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a representação social do trabalho para os ... - Ppga.com.br

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53inclusive uma grande quantidade dessas crianças e a<strong>do</strong>lescentes não so<strong>br</strong>eviviamàs longas viagens marítimas e pereciam.De acor<strong>do</strong> <strong>com</strong> Meira (2000), no século XVII o <strong>trabalho</strong> infantil era facilmenteobserva<strong>do</strong> n<strong>os</strong> setores rurais ou nas manufaturas, o que teve um considerávelincremento <strong>com</strong> a sociedade industrial.Observa-se que no século XVIII, a sorte das crianças ainda não era muito diferente,<strong>com</strong>o m<strong>os</strong>tra Gorz (1996), ao falar so<strong>br</strong>e as crianças que vinham da AssistênciaPública e eram vendidas pelas autoridades paroquiais <strong>com</strong>o “aprendizes de fá<strong>br</strong>ica”.Essas crianças prestavam serviço por um perío<strong>do</strong> que podia atingir dez an<strong>os</strong> oumais, a fim de poupar ao contribuinte, local e preço de sua alimentação, vestuário esua moradia, esses jovens não tinham a menor p<strong>os</strong>sibilidade de escolha. Aaprendizagem, nessa época não era nova, tal <strong>com</strong>o não era a colocação dascrianças assistidas pelas autoridades paroquiais. Mas no fim <strong>do</strong> século XVIII, ainstituição <strong>do</strong> aprendiza<strong>do</strong> deixara de ser um meio de limitar o acesso a ofíci<strong>os</strong> eprofissões e garantir-lhes o nível. De acor<strong>do</strong> <strong>com</strong> as exigências da empresacapitalista fa<strong>br</strong>il, a aprendizagem tornara-se um sistema de servidão a longo prazo.À medida que as fá<strong>br</strong>icas iam aparecen<strong>do</strong> tornaram-se freqüentes anúnci<strong>os</strong> <strong>com</strong>oestes: “Aluga-se o <strong>trabalho</strong> de 260 criancas, <strong>com</strong> teares e to<strong>do</strong> o mais necessário <strong>para</strong>tratar o algodão.” (GORZ, 1996, p.72).Em mea<strong>do</strong>s da década de 1870, essa realidade não era muito diferente, é o quedestaca Moura (1999) enfatizan<strong>do</strong> que <strong>os</strong> anúnci<strong>os</strong> de estabeleciment<strong>os</strong> industriaissolicitan<strong>do</strong> crianças e a<strong>do</strong>lescentes <strong>para</strong> trabalharem principalmente no setor têxtil,<strong>com</strong>eçaram a multiplicar-se na imprensa paulistana e em princípi<strong>os</strong> <strong>do</strong> século XX <strong>os</strong>

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