Miguel Costa<br />
Telefone: 214 250 880<br />
Fax: 214 250 899<br />
E-mail: n.d.<br />
Internet: www.norauto.pt<br />
gestone, Firestone, Pirelli, Goodyear, Continental,<br />
Dunlop) e uma marca Budget (1º<br />
Preço Confiança).<br />
Para além <strong>dos</strong> pneus, temos todo o tipo de<br />
prestação de serviços na oficina relaciona<strong>dos</strong><br />
com os pneus.<br />
A Norauto é um verdadeiro especialista de<br />
pneus.<br />
Que tipo de peças incorporam nos carros<br />
<strong>dos</strong> vossos clientes?<br />
Peças com qualidade equivalente à origem<br />
e sempre de acordo com a norma ou homologação<br />
específica que o modelo automóvel<br />
exija.<br />
A Norauto aposta em algumas marcas<br />
própria. Isso é uma mais valia para o seu<br />
ngeócio?<br />
É uma mais valia para o negócio e para<br />
o cliente.<br />
Os produtos de marca Norauto, têm<br />
um caderno de encargos específico,<br />
tendo por base a qualidade das marcas<br />
líderes.<br />
A concorrência da Norauto está nas<br />
casas de pneus, nas oficinas<br />
independentes ou nas marcas<br />
automóveis?<br />
Dependendo da localização, do tipo de<br />
produto e de serviço, a concorrência da Norauto<br />
abrange diversos conceitos: concessionário,<br />
oficinas independentes, especialista<br />
pneus, auto centro, fast fit, hipermercado…<br />
A partir do momento que um potencial<br />
cliente da Norauto, possa adquirir um produto,<br />
serviço ou ambos, noutro local da<br />
Qual a razão do conceito auto centro<br />
demorar tanto tempo a crescer em<br />
Portugal?<br />
O mais importante é crescer de forma<br />
sustentada, que permita um desenvolvimento<br />
de forma durável e sempre<br />
orientado para prestar o melhor serviço<br />
ao cliente.<br />
Cada insígnia segue uma estratégia<br />
própria e em função disso tem o seu ritmo<br />
de desenvolvimento.<br />
O fundamental para a Norauto, é que<br />
cada insígnia de auto centro preste um<br />
bom serviço ao cliente, de forma a cimentar<br />
uma imagem de qualidade e de referência<br />
no sector da manutenção automóvel.<br />
Como analisa o mercado oficinal em<br />
Portugal, e qual o caminho que ele vai ter?<br />
Pensa que as pequenas oficinas<br />
tradicionais têm os dias conta<strong>dos</strong>?<br />
As pequenas oficinas continuarão a ter um<br />
papel importante no mercado português, assim<br />
como acontece nos outros países.<br />
Existe uma rápida evolução tecnológica<br />
<strong>dos</strong> automóveis e as pequenas oficinas terão<br />
que repensar o seu modelo de negócio e<br />
nas prestações que poderão oferecer aos<br />
clientes.<br />
O mercado português está muito atomizado<br />
e é natural que haja um ajustamento,<br />
reflexo também das escolhas <strong>dos</strong> automobilistas.<br />
Na sua opinião quais são os pontos fortes<br />
da Norauto, isto é, onde é que a Norauto se<br />
diferencia claramente da concorrência?<br />
São vários, os factores que fazem da Norauto<br />
a primeira escolha <strong>dos</strong> nossos clientes.<br />
O atendimento ao cliente, a largura e<br />
profundidade das gamas, o preço, a informação<br />
na loja, a conveniência <strong>dos</strong> horários de<br />
abertura (abertos to<strong>dos</strong> os dias semana) e<br />
das diferentes localizações no país. O facto<br />
de a Norauto proporcionar continuamente<br />
formação aos seus colaboradores, faz com<br />
que estejamos prepara<strong>dos</strong> para responder<br />
com qualidade e de forma transparente às<br />
expectativas <strong>dos</strong> nossos clientes. Trabalhamos<br />
diariamente para proporcionar um nível<br />
superior de qualidade na prestação do serviço<br />
fornecido ao cliente e optimizamos a<br />
transparência <strong>dos</strong> processos na loja e na oficina.<br />
Isso acaba por reflectir a escolha <strong>dos</strong><br />
nossos clientes que saem da Norauto com a<br />
garantia de satisfação. ■<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
59
ENTREVISTA<br />
Eustaquio Andrés Sanchez, Presidente do Grupo Andrés<br />
DIMENSÃO IBÉRICA<br />
É um <strong>dos</strong> principais distribuidores<br />
independentes de pneus na Península Ibérica,<br />
que possui uma forte presente comercial em<br />
Portugal. O Grupo Andrés é um colosso da<br />
distribuição de pneus, que desde a sua origem<br />
vende pneus no nosso país.<br />
Desde as suas origens como uma<br />
pequena loja pneus em Salamanca,<br />
há quase 30 anos atrás, o seu<br />
fundador e presidente Eustaquio Andrés<br />
Sanchez tornou o Grupo Andrés Pneumáticos<br />
no primeiro distribuidor exclusivo e independente<br />
de pneus da Península Ibérica.<br />
A REVISTA DOS PNEUS entrevistou Andrés<br />
Sanchez Eustaquio, profundo conhecedor<br />
do sector <strong>dos</strong> pneus, que nos falou desta<br />
dinâmica empresa Espanhola.<br />
O que é actualmente o Grupo Andrés?<br />
É a referência no sector da distribuição de<br />
pneus. O Grupo está estabelecido com a opção<br />
mais sólida e rentável para os profissionais<br />
do sector <strong>dos</strong> pneus, que enfoca toda a<br />
sua estratégia na procura constante da máxima<br />
rentabilidade para os seus clientes.<br />
As nossas fontes de abastecimentos são<br />
os principais fabricantes de pneus do mundo,<br />
pelo que a nossa solidez e o nosso poder<br />
de compra nos permite praticar um excelente<br />
e dinâmico preço de venda.<br />
Desde quando é que o Grupo Andrés vende<br />
pneus em Portugal?<br />
Desde o seu início, isto é, praticamente há<br />
30 anos atrás, simplesmente devido à proximidade<br />
da fronteira com Portugal. Contudo,<br />
quando nos integramos realmente na União<br />
Europeia foi quando se deu início à distribuição<br />
e venda ordenada, oferecendo to<strong>dos</strong> os<br />
nosos serviços em Portugal<br />
Como surgiu a ideia de vender pneus em<br />
Portugal?<br />
60<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
As vendas via internet geram cerca de 60%<br />
das encomendas que o Grupo Andrés recebe<br />
<strong>dos</strong> retalhistas<br />
A proximidade fronteiriça foi uma das razões,<br />
mas a rapidez no serviço de entrega<br />
juntamente com a manutenção de um elevado<br />
stock acabou por facilitar a nossa expansão<br />
em cidades como Lisboa e Porto, criando<br />
uma procura natural que nos permitiu desenvolver<br />
a infra-estrutura adequada.<br />
Quantos pneus vendem anualmente?<br />
Temos um grupo de 30 profissionais que<br />
fazem o atendimento telefónico ao cliente<br />
em Espanhol, Português ou Inglês sendo assessora<strong>dos</strong><br />
comercialmente em relação à<br />
compra <strong>dos</strong> seus pneus.<br />
A eficácia destes profissionais permite<br />
atender cerca de 1.500 telefonemas por dia,<br />
gerindo 7.000 pedi<strong>dos</strong> por semana, o que nos<br />
leva a realizar até 400.000 envios de pneus<br />
anuais. Com os mais modernos meios de comunicação<br />
e um call-center de última geração,<br />
o contacto com o cliente é agilizado e a<br />
espera é mínima.<br />
Para uma maior visibilidade e eficiência,<br />
temos a página web mais avançada do mercado,<br />
que gere cerca de 60% das encomendas<br />
através dela. Com a ajuda dessas ferramentas,<br />
as nossas vendas atingiram um total<br />
de 2.500.000 pneus (cerca de 1.000.000<br />
unidades em Portugal).<br />
Qual o stock médio de pneus?<br />
Temos cerca de 400.000 pneus em média<br />
no nosso armazém de Salamanca.<br />
Qual a dimensão do vosso armazém? Tem<br />
mais que um armazém?<br />
Como distribuidor independente, o Grupo<br />
André é o maior operador de pneus da Península<br />
Ibérica.<br />
Diariamente são expedi<strong>dos</strong> do nosso armazém<br />
mais de 8.000 pneus que correspondem<br />
a cerca de 1.000 envios diários para<br />
Portugal e Espanha.<br />
Também diariamente descarregamos<br />
mais de 8.000 pneus de mais de 20 marcas<br />
diferentes nos nossos 40.000 m2 de armazéns.<br />
Dispomos para o efeito de vários armazéns,<br />
to<strong>dos</strong> eles na zona de Salamanca e arredores,<br />
o que nos facilita muito em termos<br />
de disponibilidade imediata.<br />
Como funcionam em termos logísticos? Fazem<br />
entregas em 24 horas em qualquer lugar<br />
de Portugal?<br />
Com uma ampla e variada logística e trabalhando<br />
com as melhores empresas nacionais<br />
e regionais do sector, entregamos<br />
os pneus em toda a Península Ibérica em 24<br />
horas em 90% <strong>dos</strong> casos, sendo os restantes<br />
