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32 Outro ponto a destacar, é que no jornal impresso, os gráficos divulgados em uma edição da suíte não são recuperados no dia anterior, a menos que o leitor tenha comprado o jornal e procure novamente o gráfico para acessá-lo. O material publicado nos jornais é único e, é muito difícil que ele seja reimpresso no jornal, até mesmo porque o custo do papel é alto e muitos jornais estão optando por utilizar uma folha menor e opções mais baratas. Na Internet, todos os gráficos, fotos, mapas e materiais publicados em uma suíte podem ser recuperados no dia seguinte, através de um link. Basta um clique e o internauta acessa as informações e faz a pesquisa que desejar. Entre os grandes jornais brasileiros, a Folha de São Paulo foi a pioneira na iniciativa de permitir acesso online ao seu banco de dados de textos publicados. A história da atuação do jornal Folha de São Paulo na Internet começou em julho de 1995, com o lançamento do site FolhaWeb. Em dezembro de 1996, ocorreu uma fusão entre os sites da Folha de São Paulo e do Grupo Abril com o objetivo de criar um grande servidor de conteúdo na Internet. O site FolhaWeb , que já publicava a íntegra da edição impressa, desaparecia para dar lugar ao site da Folha de São Paulo dentro do Universo Online (UOL), empresa que resultou da fusão e que foi criada oficialmente em março de 1997. 1.2.4 Hipertextualidade O texto nem sempre é a melhor maneira de comunicar; mas com a utilização de recursos hipermidiáticos, como vídeo parado (fotos), vídeo em movimento (videoclipes) e áudio, além do texto e hipertexto em computador e do texto em papel (pois o conteúdo da Internet freqüentemente é impresso) integrados na mesma mensagem, pode-se transmitir uma informação mais verdadeira (aos olhos do telespectador), ou até mesmo impactante. A idéia do hipertexto eletrônico foi enunciada por Vannevar Bush em 1945, com a publicação do artigo As we may think. No material, o matemático e físico descrevia o funcionamento do Memex – MEMory IndDEX , dispositivo imaginário capaz de automatizar a recuperação de dados e, assim, ajudar estudantes face à explosão
33 de informações e à dificuldade em selecioná-las para uso em determinado momento. Bush percebeu que o problema estava na indexação: as informações eram organizadas de forma hierárquica e classificadas apenas sob uma única rubrica, enquanto que a mente humana funcionava de maneira diferente, por meio de associações. Então, propôs uma indexação associativa paralelamente à indexação clássica, em que os textos mantinham ligações entre si, independentemente da classificação hierárquica. A máquina imaginária de Bush abriu caminho para se configurar a textualidade virtual, com a concepção de blocos de textos unidos por links e dispostos em forma de rede. O termo “hipertexto” foi cunhado nos anos 60 por Theodore Nelson para exprimir a idéia de escrita/leitura não-linear em um sistema de informática. Segundo ele, o hipertexto representa a “escrita não seqüencial – texto que ramifica e permite escolhas do leitor, melhor lido em uma tela interativa. Como concebido popularmente, esse recurso constitui-se em uma série de pedaços de textos conectados através de links que oferecem ao leitor diferentes caminhos. Isso traduz-se em um conjunto de palavras, páginas, imagens, gráficos, seqüências sonoras, documentos complexos, não ligados linearmente, mas com conexões de modo reticular. Assim, o termo designa, na área de informática, a forma do texto eletrônico, nova tecnologia de informação e, ainda, o modo de publicação, sendo empregado também em outros campos de conhecimento, nos quais possui significados distintos. Do ponto de vista da tecnologia de informação, o hipertexto eletrônico funda-se em ambiente informático que, por um lado, favorece a interação amigável, com a representação icônica das estruturas de informação e dos comandos, a tela gráfica de alta resolução, os menus que orientam os usuários e o mouse, que permite uso de forma intuitiva. Por outro, revela os inconvenientes de uma superfície reduzida para acesso direto em um mesmo instante, como se fosse um pacote redobrado. Segundo Levy (1999), a estrutura do hipertexto constitui-se a partir de seis princípios, que se encontram interligados:
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