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a representação social do trabalho para os ... - Ppga.com.br

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39Como n<strong>os</strong> destaca Braverman (1987), embora a <strong>com</strong>pra e venda de força de<strong>trabalho</strong> exista desde a Antigüidade; até o século XIV não <strong>com</strong>eçara a se constituiruma considerável classe de trabalha<strong>do</strong>res assalaria<strong>do</strong>s na Europa, e ela não setornou numericamente importante até o advento <strong>do</strong> capitalismo industrial; desdeentão, o trabalha<strong>do</strong>r faz o contrato de <strong>trabalho</strong> porque as condições sociais não lhedão outra alternativa <strong>para</strong> ganhar a vida. O emprega<strong>do</strong>r, por outro la<strong>do</strong>, é op<strong>os</strong>sui<strong>do</strong>r de uma unidade de capital que ele se esforça por ampliar e <strong>para</strong> issoconverte parte dele em salári<strong>os</strong>.Desse mo<strong>do</strong> põe-se a funcionar o processo de <strong>trabalho</strong>, visto em geral <strong>com</strong>o umprocesso <strong>para</strong> criar valores, <strong>para</strong> a expansão <strong>do</strong> capital e criação de lucro. Umespaço onde o trabalha<strong>do</strong>r não tem vontade, ansei<strong>os</strong> ou necessidades e é apenasparte de um processo.De acor<strong>do</strong> <strong>com</strong> Gorz (2003), o <strong>trabalho</strong> <strong>com</strong> finalidade econômica nem sempre foi aatividade humana <strong>do</strong>minante, ele se tornou <strong>do</strong>minante na escala de toda asociedade depois <strong>do</strong> aparecimento <strong>do</strong> capitalismo industrial, há aproximadamenteduzent<strong>os</strong> an<strong>os</strong>. Antes disso, nas sociedades pré-capitalistas que subsistem aindahoje, trabalhava-se muito men<strong>os</strong> que hoje. A tal ponto que <strong>os</strong> primeir<strong>os</strong> industriais,n<strong>os</strong> sécul<strong>os</strong> XVIII e XIX, tinham grandes dificuldades <strong>para</strong> o<strong>br</strong>igar sua mão de o<strong>br</strong>a atrabalhar o dia inteiro.De acor<strong>do</strong> <strong>com</strong> o referi<strong>do</strong> autor, aquilo que <strong>os</strong> anglo-saxões chamam “a ética <strong>do</strong><strong>trabalho</strong>” e “a sociedade <strong>do</strong> <strong>trabalho</strong>” significa que o <strong>trabalho</strong> é considera<strong>do</strong> ao

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