10% em 48 horas.<br />
Quantas marcas de pneus comercializam?<br />
Quais são as principais?<br />
Trabalhamos mais de 20 marcas de pneus<br />
para oferecer a gama mais diversificada<br />
possível aos nossos clientes.<br />
As marcas mais importantes são as de<br />
maior procura, que por sinal são também as<br />
<strong>dos</strong> maiores fabricantes de pneus.<br />
O Grupo Andrés possui alguma marca própria<br />
de pneus?<br />
Não dispomos de uma marca própria, porque<br />
entendemos que a procura de produtos<br />
e a variedade de gama muda muito rapidamente.<br />
Contudo, em Espanha somos distribuidores<br />
exclusivos da Nankang e na Península<br />
Ibérica da marca Triangle, Deestone e Dong<br />
Ah.<br />
Dominando a distribuição, o grupo Andrés<br />
tem alguma rede de retalho associada?<br />
Somos o único distribuidor de pneus que<br />
não tem uma rede de oficinas, já que a nossa<br />
política de empresa é vender e facilitar os<br />
nossos serviços a to<strong>dos</strong> os profissionais <strong>dos</strong><br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
61
ENTREVISTA<br />
Eustaquio Andrés Sanchez, diz que o<br />
mercado de pneus em Portugal vai<br />
profissionalizar-se cada vez mais<br />
Eduardo Salazar Sanchís (Director Geral), Javier Andrés Herrera (Director de Logística),<br />
Eustaquio Andrés Sanchez (Presidente), Iván Andrés Herrera (Director Comercial), Enrique<br />
Ferrero Revert (Director de Vendas e Marketing)<br />
pneus, oferecendo-lhes a tranquilidade de<br />
que nunca lhes iremos fazer concorrência.<br />
Dito de outra maneira. Um distribuidor<br />
que tenha uma rede de oficinas, somente<br />
pode vender a uma oficina (sua associada)<br />
em uma cidade, já que essa oficina é concorrente<br />
directa de outras oficinas na mesma<br />
cidade.<br />
A vossa gama de pneus incide apenas em<br />
pneus para veículos ligeiros ou também<br />
vendem pneus para veículos pesa<strong>dos</strong>, industriais<br />
e agrícolas?<br />
Dispomos de todo o tipo de pneus, desde<br />
os pneus para carro de mão e kart (jantes 4<br />
ou 6 polegadas), até aos enormes pneus industriais<br />
(jantes 25 ou 29 polegadas). Porém,<br />
o mais importante são os pneus de<br />
moto, turismo, 4x4, furgão, camião e agroindustrial.<br />
Que vantagens e pontos fortes tem o Grupo<br />
Andrés, face a outros operadores na distribuição<br />
de pneus?<br />
Temos diversas vantagens, algumas já faladas<br />
anteriormente, mas que aponto de seguida:<br />
- Disponibilidade de 400.000 pneus em<br />
stock;<br />
- Serviço, em Portugal 96% das entregas<br />
são feitas em 24 horas;<br />
- Somos a referência para ao mercado em<br />
termos de preço;<br />
- Não temos oficinas franchisadas e por<br />
isso não fazemos concorrência;<br />
- Página de pedi<strong>dos</strong> online con stock em<br />
tempo real, com inovadoras ferramentas<br />
de ajuda de venda ao cliente.<br />
- Atenção personalizada ao cliente, em português,<br />
das 9 horas da manhã até às<br />
20h15m.<br />
Têm algum acordo com algum operador de<br />
pneus em Portugal?<br />
A nossa distribuição é feita principalmente<br />
através de um único operador logístico que é<br />
a Coimbra Tir.<br />
Para quantas casas de pneus vendem em<br />
Portugal?<br />
O nosso sistema de distribuição permitenos<br />
chegar às pequenas casas de pneus e<br />
oficinas. Chegamos a mais de 2.000 pontos<br />
de venda em Portugal.<br />
Qual a vossa opinião sobre o mercado português<br />
de pneus?<br />
Na nossa opinião é um mercado muito exigente<br />
e que necessita de uma atenção especial<br />
face a outras merca<strong>dos</strong>, devido à crise<br />
económica que atravessa desde há alguns<br />
anos. Oferecemos a esse mercado os nossos<br />
melhores produtos aos melhores preços, o<br />
que tem servido a quem está no mercado em<br />
Portugal ter uma referência mais precisa do<br />
negócio.<br />
Acreditamos que Portugal está a ultrapassar<br />
a crise melhor que outros países europeus,<br />
talvez porque já tenha tocado no fundo<br />
e já começar a emergir.<br />
Como é normal, cada vez vamos ter mais<br />
profissionais dedica<strong>dos</strong> à venda de pneus em<br />
Portugal. Para progredirem como um bom<br />
negócio, as oficinas estão a preparar-se<br />
para o futuro, dedicando mais recursos para<br />
o Marketing e Venda.<br />
O mercado português de pneus tenderá a<br />
profissionalizar-se cada vez mais e, por isso,<br />
será um negócio mais produtivo. ■<br />
GRUPO ANDRÉS<br />
Sede: Salamanca<br />
Espanha<br />
Presidente: Eustaquio Andrés Sánchez<br />
Telefone: (+34) 902 19 32 48<br />
Fax: (+34) 902 19 33 0<br />
E-mail: info@grupoandres.com<br />
Internet: www.grupoandres.com<br />
62<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
EMPRESA<br />
Albipneus<br />
NEGÓCIO MUNDIAL<br />
Quem conhece o pequeno posto de retalho da<br />
Albipneus em Castelo Branco não imagina a<br />
dimensão do negócio que lhe está associado.<br />
A Albipneus vende pneus para os quatro<br />
cantos do mundo.<br />
64<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
tem o nome Albipneus, movimenta qualquer<br />
coisa como 300.000 pneus entre retalho<br />
e distribuição, com uma facturação<br />
próxima <strong>dos</strong> 15 milhões de euros.<br />
Sérgio Louro e Joaquim<br />
Louro, pai e filho, ambos<br />
dedica<strong>dos</strong> ao negócio<br />
<strong>dos</strong> pneus<br />
As origens da Albipneus remontam<br />
a Janeiro de 1992, fruto de<br />
um desafio que Joaquim Louro<br />
(juntamente com outras pessoas) entendeu<br />
enfrentar, numa área de negócio que<br />
não tinha qualquer experiência, que eram<br />
os pneus. Na altura começou apenas com<br />
um montador de pneus, numa pequena<br />
instalação, mas nem com um ano de laboração<br />
a sociedade inicial desfez-se e Joaquim<br />
Louro deu início à Albipneus.<br />
O negócio cresceu, foram sendo realiza<strong>dos</strong><br />
acor<strong>dos</strong> e parcerias, sendo que em<br />
2005 a Albipneus dispunha de sete estabelecimentos,<br />
tendo ano após ano incrementado<br />
as suas vendas (quer em pneus<br />
de ligeiros quer de comerciais) e a sua<br />
facturação.<br />
Com a dinâmica de distribuição de<br />
pneus que já tinha em Portugal, a Albipneus<br />
começa a exportação em 2002, para<br />
em 2005 abrir um posto de retalho em Cáceres,<br />
sendo a única empresa portuguesa<br />
com presença na distribuição e no retalho<br />
em Espanha.<br />
Neste período, entre 2002 e 2005 a empresa<br />
cresceu 350% e com o posto de retalho<br />
aberto em Espanha, a exportação<br />
aumentou ainda mais, tendo-se atingido o<br />
pico de actividade em 2007, chegando aos<br />
3 milhões de euros de exportação.<br />
Em 2008 associado à Albipneus, nasceu<br />
o projecto Star Alliance, gerido por Sérgio<br />
Louro, que lançou a marca de pneus America,<br />
segundo um esquema de negócio<br />
que levou à constituição de uma rede de<br />
aderentes a este projecto.<br />
Actualmente ao Grupo Albipneus pertencem<br />
12 postos de retalho, apenas um<br />
Exportação<br />
A Albipneus tem crescido imenso ao<br />
nível da exportação, tendo neste momento<br />
presença em diversos países<br />
da Europa, nos Palop, Argélia, Brasil,<br />
entre muitos outros.<br />
Tal expansão não foi circunstancial,<br />
mas sim “um objectivo nosso,<br />
que passava pela divulgação da nossa<br />
empresa e <strong>dos</strong> nossos serviços<br />
em Portugal e no estrangeiro”, revela<br />
Joaquim Louro, administrador<br />
da Albipneus, acrescentando que<br />
“somos uma empresa que faz investigação<br />
permanente e que não<br />
fica de braços cruza<strong>dos</strong> à espera<br />
que as coisas aconteçam. Estamos em<br />
permamente evolução”.<br />
O ano de <strong>2009</strong> vai marcar mais um mudar<br />
de página na Albipneus, com a passagem<br />
da empresa a Sociedade Anónima.<br />
“Esta situação vai permitir uma maior<br />
abertura da empresa a determinadas expectativas<br />
que temos para o negócio”, diz<br />
Joaquim Louro, explicando que “nos vai<br />
permitir aumentar o grupo fazendo parcerias<br />
com a própria Albipneus, mas por<br />
outro lado, permitir que a Albipneus entre<br />
noutras empresas fazendo determinadas<br />
parcerias”.<br />
O objectivo da Albipneus é ter mais postos<br />
de atendimento ao público, já que ao<br />
nível da revenda a empresa considera que<br />
não pode aumentar muito mais o trabalho<br />
que tem sido feito pelos 300 parceiros<br />
