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v jornada de iniciação científica dos grupos pet do estado do pará

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Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientifico2


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoSUMÁRIOApresentação...........................................................................................04Comissões...............................................................................................05ProgramaçãoResumosCronograma Geral/Abertura...........................................................07Mesas re<strong>do</strong>ndas..............................................................................08Palestras.........................................................................................09Mini-cursos.....................................................................................09Cronograma <strong>de</strong> pôster.....................................................................10Cronograma apresentações orais.....................................................10PôsterCiências Exatas e da Terra...............................................................15Ciências Biológicas.........................................................................22Engenharias.....................................................................................24Ciências da Saú<strong>de</strong>............................................................................36Ciências Agrárias.............................................................................37Ciências Sociais Aplicadas..............................................................53Ciências Humanas............................................................................55Lingüística, Letras e Artes...............................................................60Comunicações OraisCiências Exatas e da Terra..............................................................62Engenharias.....................................................................................68Ciências da Saú<strong>de</strong>...........................................................................78Ciências Agrárias............................................................................80Ciências Sociais Aplicadas.............................................................103Ciências Humanas..........................................................................113Lingüística, Letras e Artes..............................................................1384


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoA Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET (JICPET) <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará é realizadarotativamente pela Universida<strong>de</strong> Rural da Amazônia e Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará, e o presente volumediz respeito às ativida<strong>de</strong>s realizadas na V JICPET, realizada entre os dias 24 e 27 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2009,na Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará (Cida<strong>de</strong> Universitária José Silveira Neto - Guamá - Belém) com tema: AImportância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Científico. Nesta edição a JICPETfoi organizada pelo Programa <strong>de</strong> Educação Tutorial em Física (PET-FÍSICA) e pelo ProjetoExtracurricular Temático/Grupo <strong>de</strong> Trabalho em Ciências Sociais (Pet/GT/CS).Para esta edição <strong>do</strong> evento foram convida<strong><strong>do</strong>s</strong> representantes das Pró-reitorias <strong>de</strong> Pesquisa <strong>de</strong>quatro instituições Públicas da região, assim como pesquisa<strong>do</strong>res, intelectuais e alunos <strong>de</strong> pós-graduação.Foram seleciona<strong><strong>do</strong>s</strong> por uma comissão <strong>de</strong> avaliação convidada pela organização <strong>do</strong> evento 127 trabalhoscientíficos, sen<strong>do</strong> 44 comunicações orais e 83 poster.A V JICPET contou com apoio da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará e da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ralRural da Amazônia pelo suporte logístico, da Fundação <strong>de</strong> Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa(FADESP) que viabilizou a impressão <strong>do</strong> livro <strong>de</strong> programa e resumos, da Minds – English School, daAnne Modas e da Rabelo Confecções pelo apoio financeiro.Comitê Organiza<strong>do</strong>r5


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoCOMISSÕESCOMISSÃO ORGANIZADORA• Prof. Dr. Samuel Sá (Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r Geral)• Prof. Dr. Sérgio Vizeu Lima Pinheiro (Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r Geral)• Adilásio Pedro Cruz Neto• Alessandra Nascimento Braga• Cassiano <strong><strong>do</strong>s</strong> Santos Simão• Daniele Greice Lopes Igreja• Débora Carvalho <strong>de</strong> Melo Rodrigues• Edinelson Vieira Sena• Érberson Rodrigues Pinheiro• João Fernan<strong>do</strong> Pereira Lima• Jocelino Lopes Leite Junior• Jorge Lucas G. <strong>de</strong> S. das Neves• Juliana da Silva Barroso• Karen Gabriely Sousa Santos• Kelly Naiane P. Gaia• Leandro Oliveira Nascimento• Leonar<strong>do</strong> <strong>de</strong> Sousa Leal• Luís Fernan<strong>do</strong> Siqueira Pinto• Milton Ribeiro da Silva Filho• Natália Menezes Silva da Costa• Reginal<strong>do</strong> <strong>de</strong> Oliveira Corrêa Júnior• Riis Rhavia Assis Bachega• Roberto Peixoto Joele• Tércio Almeida da Silva• Thais <strong>de</strong> Almeida Costa• Valéria Pinheiro• Willame Fonseca <strong><strong>do</strong>s</strong> SantosÁRBITROS DOS TRABALHOS• Prof. Msc. Abilio Pacheco <strong>de</strong> Souza• Prof. Dr. Alcebía<strong>de</strong>s Negrão Mace<strong>do</strong>• Prof. Dr. Antônio Luciano Seabra Moreira• Prof. Dr. Carlos Augusto Cor<strong>de</strong>iro Costa• Prof. Dr. Carlos Tavares da Costa Junior• Prof. Dr. Erb Ferreira Lins• Profa. Dra. Jeannie Nascimento <strong><strong>do</strong>s</strong> Santos• Prof. Dr. João Márcio Palheta da Silva• Profa. Dra. Lúcia Maria Harada• Prof. MsC. Luiz Gonzaga da Silva Costa• Prof. Dr. Marcel <strong>do</strong> Nascimento Botelho• Prof. Dr. Orlan<strong>do</strong> Fonseca Silva• Prof. Dr. Rodrigo Yugi Fujimoto• Profa. Dra. Rosana Paula <strong>de</strong> Oliveira Soares• Prof. Dr. Samuel Maria <strong>de</strong> Amorim e Sá• Prof. Dr. Sérgio Vizeu Lima Pinheiro• Prof. Dr. Vladimir <strong>de</strong> Araújo Távora• Profa. Dra. Wilma Marques LeitãoREALIZAÇÃO• Executiva Paraense <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará• Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – UFPA• Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia – UFRA6


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoAPOIO E PATROCÍNIO• Pró - Reitoria <strong>de</strong> Ensino e Graduação da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – PROEG/UFPA• Pró - Reitoria <strong>de</strong> Ensino da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia – PROEN/UFRA• Instituto <strong>de</strong> Ciências Exatas e Naturais da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – ICEN/UFPA• Instituto <strong>de</strong> Filosofia e Ciências Humanas da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – IFCH/UFPA• Fundação <strong>de</strong> Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa – FADESP• Minds – English School• Rabelo Confecções• Anne ModasAGRADECIMENTOSAgra<strong>de</strong>cemos à Pró-Reitoria <strong>de</strong> Ensino <strong>de</strong> Graduação da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará, em nome daDiretora <strong>de</strong> Ensino da UFPA Porfa. Dr. Maria Lúcia Harada, pelo seu empenho pessoal na realização daV JICPET, e da Interlocutora <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET da UFPA junto ao Ministério da Educação, Profa. SuzanaRegina Gurjão, sempre atenciosa e com<strong>pet</strong>ente no acompanhamento das ações <strong>do</strong> PET da UFPA, e emespecial pela sua fundamental ajuda na realização <strong>de</strong>sta Jornada <strong>de</strong> IC.Agra<strong>de</strong>mos aos professores(as) Profa. Dra. Izildinha <strong>de</strong> Souza Miranda, Prof. Dr. Emmanuel ZaguryTourinho, Prof. Dr. Otávio Fernan<strong>de</strong>s Lima da Rocha, Prof. Dr. Jofre Jacob da Silva Freias, Prof. Dr. JeanHèbette, Prof. Dr. Jean Hèbette, Prof. Dr. José Jerônimo <strong>de</strong> Alencar Alves, Prof. Dr. Ruy GuilhermeCastro <strong>de</strong> Almeida, Claudia Silvia <strong>de</strong> Castro e MSc. Kirla Korina <strong><strong>do</strong>s</strong> Santos An<strong>de</strong>rson, e ao jornalistaLucio Flavio Pinto, pela gentileza <strong>de</strong> terem aceita<strong>do</strong> o convite <strong>de</strong> participar, como conferencistas, da VJICPET, sem os quais esta <strong>jornada</strong> <strong>de</strong> <strong>iniciação</strong> <strong>científica</strong> seria impossível.Ao professor Dr. Jorge Brito, e a equipe <strong>do</strong> Ecobarco, a profa. Dra. Carmen Gilda Barroso Tavares DiasDias pelo apoio.7


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoPROGRAMAÇÃOHorário24/113º Feira25/114º Feira26/115º Feira27/116º FeiraMANHÃ08:30as10:0010:00as10:3010:30as12:00AberturaComunicaçõesOraisPalestra 01ComunicaçõesOraisIntervalo Intervalo Intervalo IntervaloMesa re<strong>do</strong>nda 01 Mesa re<strong>do</strong>nda 02 Mesa re<strong>do</strong>nda 03 Palestra 0212:00as14:00Intervalo Intervalo Intervalo IntervaloTARDE14:00as16:0016:00as16:30Mini-curso Mini-curso Mini-curso Mesa re<strong>do</strong>nda 04Intervalo Intervalo Intervalo Intervalo16:30as19:00Sessão <strong>de</strong> PôsterSessão <strong>de</strong> PôsterComunicaçõesOraisEncerramentoCerimônia <strong>de</strong> Abertura24/11/09 08:30h – 10:00h Auditório Setorial ProfissionalCoor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r: Prof. Dr. Sérgio Vizeu Lima Pinheiro (Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r Geral da JICPET)Participantes: Prof. Dr. Orlan<strong>do</strong> Fonseca Silva (Presi<strong>de</strong>nte da Executiva Estadual <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong>Pará)Prof. Dr. Samuel Maria <strong>de</strong> Amorim e Sá (Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r Geral da V JICPET)Profa. Dra. Marlene Rodrigues Me<strong>de</strong>iros Freitas (Pró-reitora <strong>de</strong> Ensino <strong>de</strong> Graduação daUniversida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará)Prof. Orlan<strong>do</strong> Ta<strong>de</strong>u Lima e Souza (Pró-Reitor <strong>de</strong> Ensino da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural daAmazônia)8


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoPalestras (PL)PL01 – A História da Ciência na Amazônia.26/11/09 9:00h – 10:00h Auditório Setorial <strong>do</strong> ProfissionalPalestrante: Prof. Dr. Ruy Guilherme Castro <strong>de</strong> Almeida (Pró-Reitor <strong>de</strong> Ensino e Graduação da UEPA)PL02 – A Universida<strong>de</strong> no Re<strong>de</strong>moinho Amazônico, no Sertão.27/11/09 10:30h – 12:00h Auditório Setorial <strong>do</strong> ProfissionalPalestrante: Jornalista Lúcio Flavio PintoMinicursos (MC)MC01 – A Importância da Parasitologia – Helmintos, Protozoários e Farmacologia24 a 26/11/09 14:00h – 16:00h Auditório <strong>do</strong> Ensino a Distancia – Campus BásicoMinistrante: PET-FarmáciaMC02 – Meto<strong>do</strong>logia da Pesquisa em Ciências Sociais24 a 26/11/09 14:00h – 16:00h Auditório Lab. Ensino <strong>de</strong> Física - Campus BásicoMinistrante: Andréa Chaves BittencourtMC03 – Tecnologia Social24 a 26/11/09 14:00h – 16:00h Auditório da Reitoria - Campus BásicoMinistrante: PET-AgronomiaMC04 – Introdução ao Cálculo <strong>de</strong> Estrutura Eletrônica24 a 26/11/09 14:00h – 16:00h Lab. Informática Lab. Ensino <strong>de</strong> Física - Campus BásicoMinistrante: José Fernan<strong>do</strong> Pereira Leal (Mestran<strong>do</strong> em Física / UFPA)MC05 – Maple 1124 a 26/11/09 14:00h – 16:00h Campus Profissional, Bloco C, Sala LC02Ministrantes: Antônio Carlos Batista da Cruz e João Felipe Amintas Seráfico <strong>de</strong> Assis Carvalho Melo10


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoPôster- Ciências Exatas e da Terra.24/11/09 16:30h – 18:00h Sala Hb02- Ciências Biológicas; Ciências da Saú<strong>de</strong>; Ciências Sociais Aplicadas; Ciências Humanas;Lingüística, Letras e Artes.24/11/09 16:30h – 18:00h Sala Hb03- Engenharias.25/11/09 16:30h – 18:00h Sala Hb02- Ciências Agrárias.25/11/09 16:30h – 18:00h Sala Hb03 e Hb04Comunicações OraisSessão 01 - Ciências Agrárias:25/11/09 08:30h – 10:00h Auditório Setorial <strong>do</strong> Profissional8:30h - A SAZONALIDADE DE PREÇOS DE ATACADO DO AÇAÍ NO ESTADO DO PARÁ,2000 A 2008 1 Gerlane <strong>de</strong> Freitas Melo, ²Antônio Cor<strong>de</strong>iro <strong>de</strong> Santana.8:45h - ANÁLISE DA SAZONALIDADE DE PREÇOS DE ATACADO DO LEITE E OVOSCOMERCIALIZADOS NO ESTADO DO PARÁ, NO PERÍODO DE JANEIRO DE 2000 AJUNHO DE 2009. 1 Deivison Men<strong>de</strong>s Pinheiro; 2 Antonio Cor<strong>de</strong>iro <strong>de</strong> Satana; 3 Gerlane <strong>de</strong> Freitas Melo;4 Mylena Pontes Moraes; 5 Vilma Reis <strong>de</strong> Oliveira.9:00h - ANÁLISE DOS ÁCIDOS GRAXOS PRESENTES NO ÓLEO DA POLPA DO FRUTO DOINAJÁ (Maximiliana maripa) E OS ÔMEGAS RELACIONADOS À SAÚDE HUMANA.Damasceno, G. T.(IC) 2 ; Farias, F. A.; Conceição, L. R. V. da(PQ) 3 ; Fonseca, A. R. L(IC) 2 ;Silveira, A. J.A (PQ) 1 .9:15h - AVALIAÇÃO DE PROGÊNIES DE CUPUAÇUZEIRO EM UM POMAR COMERCIALDE TOMÉ AÇU, PARÁ 1 Nayara Negrão Pereira, 2 Rafael Moysés Alves.9:30h - BIOMASSA DE RAÍZES EM FLORESTA PRIMARIA E DE PLANTAÇÕES DE CACAUEM UMA ÁREA DE COLONIZAÇÃO AGRÍCOLA NA REGIÃO DA RODOVIATRANSAMAZÔNICA, PARÁ.1Natália <strong>do</strong> Amaral Mafra, 2 Elayne Oliveira Braga, ³Tâmara Thaiz Santana Lima, 4 Izildinha <strong>de</strong> SouzaMiranda.9:45h - CARACTERIZAÇÃO DE TEORES DE MATÉRIA ORGÂNICA E CARBONOORGÂNICO DE SUBSTRATOS EXTRAÍDOS DE DIFERENTES ECOSSISTEMAS Erika Kzanda Silva¹, Carlos Augusto Cor<strong>de</strong>iro Costa ², Giselle Nerino Brito <strong>de</strong> Souza ³,Suelen Cristina Nunes Alves 411


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoSessão 02 - Ciências Exatas e da Terra; Engenharias; Lingüística, Letras e Artes; Ciênciasda Saú<strong>de</strong>.26/11/09 16:30h – 19:30h Auditório <strong>do</strong> Lab. <strong>de</strong> Física Pesquisa – Campus Básico- Ciências Exatas e da Terra:16:30h - CONTAMINAÇÃO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS POR POSTOS DECOMBUSTÍVEL NO SÍTIO URBANO DO MUNICÍPIO DE BELÉM/PA 1 Rodrigo Rafael Souza <strong>de</strong>Oliveira, 2 Ronise Rafaelle Men<strong>do</strong>nça Arraes, 3 Alesandra <strong>do</strong> Socorro Portal Nascimento, 4 FlavianeVanessa Silva Fonseca, 5 Luziane Mesquita da Luz.16:45h - A EQUAÇÃO DE SCHRÖDINGER 1 Débora Carvalho <strong>de</strong> Melo Rodrigues , 2 AlessandraNascimento Braga , 3 Natalia Menezes Silva da Costa, 4 Tércio Almeida da Silva, 5 Sergio Vizeu LimaPinheiro.17:00h - ESTUDO DE PROPRIEDADES ELETRO-OPTICAS DE DISPOSITIVO ORGÂNICOBASEADO NO AMARELO DE METILA 1 Natália Menezes Silva Costa, 2 JoséFernan<strong>do</strong> Pereira Leal,3 Jordan Del Nero.17:15h - FERRAMENTAS NUMÉRICAS PARA ANÁLISE E VISUALIZAÇÃO DA DINÂMICACAÓTICA 1 Valeria Pinheiro, 2 Elinei Pinto <strong><strong>do</strong>s</strong> Santos.- Engenharias:17:30h - RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DE BLOCOS CERÂMICOS RETANGULARESPARA PAVIMENTAÇÃO CONFECCIONADOS COM RESÍDUOS DO PROCESSO BAYER(LAMA VERMELHA) E ARGILA 1 Cristiano Comin, 2 Alcebía<strong>de</strong>s Negrão Macê<strong>do</strong>, 3 Aguinal<strong>do</strong> Luís<strong><strong>do</strong>s</strong> Reis Silva Júnior, 4 Denilson Costa da Silva, 5 Sandro Roberto Trinda<strong>de</strong>.17:45h - PLANEJAMENTO URBANO E TRANSPORTE NÃO- MOTORIZADO NA CIDADE DEBELÉM (PA): O CASO DAS CICLOVIAS 1 Andréa Girlene Tavares Barreto; 2 Prof. Drª. Ana MariaGuerra Seráfico Pinheiro; 3 Danielle Ramos.18:00h - TRANSPORTE E ARMAZENAGEM NAS CENTRAIS DE ABASTECIMENTO DOPARÁ–CEASA / PA 1 Rogério Nogueira da Silva, 2 Ana Maria Guerra Seráfico Pinheiro, 3 AndréaGirlene Tavares Barreto.18:15h - ESTUDO TEÓRICO E ANALÍTICO EM ACÚSTICA DE SALAS. CASO DO TEATROMARIA SYLVIA NUNES. Thalita Maria Pontes MOUTINHO¹18:30h - ESTUDO DA RESISTÊNCIA AO IMPACTO DE UM ECO-COMPÓSITO PARAAPLICAÇÃO COMO PAINÉIS DIVISÓRIOS DE AMBIENTES 1 Bárbara Valéria <strong>de</strong> Abreu Lavôr,2 Vitor Marques Viana, 3 Rossana M. Miranda, 4 Carmen Gilda B. T. Dias, 5 Alcebía<strong>de</strong>s N. Negrão.- Lingüística, Letras e Artes:18:45h - A MEMÓRIA DA LITERATURA DE CORDEL: RECEPÇÃO E ENSINO.¹Rebeca Luíza Abreu Pereira, ²Camila da Fonsêca Aranha, ³Márcio Franco Barroso, 4 Josebel Akel Fares19:00h - A PRODUÇÃO TEXTUAL NO 3º ANO DO ENSINO MÉDIO: UM OLHAR À LUZ DALINGUÍSTICA TEXTUAL ¹Camila da Fonsêca Aranha, ²Lorenna Bolsanello <strong>de</strong> Carvalho, ³MárcioFranco Barroso, 4 Jessiléia Guimarães Eiró19:15h - EM BUSCA DA ORGANICIDADE 1 Lucienne Ellem Martins Coutinho 2 Adriana Di MarcoNeves 3 Ludmila Mello da Silva 4 Monike Christina Taborda, 5 Ana Flávia Men<strong>de</strong>s- Ciências da Saú<strong>de</strong>.19:30h - ENFERMAGEM UMA PROFISSÃO FEMININA? ¹Osmar <strong>de</strong> Souza Reis Junior, ²Marília <strong>de</strong>Fátima Vieira <strong>de</strong> Oliveira, ³Luenice Martins Reis, 4 Leomar Martins Reis e 5 Francielle da Silva Quaresma.12


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoSessão 03 - Ciências Humanas:26/11/09 16:30h – 19:15h Auditório da Geologia – Campus Básico16:30h- A CARTOGRAFIA POLÍTICA PARAENSE: A CONFIGURAÇÃO DO CENÁRIOPOLÍTICO DOS MUNICÍPIOS. 1 Jonatha Rodrigo <strong>de</strong> Oliveira Lira, 2 Ailson Pother Furta<strong>do</strong>, 3 JoãoMárcio Palheta da Silva16:45h- ANÁLISE GEOPOLÍTICA : ABORDAGENS E DISCUSSÕES REFERENTES AOESTUDO DE CAMPO REALIZADO NA AVENIDA VISCONDE DE SOUZA FRANCO 1 LaísCampos, 2 Cátia Mace<strong>do</strong>17:00h- ASPECTOS SÓCIO ESPACIAIS E CULTURAIS, A CONSTRUÇÃO DE UMTERRITÓRIO ALTERNATIVO NA COMUNIDADE DE NOVA ESPERANÇA ILHA DE SÃOJOÃO DE PILATOS EM ANANINDEUA – PARÁ 1 Gisele Elaine da Silva Ferreira, 2 João SilvaBarbosa Junior, 3 Joyce Tamara Cavalcante, 4 Michel Pinheiro Carvalho, 5 Mariléia da Silveira Nobre17:15h- ESPECIFICIDADES DA AMAZÔNIA: PERSPECTIVAS DE UMA POPULAÇÃOTRADICIONAL RIBEIRINHA 1 Uriens Maximiliano Ravena Cañete, 2 Thales Maximiliano RavenaCañete, 3 Lidiane Henriques Begot e 4 Voyner Ravena Canete17:30h- GÊNERO MASCULINO E TRABALHO DOCENTE: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DEPROFESSORES (AS) QUE ATUAM NO MAGISTÉRIO DAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINOFUNDAMENTAL 1 Thiago Augusto <strong>de</strong> Oliveira da Conceição, 2 Vanessa Galvão <strong><strong>do</strong>s</strong> Santos17:45h- O CRESCIMENTO URBANO E AS TRANSFORMAÇÕES NA PAISAGEM: O CASODA ORLA DA ILHA DE CARATATEUA/BELÉM-PA 1 Celina Marques <strong>do</strong> Espírito Santo, 2 YnisCristine <strong>de</strong> Santana Martins Lino Ferreira , 3 Nathalia Cristina Costa <strong>do</strong> Nascimento, 4 Márcia Aparecidada Silva Pimentel (Professora Orienta<strong>do</strong>ra)18:00h- PET – GEOGRAFIA NO PARQUE AMBIENTAL DO UTINGA BELÉM/PARÁ 1 AdrianeKarina Amin <strong>de</strong> Azeve<strong>do</strong>, 2 Antônio Carlos Ribeiro Araújo Júnior, 3 4Jamille Ferreira Guimarães,Michel Pinheiro Carvalho, 5 João Márcio Palheta da Silva18:15h- PET NA ESCOLA: CONSTRUINDO NOÇOES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NOÂMBITO ESCOLAR 1 Rodrigo Rafael Souza <strong>de</strong> Oliveira, 2 Romilson <strong><strong>do</strong>s</strong> Santos Alcântara, 3 JoyceTamara Cavalcante <strong>de</strong> Souza , 4 Michel Brito <strong>de</strong> Lima, 5 João Márcio Palheta da Silva18:30h- POLÍTICAS PÚBLICAS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL EMCOMUNIDADES TRADICIONAIS DA AMAZÔNIA 1 Luiz Cláudio Moreira Melo Júnior, 2 MariaDolores Lima da Silva18:45h- SOCIABILIDADE, SIGNIFICAÇÃO E APRENDIZAGEM: OS FATORES SOCIAISQUE INFLUENCIARAM O SUCESSO NA TRANSIÇÃO DO ENSINO MÉDIO PARA OENSINO SUPERIOR DE ALUNOS DE BAIXA RENDA. 1 Adilásio Pedro Pereira Cruz Neto19:00h - MEMÓRIAS DO DESLOCAMENTO: NARRATIVAS DE TAXISTAS EM BELÉM (PA)1 Pedro Paulo <strong>de</strong> Miranda A. Soares, 2 Flávio Leonel Abreu da Silveira (Orienta<strong>do</strong>r).Sessão 04 - Ciências Sociais Aplicadas; Ciências Humanas:24/11/09 16:30h – 18:30h Sala Hb03- Ciências Sociais Aplicadas:16:30h- A BANALIZAÇÃO DA VIOLÊNCIA ATRAVÉS DAS MANCHETES DOS JORNAIS: OCASO DO “DIÁRIO DO PARÁ” 1 Elayne Santos, 2 João Fernan<strong>do</strong> Lima, 3 Willame Santos, 4 Jorge Lucasdas Neves, 5 Samuel Maria <strong>de</strong> Amorim Sá.13


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientifico16:45h - ACORDOS DE PESCA COMO INSTRUMENTO AUXILIAR NO PLANO DE MANEJODE RECURSOS NATURAIS NAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO 1 Thales Maximiliano RavenaCañete.17:00h - PACTOS TERRITORIAIS NA AVENIDA VISCONDE DE SOUZA FRANCO BELÉM –PA ¹Diego Arman<strong>do</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong> Santos Mota, ²Karla Santiago, ³Patricia Aires, 4 Paula <strong>do</strong> Carmo17:15h - ICMS ECOLÓGICO NO ESTADO DO PARÁ: PERSPECTIVAS E DESAFIOS 1 YnisCristine <strong>de</strong> Santana Martins Lino Ferreira, 2 Milena <strong>de</strong> Jesus Vieira Ribeiro, 3 Leila Márcia Sousa <strong>de</strong> LimaElias (Professora Orienta<strong>do</strong>ra),4 Celina Marques <strong>do</strong> Espírito Santo, 5 Nathalia Cristina Costa <strong>do</strong>Nascimento17:30h - OS PRESUPOSTOS TEÓRICOS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 1 AnaryêYbotira Gonçalves Rocha, 2 Prof. MSc. Eduar<strong>do</strong> Lima <strong><strong>do</strong>s</strong> Santos Gomes- Ciências Humanas:17:45h - UM OLHAR GEOGRÁFICO SOBRE A REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM ESUA FORMAÇÃO HISTÓRICO-ESPACIAL Antônio Carlos Ribeiro Araújo Júnior¹ ,Michel Brito <strong>de</strong>Lima²,João Marcio Palheta da Silva³18:00h - NATIVOS TEMPORÁRIOS: MAPEANDO ÁGUAS DA GRADUAÇÃO DE CIÊNCIASSOCIAIS 1 Thaís Costa, 2 Dalila Antero, 3 Ricar<strong>do</strong> Rodrigues, 4 Thaize Bianca Figueire<strong>do</strong>, 5 Samuel Sá, 6Prof. Dra. Denise Macha<strong>do</strong> Car<strong><strong>do</strong>s</strong>o.18:15h - UM ORATÓRIO SALESIANO COMO PROPOSTA DE POLÍTICA PÚBLICASEDUCACIONAL 1 Vicente Vagner Cruz, 2 Angélica Corrêa da Silveira, 3 Samuel Maria Amorim SáSessão 05 - Ciências Agrárias:27/11/09 8:30h – 10:00h Auditório Setorial <strong>do</strong> Profissional8:30h - CONVIVÊNCIA E DIAGNÓSTICO EM ASSENTAMENTO RURAL NO MUNICÍPIO DEACARÁ/PA Igor Vinícius <strong>de</strong> Oliveira¹, Erika Kzan da Silva², Vicente Filho Alves Silva ³, FelipeTameirão Fonseca 4 , Carlos Augusto Cor<strong>de</strong>iro Costa 5 .8:45h - DESEMPENHO PRELIMINAR DE PROGÊNIES DE CUPUAÇUZEIRO NO ESTADODO PARÁ ¹ Gerlane <strong>de</strong> Freitas Melo, ²Rafael Moysés Alves, ³Vinicius Silva <strong><strong>do</strong>s</strong> Santos.9:00h - ESCOLHA DOS SUBSTRATOS ORGÂNICOS IDEAIS PARA PRODUÇÃO DE MUDASDE AÇAIZEIRO (Euterpe oleracea) ¹Rengles <strong>de</strong> Oliveira Menezes, Suelen Naiara Rosa <strong><strong>do</strong>s</strong> AnjosLopes, Andrezza Soares Ferreira, Maria <strong>do</strong> Socorro Padilha <strong>de</strong> Oliveira.9:15h - ESTIMATIVAS DE PARÂMETROS GENÉTICOS EM EXPERIMENTO DE ENXERTOX PORTA-ENXERTO DE CUPUAÇUZEIRO 1 Vinicius Silva <strong><strong>do</strong>s</strong> Santos, 2 Rafael Moysés Alves,3 Gerlane <strong>de</strong> Freitas Melo.9:30h- INOCULAÇÃO COM ESTIRPES DE Bradyrhizobium EM FEIJÃO-CAUPI 1 Raimun<strong>do</strong>Thiago Lima da Silva, 2 Diego da Paixão Andra<strong>de</strong>, 3 Émile Costa Melo, 4 Edna Cristina VianaPalheta, 5 Maria Auxilia<strong>do</strong>ra Feio Gomes.9:45h- PRODUÇAO DE HÍBRIDOS INTERESPECÍFICOS DE AÇAIZEIRO (Euterpe SPP).¹Rengles <strong>de</strong> Oliveira Menezes, 2 Suelen Naiara Rosa <strong><strong>do</strong>s</strong> Anjos Lopes, 3 Andrezza Soares Ferreira, 4 Maria<strong>do</strong> Socorro Padilha <strong>de</strong> Oliveira.14


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoRESUMOS15


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoPOSTERCIÊNCIAS EXATAS E DA TERRACARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA DE PERFIS LATERÍTICOS-BAUXÍTICOS NA ÁREAVERA CRUZ, PARAGOMINAS-PA.1 Leonar<strong>do</strong> Coutinho Oliveira, 2 Rômulo Simões Angélica, 3 Daniele Freitas.1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará– leocoutinho@ufpa.br2 Professor Dr. pela Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – angelica@ufpa.br3 Empresa Vale – danigeologist@yahoo.com.brAs bauxitas são os principais minérios <strong>de</strong> alumínio, forma<strong>do</strong> pelo intenso intemperismo laterítico sobrediferentes tipos <strong>de</strong> rochas e muito comuns em regiões tropicais, como na Amazônia. Diferentespesquisa<strong>do</strong>res têm trabalha<strong>do</strong> neste assunto, cuja gênese e complexa estruturação <strong><strong>do</strong>s</strong> perfis ainda é temabastante controverso. No esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará, a província bauxitífera <strong>de</strong> Paragominas é a mais recente regiãoprodutora, <strong>de</strong>pois da região <strong>de</strong> Trombetas. Na estruturação <strong><strong>do</strong>s</strong> perfis <strong>de</strong>sta região, sobreposto aohorizonte principal <strong>de</strong> bauxita (BC – Bauxita Cristalizada), que é lavra<strong>do</strong>, ocorre um horizonte<strong>de</strong>nomina<strong>do</strong> <strong>de</strong> Bauxita Nodular (BN). Este apresenta, proporcionalmente, eleva<strong><strong>do</strong>s</strong> teores <strong>de</strong> caulinita,prejudicial ao processo metalúrgico <strong>de</strong> extração <strong>do</strong> alumínio/alumina. Este trabalho tem como objetivo acaracterização mineralógica, química e <strong>pet</strong>rográfica/textural <strong>de</strong> amostras <strong>de</strong> três perfis bauxíticos daregião <strong>de</strong> Vera Cruz, Paragominas, com ênfase no entendimento da relação entre os horizontes BN e BC.No total, 30 amostras foram coletadas e <strong>de</strong>scritas, seguidas <strong>de</strong> moagem e pulverização para posterioranálises químicas, por Fluorescência <strong>de</strong> Raios-X e mineralógicas, por difração <strong>de</strong> Raios-X. Os resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>ainda estão em avaliação mas já se dispõe da composição mineralógica da amostra total e <strong>de</strong> porçõesselecionadas, como nódulos, concreções e matriz. A mineralogia é <strong>do</strong>minada por gibbsita (principalmineral-minério <strong>de</strong> Al) e caulinita, com diferentes ―graus <strong>de</strong> cristalinida<strong>de</strong>‖, além <strong>de</strong> goethita(principalmente aluminosa), hematita, anatásio e quartzo, em diferentes proporções, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> <strong>do</strong>horizonte. Diferentes imagens e representações esquemáticas das texturas foram obtidas, a fim <strong>de</strong> auxiliaro entendimento da formação e <strong>de</strong>senvolvimento <strong><strong>do</strong>s</strong> perfis. Os resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> químicos estão em fase <strong>de</strong>tratamento e elaboração <strong>de</strong> perfis da distribuição vertical <strong><strong>do</strong>s</strong> elementos analisa<strong><strong>do</strong>s</strong>.Palvras-chave: Bauxitas, Intemperismo, Paragominas.GEOLOGIA E PETROGRAFIA DAS ROCHAS ENCAIXANTES DOS GRANITOS SERINGA ESÃO JOÃO, TERRENO GRANITO-GREENSTONE DE RIO MARIA1 Jar<strong>de</strong>l Carlos Lima Mesquita (mesquita@ufpa.br), 1 Max <strong>de</strong> Jesus Pereira <strong><strong>do</strong>s</strong> Santos (mjps@ufpa.br),1 Paulo Henrique <strong>de</strong> Araújo Lima (phlima@ufpa.br), 2 Francisco Romério AbrantesJúnior(jrabrantes@hotmail.com) e 3 Claudio Nery Lamarão(lamarão@ufpa.br)1-Curso <strong>de</strong> Graduação em Geologia, PET-Geologia.2- Curso <strong>de</strong> Graduação em Geologia, PIBIC-UFPA.3-Instituto <strong>de</strong> Geociências-UFPA (Orienta<strong>do</strong>r).A área <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> localiza-se no município <strong>de</strong> Água Azul <strong>do</strong> Norte, noroeste <strong>do</strong> Terreno Granito-Greenstone <strong>de</strong> Rio Maria (TGGRM), Província Mineral <strong>de</strong> Carajás. O TGGRM é forma<strong>do</strong> por seqüênciasmetavulcano-sedimentares tipo greenstone-belts (Supergrupo An<strong>do</strong>rinhas), por rochas tonalíticas maisantigas (2,98 a 2,93 Ga) representadas pelos tonalitos Arco Ver<strong>de</strong> e Caracol, por rochas trondhjemíticasmais jovens (2,87 a 2,86 Ga) representadas pelos trondhjemitos Água Fria e Mogno, por rochasgranodioríticas com alto Mg (Granodiorito Rio Maria; 2,87 Ga) e por leucogranitos cálcico-alcalinospotássicos (2,93 a 2,86 Ga) representa<strong><strong>do</strong>s</strong> pelos granitos Xinguara, Mata Surrão e Guarantã (Pimentel eMacha<strong>do</strong> 1994, Leite et al. 2004, Dall´Agnol et al. 2006, Oliveira et al. 2006). Apesar <strong>do</strong> gran<strong>de</strong> número<strong>de</strong> trabalhos <strong>de</strong>senvolvi<strong><strong>do</strong>s</strong> nas rochas <strong>do</strong> TGGRM, ainda não existem trabalhos <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhe volta<strong><strong>do</strong>s</strong> paraas rochas <strong>do</strong> embasamento na região <strong>de</strong> Água Azul <strong>do</strong> Norte, as quais se encontram cortadas pelosgranitos anorogênicos proterozóicos Seringa e São João. O presente trabalho tem como objetivo principala caracterização geológica e <strong>pet</strong>rográfica das rochas encaixantes <strong>de</strong>sses <strong>do</strong>is corpos graníticosproterozóicos. Posteriormente serão realizadas datações geocronológicas pelo méto<strong>do</strong> Pb-Pb em zircão eanálises geoquímicas para comparação com as rochas <strong>do</strong> embasamento <strong>do</strong> TGGRM. O TGGRM na área16


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientifico<strong>de</strong> estu<strong>do</strong> é corta<strong>do</strong> pelos granitos anorogênicos Seringa e São João, além <strong>de</strong> diques félsicos afaníticos eporfiríticos seguin<strong>do</strong> orientação preferencial 127°AZ. A estrutura principal observada nos granodioritos éuma foliação com orientação geral NW-SE concordante com a foliação regional. Essas rochasencaixantes são constituídas pelos seguintes litotipos: granodioritos, tonalitos, trondhjemitos,monzogranitos e sienogranitos <strong>de</strong>forma<strong><strong>do</strong>s</strong> em diferentes intensida<strong>de</strong>s e apresentan<strong>do</strong> evidências <strong>de</strong>recristalização. As rochas granodioríticas pre<strong>do</strong>minam na borda nor<strong>de</strong>ste e, em menor quantida<strong>de</strong>,noroeste <strong>do</strong> Granito Seringa. Trondhjemitos e tonalitos são mais freqüentes na borda oeste <strong>do</strong> corpo SãoJoão. Rochas monzograníticas esbranquiçadas, conten<strong>do</strong> fenocristais centimétricos <strong>de</strong> feldspato potássico(leucogranito potássico?) foram i<strong>de</strong>ntificadas na borda su<strong>de</strong>ste <strong>do</strong> Granito Seringa e rochassienograníticas, próximas a borda noroeste <strong>de</strong>ste corpo. (Fundação CAPES/Projeto PROCAD [0096/05-9], Instituto Nacional <strong>de</strong> Ciências e Tecnologia <strong>de</strong> Geociências da Amazônia, IG/UFPA, GPPG).Palavras-chave: Encaixantes, TGGRM, Carajás.PREPARAÇÃO, TRATAMENTO TÉRMICO E CARACTERIZAÇÃO DE HIDROTALCITASMG 6 AL 2 (OH) 16 CO 3 . 4H 2 OThiago <strong>de</strong> Assis MARTINS 1 , Patrícia Magalhães PEREIRA 2 , Elizabeth RODRIGUES 3 .1Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – thiago_ufpa@yahoo.com.br2Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – ptynhamaga@yahoo.com.br3Professora/Pesquisa<strong>do</strong>ra Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – beth@ufpa.brMateriais <strong>do</strong> tipo hidrotalcita, conheci<strong><strong>do</strong>s</strong> como argilas aniônicas, são hidróxi<strong><strong>do</strong>s</strong> duplos lamelares(HDLs) <strong>de</strong> fórmula geral , nos quais o excesso <strong>de</strong> cargas positivas M 2+ e M 3+é compensa<strong>do</strong> pelo ânion interlamelar A n- . Sua fórmula geral indica a existência <strong>de</strong> uma ampla varieda<strong>de</strong><strong>de</strong> hidrotalcitas. O HDL, em estu<strong>do</strong> neste trabalho, apresenta Mg 2+ e Al 3+ como cátions bi e trivalentes e oCO 32-como ânion interlamelar (mais usual por ser o mais estável <strong><strong>do</strong>s</strong> ânions <strong>de</strong> compensação). Ashidrotalcitas são submetidas a tratamento térmico a fim <strong>de</strong> originar óxi<strong><strong>do</strong>s</strong> mistos. Estes são conheci<strong><strong>do</strong>s</strong>por apresentar elevada área superficial e gran<strong>de</strong> diâmetro e volume <strong>de</strong> poros, características essenciaispara ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> um bom catalisa<strong>do</strong>r heterogêneo. O material foi sintetiza<strong>do</strong> por co-precipitação àtemperatura <strong>de</strong> 48°C, permanecen<strong>do</strong> em banho ultrasônico sob agitação por 24h, sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>pois seca<strong>do</strong> emestufa durante 24h a 100°C. A calcinação foi realizada em condições <strong>de</strong> temperatura iguais a 500 e 650°Cpor 2h. A caracterização <strong>do</strong> material sintético foi realizada por meio <strong>de</strong>: Difratometria <strong>de</strong> Raios-X,Espectroscopia na Região <strong>do</strong> Infra-Vermelho, Espectroscopia µRaman, Análise Termogravimétrica eMicroscopia Eletrônica <strong>de</strong> Varredura. Neste trabalho serão discuti<strong><strong>do</strong>s</strong> os da<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> Raios-X. Odifratograma <strong>do</strong> HDL sintético revelou a presença da hidrotalcita como fase principal com picos bem<strong>de</strong>fini<strong><strong>do</strong>s</strong> e in<strong>de</strong>xa<strong><strong>do</strong>s</strong> como [(003), (006), (012), (018), (110), e (113)], em concordância com os da<strong><strong>do</strong>s</strong>disponíveis para a hidrotalcita <strong>de</strong> referência (JCPDS: 14-0191), a presença <strong>de</strong> uma fase acessória(NaNO 3 ) também foi <strong>de</strong>tectada. As amostras submetidas ao tratamento térmico comprovaram o efeito <strong>de</strong>memória (capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> regeneração <strong>de</strong> uma amostra após sofrer calcinação), uma vez que a fasehidrotalcita cristalizou conjuntamente aos óxi<strong><strong>do</strong>s</strong>. A presença <strong>de</strong> óxi<strong><strong>do</strong>s</strong> mistos comprova o sucesso <strong>do</strong>tratamento térmico. A análise <strong><strong>do</strong>s</strong> resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> obti<strong><strong>do</strong>s</strong> também comprovou a eficiência da síntese, uma vezque o material foi caracteriza<strong>do</strong> como hidrotalcita, e o tratamento térmico foi <strong>de</strong>terminante para aformação <strong>de</strong> óxi<strong><strong>do</strong>s</strong> mistos, os quais possuem aplicabilida<strong>de</strong> nas mais diversas áreas como catalisa<strong>do</strong>res,troca<strong>do</strong>res aniônicos e materiais adsorventes.Palavras-chave: hidrotalcitas, óxi<strong><strong>do</strong>s</strong> mistos, difração <strong>de</strong> raios-x.SISTEMAS PETROLÍFEROS BRASILEIROS1,2,3 Ignácio <strong>de</strong> Loiola Alvares Nogueira Neto, 2 Max <strong>de</strong> Jesus Pereira <strong><strong>do</strong>s</strong> Santos,2,3 Vladimir <strong>de</strong> Araújo Távora1 Bolsista <strong>do</strong> Programa <strong>de</strong> Recursos Humanos -06 ANP - ignacioneto@ufpa.br2 Programa <strong>de</strong> Educação Tutorial – Pet Geologia - maxmbr@hotmail.com3 Laboratório <strong>de</strong> Paleontologia - vladimir@ufpa.brNo Brasil encontram-se caracterizadas oito províncias <strong>pet</strong>rolíferas, incluídas nas bacias Solimões, Ceará,Potiguar, Sergipe-Alagoas, Recôncavo, Espírito Santo, Campos e Santos. A produção <strong>pet</strong>rolífera tambémfoi alcançada, em pequena escala, nas bacias terrestres <strong>de</strong> Barreirinhas (MA) e <strong>do</strong> Tucano (BA). Até omomento já foram <strong>de</strong>scobertas 457 acumulações no país, sen<strong>do</strong> 283 terrestres e 174 marítimas, queguardam reservas da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 8,5 bilhões <strong>de</strong> barris <strong>de</strong> óleo (ANP, 2001) e 221 bilhões <strong>de</strong> metros cúbicos17


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientifico<strong>de</strong> gás natural. Foram <strong>de</strong>tectadas acumulações <strong>de</strong> gás nos últimos anos nas bacias <strong>do</strong> Amazonas, Paraná eCamamu, prováveis províncias produtoras <strong>do</strong> Brasil, futuramente. A maior produtivida<strong>de</strong> <strong>de</strong>hidrocarbonetos na plataforma continental impulsionou os investimentos exploratórios para águasprofundas, à medida que se <strong>do</strong>minavam novas tecnologias. Atualmente a produção brasileira <strong>de</strong> <strong>pet</strong>róleo egás é proce<strong>de</strong>nte das bacias <strong>de</strong> Santos, Campos, Espírito Santo, Recôncavo, Tucano Sul, Sergipe-Alagoas,Ceará, Potiguar e Solimões, totalizan<strong>do</strong> cerca <strong>de</strong> 1,8 milhões <strong>de</strong> barris/dia <strong>de</strong> óleo e 48,4 milhões <strong>de</strong>m 3 /dia <strong>de</strong> gás, sen<strong>do</strong> a Bacia <strong>de</strong> Campos a responsável pela maior parte da produção <strong>de</strong> óleo, enquantoque a Bacia <strong>de</strong> Santos esta em crescente contribuição na produção brasileira <strong>de</strong> gás natural e óleo leve. Asprincipais bacias sedimentares brasileiras que apresentam potencial para prospecção <strong>de</strong> hidrocarbonetosgasosos e líqui<strong><strong>do</strong>s</strong> recobrem uma área <strong>de</strong> 7,5 milhões <strong>de</strong> Km 2 . Bacias maduras, como o Recôncavo,Sergipe-Alagoas, Espírito Santo (terra) e Potiguar, apresentam produção e sistemas <strong>pet</strong>rolíferos bem<strong>de</strong>termina<strong><strong>do</strong>s</strong>. Já nas bacias <strong>de</strong> eleva<strong>do</strong> potencial, tais como Campos, Santos, Espírito Santo (mar) eSergipe (águas profundas), apresentam importantes <strong>de</strong>scobertas <strong>de</strong> <strong>pet</strong>róleo e gás que <strong>de</strong>spertam interessee atraem investimentos priva<strong><strong>do</strong>s</strong> para a pesquisa exploratória. O restante das bacias são classificadascomo ―Novas Fronteiras‖. As bacias Pará-Maranhão, Foz <strong>do</strong> Amazonas, Barreirinhas e Marajó ainda nãotiveram campos <strong>pet</strong>rolíferos mapea<strong><strong>do</strong>s</strong>. É interessante notar que todas essas bacias produziram óleo e gássubcomerciais (Caputo, 2008, informação verbal). As possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ssas áreas são enormes, pois faltapesquisa mais sistemática para <strong>de</strong>scobrir reservas significativas. Com a auto-suficiência <strong>de</strong> <strong>pet</strong>róleo agoraalcançada pelo Brasil, possivelmente a pesquisa geológica po<strong>de</strong>rá ser feita também nestas áreas <strong>de</strong>fronteira exploratória. (Financia<strong>do</strong>r – [ANP]).Palavras Chaves: Produção <strong>pet</strong>rolífera, Rocha gera<strong>do</strong>ra, Rocha reservatório.O EXPERIMENTO DE MICHELSON-MORLEY1 Luís Fernan<strong>do</strong> Siqueira Pinto, 2 Leandro Oliveira Nascimento, 3 Riis Rhavia Assis Bachega, 4 Leonar<strong>do</strong><strong>de</strong> Sousa Leal , 5 Prof. Dr. Sérgio Vizeu Lima Pinheiro1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – fernan<strong>do</strong>@ufpa.br2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – leandrophysics@yahoo.com.br3 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – rrhavia@terra.com.br4 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – lsl_icc@yahoo.com.br5 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – svizeu@ufpa.brPor volta da segunda meta<strong>de</strong> <strong>do</strong> século XIX, vários cientistas acreditavam na existência <strong>de</strong> um meio <strong>de</strong>propagação para a luz, e esse meio recebeu o nome <strong>de</strong> éter. Esse meio sutil preenchia to<strong>do</strong> o espaço nouniverso. Segun<strong>do</strong> as equações <strong>de</strong> Maxwell, as ondas eletromagnéticas viajavam com uma velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong>299 792 458 m / s, porém todas as ondas necessitam <strong>de</strong> um meio para se propagar, então o éter seria omeio no qual as ondas eletromagnéticas se propagavam. De acor<strong>do</strong> com a mecânica newtoniana to<strong>do</strong>movimento necessita <strong>de</strong> um referencial, então para muitos cientistas o éter representava, inclusive, apossibilida<strong>de</strong> concreta <strong>de</strong> um referencial absoluto. Em 1881 o cientista alemão Albert AbrahamMichelson (1852 – 1931) realizou experimentos em Berlim e Postdam para <strong>de</strong>tectar o vento <strong>de</strong> éter. Ouseja, como a Terra se movimenta através <strong>do</strong> éter, previa-se teoricamente que a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> propagaçãoda luz em relação à Terra fosse diferente em diferentes direções. Estes primeiros experimentosapresentaram resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> negativos. Em 1887, Michelson e o norte-americano Edward Williams Morley(1838 – 1923) refizeram os experimentos em Cleveland, com um equipamento muito mais sensível que oanterior, não conseguin<strong>do</strong> mais uma vez observar o vento <strong>de</strong> éter. Neste trabalho discutiremos osprocedimentos realiza<strong><strong>do</strong>s</strong> por esses cientistas em busca <strong>do</strong> éter e as diversas explicações para explicar oresulta<strong>do</strong> encontra<strong>do</strong>.Palavras-Chave: éter, ondas eletromagnética, Milchelson-Morley.A SOLUÇÃO DAS EQUAÇÕES DE EINSTEIN REFERENTE A UM BURACO NEGROGIRANTE¹Caio F. B. Mace<strong>do</strong>, ²Luís C. B. Crispino¹ Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – caiomace<strong>do</strong>@ufpa.br² Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – crispino@ufpa.br18


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoEm 1915 o físico germano-suíço-norte-americano Albert Einstein formulou uma teoria para o campogravitacional conhecida hoje como Relativida<strong>de</strong> Geral. Meses <strong>de</strong>pois, em 1916, o astrofísico alemão KarlSchwarzschild encontrou a primeira solução da equação <strong>de</strong> Einstein da Relativida<strong>de</strong> Geral. A solução <strong>de</strong>Schwarzschild, como ficou conhecida, <strong>de</strong>screve o espaço-tempo <strong>de</strong> buracos negros <strong>de</strong>scarrega<strong><strong>do</strong>s</strong> e semrotação, assim como o espaço-tempo exterior a objetos esfericamente simétricos em geral. Em virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong>objetos astrofísicos girarem, vários físicos procuraram soluções que se a<strong>de</strong>quassem a objetos com rotação.O matemático neozelandês Roy Patrick Kerr publicou em 1963 [Physical Review Latters, vol. 11, p. 237(1963)] a solução que <strong>de</strong>screve um buraco negro girante e sem carga. Entretanto, o procedimento paraencontrar a solução <strong>de</strong> Kerr é extenso e relativamente complica<strong>do</strong>. Em 1965 Ezra Ted Newman e A. I.Janis propuseram [Journal of Mathematical Physics, vol. 6, p. 915 (1965)] um procedimentorelativamente simples para encontrar a métrica <strong>de</strong> Kerr, fazen<strong>do</strong> uma transformação complexa <strong>de</strong>coor<strong>de</strong>nadas (rotação complexa) usan<strong>do</strong> o formalismo proposto pelo próprio Ezra Ted Newman emconjunto com Roger Penrose [Journal of Mathematical Physics, vol. 3, p. 566 (1962)] alguns anos antes,conheci<strong>do</strong> com formalismo <strong>de</strong> Newman-Penrose, no espaço-tempo <strong>de</strong> Schwarzschild. Tal procedimento éconheci<strong>do</strong> hoje como algoritmo <strong>de</strong> Newman-Janis. No presente trabalho analisaremos o algoritmo <strong>de</strong>Newman-Janis e o procedimento para encontrar a solução das equações <strong>de</strong> Einstein para o buraco negrogirante (espaço-tempo <strong>de</strong> Kerr).Palavras-Chave: Relativida<strong>de</strong> Geral, Buraco Negro Girante, Métrica <strong>de</strong> Kerr, Algoritmo <strong>de</strong> Newman-Janis.APLICAÇÃO DA “QUÍMICA VERDE” NA DEMONSTRAÇÃO DA LEI DE HESSCaroline Figueire<strong>do</strong> GALVÃO 1 , Thiago <strong>de</strong> Assis MARTINS 2 , Elizabeth RODRIGUES 3 .1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – kakay_18@hotmail.com2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – thiago_ufpa@yahoo.com.br3 Professora/Pesquisa<strong>do</strong>ra Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – beth@ufpa.brAtualmente, não só as indústrias como também as instituições <strong>de</strong> ensino e pesquisa na área <strong>de</strong> químicaperceberam que o merca<strong>do</strong> necessita <strong>de</strong> profissionais capazes <strong>de</strong> buscar o <strong>de</strong>senvolvimento e aimplementação <strong>de</strong> técnicas que visam reduzir as taxas <strong>de</strong> poluição e, conseqüentemente, <strong>de</strong> custos. Talfato requer uma nova conduta química para o aprimoramento <strong><strong>do</strong>s</strong> processos, com o principal objetivo <strong>de</strong>reduzir a geração <strong>de</strong> resíduos e gases tóxicos ao ambiente. Este novo caminho a ser <strong>de</strong>linea<strong>do</strong> pelasocieda<strong>de</strong> é <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong> ―Química Sustentável ou Química Ver<strong>de</strong>‖. Neste trabalho, preten<strong>de</strong>-se<strong>de</strong>monstrar a Lei <strong>de</strong> Hess a partir da utilização <strong>de</strong> reagentes <strong>de</strong> baixa toxicida<strong>de</strong>, como a soda cáustica e oáci<strong>do</strong> muriático comerciais, em substituição aos seguintes reagentes analíticos: hidróxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> sódio(NaOH) P.A. e áci<strong>do</strong> clorídrico (HCl) P.A., ambos produtos <strong>de</strong> baixo custo, fácil aquisição e que sãoutiliza<strong><strong>do</strong>s</strong> em ativida<strong>de</strong>s cotidianas. Para isso, <strong>de</strong>terminou-se o teor <strong>de</strong> NaOH na soda cáustica e o teor <strong>de</strong>HCl no áci<strong>do</strong> muriático, e em seguida a<strong>do</strong>tou-se meto<strong>do</strong>logia similar à prática tradicional para a<strong>de</strong>monstração da Lei <strong>de</strong> Hess. A partir da análise <strong><strong>do</strong>s</strong> resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> obti<strong><strong>do</strong>s</strong> será possível <strong>de</strong>monstrar a Lei <strong>de</strong>Hess, bem como verificar se as informações constantes nos rótulos <strong><strong>do</strong>s</strong> mesmos são compatíveis com osda<strong><strong>do</strong>s</strong> encontra<strong><strong>do</strong>s</strong> experimentalmente. Desse mo<strong>do</strong>, percebe-se que a prática proposta neste trabalhopo<strong>de</strong> vir a contribuir <strong>de</strong> forma eficaz para a formação <strong>de</strong> profissionais com consciência no âmbito <strong>do</strong><strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> praticas experimentais menos agressivas ao meio ambiente, bem como a assimilação<strong>de</strong> novos conceitos científicos e tecnológicos que po<strong>de</strong>rão ser os passos iniciais responsáveis por umapossível sustentabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> planeta.Palavras-chave: Química Ver<strong>de</strong>, Lei <strong>de</strong> Hess, Reagentes Alternativos.APLICAÇÕES DA EQUAÇÃO DE SCHRÖDINGER INDEPENDENTE DO TEMPO1Tércio Almeida, 2 Natalia Menezes Silva da Costa , 3 Alessandra Nascimento Braga, 4 Débora Carvalho<strong>de</strong> Melo Rodrigues, 5 Sérgio Vizeu Lima Pinheiro1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – tercio.almeida@hotmail.com2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – nmsc007@gmail.com3Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – alessandrabg@ufpa.br4 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – <strong>de</strong>borar@ufpa.br5 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – svizeu@ufpa.brO referi<strong>do</strong> trabalho se trata <strong>de</strong> um <strong>de</strong>s<strong>do</strong>bramento <strong>do</strong> continua<strong>do</strong> estu<strong>do</strong> feito acerca da equação <strong>de</strong>Schrödinger que faz parte <strong>de</strong> um <strong><strong>do</strong>s</strong> projetos <strong>de</strong> pesquisa coletivos realiza<strong><strong>do</strong>s</strong> pelo grupo PET-Física da19


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoUniversida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará. Fazen<strong>do</strong> uso da equação <strong>de</strong> Schrodinger in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> tempo <strong>de</strong>seja-sea partir <strong>de</strong> potenciais pré-<strong>de</strong>fini<strong><strong>do</strong>s</strong> caracterizar e discutir algumas <strong>de</strong> suas principais aplicações, taiscomo: barreira, poço infinito e oscila<strong>do</strong>r harmônico. Consi<strong>de</strong>rar-se-á para a construção das soluçõesgerais da equação <strong>de</strong> Schrödinger para estes potenciais as situações em que a energia é maior ou menor<strong>do</strong> que os potenciais a<strong>do</strong>ta<strong><strong>do</strong>s</strong>. No caso <strong>do</strong> potencial <strong>de</strong> barreira temos três regiões <strong>de</strong> análise (antes dabarreira, <strong>de</strong>ntro da barreira e posterior a barreira), com duas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> valores <strong>de</strong> energia dapartícula, maior ou menor <strong>do</strong> que a <strong>do</strong> potencial, sen<strong>do</strong> a mais interessante quan<strong>do</strong> a energia da partículanão é suficiente para superar o valor <strong>de</strong> energia da barreira, o que nos leva à possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>raruma região não permitida pela física clássica.. Já o potencial poço infinito constitui um caso para o qual aaltura <strong>do</strong> poço finito ten<strong>de</strong> a um valor infinito, e assim as soluções <strong>do</strong> poço infinito são confinadas nointerior <strong>do</strong> mesmo, visto que seria necessária uma energia infinita para encontrar a partícula fora <strong>do</strong> poço.Este confinamento leva à valores quantiza<strong><strong>do</strong>s</strong> da energia. E por oscila<strong>do</strong>r harmônico representamosqualquer sistema que apresenta movimento harmônico <strong>de</strong> oscilação, e é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> utilida<strong>de</strong> para<strong>de</strong>screver sistemas mais complexos <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> diversas áreas <strong>de</strong> conhecimento da própria física,tornan<strong>do</strong>-se um mo<strong>de</strong>lo importantíssimo para o entendimento da mesma. Estes efeitos quânticos são <strong>de</strong>gran<strong>de</strong> importância para o estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> fenômenos, situações reais, <strong>de</strong> maior complexida<strong>de</strong> como o <strong>de</strong>tunelamento <strong>de</strong> elétrons que garantiu o prêmio Nobel ao físico japonês Leo Esaki <strong>do</strong> ano <strong>de</strong> 1973.(financia<strong>do</strong>r SESU-Mec)Palavras-Chave: equação <strong>de</strong> schrödinger, física quântica, aplicações.DENSIDADE DE ENERGIA NUMA CAVIDADE UNIDIMENSIONAL COM UMA FRONTEIRAMÓVEL NA PRESENÇA DE UM CAMPO CLÁSSICOAlessandra N. Braga 1 , Jeferson D. L. Silva 2 , Danilo T. Alves 3 , Edney R. Granhen 3 , Wagner P. Pires 51 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará alessandrabg@ufpa.br, 2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Parádanilo_fisic@yahoo.com.br, 3 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará danilo@ufpa.br, 3 Centro Brasileiro <strong>de</strong>Pesquisas Físicas edney@ufpa.br, 5 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro wpires@ufpa.brO objetivo <strong>do</strong> presente trabalho é investigar o comportamento da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> energia numa cavida<strong>de</strong>não estática, on<strong>de</strong> uma das fronteiras executa movimento prescrito arbitrário. O mo<strong>de</strong>lo consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> é o<strong>do</strong> campo escalar clássico não massivo em 1+1 dimensões, sen<strong>do</strong> que o campo obe<strong>de</strong>ce à condição <strong>de</strong>Dirichlet ou Neumann em cada uma das fronteiras. Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> uma dada solução inicial <strong>do</strong> campo,nós investigamos a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se calcular a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> energia em um da<strong>do</strong> ponto <strong>do</strong> espaçotempoatravés <strong>do</strong> traça<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma seqüência <strong>de</strong> linhas nulas, conectan<strong>do</strong> o valor da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> energiaem um da<strong>do</strong> ponto <strong>do</strong> espaço-tempo a um certo valor conheci<strong>do</strong> da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> energia em um pontodas ―zonas estáticas‖. As zonas estáticas são regiões <strong>do</strong> espaço-tempo nas quais os mo<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>do</strong> campo, quese propagam sobre linhas nulas contidas nessas regiões, ainda não foram afeta<strong><strong>do</strong>s</strong> pela alteração nocampo causada pelo movimento da fronteira. Buscamos, então, uma fórmula que permita obterexatamente a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> energia na cavida<strong>de</strong> para movimentos genéricos da fronteira, cujos resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>numéricos exatos sejam aplicáveis inclusive a movimentos <strong>de</strong> amplitu<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> e relativísticos, além <strong>de</strong>aplicar no caso específico <strong>de</strong> movimento oscilatório. O trabalho toma como base os artigos <strong>de</strong> Moore (J.Math. Phys. 11 2679 (1970)) e Cole and Schieve (Phys. Rev. A 52 4405, (1995)), sen<strong>do</strong> o primeiro <strong>de</strong>les oprecursor das investigações sobre o efeito Casimir dinâmico. (financia<strong>do</strong>r: SESU/Mec e CNPQ/ Pibiq)Palavras chave: Densida<strong>de</strong>, Energia, FronteirasEFEITO CASIMIR E REGULARIZAÇÃO NA REDE1 Jocival<strong>do</strong> S. S. Júnior, 2 Hector O. Silva e 3 Danilo T. Alves1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – jssj89@hotmail.com2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – hokada@ufpa.br3 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – danilo@ufpa.brUma das mais interessantes predições teóricas da Eletrodinâmica Quântica é a atração entre duas placasperfeitamente condutoras e eletricamente neutras, no vácuo, fenômeno <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong> efeito Casimir. Esteefeito surge pois ao confinarmos o campo entre as placas temos uma alteração na energia <strong>de</strong> ponto zero<strong>do</strong> vácuo.O mais interessante neste efeito é que ele é uma manifestação macroscópica das proprieda<strong>de</strong>smicroscópicas <strong>do</strong> vácuo. Como é comum no contexto da Teoria Quântica <strong>de</strong> Campos, é necessário o uso<strong><strong>do</strong>s</strong> processos <strong>de</strong> renormalização e regularização, para obter um resulta<strong>do</strong> finito para a força <strong>de</strong> Casimir.20


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoA divergência da energia e consequentemente da força <strong>de</strong> Casimir, acontece pois interpretamos o campoeletromagnético como um conjunto <strong>de</strong> infinitos oscila<strong>do</strong>res harmônicos e infinitos oscila<strong>do</strong>res possuemenergia infinita. Entre as técnicas <strong>de</strong> regularização mais comuns po<strong>de</strong>mos citar, as técnicas <strong>do</strong> cut-off,função zeta generalizada, aplicação da fórmula <strong>de</strong> Abel-Plana e o uso das funções <strong>de</strong> Green. Nestetrabalho apresentamos o cálculo da força <strong>de</strong> Casimir em mo<strong>de</strong>los unidimensionais. Para tal utilizamos atécnica <strong>de</strong> regularização na re<strong>de</strong> [1], técnica pouco utilizada até o momento para investigar o efeitoCasimir. Toman<strong>do</strong> como base [1,2], calculamos a força <strong>de</strong> Casimir para um campo escalar real nãomassivoem (1+1)D satisfazen<strong>do</strong> condições <strong>de</strong> contorno <strong>de</strong> Dirichlet, Neumann, periódicas eantiperiódicas. (financia<strong>do</strong>r [FAPESPA e CNPQ])Palavras-Chave: Vácuo, Efeito Casimir, Regularização.FERRAMENTAS MATEMÁTICAS PARA O ESTUDO DA TEORIA DA RELATIVIDADEGERAL1 Riis Rhavia Assis Bachega, 2 Carolina Loureiro Benone, 3 Glauber Tadaiesky Marques,1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – rrhavia@terra.com2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – carol_lben@hotmail.com3 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – tadaiesky@ufpa.brDesenvolvida por Albert Einstein (1879-1955), a Teoria da Relativida<strong>de</strong> Geral foi criada com o intuito <strong>de</strong>esten<strong>de</strong>r a sua Teoria da Relativida<strong>de</strong> Especial (ou restrita), válida para referenciais inerciais, para osreferenciais não inerciais. O estu<strong>do</strong> da Teoria da Relativida<strong>de</strong> Geral exige o conhecimento <strong>de</strong> ferramentasmatemáticas que normalmente não são estudadas nos cursos <strong>de</strong> graduação em Física. O objetivo <strong>de</strong>stetrabalho será apresentar ao público um breve apanha<strong>do</strong> acerca <strong><strong>do</strong>s</strong> conceitos e ferramentas necessáriaspara a <strong>iniciação</strong> no estu<strong>do</strong> da Teoria. Destacaremos o conceito <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>, <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância para acompreensão das Geometrias Não-Euclidianas, mais especificamente para a teoria da Relativida<strong>de</strong> Gerala Geometria (Pseu<strong>do</strong>)Riemanniana, on<strong>de</strong> é construída a Teoria. Será <strong>de</strong>senvolvida uma maneira maisabstrata <strong>de</strong> representar pontos no espaço através <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nadas, e como se dá atransformação entre estes sistemas. Como a Teoria Einsteiniana é construída localmente, ou seja, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>da Geometria local, e não da geometria global; serão <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância a abordagem <strong>de</strong> conceitoscomo métrica, espaço tangente e conexão afim. Tais conceitos serão utiliza<strong><strong>do</strong>s</strong> para a formulação geral daequação da geodésica, a curva que representa a menor distância entre <strong>do</strong>is pontos em uma varieda<strong>de</strong>. Epor fim, introduziremos o conceito <strong>de</strong> tensores, ferramenta matemática <strong>de</strong> importância mais fundamentalpara o estu<strong>do</strong> da Teoria da Relativida<strong>de</strong> Geral.Palavras-Chave: Teoria da Relativida<strong>de</strong> Geral, Sistema <strong>de</strong> Coor<strong>de</strong>nadas, Tensores.FLUIDOS PERFEITOS RELATIVÍSTICOS1 Leandro O. Nascimento, 2 Marcelo C. <strong>de</strong> Lima.1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – leandrophysics@yahoo.com.br2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – mclima@ufpa.brCom o surgimento da teoria da Relativida<strong>de</strong> Especial, em 1905 com os artigos <strong>de</strong> Albert Einstein,<strong>de</strong>scobre-se que a mecânica Newtoniana é um caso particular da mecânica relativística quan<strong>do</strong>consi<strong>de</strong>ramos velocida<strong>de</strong>s muito menores <strong>do</strong> que a velocida<strong>de</strong> da luz, consequentemente a mecânicaclássica <strong><strong>do</strong>s</strong> flui<strong><strong>do</strong>s</strong>, construída sobre os alicerces da mecânica <strong>de</strong> Newton, acaba por torna-se um casoparticular <strong>de</strong> uma mecânica relativística para flui<strong><strong>do</strong>s</strong>. Neste trabalho abordaremos os conceitos básicos<strong>de</strong>ssa <strong>de</strong>scrição relativística, dan<strong>do</strong> ênfase ao estu<strong>do</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong> flui<strong><strong>do</strong>s</strong> perfeitos (esse tipo <strong>de</strong> flui<strong>do</strong> nãoapresenta viscosida<strong>de</strong> e termocondução, ou seja, não troca calor entre seus elementos <strong>de</strong> volume internosnem troca calor com o meio externo, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ser <strong>de</strong>scrito totalmente conhecen<strong>do</strong>-se a sua <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong>matéria e pressão), covariante sobre um espaço-tempo <strong>de</strong> Minkowski, apresentan<strong>do</strong> a lei <strong>de</strong> conservaçãorelativística <strong>do</strong> tensor <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> energia <strong>do</strong> flui<strong>do</strong> perfeito, buscan<strong>do</strong> os <strong>de</strong>vi<strong><strong>do</strong>s</strong> limites para amecânica clássica <strong><strong>do</strong>s</strong> flui<strong><strong>do</strong>s</strong>, na qual <strong>de</strong>vemos ter as leis <strong>de</strong> conservação, a saber: equação dacontinuida<strong>de</strong> (conservação da massa), conservação da energia, equação <strong>de</strong> Euller e a equação <strong>de</strong>conservação <strong>do</strong> momento.Palavras-Chave: Relativida<strong>de</strong> Especial, Flui<strong><strong>do</strong>s</strong> Perfeitos, Lei <strong>de</strong> Conservação Relativística.21


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoGEOLOGIA E CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA DO GRANITO SÃO JOÃO,PROVÍNCIA MINERAL DE CARAJÁS, SUDESTE DO PARÁ.Paulo Henrique Araújo Lima 1, 2 (phlima@ufpa.br), Claudio Nery Lamarão 1 (lamarão@ufpa.br), Jar<strong>de</strong>lCarlos Lima Mesquita 1, 2 (mesquita@ufpa.br), Max <strong>de</strong> Jesus Pereira <strong><strong>do</strong>s</strong> Santos 1, 2(maxmbrgeo@hotmail.com).1 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Geologia, IG – UFPA2 Curso <strong>de</strong> graduação em Geologia, bolsista PETO Granito São João é um batólito anorogênico circular com aproximadamente 200 km² <strong>de</strong> área quesecciona unida<strong>de</strong>s arqueanas <strong>do</strong> Terreno Granito-Greenstone <strong>de</strong> Rio Maria. Está localiza<strong>do</strong> entre ascida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Água Azul <strong>do</strong> Norte e Bannach na porção su<strong>de</strong>ste <strong>do</strong> Cráton Amazônico, <strong>de</strong>ntro da ProvínciaMineral <strong>de</strong> Carajás, sen<strong>do</strong> inseri<strong>do</strong> preliminarmente na Suíte Jamon. É constituí<strong>do</strong> essencialmente porrochas isotrópicas monzograníticas e sienograníticas, <strong>de</strong> granulação <strong>do</strong>minantemente média a grossa,localmente fina, que afloram na forma <strong>de</strong> blocos e laje<strong><strong>do</strong>s</strong> fratura<strong><strong>do</strong>s</strong> com coloração rosada e acinzentada.Diferentemente <strong><strong>do</strong>s</strong> outros corpos graníticos que compõem a suíte Jamon, o Granito São João nãoapresenta, até o presente momento, mapeamento geológico e caracterização <strong>pet</strong>rográfica <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhes, nemtampouco datação geocronológica por meto<strong>do</strong>logias mais mo<strong>de</strong>rnas (p.ex. U-Pb, Pb-Pb em zircão, etc.).O presente trabalho tem como objetivo preliminar a caracterização geológica e <strong>pet</strong>rográfica <strong>do</strong> GranitoSão João. Posteriormente, serão realizadas datações geocronológicas através <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> Pb-Pb em zircãono laboratório <strong>de</strong> geologia isotópica. Um estu<strong>do</strong> <strong>pet</strong>rográfico preliminar foi realiza<strong>do</strong> nas rochas <strong>do</strong>Granito São João, e teve como base <strong>de</strong>scrições macro e microscópicas <strong><strong>do</strong>s</strong> litotipos encontra<strong><strong>do</strong>s</strong>,possibilitan<strong>do</strong> a separação <strong>do</strong> granito em quatro fácies <strong>pet</strong>rográficas distintas: clinopiroxênio-biotitasienogranito (CpxBSGr), anfibólio-biotita monzogranito (ABMGr), anfibólio-biotita sienogranito(ABSGr) e biotita sienogranito (BSGr).Palavras chaves: Granito São João, Anorogênico, Carajás.SOLUÇÃO DA EQUAÇÃO DE SCHRÖDINGER UNIDIMENSIONAL PARA UMAPARTÍCULA EM UM POÇO DE POTENCIAL INFINITO EM UM ESPAÇO-TEMPODISCRETO1 Hector O Silva, 2 Caio F. B. Mace<strong>do</strong>, 3 Luís C. B. Crispino1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – hokada@ufpa.br2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – caiomace<strong>do</strong>@ufpa.br3 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – crispino@ufpa.brProposta em 1925, pelo físico austríaco Erwin Schrödinger, a equação <strong>de</strong> Schrödinger <strong>de</strong>screve adinâmica <strong>de</strong> partículas, livres ou sujeitas a potenciais, no contexto da Mecânica Quântica Não-Relativística. Diversos livros introdutórios sobre Mecânica Quântica apresentam soluções <strong>de</strong> problemasunidimensionais obti<strong><strong>do</strong>s</strong> a partir da equação <strong>de</strong> Schrödinger, <strong>de</strong>ntre eles o conheci<strong>do</strong> problema <strong>do</strong> poço <strong>de</strong>potencial infinito, que simula, para energias não muito altas, elétrons presos em metais. Utilizan<strong>do</strong> assoluções da equação <strong>de</strong> Schrödinger, po<strong>de</strong>mos analisar as diferenças entre a teoria quântica <strong>de</strong>Schrödinger e a mecânica clássica newtoniana. Tanto as coor<strong>de</strong>nadas espaciais quanto o parâmetrotemporal têm variação contínua na equação <strong>de</strong> Schrödinger. No entanto, algumas teorias atuaisconsi<strong>de</strong>ram uma escala fundamental para o espaço e para o tempo. Como comprimento espacialfundamental, po<strong>de</strong>mos utilizar o comprimento <strong>de</strong> Planck e como intervalo <strong>de</strong> tempo fundamental, otempo <strong>de</strong> Planck. No presente trabalho, aplicamos a versão discretizada da equação <strong>de</strong> Schrödinger,recentemente apresentada por M. Bhatia e P. Narayama Swamy [arXiv:0910.0825v1], obtida usan<strong>do</strong> ométo<strong>do</strong> <strong>de</strong> diferenças finitas, para o estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma partícula confinada em um poço <strong>de</strong> potencial infinito.Calculamos a função <strong>de</strong> onda <strong>do</strong> problema bem como os níveis <strong>de</strong> energia e comparamos com o caso <strong>do</strong>espaço-tempo contínuo. No limite em que comprimento espacial fundamental ten<strong>de</strong> à zero, tanto a função<strong>de</strong> onda quanto os níveis <strong>de</strong> energia, recaem nas expressões conhecidas da literatura. As influências dadiscretização <strong>do</strong> espaço e <strong>do</strong> tempo são discutidas.Palavras-Chave: Equação <strong>de</strong> Schrödinger, espaço-tempo discreto, poço <strong>de</strong> potencial infinito, partículana caixa.22


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoULTILIZANDO O TESTE QUI-QUADRADO PARA COMPROVAR A IMPORTÂNCIA DOUSO DAS INTERFACES COMPUTACIONAIS EDUCATIVAS NA PERSPECTIVA ENSINOAPRENDIZAGEM (BASEADO NA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO DE SILVIO PEREIRAFILHO).1 Leonar<strong>do</strong> <strong>de</strong> Sousa Leal, 2 Prof. Dr.Danilo Teixeira Alves, 3 Prof. Silvio Carlos Ferreira Pereira Filho,4 Luis Fernan<strong>do</strong> Siqueira Pinto , 5 Valéria Pinheiro1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará –lsl_icc@yahoo.com.br2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – danilo@ufpa.br3 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – silviofilho@gmail.com4 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – Fernan<strong>do</strong>@ufpa.br5 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará –vpfisica@hotmail.comComo disseram Wiemam(prêmio Nobel) e seu companheiro Perkins-pesquisa<strong>do</strong>res que falam daimportância da educação associada as novas tecnologias da informática-‗‗(....)embora computa<strong>do</strong>restenham melhora<strong>do</strong> dramaticamente a produtivida<strong>de</strong> em muitas áreas, o uso <strong>de</strong>les para melhorar aeducação tem si<strong>do</strong> lento e difícil‘‘.Pensan<strong>do</strong> nesta lógica e olhan<strong>do</strong> para a realida<strong>de</strong> da socieda<strong>de</strong>Brasileira, no qual nos últimos anos vem aumentan<strong>do</strong> bastante o numero <strong>de</strong> novos laboratórios <strong>de</strong>informáticas nas escolas públicas, mas no entanto não contribuin<strong>do</strong> em nada para sua <strong>de</strong>vidafunção(segun<strong>do</strong> o ministério da educação) o melhoramento <strong>do</strong> ensino no país.Foi o que estudante <strong>de</strong>mestra<strong>do</strong> <strong>de</strong> educação em ciências matemática(NPADC) ,Silvio Pereira Filho,construiu sua tese <strong>de</strong>dissertação- Educação matemática através da interface computacionais: o papel <strong>de</strong> componentesinterativos na postura exploratória e na aprendizagem-;ten<strong>do</strong> como objetivo <strong>de</strong>ste trabalho,utilizar osresulta<strong><strong>do</strong>s</strong> obti<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong>sta tese,comprovan<strong>do</strong> através <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> qui-quadra<strong>do</strong>(associação <strong>de</strong> termos)-escolhi<strong>do</strong> <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ter acha<strong>do</strong> o mais eficiente <strong>de</strong>ntre outros(nos meus estu<strong><strong>do</strong>s</strong> pessoais) para a resolução daproblemática da tese- as interfaces:A, B, C e D apresentadas nas escolas publicas analisadas,após ainteração com os mesmos,é ou não eficiente na perspectiva ensino aprendizagem?Pensan<strong>do</strong> na resposta <strong>de</strong>sta questão, após o <strong>de</strong>senvolvimento <strong><strong>do</strong>s</strong> cálculos, concluímos que a melhoraefetiva (diferença entre o numero <strong>de</strong> questões em que houve melhora pelo numero <strong>de</strong> questões que houvepiora) <strong><strong>do</strong>s</strong> estudantes analisa<strong><strong>do</strong>s</strong> é <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong><strong>do</strong>s</strong> episódios <strong>de</strong> interação vali<strong><strong>do</strong>s</strong> (a visualização final dainterface, após a interação com a ferramenta),mostran<strong>do</strong> quanto mais o aluno interage qualitativamentecom a interface escolhida(A ou B ),maior a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>le assimilar ou construir um conhecimento.Mas nem sempre, quantida<strong>de</strong> significa qualida<strong>de</strong> nos resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> finais (apenas um indica<strong>do</strong>r positivo <strong>de</strong>aprendizagem), concluímos isto quan<strong>do</strong> comprovou a <strong>de</strong>pendência <strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> interface ( A e B) com amelhora efetiva, ou seja, apesar da interface B apresentar um numero inferior <strong>de</strong> interações válidascomparadas com A, no entanto apresentou resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> melhores na perspectiva ensino aprendizagem.Palavras-Chave: Interfaces computacionais, Educação, Qui-quadra<strong>do</strong>, Interação.CIÊNCIAS BIOLOGICASANÁLISE FITOQUÍMICA DA SEMENTE DA MORINGA OLEIFERA LAM.¹Flávio Antonia <strong>de</strong> Oliveira Susa (IC), ² Van<strong>de</strong>rlene Brasil Lucena (PQ), 3 Ana Claudia da Conceição Silva(IC), 4 Tarsis Howland da Rocha Frazão (IC) & 5 Shirley Cunha Feuerstein (IC).1 Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ensino Superior <strong>do</strong> Sul <strong>do</strong> Maranhão-IESMA – flaviooliveiraa@hotmail.com2 Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ensino Superior <strong>do</strong> Sul <strong>do</strong> Maranhão-IESMA – vanda_brasil@hotmail.com3 Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ensino Superior <strong>do</strong> Sul <strong>do</strong> Maranhão-IESMA – claldia@ahotmail.com4 Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ensino Superior <strong>do</strong> Sul <strong>do</strong> Maranhão-IESMA – raimun<strong>do</strong>no@hotmail.com5 Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ensino Superior <strong>do</strong> Sul <strong>do</strong> Maranhão-IESMA – shirleyagruiar_2@hotmail.comA Moringa oleifera Lam. pertence à família Moringaceae, que é composta apenas <strong>de</strong> um gênero(Moringa) e quatorze espécies conhecidas, é nativa da Índia, cresce atualmente em vários países <strong><strong>do</strong>s</strong>trópicos. O uso medicinal da moringa é amplo e <strong>de</strong>sta forma, várias partes da planta, como as folhas,raízes, sementes, caule, flores e frutos tem si<strong>do</strong> estudadas quanto á ação na cicatrização <strong>de</strong> ferimentos.Apesar <strong>de</strong> ser uma planta medicinal amplamente utilizada, seus efeitos fisiológicos ainda não estão bemconhecidas. Os objetivos <strong>do</strong> trabalho foi verificar a presença <strong><strong>do</strong>s</strong> compostos químicos para possíveistratamentos <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças. A meto<strong>do</strong>logia utilizada para as análises fitoquímicas foi através <strong>de</strong> material seco23


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientificoe tritura<strong>do</strong> on<strong>de</strong> ouve a produção <strong>do</strong> extrato alcoólico e aquoso, para cada 100 gramas <strong>de</strong> amostra serãoacrescenta<strong><strong>do</strong>s</strong> 400 mL <strong>de</strong> etanol a 70 % e 400 mL <strong>de</strong> água <strong>de</strong>stilada, respectivamente. Em seguida serão<strong>de</strong>ixa<strong><strong>do</strong>s</strong> em banho maria por 24 h a 60ºC em seguida foram realiza<strong><strong>do</strong>s</strong> as análises <strong>de</strong> polissacarí<strong>de</strong>o,catequina, flavanói<strong>de</strong>s, alcaloi<strong>de</strong>s, áci<strong><strong>do</strong>s</strong> orgânicos, açucares redutores, sesquiterpenlactonas e outraslactonas, carotenói<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>psídios e <strong>de</strong>psi<strong>do</strong>nas, saponina espumídica, alcalói<strong>de</strong>s e proteínas e aminoáci<strong><strong>do</strong>s</strong>sen<strong>do</strong> verifica<strong>do</strong> também o pH <strong>de</strong> cada extrato. Os resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> foram positivos somente para alcalói<strong>de</strong>s eáci<strong><strong>do</strong>s</strong> orgânicos além <strong>de</strong> proteínas e aminoáci<strong><strong>do</strong>s</strong> com pH 5, além disso, a semente da moringacaracteriza-se por um alto teor eleva<strong>do</strong> <strong>de</strong> proteínas e lipí<strong>de</strong>os, no qual, on<strong>de</strong> se encontra o maiorcomposto no processo <strong>de</strong> clarificação da água. Desta forma conclui-se que a semente da Moringa oleiferaLam. apresenta substâncias químicas que po<strong>de</strong>m ser usadas para: analgésicos, anestésicos antiviral, eanticâncer. O pó da semente da Moringa oleifera Lam. vem sen<strong>do</strong> usada no tratamento contra a maláriaem regiões on<strong>de</strong> não há tratamento <strong>de</strong> água, sen<strong>do</strong> está utilizada largamente no processo <strong>de</strong> clarificação etratamento da mesma já que possui proteínas que <strong>de</strong>sestabiliza as partículas contidas na água.Palavras – chaves: Análise, Fitoquímica, Moringa.AVALIAÇÃO PARASITOLÓGICA DE ALFACES LACTUCA SATIVA COMERCIALIZADASEM FEIRAS LIVRES E SUPERMERCADOS DO MUNICÍPIO DE IMPERATRIZ-MA¹Flávio Antonia <strong>de</strong> Oliveira Susa (IC), ² Van<strong>de</strong>rlene Brasil Lucena (PQ), 3 Ana Claudia da Conceição Silva(IC), 4 Tarsis Howland da Rocha Frazão (IC) & 5 Shirley Cunha Feuerstein (IC).1 Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ensino Superior <strong>do</strong> Sul <strong>do</strong> Maranhão-IESMA – flaviooliveiraa@hotmail.com2 Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ensino Superior <strong>do</strong> Sul <strong>do</strong> Maranhão-IESMA – vanda_brasil@hotmail.com3 Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ensino Superior <strong>do</strong> Sul <strong>do</strong> Maranhão-IESMA – claldia@ahotmail.com4 Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ensino Superior <strong>do</strong> Sul <strong>do</strong> Maranhão-IESMA – raimun<strong>do</strong>no@hotmail.com5 Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ensino Superior <strong>do</strong> Sul <strong>do</strong> Maranhão-IESMA – shirleyagruiar_2@hotmail.comUltimamente vêm ocorren<strong>do</strong> na mesa <strong><strong>do</strong>s</strong> brasileiros diferentes hábitos alimentares e a alface tem si<strong>do</strong>consumida com bastante freqüência. Estu<strong><strong>do</strong>s</strong> têm sugeri<strong>do</strong> a possibilida<strong>de</strong> da ocorrência <strong>de</strong> transmissão<strong>de</strong> enteroparasitas ao homem através <strong>de</strong> frutas e verduras consumidas cruas provenientes <strong>de</strong> áreascultivadas e contaminadas por <strong>de</strong>jetos fecais. Sabemos que a alface consumida crua é um gran<strong>de</strong> meio <strong>de</strong>transmissão <strong>de</strong> diversos tipos <strong>de</strong> parasitas. Com isso através da análise parasitológica da alface (Lactucasativa) po<strong>de</strong>remos i<strong>de</strong>ntificar os mais diversos tipos <strong>de</strong> enteroparasitas existentes nessas hortaliças. Opresente trabalho objetivou verificar a ocorrência parasitária em alface crespa (Lactuca sativa)comercializadas em uma feira livre e em um supermerca<strong>do</strong> <strong>de</strong> Imperatriz-MA. Foram analisadas 20amostras, sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>z adquiri<strong><strong>do</strong>s</strong> em uma feira livre e <strong>de</strong>z em um supermerca<strong>do</strong>. Cada lote <strong>de</strong> verdura foi<strong>de</strong>sfolha<strong>do</strong> e macera<strong>do</strong> sen<strong>do</strong> coloca<strong>do</strong> em cálices com água <strong>de</strong>stilada. On<strong>de</strong> permaneceram 24 horas àtemperatura ambiente para sedimentação. Os resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> foram observa<strong><strong>do</strong>s</strong> em microscópio óptico, dasamostras analisadas 100% <strong><strong>do</strong>s</strong> lotes adquiri<strong><strong>do</strong>s</strong> em feira livre continham algum tipo <strong>de</strong> estruturaparasitária assim <strong>de</strong>monstran<strong>do</strong> contaminação. Foram encontradas Cisto <strong>de</strong> Entamoeba coli, Enterobiuvermiculares, Entamoeba histolytica, Ovo <strong>de</strong> Taenia sp. Por outro la<strong>do</strong>, os lotes coleta<strong><strong>do</strong>s</strong> emsupermerca<strong>do</strong> apresentaram <strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong>z, somente oito, nestes foram encontra<strong><strong>do</strong>s</strong>: Entamoeba histolytica,Entamoeba coli e Ovo En<strong>do</strong>limax nana. Notou-se que a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> parasitas foi mais expressiva emvariação <strong>de</strong> espécies nas feiras-livres, compara<strong>do</strong> com o supermerca<strong>do</strong>. Nas condições em que foi<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> este estu<strong>do</strong>, conclui-se que, as amostras <strong>de</strong> alfaces <strong>de</strong> cultivo orgânico, comercializadas emnossa região, apresentaram baixo padrão higiênico. A constatação da ocorrência <strong>de</strong> enteroparasitas emalfaces, há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> a<strong>do</strong>ção <strong>de</strong> medidas, por parte <strong><strong>do</strong>s</strong> órgãos <strong>de</strong> vigilância sanitária, para melhoriada qualida<strong>de</strong> higiênica <strong>de</strong>ssa hortaliça tão consumida pela população, além <strong>do</strong> programa <strong>de</strong> educaçãosanitária direciona<strong>do</strong> aos produtores <strong>de</strong> hortaliças.Palavras – chaves: Avaliação, Alface, Protozoários.24


