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a representação social do trabalho para os ... - Ppga.com.br

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49pertencem ao capitalista. O que o trabalha<strong>do</strong>r vende e o que o capitalista <strong>com</strong>pranão é uma quantidade contratada de <strong>trabalho</strong>, mas a força <strong>para</strong> trabalhar por umperío<strong>do</strong> de tempo. Esta incapacidade de <strong>com</strong>prar <strong>trabalho</strong>, que é uma função físicae mental inalienável, e a necessidade de <strong>com</strong>prar a força <strong>para</strong> executá-lo é tãorepleta de conseqüências <strong>para</strong> to<strong>do</strong> o mo<strong>do</strong> capitalista de produção que deve serestudada mais de perto.Mas talvez a característica mais importante desse <strong>trabalho</strong> - que “tem-se”, “procurase”,“oferece-se”- é segun<strong>do</strong> Gorz (2003) o fato <strong>do</strong> <strong>trabalho</strong> ser uma atividade que serealiza na esfera pública, solicitada, definida e reconhecida útil por outr<strong>os</strong> além denós e, a este título, remunerada. É pelo <strong>trabalho</strong> remunera<strong>do</strong> (mais particularmente,pelo <strong>trabalho</strong> assalaria<strong>do</strong>) que pertencem<strong>os</strong> à esfera pública, adquirim<strong>os</strong> umaexistência e uma identidade sociais (isto é, uma “profissão”), inserimo-n<strong>os</strong> em umarede de relações e de intercâmbi<strong>os</strong>, onde a outr<strong>os</strong> som<strong>os</strong> equi<strong>para</strong><strong>do</strong>s e so<strong>br</strong>e <strong>os</strong>quais vem<strong>os</strong> conferi<strong>do</strong>s cert<strong>os</strong> direit<strong>os</strong>, em troca de cert<strong>os</strong> deveres. O <strong>trabalho</strong><strong>social</strong>mente remunera<strong>do</strong> e determina<strong>do</strong> – mesmo <strong>para</strong> aqueles e aquelas que oprocuram, <strong>para</strong> aqueles que a ele se pre<strong>para</strong>m ou <strong>para</strong> aqueles a quem falta<strong>trabalho</strong> – é, de longe, o fator mais importante da <strong>social</strong>ização. Por isso, a sociedadeindustrial pode perceber a si mesma <strong>com</strong>o uma “sociedade de trabalha<strong>do</strong>res”,distinta de todas as demais que a precederam.Concluin<strong>do</strong>, sem dúvida pode-se observar que o <strong>trabalho</strong> pode trazer muit<strong>os</strong> ganh<strong>os</strong><strong>para</strong> o indivíduo, p<strong>os</strong>itiv<strong>os</strong> e até negativ<strong>os</strong>; financeir<strong>os</strong>, de realização pessoal quemexam <strong>com</strong> a sua auto-estima e <strong>com</strong> o seu sentimento de utilidade e valorizaçãodiante da sua família ou <strong>do</strong> seu grupo de amig<strong>os</strong>. Se o <strong>trabalho</strong> é importante <strong>para</strong>um adulto, imagine então o que significa o <strong>trabalho</strong> <strong>para</strong> um a<strong>do</strong>lescente, um

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