BAHIA

FOTOS: © ZIG KOCK
pele. Os corajosos que aceitam este desafio rumam rio
Iguaçu acima a bordo de um barco que desliza sobre a
forte a correnteza, levando o grupo literalmente para
debaixo das cataratas. Entre gritos de medo e prazer, o
que fica é a forte pressão da água gelada que percorre
todo o corpo. Não bastasse uma vez, o piloto comanda
três voltas debaixo das quedas. No retorno, ao passo
que o som das águas fica para trás, o vento se encarrega
de secar a roupa molhada, e você desfruta do sentimento
de renovação alcançada em uma cachoeira no
mínimo privilegiada. Outras formas de se divertir por
aqui consistem em passeios de bicicleta, rafting e rapel.
Pelas alamedas do Parque Nacional – considerado a
maior reserva de floresta pluvial subtropical do mundo
– o prazer para quem se assusta com a força das águas
é desbravar a natureza que emoldura o parque, onde é
possível se divertir com os pequenos, e aparentemente
indefesos, quatis, parte da fauna local. Os animais circulam
livremente entre os turistas que são instruídos a não
alimentá-los, já que apesar na carinha dócil, o quati pode
machucar com suas longas e afiadas unhas. Evite também
se distrair, é comum que desatento com um quati, outro
roube literalmente o que desejar das bolsas dos turistas.
Mas em uma área de mais de 185 mil hectares, eles não
são as únicas atrações, havendo espaço para coloridas
borboletas dos mais variados tamanhos, onça-pintada,
anta, capivara, veado, guaxinim, macaco-prego, o jacaré-
-do-papo-amarelo, e tantos outros animais que se somam
as 200 espécies espalhadas pelo parque. A flora compõe
outro encanto na forma de gigantescas árvores como as
figueiras bravas, imbuias, canelas, pau marfim, jerivás,
e também em exemplares de menor porte, entre elas, as
bromélias, orquídeas, aráceas e lianas, todas elas distribuídas
em amplos jardins e devidamente catalogadas.
PELA FORÇA DAS ÁGUAS
Diferente do que se espera das cidades do sul do país,
Foz do Iguaçu possui um clima bastante quente, o
que favorece seguir por diferentes rotas em busca de
novas atrações. Entre as direções possíveis, escolher
seguir pela avenida Tancredo Neves, resulta no percurso
por um grande corredor de asfalto ladeado por
enormes exércitos de árvores. Uma ao lado da outra,
elas configuram um cartão de visitas que agrada aos
olhos antes que eles sejam colocados diante da Itaipu
Binacional, a maior hidrelétrica do Brasil e a maior
geradora de energia limpa do mundo, alimentada
pelas águas do rio Paraná. Inaugurada na década de
80, a usina gerenciada por paraguaios e brasileiros, é
há mais de vinte anos um importante apoio econômico
para região, além de receber cidadãos de várias
partes curiosos para ver as 14 comportas do vertedouro
abertas para libertarem as águas represadas.
Contudo, diferente do que se imagina, a famosa cena das
comportas jorrando milhares de litros d’água só é vista em
épocas de cheia do rio Paraná, do contrário, não há motivo
para os aparatos serem abertos. Mas a fim de aproveitar
o cenário de que dispõe, em datas programadas, acontece
a Iluminação da Barragem, uma espécie de evento que
consiste em um show de variadas cores produzidas por
enormes refletores envolvido por trilha sonora especial
que relaxa ao mesmo tempo em que prende a atenção. As
apresentações são realizadas nas noites de lua cheia e têm
como principal missão mostrar a beleza grandiosa da hidrelétrica.
Ainda durante o dia, circular pelos arredores
de Itapu é um exercício recheado de descobertas, possível
de ser realizado por meio de rotas sugeridas que implicam
na disponibilidade de ao menos uma hora para conhecer
locais como o mirante central, a barragem e o ecomuseu.
Para se ter uma idéia da importância do solo em que você
está pisando, é valido saber que nos dias atuais, a usina é
responsável pelo fornecimento de 16,4% da energia utilizada
no Brasil e por abastecer 71,3% do consumo paraguaio,
por meio de suas 20 unidades geradoras. Em 2010,
a hidrelétrica bateu um recorde ao produzir 85.970.018
megawatts-hora, potência suficiente par alimentar o
consumo do Paraná durante três anos e sete meses.
AVES QUE AQUI GORJEIAM
Verdadeiro berço da natureza, Foz do Iguaçu se
projeta também apoiada no investimento no cuidado
de milhares de espécies de animais acomodados
no Parque das Aves que, apesar do nome, abre espaço
para jacarés, cobras, sagüis e borboletas, mesmo
que as grandes estrelas sejam as aves raras típicas
de florestas subtropicais. Fundado em 1994 pelo casal
Dennis e Anna Croukamp, atualmente o parque
é o maior da América Latina, e funciona como um
refúgio para araras-azuis, tucanos e papagaios que
vivem soltos, bem como, para outras espécies expostas
em viveiros identificadas com o nome científico
e a região do planeta da qual se origina. Para
quem se identifica com o assunto vale saber que o
local também conduz pesquisas para o aprimoramento
de técnicas de reprodução em cativeiro como
forma de evitar a extinção de algumas aves. Aberto
das 8h30 às 17h30, o parque conserva em seu acervo
mais de 900 aves de 150 espécies que trajadas
com suas coloridas penas, compõem um coral de
cantos e gorjeios das mais variadas entonações. b
a PARA SABER MAIS
2Prefeitura de Foz de Iguaçu www.fozdoiguacu.pr.gov.br
2Parque Nacional do Iguaçu www.cataratasdoiguacu.com.br
2Parque das Aves www.parquedasaves.com.br
2Itaipu Binacional www.itaipu.gov.br
BRASIL TRAVEL NEWS 2011
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