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Visualizar Tese - Instituto de Biociências - Unesp

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Consi<strong>de</strong>rações Finais<br />

Com relação aos padrões <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>, F. brasiliensis foi mais abundante no período<br />

noturno, o que sugere que essa espécie pertença ao primeiro grupo <strong>de</strong> enterramento<br />

proposto por Dall et al. (1990). As fêmeas <strong>de</strong>ssa espécie apresentaram maiores tamanhos e,<br />

no entanto, tiveram um comportamento semelhante ao dos machos.<br />

Farfantepenaeus paulensis invadiu a zona estuarina, utilizando esse ambiente como<br />

berçário para seu assentamento e <strong>de</strong>senvolvimento, o que caracteriza essa espécie como<br />

pertencente ao ciclo <strong>de</strong> vida do Tipo 2 (Dall et al., 1990). Nesse ambiente F. paulensis foi<br />

mais abundante no inverno seguido do final do verão e apresentou gran<strong>de</strong> tolerância frente<br />

às variações dos fatores abióticos amostrados. Na porção rasa da enseada essa espécie foi<br />

mais representativa no outono em locais próximos a estuários e preferiu temperaturas e<br />

salinida<strong>de</strong>s mais elevadas. Na porção mais funda da baía foi também mais abundante no<br />

outono em locais com sedimento <strong>de</strong> diâmetros maiores, no entanto, apresentou correlação<br />

positiva com a matéria orgânica, o que sugeriu que essa espécie permaneça, algum tempo,<br />

em áreas <strong>de</strong> sedimento mais fino com maior disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alimento. F. paulensis<br />

preferiu temperaturas mais elevadas e salinida<strong>de</strong>s oceânicas (> 30‰).<br />

Para F. paulensis foi observada reprodução contínua com dois picos anuais <strong>de</strong><br />

recrutamento observados na região estuarina, um menor no verão e outro no final do<br />

outono e início do inverno. Tal fato sugere que a época reprodutiva seja na primavera, com<br />

menor intensida<strong>de</strong>, e uma segunda e principal durante os meses do outono, o que foi<br />

comprovado pela enorme representativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> indivíduos nas classes iniciais <strong>de</strong> tamanho<br />

no final <strong>de</strong>ssa estação. Esses camarões abandonaram a região estuarina a partir <strong>de</strong> 12 mm<br />

<strong>de</strong> CC, po<strong>de</strong>ndo permanecer por algum tempo <strong>de</strong>ntro da enseada ou migrar para regiões <strong>de</strong><br />

maior profundida<strong>de</strong>. Os indivíduos <strong>de</strong>correntes do segundo recrutamento juvenil não foram<br />

capturados, provavelmente, porque muitas vezes esses recrutas efetuam migrações para<br />

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