“aos quais quero agradecer o trabalho<br />
que têm vindo a fazer connosco”, diz Joaquim<br />
Louro.<br />
Das 12 casas de retalho que estão na Albipneus,<br />
apenas a de Castelo Branco tem<br />
este nome. É neste espaço que estão centra<strong>dos</strong><br />
os serviços da Albipneus, onde<br />
existe a “central de compra”, sendo daí<br />
que é feita a distribuição para os outros<br />
postos e para a revenda.<br />
“Em cada uma das nossas 12 casas<br />
existe uma particularidade, pois cada uma<br />
tem um sócio-gerente independente que<br />
é o gestor do posto”, refere Joaquim Louro<br />
que esclarece que em cada uma tem<br />
pelo menos 50% da participação. Nenhum<br />
desses postos terá o nome Albipneus, até<br />
porque dessa forma se mantém a independência<br />
das mesmas e se potencia a<br />
sua identidade local.<br />
“Existe claramente uma vontade de fazer<br />
coisas novas. Sabemos que qualquer<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
65
EMPRESA<br />
Albipneus<br />
tipo de investimento tem que ser<br />
muito bem pensado e ponderado”,<br />
revela o mesmo responsável.<br />
Globalização<br />
Movimentando cerca de 300.000<br />
pneus por ano, mais do que muitos<br />
importadores que operam em Portugal,<br />
Joaquim Louro revela que<br />
isso só se consegue com “trabalho<br />
e com o excelente leque de colaboradores<br />
que temos”.<br />
Algo de que a Albipneus não se envergonha<br />
de dizer é que foi um <strong>dos</strong><br />
primeiros operadores a recorrer ao<br />
mercado paralelo, o que permitiu<br />
que a empresa “ajudasse a colocar<br />
melhores preços de pneus em Portugal,<br />
através da coragem que tivémos<br />
em ir a outros merca<strong>dos</strong>, mas também<br />
nos permitiu ter preços para exportação,<br />
o que nos levou a este crescimento”.<br />
Com números muito consideráveis de<br />
vendas de pneus no retalho, mesmo assim<br />
esta área representa apenas 20% da<br />
facturação da Albipneus, que assim alcança<br />
80% das vendas na distribuição.<br />
“Para <strong>2009</strong> o nosso objectivo, não havendo<br />
regressão nas vendas, pretendemos<br />
pelo menos manter o mesmo nível<br />
de facturação <strong>dos</strong> dois anos anteriores, o<br />
que era excelente devido à crise actual”,<br />
perspectiva Joaquim Louro.<br />
Retalho<br />
Falar do serviço na área do retalho é<br />
quase um chavão no mercado. Para a Albipneus<br />
tudo passa pela satisfação do<br />
cliente, mas um <strong>dos</strong> factores principais é<br />
o atendimento e a qualidade do serviço.<br />
“Sabemos que não somos baratos mas<br />
temos a certeza que também não somos<br />
caros, isto é, temos um preço adequado<br />
ao serviço que prestamos ao cliente e à<br />
qualidade que temos no mesmo”, revela<br />
Joaquim Louro que justifica o sucesso<br />
dessa aposta com o facto de “termos vindo<br />
a crescer em to<strong>dos</strong> os postos. Não se<br />
trata de um crescimento por baixa de<br />
preços ou promoções, mas sim pela qualidade<br />
do serviço que prestamos e pela<br />
confiança que incutimos no nosso cliente,<br />
que normalmente regressa aos nossos<br />
pontos”.<br />
Como se falou antes, os 12 postos Albipneus<br />
são independentes, tendo Joaquim<br />
Louro reconhecido algumas vantagens<br />
que poderiam existir numa unificação<br />
da imagem nomeadamente para as<br />
frotas, sendo essa uma situação que está<br />
em estudo na empresa.<br />
A Albipneus<br />
possui<br />
participações em<br />
mais 12 casas<br />
de pneus<br />
PROJECTO<br />
STAR ALIANCE<br />
Em finais de 2008, dentro da Albipneus nasceu o projecto Star Aliance, que surge da<br />
procura constante de novas oportunidades de negócio ao nível <strong>dos</strong> pneus.<br />
A Star Aliance lançou a marca de pneus America, permitindo que uma rede de casas<br />
de pneus tenha acesso exclusivo à comercialização desta marca.<br />
“Existem três palavras chave neste negócio: não existem escalões, promoções nem<br />
obrigações”, refere Joaquim Louro, explicando que “ao contrário de todas as marcas o<br />
preço é o mesmo para quem compra um ou compra cem pneus America, não há promoções<br />
pois o preço mantém-se estável ao longo do ano, não se correndo o risco de se<br />
fazer maus negócios e, por úlitmo, não há obrigações porque os aderentes à Star Aliance<br />
são livres de comprar quando querem”.<br />
Segundo o mesmo responsável “é um novo conceito de negócio, que não pressiona os<br />
aderentes, deixando-lhes a liberdade de decidir, de escolher e de comprar quando mais<br />
lhes convier”.<br />
SERVIÇO DE VIGILÂNCIA<br />
Dos muitos serviços que a Albipneus presta aos seus clientes, quer nos postos de retalho<br />
quer na distribuição, existe um que se destaca. Trata-se de um serviço de vigilância<br />
que funciona em toda a extensão da Auto-Estrada A23. “Temos uma brigada que<br />
está em alerta 24 horas, que se desloca a qualquer ponto da A23 sempre que for solicitado,<br />
prestando assistência a pneus nomeadamente na área <strong>dos</strong> pesa<strong>dos</strong>”, refere<br />
Joaquim Louro.<br />
Existem também acor<strong>dos</strong> com companhias de seguros (mesmo estrangeiras), que recorrem<br />
a este serviço de “piquete”, utilizando-se para o efeito uma carrinha adaptada a<br />
este serviço.<br />
66<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
ALBIPNEUS<br />
Sede: Estrada Cruz de Montalvão, 17<br />
6000-197 Castelo Branco<br />
Gerente: Joaquim Louro<br />
Telefone: 272 324 544<br />
Fax: 272 324 542<br />
E-mail: louro.sergio@gmail.com<br />
Internet: -<br />
A Albipneus movimenta<br />
cerca de 300.000 pneus<br />
por ano das mais diversas<br />
marcas e origens<br />
A Albipneus vai inaugurar no<br />
final do ano um novo posto de<br />
assistência a pneus em<br />
Castelo Branco<br />
Distribuição<br />
Na área da distribuição, o stock da Albipneus<br />
possui dois armazéns principais,<br />
com uma capacidade de 7.000 m2 onde<br />
estão em média cerca de 40.000 pneus.<br />
“Na componente de exportação, existe<br />
uma grande parte <strong>dos</strong> pneus que vendemos<br />
que nem sequer passam pelos nossos<br />
armazéns, pois vão do fabricante para<br />
o cliente final, onde funcionamos numa<br />
lógica de central de compra”, revela Joaquim<br />
Louro.<br />
Para além de distribuição com meios<br />
próprios, a Albipneus tem contrato com<br />
empresas especializadas em distribuição<br />
que asseguram essa função em Portugal<br />
mas também no estrangeiro.<br />
Muitos <strong>dos</strong> clientes em Espanha, França,<br />
itália, Alemanha, Bélgica, Holanda, Inglaterra,<br />
Túrquia, Marrocos, Argélia<br />
(pneus industriais), Palop e Brasil são casas<br />
de retalho, embora em certos casos<br />
se venda directamente ao cliente final.<br />
Não se concentrando apenas no pneu<br />
para veículos ligeiros, outra aposta da Albipneus<br />
está na grande diversidade de<br />
produto que dispõe no seu stock. “Essa é<br />
de facto uma aposta que fazemos, mesmo<br />
sabendo que estamos a trabalhar<br />
com clientes diferentes e com necessidades<br />
diferentes, mas queremos ter disponibilidade<br />
tanto no ligeiro como no pesado<br />
ou no agrícola”, revela Joaquim Louro.<br />
Com tantos operadores na área da distribuição<br />
que existem actualmente, o<br />
responsável da Albipneus diz que o mercado<br />
terá que se reajustar pois poderá<br />
não haver mercado para to<strong>dos</strong>, afirmando<br />
que “isto não é um poço sem fundo.<br />
Quem tiver mais estrutura e maior poder<br />
negocial vai conseguir manter-se competitivo”.<br />
Futuro<br />
A Albipneus está a fazer um<br />
forte investimento (cerca de um<br />
milhão e meio de euros) em novas<br />
instalações na zona industrial<br />
de Castelo Branco. Aqui<br />
existirá um grande armazém<br />
central, para concentrar o stock<br />
de pneus, ganhando-se por isso<br />
em sinergias na actividade de distribuição,<br />
mas também funcionará<br />
um novo posto de retalho com seis<br />
box´s para ligeiros e quatro para<br />
camiões. Numa área superior a<br />
5.000m2, <strong>dos</strong> quais 4.000m2 correspondem<br />
a construção, neste<br />
novo espaço, a inaugurar até finais<br />
de <strong>2009</strong>, funcionarão to<strong>dos</strong> os serviços<br />
da Albipneus. ■<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
67
EMPRESA<br />
Chaveca & Janeira<br />
DINAMIZAR O NEGÓCIO<br />
Implementada e consolidada no mercado <strong>dos</strong> pneus em<br />
