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<strong>BAHIA</strong><br />
ROTEIRO<br />
ARRETADO<br />
Como o que é bom<br />
pode ficar ainda melhor<br />
– principalmente<br />
quando se está na<br />
Bahia, aproveite para<br />
compor seu roteiro de<br />
uma maneira ainda<br />
mais interessante<br />
incluindo pontos<br />
turísticos obrigatórios<br />
e celebrados por<br />
dois a cada dois<br />
turistas que visitam<br />
os limites baianos.<br />
ITAPUÃ<br />
Em Itapuã você<br />
encontra como um dos<br />
principais atrativos, o<br />
Farol de Itapuã, feito<br />
nas cores branca e<br />
vermelha e dono de<br />
21 metros de altura. A<br />
estrutura foi erguida<br />
na Pedra da Piraboca,<br />
em 1873, com a<br />
função de contribuir<br />
para a navegação.<br />
Faz parte do mapa<br />
da região a Lagoa<br />
do Abaeté e a Praça<br />
Vinícius de Morais.<br />
PENÍNSULA<br />
ITAPAGIPE<br />
Com grande apelo<br />
histórico, a Península<br />
Itapagipe é onde está<br />
a Igreja do Bonfim, um<br />
dos mais respeitados<br />
templos de fé do<br />
território baiano,<br />
construída em estilo<br />
neoclássico e fachada<br />
em rococó. A faixa<br />
de terra da península<br />
também demarca a<br />
separação de Salvador<br />
entre a Cidade Baixa<br />
e Cidade Alta.<br />
CENTRO HISTÓRICO<br />
Tombado pela Unesco,<br />
em 1985, o Centro<br />
Histórico de Salvador<br />
é recoberto por cerca<br />
de 800 prédios e<br />
casarões desenvolvidos<br />
entre os séculos 17 e 19,<br />
configurando o maior<br />
acervo de construções<br />
em estilo barroco fora<br />
da Europa. O passeio<br />
pelos arredores revela<br />
a Igreja D´Ajuda, a<br />
Igreja Nossa Senhora<br />
do Rosário dos Pretos,<br />
o Museu Afro-Brasileiro,<br />
além das praças da<br />
Sé, do Pelourinho<br />
e Castro Alves.<br />
águas atlânticas beirando os tesouros que emergem<br />
metro após metro. Com um total de 932 quilômetros<br />
de extensão litorânea, a costa da Bahia é margeada<br />
por riquezas ainda imensuráveis, como a que envolve<br />
a Costa das Baleias, onde entre os meses de julho e<br />
novembro, confere-se o espetáculo encenado pelas<br />
baleias jubarte. Na região localizada no extremo<br />
sul do Estado está compreendido o arquipélago de<br />
Abrolhos, pertencente ao município de Caravelas, e<br />
nacionalmente reconhecido por seus detalhes naturais<br />
privilegiados, parte deles no interior do Parque<br />
Marinho dos Abrolhos, situado há cerca de 70 km da<br />
costa, onde está concentrada a pluralidade de cores<br />
dos recifes de corais, bem como, os mais diversos integrantes<br />
da fauna aquática, o que inclui peixe-frade,<br />
guarajuba, pescada-gaiva, bicudas, peixe-papagaio,<br />
peixe-cirurgião, peixe-anjo, peixe-borboleta, moréia,<br />
baiacu-espinho, xaréus, jaguricá, balemas, piragicas,<br />
cocorocas, badejos, cavalo-marinho e camarões revelados<br />
durante a prática do mergulho. Contudo, não<br />
há dúvida de que a estrela maior é a jubarte, espécie<br />
que possui um instituto de pesquisas local destinado<br />
a ela e que com 40 toneladas enlouquece sua platéia<br />
com uma série de piruetas numa espécie de balé de<br />
gigantes, quando chega à costa para se reproduzir.<br />
CORES E SABORES<br />
Na extensão desta costa, novas descobertas surgem<br />
nas fronteiras dos municípios de Prado, Alcobaça,<br />
Nova Viçosa e Mucuri que embora de pequena proporção<br />
reservam o clima de natureza intocada, em<br />
ambiente paradisíaco. Prado, por exemplo, conta com<br />
84 quilômetros de litoral, e num passeio a pé por suas<br />
areias, os olhos se contagiam com a presença de piscinas<br />
naturais e as cores das falésias. Por aqui, o tempo<br />
passa devagar permitindo que edificações como a<br />
centenária Matriz de Nossa Senhora da Purificação<br />
mantenha suas ruínas de história, ladeada pela importância<br />