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoENGENHARIASANÁLISE DOS PARÂMETROS UTILIZADOS NO PROJETO DE MANCAISHIDRODINÂMICOS1 Thiago Valente da costa, 2 Bruno Cesar Cayres Andra<strong>de</strong>, 3 An<strong>de</strong>rson da Silva <strong>de</strong> Alcântara, 4 MarcosWillian Leal <strong>do</strong> Nascimento, 5 Ab<strong>do</strong>n Tapia Ta<strong>de</strong>o1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará– valent_th@hotmail.com2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – bccayres@yahoo.com.br3 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – an<strong>de</strong>rsonalcantra40@yahoo.com.br4 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – thiago.valente92@yahoo.com.br5 Professor Orienta<strong>do</strong>r PhD. da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Recôncavo da Bahia – ta_<strong>de</strong>o@yahoo.com.brA utilização <strong>do</strong> mancal visa possibilitar a conexão entre duas partes móveis ou entre uma parte móvel eoutra fixa como acontecem nas máquinas rotativas, porém o mancal <strong>de</strong>ve diminuir o <strong>de</strong>sgaste <strong><strong>do</strong>s</strong>materiais e o aquecimento excessivo <strong><strong>do</strong>s</strong> componentes nos mancais. Conseqüentemente algumas dasproprieda<strong>de</strong>s buscadas em um material <strong>de</strong> mancal são as suavida<strong>de</strong>s relativas (para absorver partículasestranhas), resistência razoável, usinabilida<strong>de</strong> (para manter as tolerâncias), lubricida<strong>de</strong>, resistência àtemperatura e a corrosão e, em alguns casos, porosida<strong>de</strong> (para absorver lubrificantes). Os mancaishidrodinâmicos são largamente emprega<strong><strong>do</strong>s</strong> em turbo máquinas por permitirem altas cargas em altasvelocida<strong>de</strong>s. Além disso, a vida <strong>de</strong> um mancal <strong>de</strong> <strong>de</strong>slizamento é, teoricamente, infinita, uma vez que nãoexiste contato entre peças com movimento relativo, garantin<strong>do</strong> longa continuida<strong>de</strong> operacional. Esteestu<strong>do</strong> utilizou-se <strong>de</strong> uma bancada composta por mancais hidrodinâmicos, localizada no Sub-laboratório<strong>de</strong> Vibrações e acústica da faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Engenharia Mecânica, adquiri<strong>do</strong> em um projeto em parceria coma EletroNorte. Ten<strong>do</strong> como objetivo explicar os principais parâmetros a serem consi<strong>de</strong>ra<strong><strong>do</strong>s</strong> no projeto <strong>de</strong>mancais <strong>de</strong> <strong>de</strong>slizamento e propor analisar a teoria básica da lubrificação a partir da Equação <strong>de</strong> Petroff,estudan<strong>do</strong> o fenômeno <strong>de</strong> fricção hidrodinâmica em função da pressão <strong>de</strong> sustentação da carga <strong><strong>do</strong>s</strong>mancais. Inicialmente, para efeito <strong>de</strong> analise numérica, convencionamos alguns parâmetros, tais como aredução <strong>de</strong> carga no mancal e o vazamento <strong>de</strong> óleo. A<strong>do</strong>tou-se a rotação média da máquina para efeito <strong>de</strong>comparação com os da<strong><strong>do</strong>s</strong> obti<strong><strong>do</strong>s</strong> em rotações variadas no aparelho.Palavras-Chave: mancal <strong>de</strong> <strong>de</strong>slizamento, parâmetros, <strong>de</strong>sempenho.ANÁLISE MECÂNICA DE BLOCOS CERÂMICOS ESTRUTURAIS CONFECCIONADOS APARTIR DA LAMA VERMELHA E ARGILA1 Ronaldson José <strong>de</strong> França Men<strong>de</strong>s Carneiro, 2 Marcela Santos da Silva, 3 Andre Margalho Daltro,3 Gabriela Ribeiro Fernan<strong>de</strong>s, 5 Camila da Silva Viegas1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – ronaldso@ufpa.br2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – marcelass_1505@yahoo.com.br3 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – andre.daltro@hotmail.com4 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – gabriela_fernan<strong>de</strong>s_14@hotmail.com5 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – vieguinhas6@yahoo.com.brCom o crescimento no setor da construção civil e a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resíduos gera<strong><strong>do</strong>s</strong> pelas indústrias,<strong>de</strong>senvolveu-se várias pesquisas com o intuito <strong>de</strong> minimizar os impactos ambientais, e torná-los úteis nafabricação <strong>de</strong> produtos da indústria <strong>de</strong> cerâmica, volta<strong><strong>do</strong>s</strong> para a construção <strong>de</strong> casas populares. Nessecontexto, a lama vermelha é um resíduo insolúvel proveniente da digestão <strong>de</strong> bauxita pelas soluções <strong>de</strong>hidróxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> sódio na fabricação da alumina pelo processo <strong>de</strong> Bayer, que constitui um problemaambiental, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> às proporções <strong>do</strong> volume <strong>de</strong> lama vermelha gera<strong>do</strong> em uma fábrica <strong>de</strong> alumina típicacomo também seu teor cáustico. Assim, o objetivo <strong>de</strong>ste trabalho é analisar a viabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sse materialpara fins industriais, uma vez que a lama vermelha apresenta um gran<strong>de</strong> potencial alternativo comomatéria-prima para a produção <strong>de</strong> blocos cerâmicos para alvenaria <strong>de</strong> vedação e estrutural. A meto<strong>do</strong>logiaempregada para a confecção <strong><strong>do</strong>s</strong> blocos cerâmicos consiste na secagem e na moagem da lama vermelha emisturas <strong>de</strong> matérias-primas <strong>de</strong> lama vermelha e argila numa proporção <strong>de</strong> 40% e 60%, respectivamente.A geometria será confeccionada com seções vazadas <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a NBR 15270-2. Foram realiza<strong><strong>do</strong>s</strong>25


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientificoensaios <strong>de</strong> resistência a compressão axial simples em blocos cerâmicos estruturais <strong>de</strong> lama vermelha e emblocos cerâmicos estruturais convencionais <strong>de</strong> referência utiliza<strong><strong>do</strong>s</strong> na região, com o intuito <strong>de</strong> compararas proprieda<strong>de</strong>s mecânicas <strong><strong>do</strong>s</strong> mesmos. Com análise <strong><strong>do</strong>s</strong> resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> obti<strong><strong>do</strong>s</strong>, observou-se que a utilizaçãoda lama vermelha em mistura com a argila para a fabricação <strong>de</strong> blocos cerâmicos estruturais originoucomponentes com valores satisfatórios quanto à resistência a compressão, quan<strong>do</strong> compara<strong><strong>do</strong>s</strong> com osblocos cerâmicos convencionais.Palavras-Chave: Lama vermelha, Blocos cerâmicos estruturais, Resistência a compressão axial simples.CARACTERÍSTICAS DE FIBRAS ÓPTICAS POLIMÉRICAS1 Gustavo Monteiro Farias, 2 Sileno Espindula Dias, 3 Antonio Luciano Seabra Moreira.1 Integrante <strong>do</strong> Grupo PET <strong>do</strong> Curso <strong>de</strong> Engenharia Mecânica <strong>do</strong> Instituto <strong>de</strong> Tecnologia da Universida<strong>de</strong>Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – UFPA - gustavo_mfar@homail.com2 Curso <strong>de</strong> Engenharia Mecânica <strong>do</strong> Instituto <strong>de</strong> Tecnologia da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – UFPA -sileno_e_dias@hotmail.com3 Professor Orienta<strong>do</strong>r - Tutor <strong>do</strong> Grupo PET <strong>do</strong> Curso <strong>de</strong> Engenharia Mecânica <strong>do</strong> Instituto <strong>de</strong>Tecnologia da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – UFPA - lmoreira@amazon.com.brEste trabalho apresenta alguns exemplos <strong>de</strong> fibras ópticas poliméricas (FOP) e algumas <strong>de</strong> suascaracterísticas tais como o comportamento termomecânico <strong>de</strong> seu material polimérico a partir dasvariações <strong>de</strong> temperatura que ocasionam alterações nas taxas <strong>de</strong> tensão-<strong>de</strong>formação <strong>de</strong> suas estruturas. Édada ênfase particular ao polimetil metacrilato (PMMA) por ser o polímero base mais comumenteutiliza<strong>do</strong> na elaboração <strong>do</strong> núcleo das fibras ópticas plásticas ou poliméricas e guias <strong>de</strong> onda. Apresentaabordagens, também, nas alterações da estrutura <strong>de</strong> uma fibra óptica composta por um núcleo e umacasca, mostran<strong>do</strong> <strong>de</strong> que forma a luz é confinada e guiada através <strong>do</strong> núcleo <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o mo<strong>do</strong> <strong>de</strong>propagação, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ser multímo<strong>do</strong> ou monomo<strong>do</strong>. A forma <strong>de</strong> tratamento da superfície <strong>do</strong> materialpolimérico e <strong><strong>do</strong>s</strong> tipos <strong>de</strong> polímeros utiliza<strong><strong>do</strong>s</strong> tais como o poliestireno (PS), policarbonato (PC), entreobjeto <strong>de</strong>ste trabalho. São mostradas, igualmente, algumas técnicas para modificar as proprieda<strong>de</strong>sópticas superficiais <strong><strong>do</strong>s</strong> polímeros como a técnica <strong>de</strong> plasma com uso <strong>de</strong> gases fluora<strong><strong>do</strong>s</strong>. Também, sãoabordadas as inovações tecnológicas trazidas pelas fibras ópticas quanto ao seu total isolamentogalvânico, à sua completa imunida<strong>de</strong> à interferência eletromagnética, à possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realizarsensoriamento remoto e à sua maior capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> processamento e transporte <strong>de</strong> informações o que, atébem pouco tempo, era realiza<strong>do</strong> pela extensa malha metálica existente no globo terrestre.Palavras-Chave: Fibras ópticas, Polímeros, Características.METODOLOGIA DE PROJETO E DESENVOLVIMENTO DE UM AEROMODELO1 An<strong>de</strong>rson da Silva <strong>de</strong> Alcântara, 2 Thiago Valente da costa, 3 Teo<strong>do</strong>ro Arraes Mace<strong>do</strong> Araújo Neto,4 Marcos Willian Leal <strong>do</strong> Nascimento, 5 Roberto Tetsuo Fujiyama1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará– equipeiaca@yahoo.com.br2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – valent_th@hotmail.com3 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – teoraujo@hotmail.com4 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – an<strong>de</strong>rsonalcantara40@yahoo.com.br5 Professor Orienta<strong>do</strong>r Dr. da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – fujiyama@ufpa.brO <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> produtos seja uma máquina, um equipamento, um eletro<strong>do</strong>méstico, um software, eno caso <strong>de</strong> interesse, uma aeronave não tripulada, rádio-controlada, segue tipicamente uma sequência <strong>de</strong>etapas: Projeto informacional, Projeto conceitual, Projeto preliminar e Projeto <strong>de</strong>talha<strong>do</strong>. Esta sequência<strong>de</strong>ve ser efetuada a diferentes níveis <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhamento, ou seja, ao nível <strong>do</strong> produto como um to<strong>do</strong> (nívelmacro), ao nível <strong>de</strong> sistemas e montagens e ao nível <strong>de</strong> peças e seus <strong>de</strong>talhes (nível micro). O principalrequisito que <strong>de</strong>terminamos no produto foi seu requisito funcional, ou seja, o requisito que <strong>de</strong>fine afunção a que o produto <strong>de</strong>ve aten<strong>de</strong>r, ou seja, a razão <strong>de</strong> ser <strong>do</strong> produto. As restrições <strong>do</strong> regulamento e daprópria equipe impõem limitações (valores máximos e mínimos) ao projeto, como <strong>de</strong> dimensões, <strong>de</strong>volume, peso, <strong>de</strong>sempenho, custos, prazos, entre outros. A etapa <strong>de</strong> concepção gera o que chamamosprojeto conceitual, no qual se tem uma idéia <strong>de</strong> como será o produto, um esboço <strong>do</strong> mesmo, com osprincípios <strong>de</strong> solução <strong>de</strong> cada sistema indica<strong><strong>do</strong>s</strong>. A organização e o gerenciamento <strong>do</strong> processo <strong>do</strong> projetosão essenciais para garantir seu sucesso, o gerenciamento buscou a <strong>de</strong>finição e o enca<strong>de</strong>amento das26


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientificodiferentes tarefas, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que as metas fossem atingidas nos prazos a<strong>de</strong>qua<strong><strong>do</strong>s</strong>, usan<strong>do</strong> os recursoshumanos e materiais disponíveis. Para tal é necessário se estabelecer um cronograma, uma forma maisrefinada <strong>de</strong> se estabelecer o cronograma da equipe é analisar, para cada ativida<strong>de</strong>, suas durações mínimas,médias e máximas, em horas, dias ou semanas, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> da escala <strong>de</strong> tempo a<strong>de</strong>quada. Dentro <strong>do</strong>cronograma <strong>do</strong> concurso AeroDesign cada equipe <strong>de</strong>ve se a<strong>de</strong>quar, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> suas característicaspróprias, como habilida<strong>de</strong>s, número <strong>de</strong> participantes, experiência anterior, entre outros. As ativida<strong>de</strong>stécnicas po<strong>de</strong>m ser divididas em: Projeto, construção, testes <strong>de</strong> peças e sistemas, correções no projeto.Palavras-Chave: projeto, produto, aeromo<strong>de</strong>lo.FIBRAS NATURAIS COMO REFORÇO PARA COMPÓSITOS SUBSTITUINDO FIBRASSINTÉTICAS1 Djanir Travassos Brandão, 2 Matheus Almeida <strong>do</strong> Amaral, 3 Nardiny Diego Sousa Alvez, 4 RoneyAn<strong>de</strong>rson da Rocha Farias, 5 Antonio Luciano Seabra Moreira1 Integrante <strong>do</strong> Grupo PET Engenharia Mecânica – Instituto <strong>de</strong> Tecnologia – Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong>Pará – djanirbrandao@hotmail.com2 Estudante <strong>do</strong> Curso <strong>de</strong> Graduação em Engenharia Mecânica - Instituto <strong>de</strong> Tecnologia – Universida<strong>de</strong>Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – mt.matheus@hotmail.com3 Estudante <strong>do</strong> Curso <strong>de</strong> Graduação em Engenharia Mecânica - Instituto <strong>de</strong> Tecnologia – Universida<strong>de</strong>Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – nardiny_diego@hotmail.com4 Estudante <strong>do</strong> Curso <strong>de</strong> Graduação em Engenharia Mecânica - Instituto <strong>de</strong> Tecnologia – Universida<strong>de</strong>Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – roney__diretoria@hotmail.com5 Tutor <strong>do</strong> Grupo PET <strong>do</strong> Curso <strong>de</strong> Engenharia Mecânica <strong>do</strong> Instituto <strong>de</strong> Tecnologia da Universida<strong>de</strong>Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – UFPA - lmoreira@amazon.com.brAs fibras naturais têm <strong>de</strong>sperta<strong>do</strong> bastante o interesse industrial e comercial no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> substituírem asfibras sintéticas pois representam uma importante fonte <strong>de</strong> matéria-prima. Assim, a produção natural <strong>de</strong>tais fibras tornou-se uma po<strong>de</strong>rosa fonte <strong>de</strong> renda. Este trabalho tem o objetivo <strong>de</strong> explorar os principaismotivos que <strong>de</strong>spertaram o interesse tecnológico pelas referidas fibras, ressaltan<strong>do</strong> algumas vantagens dasfibras naturais sobre as sintéticas como, por exemplo, a conservação <strong>de</strong> energia, abundância, baixo custo,possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> incremento na economia agrícola, proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> serem bio<strong>de</strong>gradáveis além <strong>de</strong>vantagens técnicas da qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> produto final. Algumas <strong>de</strong>svantagens da utilização <strong>de</strong>ssas fibras sãocomentadas. As proprieda<strong>de</strong>s mecânicas das fibras naturais mais utilizadas, tais como as fibras <strong>de</strong> sisal,bambu, juta, coco e wollastonita são abordadas igualmente neste trabalho. As principais aplicações <strong>de</strong>ssasfibras na indústria são também comentadas. Como o ano <strong>de</strong> 2009 está sen<strong>do</strong> consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> pela ONU comoo Ano Internacional das Fibras Naturais, é realiza<strong>do</strong> um estu<strong>do</strong> sobre alguns tipos <strong>de</strong> fibras naturais tantovegetais como minerais, ten<strong>do</strong> como base os resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> pesquisas recentes. Finalmente, é <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>um breve estu<strong>do</strong> sobre as características <strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> merca<strong>do</strong> que tem se i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong> com os materiaiscompósitos reforça<strong><strong>do</strong>s</strong> com fibras naturais <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao fato da ínfima agressão ao meio ambiente e aoincentivo que estas fibras proporcionam à produção agrícola dinamizan<strong>do</strong> <strong>de</strong>ssa maneira o setor industrialcom a sustentabilida<strong>de</strong> da economia rural.Palavras-Chave: Materiais Compósitos, Fibras Naturais, Proprieda<strong>de</strong>s Mecânicas.PROPOSTA DE RECUPERAÇÃO DE MATA CILIAR DO RIO PAU D’ARCO, VISANDO UMDESENVOLVIMENTO SÓCIO-AMBIENTAL1 Pedro Henrique Couto Padilha, 2 Breno Reis <strong><strong>do</strong>s</strong> Santos, 3 Eribertta da Rocha Oliveira, 3 Jan<strong>de</strong>rson SousaMatos, 5 Ro<strong>do</strong>lfo Pereira Brito1 Universida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará – pedro_henrique_padilha@hotmail.com2 Universida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará – brenno_14@hotmail.com3 Universida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará – eripebas@hotmail.com4 Universida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará – jan<strong>de</strong>rson_mat@hotmail.com5 Professor Dr. da Universida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará – engro<strong>do</strong>lfopb@yahoo.com.brMata ciliar é uma formação vegetal localizada nas margens <strong><strong>do</strong>s</strong> rios, córregos e nascentes, conhecidascomo floresta ripária. Estas são consi<strong>de</strong>radas pelo código Florestal como ―área <strong>de</strong> preservaçãopermanente‖ com diversas funções ambientais, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> então respeitar uma extensão específica <strong>de</strong>acor<strong>do</strong> com a largura <strong>do</strong> rio, lago ou nascente. Como em to<strong>do</strong> o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação que ocorrem nasáreas próximas aos rios, as matas ciliares, sofrem com a aproximação humana trazen<strong>do</strong> impactos27


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientificoambientais sen<strong>do</strong> que estas áreas <strong>de</strong>veriam ser preservadas para fins <strong>de</strong> valorização e qualificação <strong>do</strong>ambiente aquático. Com o objetivo <strong>de</strong> realizar um levantamento da problemática existente pela perda damata ciliar e <strong>de</strong>senvolver ações comunitárias próxima ao Rio Pau D‘arco na região sul paraense, nointento <strong>de</strong> recuperar a mesma visan<strong>do</strong> à manutenção da biodiversida<strong>de</strong> local. Os registros fotográficosserão utiliza<strong><strong>do</strong>s</strong> para <strong>de</strong>limitar o local <strong>de</strong> maior importância para recuperação. Buscan<strong>do</strong>-se utilizar omaior número possível <strong>de</strong> espécies nativas da região, no processo <strong>de</strong> recomposição da mata ciliar. Asmudas serão plantadas na época das chuvas, correspon<strong>de</strong>n<strong>do</strong> aos meses <strong>de</strong> novembro a abril, utilizan<strong>do</strong>espécies nativas como: Embaúba (Cecropia glaziovi Snethlage); Ingá (Inga luschnatiana Benth); Caju <strong>de</strong>Janeiro (Anarcardium giganteum); Cagaita (Eugenia dysenterica DC.); Ipê-roxo (Tabebuia im<strong>pet</strong>iginosa(Sond.) Sand.); Chichá (Sterculia a<strong>pet</strong>ala (Jacq.). O processo <strong>de</strong> recuperação em estágio inicial combinaações <strong>de</strong> regeneração natural e induzida propon<strong>do</strong> trabalhar com a comunida<strong>de</strong> ações como isolamento daárea contra animais evitan<strong>do</strong> dizimação pelo ga<strong>do</strong> e outros animais, construir um cronograma <strong>de</strong> irrigaçãodas mudas e realizar os <strong>de</strong>vi<strong><strong>do</strong>s</strong> tratos culturais necessários durante o <strong>de</strong>senvolvimento das mudas. Arecuperação das áreas <strong>de</strong>smatadas às margens <strong>do</strong> rio contribuirá para a manutenção da perenida<strong>de</strong> <strong>do</strong> rio,além <strong>de</strong> outros benefícios, refletin<strong>do</strong> em uma melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida <strong><strong>do</strong>s</strong> habitantes <strong>de</strong> PauD‘Arco. Com a função <strong>de</strong> equilibrar o ecossistema e manutenção da biodiversida<strong>de</strong> local culminan<strong>do</strong> coma mitigação <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong> impactos ambientais negativos. O ganho mais positivo na recuperação damata ciliar, se tornan<strong>do</strong> importante para o <strong>de</strong>senvolvimento sustentável, visto que a sua preservaçãocontribui na manutenção <strong><strong>do</strong>s</strong> recursos hídricos da região e diminui o assoreamento <strong>do</strong> rio Pau D‘arco.Palavras Chaves: Mata Ciliar, Desenvolvimento Sustentável, Recuperação.ANÁLISE COMPARATIVA DO CONTROLE DE INCLUSÕES NÃO-METÁLICAS NO AÇO1 Thiago Augusto <strong>de</strong> Sousa Moreira, 2 José Nazareno Santos da Silva, 3 Tércio Heitor <strong>de</strong> Sousa Moreira1 Instituto Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Educação Ciência e Tecnologia <strong>do</strong> Pará – moreira_thiagoo@yahoo.com.br2 Professor orienta<strong>do</strong>r Msc. <strong>do</strong> Instituto Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Educação Ciência e Tecnologia <strong>do</strong> Pará –jo.nazareno@hotmail.com3 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – moreira_tercioht@hotmail.comA tecnologia <strong>de</strong> fabricação <strong>do</strong> aço teve um gran<strong>de</strong> avanço nos últimos 25 anos que resultou em notávelredução das impurezas no aço. A idéia <strong>de</strong> aço limpo (clean steel) muitas vezes inclui requisitos especiaispara as inclusões com respeito a sua composição, morfologia, tipo, tamanho e distribuição no aço líqui<strong>do</strong>,na solidificação <strong><strong>do</strong>s</strong> lingotes ou placas e no produto final. Esses requisitos especiais precisam ser obti<strong><strong>do</strong>s</strong>pela chamada engenharia <strong>de</strong> inclusões, ou seja, um controle <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> fabricação <strong><strong>do</strong>s</strong> aços capaz <strong>de</strong>prever e obter inclusões a<strong>de</strong>quadas à aplicação prevista para o aço. Inclusões não - metálicas sãoimpurezas formadas principalmente por óxi<strong><strong>do</strong>s</strong> presentes no aço líqui<strong>do</strong>. Estas se originam, na maioriadas vezes, <strong>de</strong> impurezas presentes nos elementos <strong>de</strong> liga, por produtos <strong>de</strong> <strong>de</strong>soxidação, por reoxidação <strong>do</strong>banho, pelo contato com a escória e pelo <strong>de</strong>sgaste <strong><strong>do</strong>s</strong> refratários. As inclusões também ocorrem duranteo tratamento secundário ou refino. A caracterização e controle <strong>de</strong> inclusões não - metálicas é fundamentalna <strong>de</strong>terminação das proprieda<strong>de</strong>s que o aço apresentará durante sua utilização. Neste senti<strong>do</strong>, o objetivo<strong>de</strong>sse trabalho é fazer uma análise comparativa <strong>de</strong> <strong>do</strong>is méto<strong><strong>do</strong>s</strong> utiliza<strong><strong>do</strong>s</strong> no controle <strong>de</strong> inclusões,controle <strong>de</strong> inclusões através <strong>do</strong> controle <strong>de</strong> escoamento e da termodinâmica computacional, estuda<strong><strong>do</strong>s</strong> apartir <strong>de</strong> uma compilação bibliográfica. (financia<strong>do</strong>r [IFPA/FAPESPA])Palavras-Chave: Aço, clean steel, Inclusões não-metálicas.ANÁLISE DOS PARÂMETROS UTILIZADOS NA CONSTRUÇÃO DE UM AEROMODELO[ESTUDO DE CASO]1Emílio Henrique Ferreira e Ferreira, 2 Thiago Valente da Costa, 3 Marcos Willian Leal <strong>do</strong> Nascimento,4An<strong>de</strong>rson da Silva <strong>de</strong> Alcântara, 5 Roberto Tetsuo Fujiyama1Universida<strong>de</strong> fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará - valente.tiago7@gmail.com2Universida<strong>de</strong> fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará - valent_th@hotmail.com3Universida<strong>de</strong> fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará - equipeiaca@yahoo.com.br4Universida<strong>de</strong> fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará - an<strong>de</strong>rsonalcantara40@yahoo.com.br5 Professor Orienta<strong>do</strong>r Dr. da Universida<strong>de</strong> fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará - fujiyama@ufpa.brÉ necessário conhecer as regras elementares da aerodinâmica antes <strong>de</strong> iniciar o projeto <strong>de</strong> umaeromo<strong>de</strong>lo. O aeromo<strong>de</strong>lo tem por características principais ser um avião construí<strong>do</strong> em escala reduzida,28


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientificorádio controla<strong>do</strong>, não tripula<strong>do</strong> e com capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transportar o máximo <strong>de</strong> carga útil possível.Essencialmente, uma aeronave voa quan<strong>do</strong> sua asa é impulsionada através <strong>do</strong> ar, o que faz com que elacrie uma força <strong>de</strong> baixo para cima chamada sustentação. Há também o motor que gira a hélice que penetrano ar <strong>de</strong>senvolven<strong>do</strong> uma tração suficiente para vencer a força <strong>do</strong> arrasto, que é a resistência criada peloavanço da aeronave através da <strong>de</strong>nsa camada gasosa da atmosfera. Para aten<strong>de</strong>r tais critérios o presentetrabalho utilizou <strong>de</strong> méto<strong><strong>do</strong>s</strong> teóricos e analíticos, tais como efeito <strong>de</strong> superfície <strong>de</strong> sustentação, efeito darelação <strong>de</strong> aspecto, inclinação da curva (C L ), arraste induzi<strong>do</strong>, enflechamento, conicida<strong>de</strong>, torção, teoriada mecânica <strong><strong>do</strong>s</strong> flui<strong><strong>do</strong>s</strong>, entre outros, a fim <strong>de</strong> comparar com os resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> experimentais <strong><strong>do</strong>s</strong> elementosda aeronave para o <strong>de</strong>senvolvimento da asa, trem <strong>de</strong> pouso e analise <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong> motor e da hélicea fim <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r as exigências <strong>do</strong> regulamento da Com<strong>pet</strong>ição SAE Brasil, que visa proporcionar aosalunos habilida<strong>de</strong>s técnicas necessárias a futura formação profissional <strong>do</strong> engenheiro.Palavras-chave: aeromo<strong>de</strong>lo, asa, trem <strong>de</strong> pouso.APLICAÇÕES E TECNOLOGIAS UTILIZADAS NOS MATERIAIS AVANÇADOS1 Leandro Rafael Bastos <strong>de</strong> Moraes, 2 Flávia Pantoja Maia, 3 Robson Junior Soares Repolho, 4 Jessé Padilha1 Grupo PET <strong>do</strong> Curso <strong>de</strong> Engenharia Mecânica <strong>do</strong> Instituto <strong>de</strong> Tecnologia da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong>Pará - UFPA – leandro.moraes@itec.ufpa.br2 Curso <strong>de</strong> Engenharia Mecânica <strong>do</strong> Instituto <strong>de</strong> Tecnologia da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong>Pará - UFPA – flavia_maia10@hotmail.com3 Curso <strong>de</strong> Engenharia Mecânica <strong>do</strong> Instituto <strong>de</strong> Tecnologia da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong>Pará - UFPA - robson.repolho@hotmail.com4 Professor <strong>do</strong> Curso <strong>de</strong> Engenharia Mecânica <strong>do</strong> Instituto <strong>de</strong> Tecnologia da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong>Pará - UFPA – jessepadilha@hotmail.comComo seria a humanida<strong>de</strong> se não existisse to<strong>do</strong> esse aparato tecnológico que nos ro<strong>de</strong>ia? Como seriapossível explorar o universo ou ir para as profun<strong>de</strong>zas <strong><strong>do</strong>s</strong> oceanos sem antes fazer várias pesquisas para<strong>de</strong>scobrir o que utiliza? Com certeza seria muito difícil ou até mesmo impossível. Essa necessida<strong>de</strong> <strong>do</strong>mo<strong>de</strong>rno, <strong>do</strong> inova<strong>do</strong>r move o homem, dia após dia fazen<strong>do</strong> com que ele projete ou aperfeiçoe algumaidéia. Os materiais são um exemplo evi<strong>de</strong>nte disso. Mas não são quaisquer materiais, são materiais ditosavança<strong><strong>do</strong>s</strong> porque para suas criações foram utiliza<strong><strong>do</strong>s</strong> gran<strong>de</strong>s quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> tecnologia. Um exemplo éuma impressão, sem a utilização <strong>de</strong> tintas, que cria cores encontradas na natureza. Os responsáveis poressa <strong>de</strong>scoberta, a equipe <strong>do</strong> professor Sunghoon Kwon da Universida<strong>de</strong> Nacional <strong>de</strong> Seul, na Coréia <strong>do</strong>Sul, afirmam que essa impressão é feita <strong>de</strong> compostos forma<strong><strong>do</strong>s</strong> por três ingredientes: nanopartículasmagnéticas, uma resina e um solvente. Outro exemplo, agora <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> contribuição para a medicina, foia <strong>de</strong>scoberta feita por uma equipe <strong>de</strong> cientistas, australianos e coreanos, comandada pelos professoresGeoffrey M. Spinks e Seon Jeong Kim. Eles criaram um novo material esponjoso, altamente poroso, cujasproprieda<strong>de</strong>s mecânicas assemelham-se muito com a suavida<strong>de</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong> teci<strong><strong>do</strong>s</strong> biológicos. O novo teci<strong>do</strong> éforma<strong>do</strong> por uma re<strong>de</strong> forte <strong>de</strong> fitas <strong>de</strong> DNA e <strong>de</strong> nanotubos <strong>de</strong> carbono, e terá sua utilização em cirurgiasplásticas, pessoas que sofreram queimaduras entre outras. Ten<strong>do</strong> em vista esses exemplos, esse trabalhotem o objetivo <strong>de</strong> expor algumas aplicações e as tecnologias utilizadas para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ssesmateriais avança<strong><strong>do</strong>s</strong>.Palavras-Chave: Materiais Avança<strong><strong>do</strong>s</strong>, Tecnologias, Aplicações.CRESCIMENTO DE PLÂNTULAS DE MILHO (Zea mays) SOB EFEITO DE COMPOSTOORGÂNICO CONTENDO CÉDULAS DE REAIS TRITURADAS E DESCARTADAS DOMERCADO1 Giselle Nerino Brito <strong>de</strong> Souza, 2 Carlos Augusto Cor<strong>de</strong>iro Costa, 3 Suelen Cristina Nunes Alves,4 Érika Kzan da Silva.1 UFRA – gisa_nbds@hotmail.com2 UFRA– carlos.costa@ufra.edu.br3 UFRA – suelen_kris@hotmail.com4 UFRA – kika_kzan@hotmail.comA utilização <strong>de</strong> cédulas <strong>de</strong> Real como componente <strong>de</strong> adubo orgânico justifica-se por apresentarmaterial composto <strong>de</strong> celulose, uma das fontes <strong>de</strong> matéria orgânica, portanto, material passivo <strong>de</strong>29


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientifico<strong>de</strong>composição. Essa reciclagem possui caráter sócio-ambiental, pois aproximadamente 11 toneladas <strong>de</strong>cédulas são <strong>de</strong>scartadas e trituradas mensalmente pela agência <strong>do</strong> Banco Central <strong>do</strong> Brasil em Belém - PAsem <strong>de</strong>stino apropria<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>positadas no ambiente. Assim, o objetivo <strong>de</strong>ste trabalho foi verificar ainfluência da utilização <strong>de</strong> cédulas como componente <strong>de</strong> composto orgânico, através <strong>do</strong> crescimento <strong>de</strong>plantas <strong>de</strong> milho (Zea mays). Foi realiza<strong>do</strong> bioensaio, com 4 tratamentos conten<strong>do</strong> substratos diferentes e10 re<strong>pet</strong>ições cada. Os tratamentos consistiram em <strong>de</strong>positar superficialmente ou incorpora<strong>do</strong> a umcomposto constituí<strong>do</strong> <strong>de</strong> cédulas <strong>de</strong> Real trituradas em diferentes concentrações (0%, 10% e 20%) + 4,5ml <strong>de</strong> água <strong>de</strong>stilada em copos <strong>de</strong>scartáveis <strong>de</strong> 180 mL conten<strong>do</strong> areia como material inerte. Trêssementes <strong>de</strong> milho foram <strong>de</strong>positadas superficialmente sobre o substrato. No primeiro tratamento, não foicoloca<strong>do</strong> composto orgânico (testemunha). No segun<strong>do</strong>, o composto continha 0% <strong>de</strong> cédulas. No terceiro,com 10 % e no tratamento seguinte 20 % <strong>de</strong> cédulas <strong>de</strong> Real respectivamente. A quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong>positada <strong>de</strong>composto foi diferenciada <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> retenção <strong>de</strong> água testada previamente nostratamentos, a qual foi mantida com adição <strong>de</strong> água até a coleta <strong><strong>do</strong>s</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> finais. O comprimento dasplântulas foram medidas com régua após 7 dias <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> germinação. O <strong>de</strong>lineamento utiliza<strong>do</strong> parainterpretação <strong><strong>do</strong>s</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> foi o inteiramente casualiza<strong>do</strong> e teste <strong>de</strong> Tukey a 5% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong> paracomparação entre médias. Pelos resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>, observou-se que as plantas obtiveram melhor crescimentoquan<strong>do</strong> submetidas a composto conten<strong>do</strong> cédulas, sen<strong>do</strong> significativa a variação entre os materiais. Comoresulta<strong>do</strong> o efeito <strong>do</strong> composto orgânico foi satisfatório, pois obteve uma aceleração no seu crescimentonos tratamentos conten<strong>do</strong> o material. O composto produzi<strong>do</strong> conten<strong>do</strong> cédulas <strong>de</strong> Real contribui para amanutenção da preservação ambiental, uma vez que tem como base o reaproveitamento <strong>de</strong> materiais,além disso, ajudará o produtor oferecen<strong>do</strong>-lhe material alternativo e mais em conta. (financia<strong>do</strong>r [BancoCentral])Palavras-Chave: cédulas <strong>de</strong> real trituradas e <strong>de</strong>scartadas, bioensaio, Belém-PA.PRINCÍPIOS E TECNOLOGIAS DE GASIFICAÇÃO DE BIOMASSA1 Jaime Martins O. Júnior, 2 Manoel Fernan<strong>de</strong>s Martins Nogueira1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – jmojunior@ufpa.br2 Prof. PhD. da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – mfmn@ufpa.brDevi<strong>do</strong> às necessida<strong>de</strong>s energéticas e a preocupação com o aquecimento global, diversos combustíveisalternativos como biodiesel, bioetanol, biogás e outros tem si<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvi<strong><strong>do</strong>s</strong> e estuda<strong><strong>do</strong>s</strong> para evitar a<strong>de</strong>pendência <strong><strong>do</strong>s</strong> combustíveis <strong>de</strong>riva<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>do</strong> <strong>pet</strong>róleo. Existem motivações <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m ambiental eenergética para que combustíveis renováveis sejam cada vez mais utiliza<strong><strong>do</strong>s</strong>. O uso <strong>de</strong> biomassa é umbom exemplo na geração <strong>de</strong> energia alternativa, as duas técnicas mais difundidas <strong>de</strong> transformação <strong>de</strong>biomassa em energia elétrica ou térmica são a combustão e a gasificação. A incineração e a gasificaçãosão as maneiras mais utilizadas para reduzir os efeitos nocivos <strong><strong>do</strong>s</strong> resíduos <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira (serragem,maravalha, lascas etc.) no meio ambiente. Esses processos promovem a <strong>de</strong>struição <strong><strong>do</strong>s</strong> resíduos<strong>de</strong>scaracterizan<strong>do</strong>-os e transforman<strong>do</strong>-os em cinzas, reduz o volume <strong>de</strong> resíduos e por fim gera energiadurante esses processos. O gran<strong>de</strong> interesse na gasificação se dá pela conversão da biomassa sólida emgás e por admitir material combustível com até 20% <strong>de</strong> umida<strong>de</strong>. O po<strong>de</strong>r calorífico <strong>do</strong> gás produzi<strong>do</strong>pela gasificação fica em torno <strong>de</strong> 4 a 6 MJ/Nm 3 , isto possibilita a aplicação em motores <strong>de</strong> combustãointerna, turbinas a gás, fogões <strong>do</strong>mésticos, ou seja, maquinas que não foram projetadas pra trabalhar comcombustíveis sóli<strong><strong>do</strong>s</strong>. Esse estu<strong>do</strong> aborda a gasificação <strong>de</strong> biomassa <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o seu processo físico- químicoe às diversas tecnologias empregadas na gasificação, exemplifican<strong>do</strong> os gasifica<strong>do</strong>res <strong>do</strong> tipo Updraft,Downdrat e Crossdraft, seus respectivos sistemas <strong>de</strong> limpeza e por fim a aplicação <strong>de</strong>les na indústria.Palavras chave: Gasificação, biomassa, energia.ANÁLISE COMPARATIVA DOS TRATAMENTOS TÉRMICOS DE RECOZIMENTO ETÊMPERA REALIZADOS NO AÇO CA-251 Alan Rabelo <strong>de</strong> Souza Moura, 2 Diogo José Rocha <strong>de</strong> Castro, 3 Everton Augusto Maciel Men<strong>do</strong>nca,4 Leo Daiki Shinomiya, 5 Emmanuelle Sá Freitas Feitosa1 UFPA – Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Engenharia Mecânica – rabelo_alan@hotmail.com2 UFPA – Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Engenharia Mecânica – diogocepem@yahoo.com.br3 UFPA – Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Engenharia Mecânica – evertoamm@hotmail.com4 UFPA – Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Engenharia Mecânica – leods@hotmail.com5 UFPA – Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Engenharia Mecânica (orienta<strong>do</strong>ra) – mmanufreitas@gmail.com30


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoAs proprieda<strong>de</strong>s <strong><strong>do</strong>s</strong> aços <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m, em princípio, da sua estrutura, as quais po<strong>de</strong>m ser modificadasatravés <strong><strong>do</strong>s</strong> tratamentos térmicos. Tratamento térmico é o conjunto <strong>de</strong> operações <strong>de</strong> aquecimento a quesão submetidas os aços, sob condições controladas <strong>de</strong> temperatura, tempo, atmosfera e velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong>resfriamento, com o objetivo <strong>de</strong> alterar suas proprieda<strong>de</strong>s ou conferir-lhes <strong>de</strong>terminadas características(CHIAVERINI, 2002). Dentre os tratamentos térmicos po<strong>de</strong>mos citar normalização, recozimento etêmpera. A normalização é usada como tratamento preliminar que tem a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produzir umaestrutura mais uniforme. O recozimento é um tratamento realiza<strong>do</strong> com o objetivo <strong>de</strong> diminuir a dureza,alterar as proprieda<strong>de</strong>s mecânicas como resistência, ductilida<strong>de</strong>s, etc. A têmpera tem por finalida<strong>de</strong> oaumento <strong>de</strong> dureza <strong>do</strong> aço e da sua resistência a tração, assim como redução da ductilida<strong>de</strong> e datenacida<strong>de</strong>. Este trabalho tem por objetivo realizar uma análise comparativa entre os <strong>do</strong>is tratamentostérmicos cita<strong><strong>do</strong>s</strong>. Foi realiza<strong>do</strong> no Laboratório <strong>de</strong> Engenharia Mecânica (LABEM) um experimento queconsistiu em dividir um vergalhão <strong>de</strong> aço CA-25 em duas amostras, as quais passaram por um processo<strong>de</strong> normalização no qual as amostras são mergulhadas em areia e levadas ao forno, on<strong>de</strong> são submetidas àtemperatura <strong>de</strong> 850°C por um perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 24 minutos, posteriormente são retiradas e resfriadas ao artranquilo. Em seguida uma amostra passa pelo tratamento térmico <strong>de</strong> recozimento o qual se proce<strong>de</strong>u <strong>de</strong>maneira semelhante à normalização exceto pelo resfriamento que o corre no próprio forno a umavelocida<strong>de</strong> muito lenta. Já a outra amostra sofreu o tratamento térmico <strong>de</strong> têmpera, a qual também passapor processo semelhante ao <strong>de</strong> recozimento e a diferença também resi<strong>de</strong> no resfriamento que ocorreu emum tanque <strong>de</strong> água on<strong>de</strong> a taxa <strong>de</strong> resfriamento é muito alta. Finaliza<strong><strong>do</strong>s</strong> estes processos as amostras <strong>de</strong>aço são submetidas ao ensaio <strong>de</strong> dureza, em que as amostras são penetradas por um penetra<strong>do</strong>r <strong>de</strong>diamante <strong>de</strong> uma maquina <strong>de</strong> ensaio <strong>de</strong> dureza Rockwel e, também são submetidas ao ensaiometalográfico, on<strong>de</strong> as amostras são lixadas por diversas lixas com diversas granulometrias em umamaquina politriz, são atacadas por um reagente químico, o nital, e em seguida são levadas a ummicroscópio óptico para a observação e registro das suas microestruturas. Enfim, em posse <strong>de</strong>stes da<strong><strong>do</strong>s</strong>foi possível realizar uma análise comparativa entre as proprieda<strong>de</strong>s mecânicas e microestruturais <strong>de</strong> duasamostras <strong>de</strong> aço CA-25 uma submetida ao tratamento térmico <strong>de</strong> recozimento e outra <strong>de</strong> têmpera.Palavras-Chave: Tratamento térmico, Metalografia, Ensaio <strong>de</strong> dureza.ANÁLISE COMPARATIVA SOBRE A REUTILIZAÇÃO DE AREIA DE MOLDAGEM EMMATERIAIS PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL.1 Tércio Heitor <strong>de</strong> Sousa Moreira, 2 Grimário Soares Filho, 3 Felipe Linhares Nascimento, 4 Thiago Augusto<strong>de</strong> Sousa Moreira, 5 Antonio Luciano Seabra Moreira1 Grupo PET <strong>do</strong> Curso <strong>de</strong> Engenharia Mecânica <strong>do</strong> Instituto <strong>de</strong> Tecnologia da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong>Pará – UFPA – moreira_tercioht@hotmail.com2 Curso <strong>de</strong> Engenharia Mecânica <strong>do</strong> Instituto <strong>de</strong> Tecnologia da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – UFPA –gui-gss@hotmail.com mailto:holinessiramar@hotmail.com3 Curso <strong>de</strong> Engenharia Mecânica <strong>do</strong> Instituto <strong>de</strong> Tecnologia da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – UFPA -lipinhow_linhares@hotmail.com4 Curso <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> Materiais <strong>do</strong> Instituto Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – IFPA – moreira_thiagoo@yahoo.com.br5 Professor Orienta<strong>do</strong>r - Tutor <strong>do</strong> Grupo PET <strong>do</strong> Curso <strong>de</strong> Engenharia Mecânica <strong>do</strong> Instituto <strong>de</strong>Tecnologia da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – UFPA - lmoreira@amazon.com.brHoje em dia, com o agravamento da poluição ambiental e com a preocupação das empresas em promovera diminuição <strong><strong>do</strong>s</strong> resíduos provenientes <strong><strong>do</strong>s</strong> processos industriais, houve um consi<strong>de</strong>rável aumento nointeresse pelo <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> estu<strong><strong>do</strong>s</strong> volta<strong><strong>do</strong>s</strong> ao reaproveitamento <strong>de</strong> tais resíduos. Entre estes,<strong>de</strong>stacam-se aqueles relaciona<strong><strong>do</strong>s</strong> à areia <strong>de</strong> moldagem, que compreen<strong>de</strong> o maior volume como resíduo<strong>de</strong>scarta<strong>do</strong> na mo<strong>de</strong>rna indústria <strong>de</strong> produtos fundi<strong><strong>do</strong>s</strong> e que po<strong>de</strong>, por meio <strong>de</strong> processos tecnológicos,ser reaproveitada na condição <strong>de</strong> elemento substitutivo <strong>de</strong> outros materiais na composição <strong>de</strong> um produto.A indústria da construção civil é indicada como o principal setor para realização <strong>de</strong> tais pesquisas <strong>de</strong>reaproveitamento da areia <strong>de</strong> moldagem e também para a aplicação <strong>de</strong> produtos conten<strong>do</strong> comocomponente este resíduo. A reutilização <strong>de</strong> resíduos <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> fundição também possui motivaçãoeconômica baseada na redução <strong>de</strong> custos para a produção <strong>de</strong> materiais para a construção civil. Com baseno exposto, o principal objetivo <strong>de</strong>ste trabalho é <strong>de</strong>senvolver uma análise comparativa sobre os mo<strong>de</strong>los<strong>de</strong> reutilização <strong><strong>do</strong>s</strong> resíduos oriun<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> fundição utiliza<strong><strong>do</strong>s</strong> atualmente em alguns segmentosda indústria permitin<strong>do</strong>, <strong>de</strong>ssa maneira, resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> relaciona<strong><strong>do</strong>s</strong> tanto ao ponto <strong>de</strong> vista ambiental quantoao ponto <strong>de</strong> vista tecnológico <strong><strong>do</strong>s</strong> materiais e componentes da construção civil que utilizam em suacomposição a areia <strong>de</strong> moldagem.31


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoPalavras-Chave: Areia <strong>de</strong> moldagem, Fundição, Reutilização.CÁLCULOS AERODINÂMICOS DE ASA PARA AVIÃO PARTICIPANTE DA COMPETIÇÃOSAE BRASIL AERODESIGN1 Marcos Willian Leal <strong>do</strong> Nascimento , 2 Thiago Valente da Costa, 3 Prof. Dr. Roberto Tetsuo Fujiyama1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – marcoswln@yahoo.com2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – thiago.valente92@yahoo.com.br3 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – fujiyama@ufpa.brA SAE Brasil vem realizan<strong>do</strong> ao longo <strong><strong>do</strong>s</strong> últimos 10 anos o Projeto Aero<strong>de</strong>sign, que congrega alunos <strong>de</strong>faculda<strong>de</strong>s públicas e privadas <strong>do</strong> Brasil e <strong>de</strong> outros países. A com<strong>pet</strong>ição, que vem sen<strong>do</strong> realizada emSão José <strong><strong>do</strong>s</strong> Campos – SP tem como objetivos propiciar a difusão e o intercâmbio <strong>de</strong> técnicas e oconhecimento <strong>de</strong> engenharia aeronáutica entre estudantes e futuros profissionais <strong>de</strong>ste importantesegmento da mobilida<strong>de</strong>, através <strong>de</strong> aplicações práticas e da com<strong>pet</strong>ição entre equipes. A equipeparticipante tem como missão: projetar, <strong>do</strong>cumentar, construir e fazer voar um aeromo<strong>de</strong>lo rádiocontrola<strong>do</strong> visan<strong>do</strong> carregar a maior carga possível. Para isso existem certas restrições impostas noregulamento que torna o <strong>de</strong>safio ainda mais interessante. Essas restrições impelem os estudantes aprocurarem alternativas viáveis <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista projetivo e econômico. A asa constitui a parte maisimportante <strong>do</strong> avião, por ser ela a responsável por gerar as forças que irão elevar o avião <strong>do</strong> solo. Umelemento <strong>de</strong>terminante da asa é o aerofólio, por produzir as diferenças <strong>de</strong> pressão entre as faces da asa,resultan<strong>do</strong> em uma força <strong>de</strong> direção vertical no senti<strong>do</strong> ascen<strong>de</strong>nte. Sen<strong>do</strong> necessária a obtenção <strong>de</strong>transporte <strong>de</strong> carga, a equipe procurou utilizar um perfil <strong>de</strong> asa que apresentasse alta sustentação à baixavelocida<strong>de</strong>. Foram analisa<strong><strong>do</strong>s</strong> quatro perfis diferentes, para que, por meio <strong>de</strong> comparação <strong>de</strong> resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>,pudéssemos concluir qual o mais indica<strong>do</strong> para o projeto. Analisamos o comportamento aerodinâmico<strong><strong>do</strong>s</strong> seguintes perfis: Selig 1223, o Eppler 423, o Wortmann FX 74-CL5-140 / Adln e Wortmann FX 72MS 150. Os perfis que obtiveram maior <strong>de</strong>sempenho foram o Selig 1223 e o Eppler 423. A asa terá0,9375 m², sen<strong>do</strong> a relação <strong>de</strong> aspecto (AR) <strong>de</strong>finida em aproximadamente 6,7 e a conicida<strong>de</strong> 1,3.Sustentação é a força responsável pelo vôo, representa a componente vertical da força aerodinâmicaresultante sobre a asa ou aerofólio. Tem origem <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a diferença <strong>de</strong> pressão entre o intra<strong>do</strong>rso (regiãoinferior da asa) e o extra<strong>do</strong>rso (região superior). De posse da equação da força <strong>de</strong> sustentação concluímosque o valor máximo será <strong>de</strong> 180 N. O arrasto é a força contrária a sustentação, <strong>de</strong>finitivamentein<strong>de</strong>sejável para o projeto. Seu valor, segun<strong>do</strong> equação, é <strong>de</strong> 3,8 N.Palavras-Chave: Força <strong>de</strong> sustentação, aerofólio.ESTUDO DE POZOLANICIDADE DO RESÍDUO DE CAULIM, NA FORMA DEMETACAULIM DE ALTA REATIVIDADE PARA FINS DE ADIÇÃO POZOLANA AOCONCRETO1 Denilson Costa da Silva, 2 Elierson José Costa, 3 Paulo Sergio Lima Souza, 4 Michelle Azulay Ramos1 Graduan<strong>do</strong> em Engenharia Civil, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – djd<strong>de</strong>nilson@yahoo.com.br2 Graduan<strong>do</strong> em Engenharia Civil, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – eliersonjc@uol.com.br3 Professor Doutor, Faculda<strong>de</strong> em Engenharia Civil, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – paseliso@ufpa.br4 Graduan<strong>do</strong> em Engenharia Civil, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – michelle.azulay@yahoo.com.brNas últimas décadas houve gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento na tecnologia <strong>do</strong> concreto <strong>de</strong>vi<strong>do</strong>, especialmente, àevolução das técnicas e equipamentos para estu<strong>do</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong> concretos e ao uso <strong>de</strong> novos materiaiscomponentes. Esses novos materiais, <strong>de</strong>ntre os quais se <strong>de</strong>stacam os aditivos redutores <strong>de</strong> água e asadições minerais pozolânicas, possibilitaram melhorias significativas relacionadas à resistência mecânicae a durabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> concreto. O presente trabalho tem como objetivo principal estudar a existência daativida<strong>de</strong> pozolânica no resíduo <strong>do</strong> caulim , na forma <strong>de</strong> metacaulim <strong>de</strong> alta reativida<strong>de</strong>, para fins <strong>de</strong>adição pozolana para o concreto, possibilitan<strong>do</strong>. Além das possíveis vantagens técnicas, tem-se ainda ocaráter ecológico <strong>do</strong> uso <strong>de</strong> um rejeito que tem proporciona<strong>do</strong> uma gran<strong>de</strong> agressão ao meio ambiente.Num primeiro momento efetuou-se o processo <strong>de</strong> caracterização química e mineralógica <strong>do</strong> resíduo. Apósesta caracterização, realizou-se a calcinação e a moagem, ten<strong>do</strong> nestes processos o objetivo principal <strong>de</strong>proporcionar ao material uma alta reativida<strong>de</strong>. Para <strong>de</strong>terminação da ativida<strong>de</strong> pozolânica, realizou-se osensaios <strong>de</strong> difração <strong>de</strong> raio-x tanto no material obti<strong>do</strong> pela moagem , quanto no material in natura, sen<strong>do</strong>que este último para fins comparativos. Os resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> evi<strong>de</strong>nciaram um bom <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong> rejeito32


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientificoindustrial, como pozolana <strong>de</strong> alta reativida<strong>de</strong>. Concluiu-se o trabalho com algumas consi<strong>de</strong>rações a cercada pesquisa realizada.Palavras-Chave: Metacaulim <strong>de</strong> alta reativida<strong>de</strong>, Resíduo industrial, Ativida<strong>de</strong> pozolânica.PROPRIEDADES MECÂNICAS E APLICAÇÕES DE MATERIAIS NANOCRISTALINOS1 Adriano Câmara Men<strong>do</strong>nça, 2 Alan Tihiro Dias Nakashima, 3 Iramar da Silva Tertuliano, 4 AntonioLuciano Seabra Moreira1 Grupo PET <strong>do</strong> Curso <strong>de</strong> Engenharia Mecânica <strong>do</strong> Instituto <strong>de</strong> Tecnologia da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong>Pará – UFPA - adriano.men<strong>do</strong>nca@itec.ufpa.br2 Grupo PET <strong>do</strong> Curso <strong>de</strong> Engenharia Mecânica <strong>do</strong> Instituto <strong>de</strong> Tecnologia da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong>Pará – UFPA - tihironakashima@hotmail.com3 Curso <strong>de</strong> Engenharia Mecânica <strong>do</strong> Instituto <strong>de</strong> Tecnologia da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – UFPA -holinessiramar@hotmail.com4 Professor Orienta<strong>do</strong>r - Tutor <strong>do</strong> Grupo PET <strong>do</strong> Curso <strong>de</strong> Engenharia Mecânica <strong>do</strong> Instituto <strong>de</strong>Tecnologia da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – UFPA - lmoreira@amazon.com.brOs materiais metálicos são forma<strong><strong>do</strong>s</strong> geralmente por estruturas constituídas <strong>de</strong> grãos <strong>de</strong> diversasdimensões, formas e direções aleatórias. Ao longo <strong>do</strong> século XX, inúmeros estu<strong><strong>do</strong>s</strong> foram propostos como objetivo <strong>de</strong> relacionar a macroestrutura e a microestrutura <strong><strong>do</strong>s</strong> mesmos com suas proprieda<strong>de</strong>smecânicas. Resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> tais estu<strong><strong>do</strong>s</strong> concluíram que o tamanho <strong>do</strong> grão influencia diretamente nasproprieda<strong>de</strong>s mecânicas <strong>do</strong> material como, por exemplo, resistência à tração, ductilida<strong>de</strong>, dureza,tenacida<strong>de</strong>, etc. Materiais metálicos com tamanho <strong>de</strong> grão médio inferior a 100 nm, a partir <strong>do</strong> qual asproprieda<strong>de</strong>s inerentes ao contorno <strong>de</strong> grão começam a pre<strong>do</strong>minar, são <strong>de</strong>nomina<strong><strong>do</strong>s</strong> nanocristalinos.Sóli<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong>ste tipo diferem quanto à estrutura e proprieda<strong>de</strong>s <strong><strong>do</strong>s</strong> materiais cristalinos convencionais, poisas regiões <strong>do</strong> contorno <strong>de</strong> grão passam a apresentar condições especiais <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> os átomos localiza<strong><strong>do</strong>s</strong> nasmesmas estarem submeti<strong><strong>do</strong>s</strong> a campos potenciais periódicos <strong><strong>do</strong>s</strong> grãos adjacentes ao contorno. Assim, foiconstata<strong>do</strong> que a redução <strong>do</strong> diâmetro médio <strong>do</strong> grão proporciona um significativo aumento da tensão <strong>de</strong>escoamento e da resistência ao <strong>de</strong>sgaste <strong>do</strong> material. No entanto, a ductilida<strong>de</strong> nos metais é muito baixapara grãos <strong>de</strong> tamanho inferior a 25 nm, o que dificulta sua maior aplicabilida<strong>de</strong>. Isto é explica<strong>do</strong> pormudanças nos mecanismos <strong>de</strong> <strong>de</strong>formação, uma vez que no regime convencional, uma diminuição <strong>do</strong>tamanho <strong>do</strong> grão correspon<strong>de</strong> a um aumento na ductilida<strong>de</strong>. Trabalhos no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> contornar esteproblema tem si<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvi<strong><strong>do</strong>s</strong>, como a mistura <strong>de</strong> cristais nanométricos com micrométricosconvencionais. Por outro la<strong>do</strong>, a resposta <strong>de</strong> metais nanocristalinos a cargas cíclicas é superior a <strong>de</strong> seuscorrespon<strong>de</strong>ntes convencionais, principalmente em virtu<strong>de</strong> <strong>do</strong> aumento na tensão <strong>de</strong> escoamento. Combase nessas proprieda<strong>de</strong>s, os materiais nanocristalinos tem encontra<strong>do</strong> gran<strong>de</strong> aplicabilida<strong>de</strong> em diversossetores da indústria avançada como, por exemplo, a automobilística, a naval e a <strong>de</strong> instrumentos <strong>de</strong>perfuração. Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> o exposto, o principal objetivo <strong>de</strong>ste trabalho é apresentar um estu<strong>do</strong> capaz <strong>de</strong><strong>de</strong>monstrar a importância e a aplicação prática <strong>de</strong>sses novos materiais em diversos campos da indústria <strong>de</strong>materiais avança<strong><strong>do</strong>s</strong>.Palavras-Chave: Materiais Nanocristalinos, Proprieda<strong>de</strong>s Mecânicas, Aplicações.A LOGÍSTICA DE ESCOAMENTO DO AÇAÍ: UM ESTUDO DE CASO EM IGARAPÉ-MIRI(PA)1Ivo Almeida Costa, 2´Prof. Drª. Ana Maria G. Seráfico Pinheiro, 3 Andréa Girlene T. Barreto1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – ivo.almeida18@yahoo.com.br2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – serafico@ufpa.br3 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – agtbarreto@gmail.comO esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará é o maior produtor <strong>de</strong> açaí <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>. O escoamento <strong>de</strong>ssa produção, até os principaispontos <strong>de</strong> beneficiamento da fruta, é feita através <strong><strong>do</strong>s</strong> modais hidroviário e ro<strong>do</strong>viário. O ponto <strong>de</strong> partida<strong>de</strong>ssa logística é o produtor ribeirinho, que passa sua produção pelos pequenos portos <strong><strong>do</strong>s</strong> municípios <strong>do</strong>Baixo Tocantins, a partir <strong>de</strong>stes pontos, o produto é transporta<strong>do</strong> pelo modal ro<strong>do</strong>viário para asagroindústrias, localizadas, principalmente, na região <strong>do</strong> nor<strong>de</strong>ste paraense. O tempo perecível <strong>do</strong> fruto écerca <strong>de</strong> 48 horas, quanto menor for o tempo entre a coleta o seu processamento melhor será a qualida<strong>de</strong>da polpa. O foco da logística é reduzir o tempo <strong>de</strong> permanência <strong>do</strong> açaí nos locais <strong>de</strong> transbor<strong>do</strong>,ocasionan<strong>do</strong> quase que um sincronismo entre a chegada <strong><strong>do</strong>s</strong> caminhões e <strong><strong>do</strong>s</strong> barcos, e melhorar as33


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientificocondições <strong>de</strong> infra-estrutura nos pontos <strong>de</strong> comercialização, para conter a perda na qualida<strong>de</strong> da polpa.Diante disso, o propósito <strong>de</strong>ste trabalho é analisar a influência da infra-estrutura <strong>de</strong> transporte, na logística<strong>de</strong> escoamento <strong>do</strong> açaí, oriun<strong>do</strong> <strong>do</strong> município <strong>de</strong> Igarapé-Miri. O estu<strong>do</strong> envolve o escoamento a partir<strong><strong>do</strong>s</strong> principais pontos <strong>de</strong> produção <strong>de</strong>ste fruto, através <strong>do</strong> modal hidroviário. Para tal análise, forampesquisadas rotas <strong>de</strong> escoamento <strong>do</strong> açaí, na região das ilhas, no município <strong>de</strong> Igarapé-Miri. Nessas rotas,foram analisa<strong><strong>do</strong>s</strong>: a extensão das mesmas até os principais pontos <strong>de</strong> comercialização; o número <strong>de</strong>pontos <strong>de</strong> coleta; o tempo <strong>de</strong> parada para o carregamento das rasas <strong>de</strong> açaí; o tempo <strong>de</strong> percurso; os tipos<strong>de</strong> embarcação; a velocida<strong>de</strong> operacional da embarcação e o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarregamento <strong>do</strong> açaí, nosprincipais pontos <strong>de</strong> comercialização. Foram aplica<strong><strong>do</strong>s</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> transporte, basea<strong><strong>do</strong>s</strong> na programaçãolinear, através <strong><strong>do</strong>s</strong> quais se fez a simulação <strong>de</strong> custos <strong>de</strong> transporte para situações distintas, consi<strong>de</strong>ran<strong><strong>do</strong>s</strong>ealternativas <strong>de</strong> infra-estrutura <strong>de</strong> transporte (construção <strong>de</strong> atraca<strong>do</strong>uros ao longo das rotas, melhoriasna embarcação e melhorias portuárias nos pontos <strong>de</strong> comercialização. A eficiência logística <strong>de</strong> transportegera acréscimos nos tempos <strong>de</strong> carga e <strong>de</strong>scarga <strong>de</strong> produtos, elevan<strong>do</strong> os custos <strong>de</strong> transporte. Umaanálise comparativa foi realizada, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se as condições portuárias <strong><strong>do</strong>s</strong> pontos <strong>de</strong> comercialização,em melhor esta<strong>do</strong>, <strong>do</strong> município vizinho, também produtor <strong>de</strong> açaí, no caso, Abaetetuba. Tomou-se comobase o porto <strong>de</strong> Abaetetuba, pois possui baia para o transbor<strong>do</strong> e estacionamento <strong><strong>do</strong>s</strong> caminhões quetransportam o açaí para os pontos <strong>de</strong> beneficiamento. A ampliação da infra-estrutura portuáriabeneficiaria não somente o escoamento <strong>de</strong> açaí, mas também outros produtos que passam pelo local parao abastecimento da cida<strong>de</strong>.Palavras-Chave: Logística <strong>de</strong> transporte, infra-estrutura <strong>de</strong> transporte, açaí.CICLO DE PALESTRAS E VÍDEOS: DESENVOLVIMENTO RURAL E GERAÇÃO DECAPITAL SOCIAL.1 Giselle Nerino Brito <strong>de</strong> Souza, 2 Carlos Augusto Cor<strong>de</strong>iro Costa, 3 Râmison Flávio Carneiro e Souza,4 Eduar<strong>do</strong> Car<strong><strong>do</strong>s</strong>o Rodrigues, 5 Rafael Sales Ohashi,1 UFRA – gisa_nbds@hotmail.com2 UFRA – carlos.costa@ufra.edu.br3 UFRA – ramisonflavio@hotmail.com4 UFRA – edubio8@yahoo.com.br5 UFRA – rafaelohashi3000@hotmail.comÁ <strong>do</strong>ze anos, o Grupo PET <strong>do</strong> Curso <strong>de</strong> Agronomia da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia realiza oCiclo <strong>de</strong> Palestras e Ví<strong>de</strong>os, uma ativida<strong>de</strong> que visa a integração da comunida<strong>de</strong> acadêmica e maioroportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aprendiza<strong>do</strong> para to<strong><strong>do</strong>s</strong> os envolvi<strong><strong>do</strong>s</strong> no evento, ou seja, organização e ouvintes. Em2009, o evento, que teve como tema central ―Desenvolvimento rural e geração <strong>de</strong> capital social‖, foirealiza<strong>do</strong> no município <strong>de</strong> Paragominas, a 322 km <strong>de</strong> Belém atingin<strong>do</strong> um publico <strong>de</strong> 60 pessoas. Oevento ocorreu no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 18 a 20 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2009, a programação contava com as palestras:Introdução à ecologia <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento, agricultura biodinâmica, planejamento e <strong>de</strong>senvolvimentorural, associativismo e cooperativismo rural, tecnologia social e extensão rural e seus <strong>de</strong>safios. Quanto àsoficinas, foram oferecidas a <strong>de</strong> meliponicultura, compostagem e plantas medicinais. Os minicursos foram:técnicas <strong>de</strong> GPS, planejamento e organização rural e compactação <strong>do</strong> solo. E os vi<strong>de</strong>os apresenta<strong><strong>do</strong>s</strong>foram: agricultura sustentável e <strong>de</strong>fensivos agrícolas. Juntamente com o PET Agronomia, participaram daorganização o DCE, CEAGRO, e o Grupo Agroecológico da UFRA, o IARA. Para a organização foramfeitas reuniões com to<strong><strong>do</strong>s</strong> os <strong>grupos</strong> para discutir a programação, <strong>de</strong>slocamento, horários e prévias para asapresentações <strong>de</strong> palestras. Como resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>, obtivemos a satisfação <strong>de</strong> ter atingi<strong>do</strong> o publico máximo, <strong>de</strong>presença garantida durante o evento, experiência para dividir tarefas e ainda, interagir com a comunida<strong>de</strong>acadêmica da UFRA- Belém e Paragominas.Palavras-Chave: Ciclo <strong>de</strong> Palestras e Ví<strong>de</strong>os, Paragominas, PET Agronomia/UFRA.POTENCIALIDADES AGRICOLAS DO MUNICÍPIO DE TOMÉ-AÇU:SISTEMAS AGROFLORESTAIS (SAFs)1 FONSECA, Felipe Tameirão, 2 COSTA, Carlos Cor<strong>de</strong>iro, 3 AGUIAR, Rodrigo Oliveira, 4 RODRIGUES,Eduar<strong>do</strong> Car<strong><strong>do</strong>s</strong>o, 5 RAIOL, Lau<strong>de</strong>cir Lemos1 UFRA – felipe_tameirao@hotmail.com2 UFRA – carlos.costa@ufra.edu.br3 UFRA – rodrigoagro08@hotmail.com34


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientifico4 UFRA – edubio8@yahoo.com.br5 UFRA – lau<strong>de</strong>cir_junior@hotmail.comO município <strong>de</strong> Tomé-Açu localiza-se na mesorregião nor<strong>de</strong>ste <strong>do</strong> Pará. A sua colonização efetiva, <strong>de</strong>usea partir da segunda guerra mundial, com a chegada <strong>de</strong> colonos e agricultores japoneses que seestabeleceram na região com o intuito <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver a agricultura e as potencialida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sse município.O Objetivo <strong>de</strong>ste trabalho foi visualizar, na prática, as potencialida<strong>de</strong>s agrícolas <strong>de</strong>ste município, on<strong>de</strong> sepo<strong>de</strong> observar sistemas produtivos, que buscam o equilíbrio entre o aumento <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> e lucro,bem como o respeito as condições ambientais e sociais envolvidas nessa ativida<strong>de</strong>. Uma das formas <strong>de</strong>aplicação <strong>de</strong>stes sistemas produtivos, consiste nos sistema agroflorestais (formas <strong>de</strong> uso e manejo <strong><strong>do</strong>s</strong>recursos naturais nos quais espécies perenes <strong>de</strong> porte arbóreo são utilizadas em associação com cultivosagrícolas e/ou animais, em uma mesma área, durante um mesmo perío<strong>do</strong> ou em uma seqüência temporal,SEGUNDO ALTIERI ,2002). Para a realização <strong>de</strong>ste trabalho contamos com o apoio da Universida<strong>de</strong>Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (UFRA), no que diz respeito a alimentação e transporte. A visita aproprieda<strong>de</strong> com o plantio <strong>de</strong> SAFs, foi feita e articulada em parceria com o proprietário <strong>de</strong>sta, osecretário <strong>de</strong> agricultura <strong>de</strong> Tomé-Açu (PA) Srº. Michinori Konagano produtor e diretor da CooperativaAgrícola Mista <strong>de</strong> Tomé Açu (C.A.M.T.A) e a Empresa Brasileira <strong>de</strong> Pesquisa Agropecuária(EMBRAPA) através da representação e apoio <strong>do</strong> pesquisa<strong>do</strong>r Drº Osval<strong>do</strong> Ryohei Kato. Durante a visitana proprieda<strong>de</strong> com 850 ha <strong>de</strong> área, sen<strong>do</strong>180 ha sobre o manejo <strong>de</strong> SAFs. Observou-se o consorcio <strong>de</strong>diversas espécies florestais e agrícolas como, por exemplo: açaí (Euterpe oleracea), castanheira(Bertholletia excelsa Kunth), cacau (Theobroma cacao L.), pimenta <strong>do</strong> reino (Piper nigrum) entre outros.Com a utilização <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> sistema produtivo obtêm-se, diversos benefícios ao ecossistema produtivo,uma vez que a cobertura e os resíduos vegetais das espécies florestais que caem no solo, permitem aconservação, ciclagem <strong>de</strong> nutrientes e o uso sustentável <strong>de</strong>ste recurso. O aumento da biodiversida<strong>de</strong>botânica também acarreta na diminuição da incidência <strong>de</strong> pragas e <strong>do</strong>enças. Além <strong><strong>do</strong>s</strong> objetivos <strong>de</strong>utilização sustentável <strong><strong>do</strong>s</strong> recursos, po<strong>de</strong>-se observar uma preocupação com o <strong>de</strong>senvolvimento e amelhoria das condições sociais <strong>de</strong> vida <strong><strong>do</strong>s</strong> trabalha<strong>do</strong>res e funcionários <strong>de</strong>sta proprieda<strong>de</strong>. Diante <strong>de</strong>stesresulta<strong><strong>do</strong>s</strong> conclui-se que esta visita foi <strong>de</strong> extrema importância para o enriquecimento e a construção <strong>de</strong>um conhecimento complementar para a formação <strong><strong>do</strong>s</strong> futuros profissionais das ciências agráriascapacita<strong><strong>do</strong>s</strong> para atuar no merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> trabalho.Palavras Chave: Sistemas Agroflorestais (SAFs); Ciências Agrárias; Tomé-Açu.SISTEMA DIDÁTICO PARA ENSINO/APRENDIZADO DE TECNOLOGIAS APLICADAS ÀMONITORAÇÃO REMOTA DE VARIÁVEIS AMBIENTAIS1 Bruno Igor Dias Sousa, 2 Michelle France Rodrigues da Costa, 3 Elionilce Chaves Maia, 4 Jéssica CorrêaSantos, 5 Orlan<strong>do</strong> Fonseca Silva1 Aluno <strong>de</strong> graduação <strong>do</strong> curso <strong>de</strong> Engenharia Elétrica da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará -igordias15@yahoo.com.br2 Aluna <strong>de</strong> graduação <strong>do</strong> curso <strong>de</strong> Engenharia Elétrica da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará -michelle.frcosta@gmail.com3 Aluna <strong>de</strong> graduação <strong>do</strong> curso <strong>de</strong> Engenharia Elétrica da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará -nilce10@globo.com4 Aluna <strong>de</strong> graduação <strong>do</strong> curso <strong>de</strong> Engenharia Elétrica da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará -js.jessicacs@hotmail.com5 Professor Dr. Tutor <strong>do</strong> Grupo PET Engenharia Elétrica da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará -orfosi@ufpa.brA monitoração <strong>de</strong> variáveis ambientais <strong>de</strong> um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> sistema é uma ativida<strong>de</strong> fundamental paraavaliação <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> atual <strong>do</strong> mesmo bem como a ingerência sobre suadinâmica a partir <strong>de</strong> registros temporais. Neste trabalho <strong>de</strong>screve-se um sistema didático paramonitoração da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água que a princípio po<strong>de</strong>rá, por exemplo, ser utilizada em lagos artificiais<strong>de</strong> hidrelétricas e <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> peixes, além <strong>de</strong> outros. O principal objetivo <strong>do</strong> sistema em<strong>de</strong>senvolvimento é facilitar o ensino aprendiza<strong>do</strong> <strong>de</strong> alunos <strong>de</strong> graduação no que diz respeito ao uso <strong>de</strong>diferentes tecnologias, projetos <strong>de</strong> hardware ou software, volta<strong><strong>do</strong>s</strong> para a monitoração remota. O sistemaconsiste em uma sonda multiparâmetros que me<strong>de</strong> a qualida<strong>de</strong> da água, <strong>de</strong> um computa<strong>do</strong>r pessoal paraaquisição <strong><strong>do</strong>s</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> por comunicação serial e banco <strong>de</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> para registro das informações edisponibilização via internet. Em sua versão final foi utiliza<strong>do</strong> o software LabVIEW para aquisição <strong><strong>do</strong>s</strong>da<strong><strong>do</strong>s</strong> e interface local com o usuário. Esta aquisição <strong><strong>do</strong>s</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> é feita por uma sonda multiparâmetros35


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientificoque é conectada a um módulo transmissor <strong>de</strong> rádio que envia as informações para um módulo receptor <strong>de</strong>rádio. Este receptor é conecta<strong>do</strong> a um computa<strong>do</strong>r que recebe os da<strong><strong>do</strong>s</strong> no mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> fluxo <strong>de</strong> texto ASCIIvia interface <strong>de</strong> comunicação serial RS-232. Esses da<strong><strong>do</strong>s</strong> são obti<strong><strong>do</strong>s</strong> basicamente através <strong>de</strong> trêssoftwares RcomSerial, utiliza<strong>do</strong> para testar a comunicação serial, MATLAB, utiliza<strong>do</strong> para analisar aforma e o tamanho com que os caracteres são recebi<strong><strong>do</strong>s</strong>, e, por fim, um software (Virtual Instrument - VI)<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> na linguagem <strong>de</strong> programação gráfica LabVIEW, para que os da<strong><strong>do</strong>s</strong> possam ser mostra<strong><strong>do</strong>s</strong>através <strong>de</strong> uma interface mais ―amigável‖. A visualização das amostras é dada linha a linha conten<strong>do</strong>informações como data, hora, temperatura, Condutivida<strong>de</strong>, Oxigênio Dissolvi<strong>do</strong> (OD) e Ph constan<strong>do</strong> aoto<strong>do</strong> <strong>de</strong> oito informações relacionadas às condições em que a água se encontra. A comunicação entre omicrocomputa<strong>do</strong>r, os módulos transmissor-receptor <strong>de</strong> rádio e a sonda multiparâmetros mostrou-seeficiente na coleta <strong>de</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> sobre a qualida<strong>de</strong> da água. Os resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> obti<strong><strong>do</strong>s</strong> abrem possibilida<strong>de</strong>s aoestu<strong>do</strong> e implantação <strong>de</strong> outras tecnologias, sejam elas softwares e/ou hardwares – outros sensores emeios <strong>de</strong> comunicação –, tanto para recepção como para a transmissão <strong>de</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong>, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ser repassa<strong>do</strong>aos discentes da graduação, contemplan<strong>do</strong> os objetivos <strong>de</strong>sse projeto.Palavras-chave: Monitoração remota, Qualida<strong>de</strong> da água, Tecnologias.UTILIZAÇÃO DE AGREGADOS DO ESTADO DO PARÁ PARA CONFECÇÃO DECONCRETO DE ALTO DESEMPENHO1 Michelle Azulay Ramos, 2 Alcebía<strong>de</strong>s Negrão Macê<strong>do</strong>, 3 Dion Espírito Santo da Cunha, 4 Wallacy Bruno<strong>de</strong> Melo Palheta, 5 Oniwen<strong>de</strong>l Felipe <strong>de</strong> Morais Pereira1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – michelle.azulay@yahoo.com.br2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – anmace<strong>do</strong>@ufpa.br3 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – dionc@bol.com.br4 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – palhetinha_18@hotmail.com5 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – oniwen<strong>de</strong>l_felipe@yahoo.com.brOs avanços tecnológicos na área da Engenharia Civil não ficam por conta apenas da utilização <strong>de</strong> novosequipamentos e processos construtivos. Este avanço po<strong>de</strong> ser percebi<strong>do</strong> também no uso <strong>de</strong> novosmateriais e na melhoria das qualida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> materiais existentes. Assim, concretos com resistência àcompressão axial simples em torno <strong>de</strong> 100 MPa (1000 Kgf/cm²), po<strong>de</strong>m hoje ser obti<strong><strong>do</strong>s</strong> e utiliza<strong><strong>do</strong>s</strong> emobras comuns, com uma série <strong>de</strong> vantagens em relação aos concretos normais, <strong>de</strong>ntre as quais a maiordurabilida<strong>de</strong>. Assim o objetivo <strong>de</strong>ste trabalho é utilizar agrega<strong><strong>do</strong>s</strong> provenientes <strong>de</strong> jazidas <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong>Pará para a produção <strong>de</strong> concreto <strong>de</strong> alto <strong>de</strong>sempenho (CAD). Inicialmente calculou-se o traço <strong>do</strong>concreto utilizan<strong>do</strong> o méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong>agem <strong>de</strong> Mehta & Aitcin que é recomenda<strong>do</strong> para resistências entre60 e 120 MPa e a relação água/cimento (a/c) ficou estabelecida em 0,19. Em seguida foram realiza<strong><strong>do</strong>s</strong>ensaios <strong>de</strong> caracterização física nos agrega<strong><strong>do</strong>s</strong> graú<strong><strong>do</strong>s</strong> e miú<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com as normas da ABNT.Para a confecção <strong>do</strong> CAD foram utiliza<strong><strong>do</strong>s</strong> os seguintes materiais: cimento CP V - ARI, aditivosuperplastificante, sílica ativa e agrega<strong><strong>do</strong>s</strong> graú<strong><strong>do</strong>s</strong> e miú<strong><strong>do</strong>s</strong>. Após a concretagem foram molda<strong><strong>do</strong>s</strong> 9corpos-<strong>de</strong>-prova com dimensão <strong>de</strong> 0,10 m x 0,20 m, que foram coloca<strong><strong>do</strong>s</strong> na câmara úmida para operío<strong>do</strong> <strong>de</strong> cura, e <strong>de</strong>pois ensaia<strong><strong>do</strong>s</strong> aos 3, 7 e 28 dias. Os ensaios realiza<strong><strong>do</strong>s</strong> foram <strong>de</strong> compressão axialsimples, na prensa Amsler <strong>do</strong> Laboratório <strong>de</strong> Engenharia Civil da UFPA, com capacida<strong>de</strong> para 200 tf. Ovalor médio <strong>de</strong> resistência <strong><strong>do</strong>s</strong> corpos-<strong>de</strong>-prova ficou em torno <strong>de</strong> 103 MPa, o que mostrou que osagrega<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará tem proprieda<strong>de</strong>s eficazes para a confecção <strong>do</strong> CAD.Palavras-Chave: Agrega<strong><strong>do</strong>s</strong>, Concreto <strong>de</strong> alto <strong>de</strong>sempenho, Resistência.MODO DE TRANSPORTE FERROVIÁRIO E ÍNDICES OPERACIONAIS1 Jennefer Lavor Bentes, 2 Profa Dra. Maisa Sales Gama Tobias, 3 Caio Felipe Laurin<strong>do</strong>, 4 Joaquim AugustoSilva, 5 Raissa Xavier Serique, 6 Ricar<strong>do</strong> Men<strong>do</strong>nça <strong>de</strong> Moraes1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – jenneferlb@hotmail.com2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – maisa@ufpa.br3 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – caiolaurin<strong>do</strong>@hotmail.com4 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – joaquim_augusto@hotmail.com5 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – raissa.serique@hotmail.com6Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará - ricar<strong>do</strong>_m_moraes@hotmail.com36


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoEsse trabalho vem a <strong>de</strong>screver <strong>de</strong> forma sucinta a análise realizada <strong>de</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> públicos registra<strong><strong>do</strong>s</strong> no órgãofe<strong>de</strong>ral – Agencia Nacional <strong>de</strong> Transportes Terrestres (ANTT) - regula<strong>do</strong>r das malhas ferroviáriasbrasileiras. A partir <strong>de</strong> conceitos teóricos <strong>de</strong> transportes e <strong><strong>do</strong>s</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> obti<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong>sse órgão, é feito umcomparativo <strong>de</strong> diversos fatores relaciona<strong><strong>do</strong>s</strong> com a operação das malhas ferroviárias nacionais. Foramobserva<strong><strong>do</strong>s</strong> índices relaciona<strong><strong>do</strong>s</strong> a investimento, produção <strong>de</strong> transporte, carga transportada, transporte <strong>de</strong>passageiros, segurança, mão-<strong>de</strong>-obra, frota e transporte <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> ao turismo, e i<strong>de</strong>ntifica<strong><strong>do</strong>s</strong> os principaisfatores que influenciam na escolha <strong>do</strong> mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> transporte. Entre os principais fatores i<strong>de</strong>ntifica<strong><strong>do</strong>s</strong>,explana-se a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dispositivos <strong>de</strong> unitização <strong>de</strong> carga, problemas tecnológicos <strong>de</strong> controle <strong>do</strong>veículo nas vias, grau <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra, restrições <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> das vias e tipo, conveniênciae <strong>de</strong>manda pelo serviço. Basean<strong>do</strong>-se nas comparações e nos índices obti<strong><strong>do</strong>s</strong>, são i<strong>de</strong>ntificadas asprincipais vantagens e <strong>de</strong>svantagens <strong>do</strong> mo<strong>do</strong> ferroviário atual e as razões pelas quais a matriz <strong>de</strong>transporte brasileira atualmente ser tão acentuadamente marcada pelo mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> transporte ro<strong>do</strong>viário.Estes mesmos índices também são relaciona<strong><strong>do</strong>s</strong> como indica<strong>do</strong>res <strong>do</strong> grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimentoeconômico <strong>de</strong> regiões nacionais, as quais ocorriam a presença <strong>de</strong> ferrovias, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> e aqualida<strong>de</strong> das re<strong>de</strong>s.Palavras-Chave: Engenharia <strong>de</strong> transportes, Transportes Terrestres, Ferrovias.CIÊNCIAS DA SAÚDEÓBITOS POR DOENÇAS ISQUÊMICAS DO CORAÇÃO EM INDIVÍDUOS DE 30 A 79 ANOS,NAS REGIÕES NORTE E NORDESTE.1 Elen Fabrícia Brito Tuma, 2 Juliana Matos Pessoa, 3 Denise Cristina<strong><strong>do</strong>s</strong> Santos, 4 Poliana Sampaio Oliveira, 5 Nonata Trévia1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará - fabriciatuma@yahoo.com.br2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará - julianamatospessoa@gmail.com3 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará - <strong>de</strong>nise.santos@yahoo.com.br4 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará - polianaoliveira@ymail.com5 Profa. Nonata Lúcia Trévia da Silva da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Oxford – Inglaterra - ntrevia@yahoo.com.brSabe-se que as <strong>do</strong>enças cardíacas são gran<strong>de</strong>s causa<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> morbimortalida<strong>de</strong> no Brasil. É um grupo <strong>de</strong><strong>do</strong>enças <strong>de</strong> alta prevalência em to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>, crescente nos países em <strong>de</strong>senvolvimento. Muitos fatores<strong>de</strong> risco tem si<strong>do</strong> associa<strong><strong>do</strong>s</strong> com a ocorrência <strong>de</strong>ssas <strong>do</strong>enças como: tabagismo, se<strong>de</strong>ntarismo,hipertensão arterial sistêmica, hipertrigliceri<strong>de</strong>mia etc. O objetivo <strong>do</strong> presente trabalho é verificar aocorrência <strong>de</strong> óbitos por <strong>do</strong>enças isquêmicas <strong>do</strong> coração nas regiões Norte e Nor<strong>de</strong>ste, correlacionan<strong>do</strong>com o gênero e faixa etária, no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 2000 a 2006. Foi realiza<strong>do</strong> um estu<strong>do</strong> <strong>de</strong>scritivo eretrospectivo utilizan<strong>do</strong>-se como base <strong>de</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> o Sistema <strong>de</strong> Informação <strong>de</strong> Mortalida<strong>de</strong> (SIM) <strong>do</strong>DATASUS, ressaltan<strong>do</strong>-se da<strong><strong>do</strong>s</strong> epi<strong>de</strong>miológicos. Juntamente a isso, foi pesquisada literatura acerca <strong>do</strong>tema nas bibliotecas virtuais Bireme, Lilacs e Scielo além <strong>de</strong> livros, revistas e artigos científicos, comtextos em português e inglês. O perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> abrangência vai <strong><strong>do</strong>s</strong> anos <strong>de</strong> 2000 a 2006. Foram obti<strong><strong>do</strong>s</strong> osseguintes resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>: entre o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 2000 a 2006 foram verifica<strong><strong>do</strong>s</strong> 124.204 óbitos nessas regiões,<strong>de</strong>sses 71.073 (57,22%) foram em homens e 53.131 (42,78%), em mulheres. No gênero masculino a faixaetária mais acometida em to<strong>do</strong> o perío<strong>do</strong> estuda<strong>do</strong> foi entre 70 e 79 anos; já nas mulheres essa mesmafaixa etária foi a mais acometida só nos anos 2000 a 2003. Conclui-se que as <strong>do</strong>enças isquêmicas <strong>do</strong>coração são um grupo <strong>de</strong> alta mortalida<strong>de</strong> em to<strong>do</strong> o Brasil. O presente estu<strong>do</strong> pô<strong>de</strong> <strong>de</strong>stacar que asprincipais vítimas <strong>de</strong>sse grupo <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças são os homens, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> possivelmente ao maior número <strong>de</strong>fatores <strong>de</strong> risco agrega<strong>do</strong> a eles, como tabagismo, se<strong>de</strong>ntarismo e hipertensão arterial sistêmica. Vale<strong>de</strong>stacar também que o número <strong>de</strong> óbitos vem aumentan<strong>do</strong> tanto em homens quanto em mulheres, issoressalta que os fatores <strong>de</strong> risco estão adquirin<strong>do</strong> gran<strong>de</strong> importância no aumento <strong>do</strong> número <strong>de</strong> óbitos nopaís.Palavras-chave: <strong>do</strong>enças isquêmicas, Norte, Nor<strong>de</strong>ste.37


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoCIÊNCIAS AGRÁRIASAGRICULTURA URBANA COMO FERRAMENTA PARA MELHOR QUALIDADE DE VIDAÀ POPULAÇÃO1 Eduar<strong>do</strong> Car<strong><strong>do</strong>s</strong>o Rodrigues, 2 Carlos Augusto Cor<strong>de</strong>iro Costa , 3 Giselle Nerino Brito <strong>de</strong> Souza, 4 RafaelSales Ohashi, 5 Râmison Flávio Carneiro e Souza1 UFRA – edubio8@yahoo.com.br2 UFRA – carlos.costa@ufra.edu.br3 UFRA – gisa_nbds@hotmail.com4 UFRA – rafaelohashi3000@hotmail.com5 UFRA – ramisonflavio@hotmail.comA colônia <strong>do</strong> Curuçambá surgiu na década <strong>de</strong> 1920, pela necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> abastecer com lenha as cal<strong>de</strong>irasda empresa <strong>de</strong> energia ―Pará Elétrica‖. Posteriormente, com a substituição <strong>de</strong>sse combustível por óleodiesel, as famílias remanescentes passaram a <strong>de</strong>senvolver ativida<strong>de</strong>s agrícolas <strong>de</strong> subsistência nas áreas<strong>de</strong>smatadas, pagan<strong>do</strong> o dízimo pelo uso das terras. Em 1979, chegaram os primeiros produtores <strong>de</strong>hortaliças, constituí<strong><strong>do</strong>s</strong> por 16 famílias, expulsas <strong>de</strong> áreas próximas recém ocupadas por conjuntoshabitacionais. Nas ultimas décadas vem sofren<strong>do</strong> processo intensivo <strong>de</strong> urbanização, reduzin<strong>do</strong>progressivamente a área cultivada, sen<strong>do</strong> que a maioria das famílias não possui o titulo da terra e sãoconsi<strong>de</strong>radas ocupantes. Para a realização da vivencia em tal bairro, foram escolhidas duas famílias, todasprovenientes <strong>de</strong> outras cida<strong>de</strong>s e resi<strong>de</strong>nte neste lugar <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1993 pelo mesmo motivo, para melhorescondições <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento <strong>de</strong> suas produções. O trabalho rural constitui na produção <strong>de</strong> hortaliças:cebolinha (Anthriscus cerefolium), alface (Lactuca sativa), jambú (Spilanthes acmella L.) entre outros.Outras ativida<strong>de</strong>s são realizadas com a cultura <strong>do</strong> açaí (Euterpe oleracea) e com plantas medicinais comoa babosa (Aloe vera L), mastruz (Chenopodium ambrosioi<strong>de</strong>s), camomila (Matricaria chamomilla L)entre outras. Vivenciar a ativida<strong>de</strong> rural <strong>de</strong> famílias rurais <strong>do</strong> entorno <strong>de</strong> Belém, teve como objetivoprincipal conhecer a realida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sses produtores no que diz respeito às suas instalações, condições sócioculturaisbem como sua produtivida<strong>de</strong>. No perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma semana, 12 alunos <strong>do</strong> Programa <strong>de</strong> EducaçãoTutorial <strong>do</strong> Curso <strong>de</strong> Agronomia/UFRA, pu<strong>de</strong>ram conhecer a rotina <strong>de</strong> famílias rurais <strong>do</strong> Bairro <strong>do</strong>Curuçambá, pesquisan<strong>do</strong> e assimilan<strong>do</strong> técnicas e vivencian<strong>do</strong> a importância <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> agricultura,que antes era consi<strong>de</strong>rada exclusivamente rural, passan<strong>do</strong> a ser importante no meio urbano, surgin<strong>do</strong>como uma ativida<strong>de</strong> fornece<strong>do</strong>ra <strong>de</strong> produtos frescos, fonte <strong>de</strong> emprego, renda, etc. Muitos são osbenefícios da agricultura urbana como a produção <strong>de</strong> nutrientes para a comunida<strong>de</strong> e diminuição dasdistâncias entre produtor e consumi<strong>do</strong>r, geran<strong>do</strong> assim renda ao produtor e opções <strong>de</strong> escolha aoconsumi<strong>do</strong>r. Conclui-se que normalmente quem pratica esse tipo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> são famílias com baixograu <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>, praticantes da agroecologia, que utilizam ferramentas rudimentares e que estãoengaja<strong><strong>do</strong>s</strong> em associações comunitárias.Palavras-Chave: Curuçambá, agricultura urbana, associações.AÇÃO DO ESTRESSE HÍDRICO SOBRE A MASSA SECA E ÁREA FOLIAR EM PLANTASDE FEIJÃO-CAUPI¹Italo Felipe Oliveira <strong>de</strong> Almeida, ²Flávio José Rodrigues Cruz, ³ Monyck Jeane <strong><strong>do</strong>s</strong> Santos Lopes, 4 MariaViviane Mota, 5 Roberto Cezar Lobo da Costa.¹Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (italo_almeida@ymail.com)²Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (fjrc@bol.com.br)³ Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (monycklopes@yahoo.com.br)4 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (mvmufra@yahoo.com.br)5 Prof. Dr. da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (roberto.costa@ufra.edu.br)A produção eficiente e altos rendimentos <strong>de</strong> uma espécie vegetal <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m, além <strong>do</strong> potencial genético,das condições climáticas e edáficas. A disponibilida<strong>de</strong> hídrica tem efeito sobre a cultura, pois a falta <strong>de</strong>água po<strong>de</strong> afetar tanto o <strong>de</strong>senvolvimento e o crescimento quanto a produtivida<strong>de</strong> e a qualida<strong>de</strong> daprodução. Quanto maior for à <strong>de</strong>manda evaporativa da atmosfera, mais elevada será a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>fluxo <strong>de</strong> água no sistema solo- planta- atmosfera e folhas são responsáveis pela maior parte <strong>de</strong>ssa38