Portugal, a Chaveca & Janeira, olha para o futuro com o<br />
optimismo de quem tem um imenso Know-how na área. O<br />
objectivo passa por conquistar mais mercado, também através<br />
do ambicioso projecto de vendas “on line”.<br />
Tem já mais de 50 anos a história da<br />
Chaveca & Janeira. Foi em 1957 que<br />
teve início a sua actividade, com a<br />
recauchutagem de pneus, actividade que<br />
manteve como principal até à entrada da década<br />
de 80.<br />
Essa actividade permitiu que a Chaveca &<br />
Janeira tivesse um contacto muito directo<br />
com outras casas de pneus, o que lhe abriu a<br />
oportunidade de entrar no comércio de<br />
pneus.<br />
O comércio passou a assumir grande preponderância<br />
no negócio de pneus da empresa,<br />
tendo Chaveca & Janeira apostado em<br />
duas vertentes, por um lado os postos próprios<br />
e, por outro lado, a distribuição.<br />
A dinâmica comercial que a empresa veio<br />
a incutir nos seus negócios levou a que a distribuição<br />
ganhasse um papel preponderante<br />
na actividade da empresa.<br />
Actualmente a Chaveca & Janeira faz distribuição<br />
de pneus para todo o país, sendo<br />
um negócio que pretende desenvolver, tal<br />
como o do retalho, onde a empresa dispõe<br />
das “Chaveca & Janeira Autoservice” em S.<br />
Brás de Alportel, Faro e Portimão.<br />
Para além do negócio de pneus a Chaveca<br />
& Janeira distribui também os lubrificantes<br />
Shell para toda a região do Algarve, sendo<br />
ainda distribuidor de jantes (Mille Miglia e<br />
Tora).<br />
Não sendo uma actividade industrial, a<br />
Chaveca & Janeira dispõe ainda de equipamento<br />
para fazer a reparação e rectificação<br />
de jantes, o que poucas casas podem ofere-<br />
68<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
A certificação deu uma maior dinâmica aos<br />
negócio da Chaveca & Janeira<br />
Rui Chaveca,<br />
Administrador da Chaveca & Janeira<br />
cer naquela região do país. “Actualmente<br />
estamos muito focaliza<strong>dos</strong> na prestação de<br />
um serviço melhor e totalmente direccionado<br />
ao cliente”, diz Rui Chaveca, administrador<br />
da Chaveca & Janeira. O que muito contribuiu<br />
para esta nova dinâmica foi a certificação<br />
da empresa no ISO 9001 em 2008, o<br />
que nos deu “uma projecção muito importante<br />
junto de entidades públicas, como para<br />
concorrer a certas empresas que exigem a<br />
certificação por também elas serem certificadas”,<br />
sublinha o mesmo responsável, revelando<br />
o caso das empresas com frotas e<br />
de algumas rent-a-car, bem como alguns<br />
organismos públicos como Câmaras Muncipais,<br />
Região de Turismo do Algarve, entre<br />
outras, que permitiram aumentar as vendas<br />
nos postos de retalho da empresa.<br />
Aposta no “On line”<br />
Um <strong>dos</strong> projectos em que a Chaveca & Janeira<br />
mais se empenhou no último ano ao nível<br />
das distribuição foi nas vendas “on line”.<br />
Sendo um projecto muito importante e interessante<br />
para a empresa, que através dele<br />
tem vindo a conquistar novos clientes, Rui<br />
Chaveca, faz notar que “desde Fevereiro, altura<br />
em que fizémos os primeiros testes, no-<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
69
EMPRESA<br />
VENDAS “ON LINE”<br />
As vendas “on line” são uma das apostas de<br />
Rui Chaveca e da sua empresa para<br />
aumentar as vendas<br />
Uma das grandes apostas da Chaveca & Janeira<br />
para <strong>2009</strong> foram as vendas “on line”.<br />
O projecto foi lançado em 2008 mas só no início deste<br />
ano foram realiza<strong>dos</strong> os primeiros testes, para em<br />
Março se dar início às vendas “on line” propriamente<br />
ditas.<br />
Qualquer empresa que esteja ligada ao ramo oficinal<br />
ou ao retalho de pneus tem um determinado montante<br />
de crédito, sendo aberta uma conta e atribuído um<br />
login e uma password.<br />
Depois através do site www.chaveca-janeira.pt, o<br />
cliente acede ao stock e pode efectuar os pedi<strong>dos</strong>,<br />
sendo os pneus entregues até às 12 horas do dia seguinte (desde que o pedido seja até às<br />
16 horas do dia anterior).<br />
Tal como um pedido efectuado por telefone, os pedi<strong>dos</strong> “on line” não têm qualquer agravamento<br />
de custo, beneficiando o cliente das mesmas condições comerciais de qualquer<br />
outra forma de aquisição.<br />
Ter volume e disponibilidade de stock são<br />
factores chave para a empresa<br />
tamos que to<strong>dos</strong> os meses as vendas por via<br />
“on line” aumentam de forma exponencial”.<br />
Estas aposta no “on line” vem trazer ainda<br />
outros benefícios quer em termos de gestão<br />
quer de stock, já que vem trazer uma maior<br />
operacionalidade ao negócio da distribuição.<br />
“Vejo que o “on line” é o próximo passo na<br />
relação com os clientes e que terá imenso<br />
futuro, pois não só a informação é fiável,<br />
como é segura, como permite ao cliente ter<br />
acesso a todo o stock de forma rápida fazendo<br />
a transacção também de forma segura e<br />
rápida”, revela o administrador da Chaveca<br />
& Janeira.<br />
Muitas casas de pneus passaram a ser novos<br />
clientes da Chaveca & Janeira por via das<br />
vendas on line, mas esta ferramenta vai ainda<br />
trazer outras potencialidades.<br />
Para os concessionários a Chaveca & Janeira<br />
está a desenvolver uma ferramenta<br />
que lhes permita estar liga<strong>dos</strong> ao stock. Automaticamente<br />
cada concessionário poderá<br />
dar ao seu cliente orçamentos de pneus,<br />
bem como fazer reservas e/ou encomendas.<br />
Dessa forma evita-se que os concessionários<br />
façam stocks e possam dar mais serviço<br />
aos seus clientes.<br />
Outro passo importante na especialização<br />
e profissionalização do negócio da distribuição,<br />
foi o acordo feito entre a Chaveca & Janeira<br />
e DHL. Como tal a DHL responsabilizase<br />
pelas entregas de pneus em 24 horas<br />
após o pedido em qualquer ponto do país, o<br />
que “foi para nós uma mais-valia muito importante,<br />
que trouxe também novos clientes<br />
e mais vendas, permitindo que a Chaveca &<br />
Janeira esteja um pouco em contra-ciclo<br />
com o que se verifica no mercado” diz Rui<br />
Chaveca.<br />
A empresa ainda dispõe de distribuição<br />
própria mas é uma situação que gradualmente<br />
deixará de ter representatividade pois<br />
“a nossa especialidade é pneus, não a distribuição.<br />
Conseguimos actualmente entregar<br />
os pneus mais rapidamente do que quando<br />
utilizamos frota própria. Por outro lado temos<br />
meios informáticos que nos permitem<br />
seguir os pneus e acompanhar as entregas,<br />
o que é muito importante para o controlo da<br />
nossa actividade”, refere Rui Chaveca.<br />
Stock<br />
Outra aposta da Chaveca & Janeira tem<br />
sido no stock. “Aumentámos o nosso stock,<br />
não só porque importamos muitos pneus,<br />
mas para se ter capacidade de resposta é<br />
necessário ter stock”, diz Rui Chaveca, argumentando<br />
que “se quero servir todo o país<br />
não posso ter o mesmo stock quando servia<br />
só regionalmente”.<br />
Apresentando um elevado volume de entradas<br />
e saídas de pneus em armazém, a<br />
Chaveca & Janeira tem uma média de 18.000<br />
pneus stock.<br />
A variedade de pneus é também uma mais<br />
valia para a Chaveca & Janeira. Para além<br />
<strong>dos</strong> pneus ligeiros, a empresa algarvia possui<br />
também oferta ao nível <strong>dos</strong> pneus para<br />
veículos comerciais (ligeiros e pesa<strong>dos</strong>), 4x4,<br />
agrícola e moto.<br />
Em termos de marcas de pneus a Chaveca<br />
& Janeira não assume preferência nem depende<br />
de nenhuma, aproveitando as oportunidades<br />
que vão surgindo no mercado para<br />
comprar melhor e assim poder vender melhor.<br />
“Temos feito um grande trabalho na distribuição.<br />
Queremos estar presentes em todo o<br />
país, angariando novos clientes e quer o preço,<br />
quer a forma e rapidez com que estamos<br />
a entregar têm-nos trazido bons resulta<strong>dos</strong>”,<br />
afirma Rui Chaveca falando, em jeito<br />
de balanço, sobre a distribuição na Chaveca<br />
& Janeira.<br />
70<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
Ao nível do retalho a Chaveca & Janeira está<br />
apostada em investir em mais dois postos de<br />
assistência a pneus<br />
O MERCADO<br />
DOS PNEUS<br />
Rui Chaveca, administrador da Chaveca &<br />
