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Visualizar Tese - Instituto de Biociências - Unesp

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Capítulo 1 – Discussão<br />

As diferenças na preferência <strong>de</strong> hábitat pelas espécies <strong>de</strong> camarões peneí<strong>de</strong>os<br />

observada pelo estudo <strong>de</strong> Macia, 2004 enfatizou a partição espacial para reduzir a<br />

competição por espaço e alimento. Estudos anteriores reportaram comportamentos<br />

similares (Staples et al., 1985; <strong>de</strong> Freitas, 1986; Primavera 1998; Ronnback et al., 2002).<br />

De forma geral, nossos resultados corroboraram com o encontrado nos estudos<br />

acima e também com o trabalho <strong>de</strong> Costa et al. (submetido), realizado na mesma região do<br />

presente estudo, indicando uma repartição por áreas <strong>de</strong> assentamento das formas juvenis<br />

<strong>de</strong> ambas as espécies, apontando que estas evitam permanecer nos mesmos hábitats e<br />

competir pelo alimento disponível, o que também justifica o fato <strong>de</strong> F. brasiliensis não<br />

a<strong>de</strong>ntrar a região estuarina.<br />

Desse modo, propõe-se que F. paulensis apresente uma maior tolerância à variação<br />

<strong>de</strong> salinida<strong>de</strong> e, provavelmente, a falta <strong>de</strong> estuários <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> extensão na região estudada<br />

possa ter influenciado na ausência <strong>de</strong> F. brasiliensis nesse tipo <strong>de</strong> ambiente, po<strong>de</strong>ndo<br />

resultar ainda na utilização <strong>de</strong> locais rasos da enseada como berçário por parte <strong>de</strong>ssa<br />

espécie, o que corrobora com o estudo realizado por Stoner (1988) na Lagoa Joyuda, Porto<br />

Rico.<br />

Assim sendo, sugere-se que, para a região <strong>de</strong> Ubatuba, F. brasiliensis se enquadre no<br />

ciclo <strong>de</strong> vida do Tipo 3, proposto por Dall et al. (1990), no qual os organismos utilizam<br />

regiões costeiras como berçário e, posteriormente, migram para regiões oceânicas para<br />

juntar-se a população adulta e se reproduzir. Ao mesmo tempo, F. paulensis pertence ao<br />

tipo II, uma vez que seus indivíduos juvenis utilizam regiões estuarinas como berçário e após<br />

seu <strong>de</strong>senvolvimento migram para regiões costeiras on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m permanecer algum tempo,<br />

ou então migram até áreas oceânicas para participar da reprodução.<br />

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