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Visualizar Tese - Instituto de Biociências - Unesp

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Capítulo 1 – Discussão<br />

que corrobora a hipótese <strong>de</strong> que F. brasiliensis não a<strong>de</strong>ntra o estuário e <strong>de</strong>senvolve-se em<br />

locais próximos à costa <strong>de</strong>vido a sua preferência por salinida<strong>de</strong>s intermediárias entre o<br />

estuário e a região oceânica (Costa et al., submetido).<br />

Em relação ao número <strong>de</strong> indivíduos por transecto, ambas as espécies foram abundantes<br />

no transecto 6 <strong>de</strong>vido, possivelmente, a área <strong>de</strong>sse transecto ser uma porção mais abrigada<br />

da baía. Além disso, F. paulensis foi mais abundante no transecto 2 em conseqüência da<br />

gran<strong>de</strong> proximida<strong>de</strong> que este apresenta do estuário, o qual utilizam como berçário.<br />

Nas regiões com profundida<strong>de</strong>s superiores a 5 metros houve uma resposta semelhante<br />

das duas espécies à variação dos fatores ambientais, com preferência marcante <strong>de</strong> ambas<br />

por temperaturas mais altas (25,7 a 28,0°C) e dois picos <strong>de</strong> abundância para salinida<strong>de</strong>, o<br />

que sugere que esse fator não seja limitante nesse ambiente.<br />

O sedimento composto <strong>de</strong> grânulos <strong>de</strong> diâmetros maiores e uma região bastante<br />

abrigada (transecto 3) foram pontos cruciais para a presença <strong>de</strong> um maior número <strong>de</strong><br />

indivíduos capturados para as espécies <strong>de</strong> camarões-rosa F. brasiliensis e F. paulensis na<br />

enseada acima dos 5 metros <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong>. Apesar do sedimento mais fino observado na<br />

região do transecto 2, a gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> matéria orgânica po<strong>de</strong> ter sido um fator<br />

importante na abundância <strong>de</strong>ssas espécies encontrada nesse local, uma vez que, os padrões<br />

espaciais na abundância dos camarões, averiguados por Stoner (1988), sugeriram que a<br />

disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alimento po<strong>de</strong> ter uma influência significativa na captura das espécies <strong>de</strong><br />

Penaeus.<br />

Os resultados do presente estudo encontrados na parte mais funda da enseada<br />

corroboraram com os trabalhos <strong>de</strong> D’Incao (1991), Branco & Verani (1998a) e Chagas-Soares<br />

et al. (1995), com picos no verão e outono para F. brasiliensis e somente no outono para F.<br />

paulensis.<br />

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