Janeira é um conhecedor profundo do negócio<br />
<strong>dos</strong> pneus e da evolução que o mesmo<br />
tem tido em Portugal.<br />
Qual é a sua opinião sobre o mercado <strong>dos</strong><br />
pneus em Portugal?<br />
Noto que cada vez se está a vender pneus<br />
mais económicos e que as marcas premium<br />
estão com dificuldade em entrar no<br />
mercado muito por culpa <strong>dos</strong> brookers de<br />
pneus que são muito competitivos em termos<br />
de preço.<br />
O sector está em dificuldades?<br />
Sinto que existe muita necessidade de “dinheiro”.<br />
As dificuldades de cobrança são<br />
grandes e toda a cadeia de valor neste mercado<br />
acaba por se ressentir disso mesmo.<br />
E qual a razão para existirem dificuldades<br />
de cobrança?<br />
A margem do negócio caiu. Isso é ponto<br />
assente. Antes o negócio <strong>dos</strong> pneus dava<br />
para tudo e agora já não dá. Muitas casas<br />
não se preocupam com a gestão do negócio<br />
e entraram em dificuldades. Não há organização,<br />
não há método e o resultado<br />
para essas casas tem sido desastroso,<br />
pois os pneus geram margens muito reduzidas.<br />
Qual é a solução?<br />
A solução passa por trabalhar de forma profissional, controlando os custos e dando serviço<br />
de qualidade ao cliente.<br />
E quanto à Chaveca & Janeira?<br />
Nós temos vendido mais pneus e estamos um pouco em contra-ciclo com o mercado. Temos<br />
trabalhado muito, apostámos na certificação o que nos deu mais uma arma para trabalhar<br />
o negócio. O nosso objectivo agora passa por alargar a nossa rede de distribuição.<br />
Retalho<br />
Cerca de 30% da actividade da Chaveca &<br />
Janeira está concentrada no retalho, mais<br />
concretamente nos três postos de pneus e<br />
serviços que a empresa tem no Algarve.<br />
Também nesta área se esperam novidades,<br />
como nos disse Rui Chaveca, atendendo<br />
a que o objectivo passa por abrir mais duas<br />
unidades de serviço.<br />
“Estamos a trabalhar muito bem na zona<br />
de Albufeira, onde temos muitos clientes e,<br />
por isso, sentimos a necessidade de abrir lá<br />
um posto”, revela Rui Chaveca.<br />
A outra aposta será na zona de fronteira,<br />
abrindo um posto em Ayamonte (Espanha)<br />
que servirá também para incrementar a distribuição<br />
naquela zona do país vizinho.<br />
Em termos de conceito de serviço, os postos<br />
da Chaveca & Janeira também têm vindo<br />
a ampliar a oferta de serviços aos clientes.<br />
“O pneu continua a ser a nossa especialização,<br />
mas vamos um pouco atrás daquilo<br />
que os nossos clientes nos pedem. Por isso,<br />
crescemos muito nas mudanças de óleo e<br />
noutros serviços, prestando sempre a mesma<br />
qualidade de serviço que temos nos<br />
pneus, até porque a certificação assim nos<br />
obriga”, afirma Rui Chaveca. ■<br />
CHAVECA & JANEIRA<br />
Sede: Rua do Colégio<br />
8150-132 São Brás de Alportel<br />
Administrador: Rui Chaveca<br />
Telefone: 289 840 840<br />
Fax: 289 840 849<br />
E-mail: info@chaveca-janeira.pt<br />
Internet: www.chaveca-janeira.pt<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
71
EMPRESA<br />
StationMarché / Roady<br />
UM NOVO CICLO<br />
O StationMarché iniciou um “novo” percurso na sua história.<br />
A estratégia tem dois vectores muito distintos, por um lado<br />
o reforço da parceria com os seus fornecedores e, por<br />
outro, a mudança de imagem e de nome. O StationMarché<br />
vai passar a chamar-se “Roady”.<br />
Em 1998 abriu na Charneca da Caparica<br />
o primeiro centro auto Stationmarché.<br />
Até aos dias de hoje a rede<br />
de centros autos com esta insígnia cresceu<br />
sustentadamente, chegando às 28 lojas / oficinas<br />
abertas em Portugal. Até final de <strong>2009</strong><br />
a expectativa <strong>dos</strong> responsáveis por este negócio,<br />
passa pela abertura de mais quatro<br />
centros auto. Sem dúvida uma demonstração<br />
de força e de vigor deste projecto num<br />
momento de crise económica e financeira.<br />
Ao longo destes 11 anos o conceito de centro<br />
auto desenvolvido pelo StationMarché<br />
nunca se desviou do seu rumo. Uma oficina e<br />
uma loja juntas num único espaço fazem um<br />
StationMarché que por sua vez está integrado<br />
dentro do chamado “Mercado <strong>dos</strong> Mosqueteiros”,<br />
isto é, todas as Insígnias do Grupo<br />
Os Mosqueteiros partilham a mesma<br />
área comercial.<br />
“O nosso objectivo desde o primeiro dia<br />
que foi crescer em números de centros auto<br />
para ter uma rede nacional. A nossa ideia é<br />
chegar aos 50 centros auto o mais rapidamente<br />
possível, pois dessa forma conseguiremos<br />
ter uma rede bem distribuída de norte<br />
a sul, e a partir daí penso que poderemos<br />
evoluir até aos 60 pontos de vendas”, refere<br />
Nuno Abreu, actualmente responsável pela<br />
insígnia Stationmarché.<br />
O Algarve vai ter em Setembro o primeiro<br />
Stationmarché, o que permite que em todas<br />
as principais cidades portuguesas nas principais<br />
regiões do país exista pelo menos um<br />
Stationmarché.<br />
72<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
Nuno Abreu, é o responsável do StationMraché em Portugal, tendo a<br />
seu cargo nesta altura a nova dinâmica da empresa<br />
Reforçar parcerias<br />
No passado mês de Junho, o StationMarché<br />
reuniu com os seus fornecedores para<br />
lhes apresentar a nova estratégia.<br />
“Muitos <strong>dos</strong> nossos fornecedores estão<br />
connosco há 10 anos e já nos conhecem muito<br />
bem, pelo que a ideia desta reunião passou<br />
pelo reforço da parceria com cada um<br />
deles, mas também apresentar-lhes tudo<br />
aquilo que estamos a fazer e que iremos mudar<br />
no futuro”, revela Nuno Abreu.<br />
A ideia estratégica do StationMarché passa<br />
por transformar o tradicional conceito de<br />
fornecedor num conceito mais amplo e mais<br />
actual, que é o da parceria, com atitudades<br />
mais pró-activas e dinâmicas na relação que<br />
existe entre ambas as partes.<br />
“Existem muitas áreas em que se podem<br />
desenvolver parcerias, para além da área<br />
comercial” diz o responsável pela insígnia<br />
StationMarché explicando que na área da<br />
formação, na área técnica e noutras áreas<br />
pode-se fazer um trabalho de parceria que<br />
traga mais valor para o cliente final através<br />
das prestação de mais e melhores serviços<br />
“mantendo uma política de qualidade / preço<br />
muito orientada para o consumidor”.<br />
Existindo uma cultura de grande distribuição,<br />
que está inerente ao Grupo Os Mosqueteiros,<br />
daí existir a vertente loja dentro do<br />
StationMarché, existe também uma aposta<br />
clara nos serviços da área oficinal.<br />
“To<strong>dos</strong> os centros auto StationMarché já<br />
estão equipa<strong>dos</strong> com máquina de diagnóstio,<br />
equipamento de ar condicionado, entre muitos<br />
outros, que nos permitem oferecer um<br />
serviço muito técnico”, revela Nuno Abreu,<br />
dizendo que “sempre foi nossa preocupação<br />
a formação <strong>dos</strong> técnicos e fazer um acompanhamento<br />
tecnológico adequado nos centros<br />
autos. Vamos transmitir mais para o<br />
cliente final esse esforço técnico que temos<br />
feito, embora muitos <strong>dos</strong> clientes já nos conheçam.<br />
A nossa mudança de imagem também<br />
incidirá mais sobre a componente oficinal”.<br />
Para se ter uma ideia do investimento feito<br />
na formação pelo StationMarché (lembre-se<br />
que o Grupo Os Mosqueteiros possui uma<br />
Academia de Formação), até finais de Maio,<br />
foram dadas mais de 6.000 horas de formação,<br />
tendo sido forma<strong>dos</strong> mais de 600 colaboradores<br />
na insígnia (para além das reciclagens<br />
de formação aos actuais colaboradores).<br />
Os responsáveis do StationMarché em Portugal juntaram cerca de 100 parceiros de negócio,<br />
incluíndo fornecedores, para apresentar a nova estratégia<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
73
EMPRESA<br />
PNEUS SÃO IMPORTANTES<br />
Dos muitos serviços que desenvolve, os centro StationMarché (Roady a partir de Setembro)<br />
desenvolvem também a área <strong>dos</strong> pneus.<br />
Tem sido feita comunicação específica nessa área <strong>dos</strong> pneus, através de promoções,<br />
propondo esta insígnia uma oferta alargada e com soluções específicas muitas vezes negociada<br />
em parceria com os clientes.<br />
Para Nuno Abreu, responsável pela insígnia “os pneus são importantes para nós. É um<br />
