BAHIA

NORTE DA ÁFRICA
final da viagem pelas águas do Nilo, Luxor (antiga Tebas). É lá
que estão os grandes templos de Luxor e Karnak, todos declarados
Patrimônio da Humanidade pela Unesco no ano de 1979. No
passado, os templos de Luxor e Karnak estavam ligados por uma
estrada ladeada de estátuas de esfinges de pedra com cabeça de
carneiro, atualmente ainda se pode cruzar esse caminho admirando
as estátuas que compõe a antiga travessia. Na entrada do
templo de Luxor há enormes estátuas do faraó Ramsés II e um
obelisco de granito de 25 metros de altura. Esse templo foi construído
em homenagem à Tríade Tebana, Amon (pai), Mut (mãe)
e Khonsu (filho), um dos mais fascinantes templos do país. O
templo de Karnak também foi construído em homenagem à
Tríade Tebana e outras divindades como Amon-Ra (Deus Sol),
fundado entre os anos 2000 a 1800 a.C. As construções desse
templo também abrigam um lago sagrado, antes utilizado para
rituais de purificação. Esse complexo é uma das principais atrações
do Antigo Egito porque foi expandido em diversos reinados
e retrata de maneira monumental a estrutura social, política
e religiosa dessa civilização. Outros destaques desse trecho da
viagem são o templo da Rainha Hatshepsut, considerado um dos
mais belos do Egito, construído em homenagem à rainha que
reinou por quase 21 anos. Esse templo tem um grande projeto
arquitetônico que conta com um grande número de escadarias,
rampas e terraços; outros destaques são os Colossos de Memnon,
duas estátuas enormes de quartzito de quase 20 metros de altura,
parte de um templo funerário de faraó, cujo terremoto atingiu
a construção, que também sofre danificações nas épocas das
cheias do rio Nilo. O mergulho ao Egito Antigo não acaba na
primeira visita, as escavações continuam e há ainda muito a ser
desvendando. Esse ano arqueólogos franceses fizeram novas
descobertas no complexo de Karnak, em Luxor. Os pesquisadores
encontraram um muro com inscrições no templo do deus
Ptah. A missão trabalha agora para abrir esses novos achados
para visitação pública, o que prova que há ainda muitos tesouros
arqueológicos a serem descobertos no país.
Voo de balão
pelo Vale dos Reis
A grandeza do Vale dos Reis e Rainhas, utilizado entre os anos
de 1539 e 1075 a.C e que abriga cerca de 60 túmulos de Thutmose
a Ramsés XI, fica nas margens do rio Nilo e pode ser visto
das alturas, juntamente com o grande rio cortando o deserto
com sua faixa de terra fértil cruzando o território. O inesquecível
voo de balão acontece sempre nas primeiras horas do dia (por
volta das 4 horas da manhã) para que o nascer do sol seja visto
já lá de cima, assim como todo o deserto que cobre a região. O
serviço é cobrado à parte e pode ser facilmente contratado por
fazer parte do roteiro de viajantes de todas as partes do planeta.
O voo de balão por si já é uma experiência única que divide a
atenção com a paisagem desértica e exuberante do Egito cortada
pelo serpentear no Nilo no meio do deserto e parte das construções
da maior necrópole real do Egito Antigo. Depois de ver o
Vale dos Reis de cima o ideal é caminhar por entre as tumbas
dos antigos faraós de diversas dinastias, nobres e trabalhadores
da corte para conhecer um pouco de seus principais feitos, que
foram gravados nas paredes internas dos túmulos com grande
riqueza de detalhes e cores. Os restos mortais do grande Tutankamon,
Ramsés VI e de Horemheb são alguns dos túmulos
disponíveis para visitação, que proporcionam uma experiência
inesquecível pela grandeza das construções feitas com enormes
blocos de pedra. Nas tumbas dos faraós as inscrições em suas
paredes estão relacionadas com divindades já que no Egito
Antigo os faraós eram considerados também seres divinos. Já as
tumbas de nobres retratam imagens do cotidiano. De qualquer
forma, adentrar nesses túmulos é caminhar ao encontro de um
passado que ainda desperta curiosidade e admiração. No local
geralmente as filas para a entrada nas tumbas são bem grandes
devido à enorme quantidade de visitantes por dia e as temperaturas
muito altas, para esse passeio fôlego, paciência e garrafas
de água mineral são indispensáveis. Luxor é o destino final do
cruzeiro quando seu início é Aswan (o sentido inverso também
é possível) depois de tantas paradas pelas margens do Nilo é
hora de voar novamente ao Cairo, principal porta de entrada
do país. Na capital do Egito é indispensável a visita à necrópole
de Gize, formada pelas pirâmides de Keops, Kefren e Mikerinos,
assim como a Esfinge, e o templo do Vale de Kefren. No Cairo
outros pontos de destaque são o Museu de Arte Faraônico,
a Mesquita de Alabastro, na cidadela de Saladino. Aproveite
ainda para- sem pressa -passear pelo bazar de Khan El Khalili,
um dos maiores bazares orientais do mundo, no momento em
que pechinchas e boas compras também fazem parte do pacote.
Passeio de faluca pelo Nilo
Imperdível durante a viagem é também uma volta de faluca (embarcação
típica do rio Nilo) que proporciona uma admirável vista
do por do sol e das construções às margens do rio. Esse pequeno
barco é como um veleiro que rende uma bela vista do mausoléu
de Agha Khan, da Ilha Elefantina, formada de grandes rochas,
e do Jardim Botânico. Os condutores da faluca são ótimos companheiros
de passeio, que rendem boas conversas e um convívio
direto com os moradores das margens do rio. Mas, o por do sol
no rio Nilo é realmente o grande destaque desse passeio e uma
oportunidade de conhecer bem mais de perto suas águas. Não
há como se esquecer do sol vermelho saindo de cena aos poucos
para que o céu azul vá escurecendo devagar no final do dia.
Falafel e karkadesh
Não deixe de provar o falafel egípcio, comida popular em todo o
Oriente Médio, que é um bolinho frito preparado com grão-de-bico
muito consumido com pão sírio e homus (pasta de grão de bico). Para
beber experimente os chás, o karkadeh, feito de pétalas secas da flor
do hibisco, e diversos sucos de romã, fruta muito comum no país. b
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120 2011 BRASIL TRAVEL NEWS