GastronomiaIngredientesPara o peixe1 pacu inteiro, limpo e sem espinha3 limõesSal a gostoCoentroPara a Farofa3 bananas da terra ou prata,cortadas em rodelas500g de farinha de mandioca2 colheres de sopa de manteiga1 cebola média picada finamenteou ralada2 dentes de alho picados finamente1 maço de salsinha picada1 maço de cebolinha picada1 pimenta dedo de moça picadafinamente, sem sementes (opcional)Óleo para fritarModo de fazer• Tempere o pacu com sal, limão ecoentro. Deixe descansar por 20 minutos.• Frite as bananas em óleo bem quente atéficarem douradas. Escorra e reserve.• Numa panela, derreta a manteiga,refogue a cebola e, em seguida, o alho.Quando estiverem macios, coloque asbananas, e vá acrescentando a farinha demandioca aos poucos. Toste até dourar.• Com a farofa pronta, acrescente asalsinha, a cebolinha e a pimenta, já com ofogo desligado. Corrija o sal, se necessário.• Recheie o pacu com a farofa, e leve-o aoforno médio por 30 minutos.Um desafio aospescadoresO Pacu é procurado tanto porpescadores amadores como porprofissionais, devido ao seu valorcomercial, e a pesca pode ser feitade duas formas: com equipamentode vara e carretilha ou molinete eno sistema de batida, uma pescariaoriginal feita com vara de bambu.Na pesca de batida, usa-se umcoquinho ou bola de massa duracomo isca, tentando reproduziro som de uma frutinha caindo.Ao invés de jogar a isca e deixarque ela se acomode, o pescadorbate a isca na água umas 3 ou4 vezes, antes de posicioná-la.O peixe vai entender que é umafruta caindo, e ataca logo emseguida. Mas o pescador precisaser bastante paciente e esperar opeixe acomodar a isca na boca,caso contrário errará a fisgada,deixando-o escapar. No Pantanal,os melhores meses para a pesca dopacu são março e abril, quando onível das águas está alto e aindaexistem árvores derrubando frutasna água. Os pacus ficam próximosdestas árvores.O transporte sustentávelno centro das ações da Rio+20Considerado vilão do meio ambiente, veículo automotor dá exemplo de sustentabilidade.A Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, realizada em junhona capital carioca, assim como a Eco 92, não resultou em grandes avanços em termos de decisõespolíticas, econômicas e sociais para combater a degradação da natureza e preservar o meioambiente. A notícia positiva, desta vez, é que, ao contrário do que sempre ouvimos sobre como osveículos automotores são os principais responsáveis pelo efeito estufa, em razão da emissão de gáscarbônico, os fabricantes do setor foram os que mais apresentaram soluções para reduzir a poluiçãoe proporcionar à população meios de transporte sustentáveis.Outra boa notícia para quem vive do ou no segmento de transporte é que a sustentabilidade dasociedade mundial nos obrigará a focar cada vez mais no veículo coletivo, de massa, do que noindividual. Apesar de não ser nenhuma novidade, essa realidade é cada dia mais latente, mas muitosainda têm dificuldade em entender e aplicar ao dia a dia.A verdade é que nem o ar das cidades suporta tanta emissão, nem o trânsito permite tantosveículos rodando ao mesmo tempo. Não bastará produzir veículos que não poluam, pois faltaráespaço para a sua circulação. Neste aspecto, o transporte coletivo e sustentável ganha mais emais importância e se transforma em oportunidade para todos os que atuam neste segmento.Diversos e diferentes estudos destacam que o transporte sobre pneus (automóveis, caminhões eônibus) respondem por 16% do total de emissões globais.Para reverter tal quadro, muitas montadoras e empresas do setor automotivo presentes na Rio+20desenvolveram soluções – imediatas ou não – para a redução das emissões, sustentabilidade etambém diminuição dos congestionamentos. Não há outra opção que não o investimento massivoem infraestrutura para o transporte coletivo. Transporte de qualidade, com conforto, segurança,pontualidade e preservação ambiental. Esta é a solução mais inteligente, talvez não a mais popular.Um dos bons exemplos pode ser visto no estande da cidade de Curitiba – modelo de transporteurbano há quase 40 anos. Em parceria com a Volvo, Marcopolo e BS Bios, a prefeitura apresentouum novo ônibus movido por um motor elétrico e outro 100% a biodiesel. As primeiras 30 unidadescomeçam a rodar em agosto e o objetivo é substituir, gradativamente, a frota atual por veículosmais limpos. O ônibus, além de proporcionar mais de 95% de redução de emissões, ainda foiconcebido para atender – com dignidade – os usuários, com poltronas acessíveis, espaço paracirculação e outros itens que podem ser incorporados para a sua rastreabilidade.Volare, Scania, Volkswagen, Mercedes-Benz também participaram e apresentaram produtos nessesentido, mas o mais importante é que a Rio+20, assim como quaisquer eventos que discutam ouabordem a sustentabilidade, deixa claro que o presente sustentável já é o transporte coletivo e emtodas as suas abrangências - urbano, alternativo, turismo, fretamento, escolar.Cabe aos que vivem e atuam neste setor entender o que isso representa, sobretudo em termos deoportunidades, e estarem preparados para as mudanças que estão ocorrendo. Já há empresas queestão priorizando em seu serviço de fretamento veículos “ecológicos”, movidos a biodiesel ou etanol.As licitações do Governo para novos ônibus escolares exigem motorização Euro V. Em breve, o própriocliente/consumidor terá consciência e dará preferência a utilizar o serviço de empresas que utilizemveículos elétricos e/ou híbridos. Essas mudanças vão ocorrer mais rápido do que imaginamos.RendimentoCusto: R$ 74,00Rendimento: aproximadamente 2,5 kgJosé Carlos Secco44Júlio SoaresAssessor de imprensa da Volare e Marcopolo45