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientifico<strong>de</strong>manda evaporativa. Por isso, é nas folhas que ocorre a primeira mudança em resposta à seca, que é ainibição da expansão celular que diminui o ritmo da expansão foliar no inicio <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>déficits hídricos. Sementes <strong>de</strong> feijão caupi [Vigna unguiculata (L.) Walp] BRS- Pretinho foram postaspara germinar em vasos conten<strong>do</strong> 3kg <strong>de</strong> um latossolo amarelo <strong>de</strong> textura arenosa. Foram <strong>de</strong>ixadas umaplântula por vaso e foi feita a adubação foliar com NPK com uma <strong><strong>do</strong>s</strong>e proporcional a 100 kg. ha -1 naformulação 10-20-20. As plantas foram irrigada diariamente. No 26°dia foi aplicada a suspensão dairrigação, sen<strong>do</strong> três perío<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> estresse hídrico: Quatro, oito e <strong>do</strong>ze dias. Ao final <strong>de</strong> cada perío<strong>do</strong> <strong>de</strong>suspensão da rega, as plantas foram separadas em raiz e parte aérea, <strong>de</strong>stacan<strong>do</strong>-se as folhas para a<strong>de</strong>terminação da área foliar por meio <strong>de</strong> um integra<strong>do</strong>r <strong>de</strong> área foliar portátil. Posteriormente, as partes<strong>de</strong>stacadas foram ensacadas e postas para secar em estufa <strong>de</strong> ventilação forçada a 65°C por 72 horas paraa <strong>de</strong>terminação da massa seca total por meio <strong>de</strong> uma balança digital <strong>de</strong> precisão. O <strong>de</strong>lineamentoexperimental a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> foi o inteiramente casualisa<strong>do</strong> em esquema fatorial 2x3 (duas condições hídricas:plantas irrigadas e não irrigadas, e três perío<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> suspensão das regas) com <strong>de</strong>z re<strong>pet</strong>ições portratamento. Os da<strong><strong>do</strong>s</strong> obti<strong><strong>do</strong>s</strong> foram submeti<strong><strong>do</strong>s</strong> à análise <strong>de</strong> variância e as médias comparadas a 5% peloteste <strong>de</strong> Tukey. O estresse hídrico promoveu redução na área foliar nos tempos <strong>de</strong> 2 e 12 dias <strong>de</strong> escassezhídrica.Palavras-chaves: Disponibilida<strong>de</strong> hídrica, Vigna unguiculata, BRS- Pretinho.ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE AS PROPIEDADES FÍSICAS DA MADEIRA DASESPÉCIES Swietenia macrophylla King (MOGNO) E Toona ciliata (CEDRO-AUSTRALIANO)EM SISTEMA AGROFLORESTAL NO MUNICÍPIO DE SANTA BÁRBARA-PA1 Teo<strong>do</strong>rico Alves da Silveira, 2 Samantha Rodrigues Campelo, 3 Gilberto Souza Lopes, 4 Cintia <strong>do</strong> SocorroRibeiro, 5 Manuel Tavares <strong>de</strong> PaulaUniversida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará – silveirata@hotmail.comUniversida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará – samcampelo@hotmail.comUniversida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará – ta2007gilbertosouza@hotmail.comUniversida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará – cintia<strong><strong>do</strong>s</strong>ocorro@hotmail.comProfessor Doutor da Universida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará, UEPA – dpaulamt@hotmail.comAs espécies florestais apresentam variabilida<strong>de</strong> com relação às estruturas físicas da ma<strong>de</strong>ira, característicaessa que as diferem quanto a sua resistência natural e mecânica, fatores consi<strong>de</strong>ra<strong><strong>do</strong>s</strong> importantes nomomento <strong>de</strong> escolha da matéria-prima para <strong>de</strong>termina<strong><strong>do</strong>s</strong> fins. O trabalho tem por finalida<strong>de</strong> comparar ascaracterísticas físicas da ma<strong>de</strong>ira das espécies Swietenia macrophylla King (mogno) e Toona ciliata(cedro-autraliano) plantadas em Sistemas Agroflorestais no município <strong>de</strong> Santa Bárbara no esta<strong>do</strong> <strong>do</strong>Pará. A primeira ocorre no Brasil em matas pluviais na região Amazônica, já a segunda é uma espécieintroduzida indicada como uma espécie alternativa para o reflorestamento em regiões brasileiras. Ostestes foram realiza<strong><strong>do</strong>s</strong> no Laboratório <strong>de</strong> Tecnologia da Ma<strong>de</strong>ira (LTM) da Universida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong>Pará, as proprieda<strong>de</strong>s físicas <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> foram <strong>de</strong>terminadas com base na norma MB1269/79 da ABNT, e os valores para a contração volumétrica e o coeficiente <strong>de</strong> anisotropia (relação entrecontrações tangencial e radial) <strong><strong>do</strong>s</strong> corpos <strong>de</strong> provas foram obti<strong><strong>do</strong>s</strong> segun<strong>do</strong> a orientação da norma 460 –1972 da Comissão Pan Americana <strong>de</strong> Normas Técnicas. Para âmbito <strong>de</strong> análise e comparação <strong><strong>do</strong>s</strong>resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>, os valores foram submeti<strong><strong>do</strong>s</strong> ao teste estatístico <strong>de</strong> Tukey. A ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> Toona ciliataapresentou valores médios <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> superiores em comparação aos <strong>do</strong> Swietenia macrophylla King,comparan<strong>do</strong> os resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> obti<strong><strong>do</strong>s</strong> através <strong>do</strong> teste estatístico, o mogno apresentou resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> médiossuperiores para a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> básica e contração volumétrica em comparação ao <strong>do</strong> cedro australiano. E osvalores <strong>de</strong> contrações tangencial, radial, longitudinal e a relação T/R não apresentaram diferençassignificativas entre as espécies estudadas.Palavras-Chave: Proprieda<strong>de</strong>s Físicas, Mogno, Cedro Australiano.ANALISE DA ESTRUTURA E DINÂMICA DE CRESCIMENTO DE UMA FLORESTASECUNDÁRIA DA AMAZÔNIA ORIENTAL SITUADA NO MUNICÍPIO DE BENFICA –PARÁ, A PARTIR DE UM RECORTE AMOSTRALFIGUEIREDO, Robson Bacha 1 , SANTOS, César Augusto Ferreira <strong><strong>do</strong>s</strong> 2 , SEVERINO, Nisângela Lopes 3 ,ABREU, Juliana Lívian Lima <strong>de</strong> 4 , Jardim, Fernan<strong>do</strong> Cristovam da Silva 51 Bolsista <strong>do</strong> PET <strong>de</strong> Engenharia Florestal (UFRA) – enbacha@hotmail.com2 Bolsista <strong>do</strong> PET <strong>de</strong> Engenharia Florestal (UFRA) - cesar.augusto@ufra.edu.br39


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientifico3 Bolsista <strong>do</strong> PIBIC-UFRA (UFRA) – florestal_nisa@hotmail.com4 Bolsita <strong>do</strong> PIBIB-MPEG (UFRA) – julianalivian@yahoo.com.br5 Professor Doutor da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia – fernan<strong>do</strong>.jardim@ufra.edu.brO objetivo <strong>do</strong> presente trabalho foi analisar a estrutura fitossociologica e dinâmica <strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong> umafloresta secundária localizada no município <strong>de</strong> Benfica, no nor<strong>de</strong>ste <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará. O presente alvo<strong><strong>do</strong>s</strong> nossos estu<strong><strong>do</strong>s</strong> vem sen<strong>do</strong> acompanha <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1998. E para a coleta <strong><strong>do</strong>s</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> foi realiza<strong>do</strong> uminventario em parcela permanente <strong>de</strong>marcada e agrupada em bloco, a qual correspon<strong>de</strong>u a uma área total<strong>de</strong> 1000m 2 (10x100 m), e esta por sua vez foi subdividida em subparcelas <strong>de</strong> 100m 2 (10x10 m). Forammensura<strong><strong>do</strong>s</strong> os DAP‘s (diâmetro a altura <strong>do</strong> peito) <strong>de</strong> to<strong><strong>do</strong>s</strong> os indivíduos das espécies arbóreas comdiâmetro maior ou igual a 5 cm. A amostragem levantou 217 indivíduos, distribuí<strong><strong>do</strong>s</strong> em 44 espécies,sen<strong>do</strong> apenas <strong>do</strong>is indivíduos não classifica<strong><strong>do</strong>s</strong> em nível <strong>de</strong> nome cientifico (nestes a i<strong>de</strong>ntificaçãolimitou-se ao nome vulgar) e em um <strong>de</strong>les não foi i<strong>de</strong>ntificada à família botânica. Em nível <strong>de</strong> família oestu<strong>do</strong> levantou um total <strong>de</strong> 23 famílias botânicas, <strong>de</strong>ntro da área amostrada. Os resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> obti<strong><strong>do</strong>s</strong> apartir <strong>do</strong> levantamento amostral foram calcula<strong><strong>do</strong>s</strong> com o auxilio <strong>do</strong> programa ―Mata – Nativa‖,<strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> pela Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Viçosa. Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> os resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> obti<strong><strong>do</strong>s</strong> na dinâmica <strong>de</strong>crescimento e na estrutura fitossocilogica da floresta secundaria po<strong>de</strong>-se propor como sistemasilvicultural para a área, que neste caso foi o sistema <strong>de</strong> assistência pelo méto<strong>do</strong> sistemático, que tem porobjetivo aumentar o potencial <strong>do</strong> povoamento <strong>de</strong> uma forma mais abrangente.Palavras-chave: dinâmica, floresta, secundaria.ATIVIDADE DA REDUTASE DO NITRATO EM PLANTAS DE FEIJÃO-CAUPI SUBMETIDOA DÉFICIT HÍDRICO PROGRESSIVO¹Flavio José Rodrigues Cruz, ²Maria Viviane Mota, ³Maria Tereza Huerb <strong>de</strong> Aquino, 4 Candi<strong>do</strong> FerreiraOliveira Neto, 5 Roberto Cezar Lobo da Costa¹ Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia(UFRA) - (fjrc@bol.com.br)² Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia(UFRA) - (mvmufra@yahoo.com.br)³ Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia(UFRA) – (hadriellekarina@hotmail.com.br)4 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia(UFRA) - (candi<strong>do</strong>.neto@ufra.edu.br)5 Prof Dr. da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia(UFRA) – (roberto.costa@ufra.edu.br)O feijão caupi é uma leguminosa <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> apreciação nas regiões Norte e Nor<strong>de</strong>ste em função <strong>do</strong>consi<strong>de</strong>rável teor protéico <strong>de</strong> seus grãos, como pelo fato <strong>de</strong> ser bastante acessível às populações maiscarentes. No entanto, perío<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> veranico na região Norte e a escassez <strong>de</strong> chuvas verificadas na regiãoNor<strong>de</strong>ste constituem um fator limitante à produção <strong>de</strong>sta cultura. O déficit hídrico tem efeito em diversosprocessos fisiológicos das plantas, visto que o estresse geralmente aumenta a resistência difusiva ao vapor<strong>de</strong> água, mediante fechamento <strong><strong>do</strong>s</strong> estômatos, reduzin<strong>do</strong> a transpiração e, conseqüentemente, osuprimento <strong>de</strong> CO 2 para a fotossíntese, além da redução da ativida<strong>de</strong> da redutase <strong>do</strong> nitrato. Muitos <strong>de</strong>ssesefeitos refletem mecanismos <strong>de</strong> adaptação das plantas ao ambiente (Nogueira, 1997).A redutase <strong>do</strong> nitratoconstitui a porta <strong>de</strong> entrada <strong>do</strong> nitrato no metabolismo nitrogena<strong>do</strong> das plantas superiores, por meio daredução <strong>do</strong> nitrato a amônio que é assimila<strong>do</strong>. No experimento foi utiliza<strong>do</strong> sementes <strong>de</strong> feijão caupi[Vigna unguiculata (L.) Walp] cultivar BRS- Milênio obtidas da Embrapa Meio Norte foram postas paragerminar em vasos conten<strong>do</strong> 15 litros <strong>de</strong> solo franco-arenoso. No 28º dia após o semeio, as plantas foramsubmetidas ao estresse hídrico progressivo constituí<strong>do</strong> por quatro perío<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong> estresse. Ao final<strong>de</strong> cada perío<strong>do</strong>, a ativida<strong>de</strong> da redutase <strong>do</strong> nitrato foi medida em folhas fisiologicamente maduras dasplantas sob tratamento e expressa em µmoles NO 2 -2 . g MF -1 . h -1 segun<strong>do</strong> meto<strong>do</strong>logia proposta porHageman & Hucklesby (1971). O <strong>de</strong>lineamento experimental foi inteiramente casualisa<strong>do</strong> em esquemafatorial 2x4 (plantas controle e sob estresse hídrico; Quatro perío<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> estresse hídrico: 2, 4, 8 e 16 dias,e 6 re<strong>pet</strong>ições). Os da<strong><strong>do</strong>s</strong> obti<strong><strong>do</strong>s</strong> foram submeti<strong><strong>do</strong>s</strong> à análise <strong>de</strong> variância e as médias comparadas a 5%pelo teste <strong>de</strong> Tukey. O estresse hídrico imposto afetou a ativida<strong>de</strong> da redutase <strong>do</strong> nitrato nas folhas dasplantas <strong>de</strong> feijão caupi on<strong>de</strong> o tempo <strong>de</strong> 8 e 16 dias <strong>de</strong> estresse foram os que afetaram em maiorintensida<strong>de</strong> a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta enzima.Palavras-chaves: Vigna unguiculata (L.) Walp, BRS- Milênio, metabolismo nitrogena<strong>do</strong>.40


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoAVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE DO REPOLHO EM RELAÇÃO AO USO DECOBERTURA NO SOLO1 Juliana Chagas Rodrigues, 2 Monyck Jeane <strong><strong>do</strong>s</strong> Santos Lopes, 3 Rogério da Silva Miranda, 4 Tereza Huerb<strong>de</strong> Aquino, 5 Sérgio Antonio Lopes <strong>de</strong> Gusmão1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia – juliana_c_rodrigues@yahoo.com.br2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia – monyck_lopes@yahoo.com.br3 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia – rogeriomantana_atm@hotmail.com4 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia – jukinharodrigues@yahoo.com.br5 Profº Dr. Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia – serg@nautilus.com.brO repolho (Brassica oleraceae var. capitata) é uma planta herbácea, folhosa, <strong>de</strong> alto valor nutritivo,sobretu<strong>do</strong> cálcio, proteína e vitamina C, constituin<strong>do</strong>-se em alimento <strong>de</strong> excelente qualida<strong>de</strong> para gran<strong>de</strong>parte da população, e ainda ter seu caráter social por ser uma cultura em que se utiliza muita mão-<strong>de</strong>-obra,sen<strong>do</strong> cultivada essencialmente por pequenos agricultores, em cultivos orgânicos, on<strong>de</strong> se utiliza acobertura <strong>do</strong> solo como prática habitual, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> os seguintes benefícios: redução da evapotranspiração,contribuin<strong>do</strong> para evitar perdas excessivas <strong>de</strong> água <strong>do</strong> solo; diminuição <strong>do</strong> impacto da chuva sobre o solo;diminuição da ação da erosão superficial; tamponamento das mudanças <strong>de</strong> temperatura <strong>do</strong> solo; ereposição <strong>de</strong> nutrientes; <strong>de</strong>senvolvimento da fauna edáfica. O objetivo <strong>do</strong> trabalho foi avaliação daprodutivida<strong>de</strong> <strong>do</strong> repolho em relação ao uso <strong>de</strong> cobertura no solo. A pesquisa ocorreu no na Universida<strong>de</strong>Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia, em Belém/PA, no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> novembro/2008 a fevereiro/2009. Oexperimento foi monta<strong>do</strong> em <strong>do</strong>is canteiros dimensionan<strong>do</strong> 2 m x 1 m, cada, on<strong>de</strong> um teve a cobertura nosolo e o outro não. O espaçamento utiliza<strong>do</strong> foi <strong>de</strong> 0,60 m x 0,30 m. E a cultivar foi a ‗Sooshu‘. O cultivofoi inicia<strong>do</strong> em solo e em hidroponia tipo NFT, sen<strong>do</strong> utilizada a solução nutritiva <strong>de</strong> Furlani, 20 diasapós a germinação as plantas foram repicadas e transplantadas para o canteiro <strong>de</strong>finitivo. Após a colheita,os parâmetros avalia<strong><strong>do</strong>s</strong> foram: massa total, diâmetro vertical e horizontal, comprimento <strong>do</strong> coração emassa fresca das cabeças <strong>de</strong> repolho, além <strong>do</strong> índice <strong>de</strong> formato <strong>de</strong> cabeça e da profundida<strong>de</strong> <strong>do</strong> coração.Comparan<strong>do</strong> as massas frescas totais e da cabeça, das plantas <strong>do</strong> canteiro com e sem cobertura <strong>do</strong> solo,aquelas que não tinham cobertura no solo apresentaram resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> melhores. Entretanto, confrontan<strong>do</strong> osda<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> índices <strong>de</strong> formato <strong>de</strong> cabeça e <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong> <strong>do</strong> coração aquelas plantas que tinhamcobertura no solo apresentaram melhores resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>.Palavras-Chave: repolho, cobertura no solo, produtivida<strong>de</strong>.AVALIAÇÃO DE CRESCIMENTO DA MALVA SEMENTE (Urena lobata L.) SOBDIFERENTES ESPAÇAMENTOS¹Hadrielle Karina Borges Neves, ²Rafael da Silva Gue<strong>de</strong>s, ³Monyck Jeane <strong><strong>do</strong>s</strong> Santos Lopes, 4 JulianaChagas Rodrigues, 5 Candi<strong>do</strong> Ferreira Oliveira Neto.¹ Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (UFRA) - (hadriellekarina@hotmail.com)² Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (UFRA) - (gue<strong>de</strong>s18rafa@yahoo.com.br)³ Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (UFRA) – (monyck_lopes@yahoo.com.br)4 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (UFRA) - (jukinharodrigues@yahoo.com.br)5 Professor Dr. Da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (UFRA) – (candi<strong>do</strong>.neto@ufra.edu.br)A malva é uma planta anual, da família Malvaceae, produtora <strong>de</strong> fibras, que são extraídas <strong>de</strong> suas hastesapós a colheita e a maceração biológica e/ou <strong>de</strong>sfibramento mecânico. A malva produz fibra similar àsutilizadas na fabricação <strong>de</strong> vestuário, barbantes, teci<strong><strong>do</strong>s</strong> para estofa<strong><strong>do</strong>s</strong> e ta<strong>pet</strong>es, usada sobretu<strong>do</strong>, naconfecção <strong>de</strong> sacaria para acondicionar produtos como açúcar, café e cacau. As sementes são produzidasprincipalmente no Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> às condições <strong>de</strong> solo em que são cultivadas (terra firme). Já noAmazonas, a malva é cultivada nas várzeas para produção <strong>de</strong> fibras. O trabalho foi realiza<strong>do</strong> no perío<strong>do</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong>is meses, na Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia – UFRA, sob <strong>do</strong>is espaçamentos para cultivo<strong>de</strong> malva semente: 1,0 m x 1,0 m e 1,0 m x 0,5 m., em que cada área <strong>de</strong> espaçamentos diferentes havia 5linhas <strong>de</strong> plantio conten<strong>do</strong> 5 plantas em cada uma, totalizan<strong>do</strong> 50 unida<strong>de</strong>s amostrais. A cultura recebeuos tratos culturais necessários (adubação, capina, irrigação e retirada da gema apical), sen<strong>do</strong> realizada amedição da altura das plantas e a contagem <strong><strong>do</strong>s</strong> ramos no inicio e no final <strong>do</strong> experimento, acompanhan<strong>do</strong>o crescimento das plantas em função <strong><strong>do</strong>s</strong> diferentes espaçamentos. Comparan<strong>do</strong> o crescimento em alturadas plantas <strong>de</strong> malva sob os espaçamentos <strong>de</strong> 1,0 x 1,0 m e 1,0 x 0,5 m, as plantas apresentaram maiorcrescimento no espaçamento 1,0 x 0,5m, <strong>do</strong> que no <strong>de</strong> 1,0 x 1,0m. Entretanto, ao observar o número <strong>de</strong>ramos, verificou-se que as plantas no espaçamento menos a<strong>de</strong>nsa<strong>do</strong> (1,0 x 1,0m) produziu maior41


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientificoquantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ramos <strong>do</strong> que o <strong>de</strong> maior a<strong>de</strong>nsamento (1,0 X 0,5m), comprovan<strong>do</strong> que para a produção <strong>de</strong>malva semente, o i<strong>de</strong>al é fazer o plantio em espaçamentos menos a<strong>de</strong>nsa<strong><strong>do</strong>s</strong>, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> variar <strong>de</strong> 1,0 x1,0m a 1,0 x 1,5m, pois haverá mais e maiores ramificações, maior número <strong>de</strong> floração, <strong>de</strong>pois frutos econsequentemente maior produção <strong>de</strong> sementes/planta.Palavras-chave: espaçamento, malva, semente.DETERMINAÇÃO DA CURVA DE RETENÇÃO EM ÁREAS IRRIGADAS DO NORDESTEPARAENSECamila Maciel Cavalcante <strong>de</strong> Souza¹; João Augusto Pereira Neto²; Marcos Antônio Corrêa Matos <strong>do</strong>Amaral³; Leonar<strong>do</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong> Santos Souza 4 ; Rodrigo Otávio Rodrigues <strong>de</strong> Melo Souza 51 Graduanda <strong>de</strong> Agronomia-UFRA, Bolsista REUNI , camila_maciel_souza@yahoo.com.br2 Orienta<strong>do</strong>r, Professor da UFRA, joao.augusto@ufra.edu.br3 Graduan<strong>do</strong> <strong>de</strong> Agronomia-UFRA, Bolsista PIBIC/CNPq , marcos.ufra@hotmail.com4 , Graduan<strong>do</strong> <strong>de</strong> Agronomia-UFRA, Bolsista CNPq , leosantos92@hotmail.com5 Professor da UFRA, rodrigo.souza@ufra.edu.brA irrigação consiste na técnica <strong>de</strong> aplicação artificial da água para o <strong>de</strong>senvolvimento das culturas,quan<strong>do</strong> a ativida<strong>de</strong> pluviométrica se torna insuficiente para suprir as necessida<strong>de</strong>s fisiológicas da planta.Com o crescente aumento da área irrigada paraense e a ausência <strong>de</strong> práticas conservacionistas <strong><strong>do</strong>s</strong>recursos hídricos, surge a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> a<strong>do</strong>ções <strong>de</strong> técnicas a<strong>de</strong>quadas <strong>de</strong> manejo, <strong>de</strong>ntre elas a<strong>de</strong>terminação da lâmina <strong>de</strong> irrigação, com base na curvas <strong>de</strong> retenção <strong>de</strong> água no solo. O presente trabalhoteve como objetivo avaliar <strong>do</strong>is mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> curva: Van Genuchten (1980) e Libardi (1979), em duas áreasirrigadas localizadas nos municípios <strong>de</strong> Castanhal e Igarapé-Açu. Para a <strong>de</strong>terminação da curva <strong>de</strong>retenção e <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> foram coletadas quatro amostras in<strong>de</strong>formadas <strong>de</strong> solo (cada uma representan<strong>do</strong> ocentro <strong>de</strong> cada quadrante) numa profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 0,15m nos pomares irriga<strong><strong>do</strong>s</strong>, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> parcelas <strong>de</strong>1 ha. Com base nos da<strong><strong>do</strong>s</strong> ajusta<strong><strong>do</strong>s</strong>, encontrou-se para a área <strong>do</strong> município <strong>de</strong> Castanhal valores <strong>de</strong>capacida<strong>de</strong> total <strong>de</strong> armazenamento <strong>de</strong> água (CTA) iguais a 51,69 e 52,10, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com os mo<strong>de</strong>lospropostos por Van Genuchten e Libardi, respectivamente. Para a área <strong>de</strong> Igarapé-Açu, os valores <strong>de</strong> CTAcorrespon<strong>de</strong>m a 53,34 e 48,80, para Van Genuchten e Libardi, respectivamente. O coeficiente <strong>de</strong><strong>de</strong>terminação para o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Van Genuchten em Castanhal foi <strong>de</strong> 0,955, sen<strong>do</strong> para Libardi o valor <strong>de</strong>0,956. A<strong>de</strong>mais, em Igarapé-Açu os valores encontra<strong><strong>do</strong>s</strong> foram <strong>de</strong> 0,817 para Van Genuchten e 0,804para Libardi. Com relação ao ajuste, observou-se que os mo<strong>de</strong>los obtiveram o mesmo <strong>de</strong>sempenho,entretanto a equação <strong>de</strong> Libardi torna-se mais apropriada para utilização no manejo <strong>de</strong> irrigação comtensiômetro, pois apresenta maior representativida<strong>de</strong> <strong>do</strong> fenômeno <strong>de</strong> variação <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> entre astensões <strong>de</strong> 0 e 100 kPa (Trabalho financia<strong>do</strong> pelo CNPq).Palavras-chave: agricultura irrigada, curva <strong>de</strong> retenção, manejo da irrigação.EFICIÊNCIA E GRAU DE ADEQUABILIDADE DE SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO NONORDESTE PARAENSERobson Victor Santiago da luz 1 ; Rodrigo Otávio Rodrigues <strong>de</strong> Melo Souza²; Jucielem Pereira Morais³,Marilene Silva Ferreira 4 ; João Augusto Pereira Neto 51 Graduan<strong>do</strong> <strong>de</strong> Agronomia-UFRA, Bolsista CNPq, robvictor10@yahoo.com.br2 Orienta<strong>do</strong>r, Professor da UFRA, -rodrigo.souza@ufra.edu.br3 Graduanda <strong>de</strong> Agronomia-UFRA, Bolsista PIBIC/CNPq, jucielem1061@yahoo.com.br4 Graduanda <strong>de</strong> Agronomia-UFRA, Bolsista REUNI, mariadm13@yahoo.com.br5 Professor da UFRA - joao.augusto@ufra.edu.brVisan<strong>do</strong> contribuir para a geração <strong>de</strong> informações técnicas que facilitem o manejo da irrigação na região<strong>do</strong> Nor<strong>de</strong>ste paraense, o presente trabalho teve como objetivo <strong>de</strong>terminar a eficiência <strong>de</strong> armazenamento(Ea) e o grau <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quabilida<strong>de</strong> (Ga) <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> irrigação em duas proprieda<strong>de</strong>s, uma no município<strong>de</strong> Castanhal e a outra em Igarapé-Açu. Para a <strong>de</strong>terminação da Ea e <strong>do</strong> Ga foram realizadas avaliaçõeshidráulicas em parcelas <strong>de</strong> 1 ha. A vazão <strong>de</strong> cada emissor foi obtida com base no volume <strong>de</strong> água coleta<strong>do</strong>durante o tempo <strong>de</strong> 1 min em uma proveta graduada. Os valores <strong>de</strong> Ea e Ga foram <strong>de</strong>termina<strong><strong>do</strong>s</strong> paradiferentes tempos <strong>de</strong> irrigação, ten<strong>do</strong> como referência a necessida<strong>de</strong> da cultura <strong>do</strong> mamão e o tempoutiliza<strong>do</strong> pelos produtores. Com base na <strong>de</strong>manda da cultura estima-se que o tempo médio <strong>de</strong> irrigaçãopara o município <strong>de</strong> Castanhal é <strong>de</strong> 50 min, o que ocasionaria um excesso <strong>de</strong> água <strong>de</strong> 2.592,5 L, um42


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientificodéficit <strong>de</strong> 2.581,1 L e uma eficiência <strong>de</strong> 94,8%. Para o município <strong>de</strong> Igarapé-Açu, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que otempo necessário par repor a <strong>de</strong>manda da cultura seja <strong>de</strong> 43 min, o excesso seria <strong>de</strong> 5.381,02 L, o déficit<strong>de</strong> 5.366,86 L e uma eficiência <strong>de</strong> 89,2%. Nas duas proprieda<strong>de</strong>s o tempo <strong>de</strong> irrigação utiliza<strong>do</strong> pelosprodutores é <strong>de</strong> 90 min o que provoca em Castanhal uma perda <strong>de</strong> 39.720,5 L e uma eficiência <strong>de</strong> 55,7%,e em Igarapé-Açu uma perda <strong>de</strong> 54.681,8 L e uma eficiência <strong>de</strong> 47,8%. A diferença <strong>de</strong> eficiência <strong><strong>do</strong>s</strong>municípios se <strong>de</strong>ve a diferença <strong>de</strong> uniformida<strong>de</strong> <strong>de</strong> distribuição que é maior em Castanhal (76%) <strong>do</strong> queem Igarapé-Açu (64%). O tempo <strong>de</strong> irrigação utiliza<strong>do</strong> pelos produtores está bem acima <strong>do</strong> tempo queseria necessário para repor a <strong>de</strong>manda da cultura, o que provoca um consumo excessivo <strong>de</strong> água, energiae perda <strong>de</strong> nutrientes por lixiviação. A utilização <strong>do</strong> tempo a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> reduziria o volume <strong>de</strong> água utiliza<strong>do</strong>na irrigação, o que contribui para a redução <strong><strong>do</strong>s</strong> impactos sobre o recurso hídrico (trabalho financia<strong>do</strong>pelo CNPq).Palavras-chaves: agricultura irrigada, avaliação hidráulica, eficiência.INFLUÊNCIA DA TOXIDEZ POR ZINCO NOS TEORES DE AÇÚCARES SOLÚVEIS TOTAISEM PLANTAS DE FEIJÃO-CAUPI¹Hugo Amancio Sales Silva, ²Flávio José Rodrigues Cruz, ³Hadrielle Karina Borges Neves, 4 MonyckJeane <strong><strong>do</strong>s</strong> Santos Lopes, 5 Roberto Cezar Lobo da Costa¹Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (hugoamanciosales@hotmail.com)²Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (fjrc@bol.com.br)³ Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (hadriellekarina@hotmail.com)4 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (monyck_lopes@yahoo.com.br)5 Prof. Dr. da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (roberto.costa@ufra.edu.br)O zinco, apesar <strong>de</strong> ser um micronutriente, apresenta-se como um elemento potencialmente tóxico quan<strong>do</strong>em concentrações excessivas, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> afetar o crescimento e o metabolismo vegetal. Os sintomas <strong>de</strong>toxi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> Zn em plantas são caracteriza<strong><strong>do</strong>s</strong> por redução no crescimento e clorose <strong>de</strong> folhas,semelhantemente à <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> Fe. A ativida<strong>de</strong> industrial tem contribuí<strong>do</strong> para a produção <strong>de</strong>subprodutos industriais que poluem o meio ambiente como o ar, água e o solo. Entre as inúmerasestratégias <strong>de</strong> remediação, a fitorremediação é uma alternativa promissora, pois constitui uma tecnologiaacessível em processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>spoluição ambiental, sen<strong>do</strong> necessários estu<strong><strong>do</strong>s</strong> básicos da tolerância dasespécies aos estresses impostos pelo excesso <strong>de</strong> metais. O presente experimento foi conduzi<strong>do</strong> em casa <strong>de</strong>vegetação da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia utilizan<strong>do</strong>-se sementes <strong>de</strong> feijão-caupi cultivarBRS- Pretinho. Foram utiliza<strong><strong>do</strong>s</strong> vasos <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 1,2L conten<strong>do</strong> solução nutritiva e comosubstrato areia e vermiculita na proporção 2:1. Foram semeadas três sementes por vaso, fazen<strong>do</strong>-se o<strong>de</strong>sbaste 12 dias após a germinação, <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong>-se apenas uma plântula por vaso. A solução foi posta nosvasos no 10°dia após o semeio, sen<strong>do</strong> trocada <strong>de</strong> três em três dias, e o seu pH manti<strong>do</strong> a 6,0. O pH dasolução era corrigi<strong>do</strong>, se necessário, com HCl ou NaOH 0,1M. No 25° dia após o semeio foi aplica<strong>do</strong>uma <strong><strong>do</strong>s</strong>e <strong>de</strong> 1 mM <strong>de</strong> ZnSO 4 .7H 2 O, perduran<strong>do</strong> o estresse por Zn durante 10 dias, sen<strong>do</strong> o pH a partir daintrodução <strong>do</strong> Zn, manti<strong>do</strong> em 5,5±0,2 nas plantas sob estresse. No 35° dia as plantas foram coletadas,ensacadas e postas para secar em estufa <strong>de</strong> ventilação forçada a 65°C por 72 horas, para posteriorquantificação <strong><strong>do</strong>s</strong> teores <strong>de</strong> açucares solúveis totais em folhas <strong>de</strong> feijão-caupi. O <strong>de</strong>lineamentoexperimental a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> foi o inteiramente casualisa<strong>do</strong> em esquema fatorial 2x2 (Plantas controle e sob 1mM <strong>de</strong> Zn estrutura analisada:raiz e folhas) com 8 re<strong>pet</strong>ições. Os resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> foram submeti<strong><strong>do</strong>s</strong> a analise<strong>de</strong> variância e as médias comparadas pelo teste <strong>de</strong> Tukey a 5%. A toxi<strong>de</strong>z por zinco alterou os níveis <strong>de</strong>açúcares solúveis totais tanto em folhas como em raízes <strong>de</strong> feijão-caupi.Palavras-chaves: ZnSO 4 .7H 2 O, BRS-Pretinho, solução nutritiva.INFLUÊNCIA DO ALUMÍNIO SOBRE A ATIVIDADE DA REDUTASE DO NITRATO EMPLANTAS DE FEIJÃO-CAUPI¹Valdir Mario Dias Monteiro, ²Flavio José Rodrigues Cruz, ³Hugo Amancio Sales Silva, 4 Maria VivianeMota, 5 Roberto Cezar Lobo da Costa.¹ Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia(UFRA) - (valdirmonteiro2006@yahoo.com.br)² Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia(UFRA) - (fjrc@bol.com.br)³ Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia(UFRA) – (hugoamanciosales@hotmail.com)4 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia(UFRA) - (mvmufra@yahoo.com.br)5 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia(UFRA) – (roberto.costa@ufra.edu.br)43


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoO alumínio em níveis tóxicos no solo po<strong>de</strong> ocasionar efeitos danosos para as plantas, <strong>de</strong>terminan<strong>do</strong>injurias e retar<strong>do</strong> <strong>do</strong> crescimento. Como efeito inicial <strong>do</strong> estresse por Al +3 observa-se o encurtamento eengrossamento <strong>do</strong> sistema radicular com efeitos negativos sobre a absorção <strong>de</strong> água e nutrientes minerais.O presente trabalho teve como objetivo analisar o efeito <strong>do</strong> Al +3 sobre a ativida<strong>de</strong> da redutase <strong>do</strong> nitratoem folhas <strong>de</strong> feijão-caupi. O experimento foi conduzi<strong>do</strong> em casa <strong>de</strong> vegetação localizada na Universida<strong>de</strong>Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia. Sementes <strong>de</strong> feijão-caupi cultivar BRS-Tracuateua foram semeadas e foramutiliza<strong><strong>do</strong>s</strong> vasos com capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 1,5L conten<strong>do</strong> solução <strong>de</strong> nutritiva <strong>de</strong> Hoagland & Arnon (1950) esubstrato na forma <strong>de</strong> vermiculita e areia na proporção 1:2 . No 25º dia após o semeio foi aplica<strong>do</strong> otratamento com Al 2 (SO 4 ) 3 .18 H 2 O na concentração <strong>de</strong> 1 mM, manten<strong>do</strong>-se vasos com plantas controle.No 35º após a germinação foi medida a ativida<strong>de</strong> da redutase <strong>do</strong> nitrato (Hageman & Hucklesby (1971))em folhas maduras. O <strong>de</strong>lineamento experimental a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> foi o inteiramente casualisa<strong>do</strong>, composto por<strong>do</strong>is tratamentos (plantas controle e 1 mM <strong>de</strong> Al) e 10 re<strong>pet</strong>ições cada. Aplicou-se o teste <strong>de</strong> Stu<strong>de</strong>nt a 5%para testar a significância <strong><strong>do</strong>s</strong> tratamentos.Não foi observada diferença significativa na ativida<strong>de</strong> daredutase <strong>do</strong> nitrato entre os tratamentos. É provável que os mecanismos <strong>de</strong> ativação da redutase <strong>do</strong> nitratocomo a fosforilação <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong> serina <strong>de</strong>sta enzima e a absorção <strong>de</strong> nitrato, visto que este é o substratoda RN não tenham si<strong>do</strong> afeta<strong><strong>do</strong>s</strong> pela concentração <strong>de</strong> 1mM <strong>de</strong> Al +3 ou mesmo a cultivar <strong>do</strong> presentetrabalho tenha neutraliza<strong>do</strong> o efeito tóxico <strong>do</strong> Al+3, possibilitan<strong>do</strong> o seu funcionamento normal. Aativida<strong>de</strong> da redutase <strong>do</strong> nitrato não foi reduzida pelo Al em folhas <strong>de</strong> feijão-caupi cultiva<strong>do</strong> em soluçãonutritiva.Palavras-chave: BRS-Tracuateua, aci<strong>de</strong>z, toxi<strong>de</strong>z.O POTENCIAL ECONÔMICO DO BACURI NA AMAZÔNIA1 Edney Saraiva Monteiro, 2 Gisalda Carvalho Filgueiras, 3 Adriana Gisely Tavares Barreto1 Graduan<strong>do</strong> em engenharia agrônoma da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia –edneysm@yahoo.com.br2 Dra em Ciências Agrárias e professora adjunta I da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará –gisaldaf@yahoo.com.br3 Graduan<strong>do</strong> em engenharia agrônoma da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia –adrianaengagro@hotmail.comO objetivo <strong>do</strong> trabalho foi analisar o potencial econômico <strong>do</strong> Bacuri na Amazônia. Utilizou-se <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>bibliográfico e <strong>de</strong> pesquisas já realizadas para a análise. A extraordinária diversida<strong>de</strong> e potencialida<strong>de</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong>frutos regionais da Amazônia brasileira vêm <strong>de</strong>spertan<strong>do</strong> muita atenção para os frutos tropicais,principalmente por parte <strong><strong>do</strong>s</strong> países europeus. Tal fato sugere perspectivas muito otimistas para acomercialização das frutas in natura e para o aproveitamento industrial das mesmas. O bacurizeiro, aolongo <strong>de</strong>stes últimos <strong>do</strong>is séculos e meio, teve uma gran<strong>de</strong> mudança no conceito <strong>do</strong> seu aproveitamento.Passou <strong>de</strong> uma fruta sem importância para uma árvore <strong>de</strong> interesse ma<strong>de</strong>ireiro, com fruto valoriza<strong>do</strong>. Obacuri segue o caminho <strong>do</strong> cupuaçu e <strong>do</strong> açaí, ganhan<strong>do</strong> dimensão nacional e internacional, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong>tornar-se na polpa mais cara existente no merca<strong>do</strong>. Espera-se que <strong>de</strong>ntro <strong><strong>do</strong>s</strong> próximos anos, a colheita <strong>de</strong>frutos <strong>de</strong> bacuri seja parte integrante da safra <strong>de</strong> plantios racionais e <strong>de</strong> manejos conduzi<strong><strong>do</strong>s</strong> nos locais <strong>de</strong>ocorrência on<strong>de</strong> ainda <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>do</strong> extrativismo com oferta limitada e <strong>de</strong> novos locais. A industrialização<strong>de</strong>sta fruta é efetuada, principalmente, por empresas <strong>de</strong> pequeno porte que utilizam a polpa <strong><strong>do</strong>s</strong> frutospara produzir diferentes produtos. Mesmo na atualida<strong>de</strong>, as áreas <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> bacurizeiros, naAmazônia, continuam sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>vastadas e, pela baixa <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> das árvores, não há garantia <strong>de</strong>sustentabilida<strong>de</strong> econômica frente a outras alternativas econômicas <strong>de</strong> curto prazo, como roça<strong><strong>do</strong>s</strong>. Aspopulações rurais nos locais <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> bacurizais nativos não estão conseguin<strong>do</strong> aproveitar osbenefícios <strong>de</strong>correntes <strong>do</strong> crescimento <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> <strong>de</strong>sse produto. Apesar da gran<strong>de</strong> oferta <strong>de</strong> bacuri nasregiões produtoras, pouco investimento tem si<strong>do</strong> efetua<strong>do</strong> em pesquisas voltadas para os aspectostecnológicos e industriais <strong>do</strong> fruto. O crescimento da <strong>de</strong>manda não tem si<strong>do</strong> acompanha<strong>do</strong> pela geração eadaptação <strong>de</strong> tecnologias que viabilizem a redução das perdas pós-colheita. A <strong>de</strong>ficiência e/ou ausência<strong>de</strong> técnicas a<strong>de</strong>quadas <strong>de</strong> manuseio, transporte e armazenamento, associadas à alta perecibilida<strong>de</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong>frutos acarretam perdas que po<strong>de</strong>m ser minimizadas pela aplicação <strong>de</strong> tecnologias <strong>de</strong> conservação <strong>de</strong>alimentos. Com a a<strong>do</strong>ção das técnicas <strong>de</strong> manejo <strong>do</strong> rebrotamento <strong>de</strong> bacurizeiros seria possível aumentara <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>, transforman<strong>do</strong> roça<strong><strong>do</strong>s</strong> improdutivos a espera da recuperação da capoeira, para nova<strong>de</strong>rrubada, em bacurizais econômicos e, com isso aumentan<strong>do</strong> a renda e <strong>de</strong>sestimulan<strong>do</strong> a prática da<strong>de</strong>rrubada e queimada. Por ser árvore perene <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte, promoveria a recuperação das áreasalteradas e até como fonte produtora <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, seqüestro <strong>de</strong> carbono atmosférico, entre outros.44


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoPalavras-Chave: Bacuri, Economia Agrária, Fruticultura.QUANTIFICAÇÃO DE LEPIDÓPTEROS EM UMA FLORESTA SECUNDÁRIA DA ESTAÇÃOEXPERIMENTAL DA EMBRAPA AMAZÔNIA ORIENTAL NO MUNICÍPIO DE MOJÚ-PARÁWheriton Fernan<strong>do</strong> Moreira da Silva 1 ; Diana Soares Bentes 2 ; Luiz Gonzaga da Silva Costa 31Aluno bolsista <strong>do</strong> PET <strong>de</strong> Engenharia Florestal da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia -UFRA/PA. (wheritonfernan<strong>do</strong>_07@yahoo.com.br)2Aluna bolsista <strong>do</strong> PET <strong>de</strong> Engenharia Florestal da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia - UFRA/PA.(Diana.bentes@ufra.edu.br)3Orienta<strong>do</strong>r e tutor <strong>do</strong> PET <strong>de</strong> Engenharia Florestal da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia -UFRA/PA (Gonzaga@amazon.com.br)O setor florestal po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> uma ativida<strong>de</strong> econômica extrativista nova, uma vez que a mesmarecebeu valoroso impulso na década <strong>de</strong> 70 (FUJIHARA, 2008). Através <strong>de</strong>sse crescimento, tornou-senecessário um estu<strong>do</strong> mais aprofunda<strong>do</strong> das relações entomológicas presentes nos seguimentos florestais,sen<strong>do</strong> estas relacionadas a danos (pragas) ou benéfica (poliniza<strong>do</strong>res e dispersores), com esta necessida<strong>de</strong>,os estu<strong><strong>do</strong>s</strong> nessa área se tornam bem recentes, exceto trabalhos relaciona<strong><strong>do</strong>s</strong> a formigas, sen<strong>do</strong> este umgran<strong>de</strong> fruto <strong>de</strong> estu<strong><strong>do</strong>s</strong>. O trabalho objetivou realizar um levantamento <strong>de</strong> lepidópteros em uma florestasecundária, já que esta or<strong>de</strong>m possui gran<strong>de</strong> valor <strong>de</strong>monstrativo nas interações floresta/insetos(herbívoria, polinização e dispersão etc.). Foram realizadas coletas em três perío<strong><strong>do</strong>s</strong> diárias, comometo<strong>do</strong>logias <strong>de</strong> coleta foram usadas coletas móveis, através <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s entomológicas e <strong>de</strong> varreduras, ecoletas fixas com o auxilio <strong>de</strong> armadilhas <strong>de</strong> atração luminosa. Como resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> coletas generalizadas,observamos uma pre<strong>do</strong>minância da or<strong>de</strong>m lepidóptera, sen<strong>do</strong> esta representada por 32,69% <strong>de</strong> ID (índice<strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>-relação indivíduos/horas <strong>de</strong> coletas periódicas). Essa freqüência relativamente alta po<strong>de</strong>indicar fatores ecológicos positivos e negativos. Como negativos po<strong>de</strong>m ser cita<strong><strong>do</strong>s</strong> a herbívoria e o<strong>de</strong>sfolhamento <strong>de</strong> espécies vegetais (PIRES, 2006), em contra partida, por possuírem estruturas altamenteespecializadas, eles acabam sen<strong>do</strong> responsáveis por polinizar famílias vegetais com floração tubular,como Rubiaceae e Curcubitaceae, isso por possuírem em sua maioria o aparelho bucal <strong>do</strong> tipo suga<strong>do</strong>rmaxilar (FUJIHARA, 2008), outras relações po<strong>de</strong>m ser observadas através <strong>de</strong> estu<strong><strong>do</strong>s</strong> futuros.Palavras-chave: Lepidópteros, relações e floresta.AÇÃO DO ALUMÍNIO SOBRE A PRODUÇÃO DE MASSA FRESCA DE PLANTAS DEFEIJÃO CAUPI CULTIVADAS EM SOLUÇÃO NUTRITIVA¹Andréia Alves Erdmann, ²Flávio José Rodrigues Cruz, ³Hugo Amancio Sales Silva, 4 Monyck Jeane <strong><strong>do</strong>s</strong>Santos Lopes, 5 Roberto Cezar Lobo da Costa¹Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (andrerdman@hotmail.com)²Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (fjrc@bol.com.br)³ Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (hugoamanciosales@hotmail.com)4 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (monyck_lopes@yahoo.com.br)5 Prof. Dr. da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (roberto.costa@ufra.edu.br)O feijão-caupi [Vigna unguiculata (L.) Walp.] é uma das espécies cultivadas <strong>de</strong> ampla adaptação. Alémdisso, é um alimento importante e um componente essencial <strong><strong>do</strong>s</strong> sistemas <strong>de</strong> produção nas regiões secas<strong><strong>do</strong>s</strong> trópicos. Nessas regiões o feijão-caupi constitui-se em uma das principais fontes <strong>de</strong> proteína vegetal,notadamente para as populações <strong>de</strong> menor po<strong>de</strong>r aquisitivo. Na Amazônia, porém, um fator que limita osrendimentos satisfatórios das culturas é a presença <strong>de</strong> solos áci<strong><strong>do</strong>s</strong> com alta saturação por Al. O primeirosintoma <strong>de</strong> toxi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> Al +3 é a inibição da elongação radicular, que ocorre cerca <strong>de</strong> 1-2 h após a exposiçãoa Al. Por essa razão, a avaliação <strong>do</strong> crescimento radicular tem si<strong>do</strong> amplamente utilizada como indica<strong>do</strong>ra<strong>de</strong> tolerância ao íon Al, principalmente em experimentos <strong>de</strong> seleção <strong>de</strong> genótipos realiza<strong><strong>do</strong>s</strong> em soluçãonutritiva. O experimento foi conduzi<strong>do</strong> em casa <strong>de</strong> vegetação localizada na Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural daAmazônia (01º27‘S e 48º26‘W), Belém-Pará. Sementes <strong>de</strong> feijão-caupi cultivar BRS- Pretinho foramsemeadas em uma ba<strong>de</strong>ja conten<strong>do</strong> areia lavada e autoclavada para posterior seleção <strong>de</strong> plântulasuniformes quanto ao tamanho e sanida<strong>de</strong>. Para vasos com capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 1,5L conten<strong>do</strong> solução <strong>de</strong>nutritiva e substrato constituí<strong>do</strong> por vermiculita e areia na proporção 1:2 foram transplantadas as plântulasapós 7 dias <strong>do</strong> semeio (DAS) <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong>-se uma por vaso. No 25º dia após o semeio foi aplica<strong>do</strong> otratamento com Al 2 (SO 4 ) 3 .18 H 2 O na concentração <strong>de</strong> 1mM manten<strong>do</strong>-se vasos com plantas controle.45


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoNo 35º dia as plantas foram colhidas e as plantas separadas em raiz e parte aérea. Em seguida, a raiz e aparte aérea foram separadamente pesadas em balança analítica <strong>de</strong> precisão. O <strong>de</strong>lineamento experimentala<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> foi o inteiramente casualisa<strong>do</strong>, composto por <strong>do</strong>is tratamentos (plantas controle e 1 mM <strong>de</strong> Al) e10 re<strong>pet</strong>ições cada. Aplicou-se o teste <strong>de</strong> Stu<strong>de</strong>nt a 5% para testar a significância <strong><strong>do</strong>s</strong> tratamentos. Amassa fresca radicular e da parte aérea não foi afetada pelo efeito tóxico <strong>do</strong> Al presente na soluçãonutritiva.Palavras-chaves: Solução nutritiva, BRS- Pretinho, fitotoxi<strong>de</strong>zATIVIDADE DE VIVÊNCIA EM COMUNIDADE RURAL E SUA IMPORTÂNCIA PARA AFORMAÇÃO EXTENCIONISTA DO ACADÊMICO DE AGRONOMIA-SANTAREM NOVO-PARÁ.1 Râmison Flávio Carneiro e Souza, 2 Carlos Augusto Cor<strong>de</strong>iro Costa, 3 Rafael Sales Ohashi, 4 Eduar<strong>do</strong>Car<strong><strong>do</strong>s</strong>o Rodrigues, 5 Giselle Nerino Brito <strong>de</strong> Souza1 UFRA – ramisonflavio@hotmail.com2 UFRA – carlos.costa@ufra.edu.br3 UFRA – rafaelohashi3000@hotmail.com4 UFRA – edubio8@yahoo.com.br5 UFRA – gisa_nbds@hotmail.comO município <strong>de</strong> Santarém Novo pertence à mesorregião <strong>do</strong> Nor<strong>de</strong>ste Paraense e à microrregiãoBragantina. A se<strong>de</strong> municipal distancia-se 136.213Km da capital Belém. Sua população estimada em2004 era <strong>de</strong> 5 936 habitantes. Possui uma área <strong>de</strong> 230,5 km². O município <strong>de</strong>senvolve ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>extrativismo animal <strong>do</strong> carangueijo, se <strong>de</strong>stacan<strong>do</strong> na produção pesqueira e agricultura familiar. Avivência teve como objetivo, proporcionar aos membros <strong>do</strong> Grupo PET-Agronomia a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>conhecer e conviver com a realida<strong>de</strong> agrícola <strong>do</strong> minicípio, bem como, as formas <strong>de</strong> trabalho, produção esustentabilida<strong>de</strong> da comunida<strong>de</strong> alvo <strong>de</strong>nominada <strong>de</strong> Pedrinhas. Para a execução da viagem <strong>de</strong> vivênciaao município <strong>de</strong> Santarem Novo-PA, a articulação <strong>do</strong> grupo iniciou com três meses <strong>de</strong> antece<strong>de</strong>ncia, paratanto, foi <strong>de</strong>signa<strong>do</strong> uma coor<strong>de</strong>nação responsavel pela logistica da ativida<strong>de</strong>. O grupo recebeu auxílio daUniversida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia, no que diz respeito a transporte e alimentação, bem como daprefeitura <strong>do</strong> município durante o perío<strong>do</strong> da vivência. Neste perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> vivência, o grupo compreen<strong>de</strong>u operfil da agricultura familiar e assimilou informações e caracteristica, tais como: facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> diálogo;receptivida<strong>de</strong>; preocupação com os aspectos ambientais; utilização da própria mão <strong>de</strong> obra e produçãovoltada prioritariamente para a subsistência (produção em pequena escala), po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> o exce<strong>de</strong>nte sercomercializa<strong>do</strong>. Na área <strong>de</strong> atuação da comunida<strong>de</strong>, as culturas cultivadas i<strong>de</strong>ntificadas foram: mandioca(Manihot esculenta), feijão (Phaseolus vulgaris), laranja (Citrus sinenses), coco (Cocos nucifera),abacaxi (Ananas comosus) e banana (Musa spp), assim como a criação <strong>de</strong> animais como: peru (Meleagrisgallopavo), galinha (Gallus gallus <strong>do</strong>mesticus), bovino (Bos taurus) e equino (Equus caballus). Forami<strong>de</strong>ntifica<strong><strong>do</strong>s</strong> a extração <strong><strong>do</strong>s</strong> seguintes subprodutos: farinha , tucupi e leite bovino. As famílias dacomunida<strong>de</strong> em questão, reclamaram da <strong>de</strong>ficiêcia <strong>de</strong> assistencia tecnica no manejo <strong><strong>do</strong>s</strong> seus cultivos,geran<strong>do</strong> assim, uma limitação na produtivida<strong>de</strong>. A viagem <strong>de</strong> vivência foi importante no que concerne aaquisição <strong>de</strong> experiência e conhecimento <strong>do</strong> mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> vida e produção <strong>de</strong>sempenha<strong>do</strong> pelos agricultoresfamiliares da região, contribuin<strong>do</strong> <strong>de</strong>sta forma para a construção <strong>de</strong> um perfil extencionista <strong>de</strong> futurosprofissionais em agronomia.Palavras-Chave: Santarém Novo, vivência, extencionista.AVALIAÇÃO DA SAZONALIDADE DE PREÇOS DE ATACADO APLICADO AO CACAU ECUPUAÇU NO ESTADO DO PARÁ, 2000 A 20081Gerlane <strong>de</strong> Freitas Melo, ² Antônio Cor<strong>de</strong>iro <strong>de</strong> Santana1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia – gmeloagronoma@yahoo.com.br² Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia – acsantana@superig.com.brConsi<strong>de</strong>radas plantas originárias da região amazônica, o cacau e o cupuaçu apresentam gran<strong>de</strong>importância para economia paraense. Suas produções estão sujeitas à influência <strong><strong>do</strong>s</strong> riscos climáticos, queafetam diretamente o ciclo da produção e a receita obtida da comercialização, em função da variação <strong><strong>do</strong>s</strong>46


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientificopreços. O trabalho avaliou a sazonalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> preços médios <strong>de</strong> ataca<strong>do</strong> <strong>do</strong> cacau e <strong>do</strong> cupuaçu no esta<strong>do</strong><strong>do</strong> Pará, no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2000 a <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2008. Utilizou-se o mo<strong>de</strong>lo clássico multiplicativoda análise <strong>de</strong> séries temporais para i<strong>de</strong>ntificar, isolar e representar graficamente os efeitos dascomponentes <strong>de</strong> tendência, cíclica, aleatória e sazonal <strong><strong>do</strong>s</strong> preços <strong>de</strong>sses produtos. Os resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>mostraram que tanto o cacau como o cupuaçu, no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 2000 a 2008, apresentaram um movimento<strong>de</strong> tendência linear <strong>de</strong>crescente ao longo <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o perío<strong>do</strong>. Com os avanços na área das áreas <strong>de</strong> cultivose da produtivida<strong>de</strong>, a oferta avançou mais rápi<strong>do</strong> <strong>do</strong> que a <strong>de</strong>manda, sobretu<strong>do</strong> <strong>do</strong> cupuaçu, o que gerouexcesso <strong>de</strong> oferta e, consequentemente, uma queda no preço <strong>de</strong>flaciona<strong>do</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong> produtos. Foi constata<strong>do</strong>que o ciclo <strong>do</strong> cacau e <strong>do</strong> cupuaçu iniciou-se em novembro e junho <strong>de</strong> 2002, respectivamente,completan<strong>do</strong>-se ambos em agosto <strong>de</strong> 2006. A sazonalida<strong>de</strong> <strong>do</strong> cacau apresentou significativa diferençaquan<strong>do</strong> comparada com o gráfico da sazonalida<strong>de</strong> <strong>do</strong> cupuaçu. O cacau teve um nível <strong>de</strong> preço maior nomês <strong>de</strong> março (108,42%) e menor no mês <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro (94,72%), apresentan<strong>do</strong> uma amplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong>variação no preço <strong>de</strong> (13,7%). Já o cupuaçu apresentou nível <strong>de</strong> variação <strong>de</strong> preço maior na época <strong>de</strong>safra, perío<strong>do</strong> <strong>do</strong> mês <strong>de</strong> janeiro a julho, quan<strong>do</strong> há gran<strong>de</strong> oferta <strong>do</strong> produto no merca<strong>do</strong>. A partir <strong>de</strong>agosto, iniciou a entressafra, que se esten<strong>de</strong>u até o mês <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro. Neste perío<strong>do</strong>, o nível <strong>do</strong> preço <strong>do</strong>cupuaçu aumentou, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à escassez <strong>do</strong> produto no merca<strong>do</strong>. O valor máximo para o índice estacional<strong>do</strong> preço <strong>de</strong> ataca<strong>do</strong> <strong>do</strong> cupuaçu foi verifica<strong>do</strong> no mês <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro (121%) e o mínimo no mês <strong>de</strong> março(77,67%), apresentan<strong>do</strong> uma maior amplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> variação no preço <strong>de</strong> ataca<strong>do</strong> (43,33%), significan<strong>do</strong>eleva<strong>do</strong> risco para a comercialização <strong>do</strong> produto. (REUNI – Pibic).DESENVOLVIMENTO AMAZÔNICO: PROJETOS DE CAPACITAÇÃO COM BASENO SABER TÉCNICO, COMPLEMENTANDO O SABER DOS CAMPONESES¹ Monyck Jeane <strong><strong>do</strong>s</strong> Santos Lopes, ² Hadrielle Karina Borges Neves, ³ Rafael da Silva Gue<strong>de</strong>s, 4 Rengles<strong>de</strong> Oliveira Menezes, 5 Roberto Cezar Lobo da Costa.¹ Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia(UFRA)- (monyck_lopes@yahoo.com.br)² Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia(UFRA) - (hadrielle_karina@hotmail.com)³ Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia(UFRA) - (gue<strong>de</strong>s18rafa@yahoo.com.br)4 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia(UFRA) - (rhengues_ufra@yahoo.com.br)5 Prof Dr. da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia(UFRA) – (roberto.costa@ufra.edu.br)A região Amazônica é uma das últimas reservas <strong>de</strong> floresta nativa <strong>do</strong> globo terrestre, contempla quase<strong>do</strong>is terços das florestas ainda existentes no mun<strong>do</strong> e sua área representa em torno <strong>de</strong> 40% <strong>do</strong> territóriobrasileiro, portanto é <strong>de</strong> extrema importância à conservação <strong><strong>do</strong>s</strong> recursos naturais e ecossistemas locais.Diante da presente situação em que se encontra o <strong>de</strong>smatamento e a <strong>de</strong>gradação ambiental naAmazônia, é necessário que sejam elaboradas e implantadas ações que visem resolver alguns fatores queatuam <strong>de</strong> forma direta e outros <strong>de</strong> maneira subjacente sobre o <strong>de</strong>smatamento, entre eles <strong>de</strong>stacam-se:infra-estrutura, investimento em pesquisa, tecnologia e inovação, política <strong>de</strong> implantação <strong>de</strong> áreasprotegidas, reservas florestais, regulação <strong>de</strong> títulos <strong>de</strong> terra, e política macroeconômica regional enacional. Também é importante a melhor condição da população <strong>de</strong>ssa área, que esta relacionada comaquilo que os mora<strong>do</strong>res locais consi<strong>de</strong>ram como melhoria <strong>de</strong> vida e as liberda<strong>de</strong>s que <strong>de</strong>sfrutam.Assim é essencial o chama<strong>do</strong> ―consórcio‖ <strong>do</strong> saber técnico com o saber popular, ou cultural que érepassa<strong>do</strong> entre as gerações, por isso é necessário o conhecimento prévio das características da Amazônia,como potencias e <strong>de</strong>safios para sustentabilida<strong>de</strong> agrícola. O trabalho tem como objetivo discutir e buscarsoluções para problemas sociais da Amazônia com base em três projetos: CPATU, um <strong><strong>do</strong>s</strong> maisimportantes centros <strong>de</strong> pesquisa agroecológica da EMBRAPA, on<strong>de</strong> contribui para o <strong>de</strong>senvolvimentorural sustentável da Amazônia, através <strong>do</strong> uso racional e da conservação <strong>de</strong> seus recursos naturais,geran<strong>do</strong> e difundin<strong>do</strong> conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-econômicos em benefício dasocieda<strong>de</strong>. UNICAMPO, objetiva oferecer formações para jovens camponeses, agricultores familiares,trabalha<strong>do</strong>res sem-terra e li<strong>de</strong>ranças das organizações <strong>de</strong> agricultores <strong>de</strong> forma a capacitar-lhes a elaborarprojetos individuais e coletivos. FORLIVE, visa apoiar a incorporação das necessida<strong>de</strong>s, pontos <strong>de</strong> vista ecapacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pequenos produtores no seu <strong>de</strong>senvolvimento, através <strong>de</strong> pesquisa. Tais pesquisas visamalcançar as exigências ao <strong>de</strong>senvolvimento, tentan<strong>do</strong> superar os <strong>de</strong>safios.Palavras-chaves: Amazônia, Sustentabilida<strong>de</strong>, Projetos.47


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoDETERMINAÇÃO DE PARÂMETROS PARA CRIAÇÃO MASSAL DE Ceraeochrysa sp1 Camila Regina da Silva Santos, 2 Wilson José <strong>de</strong> Mello e Silva Maia, 3 Sibele Joise Tapajós daSilva, 4 An<strong>de</strong>rson Cruz da Silva, 5 Emilio Takashi Ishida1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia – camila_santos91@yahoo.com.br2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia – wilson.maia@ufra.edu.br3 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia – sibelejt@hotmail.com4 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia – an<strong>de</strong>rsoncruz_233@hotmail.com5 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia – ishidatakashi@hotmail.comUma das alternativas para diminuir a quantida<strong>de</strong> utilizada <strong>de</strong> <strong>de</strong>fensivos agrícolas na agricultura é o uso<strong>do</strong> controle biológico. Nesse meio alternativo po<strong>de</strong> ser utiliza<strong>do</strong> fungos para a diminuição <strong>de</strong> insetospraga,insetos que se alimentam <strong>de</strong> plantas daninhas e também <strong>de</strong> outros insetos. Para disponibilizar estaalternativa <strong>de</strong> controle, estão sen<strong>do</strong> conduzi<strong><strong>do</strong>s</strong> no Laboratório <strong>de</strong> Bioecologia <strong>de</strong> Insetos (LABIN-UFRA), experimentos com o gênero Ceraeochrysa sp, que é consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> promissor no controle <strong>de</strong>insetos-pragas na agricultura. Em vista da escassez <strong>de</strong> informações <strong>do</strong> gênero em nossa região, aspesquisas estão direcionadas no conhecimento da biologia e comportamento em ambiente controla<strong>do</strong>.Este conhecimento é importante para uma produção uniforme <strong>de</strong> ovos para disponibilizar aos produtoreslarvas em quantida<strong>de</strong> suficiente à sua <strong>de</strong>manda. Um <strong><strong>do</strong>s</strong> parâmetros estuda<strong><strong>do</strong>s</strong> é o recipiente i<strong>de</strong>al para acriação e manutenção <strong>de</strong>ste inseto, bem como a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> casais/recipiente. Os resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>preliminares mostram que existe relação na quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ovo produzida com sua viabilida<strong>de</strong>, ou seja,uma gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ovo produzida não se traduz em eclosões satisfatórias ou número eleva<strong>do</strong> <strong>de</strong>casais/recipiente não implica em gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ovo produzida, portanto, estes estu<strong><strong>do</strong>s</strong> visamviabilizar as técnicas <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> insetos <strong>de</strong> forma econômica em um ambiente controla<strong>do</strong>. (PROBEX-REUNI-PROEX-UFRA).Palavras-Chave: Ceraeochrysa sp, <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>, biologiaEFEITO DO ESTRESSE HÍDRICO SOBRE A ÁREA FOLIAR E ÁREA FOLIARESPECIFICA EM FEIJÃO-CAUPI¹Siglea Sanna Freitas Chaves, ²Flávio José Rodrigues Cruz, ³Hadrielle Karina Borges Neves, 4 HugoAmancio Sales Silva, 5 Roberto Cezar Lobo da Costa¹Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (siglea@hotmail.com)²Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (fjrc@bol.com.br)³ Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (hadriellekarina@hotmail.com)4 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (hugoamanciosales@hotmail.com)5 Prof. Dr. da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (roberto.costa@ufra.edu.br)O déficit hídrico tem efeito em diversos processos fisiológicos das plantas, visto que o estressegeralmente aumenta a resistência difusiva ao vapor <strong>de</strong> água, mediante fechamento <strong><strong>do</strong>s</strong> estômatos,reduzin<strong>do</strong> a transpiração e, conseqüentemente, o suprimento <strong>de</strong> CO 2 para a fotossíntese. Comoconseqüência <strong>de</strong>sses processos <strong>de</strong> resposta fisiológica ao estresse hídrico, tem-se a redução <strong>do</strong>crescimento vegetativo das plantas em função da queda da turgescência celular como resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong><strong>de</strong>créscimo no potencial hídrico <strong><strong>do</strong>s</strong> teci<strong><strong>do</strong>s</strong> da planta. Sob condições <strong>de</strong> déficit hídrico, o equilíbrio entrea produção <strong>de</strong> assimila<strong><strong>do</strong>s</strong> e a <strong>de</strong>manda para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong><strong>do</strong>s</strong> órgãos reprodutivos é severamenteafeta<strong>do</strong> <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à redução na área foliar fotossinteticamente ativa. Sementes <strong>de</strong> feijão caupi [Vignaunguiculata (L.) Walp] BRS- Pretinho foram postas para germinar em vasos conten<strong>do</strong> 3kg <strong>de</strong> umlatossolo amarelo <strong>de</strong> textura arenosa. Após 10 dias <strong>do</strong> semeio foi feito o <strong>de</strong>sbaste das plântulas <strong>de</strong>ixan<strong><strong>do</strong>s</strong>euma plântula por vaso. No 26°dia foi aplicada a suspensão da irrigação, sen<strong>do</strong> três perío<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> estressehídrico: 4, 8 e 12 dias. Ao final <strong>de</strong> cada perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> suspensão da rega, as plantas foram separadas em raize parte aérea, <strong>de</strong>stacan<strong>do</strong>-se as folhas para a <strong>de</strong>terminação da área foliar por meio <strong>de</strong> um integra<strong>do</strong>r <strong>de</strong>área foliar portátil. Posteriormente, as partes <strong>de</strong>stacadas foram ensacadas e postas para secar em estufa <strong>de</strong>ventilação forçada a 65°C por 72 horas para a <strong>de</strong>terminação da massa seca total e foliar. Com os da<strong><strong>do</strong>s</strong>obti<strong><strong>do</strong>s</strong>, foi <strong>de</strong>terminada a área foliar especifica. O <strong>de</strong>lineamento experimental a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> foi o inteiramentecasualisa<strong>do</strong> em esquema fatorial 2x3 (duas condições hídricas: plantas irrigadas e não irrigadas, e três48


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientificoperío<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> suspensão das regas) com <strong>de</strong>z re<strong>pet</strong>ições por tratamento. Os da<strong><strong>do</strong>s</strong> obti<strong><strong>do</strong>s</strong> foram submeti<strong><strong>do</strong>s</strong>à análise <strong>de</strong> variância e as médias comparadas a 5% pelo teste <strong>de</strong> Tukey. O estresse hídrico promoveuredução na área foliar nas plantas sob estresse nos tempos <strong>de</strong> 2 e 12 dias. Por outro la<strong>do</strong>, foi verifica<strong>do</strong>aumento na área foliar especifica em plantas sob estresse nos tempos <strong>de</strong> 8 e 12 dias <strong>de</strong> estresse hídrico.Palavras-chaves: Vigna unguiculata, turgescência celular, BRS- PretinhoFITOTOXIDEZ DO ALUMÍNIO SOBRE A ATIVIDADE DA REDUTASE DO NITRATO EMFOLHAS DE PLANTAS DE SORGO¹José Ailton Gomes <strong>de</strong> Melo Junior, ²Hadrielle Karina Borges Neves, ³Monyck Jeane <strong><strong>do</strong>s</strong> Santos Lopes,4 Tereza Cristina Huerb <strong>de</strong> Aquino, 5 Roberto Cezar Lobo da Costa¹Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia - junior_melo_@hotmail.com²Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia - hadriellekarina@hotmail.com³ Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia - monyck_lopes@hotmail.com4 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia - hadriellekarina@hotmail.com5 Prof. Dr. da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia - roberto.costa@ufra.edu.brA cultura <strong>do</strong> sorgo, disseminada em to<strong>do</strong> o país tem uma importância relevante para a nossa agropecuária.Representa um gran<strong>de</strong> potencial na produção <strong>de</strong> alimentos para o ga<strong>do</strong> e o homem po<strong>de</strong>n<strong>do</strong>, ainda, serutilizada para a produção <strong>de</strong> energia, além <strong>de</strong> apresentar-se como uma alternativa viável em regiõesadversas como aquelas caracterizadas pela ari<strong>de</strong>z ou ainda em áreas prejudicadas pelo excesso <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>zquer pela salinida<strong>de</strong>. No entanto, um <strong><strong>do</strong>s</strong> fatores limitantes ao crescimento e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>stacultura é a alta saturação por alumínio <strong>de</strong> alguns solos Amazônicos associada a aci<strong>de</strong>z <strong><strong>do</strong>s</strong> mesmos. Osmecanismos <strong>de</strong> ação fitotóxica <strong>do</strong> alumínio afetam a divisão e expansão celular e causam <strong>de</strong>sorganizaçãoda membrana plasmática e inibição da absorção <strong>de</strong> íons. Alguns <strong>de</strong>sses efeitos são visualiza<strong><strong>do</strong>s</strong> pelomenor crescimento e engrossamento <strong>do</strong> sistema radicular, resultan<strong>do</strong> em menor volume <strong>de</strong> solo explora<strong>do</strong>pelas raízes, prejudican<strong>do</strong> a absorção <strong>de</strong> água e nutrientes. O presente trabalho teve como objetivoaveriguar o efeito da toxi<strong>de</strong>z <strong>do</strong> alumínio sobre a ativida<strong>de</strong> da redutase <strong>do</strong> nitrato em folhas <strong>de</strong> sorgo. Oexperimento foi conduzi<strong>do</strong> em casa <strong>de</strong> vegetação, usan<strong>do</strong>-se vasos com capacida<strong>de</strong> para 1,2 litrosconten<strong>do</strong> solução nutritiva. Após 5 dias da germinação, foi feito o <strong>de</strong>sbaste das plântulas <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong>-se umapor vaso. O estresse por alumínio foi inicia<strong>do</strong> a partir <strong>do</strong> 20° após a germinação, perduran<strong>do</strong> até o 30° dia.Ao fim <strong>do</strong> estresse por alumínio foi quantificada a ativida<strong>de</strong> da redutase <strong>do</strong> nitrato em folhas <strong>de</strong> sorgo.Foram testa<strong><strong>do</strong>s</strong> quatro tratamentos: plantas controle, 50µM, 100µM e 150µM <strong>de</strong> Al +3, com 8 re<strong>pet</strong>içõescada tratamento. A fonte <strong>de</strong> alumínio utilizada foi o Al 2 (SO 4 ) 3 .18 H 2 O e o <strong>de</strong>lineamento experimentala<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> foi o inteiramente casualisa<strong>do</strong> (DIC). Foi feita a análise <strong>de</strong> variância e as médias <strong><strong>do</strong>s</strong> tratamentosforam comparadas pelo teste <strong>de</strong> Tukey a 5%. A ativida<strong>de</strong> da redutase <strong>do</strong> nitrato foi significativamente(p


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientificoda Amazônia, em Capitão Poço - Pará, no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> agosto a outubro <strong>de</strong> 2009, em <strong>de</strong>lineamentoexperimental <strong>de</strong> blocos casualiza<strong><strong>do</strong>s</strong>, sen<strong>do</strong> as <strong><strong>do</strong>s</strong>es diferenciadas <strong>de</strong> nitrogênio (T1 - 0; T2 - 25; T3 - 50e T4 - 75 kg/ha) os tratamentos, cuja a fonte foi a uréia, em quatro re<strong>pet</strong>ições. A adubação <strong>de</strong> plantioconsistiu da aplicação <strong>de</strong> 133 kg/ha <strong>de</strong> superfosfato triplo e 75 kg/ha <strong>de</strong> cloreto <strong>de</strong> potássio. Na adubação<strong>de</strong> cobertura foi aplica<strong>do</strong> as <strong><strong>do</strong>s</strong>es <strong>de</strong> nitrogênio, <strong>de</strong>finidas no <strong>de</strong>lineamento experimental, diretamente nosolo. O preparo <strong>do</strong> solo constou <strong>de</strong> gradagem e abertura <strong>de</strong> covas <strong>de</strong> plantio. As parcelas foram compostas<strong>de</strong> nove plantas úteis espaçadas <strong>de</strong> 0,5 m entre fileiras e 0,5 m entre plantas. O plantio foi realiza<strong>do</strong>utilizan<strong>do</strong>-se o méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> semeadura direta, colocan<strong>do</strong>-se por cova quatro sementes comerciais dacultivar BR3 Tracuateua, realizan<strong>do</strong>-se o <strong>de</strong>sbaste vinte dias <strong>de</strong>pois <strong>do</strong> plantio, <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong>-se uma plantapor cova. Após 35 dias <strong>do</strong> semeio coletou-se a Massa Seca (MS) <strong>de</strong> 3 plantas por tratamento. Os da<strong><strong>do</strong>s</strong>das variáveis foram submeti<strong><strong>do</strong>s</strong> à análise da variância pelo teste F (p


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoA disciplina Levantamento e Conservação <strong>do</strong> Solo é ofertada em semestres pares aos discentes <strong>do</strong> curso<strong>de</strong> Agronomia, fazen<strong>do</strong> parte <strong>do</strong> elenco das disciplinas obrigatórias da gra<strong>de</strong> curricular. De caráterprático, é <strong>de</strong> fundamental importância para a formação <strong>do</strong> engenheiro agrônomo por tratar <strong><strong>do</strong>s</strong> princípiose técnicas <strong>do</strong> manejo e conservação <strong>do</strong> solo e da água, além <strong>de</strong> fornecer subsídios para interpretação <strong>de</strong>mapas <strong>de</strong> solos e colaborar e/ou elaborar o zoneamento agrícola da área <strong>de</strong> interesse para produçãoagropecuária. As ativida<strong>de</strong>s/meto<strong>do</strong>logias rotineiras realizadas no laboratório <strong>de</strong> Física <strong>do</strong> Solo são aanálise granulométrica <strong>do</strong> solo com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar a textura <strong>do</strong> solo e recomendarposteriormente um sistema <strong>de</strong> manejo a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> para um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> solo, <strong>de</strong>terminação daumida<strong>de</strong> <strong>do</strong> solo, água disponível, capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> campo e ponto <strong>de</strong> murcha permanente, afim <strong>de</strong>monitorar uma possível limitação hídrica as plantas <strong>de</strong> interesse agrícola. A <strong>de</strong>terminação da capacida<strong>de</strong><strong>de</strong> campo é feita através <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> da mesa <strong>de</strong> tensão, on<strong>de</strong> é aplica<strong>do</strong> um potencial para obter umaquantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água presente no solo e o ponto <strong>de</strong> murcha permanente a qual po<strong>de</strong> ser realiza<strong>do</strong> por <strong>do</strong>isaparelhos: o WP4 Potential Mater e a Câmara <strong>de</strong> Richard, no primeiro é adiciona<strong>do</strong> uma quantida<strong>de</strong> emuma amostra <strong>de</strong>formada e seca ao ar para obtenção <strong>do</strong> potencial correspon<strong>de</strong>nte, no segun<strong>do</strong> utiliza-se acâmara <strong>de</strong> pressão com placa porosa, on<strong>de</strong> é aplica<strong>do</strong> para <strong>de</strong>terminação da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> água retida daamostra. O papel <strong>do</strong> monitor é muito importante para dividir com professores da discplina oacompanhamento individualiza<strong>do</strong> <strong>de</strong> cada aluno. A ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> monitoria da disciplina está a cargo <strong>de</strong>um bolsista, que cumpre 12 horas semanais com essa ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino.Palavras-Chave: Agronomia, Levantamento e Conservação <strong>do</strong> Solo, solo.PRODUÇÃO E CRESCIMENTO DO MILHO EM DIFERENTES ÉPOCAS DE SEMEIO APÓSA APLICAÇÃO DE FOSFATO NATURAL REATIVO1 Rafael Silva Gue<strong>de</strong>s, 2 Juliana Chagas Rodrigues, 3 Rengles <strong>de</strong> Oliveira Menezes, 4 Hadrielle KarinaBorges Nesves, 5 Antônio Rodrigues Fernan<strong>de</strong>s1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia – gue<strong>de</strong>s18rafa@yahoo.com.br2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia – jukinharodrigues@yahoo.com.br3 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia – renglespd@yahoo.com.br4 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia – hadriellpop@yahoo.com.br5 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia – antonio.ferna<strong>de</strong>s@ufra.edu.brA cultura <strong>do</strong> milho apresenta boa resposta à aplicação <strong>de</strong> fosfato natural e o estu<strong>do</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong> efeitos <strong>de</strong>diferentes épocas <strong>de</strong> semeio após a aplicação <strong>do</strong> adubo po<strong>de</strong> aumentar a resposta da cultura, uma vez queapresenta baixa solubilida<strong>de</strong> e o semeio imediato após a adubação po<strong>de</strong> não ser a melhor opção. O milho(Zea mays, L.) é o principal cereal produzi<strong>do</strong> no Brasil, cultiva<strong>do</strong> em cerca <strong>de</strong> 13 milhões <strong>de</strong> hectares,com produção <strong>de</strong> aproximadamente 42 milhões <strong>de</strong> toneladas <strong>de</strong> grãos e produtivida<strong>de</strong> média <strong>de</strong> 3,5 t ha -1 .O Brasil é o terceiro maior produtor mundial <strong>de</strong> milho, com participação média <strong>de</strong> 6% na oferta mundial<strong>de</strong>sse produto, supera<strong>do</strong> pelos Esta<strong><strong>do</strong>s</strong> Uni<strong><strong>do</strong>s</strong> (~43%) e pela China (~20%). A importância econômica <strong>do</strong>milho é caracterizada pelas diversas formas <strong>de</strong> sua utilização, que vai <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a alimentação animal até aindústria <strong>de</strong> alta tecnologia. Na realida<strong>de</strong>, o uso <strong>do</strong> milho em grão como alimentação animal representa amaior parte <strong>do</strong> consumo <strong>de</strong>sse cereal, isto é, cerca <strong>de</strong> 70% no mun<strong>do</strong>. Este trabalho teve como objetivoavaliar o efeito <strong>de</strong> diferentes épocas <strong>de</strong> semeio após a aplicação <strong>de</strong> fosfato natural reativo na produção ecrescimento <strong>do</strong> milho. O trabalho foi conduzi<strong>do</strong> em área experimental <strong>do</strong> Instituto <strong>de</strong> Ciências Agrárias,na Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia – UFRA, sob o <strong>de</strong>lineamento experimental em blocoscazualiza<strong><strong>do</strong>s</strong> com quatro re<strong>pet</strong>ições. Os tratamentos foram quatro épocas <strong>de</strong> semeio após a adubação (0,30, 45, 60 dias após a adubação). Para plantio foi utiliza<strong>do</strong> o híbri<strong>do</strong> BRS-1030 e a adubação constou <strong>de</strong>80kg ha -1 <strong>de</strong> P 2 O 5 na forma <strong>de</strong> ARAD, em única aplicação e 90 kg ha -1 <strong>de</strong> N e K 2 O na forma <strong>de</strong> Sulfato <strong>de</strong>amônio e KCl, respectivamente, parcela<strong><strong>do</strong>s</strong> em duas aplicações. Foram avalia<strong><strong>do</strong>s</strong> os parâmetros altura daplanta, números <strong>de</strong> folhas diâmetro <strong>do</strong> caule, peso ver<strong>de</strong> e seco da parte aérea e massa <strong>de</strong> 100 grãos daespiga.Palavras-Chave: Altura da planta, Massa seca, Arad.RAZÃO DA ÁREA FOLIAR EM PLANTAS DE FEIJÃO-CAUPI SOB ESTRESSE HÍDRICO¹Ruy Guilherme Correia, ²Flávio José Rodrigues Cruz; ³Monyck Jeane <strong><strong>do</strong>s</strong> Santos Lopes, 4 HadrielleKarina Borges Neves, 5 Roberto Cezar Lobo da Costa.¹Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia cciigg25@yahoo.com.br51


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientifico²Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia fjrc@bol.com.br³ Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (monyck_lopes@yahoo.com.br)4 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (hadriellekarina@hotmail.com)5 Prof. Dr. da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (roberto.costa@ufra.edu.br)Resumo: O feijão-<strong>de</strong>-corda ou feijão-caupi é consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> uma planta rústica, adaptan<strong>do</strong>-se às diferentescondições <strong>de</strong> clima e solo, sen<strong>do</strong> cultiva<strong>do</strong> em regiões úmidas, subúmidas e semi-áridas. Entretanto, emcondições <strong>de</strong> estresse hídrico, comum em regiões com baixa precipitação pluviométrica, nota-se reduçãona produtivida<strong>de</strong> da cultura. O estu<strong>do</strong> da análise <strong>de</strong> crescimento <strong>de</strong> plantas permite verificar a dinâmica<strong>do</strong> crescimento e <strong>de</strong>senvolvimento das plantas em condições normais ou adversas. Nesse senti<strong>do</strong>, a<strong>de</strong>terminação da área foliar é importante, pois as folhas são as principais responsáveis pela captação <strong>de</strong>energia solar e pela produção <strong>de</strong> fotoassimila<strong><strong>do</strong>s</strong> que são transloca<strong><strong>do</strong>s</strong> para a produção <strong>de</strong> massa seca nasplantas. Sementes <strong>de</strong> feijão caupi [Vigna unguiculata (L.) Walp] BRS- Pretinho foram postas paragerminar em vasos conten<strong>do</strong> 3kg <strong>de</strong> um latossolo amarelo <strong>de</strong> textura arenosa, <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong>-se cinco sementespor vaso. Após 10 dias <strong>do</strong> semeio foi feito o <strong>de</strong>sbaste das plântulas, <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong>-se uma plântula por vaso, euma adubação foliar com NPK com uma <strong><strong>do</strong>s</strong>e proporcional a 100 kg. ha -1 na formulação 10-20-20. Osvasos foram irriga<strong><strong>do</strong>s</strong> diariamente. No 26°dia foi aplicada a suspensão da irrigação, sen<strong>do</strong> três perío<strong><strong>do</strong>s</strong><strong>de</strong> estresse hídrico: Quatro, oito e <strong>do</strong>ze dias. Ao final <strong>de</strong> cada perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> suspensão da rega, as plantasforam separadas em raiz e parte aérea, <strong>de</strong>stacan<strong>do</strong>-se as folhas para a <strong>de</strong>terminação da área foliar pormeio <strong>de</strong> um integra<strong>do</strong>r <strong>de</strong> área foliar portátil. Com os da<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> área foliar e massa seca total das folhassecas em estufa <strong>de</strong> ventilação forçada, foi <strong>de</strong>terminada a razão da área foliar. O <strong>de</strong>lineamentoexperimental a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> foi o inteiramente casualisa<strong>do</strong> em esquema fatorial 2x3 (duas condições hídricas:plantas irrigadas e não irrigadas, e três perío<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> suspensão das regas: quatro, oito e <strong>do</strong>ze.) com <strong>de</strong>zre<strong>pet</strong>ições por tratamento. Os da<strong><strong>do</strong>s</strong> obti<strong><strong>do</strong>s</strong> foram submeti<strong><strong>do</strong>s</strong> à análise <strong>de</strong> variância e as médiascomparadas a 5% pelo teste <strong>de</strong> Tukey. O estresse hídrico promoveu redução na razão da área foliar emplantas sob estresse hídrico nos tempos <strong>de</strong> 8 e 12 dias <strong>de</strong> estresse hídrico.Palavras-chaves: Vigna unguiculata, análise <strong>de</strong> crescimento, BRS- PretinhoRESPOSTA DO IPÊ-BRANCO (Tabebuia roseo-alba (Ridl.) Sand.) À APLICAÇÃO DE DOSESDE NITROGÊNIO E DA CALAGEM, EM FASE INICIAL DE DESENVOLVIMENTO1 Nilvan Carvalho Melo, 2 Jessival<strong>do</strong> Rodrigues Galvão, 3 Vicente Filho Alves Silva.1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia– nilvan.melo@yahoo.com.br2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia – jessival<strong>do</strong>.galvao@ufra.edu.br3 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia – vicente<strong>de</strong>lta@yahoo.com.brO Ipê-branco é uma planta arbórea típica <strong>de</strong> regiões tropicais e subtropicais, pertencente à famíliaBignoniaceae; apresenta altura em torno <strong>de</strong> 7 á 16 metros e diâmetro <strong>do</strong> tronco, 0,40 a 0,60 metros. Aprodução <strong>de</strong> mudas é a maneira mais econômica e segura <strong>de</strong> se obter plantas sadias e resistentes para oplantio <strong>de</strong>finitivo. Entretanto mudas <strong>de</strong> boa qualida<strong>de</strong> oferecem uma maior resistência às condiçõesadversas que po<strong>de</strong>m ocorrer, como por exemplo, replantio e gastos em manutenção. O nitrogênio (N) éessencial para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong><strong>do</strong>s</strong> vegetais, sen<strong>do</strong> que o uso da adubação nitrogenada na produção <strong>de</strong>espécies florestais proporciona uma prática eficiente para reduzir o tempo das plantas em viveiro,tornan<strong>do</strong>-a mais econômica. O trabalho teve como objetivo avaliar o efeito <strong>de</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong>es <strong>de</strong> nitrogênio nocrescimento inicial <strong>de</strong> mudas <strong>de</strong> ipê branco, influencia<strong><strong>do</strong>s</strong> pela correção <strong>do</strong> solo. O experimento foiinstala<strong>do</strong> em casa <strong>de</strong> vegetação <strong>do</strong> Instituto <strong>de</strong> Ciências Agrárias (ICA) no campus da Universida<strong>de</strong>Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (UFRA) no município <strong>de</strong> Belém/PA, por um perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> oito meses. O<strong>de</strong>lineamento experimental utiliza<strong>do</strong> foi o inteiramente casualiza<strong>do</strong>, arranja<strong>do</strong> num esquema fatorial 5x2,com cinco re<strong>pet</strong>ições, totalizan<strong>do</strong> 50 unida<strong>de</strong>s experimentais. Os fatores foram cinco <strong><strong>do</strong>s</strong>es <strong>de</strong> nitrogênio:0; 50; 100; 150 e 200 e kg ha -1 <strong>de</strong> N, na forma <strong>de</strong> Uréia, e correção <strong>do</strong> solo (com e sem calagem).Inicialmente, as sementes foram colocadas em substrato com areia lavada para germinação até atingirem5 cm <strong>de</strong> altura e duas folhas <strong>de</strong>finitivas, em seguida foram repicadas para sacos plásticos, permanecen<strong>do</strong>nesse ambiente por 90 dias. Após esse perío<strong>do</strong>, as plântulas foram selecionadas pela uniformida<strong>de</strong>, quantoà altura, e em seguida realiza<strong>do</strong> o plantio para vasos com capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 3dm 3 <strong>de</strong> solo. Durante acondução <strong>do</strong> experimento, foi realizada irrigação diária com o objetivo <strong>de</strong> manter a umida<strong>de</strong> constante,acrescentan<strong>do</strong>-se um volume <strong>de</strong> água correspon<strong>de</strong>nte a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> campo <strong>do</strong> solo. Os da<strong><strong>do</strong>s</strong> obti<strong><strong>do</strong>s</strong>das variáveis <strong>de</strong> resposta, altura e diâmetro da planta, foram submeti<strong><strong>do</strong>s</strong> à análise <strong>de</strong> variância, com asmédias comparadas por meio <strong>do</strong> programa estatístico SISVAR.52


