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Percurso para a Quaresma 2012 - FEC

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22 de Fevereiro | Quarta-feira de Cinzas<br />

DESENVOLVIMENTO PELO BEM COMUM<br />

A persistência da esperança<br />

2. A verdade da <strong>Quaresma</strong> reside na sinceridade com que nos relacionamos com Jesus Cristo, cuja Páscoa celebramos.<br />

Vivem da esperança aqueles que já experimentaram a realidade definitiva da Páscoa de Jesus, inauguração da vida<br />

definitiva; e, porque já a experimentaram, desejam a sua plenitude. A esperança é persistência no que já se tem, como<br />

fruto da nossa união a Cristo, e desejo de aprofundar essa vida nova. O próprio esforço de fidelidade está ligado à<br />

esperança. Só o Espírito Santo pode alimentar em nós esse desejo de plenitude.<br />

Num momento particularmente difícil que estamos a viver, são muitas as vozes a tentar suscitar a esperança. A esperança<br />

teologal engloba todas as realidades da nossa vida presente, que ganham em Cristo um sentido novo. A esperança é a<br />

virtude que nos ajuda a viver toda a realidade humana à luz da Páscoa de Jesus. A esperança exprime a fé no concreto da<br />

vida presente. Só a esperança teologal nos ajuda a não “desesperar” quando o sofrimento nos bate à porta.<br />

A primazia da caridade<br />

3. São Paulo afirma que, nesta vida presente, em que, unidos a Cristo, vivemos já as “primícias” do Reino dos Céus,<br />

permanecem a fé, a esperança e a caridade, mas que a maior é a caridade, a única que permanecerá no Reino definitivo<br />

(cf. 1Cor. 13, 8.13). Viver unido a Cristo é uma experiência de caridade: o amor com que Deus nos ama no Seu Filho e,<br />

com a força do amor de Deus, o amor com que nos amamos uns aos outros. A fé e a esperança são experiência do amor<br />

próprias da nossa situação de peregrinos do Reino dos Céus. Quando o cristão diz “eu creio”, no fundo ele diz: “eu amo” a<br />

Deus em Quem acredito; quando diz “eu espero”, ele diz: eu desejo deixar-me amar, e desejo amar de uma maneira cada<br />

vez mais generosa e total. É a caridade, vivida e desejada, que dá densidade à fé e à esperança.<br />

O amor dos irmãos<br />

4. O amor de Deus e o amor dos irmãos, <strong>para</strong> os cristãos, são um único amor, que é infundido no nosso coração pelo<br />

Espírito Santo. Quem ama a Deus, ama os irmãos. Se isso não acontecer, é porque o nosso amor a Deus não é sincero. A<br />

fé e a esperança exprimem-se, também, no amor fraterno.<br />

Compreende-se, assim, que o Santo Padre, ao desafiar-nos <strong>para</strong> uma <strong>Quaresma</strong> vivida na profunda união a Jesus Cristo,<br />

8 PASSOS NO CAMINHO DO DESENVOLVIMENTO | QUARESMA <strong>2012</strong><br />

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