PerfilMauricio de SousaO autor dos quadrinhosbrasileiros que sãosucesso mundial46Lailson dos SantosO Cebolinha cria um plano infalível para distrair a Mônica, tirardela o coelhinho Sansão e dar um nó nas orelhas dele. Nesteresumo de uma historinha clássica da Turma de Mônica cabeum universo de muitos personagens, muitas aventuras e muitaemoção. Diferentes gerações se distraíram e se distraem lendoas histórias da Turma da Mônica, um projeto iniciado em 1959,através de uma inocente, porém inteligente, tira do cãozinhoBidu e seu dono, Franjinha. O criador, à época, era o repórterpolicial do jornal Folha da Manhã (atual Folha de São Paulo,)Mauricio Araújo de Sousa. Hoje, depois de 1 bilhão de revistaspublicadas, o quadrinista Mauricio de Sousa é considerado umdos maiores formadores de leitores do Brasil.Nascido em 27 de outubro de 1935 em Santa Isabel, interiorde São Paulo, o filho de Petronilha Araújo de Sousa e AntonioMauricio de Sousa, Mauricio de Sousa passou boa parte de suainfância em Mogi das Cruzes, desenhando e rabiscando noscadernos escolares. Mais tarde, seustraços passaram a ilustrar cartazes epôsteres para os comerciantes da região.Depois de conquistar espaço para a suaprimeira tirinha, apostou no que sabiafazer de melhor: observar e desenhar.Aos 19 anos, mudou-se para São Pauloe partir de então criou mais tiras, outrostablóides e diversos personagens - Cebolinha, Piteco, ChicoBento, Penadinho, Horácio, Raposão, Astronauta, etc. Até que,em 1970, lançou a revista da Mônica, com tiragem de 200 milexemplares, pela Editora Abril. Seria essa a porta de entradapara se tornar o autor de quadrinhos mais famoso do Brasil.Suas historinhas prezam pela simplicidade. Uma turma de grandesamigos que representa vivências e anseios iguais aos de muitascrianças. A dupla Cebolinha e Cascão, por exemplo, existiu deverdade. Mônica é tão verdadeira, que foi inspirada em uma dasfilhas de Mauricio. Mauricio, por sua vez, começou a desenharquadrinhos inspirado no personagem O Espírito, do papa dosquadrinhos, o norte-americano Will Eisner (1917-2005).Em 1986, Mauricio saiu da Abril e levou as revistas da Turmada Mônica para a Editora Globo, onde permaneceu até 2006.Atualmente, está na Panini, uma multinacional italiana. Aintenção é internacionalizar ainda mais seus personagens,porque, por mais brasileiro que seja o Bairro do Limoeiro,onde se passa grande parte das aventuras da Turma, “criançaé criança em toda parte do mundo”, como ensina Mauricio.Hoje, entre quadrinhos e tiras de jornais, suas criações chegama cerca de 30 países e, segundo a assessoria de imprensa daMauricio de Sousa Produções, suas revistas respondem por 86%das vendas do mercado brasileiro de gibis. Aos gibis se juntamcentenas de livros ilustrados, revistas de atividades, álbuns defigurinhas, CD-ROMs, livros tridimensionais e livros em braile.As centenas de milhares de crianças (e adultos também, comcerteza) que leram e leem as historinhas da Turma da Mônicarenderam ao autor reconhecimentos dos mais importantes. Nãoapenas por introduzir crianças ao mundo da leitura, mas porensinar e orientar de forma divertida e consciente questõescomo preservação ambiental e respeito às diferenças físicase sociais. Mauricio de Sousa é dono de vários títulos, recebeudezenas de homenagens. Em 1998, o Presidente da República doBrasil, Fernando Henrique Cardoso,lhe concedeu a medalha dos DireitosHumanos, só para ficar em uma entredezenas de homenagens.O Walt Disney brasileiro, comoé comparado, criou tirinhas ecom elas criou um império. Maisde 100 indústrias nacionais einternacionais são licenciadas para produzir quase 2,5 militens com os personagens da Turma, em diversas categorias:jogos e brinquedos; roupas, calçados e acessórios; decoração;higiene pessoal; material escolar e papelaria; alimentação;vídeos e DVDs; revistas e livros.Mauricio de Sousa não para. Tem de cuidar dos negócios e temde cuidar da Turma que colocou no mundo. Supervisiona ashistorinhas que hoje são criadas por uma equipe de roteiristas,desenhistas, arte-finalistas, enfim, todos os artistas quetrabalham para ele e com ele. Administra os negócios em SãoPaulo, onde está a sede da Mauricio de Sousa Produções, masviaja o mundo participando de congressos emprestando suagentileza e seu dom para a arte. A entrevista que concedeucom exclusividade à Revista Volare foi por e-mail, de NovaYork, onde passava merecidas férias de julho. Confira! Elefala sobre a arte de encantar crianças e adultos, antecipa acriação de um personagem inspirado no jogador Neymar e dizconsiderar uma pessoa simplesmente feliz.47