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoPalavras-Chave: Espécie Florestal, Uréia, Crescimento.RESTRIÇÃO HÍDRICA SOBRE A RAZÃO DA ÁREA FOLIAR E DO PESO FOLIAR DEFEIJÃO-CAUPI¹Rengles <strong>de</strong> Oliveira Menezes, Monyck Jeane <strong><strong>do</strong>s</strong> Santos Lopes, Hadrielle Karina Borges Neves, MariaViviane Mota, Roberto Cezar Lobo da Costa.¹Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (rhengles.ufra@gmail.com)²Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (monyck_lopes@yahoo.com.br)³ Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (hadriellekarina@hotmail.com)4 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (mvmufra@yahoo.com.br)5 Prof. Dr. da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (roberto.costa@ufra.edu.br)O feijão-caupi [Vigna unguiculata (L.) Walp] é consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> uma planta rústica, adaptan<strong>do</strong>-se àsdiferentes condições <strong>de</strong> clima e solo, sen<strong>do</strong> cultiva<strong>do</strong> em regiões úmidas, subúmidas e semi-áridas.Caracteriza-se por apresentar excelente capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adaptação à seca, embora essa capacida<strong>de</strong> varieentre os cultivares e os estádios <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento. O estresse hídrico constitui um fator limitante ao<strong>de</strong>senvolvimento normal das plantas assim como contribui para a redução da produtivida<strong>de</strong> das culturas<strong>de</strong> importância econômica e social. O presente trabalho teve como objetivo avaliaro efeito <strong>do</strong> estressehídrico emplanta <strong>de</strong> feijão caupi submetidas a <strong>de</strong>fict hídrico. No experimento foram utiliza<strong><strong>do</strong>s</strong> sementes<strong>de</strong> feijão caupi [Vigna unguiculata (L.) Walp] cultivar BRS-Milênio, obtidas da Embrapa Meio Norteforam postas para germinar em vasos conten<strong>do</strong> 15 litros <strong>de</strong> solo franco-arenoso. No 28º dia após osemeio, as plantas foram submetidas ao estresse hídrico progressivo constituí<strong>do</strong> por quatro perío<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong>tempo <strong>de</strong> estresse. Ao final <strong>de</strong> cada perío<strong>do</strong>, a área foliar foi medida por meio <strong>de</strong> um integra<strong>do</strong>r <strong>de</strong> áreafoliar portátil. Em seguida, as plantas foram separadas em folhas, ramos e raiz, ensacadas e postas parasecar em estufa <strong>de</strong> ventilação forçada por 72 horas a 65 ºC para, posteriormente, pesagem das partes<strong>de</strong>stacadas e <strong>de</strong>terminação das variáveis razão da área foliar e razão <strong>do</strong> peso foliar segun<strong>do</strong> meto<strong>do</strong>logiaproposta por Benincasa (1988). O <strong>de</strong>lineamento experimental foi inteiramente casualisa<strong>do</strong> em esquemafatorial 2x4 (plantas controle e sob estresse hídrico; Quatro perío<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> estresse hídrico: 2, 4, 8 e 16 dias)e oito re<strong>pet</strong>ições. Os da<strong><strong>do</strong>s</strong> obti<strong><strong>do</strong>s</strong> foram submeti<strong><strong>do</strong>s</strong> à análise <strong>de</strong> variância e as médias comparadas a 5%pelo teste <strong>de</strong> Tukey. O estresse hídrico imposto as plantas <strong>de</strong> feijão caupi promoveram redução da razãoda área foliar e <strong>do</strong> peso foliar comprometen<strong>do</strong> a área foliar fotossintetizante.Palavras-chave: <strong>de</strong>ficiência hídrica, área foliar, Vigna unguiculata.TEORES DE AMINOÁCIDOS SOLÚVEIS TOTAIS EM FOLHAS DE PLANTAS DE SORGOSUBMETIDO À TOXIDEZ POR ALUMÍNIO¹Gerson Diego Pamplona Albuquerque, ²Flávio José Rodrigues Cruz, ³Hugo Amancio Sales Silva, 4 MariaViviane Mota, 5 Roberto Cezar Lobo da Costa¹Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (gersoncorel@hotmail.com)²Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (fjrc@bol.com.br)³ Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (hugoamanciosales@hotmail.com)4 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (mvmufra@yahoo.com.br)5 Prof. Dr. da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (roberto.costa@ufra.edu.br)O sorgo (Sorghum bicolor) é o quarto cereal em área plantada no mun<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> cultiva<strong>do</strong> na maior partedas regiões tropicais e subtropicais, constituin<strong>do</strong> a maior fonte <strong>de</strong> alimento e <strong>de</strong> rações da África, Orientee Oriente médio. É uma importante cultura para o Brasil, principalmente na substituição <strong>do</strong> milho, nasrações para animais, pois a composição <strong><strong>do</strong>s</strong> grãos <strong>de</strong> sorgo assemelha-se às <strong><strong>do</strong>s</strong> grãos <strong>de</strong> milho. Noentanto, a sua produtivida<strong>de</strong> em solos áci<strong><strong>do</strong>s</strong> é afetada pela ação tóxica <strong>do</strong> alumino o qual <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>iavários distúrbios nas plantas que vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> redução <strong>do</strong> crescimento radicular como alterações metabólicasque induzem a planta a promover um ajustamento osmótico celular, visto que o alumínio atua como umsoluto promoven<strong>do</strong> uma redução <strong>do</strong> potencial hídrico celular. O presente trabalho teve como metaanalisar o efeito da fitotoxi<strong>de</strong>z <strong>do</strong> alumínio sobre os teores <strong>de</strong> aminoáci<strong><strong>do</strong>s</strong> solúveis totais (AST) emfolhas <strong>de</strong> plantas <strong>de</strong> sorgo. O experimento foi conduzi<strong>do</strong> em casa <strong>de</strong> vegetação, usan<strong>do</strong>-se vasos comcapacida<strong>de</strong> para 1,2 litros conten<strong>do</strong> solução nutritiva. Foram testa<strong><strong>do</strong>s</strong> quatro tratamentos: plantas controle,50µM, 100µM e 150µM <strong>de</strong> Al +3, com 8 re<strong>pet</strong>ições cada tratamento. A fonte <strong>de</strong> alumínio utilizada foi o53


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoAl 2 (SO 4 ) 3 .18 H 2 O e o <strong>de</strong>lineamento experimental a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> foi o inteiramente casualisa<strong>do</strong> (DIC). Os da<strong><strong>do</strong>s</strong>obti<strong><strong>do</strong>s</strong> foram submeti<strong><strong>do</strong>s</strong> a analise <strong>de</strong> variância e as médias <strong><strong>do</strong>s</strong> tratamentos comparadas pelo teste <strong>de</strong>Tukey a 5%. Foi observa<strong>do</strong> <strong>de</strong>créscimo significativo (p


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoA luta pela terra presente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o Brasil colonial assumiu características diferentes ao longo <strong><strong>do</strong>s</strong> anossen<strong>do</strong> evi<strong>de</strong>nciada através <strong><strong>do</strong>s</strong> vários conflitos que <strong>de</strong>monstram a dinâmica das populações rurais. NoAssentamento Benedito Alves Ban<strong>de</strong>ira – BAB localiza<strong>do</strong> no município <strong>do</strong> Acará- Pa não foi diferente, aocupação da área ocorreu por volta <strong>de</strong> 1987 com o intuito <strong>de</strong> tomar posse <strong>de</strong> uma antiga fazendaimprodutiva, haja vista que os trabalha<strong>do</strong>res sofriam (e ainda sofrem) com o monopólio da terra; e anecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> garantir o sustento da sua família através da agricultura. Foram realizadas visitas a fim <strong>de</strong>obter informações sobre os projetos <strong>de</strong> assentamentos, as políticas <strong>de</strong>senvolvidas, e como se organiza aparte <strong>de</strong> produção <strong>de</strong>ste. Inicialmente através <strong>de</strong> conversas informais e em seguida através <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong>questionário junto à população a ssentada e consulta a <strong>do</strong>cumentos pertinentes. Os assenta<strong><strong>do</strong>s</strong> sãominimamente organiza<strong><strong>do</strong>s</strong> em uma associação, o que po<strong>de</strong> se consi<strong>de</strong>rar uma ferramenta importante paratentar solucionar as injustiças vividas na vida e no trabalho. O assentamento apresenta uma área <strong>de</strong> 9.000ha, on<strong>de</strong> a media <strong>de</strong> cada lote é <strong>de</strong> 50 ha. A maioria <strong><strong>do</strong>s</strong> assenta<strong><strong>do</strong>s</strong> trabalha com a produção <strong>de</strong> mandioca(Manihot sculenta) para fazer a farinha, e com a produção da Pimenta <strong>do</strong> Reino (Piper Nigrum) e <strong>de</strong> umaforma menos expressiva alguns trabalham com a produção <strong>de</strong> ga<strong>do</strong>, com o plantio <strong>de</strong> Abacaxi (Ananascomosus)e <strong>de</strong> algumas culturas <strong>de</strong> ciclo curto para subsistência como Milho(Zea mays), Arroz (Oryzasativa) , e Feijão (Phaseolus vulgaris). Para alem das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> infra-estrutura, os agricultores<strong>de</strong>mandam <strong>de</strong> assessoria técnica, o que gera inúmeros problemas relaciona<strong><strong>do</strong>s</strong> a produção. Principalmenteno que se refere a perda <strong>de</strong> produtos tanto na fase <strong>de</strong> campo, como é o caso da podridão da mandioca peloalagamento da área, como na fase <strong>de</strong> colheita e beneficiamento. Po<strong>de</strong>-se afirmar que os assentamentosrurais a<strong>de</strong>quadamente assisti<strong>do</strong> torna-se um gran<strong>de</strong> potencia para a produção <strong>de</strong> alimentos <strong>do</strong> seumunicípio.Palavras chaves: Assentamento, produção, acará.TEATRO E SERVIÇO SOCIAL: CONSTRUINDO A CIDADANIA DE CRIANÇAS EADOLESCENTES QUE VIVENCIAM A VIOLËNCIA1 Wal<strong>de</strong>rney Pinheiro da Cruz, 2 Gleidson Pantoja, 3 Heliana Baia Evelin1 Acadêmico <strong>de</strong> Serviço Social da - Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará, estagiário da Promotoria <strong>de</strong> Justiça daInfância e Juventu<strong>de</strong> <strong>do</strong> MPE, voluntário <strong>do</strong> Programa Luamim: peças interventivas na realida<strong>de</strong> -neypinheiroc@yahoo.com.br2 Acadêmico <strong>de</strong> Serviço Social, Bolsista PROEX/UFPA - Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará -gleidsonpantoja@hotmail.com3 Orienta<strong>do</strong>ra Doutora em Serviço Social da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará - hbesoria@ufpa.brEm muitas cida<strong>de</strong>s, as escolas são palco <strong>de</strong> situações <strong>de</strong> violência. Quan<strong>do</strong> situadas on<strong>de</strong> a exclusãosocial se manifesta <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> mais acentua<strong>do</strong>, as escolas não ficam isoladas <strong>de</strong>ste contexto. Em geral, asolução proposta é o policiamento e nem sempre essa solução é possível e quase nunca é eficaz. Aocontrário, muitas vezes apenas reforça a violência. O presente trabalho é construto <strong>de</strong> uma ativida<strong>de</strong>extensionista em que foi <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> o plano <strong>de</strong> trabalho Atores A<strong>do</strong>lescentes e o Serviço Social:intervenção para um mun<strong>do</strong> menos violento no PROCRIAR (Projeto Crianças e A<strong>do</strong>lescentesResilientes), <strong>do</strong> Programa Luamim: peças interventivas na realida<strong>de</strong> que constrói conhecimentos através<strong>do</strong> Serviço Social no contexto das Ciências da Cultura como forma <strong>de</strong> subsidiar tecnologias sociaisrelacionadas ao Serviço Social, Arte e Comunicação. O plano <strong>de</strong> trabalho objetiva: contribuir para oavanço na construção <strong>de</strong> tecnologias sociais e tem como objetivos específicos inserir 20 a<strong>do</strong>lescentes naoficina <strong>de</strong> arte cênica, visan<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolver-lhes a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resiliência, motivar-lhes a reflexão, ainiciativa, o exercício <strong>de</strong> cidadania; as inter-relações, a valorização <strong>do</strong> diálogo para a melhoria <strong>do</strong>relacionamento com os familiares e amigos, obtenção <strong>de</strong> conhecimentos, elevação da auto-estima;prevenção da evasão e retenção escolar, construção <strong>do</strong> projeto <strong>de</strong> vida profissional, e engajamentocomunitário. É discutida entre os a<strong>do</strong>lescentes e os instrutores das oficinas <strong>de</strong> arte cênica a inserção <strong>de</strong>temas relaciona<strong><strong>do</strong>s</strong> à realida<strong>de</strong> na encenação teatral. As ativida<strong>de</strong>s ocorrem no bairro <strong>do</strong> Guamá, emBelém, no Centro <strong>de</strong> Referência da Assistência Social (CRAS), com crianças e a<strong>do</strong>lescentes matriculadasem escolas públicas. Trata-se <strong>de</strong> ações investigativas <strong>do</strong> Serviço Social no contexto da criação artística <strong>do</strong>teatro. As meto<strong>do</strong>logias <strong>de</strong>senvolvidas são dinâmicas orientadas (brinca<strong>de</strong>iras direcionadas parasocialização, diálogos, técnicas <strong>de</strong> concentração, <strong>de</strong>bates sobre auto-estima, informações sobre direitos e<strong>de</strong>veres <strong>de</strong> cidadania, i<strong>de</strong>ntificação e reflexão sobre fatos que envolvam violência), oficinas <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o,entrevistas e questionários. I<strong>de</strong>ntifica-se haver interação entre os participantes, apesar <strong>de</strong> que a maioria55


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientificonão se conhecia, bom nível <strong>de</strong> concentração, relatos <strong>de</strong> violência e drogas ilegais no meio on<strong>de</strong> vivem,construção e apropriação <strong><strong>do</strong>s</strong> direitos conti<strong><strong>do</strong>s</strong> no Estatuto da Criança e <strong>do</strong> A<strong>do</strong>lescente. A experiênciapossibilita observar como muitas crianças e a<strong>do</strong>lescentes se encontram na socieda<strong>de</strong>, vivencian<strong>do</strong>constantes cenas <strong>de</strong> violência, reflexo da violação <strong>de</strong> seus direitos. Tem-se a perspectiva <strong>de</strong> formarcidadãos mais comprometi<strong><strong>do</strong>s</strong> com a construção da paz, <strong>do</strong> respeito, da ética e <strong>de</strong>mais valores necessáriosa compreensão e consciência <strong>de</strong> suas realida<strong>de</strong>s.Palavras-Chave: violência, Serviço Social, Arte.CIÊNCIAS HUMANASA QUESTÃO DA IDENTIDADE DOS HEADBANGERS¹Raoni Lourenço Arraes, ²Robson Rodrigues Lima, ³José Lucas Maués das Neves, 4 Jonas MonteiroArraes¹Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – arraes61@hotmail.com²Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará - dimah_el@hotmail.com³Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará - zehluks@hotmail.com4 Professor Mestre <strong>do</strong> curso <strong>de</strong> Bacharela<strong>do</strong> em Música da Universida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáÉ consenso na ciência social, seja Sociologia, Antropologia ou outra qualquer, que a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>do</strong>homem contemporâneo não <strong>de</strong>sfruta <strong>de</strong> uma unicida<strong>de</strong>, ou seja, não é somente um grupo social (família,Esta<strong>do</strong>, parti<strong>do</strong> político…) que a <strong>de</strong>fine, porém uma conjunção <strong>de</strong> vários <strong>de</strong>stes.A gran<strong>de</strong> questão aqui é:o que <strong>de</strong>fine a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>do</strong> ser humano, ou melhor, o que <strong>de</strong>fine a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> headbanger? Po<strong>de</strong>mosfalar em i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> headbanger? Se headbanger não é uma categoria étnica, no senti<strong>do</strong> estrito <strong>do</strong> termo,é no jogo da diferença que ele é construí<strong>do</strong>. I<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> é uma <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> pertença que <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>grupo social constrói <strong>de</strong> si em relação aos outros <strong>grupos</strong> que o cercam. A i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> é sempre umai<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> em relação a quem, traduzin<strong>do</strong> um impulso psíquico fundamental <strong>de</strong> diferenciação, portanto,pertencimento, que é construída a partir <strong>de</strong> vários referenciais — família, Esta<strong>do</strong>, religião, gênero,etc.Assumimos os headbangers como grupo social que se <strong>de</strong>limita através <strong>de</strong> símbolos e atitu<strong>de</strong>sespecíficas, isto é, uma tribo urbana. A partir daí, nos perguntamos sobre a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta tribo, suascaracterísticas e possíveis <strong>de</strong>s<strong>do</strong>bramentos. O fator principal <strong>de</strong> unificação da cultura headbanger é suamúsica, o Heavy metal. No entanto, a multiplicida<strong>de</strong> da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> headbanger comporta diversas subi<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s,que são <strong>de</strong>finidas por conjuntos <strong>de</strong> características agregadas ou excluídas <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com osubgênero musical correspon<strong>de</strong>nte. Esse movimento <strong>de</strong> agregação/segregação ora i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> da tribo, ouseja, existem diferenças sensíveis num indivíduo que se i<strong>de</strong>ntifique mais com o Black metal e outro quese i<strong>de</strong>ntifique mais com o Metalcore. Portanto, po<strong>de</strong>mos questionar: existe uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> headbanger?Se existe, o que a <strong>de</strong>fine? Seria ela única, indivisível, ou <strong>de</strong>terminada por várias condições locais?Palavras-Chave: I<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>, Headbangers, Tribo UrbanaA SOCIEDADE DE VIGILÂNCIA: A VIDA COMO ESPETÁCULOHelio Figueire<strong>do</strong> da Serra Netto 1 Jorge Oscar Santos Miranda 21 Mestran<strong>do</strong> em antropologia <strong>do</strong> programa <strong>de</strong> pós graduação em Ciências Sociais da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<strong>do</strong> Pará - ranehelio@hotmail.com2Graduan<strong>do</strong> <strong>do</strong> 8º semestre <strong>do</strong> curso <strong>de</strong> Ciências Sociais, ênfase em sociologia, da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<strong>do</strong> Pará - jorgeoscarsm@hotmail.comA proposta <strong>do</strong> trabalho é abordar as características que leva o público a participar da lógica <strong>do</strong> es<strong>pet</strong>áculo,proporciona<strong>do</strong> pelos programas <strong>do</strong> gênero <strong>de</strong> show <strong>de</strong> realida<strong>de</strong>, bem como, analisar o impacto causa<strong>do</strong>nas relações sociais e, sobretu<strong>do</strong>, na tentativa <strong>de</strong> forjar novas representações, como a criação <strong>de</strong> ―heróis<strong>do</strong> povo‖.Consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> um fenômeno no mun<strong>do</strong>, os ―Reality Shows‖ tornaram-se a ―chave-mestra‖ dasemissoras <strong>de</strong> televisão na busca da audiência. Os programas <strong>de</strong> ―realida<strong>de</strong>‖ tiveram uma gran<strong>de</strong>aceitabilida<strong>de</strong> pelos telespecta<strong>do</strong>res, popularizan<strong>do</strong>-se. Uma espécie <strong>de</strong> ―explosão‖ na programação diária<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> da televisão nos quatro cantos aconteceu a partir disso. Sempre critica<strong><strong>do</strong>s</strong> quanto ao seu caráterestético e ético,o chama<strong>do</strong> bom gosto, estas atrações preten<strong>de</strong>m,<strong>de</strong> forma direta ou indireta, tornar56


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientifico―público‖ a verda<strong>de</strong>ira face <strong><strong>do</strong>s</strong> agentes sociais- os participantes- apresenta<strong><strong>do</strong>s</strong>.O que sabe-se a respeitoda gênese <strong><strong>do</strong>s</strong> reality shows é que, eles tiveram uma passagem pelo rádio até chegar na televisão. ―AnAmerican Family‖ transmitida em <strong>do</strong>ze capítulos em 1973 nos esta<strong><strong>do</strong>s</strong> Uni<strong><strong>do</strong>s</strong>, foi o primeiro show <strong>de</strong>realida<strong>de</strong> que se tem notícia; o programa fez sucesso na época por tratar <strong>de</strong> assuntos como: Divórcio ehomossexualismo em uma família conserva<strong>do</strong>ra -tradicional- da época. Países como, Inglaterra eAustrália utilizaram o mesmo formato para a criação <strong>de</strong> inúmeros shows.No entanto o reality show,COPS, lança<strong>do</strong> em março <strong>de</strong> 1989 foi o que impulsionou o interesse mo<strong>de</strong>rno por esses programas, atrás<strong>de</strong>le vieram, The Real World,da MTV,(lança<strong>do</strong> no Brasil como ―Na Real‖).Em 2000, ExpeditionRobinson e Big Brother, na Europa, bem como Survivor,nos Esta<strong><strong>do</strong>s</strong> Uni<strong><strong>do</strong>s</strong> fizeram multiplicar os realityshows.Palavra- Chave: Reality Show, Es<strong>pet</strong>áculo, Relação Social.ELEIÇÕES MUNICIPAIS 2008: UMA BREVE ANALISE DA COMPETIÇÃO ELEITORALAOS CARGOS MAJORITARIOS E PROPORCIONAIS NO ESTADO DO PARÁ1 Luiz Eduar<strong>do</strong> Santos <strong>do</strong> Nascimento, 2 Ana Luiza Coelho Araújo da Silva Ferreira, 3 Maria LuziaMiranda Álvares1 Projeto extracurricular temático Grupo <strong>de</strong> Trabalho em Ciências Sociais – nascimento96@yahoo.com.br2 Grupo <strong>de</strong> Estu<strong><strong>do</strong>s</strong> e Pesquisas ―Eneida <strong>de</strong> Moraes‖ sobre Mulher e relações <strong>de</strong> Gênero -analuizacoelho@gmail.com3 Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Sociais - luziamiranda@gmail.comO presente trabalho é fruto <strong>do</strong> relatório parcial <strong>do</strong> Plano <strong>de</strong> Trabalho ―O quadro das eleições municipais<strong>de</strong> 2008: parti<strong><strong>do</strong>s</strong>, filia<strong><strong>do</strong>s</strong>/as e candidatos/as em com<strong>pet</strong>ição aos cargos legislativo e executivo no Pará”,que por sua vez é parte integrante <strong>do</strong> Projeto <strong>de</strong> pesquisa: ―Filiação, Candidatura & Eleições: astrajetórias pessoais no recrutamento para a com<strong>pet</strong>ição eleitoral (Pará, 2004 e 2006)‖ coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong> pelaProfessora Doutora Maria Luzia Miranda Álvares, da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Sociais - IFCH/UFPA. Acom<strong>pet</strong>ição eleitoral na esfera municipal para os cargos majoritários e proporcionais ganha cada vez maisimportância e conseqüentemente maior espaço no <strong>de</strong>bate nacional das eleições. Mas, a maiorconcentração <strong>de</strong> trabalhos e pesquisas ainda se dá nos estu<strong><strong>do</strong>s</strong> sobre as câmaras legislativas na esferaestadual e fe<strong>de</strong>ral. Pensan<strong>do</strong> em suprir em parte a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> material a nível local da corrida eleitoralé que se apresenta este trabalho e no qual foram levanta<strong><strong>do</strong>s</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> das eleições municipais <strong>de</strong> 2008(legislativo e executivo), no Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará. Os da<strong><strong>do</strong>s</strong> levanta<strong><strong>do</strong>s</strong> foram i<strong>de</strong>ntifica<strong><strong>do</strong>s</strong>, analisa<strong><strong>do</strong>s</strong> cominterconexões prévias, por se tratarem <strong>de</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> parciais colhi<strong><strong>do</strong>s</strong> junto ao sitio <strong>do</strong> Tribunal SuperiorEleitoral. Foi utiliza<strong><strong>do</strong>s</strong> também material bibliográfico pertinente à temática, <strong>do</strong>cumentos e jornais. Deuma analise preliminar supõe-se que alguns parti<strong><strong>do</strong>s</strong> concentraram o po<strong>de</strong>r em poucas li<strong>de</strong>ranças e estascaminham para uma acirrada disputa nos pleitos vin<strong>do</strong>uros.Palavras-Chave: com<strong>pet</strong>ição eleitoral, cargos majoritários e proporcionais, Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará.A RELAÇÃO DAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE ANANINDEUA COM AREPRESENTATIVIDADE POLÍTICA: UMA ANÁLISE DAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2004E 2008.¹Cassiano <strong><strong>do</strong>s</strong> Santos Simão, ²Karen Gabriely Sousa Santos, 3 Samuel Maria <strong>de</strong> Amorim Sá¹Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – ciano19@rocketmail.com²Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – briely_k@yahoo.com.br3 Professor Dr. da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – bsamel@hotmail.comEste trabalho visa analisar as eleições municipais da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ananin<strong>de</strong>ua, <strong>de</strong> forma a i<strong>de</strong>ntificar ecaracterizar o senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> representativida<strong>de</strong> política no município, ten<strong>do</strong> em vista a participação <strong>do</strong>eleitora<strong>do</strong> nos últimos <strong>do</strong>is pleitos, referentes à esfera <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>scrita. A relação sugerida estáfundamentada pela análise comparativa <strong><strong>do</strong>s</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> das eleições <strong><strong>do</strong>s</strong> anos <strong>de</strong> 2004 e 2008, examinadas apartir <strong>do</strong> conceito <strong>de</strong> representativida<strong>de</strong> política, nos aspectos quantitativos e qualitativos <strong>do</strong> processo <strong>de</strong>57


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientificoparticipação eleitoral. A caracterização respectiva à eficácia <strong>do</strong> voto, na via eleitor-candidato, vem a<strong>de</strong>notar a construção ou não <strong>de</strong> um apoio popular, não só em relação aos representantes, como tambémem relação ao próprio processo legal <strong>de</strong> escolha. Nesse senti<strong>do</strong> a conjugação acerca das temáticas,representativida<strong>de</strong> política e eleições, nortearão um entendimento popular em relação ao processoeleitoral e suas arquitetações e disposições sobre a socieda<strong>de</strong>; referenda, através da análise <strong>do</strong> voto, asacepções tangentes à estrutura política <strong>de</strong> representação da comunida<strong>de</strong>, substancian<strong>do</strong> os caracteres <strong>de</strong>cre<strong>de</strong>nciamento e credibilida<strong>de</strong>, conferi<strong><strong>do</strong>s</strong> aos processos <strong>de</strong> obtenção e exercício <strong>do</strong> po<strong>de</strong>r político;relaciona a perspectiva da atuação <strong>do</strong> representante <strong>do</strong> po<strong>de</strong>r político, com as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>monstradaspela socieda<strong>de</strong>; concatena o senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> processo eleitoral enquanto ―termômetro <strong>de</strong> sanida<strong>de</strong>‖ <strong>do</strong> caráterrelativo à representativida<strong>de</strong> política.Palavras-chave: Eleições, Representativida<strong>de</strong> Política.“NATIVOS TEMPORÁRIOS”: UM ESTUDO SOBRE INGRESSANTES/CALOUROS DOCURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS-UFPASamuel Sá¹, Juliana da Silva Barroso², Ricar<strong>do</strong> da Silva Rodrigues³, Anna Barbara Car<strong><strong>do</strong>s</strong>o da Silva 4 ,Dalila Góes Antero 51.Orienta<strong>do</strong>r: UFPA – bcsamel@terra.com.br2. UFPA – jubasc@hotmail.com3. UFPA - ricar<strong>do</strong>rodrigues87a@hotmail.com4. UFPA - annabarbaracs@hotmail.com5. UFPA - dalilantero@hotmail.comEste resumo é parte <strong>de</strong> um trabalho – Nativos Temporários - neste, analisaremos o que <strong>de</strong>nominamos <strong>de</strong>INGRESSANTES ou CALOUROS. O processo <strong>de</strong> contato entre o aluno recém ingresso na universida<strong>de</strong>e a estrutura universitária é a questão fundamenta para compreen<strong>de</strong>r o processo <strong>de</strong> autonomia e criação dai<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> universitária, pois a universida<strong>de</strong> é um espaço que apresenta ampla diversida<strong>de</strong> cultural, multiorientaçõespolíticas e consi<strong>de</strong>rável pluralida<strong>de</strong> <strong>de</strong> classes sociais conviven<strong>do</strong> e construin<strong>do</strong> este espaço<strong>de</strong> conhece<strong>do</strong>res. A diversida<strong>de</strong> cultural <strong>de</strong> orientações políticas e <strong>de</strong> classes sociais não é algo inerte esem utilizações, pois a diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> orientações <strong>de</strong> vida é uma coisa que po<strong>de</strong>mos usar para conflitarnossa i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> ou orientação com a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>do</strong> outro. Fundamenta-se quan<strong>do</strong> o individuo afirma asua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>, diferencian<strong>do</strong>-se <strong>do</strong> outro, sen<strong>do</strong> que este eu e este outro são sempre invoca<strong><strong>do</strong>s</strong> enquantogrupo e não enquanto indivíduos solitários. Mas também é possível, fazer o movimento <strong>de</strong> alterida<strong>de</strong>.Este se fundamenta em compreen<strong>de</strong>r a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e as motivações <strong>do</strong> outro pela sua própria lógica, o queabre a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> negociar ou trocar partes da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>do</strong> eu com a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>do</strong> outro,construin<strong>do</strong> algo novo, crian<strong>do</strong> novas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> orientar-se na universida<strong>de</strong> e na vida. Adiversida<strong>de</strong> cultural é forjada a partir das diferentes informações e experiências que os indivíduosconvivem e trocam. O encontro <strong>de</strong> duas ou mais formas <strong>de</strong> se orientar no mun<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> confrontadas,leva ao choque cultural, graças as diferentes formas <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r aspectos <strong>do</strong> meio natural e social,por isso que para se enten<strong>de</strong>r o contato intercultural, não temos que investigar apenas a cultura resultante<strong>do</strong> contato, mas o que eram estas duas culturas antes <strong>do</strong> contato, sua história e estrutura social. E o quetem isso a ver com o meio universitário? Esta discussão teve que vir a tona para esclarecer e situar adiversida<strong>de</strong> cultural em macro-escala para que agora possamos discuti-la a nível <strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> culturalna UFPA, em um primeiro momento no curso <strong>de</strong> ciências sociais. O que propomos é uma Antropologiaaplicada à educação, na qual alunos, professores e to<strong>do</strong> o restante da estrutura universitária sãoimportantes para construção da i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> universitária <strong><strong>do</strong>s</strong> discentes enquanto conhece<strong>do</strong>res. Com isto,sente-se a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estudar a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>do</strong> discente, não a partir da que se forma no meioacadêmico, mas o que ele traz <strong>de</strong> suas experiências <strong>de</strong> vida.Palavras-Chave: Autonomia, I<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> Universitária, Diversida<strong>de</strong> CulturalFILHOS CANHOTOS DE PAIS DESTROS1 Ana Flávia Lima Teles, Mestranda <strong>do</strong> Núcleo <strong>de</strong> Teoria e Pesquisa <strong>do</strong> Comportamento - NTPC/UFPAaflaviat@gmail.com2 Francisca Morais da Silveira, Doutora em Lateralida<strong>de</strong> pela UFPA, Professora da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<strong>do</strong> Maranhão (UFMA)- francmor@globo.com58


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoO objetivo <strong>de</strong>ste estu<strong>do</strong> foi realizar uma revisão sistemática da literatura, <strong>de</strong> forma eletrônica, sobre aincidência <strong>de</strong> canhotismo e o seu grau <strong>de</strong> consistência em filhos <strong>de</strong> pais <strong>de</strong>stros utilizan<strong>do</strong>-se os<strong>de</strong>scritores: ―<strong>do</strong>minância manual‖, ―canhotismo‖, ―<strong>de</strong>strimanismo‖, e ―preferência manual‖, nas bases <strong>de</strong>da<strong><strong>do</strong>s</strong> Scielo, ScienceDirect, SciFin<strong>de</strong>r e Isi Web of Knowledge.Observou-se a evidência mais forte econsistente em favor <strong>de</strong> teorias genéticas <strong>de</strong> assimetria manual por meio <strong>de</strong> pesquisas <strong>do</strong> tipointrafamiliar, on<strong>de</strong> se faz comparações da <strong>do</strong>minância manual <strong><strong>do</strong>s</strong> genitores e <strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes. Foramutiliza<strong><strong>do</strong>s</strong> 15 artigos. Alguns pesquisa<strong>do</strong>res postularam que o grau, mas não a direção <strong>de</strong> <strong>do</strong>minânciamanual seria <strong>de</strong>terminada por fatores hereditários (Bry<strong>de</strong>n, 1982; Bry<strong>de</strong>n & cols., 1997; Collins, 1991;Corballis, 1997). Descrições da literatura <strong>científica</strong> apontam que quan<strong>do</strong> ambos os pais são <strong>de</strong>stros, aprevalência era por volta <strong>de</strong> 10%; quan<strong>do</strong> um genitor era <strong>de</strong>stro e o outro canhoto, a taxa aumentou aonível <strong>de</strong> 20%; e quan<strong>do</strong> ambos os pais eram canhotos, a taxa aumentou até 26% McManus & Bry<strong>de</strong>n(1992). Em geral, encontrou-se a maior incidência <strong>de</strong> canhotismo nos filhos <strong>de</strong> pais canhotos <strong>do</strong> que nosfilhos <strong>de</strong> pais <strong>de</strong>stros. Sugere-se a ampliação <strong>de</strong> pesquisas que confirmem esses acha<strong><strong>do</strong>s</strong>.Palavras-chave: canhotismo intrafamiliar, <strong>do</strong>minância manual, consistência manual.PROJETO PAIR-GUARANI: ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRACRIANÇAS E ADOLESCENTES ATRAVÉS DO FORTALECIMENTO DAS REDES DEINSTITUIÇÕES RESPONSÁVEIS PELA GARANTIA DOS DIREITOS INFANTO-JUVENIS.¹Núbia Macha<strong>do</strong> Eloi , ² Adilásio Pedro Pereira Cruz Neto, ³Marcela Alves da Silva , 4 Genylton Odilon Regoda Rocha¹Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará - nubiaeloi@gmail.com²Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará - pedrocruz.nt@gmail.com³Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará - marcelaalves2006@hotmail.com4 Professor Orienta<strong>do</strong>r – Professor <strong>do</strong> Curso <strong>de</strong> Pedagogia da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará -genylton@gmail.comO Projeto PAIR está inseri<strong>do</strong> no Programa Guarani: Enfrentan<strong>do</strong> o Perigo e trata-se <strong>de</strong> um projeto <strong>de</strong>extensão fruto da parceria entre governo fe<strong>de</strong>ral, governo estadual e a Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> ParáUFPA. O Programa Guarani abrange 16 municípios no esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará, o Projeto PAIR atua em 4 <strong>de</strong>sses16 municípios, ten<strong>do</strong> por objetivo articular a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> enfrentamento à violência sexual contra a criança e oa<strong>do</strong>lescente. Os Municípios <strong>de</strong> Atuação <strong>do</strong> PAIR são: Belém, Ananin<strong>de</strong>ua Marituba e Altamira. Essaescolha <strong>de</strong>u-se por conta da situação <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong> apresentada nessas localida<strong>de</strong>s. A articulação dare<strong>de</strong> ocorre através <strong>de</strong> uma reunião <strong>de</strong> sensibilização, on<strong>de</strong> a prefeitura assina uma carta <strong>de</strong> intenções, secomprometen<strong>do</strong> com o Programa, ao mesmo tempo que é realizada uma coleta <strong>de</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> sobre casos <strong>de</strong>violência sexual contra a criança e o a<strong>do</strong>lescente no município. Posteriormente, são realizadas cincooficinas para capacitação das diversas instituições públicas e da socieda<strong>de</strong> civil organizada, queviabilizarão o Plano Operativo Local, um plano <strong>de</strong> estratégias para o enfrentamento à referida violênciaque <strong>de</strong>ve ser construí<strong>do</strong> em conjunto com as entida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> município. Até o momento, os resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>apontam para uma precarieda<strong>de</strong> na articulação <strong>de</strong>ssa re<strong>de</strong> e nas condições <strong>de</strong> atendimento e acolhimentodas vítimas, bem como na prevenção e enfrentamento <strong><strong>do</strong>s</strong> casos. A noção <strong>de</strong> re<strong>de</strong> nos trás umaproblemática on<strong>de</strong> a ineficácia <strong>de</strong> um <strong><strong>do</strong>s</strong> componentes da re<strong>de</strong> prejudica o trabalha<strong>do</strong> <strong>de</strong> outrasinstituições e compromete a qualida<strong>de</strong> no trato <strong><strong>do</strong>s</strong> casos.Palavras chaves: Crianças, A<strong>do</strong>lescentes, Violência Sexual.PROJETO GUARANI: FORTALECER POLÍTICAS PÚBLICAS E CRIAR REDES SOCIAIS DEENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES NOESTADO DO PARÁ.¹ Jorge Lucas Gonçalves <strong>de</strong> Souza das Neves, ² Genylton Odilon Rego da Rocha¹ Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – lucasbrv@hotmail.com, ² Professor orienta<strong>do</strong>r – Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong>Pedagogia/UFPA – genylton@gmail.com59


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoO presente trabalho mostra o papel <strong>do</strong> Projeto Guarani na articulação e fortalecimento <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong>enfrentamento da violência sexual contra crianças e a<strong>do</strong>lescentes em <strong>do</strong>ze municípios <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará.A escolha <strong><strong>do</strong>s</strong> Municípios se <strong>de</strong>u pelo Governo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> o Índice <strong>de</strong>Desenvolvimento Humano – IDH <strong><strong>do</strong>s</strong> municípios da região <strong>do</strong> Marajó: Soure, Portel, Breves e Salvaterra.Região Metropolitana: Ananin<strong>de</strong>ua, assim como a antecipação <strong>de</strong> instalação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s projetos como daconstrução da BR 163: Santarém, Belterra, Alenquer, Itaituba, Rurópolis, Trairão e Novo Progresso. OProjeto que vem também em resposta a <strong>de</strong>manda legislativa <strong>de</strong>finida pelo Estatuto da criança eA<strong>do</strong>lescente (ECA, 2000) e a um cenário que perpassa pela naturalização <strong>do</strong> crime até a impunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>agressores. E <strong>de</strong>sta forma, serão apresenta<strong><strong>do</strong>s</strong>; contextualização da violência sexual, conceito <strong>de</strong> violênciasexual, objetivo, meto<strong>do</strong>logia, perspectivas <strong><strong>do</strong>s</strong> resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> da execução em andamento, bem comoconclusões preliminares que apontam para uma <strong>de</strong>sarticulação entre os órgãos <strong>do</strong> po<strong>de</strong>r público,movimentos sociais e organizações não governamentais que atuam direta ou indiretamente noenfrentamento da violência sexual contra crianças e a<strong>do</strong>lescentes nos referi<strong><strong>do</strong>s</strong> Municípios, a precarieda<strong>de</strong>das condições <strong>de</strong> funcionamento <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> garantia <strong>de</strong> direitos da criança e a<strong>do</strong>lescentes, além daausência <strong>de</strong> sistematização <strong>de</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> relativos aos casos <strong>de</strong> violência sexual.Palavras-Chave: Projeto Guarani; Violência Sexual; Criança e A<strong>do</strong>lescente.HOMOCONJUGALIDADES: CONHECECER PARA RECONHECER O OUTRO1 Elayne <strong>de</strong> Nazaré Almeida <strong><strong>do</strong>s</strong> Santos, 2 Cristina Donza Cancela1 Pet/GT/CS/IFCH/UFPA – elaynenas@hotmail.com2 Professora Dra. Da UFPATrata-se da análise <strong>de</strong> relacionamentos conjugais entre homossexuais a partir das práticas erepresentações em torno da socialização construída pelos casais com a socieda<strong>de</strong>, que se configuram emum intenso jogo <strong>de</strong> estratégias e dificulda<strong>de</strong>s vivenciadas no cotidiano. Para tanto, realizou-se entrevistassemi-estruturadas e conversas informais com três casais, observação participante, consultas bibliográficase ao banco <strong>de</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>do</strong> Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Geografia e Estatística, a fim <strong>de</strong> traçar o perfil <strong><strong>do</strong>s</strong> casais ecompreen<strong>de</strong>r a inserção <strong>de</strong>ssas homoconjugalida<strong>de</strong>s em meio a socieda<strong>de</strong> heterossexista. Os resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>apontam mudanças na estrutura e valores sociais <strong>do</strong> casamento e da família (famílias com e/ou semparentesco e casais sem filhos viven<strong>do</strong> ou não com outros parentes). Portanto, <strong>de</strong>preen<strong>de</strong>-se que essasparcerias homossexuais <strong>de</strong>vem ser compreendidas por uma visão pluralista, isto é, através daresignificação <strong>de</strong> papéis sociais e <strong><strong>do</strong>s</strong> ―novos‖ tipos <strong>de</strong> família que se diferencia da família heterossexualnuclear. Apesar, da libertação sexual emergente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a década <strong>de</strong> 80, a maioria <strong><strong>do</strong>s</strong> parceiros aindavivem reserva<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao preconceito sexual que os impe<strong>de</strong>m <strong>de</strong> serem reconheci<strong><strong>do</strong>s</strong> juridicamente e<strong>de</strong> terem um comportamento social livre. (PIBIC,PARD).Palavras-Chave: Sexualida<strong>de</strong>, homoconjugalida<strong>de</strong>, gênero.SEXUALIDADE E PODER: UMA ANÁLISE SOBRE A POLITICA DE HIGIENIZAÇÃO DOSÉCULO XIX.1 Karen Gabriely Sousa Santos, 2 Cassiano <strong><strong>do</strong>s</strong> Santos Simão, 3 Samuel Maria <strong>de</strong> Amorin e Sá1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – briely_k@yahoo.com.br2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – ciano19@rocketmail.com3 Professor Dr. da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Para – bsamel@hotmail.comA sexualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> seu processo <strong>de</strong> conceituação histórica, configurou-se em inúmerasinterpretações culturais, sociais, políticas, e que geralmente faziam parte <strong>de</strong> jogos <strong>de</strong> influência e po<strong>de</strong>rsobre uma socieda<strong>de</strong>, legitiman<strong>do</strong> normas que visavam treinar os senti<strong><strong>do</strong>s</strong> à (re) produzir nas instituições– escola, família – uma moral que regula-se as relações sociais no cotidiano. A partir <strong>do</strong> século XIX asexualida<strong>de</strong> tornou-se objeto <strong>de</strong> estu<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> inúmeras áreas <strong>do</strong> saber científico: psicólogos, médicos,60


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientificopedagogos, biólogos que com seus estu<strong><strong>do</strong>s</strong> difundiram conceitos que foram incorpora<strong><strong>do</strong>s</strong> comoestratégias políticas <strong>de</strong> organização e controle social. A área biológica foi uma das mais propagadas. Apartir das investigações realizadas o ser humano <strong>de</strong> uma maneira geral, tornou-se um objeto <strong>de</strong>intervenções submeti<strong>do</strong> apenas as leis biológicas. O resulta<strong>do</strong> da investigação cientifica permitiu umconjunto <strong>de</strong> características próprias <strong>do</strong> homem e da mulher, tomadas como universal e imutável,ignoran<strong>do</strong>-se que o ser humano, seu corpo, sua mente e sua fisiologia estavam subordina<strong><strong>do</strong>s</strong> ao jogo <strong>de</strong>influências sociais historicamente <strong>de</strong>termina<strong><strong>do</strong>s</strong>. Os conhecimentos toma<strong><strong>do</strong>s</strong> verda<strong>de</strong>iros, inerentes anatureza humana possibilitaram a implantação <strong>de</strong> políticas higienistas no século XIX. A higienização erauma política <strong>de</strong> formas <strong>de</strong> educação higiênica e sanitária, que fundiu a aquisição da saú<strong>de</strong> individual,aquisição <strong>do</strong> status social e a manipulação político-econômica <strong><strong>do</strong>s</strong> indivíduos. Esta pesquisa tem porfinalida<strong>de</strong> analisar a sexualida<strong>de</strong> atrelada à política <strong>de</strong> higienização <strong>do</strong> século XIX, buscan<strong>do</strong> i<strong>de</strong>ntificaraí a concepção <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r sobre a socieda<strong>de</strong>, por seus possíveis aspectos i<strong>de</strong>ológicos que propagavam nocampo da sexualida<strong>de</strong> a higiene, uma vez controlan<strong>do</strong> o sexo realizava-se o controle da população e aomesmo tempo observan<strong>do</strong> a concepção <strong>de</strong> anormalida<strong>de</strong> àquilo que fugia das regras sociais,criminalizan<strong>do</strong> qualquer pluralida<strong>de</strong> fora <strong>do</strong> ambiente normativo <strong>do</strong> po<strong>de</strong>r político.Palavras-Chave: Sexualida<strong>de</strong>, Higienização, Po<strong>de</strong>r.UMA “TABELINHA” ENTRE FUTEBOL E SOCIOLOGIA1 Jorge Oscar Santos Miranda2 Drª Kátia Marly Leite Men<strong>do</strong>nça1 Graduan<strong>do</strong> <strong>do</strong> 8º semestre <strong>do</strong> curso <strong>de</strong> Ciências Sociais, ênfase em sociologia, da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<strong>do</strong> Pará - jorgeoscarsm@hotmail.com2 Professora e pesquisa<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral<strong>do</strong> Pará - veredas@amazon.com.brO trabalho preten<strong>de</strong> abordar o fenômeno social, futebol. Consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> como a modalida<strong>de</strong> maisespontânea, imprevisível, simples, estável, barata e <strong>de</strong>mocrática para os seus praticantes, fatores quepo<strong>de</strong>m ajudar a enten<strong>de</strong>r a sua imensa e diversificada popularida<strong>de</strong>. O futebol está presente na culturacoletiva mundial e, principalmente, brasileira que através <strong>do</strong> seu caráter <strong>de</strong> lúdicida<strong>de</strong>, consegui alcançaruma significação muito mais ampla <strong>do</strong> que um simples jogo <strong>de</strong>ntro das quatro linhas. O processo lúdicoimprimi<strong>do</strong> pelo futebol traz consigo a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reeducar, uma vez que possui uma lógicafundamentada, na igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s, no respeito às diferenças e na assimilação <strong>de</strong> regras enormas <strong>de</strong> convivência com o outro. O futebol é segun<strong>do</strong>, MURAD, ―muito mais <strong>do</strong> que um esporteprofissional <strong>de</strong> alto rendimento: é a metáfora <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong>. Em outras palavras, é a síntese <strong>de</strong>múltiplas <strong>de</strong>terminações objetivas e subjetivas- emocionais, existenciais, culturais, sociais, históricas‖.Uma metáfora possível <strong>de</strong> estruturas existenciais básicas, uma representação da vida social. É um <strong><strong>do</strong>s</strong>rituais <strong>de</strong> maior substância da chamada cultura das multidões( MURAD, 2007). A partir da análisesociológica busca-se apontar a importância que as ativida<strong>de</strong>s esportivas, neste caso, o futebol assumir napossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma compreensão geral das socieda<strong>de</strong>s humanas, bem como, o entendimento <strong>de</strong> nossosistemas simbólicos.Palavra- chave: Futebol- Sociologia- Representação Social.LINGUÍSTICA, LETRAS E ARTESO AMOR EM TUTAMÉIA (Terceiras Estórias)Wanúbya <strong>do</strong> Nascimento Moraes Campelo 1 , Dr. Sílvio Augusto <strong>de</strong> Oliveira Holanda 2¹ Mestanda em Estu<strong><strong>do</strong>s</strong> Literários – UFPA – CNPQ² Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> ParáInspira<strong>do</strong> pelas inúmeras produções <strong>científica</strong>s e pelos sem número <strong>de</strong> <strong>de</strong>bates acadêmicos suscita<strong><strong>do</strong>s</strong>pela instigante obra <strong>de</strong> Guimarães Rosa, este trabalho visa contribuir com a fortuna crítica <strong>de</strong>ste autor aoanalisar filosoficamente o tema <strong>do</strong> amor expresso em seu livro <strong>de</strong> contos minimalistas – Tutaméia(Terceiras Estórias) , que foi a sua última obra publicada em vida e data <strong>de</strong> 1967. A referida obra é a61


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientificoreunião <strong>de</strong> 40 histórias extremamente curtas, que haviam si<strong>do</strong> veiculadas anteriormente no jornal Pulso,uma publicação <strong>de</strong>dicada aos médicos, <strong>de</strong>ssa forma no seu lançamento, o livro causou estranheza à críticae aos leitores quer pelo número e extensão <strong><strong>do</strong>s</strong> trabalhosanteriores <strong>de</strong> Guimarães Rosa, quer pelo própriotítulo que afirmava serem aquelas as 'terceiras estórias', sem que, no entanto, tivesse havi<strong>do</strong> as 'segundas'.Por meio <strong>de</strong> uma crítica e minuciosa pesquisa bibliográfica, buscou-se evi<strong>de</strong>nciar algumas influências <strong>de</strong>reflexões filosóficas sobre o amor, sensivelmente presentes nos escritos roseanos, i<strong>de</strong>ntifican<strong>do</strong> ainda acorrelação <strong>de</strong>ssas abordagens temáticas com a totalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua obra, que, apesar <strong>de</strong> afigurar-se comomera reunião <strong>de</strong> contos em livro, consubstancia-se numa unida<strong>de</strong> coesa e coerente <strong>de</strong> tema perpassan<strong>do</strong>to<strong><strong>do</strong>s</strong> os contos e entretecen<strong>do</strong> a textualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>leitante <strong>de</strong> Tutaméia – obra literária tão rica quanto poucoestudada e comentada aca<strong>de</strong>micamente.Palavras-chave: Guimarães; Filosofia; Tutaméia.62


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoCOMUNICAÇÕES ORAISCIÊNCIAS EXATAS E DA TERRACONTAMINAÇÃO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS POR POSTOS DE COMBUSTÍVEL NOSÍTIO URBANO DO MUNICÍPIO DE BELÉM/PA1 Rodrigo Rafael Souza <strong>de</strong> Oliveira, 2 Ronise Rafaelle Men<strong>do</strong>nça Arraes, 3 Alesandra <strong>do</strong> Socorro PortalNascimento, 4 Flaviane Vanessa Silva Fonseca, 5 Luziane Mesquita da Luz1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará (PET-Geografia) – rodrigo.rafaelso@hotmail.com2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – ronisearraes@hotmail.com3 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – ale_beijinhos@hotmail.com4 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – flaviane.com@hotmail.com5 Professora Msc. Da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – luzianeluz@yahoo.com.brO presente trabalho apresenta a problemática da contaminação das águas subterrâneas por postos <strong>de</strong>combustível no sítio urbano <strong>do</strong> município <strong>de</strong> Belém/PA. Focan<strong>do</strong> assim, primeiramente alguns processostécnicos <strong>de</strong> instalação recomenda<strong><strong>do</strong>s</strong> pelos órgãos com<strong>pet</strong>entes, abordan<strong>do</strong> também a geologia <strong>do</strong> sitiourbano <strong>de</strong> Belém. Posteriormente, apresenta as etapas <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> contaminação <strong><strong>do</strong>s</strong> lençóis; reação<strong><strong>do</strong>s</strong> elementos químicos <strong><strong>do</strong>s</strong> combustíveis com as rochas, envolven<strong>do</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a corrosão <strong><strong>do</strong>s</strong> equipamentosarmazena<strong>do</strong>res <strong><strong>do</strong>s</strong> combustíveis até os processos <strong>de</strong> infiltração nas rochas forma<strong>do</strong>ras <strong>do</strong> aqüífero. E porfim, aborda as principais conseqüências que os elementos químicos componentes <strong><strong>do</strong>s</strong> combustíveisocasionam a saú<strong>de</strong> humana.Palavras-Chave: Aqüífero, Formação Barreiras, Postos <strong>de</strong> combustível.IntroduçãoEm termos geológicos e <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o mapa geológico brasileiro, gran<strong>de</strong> parte <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Paráencontra-se sob a ―Bacia sedimentar amazônica‖, comumente <strong>de</strong>nominada <strong>de</strong> ―Bacia Amazônica‖,composta por rochas sedimentares, tais como: arenitos, argelinos, conglomera<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong>ntre outros, po<strong>de</strong> serdividida em 5 camadas, ou ―pacotes sedimentares‖, sen<strong>do</strong> eles: sedimentos inconsolida<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>do</strong>quaternário; formação pós-barreiras; formação barreiras; formação pirabas e embasamento sedimentaroriun<strong>do</strong> <strong>do</strong> pré-cambriano. Sen<strong>do</strong> que, cada pacote sedimentar possui características químicas e estruturasespecíficas, como: porosida<strong>de</strong>, tamanho <strong><strong>do</strong>s</strong> cristais, quantida<strong>de</strong> percentual <strong><strong>do</strong>s</strong> elementos químicos<strong>de</strong>ntre outras.O levantamento <strong>de</strong>ssas características se faz <strong>de</strong> estrema relevância quanto <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> prévio parainstalação <strong>de</strong> poços <strong>de</strong> revenda <strong>de</strong> combustível. Ten<strong>do</strong> em vista que segun<strong>do</strong> a resolução CONAMA nº237, <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1997, ―as instalações e sistemas <strong>de</strong> armazenamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>riva<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>do</strong> <strong>pet</strong>róleorelacionadas ao armazenamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>riva<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>do</strong> <strong>pet</strong>róleo e outros combustíveis, configuram-se comoempreendimentos potencialmente ou parcialmente polui<strong>do</strong>res e gera<strong>do</strong>res <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes ambientais‖, e quea estrutura geológica <strong>do</strong> sítio urbano <strong>de</strong> Belém constitui-se em um ambiente subterrâneo propicio ainfiltração e propagação <strong>de</strong> substâncias no esta<strong>do</strong> líqui<strong>do</strong>, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> principalmente ao grau <strong>de</strong>permeabilida<strong>de</strong> das rochas sedimentares encontradas.ObjetivosO presente trabalho tem como objetivo contribuir através <strong>de</strong> uma análise da geográfica ambiental sob aproblemática da contaminação das águas subterrâneas por postos <strong>de</strong> combustível no sítio urbano <strong>do</strong>município <strong>de</strong> Belém/PA.Materiais e Méto<strong><strong>do</strong>s</strong>O trabalho <strong>de</strong>ve inicio com a escolha da problemática a ser abordada pelo grupo <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong>hidrografia e a área <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>. Sen<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong> posteriormente um levantamento bibliográfico quecontemplasse os assuntos a respeito da legislação ambiental vigente, as técnicas e equipamentosutiliza<strong><strong>do</strong>s</strong> na instalação <strong>de</strong> postos <strong>de</strong> revenda <strong>de</strong> combustível (PRC); a hidrologia e geologia <strong>do</strong> sítiourbano <strong>de</strong> Belém; os principais motivos que ocasionam o vazamento <strong>de</strong> combustível, as etapas <strong>do</strong>processo <strong>de</strong> infiltração e propagação <strong>de</strong>ssas substâncias nas zonas <strong>de</strong> saturação das rochas, e por fim os63


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientificodanos que os elementos químicos forma<strong>do</strong>res <strong><strong>do</strong>s</strong> componentes <strong><strong>do</strong>s</strong> combustíveis ocasionam a saú<strong>de</strong>humana quan<strong>do</strong> ingeri<strong><strong>do</strong>s</strong>.Posteriormente, foi realizada pesquisa indireta junto aos órgãos e instituições relacionadas à ca<strong>de</strong>iaprodutiva e a regulamentação da instalação <strong><strong>do</strong>s</strong> postos <strong>de</strong> combustível, assim como foi realiza<strong>do</strong> olevantamento <strong>de</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> sistemáticos conten<strong>do</strong> informações quantitativas a respeitos <strong><strong>do</strong>s</strong> PRC.Basea<strong>do</strong> em imagens <strong>do</strong> satélite Quik Bird 2009 disponibilizadas pela Google earth, assim como o banco<strong>de</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong>sta conten<strong>do</strong> o levandamento <strong>de</strong> postos <strong>de</strong> revenda <strong>de</strong> combustível, foi realiza<strong>do</strong> ummapeamento <strong>de</strong> tais unida<strong>de</strong>s comerciais na extensão <strong>do</strong> município <strong>de</strong> Belém, ten<strong>do</strong> como produto umacarta-imagem, on<strong>de</strong> utilizou-se para a confecção da mesma a imagem <strong>do</strong> satélite LANDSAT TM 5, comas bandas 3,4 e 5.Resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>Segun<strong>do</strong> BECHARA. G. (2004) uma gran<strong>de</strong> preocupação são os postos <strong>de</strong> gasolina. Os casos <strong>de</strong>vazamento em tanques ou na linha tem si<strong>do</strong> comuns em qualquer parte <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>. No Brasil, estima-seque existam 5.700 casos <strong>de</strong> vazamentos. Soma-se aos vazamentos a contaminação <strong>de</strong> cursos d‘água e <strong><strong>do</strong>s</strong>olo resultante da lavagem <strong><strong>do</strong>s</strong> carros. Para evitar esses danos, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com FERNANDES, M. (1997),torna-se necessário a implantação <strong>de</strong> normas técnicas, cercan<strong>do</strong> <strong>de</strong> máxima impermeabilização os tanquese pisos <strong>de</strong>sses postos e implantan<strong>do</strong> drenagens e sistemas <strong>de</strong> tratamento para os efluentes da lavagem <strong>de</strong>carros.Tais papéis <strong>de</strong> regulamentação e fiscalização vem sen<strong>do</strong> executa<strong><strong>do</strong>s</strong> no âmbito fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> comFURTADO, M. (2005), pelo Ministério <strong>do</strong> Meio Ambiente (MMA); pelo Conselho Nacional <strong>de</strong> MeioAmbiente(CONAMA); pela Associação Brasileira <strong>de</strong> Normas Técnicas (ABNT), pelo Organismo <strong>de</strong>Normalização Setorial <strong>de</strong> Petróleo (ONSP) e pelo Instituto Brasileiro <strong>do</strong> Meio Ambiente e <strong><strong>do</strong>s</strong> RecursosNaturais Renováveis (IBAMA); no âmbito estadual tal fiscalização e regulamentação é ―efetuada‖ pelaSecretaria <strong>de</strong> Meio Ambiente (SEMA), juntamente com as outras organizações especializadas na questãoda revenda <strong>de</strong> combustível, tais como, a própria organização civil instaurada pela própria categoriavarejista <strong>de</strong> revenda <strong>de</strong> combustível. Sen<strong>do</strong> que, no âmbito municipal tal proposta <strong>de</strong> fiscalizaçãoperpassa pela Secretaria Municipal <strong>de</strong> Meio Ambiente (SEMMA), está que atua em parceria com as<strong>de</strong>mais esferas <strong>do</strong> po<strong>de</strong>r público.Sen<strong>do</strong> que, no que tange aos processos <strong>de</strong> vazamento <strong>de</strong> combustíveis, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com NICOLETTI, A.(2000), estes po<strong>de</strong>m ocorrer das seguintes maneiras: Derramamentos superficiais constantes e sucessivosjunto às bombas e bocais durante a operação <strong>de</strong> transferência <strong>do</strong> produto para o tanque ou abastecimento<strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à infiltração nas rachaduras <strong>do</strong> piso <strong>do</strong> posto; Vazamento na própria bomba <strong>de</strong> abastecimento, nosistema ou no tanque, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à corrosão, esta que po<strong>de</strong> ser interna ou externa. On<strong>de</strong> po<strong>de</strong>-se verificar queem Belém por apresentar uma estrutura geológica composta por rochas sedimentares, e estas serempotencias forma<strong>do</strong>ras <strong>do</strong> aqüífero que abastece a cida<strong>de</strong>, se faria <strong>de</strong> extrema relevância a efetiva práticada manutenção e troca <strong><strong>do</strong>s</strong> equipamentos armazena<strong>do</strong>res <strong>de</strong> combustível, on<strong>de</strong> segun<strong>do</strong> a ResoluçãoCONAMA 237 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1997, é obrigatória a manutenção <strong><strong>do</strong>s</strong> equipamentos constituintes <strong>de</strong>postos <strong>de</strong> revenda <strong>de</strong> combustível, ten<strong>do</strong> em vista a vida útil média <strong>de</strong>stes <strong>de</strong> apenas 5 anos.No entanto, percebe-se que quan<strong>do</strong> trabalhada tal questão no âmbito <strong>do</strong> sitio urbano <strong>de</strong> Belém, tem se quelevar em consi<strong>de</strong>ração o alto índice pluviométrico através <strong>de</strong> um intenso regime <strong>de</strong> chuvas que écaracterístico da região que somada ao grau <strong>de</strong> permeabilida<strong>de</strong> das rochas, e levan<strong>do</strong>-se em consi<strong>de</strong>raçãoque os tanques e <strong>de</strong>mais estruturas subterrâneas <strong><strong>do</strong>s</strong> postos encontram-se a uma profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 5 m,estan<strong>do</strong>, portanto, na camada <strong>de</strong> sedimentos recentes provenientes <strong>do</strong> quaternário.Po<strong>de</strong>-se afirmar que a corrosão externa <strong>de</strong>sses equipamentos aumentará exponencialmente ocasionan<strong>do</strong>uma redução da vida útil <strong><strong>do</strong>s</strong> mesmo, fazen<strong>do</strong> assim com que o perío<strong>do</strong> estipula<strong>do</strong> para a manutenção<strong>de</strong>sses equipamentos seja também reduzi<strong>do</strong>.ConclusõesPo<strong>de</strong>-se perceber que a apropriação <strong>do</strong> espaço pelo homem, quan<strong>do</strong> realizada in<strong>de</strong>vidamente, ou seja, nãorespeitan<strong>do</strong> a legislação ambiental vigente po<strong>de</strong> ocasionar danos sérios tanto ao meio físico, quanto aopróprio homem. É o que juntamente ocorre com a instalação in<strong>de</strong>vida <strong>de</strong> postos <strong>de</strong> revenda <strong>de</strong>combustível sem os <strong>de</strong>vi<strong><strong>do</strong>s</strong> estu<strong><strong>do</strong>s</strong> prévios da hidrogeologia <strong>do</strong> terreno, ou mesmo a utilização <strong>de</strong>equipamentos mais seguros e resistentes a corrosão externa.ReferênciasABNT NBR. Posto <strong>de</strong> serviço - Instalação <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong>armazenamento subterrâneo <strong>de</strong> combustíveis –SASC. 2ª edição, 2004.64


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoBECHARA. G. (2004) Contaminação <strong>do</strong> solo e água subterrânea por compostos orgânicos. CetrelLumina. Soluções Ambientais. Disponível em < http: //www.iqui.usp.br>. Acesso em: 08 outubro. 2009.Conselho Nacional <strong>de</strong> Meio Ambiente (CONAMA).Resolução 237 <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1997.Disponível em < http: // www.mma.gov.br/conama/>. Acesso em: 09 outubro. 2009.FERNANDES, M. (1997) Influência <strong>do</strong> etanol na solubilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> hidrocarbonetos monoaromáticos emaqüíferos contamina<strong><strong>do</strong>s</strong> com gasolina.Dissertação (Mestra<strong>do</strong>).FERREIRA, S.B. (2000) Estu<strong><strong>do</strong>s</strong> laboratoriais para avaliação <strong>do</strong> potencial <strong>de</strong> contaminação <strong>de</strong> água e<strong>de</strong> solo por gasolina oxigenada. Tese (Doutora<strong>do</strong>) - Escola <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> São Paulo, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong>São Paulo, São Paulo.FURTADO, M. (2005) Remediação <strong>de</strong> Solos. Para afastar o perigo que se escon<strong>de</strong> nos subterrâneos dasgran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s, meios legais e econômicos <strong>de</strong>vem fomentar obras <strong>de</strong> <strong>de</strong>scontaminação. Química eDeriva<strong><strong>do</strong>s</strong>, p.26-45.NICOLETTI, A. (2000). Avaliação <strong>do</strong> uso da atenuação natural como alternativa <strong>de</strong> remediação <strong>de</strong>áreas contaminadas por hidrocarbonetos <strong>de</strong> <strong>pet</strong>róleo: o caso <strong>de</strong> <strong>do</strong>is postos <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong>combustíveis. Monografia <strong>de</strong> formatura - Instituto <strong>de</strong> Geociência, São Paulo.A EQUAÇÃO DE SCHRÖDINGER1 Débora Carvalho <strong>de</strong> Melo Rodrigues , 2 Alessandra Nascimento Braga , 3 Natalia Menezes Silva daCosta, 4 Tércio Almeida da Silva, 5 Sergio Vizeu Lima Pinheiro1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – <strong>de</strong>borar@ufpa.br2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – alessandrabg@ufpa.br3 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – nmsc007@gmail.com4 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – tercio.almeida@hotmail.com5 Professor Dr. da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Física - Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – svizeu@ufpa.brEste trabalho tem como objetivo central discutir <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista teórico/conceitual alguns aspectoscentrais da Teoria Quântica, como: a quantização, o probabilismo, a influencia da medida, a superposição<strong><strong>do</strong>s</strong> orbitais, e o principio da complementarida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Bohr. (SESU/MEC)Palavras-Chave: Equação <strong>de</strong> Schrödinger, Mecânica Quântica, PET.IntroduçãoEm 1901, Lord Kelvin atenta a <strong>do</strong>is problemas que a física <strong>do</strong> sec. XIX, dita física clássica, nãoconseguira compreen<strong>de</strong>r: o insucesso na <strong>de</strong>tecção <strong>do</strong> éter por Michelson & Morely, suporte para aradiação eletromagnética e a não compatibilida<strong>de</strong> da teoria <strong>de</strong> Maxwell-Boltzmann com o espectro <strong>de</strong>radiação emiti<strong>do</strong> por um corpo aqueci<strong>do</strong> as medidas experimentais para gases reais. As investigações<strong>de</strong>stes fatos levaram ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong><strong>do</strong>s</strong> pilares da física mo<strong>de</strong>rna, respectivamente, a teoria darelativida<strong>de</strong> e a teoria da mecânica quântica. Com relação a esta última, os trabalhos <strong>de</strong> físicos como MaxPlanck com a quantização energia (1990), Niels Bohr e seu mo<strong>de</strong>lo atômico com níveis <strong>de</strong> energiaquantiza<strong><strong>do</strong>s</strong> (1913) e <strong>de</strong> Louis <strong>de</strong> Broglie e sua teoria sobre a dualida<strong>de</strong> onda-partícula (1924) culminamna <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> Erwin Schrödinger em 1925, para processos <strong>de</strong> natureza atômica. Para Schrödinger ocomportamento <strong>de</strong> qualquer objeto quântico é bem <strong>de</strong>scrito através <strong>de</strong> uma função complexa, chamadafunção <strong>de</strong> onda, que é solução <strong>de</strong> uma equação diferencial postular que mo<strong>de</strong>la a dinâmica <strong>do</strong> objetoestuda<strong>do</strong>. Essa equação tem gran<strong>de</strong> importância na para a mecânica quântica, pois tem capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>previsão da probabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> comportamento <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> sistema físico partin<strong>do</strong> <strong>de</strong> um potencial <strong>de</strong>interação da<strong>do</strong>, por exemplo, <strong>do</strong> tipo oscila<strong>do</strong>r harmônico, um poço <strong>de</strong> potencial, ou ainda o potencial <strong>de</strong>Coulomb para a <strong>de</strong>scrição <strong>do</strong> átomo <strong>de</strong> hidrogênio, historicamente estuda<strong>do</strong> por Schrödinger cujoresulta<strong>do</strong> concorda com aquele obti<strong>do</strong> por Bohr em primeira aproximação.ObjetivosTen<strong>do</strong> visto a relevância da <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> Schrödinger para o <strong>de</strong>senvolvimento da mecânica quântica opresente trabalho tem por objetivo contextualizar e interpretar a equação <strong>de</strong> Schrödinger e sua solução.Materiais e Méto<strong><strong>do</strong>s</strong>O trabalho foi <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> na linha <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong> física teórica basea<strong>do</strong> em revisão bibliográfica <strong>de</strong>livros, artigos <strong>de</strong> revistas <strong>científica</strong>s e material produzi<strong>do</strong> nos estu<strong><strong>do</strong>s</strong> e discussões <strong>do</strong> Grupo <strong>de</strong> Estu<strong><strong>do</strong>s</strong><strong>de</strong> Equação <strong>de</strong> Schrödinger <strong>do</strong> Programa <strong>de</strong> Educação Tutorial em Física da UFPA.Resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>65


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoAtravés <strong>de</strong> uma construção heurítica, partin<strong>do</strong> das equações <strong>de</strong> Broglie e <strong>de</strong> Planck e consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> uma<strong>de</strong>scrição ondulatória para um objeto quântico, obtivemos a equação <strong>de</strong> Shrödinger. Discutimoselementos da teoria como a interpretação probabilística <strong>de</strong> Max Born, a obtenção <strong>do</strong> discreto, e asuperposição <strong><strong>do</strong>s</strong> esta<strong><strong>do</strong>s</strong>, ten<strong>do</strong> como base o tratamento das equações diferencias envolvidas.ConclusõesO formalismo <strong>de</strong> Schrödinger surge como uma primeira <strong>de</strong>scrição consistente para a teoria quântica,construída a partir <strong><strong>do</strong>s</strong> princípios formais da álgebra linear e da teoria <strong>de</strong> grupo. Desta forma, o estu<strong>do</strong> daequação <strong>de</strong> Schrödinger, principalmente fazen<strong>do</strong> uso <strong>de</strong> potenciais unidimensionais, é importante paraanálise comparativa <strong>de</strong> problemas mais complexos e reais, possibilitan<strong>do</strong> uma abordagem didática eficaz.Referências[1] Eisberg, Robert. Física Quântica. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Elseveir, 1979.[2] Caruso, F. & Oguri, V. Física Mo<strong>de</strong>rna: origens clássicas & fundamentos quânticos. Rio <strong>de</strong> Janeiro:Elseveir, 2006.FERRAMENTAS NUMÉRICAS PARA ANÁLISE E VISUALIZAÇÃO DA DINÂMICACAÓTICA1 Valéria Pinheiro, 2 Elinei Pinto <strong><strong>do</strong>s</strong> Santos1 Graduanda <strong>do</strong> curso <strong>de</strong> Física da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – vpfisica@hotmail.com2 Professor Dr. da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – elinei@ufpa.brVários <strong>de</strong> fenômenos que acontecem na natureza são <strong>de</strong>scritos por equações não lineares, cuja dinâmicapo<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver comportamento complexo e até mesmo caótico. Para tais sistemas, não existemferramentas matemáticas que os resolvam algebricamente obten<strong>do</strong> uma solução analítica fechada.Contu<strong>do</strong>, existem técnicas numéricas que encontram uma solução aproximada para a dinâmica dasreferidas equações não lineares, os quais são: Expoentes <strong>de</strong> Lyapunov (λ), FFT (Fast Fourier Transform),Diagrama <strong>de</strong> Bifurcação e Seção <strong>de</strong> Poincaré, etc. Analisamos e visualizamos a dinâmica <strong>de</strong> equações nãolineares através <strong>de</strong>ssas ferramentas numéricas a fim <strong>de</strong> explicar qualitativamente o seu comportamentodinâmico que permitem <strong>de</strong>finir espaços <strong>de</strong> parâmetros on<strong>de</strong> o sistema <strong>de</strong>senvolve caos ou comportamentoperiódico. (SESU/MEC)Palavras-Chave: Caos, Méto<strong><strong>do</strong>s</strong> numéricos para sistemas não lineares, Expoente <strong>de</strong> Lyapunov.IntroduçãoA maioria <strong><strong>do</strong>s</strong> fenômenos presentes na natureza é <strong>de</strong>scrito por equações não lineares, cuja dinâmica po<strong>de</strong><strong>de</strong>senvolver comportamento complexo e errático ou até mesmo caótico como, por exemplo, o circundardas nuvens pelo céu, fenômenos epi<strong>de</strong>miológicos, fluxos <strong>de</strong> calor, turbulência <strong>de</strong> flui<strong><strong>do</strong>s</strong>, as bolsas <strong>de</strong>valores, etc. Um sistema po<strong>de</strong> ou não ser i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong> como caótico, o que o <strong>de</strong>signa é a sua sensibilida<strong>de</strong>às condições iniciais.ObjetivoApresentar as distintas técnicas numéricas que existem para o estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> sistemas não lineares queapresentam Caos, entre elas: Expoentes <strong>de</strong> Lyapunov (λ), FFT (Fast Fourier Transform), Diagrama <strong>de</strong>Bifurcação e Seção <strong>de</strong> Poincaré.Meto<strong>do</strong>logiaPontos <strong>de</strong> bifurcação são aqueles em que alguns valores <strong>de</strong> parâmetros mudam qualitativamente ocomportamento <strong>do</strong> sistema. Para <strong>de</strong>screvermos o objeto <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>, temos que apresentar a evolução <strong>de</strong>to<strong><strong>do</strong>s</strong> os possíveis comportamentos <strong>do</strong> sistema para os inúmeros valores <strong>de</strong> parâmetros que o modificam,para isto usamos o Diagrama <strong>de</strong> Bifurcação.Esse diagrama é uma representativida<strong>de</strong> gráfica qualitativa da projeção <strong>do</strong> comportamento <strong>do</strong> sistemapara cada valor <strong>de</strong> parâmetro que o modifica. A construção <strong>de</strong> um diagrama é bem simples: para o eixohorizontal a<strong>do</strong>tamos os valores <strong>do</strong> parâmetro que será varia<strong>do</strong> e para o eixo vertical os valores <strong>de</strong> uma dasvariáveis <strong>do</strong> sistema. Para cada valor <strong>de</strong> parâmetro escolhe-se uma condição inicial qualquer geran<strong>do</strong> umaórbita correspon<strong>de</strong>nte, <strong>de</strong>scartan<strong>do</strong> o transiente (o qual se diz certa quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pontos iniciais daórbita, dan<strong>do</strong> tempo para essa evoluir até um comportamento final <strong>do</strong> sistema). No diagrama as órbitas66


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientificoperiódicas se apresentam como pontos isola<strong><strong>do</strong>s</strong> e o comportamento caótico como aglomera<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> pontosindican<strong>do</strong> que o sistema é aperiódico.Para visualizarmos as trajetórias <strong>de</strong> um sistema num espaço quadri-dimensional é praticamenteimpossível, por possuir alta dimensionalida<strong>de</strong>. Assim, Poincaré criou uma ferramenta que é utilizadaainda hoje, chamada seção <strong>de</strong> Poincaré <strong>de</strong>finida como uma superfície que possui as intersecções dastrajetórias <strong>do</strong> sistema, por exemplo, se for um sistema tri-dimensional a superfície irá ser um plano (2-D),i. e. a seção <strong>de</strong> Poincaré diminui o espaço em uma dimensão.Primeiro analisamos a dinâmica <strong>do</strong> sistema, crian<strong>do</strong> um atrator. Então, escolhe-se um ponto queintercepte as trajetórias <strong>do</strong> atrator, <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> o sistema evolir. Posteriomente, verificamos quan<strong>do</strong> elepassa no atrator, numericamente. Por fim, graficamos os pontos da intersecção <strong>do</strong> sistema no plano.O Expoente <strong>de</strong> Lyapunov (λ)“é um conjunto <strong>de</strong> números que são utiliza<strong><strong>do</strong>s</strong> como um méto<strong>do</strong> para<strong>de</strong>tectar a presença <strong>do</strong> caos em sistemas dinâmicos, este expoente fornece umamedida sensitiva às condições iniciais”.Atualmente, eles te si<strong>do</strong> o méto<strong>do</strong> mais eficiente para <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> Caos em sistemas dinâmicos nãolineares. A visualização <strong>de</strong> caos pelo expoente se dá quan<strong>do</strong> pelo menos um expoente é positivo, <strong>do</strong>contrário, o sistema é apenas periódico sem a presença <strong>de</strong> caos; Também“O significa<strong>do</strong> matemático <strong>de</strong> um expoente <strong>de</strong> Lyapunov positivo éque trajetórias próximas divergem, portanto são necessárias diversas iteraçõespara efetuar uma análise sobre o comportamento <strong>do</strong> sistema. Se o expoente énegativo significa que as trajetórias próximas comparadas convergem,portanto o comportamento <strong>do</strong> sistema é não caótico.” [Rodrigues, AlexandreAugusto Kitzberger, 2003].Simplificadamente, o Expoente <strong>de</strong> Lyapunov é uma técnica estocástica numérica que fornece a medidalogarítmica para a taxa <strong>de</strong> expansão média por iteração (por unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tempo) da distância entre duastrajetórias <strong>do</strong> sistema dinâmico infinitamente próximos. A partir <strong>de</strong> um ponto, se elas divergirem osistema apresenta caos.A FFT é um algoritmo numérico eficiente e rápi<strong>do</strong> para o cálculo <strong>do</strong> espectro <strong>de</strong> freqüência <strong>de</strong> sinais. Seo sinal é caótico apresenta banda larga na freqüência e se for periódico apresenta picos isola<strong><strong>do</strong>s</strong> nafreqüência. Contu<strong>do</strong>, apenas ele não é uma técnica eficiente para visualizarmos o comportamento caótico<strong>de</strong> um sistema, pois se existir um ruí<strong>do</strong> no espectro <strong>do</strong> referi<strong>do</strong> sistema, o gráfico apresentará tambémuma banda larga.ConclusõesExistem inúmeras técnicas numéricas que suprem a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se obter uma solução aproximada paraum sistema não linear. No caso, o Expoente <strong>de</strong> Lyapunov é muito eficiente para <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> caos; já aFFT mesmo sen<strong>do</strong> rápida, não reflete tanta confiabilida<strong>de</strong> se somente a utilizar para visualização dapresença <strong>de</strong> caos no sistema, então se <strong>de</strong>ve usá-la concomitantemente ao Expoente <strong>de</strong> Lyapunov para seobter resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> mais confiáveis e precisos.Referências1 - Lorenz, Edward N. , The Essence of Chaos, University of Washington Press, 1995.2 – Ferrara-Fiedler, Nelson e Pra<strong>do</strong>, Caos: Uma Introdução, Ed. Edgard Blücher Ltda., 1994.3 - APLICAÇÃO DA TEORIA DE SISTEMAS NÃO-LINEARES E CAÓTICOS NA ANÁLISE DESISTEMAS ESTRUTURAIS, <strong>de</strong> autoria <strong>de</strong> Alexandre Augusto Kitzberger Rodrigues, com orientação<strong>do</strong> Prof. Dr. Mauro Hugo Mathias.4 - http://cftc.cii.fc.ul.pt/PRISMA/capitulos/capitulo2/modulo1/topico7.php5 – Caldas, Iberê L., Apresentação <strong>do</strong> curso <strong>de</strong> Mecânica Clássica <strong>de</strong> PGF, IFUSP.ESTUDO DE PROPRIEDADES ELETRO-OPTICAS DE DISPOSITIVO ORGÂNICO BASEADONO AMARELO DE METILA1 Natália Menezes Silva Costa, 2 JoséFernan<strong>do</strong> Pereira Leal, 3 Jordan Del Nero1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – nmsc007@gmail.com2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – jfpleal@ufpa.br3 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – jordan@ufpa.br67


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoEstu<strong>do</strong> teórico <strong>de</strong> dispositivo orgânico (azo-composto) a partir <strong>de</strong> suas proprieda<strong>de</strong>s eletro-opticas (curvascaracterísticas <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> carga e espectro <strong>de</strong> absorção UV-visível) mediante cálculocomputacional <strong>de</strong> estrutura eletrônica <strong>de</strong>riva<strong>do</strong> <strong>de</strong> méto<strong>do</strong> Hartree-Fock. Esse sistema orgânica foisubmeti<strong>do</strong> a campo elétrico externo e, seus resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>, compara<strong><strong>do</strong>s</strong> aos da literatura com intuito <strong>de</strong>caracterizar o tipo <strong>de</strong> sistema promissora.(financia<strong>do</strong>r:SESU-Mec/CNPq/FAPESPA/VALE/SEDECT)Palavras-Chave: dispositivo orgânico, amarelo <strong>de</strong> metila, Hartree-Fock.IntroduçãoO estu<strong>do</strong> teórico <strong>de</strong> sistemas em escala nanométrica é bastante abrangente e inclui inúmeras aplicaçõesbem sucedi<strong><strong>do</strong>s</strong> em dispositivos orgânicos e fotônicos. Aliás, uma das vantagem em se trabalhar com essetipo <strong>de</strong> material é o baixo custo <strong>de</strong> fabricação. Por isso, as análises realizadas na linha <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong>transporte eletrônico objetivam caracterizar possíveis sistemas promissores sob efeitos <strong>de</strong> campo elétricoexterno a partir <strong>de</strong> simulações computacionais baseadas em méto<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong>riva<strong><strong>do</strong>s</strong> da mecânica quântica.Logo, o sistema <strong>de</strong>scrito nesse trabalha<strong>do</strong> é um azo-composto e foi caracteriza<strong>do</strong> mediante curvascaracterísticas <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> carga e espectro <strong>de</strong> absorção <strong>do</strong> UV-visível.ObjetivosTratar teoricamente as proprieda<strong>de</strong>s eletro-opticas <strong>de</strong> dispositivo orgânico com base no méto<strong>do</strong> <strong>de</strong>riva<strong>do</strong><strong>de</strong> Hartree-Fock para transferência <strong>de</strong> carga eletrônica <strong>do</strong> sistema em função <strong>do</strong> campo elétrico e espectro<strong>de</strong> absorção <strong>do</strong> UV-visível.Materiais e Méto<strong><strong>do</strong>s</strong>O méto<strong>do</strong> a ser <strong>de</strong>scrito foi emprega<strong>do</strong> para o estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma molécula orgânica conhecida como Amarelo<strong>de</strong> Metila (C 14 H 15 N 3 ), um azo-composto caracteriza<strong>do</strong> pela presença <strong>de</strong> uma dupla ligação entrenitrogênios que por sua vez estão liga<strong><strong>do</strong>s</strong> a <strong>grupos</strong> funcionais arila. Esse méto<strong>do</strong> visa resolver a equação<strong>de</strong> Hartree-Fock-Roothaan <strong>de</strong> maneira auto-consistente com a utilização <strong>de</strong> recurso computacional.A solução <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> problema não é trivial, pois, trata-se <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> muitos corpos e requer umtratamento aproximativo mediante cálculo <strong>de</strong> estrutura eletrônica. Para isso, resolveu-se a equação <strong>de</strong>Schrödinger não-relativística e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> tempo para um sistema multi-eletrônico mediante asaproximações <strong>de</strong> Born-Oppenheimer e Hartree-Fock.A primeira das aproximações consiste essencialmente em duas observações importantes: assume aequação <strong>de</strong> Schrödinger se<strong>pará</strong>vel em uma parte eletrônica e outra nuclear; e posteriormente, consi<strong>de</strong>ra aenergia cinética <strong><strong>do</strong>s</strong> núcleos <strong>do</strong> Hamiltoniano nula, isso porque os elétrons são menos massivos <strong>do</strong> que osprótons <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>sprezar a energia cinética <strong><strong>do</strong>s</strong> núcleos. Enquanto a segunda, reduz oproblema <strong>de</strong> "n" elétrons (multieletrônico) para o caso <strong>de</strong> um único elétron (monoeletrônico) sob ainfluência <strong>de</strong> um campo médio gera<strong>do</strong> pelos <strong>de</strong>mais.Um outro méto<strong>do</strong> importante para a <strong>de</strong>terminação da expressão da energia para um sistemamultieletrônico em regime <strong>de</strong> camada fechada é o méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> Roothaan, conheci<strong>do</strong> também como―Combinação Linear <strong><strong>do</strong>s</strong> Orbitais Atômicos‖, cuja idéia é introduzir um conjunto <strong>de</strong> funções <strong>de</strong> baseespeciais conhecidas, afim <strong>de</strong> mostrar que as equações <strong>de</strong> Hartree-Fock po<strong>de</strong>riam ser convertias em umconjunto <strong>de</strong> equações matriciais conhecidas como Hartree-Fock-Roothaan que são resolvidas bem maisfacilmente através <strong>de</strong> méto<strong>do</strong> auto-consistente.Resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>A partir <strong>do</strong> tratamento <strong>de</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> obti<strong><strong>do</strong>s</strong> por meio <strong><strong>do</strong>s</strong> cálculos computacionais basea<strong>do</strong> no méto<strong>do</strong><strong>de</strong>riva<strong>do</strong> <strong>de</strong> Hartree-Fock para a molécula <strong>de</strong> amarelo <strong>de</strong> metila (C 14 H 15 N 3 ) foi possível construir duascurvas: a que relaciona o campo elétrico externo aplica<strong>do</strong> sobre a molécula com distribuição <strong>de</strong> carga; e aque representa o espectro <strong>de</strong> absorção por comprimento <strong>de</strong> onda.Para a análise da distribuição <strong>de</strong> cargas observou-se que a curva <strong>de</strong> transferência <strong>de</strong> carga apresentou ocomportamento <strong>de</strong> um resistor para os valores <strong>de</strong> campos elétrico que variam <strong>de</strong> -0.011 u.a. a 0.021 u.a., eapós esse intervalo temos sequencialmente pontos <strong>de</strong> retificação (Regiões <strong>de</strong> Ressonância) tanto para ola<strong>do</strong> positivo quanto para o negativo, ocorren<strong>do</strong> em -0.012 u.a. a -0.030 u.a. (polarização negativa dacurva) e 0.022 u.a. a 0.035 u.a. (polarização positiva da curva). Essas regiões apresentam um aspectotípico <strong>de</strong> um transistor bipolar.Já segun<strong>do</strong> o estu<strong>do</strong> da curva <strong>do</strong> espectro <strong>de</strong> absorção por comprimento <strong>de</strong> onda observa-se que aprincipal transição eletrônica <strong>do</strong> sistema ocorre para o campo igual à -0.028 u.a. com força <strong>do</strong> oscila<strong>do</strong>r±0,70 e transição |H→L›. E, nesta principal transição aparecem três bandas <strong>de</strong> absorção <strong>de</strong> energia em178.9 ηm, 253.0 ηm e 483.3 ηm. Dentre os conjunto <strong>de</strong> curvas <strong>de</strong> espectro <strong>de</strong> absorção para algunsvalores <strong>de</strong> campo o sistema exibe um <strong>de</strong>slocamento <strong>do</strong> comprimento <strong>de</strong> onda para o vermelho (Red Shift)68