produto que vendemos em loja e que potenciamos na oficina através <strong>dos</strong> diversos serviços<br />
que prestamos”.<br />
Sem revelar a representatividade e o peso que os pneus ocupam neste negócio, Nuno<br />
Abreu argumenta que “eles são tão importantes para o negócio como outros produtos”.<br />
Certo, para o responsável pela insígnia, é que o profissionlismo do serviço de pneus é<br />
grande “acima de tudo pelo investimento que temos feito na formação”.<br />
Para Nuno Abreu, o nome Roady vai entrar<br />
facilmente na mente <strong>dos</strong> automobilistas<br />
portugueses<br />
STATIONMARCHE<br />
Sede: Lugar do Marrujo, Bugalhos<br />
2384-004 Alcanena<br />
Responsável Insígnia: Nuno Abreu<br />
Telefone: 249 880 300<br />
Fax: 249 891 375<br />
E-mail: geral@mosqueteiros.com<br />
Internet: www.mosqueteiros.com/station<br />
Mudança de nome<br />
Os centro autos StationMarché vão passar<br />
a ter a designação Roady já a partir de Setembro.<br />
Trata-se de uma profunda remodelação,<br />
com implicações a diferentes níveis,<br />
seguindo uma orientação internacional,<br />
atendendo que há dois anos, em França, já é<br />
usado o nome Roady.<br />
Se a principal razão da mudança é essa,<br />
nem por isso esta insígina vai deixar de aproveitar<br />
a oportunidade para dar uma nova visibilidade<br />
aos seus centros auto.<br />
“O objectivo é aproveitar esta mudança de<br />
nome e relançar a insígnia junto do cliente final,<br />
que passará por uma nova imagem nos<br />
centros, por um novo logotipo e por outras<br />
situações que já vinham sendo pensadas há<br />
algum tempo e que com estas alterações vamos<br />
agora implementar”, refere Nuno<br />
Abreu, acrescentando que “ao nível da oficina<br />
vai haver uma nova sinalética, mais apelativa<br />
face aos serviços que prestamos nos<br />
centros”.<br />
Relativamente ao nome Roady, Nuno<br />
Abreu não tem dúvidas que “o mesmo ficará<br />
facilmente na cabeça <strong>dos</strong> cliente, até porque<br />
existe uma maior associação deste nome ao<br />
conceito de centro auto que temos vindo a<br />
desenvolver”.<br />
Para além da mudança de imagem em to<strong>dos</strong><br />
os centro auto, os responsáveis da insígnia<br />
têm montado um plano de comunicação<br />
(que passará por vários meios) de modo a<br />
potenciar o nome Roady e os serviços disponíveis<br />
para o grande público.<br />
A mudança de nome não implicará qualquer<br />
alteração na lógica de abertura de novos<br />
centro auto, que continuarão a abrir dentro<br />
<strong>dos</strong> chama<strong>dos</strong> “Mercado <strong>dos</strong> Mosqueteiros”,<br />
nem existirão alterações substâncias<br />
no conceito. “Vamos isso sim potenciar e<br />
aproveitar as sinergias de utilização do<br />
nome Roady, já existente em França, aproveitando<br />
algumas campanhas e alguns produtos<br />
com esta marca para os introduzir em<br />
Portugal” refere Nuno Abreu.<br />
O responsável da insígnia admite no futuro<br />
Há dois anos em França, apareceu o nome<br />
Roady, que agora vai também chegar a<br />
Portugal<br />
uma evolução no conceito Roady, com centros<br />
orienta<strong>dos</strong> um pouco mais para a oficina<br />
e não tanto para a componente loja, mas<br />
nesta fase o importante é “apostar sempre<br />
numa relação qualidade / preço que seja<br />
adequada às expectativas <strong>dos</strong> nossos clientes”,<br />
afirma Nuno Abreu.<br />
Face à concorrência, apesar de uma aposta<br />
em ser mais competitivo na vertente preço,<br />
o responsável pela insígnia não deixa de<br />
reforçar que “não interessa ter preços baixos<br />
e depois falhar em tudo o resto. Por isso<br />
temos investido muito na componente tecnológica<br />
<strong>dos</strong> nossos centros, como também<br />
na formação para termos uma variedade e<br />
uma qualidade de serviço que nos coloca um<br />
pouco à frente da nossa concorrência”.<br />
Em termos estratégicos, parte da divulgação<br />
da nova dinâmica da insígnia Roady vai<br />
passar pelo desporto automóvel em geral e<br />
pelos ralis em particular.<br />
O nome StationMarché tem sido presença<br />
constante ao nível ralis, onde ganhou bastante<br />
notoriedade, sendo actualmente uma<br />
das equipas de referência nesta modalidade<br />
e conhecida de muitos adeptos.<br />
“Queremos aproveitar a área <strong>dos</strong> ralis<br />
para potenciar a nova imagem Roady, pois<br />
tem sido uma área muito importante para<br />
nós”, concluiu Nuno Abreu. ■<br />
74<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
EMPRESA<br />
<strong>Pneus</strong> da Península / Vredestein<br />
FOCALIZAR NA IMAGEM<br />
A <strong>Pneus</strong> da Península tem vindo a apostar forte na imagem <strong>dos</strong><br />
seus produtos Vredestien junto do grande público, tendo<br />
desenvolvido diversas acções. Recentemente recebeu um<br />
argumento de peso que se chama Ultrac Cento, o mais<br />
moderno pneu da Vredestein.<br />
Se em determina<strong>dos</strong> merca<strong>dos</strong> da<br />
Europa o pneu Vredestein é já muito<br />
conhecido e apreciado, muito por<br />
culpa das excelentes referências e prémios<br />
que os diversos pneus da gama recebem nas<br />
mais diversas revistas especializadas, em<br />
Portugal a <strong>Pneus</strong> da Península tem vindo a<br />
apostar na visibilidade da marca.<br />
Presença em feiras de Tuning, associação<br />
da marca a figuras públicas, publicidade em<br />
rádio e na imprensa, pratrocínios diversos e<br />
apoio na imagem de casas de pneus (ver<br />
destaque), têm vindo a dar cada vez mais visibilidade<br />
à marca Vredestein.<br />
Novo pneu<br />
A Vredestein comemora 100 anos de existência.<br />
Por essa razão o nome do novo pneu<br />
da Vredstein é Ultrac Cento. Mas o Cento não<br />
se fica apenas por esta importante referência<br />
a um período histórico da Vredestein,<br />
pois introduz alguns avanços tecnológicos e<br />
introduz ainda na gama as não menos importantes<br />
questões ecológicas.<br />
Recorrendo novamente aos estúdios da<br />
Guigiario Design, o Cento está carregado de<br />
detalhes e pormenores no piso e na lateral<br />
do pneu, embora o desenho seja mais tradicional<br />
face, por exemplo, ao Sportrac ou ao<br />
Sessanta.<br />
O Ultrac Cento é um pneu de Verão bastante<br />
silencioso, que garante conforto e excelentes<br />
prestações em estradas secas ou molhadas,<br />
respeitando o meio ambiente.<br />
Para se obter estas performances o Cento<br />
recorre a uma mistura de borracha com alto<br />
teor de sílica que está livre de PCA, sendo<br />
construído com um total de 10 diferentes tipos<br />
de borracha.<br />
PNEUS DA PENÍNSULA<br />
Sede: Parque Industrial do Batel<br />
2890 – 161 Alcochete<br />
Administrador: Rui Veiga Carvalho<br />
Telefone: 212 348 330<br />
Fax: 212 348 332<br />
E-mail: geral@pneuspeninsula.com<br />
Internet: www.pneuspeninsula.pt<br />
Rui Veiga de Carvalho,<br />
Administraddor da <strong>Pneus</strong> da Península<br />
76<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
RM AUTO COM IMAGEM VREDESTEIN<br />
A RM Auto é uma empresa com mais de 20<br />
anos, que iniciou a actividade dedicando-se à<br />
venda de automóveis. Mais tarde evoluiu para<br />
as lavagens de automóveis profissionais e venda<br />
de acessórios, para em <strong>2009</strong> crescer para o<br />
sector <strong>dos</strong> pneus.<br />
Em Maio passado inaugurou as novas instalações<br />
“numa lógica de serviço diário, regular e<br />
constante, que serve também de suporte à nossa<br />
actividade de venda de automóveis”, refere<br />
Rui Mega, gerente da RM Auto.<br />
O posicionamento desta casa está direccionado<br />
para os pneus, mas sem esquecer o serviço<br />
rápido, nomeadamente as trocas de pastilhas,<br />
mudanças de óleo, filtros, entre outros, que<br />
não exijam uma componente muito técnica.<br />
Algo que é bem evidente na RM Auto é a imagem<br />
da Vredestein no exterior e no interior, que<br />
coincide com toda a decoração (em tons de<br />
azul) das instalações da empresa.<br />
“Apostámos na Vredestien pelo conhecimento<br />
que já tinhamos da marca e pela qualidade <strong>dos</strong><br />
seus produtos”, revela Rui Mega, afirmando<br />
que “houve também algum apoio em termos de<br />
imagem e publicidade da Vredestein, por parte<br />
da <strong>Pneus</strong> da Península. O resultado é muito positivo,<br />
porque o impacto da casa para o exterior<br />
é muito forte”.<br />