arquitetônica de outras construções como a<br />
Casa Colonial do Beco das Garrafas, que data do século<br />
19, e a antiga Cadeia Pública, erguida na avenida Getúlio<br />
Vargas. Para quem aprecia o resgate do passado,<br />
o Centro Histórico da região é um presente, uma vez<br />
que pelas calçadas de paralelepípedos agrega as ruínas<br />
de casas e prédios que recontam o estilo arquitetônico<br />
dos séculos 18 e 19. Na vizinha Alcobaça, a missão é<br />
conter-se diante da informação de que debaixo dos<br />
seus pés podem estar escondidos os tesouros enterrados<br />
por corsários franceses há séculos, contudo, para<br />
distrair a mente vale a contemplação ou o mergulho<br />
nas águas das praias do Coqueiro, Neloris e do Centro.<br />
Com um cotidiano muito menos agitado do que a<br />
grande capital, Nova Viçosa conquista seus amantes<br />
pelo estômago, adocicando paladares com as frutas<br />
típicas, entre elas, o coquinho, guriri, manga, araçá,<br />
pitanga e a jaca, além de pratos mais elaborados à<br />
base de peixe, camarão, sururu e ostras que fazem<br />
com que qualquer dieta seja adiada para a segunda-<br />
-feira do próximo ano. Na dúvida sobre o que pedir,<br />
prove dos caldos afrodisíacos, bobó de camarão, escabeche<br />
de sardinha, casquinha de siri catado, arrematando<br />
o cardápio com uma tradicional tapioca. Com a<br />
vontade saciada, reserve um tempo para registrar em<br />
fotos outras jóias do município traduzidas na forma<br />
da arquitetura colonial da Matriz de Nossa Senhora<br />
da Conceição e do Sobrado do Porto, da rua Quinze<br />
de Novembro, e também da Estação Ferroviária em<br />
funcionamento desde 1897, na Vila de Helvécia.<br />
UNIVERSO DE AMADO<br />
Na toada de possibilidades, seguir adiante na direção<br />
da área que ficou conhecida como Costa do Cacau<br />
leva você a fazer parte do ambiente que viajou o<br />
mundo através da obra de Jorge Amado, escritor<br />
baiano amante de sua terra, autor de célebres textos,<br />
entre eles, Gabriela, Cravo e Canela, (1958), talvez<br />
sua maior composição literária. Pelas ruas de Ilhéus,<br />
a presença do criador e da criação ficam bastante<br />
evidentes quando se tem a chance de conhecer a<br />
Casa de Jorge Amado, responsável por assegurar a<br />
relevância do escritor em um casarão histórico, ou<br />
então, vislumbrar a boemia do Bar Vesúvio que na<br />
narrativa de Amado recebia a visita de coronéis do<br />
cacau e intelectuais da década de 20. De valor literário<br />
incontestável, Ilhéus também guarda em seus 465<br />
anos de história, a importância de cidade que soube<br />
crescer junto com o apogeu da economia de cacau,<br />
sem deixar que os detalhes desta trajetória se perdessem.<br />
Neste sentido, faz parte da experiência observar<br />
com cuidado a sequência de casarões centenários que<br />
se desenham pelas ruas cobertas de paralelepípedos,<br />
numa clara oportunidade de se tele-transportar para<br />
o século 18. Em sua face mais rural, a cidade convida<br />
seus visitantes para tardes na Fazenda Santo Antônio,<br />
onde há disponibilidade de se divertir no Pesque<br />
Pague Eco-Água ou nas piscinas, e na Estância Hidromineral<br />
de Olivença, abrigada em Olivença, uma vila<br />
indígena que habitualmente realiza suas festas animadas,<br />
como a folclórica puxada pelo Mastro de São<br />
Sebastião, que acontece sempre no mês de janeiro. O<br />
dia nestes arredores encontra a perfeição quando se<br />
repousa o olhar em um dos mirantes da cidade, como<br />
o Piedade, Morro de Pernambuco, Vitórias e Outeiro<br />
de São Sebastião que contribuem para dinamizar a<br />
beleza que os olhos vêm, mas que as palavras não<br />
conseguem definir. Esta mesma vibe se mantém em 2<br />
FOTOS: © JOÃO RAMOS <strong>BAHIA</strong>TURSA / RITA BARRETO SETUR<br />
76 2011 BRASIL TRAVEL NEWS