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientificoem -0.017 u.a. com a maior contribuição em -0.028 u.a. Um da<strong>do</strong> curioso ocorre a partir <strong>do</strong> ponto 0.024u.a. on<strong>de</strong> surge um ―novo‖ pico às proximida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> comprimento <strong>de</strong> onda em 178.9 ηm (Blue Shift) quese assemelha a separação <strong>de</strong> uma superposição <strong>de</strong> <strong>do</strong>is picos.Esses resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> são bastante significativos e mostram que o amarelo <strong>de</strong> metila é um possível candidato adispositivo orgânico. E mais, eles também não foram caracteriza<strong><strong>do</strong>s</strong> em nenhuma literatura <strong>científica</strong>publicada.ConclusõesO presente trabalho tratou <strong>de</strong> alguns resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> teóricos obti<strong><strong>do</strong>s</strong> para um possível dispositivo basea<strong>do</strong> emuma molécula unidimensional (indica<strong>do</strong>r áci<strong>do</strong>-base) que vem sen<strong>do</strong> estuda<strong>do</strong> na <strong>iniciação</strong> <strong>científica</strong> emmatéria con<strong>de</strong>nsada, mais especificamente em estrutura eletrônica <strong>de</strong> moléculas orgânicas. Os resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>obti<strong><strong>do</strong>s</strong> para a molécula em estu<strong>do</strong> foram bons e apresentam algumas características peculiares e inéditasprincipalmente quanto ao comportamento das curvas <strong>do</strong> espectro <strong>de</strong> absorção. No entanto, o sistemaainda apresenta bons indicativos para a construção <strong>de</strong> um dispositivo orgânico.Referências[1] J. F. P. Leal, "Transferência Eletrônica Induzida em Dispositivos Moleculares Basea<strong><strong>do</strong>s</strong> no Para-Vermelho <strong>de</strong> Metila", Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso - Curso <strong>de</strong> Física, UFPA (2008).[2] D. B. Lima "Design Nanofios <strong>de</strong> Carbono", Dissertação <strong>de</strong> Mestra<strong>do</strong>- PPGEE, UFPA (2008).ENGENHARIASRESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DE BLOCOS CERÂMICOS RETANGULARES PARAPAVIMENTAÇÃO CONFECCIONADOS COM RESÍDUOS DO PROCESSO BAYER (LAMAVERMELHA) E ARGILA1 Cristiano Comin, 2 Alcebía<strong>de</strong>s Negrão Macê<strong>do</strong>, 3 Aguinal<strong>do</strong> Luís <strong><strong>do</strong>s</strong> Reis Silva Júnior, 4 Denilson Costada Silva, 5 Sandro Roberto Trinda<strong>de</strong>1PET-Engenharia Civil, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará - comin@ufpa.br2PET-Engenharia Civil, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará - anmace<strong>do</strong>@ufpa.br3PET-Engenharia Civil, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará - ag.jr@hotmail.com4PET-Engenharia Civil, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará - djd<strong>de</strong>nilson@yahoo.com.br5PET-Engenharia Civil, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – s.roberto@ufpa.brNa obtenção da alumina a partir da bauxita, pelo Processo Bayer, cerca <strong>de</strong> 50% <strong>do</strong> produto produzi<strong>do</strong> érejeito caracteriza<strong>do</strong> como lama vermelha (LV). A LV é um resíduo poluente produzi<strong>do</strong> em gran<strong>de</strong> escalana indústria <strong>do</strong> alumínio. Neste contexto, estu<strong><strong>do</strong>s</strong> para a sua utilização são fundamentais para contribuirpara a redução <strong><strong>do</strong>s</strong> impactos ambientais relaciona<strong><strong>do</strong>s</strong> à sua <strong>de</strong>posição, além <strong>de</strong> contribuir para o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> formas sustentáveis <strong>de</strong> exploração mineral. O objetivo <strong>de</strong>ste trabalho foi acaracterização da resistência à compressão axial <strong>de</strong> blocos cerâmicos para pavimentação confecciona<strong><strong>do</strong>s</strong>com uma mistura <strong>de</strong> 70% <strong>de</strong> LV e 30% <strong>de</strong> argila.Palavras-Chave: Pavimentação, Lama VermelhaIntroduçãoO processo Bayer é utiliza<strong>do</strong> para o refino da bauxita na produção da alumina (Al 2 O 3 ). A lama vermelha éa <strong>de</strong>nominação genérica para o resíduo insolúvel gera<strong>do</strong> durante a etapa <strong>de</strong> clarificação <strong>do</strong> processoBayer, sen<strong>do</strong> normalmente disposta em lagoas projetadas especialmente para este fim e <strong>de</strong>nominadas <strong>de</strong><strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> rejeitos (DR). A composição química da LV varia extensamente e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da natureza dabauxita e da técnica empregada no processo Bayer em cada planta industrial. Normalmente, a LV retémto<strong>do</strong> o ferro, titânio e sílica presentes na bauxita. A <strong>de</strong>posição da LV em reservatórios tem um altopotencial <strong>de</strong> impacto sobre o meio ambiente, com riscos <strong>de</strong> contaminação <strong><strong>do</strong>s</strong> lençóis freáticos, rios esolo, além <strong><strong>do</strong>s</strong> riscos às populações vizinhas. Diante <strong>do</strong> exposto, é notória a necessida<strong>de</strong> <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> <strong>de</strong>alternativas para a utilização <strong>de</strong>sse rejeito, com o objetivo <strong>de</strong> contribuir para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>formas sustentáveis <strong>de</strong> exploração <strong><strong>do</strong>s</strong> recursos minerais, que visem diminuir o impacto ambientalcausa<strong><strong>do</strong>s</strong> por estas práticas.69


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoObjetivosO objetivo <strong>de</strong>ste trabalho foi caracterizar a resistência à compressão <strong>de</strong> 01 lote <strong>de</strong> blocos cerâmicosconfecciona<strong><strong>do</strong>s</strong> com 70 % <strong>de</strong> lama vermelha e 30 % <strong>de</strong> argila queima<strong><strong>do</strong>s</strong> a uma temperatura <strong>de</strong>aproximadamente 950° C. Os ensaios para a <strong>de</strong>terminação a resistência à compressão foram executa<strong><strong>do</strong>s</strong><strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a NBR 9780.Materiais e Méto<strong><strong>do</strong>s</strong>Foram ensaia<strong><strong>do</strong>s</strong> 54 blocos prismáticos confecciona<strong><strong>do</strong>s</strong> com LV proveniente da planta da Alunortelocalizada em Barcarena (PA), medin<strong>do</strong> 20 cm x 10 cm x 5,5 cm, compostos por 70 % <strong>de</strong> lama vermelhae 30 % <strong>de</strong> argila, queima<strong><strong>do</strong>s</strong> sob temperatura <strong>de</strong> 950° C e massa específica aparente <strong>de</strong> aproximadamente2,57 g/cm³. O estu<strong>do</strong> se <strong>de</strong>teve em analisar a resistência à compressão axial usan<strong>do</strong> o méto<strong>do</strong> propostopela NBR 9780 para ensaios <strong>de</strong> blocos <strong>de</strong> pavimentação. Os blocos foram submeti<strong><strong>do</strong>s</strong> a ensaio <strong>de</strong>compressão axial, sob esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> saturação <strong>de</strong> água em uma máquina universa <strong>de</strong> 2.000 kN <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>,da marca AMSLER, disponível no Laboratório <strong>de</strong> Engenharia Civil da UFPA. Os blocos foramposiciona<strong><strong>do</strong>s</strong> entre duas placas circulares em aço com diâmetro <strong>de</strong> 90 mm e estas por sua vez apoiadasnos pratos da máquina AMSLER, sen<strong>do</strong> um fixo e outro articula<strong>do</strong> para evitar concentrações <strong>de</strong> tensões.O carregamento foi feito <strong>de</strong> forma continua, sob velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aplicação que variou entre 500 e 800kPa/s. A resistência à compressão <strong>de</strong> cada bloco foi <strong>de</strong>terminada multiplican<strong>do</strong>-se os valores obti<strong><strong>do</strong>s</strong> noensaio pelo fator ―p = 0,95‖, função da altura da peça, representativo <strong>do</strong> lote <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com asrecomendações da NBR 9780.Resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>A resistência característica <strong>do</strong> lote em estu<strong>do</strong> foi <strong>de</strong>terminada seguin<strong>do</strong> as recomendações da NBR 9781.O valor característico foi <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> pela expressão f pk = f p – t x s , on<strong>de</strong> f pk é a resistênciacaracterística à compressão <strong>do</strong> lote, f p é resistência média das peças ensaiadas <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a NBR9780, s é o <strong>de</strong>svio padrão da amostra e t o coeficiente <strong>de</strong> Stu<strong>de</strong>nt, forneci<strong>do</strong> na tabela da NBR 9781, emfunção <strong>do</strong> tamanho da amostra, sen<strong>do</strong> o valor representativo <strong>de</strong>sta análise <strong>de</strong> 0,842. Os resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> obti<strong><strong>do</strong>s</strong>nos ensaios forneceram uma resistência média f p <strong>de</strong> 33,15 MPa e um <strong>de</strong>svio padrão <strong>de</strong> 4,69 MPa,resultan<strong>do</strong> em uma resistência característica f pk <strong>de</strong> 29,20 MPa. O valor da resistência característica <strong>do</strong> lotenão aten<strong>de</strong> às exigências da NBR 9781 para as solicitações <strong>de</strong> veículos comerciais <strong>de</strong> linha, que <strong>de</strong>ve sersuperior ou igual a 35 MPa, porém, o valor representativo <strong>de</strong> 29,20 MPa mostrou-se satisfatório para aaplicação <strong><strong>do</strong>s</strong> blocos em elementos <strong>de</strong> pavimentação que exijam menores resistências, como por exemplocalçadas para pe<strong>de</strong>stres, <strong>de</strong>monstran<strong>do</strong> que esta alternativa para a utilização da lama vermelha é viável noâmbito da indústria da construção civil.ConclusõesApesar <strong>de</strong> o lote em estu<strong>do</strong> ter apresenta<strong>do</strong> uma resistência característica inferior a 35 MPa, mínimoexigi<strong>do</strong> pela NBR 9781 para solicitações <strong>de</strong> veículos comerciais <strong>de</strong> linha, a resistência encontrada mostrasesatisfatória para a aplicação <strong><strong>do</strong>s</strong> blocos em elementos <strong>de</strong> pavimentação que sejam menos solicitadas,como calçadas para pe<strong>de</strong>stres, <strong>de</strong>monstran<strong>do</strong> um gran<strong>de</strong> potencial <strong>do</strong> produto para a sua aplicação naconstrução civil, além <strong>de</strong> corroborar a necessida<strong>de</strong> e importância <strong>de</strong> estu<strong><strong>do</strong>s</strong> com novas composições quevisem melhorar as características <strong>do</strong> produto.Referências1. Associação Brasileira <strong>de</strong> Normas Técnicas. NBR 9781: Peças <strong>de</strong> Concreto para Pavimentação. Rio<strong>de</strong> Janeiro, 1987.2. Associação Brasileira <strong>de</strong> Normas Técnicas. NBR 9780: Peças <strong>de</strong> Concreto para Pavimentação -Determinação da Resistência à Compressão. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1987.3. Silva Filho, E. B.; Alves, M. C. M.; da Mota, M.; Revista Matéria, v. 12, n. 2, pp. 322-338, 2007.ESTUDO DA RESISTÊNCIA AO IMPACTO DE UM ECO-COMPÓSITO PARA APLICAÇÃOCOMO PAINÉIS DIVISÓRIOS DE AMBIENTES1 Bárbara Valéria <strong>de</strong> Abreu Lavôr, 2 Vitor Marques Viana, 3 Rossana M. Miranda, 4 Carmen Gilda B. T.Dias, 5 Alcebía<strong>de</strong>s N. Negrão1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – barbaralavor@gmail.com2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – matenge06@yahoo.com.br3 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – rossanamiranda@hotmail.com4 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – carmengilda@hotmail.com70


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientifico5 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – anmace<strong>do</strong>@ufpa.brEste trabalho visou avaliar a resistência ao impacto <strong>de</strong> um eco-compósito em estrutura laminada paraaplicação como painéis divisórios <strong>de</strong> ambientes utilizan<strong>do</strong> resina comercial poliuretana a base natural <strong>de</strong>óleo <strong>de</strong> mamona, resina comercial <strong>de</strong> poliéster insaturada e teci<strong>do</strong> <strong>de</strong> juta como reforço, obti<strong>do</strong> <strong>de</strong>sacarias. A fração em massa <strong>de</strong> produto natural ou <strong>de</strong> base natural totalizou 44,32%. Foram realiza<strong><strong>do</strong>s</strong> osensaios <strong>de</strong> impacto Charpy e <strong>de</strong> impacto por queda <strong>de</strong> dar<strong>do</strong> para verificação da contribuição <strong>de</strong> cadamaterial para as proprieda<strong>de</strong>s <strong>do</strong> compósito. Os resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> obti<strong><strong>do</strong>s</strong> mostram que o compósito apresentabom comportamento quan<strong>do</strong> submeti<strong>do</strong> ao impacto.Palavras-Chave: Poliuretana <strong>de</strong>rivada <strong>do</strong> óleo <strong>de</strong> mamona, Poliéster insaturada, Juta.IntroduçãoO uso <strong>de</strong> materiais reforça<strong><strong>do</strong>s</strong> por fibras vegetais remonta à Antiguida<strong>de</strong>, quan<strong>do</strong> reforçavam tijolos <strong>de</strong>a<strong>do</strong>be com raízes e folhas. As vantagens para utilização <strong>de</strong> fibras naturais como reforços em compósitossão o baixo custo e o fato <strong>de</strong> serem renováveis e bio<strong>de</strong>gradáveis. Compósitos poliméricos com fibrasvegetais combinam boas proprieda<strong>de</strong>s mecânicas com baixa massa específica (aproximadamente 1,2-1,5g/cm3), porém, existem problemas na utilização <strong>de</strong> fibras naturais como reforços em compósitos, taiscomo: alto nível <strong>de</strong> absorção da mistura, pobre molhabilida<strong>de</strong>, um ina<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> nível <strong>de</strong> a<strong>de</strong>são entre fibrasnão-tratadas e uma matriz polimérica não-polar contribuin<strong>do</strong> para o <strong>de</strong>scolamento com o tempo. Suasproprieda<strong>de</strong>s são altamente influenciadas pelo seu processo <strong>de</strong> transformação (cultivo, colheita,dissociação, fabricação <strong><strong>do</strong>s</strong> fios, moldagem) e reduzidas pela exposição a altas temperaturas (acima <strong>de</strong>200°C), <strong>de</strong>ntre outros fatores [1, 2 e 3]. As resinas poliméricas, quanto ao seu comportamento ao calor,po<strong>de</strong>m se apresentar como termoplásticas ou termorrígidas (termofixas). Os polímeros termoplásticos sefun<strong>de</strong>m em um líqui<strong>do</strong> viscoso capaz <strong>de</strong> sofrer processos <strong>de</strong> extrusão, enquanto os termorrígi<strong><strong>do</strong>s</strong>, ao invésse sofrerem processo <strong>de</strong> fusão, começam a se <strong>de</strong>compor termicamente [4 e 5].ObjetivosO objetivo geral <strong>de</strong>sta pesquisa foi a avaliação da resistência ao impacto <strong>de</strong> um eco-compósito emestrutura laminada para aplicação como painel divisório <strong>de</strong> ambientes, com a verificação da contribuição<strong>de</strong> cada material que o constitui.Materiais e Méto<strong><strong>do</strong>s</strong>Os matérias utiliza<strong><strong>do</strong>s</strong> foram: Teci<strong>do</strong> <strong>de</strong> fibra <strong>de</strong> juta, classificada como F9, da Companhia Têxtil <strong>de</strong>Castanhal (Pará), sem tratamento; Resina industrializada RESCON 301-40, <strong>de</strong> poliuretana à base <strong>de</strong> óleo<strong>de</strong> mamona com cataliza<strong>do</strong>r; e Resina <strong>de</strong> poliéster cristal AM-100 da AEROJET com cataliza<strong>do</strong>r Mek naproporção <strong>de</strong> 2%. A norma utilizada para a realização <strong>do</strong> ensaio <strong>de</strong> impacto Charpy foi a D 5942-96 –Standard test method for <strong>de</strong>termining Charpy impact strength of plastics da ASTM. A máquina utilizadapara o ensaio <strong>de</strong> impacto Charpy foi a Gunt WP410 e o limite <strong>do</strong> pêndulo <strong>de</strong> impacto é <strong>de</strong> 300Nm. Antes<strong>do</strong> ensaio, os corpos <strong>de</strong> prova foram acondiciona<strong><strong>do</strong>s</strong> por 16 horas na temperatura <strong>de</strong> 23°C e umida<strong>de</strong>relativa <strong>de</strong> 50%. Este ensaio foi realiza<strong>do</strong> nos corpos <strong>de</strong> prova da matriz <strong>de</strong> poliuretana, matriz <strong>de</strong>poliéster, matriz híbrida e <strong>do</strong> compósito. Para a realização <strong>do</strong> ensaio <strong>de</strong> impacto por queda <strong>de</strong> dar<strong>do</strong> foiutilizada a norma D 5628-96 – Standard test method for impact resistance of flat, rigid plastic specimensby means of a falling dart (tup or falling mass) da ASTM. Os corpos <strong>de</strong> prova foram condiciona<strong><strong>do</strong>s</strong> a23°C e 50% <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> relativa por 40hs antes <strong><strong>do</strong>s</strong> testes e os mesmos foram conduzi<strong><strong>do</strong>s</strong> nas mesmascondições <strong>de</strong> temperatura e umida<strong>de</strong>. Este ensaio foi realiza<strong>do</strong> nos corpos <strong>de</strong> prova da matriz <strong>de</strong>poliuretana, da matriz <strong>de</strong> poliéster, da matriz híbrida e <strong>do</strong> compósito, e as massas utilizadas foram asseguintes: 0,10 (massa <strong>do</strong> dar<strong>do</strong>), 0,30, 0,50, 0,70 e 0,90kg (todas as quatro últimas incluem a massa <strong>do</strong>dar<strong>do</strong>). Neste ensaio a altura <strong>de</strong> falha média ou altura constante foi <strong>de</strong> 66mm.Resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>Observou-se que a resistência ao impacto <strong><strong>do</strong>s</strong> materiais é diretamente proporcional à energia <strong>de</strong> impactoabsorvida pelos mesmos. O ensaio na matriz <strong>de</strong> poliuretana <strong>de</strong>monstra tratar-se <strong>de</strong> um material com boacapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> absorção <strong>de</strong> energia e, portanto, boa resistência ao impacto e, neste caso, a direção <strong>do</strong>ensaio foi importante para as respostas melhores para os corpos <strong>de</strong> prova dispostos paralelamente adireção <strong>do</strong> impacto. O ensaio confirmou a fragilida<strong>de</strong> da matriz <strong>de</strong> poliéster e a influência da lâmina <strong>de</strong>poliuretana nesses corpos <strong>de</strong> prova, pois as lâminas <strong>de</strong> poliéster sofreram danos consi<strong>de</strong>ráveis e a lâminainterna <strong>de</strong> poliuretana, na maioria das vezes, nada sofreu. Os resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> nos ensaios <strong><strong>do</strong>s</strong> corpos <strong>de</strong> prova<strong>do</strong> compósito evi<strong>de</strong>nciam que a absorção <strong>de</strong> energia e a resistência ao impacto foram semelhantes aos71


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientificoresulta<strong><strong>do</strong>s</strong> obti<strong><strong>do</strong>s</strong> nos ensaios da matriz <strong>de</strong> poliuretana e na matriz híbrida, principalmente quanto aoensaio paralelo. Neste ensaio os resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> foram melhores <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> aos mecanismos <strong>de</strong> absorção <strong>de</strong>energia que ocorreram, tais como a <strong>de</strong>laminação e o arrancamento das fibras, porém, no ensaio normal, aabsorção <strong>de</strong> energia e a resistência ao impacto <strong>do</strong> compósito foram menores <strong>do</strong> que as da matriz <strong>de</strong>poliuretana e da matriz híbrida e, o que influenciou nesses resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> melhores da matriz <strong>de</strong> poliuretana eda matriz híbrida foi a espessura da lâmina <strong>de</strong> poliuretana, maiores <strong>do</strong> que no compósito. Quanto aoensaio <strong>de</strong> impacto por queda <strong>de</strong> dar<strong>do</strong>, observan<strong>do</strong> somente pelas massas <strong>de</strong> falha e energias <strong>de</strong> falha,necessárias para danificar os materiais quanto ao impacto, po<strong>de</strong>ria se chegar a conclusão <strong>de</strong> que ocompósito é tão frágil quanto a matriz <strong>de</strong> poliéster e a matriz híbrida, porém, analisan<strong>do</strong> as áreasdanificadas das superfícies <strong><strong>do</strong>s</strong> corpos <strong>de</strong> prova ensaia<strong><strong>do</strong>s</strong>, po<strong>de</strong> ser observa<strong>do</strong> que o comportamento<strong>de</strong>sses materiais não é tão semelhante. No compósito, a área danificada <strong>de</strong> superfície na regiãocomprimida foi aumentan<strong>do</strong> até a massa 0,50kg e a partir da massa 0,70kg, a área danificada <strong>de</strong> superfíciefoi diminuin<strong>do</strong>, comprovan<strong>do</strong> que os danos foram mais concentra<strong><strong>do</strong>s</strong> no ponto <strong>do</strong> impacto <strong>do</strong> dar<strong>do</strong>. Naregião tracionada <strong>do</strong> compósito, as áreas <strong>de</strong> danos na superfície <strong><strong>do</strong>s</strong> corpos <strong>de</strong> prova foram aumentan<strong>do</strong>,porém bem menor que a área danificada <strong>de</strong> superfície <strong><strong>do</strong>s</strong> corpos <strong>de</strong> prova da matriz híbrida, quealcançou a totalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> área danificada <strong>de</strong> superfície comprimida a partir da massa 0,50kg e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> amassa 0,30kg os corpos <strong>de</strong> prova da matriz híbrida apresentaram área <strong>de</strong> danos <strong>de</strong> superfície total naregião tracionada <strong><strong>do</strong>s</strong> mesmos. Dessa forma, fica comprova<strong>do</strong> que a incorporação da fibra nessa matrizhíbrida, constituin<strong>do</strong> o compósito, foi importante para aumentar a sua resistência ao impacto.ConclusõesNo ensaio Charpy os valores <strong>de</strong> resistência ao impacto <strong>do</strong> compósito foram satisfatórios,comparativamente aos resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> da literatura mencionada. A presença da resina <strong>de</strong> poliuretana nocompósito foi favorável, pois <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a sua flexibilida<strong>de</strong> e cura a temperatura ambiente, houve umacontribuição muito gran<strong>de</strong> para absorção da energia <strong>de</strong> impacto. Através <strong>do</strong> ensaio <strong>de</strong> impacto por queda<strong>de</strong> dar<strong>do</strong>, foi possível observar que a presença <strong>do</strong> reforço e da resina poliuretana influenciou para que ocompósito apresentasse uma concentração <strong>de</strong> impacto evitan<strong>do</strong> danos maiores sobre a placa, <strong>de</strong>ssa formanuma possível reparação <strong><strong>do</strong>s</strong> painéis, pequenas áreas serão substituídas.Referências[1] MOHANTY, A. K.; MUBARAK, A. K.; HINRICHSEN, G. Surface modification of jute and itsinfluence on permorfance of bio<strong>de</strong>gradable jute-fabric/biopol composites. Composites Science andTecnology, 60, p. 1115-1124, 2000.[2] GASSAN, J.; BLEDZKI, A. K. Possibilities for improving the mechanical properties of jute/epoxicomposites by alkali treatment of fibres. Composites Science and Tecnology, 59, p. 1304 – 1309, 1999.[3] PLACKETT, D. et al. Bio<strong>de</strong>gradable composites based on L-polylacti<strong>de</strong> and jute fibers. CompositesScience and Technology, 63, p. 1287-1296, 2003.[4] SHACKELFORD, J. F. Introduction to materials science for engineers. 4th editon, New Jersey,Prentice-Hall, Inc.[5] SILVESTRE FILHO, G. D. Comportamento mecânico <strong>do</strong> poliuretano <strong>de</strong>riva<strong>do</strong> <strong>de</strong>óleo <strong>de</strong> mamona reforça<strong>do</strong> por fibra <strong>de</strong> carbono: contribuição para o projeto <strong>de</strong> implante <strong>de</strong> quadril. 156p.2001. Dissertação (Mestra<strong>do</strong>) – Escola <strong>de</strong> Engenharia <strong>de</strong> São Carlos, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo.PLANEJAMENTO URBANO E TRANSPORTE NÃO- MOTORIZADO NA CIDADE DEBELÉM (PA): O CASO DAS CICLOVIAS1 Andréa Girlene Tavares Barreto; 2 Prof. Drª. Ana Maria Guerra Seráfico Pinheiro; 3 Danielle Ramos1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – agtbarreto@gmail.com;2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – serafico@ufpa.br;3Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – danielleramos1988@hotmail.com;O presente trabalho tem o objetivo fazer uma análise das intervenções <strong>de</strong> infra-estrutura para o modalcicloviário, realizadas na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Belém, haja vista que nesta metrópole cerca <strong>de</strong> 6% (PDTU, 2001) dapopulação, utiliza a bicicleta como meio <strong>de</strong> transporte, e a cida<strong>de</strong> não possui infraestrutura cicloviáriasuficiente para aten<strong>de</strong>r essa <strong>de</strong>manda. Por isso, há questionamentos sobre a garantia <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong> esegurança para os usuários <strong>de</strong> transportes não-motoriza<strong><strong>do</strong>s</strong>. Foi realiza<strong>do</strong> levantamento e análise <strong>de</strong>material teórico, incluin<strong>do</strong> resgate e análise <strong>de</strong> estu<strong><strong>do</strong>s</strong> sobre ciclovias já implantadas na RMB; Tambémforam realizadas pesquisas <strong>de</strong> campo consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>: localização geográfica, fluxos, sinalização vertical ehorizontal, bem como registros fotográficos. Uma avaliação qualitativa aponta para o <strong>de</strong>scaso com o72


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientificotransporte não-motoriza<strong>do</strong> na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Belém, cuja falta <strong>de</strong> planejamento a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong> sistemas <strong>de</strong>transportes urbanos é uma das principais causas <strong>de</strong>sse problema. Tal fato distancia Belém <strong>de</strong> uma cida<strong>de</strong>sustentável.Palavras-Chave: Ciclovias, infra-estrutura, transporte não motoriza<strong>do</strong>.IntroduçãoA bicicleta é conhecida como um meio <strong>de</strong> transporte barato, quase sempre recomendada para a prática <strong>de</strong>exercícios, ecológica, uma vez que não emite gases na atmosfera, e nem poluição sonora, ocupa poucoespaço na via pública e em estacionamento – numa vaga <strong>de</strong> automóvel caberiam 10 bicicletas (GEIPOT,2000).O transporte não motoriza<strong>do</strong> é ti<strong>do</strong> como opção <strong>de</strong> transporte sustentável e as cida<strong>de</strong>s que dão atenção aessa prática são consi<strong>de</strong>radas cida<strong>de</strong>s sustentáveis (GONDIN, 2001). A i<strong>de</strong>ologia da ―Cida<strong>de</strong>Sustentável‖ é pouco propagada na Região Metropolitana <strong>de</strong> Belém (RMB), apesar das suas inúmerasvantagens, pois nesta modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transporte não há poluição <strong>do</strong> ar e nem emissão <strong>de</strong> gases <strong>de</strong> efeitoestufa, ten<strong>do</strong> isso como principal motivo para estimular seu aumento no transporte urbano em muitasregiões brasileiras.Em Belém ocorreu a primeira iniciativa <strong>de</strong> planejamento sistemático <strong>do</strong> país volta<strong>do</strong> exclusivamente àsbicicletas (GEIPOT, 2001). Por volta <strong>de</strong> 1979, elaborou-se o primeiro projeto brasileiro executivo <strong>de</strong>engenharia para implantação <strong>de</strong> uma ciclovia ao longo <strong>de</strong> uma ro<strong>do</strong>via – a PA-400, que é a atual Av.Arthur Bernar<strong>de</strong>s. Em 2008, o Governo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> apresentou o projeto da Ro<strong>do</strong>via Arthur Bernar<strong>de</strong>s quecontempla a implantação <strong>de</strong> uma ciclovia com aproximadamente 14 Km <strong>de</strong> extensão.Em 1990, os Governos <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará e Fe<strong>de</strong>ral, através da Agência Brasileira <strong>de</strong> Cooperação-ABC,firmaram convênio <strong>de</strong> cooperação técnica com a JICA – Agência <strong>de</strong> Cooperação Internacional <strong>do</strong> Japão,para elaboração <strong>do</strong> Plano Diretor <strong>de</strong> Transportes Urbanos da Região Metropolitana <strong>de</strong> Belém – PDTU, afim <strong>de</strong> propor uma política <strong>de</strong> transporte que equacionasse os problemas <strong>do</strong> setor. Nesta época, a RMBera composta apenas pelos municípios <strong>de</strong> Belém e Ananin<strong>de</strong>ua. Houve crescimento <strong>de</strong> quilometragem <strong>de</strong>ciclovias e ciclofaixas na RMB, conforme os planos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> transporte urbano (PDTU),realiza<strong><strong>do</strong>s</strong> no perío<strong>do</strong> compreendi<strong>do</strong> entre 1990 a 2000. Porém, em nenhum <strong>de</strong>sses planos diretores houveum estu<strong>do</strong> para implantar uma re<strong>de</strong> cicloviária integrada (VIAPARÁ, 2006).ObjetivosO presente trabalho tem como objetivo fazer uma análise das intervenções <strong>de</strong> infraestrutura para otransporte cicloviário, já realizadas em Belém (PA), consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se diversos aspectos tais como:localização geográfica, sinalização implantada, integração fisico-operacional, <strong>de</strong>manda, projetogeométrico, <strong>de</strong>ntre outros, a fim <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar aspectos que possam gerar subsídios para futuras ações noâmbito <strong>do</strong> planejamento <strong>de</strong> transportes e da circulação urbana.Material e Méto<strong><strong>do</strong>s</strong>Os procedimentos utiliza<strong><strong>do</strong>s</strong> para este estu<strong>do</strong> consistiram no levantamento e análise <strong>de</strong> material teóricopertinente ao assunto proposto, através <strong>de</strong> revistas, artigos científicos, jornais e internet. Inclusive, leitura<strong><strong>do</strong>s</strong> PDTU‘s <strong>de</strong> 1990 e 2000, e resgate <strong><strong>do</strong>s</strong> projetos cicloviários implanta<strong><strong>do</strong>s</strong> na RMB. Foram realizadaspesquisas <strong>de</strong> campo consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>: localização geográfica e a integração da infra-estrutura disponível, embase georeferenciada, através <strong>do</strong> software GoogleEarth; senti<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong> fluxos; inventários <strong>de</strong> vias(verificação das sinalizações verticais e horizontais); elementos <strong>do</strong> projeto geométrico; registrosfotográficos, <strong>de</strong>ntre outros. Os da<strong><strong>do</strong>s</strong> foram tabula<strong><strong>do</strong>s</strong> em planilha eletrônica, com possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>migração para o software ArcGis.Resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>Analisan<strong>do</strong>-se os da<strong><strong>do</strong>s</strong> levanta<strong><strong>do</strong>s</strong>, po<strong>de</strong>-se observar que, em termos <strong>de</strong> infra-estrutura cicloviária naRegião Metropolitana <strong>de</strong> Belém, o que existe são ciclovias e ciclofaixas, em trechos dispersos, nãopossuin<strong>do</strong> integração entre eles, e, insuficiente para aten<strong>de</strong>r à atual <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> ciclistas. Diante disso, aeficiência e a eficácia <strong>de</strong>sse sistema <strong>de</strong> transporte não motoriza<strong>do</strong>, são comprometidas.Foram feitas diversas análises com parâmetros condizentes, basea<strong>do</strong> no referencial teórico consulta<strong>do</strong>, efoi constata<strong>do</strong> que as ciclovias e ciclofaixas <strong>do</strong> espaço urbano <strong>de</strong> Belém apresentam discrepânciastécnicas e operacionais, como, por exemplo, quanto à largura das vias e as sinalizações verticais ehorizontais. É necessário uma atenção maior visan<strong>do</strong> a segurança <strong><strong>do</strong>s</strong> ciclistas, já que em Belém, nostrechos <strong>de</strong> maior confronto, seria necessário implantar sinalizações a<strong>de</strong>quadas. Exemplos <strong>de</strong>sses trechossão os cruzamentos existentes na ciclofaixa da Av. João Paulo II e na ciclovia da Av. Almirante Barroso.73


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoDe acor<strong>do</strong> com a Companhia <strong>de</strong> Transportes <strong>do</strong> Município <strong>de</strong> Belém (CTBEL, 2009), a extensão total <strong>de</strong>quilometragem, projetada, implantada ou em execução, <strong>de</strong> ciclovias e ciclofaixas, é: Av. Marquês <strong>de</strong>Herval: 2,6 Km (Ciclovia); Av. Pedro Álvares Cabral: 5 Km (Ciclofaixa); Av. 25 <strong>de</strong> Setembro 1,65 Km(Ciclovia); Av. Augusto Montenegro 13 Km (Ciclovia). Ressalta-se que, não estão computa<strong><strong>do</strong>s</strong> aqui,<strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informações, o total executa<strong>do</strong> da quilometragem <strong>de</strong> ciclofaixas, no projetoda macrodrenagem, implementa<strong>do</strong> pelo Governo Estadual passa<strong>do</strong>.Foi feita uma contagem preliminar <strong>de</strong> ciclistas, na ciclovia da Av. Almirante Barroso, no bairro <strong>de</strong> SãoBráz, e outra no bairro <strong>do</strong> Entroncamento. Percebe-se que a intensida<strong>de</strong> maior <strong>do</strong> fluxo se dá, no perío<strong>do</strong>da manhã, no senti<strong>do</strong> Entrocamento-Centro. Isso comprova que gran<strong>de</strong> parte <strong><strong>do</strong>s</strong> ciclistas sãopertencentes aos municpios <strong>de</strong> Ananin<strong>de</strong>ua, Benevi<strong>de</strong>s e Marituba. Entretanto, a largura da via paraacesso <strong>de</strong>sse fluxo, não é suficiente para aten<strong>de</strong>r um número significativo <strong>de</strong> ciclistas em horários <strong>de</strong> pico,comprometen<strong>do</strong> o nível <strong>de</strong> serviço operacional.Devi<strong>do</strong> a precária infra-estrutura existente é comum os conflitos <strong>de</strong> ciclistas envolven<strong>do</strong> veículos epe<strong>de</strong>stres com isso, obrigan<strong>do</strong> ciclistas, na maioria das vezes, a trafegarem nas mesmas pistas que oscarros, aumentan<strong>do</strong> os riscos <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes fatais, e, também, comprometen<strong>do</strong> a circulação segura <strong><strong>do</strong>s</strong>mesmos. Por tu<strong>do</strong> isso há questionamentos sobre a garantia <strong>de</strong> acessibilida<strong>de</strong> e segurança para os usuários<strong>de</strong> transportes não-motoriza<strong><strong>do</strong>s</strong>.Também é importante ressaltar a total ausência <strong>de</strong> educação e fiscalização em relação à operação <strong>do</strong>tráfego nas ciclovias e ciclofaixas, pois é comum vermos no dia a dia, a presença <strong>de</strong> lixos e entulhosnessas passagens. Além disso, trechos irregulares e/ou <strong>de</strong>struí<strong><strong>do</strong>s</strong> por raízes <strong>de</strong> árvores, precisam <strong>de</strong>recomposição <strong>de</strong> seus pisos. Alguns <strong>de</strong>sníveis e guias com <strong>de</strong>graus precisam ser nivela<strong><strong>do</strong>s</strong>.ConclusõesPo<strong>de</strong>mos concluir sobre as intervenções realizadas no sistema <strong>de</strong> transporte cicloviário em Belém (PA),que fatores como: a falta <strong>de</strong> organização <strong>do</strong> espaço urbano; critérios ina<strong>de</strong>qua<strong><strong>do</strong>s</strong> para odimensionamento; vias não integradas; entraves político-administrativos; a falta <strong>de</strong> políticas urbanas <strong>de</strong>incentivo ao uso <strong>do</strong> Transporte Não Motoriza<strong>do</strong>; falta <strong>de</strong> educação no trânsito; ausência <strong>de</strong> fiscalização; aausência <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s sócio-técnicas; levam à ineficiência <strong>do</strong> sistema, geran<strong>do</strong>: conflitosurbanos; aci<strong>de</strong>ntes; insegurança; e insatisfação <strong><strong>do</strong>s</strong> usuários <strong>de</strong> um mo<strong>do</strong> geral.Ninguém questiona a importância das ciclovias como meio <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> impactos sejam eles <strong>de</strong> naturezaambientais ou no transito, nem tão pouco os benefícios que a utilização <strong>do</strong> transporte cicloviárioproporciona a seus usuários. Porém quan<strong>do</strong> mal concebi<strong>do</strong>, um projeto cicloviário, per<strong>de</strong> a eficácia epo<strong>de</strong> comprometer a segurança e acessibilida<strong>de</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong> usuários além <strong>de</strong> comprometer a flui<strong>de</strong>z <strong>do</strong> transitoem uma <strong>de</strong>terminada região, principalmente nos pontos <strong>de</strong> acesso, no caso <strong>de</strong> não haver integração <strong>de</strong>uma ciclovia com outra. Medidas precisam ser mais abrangentes pois com isso o tráfego <strong>de</strong> bicicletas setornaria mais flui<strong>do</strong>.ReferênciasCTBel | Companhia <strong>de</strong> Transporte <strong>de</strong> Belém/PA. Arquivo Administrativo Maio 2009Plano Diretor <strong>de</strong> Transporte Urbano da Região Metropolitana <strong>de</strong> Belém (PDTU). 1991.Plano Diretor <strong>de</strong> Transporte Urbano da Região Metropolitana <strong>de</strong> Belém (PDTU). 20011.TRANSPORTE E ARMAZENAGEM NAS CENTRAIS DE ABASTECIMENTO DO PARÁ–CEASA / PA1 Rogério Nogueira da Silva, 2 Ana Maria Guerra Seráfico Pinheiro, 3 Andréa Girlene Tavares Barreto1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – nogueira.rogerio@hotmail.com2 Professora Dr. da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – serafico@ufpa.br3 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – agtbarreto@gmail.comAs Centrais <strong>de</strong> Abastecimento, consi<strong>de</strong>radas como entrepostos <strong>de</strong> distribuição, funcionam como umacentral <strong>de</strong> cargas, e po<strong>de</strong>m ser analisadas como terminal <strong>de</strong> transporte, que gera e atrai viagensdiariamente. Além disso, nessas Centrais ocorrem, também, manuseio, movimentação e armazenagem <strong>de</strong>produtos hortifrutigranjeiros. Visan<strong>do</strong> melhorias no sistema <strong>de</strong> abastecimento das Centrais <strong>de</strong>Abastecimento <strong>do</strong> Pará (CEASA-PA), o objetivo <strong>de</strong>ste estu<strong>do</strong> é fazer uma análise preliminar da logística<strong>de</strong> suprimento e <strong>de</strong> armazenagem <strong>de</strong> produtos hortifrutigranjeiros nesse entreposto. A meto<strong>do</strong>logiaa<strong>do</strong>tada consistiu na análise <strong>de</strong> revisão bibliográfica sobre o assunto em questão; pesquisa <strong>de</strong> campo paraobtenção <strong>de</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> físicos e operacionais, tais como: localização geográfica da CEASA-PA, breve74


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientificocaracterização <strong><strong>do</strong>s</strong> veículos, fluxos <strong>de</strong> produtos, avaliação <strong>do</strong> layout interno, processo <strong>de</strong> armazenagem <strong>de</strong>produtos; análise <strong><strong>do</strong>s</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> levanta<strong><strong>do</strong>s</strong> em campo; e, apresentação <strong><strong>do</strong>s</strong> resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>.Palavras-Chave: Centrais <strong>de</strong> Abastecimento, armazenamento, avaliação.IntroduçãoAs Centrais <strong>de</strong> Abastecimento <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará (CEASA-PA), maior entreposto comercial <strong>de</strong>hortifrutigranjeiros no Esta<strong>do</strong> e ponto <strong>de</strong> recebimento e comercialização <strong><strong>do</strong>s</strong> produtos da regiãometropolitana <strong>de</strong> Belém, tem uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> suprimentos alimentada quase que em sua totalida<strong>de</strong> pelomodal ro<strong>do</strong>viário.O uso exclusivamente <strong>do</strong> modal ro<strong>do</strong>viário implica sobrecarga no tráfego nas ro<strong>do</strong>vias <strong>de</strong> acesso, geran<strong>do</strong>custos <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamentos, que são normalmente repassa<strong><strong>do</strong>s</strong> ao consumi<strong>do</strong>r final. Além disso, esse sistema<strong>de</strong> re<strong>de</strong> <strong>de</strong> abastecimento, impossibilita, muitas das vezes, agricultores familiares da região ribeirinha <strong>do</strong>esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará, <strong>de</strong> comercializarem seus produtos naquela Central, caracterizan<strong>do</strong>, <strong>de</strong>ssa forma, umprocesso <strong>de</strong> exclusão social. Tal fato ocorre por não haver infra-estrutura hidroviária a<strong>de</strong>quada pararecepção <strong>de</strong> produtos na CEASA-PAAs Centrais <strong>de</strong> Abastecimento, consi<strong>de</strong>radas como entrepostos ou plataformas <strong>de</strong> distribuição, funcionamcomo uma central <strong>de</strong> cargas, e po<strong>de</strong>m ser analisadas como um terminal <strong>de</strong> transporte, que gera e atraiviagens diariamente, principalmente, por caminhões. Nessas Centrais ocorrem, também, manuseio,movimentação e armazenagem <strong>de</strong> produtos hortifrutigranjeiros. Sen<strong>do</strong> assim, as referidas Centrais têmsuma importância <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> ser tratadas como um componente básico operacional <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong>transportes, o que requer constantes monitoramentos quanto aos fluxos <strong>de</strong> veículos que abastecem e osfluxos <strong>de</strong> veículos que distribuem os produtos hortifrutis. Tais monitoramentos po<strong>de</strong>m trazer melhoriasnão somente nas operações internas, como na <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> impactos <strong>de</strong>sses fluxos com os <strong>de</strong>mais sistemasurbanos.Caixeta-Filho (1998) afirma que as perdas no transporte estão intimamente ligadas a três fatores básicos:Modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> transporte utilizada;Carência <strong>de</strong> equipamentos especializa<strong>do</strong> <strong>de</strong> transporte;Utilização <strong>de</strong> embalagens inapropriadas;A combinação <strong>de</strong>sses fatores implica diferentes custos operacionais <strong>de</strong> transporte e, eventualmente,diferentes índices <strong>de</strong> perdas.Caixeta Filho (1998) pressupõe que para colocar mais alimento ao alcance das pessoas, não é apenasnecessário que aumente a produção, mas que esses alimentos tenham uma garantia <strong>de</strong> distribuição até oconsumi<strong>do</strong>r final.Portanto, face ao exposto, se faz necessário monitorar os processos logísticos <strong>de</strong> transporte earmazenagem <strong>de</strong> produtos hortifrutigranjeiros, a fim <strong>de</strong> que o processo <strong>de</strong> abastecimento alimentar dascida<strong>de</strong>s seja eficiente e eficaz, com custos reduzi<strong><strong>do</strong>s</strong> para a socieda<strong>de</strong> como um to<strong>do</strong>.ObjetivosO presente trabalho tem como objetivo fazer uma análise preliminar da logística <strong>de</strong> transporte earmazenagem <strong>de</strong> produtos hortifrutigranjeiros na CEASA-PA. Soman<strong>do</strong>-se a isso, o trabalho tem comoproposta citar os possíveis benefícios da inserção <strong>do</strong> modal hidroviário, na re<strong>de</strong> logística <strong>de</strong>abastecimento da CEASA-PA.Materiais e Méto<strong><strong>do</strong>s</strong>Para compor o referencial teórico <strong>de</strong>ste estu<strong>do</strong>, foi realizada uma revisão bibliográfica em artigoscientíficos, revistas especializadas, livros, jornais e internet, sobre a criação e as funções das centrais <strong>de</strong>abastecimento no Brasil, inclusive, sobre a CEASA-PA. Posteriormente, através <strong>do</strong> software GoogleEarth, a CEASA-PA foi localizada geograficamente, sen<strong>do</strong> possível a visualização da interface ro<strong>do</strong>viáriae hidroviária. As pesquisas <strong>de</strong> campo foram realizadas para obtenção <strong>de</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> físicos e operacionais, taiscomo: produtos transporta<strong><strong>do</strong>s</strong>, rotas, breve caracterização <strong><strong>do</strong>s</strong> veículos, avaliação <strong>do</strong> layout interno,circulação e estacionamento <strong>de</strong> caminhões e processos <strong>de</strong> armazenagem. Para auxiliar nas investigações,foram feitos diversos registros fotográficos através <strong>de</strong> câmeras digitais.Resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>Analisan<strong>do</strong>-se a localização geográfica da CEASA-PA, observa-se que a mesma está distante 5 Km <strong><strong>do</strong>s</strong>principais corre<strong>do</strong>res <strong>de</strong> tráfego, que dão acesso às zonas produtoras, no caso o corre<strong>do</strong>r Av. AlmiranteBarroso/BR-316 e Av.Pedro Alvares Cabral/BR-316. Como as avenidas Almirante Barroso e PedroAlvares Cabral se encontram em perímetro urbano, com tráfego intenso, a acessibilida<strong>de</strong> à CEASA-PA écomprometida. Essa característica ressalta a <strong>de</strong>svantagem que essa CEASA tem em relação às <strong>de</strong>mais75


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientificocentrais <strong>do</strong> país, pois esses terminais <strong>de</strong> cargas estão situa<strong><strong>do</strong>s</strong> em sua totalida<strong>de</strong> nas adjacências dasgran<strong>de</strong>s ro<strong>do</strong>vias, facilitan<strong>do</strong> o acesso <strong>de</strong> veículos, principalmente, <strong>de</strong> caminhões carrega<strong><strong>do</strong>s</strong>.A CEASA/PA recebeu 346.571.787,11 toneladas <strong>de</strong> produtos somente no ano <strong>de</strong> 2008 <strong><strong>do</strong>s</strong> quais menos<strong>de</strong> 0,1% foram transporta<strong><strong>do</strong>s</strong> por hidrovia. O que acarreta uma sobrecarga na precária malha ro<strong>do</strong>viáriaestadual contribuin<strong>do</strong> para o <strong>de</strong>sgaste prematuro <strong><strong>do</strong>s</strong> pavimentos, além <strong>de</strong> gerar impactos ambientais aolongo das ro<strong>do</strong>vias e contribuir para o aumento <strong>do</strong> custo operacional que normalmente é repassa<strong>do</strong> paraos consumi<strong>do</strong>res.O transporte <strong>de</strong> produtos para comercialização na CEASA/PA é feito essencialmente pelo modalro<strong>do</strong>viário, se não bastasse às gran<strong>de</strong>s distâncias a serem vencidas em um esta<strong>do</strong> com dimensõescontinentais, é importante ressaltar o esta<strong>do</strong> precário <strong>do</strong> sistema viário paraense além das más condições<strong>de</strong> transportes as quais são submeti<strong><strong>do</strong>s</strong> os produtos até chegarem ao ponto <strong>de</strong> comercialização na CEASA.Além disso, a carência <strong>de</strong> estu<strong><strong>do</strong>s</strong> na área <strong>de</strong> logística <strong>de</strong> suprimentos no esta<strong>do</strong> contribui para asubutilização <strong>do</strong> modal hidroviário na distribuição <strong>de</strong> alimentos, nesta região que apresenta um gran<strong>de</strong>potencial navegável. É importante ressaltar os benefícios que investimentos para incrementar o uso <strong>do</strong>modal hidroviário na re<strong>de</strong> <strong>de</strong> abastecimento alimentar po<strong>de</strong>rá trazer para o esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará, que po<strong>de</strong>m ser‣ Econômico-Otimização da re<strong>de</strong> <strong>de</strong> suprimentos da CEASA-PA, através da redução <strong>do</strong> fluxo nas ro<strong>do</strong>vias;-Reduzir o <strong>de</strong>sgaste prematuro nos pavimentos ro<strong>do</strong>viários;-Redução <strong>de</strong> custos logísticos <strong>de</strong> transporte no agronegócio, através <strong>de</strong> sistemas integra<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong>transportes ro<strong>do</strong>-fluviais;‣ Ambiental-Minimizar os impactos ambientais (emissão <strong>de</strong> poluentes, utilização <strong>de</strong> recursos naturais, qualida<strong>de</strong><strong>de</strong> vida etc.);‣ Social-Viabilizar o acesso das comunida<strong>de</strong>s ribeirinhas para comercialização <strong>de</strong> seus produtos na CEASA-PA.-Melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida das comunida<strong>de</strong>s ribeirinhas, <strong>de</strong>senvolven<strong>do</strong> a agricultura familiar.Na fase <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> informações em campo foi evi<strong>de</strong>nte o acumulo <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong>teriora<strong><strong>do</strong>s</strong> durante otransporte e no processo <strong>de</strong> carga e <strong>de</strong>scarga. Os veículos que realizam esse transporte são classifica<strong><strong>do</strong>s</strong>,segun<strong>do</strong> a própria CEASA-PA, em cinco tipos: leves, médios, ônibus, pesa<strong><strong>do</strong>s</strong> e superpesa<strong><strong>do</strong>s</strong>. Porém aCEASA-PA não possui nenhum programa que vise minimizar o <strong>de</strong>sperdício <strong>de</strong>sses produtos, essa Central<strong>de</strong> Abastecimento se transformou em local <strong>de</strong> trabalho para <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> carapirás que tiram seu sustento<strong>do</strong> lixo produzi<strong>do</strong> por essa ca<strong>de</strong>ia logística.A qualida<strong>de</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong> produtos não melhora <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a saída <strong>do</strong> campo até o momento da comercialização, poréma maneira como são transporta<strong><strong>do</strong>s</strong> po<strong>de</strong> ajudar a manter a qualida<strong>de</strong>, preservan<strong>do</strong> o aspecto e evitan<strong>do</strong>danos e <strong>de</strong>sperdícios que possam diminuir a margem <strong>de</strong> lucro e gerar aumento nos custos a seremrepassa<strong><strong>do</strong>s</strong> ao consumi<strong>do</strong>r final. O transporte e a embalgem são fatores <strong>de</strong>terminantes para a qualida<strong>de</strong><strong><strong>do</strong>s</strong> produtos. Segun<strong>do</strong> Caixeta-Filho (1998) mais que um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> transporte eficiente, contribui,também, para a preservação das características <strong><strong>do</strong>s</strong> produtos, fatores como tipo <strong>de</strong> veículo, carroçaria,embalagem, distância a ser vencida, quantida<strong>de</strong> transportada, esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> conservação das vias, entreoutros.O transporte <strong>de</strong> produtos agrícolas para a CEASA-PA acontece quase que a revelia, pois a central seocupa apenas em organizar a entrada e saída <strong><strong>do</strong>s</strong> veículos, horários <strong>de</strong> venda, acesso <strong>de</strong> consumi<strong>do</strong>res,entre outros aspectos meramente administrativos, não possuin<strong>do</strong> critérios técnicos com relação ao mo<strong>do</strong>como os mesmos estão chegan<strong>do</strong> para serem comercializa<strong><strong>do</strong>s</strong>, a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sperdiçada, mo<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong>operação para carga e <strong>de</strong>scarga etc.Os produtos chegam àquela Central, na maioria das vezes, transporta<strong><strong>do</strong>s</strong> em veículos impróprios. Écomum que diferentes tipos <strong>de</strong> veículos transportem o mesmo tipo <strong>de</strong> produto, não haven<strong>do</strong> preocupaçãoalguma com relação ao tipo <strong>de</strong> carroçaria, embalagens, tempo <strong>de</strong> viagem. O permissionário ou o <strong>do</strong>no dacarga é que se incumbe da escolha <strong>do</strong> veículo <strong>de</strong> transporte e na maioria das vezes se utiliza <strong>do</strong> fatorpreço para fechar o frete.ConclusõesA re<strong>de</strong> logística <strong>de</strong> abastecimento da CEASA-PA po<strong>de</strong> sofrer alterações e proporcionar benefícioseconômicos, sociais e ambientais para o esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará, através <strong>de</strong> estu<strong><strong>do</strong>s</strong> e investimentos para a infraestruturarelativa ao modal hidroviário. Tal fato possibilitará o uso <strong>de</strong> sistemas fluviais, <strong>de</strong> sistemasintegra<strong><strong>do</strong>s</strong> ro<strong>do</strong>-fluviais, e, consequentemente, po<strong>de</strong>rá gerar novos merca<strong><strong>do</strong>s</strong> com a inclusão <strong>de</strong>produtores ribeirinhos, que hoje sentem dificulda<strong>de</strong>, ou, são impossibilita<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> escorem seus produtos.76


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoAlém disso, tirar proveito da localização da CEASA-PA, às margens <strong>do</strong> Rio Guamá, po<strong>de</strong>rá trazervantagens ao sistema <strong>de</strong> tráfego da Região Metropolitana <strong>de</strong> Belém.É <strong>de</strong> fundamental importância que os produtos transporta<strong><strong>do</strong>s</strong> cheguem ao <strong>de</strong>stino final em boas condições<strong>de</strong> comercialização, porém uma boa parte <strong><strong>do</strong>s</strong> produtos são perdi<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à ina<strong>de</strong>quada forma <strong>de</strong>manuseio e ao seu processo <strong>de</strong> armazenagem. Há necessida<strong>de</strong> urgente <strong>de</strong> reorganizar e fiscalizar osespaços internos da CEASA-PA.ReferênciasCAIXETA FILHO J.V - Transporte <strong>de</strong> Produtos Agrícolas: Sobre a questão das perdas Revista <strong>de</strong>Economia e Sociologia Rural vol.34 e nº3 e 4.CEASA | PA (2009) Centrais <strong>de</strong> Abastecimento <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará. Da<strong><strong>do</strong>s</strong> disponibiliza<strong><strong>do</strong>s</strong> pelaEmpresa.CEASA-PA (2007). Guia <strong>de</strong> orientação técnica das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas nos setores <strong>de</strong> portaria emerca<strong>do</strong> da CEASA. Belém: DITEC/CEASA-PA.DITEC/CEASA-PA (2005). A CEASA. Publicação interna. Belém: DITEC/CEASA-PA.DITEC/CEASA-PA (2008). A CEASA. Disponívelem:. Acesso em: 29 set 2009.FÀVERO, Luis Andrea (2005) . Novas formas <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> abastecimento nosmerca<strong><strong>do</strong>s</strong> atacadistas <strong>de</strong> frutas e hortaliças da América Latina. XLIII Congresso Brasileiro <strong>de</strong> Economiae Sociologia Rural. Anais. Ribeirão Preto, SP.ESTUDO TEÓRICO E ANALÍTICO EM ACÚSTICA DE SALAS. CASO DO TEATRO MARIASYLVIA NUNES.Thalita Maria Pontes MOUTINHO¹¹ Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará, thalitamouti@yahoo.com.brCom o passar <strong><strong>do</strong>s</strong> anos e com o aumento da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional, o ruí<strong>do</strong> cresceu <strong>de</strong> tal forma queatingiu o reconhecimento como um <strong><strong>do</strong>s</strong> maiores problemas da poluição ambiental, fazen<strong>do</strong> com que apoluição sonora seja uma das formas <strong>de</strong> poluição que mais tem preocupa<strong>do</strong> engenheiros, urbanistas,arquitetos e <strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong>mais profissionais responsáveis por construções <strong>de</strong> ambientes quanto ao confortoacústico <strong>de</strong> seus projetos. Para estes profissionais um <strong><strong>do</strong>s</strong> maiores <strong>de</strong>safios em uma construção éjustamente o projeto acústico <strong>de</strong>ste ambiente. Isto ocorre <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao estu<strong>do</strong> acústico <strong>de</strong> uma edificação nãoser habitual em razão da complexida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>mora <strong><strong>do</strong>s</strong> méto<strong><strong>do</strong>s</strong> mais utiliza<strong><strong>do</strong>s</strong>. Em ambientes fecha<strong><strong>do</strong>s</strong> ocampo acústico é influencia<strong>do</strong> por fatores como geometria e dimensões <strong>do</strong> ambiente, absorção sonora dassuperfícies, absorção e difusão <strong>do</strong> som pelos objetos presentes nesta sala, potencia e diretivida<strong>de</strong> dasfontes sonoras, <strong>de</strong>ntre outros. Forçam o engenheiro a fazer um estu<strong>do</strong> prévio das condições e exigências aque esta sala será submetida, haja vista que um simples erro na colocação <strong>de</strong> uma fonte po<strong>de</strong> provocarcerto <strong>de</strong>sconforto e distração <strong><strong>do</strong>s</strong> ouvintes. Diante disso, este trabalho explora o tratamento acústico <strong>de</strong>salas bem como apontas as tecnologias usadas para o melhoramento acústico, usan<strong>do</strong> como exemplo oTeatro Maria Sylvia NunesPalavras-chave: Campo acústico <strong>de</strong> ambientes fecha<strong><strong>do</strong>s</strong>, projeto acústico, teatro Maria Sylvia Nunes.IntroduçãoCom o passar <strong><strong>do</strong>s</strong> anos e com o aumento da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional, o ruí<strong>do</strong> cresceu <strong>de</strong> tal forma queatingiu o reconhecimento como um <strong><strong>do</strong>s</strong> maiores problemas da poluição ambiental, fazen<strong>do</strong> com que apoluição sonora seja uma das formas <strong>de</strong> poluição que mais tem preocupa<strong>do</strong> engenheiros, urbanistas,arquitetos e <strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong>mais profissionais responsáveis por construções <strong>de</strong> ambientes quanto ao confortoacústico <strong>de</strong> seus projetos. Para estes profissionais um <strong><strong>do</strong>s</strong> maiores <strong>de</strong>safios em uma construção éjustamente o projeto acústico <strong>de</strong>ste ambiente. Isto ocorre <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao estu<strong>do</strong> acústico <strong>de</strong> uma edificação nãoser habitual em razão da complexida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>mora <strong><strong>do</strong>s</strong> méto<strong><strong>do</strong>s</strong> mais utiliza<strong><strong>do</strong>s</strong>Em um ambiente fecha<strong>do</strong>, como uma sala <strong>de</strong> conferencias, a propagação das ondas sonoras a partir dasfontes sofre interferência das superfícies que <strong>de</strong>limitam esses ambientes. O campo acústico em seusinteriores é uma combinação <strong>do</strong> som que provém diretamente da fonte com o som refleti<strong>do</strong> pelasdivisórias.É comum em ambientes amplos como igrejas e teatros, ao assistir a uma evento, sentirmos certo<strong>de</strong>sconforto auditivo e falta <strong>de</strong> inteligibilida<strong>de</strong>. Isso <strong>de</strong>corre <strong>de</strong> vários fatores negligencia<strong><strong>do</strong>s</strong> pelos seus77


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientificoprojetista. Estes ruí<strong><strong>do</strong>s</strong> incômo<strong><strong>do</strong>s</strong>, com o passar <strong>do</strong> tempo po<strong>de</strong>m provocar problemas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>do</strong>res <strong>de</strong>cabeça e náuseas.Ten<strong>do</strong> em vista a sua estrutura e importância regional, o teatro Maria Sylvia Nunes, localiza<strong>do</strong> na Estaçãodas Docas – é uma das mais mo<strong>de</strong>rnas e sofisticadas sala <strong>de</strong> es<strong>pet</strong>áculos da região norte -, foi o foco <strong>de</strong>steestu<strong>do</strong> <strong>de</strong> caso, na qual se avalia o tratamento acústico bem como aponta às tecnologias utilizadas para omelhoramento acústico <strong>de</strong> salas, a fim <strong>de</strong> mostrar para a comunida<strong>de</strong> cientifica a importância <strong>de</strong> sereservar parte <strong>do</strong> orçamento <strong>de</strong> uma obra, principalmente se for um estúdio, sala <strong>de</strong> conferencia ou casa<strong>de</strong> es<strong>pet</strong>áculo, para o estu<strong>do</strong> acústico da sala.ObjetivosEste estu<strong>do</strong> tem como objetivos introduzir conceitos básicos sobre som e acstica <strong>de</strong> salas, bem comomostrar a importância <strong>de</strong> um tratamento acústico <strong>de</strong> uma sala na compreensão e inteligibilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> som láouvi<strong>do</strong>.Materiais e Méto<strong><strong>do</strong>s</strong>O teatro Maria Sylvia Nunes foi o objeto <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> <strong>de</strong>ste trabalho bem como seus equipamentos,estruturas e objetos lá dispostos, ten<strong>do</strong> em vista que to<strong><strong>do</strong>s</strong> os componentes influenciam no campo acústico<strong>de</strong> um ambiente fecha<strong>do</strong>.Resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>A primeira preocupação que existe em qualquer projeto acústico <strong>de</strong> uma sala é a sua relação com oexterior, <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista <strong>do</strong> isolamento. Necessário que se evite que o ruí<strong>do</strong> exterior entre no teatro, afim <strong>de</strong> que o ruí<strong>do</strong> externo não afete a compreensão auditiva; bem como o ruí<strong>do</strong> produzi<strong>do</strong> <strong>de</strong>ntro da salapasse para o exterior. Para isto a platéia e o galpão <strong>de</strong> espera estão dividi<strong><strong>do</strong>s</strong> por um Hall, on<strong>de</strong> possui<strong>do</strong>is acessos para a platéia nas laterais, assim forma-se uma espécie <strong>de</strong> obstáculo capaz <strong>de</strong> fazer com quea maior parte <strong>do</strong> som seja refletida <strong>de</strong> volta para a platéia e uma pequena parte se difrate para o Hall.A perda <strong>de</strong> transmissão, relacionada ao isolamento acústico, o qual se refere à capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> certosmateriais formarem uma barreira, impedin<strong>do</strong> que a onda sonora passe <strong>de</strong> um recinto para o outro, se fazpresente na porta principal. Feita <strong>de</strong> um material <strong>de</strong> alta <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> superficial, esta porta atenuasignificativamente a transmissão <strong>de</strong> energia sonora <strong>do</strong> ambiente externo para o teatro e vice-versa. Aore<strong>do</strong>r <strong>de</strong>sta porta foi coloca<strong>do</strong> um material vedante para garantir que o som não se propague pelas frestasda porta.A segunda preocupação, e talvez a mais importante, é conseguir controlar as reflexões existentes <strong>de</strong>ntroda sala, quer <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista da quantida<strong>de</strong>, quer <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista da qualida<strong>de</strong>.Depen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> da utilização, a sala <strong>de</strong>verá ter um tempo <strong>de</strong> reverberação <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um intervalo – reflexõesa mais prejudicam a percepção e a inteligibilida<strong>de</strong>, e reflexões a menos torna a audição <strong>de</strong>sagradável.Como a maior parte <strong><strong>do</strong>s</strong> materiais utiliza<strong><strong>do</strong>s</strong> nas salas não são absorventes <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista acústico, apreocupação acaba por ser a remoção das reflexões. Um piso especial forma<strong>do</strong> por um material fibrosofoi coloca<strong>do</strong> em toda a extensão <strong>do</strong> teatro. A utilização <strong>de</strong> um material fibroso justifica-se pelo fato <strong>de</strong> aoentrar no painel, a onda sonora sofre sucessivas reflexões na fibra, per<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a sua energia até dissipar-se.Os assentos apesar <strong>de</strong> serem <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, material muito refletor, ela é revestida <strong>de</strong> uma almofada a qualpossui um coeficiente <strong>de</strong> absorção sonora similar ao <strong>do</strong> corpo humano, a fim <strong>de</strong> que o tempo <strong>de</strong>reverberação não diferir muito em uma sessão lotada ou <strong>de</strong> uma sessão vazia.Além <strong>de</strong> controlarmos a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reflexões <strong>de</strong> uma sala, é necessário controlar a forma como estasocorrem para que não haja sítios com maior concentração <strong>de</strong> reflexões <strong>do</strong> que outros, significan<strong>do</strong> que éconveniente que as reflexões sejam espalhadas por toda a sala, papel <strong>de</strong>sempenha<strong>do</strong> pelos difusores. Aoespalhar melhor o som pela sala, evita-se que existam pontos on<strong>de</strong> o som esteja concentra<strong>do</strong>, ou aindapior, on<strong>de</strong> <strong>de</strong>terminadas freqüências estejam concentradas.No caso <strong>do</strong> teatro Maria Sylvia Nunes, a melhor forma encontrada para distribuir o som ao longo da salanão foi através <strong>de</strong> difusores, mas através <strong>de</strong> refletores. Placas <strong>de</strong> vidros, material não absorvente comcomportamento refletor, foram posicionadas no teto <strong>de</strong> tal forma que o som é guia<strong>do</strong> até as poltronas maisafastadas da fonte direta.A forma tradicional <strong>de</strong> colocar as colunas sonoras é posicioná-las nas laterais <strong>do</strong> palco, entretanto nessasolução existe uma gran<strong>de</strong> diferença na distancia entre as colunas e os ouvintes. Verificamos que adistancia entre as colunas e o ouvinte que esteja posiciona<strong>do</strong> na primeira fileira é muito menor que adistancia em relação ao ouvinte posiciona<strong>do</strong> nas ultimas fileiras. Como maior distancia correspon<strong>de</strong> àmenor nível sonoro, haverá uma gran<strong>de</strong> diferença entre o nível sonoro junto ao primeiro ouvinte e aosegun<strong>do</strong>. Na solução vertical essa diferença é menor, e inclusivamente é conseguida uma melhordistribuição <strong>do</strong> som ao longo da audiência.78


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoComo as colunas estão mais afastadas <strong>do</strong> publico, po<strong>de</strong>m ser usadas colunas mais direcionais, o quepermite aumentar a distancia crítica, melhoran<strong>do</strong> a audição aos ouvintes mais afasta<strong><strong>do</strong>s</strong>; a outra vantagemé que a solução vertical permite que o som direto chegue primeiro aos especta<strong>do</strong>res e só <strong>de</strong>pois o som <strong>do</strong>reforço sonoro.O teatro Maria Sylvia Nunes por ser relativamente baixo, não foi possível implementar a solução vertical,uma vez que não há espaço suficiente em altura para a colocação das colunas. A solução a<strong>do</strong>tada foi atradicional em conjunto com a horizontal. No entanto não basta colocar colunas espalhadas pela sala, énecessário atentar para alguns problemas.A maior parte <strong><strong>do</strong>s</strong> ouvintes estará mais próximo <strong>de</strong> uma coluna <strong>do</strong> que da fonte sonora original – ora<strong>do</strong>r,vocalista -, o que significa que ele ouvirá primeiramente o som vin<strong>do</strong> da coluna e o som (fraco) vin<strong>do</strong> dafonte sonora original. Esta situação po<strong>de</strong> apresentar <strong>do</strong>is gran<strong>de</strong>s problemas: se existir um intervalosuperior a 50 milissegun<strong><strong>do</strong>s</strong> entre o som da coluna e o som <strong>do</strong> ora<strong>do</strong>r, o cérebro humano irá <strong>de</strong>tectar <strong>do</strong>issons distintos, o que terá fortes conseqüências <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista da percepção. Para existir tal intervalo,basta que a fonte sonora original esteja numa proporção <strong>de</strong> distancia <strong>de</strong> 17:1 metros <strong>do</strong> ouvinte emrelação a distancia da coluna ao mesmo; por outro la<strong>do</strong>, po<strong>de</strong> existir uma gran<strong>de</strong> diferença entre ainformação visual e a informação auditiva. Os olhos indicam ao cérebro que o ora<strong>do</strong>r está à frente,enquanto que os ouvi<strong><strong>do</strong>s</strong> indicam ao cérebro que o ora<strong>do</strong>r está ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> ouvinte. Embora não nos <strong>de</strong>mosconta, isso obriga a uma maior concentração <strong>do</strong> ouvinte e obviamente a um maior cansaço. Quer numasituação, quer noutra, faz com que as pessoas fiquem <strong>de</strong>sconcentradas. Na realida<strong>de</strong> ocorre por garantirque o ouvinte ouça primeiramente o som direto (embora fraco), e logo a seguir o som da coluna.Se o cérebro receber <strong>do</strong>is sons num intervalo inferior a 50 milissegun<strong><strong>do</strong>s</strong> consi<strong>de</strong>ra-os como único. O queainda não foi menciona<strong>do</strong> é que normalmente a informação extraída diz respeito à informação inicial.Assim o cérebro vai consi<strong>de</strong>rar o som com a intensida<strong>de</strong> <strong>do</strong> som da coluna, mas com a direção <strong>do</strong> somoriginal. Para configurar estes sistemas, basta <strong>de</strong>finir o <strong>de</strong>lay que <strong>de</strong>verá ocorrer, <strong>de</strong> forma a que o som dacoluna chegue entre 1 e 10 milissegun<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong>pois <strong>do</strong> som direto.ConclusãoEmbora a acústica seja uma ciência relativamente nova em termos <strong>de</strong> estu<strong><strong>do</strong>s</strong> em engenharia, suaimportância vem crescen<strong>do</strong> significativamente. A preocupação com os problemas causa<strong><strong>do</strong>s</strong> pelo ruí<strong>do</strong>advém, geralmente, <strong>de</strong> países <strong>de</strong>senvolvi<strong><strong>do</strong>s</strong> ou em <strong>de</strong>senvolvimento, visto que uma economia crescenteleva ao aumento da mobilida<strong>de</strong> e conseqüentemente ao aumento <strong>do</strong> trafego, <strong>de</strong> construções, <strong>de</strong> obras emgeral e <strong>do</strong> ruí<strong>do</strong> por eles gera<strong>do</strong>. Entretanto, a acústica <strong>de</strong> salas ainda é muito subvalorizada. Continua adar-se mais importância à arquitetura da sala <strong>de</strong> es<strong>pet</strong>áculos ou ao equipamento lá emprega<strong>do</strong>, sem dar-seconta que não sen<strong>do</strong> feito um <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> estu<strong>do</strong> os aparelhos po<strong>de</strong>m piorar a acústica. Da mesma forma quenão faz senti<strong>do</strong> um motor <strong>de</strong> formula 1 em uma bicicleta, também não faz senti<strong>do</strong> ter boas colunas <strong>de</strong>estúdio numa sala sem tratamento acústico. Atentan<strong>do</strong> a isso é sempre importante reservar uma parcela <strong>do</strong>orçamento das construções para o melhoramento acustico <strong>do</strong> ambiente, para a melhor satisfação auditivadas pessoas que estão <strong>de</strong>ntro e fora <strong>de</strong>le.ReferênciasBISTAFA, S. R., Acústica Aplicada ao Controle <strong>de</strong> Ruí<strong>do</strong>, 2006FONSECA, N., Introdução à engenharia <strong>do</strong> som, Editora FCAGERGES, S. N. Y., Ruí<strong>do</strong> – fundamentos e controle, NR Editora, Florianópolis, 2000SALIBA, T. M., Manual prático <strong>de</strong> avaliação e controle <strong>de</strong> ruí<strong>do</strong> – PPRA, LTr Editora, 2008TOUTONGE, J. A., Projeto <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> câmaras reverberantes em escala reduzida para o estu<strong>do</strong> dascaracterísticas <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong> divisórias confeccionada a partir <strong>de</strong> materiais regionais, Belém,2006http://www.bksv.com/CIÊNCIAS DA SAÚDEENFERMAGEM UMA PROFISSÃO FEMININA?¹Osmar <strong>de</strong> Souza Reis Junior, ²Marília <strong>de</strong> Fátima Vieira <strong>de</strong> Oliveira, ³Luenice Martins Reis, 4 LeomarMartins Reis e 5 Francielle da Silva Quaresma.1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – o<strong>de</strong>souzareis@yahoo.com.br2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – mariliafvo@ufpa.br79


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientifico3 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – luka_reis@yahoo.com.br4 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – lekinha_reis@yahoo.com.br5 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – frran_ci@yahoo.com.brO seguinte trabalho se propõe a discutir as relações <strong>de</strong> gênero na enfermagem. Para verificar como se dáas relações <strong>de</strong> gênero foram entrevista<strong><strong>do</strong>s</strong> os enfermeiros <strong>do</strong>centes da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral e Estadual <strong>do</strong>Pará, a cerca da concepção <strong><strong>do</strong>s</strong> mesmos sobre gênero na enfermagem. Em relação ao gênero acredita-seque a enfermagem ainda está associada ao feminino. Pensamento que foi constata<strong>do</strong> a partir <strong><strong>do</strong>s</strong> discursos<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>do</strong>centes. Ao tentar explicar o porquê da associação a maioria recorre a história da enfermagem, navisão <strong>do</strong> cuidar como prática feminina e nas <strong>de</strong>mais relações <strong>de</strong> gênero culturalmente circunscritas emnossa socieda<strong>de</strong>.Palavras-Chave: Enfermagem, Discurso, Gênero.IntroduçãoA enfermagem no seu processo histórico traz consigo um processo on<strong>de</strong> o cuida<strong>do</strong> está relaciona<strong>do</strong> aofeminino e que <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com Faria (2006) o <strong>de</strong>bate sobre a formação <strong>do</strong> campo da enfermagem, comoprofissão ―feminina‖, remete diretamente aos pressupostos tradicionais sobre o gênero. Essa constataçãoparece evi<strong>de</strong>nte, pois a figura <strong>de</strong> Florence Nightingale é o marco das bases <strong>científica</strong>s para a enfermagemenquanto profissão on<strong>de</strong> sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> até hoje é reconhecida como a ―dama‖ da lâmpada.Observa-se que enfermeiros (as) que trabalham em instituições <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong>sconhecem esta temática, poisa convivência que tive nas ativida<strong>de</strong>s acadêmicas <strong>do</strong> curso <strong>de</strong> enfermagem on<strong>de</strong> conclui minhagraduação, pouco ou quase nada se fala sobre gênero.Reitero, portanto a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> diálogos permanentes sobre gênero no contexto acadêmico <strong>de</strong> umcurso que tem como senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> sua profissão o cuida<strong>do</strong> humano. Essa é uma abordagem que não <strong>de</strong>veocorrer apenas como um componente da ativida<strong>de</strong> curricular obrigatória separadamente, pela suaimportância <strong>de</strong>ve ser estendi<strong>do</strong> no âmbito institucional, no conjunto das ativida<strong>de</strong>s curriculares.Preten<strong>de</strong>-se respon<strong>de</strong>r tais questionamentos: Qual a concepção <strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>do</strong>centes <strong><strong>do</strong>s</strong> cursos <strong>de</strong> enfermagemdas UFPa e UEPa sobre gênero? A enfermagem ainda é associada ao feminino? Por que?ObjetivoFomentar a inserção/discussão das temáticas <strong>de</strong> gênero no conjunto das ativida<strong>de</strong>s curriculares <strong><strong>do</strong>s</strong> cursos<strong>de</strong> graduação em enfermagem das universida<strong>de</strong>s públicas pesquisadas.Conhecer a formar com as questões gênero encontra-se inserida no discurso <strong><strong>do</strong>s</strong> sujeitos sociais <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>e <strong>de</strong> que se compreen<strong>de</strong> o processo <strong>de</strong> feminização da enfermagem.Meto<strong>do</strong>logiaTen<strong>do</strong> em vista os objetivos <strong>de</strong>sta pesquisa, fez-se a escolha em realizar um estu<strong>do</strong> exploratório numaabordagem qualitativa. Para Minayo (2008) a abordagem qualitativa em saú<strong>de</strong> trabalha com o universo <strong>de</strong>significa<strong><strong>do</strong>s</strong>, crenças, valores e atitu<strong>de</strong>s, o que correspon<strong>de</strong> a um espaço mais profun<strong>do</strong> das relações, <strong><strong>do</strong>s</strong>processos e <strong><strong>do</strong>s</strong> fenômenos que não po<strong>de</strong>m ser reduzi<strong><strong>do</strong>s</strong> à operacionalização <strong>de</strong> variável.Neste trabalho, utilizei como estratégias para a produção das informações a entrevista narrativa, com umroteiro semi-estrutura<strong>do</strong>, que problematizou os discursos relaciona<strong><strong>do</strong>s</strong> a feminização da enfermagem.Desta forma, as entrevistas foram gravadas e tiveram sua duração mínima <strong>de</strong> 5 minutos. Depois foramtranscritas <strong>de</strong> forma integral, para então ser feita a seleção <strong><strong>do</strong>s</strong> focos <strong>de</strong> análise. Após a leitura horizontale exaustiva da transcrição selecionei alguns trechos que enten<strong>do</strong> como serem significativos para adiscussão. O perfil <strong><strong>do</strong>s</strong> entrevista<strong><strong>do</strong>s</strong> foi colhi<strong>do</strong> através <strong>de</strong> um questionários estrutura<strong><strong>do</strong>s</strong>.Dos 10 entrevista<strong><strong>do</strong>s</strong> 8 eram <strong>do</strong> sexo feminino e 2 <strong>do</strong> sexo masculino; a faixa etária ficou entre 30 a 53anos; 4 <strong><strong>do</strong>s</strong> entrevista<strong><strong>do</strong>s</strong> se <strong>de</strong>claram par<strong><strong>do</strong>s</strong>, 3 brancos e 3 negros; 6 foram cria<strong><strong>do</strong>s</strong> no catolicismo, 2 emreligiões evangélicas, 1 no espiritismo e 1 no catolicismo e umbanda; 5 <strong><strong>do</strong>s</strong> entrevista<strong><strong>do</strong>s</strong> possuem ouestão fazen<strong>do</strong> mestra<strong>do</strong>, 4 <strong>do</strong>utora<strong>do</strong> e 1 especialização; 5 são professores da UFPA e 5 da UEPA; emrelação a categoria anos <strong>de</strong> formação a faixa ficou <strong>de</strong> 09 a 30 anos <strong>de</strong> forma<strong>do</strong> e ao tempo <strong>de</strong> <strong>do</strong>cênciaficou entre 04 a 21 anos. As i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s <strong><strong>do</strong>s</strong> informantes estarão protegidas por pseudônimo orquí<strong>de</strong>aazul, branca, rosa, lilás, marrom, negra, amarela, ver<strong>de</strong>, laranja e vermelha.Assim, utilizei a interpretação da análise <strong>do</strong> discurso on<strong>de</strong> a:organização e a estruturação das palavras <strong>de</strong>finem os discursos e possibilitam a compreensão <strong><strong>do</strong>s</strong>fenômenos e <strong><strong>do</strong>s</strong> conceitos. A palavra expõe as contradições e os conflitos existentes em uma dadarealida<strong>de</strong>, pois é construída a partir <strong>do</strong> emaranha<strong>do</strong> <strong>de</strong> fios i<strong>de</strong>ológicos que expressa o repertório <strong>de</strong> umaépoca e <strong>de</strong> um grupo social; portanto a compreensão <strong>do</strong> discurso exige a compreensão das relaçõessociais que ele expressa. (MINAYO, 2008, p. 321).80


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoResulta<strong><strong>do</strong>s</strong>Na subcategoria Essência Feminina busca-se atrelar características que seriam naturais da mulher aenfermagem, ou seja, a enfermagem <strong>de</strong>ve ser exercida por sujeitos sensíveis, cari<strong><strong>do</strong>s</strong>os e pie<strong><strong>do</strong>s</strong>os, seaproximan<strong>do</strong> também <strong>do</strong> discurso da inserção religiosa na enfermagem.[...] por causa da i<strong>de</strong>ntificação das mulheres nesse cuidar tu<strong>do</strong>, então eu acredito que ainda tem muitohaver por ela ter toda aquela historia anterior <strong>do</strong> passa<strong>do</strong> <strong>de</strong> só as mulheres, freiras e irmãs aquelacoisa toda ne cuidan<strong>do</strong>, (Orquí<strong>de</strong>a vermelha).O entendimento gera<strong>do</strong> através <strong>de</strong>ssa subcategoria é que a enfermagem aos poucos vem se<strong>de</strong>svencilhan<strong>do</strong> da pre<strong>do</strong>minância feminina, que para a maioria <strong><strong>do</strong>s</strong> entrevista<strong><strong>do</strong>s</strong> é o fator principal hojepara a feminização. Presente nas falas da subcategoria pre<strong>do</strong>minância feminina.E eu creio que as algumas pessoas fazem essa associação e porque o numero <strong>de</strong> mulheres ainda e bemmais representativo que o homem na profissão, mas a tendência e que haja uma mudança [...] (Orquí<strong>de</strong>aBranca).A análise que se faz <strong>de</strong> todas as falas é que ainda se tem o mito da enfermagem ser uma profissãofeminina, o que ocorre <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a sua origem e evolução histórica, além das relações <strong>de</strong> gênero que irãoinfluenciar a divisão sexual <strong>do</strong> trabalho, bem como irar criar uma essência feminina, e atribuí-la aenfermagem.Consi<strong>de</strong>rações FinaisEm relação ao processo <strong>de</strong> feminização da enfermagem, os <strong>do</strong>centes enten<strong>de</strong>m que este processo estárelaciona<strong>do</strong> ao processo da gênese e histórico da profissão. Bem como atrela<strong>do</strong> às relações <strong>de</strong> gênerosociamente construída em nossa socieda<strong>de</strong>.Portanto os da<strong><strong>do</strong>s</strong> indicam ser necessária à inserção <strong>de</strong>ssas temáticas <strong>de</strong>ntro da formação acadêmica <strong><strong>do</strong>s</strong>profissionais <strong>de</strong> enfermagem para a construção <strong>de</strong> um cuida<strong>do</strong> que colabore para a construção <strong>de</strong> umasocieda<strong>de</strong> que respeite os Direitos Humanos, com base nos princípios éticos, igualitários e equânimes.ReferênciasFARIA, Lina. Educa<strong>do</strong>ras sanitárias e enfermeiras <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública: i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s profissionais emconstrução. Ca<strong>de</strong>rnos pagu (27), julho-<strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2006: pp.173 212.MINAYO, M.C.S. O <strong>de</strong>safio <strong>do</strong> conhecimento: pesquisa qualitativa em saú<strong>de</strong>. 11.ed. São Paulo:Hucitec, 2008.CIÊNCIAS AGRÁRIASA SAZONALIDADE DE PREÇOS DE ATACADO DO AÇAÍ NO ESTADO DO PARÁ, 2000 A20081 Gerlane <strong>de</strong> Freitas Melo, ²Antônio Cor<strong>de</strong>iro <strong>de</strong> Santana1 Professor Dr. da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia – gmeloagronoma@yahoo.com.br2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia – acsantana@superig.com.brA produção agrícola no Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará está sujeita a diversas fontes <strong>de</strong> risco, <strong>de</strong>stacan<strong>do</strong>-se o riscoclimático, que afeta diretamente o ciclo produtivo e a comercialização, em função da variação <strong>do</strong> preço. Otrabalho objetivou analisar o efeito sazonal <strong><strong>do</strong>s</strong> preços médios <strong>de</strong> ataca<strong>do</strong> da fruta açaí no Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará,no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> janeiro 2000 a <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2008. Para a análise da sazonalida<strong>de</strong> foi a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>séries temporais. Os resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> mostraram que a sazonalida<strong>de</strong> <strong>do</strong> preço <strong>de</strong> ataca<strong>do</strong> <strong>do</strong> açaí apresentougran<strong>de</strong> amplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> variação entre os valores extremos alcança<strong><strong>do</strong>s</strong> na safra e na entressafra. (REUNI –Pibic).Palavras-Chave: efeito sazonal, açaí, Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará.IntroduçãoA produção agrícola no esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará está sujeita a diversas fontes <strong>de</strong> risco, <strong>de</strong>stacan<strong>do</strong> como o fatorprincipal o risco climático, que afeta diretamente o ciclo produtivo e a comercialização, em função davariação <strong>do</strong> preço.81