Mesmo comercializando outras marcas de<br />
pneus, a RM Auto vestiu a camisola da Vredestein<br />
até porque “com esta marca, na zona em<br />
que nos encontramos, não existe mais ninguém<br />
a vender. Isso é uma vantagem para nós em<br />
termos comerciais, mas também porque acreditamos<br />
que se trata de um pneu de grande<br />
qualidade”, revela Rui Mega.<br />
Muitos convida<strong>dos</strong> (retalhistas, imprensa e figuras públicas)<br />
assistiram ao lançamento do Ultrac Cento<br />
Os pneus Ultrac Cento foram coloca<strong>dos</strong> à prova no dia da sua<br />
apresentação com sessões de “drift”<br />
Este pneu apresenta um baixo nível de resistência<br />
à rodagem, sendo por isso silencioso,<br />
garantindo ao mesmo tempo uma redução<br />
do consumo de combustível.<br />
Os flancos são menos profun<strong>dos</strong> e mais rígi<strong>dos</strong><br />
o que influência e favorece a condução,<br />
mas também reduz o desgaste do pneu, por<br />
via igualmente da diminuição da resistência<br />
de rodagem.<br />
Outra característica deste pneu é a indicação<br />
SW na parte lateral do pneu, que já satisfaz<br />
as exigências europeias que estarão em<br />
vigor a partir de 2012 no que respeita ao ruído<br />
e aderência em chuva.<br />
Disponível nesta fase de lançamento em<br />
13 medidas, para jantes 16 e 17 polegadas e<br />
índice de velocidade Y (existente também em<br />
RunFlat), o Cento entra como um acrescento<br />
na gama Vredestien, embora em algumas<br />
medidas vá substituir (com o mesmo preço)<br />
o Sportrac 3, Ultrac e Ultrac Sessanta, deixando<br />
mesmo de existir o Sportrac 2.<br />
“Este pneu dá um contributo significativo,<br />
mesmo em termos de mercado, na percursão<br />
de um pneu mais ecológico, mais eficiente<br />
e mais seguro”, disse Rui Veiga Carvalho,<br />
administrador da <strong>Pneus</strong> da Península,<br />
na apresentação do Ultrac Cento.<br />
Para o mesmo responsável “a grande<br />
preocupação da Vredestein foi construir um<br />
pneu eficiente a to<strong>dos</strong> os níveis. Seja na produção<br />
seja depois no uso diário ao nível das<br />
performances, segurança ou em termos<br />
ambientes”.<br />
Ausente do primeiro equipamento o novo<br />
Cento, tal como os produtos Vredestein em<br />
geral, “é um pneu de tuning, no sentido restrito<br />
da palavra, já que representa uma melhoria<br />
das prestações do equipamento de<br />
origem. Por isso, as nossas expectativas de<br />
vendas são elevadas, até pelo excelente posicionamento<br />
de preço”.<br />
No futuro irão ser lançadas mais medidas<br />
do Ultrac Centro para jante superior a 17 polegadas.<br />
■<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
77
EMPRESA<br />
Recauchutagem Nortenha/Kraiburg<br />
A QUALIDADE DO<br />
RECAUCHUTADO<br />
A Recauchutagem Nortenha e a Kraiburg organizaram um<br />
workshop sobre recauchutagem de pneus. Presentes estiveram<br />
grandes transportadores e frotistas que ficaram a conhecer,<br />
entre outras coisas, como se faz a recauchutagem de um pneu.<br />
ARecauchutagem Nortenha é uma<br />
das principais empresas nacionais<br />
que se dedica ao negócio da recauchutagem<br />
de pneus. Ainda recentemente<br />
deu a conhecer alguns <strong>dos</strong> importantes investimentos<br />
que fez na sua fábrica, e que demos<br />
conta aqui na REVISTA DOS PNEUS,<br />
como seja a raspadora 3 em 1, uma máquina<br />
com capacidade para trabalhar jantes de 63<br />
polegadas.<br />
Os convida<strong>dos</strong> da Recauchutagem Nortenha<br />
e da Kraiburg tiveram oportunidade de<br />
fazer uma visita à fábrica e observar como<br />
são feitos os pneus recauchuta<strong>dos</strong>, bem<br />
como a forma como se comprova a qualidade<br />
<strong>dos</strong> mesmos e todo o parque tecnológica<br />
da empresa que tem sido alvo de sucessivas<br />
actualizações.<br />
Kraiburg<br />
Um <strong>dos</strong> pontos altos deste workshop foi a<br />
apresentação da Kraiburg e, acima de tudo,<br />
<strong>dos</strong> produtos para recauchutagem desta em-<br />
A Recauchutagem Nortenha organizou um<br />
Workshop sobre pneus recauchuta<strong>dos</strong><br />
78<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
GAMA KRAIBURG<br />
Em 2008, a Kraiburg lançou novas linhas de produto: K_base, K_tech e K_plus. Esta reformulação<br />
da gama de compostos permite que estes produtos estejam de acordo com a<br />
exigências futuras em matéria regulamentar.<br />
O objectivo estratégico desta nova gama de produtos passa por atender às necessidades<br />
do mercado, bem como às exigências <strong>dos</strong> clientes, através de um claro aumento do desempenho<br />
<strong>dos</strong> produtos em todas as áreas. Com uma maior diversificação da gama actual<br />
de produtos, a Kraiburg pretende ser o melhor parceiro possível sobretudo para viagens de<br />
longa distância com uma alta quilometragem.<br />
Linha K_base<br />
A nova linha K_base inclui cerca de 40 modelos que são adapta<strong>dos</strong> a cada área de aplicação<br />
(rodoviário/construção local ou regional) e é orientada em torno de uma quilometragem<br />
que ronda os 150.000 quilómetros. O composto desta linha (30% borracha sintética)<br />
possui excelente resistência ao desgaste e uma alta resistência ao corte e rasgo.<br />
Linha K_tech<br />
Esta nova linha K_tech, mais tecnológica, disponibiliza 18 desenhos diferentes, com uma<br />
gama de aplicações para reboques. Com um composto 100% borracha natural, apresenta<br />
como caracretísticas uma baixa resistência ao rolamento, um excelente comportamento<br />
térmico e uma alta resistência ao corte e rasgo.<br />
Linha K_plus<br />
Identificada como a linha premium, a K_plus é a nova linha da Kraiburg para longas viagens.<br />
Ela tem 13 desenhos altamente desenvolvi<strong>dos</strong> para utilização em todas as condições,<br />
seja em camiões ou autocarros. Excelente aderência e grandes quilometragens,<br />
este produto da Kraiburg permite aumentar em 25% a quilometragem de utização face<br />
aos antigos produtos.<br />
presa, que a Recauchutagem Nortenha usa<br />
para fabricar os seus pneus recauchuta<strong>dos</strong>.<br />
A Kraiburg é uma empresa Austríaca com<br />
mais de 40 anos de experiência na produção<br />
de produtos para recauchutagem, embora a<br />
história da empresa remonte a 1947, especializando-se<br />
no desenvolvimento de soluções<br />
em termos de desenho e compostos<br />
para recauchutagem em múltiplas utilizações.<br />
A Gummiwerk Kraiburg Áustria é uma empresa<br />
independente mas pertencente ao<br />
Grupo Kraiburg, que possui 12 fábricas em<br />
oito países, orientadas para a indústria da<br />
borracha, que emprega mais de 1.500 pessoas<br />
em todo o Mundo.<br />
Em Geretsberg existe a maior unidade de<br />
produção da Kraiburg que integra quatro divisões<br />
comerciais. A maior delas concentra<br />
as actividades do grupo em termos de aplicações<br />
para pneus, concentrando-se no desenvolvimento,<br />
produção e comercialização<br />
de semi-acaba<strong>dos</strong> e produtos acaba<strong>dos</strong> para<br />
a indústria do pneu.<br />
Utilizando a mais moderna tecnologia, que<br />
combina com sofistica<strong>dos</strong> processos de investigação<br />
e desenvolvimento, a Kraiburg<br />
desenvolve processos e produtos que superam<br />
os mais eleva<strong>dos</strong> padrões de qualidade.<br />
Orientada para o cliente e muito flexível, a<br />
política da Kraiburg passa não só por desenvolver<br />
produtos segun<strong>dos</strong> os seus critérios<br />
de qualidade, viabilidade económica, segurança<br />
e ecológicos, mas também em função<br />
<strong>dos</strong> benefícios que os clientes podem tirar.<br />
Seja para que tipo de utilização for (tráfego<br />
urbano, tráfego regional, off road, longa distância<br />
ou outra) a Kraiburg providencia sempre<br />
o tipo de piso correcto com um composto<br />
optimizado para essa fim.<br />
Refira-se ainda que a Kraiburg está certificada<br />
como o ISO 9001:2000 e ISO 14001 (gestão<br />
ambiental) o que é um garante da qualidade<br />
<strong>dos</strong> seus produtos.<br />
Acção<br />
Neste workshop estiveram também presentes<br />
a Continental, Michelin e Bridgestone,<br />
que mostraram a mais recente oferta ao<br />
nível de pneus para veículos pesa<strong>dos</strong>.<br />
Depois do almoço, já na pista de Guilhabreu,<br />
os presentes tiveram ainda oportunidade<br />
de participar em alguns exercícios simula<strong>dos</strong><br />
