Visualizar Tese - Instituto de Biociências - Unesp
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Consi<strong>de</strong>rações Finais<br />
CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />
Os resultados obtidos possibilitaram a averiguação dos padrões distribucionais e<br />
dinâmica <strong>de</strong> vida das fases iniciais para ambas as espécies, assim como um levantamento <strong>de</strong><br />
informações importantes para o manejo <strong>de</strong>stes importantes estoques pesqueiros da região<br />
estudada.<br />
Farfantepenaeus brasiliensis não a<strong>de</strong>ntrou o estuário amostrado da região <strong>de</strong><br />
Ubatuba, utilizando as áreas rasas da enseada como berçário, sendo assim encaixado no<br />
ciclo <strong>de</strong> vida do tipo 3 e não do tipo 2 como proposto na literatura. Na porção rasa essa<br />
espécie apresentou preferência por locais mais abrigados da enseada com temperaturas<br />
entre 21 e 27°C e salinida<strong>de</strong>s mais altas (entre 25 e 35‰). Em relação ao substrato foi mais<br />
abundante em áreas <strong>de</strong> sedimento muito fino e baixa porcentagem <strong>de</strong> matéria orgânica.<br />
Na região mais funda da baía F. brasiliensis foi, durante os dois anos amostrados,<br />
mais abundante no verão. Nessa região, preferiu temperaturas mais elevadas e salinida<strong>de</strong>s<br />
oceânicas (> 30‰) e foi mais abundante em locais mais abrigados, com sedimento composto<br />
<strong>de</strong> grânulos <strong>de</strong> maior diâmetro e baixa quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> matéria orgânica.<br />
Farfantepenaeus brasiliensis apresentou reprodução <strong>de</strong>scontínua com um único pico<br />
reprodutivo que se esten<strong>de</strong>u do final da primavera até o meio do verão. O recrutamento<br />
juvenil <strong>de</strong>ssa espécie, da porção rasa para as regiões mais profundas da baía, aon<strong>de</strong> esses<br />
recrutas chegam com tamanhos próximos <strong>de</strong> 14 mm <strong>de</strong> CC, ocorreu, normalmente, no final<br />
do verão e outono. Durante essa última estação observou-se o <strong>de</strong>slocamento da moda<br />
referente ao crescimento <strong>de</strong>sses indivíduos. No final do outono e <strong>de</strong> todo o inverno esses<br />
camarões migraram, a partir <strong>de</strong> 25 mm <strong>de</strong> CC, para regiões mais distantes da costa.<br />
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