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoAs condições climáticas <strong>de</strong>terminam os perío<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> safra e entressafra. Em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong>sses perío<strong><strong>do</strong>s</strong>,ocorrem oscilações nos preços <strong><strong>do</strong>s</strong> produtos, fazen<strong>do</strong> com que, no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> safra, os preços se situemem um patamar abaixo da média <strong>do</strong> preço pratica<strong>do</strong> no merca<strong>do</strong> e, no perío<strong>do</strong> da entressafra, os preçosalcancem um patamar superior.Com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reduzir a instabilida<strong>de</strong> da renda agrícola, seria interessante a disponibilização <strong>do</strong>conhecimento sobre os índices sazonais <strong>de</strong> preços, <strong><strong>do</strong>s</strong> índices das tendências, cíclicos e aleatórios <strong>do</strong>produto açaí, para apoiar o planejamento da logística <strong>de</strong> produção, armazenamento e comercialização dasafra, e contribuir assim para aumentar a eficiência <strong>de</strong> políticas públicas <strong>de</strong> apoio à produção ecomercialização agropecuária.Neste contexto, foi realiza<strong>do</strong> um estu<strong>do</strong> da sazonalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> preço <strong>do</strong> ataca<strong>do</strong> <strong>do</strong> produto açaí. Utilizou-seo mo<strong>de</strong>lo clássico multiplicativo <strong>de</strong> séries temporais para i<strong>de</strong>ntificar e isolar os efeitos da tendência,média móvel, sazonalida<strong>de</strong> e o ciclo <strong><strong>do</strong>s</strong> preços.ObjetivosDeterminar, através da análise <strong>de</strong> séries temporais, a tendência, o índice cíclico, índice aleatório, e aíndice <strong>de</strong> sazonalida<strong>de</strong> <strong>do</strong> comportamento <strong>de</strong> preços <strong>do</strong> produto açaí, comercializa<strong>do</strong> no merca<strong>do</strong>paraense e contribuir para a formulação <strong>de</strong> políticas publicas <strong>de</strong> apoio à produção e comercializaçãoagropecuária.Materiais e Méto<strong><strong>do</strong>s</strong>A área estudada compreen<strong>de</strong> o Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará. A obtenção <strong>de</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> preços mensais <strong>de</strong> ataca<strong>do</strong> <strong>do</strong>produto açaí, entre janeiro <strong>de</strong> 2000 e <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2008, foi através da Secretaria <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> daAgricultura (SAGRI – PA). Esses preços foram <strong>de</strong>flaciona<strong><strong>do</strong>s</strong> pelo Índice Geral <strong>de</strong> PreçosDisponibilida<strong>de</strong> Interna (IGP-DI) da Fundação Getúlio Vargas (FGV).Para a análise da sazonalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> preços <strong>de</strong> ataca<strong>do</strong> <strong>do</strong> açaí, foi a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> o mo<strong>de</strong>lo clássico <strong>de</strong> sériestemporais. Segun<strong>do</strong> Santana (2003), por série temporal, enten<strong>de</strong>-se o conjunto <strong>de</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> numéricos quesão obti<strong><strong>do</strong>s</strong> para um da<strong>do</strong> perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> tempo, os fatos gera<strong>do</strong>res <strong>de</strong>sses da<strong><strong>do</strong>s</strong> incorporaram influências <strong>do</strong>comportamento da economia, <strong>de</strong> fatores climáticos e <strong>de</strong> fenômenos aleatórios. Esse mo<strong>de</strong>lo supõe queuma serie temporal <strong>de</strong> preços ou <strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um produto, po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>scrita como um produto <strong>de</strong>quatro componentes principais: tendência, componente cíclico, componente estacional e componentealeatório da série (SANTANA, 2003).X = T. C. E. AOn<strong>de</strong>: X, é a serie temporal <strong>de</strong> preço <strong>do</strong> açaí; T, é componente <strong>de</strong> tendência <strong>do</strong> preço <strong>do</strong> açaí; C, é acomponente cíclica <strong>do</strong> preço <strong>do</strong> açaí; E, é a componente estacional <strong>do</strong> preço <strong>do</strong> açaí; A, é a componentealeatória <strong>do</strong> preço <strong>do</strong> açaí.Segun<strong>do</strong> Santana (2003), a componente tendência é classificada como sistemática e <strong>de</strong>finida como apersistência em longo prazo <strong>do</strong> padrão <strong>de</strong> aumento ou diminuição <strong><strong>do</strong>s</strong> preços, e sua duração é <strong>de</strong> muitosanos. A componente cíclica é classificada como sistemática e <strong>de</strong>finida como ondas que se re<strong>pet</strong>em porquatro fases: Prosperida<strong>de</strong>, recessão, <strong>de</strong>pressão e crescimento; sua duração é <strong>de</strong> 2 a 10 anos. Acomponente estacional é classificada como sistemática, sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>finida como flutuação periódica regularque ocorre a cada 12 meses e se re<strong>pet</strong>e to<strong>do</strong> ano. A componente aleatória é classificada como nãosistemática, sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>finida como flutuações erráticas, que ocorrem logo após terminar um <strong><strong>do</strong>s</strong> efeitossistemáticos possuem duração curta.Resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>O preço <strong>de</strong> ataca<strong>do</strong> <strong>do</strong> produto açaí apresentou entre os anos <strong>de</strong> 2000 a 2008, um movimento <strong>de</strong> tendênciacrescente a taxa constante ao longo <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o perío<strong>do</strong>.O crescimento da <strong>de</strong>manda pelo fruto <strong>do</strong> açaí induziu a um significativo aumento <strong>de</strong> preço <strong>do</strong> açaí,traduzin<strong>do</strong> num aumento expressivo <strong>do</strong> valor bruto da produção (IBGE, 2008). O aumento tanto daprodução quanto <strong>do</strong> valor foi induzi<strong>do</strong> pela expansão <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> fruto e polpa <strong>de</strong> açaí, cria<strong>do</strong> peladivulgação <strong>do</strong> produto na mídia escrita e televisiva, tornan<strong>do</strong> o produto conheci<strong>do</strong> nas <strong>de</strong>mais regiões <strong>do</strong>Brasil e em vários países <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> (SANTANA; COSTA, 2008).De acor<strong>do</strong> com os resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>, verificou-se que a produção <strong>do</strong> açaí se concentra no mês <strong>de</strong> julho a janeiro,sen<strong>do</strong> mais intensa nos meses <strong>de</strong> setembro a novembro, quan<strong>do</strong> esta é substancialmente maior, compreços relativamente baixos. A partir <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2001 inicia-se o movimento <strong>de</strong> queda <strong><strong>do</strong>s</strong> preços <strong>do</strong>açaí, on<strong>de</strong> a partir <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 2005 é verifica<strong>do</strong> um movimento ascen<strong>de</strong>nte, com o preço <strong>do</strong> açaíaumentan<strong>do</strong> até chegar ao valor máximo em novembro <strong>de</strong> 2006, completan<strong>do</strong> o ciclo. Segun<strong>do</strong> Silva etal. (2006), o aumento na produção <strong>do</strong> açaí está sen<strong>do</strong> impulsiona<strong>do</strong> pela a<strong>do</strong>ção <strong>de</strong> inovaçõestecnológicas no processo produtivo, com a ampliação <strong><strong>do</strong>s</strong> cultivos em terra firme, utilizan<strong>do</strong> tecnologia82


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientifico<strong>de</strong> irrigação e pela alta <strong>de</strong> preço <strong>do</strong> fruto no merca<strong>do</strong>, <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> pela <strong>de</strong>manda. Essas informações sãoimportantes para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão no planejamento da produção e comercialização <strong>do</strong> produtoA sazonalida<strong>de</strong> <strong>do</strong> preço no merca<strong>do</strong> atacadista <strong>do</strong> açaí apresentou gran<strong>de</strong> amplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> variação(121,98%) entre os valores extremos alcança<strong><strong>do</strong>s</strong> na safra e na entressafra, revelan<strong>do</strong> gran<strong>de</strong> variabilida<strong>de</strong>da quantida<strong>de</strong> e <strong><strong>do</strong>s</strong> preços <strong>do</strong> fruto <strong>do</strong> açaí, com isso po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> indicar um provável risco e incerteza paraos agentes da comercialização <strong>de</strong>sse produto.ConclusõesO comportamento sazonal <strong><strong>do</strong>s</strong> preços <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> atacadista <strong>do</strong> açaí, no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 2000 a 2008, noesta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará, mostrou um níti<strong>do</strong> perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> safra (julho/janeiro) e <strong>de</strong> entressafra (fevereiro a junho). Aamplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> variação foi <strong>de</strong> 121,98%, o que significa eleva<strong>do</strong> risco para a comercialização <strong>do</strong> produto.ReferênciasINSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Produção Agrícola Municipal, 2000 -2008. Disponível em: . Acesso em: 24 out. 2009.SANTANA, A.C. <strong>de</strong>. Méto<strong><strong>do</strong>s</strong> quantitativos em economia: elementos e aplicações. Belém: UFRA,2003.SANTANA, A.C. <strong>de</strong>; COSTA, F. A. Mudanças recentes na oferta e <strong>de</strong>manda <strong>do</strong> açaí no Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará.In: SANTANA, A.C. <strong>de</strong>; CARVALHO, D. F.; MENDES, A. F. T. Análise sistêmica da fruticulturaparaense: organização, merca<strong>do</strong> e com<strong>pet</strong>itivida<strong>de</strong> empresarial. Belém: Banco da Amazônia, 2008.p.205-226.SECRETARIA DE ESTADO DA AGRICULTURA - SAGRI/Gerência Executiva <strong>de</strong> Estatística eMerca<strong>do</strong> Agrícola (GEEMA). Boletim anual <strong>de</strong> médias mensais. Da<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong> preços no ataca<strong>do</strong>, 2000 a2008. Disponível em: . Acesso em: 15 <strong>de</strong> ago. 2009SILVA, I. M. da; SANTANA, A. C <strong>de</strong>; REIS, M. S. Análise <strong><strong>do</strong>s</strong> retornos sociais oriun<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> a<strong>do</strong>çãotecnológica na cultura <strong>do</strong> açaí no Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará. Amazônia: Ciência & Desenvolvimento. Belém, v.2,n.03, p.25-37, jul./<strong>de</strong>z, 2006.ANÁLISE DA SAZONALIDADE DE PREÇOS DE ATACADO DO LEITE E OVOSCOMERCIALIZADOS NO ESTADO DO PARÁ, NO PERÍODO DE JANEIRO DE 2000 AJUNHO DE 2009.1 Deivison Men<strong>de</strong>s Pinheiro; 2 Antonio Cor<strong>de</strong>iro <strong>de</strong> Satana; 3 Gerlane <strong>de</strong> Freitas Melo; 4 Mylena PontesMoraes; 5 Vilma Reis <strong>de</strong> Oliveira1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia – <strong>de</strong>ivisonmp@yahoo.com.br2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia – acsantana@superig.com.br3 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia – safiramelo19@yahoo.com.br4 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia – mylenapontes@hotmail.com5 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia – vilmareis84@hotmail.comA promoção <strong><strong>do</strong>s</strong> produtos da bovinocultura leiteira e da avinocultura <strong>de</strong> postura como alimentos i<strong>de</strong>aispara alimentação <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ou durável aumento <strong>de</strong> <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> ambos os produtos. Com isso construiu-secenário promissor para exploração <strong>de</strong>sses tipos <strong>de</strong> merca<strong><strong>do</strong>s</strong>. O estu<strong>do</strong> estratégico e sistêmico dasoscilações <strong>de</strong> preços <strong><strong>do</strong>s</strong> produtos a serem <strong>de</strong>senvolvi<strong><strong>do</strong>s</strong> propicia maior respal<strong>do</strong> no planejamento eexecução <strong>do</strong> futuro empreendimento, assim como nas <strong>de</strong>cisões a serem tomadas futuramente. Nestetrabalho apresentamos a analise da sazonalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> preço <strong>do</strong> leite e <strong>do</strong> ovo branco comercializa<strong><strong>do</strong>s</strong> noEsta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará, no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2000 a junho <strong>de</strong> 2009, através <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo clássico <strong>de</strong> seriestemporais.Palavras chaves: Sazonalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> preço, carne, leite, ovo, Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará.IntroduçãoUma ferramenta <strong>de</strong> extrema importância para o planejamento da comercialização é o estu<strong>do</strong> dasazonalida<strong>de</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong> preços <strong><strong>do</strong>s</strong> produtos, pois com as informações em mãos as <strong>de</strong>cisões são tomadas commenores riscos e os produtores adquirem maior respal<strong>do</strong> para tencionar sua produção e <strong>de</strong>terminar quanto83


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientificoe como produzir (SANTANA, 2005), uma vez que torna possível fazer previsões em curto prazo sobre ocomportamento <strong><strong>do</strong>s</strong> preços <strong><strong>do</strong>s</strong> produtos.Em 2007 o Pará foi o 11º produtor nacional <strong>de</strong> leite, com uma produção estimada em 643 milhões <strong>de</strong>litros no mesmo ano. De 2000 a 2007, a produção leiteira paraense cresceu aproximadamente 52,7%. Essaprojeção ocorreu em <strong>de</strong>corrência à expansão <strong>do</strong> rebanho <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> (SANTANA, 1998) e <strong>do</strong> pequeno, masconsi<strong>de</strong>rável aumento da produtivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> litros <strong>de</strong> leite/vaca.A avicultura da região Norte não é muito representativa, porem no segmento <strong>de</strong> postura, a participação daregião Norte é mais expressiva - 3,1% <strong>do</strong> total <strong>do</strong> plantel nacional <strong>de</strong> poe<strong>de</strong>iras e 3,2% <strong>do</strong> total daprodução <strong>de</strong> ovos brasileira. Segun<strong>do</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> da UBA relativos a 2008, a região registrou um alojamentomédio <strong>de</strong> 2,5 milhões <strong>de</strong> poe<strong>de</strong>iras, com produção total <strong>de</strong> 2 milhões <strong>de</strong> caixas <strong>de</strong> 30 dúzias <strong>de</strong> ovos.Materiais e Méto<strong><strong>do</strong>s</strong>Os da<strong><strong>do</strong>s</strong> sobre as series temporais <strong><strong>do</strong>s</strong> preços no ataca<strong>do</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong> produtos analisa<strong><strong>do</strong>s</strong> foram obti<strong><strong>do</strong>s</strong> junto àGerencia Executiva <strong>de</strong> Estatística e Merca<strong>do</strong> Agrícola da Secretaria <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Agricultura – Pará,órgão responsável pelo levantamento, projeção e divulgação <strong><strong>do</strong>s</strong> preços <strong><strong>do</strong>s</strong> produtos comercializa<strong><strong>do</strong>s</strong> noesta<strong>do</strong>.Para o preço <strong>do</strong> ovo branco caixas com 30 dúzias, utilizou-se a média mensal <strong>de</strong> preços <strong>de</strong> três distintostamanhos, <strong>de</strong>fini<strong><strong>do</strong>s</strong> pela empresa: extra, gran<strong>de</strong> e médio. Já para o leite longa vida em caixas <strong>de</strong> 12unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 1 litro empregamos a média mensal <strong>de</strong>ste produto único. Os preços foram <strong>de</strong>flaciona<strong><strong>do</strong>s</strong> peloíndice geral <strong>de</strong> preços – disponibilida<strong>de</strong> interna (IGP-DI) da Fundação Getúlio Vargas.De acor<strong>do</strong> com o mo<strong>de</strong>lo clássico <strong>de</strong> series temporais os preços são produtos advin<strong><strong>do</strong>s</strong> da interação <strong>de</strong>quatro forças principais: a tendência, o elemento ciclo, o elemento sazonal e o elemento aleatório da serie(SANTANA, 2003). Portanto po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>screver este mo<strong>de</strong>lo da seguinte forma:X = T∙C∙E∙AOn<strong>de</strong>:X = serie temporal <strong>de</strong> preços (R$/kg, R$/l)T = elemento tendência da serie;C = elemento ciclo da serie;E = elemento estacional da serie;A = elemento aleatório da serie.Cada um <strong>de</strong>stes componentes é analisa<strong>do</strong> individualmente o que possibilita verificar seus movimentos,alguns longos e outros <strong>de</strong> curto percurso, e seus resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> finais <strong>de</strong>terminam a oscilação das seriestemporal. O fator tendência <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> analisa<strong>do</strong> representa o comportamento pre<strong>do</strong>minante da série <strong>de</strong>preços ao longo <strong>do</strong> tempo, portanto este <strong>de</strong>termina a intenção e a previsão <strong>de</strong> preços eleva<strong><strong>do</strong>s</strong> oureduzi<strong><strong>do</strong>s</strong>. Plota-se os da<strong><strong>do</strong>s</strong> da componente tendência para observar seu comportamento no perío<strong>do</strong><strong>de</strong>termina<strong>do</strong>, verifican<strong>do</strong> com isso o padrão persistente (aumento, <strong>de</strong>clínio ou oscilação).O méto<strong>do</strong> da média móvel (MM) centrada em 12 meses é aplica<strong>do</strong> com intuito <strong>de</strong> expurgar os efeitos dascomponentes estacional e aleatória, através da suavização das variações das séries por um processo <strong>de</strong>sucessivas médias.Posteriormente isolou-se o efeito sazonal através da <strong>de</strong>terminação <strong>do</strong> índice estacional (IE) e para issobasta dividir os valores da série original em análise pela sua respectiva média móvel e multiplicar oresulta<strong>do</strong> por cem (100), para expressar o resulta<strong>do</strong> em porcentagem. Além <strong>de</strong> incluir as flutuaçõesestacionais, o IE inclui ainda as variações aleatórias.Estan<strong>do</strong> a componente aleatória ainda a<strong>de</strong>rida ao resulta<strong>do</strong> final <strong>do</strong> IE t e haven<strong>do</strong> a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>expurgá-la <strong>de</strong>ste sal<strong>do</strong> para obtenção <strong>do</strong> índice estacionário verda<strong>de</strong>iro (IEV t ).Na formula, a importância 1200 representa a soma <strong><strong>do</strong>s</strong> índices estacionários médios mensais, este comvalor da estacionalida<strong>de</strong> expurga<strong>do</strong>.A aplicação <strong>de</strong>ste méto<strong>do</strong> quantitativo <strong>de</strong> analise <strong>de</strong> preços foi realiza<strong>do</strong> com auxilio <strong>do</strong> programa <strong>de</strong>planilhas <strong>de</strong> computa<strong>do</strong>r Microsoft Excel, conforme <strong>de</strong>scrito em SANTANA (2003).ANALISE DOS RESULTADOSNesta sessão apresentamos individualmente a interpretação <strong><strong>do</strong>s</strong> resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> cada produto estuda<strong>do</strong>,obti<strong><strong>do</strong>s</strong> por meio <strong><strong>do</strong>s</strong> méto<strong><strong>do</strong>s</strong> quantitativos na analise <strong>de</strong> series temporais, anteriormente a<strong>do</strong>lescidas.Esta explanação foi respaldada nos tabelas e gráficos gera<strong><strong>do</strong>s</strong> ao final da analise da meto<strong>do</strong>logia utilizada.LEITE LONGA VIDAA amplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> variação entre o maior e o menor índice foi igual a 13,54. O índice estacional máximo éverifica<strong>do</strong> no mês <strong>de</strong> janeiro, igual a 108,8%. Enquanto que o índice estacional mínimo, com um valor <strong>de</strong>95,06%, é encontra<strong>do</strong> no mês <strong>de</strong> julho.84


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoDurante toda serie analisada percebeu-se pouca variação <strong><strong>do</strong>s</strong> preços em torno da média, apenas algumasse sobressaem como no caso que observamos no mês <strong>de</strong> agosto (15,48) que apresenta a maior diferençaentre a média e os <strong>de</strong>svios, superior e inferior. Já para o mês <strong>de</strong> junho (8,53) esta alteração é mínima. Estefato indica relativa estabilida<strong>de</strong> no comportamento <strong><strong>do</strong>s</strong> preços durante to<strong>do</strong> ano.OVO BRANCONo caso <strong>do</strong> ovo que é um produto que apresenta menor variação nos preços durante o ano <strong>do</strong> que oshortifrutigranjeiros, em função da integração agroindustrial que consegue organizar o setor produtivo parauniformizar o fluxo <strong>de</strong> oferta ao longo <strong>do</strong> ano e diminuir a amplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> variação <strong><strong>do</strong>s</strong> preços (SANTANA& RODRIGUES JÚNIOR, 2000), o índice estacional superior é examina<strong>do</strong> no mês <strong>de</strong> agosto, com umaamplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> 113,6%, diferente <strong>do</strong> ocorri<strong>do</strong> no mês <strong>de</strong> abril que apresenta valor igual a 91,07%,caracterizan<strong>do</strong> a menor importância <strong>do</strong> índice sazonal para este produto durante esta serie temporal emquestão.Através das estimativas anteriores, <strong>de</strong>terminou-se que a magnitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> variação entre o maior e o menoríndice foi da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 22,53, o que assinala para certa expressivida<strong>de</strong> da oscilação <strong>de</strong> variação <strong><strong>do</strong>s</strong> preçosem torno <strong>do</strong> índice médio, ocorrida <strong>de</strong> forma irregular. O maior movimento em torno <strong>do</strong> índice médioanual aconteceu nos meses <strong>de</strong> março e <strong>de</strong>zembro (21,38% e 19,68%, respectivamente), e o menor abaloconcentrou-se no mês <strong>de</strong> junho (6,87%).Os índices estacionais <strong>de</strong> preços <strong>de</strong> ovos branco possibilita constatar que estão relativamente compatíveiscom as oscilações <strong>de</strong> oferta <strong>do</strong> produto no merca<strong>do</strong> atacadista (FERNANDES et al., 1981).ConclusõesA analise estacional <strong>do</strong> preço <strong>do</strong> leite e <strong>do</strong> ovo branco mostra a relação direta entre as forças <strong>de</strong> <strong>de</strong>mandae oferta com preços altos e preços baixos <strong>de</strong> ambos os produtos, caracterizan<strong>do</strong> os perío<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> safra eentressafra.O produto da bovinocultura leiteira apresentou baixas oscilações em torno <strong>do</strong> índice médio, porém osmeses <strong>de</strong> preços acima da média (<strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro à abriu) é menor que número <strong>de</strong> meses com preços abaixoda média anual (<strong>de</strong> maio à novembro). Essa oscilação po<strong>de</strong> ser superada através <strong>de</strong> técnicas <strong>de</strong> produção<strong>de</strong> recursos forrageiros que promovam alimentação a<strong>de</strong>quada às exigências <strong><strong>do</strong>s</strong> animais durante o perío<strong>do</strong><strong>de</strong> baixa produção <strong><strong>do</strong>s</strong> pastos, <strong>de</strong> tal maneira que a oferta <strong>de</strong> leite se mantenha estável.Para o produto da avinocultura <strong>de</strong> postura os abalos da amplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> variação <strong><strong>do</strong>s</strong> preços foramrelativamente mais intensos e os valores pagos pelo ovo branco adquiriu vantagem apenas durante cincomeses <strong>do</strong> ano (<strong>de</strong> junho à outubro). Um planejamento bem estrutura<strong>do</strong>, respalda<strong>do</strong> na integraçãoagroindustrial, possivelmente ira suprir os fatores negativos que ocasionam as oscilações <strong>de</strong> preços,completan<strong>do</strong> assim as lacunas <strong><strong>do</strong>s</strong> meses <strong>de</strong> preços <strong>de</strong>svantajosos elevan<strong>do</strong> os valores da série apatamares i<strong>de</strong>ais, ou seja acima da média anual.ReferênciasFERNANDES, Evandro <strong>de</strong> Abreu; MOUCHREK, Emílio; MIRANDA, Samuel Franklin <strong>de</strong>. Aspectoseconômicos da avicultura <strong>de</strong> postura. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, vol. 7; nº 79; jul. 1981.LANA, Geral<strong>do</strong> Roberto Quintão. Avicultura. Livraria e editora Rural Ltda. Recife, 2000.PEIXOTO, Aristeu Men<strong>de</strong>s; MOURA, Jose Carlos <strong>de</strong>; FARIAS, Vidal Pedroso <strong>de</strong>. Bovinocultura <strong>de</strong>corte: Fundamentos da exploração racional. 3º Ed. FEALQ. Piracicaba, 1999.PEIXOTO, Aristeu Men<strong>de</strong>s; MOURA, Jose Carlos <strong>de</strong>; FARIAS, Vidal Pedroso <strong>de</strong>. Bovinoculturaleiteira: Fundamentos da exploração racional. FEALQ. 3º Ed. Piracicaba, 2000.SANTANA, Antonio Cor<strong>de</strong>iro. Analise <strong>de</strong> merca<strong>do</strong> e avaliação para políticas: ga<strong>do</strong> <strong>de</strong> corte. SAGRI:FCAP. Volume único. Belém, 1998.SANTANA, Antonio Cor<strong>de</strong>iro <strong>de</strong>, Elementos <strong>de</strong> economia, agronegócio e <strong>de</strong>senvolvimento local.GTZ:TUD:UFRA. Vol. único. Belém, 2005.SANTANA, Antônio Cor<strong>de</strong>iro <strong>de</strong>. Méto<strong><strong>do</strong>s</strong> quantitativos em economia: elementos e aplicações.Belém: UFRA, 2003.SANTANA, A.C. <strong>de</strong>; RODRIGUES, H. J. Análise da sazonalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> preços das frutascomercializadas na Ceasa <strong>de</strong> Belém, no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 1990 a 1998. Revista Moven<strong>do</strong> idéias, Belém –PA, v.5. n° 8, p. 22-38, 2000.A atual pecuária <strong>de</strong> corte brasileira e como os pecuaristas farão para se manterem no merca<strong>do</strong> com a caracterização <strong>de</strong> fazendaem empresa. Disponível em: Acesso em 20/09/2009.Agronegócio <strong>do</strong> leite. Agencia <strong>de</strong> informação Embrapa. Disponível em:. Acesso em 26/10/2009.85


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoAvicultura: Disponível em:< http://www.zootecniabrasil.com.br>. Acesso em 20/09/2009.Norte terá Plenária <strong>de</strong> Avicultura – UBA. Disponível em: . Acesso em26/09/2009.ANÁLISE DOS ÁCIDOS GRAXOS PRESENTES NO ÓLEO DA POLPA DO FRUTO DO INAJÁ(Maximiliana maripa) E OS ÔMEGAS RELACIONADOS À SAÚDE HUMANA.Damasceno, G. T.(IC) 2 ; Farias, F. A.; Conceição, L. R. V. da(PQ) 3 ; Fonseca, A. R. L(IC) 2 ;Silveira, A. J.A (PQ) 1 .1, Núcleo <strong>de</strong> Medicina Tropical. Laboratório <strong>de</strong> Ecotoxocologia, UFPA, Av. Generalíssimo Deo<strong>do</strong>ro, 92,66055-240. Belém, PA, 32410032, ajas@ufpa.br2, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Química, UFPA. gisadamasceno@yahoo.com.brmailto:ra_ma_bittencourt@yahoo.com.br3, Laboratório <strong>de</strong> Pesquisas e Análise <strong>de</strong> Combustíveis, UFPA, Rua Augusto Corrêa, 01, 66075-110.Belém – PA, 32499780, lapac@ufpa.brO trabalho <strong>de</strong>stacará a fonologia <strong>do</strong> Inajazeiro, a importância econômica, nutricional para os ribeirinhosextrativistas que vivem na Amazônia, em especial em São Sebastião da Boa Vista na localida<strong>de</strong> <strong>do</strong> RioPacujutá, na Ilha <strong>do</strong> Marajó/PA, enfatizan<strong>do</strong> a presença <strong><strong>do</strong>s</strong> áci<strong><strong>do</strong>s</strong> graxos essenciais conti<strong><strong>do</strong>s</strong> no fruto <strong>de</strong>Inajá (Maximiliana maripa), <strong>de</strong>stacan<strong>do</strong> o Áci<strong>do</strong> Linolênico (ômega 3), Linoléico (ômega 6) e o Oléico(ômega 9). A composição <strong>de</strong>stes áci<strong><strong>do</strong>s</strong> no óleo <strong>do</strong> Inajá (apresentou 4,3480%; 8,5164% e 53,8638%<strong>de</strong>sses áci<strong><strong>do</strong>s</strong>, respectivamente). Foram <strong>de</strong>termina<strong><strong>do</strong>s</strong> por cromatografia gasosa, utilizan<strong>do</strong>-se o méto<strong>do</strong>oficial AOCS Ce 1-62, cromatógrafo VARIAN CP 3800. A importância em se consumir alimentos ricosnestes áci<strong><strong>do</strong>s</strong> graxos, que auxiliam na manutenção da saú<strong>de</strong> humana.Palavras-chave: Inajá, Áci<strong><strong>do</strong>s</strong> Graxos, Cromatografia gasosa.IntroduçãoO Inajá (Maximiliana maripa) é uma palmeira típica da Amazônia que ocorre em abundância em terrafirme, <strong>de</strong> solos pobres e arenosos, normalmente junto com outras palmeiras. Essa palmeira éextremamente resistente ao fogo e po<strong>de</strong> atingir até 20 metros <strong>de</strong> altura e 100 cm <strong>de</strong> diâmetro; folhaspinadas, longas, orientadas para cima com os folíolos em <strong>grupos</strong> <strong>de</strong> três a cinco manten<strong>do</strong> diferentesdireções, tornan<strong>do</strong> as folhas caracteristicamente crispadas. ―Estes frutos são <strong>de</strong> forma cônica compostos<strong>de</strong> um caroço lenhoso, <strong>de</strong> ponta aguda, liso, duro <strong>de</strong> quebrar, <strong>de</strong> cor parda e amarela, <strong>de</strong> três a quatrocentímetros <strong>de</strong> comprimento e <strong>do</strong>is centímetros <strong>de</strong> diâmetro. É recoberto <strong>de</strong> um epicarpo fibroso, e entreo epicarpo e o caroço encontra-se uma massa pouco pastosa... Os caroços contêm <strong>de</strong> uma a trêsamên<strong>do</strong>as‖ (Pesce, 1941). Os frutos po<strong>de</strong>m ser usa<strong><strong>do</strong>s</strong> na alimentação <strong>do</strong> homem e <strong>de</strong> animais silvestres,po<strong>de</strong>-se ser retira<strong>do</strong> da polpa um óleo comestível <strong>de</strong> sabor picante e cor vermelho-alaranja<strong>do</strong> semelhanteao óleo <strong>do</strong> babaçu em qualida<strong>de</strong> e uso. Seu palmito vale como alimento para o homem da mesma formacomo encontra<strong>do</strong> em merca<strong><strong>do</strong>s</strong>, porém não é muito comercializa<strong>do</strong> como o palmito <strong>do</strong> Açaizeiro. O Inajáse encontra por toda a Amazônia, no Maranhão, Mato Grosso, Ceará, Venezuela, Peru, Bolívia, etc. Suacomposição em áci<strong><strong>do</strong>s</strong> graxos essenciais mostrou significativa quantida<strong>de</strong>, que será <strong>de</strong>scrito e ressaltan<strong><strong>do</strong>s</strong>eus benefícios a saú<strong>de</strong> <strong>do</strong> homem.ObjetivoAnalisar a composição química em áci<strong><strong>do</strong>s</strong> graxos <strong><strong>do</strong>s</strong> óleos e das gorduras da polpa (mesocarpo) e dasemente <strong>do</strong> fruto <strong>de</strong> Inajá e avaliar a relevância que este fruto possui para as populações que consomemeste fruto.Material e Méto<strong>do</strong>O fruto <strong>do</strong> Inajá foi coleta<strong>do</strong> no município <strong>de</strong> São Sebastião da Boa Vista, localida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Rio Pacujutá, naIlha <strong>do</strong> Marajó/PA. No fruto foram feitas extrações à frio com solvente orgânico (Acetona), o méto<strong>do</strong>consistiu em retirar da polpa <strong>do</strong> fruto, que resultou em uma massa <strong>de</strong> um quilograma, este foi armazena<strong>do</strong>em um erlenmayer juntamente com o solvente. O primeiro armazenamento ocorreu no dia vinte e três <strong>de</strong>maio <strong>de</strong> <strong>do</strong>is mil e oito, retiran<strong>do</strong>-se no dia quatorze <strong>de</strong> agosto <strong>do</strong> referi<strong>do</strong> ano, o qual completou o cicloda primeira extração e início da segunda extração que foi retirada no dia oito <strong>de</strong> setembro <strong>do</strong> mesmo ano.A terceira extração começou no mesmo dia e foi retira<strong>do</strong> no dia treze <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> <strong>do</strong>is mil e nove (a<strong>de</strong>terminação da composição em áci<strong><strong>do</strong>s</strong> graxos foi realizada com o óleo <strong>de</strong>ssa extração). A composiçãoem áci<strong><strong>do</strong>s</strong> graxos <strong>do</strong> óleo da polpa <strong>do</strong> Inajá foi <strong>de</strong>terminada por Cromatografia gasosa, utilizan<strong>do</strong> ométo<strong>do</strong> oficial AOCS Ce 1-62, Cromatográfo VARIAN CP 3800, com <strong>de</strong>tector <strong>de</strong> ionização <strong>de</strong> chama86


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoFID, vale ressaltar que os óleos foram esterifica<strong><strong>do</strong>s</strong> pelo méto<strong>do</strong> oficial AOCS Ce 2-66, pelo opera<strong>do</strong>rLeyvison Rafael Vieira da Conceição, o óleo <strong>do</strong> Inajá foi analisa<strong>do</strong> no dia <strong>de</strong>z <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> <strong>do</strong>is mil eoito, as <strong>de</strong>z horas e trinta e três minutos.Resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> e DiscussõesA composição em áci<strong><strong>do</strong>s</strong> graxos, por cromatografia gasosa, realiza<strong>do</strong> no Laboratório <strong>de</strong> Pesquisas eAnálises <strong>de</strong> Combustíveis, utilizan<strong>do</strong>-se o méto<strong>do</strong> oficial AOCS Ce 1-62, cromatógrafo VARIAN CP3800, fez – nos <strong>de</strong>terminar a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> áci<strong><strong>do</strong>s</strong> graxos no óleo da polpa <strong>do</strong> fruto. O óleo <strong>do</strong> fruto(Inajá, obti<strong>do</strong> parte no Laboratório <strong>de</strong> Ecotoxicologia, no Instituto <strong>de</strong> Medicina da UFPA e parte noLaboratório <strong>de</strong> Química – Ensino, localiza<strong>do</strong> no Campus básico da UFPA), obti<strong>do</strong> no município <strong>de</strong> SãoSebastião da Boa Vista analisa<strong>do</strong> apresentou os áci<strong><strong>do</strong>s</strong> graxos essenciais, estes foram <strong>de</strong>staca<strong><strong>do</strong>s</strong> por suasrelevâncias <strong>de</strong> caráter nutricional, que são os ômegas 3 (Áci<strong>do</strong> Linolênico), 6 (Áci<strong>do</strong> Linoléico) e 9(Áci<strong>do</strong> Oléico) em quantida<strong>de</strong>s diferenciadas. O Inajá (Maximiliana maripa) possui percentuaissignificativos <strong>de</strong>sses áci<strong><strong>do</strong>s</strong> graxos essenciais, <strong>de</strong>scritos abaixo. Destacan<strong>do</strong> no fruto uma quantida<strong>de</strong>elevada <strong>de</strong> ômega 9 (Áci<strong>do</strong> Oléico), áci<strong>do</strong> graxo essencial importante presente em diversos óleos e azeitesalimentícios. Segue abaixo uma tabela e um gráfico <strong>do</strong> fruto e suas respectivas quantida<strong>de</strong>s <strong><strong>do</strong>s</strong> áci<strong><strong>do</strong>s</strong>graxos essenciais.ConclusõesPelo trabalho que fora realiza<strong>do</strong> com esse fruto, po<strong>de</strong>mos concluir que o mesmo apresenta os áci<strong><strong>do</strong>s</strong>graxos essenciais, que não po<strong>de</strong>m ser produzi<strong><strong>do</strong>s</strong> pelo o organismo humano e que,portanto,tem <strong>de</strong> serconsumi<strong><strong>do</strong>s</strong> pelo homem,através <strong>de</strong> alimentos ricos <strong>de</strong>ssas substâncias,mesmo que a população<strong>de</strong>sconheça seu valor nutricional eles consomem em abundância frutos ricos nestas substâncias.Fazen<strong>do</strong>um balanço geral,o óleo possui uma quantida<strong>de</strong> bem significativa <strong>de</strong> Áci<strong>do</strong> Oléico e representativaquantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Áci<strong>do</strong> Linolênico e Áci<strong>do</strong> Linoléico importante fonte <strong>de</strong> áci<strong><strong>do</strong>s</strong> graxos essenciais parapopulação da Região.ReferênciasARAÚJO, M. G. P.; LEITÃO, A. M.; MENDONÇA, M. S. Morfologia <strong>do</strong> Fruto e da Semente <strong>de</strong> Inajá(Attalea maripa(Aubl.) Mart. ) – Palmae. Revista Brasileira <strong>de</strong> Sementes, Vol. 22, n° 2, Pág. 31 a 38.2000.BECKER, Heinz G. O... [et al]. Organikum: Química Orgânica Experimental. Edição Fundação CalousteGulbenkian. Lisboa, 1997.CAVALCANTE, Paulo B. Frutas comestiveis da amazonia – 5ª Edição. Museu Paraense Emilio Goeldi.Edições Cejup. Belém – PA 1991.CYMERYS, M. e FERREIRA, E. Frutíferas e Plantas Úteis na Vida Amazônica. Editora CIFOR &Imazon. Belém 2005. Pág. 189 a 195.FONSECA, Eurico Teixera da. Frutas <strong>do</strong> Brasil. Ministerio da Educação e Cultura – Instituto Nacional <strong>do</strong>Livro. Rio <strong>de</strong> Janeiro 1954.GOMES-SILVA, D. A. P. Frutíferas e Plantas Úteis na Vida Amazônica. Editora CIFOR & Imazon.Belém 2005. Pág. 197 a 202.MCMURRY, John. Química orgânica – Combo. Tradução da Sexta Edição Norte – Americana. EditoraThomson. São Paulo – SP, 2006.PESCE, Celestino. Oleaginosas da Amazonia. Editora Revista da Veterinaria. Belém – PA 1941.SERRUYA, H... [et al]. Análise <strong><strong>do</strong>s</strong> Óleos <strong><strong>do</strong>s</strong> Frutos <strong>de</strong> três Palmáceas da Região Amazônica. Anais daAssociação Brasileira <strong>de</strong> Quimica – Vol. XXXI – 1980 – 1,2.AVALIAÇÃO DE PROGÊNIES DE CUPUAÇUZEIRO EM UM POMAR COMERCIAL DETOMÉ AÇU, PARÁ1 Nayara Negrão Pereira, 2 Rafael Moysés Alves1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – nany_nnp@hotmail.com2 Embrapa Amazônia Oriental – rafael@cpatu.embrapa.brEsta pesquisa teve por objetivo avaliar o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> progênies <strong>de</strong> cupuaçuzeiro em Tomé Açu, Pará.O experimento foi instala<strong>do</strong> pela Embrapa Amazônia Oriental em 2005, no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> pesquisaparticipativa, com <strong>de</strong>lineamento experimental <strong>de</strong> blocos casualiza<strong><strong>do</strong>s</strong>, com onze progênies <strong>de</strong> irmãoscompletos <strong>de</strong> cupuaçuzeiro. Foi avaliada a primeira safra <strong>de</strong> produção (2008/2009), quan<strong>do</strong> foramanota<strong><strong>do</strong>s</strong> o número <strong>de</strong> frutos por planta. A resistência a vassoura-<strong>de</strong>-bruxa também foi estudada. Osresulta<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong>monstraram que todas as progênies mantiveram resistência à <strong>do</strong>ença vassoura-<strong>de</strong>-bruxa.87


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoForam i<strong>de</strong>ntificadas progênies que apresentaram precocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção, fato que <strong>de</strong>verá serconsi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> da seleção final <strong>de</strong>ssas progênies.Palavras-Chave: melhoramento, progenitores, viabilida<strong>de</strong> técnica.IntroduçãoO cupuaçuzeiro Theobroma grandiforum (Will<strong>de</strong>now ex. Sprengel) Schumann é uma fruteira nativa daregião Amazônica. Com a expansão <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> interno e externo se <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ou a transformação <strong>de</strong>uma espécie eminentemente <strong>de</strong> exploração extrativa para uma cultura <strong>de</strong> exploração comercial (Alves,2003).A geração <strong>de</strong> novas tecnologias a<strong>de</strong>quadas à produção, industrialização e seleção <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s queatendam as exigências <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>, entre outros, são fatores essenciais para conduzir as fruteiras da regiãoAmazônica a uma posição privilegiada, sem per<strong>de</strong>r <strong>de</strong> vista a sustentabilida<strong>de</strong> (Embrapa, 1996). Combase nesse princípios começaram a ser <strong>de</strong>senvolvidas pesquisas que buscam a obtenção <strong>de</strong> materiaisgenéticos superiores <strong>de</strong> cupuaçuzeiro, especialmente que fossem altamente produtivos e resistentes a<strong>do</strong>ença vassoura-<strong>de</strong>-bruxa, cujo controle químico não mostrou eficiência satisfatória (YONEYAMA etal., 1997).ObjetivosEste trabalho teve por objetivo avaliar e pré-selecionar onze progênies <strong>de</strong> irmãos completos <strong>de</strong>cupuaçuzeiro, que apresentavam boa potencialida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resistência à vassoura-<strong>de</strong>-bruxa e produção <strong>de</strong>frutos.Materiais e Méto<strong><strong>do</strong>s</strong>O experimento foi instala<strong>do</strong> em uma quadra da Fazenda Konagano, localizada no município <strong>de</strong> Tomé-Açu-PA, <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> pesquisa participativa. As meto<strong>do</strong>logias <strong>de</strong> condução <strong>do</strong> ensaio, comligeiros ajustes, foram as mesmas que o produtor, normalmente, emprega na condução <strong>do</strong> seu pomarcomercial.O tipo <strong>de</strong> solo da área é Latossolo Amarelo textura média, profun<strong>do</strong>,com boas características <strong>de</strong>drenagem, aci<strong>de</strong>z elevada e baixo teor <strong>de</strong> matéria orgânica. Clima tropical quente e chuvoso <strong>do</strong> tipo Afi,segun<strong>do</strong> a classificação Köppen, temperatura média <strong>de</strong> 26,4ºC e precipitação pluviométrica média <strong>de</strong>2.617,9 mm.O <strong>de</strong>lineamento experimental utiliza<strong>do</strong> foi em blocos casualiza<strong><strong>do</strong>s</strong>, com cinco re<strong>pet</strong>ições. Foramavaliadas 11 progênies <strong>de</strong> irmãos completos <strong>de</strong> cupuaçuzeiro (híbri<strong><strong>do</strong>s</strong> primários intra - específico), comtrês plantas por parcela, totalizan<strong>do</strong> 165 plantas úteis.O esquema <strong>de</strong> plantio foi em Sistema Agroflorestal (SAF), empregan<strong>do</strong>-se além <strong>do</strong> cupuaçuzeiro asespécies: pimenta <strong>do</strong> reino, bananeira e bacurizeiro. Além <strong>de</strong> promoverem sombreamento na fase juvenile adulta estas espécies promoverão um melhor aproveitamento e ciclagem <strong><strong>do</strong>s</strong> nutrientes que foremintroduzi<strong><strong>do</strong>s</strong> no sistema.Como variáveis <strong>de</strong> resposta foram emprega<strong><strong>do</strong>s</strong> o número <strong>de</strong> frutos por planta na safra 2008/2009 e onúmero <strong>de</strong> vassouras emitidas pelas plantas no perío<strong>do</strong> 2005-2009. Os da<strong><strong>do</strong>s</strong> foram analisa<strong><strong>do</strong>s</strong> pelopacote estatístico SAS (SAS Institute, 2002), para análise <strong>de</strong> variância e a comparação <strong>de</strong> médias peloteste <strong>de</strong> Tukey à 5% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>.Resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> e DiscussõesA avaliação <strong>do</strong> número <strong>de</strong> frutos por planta da safra 2008/2009, por ser a primeira safra, não permitiuainda uma clara discriminação <strong><strong>do</strong>s</strong> genótipos envolvi<strong><strong>do</strong>s</strong>. Porém, já é possível notar algumas diferençasentre as progênies, quanto à precocida<strong>de</strong>, fruto da potencialida<strong>de</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong> parentais, bem como, dasrecombinações alélicas. A análise <strong>de</strong> variância revelou diferenças estatísticas entre os tratamentos para avariável estudada.O teste <strong>de</strong> médias revelou que a progênie 10 com 6.3 frutos foi a mais produtiva. Esta progênie tem comoparentais os clones 286 e Sekó. O primeiro foi um <strong><strong>do</strong>s</strong> materiais lança<strong><strong>do</strong>s</strong> pela Embrapa AmazôniaOriental em 2002, e se caracteriza pela boa produção <strong>de</strong> frutos, apesar <strong>de</strong> serem frutos pequenos (700 g).O segun<strong>do</strong> parental apresenta boa produção <strong>de</strong> frutos e resistência à vassoura-<strong>de</strong>-bruxa. As progênies 55(215 x M138), 39 (215 x M45) e 44 (215 x 12 ) não diferiram da progênie 10, também, com umaprodução em torno <strong>de</strong> 6.0 frutos em média por planta. Fica patente no resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong>stas três progênies aexcelente performance <strong>do</strong> parental 215, que também foi lança<strong>do</strong> em 2002, e se caracteriza por apresentarfrutos gran<strong>de</strong>s (1.700g), em torno <strong>de</strong> 20 frutos por planta/safra, na maturida<strong>de</strong>, e resistência à vassoura <strong>de</strong>bruxa.88


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoA produção das progênies 15 (220 x Sekó), 3 (215 x 1074), 31 (286 x 184), 2 (173 x 215) e 35 (286 x1074) foi <strong>de</strong> 5.0, 4.3, 4.3, 4.2 e 2.6 frutos por planta, respectivamente. As menores médias foramobservadas nas progênies 46 e 42 com 1.9 e 1.6 frutos/planta.Não foram observadas vassouras nas plantas nestes quatro anos <strong>de</strong> permanência das plantas no campo.Duas explicações po<strong>de</strong>m ser dadas para este resulta<strong>do</strong>. Em primeiro pela baixa pressão <strong>do</strong> inoculo, pois aárea experimental encontra-se distante <strong>de</strong> plantios antigos e, os plantios da fazenda, visinhos aoexperimento, terem controle das vassouras. Em segun<strong>do</strong> lugar pelas progênies terem, pelo menos um <strong><strong>do</strong>s</strong>parentais, clones resistentes a essa <strong>do</strong>ença. Porém, é espera<strong>do</strong> que, com a continuação <strong>do</strong> cultivo,apareçam plantas atacadas pela <strong>do</strong>ença, pelo aumento <strong>do</strong> inoculo e pela segregação esperada das plantasnas progênies.O experimento abre a perspectiva <strong>de</strong> diversificação da base genética <strong>de</strong> resistência à vassoura-<strong>de</strong>-bruxa,além <strong>de</strong> ser um material sexua<strong>do</strong> (semente), <strong>de</strong> melhor facilida<strong>de</strong> e manejo pelo agricultor familiar aindapouco tecnifica<strong>do</strong>, geran<strong>do</strong> com isso uma melhor estratégia para a sustentabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong>produção <strong>do</strong> cupuaçuzeiro.Como este estu<strong>do</strong> apresenta da<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> apenas uma safra, as progênies continuarão a ser avaliadas, tantopara produção quanto para resistência à vassoura-<strong>de</strong>-bruxa, além <strong>de</strong> outras características tecnológicas dapolpa e das sementes, que permitam maior segurança para a seleção final e disponibilização <strong><strong>do</strong>s</strong> materiaisaos produtores.ConclusõesAs progênies apresentaram variabilida<strong>de</strong> genética para produção <strong>de</strong> frutos, o que leva àpossibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> seleção. Nesta primeira safra ficaram evi<strong>de</strong>nciadas progênies precoces,sen<strong>do</strong> esta uma das características que <strong>de</strong>verá ser levada em consi<strong>de</strong>ração quan<strong>do</strong> daseleção final. Não foi observa<strong>do</strong> ataque <strong>de</strong> vassouras nas plantas.ReferênciasEMBRAPA.Fruteiras da Amazônia.Brasília: EMBRAPA-SPI:Manaus: EMBRAPA-SPAA, 1996.SAS Institute. SAS/STAT User‘s Gui<strong>de</strong> 9.0. Cary, N. C.: SAS Institute Inc., 2002.YONEYAMA, S.; NUNES, A.M.L.; DUARTE, M.L.R.; SHIMIZU, O.; ENDO, T.; ALBUQUERQUE,F.C. Controle químico da vassoura-<strong>de</strong>-bruxa em cupuaçuzeiro. In: SEMINÁRIO INTERNACIONALSOBRE PIMENTA-DO-REINO E CUPUAÇU, 1., Belém, 1996. Anais Belém: EMBRAPA,CPATU/JICA, 1997. p.161-172. (Documentos, 89).BIOMASSA DE RAÍZES EM FLORESTA PRIMARIA E DE PLANTAÇÕES DE CACAU EMUMA ÁREA DE COLONIZAÇÃO AGRÍCOLA NA REGIÃO DA RODOVIATRANSAMAZÔNICA, PARÁ.1Natália <strong>do</strong> Amaral Mafra, 2 Elayne Oliveira Braga, ³Tâmara Thaiz Santana Lima, 4 Izildinha <strong>de</strong> SouzaMiranda1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia – elaynnebraga@hotmail.com2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia – nataliamafra1@hotmail.com3 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia – thaiz.lima@gmail.com4Professora Dra. da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia – izildinha.miranda@ufra.edu.brO objetivo <strong>de</strong>ste estu<strong>do</strong> foi estimar o estoque da biomassa <strong>de</strong> raízes finas e grossas e avaliar a influênciada vegetação sobre esta biomassa. Foram seleciona<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>do</strong>is tipos <strong>de</strong> vegetação: floresta primária (FP) eplantação <strong>de</strong> cacau (CA). A biomassa <strong>de</strong> raízes finas vivas foi <strong>de</strong> 127.44 g/m² na FP e <strong>de</strong> 62.29 g/m² naCA. A biomassa total <strong>de</strong> raízes grossas foi <strong>de</strong> 1152.63 g/m² na FP e <strong>de</strong> 86.47 g/m² no CA. Não houvediferença significativa entre as vegetações para as diferentes classes <strong>de</strong> raízes (P>0.05). (CNPq, IRD,UFRA)Palavras-Chave: cacau, floresta primária, estoque.IntroduçãoA expansão geográfica da fronteira agrícola brasileira tem ti<strong>do</strong> papel importante no processo <strong>de</strong><strong>de</strong>smatamento na Amazônia, e o uso das terras para agricultura e pecuária tem si<strong>do</strong> uma das principaiscausas <strong>de</strong>sse <strong>de</strong>smatamento, visto que os assentamentos locais estimula<strong><strong>do</strong>s</strong> por essas ativida<strong>de</strong>s têmassumi<strong>do</strong> papel crucial nesse processo (PEREIRA et al., 2004).89


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoSistemas agroflorestais e praticas <strong>de</strong> uso <strong>do</strong> solo mais conserva<strong>do</strong>ras tem ganha<strong>do</strong> gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>staque. Áexemplo <strong><strong>do</strong>s</strong> SAFs com cacau que <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com Brandão et al. (-) seqüestram carbono, retêm nutrientesno solo, ajudam a proteger áreas <strong>de</strong> reserva e a biodiversida<strong>de</strong> existente, além <strong>de</strong> manter um micro climasimilar ao da floresta.Estu<strong><strong>do</strong>s</strong> sobre a biodiversida<strong>de</strong> e, mais recentemente, o seqüestro <strong>do</strong> carbono tem se intensifica<strong>do</strong> naAmazônia. A crescente preocupação com o aquecimento global tem incentiva<strong>do</strong> pesquisas sobre osestoques e fluxos globais <strong>de</strong> carbono (BERNOUX et al, 2002; SILVER et al, 2004; ZARIN et al, 2005;BURGERMEISTER, 2007; MORRIS et al, 2007). O solo e a fitomassa são os principais compartimentosavalia<strong><strong>do</strong>s</strong> (BERNOUX et al, 2001). Nesse senti<strong>do</strong>, a biomassa <strong>de</strong> raízes têm uma participação efetiva nosprocessos que ocorrem abaixo <strong>do</strong> solo em ecossistemas tropicais (Sanford & Cuevas, 1996).ObjetivosO presente trabalho teve como objetivo estimar o estoque da biomassa <strong>de</strong> raízes finas (≤ 5 mm) e grossas(> 5 mm) e avaliar a influência da vegetação sobre esta biomassa.Materiais e Méto<strong><strong>do</strong>s</strong>O estu<strong>do</strong> foi realiza<strong>do</strong> em uma área <strong>de</strong> colonização agrícola no Travessão 338 Sul da Ro<strong>do</strong>viaTransamazônica, município <strong>de</strong> Pacajá, Pará. Foram escolhi<strong><strong>do</strong>s</strong> seis lotes para avaliar o estoque <strong>de</strong> raízesfinas e grossas, sen<strong>do</strong> em cada lote estabelecida uma parcela <strong>de</strong> 10 x 50 m, compreen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> três parcelasem areas <strong>de</strong> floresta primária (FP) e três parcelas em áreas com plantação <strong>de</strong> cacau (CA). Em cada pontoforam coletadas 4 amostras <strong>de</strong> solo com um cilindro inoxidável (diâmetro = 5 cm; altura = 10 cm) paraavaliar o estoque <strong>de</strong> raízes finas (vivas E MORTAS ≤ 5 mm <strong>de</strong> diâmetro) totalizan<strong>do</strong> 120 amostras naprofundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 0-10. As raízes finas <strong>de</strong> coloração escura, com pouca flexibilida<strong>de</strong>, sen<strong>do</strong> geralmentequebradiças foram classificadas como mortas (GOWER, 1987; MAKKONEN; HELMISAARI, 1999;YAVITT; WRIGHT, 2001). Foram abertas duas trincheiras (50 x 50 x 50 cm) dividas em 5 sub amostras<strong>de</strong> 0-10, 10-20, 20-30, 30-40 e 40-50 cm <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong> <strong>do</strong> solo em cada ponto para avaliar o estoque <strong>de</strong>raízes grossas (vivas e mortas: > 5mm <strong>de</strong> diâmetro). As amostras coletadas foram armazenadas em sacosplásticos e congeladas (-2 °C) até o momento da separação das raízes <strong>do</strong> solo, pelo méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> peneirassobrepostas. Após a separação tanto as amostras <strong>de</strong> raízes finas como as <strong>de</strong> raízes grossas foram secas emestufa a 75ºC, sen<strong>do</strong> que as finas permaneceram por um perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 24h e as grossas até obter o pesoconstante.Foi realiza<strong>do</strong> teste não paramétrico <strong>de</strong> Kruskal-Wallis para avaiar o efeito <strong>de</strong> vegetação e <strong>de</strong> classe <strong>de</strong>raízes.Resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>A biomassa <strong>de</strong> raízes finas vivas e mortas na FP foi <strong>de</strong> 127.44 g/m² e 9.66 g/m², respectivamente. Na CAa biomassa <strong>de</strong> raiz fina viva e morta foi <strong>de</strong> 62.29g/m² e 7.84 g/m², respectivamente. Para esta classe <strong>de</strong>raízes não houve diferença significativa entre os tipos <strong>de</strong> uso <strong>do</strong> solo (raiz viva: U= 9.000;P= 0,050); raizmorta: U=6.000; P=0.513)A biomassa <strong>de</strong> raízes grossas vivas e mortas na FP foi <strong>de</strong> 1152.63 g/m² e 181.69 g/m², respectivamente.Na CA a biomassa <strong>de</strong> raiz grossas viva e morta foi <strong>de</strong> 86.47 g/m² e 68.76 g/m², respectivamente. Para estaclasse <strong>de</strong> raízes não houve diferença significativa entre os tipos <strong>de</strong> uso <strong>do</strong> solo (raiz viva: U=7.000; P=0.275; raiz morta: U=5.000; P=0.827).A biomassa <strong>de</strong> raízes grossas <strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>do</strong>is tipos <strong>de</strong> vegetação está concentrada nos primeiros 30 cm <strong>de</strong>profundida<strong>de</strong> (80,0%), diminuin<strong>do</strong> gradativamente nas camadas inferiores . Meneses (2002) tambémencontrou uma redução da biomassa radicular <strong>de</strong> 91% da camada superficial <strong>do</strong> solo (0-15cm) paracamadas mais profundas (85-100cm). Este padrão também foi observa<strong>do</strong> por outros autores (Cavelier etal, 1996; Resh et al 2003) .ConclusõesNo perfil <strong>do</strong> solo, a biomassa radicular concentrou-se majoritariamente na superfície, tanto para a florestaprimaria como para o plantio <strong>de</strong> cacau.Como já espera<strong>do</strong> os tipos <strong>de</strong> vegetação não influenciaram significativamente a produção <strong>de</strong> biomassa, eas duas áreas contribuíram similarmente nesse senti<strong>do</strong>.ReferênciasBERNOUX, M.; CARVALHO, M.C.S.; VOLKOFF, B.; CERRI, C.C. Brazil‘s soil carbon stocks. SoilSci. Soc. Am. J. v.66, p. 888-896, 2002.90


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoBERNOUX, M.; GRAÇA, P.M.A.; CERRI, C.C.; FEARNSIDE, P.M.; B.J. FEIGL; PICCOLO, M.C.Carbon torage in biomass and soils. In: M.E.Mcclain; R.L.victoria; J.E.Richey (eds.) Thebiogeochemistry of the Amazon basin. New York, Oxford University press, v.1, p.165-184, 2001.BRANDÃO, Jailson Rocha; SANTOS, Fabrícia Costa <strong><strong>do</strong>s</strong>; Melo, Nuno Felipe Alves Correia <strong>de</strong>. Acultura <strong>do</strong> cacau em saf: Reflexões sobre i<strong>de</strong>ntificação e valoração <strong>de</strong> serviços ambientais esocioeconômicos na Transamazônica.-BURGERMEISTER, J. Missing carbon mystery: case solved?. Nature, v.3, p. 36-37, 2007.GOWER, S. Τ. Relations between mineral nutrient availability and fine root biomass in two Costa Ricantropical wet forests: A hypothesis. Biotropica, v.19, p.171-175, 1987.MAKKONEN, K.; HELMISAARI, H. Assessing fine-root biomass and production in a cots pine stand -comparison of soil core and root ingrowth core methods. Plant and Soil, v. 210, p. 43-50, 1999.MENESES, MARLON COSTA <strong>de</strong>. Dinâmica <strong>de</strong> biomassa e nutrientes em raízes <strong>de</strong> ecossistemas <strong>de</strong>floresta nativa e plantio <strong>de</strong> eucalyptus na Amazônia Oriental. 2002.68p. Dissertação (Mestra<strong>do</strong> emEngenharia Florestal)Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Agrárias <strong>do</strong> Pará, Belém, 2002.MORRIS, S.J.; BOHM, S.; HAILE-MARIAM, S.; PAUL, E.A. Evaluation ofcarbon accrual in afforested agricultural soils. Global Change Biology, v.13, p.1145-1156, 2007.SANFORD Jr., R.L.; CUEVAS, E. Root growth and rhizosphere interactions in tropical forests.In:MULKEY, S.S.; CHAZDON, R.L.; SMITH, A.P. (Eds.). Tropical forest plant ecophysiology. NewYork: Chapman & Hall, 1996. p.268-300.SILVER, W.L.; KUEPPERS, L.M.; LUGO, A.E.; OSTERTAG, R. AND MATZEK, V. Carbonsequestration and plant community dynamics following reforestation of tropical pasture. EcologicalApplications, v.14, n.4, p.1115-1127, 2004.YAVITT, J.B.; WRIGHT, S. J. Drought and irrigation effects on fine root dynamics in a tropical moistforest, Panama. Biotropica, v.33, p. 421-434, 2001.ZARIN, D.J.; DAVISON, E.A.; BRONDIZIO, E.; VIEIRA, I.C.; SÁ, T.; FELDPAUSCH, T.; SCHUUR,E.A.; MESQUITA, R.; MORAN, E.; DELAMONICA, P.; DUCEY, M.J.; HURTT, G.C.; SALIMON, C.;DENICH, M. Legacy of fire slows carbon accumulation in Amazonian forest regrowth. Front Ecol.Environ. v.3, n.7, p.365-369, 2005.CARACTERIZAÇÃO DE TEORES DE MATÉRIA ORGÂNICA E CARBONO ORGÂNICO DESUBSTRATOS EXTRAÍDOS DE DIFERENTES ECOSSISTEMASErika Kzan da Silva¹, Carlos Augusto Cor<strong>de</strong>iro Costa ², Giselle Nerino Brito <strong>de</strong> Souza ³, Suelen CristinaNunes Alves 41 Acadêmica <strong>do</strong> curso <strong>de</strong> Agronomia, bolsista <strong>do</strong> PET Agronomia/ SESu/ MEC/UFRA -kika_kzan@hotmai.com2 Professor Adjunto <strong>do</strong> Instituto Sócio Ambiental <strong>de</strong> Recursos Hídricos/ ISARH/ UFRA -carlos.costa@ufra.edu.br3 Acadêmica <strong>do</strong> curso <strong>de</strong> Agronomia, bolsista <strong>do</strong> PET Agronomia/ SESu/ MEC/UFRA -gisa_nbds@hotmail.com4 Acadêmica <strong>do</strong> curso <strong>de</strong> Agronomia, bolsista <strong>do</strong> FAPESPA/ UFRA - suelen_kris@hotmail.comA matéria orgânica (MO) é rica em nutrientes. A partir <strong>de</strong>sses conhecimentos, foi realiza<strong>do</strong> noLHEQ/UFRA um estu<strong>do</strong> buscan<strong>do</strong> averiguar o teor <strong>de</strong> MO e Carbono Orgânico (COrg), avalian<strong>do</strong> ossubstratos: 1 - material <strong>de</strong>composto <strong>de</strong> cascas, raízes, folhas <strong>de</strong> Bertholletia excelsa, 2 - casca <strong>de</strong> Cocosnucifera, 3 - material humifica<strong>do</strong> <strong>de</strong> ecossistema <strong>do</strong> mangue, 4 - tronco em <strong>de</strong>composição <strong>de</strong> Lecythisollaria ou L. Pisonis, 5 - material <strong>de</strong>composto <strong>de</strong> cascas, raízes, folhas <strong>de</strong> (Zyzygium malaccense), 6 -tronco <strong>de</strong> Mauritia flexuosa. Os resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> consi<strong>de</strong>ra<strong><strong>do</strong>s</strong> ótimos foram os <strong>de</strong> coco e bons para castanheirae buritizeiro.(Banco Central).Palavras-chave: matéria orgânica, substratos, agricultura familiarIntroduçãoA matéria orgânica <strong>do</strong> solo abrange to<strong><strong>do</strong>s</strong> os organismos que vivem neste, juntamente com os resíduos <strong>de</strong>organismos mortos, em vários estádios <strong>de</strong> <strong>de</strong>composição. O teor <strong>de</strong> carbono orgânico <strong>do</strong> solo <strong>de</strong>corre <strong>de</strong>misturas heterogêneas <strong>de</strong> substâncias simples e complexas que contêm carbono, sen<strong>do</strong> esta componenteessencial (Comunida<strong>de</strong>s Européias, 2009). A partir daí, a importância <strong>de</strong> reposição da mesma paramanutenção da vida no solo, aumento da retenção <strong>de</strong> água e da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trocar cátions (CTC),91


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientificoestabilida<strong>de</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong> agrega<strong><strong>do</strong>s</strong>, fonte <strong>de</strong> nitrogênio, fósforo e enxofre, bem como micronutrientes e sanida<strong>de</strong>da proprieda<strong>de</strong> agrícola.Cada planta absorve elementos distintos. Ela po<strong>de</strong> ser mais rica em ami<strong><strong>do</strong>s</strong> e proteínas, como asleguminosas, ou mais ricas em celulose e ligninas como capins. Po<strong>de</strong> ser mais ou menos silicosa, mais oumenos pobre em cálcio (Nehring & Matshke, 1970). Ao entrarem em <strong>de</strong>composição as substânciasabsorvidas são liberadas trazen<strong>do</strong> boas características estruturais e bioquímicas ao sistema solo-planta.A agricultura familiar é responsável por 70% da produção <strong>de</strong> alimentos (ROSA COUTO, 1999). A<strong>de</strong>gradação <strong>do</strong> solo exige altos gastos em insumos <strong>de</strong>stina<strong><strong>do</strong>s</strong> à recuperação <strong>do</strong> solo, para uma agricultura<strong>de</strong>scapitalizada esta é uma exigência que está além <strong>de</strong> suas possibilida<strong>de</strong>s (Malagodi, Quirino &Sabourim).ObjetivoFoi realiza<strong>do</strong> no Laboratório <strong>de</strong> Húmus e Ecologia Química da UFRA um estu<strong>do</strong> objetivan<strong>do</strong> avaliar opotencial <strong>de</strong> diferentes substratos prontamente disponíveis na natureza a partir <strong>de</strong> <strong>de</strong>composição paraaveriguar seu uso como fonte <strong>de</strong> MO e COrg para auxiliar na manutenção das boas características <strong><strong>do</strong>s</strong>olo, buscan<strong>do</strong> minimização <strong>de</strong> custo com insumos agrícolas <strong><strong>do</strong>s</strong> pequenos produtores.Meto<strong>do</strong>logiaForam avalia<strong><strong>do</strong>s</strong> os seguintes substratos: 1- material <strong>de</strong>composto <strong>de</strong> cascas, raízes, folhas <strong>de</strong> castanheira(Bertholletia excelsa Kunt) coleta<strong>do</strong> no município o Acará - PA, 2- casca <strong>de</strong> coco (Cocos nucifera L.), 3-material humifica<strong>do</strong> <strong>de</strong> ecossistema <strong>do</strong> tipo mangue coleta<strong>do</strong> no município <strong>de</strong> São João <strong>de</strong> Pirabas - PA,4- material <strong>de</strong>composto <strong>de</strong> cascas, raízes, tronco em <strong>de</strong>composição <strong>de</strong> sapucaia (Lecythis ollaria ou L.Pisonis) coleta<strong>do</strong> no município <strong>de</strong> Baião – PA, 5- folhas <strong>de</strong> jambeiro (Zyzygium malaccense) coleta<strong>do</strong> emVila Fátima – PA, 6- tronco <strong>de</strong> buritizeiro (Mauritia flexuosa L.) em <strong>de</strong>composição coleta<strong>do</strong> nomunicípio <strong>de</strong> São João <strong>de</strong> Pirabas – PA.Inicialmente foi realizada a secagem <strong>do</strong> material ao ar livre para posterior análise <strong>de</strong> matéria orgânica ecálculo <strong>de</strong> carbono orgânico pelo méto<strong>do</strong> Walkley-Black – Oxidação <strong>do</strong> carbono orgânico por dicromatona presença <strong>de</strong> áci<strong>do</strong> sulfúrico concentra<strong>do</strong> (Tomé Jr., 1997), sen<strong>do</strong> para tanto, pesa<strong><strong>do</strong>s</strong> 0,1g <strong>de</strong> cadamaterial, testadas em 5 re<strong>pet</strong>ições cada amostra. O <strong>de</strong>lineamento utiliza<strong>do</strong> para interpretação <strong><strong>do</strong>s</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong>foi o inteiramente casualiza<strong>do</strong> e teste <strong>de</strong> Tukey a 5% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong> para comparação entre médias.Resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> e DiscussõesOs resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> percentuais <strong>de</strong> MO para as 5 re<strong>pet</strong>ições <strong>de</strong> cada tratamento foram:1 (Castanheira): 48,776; 56,816; 52,796; 52,796; 56,816.2 (Coco): 64,990; 69,010; 73,164; 69,010; 69,010.3 (Mangue): 8,174; 8,174; 3,886; 3,886; 8,174.4 (Sapucaia): 24,38; 20,368; 16,214; 20,368; 16,214.5 (Jambeiro): 16,214; 12,199; 12,199; 20,368; 16,214.6 (Burtizeiro): 40,602; 36,582; 36,582; 40,602; 52,796.Os resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> percentuais <strong>de</strong> Carbono Orgânico (COrg) para as 5 re<strong>pet</strong>ições <strong>de</strong> cada tratamento foram:1 (Castanheira): 28,358; 33,033; 30,695; 33,033; 30,695.2 (Coco): 37,785; 40,122; 42,537; 40,122; 40,122.3 (Mangue): 4,752; 4,752; 2,259; 2,259; 4,752.4 (Sapucaia): 14,179 ; 11,842 ; 9,427 ; 11.842 ; 9,427.5 (Jambeiro): 9,427; 7,089; 7,089; 11,842; 9,427.6 (Burtizeiro): 23,606 ; 21,269 ; 21,269 ; 23,606 ; 30,695.Os Teores médios <strong>de</strong> matéria orgânica e carbono orgânico, respectivamente, nos diferentes tratamentosforam:1 (Castanheira): 53,60000 b; 31.16280 b.2 (Coco): 69,03680 a; 40.13760 a.3 (Mangue): 6,45880 e; 5.12360 e.4 (Sapucaia): 19,51040 d; 11.34340 d.5 (Jambeiro): 15,43880 d; 8.97480 <strong>de</strong>.6 (Burtizeiro): 41,4328 c; 24.08900 c.A partir <strong><strong>do</strong>s</strong> resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> das re<strong>pet</strong>ições para MO e COrg foram feitos cálculos estatísticos on<strong>de</strong> osresulta<strong><strong>do</strong>s</strong> observa<strong><strong>do</strong>s</strong> mostram que os melhores teores para matéria orgânica e COrg foram para omaterial <strong>de</strong> palha <strong>de</strong> coco. A maioria <strong><strong>do</strong>s</strong> valores apresentaram diferença significativa entre si observaçãofeita a partir da diferença <strong>de</strong> letras após teste <strong>de</strong> Tukey, sen<strong>do</strong> que o material proveniente <strong>de</strong> sapucaia e <strong>do</strong>jambeiro não apresentaram diferente estatística, pois apresentaram mesma letra, sen<strong>do</strong> estes os terceiros92


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientificomelhores resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>. A diferença mínima significativa (DMS) foi <strong>de</strong> 7,69185% entre os valores, commédia geral (MG) <strong>de</strong> 34,24627% e coeficiente <strong>de</strong> variação (CV) <strong>de</strong> 11,49268%. Já para COrg osresulta<strong><strong>do</strong>s</strong> foram para DMS <strong>de</strong> 4,94068, MG <strong>de</strong> 20,13853 e CV% <strong>de</strong> 12,55343. Os resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>apresenta<strong><strong>do</strong>s</strong> para o material proveniente <strong>de</strong> jambeiro apresentaram resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> que não diferem <strong><strong>do</strong>s</strong>ubstrato <strong>de</strong> sapucaia como também não são diferentes <strong><strong>do</strong>s</strong> valores para o mangue. Os melhores teoresobserva<strong><strong>do</strong>s</strong> foram para a palha <strong>do</strong> coco.ConclusãoDe acor<strong>do</strong> com interpretações <strong>de</strong> Guimarães & Alvarez (1999), teores consi<strong>de</strong>ra<strong><strong>do</strong>s</strong> altos <strong>de</strong> MO sãomaiores que 25 g kg-¹, já para Corg, os teores <strong>de</strong>vem ser maiores que 14 g kg-¹. Os resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>consi<strong>de</strong>ra<strong><strong>do</strong>s</strong> ótimos foram os <strong>de</strong> coco, castanheira e buritizeiro, médios para sapucaia e jambeiro, para omangue fora menos expressivos, explica-se pelo fato <strong>de</strong>ste ecossistema ser um ambiente <strong>de</strong> exportação <strong>de</strong>material orgânico para os mares e rios.O material mostrou potencial para ser utiliza<strong>do</strong> na agricultura no que diz respeito à MO e COrg,estan<strong>do</strong> prontamente disponíveis na natureza não sen<strong>do</strong> custos adicionais ao produtor.Referências BibliográficasGUIMARÃES, P. T. G.; ALVAREZ, V., H., Recomendações para o uso <strong>de</strong> corretivos e fertilizantes emMinas Gerais. 5ª aproximação,Viçosa, 1999. p.25 -32.Comunida<strong>de</strong>s Europeias. Agricultura sustentável e conservação <strong><strong>do</strong>s</strong> solos Processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação <strong><strong>do</strong>s</strong>olo, 1990. Disponível em:MALAGODI, Edgard A. e QUIRINO, Eliana G., SABOURIM, Eric. Agricultura familiar e ConsciênciaAmbiental. PB. Disponível em: www.inclusao<strong>de</strong>jovens.org.br/ Acesso em 25 out 2009.NEHRING, F. W.; J. MATSHKE. Untersuchungen über <strong>de</strong>n Abdau organischer Substanz im Bo<strong>de</strong>n.Pe<strong>do</strong>biol, 1970. p.34-121.Rosa Couto, S.L. Agricultura familiar e <strong>de</strong>senvolvimento local sustentável. 37º Congresso Brasileiro <strong>de</strong>Economia e Sociologia Rural - SOBER, Foz <strong><strong>do</strong>s</strong> Iguaçu, 1999.Silva, F. <strong>de</strong> A. S. e. & Azeve<strong>do</strong>, C. A. V. <strong>de</strong>. A New Version of The Assistat-Statistical AssistanceSoftware. In: WORLD CONGRESS ON COMPUTERS IN AGRICULTURE, 4, Orlan<strong>do</strong>-FL-USA:Anais... Orlan<strong>do</strong>: American Society of Agricultural Engineers, 2006. p.393-396.Tomé Jr, J. B. Manual para interpretação <strong>de</strong> solo / J. B. Tomé Jr. - Guaíba: Agropecuária, 1997. 247p.CONVIVÊNCIA E DIAGNÓSTICO EM ASSENTAMENTO RURAL NO MUNICÍPIO DEACARÁ/PAIgor Vinícius <strong>de</strong> Oliveira¹, Erika Kzan da Silva², Vicente Filho Alves Silva ³, Felipe TameirãoFonseca 4 , Carlos Augusto Cor<strong>de</strong>iro Costa 51 Primeiro Autor é acadêmico <strong>do</strong> curso <strong>de</strong> Agronomia, bolsista <strong>do</strong> PET Agronomia/ SESu/ MEC/UFRA,Av. Presi<strong>de</strong>nte Tancre<strong>do</strong> Neves nº 2501-CEP 66077-530 Belém PA; igorufra@hotmail.com2 Segunda Autora é acadêmica <strong>do</strong> curso <strong>de</strong> Agronomia, bolsista <strong>do</strong> PET Agronomia/ SESu/ MEC/UFRA,Av. Presi<strong>de</strong>nte Tancre<strong>do</strong> Neves nº 2501-CEP 66077-530 Belém PA; kika_kzan@hotmai.com3 Terceiro Autor é acadêmico <strong>do</strong> curso <strong>de</strong> Agronomia, bolsista <strong>do</strong> PET-Agronomia/SESu/MEC/UFRA,Av. Presi<strong>de</strong>nte Tancre<strong>do</strong> Neves nº 2501-CEP 66077-530 Belém PA; faz_vicente@hotmail.com4 Quarto Autor é acadêmico <strong>do</strong> curso <strong>de</strong> Agronomia, bolsista <strong>do</strong> PET Agronomia/ SESu/ MEC/UFRA,Av. Presi<strong>de</strong>nte Tancre<strong>do</strong> Neves nº 2501-CEP 66077-530 Belém PA; felipe.tameirão@hotmail.com5 Quinto Autor é Professor Adjunto <strong>do</strong> Instituto Sócio Ambiental <strong>de</strong> Recursos Hídricos/ ISARH/ UFRA,Av. Presi<strong>de</strong>nte Tancre<strong>do</strong> Neves nº 2501-CEP 66077-530 Belém PA; Carlos.costa@ufra.edu.brO trabalho foi realiza<strong>do</strong> pelo Grupo PET Agronomia/SESu-MEC/UFRA no município <strong>de</strong> Acará – PA noassentamento Benedito Alves Ban<strong>de</strong>ira, foi realiza<strong>do</strong> um Diagnóstico Rápi<strong>do</strong> Participativo (DRP)objetivan<strong>do</strong> conhecer os problemas da comunica, seus costumes, sua organização, etc. Foram coleta<strong>do</strong>da<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> 6 residências rural utilizan<strong>do</strong> o méto<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> pelo grupo chama<strong>do</strong> 4C, on<strong>de</strong> foramobservadas características referentes à comunicação, comercialização, conscientização ecomprometimento.Palavras-chave: diagnóstico, vivência, agricultura familiar93


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoIntroduçãoO município <strong>de</strong> Acará é o principal produtor brasileiro <strong>de</strong> mandioca correspon<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a 2,3% da produçãonacional, com produção estimada <strong>de</strong> 600 mil tonaladas por ano (IBGE, Servi<strong>do</strong>r <strong>de</strong> arquivos). O acesso aeste município se dá pela Ro<strong>do</strong>via Estadual PA-252 ou pelo Ramal da Alça Viária.De acor<strong>do</strong> com diálogos com a população <strong>do</strong> Assentamento Rural Benedito Alvez Ban<strong>de</strong>ira (BAB), estepassou por conflitos pela sua posse, inclusive com a morte <strong>do</strong> presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> sindicato <strong><strong>do</strong>s</strong> posseirosdaquela região: o Srº. Benedito Ban<strong>de</strong>ira, sen<strong>do</strong> legaliza<strong>do</strong> pelo INCRA (Instituto Nacional <strong>de</strong>Colonização e Reforma Agrária), em 1989. Divi<strong>de</strong>-se em 205 lotes <strong>de</strong> aproximadamente 25,50 ou 100 ha,<strong><strong>do</strong>s</strong> quais apenas 65 lotes contam com energia elétrica.De acor<strong>do</strong> com Tiago Alves Furta<strong>do</strong>, et al. (2009) o BAB reflete bem a situação da reforma agrária noBrasil‖. Enten<strong>de</strong>-se por isso que o os assenta<strong><strong>do</strong>s</strong> possuem carências que com o <strong>de</strong>senrolar da ativida<strong>de</strong>foram evi<strong>de</strong>nciadas.A vivência foi realizada por alunos participantes <strong>do</strong> Programa <strong>de</strong> Educação Tutorial (PET) <strong>do</strong> curso <strong>de</strong>Agronomia da UFRA, os recém ingressos no curso, junto aos alunos envolvi<strong><strong>do</strong>s</strong> no estágio―Desenvolvimento da Agricultura Familiar no Assentamento Benedito Alves Ban<strong>de</strong>ira‖, <strong>de</strong>responsabilida<strong>de</strong> da Professora Cristina Araújo Dib Taxi.ObjetivosO presente trabalho foi realiza<strong>do</strong> no BAB observan<strong>do</strong> <strong>de</strong> forma mais natural possível, a maneira <strong>de</strong>convívio <strong>do</strong> produtor, buscan<strong>do</strong> aproximar os acadêmicos da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia darealida<strong>de</strong> da Agricultura Familiar no Esta<strong>do</strong>, afim <strong>de</strong> que estes vislumbrem o campo que tem gran<strong>de</strong>sanseios por profissionais capacita<strong><strong>do</strong>s</strong>.Meto<strong>do</strong>logiaO Diagnóstico Rápi<strong>do</strong> Participativo (DRP), como instrumento meto<strong>do</strong>lógico <strong>de</strong> extensão rural tem si<strong>do</strong> aprincipal ferramenta utilizada no trabalho <strong>de</strong> replanejamento das ativida<strong>de</strong>s. Consiste em um processo <strong>de</strong>aprendizagem intensivo, sistemático e semi estrutura<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong> por uma equipe <strong>de</strong> anima<strong>do</strong>res em umacomunida<strong>de</strong> rural, contan<strong>do</strong> com a participação e colaboração das pessoas que vivem e trabalham na área(Tarsitano et al. 1999). Por meio <strong>de</strong>ste méto<strong>do</strong> é possível obter da<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>do</strong> assentamento para posteriorestrabalhos <strong>de</strong> extensão rural, avalia<strong>do</strong> a partir das necessida<strong>de</strong>s apontadas, os pontos chaves <strong>de</strong> possíveismelhorias na condição <strong>do</strong> mesmo.O grupo foi dividi<strong>do</strong> em duplas (um homem e uma mulher, um bolsista e um aluno <strong>do</strong> 2º semestre <strong>do</strong>curso <strong>de</strong> Agronomia da UFRA), on<strong>de</strong> cada dupla ficou em uma casa <strong>de</strong> agricultor. Ao to<strong>do</strong> foramobservadas 6 casas buscan<strong>do</strong> representar o to<strong>do</strong> <strong>do</strong> assentamento.Em cada casa se observou o dia-a-dia <strong><strong>do</strong>s</strong> produtores rurais nos seguintes pontos:Comunicação: observar a estrutura familiar, relação entre os membros da família, o diálogo, opapel da mulher na família, o papel <strong><strong>do</strong>s</strong> filhos na família, a postura <strong>do</strong> chefe <strong>de</strong> família;Comercialização: observar o andamento <strong>de</strong> projetos, o tipo e número <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra, a fonte <strong>de</strong>renda da família, as relações <strong>de</strong> merca<strong>do</strong> existentes, tipo <strong>de</strong> agricultura;Conscientização: Consciência <strong>de</strong> preservação ambiental, preocupação com o uso <strong>de</strong> <strong>de</strong>fensivosagrícolas (agrotóxicos), diversida<strong>de</strong> animal e vegetal.Comprometimento: compromisso governamental com saú<strong>de</strong> e educação, nível <strong>de</strong> organização dafamília quanto à participação na Associação, na produção coletiva e perspectivas para o futuro.Em que esses pontos foram avalia<strong><strong>do</strong>s</strong> através <strong>de</strong> perguntas, a serem respondidas pelas duplas e ao final daativida<strong>de</strong> cada dupla entregou um relatório pontual <strong><strong>do</strong>s</strong> itens <strong>de</strong>scrimina<strong><strong>do</strong>s</strong> acima.Segun<strong><strong>do</strong>s</strong> consi<strong>de</strong>rações <strong>de</strong> Sergio Schnei<strong>de</strong>r, et al. 2006, ―nesta esfera, os media<strong>do</strong>res são os que jogamum papel central, pois <strong>de</strong>les se espera uma postura menos etnocêntrica, mais <strong>de</strong>mocrática e participativae, sobretu<strong>do</strong>, mais humil<strong>de</strong>‖. A partir <strong>de</strong>sta compreensão, os alunos forma orienta<strong><strong>do</strong>s</strong> quan<strong>do</strong> à posturaque <strong>de</strong>veriam <strong>de</strong>sempenhar na comunida<strong>de</strong>. O participante da ativida<strong>de</strong> teve em mente que não po<strong>de</strong>riafazer promessas aos mora<strong>do</strong>res <strong>de</strong> ajuda técnica, financeira ou <strong>de</strong> outro tipo. Não <strong>de</strong>veria questionar asrelações existentes na comunida<strong>de</strong>, nem fazer perguntas muito diretas ou utilizar a aplicação <strong>de</strong> umquestionário.Além <strong>de</strong>stes questionamentos, os agentes po<strong>de</strong>riam fazer outras observações.Resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> e DiscussõesDe acor<strong>do</strong> com os da<strong><strong>do</strong>s</strong> obti<strong><strong>do</strong>s</strong> a partir <strong>do</strong> convívio com as famílias, nota-se que a vivência foiproveitosa no que diz respeito à interação entre os futuros profissionais <strong>de</strong> Ciências Agrárias e ospequenos agricultores. Foi possível visualizar pontos vistos na graduação, assim como a realida<strong>de</strong> <strong>do</strong>produtor que muito <strong>de</strong>batida <strong>de</strong>ntro da aca<strong>de</strong>mia e <strong>de</strong>ntro disso, como será a atuação <strong>do</strong> profissional no94


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientificocampo, uma vez que agora ele tem um melhor entendimento <strong>de</strong>sta realida<strong>de</strong>, não só por ter convivi<strong>do</strong>,mas também por palestras que trataram <strong>do</strong> assunto, com seu histórico, que no caso é bastante importantepara um melhor entendimento.Visualizou-se relação que o homem <strong>do</strong> campo tem com o ambiente, a dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ste, os anseios, aimportância <strong>do</strong> papel social <strong>de</strong>sse homem <strong>do</strong> campo, etc.Desta forma os futuros profissionais, já começam a reconhecer seu possível futuro campo <strong>de</strong> trabalho ecomo trabalhar <strong>de</strong> forma mais correta possível nele.ConclusõesO PRONAF sofre críticas <strong><strong>do</strong>s</strong> agricultores por não contemplar <strong>de</strong> forma igualitária os processos <strong>de</strong>produção.As ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> assentamento são bem diversificadas.Observou-se em algumas residências a presença <strong>de</strong> pluriativida<strong>de</strong>.O acesso á água é feito através <strong>de</strong> poços próprios ou <strong>de</strong> vizinhos.Nota-se que há um conhecimento passa<strong>do</strong> por gerações.Possuem preocupação ecológica, porém, utilizam a prática <strong>de</strong> <strong>de</strong>rruba e queima, pois não reconhecem ummanejo alternativo mais eficiente.O diagnóstico mostrou-se eficaz quanto a melhoria <strong>de</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> relacionan<strong>do</strong> ao diagnósticos <strong>de</strong> respostassimples.A dificulda<strong>de</strong> apontada com o méto<strong>do</strong> foi em relação à síntese das informações.Referências BibliográficasFURTADO, Tiago Alves. Longe <strong>de</strong>mais das capitais: a dura realida<strong>de</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong> camponeses <strong>do</strong> Pará. JornalOpinião Socialista. Belém. 2009.IBGE, Servi<strong>do</strong>r <strong>de</strong> arquivos. Disponível em: . Acessoem 03 <strong>de</strong>z. 2008.SCHNEIDER , Sergio. Turismo em Comunida<strong>de</strong>s Rurais: inclusão social por meio <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>snão-agrícolas. Publica<strong>do</strong> como capítulo no Livro: ―Diálogos <strong>do</strong> Turismo: Uma Viagem <strong>de</strong> Inclusão‖.Brasília, 2006.TARSITANO, M. A. A.; SANT‘ANA, A.L.; ARAUJO, C. A. M E BOLIANI, A. C. Projeto <strong>de</strong>reassentamento rural Cinturão Ver<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ilha Solteira – SP.: Duas perspectivas <strong>de</strong> análise. In:CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL, 36, 1999, FOZ DO IGUAÇU(PR). Anais... FOZ DO IGUAÇU (PR), 1999. (CD-ROM).DESEMPENHO PRELIMINAR DE PROGÊNIES DE CUPUAÇUZEIRO NO ESTADO DOPARÁ¹ Gerlane <strong>de</strong> Freitas Melo, ²Rafael Moysés Alves, ³Vinicius Silva <strong><strong>do</strong>s</strong> Santos¹ Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia – gmeloagronoma@yahoo.com.br² Embrapa Amazônia Oriental – rafael@cpatu.embrapa.br³ Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – viny_2santos@hotmail.comA produtivida<strong>de</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong> plantios <strong>de</strong> cupuaçuzeiro tem <strong>de</strong>cresci<strong>do</strong> vertiginosamente nos últimos anos,<strong>de</strong>ven<strong>do</strong>-se principalmente à <strong>do</strong>ença conhecida como vassoura-<strong>de</strong>-bruxa. O emprego <strong>de</strong> materiaisgeneticamente tolerantes a essa <strong>do</strong>ença passou a ser a tecnologia mais promissora no combate aenfermida<strong>de</strong>. O objetivo <strong>de</strong>ste trabalho foi avaliar a produção preliminar <strong>de</strong> 15 progênies <strong>de</strong> cupuaçuzeirono município <strong>de</strong> Tomé Açu, Pará. As progênies apresentaram gran<strong>de</strong> variabilida<strong>de</strong> para o caráter número<strong>de</strong> frutos nessa etapa inicial. Quanto à produção <strong>de</strong> frutos, foram <strong>de</strong>staques as progênies 41 e 32, as quaispo<strong>de</strong>rão ser aproveitadas no programa <strong>de</strong> melhoramento genético <strong>de</strong> cupuaçuzeiro.Palavras-Chave: produção <strong>de</strong> frutos, variabilida<strong>de</strong>, fruteira nativa.IntroduçãoUma das gran<strong>de</strong>s limitações da agricultura é a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> explorar os recursos naturais <strong>de</strong> formaeconômica sem prejudicar ou alterar os ecossistemas. O cupuaçuzeiro (Theobroma grandiforum(Will<strong>de</strong>now ex. Sprengel) Schumann ) é uma fruteira nativa da região Amazônica, cujo cultivo em escalacomercial foi incrementa<strong>do</strong> a partir da década <strong>de</strong> 70 (ALVES, 1999).A principal <strong>do</strong>ença que acomete os pomares <strong>de</strong> cupuaçuzeiro, conhecida como vassoura-<strong>de</strong>-bruxa,Crinipellis perniciosa (Stahel) Singer, compromete <strong>de</strong>cisivamente para a queda da produtivida<strong>de</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong>95