com veículos pesa<strong>dos</strong> (camiões e<br />
autocarros) da responsabilidade da CRM.<br />
Exercícios de prevenção do rollover, de<br />
travagens de emergência, de sub e sobre viragem<br />
e de simulação de capotamento, estando<br />
alguns <strong>dos</strong> pesa<strong>dos</strong> equipa<strong>dos</strong> com<br />
pneus Nortenha (e pisos Kraiburg), possibilitou<br />
aos convida<strong>dos</strong> avaliar as performances<br />
<strong>dos</strong> pneus. ■<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
79
TÉCNICA<br />
Conselhos Técnicos<br />
INSPECÇÃO E REPARAÇÃO<br />
DE PNEUS RUN FLAT<br />
Antes de iniciar uma<br />
reparação, os pneus<br />
Run Flat devem de ser<br />
examina<strong>dos</strong><br />
cuida<strong>dos</strong>amente de<br />
forma a encontrar o<br />
método mais adequado<br />
para a reparação a<br />
efectuar.<br />
Inspecção interna<br />
Antes de iniciar esta inspecção, desmonte completamente o pneu<br />
da jante. Tenha cuidado e evite molestá-lo. Siga estas recomendações<br />
para evitar os danos:<br />
ERRADO<br />
CERTO<br />
Em primeiro lugar deve-se ter atenção que podem ocorrer<br />
danos físicos ou ferimentos, em resultado do manuseamento<br />
de um pneu Run Flat após a sua rodagem em vazio, por<br />
esse motivo deve esperar que o pneu arrefeça antes de o manusear.<br />
Inspecção externa<br />
São visíveis abrasões ou outro tipo de dano nas paredes do pneu,<br />
no piso ou no talão? Em caso afirmativo, o pneu não pode ser reparado.<br />
No caso de não serem visíveis danos no pneu pode-se avançar<br />
para a fase da inspecção interna.<br />
Mas antes antes de reparar um pneu Run Flat, certifique-se de que<br />
nenhum selante em aerossol foi utilizado para encher ou selar o<br />
pneu. Os aerossóis podem conter gás combustível e altamente inflamável.<br />
Retire o núcleo da válvula do pneu ao ar livre e longe de qualquer<br />
fonte de calor, lume ou faísca.<br />
Certifique-se de que o pneu está completamente vazio antes de o<br />
tentar remover da jante.<br />
1 - Utilização correcta do descolador<br />
Os pneus Run Flat são mais espessos e mais rígi<strong>dos</strong>. Ao colocar o<br />
descolador a meio da parede lateral do pneu, dá origem a um esforço<br />
desajustado. A compressão em determinadas áreas do talão podem<br />
originar fracturas internas não visíveis. Certifique-se que o descolador<br />
é colocado perto da falange da jante, veja a imagem.<br />
2 - Sensores de pressão na válvula<br />
Os sensores utiliza<strong>dos</strong> nos sistemas directos de monitorização são<br />
peças electrónicas muito sensíveis que deverão ser tratadas com<br />
cuidado, ao desmontar ou montar os pneus. Tenha atenção à posição<br />
do sensor na jante, antes de montar ou desmontar o pneu.<br />
3 - Utilização de protecções plásticas<br />
Recomenda-se a utilização de protecções para to<strong>dos</strong> os acessórios<br />
que possam ficar em contacto com a jante - descolador, o ferro desmonta<br />
ou roletes. Os arranhões dentro da jante podem resultar em<br />
80<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS
COLABORAÇÃO:<br />
PUB<br />
ERRADO<br />
CERTO<br />
perdas de ar assim como danos no talão do pneu. Depois de removido<br />
em segurança, o pneu deve ser inspeccionado internamente, para<br />
se confirmar se é ou não adequado fazer a reparação.<br />
Início da inspecção<br />
NÃO<br />
NÃO<br />
1 - Existem alguns sinais de aparecimento de rugas no ombro, ou na<br />
parede do pneu, no seu interior,ou alguma mancha mais escura?<br />
Se sim, o pneu não pode ser reparado. No caso de não se verificarem<br />
rugas ou manchas no interior, o pneu pode ser reparado, desde<br />
que se apliquem os méto<strong>dos</strong> habituais de reparação.<br />
Os pneus Run Flat<br />
só podem ser<br />
repara<strong>dos</strong> na<br />
zona do piso.<br />
2. Limites para a reparação <strong>dos</strong> pneus Run Flat<br />
Só os pneus que sofrem furos na zona do piso e cumprem os parâmetros<br />
da inspecção podem ser repara<strong>dos</strong>, mas observe estas regras:<br />
A. Nunca repare pneus com piso inferior a 1,6 mm.<br />
B. Nunca repare pneus com furos de largura superior a 6 mm.<br />
C. O limite para a reparação de um pneu são 2 furos afasta<strong>dos</strong> 40 cm<br />
entre eles.<br />
D. A câmara de ar NÃO É UMA SOLUÇÃO para a reparação de pneus<br />
Run Flat. ■<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS<br />
81
COMPETIÇÃO<br />
Dunlop<br />
APOSTA NO DESPORTO<br />
A Dunlop tem apostado no desporto automóvel como uma<br />
ferramenta de marketing no posicionamento <strong>dos</strong> seus pneus.<br />
Na recente visita do Campeonato de Espanha de GT´s a Portugal,<br />
fomos conhecer um pouco mais desta faceta da Dunlop.<br />
Para além <strong>dos</strong> Porsche e Ferrari<br />
do Campeonato de Espanha de<br />
GT, do qual é fornecedor, a Dunlop<br />
apostou esta temporada no patrocínio<br />
ao Mini Challenge, um género de troféu<br />
monomarca, que utiliza a versão mais vitaminada<br />
do Mini, em seis eventos, sendo<br />
um deles em Portugal e os restantes em<br />
Espanha.<br />
Cerca de 50% <strong>dos</strong> Mini´s que se fabricam<br />
têm de origem pneus Dunlop, o que<br />
diz bem da ligação das duas marcas, pelo<br />
que sendo o Mini um produto de imagem e<br />
a Dunlop uma marca desportiva “faz todo<br />
o sentido prosseguir esta união na competição<br />
entre duas marcas que partilham valores<br />
comuns”, afirma Héctor Ares Torrón,<br />
responsável pelo departamento de<br />
Marketing e Relações Públicas da Dunlop<br />
na Península Ibérica, que assegura que<br />
“são produtos para pessoas que gostam<br />
de conduzir e de sentir a estrada”.<br />
Cada piloto do Mini Challenge utiliza<br />
pneus slicks, para pisos secos, fabrica<strong>dos</strong><br />
pela Dunlop Motorsport no Japão, com as<br />
medidas 215/45-17. Em caso de chuva, os<br />
pneus monta<strong>dos</strong> utilizarão sulcos adicionais,<br />
produzi<strong>dos</strong> neste caso em Inglaterra,<br />
que são diferentes <strong>dos</strong> pneus para pisos<br />
secos, tendo as medidas 205/45-17.<br />
Adicionando a Mini Challenge aos GT´s,<br />
a Dunlop trouxe ao Autódromo do Estoril<br />
cerca de 600 pneus, uma equipa de 18 elementos<br />
e muitos meios técnicos (camiões,<br />
máquinas de desmontar pneus, etc.).<br />
Em termos de desafio tecnológico com<br />
esta presença na Mini Challenge, Héctor<br />
Ares Torrón refere “sendo o Mini um automóvel<br />
do dia a dia, esta competição, que<br />
existe em vários países, permite-nos tirar<br />
alguns ensinamentos para os pneus que<br />
se utilizam nos carros de estrada. A competição<br />
permite-nos testar novos compostos<br />
e novas tecnologias que são uma importante<br />
mais valia para a Dunlop que<br />
aplica depois nos pneus que se vendem ao<br />
público”.<br />
Um <strong>dos</strong> exemplos disso é a fabricação<br />
de pneus com flancos em Kevlar, uma tecnologia<br />
que veio directamente da competição.<br />
Héctor Ares Torrón assegura que existe<br />
uma relação directa entre a competição, e<br />
neste caso a Mini Challenge, e as vendas<br />
de pneus Dunlop numa casa de pneus.<br />
“Sim, muitas vezes o cliente reconhece<br />
que Dunlop está na competição e, por isso,<br />
vamos continuar a apoiar e a estar presentes<br />
na competição”.<br />
Na Mini Challenge a Dunlop tem uma<br />
presença activa, utilizando-a como um<br />
instrumento de divulgação da sua imagem.<br />
Além <strong>dos</strong> três primeiros classifica<strong>dos</strong>,<br />
em cada corrida, vai haver outro vencedor<br />
muito especial, aquele que consiga<br />
a volta mais rápida, no seu Mini com pneus<br />
Dunlop. Este recebe um Troféu Dunlop.<br />
Em cada corrida, a Dunlop possui também<br />
uma tribuna especial, com convida<strong>dos</strong><br />
seus, que variam de evento para evento<br />
entre as 500 e as 1000 pessoas.<br />
Após as corridas, muitos desses convida<strong>dos</strong><br />
/ clientes (cerca de 400 no Estoril)<br />
tiveram oportunidade de conduzir diversos<br />
Mini´s com pneus Dunlop no circuito,<br />
em mais uma acção com a duração de<br />
quatro horas. Também especial foi a presença<br />
de clientes da rede Vulco, que<br />
acompanharam a Dunlop neste evento.<br />
Refira-se que a Dunlop possui uma história<br />
de 120 anos no desporto motorizado<br />
tendo obtido a sua primeira vitória na prova<br />
Paris-Viena de 1902. ■<br />
82<br />
REVISTA DOS<br />
PNEUS