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientificoplantios. Pesquisas <strong>de</strong>monstraram que a utilização <strong>de</strong> materiais geneticamente tolerantes a essa <strong>do</strong>ença é atecnologia mais promissora no combate a essa enfermida<strong>de</strong> (YONEYAMA et al., 1997).ObjetivosAvaliar, em nível <strong>de</strong> campo, um ensaio com 15 progênies <strong>de</strong> irmãos completos <strong>de</strong> cupuaçuzeiro, instala<strong>do</strong>em área <strong>de</strong> produtor <strong>de</strong> Tome Açu - Pa, no tocante a produção <strong>de</strong> frutos, com vistas a colher subsídiospara posteriormente selecionar materiais com características superiores <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong>.Materiais e Méto<strong><strong>do</strong>s</strong>O experimento foi conduzi<strong>do</strong> no município <strong>de</strong> Tomé Açu, Pará, em área <strong>de</strong> um produtor <strong>de</strong> cupuaçu. Oclima, na classificação <strong>de</strong> Köppen, é <strong>do</strong> tipo tropical quente e chuvoso <strong>do</strong> tipo Afi, com precipitaçãopluviométrica média <strong>de</strong> 2618 mm. A temperatura média anual é <strong>de</strong> 26,4ºC e o solo <strong>do</strong> tipo LatossoloAmarelo <strong>de</strong> textura média (EMBRAPA, 1999).O experimento foi leva<strong>do</strong> a campo em fevereiro <strong>de</strong> 2005 constituí<strong>do</strong> por 15 progênies <strong>de</strong> irmãoscompletos <strong>de</strong> cupuaçuzeiro (híbri<strong><strong>do</strong>s</strong> primários intra - específico). O <strong>de</strong>lineamento experimental utiliza<strong>do</strong>foi em blocos casualiza<strong><strong>do</strong>s</strong>, com cinco re<strong>pet</strong>ições e três plantas na parcela.Foram coleta<strong><strong>do</strong>s</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> experimentais em duas safras: 2007/2008 e 2008/2009. Em função da dificulda<strong>de</strong><strong>de</strong> obtenção <strong><strong>do</strong>s</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> experimentais, visto que, a safra é contínua e ocorre entre <strong>de</strong>zembro a maio, foia<strong>do</strong>tada a meto<strong>do</strong>logia <strong>de</strong> contagem <strong><strong>do</strong>s</strong> frutos no início, meio e final <strong>de</strong> cada safra, próximos àmaturação, porém, ainda presos à planta. Essas contagens correspondiam a intervalos <strong>de</strong>aproximadamente 60 dias, tempo em que os frutos conta<strong><strong>do</strong>s</strong> se <strong>de</strong>spediam das plantas. A produção <strong>de</strong>cada planta era o resulta<strong>do</strong> da somatória das três avaliações na respectiva safra.Como variável <strong>de</strong> resposta foi utiliza<strong>do</strong> o número <strong>de</strong> frutos médios produzi<strong><strong>do</strong>s</strong> por planta nas duasprimeiras safras, quan<strong>do</strong> as plantas apresentavam três e quatro anos, respectivamente.Os da<strong><strong>do</strong>s</strong> foram analisa<strong><strong>do</strong>s</strong> pelo pacote estatístico SAS (SAS Institute, 2002), para análise <strong>de</strong> variância ecomparação <strong>de</strong> médias pelo teste <strong>de</strong> Tukey a 5% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>.Resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>Os resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong>monstraram gran<strong>de</strong> variabilida<strong>de</strong> para produção <strong>de</strong> frutos entre as progênies <strong>de</strong>cupuaçuzeiro, em razão da genealogia <strong><strong>do</strong>s</strong> diferentes materiais emprega<strong><strong>do</strong>s</strong>.Além <strong><strong>do</strong>s</strong> fatores genéticos, observou-se marcante influência das variações ambientais que justificam oeleva<strong>do</strong> coeficiente <strong>de</strong> variação (CV = 61%) encontra<strong>do</strong>, comum em experimentos <strong>de</strong>ssa natureza.Dentre as 15 progênies avaliadas, foi constatada que a progênie 41, cruzamento entre os clones 220 xM138, apresentou a maior média <strong>de</strong> frutos (8,9), diferin<strong>do</strong> das <strong>de</strong>mais progênies, exceto a progênie 32, emuito acima da média geral <strong>do</strong> experimento (4,0 frutos). A progênie 32, resultante <strong>do</strong> cruzamento entre osclones 186 x Sekó, com média <strong>de</strong> 7 frutos, foi o outro <strong>de</strong>staque <strong>de</strong>ste experimento.Por outro la<strong>do</strong>, a progênie 12 (cruzamento 186 x 220) apresentou a menor média (1,7 frutos por planta),seguida da progênie 2 ( cruzamento 173 x 215) e 3 (215 x 1074), com média <strong>de</strong> 2 e 2,1 frutos,respectivamente. As <strong>de</strong>mais progênies apresentaram número intermediário <strong>de</strong> frutos.Com a análise da produção das safras 2007/2008 e 2008/2009, apesar das plantas ainda não terematingi<strong>do</strong> o patamar <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong> produtiva, já oferece indicativo da potencialida<strong>de</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong> materiaisestuda<strong><strong>do</strong>s</strong> para futura seleção. O emprego da técnica da recombinação alélica, promovida porprogenitores <strong>de</strong> cupuaçuzeiro criteriosamente escolhi<strong><strong>do</strong>s</strong>, proporciona uma alternativa viável, paraobtenção <strong>de</strong> materiais superiores, evi<strong>de</strong>ncian<strong>do</strong> eficácia quan<strong>do</strong> comparada a outros méto<strong><strong>do</strong>s</strong> tradicionais.ConclusõesAs progênies apresentaram gran<strong>de</strong> variabilida<strong>de</strong> para o caráter número <strong>de</strong> frutos, com <strong>de</strong>staque para asprogênies 41 (220 x M138) e 32 (186 x Sekó). A precocida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sses materiais será um componenteimportante para a seleção final, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que mantenham o crescente incremento <strong>de</strong> produção ao longo daspróximas safras.ReferênciasALVES, R. M. Cupuaçuzeiro (Theobroma grandiforum (Will<strong>de</strong>now ex. Sprengel) Schumann ). In.EMBRAPA. Centro <strong>de</strong> Pesquisa Agroflorestal da Amazônia Oriental (Belém, Pa). Programa <strong>de</strong>melhoramento genético e <strong>de</strong> adaptação <strong>de</strong> espécies vegetais para a Amazônia Oriental. Belém, 1999.137p. (Embrapa Amazônia Oriental. Documentos, 16).EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA - EMBRAPA. Centro Nacional <strong>de</strong>Pesquisa <strong>de</strong> Solos. Sistema Brasileiro <strong>de</strong> Classificação <strong>de</strong> Solos. Brasília, 1999.96


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoYONEYAMA, S.; NUNES, A.M.L.; DUARTE, M.L.R.; SHIMIZU, O.; ENDO, T.; ALBUQUERQUE,F.C. Controle químico da vassoura-<strong>de</strong>-bruxa em cupuaçuzeiro. In: SEMINÁRIO INTERNACIONALSOBRE PIMENTA-DO-REINO E CUPUAÇU, 1., Belém, 1996. Anais Belém: EMBRAPA,CPATU/JICA, 1997. p.161-172. (Documentos, 89).SAS Institute. SAS/STAT User‘s Gui<strong>de</strong> 9.0. Cary, N. C.: SAS Institute Inc., 2002.ESCOLHA DOS SUBSTRATOS ORGÂNICOS IDEAIS PARA PRODUÇÃO DE MUDAS DEAÇAIZEIRO (Euterpe oleracea)¹Rengles <strong>de</strong> Oliveira Menezes, Suelen Naiara Rosa <strong><strong>do</strong>s</strong> Anjos Lopes, Andrezza Soares Ferreira, Maria <strong>do</strong>Socorro Padilha <strong>de</strong> Oliveira.¹Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (rhengles.ufra@gmail.com)²Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (len_anjos@yahoo.com.br)³ Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (mitrandy@hotmail.com)4 Dra. da Embrapa Amazônia Oriental (spadilha@cpatu.embrapa.br)O açaizeiro (Euterpe oleracea Mart.) é uma fruteira típica <strong>de</strong> clima tropical. A polpa arroxeada e <strong>de</strong> altovalor calórico, proveniente <strong>do</strong> epicarpo e mesocarpo <strong>do</strong> fruto, faz parte da dieta da população paraense.Este trabalho teve por objetivo avaliar a influência <strong>de</strong> diferentes substratos orgânicos na produção <strong>de</strong>mudas <strong>de</strong> açaizeiro. O experimento foi conduzi<strong>do</strong> no viveiro da unida<strong>de</strong> experimental da EmbrapaAmazônia Oriental <strong>do</strong> município <strong>de</strong> Belém. O <strong>de</strong>lineamento experimental utiliza<strong>do</strong> foi em blocoscasualiza<strong><strong>do</strong>s</strong>, com seis tratamentos, três re<strong>pet</strong>ições e parcela <strong>de</strong> 20 mudas. Os tratamentosnão diferiramsignificativamente ao nível <strong>de</strong> 5% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong> (.01 =< p < .05) entre si para a sobrevivência. Aindasim, ocorreu maior sobrevivência no Tratamento 1 (Terriço + serragem + esterco curti<strong>do</strong> <strong>de</strong> ga<strong>do</strong>). Asmudas apresentaram maior crescimento e melhor <strong>de</strong>sempenho no substrato com esterco <strong>de</strong> ga<strong>do</strong> em to<strong><strong>do</strong>s</strong>os caracteres avalia<strong><strong>do</strong>s</strong>.Palavras-chave: sobrevivência, peso ver<strong>de</strong>, peso seco.IntroduçãoO açaizeiro (Euterpe oleracea Mart.) é uma fruteira típica <strong>de</strong> clima tropical. A polpa arroxeada e <strong>de</strong> altovalor calórico proveniente <strong>do</strong> epicarpo e mesocarpo <strong>do</strong> fruto, faz parte da dieta da população paraense. A<strong>de</strong>manda crescente <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> polpa <strong>de</strong> açaí processada, principalmente pelos Esta<strong><strong>do</strong>s</strong> das regiões Sule Su<strong>de</strong>ste <strong>do</strong> Brasil, tem estimula<strong>do</strong> a implantação <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> exploração racional e, como conseqüência,houve um aumento na procura por sementes e mudas <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>. Conhecimentos sobre substratos paraa produção <strong>de</strong> mudas são necessários para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> tecnologias a<strong>de</strong>quadas (MÜLLER,2004).A propagação <strong>de</strong> mudas po<strong>de</strong> ser feita por semente ou por brotação da base <strong>do</strong> estipe, sen<strong>do</strong> o méto<strong>do</strong> porsementes o mais recomenda<strong>do</strong>.Logo, conhecer o comportamento e <strong>de</strong>senvolvimento das mudas em diferentes substratos é extremamenteimportante para um manejo racional da espécie. O perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> cultivo das mudas em viveiro é <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> porfatores fisiológicos, inerentes à própria muda e fatores físicos e/ou químicos e ambientais, não está aindabem caracteriza<strong>do</strong> e <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> para palmeiras, exceção feita a umas poucas espécies Müller (2003). O teor<strong>de</strong> umida<strong>de</strong>, o tamanho das embalagens e as condições <strong>do</strong> ambiente no viveiro são fatores queinfluenciam o <strong>de</strong>senvolvimento das mudas, sen<strong>do</strong> que alguns trabalhos sobre o efeito <strong>de</strong>sses fatores no<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> mudas <strong>de</strong> palmeiras já foram realiza<strong><strong>do</strong>s</strong> (Silva, 2007).Este trabalho teve por objetivo avaliar a influência <strong>de</strong> diferentes substratos orgânicos na produção <strong>de</strong>mudas <strong>de</strong> açaizeiro.Material e Méto<strong><strong>do</strong>s</strong>O experimento foi conduzi<strong>do</strong> no viveiro da unida<strong>de</strong> experimental da Embrapa Amazônia Oriental, emBelém, PA.As sementes <strong>de</strong> açaizeiro foram <strong>de</strong>spolpadas e lavadas até a retirada completa <strong><strong>do</strong>s</strong> resíduos <strong>de</strong> polpa. Emseguida, semeadas em sementeira coberta por um perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 60 dias, quan<strong>do</strong> as plântulas atingiram oesta<strong>do</strong> <strong>de</strong> ―palito‖ com caulículo acima <strong>de</strong> 2 cm <strong>de</strong> comprimento. As plântulas foram repicadas, antes daabertura <strong>do</strong> primeiro par <strong>de</strong> folhas, para sacos <strong>de</strong> polietileno conten<strong>do</strong> diferentes substratos, sen<strong>do</strong> eles:T1 (Terriço + serragem + esterco curti<strong>do</strong> <strong>de</strong> ga<strong>do</strong>); T2 (Terriço + serragem + esterco curti<strong>do</strong> <strong>de</strong> frango);T3 (Terriço + serragem + adubo vegetal); T4 (Terriço + serragem + esterco curti<strong>do</strong> <strong>de</strong> carneiro); T5(Terriço + serragem); T6 (Terriço). Nos tratamentos T1 a T4, a proporção <strong><strong>do</strong>s</strong> substratos foi <strong>de</strong> 3:1:1 e T 597


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientificofoi <strong>de</strong> 3:2.O <strong>de</strong>lineamento experimental utiliza<strong>do</strong> foi em blocos casualiza<strong><strong>do</strong>s</strong>, com seis tratamentos, três re<strong>pet</strong>ições eparcelas <strong>de</strong> 20 mudas. O controle da incidência solar foi semelhante a todas as amostras, com 50% <strong>de</strong>luminosida<strong>de</strong>.Os caracteres avalia<strong><strong>do</strong>s</strong> foram: porcentagem <strong>de</strong> sobrevivência (PDS), circunferência <strong>do</strong> coleto (CC),número <strong>de</strong> folhas emitidas (NFE), peso ver<strong>de</strong> (PV), peso seco (PS) das plantas. As avaliações foram feitasmensalmente durante seis meses com exceção as variáveis <strong>de</strong> peso, feito apenas na última avaliação. Osda<strong><strong>do</strong>s</strong> obti<strong><strong>do</strong>s</strong> foram submeti<strong><strong>do</strong>s</strong> à análise <strong>de</strong> variância e as médias comparadas a 5% pelo teste <strong>de</strong> Tukey(MARTINS, 2009).Resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> e DiscussãoNo índice <strong>de</strong> sobrevivência houve diferença estatística significativa ao nível <strong>de</strong> 5% <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong> (.01=< p < .05), entre os tratamentos. A maior sobrevivência foi registrada no tratamento 1 (Terriço +serragem + esterco curti<strong>do</strong> <strong>de</strong> ga<strong>do</strong>). Para circunferência <strong>do</strong> coleto observou-se uma diferença estatísticaao nível <strong>de</strong> 5% entre os blocos, e ao nível <strong>de</strong> 1% entre os tratamentos. As análises das médiasapresentadas nos tratamentos 1 e 6, respectivamente são estatisticamente superiores. Para o número <strong>de</strong>folhas emitidas ocorreu diferença significativa entre os tratamentos, sen<strong>do</strong> os superiores 1 e 2.Os da<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong> pesos <strong>de</strong> matéria ver<strong>de</strong> e seca segun<strong>do</strong> a análise <strong>de</strong> variância, apresentaram diferençasignificativa ao nível <strong>de</strong> 5% entre blocos, e ao nível <strong>de</strong> 1% entre os tratamentos. Em média, pelo teste <strong>de</strong>Tukey, os tratamentos um e seis apresentaram resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> superiores aos <strong>de</strong>mais.ConclusãoCom base nos resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> obti<strong><strong>do</strong>s</strong>, quan<strong>do</strong> mudas orgânicas <strong>de</strong> açaí Euterpe oleracea Mart. Foramavaliadas em características semelhantes com diferentes substratos, po<strong>de</strong>-se concluir que, o substrato comesterco <strong>de</strong> ga<strong>do</strong> apresentou melhor <strong>de</strong>senvolvimento das plantas em to<strong><strong>do</strong>s</strong> os fatores avalia<strong><strong>do</strong>s</strong>.Referências BibliográficasLIMA, A.L. Prosa rural divulga primeira cultivar brasileira <strong>de</strong> açaí. Disponível emhttp//www21.se<strong>de</strong>.embrapa.b/notícias/banco_<strong>de</strong>_noticias/2005. Acesso em 22/04/2005.MÜLLER, C.H.; FURLAN JÚNIOR, J.; CARVALHO, J.E. <strong>de</strong>; TEIXEIRA, L.B.; DUTRA, S. Compostoorgânico <strong>de</strong> lixo urbano na formação <strong>de</strong> açaizeiro. Belém: Embrapa, 2003. 3p.(Comunica<strong>do</strong> Técnico 87).MÜLLER, C.H.; FURLAN JÚNIOR, J.; CARVALHO, J.E.U. <strong>de</strong>; TEIXEIRA, L.B.; DUTRA, S.Avaliação <strong>de</strong> influência <strong>de</strong> cama <strong>de</strong> frango na composição <strong>de</strong> substrato para formação <strong>de</strong> mudas <strong>de</strong>açaizeiro. Belém: Embrapa, 2004. 2p. (Comunica<strong>do</strong> Técnico 89).MARTINS, M.M; NAKAGAWA, J; BOVI, M.L.A;. Avaliação da qualida<strong>de</strong> fisiológica <strong>de</strong> sementes <strong>de</strong>açaí. Rev. Bras. Frutic., Jaboticabal - SP, v. 31, n. 1, p. 231-235, Março 2009.SILVA, B.M.S; MÔRO,F.V; SADER,R. KOBORI, N.N.. Influência da posição e da profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong>semeadura na Emergência <strong>de</strong> plântulas <strong>de</strong> açaí (euterpe oleracea mart. -Arecaceae).Rev. Bras. Frutic.,Jaboticabal - SP, v. 29, n. 1, p. 187-190, Abril 2007.ESTIMATIVAS DE PARÂMETROS GENÉTICOS EM EXPERIMENTO DE ENXERTO XPORTA-ENXERTO DE CUPUAÇUZEIRO1 Vinicius Silva <strong><strong>do</strong>s</strong> Santos, 2 Rafael Moysés Alves, 3 Gerlane <strong>de</strong> Freitas Melo1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – vinicius_est@yahoo.com.br2 Professor Dr. da Embrapa Amazônia Oriental – rafael@cpatu.embrapa.br3 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia – gmeloagronoma@yahoo.com.brO presente trabalho objetivou estimar componentes <strong>de</strong> variância e herdabilida<strong>de</strong>s usan<strong>do</strong> o procedimentoREML/BLUP, para <strong>de</strong>finir a melhor associação enxerto x porta-enxerto, em cupuaçuzeiro. O experimentofoi instala<strong>do</strong> em 2005 no Parque Ecológico <strong>de</strong> Gunma, em Santa Barbara – PA. Os 20 tratamentos, quatroenxertos e cinco porta-enxertos, foram avalia<strong><strong>do</strong>s</strong> no <strong>de</strong>lineamento estatístico <strong>de</strong> blocos casualiza<strong><strong>do</strong>s</strong>, emesquema fatorial (4 x 5). Os resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> revelaram baixa variabilida<strong>de</strong> genética entre os clones para oscaracteres <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento vegetativo, porém, eleva<strong>do</strong> para número <strong>de</strong> frutos. O méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>losmistos (REML/BLUP) mostrou-se a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> à estimação <strong>de</strong> componentes <strong>de</strong> variância com da<strong><strong>do</strong>s</strong><strong>de</strong>sbalancea<strong><strong>do</strong>s</strong>. (Financia<strong>do</strong>r: Embrapa)Palavras-Chave: Componentes <strong>de</strong> Variância, Theobroma grandiflorum, Mo<strong>de</strong>los Lineares.98


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoIntroduçãoO cupuaçuzeiro é consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> uma das espécies frutíferas mais importantes da região amazônica. A polpa<strong>do</strong> fruto é usada na fabricação <strong>de</strong> sorvetes, sucos e geléias, e da semente po<strong>de</strong> ser obti<strong>do</strong> um produtosimilar ao chocolate (VENTURIERI e AGUIAR, 1988). As <strong>do</strong>enças, no entanto, aumentam custos <strong>de</strong>manutenção e reduzem a produção, ocasionan<strong>do</strong> perdas <strong>de</strong> até 90%, como nos casos <strong>de</strong> alta incidência <strong>de</strong>vassoura-<strong>de</strong>-bruxa (RIOS-RUIZ et.al., 2000). Com isso, um <strong><strong>do</strong>s</strong> gran<strong>de</strong>s objetivos <strong><strong>do</strong>s</strong> programas <strong>de</strong>melhoramento <strong>do</strong> cupuaçuzeiro é <strong>de</strong>senvolver e selecionar materiais genéticos tolerantes ou resistentes aessa <strong>do</strong>ença.Como o cupuaçuzeiro é uma espécie perene com ciclo reprodutivo longo, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> apresentar redução dataxa <strong>de</strong> sobrevivência, torna-se necessária a utilização <strong>de</strong> méto<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> seleção mais precisos. Nestasituação, o procedimento ótimo <strong>de</strong> estimação <strong>de</strong> parâmetros genéticos e predição <strong>de</strong> valores genotípicos éo REML/BLUP (máxima verossimilhança restrita/melhor predição linear não viciada), que po<strong>de</strong>rá seruma ferramenta importante no estu<strong>do</strong> da relação enxerto x porta-enxerto, por permitir que da<strong><strong>do</strong>s</strong><strong>de</strong>sbalancea<strong><strong>do</strong>s</strong> possam ser analisa<strong><strong>do</strong>s</strong> (RESENDE, 2002).ObjetivosEstimar parâmetros genéticos para caracteres <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento vegetativo e produção, em experimentoque estuda a interação enxerto x porta-enxerto em cupuaçuzeiro, via procedimento REML/BLUP.Materiais e Méto<strong><strong>do</strong>s</strong>O experimento foi instala<strong>do</strong> em 2005, no Parque Ecológico <strong>de</strong> Gunma, no município <strong>de</strong> Santa Barbara –Pa, no <strong>de</strong>lineamento estatístico <strong>de</strong> Blocos Casualiza<strong><strong>do</strong>s</strong>, em esquema fatorial (4x5), com cinco re<strong>pet</strong>içõese três plantas por parcela. Estes 20 tratamentos consistem da combinação <strong>de</strong> quatro enxertos (copas) ecinco porta-enxertos (cavalos). Os enxertos foram constituídas pelos clones Coari, Codajás, Manacapurue Belém. Os porta-enxertos foram obti<strong><strong>do</strong>s</strong> por mudas provindas das sementes <strong>de</strong>stes quatro clones(progênies <strong>de</strong> meios irmãos) e mais um porta-enxerto prepara<strong>do</strong> com sementes <strong>de</strong> diferentes origens(testemunha).Avaliou-se em todas as plantas da parcela características como: altura da planta (ALT) em centímetros(cm), diâmetro <strong>do</strong> porta-enxerto na altura <strong>do</strong> coleto (DIAP) em centímetros (cm) e diâmetro <strong>do</strong> enxerto(DIAE) em centímetros (cm) ao longo <strong>de</strong> 5 anos e a característica número <strong>de</strong> frutos (NF) referente à 1ªsafra (2008-2009) Os da<strong><strong>do</strong>s</strong> foram analisa<strong><strong>do</strong>s</strong> via meto<strong>do</strong>logia <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los lineares mistos e estima<strong><strong>do</strong>s</strong>parâmetros genéticos por meio <strong>do</strong> software Selegen (RESENDE, 2002), utilizan<strong>do</strong> o procedimentoREML/BLUP (máxima verossimilhança restrita/melhor predição linear não viciada), para avaliação <strong>de</strong>clones em blocos ao acaso com várias plantas por parcela, conforme o seguinte mo<strong>de</strong>lo:2.1 Mo<strong>de</strong>lo linear misto (mo<strong>de</strong>lo univaria<strong>do</strong> <strong>de</strong> clones re<strong>pet</strong>i<strong><strong>do</strong>s</strong>)y= Xb + Zg + Wc +, em que y é o vetor <strong>de</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong>, b é o vetor <strong>de</strong> efeitos fixos (blocos), g é o vetor <strong>de</strong>efeitos genotípicos <strong>de</strong> clones (assumi<strong><strong>do</strong>s</strong> como aleatórios), c é o vetor <strong>de</strong> efeitos <strong>de</strong> parcela (aleatórios) ee <strong>de</strong> erros aleatórios.X,Z,W: matrizes <strong>de</strong> incidência para b, g e c, respectivamente.2.2 Equações <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo mistoX'X X' Z X' W bˆ X' yZ' XW'XZ' ZW'ZIλ1Z' WW'W2gIλ2ĝĉ=Z' yW' yEm que: 1 222 22h2gσλ2gσσ2g2cσσ2egσσ : variância genotípica entre clones;2g2e1hhambiental <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> parcelas.Resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>gc2;λσσ2ec: herdabilida<strong>de</strong> individual no senti<strong>do</strong> amplo no bloco;1h2g2σc : variância entre parcelas;cc22σe : variância residual ou variância99


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoAs estimativas <strong><strong>do</strong>s</strong> parâmetros <strong>de</strong> variância genotípica e fenotípica mostraram-se crescentes ao longo <strong><strong>do</strong>s</strong>anos. Isto já era espera<strong>do</strong>, visto que média e variância ten<strong>de</strong>m a aumentar ao longo <strong>do</strong> tempo <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> aocrescimento das plantas. Porém, analisan<strong>do</strong>-se as estimativas <strong><strong>do</strong>s</strong> parâmetros genéticos ao longo <strong><strong>do</strong>s</strong> cincoanos verifica-se, regra geral, uma melhoria das estimativas <strong><strong>do</strong>s</strong> componentes genéticos, indican<strong>do</strong> que aseleção será mais eficiente consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> as estimativas <strong>de</strong> vários anos simultaneamente. Os caracteresaltura da planta (ALT), diâmetro <strong>do</strong> porta-enxerto (DIAP) e diâmetro <strong>do</strong> enxerto (DIAE) apresentarambaixa variabilida<strong>de</strong> genética, conforme conclui-se das estimativas <strong><strong>do</strong>s</strong> coeficientes <strong>de</strong> variação genotípicae das herdabilida<strong>de</strong>s individuais. Estes coeficientes conduziram a altas magnitu<strong>de</strong>s ao nível <strong>de</strong> médias <strong>de</strong>clones, varian<strong>do</strong> <strong>de</strong> 74% a 80% para ALT, 66% a 81% para DIAP, 61% a 81% para DIAE e 68% paranúmero <strong>de</strong> frutos (NF), indican<strong>do</strong>, portanto, excelente potencial <strong>de</strong> seleção para o melhoramento <strong>de</strong>stescaracteres. Resen<strong>de</strong> et al. (2001) ressaltam que os parâmetros genéticos estima<strong><strong>do</strong>s</strong> são váli<strong><strong>do</strong>s</strong> somentepara a população estudada. Estimativas da acurácia e coeficientes <strong>de</strong> variação genotípicos mantiveram-seconstantes para to<strong><strong>do</strong>s</strong> os caracteres analisa<strong><strong>do</strong>s</strong> ao longo <strong><strong>do</strong>s</strong> anos. O caráter número <strong>de</strong> frutos (NF)também apresentou baixas herdabilida<strong>de</strong>s individuais no senti<strong>do</strong> amplo e restrito, 0,17 e 0,22,respectivamente. Herdabilida<strong>de</strong>s nessa magnitu<strong>de</strong> foram também obtidas por Souza et al. (2002) e Alvese Resen<strong>de</strong> (2008), relatan<strong>do</strong> valores <strong>de</strong> 0,26 e 0,29 no senti<strong>do</strong> restrito, respectivamente.O coeficiente <strong>de</strong> variação genotípico ficou em torno <strong>de</strong> 71%, <strong>de</strong>monstran<strong>do</strong> alta variabilida<strong>de</strong> presente napopulação para este caráter.ConclusõesConstatou-se baixa variabilida<strong>de</strong> genética entre os clones para to<strong><strong>do</strong>s</strong> os caracteres estuda<strong><strong>do</strong>s</strong>, exceto paranúmero <strong>de</strong> frutos, on<strong>de</strong> apresentou coeficiente <strong>de</strong> variação genotípico em torno <strong>de</strong> 71%. O méto<strong>do</strong> <strong>de</strong>mo<strong>de</strong>los mistos (REML/BLUP) mostrou-se a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> à estimação <strong>de</strong> componentes <strong>de</strong> variância comda<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong>sbalancea<strong><strong>do</strong>s</strong>.ReferênciasALVES, R.M.; RESENDE, M.D.V. <strong>de</strong>. Avaliação genética <strong>de</strong> indivíduos e progênies <strong>de</strong> cupuaçuzeiro noesta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará e estimativas <strong>de</strong> parâmetros genéticos. Revista Brasileira <strong>de</strong> Fruticultura, Jaboticabal,v.30, n.3, p.696-701, 2008.RESENDE, M.D.V. <strong>de</strong>; FURLANI JUNIOR, E.; MORAES, M.L.T. <strong>de</strong>; FAZUOLI, L.C. Estimativas <strong>de</strong>parâmetros genéticos e predição <strong>de</strong> valores genotípicos no melhoramento <strong>do</strong> cafeeiro pelo procedimentoREML/BLUP. Bragantia, v.3, p.185-193, 2001.RESENDE, M.D.V. <strong>de</strong>. Genética biométrica e estatística no melhoramento <strong>de</strong> plantas perenes.Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2002. 975 p.RIOS-RUIZ, R.A.; MAFFIA, L.A; ALFENAS, A.C.; DIAS, L.A.S. Evaluating for Reaction to Witches‘Broom Disease in Tingo María, peruvian amazon region, Peru. In: International Cocoa ResearchConference, 13, Proceedings. Cocoa producer‘s Alliance (no prelo), 2000a.SOUZA, A. G. C. ; RESENDE, M. D. V. ; SILVA, S. E. L. ; SOUZA, N. R. The cupuaçuzeiro geneticimprovement program at Embrapa Amazônia Oci<strong>de</strong>ntal. Crop Breeding And Applied Biotechnology,Londrina, v. 2, n. 3, p. 471-478, 2002.VENTURIERI, G.A.; AGUIAR, J.P.L. Composição <strong>do</strong> chocolate <strong>de</strong> amên<strong>do</strong>as <strong>de</strong> cupuaçu (Theobromagrandiflorum). Acta Amazônica 18:3-8, 1988.INOCULAÇÃO COM ESTIRPES DE Bradyrhizobium EM FEIJÃO-CAUPI1 Raimun<strong>do</strong> Thiago Lima da Silva, 2 Diego da Paixão Andra<strong>de</strong>, 3 Émile Costa Melo, 4 Edna Cristina VianaPalheta, 5 Maria Auxilia<strong>do</strong>ra Feio Gomes1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia – thiagoufra@hotmail.com2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia – diegoagro2006@gmail.com3 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia – emilecosta70@hotmail.com4 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia – kris.viana@yahoo.com.br5 Professora Dr. Adjunta II da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia – maria.auxilia<strong>do</strong>ra@ufra.edu.brCom o objetivo <strong>de</strong> verificar a eficiência da inoculação <strong>de</strong> estirpes <strong>de</strong> Bradyrhizobium em Feijão-caupi(Vigna unguiculata L. WALP), foi conduzi<strong>do</strong> um experimento a campo em Capitão Poço - PA com cincotratamentos: T1 – Testemunha, T2 – Adubação à base <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> solos, T3 – Adubação com NPK 10-28-20, T4 – Inoculação com a estirpe BR 3262 (Bradyrhizobium elkanii) e T5 - Inoculação com a estirpe100


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoBR 3267 (Bradyrhizobium japonicum). As estirpes BR 3262 e a BR 3267 mostraram-se bastanteeficientes, apresentan<strong>do</strong> produção <strong>de</strong> grãos superiores aos <strong>de</strong>mais tratamentos. (financia<strong>do</strong>r: Proex-Ufra)Palavras-Chave: Bradyhizobium, Feijão-caupi.IntroduçãoO feijão-caupi é nativo da África e bastante cultiva<strong>do</strong> nas regiões tropicais <strong><strong>do</strong>s</strong> continentes africano,asiático e americano, on<strong>de</strong> constitui a principal fonte <strong>de</strong> proteína, principalmente para populações <strong>de</strong>baixa renda (Freire Filho et al., 1998).A simbiose Rhizobium-leguminosa é um exemplo <strong>de</strong> associação biológica cujos benefícios para asustentabilida<strong>de</strong> agrícola são reconheci<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao processo <strong>de</strong> fixação biológica <strong>do</strong> nitrogênio (FBN)sen<strong>do</strong> possível substituir parcial ou totalmente a adubação química nitrogenada.O feijão-caupi, <strong>de</strong>ntre as leguminosas que se beneficiam <strong>do</strong> processo, tem gran<strong>de</strong> importânciasocioeconômica e potencial estratégico, principalmente para as regiões Norte e Nor<strong>de</strong>ste, on<strong>de</strong> constituium <strong><strong>do</strong>s</strong> mais importantes componentes da dieta alimentar (FREIRE FILHO et al., 2005). Nestas regiões, acultura apresenta baixa produtivida<strong>de</strong> média sen<strong>do</strong> uma das causas a baixa disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nutrientesno solo, principalmente o N. O aumento da eficiência <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> nodulação e conseqüentemente daFBN é uma das formas <strong>de</strong> aumentar a produtivida<strong>de</strong> da cultura (FRANCO et al., 2002).ObjetivosO objetivo <strong>de</strong>ste trabalho foi avaliar a influência da inoculação com estirpes <strong>de</strong> Bradyrhizobium sobre aprodutivida<strong>de</strong> em feijão-caupi.Materiais e Méto<strong><strong>do</strong>s</strong>O trabalho foi realiza<strong>do</strong> na localida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Nova Colônia, Km 04 da PA 124 no município <strong>de</strong> Capitão Poço-Pará, à 01°41‖17‘ <strong>de</strong> latitu<strong>de</strong> sul e 047°05‖34‘ longitu<strong>de</strong> oeste, no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> Junho a setembro <strong>de</strong> 2009,em <strong>de</strong>lineamento <strong>de</strong> Blocos Casualiza<strong><strong>do</strong>s</strong>, com cinco tratamentos (T1 – Testemunha, T2 – Adubação àbase <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> solos, T3 – Adubação com NPK 10-28-20, T4 – Inoculação com a estirpe BR 3262(Bradyrhizobium elkanii) e T5 - Inoculação com a estirpe BR 3267 (Bradyrhizobium japonicum)),distribuí<strong><strong>do</strong>s</strong> em quatro re<strong>pet</strong>içõesO solo da área foi classifica<strong>do</strong> como Latossolo Vermelho Amarelo Distrófico (LVAD), textura média,cuja análise química na camada <strong>de</strong> 0-20 cm, previamente à aplicação <strong><strong>do</strong>s</strong> tratamentos resultou: pH = 5,6;P = 2,0 mg dm -3 ; K = 44,0 mg dm -3 ; Na = 17 mg dm -3 ; Al +3 = 0,2 cmolc dm-³; Ca +2 = 2,0 cmol c dm-³ eCa+Mg = 2,6 cmol c dm -3 .A adubação <strong>de</strong> plantio foi realizada conforme os tratamentos: T1 – sem adubação; T2 – consistiu daaplicação <strong>de</strong> 133 kg ha -1 <strong>de</strong> superfosfato Triplo (adubação <strong>de</strong> fundação), e 69 kg ha -1 <strong>de</strong> cloreto <strong>de</strong>potássio (meta<strong>de</strong> da adubação na fundação e a outra após 30 dias da germinação) T3 - 312 kg ha -1 <strong>de</strong>NPK (10-28-20) após 15 dias da germinação e T4 e T5 - 133 kg ha -1 <strong>de</strong> superfosfato Triplo (adubação <strong>de</strong>fundação), 69 kg ha -1 <strong>de</strong> cloreto <strong>de</strong> potássio (meta<strong>de</strong> da adubação na fundação e a outra após 30 dias dagerminação) e 250g/ha <strong>de</strong> Inoculante da referida estirpe.O preparo <strong>do</strong> solo constou <strong>de</strong> gradagem e abertura <strong>de</strong> covas <strong>de</strong> plantio. As parcelas foram compostas <strong>de</strong>16 plantas úteis espaçadas <strong>de</strong> 0,5 m entre fileiras e 0,5 m entre plantas, on<strong>de</strong> foram avalia<strong><strong>do</strong>s</strong> orendimento <strong>de</strong> grãos secos.O plantio foi realiza<strong>do</strong> utilizan<strong>do</strong>-se o méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> semeadura direta, colocan<strong>do</strong>-se por cova quatrosementes da cultivar Riso <strong>do</strong> ano. Aos 30 dias foi realiza<strong>do</strong> o <strong>de</strong>sbaste, <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> apenas uma planta porcova, efetuaram-se também capinas com auxílio <strong>de</strong> enxadas, procuran<strong>do</strong>-se manter a cultura livre <strong>de</strong>plantas invasoras.Os da<strong><strong>do</strong>s</strong> das variáveis <strong>de</strong> solo foram submeti<strong><strong>do</strong>s</strong> à análise da variância pelo teste F (p


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoOutro resulta<strong>do</strong> obti<strong>do</strong> foi que como o solo <strong>de</strong>scrito <strong>de</strong>tinha baixas concentrações <strong>de</strong> fósforo e potássio aprodução da testemunha também foi afetada. Por mais a utilização <strong>de</strong> NPK 10-28-20 no cultivo <strong>de</strong> feijãocaupiquan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong> ao T2 produziu estatisticamente a mesma quantida<strong>de</strong>, mas com uma <strong><strong>do</strong>s</strong>agem <strong>de</strong>fertilizantes bem maior.ConclusõesEm solos com a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> <strong>de</strong> P e K a inoculação com Bradyrhizobium elkanii e Bradyrhizobiumjaponicum associada à adubação fosfatada e potássica po<strong>de</strong>m contribuir para o aumento da produtivida<strong>de</strong><strong>de</strong> feijão-caupi no nor<strong>de</strong>ste paraense.ReferênciasFREIRE FILHO, F. R.; LIMA, J. A. A.; RIBEIRO, V. Q. Feijão-caupi: avanços tecnológicos. Brasília-DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2005. 519 p.FRANCO, M. C.; CASSINI, S. T. A.; OLIVEIRA, V. R.; VIEIRA, C.; TSAI, S. M. Nodulação emcultivares <strong>de</strong> feijão <strong><strong>do</strong>s</strong> conjuntos gênicos andino e meso-americano. Pesquisa Agropecuária Brasileira,v. 37, n.8, p. 1145-1150, 2002.FREIRE FILHO, F.R.; RIBEIRO, V. Q.; BARRETO, P. D.; SANTOS,C. A. Melhoramento genético <strong>do</strong>caupi (Vigna unguilculata (L) Walp.) na região <strong>do</strong> Nor<strong>de</strong>ste. In: WORKSHOP, 1998. [S.1.]: EmbrapaSemi-Ári<strong>do</strong>, 1998PRODUÇAO DE HÍBRIDOS INTERESPECÍFICOS DE AÇAIZEIRO (Euterpe SPP).¹Rengles <strong>de</strong> Oliveira Menezes, 2 Suelen Naiara Rosa <strong><strong>do</strong>s</strong> Anjos Lopes, 3 Andrezza Soares Ferreira, 4 Maria<strong>do</strong> Socorro Padilha <strong>de</strong> Oliveira¹Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (rhengles.ufra@gmail.com)²Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (len_anjos@yahoo.com.br)³ Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral Rural da Amazônia (mitrandy@hotmail.com)4 Dra. da Embrapa Amazônia Oriental (spadilha@cpatu.embrapa.br)A obtenção <strong>de</strong> híbri<strong><strong>do</strong>s</strong> interespecíficos é uma estratégia a<strong>do</strong>tada para complementar características<strong>de</strong>sejáveis <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> em várias espécies. No caso das espécies <strong>do</strong> gênero Euterpe envolve cachosmais pesa<strong><strong>do</strong>s</strong>, maior rendimento <strong>de</strong> frutos por cacho, maior teor <strong>de</strong> polpa e <strong>de</strong> antocianina e a produçãocentrada na entressafra. O objetivo <strong>de</strong>ste trabalho foi obter híbri<strong><strong>do</strong>s</strong> interespecíficos com característicasgenéticas <strong>de</strong>sejáveis entre plantas selecionadas <strong>do</strong> gênero Euterpe. O experimento foi conduzi<strong>do</strong> em umaárea da Embrapa Amazônia Oriental, em Belém, PA. Foram intercruzadas cinco plantas mais produtivas<strong>de</strong> Euterpe oleracea Mart selecionadas na população melhorada BRS Pará com cinco plantas <strong>de</strong> Euterpeprecatoria com base em duas meto<strong>do</strong>logias. O índice <strong>de</strong> fecundação respon<strong>de</strong>u <strong>de</strong> forma similar aos <strong>de</strong>polinização natural, porém a taxa <strong>de</strong> aborto foi ligeiramente superior, o que é normal em polinizaçõesinterespecíficas. Esses valores mostraram que o índice <strong>de</strong> fecundação e a taxa <strong>de</strong> aborto nas polinizaçõescontroladas <strong>de</strong> cruzamentos interespecíficos in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m da meto<strong>do</strong>logia aplicada. Preliminarmente, jáforam obti<strong><strong>do</strong>s</strong> oito híbri<strong><strong>do</strong>s</strong>.Palavras-chave: polinização controlada, fecundação, aborto.IntroduçãoEspécies <strong>do</strong> gênero Euterpe são plantas perenes que apresentam floração nos picos <strong>de</strong> maior pluviosida<strong>de</strong><strong>do</strong> ano, concentran<strong>do</strong> assim 80% da produção nos perío<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> safra (LIMA, 2005). Em virtu<strong>de</strong> da entradanos merca<strong><strong>do</strong>s</strong> nacional e internacional <strong>do</strong> açaí, aumentou o numero <strong>de</strong> áreas plantadas. Com vista aoferecer sementes <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, a Embrapa Amazônia Oriental estabeleceu um programa <strong>de</strong>melhoramento genético <strong>do</strong> açaizeiro consistente e volta<strong>do</strong> para a produção <strong>de</strong> frutos (OLIVEIRA &FARIAS NETO, 2004). Lançan<strong>do</strong>, ao final <strong>de</strong> 2004, a primeira população melhorada, a cultivar BRSPará, obtida pelo méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> seleção fenotípica ou massal, para as condições <strong>de</strong> terra firme cujascaracterísticas <strong>de</strong>sejáveis são: bom perfilhamento, precocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção, frutos <strong>de</strong> coloração violáceae bom rendimento <strong>de</strong> polpa (OLIVEIRA & FARIAS NETO, 2004).A obtenção <strong>de</strong> híbri<strong><strong>do</strong>s</strong> interespecíficos é uma estratégia a<strong>do</strong>tada para complementar características<strong>de</strong>sejáveis em qualquer espécie. No caso das espécies <strong>do</strong> gênero em questão: cachos mais pesa<strong><strong>do</strong>s</strong>, maiorrendimento <strong>de</strong> frutos por cacho, maior teor <strong>de</strong> polpa e <strong>de</strong> antocianina e a produção centrada na entressafra(FADDEN, 2005). Essa autora menciona também vantagens <strong>de</strong> introduzir características <strong>de</strong> outrasespécies <strong>do</strong> gênero Euterpe no açaizeiro, especialmente das espécies Euterpe precatória, conhecida comoaçaí-<strong>do</strong>-amazonas, e Euterpe edulis, o palmiteiro.102


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoO objetivo <strong>de</strong>ste trabalho foi obter híbri<strong><strong>do</strong>s</strong> inter específicos com características genéticas <strong>de</strong>sejáveis entreplantas selecionadas <strong>do</strong> gênero Euterpe.Material e méto<strong><strong>do</strong>s</strong>O experimento foi conduzi<strong>do</strong> em uma área da Embrapa Amazônia Oriental, em Belém, PA. Foramutilizadas, preliminarmente, cinco plantas mais produtivas <strong>de</strong> Euterpe oleracea Mart <strong><strong>do</strong>s</strong> 29 genótiposseleciona<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong>ntro da população melhorada BRS Pará, e cinco plantas <strong>de</strong> Euterpe precatoria.A extração foi iniciada com a coleta da inflorescência ainda envolvida pela segunda espata, estan<strong>do</strong>próxima à maturação e apresentan<strong>do</strong> coloração <strong>do</strong>urada ou marrom. A espata levada ao laboratório foiaberta com um canivete e as ráquilas cortadas com tesoura <strong>de</strong> poda e colocadas para secar em temperaturaambiente por 24 horas, sobre uma folha <strong>de</strong> jornal. Após o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> secagem, as flores masculinas foramretiradas das ráquilas e dispostas em camadas finas e uniformes <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> sacos <strong>de</strong> papel <strong>de</strong> 2 kg elevadas para secagem em estufa com temperatura em torno <strong>de</strong> 35 ºC por um perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 24 horas. Apóssecas, as flores foram maceradas, <strong>de</strong>ntro <strong><strong>do</strong>s</strong> próprios sacos, com um rolo semelhante ao <strong>de</strong> pastel. Opólen mais restos florais foram peneira<strong><strong>do</strong>s</strong> por <strong>do</strong>is tipos <strong>de</strong> peneiras Tyler <strong>de</strong> diferentes abertura e, comum auxílio <strong>de</strong> um pincel, foi retirada a impureza. O pólen obti<strong>do</strong> foi guarda<strong>do</strong> em recipiente hermético,i<strong>de</strong>ntifica<strong><strong>do</strong>s</strong> e armazena<strong><strong>do</strong>s</strong> em freezer (≤ 10 ºC).A polinização controlada foi feita com base em duas meto<strong>do</strong>logias: a primeira seguin<strong>do</strong> asrecomendações propostas por Oliveira & Ribeiro (1998b); e a segunda foi uma alternativa, on<strong>de</strong> seesperou a abertura da espata naturalmente e, após três dias <strong>de</strong> floração masculina foi realizada aemasculação. Essa última meto<strong>do</strong>logia foi aplicada como forma <strong>de</strong> diminuir a taxa <strong>de</strong> aborto.Sete dias após a última aplicação, a sacola foi retirada para certificar a taxa <strong>de</strong> fecundação das flores, naquais apresentaram ovário <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>, esver<strong>de</strong>a<strong>do</strong> e estigma escuro. Após esse perío<strong>do</strong>, foi registrada,quinzenalmente, a taxa <strong>de</strong> aborto em todas as inflorescências.Certificada as condições acima, a inflorescência foi i<strong>de</strong>ntificada no ráquis, informan<strong>do</strong> o <strong>do</strong>a<strong>do</strong>r <strong>do</strong> pólene a data da fecundação.A colheita <strong><strong>do</strong>s</strong> cachos, cujos frutos completaram a maturação, foi realizada entre 156 e 180 dias.Resulta<strong>do</strong> e discussãoFoi extraí<strong>do</strong> o pólen <strong>de</strong> todas as 25 plantas. O número <strong>de</strong> extração <strong>de</strong> pólen <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>u da fisiologia <strong>de</strong>cada matriz no lançamento das espatas, sen<strong>do</strong> que a maior abertura das inflorescências coincidiu com aocasião das chuvas, nos meses <strong>de</strong> janeiro a junho.No perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> janeiro a agosto <strong>de</strong> 2009 foram polinizadas 36 inflorescências <strong>de</strong> <strong>de</strong>zoito plantas. Das 18inflorescências polinizadas com base na meto<strong>do</strong>logia proposta por Oliveira & Ribeiro (1998b) 50%fecundaram. A taxa média <strong>de</strong> flores fecundadas por inflorescência foi <strong>de</strong> 42% nos híbri<strong><strong>do</strong>s</strong> e 40% nosrecíprocos. Após 45 dias da fecundação foi verificada uma taxa média <strong>de</strong> aborto <strong>de</strong> 15% nos híbri<strong><strong>do</strong>s</strong> e <strong>de</strong>12% nos recíprocos. Nesse último caso, aos 30 dias, pois a partir <strong>de</strong>sse perío<strong>do</strong> não foi registra<strong>do</strong> maisaborto.A diferença <strong>do</strong> tempo <strong>de</strong> aborto em relação às duas meto<strong>do</strong>logias foi <strong>de</strong> quinze dias, isso po<strong>de</strong> serexplica<strong>do</strong> pelo motivo das primeiras plantas terem si<strong>do</strong> polinizadas quan<strong>do</strong> o índice pluviométrico daregião estava eleva<strong>do</strong>, <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> a temperatura da sacola durante o dia mais baixa, ao contrario das <strong>de</strong>maisque foram polinizadas em um perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> estiagem.ConclusãoAs taxas <strong>de</strong> fecundação nas polinizações controladas entre plantas <strong>de</strong> E. oleracea e E. precatoria e <strong>de</strong>seus recíprocos, nas duas meto<strong>do</strong>logias aplicadas po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>radas altas. Já a <strong>de</strong> aborto foi baixain<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da meto<strong>do</strong>logia aplicada, pois os valores médios obti<strong><strong>do</strong>s</strong> foram próximos.Referências BibliográficasFADDEN, Joana Mac. A produção <strong>de</strong> açaí a partir <strong>do</strong> processamento <strong><strong>do</strong>s</strong> frutos <strong>do</strong> palmiteiro(Euterpe edulis Mart.) na Mata Atlântica. Dissertação <strong>de</strong> Mestra<strong>do</strong> em Agroecossistemas, Programa <strong>de</strong>Pós-Graduação em Agroecossistemas, Centro <strong>de</strong> Ciências Agrárias, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> SantaCatarina. Florianópolis-2005.LIMA, A.L. Prosa rural divulga primeira cultivar brasileira <strong>de</strong> açaí. Disponível emhttp//www21.se<strong>de</strong>.embrapa.b/notícias/banco_<strong>de</strong>_noticias/2005. Acesso em 22/04/2005.OLIVEIRA, M. <strong>do</strong> S.P. <strong>de</strong>; FARIAS NETO, JT.F.Cultivar BRS-Pará. Açaizeiro para produção <strong>de</strong> frutosem terra firme. Embrapa Amazônia Oriental. Comunica<strong>do</strong> Técnico, 114, Belém, PA, ISNN1517-244.2004.103


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoOLIVEIRA, Maria <strong>do</strong> Socorro Padilha <strong>de</strong> ; RIBEIRO, Eucli<strong>de</strong>s da Rosa . Obtenção e armazenamento <strong>de</strong>pólen <strong>de</strong> açaizeiro (Euterpe oleracea Mart.). Belém, PA: Embrapa Amazônia Oriental, 1998a(Meto<strong>do</strong>logia Científica).OLIVEIRA, Maria <strong>do</strong> Socorro Padilha <strong>de</strong> ; RIBEIRO, Eucli<strong>de</strong>s da Rosa . Polinização controlada noaçaizeiro (Euterpe oleracea Mart.). Belém, PA: Embrapa Amazônia Oriental, 1998b (Meto<strong>do</strong>logiaCientífica).CIÊNCIAS SÓCIAS APLICADASA BANALIZAÇÃO DA VIOLÊNCIA ATRAVÉS DAS MANCHETES DOS JORNAIS: O CASODO “DIÁRIO DO PARÁ”1 Elayne Santos, 2 João Fernan<strong>do</strong> Lima, 3 Willame Santos, 4 Jorge Lucas das Neves, 5 Samuel Maria <strong>de</strong>Amorim Sá1 Pet/GT/CS/IFCH/UFPA – elaynenas@hotmail.com2 Pet/GT/CS/IFCH/UFPA – jf.joaofernan<strong>do</strong>@hotmail.com3 Pet/GT/CS/IFCH/UFPA – willamesantos-ws@hotmail.com4 Pet/GT/CS/IFCH/UFPA – lucasbvr@hotmail.com5 Prof. Dr. PhD. <strong>do</strong> Instituto <strong>de</strong> Filosofia <strong>de</strong> Ciências Humanas da UFPA-(bcsamel@hotmail.com)Este artigo analisa o processo <strong>de</strong> banalização da violência no jornal paraense ―Diário <strong>do</strong> Pará‖ <strong>do</strong> fim dadécada <strong>de</strong> 90 aos tempos atuais. Discute-se a transformação da linha editorial da imprensa local,apontan<strong>do</strong> suas tendências atuais, e enfoca-se o impacto <strong>do</strong> uso massivo <strong>de</strong> imagens associadas àsmanchetes e a repercussão <strong>de</strong>sta técnica <strong>de</strong> comunicação <strong>de</strong> massa, junto ao público leitor. Ao se valer dareprodutivida<strong>de</strong> em larga escala <strong><strong>do</strong>s</strong> fatos noticia<strong><strong>do</strong>s</strong> através <strong>de</strong> imagens e da impressão <strong>de</strong> realida<strong>de</strong> quesimulam, a mass media impressa es<strong>pet</strong>acularização a idéia da morte violenta como algo banal noimaginário da população.Palavras-Chave: Comunicação <strong>de</strong> massa, es<strong>pet</strong>acularização <strong>do</strong> real, violência.IntroduçãoOs meios <strong>de</strong> comunicação em massa (MCM) da atualida<strong>de</strong> são caracteriza<strong><strong>do</strong>s</strong> pela utilização das imagenscomo meio principal <strong>de</strong> veiculação <strong>de</strong> informações. Esta tendência editorial é resultante <strong>de</strong> um processohistórico pelos quais passaram os MCM, consi<strong>de</strong>ra<strong><strong>do</strong>s</strong> pelo homem mo<strong>de</strong>rno fonte <strong>de</strong> fácil informação e<strong>de</strong> entretenimento (RÜDIGER, 2001).Com o intuito <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r às <strong>de</strong>mandas <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r, a massa media impressa contemporâneautiliza tal modalida<strong>de</strong> jornalística ao publicar manchetes <strong><strong>do</strong>s</strong> periódicos associadas às imagens. Enfatizase,assim, a sua proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicar idéias autônoma e imediatiatamente, median<strong>do</strong> a interpretação<strong>do</strong> fato pelas pessoas. (COSTA, 2004).Dentre os <strong>de</strong>s<strong>do</strong>bramentos sociais <strong>de</strong>ste recurso, cabe ressaltar: o esvaziamento <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> singular <strong><strong>do</strong>s</strong>fatos noticia<strong><strong>do</strong>s</strong> e reproduzi<strong><strong>do</strong>s</strong> em massa e a es<strong>pet</strong>acularização da realida<strong>de</strong>. Nesse contexto, as imagens<strong>de</strong> violência expostas nas páginas <strong>de</strong> jornal – a exemplo <strong>do</strong> periódico ―Diário <strong>do</strong> Pará‖ – a ressignificamno imaginário público: Se o que lhes é apresenta<strong>do</strong> cotidianamente são cenas que, vivencialmente, nosremetem ao sentimento <strong>de</strong> <strong>do</strong>r e causam impacto emotivo, a probabilida<strong>de</strong> da massa apropriar isso <strong>de</strong>forma homogeneizada se torna maior, pois o evento se reduz a ―notícias‖ consumidas diariamente pelasocieda<strong>de</strong>; a violência torna-se algo natural que faz parte <strong>do</strong> cotidiano paraense.ObjetivoTraçar historicamente o perfil editorial <strong>de</strong> jornais paraenses <strong>do</strong> passa<strong>do</strong> e <strong>do</strong> jornal ―Diário <strong>do</strong> Pará‖;Analisar o conteú<strong>do</strong> <strong>de</strong> manchetes <strong>do</strong> jornal ―Diário <strong>do</strong> Pará‖, <strong>de</strong> 1999 aos dias atuais, em que figuremimagens <strong>de</strong> violência; eCompreen<strong>de</strong>r a percepção <strong>do</strong> tema pelo público leitor <strong>do</strong> referi<strong>do</strong> jornal.Meto<strong>do</strong>logiaA construção <strong>de</strong>sta investigação crítica tem como base a análise <strong>de</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> qualitativos e quantitativos. Oprimeiro momento consiste no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um estu<strong>do</strong> sociológico – cujo referencial é a Escola <strong>de</strong>104


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoFrankfurt – acerca <strong><strong>do</strong>s</strong> MCM impressos locais, em face <strong>de</strong> sua historicida<strong>de</strong> e mudança das linhaseditoriais.No segun<strong>do</strong> momento, foi realiza<strong>do</strong> um levantamento <strong>de</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> na hemeroteca da Biblioteca PúblicaArtur Vianna, em Belém/PA, para seleção <strong><strong>do</strong>s</strong> primeiros jornais locais impressos no Pará e <strong><strong>do</strong>s</strong> veicula<strong><strong>do</strong>s</strong>entre as décadas <strong>de</strong> 20 a 90, e na Internet, para coleta <strong>de</strong> exemplares on-line <strong>do</strong> jornal ―Diário <strong>do</strong> Pará‖.Realizaram-se também entrevistas através da aplicação <strong>de</strong> questionários para se mapear a repercussão quea temática ―violência‖ tem sobre o público leitor <strong>do</strong> ―Diário <strong>do</strong> Pará‖. A tiragem amostral é <strong>de</strong> 60questionários, aplica<strong><strong>do</strong>s</strong> em diversos bairros da Gran<strong>de</strong> Belém.Resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> e DiscussõesA partir das décadas <strong>de</strong> 20, 30 e 40, <strong>do</strong> século XX, o jornal passou a ser o veículo <strong>de</strong> comunicação maisutiliza<strong>do</strong> pelos brasileiros. No Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará o primeiro jornal a circular se chamava ―Gazeta <strong>do</strong> Pará‖ esua primeira edição foi publicada no dia 6 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1821. Nesse perío<strong>do</strong> as notícias estavam voltadaspara a realida<strong>de</strong> político-social <strong>do</strong> Brasil e <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>. Tinham como objetivo <strong>de</strong>nunciar os <strong>de</strong>svios dasrendas públicas, os gastos eleva<strong><strong>do</strong>s</strong> na manutenção <strong><strong>do</strong>s</strong> paços, como fatos gera<strong>do</strong>res <strong>de</strong> altos impostossobre o povo, além <strong>de</strong> criticar a <strong>de</strong>sorganização existente na época entre as relações administrativas <strong>do</strong>Esta<strong>do</strong> com a socieda<strong>de</strong> civil.Em 22 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1822 passa a circular no Pará o jornal ―O Paraense‖, primeiro jornal impresso noEsta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará. Em seu ca<strong>de</strong>rno redacional constava como primeira notícia a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> imprensabaseada na constituição, além <strong>de</strong> outros fatos proeminentes na época, como a a<strong>de</strong>são <strong>do</strong> Pará. O gran<strong>de</strong>precursor da imprensa instalada no Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará foi Felipe Alberto Patroni Martins Maciel Parentevislumbrava o jornal um espaço reserva<strong>do</strong> à <strong>de</strong>núncias e indignações <strong>do</strong> povo para com o governoportuguês.Percebe-se que o jornalismo paraense <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> até fins <strong>do</strong> século XIX era permea<strong>do</strong> pela transmissão<strong>de</strong> fatos <strong>de</strong> interesse público e suas leituras críticas, ainda que ligadas a elites locais; estruturava-se comouma imprensa opinativa, fomenta<strong>do</strong>ra da esfera pública, pois seu foco era o <strong>de</strong>bate <strong>de</strong> idéias <strong>de</strong> cunhopolítico (HABERMAS, 1984) e <strong>de</strong> interesse à socieda<strong>de</strong> amazônica.No início <strong>do</strong> século XX, a imprensa estava marcada por um ―jornalismo literário‖, que consistia emapresentar as informações por um vocabulário erudito, <strong>de</strong> um excelente ―talento redacional‖. Essa fasetomou <strong>de</strong>staque para os gran<strong>de</strong>s ―publicistas‖ da época que faziam <strong>do</strong> jornal uma obra literária e <strong>de</strong>opinião.Após essa fase, já por volta das décadas 50 e 60, o jornalismo passou por algumas transformações, <strong>de</strong>literário passou a ser um ―jornalismo empresarial‖ que, segun<strong>do</strong> Habermas, a escolha <strong><strong>do</strong>s</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> passa aser mais importante <strong>do</strong> que o artigo <strong>de</strong> fun<strong>do</strong>; o tratamento e julgamento das notícias, sua revisão ediagramação, mais urgente <strong>do</strong> que a busca literariamente afetiva <strong>de</strong> uma ―linha‖ (HABERMAS, 1984).Esse novo formato <strong>de</strong> jornal implica a busca <strong>de</strong> um texto imparcial e sintético, a transmissão dainformação <strong>de</strong> maneira direta, conduzin<strong>do</strong> o leitor à essência da notícia.A partir <strong>do</strong> referi<strong>do</strong> perío<strong>do</strong>, a tendência mídiática mundial, representada a nível nacional pelas revistas<strong>de</strong> ampla circulação, é a <strong>de</strong> valorização das imagens associadas a textos, visan<strong>do</strong> realçar a ―objetivida<strong>de</strong>jornalística‖, conforme afirma Sodré (1972). Tal valorização é compreensível: pela necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atingiras gran<strong>de</strong>s massas; secundarização <strong>do</strong> jornalismo <strong>de</strong> idéias ou opiniões e; pelo triunfo da con<strong>de</strong>nsação <strong>do</strong>texto (SODRÉ, 1972).Os MCM brasileiros a partir <strong><strong>do</strong>s</strong> anos 60 começam a intensificar o processo <strong>de</strong> es<strong>pet</strong>acularização <strong>do</strong>imaginário nacional; uma crescente apropriação <strong><strong>do</strong>s</strong> significa<strong><strong>do</strong>s</strong> veicula<strong><strong>do</strong>s</strong> por imagens sobre quaisquertemas. Enten<strong>de</strong>-se por es<strong>pet</strong>áculo ―uma relação social entre pessoas, mediadas por imagens‖ (DEBORD,1997). A reprodução <strong>de</strong> imagens em larga escala, no contexto <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> es<strong>pet</strong>acularizada, ten<strong>de</strong> àvalorização <strong>do</strong> significante das mensagens e da homogeneização <strong>de</strong>stas, em <strong>de</strong>trimento <strong>do</strong> seu significa<strong>do</strong>e sua singularida<strong>de</strong>.Reportan<strong>do</strong> à pesquisa <strong>do</strong> jornal ―Diário <strong>do</strong> Pará‖, vale ressaltar a importância que a este tem ao seconsi<strong>de</strong>rar a forma como a violência é introduzida no imaginário da socieda<strong>de</strong> paraense. Hoje, estemo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> mídia nos apresenta um jogo <strong>de</strong> imagens <strong>de</strong>flagradas sem se preocupar com a maneira comoessa exposição vai se proliferar e implicar na remo<strong>de</strong>lação das formas <strong>de</strong> sociabilida<strong>de</strong>. E com base nisto,as relações indutivamente construídas se configuram na relação <strong>do</strong> tipo ―Eu-Isso‖, em substituição àrelação ―Eu-Tu‖ nas socieda<strong>de</strong>s contemporâneas (BUBER, 1979). As relações entre as pessoas sãomediadas como ―coisas‖. Relaciona-se muito mais com coisas <strong>do</strong> que com pessoas, comportamentoorienta<strong>do</strong> pelo imaginário social banalizante, (re)produzi<strong>do</strong> pelo mo<strong>de</strong>lo mídia impressaes<strong>pet</strong>aculariza<strong>do</strong>ra – cujo exemplo a nível local é o jornal ―Diário <strong>do</strong> Pará‖.105


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoConclusõesA análise <strong>de</strong> conteú<strong>do</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong> jornais coleta<strong><strong>do</strong>s</strong>, em sua totalida<strong>de</strong>, revela a transformação da linha editorialda imprensa paraenses. Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se as idéias <strong>de</strong> Habermas (1984) sobre a esfera pública e suatransformação pelos MCM, percebe-se que os jornais paraenses configuram-se, primeiramente, comoimprensa <strong>de</strong> opinião e caráter argumentativo. A partir <strong>de</strong> 1950 pre<strong>do</strong>mina a imprensa ―objetiva‖ emerca<strong>do</strong>lógica, que introduz as manchetes e reportagens com fotografias enfatizan<strong>do</strong>, paulatinamente, acomunicabilida<strong>de</strong> da imagem. Isto é verifica<strong>do</strong> especialmente na abordagem da violência no jornal―Diário <strong>do</strong> Pará‖, o qual influência o imaginário <strong><strong>do</strong>s</strong> seus leitores sobre o tema – conforme constata<strong>do</strong> nasentrevistas.ReferênciasHÜDIGER, Francisco. A escola <strong>de</strong> Frankfurt. In: HOLFELDT, Antonio; Martino, Luiz; FRANÇA, Vera.(org.) Teorias da comunicação: conceitos, escolas e tendências. Petrópolis: Vozes, 2001.COSTA, Alda. A Violência como es<strong>pet</strong>áculo: um <strong>de</strong>bate em torno <strong>do</strong> Programa "Meten<strong>do</strong> Bronca".Dissertação <strong>de</strong> mestra<strong>do</strong>. Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará, Centro <strong>de</strong> Filosofia e Ciências Humanas,Departamento <strong>de</strong> Sociologia, Mestra<strong>do</strong> em Sociologia, 2004.HABERMAS, Jürgen. Mudança estrutural da esfera pública. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Tempo Brasileiro, 1984.SODRÉ, Muniz. A comunicação <strong>do</strong> grotesco. Petrópolis: Vozes, 1984.DEBORD, Guy. A socieda<strong>de</strong> <strong>do</strong> es<strong>pet</strong>áculo. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Contraponto, 1997.BUBER, Martin. Eu e Tu. São Paulo: Cortez, 1979.ACORDOS DE PESCA COMO INSTRUMENTO AUXILIAR NO PLANO DE MANEJO DERECURSOS NATURAIS NAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO1 Thales Maximiliano Ravena Cañete. Bolsista <strong>do</strong> Núcleo <strong>de</strong> Altos Estu<strong><strong>do</strong>s</strong> Amazônicos/UFPA,thales_canete@yahoo.com.br2 Oriana Almeida. Professora <strong>do</strong> NAEA/UFPA,Oriana@ufpa.br.3 Sérgio Rivero. Professor <strong>do</strong> Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação em Economia/UFPA,sergiolmrivero@gmail.com4 Mariana Neves Cruz. NAEA/UFPA, mnc_1988@hotmail.comEste trabalho trata sobre acor<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> pesca e unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conservação, objetivan<strong>do</strong> verificar em quemedida um acor<strong>do</strong> <strong>de</strong> pesca po<strong>de</strong> ser útil como um instrumento <strong>de</strong> manejo <strong>de</strong> recursos pesqueiros emunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conservação. Será realizada uma sucinta discussão acerca <strong>do</strong> conceito <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> <strong>de</strong> pesca euma articulação entre o processo <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> uma UC, <strong>de</strong>monstran<strong>do</strong> a viabilida<strong>de</strong> da a<strong>do</strong>ção <strong>de</strong> acor<strong><strong>do</strong>s</strong><strong>de</strong> pesca <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conservação. A meto<strong>do</strong>logia utilizada configura-se na compilaçãobibliográfica <strong>de</strong> textos que tratam sobre acor<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> pesca e a lei 9985.Palavras- Chaves: Acor<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> Pesca, Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação, Manejo <strong>de</strong> recursos pesqueiros.IntroduçãoAs iniciativas <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> <strong>de</strong> pesca em comunida<strong>de</strong>s tradicionais para regular a exploração <strong><strong>do</strong>s</strong> lagos <strong>de</strong>várzea têm se prolifera<strong>do</strong> na Amazônia Brasileira e em países vizinhos da pan Amazônia. Recentementeno Brasil essa iniciativa não apoiada por lei passou a ser prevista na instrução normativa IBAMA n 29publicada em 2002. Esses acor<strong><strong>do</strong>s</strong> têm o objetivo <strong>de</strong> aumentar a abundância <strong><strong>do</strong>s</strong> estoques para aumentar aprodutivida<strong>de</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong> lagos <strong>de</strong> várzea, através da redução <strong>do</strong> esforço <strong>de</strong> pesca, geralmente restringin<strong>do</strong> apesca <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s barcos comerciais, assim como regulan<strong>do</strong> a pesca <strong><strong>do</strong>s</strong> pesca<strong>do</strong>res locais (McGrath et al.,1993; De Castro, 1999; Oliveira & Cunha, 2000; Pereira, 2000; Smith, 2000).Essa iniciativa <strong>de</strong> reduzir esforço <strong>de</strong> pesca através da exclusão <strong>de</strong> barcos comerciais <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte e <strong>de</strong>pesca<strong>do</strong>res <strong>de</strong> fora, entretanto foi proibi<strong>do</strong> na legislação sen<strong>do</strong> permiti<strong>do</strong> somente a implementação <strong>de</strong> umconjunto <strong>de</strong> regras para to<strong><strong>do</strong>s</strong> os usuários (sem direito à exclusão). Tal experiência acumulada nos últimos30 anos é promissora e é relevante para a gestão <strong>do</strong> recurso pesqueiro em unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conservação.ObjetivoVerificar em que medida um acor<strong>do</strong> <strong>de</strong> pesca po<strong>de</strong> ser útil como um instrumento <strong>de</strong> gestão em unida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> conservação.Meto<strong>do</strong>logiaA meto<strong>do</strong>logia utilizada configura-se na revisão e compilação bibliográfica <strong>de</strong> textos que tratam sobreacor<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> pesca, para que se possa estabelecer um conceito sobre os mesmos a<strong>de</strong>mais <strong>de</strong> verificar a106


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientificoeficácia <strong>de</strong>stes em gerir recursos pesqueiros, consultan<strong>do</strong> experiências <strong>de</strong> acor<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> pesca na Amazôniacom resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> positivos, tanto <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conservação como em outras áreas.Também foi feito análise <strong>de</strong> <strong>do</strong>cumentos referentes à criação e gestão <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conservação, com ointuito <strong>de</strong> verificar as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> utilização <strong><strong>do</strong>s</strong> acor<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> pesca <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> plano <strong>de</strong> manejo, oumesmo como um instrumento in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> manejo <strong><strong>do</strong>s</strong> recursos pesqueiros. A instrução normativaIBAMA número 29 <strong>de</strong> 2002, que aborda a criação <strong>de</strong> acor<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> pesca, também foi consulta<strong>do</strong>, visan<strong>do</strong>aprimorar o conceito <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> <strong>de</strong> pesca articulan<strong>do</strong> conceitos acadêmicos com conceitos legais.Resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> e DiscussãoA literatura que versa sobre a região amazônica apresenta a abundância e diversida<strong>de</strong> social, biológica eambiental como características que marcam essa área <strong>do</strong> planeta.Configuran<strong>do</strong>-se como uma das principais ativida<strong>de</strong>s da região, a ativida<strong>de</strong> pesqueira vem expandin<strong>do</strong>-se<strong>de</strong> forma bastante intensa na região. Devi<strong>do</strong> à pressão sobre o recurso pesqueiro em função <strong>do</strong> aumento<strong><strong>do</strong>s</strong> merca<strong><strong>do</strong>s</strong> urbanos regionais e merca<strong><strong>do</strong>s</strong> provenientes <strong>de</strong> frigorífico, muito esforço vem sen<strong>do</strong> feito nabusca <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> gestão <strong><strong>do</strong>s</strong> recursos pesqueiros na Amazônia (Castro; McGrath, 2001).Um <strong><strong>do</strong>s</strong> possíveis instrumentos <strong>de</strong> gestão <strong><strong>do</strong>s</strong> recursos pesqueiros são os acor<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> pesca. Estes, segun<strong>do</strong>a Instrução Normativa IBAMA número 29 <strong>do</strong> ano <strong>de</strong> 2002, <strong>pará</strong>grafo único, constituem-se em ―umconjunto <strong>de</strong> medidas específicas, <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> trata<strong><strong>do</strong>s</strong> consensuais entre os diversos usuários e o órgãogestor <strong><strong>do</strong>s</strong> recursos pesqueiros em uma <strong>de</strong>terminada área, <strong>de</strong>finida geograficamente‖. É através <strong>do</strong> termo―consensuais‖, utiliza<strong>do</strong> na Instrução Normativa citada, que se chama a atenção para a participação dapopulação local.Ruffino (2005) <strong>de</strong>fine acor<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> pesca como um conjunto <strong>de</strong> regras criadas por uma comunida<strong>de</strong> através<strong>de</strong> um protocolo e seqüência <strong>de</strong> procedimentos para <strong>de</strong>finir e aprovar e implementar um conjunto <strong>de</strong>regras para uma dada comunida<strong>de</strong>. Segun<strong>do</strong> Castro e McGrath (2001) ―o acor<strong>do</strong> <strong>de</strong> pesca é um manejocomunitário ―político‖, basea<strong>do</strong> em regras explícitas controladas através <strong>de</strong> punições ―materiais‖impostas‖ (p. 114). Mas argumenta que a criação <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> regras não garante o sucesso dainiciativa. É necessário que as regras formuladas sejam compatíveis com o sistema ecológico, social eeconômico‖ assim como observe as leis superiores e tenha um sistema <strong>de</strong> monitoramente que funciona.(p. 118).No conceito acima cita<strong>do</strong> os acor<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> pesca configuram-se como instrumentos <strong>de</strong> um co-manejo e temse torna<strong>do</strong> como um <strong><strong>do</strong>s</strong> instrumentos mais promissores <strong>de</strong> gestão pesqueira na Amazônia. O acor<strong>do</strong> <strong>de</strong>pesca regula o esforço <strong>de</strong> pesca relativo à exploração <strong><strong>do</strong>s</strong> recursos pesqueiros, estabelecen<strong>do</strong> normas queforam <strong>de</strong>mocraticamente construídas (Ruffino, 2005). Essa articulação entre manejo participativo econservação <strong><strong>do</strong>s</strong> recursos pesqueiros ocorre porque a norma prevê participação e respeito aos interessesda comunida<strong>de</strong> local, contu<strong>do</strong> levan<strong>do</strong> em consi<strong>de</strong>ração a conservação <strong><strong>do</strong>s</strong> estoques pesqueiros.Estas comunida<strong>de</strong>s, são <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong>sses recursos, também são <strong>de</strong>tentoras <strong>do</strong> conhecimento tradicional<strong><strong>do</strong>s</strong> recursos naturais locais, que é a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> a implementação <strong>de</strong> regras a<strong>de</strong>quadas para manejo <strong>de</strong>ssesrecursos naturais (McGrath et al 1998; De Catro, 1999). Ao mesmo tempo, essa população ainda não<strong>de</strong>tém em geral conhecimento das legislações superiores para estruturar um acor<strong>do</strong> sem a revisão <strong>do</strong>órgão ambiental (IBAMA). Essa capacida<strong>de</strong> esta crescen<strong>do</strong> entre as li<strong>de</strong>ranças comunitárias, mas aindaassim no presente momento é fundamento a assessoria técnica para essa gestão.O Baixo amazonas é a região on<strong>de</strong> houve a maior expansão <strong>de</strong>ssas experiências na Amazônia. Em 1990,De Castro (1999) registrou 69 acor<strong><strong>do</strong>s</strong> envolven<strong>do</strong> 100 lagos e 137 comunida<strong>de</strong>s na região. Esses acor<strong><strong>do</strong>s</strong>regulam o uso <strong>do</strong> arreio <strong>de</strong> pesca, o perío<strong>do</strong>, as áreas <strong>de</strong> operação e o tipo <strong>de</strong> pesca (comercial versussubsistência). Des<strong>de</strong> 1992, o número <strong>de</strong> acor<strong><strong>do</strong>s</strong> que regulam outras ativida<strong>de</strong>s além da pesca, comocaça, o uso <strong>de</strong> pastos pelo ga<strong>do</strong> e a exploração ma<strong>de</strong>ireira, cresceu aproximadamente 35%. Asregulamentações mais freqüentes nos acor<strong><strong>do</strong>s</strong> são as restrições sazonais (75%), a proibição <strong>do</strong> uso <strong>de</strong>malha<strong>de</strong>iras (59%) e a proibição da pesca comercial (56%) (De Castro 1999). Apesar <strong>de</strong> os pesca<strong>do</strong>resnão po<strong>de</strong>rem impedir o acesso <strong>de</strong> pessoas <strong>de</strong> fora, a proibição das malha<strong>de</strong>iras torna a pesca comercialeconomicamente inviável.Muitos estu<strong><strong>do</strong>s</strong> também enfocam o contexto socioeconômico e institucional <strong>de</strong>sses acor<strong><strong>do</strong>s</strong> (McGrath etal, 1993; De Castro, 1999; Oliveira & Cunha, 2000; Pereira, 2000; Smith, 2000). Apesar <strong>do</strong> amplo apoioao manejo comunitário entre as comunida<strong>de</strong>s, governo e organizações não-governamentais, a efetivida<strong>de</strong><strong>de</strong> tais acor<strong><strong>do</strong>s</strong> tem si<strong>do</strong> avaliada <strong>de</strong> forma quantitativa em poucos estu<strong><strong>do</strong>s</strong>. Almeida et al. (2009), usan<strong>do</strong>a mesma base <strong>de</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>do</strong> presente trabalho, mostrou que tais acor<strong><strong>do</strong>s</strong> trazem, realmente, aumento <strong>de</strong>produtivida<strong>de</strong> pesqueira.Essa experiência encontra-se bastante avançada nas áreas fora <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conservação como umatentativa <strong>de</strong> regulação <strong>de</strong> recursos comuns. Entretanto, esses sistemas po<strong>de</strong>m ser da mesma formautiliza<strong><strong>do</strong>s</strong> em unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conservação se valen<strong>do</strong> da mesma meto<strong>do</strong>logia. Um ponto que facilita ainda107


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientificomais esse tipo <strong>de</strong> trabalho é o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> exclusão <strong>de</strong> pesca<strong>do</strong>res <strong>de</strong> fora que é possível se fazer emunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conservação. Na região <strong>do</strong> Mamirauá muito tem si<strong>do</strong> feito, mas a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>organização, <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> normas, <strong>de</strong> fiscalização para manter os pesca<strong>do</strong>res não resi<strong>de</strong>ntes forada UC é igualmente fundamental.A partir da análise da lei 9985 (SNUC) e <strong>do</strong> <strong>de</strong>creto 4340 <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 2002, não foi encontra<strong>do</strong>nenhum tipo <strong>de</strong> restrição quanto a utilização <strong>de</strong> acor<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> pesca como instrumentos <strong>de</strong> manejo <strong><strong>do</strong>s</strong>estoques pesqueiros <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Conservação. Contu<strong>do</strong> o SNUC estabelece a necessida<strong>de</strong><strong>de</strong> um plano <strong>de</strong> manejo como pré-requisito para a implementação <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação(excetuan<strong>do</strong>-se aquelas que não permitem presença humana). Nesse senti<strong>do</strong> o acor<strong>do</strong> <strong>de</strong> pesca po<strong>de</strong>ria emvez <strong>de</strong> vir na figura <strong>de</strong> uma instrução normativa ou portaria <strong>do</strong> IBAMA, apresentar-se como regra <strong>de</strong>ntro<strong>do</strong> plano <strong>de</strong> manejo, pois neste caso também usufrui da força institucional cedida por instituições comoIBAMA e ICM Bio.ConclusãoAtravés <strong>do</strong> que foi exposto acerca da possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> utilizações <strong>de</strong> acor<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> pesca <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> conservação é possível verificar que esta intercessão <strong>de</strong>notar-se-ia bastante viável, tanto para ofortalecimento da Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Conservação, pois estaria receben<strong>do</strong> o apoio <strong>do</strong> IBAMA através <strong>do</strong> acor<strong>do</strong><strong>de</strong> pesca, como para a efetivação <strong>do</strong> acor<strong>do</strong> <strong>de</strong> pesca, que também receberia contribuições da organizaçãoe estrutura da Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Conservação.Com isso a população local ainda é beneficiada, pois visualiza seus recursos naturais, <strong><strong>do</strong>s</strong> quais sãoextremamente <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, sen<strong>do</strong> maneja<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>mocrática, fazen<strong>do</strong> com que a sua visão sejaconsultada e apreciada <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> manejo <strong><strong>do</strong>s</strong> recursos naturais.ReferênciasALMEIDA, O. T. ; LORENZEN, K. , MCGRATH, D. Fishing Agreements in the lower Amazon: forgain and restraint. Fisheries, Management and Ecology, v. 16, p. 61-67, 2009.Batista, V. Distribuição, dinâmica da frota e <strong><strong>do</strong>s</strong> recursos pesqueiros da Amazônia central. Thesis(PhD). Universida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Amazonas & INPA, 291 p. 1998.Cañete. T.M.R. Populações Tradicionais <strong>do</strong> rio Purus: A <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> Perspectivas. Trabalho <strong>de</strong>Conclusão <strong>de</strong> Curso. Ciencias Sociais; UFPA; 2006.Castro, F; McGrath, D. O Manejo Comunitário <strong>de</strong> Lagos na Amazônia. Parcerias Estratégicas,v.12, p.112-126, 2001.De Castro, F. Fishing Accords: the political ecology of fishing intensification in the Amazon. PhDdissertation. University o f Indiana. 206 p. 1999.McGrath, D.G. ; Castro F. ; Futemma C., Amaral B.D. & Calabria J. Fisheries and evolution ofresource management on the Baixo Amazonas floodplain. Human Ecology 21, 167-195. 1993.Oliveira A & Cunha L. Community management of the floodplain lakes of the middle SolimõesRiver, Amazonas State, Brazil: a mo<strong>de</strong>l of preservation in transformation. IN Proceedings of the 8thBiennial Conference of the International Association for the Study of Common Property (IASCP). 20 p.[In http://129.79.82.27/IASCP00/program.asp and cd]. 2000.Pereira, H. The emergence of common-property regimes in amazonian fisheries. IN Proceedings ofthe 8th Biennial Conference of the International Association for the Study of Common Property (IASCP).20 p. [In http://129.79.82.27/IASCP00/program.asp and cd]. 2000.RUFFINO, M. L. Gestão <strong><strong>do</strong>s</strong> Recursos Pesqueiros na Amazônia. Manaus: IBAMA, 2005.Smith R. Community-based resource control and management in the Amazonia: A researchinitiative to i<strong>de</strong>ntify conditioning factor for positive outcomes. IN Proceedings of the 8th BiennialConference of the International Association for the Study of Common Property (IASCP). 20 pp. [Inhttp://129.79.82.27/IASCP00/program.asp and cd]. 2000.PACTOS TERRITORIAIS NA AVENIDA VISCONDE DE SOUZA FRANCO BELÉM - PA¹Diego Arman<strong>do</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong> Santos Mota, ²Karla Santiago, ³Patricia Aires, 4 Paula <strong>do</strong> Carmo¹IFPA-diego.motta159@hotmail.com - 200883207²IFPA-kcsantiago@hotmail.com - 200883183³IFPA-paulakaroline152@hotmail.com - 2008831524 IFPA- 200883180Nas últimas décadas a Avenida Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sousa Franco passou por intensas transformações (física,social, econômica e cultural) em virtu<strong>de</strong> principalmente da re<strong>de</strong>finição e introdução <strong>de</strong> novos atores108


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientificonaquele espaço. Este trabalho tem por objetivo elucidar a dinâmica <strong>de</strong> produção <strong>de</strong>ssa Avenida nocontexto <strong>do</strong> município <strong>de</strong> Belém (relação entre espaço <strong>de</strong> moradia, espaço <strong>de</strong> comercio, espaço <strong>de</strong> lazer eespaço <strong>de</strong> trabalho), além disso, explicitar os pactos territoriais e o uso corporativo <strong>do</strong> território nareferida avenida nos últimos anos.I<strong>de</strong>ntificamos os conflitos entre os atores hegemônicos e os <strong>de</strong>mais atores existentes na AvenidaViscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sousa Franco. Analisamos também a importância <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> no processo <strong>de</strong> valorização<strong>de</strong>ssa avenida, que tem um papel importantíssimo no processo <strong>de</strong> estruturação, atração, instalação <strong>de</strong>meios técnicos científicos e informacionais além <strong>de</strong> um suporte logístico que o Esta<strong>do</strong> coloca na avenida.Palavras-chaves: território usa<strong>do</strong>, uso corporativo <strong>do</strong> território e pactos territoriais.IntroduçãoComo se dá o uso <strong>do</strong> território? Territórios corporativos? Ou pactos territoriais? Essas são perguntas quenorteiam esse trabalho no intuito <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r <strong>de</strong> que forma esses processos no território po<strong>de</strong>m vir ainfluenciar na dinâmica <strong>de</strong> produção <strong>do</strong> espaço. A pesquisa <strong>de</strong> campo foi realizada na Avenida Viscon<strong>de</strong><strong>de</strong> Sousa Franco no bairro <strong>do</strong> Reduto no município <strong>de</strong> Belém. Devemos esclarecer que o uso <strong>do</strong> territóriojá vem ocorren<strong>do</strong> há certo tempo, mas só agora é que esse processo tem se intensifica<strong>do</strong>. Supermerca<strong><strong>do</strong>s</strong>,bares, restaurantes, hospitais, shopping entre outros são elementos que tem influencia<strong>do</strong> e dinamiza<strong>do</strong> oespaço da Avenida Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sousa Franco.Queremos discutir qual o papel e a importância <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> representa<strong>do</strong> pelo município <strong>de</strong> Belém navalorização daquele espaço. O município tem feito varias ações para a realização <strong>de</strong> um novo arranjoespacial naquela avenida que hoje atrai corporações nacionais e multinacionais.ObjetivoI<strong>de</strong>ntificar a dinâmica <strong>de</strong> produção na Avenida Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sousa Franco, explicitar as relações <strong>de</strong> po<strong>de</strong>ratravés <strong>de</strong> pactos territoriais e conflitos entre atores hegemônicos e <strong>de</strong>mais atores ali resi<strong>de</strong>ntes.Méto<strong><strong>do</strong>s</strong>Este trabalho está basea<strong>do</strong> em estu<strong><strong>do</strong>s</strong> sobre o uso <strong>do</strong> território, territórios corporativos e pactosterritoriais na Avenida Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sousa Franco no bairro <strong>do</strong> Reduto, município <strong>de</strong> Belém (PA).Primeiro realizou-se <strong>do</strong>is trabalhos <strong>de</strong> campos sen<strong>do</strong> o primeiro que compreen<strong>de</strong> o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> Junhoa 16 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2009, o objetivo principal era a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>sses diversos atores na dinâmica <strong>de</strong>produção da Avenida Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sousa Franco, num segun<strong>do</strong> momento foi feito um segun<strong>do</strong> trabalho <strong>de</strong>campo que compreen<strong>de</strong> o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 17 <strong>de</strong> Agosto a 3 <strong>de</strong> Outubro on<strong>de</strong> fizemos uma entrevista com aassociação <strong>de</strong> mora<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>do</strong> bairro <strong>do</strong> Umarizal e Avenida Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sousa Franco.O objetivo principal da entrevista foi saber como a comunida<strong>de</strong> daquela avenida tem atua<strong>do</strong> na produçãourbana daquele espaço e saber a viabilida<strong>de</strong> para a comunida<strong>de</strong> local <strong>de</strong> to<strong>do</strong> aquele processo urbanísticoque esta sen<strong>do</strong> implanta<strong>do</strong> naquele espaço. Fizemos um levantamento <strong>de</strong> leituras bibliográficas para afundamentação teórica <strong>do</strong> artigo. Finalmente, anotou-se a localização das principais corporações daavenida em GPS, produzimos um mapa-basedigitais da área <strong>de</strong> nosso estu<strong>do</strong> com imagens <strong>de</strong> satéliteLANDSAT, produzi<strong>do</strong> no laboratório <strong>de</strong> geomatica <strong>do</strong> IFPA.Resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>O uso <strong>do</strong> território na Av. Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Souza Franco ou Doca <strong>de</strong> Sousa Franco como é conhecidapopularmente, <strong>de</strong>fini-se pela implantação <strong>de</strong> infra-estrutura ou sistemas <strong>de</strong> engenharias, mas também pelodinamismo da economia e da socieda<strong>de</strong> (Silveira, 2002. p. 123). É o que se po<strong>de</strong> observar na AvenidaDoca <strong>de</strong> Souza Franco no bairro <strong>do</strong> Reduto, on<strong>de</strong> o Esta<strong>do</strong> com o seu projeto <strong>de</strong> valorização <strong>de</strong>sse espaçoinvestiu pesa<strong>do</strong> com o seu orçamento dan<strong>do</strong> um novo arranjo espacial ou or<strong>de</strong>namento, servin<strong>do</strong> paraatração <strong>de</strong> diversos atores naquela área (socieda<strong>de</strong> civil e corporações).Mas antes <strong>de</strong> avançarmos um pouco mais, queremos elucidar o conceito <strong>de</strong> arranjo <strong>de</strong> território, ouarranjo urbano, ou arranjo espacial que ambos nos dão a mesma idéia <strong>de</strong> or<strong>de</strong>namento territorial. Segun<strong>do</strong>nos afirma Então Ruy Moreira;Na base <strong>de</strong> sua configuração está o jogo <strong>de</strong> correlação <strong>de</strong> forças que confere a hegemonia ao <strong>do</strong>minante –configuração que na socieda<strong>de</strong> burguesa mo<strong>de</strong>rna é dada verá, pela socieda<strong>de</strong> civil mediante seu blocohistórico. Portanto, um to<strong>do</strong> diferencial que arruma a socieda<strong>de</strong> como um campo <strong>de</strong> correlação <strong>de</strong> forçasmarca<strong>do</strong> e atravessa<strong>do</strong> pelo tenso embate da busca <strong>de</strong> hegemonia. ( 2007. p.81) .É importante esclarecer que o Esta<strong>do</strong> não cui<strong>do</strong>u só da parte estrutural da avenida, mas <strong>do</strong>tou esse espaço<strong>de</strong> meios técnicos, científicos e informacionais. A tecnologia germina com a ciência, ganha novas feições,entre as quais a mais <strong>de</strong>terminante parece ser a tecnologia informacional (Silveira, 2002. p. 124) e dartambém um apoio logístico a esse espaço. Como? A Av. Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Souza Franco po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rada109


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientificocomo um portal <strong>de</strong> entrada para o resto <strong>do</strong> centro comercial da gran<strong>de</strong> Belém, praticamente todas aslinhas <strong>de</strong> coletivo publico ou carros priva<strong><strong>do</strong>s</strong>, passam na avenida ou a cortam transversalmente. Sobre oconceito <strong>de</strong> território usa<strong>do</strong> Milton Santos afirma que este é o fundamento <strong>do</strong> trabalho; o lugar daresidência, das trocas materiais e espirituais e <strong>do</strong> exercício da vida (2007.p. 14). E po<strong>de</strong>mos observar aconstituição daquele espaço como nos afirma Santos, lugar <strong>de</strong> moradia, lugar <strong>de</strong> lazer, lugar <strong>de</strong> trocascomerciais, lugar <strong>de</strong> encontros religiosos e lugar <strong>de</strong> trabalho.Na Avenida Doca <strong>de</strong> Sousa Franco você tem quase tu<strong>do</strong> só em um lugar sem ir muito longe. ―Aqui vocênem precisa utilizar seu carro da pra ir <strong>de</strong> pé mesmo, aqui você encontra tu<strong>do</strong>, <strong>do</strong> colégio ao hospital‖.Moisés Cohen, representante da associação <strong>de</strong> mora<strong><strong>do</strong>s</strong> e empresários <strong>do</strong> bairro <strong>do</strong> Umarizal que tambémengloba a avenida que foi nosso alvo <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>.Na entrevista concedida a nos, Moisés afirma que hoje o bairro <strong>do</strong> Umarisal e mais a Avenida Doca <strong>de</strong>Sousa Franco são os espaços mais valoriza<strong><strong>do</strong>s</strong> na gran<strong>de</strong> Belém, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> sua ascen<strong>de</strong>nte concentração <strong>de</strong>serviços, das quais gran<strong>de</strong>s corporações prestam para aquela população local e para toda a socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>Belém.ICMS ECOLÓGICO NO ESTADO DO PARÁ: PERSPECTIVAS E DESAFIOS1 Ynis Cristine <strong>de</strong> Santana Martins Lino Ferreira, 2 Milena <strong>de</strong> Jesus Vieira Ribeiro, 3 Leila Márcia Sousa <strong>de</strong>Lima Elias (Professora Orienta<strong>do</strong>ra), 4 Celina Marques <strong>do</strong> Espírito Santo, 5 Nathalia Cristina Costa <strong>do</strong>Nascimento1 Núcleo <strong>de</strong> Meio Ambiente da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – NUMA/UFPA –yniscristine@yahoo.com.br2 Instituto <strong>de</strong> Estu<strong><strong>do</strong>s</strong> Superiores da Amazônia – IESAM – milenaribeiro75@hotmail.com3 Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Taubaté - UNITAU– leilamarciaelias@yahoo.com.br4 Núcleo <strong>de</strong> Meio Ambiente da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – NUMA/UFPA –celinamarquesufpa@yahoo.com.br5 Núcleo <strong>de</strong> Meio Ambiente da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – NUMA/UFPA –nathalianascime@yahoo.com.brA <strong>de</strong>gradação ambiental, antes <strong>de</strong> ter reflexos estaduais, nacionais ou internacionais, tem início em umcenário local, on<strong>de</strong> o po<strong>de</strong>r público se faz presente por meio <strong>do</strong> Município. Por isso, a gestão ambientalmunicipal <strong>de</strong>ve ser incentivada com a implantação <strong>de</strong> mecanismos que proporcionem a entrada <strong>de</strong>recursos específicos para a preservação ambiental. Um <strong>de</strong>sses mecanismos é o ICMS Ecológico, aoprever que parte <strong>do</strong> ICMS seja <strong>de</strong>stinada aos Municípios como incentivo à preservação. O ICMSecológico está em discussão no Esta<strong>do</strong> e torna-se necessária uma reflexão aprofundada <strong>do</strong> tema.Palavras-chaves: ICMS Ecológico, Desenvolvimento Sustentável, Gestão Municipal.IntroduçãoUm significativo avanço na legislação ambiental brasileira, sobretu<strong>do</strong> nas décadas <strong>de</strong> 80 e 90, teve comápice a elaboração da Constituição Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> 1988, com ampla abordagem para a questão ambiental,preven<strong>do</strong> mecanismos e permitin<strong>do</strong> a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> esta<strong><strong>do</strong>s</strong> e municípios criarem instrumentos <strong>de</strong>preservação ambiental.Dentro <strong>de</strong>sse contexto, o Município é o ente fe<strong>de</strong>rativo mais próximo <strong><strong>do</strong>s</strong> problemas ambientais queatingem a socieda<strong>de</strong>. Porém, a atuação mais ativa e eficaz <strong>do</strong> governo local na busca <strong>de</strong> uma qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vida sustentável, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a essa proximida<strong>de</strong>, esbarra no ainda escasso volume <strong>de</strong> recursos <strong>de</strong>stina<strong><strong>do</strong>s</strong> àsquestões ambientais e na falta <strong>de</strong> articulação entre os governos fe<strong>de</strong>ral, estaduais e municipais e socieda<strong>de</strong>civil. No entanto, a crescente preocupação com alternativas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento sustentável no Brasilpermitiu o surgimento <strong>de</strong> mecanismos <strong>de</strong> ação para utilização responsável <strong><strong>do</strong>s</strong> recursos e naturais porparte <strong><strong>do</strong>s</strong> municípios. Exemplo disso é o ICMS Ecológico que já está implanta<strong>do</strong> em diversos esta<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>do</strong>Brasil, sen<strong>do</strong> que no Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará está em discussão. Neste trabalho propomos reflexões acerca <strong><strong>do</strong>s</strong>impactos que a implantação <strong>do</strong> ICMS Ecológico no Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará po<strong>de</strong>ria produzir nas políticas <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento sustentável municipais.ObjetivosPropor reflexões acerca <strong><strong>do</strong>s</strong> impactos que a implantação <strong>do</strong> ICMS Ecológico no Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará po<strong>de</strong>riaproduzir nas políticas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento sustentável municipais, bem como das perspectivas pararegulamentação e efetivação <strong>de</strong> tal instrumento legal.110


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoMateriais e Méto<strong><strong>do</strong>s</strong>A meto<strong>do</strong>logia se <strong>de</strong>u por meio <strong>de</strong> pesquisa bibliográfica, ou seja, leitura, análise e interpretação <strong>de</strong>livros, periódicos, textos legais, <strong>de</strong>ntre outros, pesquisa <strong>de</strong>scritiva feita através <strong>de</strong> questionário que teve afinalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> observar, registrar e analisar.Resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>A Constituição <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará prevê em seu art. 225 o privilégio <strong>de</strong> tratamento para os municípios queabrigam unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conservação em relação à parcela <strong>de</strong> repasse <strong>de</strong> ICMS que trata o art. 158 daConstituição Fe<strong>de</strong>ral (TUPIASSU, 2003, p.201-202). Segun<strong>do</strong> Scaff e Tupiassu, em 1999 iniciaram-se os<strong>de</strong>bates referentes ao ICMS ecológico no esta<strong>do</strong> (2004, p. 35), porém <strong>de</strong>z anos após o inicio <strong>de</strong>stadiscussão ainda não ocorreu, <strong>de</strong> fato, uma efetivação <strong>de</strong> uma regulamentação <strong>de</strong> tal mecanismo no Esta<strong>do</strong><strong>do</strong> Pará, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao <strong>de</strong>scontentamento <strong>de</strong> alguns municípios que não serão contempla<strong><strong>do</strong>s</strong> por talregulamentação.O município <strong>de</strong> tornou, a partir da Constituição <strong>de</strong> 1988, um ente fe<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> e como tal <strong>de</strong>ve cuidar <strong>de</strong>suas socieda<strong>de</strong>s, organizan<strong>do</strong> e planejan<strong>do</strong> seus interesses para que essas socieda<strong>de</strong>s alcancem seu bemestar social, econômico e ambiental (SILVA; 2007, p. 41). Assim, cabe ao município atuar nas questõesambientais exercitan<strong>do</strong> a com<strong>pet</strong>ência legislativa suplementar à com<strong>pet</strong>ência concorrente da União e <strong><strong>do</strong>s</strong>Esta<strong><strong>do</strong>s</strong>, inclusive a responsabilida<strong>de</strong> administrativa relativa ao dano cometi<strong>do</strong> ao meio ambiente. Nãoobstante, as centenas <strong>de</strong> municípios da região carecem <strong>de</strong> gestores conscientes da importância <strong>de</strong> umagestão apropriada para o <strong>de</strong>senvolvimento sustentável regional.Um Diagnóstico da Gestão Ambiental <strong><strong>do</strong>s</strong> Municípios Paraenses relativo ao ano <strong>de</strong> 2008, realiza<strong>do</strong> pelaSecretaria <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Meio Ambiente através da Diretoria <strong>de</strong> Planejamento Ambiental avaliou a gestãoambiental municipal <strong><strong>do</strong>s</strong> municípios paraenses. De um total <strong>de</strong> 144 municípios, com relação àimplementação <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> Municipal <strong>de</strong> Meio ambiente, verificou-se que somente 13 (treze) municípiospossuem Fun<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> Meio Ambiente implementa<strong>do</strong>, prestan<strong>do</strong> contas ao Conselho Municipal <strong>de</strong> MeioAmbiente, possuin<strong>do</strong> conta bancária. Em 06 (seis) Municípios o Fun<strong>do</strong> existe em Lei, porém não foiregulamenta<strong>do</strong>. Em 29 (vinte e nove) há Fun<strong>do</strong> regulamenta<strong>do</strong>, porém não presta contas ao ConselhoMunicipal <strong>de</strong> Meio Ambiente e em 92 (noventa e <strong>do</strong>is) o Fun<strong>do</strong> Municipal <strong>de</strong> Meio ambiente éinexistente.Dessa forma, como po<strong>de</strong>mos perceber a gestão ambiental municipal <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará ainda é muito<strong>de</strong>ficiente, com muitos municípios que possuem áreas <strong>de</strong> proteção ambiental em seu território e nãopossuem fun<strong>do</strong> <strong>de</strong> meio ambiente. Ora, a existência <strong>de</strong> um Fun<strong>do</strong> específico para o meio ambiente, é algo<strong>de</strong> que o município não po<strong>de</strong> abrir mão para uma gestão ambiental eficaz, pois será o Fun<strong>do</strong> Municipal <strong>de</strong>Meio Ambiente (FMMA) que captará os recursos <strong>de</strong>stina<strong><strong>do</strong>s</strong> a serem investi<strong><strong>do</strong>s</strong> na proteção ao meio.Sen<strong>do</strong> o ICMS Ecológico um recurso financeiro, torna-se necessária a criação <strong>do</strong> Fun<strong>do</strong> <strong>de</strong> naturezacontábil e específico para a questão possibilitan<strong>do</strong> o planejamento para a<strong>de</strong>quada aplicação <strong><strong>do</strong>s</strong> recursos,bem como a participação <strong><strong>do</strong>s</strong> atores sociais no processo <strong>de</strong>cisório e no controle social.Enfim, o ICMS Ecológico <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> não um fim em si mesmo, mas um instrumento meio, não<strong>de</strong>ven<strong>do</strong> funcionar <strong>de</strong> maneira isolada, mas em conjunto com outras ações públicas (LOUREIRO; 2008,p. 82). É importante ressaltar que o ICMS é um imposto estadual e que o impacto positivo gera<strong>do</strong> nomunicípio é <strong>de</strong>corrente da implantação <strong>de</strong>le no esta<strong>do</strong> e <strong>de</strong> repasse para o município. Os recursosadvin<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>do</strong> ICMS ecológico contribuiriam para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novas tecnologias que pu<strong>de</strong>ssemmelhorar também a vida das populações resi<strong>de</strong>ntes nas unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> conservação, colaboran<strong>do</strong> para aa<strong>do</strong>ção <strong>de</strong> tecnologias sustentáveis que viabilizassem uma melhor gestão <strong>de</strong>ssas unida<strong>de</strong>s.ConclusõesO ICMS Ecológico vêm sen<strong>do</strong> aprimora<strong>do</strong> nos Esta<strong><strong>do</strong>s</strong> on<strong>de</strong> foi cria<strong>do</strong>. No Pará é preciso que a lei queregulamente o ICMS Ecológico seja objetiva, e crie condições para a boa gestão ambiental pública,remeten<strong>do</strong> à regulamentação para atos posteriores. O arcabouço legal <strong>de</strong>ve prever também o processoorgânico <strong>de</strong> articulação entre Esta<strong><strong>do</strong>s</strong> e Municípios e sempre que possível a União, <strong>de</strong> forma que se possacaminhar para a construção e operacionalização <strong>de</strong> uma agenda <strong>de</strong> compromissos com a proteção ao meioambiente, permitin<strong>do</strong> ampla participação da socieda<strong>de</strong> civil, principalmente levan<strong>do</strong> em consi<strong>de</strong>ração aextensão territorial <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>.ReferênciasLOUREIRO; Wilson. ICMS Ecológico: a oportunida<strong>de</strong> <strong>do</strong> fianciamento da gestão ambiental municipalno Brasil. In: LEME, Fernan<strong>do</strong> C. P. Tatagiba; LEME, Taciana Neto. Fontes <strong>de</strong> recursos financeirospara gestão ambiental pública: cenários e estratégias <strong>de</strong> captação para o funcionamento <strong>de</strong> fun<strong><strong>do</strong>s</strong>socioambientais. Brasília: Re<strong>de</strong> Brasileira <strong>de</strong> Fun<strong><strong>do</strong>s</strong> Socioambientais, 2008. p. 10-20.111


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoPARÁ. Secretaria <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Meio Ambiente <strong>do</strong> Pará. Matriz <strong>de</strong> acompanhamento e avaliação dagestão ambiental municipal <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará. Belém: 2008.SCAFF, Ferna<strong>do</strong> Facury e TUPIASSU, Lise Vieira da Costa. Tributação e Políticas Públicas: o ICMSEcológico. In: Hiléia: Revista <strong>de</strong> Direito Ambiental da Amazônia. ano. 2, n.º 2. Manaus: EdiçõesGoverno <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Amazonas / Secretaria <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> da Cultura / Universida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong>Amazonas, 2004. p. 15-36.SILVA, João Marcio Palheta da. Perfil <strong><strong>do</strong>s</strong> Municípios Paraenses. In: ROHA, Gilberto <strong>de</strong> Miranda (org.).Gestão Ambiental: Desafios e Experiências Municipais no Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará. Belém: NUMA/UFPA,EDUFPA, 2007. p. 41-51.TUPIASSU, Lise Vieira da Costa. Tributação ambiental: utilização <strong>de</strong> instrumentos econômicos efiscais na implementação <strong>do</strong> direito ao meio ambiente saudável. 2003. 294 f. Dissertação (Mestra<strong>do</strong> emCiências Jurídicas) – Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará, Belém.OS PRESUPOSTOS TEÓRICOS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL1 Anaryê Ybotira Gonçalves Rocha, 2 Prof. MSc. Eduar<strong>do</strong> Lima <strong><strong>do</strong>s</strong> Santos Gomes1 Univesrida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – anarye_rocha@yahoo.com.br2 Univesrida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – egomes28@gmail.comBuscan<strong>do</strong> o entendimento a cerca <strong>do</strong> termo ―<strong>de</strong>senvolvimento sutentável‖, encontramos profundasdiscussões que nos levam ao comportamento humano em relação à utilização <strong><strong>do</strong>s</strong> recursos naturais,valen<strong>do</strong> ressaltar que a categoria natureza foi apenas a primeira <strong>de</strong>ntre as outras facetas abordadas pelotema. Por isso o trabalho vigente busca a compreensão <strong><strong>do</strong>s</strong> pressupostos teóricos <strong>de</strong>sta dicussão visan<strong>do</strong> oentendimento <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> formação <strong>do</strong> termo e sua conceituação atual.Palavras-Chave: Desenvolvi mento sustentável, conservação e patrimônio.IntroduçãoDevi<strong>do</strong> a um processo histórico basea<strong>do</strong> no <strong>de</strong>senvolvimento das socieda<strong>de</strong>s por meio da exploraçãopredatória <strong><strong>do</strong>s</strong> recursos, o mun<strong>do</strong> passa por uma série <strong>de</strong> abalos e crises intensas, e, como consequência,encontram-se diversos problemas como as alterações climáticas, as <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s sociais, miséria, fome eetc; muito difundi<strong><strong>do</strong>s</strong> pela mídia, estes problemas se tornam cada vez mais comuns na realida<strong>de</strong> mundialassim como as responsabilida<strong>de</strong>s e/ou as cobranças para solucioná-los. Por isso, no <strong>de</strong>correr <strong>do</strong> tempo otema <strong>de</strong>senvolvimento sustentável foi toman<strong>do</strong> lugar <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque em to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>, proporcionan<strong>do</strong>gran<strong>de</strong> preocupação <strong>de</strong> nível organizacional, principalmente nos setores econômico e social já que foramafeta<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> forma brusca com práticas voltadas para a conservação e preservação ambiental, incentivo àinovação tecnológica que combata a poluição ou reduza o uso <strong><strong>do</strong>s</strong> recusos entre outras alternativas <strong>de</strong>consumo, assim como a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> turismo.ObjetivosEste trabalho tem como principal objetivo realizar um levantamento histórico a cerca <strong>do</strong> tema vigentealém <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rações referentes ao conceito <strong>de</strong> Desenvolvimento Sustentável, assim como suastransformações no <strong>de</strong>correr <strong>do</strong> tempo e os relacionan<strong>do</strong> às ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> turismo, neste caso trabalhan<strong>do</strong> asegmentação Ecoturismo.Materiais e Méto<strong><strong>do</strong>s</strong>Como recursos meto<strong>do</strong>lógicos utiliza<strong><strong>do</strong>s</strong>, temos a pesquisa bibliográfica e <strong>do</strong>cumental iniciada em agosto<strong>de</strong> 2009 para fornecer informações voltadas para o questionamento cita<strong>do</strong>.Resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>Des<strong>de</strong> a década <strong>de</strong> 1960 vem sen<strong>do</strong> discutida fortemente a ação humana em relação ao meio ambiente esuas conseqüências com relação ao uso abusivo <strong><strong>do</strong>s</strong> recursos naturais existentes, buscan<strong>do</strong> uma posturacrítica acerca <strong>do</strong> comportamento humano em relação à exploração <strong><strong>do</strong>s</strong> recursos naturais por meio <strong><strong>do</strong>s</strong>movimentos ambientalistas.O início da década <strong>de</strong> 1970 é consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> por Souza (1996) como importante perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> discussões e<strong>de</strong>senvolvimento, ten<strong>do</strong> como <strong>de</strong>staque o ano <strong>de</strong> 1972 com a publicação <strong>do</strong> relatório <strong>do</strong> Clube <strong>de</strong> Romasob o título ―Limites <strong>do</strong> Crescimento‖ que enfatizava os problemas <strong>de</strong>correntes da escassez <strong><strong>do</strong>s</strong> recursosnaturais. Esses foram os primeiros <strong>de</strong>bates <strong>do</strong> que se consi<strong>de</strong>ra ―<strong>de</strong>senvolvimento sustentável‖, mas foisomente em 1987 que se criou o primeiro conceito oficial cujo qual foi divulga<strong>do</strong> no ―Relatório Nosso112


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoFuturo Comum‖ ou ―Relatório <strong>de</strong> Brundtland‖, elabora<strong>do</strong> pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente eDesenvolvimento (CMMAD), a pedi<strong>do</strong> da Organização das Nações Unidas (ONU).No Brasil essas discussões foram firmadas a partir da Eco-92 ou Rio-92, como ficou conhecida aConferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD) cujo principalobjetivo era conciliar o <strong>de</strong>senvolvimento sócio econômico com a conservação ambiental.O termo Eco<strong>de</strong>senvolvimento surge apenas em 1973 quan<strong>do</strong> foram formula<strong><strong>do</strong>s</strong> seis aspectos que<strong>de</strong>veriam servir <strong>de</strong> base para um <strong>de</strong>senvolvimento nos mol<strong>de</strong>s que se buscava, <strong>de</strong>ntre eles segun<strong>do</strong>Brüseke (1994) encontamos referência à preocupação com as gerações futuras, envolvimento dapopulação local além da integração entre aspectos naturais, econômicos, culturais e sociais.No ―Relatório <strong>de</strong> Brundtland‖, o termo <strong>de</strong>senvolvimento sustentável foi <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> como sen<strong>do</strong> ―aquele queaten<strong>de</strong> às necessida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> presente sem comprometer a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> as gerações futuras aten<strong>de</strong>rem assuas próprias necessida<strong>de</strong>s‖ (CMMAD, 1987 apud NUNES, 2006 p. 22); tornan<strong>do</strong> a base da <strong>de</strong>finição <strong>do</strong>Desenvolvimento Sustentável.Em consonância a estas discussões, a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> turismo vem ganhan<strong>do</strong> <strong>de</strong>staque na economia mundial,contu<strong>do</strong> não po<strong>de</strong>ria se tornar alheia às discussões ambientais que se tornam cada vez mais relevantes aocotidiano humano. Com isso, as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> turismo direcionadas ao meio ambiente e as questõesabordadas ganhavam gran<strong>de</strong> importância perante toda a comunida<strong>de</strong> proporcionan<strong>do</strong> o surgimento <strong>de</strong>diversas segmentações afins, buscan<strong>do</strong> sempre a integração <strong>de</strong> conceitos e <strong>de</strong>nominações discuti<strong><strong>do</strong>s</strong>.Dentre os diversos segmentos, temos o ecoturismo que:incorpora os princípios <strong>do</strong> turismo sustentável em relação aos impactos econômicos, sociais e ambientais<strong>do</strong> turismo, mas incorpora outros princípios específicos que o diferenciam <strong>do</strong> conceito mais amplo <strong>de</strong>turismo sustentável (PIRES, 2005, p. 486).Muitos autores entram em consenso quan<strong>do</strong> trabalham o conceito <strong>de</strong> ecoturismo utilizan<strong>do</strong> a <strong>de</strong>finiçãoestabelecida pelo Instituto <strong>do</strong> Ecoturismo <strong>do</strong> Brasil. Costa (2002) apresenta quatro características básicase essenciais <strong>do</strong> ecoturismo sintetizan<strong>do</strong> o que está sen<strong>do</strong> afirma<strong>do</strong> e que são as mesmas <strong><strong>do</strong>s</strong> princípios <strong>de</strong>sustentabilida<strong>de</strong> aborda<strong><strong>do</strong>s</strong> anteriormente.Contu<strong>do</strong>, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> autor, essa conciliação entre os subsistemas <strong>de</strong>ntro da ativida<strong>de</strong> é o querealmente se busca, essa integração teórica trazida para a prática da ativida<strong>de</strong> e que foi elaborada a partir<strong>de</strong> questões relativas ao <strong>de</strong>senvolvimento sustentável.ConclusõesSintetizan<strong>do</strong> a idéia <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>, temos a seguinte trilogia: <strong>de</strong>ve ser uma ativida<strong>de</strong>economicamente viável, promover a justiça social e proporcionar a prudência ecológica, como sen<strong>do</strong> abase <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento sustentável.Embora o ecoturismo seja uma alternativa viável para se trabalhar o <strong>de</strong>senvolvimento sustentável <strong>de</strong>ntro<strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminada comunida<strong>de</strong> alian<strong>do</strong> seus princípios básicos em um único contexto, muitos autoresabordam temáticas críticas em relação à abordagem teórica e seu exercício prático; muitas afirmaçõesconsistem em que existem versões aproximadas ou diferentes das discussões teóricas por ser cosi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>um tema complexo <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao para<strong>do</strong>xo <strong>de</strong> <strong>de</strong>finições que antes não eram consi<strong>de</strong>radas.ReferênciasBRÜSEKE, Franz Josef. O problema <strong>do</strong> Desenvolvimento Sustentável. In: CAVALCANTI, Clóvis(Org.). Desenvolvimento e Natureza: Estu<strong><strong>do</strong>s</strong> para uma socieda<strong>de</strong> sustentável. Recife:INPSO/FUNDAJ, 1994. Disponível em: COSTA, Patrícia Côrtes. Ecoturismo. São Paulo: Aleph, 2002 (Coleção ABC <strong>do</strong> turismo).NUNES, Paulo Henrique Faria. Meio ambiente & mineração: <strong>de</strong>senvolvimento sustentável. Curitiba:Juruá, 2006.PIRES, Paulo <strong><strong>do</strong>s</strong> Santos. Enten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> o ecoturismo. In: TRIGO, Luiz Gonzaga Go<strong>do</strong>i. Análisesregionais e globais <strong>do</strong> turismo brasileiro. São Paulo: Roca, 2005.SOUZA, André Luiz Lopes <strong>de</strong>. Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável: Uma reflexão crítica.Belém: FCAP. Serviço <strong>de</strong> <strong>do</strong>cumentação e informação, 1996.113


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoCIÊNCIAS HUMANASA CARTOGRAFIA POLÍTICA PARAENSE: A CONFIGURAÇÃO DO CENÁRIO POLÍTICODOS MUNICÍPIOS.1 Jonatha Rodrigo <strong>de</strong> Oliveira Lira, 2 Ailson Pother Furta<strong>do</strong>, 3 João Márcio Palheta da Silvarodrrigao@hotmail.com - Graduan<strong>do</strong> <strong>de</strong> Geografia, UFPA.ailsonpother@hotmail.com - Graduan<strong>do</strong> <strong>de</strong> Geografia, UFPA.palheta@ufpa.br - Orienta<strong>do</strong>r. Doutor em Geografia, UFPA.Este trabalho é uma complementação <strong>do</strong> trabalho intitula<strong>do</strong> "A CARTOGRAFIA POLÍTICAPARAENSE: A CONFIGURAÇÃO DO CENÁRIO POLÍTICO DOS MUNICÍPIOS‖ apresenta<strong>do</strong> noSBPC 2007. No entanto o mesmo se propõe a reiterar suas conclusões <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o resulta<strong>do</strong> daeleição municipal paraense <strong>de</strong> 2008 on<strong>de</strong> se preten<strong>de</strong> analisar a dinâmica eleitoral que possibilitou<strong>de</strong>stacar outros parti<strong><strong>do</strong>s</strong> políticos até então pouco expressivos no território paraense.Palavras chaves: Parti<strong>do</strong> político, Hegemonia, Eleição.Introdução―... a geografia política analisa como os fenômenos políticos se territorializam e recortam espaçossignificativos das relações sociais, <strong><strong>do</strong>s</strong> seus interesses, solidarieda<strong>de</strong>s, conflitos, controle, <strong>do</strong>minação epo<strong>de</strong>r.‖ (CASTRO, 2005).O espaço político <strong>do</strong> território paraense revela sua complexida<strong>de</strong> quan<strong>do</strong> se analisa as diversas ações quese estabelecem através <strong>do</strong> exercício <strong>do</strong> po<strong>de</strong>r nos diversos municípios paraenses, favorecen<strong>do</strong> a certosinteresses locais <strong>de</strong> <strong>de</strong>termina<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>grupos</strong> que mantém elevada influência <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> sua arena socialconflitante. Assim analisamos a cartografia política paraense e a distribuição <strong>do</strong> po<strong>de</strong>r partidário <strong>de</strong>ntro<strong>do</strong> território, a partir <strong>de</strong> suas mesorregiões: Metropolitana, Nor<strong>de</strong>ste, Su<strong>de</strong>ste, Su<strong>do</strong>este, Baixo Amazonase Marajó, enfatiza<strong><strong>do</strong>s</strong> a partir <strong>de</strong> suas cida<strong>de</strong>s pólos.Dessa forma, objetiva-se apresentar a cartográfica das eleições municipais e suas influências <strong>de</strong>ntro daarena política no esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará, ocorridas nos anos <strong>de</strong> 1996, 2000, 2004 e 2008 como forma <strong>de</strong>compreen<strong>de</strong>r a configuração espacial <strong><strong>do</strong>s</strong> parti<strong><strong>do</strong>s</strong> políticos e suas influências <strong>de</strong>ntro da área <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>.ObjetivoI<strong>de</strong>ntificar a configuração espacial <strong><strong>do</strong>s</strong> parti<strong><strong>do</strong>s</strong> políticos nas eleições municipais paraenses <strong>de</strong> 1996,2000, 2004 e 2008 para <strong>de</strong>terminar a influência e hegemonia <strong>de</strong> <strong>de</strong>termina<strong><strong>do</strong>s</strong> parti<strong><strong>do</strong>s</strong> a partir <strong>de</strong> umaanálise espacial <strong>de</strong> sua distribuição nas últimas 4 eleições.Meto<strong>do</strong>logiaO presente estu<strong>do</strong> fundamentou-se no materialismo histórico e dialético, para analisar a cartografia daseleições municipais, nos anos <strong>de</strong> 1996, 2000, 2004 e 2008 e suas repercussões no espaço geográficoparaense.Para fundamentação teórica, buscou-se apoiar a pesquisa nos conceitos <strong>de</strong> Castro (2005) sobre aabordagem política e em seguida foi realizada uma ampla pesquisa <strong>de</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> quantitativos das eleiçõesmunicipais no Tribunal Regional Eleitoral <strong>do</strong> Pará (TRE-Pa.) e Tribunal Superior Eleitoral (TSE).Posteriormente, utilizou-se o programa Arcgis 9.2 para elaboração <strong>do</strong> mapa temático <strong><strong>do</strong>s</strong> parti<strong><strong>do</strong>s</strong>políticos que se elegeram nos municípios.Em seguida, foi realizada análise crítica através da leitura <strong><strong>do</strong>s</strong> mapas produzi<strong><strong>do</strong>s</strong>, no intuito <strong>de</strong>compreen<strong>de</strong>-se a configuração espacial da partilha <strong>do</strong> po<strong>de</strong>r e assim, observamos a distribuição <strong>do</strong> po<strong>de</strong>rpartidário no território paraense.Resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> e DiscussõesO mapa mostra claramente que PMDB (Parti<strong>do</strong> <strong>do</strong> Movimento Democrático Brasileiro) e PSDB (Parti<strong>do</strong>da Social Democracia Brasileira) disputaram à hegemonia no esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará nas eleições municipais <strong>de</strong>1996, 2000, 2004 e 2008. Por mais que outros parti<strong><strong>do</strong>s</strong>, como PT (Parti<strong>do</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong> Trabalha<strong>do</strong>res) tenhamaumenta<strong>do</strong> sua influência em to<strong>do</strong> o esta<strong>do</strong>, fica claro que permanece forte o po<strong>de</strong>r oligárquico dasfamílias <strong><strong>do</strong>s</strong> políticos filia<strong><strong>do</strong>s</strong> a esses parti<strong><strong>do</strong>s</strong>. A partir da leitura <strong><strong>do</strong>s</strong> resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> das eleições municipais114


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientificono mapa, têm-se diversas observações, <strong>de</strong>ntre as quais o PMDB e o PSDB aparecem administran<strong>do</strong> omaior número <strong>de</strong> cida<strong>de</strong>s e gran<strong>de</strong>s coligações e o Parti<strong>do</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong> Trabalha<strong>do</strong>res começa a <strong>de</strong>spontar nocenário estadual como um parti<strong>do</strong> <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte.Em 1996, tem-se uma conjuntura política na qual o Governo Fe<strong>de</strong>ral e Estadual encontravam-se sob aadministração <strong>do</strong> PSDB, o que influenciou diretamente para a ramificação <strong>de</strong> tal parti<strong>do</strong> e seus alia<strong><strong>do</strong>s</strong>nos municípios. Já no ano <strong>de</strong> 2000 percebe-se forte presença <strong>do</strong> PMDB e <strong>do</strong> PSDB, sen<strong>do</strong> que jápo<strong>de</strong>mos observar neste perío<strong>do</strong> o crescimento <strong>do</strong> (PT), pois a partir <strong>de</strong> 1996 o Parti<strong>do</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong> Trabalha<strong>do</strong>resassume a administração da capital <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>, propician<strong>do</strong> condições políticas e estruturais para que o PTtivesse uma maior visibilida<strong>de</strong> no esta<strong>do</strong> na eleição seguinte. O que efetivamente pu<strong>de</strong>mos comprovar naseleições que se seguiram, já que em 2004 verificamos um crescimento <strong>pet</strong>ista em quase todas asmesorregiões <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>, nota-se também um <strong>de</strong>créscimo <strong>do</strong> número <strong>de</strong> prefeituras dirigidas pelo PSDB, oresulta<strong>do</strong> disso é a eleição da <strong>pet</strong>ista Ana Júlia como a 1ª mulher a governar o esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará.Inegavelmente temos que consi<strong>de</strong>rar outro fator que impulsionou o parti<strong>do</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong> trabalha<strong>do</strong>res em nossoesta<strong>do</strong> que é a eleição e reeleição <strong>do</strong> Presi<strong>de</strong>nte Lula, também como conseqüência <strong>de</strong>sse processodialético <strong>de</strong> Ascenso <strong>pet</strong>ista e <strong>de</strong>scenso tucano, vemos que a partir da eleição <strong>de</strong> Ana Júlia ao governo <strong>do</strong>esta<strong>do</strong> em 2006 e antes das eleições municipais <strong>de</strong> 2008, muitos prefeitos migraram para parti<strong><strong>do</strong>s</strong> da basealiada, principalmente o PMDB. Esse processo se materializa em votos nas eleições <strong>de</strong> 2008, on<strong>de</strong> ficaclaro o avanço <strong>pet</strong>ista no esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> para, o território paraense passa a per<strong>de</strong>r o tom amarela<strong>do</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong> tucanose ganhar nuanças vermelhamente <strong>pet</strong>ista no espaço <strong>de</strong> disputa <strong>do</strong> po<strong>de</strong>r político no esta<strong>do</strong>. Mas o gran<strong>de</strong>vence<strong>do</strong>r da disputa eleitoral no esta<strong>do</strong> acabou sen<strong>do</strong> o PMDB.ConclusõesA hegemonia <strong>de</strong> <strong>grupos</strong> políticos como PSDB (até 2004) e PMDB, no esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará, que por sua vezcomandam e dão diretrizes políticas a <strong>grupos</strong> minoritários e pequenos parti<strong><strong>do</strong>s</strong> que exercem influêncianos municípios, além <strong>de</strong> se utilizar da mídia como instrumento <strong>de</strong> manipulação da massa on<strong>de</strong> o quefortalece os parti<strong><strong>do</strong>s</strong> são as suas coligações e seus patrocínios que, por sinal <strong>de</strong>tém gran<strong>de</strong> influência nagestão <strong><strong>do</strong>s</strong> municípios e, inclusive <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> através <strong>de</strong> acor<strong><strong>do</strong>s</strong> feitos com os meios <strong>de</strong> telecomunicações.Contu<strong>do</strong>, percebe-se a influência das eleições para os governos fe<strong>de</strong>ral e estadual na qual influênciadiretamente nos resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> das eleições municipais, como as eleições <strong>de</strong> 1996 e 2000, quan<strong>do</strong> opresi<strong>de</strong>nte e governa<strong>do</strong>r eram filia<strong><strong>do</strong>s</strong> ao PSDB, ocorreu certa influência nas eleições municipais<strong>de</strong>correntes das mesmas. No entanto a partir da eleição <strong>de</strong> Luis Inácio Lula da Silva, <strong>do</strong> Parti<strong>do</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong>Trabalha<strong>do</strong>res (PT) em 2002, percebe-se uma ascensão <strong>pet</strong>ista nas eleições municipais <strong>de</strong> 2004. A partirda eleição <strong>de</strong> Ana Júlia verifica-se no espaço político paraense um revoada <strong>de</strong> tucanos e uma <strong>de</strong>bandada<strong>de</strong> <strong>de</strong>mocratas para a base aliada <strong>pet</strong>ista, essa migração não se reflete diretamente no PT e sim em parti<strong>do</strong><strong>de</strong> centro que compõem a base aliada <strong>do</strong> governo <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>, um exemplo disso é o PMDB que ganhaa<strong>de</strong>são <strong>de</strong> vários prefeitos que trocaram a situação <strong>de</strong> oposição pela muito mais confortável <strong>de</strong> situação etodas as benesses <strong>de</strong> ser governo. Vale ressaltar que essa gran<strong>de</strong> habilida<strong>de</strong> peeme<strong>de</strong>bista <strong>de</strong> nunca ficarna oposição faz com que o parti<strong>do</strong> mantenha-se sempre entre os mais vota<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>. PSDB que <strong>de</strong> 47eleitos em 2004 nestas últimas eleições consegue emplacar apenas em 13 municípios e DEM amargaraminsucessos nas eleições <strong>de</strong> 2008, fruto <strong>de</strong> da perda da maquina pública. O PT por sua vez experimenta umcrescimento muito gran<strong>de</strong> no número <strong>de</strong> prefeituras em nosso esta<strong>do</strong>, salta <strong>de</strong> 18 prefeitos eleitos em2004 para 27 prefeitos eleitos em 2008. O PMDB com 41 prefeitos eleitos sai como gran<strong>de</strong> vence<strong>do</strong>r efortaleci<strong>do</strong> para compor o governo <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> la<strong>do</strong> a la<strong>do</strong> com o PT, inclusive numa posição confortávelpara indicar o candidato a vice-governa<strong>do</strong>r na chapa que tentará reeleger a governa<strong>do</strong>ra Ana Júlia ano quevem ou se dará o direito <strong>de</strong> lançar chapa própria para a disputa, mas isso é assunto para outro momento. OPR com 15 e o PTB com 13 são os outros <strong>de</strong>staques <strong>de</strong>sse processo eleitoral <strong>de</strong> 2008.Referência BibliográficasCASTRO, I. E. . Geografia e política. Território, escalas <strong>de</strong> ação e instituições. 1. ed. Rio <strong>de</strong> Janeiro:Bertrand Brasil, 2005. v. 1. 299 p.ANÁLISE GEOPOLÍTICA : ABORDAGENS E DISCUSSÕES REFERENTES AO ESTUDO DECAMPO REALIZADO NA AVENIDA VISCONDE DE SOUZA FRANCO1Laís Campos, 2 Cátia Mace<strong>do</strong>1 Instituto Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Educação,Ciência e Tecnologia <strong>do</strong> Pará –lalacampos68@hotmail.com2 Cátia <strong>de</strong> oliveira Mace<strong>do</strong> ,<strong>do</strong>utora,USP –catiamace<strong>do</strong>@yahoo.com.br115


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoO presente artigo correspon<strong>de</strong> a análise referente ao estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> campo realiza<strong>do</strong> na Avenida Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong>Souza Franco , por um grupo <strong>de</strong> estudantes <strong>do</strong> IFPA, numa área localizada entre as ruas Boa Ventura daSilva e Municipalida<strong>de</strong> ,no bairro <strong>do</strong> Reduto ,durante os dias 07,13 e16 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2009 ,em horáriosalterna<strong><strong>do</strong>s</strong> ,em Belém, Pará , a partir <strong>de</strong> sua observação <strong>de</strong>senvolve-se uma discussão <strong>de</strong>sse territórioatravés das concepções <strong>de</strong> caráter geopolítico,dinâmica territorial, pacto territorial , flui<strong>de</strong>z territorial e ouso corporativo <strong>do</strong> território, norteadas pelos diferentes atores que nele atuam e produzem .Palavras-Chaves: Geopolítica,Território,Atores.IntroduçãoComo o grupo <strong>de</strong> estudantes fez sua primeira entrada em campo no dia 07 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2009 ,a partir<strong>de</strong>sse momento começou-se a observar quais os atores hegemônicos e não-hegemônicos que atuam nesseespaço como: as farmácias,os restaurantes,as re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> feast food,os ven<strong>de</strong><strong>do</strong>res informais ,as associações<strong>de</strong> taxistas ,os mora<strong>do</strong>res da avenida,as diversas pessoas que ali transitam,os prédios ,os trabalha<strong>do</strong>reslocais, o serviço público,entre outros .Para uma ampla compreensão <strong>de</strong> como funciona o atual território corporativo da Avenida Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong>Souza Franco e os atores que influenciam no seu dinamismo territorial ,faz-se necessário primeiramenteuma análise a partir <strong>de</strong> seu contexto histórico para <strong>de</strong>monstrar o uso <strong>de</strong>sse território e sua dinâmica <strong>de</strong>produção .Através <strong><strong>do</strong>s</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> históricos observou-se que no final <strong>do</strong> século ΧIX e no início <strong>do</strong> século XX, noperío<strong>do</strong> da chamada Belle Époque ,nessa área existia o igarapé das Almas , sen<strong>do</strong> um instrumento queservia <strong>de</strong> entreposto para o embarque e <strong>de</strong>sembarque <strong>de</strong> variadas cargas ,atualmente esse espaço foi seremo<strong>de</strong>lan<strong>do</strong> ,conten<strong>do</strong> agora mo<strong>de</strong>rnos edifícios ,com estruturas <strong>de</strong> alto padrão , com uma boa infraestruturalocal e com várias corporações atuan<strong>do</strong> na dinâmica <strong>de</strong>sse espaço como : o Lí<strong>de</strong>r,a Big Ben , aPizza Hut ,a HC Pneus,a lavan<strong>de</strong>ria Marajó,a Unimed , o restaurante Toc Toc , a lanchonete Subway ,aExtra Farma ,o banco <strong>do</strong> Brasil ,a Pharmapele e outros.Assim esse espaço acaba por influenciar na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> essa infra-estrutura e a sua flui<strong>de</strong>z <strong>de</strong>merca<strong>do</strong>rias,pessoas e serviços , então à medida que vêm também ocorren<strong>do</strong> a flui<strong>de</strong>z territorial ,asativida<strong>de</strong>s mo<strong>de</strong>rnas se fun<strong>de</strong>m e uma ligação entre essas corporações se impõe, cobran<strong>do</strong> assim diversasporções <strong>do</strong> território ,unin<strong>do</strong> pontos sob uma mesma lógica e arrastan<strong>do</strong> outras empresas para atuaremnesse processo , influencian<strong>do</strong> até no comportamento <strong>do</strong> po<strong>de</strong>r público , fazen<strong>do</strong> com que algumas ações<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> fiquem subordinadas a esse mo<strong>de</strong>lo ,atuan<strong>do</strong> <strong>de</strong>sse mo<strong>do</strong> na vida econômica,social e nadinâmica <strong>de</strong> produção <strong>de</strong>sse território .Quanto ao pacto territorial ,já que este é visto como resulta<strong>do</strong> da reorganização <strong>do</strong> território a partir dalógica global ,em que as empresas dispõem <strong>de</strong> forças para induzir o Esta<strong>do</strong> a a<strong>do</strong>tar comportamentos quecorrespondam aos seus interesses e <strong>de</strong>sse mo<strong>do</strong> o uso corporativo <strong>do</strong> território ocorre no momento emque o Esta<strong>do</strong> implementa a infra-estrutura necessária ,isso é exemplifica<strong>do</strong> na avenida como : o bomasfaltamento ,boa circulação <strong>de</strong> transporte,sem congestionamento excessivo, acesso aos portos, boaarborização, condicionan<strong>do</strong> o uso <strong>de</strong>sse território ,alteran<strong>do</strong> seu dinamismo econômico e social ,para queocorra uma melhor flui<strong>de</strong>z <strong>de</strong> pessoas,produtos e serviços .ObjetivosEste trabalho teve por objetivo primeiramente observar o dinamismo da produção <strong>de</strong> parte <strong>do</strong> territórioda Avenida Doca <strong>de</strong> Souza Franco e os atores hegemônicos e não-hegemônicos que nele atuam ,afim <strong>de</strong>fazer uma análise e propor uma discussão acerca da reorganização <strong>de</strong>sse território ,em que resulta nosseus pactos territoriais e seu uso corporativo .Materiais e Méto<strong><strong>do</strong>s</strong>Para a composição da pesquisa foi utiliza<strong><strong>do</strong>s</strong> livros ,artigos científicos, carta topográfica impressa <strong>do</strong> sitemaps Google ,acessa<strong>do</strong> no dia 05 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2009, carta topográfica da secretária <strong>de</strong> planejamento eurbanização da Prefeitura Municipal <strong>de</strong> Belém,ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> anotações e câmera fotográfica .Quanto aosprocedimentos meto<strong>do</strong>lógicos estes foram segui<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a orientação da professora DoutoraCátia Mace<strong>do</strong> feitos a partir da técnica <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> em forma <strong>de</strong> observação através <strong>do</strong> méto<strong>do</strong>qualitativo .Resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>O estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> campo e sua análise permitiram através <strong>do</strong> <strong>de</strong>bate (troca <strong>de</strong> idéias ) e da reflexão <strong>do</strong> grupo <strong>de</strong>pesquisa mostrar que na produção <strong>do</strong> espaço da Avenida Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Souza Franco um <strong><strong>do</strong>s</strong> conflitosocorri<strong><strong>do</strong>s</strong> no seu dinamismo é referente a disputas <strong>de</strong> seus diversos atores ,principalmente no ramocomercial na disputa pela qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seus serviços ,geran<strong>do</strong> inclusive uma conciliação <strong>de</strong> preços como116


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientificoalgumas corporações a exemplo das farmácias ali presentes que possuem os mesmos produtos <strong>de</strong> venda,outra observação foi quanto ao Shopping Boulevard que mesmo em construção já está alteran<strong>do</strong> adinâmica e a estrutura da cida<strong>de</strong> caracterizada pelas vias <strong>de</strong> transporte que dão acesso a avenida ,alteran<strong>do</strong>assim os gastos públicos <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a essa nova corporação.ConclusõesNesta pesquisa após sua reflexão teórico-meto<strong>do</strong>lógica fica expresso como se comportam os diferentesatores da Avenida Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Souza Franco ,<strong>de</strong>monstran<strong>do</strong> que as corporações inseridas nesse espaçoregulamentam o uso <strong>de</strong>sse território através <strong>do</strong> pacto territorial resultante da cooperação entre o po<strong>de</strong>rpúblico local e as empresas que ali atuam crian<strong>do</strong> assim um aumento da flui<strong>de</strong>z territorial à medida emque o merca<strong>do</strong> regula o território através <strong>do</strong> que Santos (2000) coloca como as regiões <strong>do</strong> mandar e <strong>do</strong>fazer e nesse senti<strong>do</strong> acabam surgin<strong>do</strong> uma exclusão econômica e social já que nem to<strong><strong>do</strong>s</strong> os atores queagem nesse espaço se beneficiam <strong>de</strong>ssa infra-estrutura e bem estar social .Assim sob a ótica geopolítica , observa-se que a relação Esta<strong>do</strong> e corporações criam estratégias <strong>de</strong>dinamismo territorial em que surgem possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> modificar os trabalhos no espaço <strong>de</strong>ssas antigasáreas geoeconômicas ,fazen<strong>do</strong> com que as fronteiras geopolíticas sejam quebradas dan<strong>do</strong> então aberturaao processo <strong>de</strong> valorização e exploração <strong>do</strong> capital .ReferênciasSANTOS, M. A natureza <strong>do</strong> espaço : técnica e tempo,razão e emoção.São Paulo:Hucitec ,1996.----.Por uma outra globalização: <strong>do</strong> pensamento único à consciência universal .Rio <strong>de</strong> Janeiro: Record,2000.SANTOS,M. ; SILVEIRA,M. L. O Brasil: território e socieda<strong>de</strong> no início <strong>do</strong> século XXI. Rio <strong>de</strong> Janeiro:Record ,2001.ASPECTOS SÓCIO ESPACIAIS E CULTURAIS, A CONSTRUÇÃO DE UM TERRITÓRIOALTERNATIVO NA COMUNIDADE DE NOVA ESPERANÇA ILHA DE SÃO JOÃO DEPILATOS EM ANANINDEUA – PARÁ1 Gisele Elaine da Silva Ferreira, 2 João Silva Barbosa Junior, 3 Joyce Tamara Cavalcante, 4 Michel PinheiroCarvalho, 5 Mariléia da Silveira Nobre1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará - gisageo@hotmail.com2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará - junior_jsb@hotmail.com3 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará - joycetk100@hotmail.com4 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará - michel11500@yahoo.com.br5 Profª. Msc. da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará - marileiaturismo@yahoo.com.brO referi<strong>do</strong> trabalho vem mostrar uma breve análise a cerca da comunida<strong>de</strong> Nova Esperança localizada nailha <strong>de</strong> São João Pilatos em Ananin<strong>de</strong>ua, Região Metropolitana <strong>de</strong> Belém. Foram analisa<strong><strong>do</strong>s</strong> os aspectossócio espaciais e culturais da ilha, observan<strong>do</strong> <strong>de</strong> que forma a comunida<strong>de</strong> se relaciona com o meioambiente bem como i<strong>de</strong>ntificar o porque da escolha <strong><strong>do</strong>s</strong> mora<strong>do</strong>res pela referida área, ten<strong>do</strong> em vista quecomunida<strong>de</strong> não possui energia elétrica. A pesquisa foi <strong>de</strong>senvolvida em <strong>do</strong>is dias <strong>de</strong> convivência nacomunida<strong>de</strong> em questão. Sen<strong>do</strong> realizada por alunos da graduação na disciplina antropologia cultural soborientação da Profª Mariléia Nobre.Palavras-chaves: sócio espaciais, meio ambiente, energia elétrica.IntroduçãoO trabalho se propôs analisar os aspectos sócios econômicos, espaciais e culturais na comunida<strong>de</strong> NovaEsperança a qual se localiza na ilha <strong>de</strong> São João Pilatos, no município <strong>de</strong> Ananin<strong>de</strong>ua, regiãometropolitana <strong>de</strong> Belém – Pará. Evi<strong>de</strong>ncian<strong>do</strong> que a ilha em questão não possui eletricida<strong>de</strong> e que foiinvadida por mora<strong>do</strong>res próximos, o trabalho se atentou a discutir o porquê da escolha <strong>de</strong>ssa área pelosmora<strong>do</strong>res, as principais culturas da ilha e o caráter econômico da mesma, bem como verificar possíveisimpactos ambientais que os mesmo possam estar <strong>de</strong>senvolven<strong>do</strong> no local.ObjetivoO trabalho teve por objetivo <strong>de</strong>monstrar a importância <strong>de</strong> se estudar um fenômeno característico da regiãoamazônica, causa<strong>do</strong> pelo gran<strong>de</strong> estresse da vida cotidiana das cida<strong>de</strong>s, o êxo<strong>do</strong> urbano. O fato <strong>de</strong>117


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientificoescolher esse tema foi justamente, pelo motivo <strong>de</strong> que os mora<strong>do</strong>res <strong>de</strong>ssa comunida<strong>de</strong> estão inseri<strong><strong>do</strong>s</strong>nesse fenômeno urbano.Meto<strong>do</strong>logiaA realização <strong>de</strong>ste trabalho contou com pesquisas bibliográficas <strong>de</strong> obras relacionadas ao tema, além <strong>do</strong>levantamento <strong>de</strong> fotos aéreas e ortofotocartas, que possibilitaram um conhecimento prévio da área <strong>de</strong>estu<strong>do</strong>. O méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> comportamento em campo foi <strong>de</strong> inicio tomar o <strong>de</strong>poimento <strong>do</strong> informante ―chave‖antes <strong>de</strong> se iniciar a pesquisa em campo, partin<strong>do</strong> então a analisar a comunida<strong>de</strong> via informante através dacoleta <strong>de</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong>. Foram utilizadas fotografias, gravações e anotações. Ocorren<strong>do</strong> assim uma interação coma comunida<strong>de</strong> via pesquisa em questionário e informalmente. A pesquisa foi realizada durante <strong>do</strong>is dias<strong>de</strong> convivência com os mora<strong>do</strong>res da comunida<strong>de</strong> Nova Esperança, <strong>de</strong>ntre muitos fatores foi analisada ascaracterísticas socioeconômicas, físicas e culturais da comunida<strong>de</strong>. Analisaram-se ainda os fatores quecontribuíram para a saída <strong><strong>do</strong>s</strong> mora<strong>do</strong>res da cida<strong>de</strong> em direção a ilha.Resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>A área on<strong>de</strong> está situada a ilha <strong>de</strong> São João <strong>de</strong> Pilatos fica distante 3 km <strong>do</strong> bairro <strong>do</strong> Curuçambá,município <strong>de</strong> Ananin<strong>de</strong>ua área metropolitana <strong>de</strong> Belém <strong>do</strong> Pará. Três causas po<strong>de</strong>m ser apontadas comoco-responsáveis pela saída <strong><strong>do</strong>s</strong> mora<strong>do</strong>res da cida<strong>de</strong>: <strong>de</strong>ntre a principal <strong>de</strong>u-se a falta <strong>de</strong> tranqüilida<strong>de</strong> esossego, <strong>de</strong>stacan<strong>do</strong> a vida estressante das gran<strong>de</strong>s áreas metropolitanas como um fator agravante <strong>de</strong>vi<strong>do</strong>à falta <strong>de</strong> segurança e o alto índice <strong>de</strong> roubos e assaltos; evi<strong>de</strong>ncian<strong>do</strong> também que outro fator seria o altocusto <strong>de</strong> moradia das gran<strong>de</strong>s capitais e bem como a especulação imobiliária levan<strong>do</strong> em consi<strong>de</strong>ração agran<strong>de</strong> dificulda<strong>de</strong> em se obter o imóvel próprio graças ao preço eleva<strong>do</strong>; sen<strong>do</strong> o terceiro adisponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos naturais presentes, como o Rio Maguari que banha a ilha e oferta alimento,mas também bastante material vegetal para fabricação <strong>de</strong> carvão e argila para fabricação <strong>de</strong> telhas. Nãoforam i<strong>de</strong>ntifica<strong><strong>do</strong>s</strong> gran<strong>de</strong>s impactos ambientais com relação à cobertura vegetal, entretanto em relaçãoao lixo produzi<strong>do</strong> na ilha boa parte foi avistada no porto próximo ao bairro <strong>do</strong> Curuçambá.Percebe-se que os mora<strong>do</strong>res resi<strong>de</strong>ntes na ilha, migraram para a mesma com o objetivo <strong>de</strong> escapar <strong>do</strong>estresse urbano , preservan<strong>do</strong> a tranqüilida<strong>de</strong> e o sossego, o fato da ilha não ter eletricida<strong>de</strong> não significouum empecilho para se viver no local, entretanto registraram-se algumas queixas quanto a conservação <strong><strong>do</strong>s</strong>alimentos, pois o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> consumo é reduzi<strong>do</strong>.O ritmo da ilha se mostra ambivalente liga<strong>do</strong> ao mo<strong>do</strong><strong>de</strong> vida ribeirinho com a utilização da pesca e a criação <strong>de</strong> animais como: galinhas, porcos, entre outros ea retirada <strong>de</strong> produtos da natureza, mas também com as práticas urbanas <strong>de</strong>senvolvidas pelo mora<strong>do</strong>resque <strong>de</strong> viviam antes na cida<strong>de</strong>, ten<strong>do</strong> como exemplo o próprio movimento pendular realiza<strong>do</strong> to<strong><strong>do</strong>s</strong> osdias para a compra <strong>de</strong> alimentos no bairro <strong>do</strong> Curuçambá em Ananin<strong>de</strong>ua. Ou seja, ocorrem práticas nailha advindas da vivência obtida na cida<strong>de</strong> e da cotidianida<strong>de</strong> presente <strong><strong>do</strong>s</strong> hábitos da ilha.Outro fator a ser analisa<strong>do</strong> refere-se ao fato da ilha não possuir energia elétrica, sen<strong>do</strong> esse um <strong><strong>do</strong>s</strong>principais fatores aborda<strong><strong>do</strong>s</strong> em nosso estu<strong>do</strong>, on<strong>de</strong> se po<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar que o fato da ilha não possuirenergia elétrica não impediu a fixação <strong><strong>do</strong>s</strong> mora<strong>do</strong>res, entretanto, foi possível notar certas contradições noque se refere à chegada da energia na comunida<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> alguns mora<strong>do</strong>res <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ram a instalação daenergia elétrica evi<strong>de</strong>ncian<strong>do</strong> que a principal dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> se morar na comunida<strong>de</strong> se <strong>de</strong>ve ao fato daconservação <strong><strong>do</strong>s</strong> alimentos bem como a utilização <strong>de</strong> eletro<strong>do</strong>mésticos. Por outro la<strong>do</strong>, alguns mora<strong>do</strong>res<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m a idéia que a energia po<strong>de</strong>rá vir a <strong>de</strong>svirtuar o sossego presente no ambiente da ilha. No entantoos mora<strong>do</strong>res se preocupam em preservar o patrimônio natural e o ambiente paisagístico da ilha,promoven<strong>do</strong> uma relação embora pouco conhecida pela comunida<strong>de</strong> chamada <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong>.ConclusãoPortanto, o presente trabalho <strong>de</strong>monstrou <strong>de</strong> que forma a comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Nova Esperança estabelece suaafetivida<strong>de</strong> com a ilha São João <strong>de</strong> Pilatos. Desse mo<strong>do</strong>, enten<strong>de</strong>-se a importância <strong>de</strong> se compreen<strong>de</strong>r oespaço vivi<strong>do</strong>, analisan<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma forma antropológica e geográfica as categorias <strong>de</strong> análise <strong>de</strong>compreensão <strong>do</strong> espaço geográfico. Assim, para se compreen<strong>de</strong>r se espaço é necessário analisar <strong>de</strong> queforma a socieda<strong>de</strong> se relaciona com o mesmo, objetivan<strong>do</strong> estabelecer uma relação harmônica entre asocieda<strong>de</strong> e a natureza. Em fim, o trabalho foi <strong>de</strong> extrema relevância para se enten<strong>de</strong>r a relação teoria eprática <strong>de</strong>senvolvida na aca<strong>de</strong>mia.ReferênciasHAESBAERT, Rogério. Territórios Alternativos. In: __.Territórios Alternativos 2ª. Ed. São Paulo:Contexto, 2006. p.13-15.HOGAN, J. Daniel. Mobilida<strong>de</strong> populacional, sustentabilida<strong>de</strong> ambiental e vulnerabilida<strong>de</strong> social.Revista Brasileira <strong>de</strong> Estu<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> População, SciELO Brasil, 2005. p. 1-16118


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoESPECIFICIDADES DA AMAZÔNIA: PERSPECTIVAS DE UMA POPULAÇÃOTRADICIONAL RIBEIRINHA1 Uriens Maximiliano Ravena Cañete. UNAMA, uriens_max@hotmail.com2 Thales Maximiliano Ravena Cañete. UFPA, thales_canete@yahoo.com.br3 Lidiane Henriques Begot. UNAMA, lidianebegot@hotmail.com4 Voyner Ravena Canete. Professora UNAMA, ravenacanete@uol.brEste trabalho trata <strong>de</strong> uma população tradicional ribeirinha que resi<strong>de</strong> no rio Purus (percurso <strong>do</strong> município<strong>de</strong> Lábrea à Tapauá). Tem por objetivo <strong>de</strong>screver o seu modus vivendi. Para tanto, faz-se a exposição eanálise <strong>de</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> coleta<strong><strong>do</strong>s</strong> em três viagens à campo que duraram em média 15 dias cada, perfilan<strong>do</strong>-oscom a noção <strong>de</strong> população tradicional. Conclui-se que a população tradicional ribeirinha <strong>do</strong> Purusapresenta baixa integração com o merca<strong>do</strong>, alta <strong>de</strong>pendência <strong><strong>do</strong>s</strong> recursos naturais locais, modus vivendi<strong>de</strong> integração com os ciclos da natureza, entre outras.Palavras Chave: Populações Tradicionais Ribeirinhas; Módus Vivendis; Dinâmica <strong>do</strong> Rio PurusIntroduçãoO rio Purus configura-se como um <strong><strong>do</strong>s</strong> afluentes <strong>do</strong> rio Amazonas. A área percorrida por este rio ainda ébastante <strong>de</strong>spovoada apresentan<strong>do</strong> poucas cida<strong>de</strong>s, sen<strong>do</strong> estas <strong>de</strong> pequeno porte. Como exemplo épossível citar Lábrea e Tapauá, cida<strong>de</strong>s limites no lócus <strong>de</strong>ste trabalho. Os municípios <strong>de</strong> Lábrea eTapauá são <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> extensão territorial, apresentam baixa <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> populacional e serviços urbanospouco estrutura<strong><strong>do</strong>s</strong> com baixa qualida<strong>de</strong>.Estes <strong>do</strong>is municípios estão cerca<strong><strong>do</strong>s</strong> por Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação-UC e Terras Indígenas-TI, criadas apartir da lei 9985. Esse cenário legal recente impe<strong>de</strong> o acesso da população tradicional historicamenteconstruída nessa região a estas terras que outrora faziam parte das estratégias <strong>de</strong> reprodução social dasmesmas. Essa situação agrava-se ainda mais com as peculiarida<strong>de</strong>s da dinâmica <strong>do</strong> rio, pois o rio noperío<strong>do</strong> <strong>de</strong> cheia, configura-se em um local inóspito, em função <strong>de</strong> diversos fatores, logo, a terra firmeincluída quase em sua totalida<strong>de</strong> nas áreas <strong>de</strong> UC e TI, torna-se indisponível à população tradicional queantes a acessava, alteran<strong>do</strong> o mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> vida e formas <strong>de</strong> reprodução social outrora presentes.ObjetivosI<strong>de</strong>ntificar quais são as estratégias <strong>de</strong> reprodução social <strong><strong>do</strong>s</strong> habitantes da várzea <strong>do</strong> rio Purus, <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong>percurso Lábrea /Tapauá, e suas respectivas relações sociais e ambientais, levan<strong>do</strong> em consi<strong>de</strong>ração ainfluência que a dinâmica <strong>do</strong> rio tem sobre o cotidiano <strong>de</strong>sses indivíduos.Meto<strong>do</strong>logiaA estratégia meto<strong>do</strong>lógica a<strong>do</strong>tada optou pela abordagem qualitativa e quantitativa junto à populaçãotradicional. Foram realizadas três viagens a campo, com a duração média <strong>de</strong> 10 a 15 dias. A primeira foirealizada no mês <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2006, enquanto que a segunda e a terceira concretizaram-serespectivamente em maio e <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2007.Na primeira e última viagem fez-se o percurso <strong>de</strong> subida da calha <strong>do</strong> rio no percurso entre Lábrea eManaus, proporcionan<strong>do</strong> a coleta <strong>de</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> primários junto à população local. A primeira viagem teve umcaráter <strong>de</strong> ―survey‖, enquanto que as outras aprofundaram questões levantadas nesse primeiro trabalho <strong>de</strong>pesquisa. A segunda viagem a campo foi realizada via aérea. A coleta <strong>de</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> se <strong>de</strong>u através daaplicação <strong>de</strong> questionários estrutura<strong><strong>do</strong>s</strong> junto à população tradicional ribeirinha, a<strong>de</strong>mais <strong>de</strong> entrevistasfeitas com atores sociais <strong>de</strong> importância local, a observação direta <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s diárias da população einformações <strong>de</strong>talhadas <strong>do</strong> ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> campo.Resulta<strong>do</strong> e DiscussãoDescen<strong>do</strong> o rio <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o município <strong>de</strong> Lábrea a Tapauá, nota-se o grau <strong>de</strong> isolamento <strong>de</strong>sta região. Não sevê muitas comunida<strong>de</strong>s e casas no percurso, pois este configura-se, ainda, como pouco explora<strong>do</strong> eantropiza<strong>do</strong>, apresentan<strong>do</strong> um cenário já em extinção <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> contexto ambiental planetário: o rio Purusrepresenta uma das ultimas fronteiras <strong>do</strong> planeta. Em visões aéreas nota-se esta <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> ainda presenteneste trecho <strong>do</strong> rio Purus, assim como a recorrência <strong>de</strong> praias que ocorrem nas extremida<strong>de</strong>s das curvasperfiladas pelo rio. Nestas praias verifica-se, muitas vezes, roça<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> culturas diversas, contu<strong>do</strong> amandioca é a mais comum. No perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> cheia estas praias ficam submersas pelo rio, obrigan<strong>do</strong> oribeirinho a buscar novas estratégias <strong>de</strong> reprodução socioeconômicas. Algumas comunida<strong>de</strong>s esvaziamse,em outras nota-se um marasmo: os ribeirinhos estão na floresta coletan<strong>do</strong> recursos naturais da área <strong>de</strong>119


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientificovárzea, ou migraram para terra firme em busca <strong>de</strong> solo para plantar e recursos naturais para coletar,retornan<strong>do</strong> somente quan<strong>do</strong> o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> cheia termine. É a dinâmica <strong>do</strong> rio imprimin<strong>do</strong> a sua influenciana população tradicional ribeirinha (Diegues, 2000).As comunida<strong>de</strong>s em geral não são muito gran<strong>de</strong>s, atingin<strong>do</strong> o máximo <strong>de</strong> 50 famílias em umacomunida<strong>de</strong>. Uma gran<strong>de</strong> parte da população é remanescente <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> da borracha, a qual trouxe umagran<strong>de</strong> leva <strong>de</strong> nor<strong>de</strong>stinos para a Amazônia em geral, sen<strong>do</strong> que o rio Purus não é exceção. Outra parcelada população <strong>de</strong>scen<strong>de</strong> das áreas urbanas pobres da Amazônia. Indígenas que <strong>de</strong> forma individualmigraram <strong>de</strong> suas al<strong>de</strong>ias para comunida<strong>de</strong>s ribeirinhas agregam-se a população, assim como seus<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes. Este contato interétnico possibilita as populações ribeirinhas acessar os recursos naturaispresentes em áreas indígenas. Vale salientar que são as famílias em geral que formam a base da produção<strong>de</strong>ssa população, <strong>de</strong>notan<strong>do</strong> uma economia familiar ribeirinha <strong>de</strong> subsistência (Lima e Alencar, 2000;Maués, 1999)Quanto às famílias que constituem as comunida<strong>de</strong>s, po<strong>de</strong>-se afirmar que seguem o padrão amazônico: emuma residência vivem pai, mãe e filhos. O número <strong>de</strong> filhos em geral é bastante eleva<strong>do</strong>, pois seconfiguram como futura mão-<strong>de</strong>-obra, logo, mais um braço para ajudar no roça<strong>do</strong>, na pesca, coleta e<strong>de</strong>mais ativida<strong>de</strong>s. Contu<strong>do</strong>, existem residências que apresentam alguns agrega<strong><strong>do</strong>s</strong> como noras, genros,cunha<strong><strong>do</strong>s</strong> (a) e netos (a), também representantes <strong>de</strong> mais mão-<strong>de</strong>-obra e ajuda nas ativida<strong>de</strong>s em geral.Ao <strong>de</strong>senvolver as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> oportunizada pela pesquisa torna-se possívelcompreen<strong>de</strong>r como o trabalho <strong>de</strong> campo configura-se em uma experiência capaz <strong>de</strong> mudarsignificativamente o olhar <strong>do</strong> pesquisa<strong>do</strong>r (Geertz, 2006; Da Matta 1993, Oliveira, 2006). De fato, o olharacerca da concepção <strong>de</strong> vida é altera<strong>do</strong> em uma viagem na qual o pesquisa<strong>do</strong>r não retorna ileso para suasocieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> origem (Da Matta, 1993). No <strong>de</strong>correr da viagem a campo, referenciais como fartura epobreza antes quase naturaliza<strong><strong>do</strong>s</strong> em um olhar origina<strong>do</strong> pela experiência da vida urbana findamsofren<strong>do</strong> processos intensos <strong>de</strong> relativização. Descrever a viagem, e o impacto com a nova realida<strong>de</strong><strong>de</strong>frontada, ainda que se pareça um exercício imaturo, ou mesmo comum para o antropólogo, merece um<strong>de</strong>staque. Nesse senti<strong>do</strong>, o olhar sobre os ribeirinhos será apresenta<strong>do</strong>, focan<strong>do</strong> especialmente a viagemque oportunizou o contato com essa nova realida<strong>de</strong>, o rio Purus e seus habitantes. Este refere-se ao olhar<strong>de</strong> um antropólogo em formação, pois o contato com o outro, ainda que sem as condições necessárias <strong>de</strong>permanência prolongada em campo permitiu construir um processo <strong>de</strong> relativização permanente em umantropólogo em formação.ConclusõesA realida<strong>de</strong> <strong>do</strong> rio é repleta <strong>de</strong> peculiarida<strong>de</strong>s e especificida<strong>de</strong>s, tanto em sua morfologia ambiental comona sua morfologia social, sen<strong>do</strong> que a primeira influencia <strong>de</strong> forma direta na segunda, marcadas porintensa diversida<strong>de</strong> como já aponta Maues (1999), Lima & Pozzobon (2000), entre outros autores. Logo aexistência <strong>de</strong> uma imensa diversida<strong>de</strong> nas estratégias <strong>de</strong> sobrevivência das populações tradicionais éverificada, geran<strong>do</strong> também uma ampla diversida<strong>de</strong> cultural que, por sua vez gera as especificida<strong>de</strong>slocais <strong>de</strong> cada povo, vila, comunida<strong>de</strong>, etc.Percebe-se, então, as inúmeras estratégias <strong>de</strong> sobrevivência utilizadas pela população tradicional paradriblar as situações às quais estão submetidas, sen<strong>do</strong> que o rio tem um importante papel <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>stecenário, <strong>de</strong>notan<strong>do</strong> uma intensa relação <strong>de</strong> integração que o ribeirinho <strong>de</strong>senvolve com o rio e <strong>de</strong>maisrecursos naturais. Com isso cita-se também a notável <strong>de</strong>pendência que o ribeirinho <strong>do</strong> Purus adquire <strong><strong>do</strong>s</strong>recursos naturais locais, pois necessitará <strong>do</strong> peixe para o consumo, da várzea para o plantio da mandioca eoutras culturas, da caça, etc (Diegues, 2000).ReferênciasCUNHA, Manoela Carneiro. Populações Tradicionais e a Convenção da Diversida<strong>de</strong> Biológica. Estu<strong><strong>do</strong>s</strong>Avança<strong><strong>do</strong>s</strong>, 1999.DAMATTA, Roberto. Relativizan<strong>do</strong>: Uma Introdução à Antropologia Social. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Rocco,1993.DIEGUES, Antonio Carlos S. et al. Biodiversida<strong>de</strong> e Comunida<strong>de</strong>s Tradicionais no Brasil. São Paulo:NUPAUB-USP, PROBIO-MMA, CNPq, 2000.GEERTZ, Clifford. O saber local: novos ensaios em antropologia interpretativa. Petropolis: Vozes, 2006.LIMA, Deborah & POZZOBON, Jorge. Amazônia Socioambiental: Sustentabilida<strong>de</strong> ecológica eDiversida<strong>de</strong> Social. XXII Reunião Brasileira <strong>de</strong> Antropologia. Fórum <strong>de</strong> Pesquisa 3: ConflitosSocioambientais e Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Conservação. Brasília, 2000.LIMA, Débora Magalhães & ALENCAR, Edna Ferreira. ―Histórico da ocupação humana e mobilida<strong>de</strong>geográfica <strong>de</strong> assentamentos na várzea <strong>do</strong> médio Solimões‖. Em População e Meio Ambiente: <strong>de</strong>bates e<strong>de</strong>safios. São Paulo: SENAC, 2000.120


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoMAUES, Raymun<strong>do</strong> Heral<strong>do</strong>. Uma outra ―invenção‖ da Amazônia. Belém: Cejup, 1999.OLIVEIRA, Roberto Car<strong><strong>do</strong>s</strong>o <strong>de</strong>. O Trabalho <strong>do</strong> Antropólogo. São Paulo: Editora Unesp, 2006.GÊNERO MASCULINO E TRABALHO DOCENTE: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DEPROFESSORES (AS) QUE ATUAM NO MAGISTÉRIO DAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINOFUNDAMENTAL1 Thiago Augusto <strong>de</strong> Oliveira da Conceição, 2 Vanessa Galvão <strong><strong>do</strong>s</strong> Santos1 Graduan<strong>do</strong> <strong>do</strong> Curso <strong>de</strong> Licenciatura Plena em Pedagogia – UEPA. Bolsista <strong>do</strong> Programa <strong>de</strong> IniciaçãoCientífica da Universida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará - thiagooliveira_uepa@yahoo.com.br2 Professora da Universida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará - Orienta<strong>do</strong>raA presente pesquisa teve financiamento da Universida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará, a qual teve como objetivoi<strong>de</strong>ntificar as representações sociais sobre o trabalho <strong>do</strong>cente <strong>do</strong> gênero masculino construí<strong><strong>do</strong>s</strong> porprofessores (as) que atuam nas séries iniciais <strong>do</strong> ensino fundamental. O trabalho teoricamente estáembasa<strong>do</strong> em (HYPOLITO. 1997), (LOURO. 1997), (SCOTT. 1990), (MOSCOVICI. 2004) <strong>de</strong>ntreoutros teóricos que discutem as categorias gênero, trabalho <strong>do</strong>cente e representações sociais envolvidasna pesquisa. A abordagem meto<strong>do</strong>lógica teve um enfoque qualitativo, pois enfatiza a <strong>de</strong>scrição e o estu<strong>do</strong>das percepções sociais <strong><strong>do</strong>s</strong> sujeitos envolvi<strong><strong>do</strong>s</strong> e como instrumentos <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> foram utilizadasentrevistas semi-estruturadas.Palavras-Chave: Gênero Masculino, Trabalho Docente, Representações Sociais.IntroduçãoNesta pesquisa preten<strong>de</strong>u-se abordar a questão <strong>do</strong> Gênero, a partir <strong>do</strong> trabalho <strong>do</strong>cente <strong>de</strong> professores <strong>do</strong>gênero masculino <strong>do</strong> magistério das séries iniciais <strong>do</strong> ensino fundamental. A escolha da temática partiu <strong>de</strong>leituras da obra: Gênero, Sexualida<strong>de</strong> e Educação <strong>de</strong> Louro (1997), que organizou vários artigos quediscutem o Gênero a partir da <strong>de</strong>sconstrução das <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s <strong><strong>do</strong>s</strong> sexos – homem e mulher. Essas<strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sexos, também po<strong>de</strong>m ser i<strong>de</strong>ntificadas no ambiente escolar, mais precisamente noâmbito <strong>do</strong> trabalho <strong>do</strong>cente, principalmente no magistério das séries iniciais <strong>do</strong> ensino fundamental, ten<strong>do</strong>a figura da professora-mulher, historicamente presente na <strong>do</strong>cência <strong>de</strong>ssas séries.Assim, o enfoque da<strong>do</strong> às séries iniciais e ao trabalho <strong>do</strong>cente <strong>de</strong> professores <strong>do</strong> gênero masculino, comocategoria <strong>de</strong> investigação e estu<strong>do</strong>, partilha da concepção <strong>de</strong> que o espaço escolar é território <strong>de</strong>construção <strong>de</strong> representações (OLIVEIRA. 2003) e ainda, é fruto da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> explorarmos mais asdiscussões no âmbito acadêmico e escolar sobre a temática gênero neste nível <strong>de</strong> ensino e ainda, aausência <strong>de</strong> referências, pesquisas e obras que investiguem e i<strong>de</strong>ntifiquem que representações sociais sãoconstruídas na prática escolar <strong>do</strong> professor-homem, no exercício <strong>do</strong> seu trabalho no magistério nas sériesiniciais <strong>do</strong> ensino fundamental.ObjetivosAnalisar as representações sociais sobre o <strong>do</strong>cente <strong>do</strong> gênero masculino, construídas por professores (as)<strong>do</strong> magistério das séries iniciais <strong>do</strong> ensino fundamental;Descrever que representações sociais sobre os <strong>do</strong>centes <strong>do</strong> gênero masculino que atuam nas séries iniciaissão construídas pelos professores (as);I<strong>de</strong>ntificar que noções e concepções <strong>de</strong> Gênero e Docência são reveladas pelos professores (as) quetrabalham nas séries iniciais.Materiais e Méto<strong><strong>do</strong>s</strong>A abordagem meto<strong>do</strong>lógica da pesquisa teve um enfoque qualitativo, pois enfatizou a <strong>de</strong>scrição, aindução e o estu<strong>do</strong> das percepções sociais <strong><strong>do</strong>s</strong> sujeitos envolvi<strong><strong>do</strong>s</strong>, fornecen<strong>do</strong> assim uma compreensãoprofunda <strong>de</strong> certos fenômenos sociais, pois segun<strong>do</strong> Ludke e André (1986) a pesquisa qualitativa supõe ocontato direto e prolonga<strong>do</strong> <strong>do</strong> pesquisa<strong>do</strong>r com o ambiente e a situação que está sen<strong>do</strong> investigada,através <strong>do</strong> trabalho intensivo <strong>de</strong> campo. Assim, foi realizada uma pesquisa <strong>de</strong> campo buscan<strong>do</strong> i<strong>de</strong>ntificarque representações estão sen<strong>do</strong> construídas por professores (as) sobre a presença <strong>do</strong> professor homem nomagistério das séries iniciais <strong>do</strong> ensino fundamental. Como coletas <strong>de</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> foram utilizadas entrevistassemi-estruturadas que são incentivadas por Triviños (1997).As entrevistas foram realizadas no universo <strong>de</strong> 6 (seis) professores (as) <strong>do</strong> magistério das séries iniciais<strong>do</strong> ensino fundamental, sen<strong>do</strong> três homens e três mulheres. Acreditamos que o contexto das entrevistasoportunizou aos sujeitos da pesquisa expressar o discurso <strong>de</strong> categorias que nos possibilitou i<strong>de</strong>ntificar o121


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientificosenti<strong>do</strong> que eles (as), como sujeitos sociais dão à construção subjetiva <strong>de</strong> gênero no exercício da <strong>do</strong>cênciareconhecen<strong>do</strong> assim as representações sociais que permeiam o discurso <strong>de</strong>stes professores (as).O processo <strong>de</strong> análise e interpretação buscou i<strong>de</strong>ntificar os aspectos mais relevantes, explícitos e, ainda osaspectos implícitos que estão por trás das falas e <strong><strong>do</strong>s</strong> apontamentos <strong><strong>do</strong>s</strong> professores (as) entrevista<strong><strong>do</strong>s</strong>.Para analisar os da<strong><strong>do</strong>s</strong> recorreremos à análise <strong>de</strong> discurso, toman<strong>do</strong> como base Orlandi (2005), a qual noscoloca a importância <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> e análise. Partin<strong>do</strong> <strong>de</strong>sse pressuposto, tomamos os discursos <strong>de</strong>tais professores (as), para analisarmos que tipos <strong>de</strong> representações sociais estão permeadas nos discursos<strong>de</strong>sses sujeitos, para posteriormente termos subsídios reais <strong>de</strong> como po<strong>de</strong>r respon<strong>de</strong>r ou esclarecer talproblemática que é levantada neste trabalho.Resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>As representações Sociais mais presentes em relação às professoras foram: COMPETÊNCIA,IDENTIDADE PESSOAL e DIFERENÇA. Tais professoras justificaram que o professor <strong>do</strong> gêneromasculino que atua nas séries iniciais, tem a mesma igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> com<strong>pet</strong>ência e capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolver um trabalho <strong>do</strong>cente efetivamente proveitoso e compromissa<strong>do</strong> como qualquer outraprofessora <strong>de</strong>ssas séries. Logo, a diferença não está no fator <strong>de</strong> gênero, mas, no senti<strong>do</strong> conceitual dapalavra diferença, pois os indivíduos são diferentes uns <strong><strong>do</strong>s</strong> outros em algum aspecto social, biológico oucultural. Referin<strong>do</strong>-se a questão cultural, aproveitamos por <strong>de</strong>stacar a escolha da palavra CULTURA,dita por uma das professoras, que nos coloca que a questão cultural torna-se um meio influencia<strong>do</strong>r <strong>de</strong>representações negativas em torno <strong><strong>do</strong>s</strong> professores das séries iniciais.Ora observa-se que o meio social e cultural também se torna um veiculo <strong>de</strong> disseminação <strong>de</strong>representações muitas vezes negativas, que partem <strong>de</strong> conceitos e condutas históricas que geralmenteestão cristalizadas e enraizadas no seio da socieda<strong>de</strong>, uma socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> valores prepon<strong>de</strong>rantemente<strong>do</strong>minantes, on<strong>de</strong> os sujeitos sociais estão subordina<strong><strong>do</strong>s</strong> as suas regras e leis ditadas pela culturalpatriarcal e machista <strong>de</strong> ver as relações sociais entre homens e mulheres.Já as representações mais pertinentes <strong><strong>do</strong>s</strong> professores e que não fugiram muito das feitas pelasprofessoras, foram: COMPETÊNCIA, AUTORIA e VISÃO POLÍTICA. As representaçõesevi<strong>de</strong>nciadas pelos professores são argumentadas pelas mesmas colocações feitas pelas professoras <strong>de</strong>que os professores homens têm a mesma com<strong>pet</strong>ência, capacida<strong>de</strong> e habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver umtrabalho <strong>do</strong>cente verda<strong>de</strong>iramente respeita<strong>do</strong> e proveitoso como as <strong>de</strong>mais professoras <strong>do</strong> gênerofeminino. Um ponto que foi toca<strong>do</strong> foi a questão da autoria <strong>do</strong> professor, pois ele <strong>de</strong>ver ser autônomo noque faz, crian<strong>do</strong> e recrian<strong>do</strong> seu trabalho <strong>do</strong>cente, assim, possuin<strong>do</strong> uma i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> profissional própria.A visão política foi outra questão que foi levantada pelos professores, pois segun<strong>do</strong> eles, os professores<strong>de</strong>vem ter uma visão política global <strong>do</strong> meio em que está inserin<strong>do</strong>, ou seja, a escola que é implícita <strong>de</strong>muitos interesses tanto particulares como coletivos, e mais os <strong>do</strong>centes <strong>de</strong>vem ter em mente que elesexercem uma ativida<strong>de</strong> estritamente política, que é a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> educar sujeitos cidadãos,críticos e reflexivos para a socieda<strong>de</strong>. Frisamos também uma representação feita por um professor, quecolocou a PATERNIDADE, como sen<strong>do</strong> a figura <strong>do</strong> pai que o professor nessas séries iniciais exerce narepresentação principalmente <strong><strong>do</strong>s</strong> alunos carentes <strong>de</strong> proteção e afetivida<strong>de</strong> da figura paterna, comoafirma o professor Oliveira.ConclusõesPortanto, não queremos com essa pesquisa fazer uma relação <strong>de</strong> superiorida<strong>de</strong> da figura masculina, mas,<strong>de</strong>ixar transparecer que as questões e relações <strong>de</strong> gênero são feitas e construídas no cotidiano das relaçõessociais tanto <strong>de</strong> mulheres como <strong>de</strong> homens, ou seja, o que queremos <strong>de</strong>ixar também a contribuir com estapesquisa, é que in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente on<strong>de</strong> estejam situa<strong><strong>do</strong>s</strong> homens e mulheres, seja nas relações sociais,profissionais, afetivas ou em qualquer outra, não <strong>de</strong>vemos ou ao menos não <strong>de</strong>veríamos menosprezar ouaté mesmo subordinar um gênero sobre o outro, como foi verifica<strong>do</strong> no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sta pesquisapor meio das tais representações sociais relatadas por professores (as). Portanto temos uma difícil missãona concretu<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste trabalho, que é a <strong>de</strong> lutar pela equida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gênero nos diferentes segmentos dasocieda<strong>de</strong>.ReferênciaHYPOLITO, Álvaro L. Moreira. Trabalho <strong>do</strong>cente, classe social e relações <strong>de</strong> gênero. Campinas, SP:Papirus, 1997. (Coleção Magistério. Formação e trabalho pedagógico).LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualida<strong>de</strong> e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. 3.edPetrópolis,RJ: Vozes, 1997.LÜDKE; ANDRÉ. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas, São Paulo: EPU, 1986.122


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoMOSCOVICI, Serge. Representações sociais: Investigações e psicologia social. 2ª ed. Petrópolis: Vozes,2004.OLIVEIRA, Ivanil<strong>de</strong> Apoluceno <strong>de</strong>.IN: Espaço escolar – Território <strong>de</strong> Construção <strong>de</strong> representações ei<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s. Filosofia da Educação: Reflexões e <strong>de</strong>bates, Belém, Unama, 2003.ORLANDI, Eni Puccinelli. Análise <strong>do</strong> discurso: princípios e procedimentos. Campinas – SP: Pontes. 6ªedição, 2005.SCOTT, Joan. IN: Gênero: Uma categoria útil <strong>de</strong> análise histórica. Educação & realida<strong>de</strong>: Mulher eeducação. COSTA, Rovílio. FERRARI, Alceu R. Editora: UFRGS, RS. Vol. 15, n° 2; 1990.TRIVIÑOS, Augusto Nibal<strong>do</strong> Silva. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativaem educação. São Paulo: Atlas, 1997.NATIVOS TEMPORÁRIOS: MAPEANDO ÁGUAS DA GRADUAÇÃO DE CIÊNCIAS SOCIAIS1 Thaís Costa, 2 Dalila Antero, 3 Ricar<strong>do</strong> Rodrigues, 4 Thaize Bianca Figueire<strong>do</strong>, 5 Prof. Dr. Samuel Sá,6 Prof. Dra. Denise Macha<strong>do</strong> Car<strong><strong>do</strong>s</strong>o1Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – t.<strong>de</strong>almeidacosta@yahoo.com.br2Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – dalilaantero@hotmail.com3Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – ricar<strong>do</strong>rodrigues87a@hotmail.com4Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará- thaiufpa@hotmail.com5Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará- bcsamel@terra.com.br6Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará - Orienta<strong>do</strong>ra – <strong>de</strong>nise@ufpa.brEste artigo foi elabora<strong>do</strong> a partir <strong>de</strong> análises iniciais sobre a transição entre o ensino médio e o ensinosuperior na Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará. Precisamente, buscou-se <strong>de</strong>ter nas realida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> calouros e excalourosrecentes <strong>do</strong> Curso <strong>de</strong> Ciências Sociais. Em termos meto<strong>do</strong>lógicos utilizou-se a pesquisa sócioantropológica,na qual se vislumbrou a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stes alunos recontarem suas experiências e seusestranhamentos neste curso e nesta instituição <strong>de</strong> ensino superior. O estu<strong>do</strong> foi realiza<strong>do</strong> por <strong>do</strong>centes ediscentes <strong>do</strong> Projeto Extracurricular Temático <strong>de</strong> Ciências Sociais – Pet/GT/CS, que assumiu, <strong>de</strong>s<strong>de</strong>2008, a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pensar, esclarecer e ouvir vozes <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> da graduação.Palavras-chave: Ciências Sociais, calouros, graduaçãoIntroduçãoQuan<strong>do</strong> observa-se que ao longo <strong>do</strong> quase 50 anos <strong>do</strong> Curso <strong>de</strong> Ciências Sociais da UFPA não háregistros <strong>de</strong> estu<strong><strong>do</strong>s</strong> volta<strong><strong>do</strong>s</strong> para o acompanhamento, <strong>de</strong> forma mais sistemática, da formação <strong>de</strong>universitários e universitárias, verificamos que esta necessida<strong>de</strong> reflexão se apresenta como valiosa parase pensar o curso em vários aspectos.Parte <strong>do</strong> grupo <strong>do</strong> Pet/GT/CS que <strong>de</strong>senvolveu esta pesquisa já experimentou nas semanas acadêmicas <strong>de</strong>2008 e 2009 aquele papel notório <strong>de</strong> ―prático <strong>de</strong> barra‖, conduzin<strong>do</strong> nativos <strong>de</strong> longe para <strong>de</strong>ntro <strong><strong>do</strong>s</strong>meandros fluviais paraenses. ―Prático <strong>de</strong> barra‖ po<strong>de</strong> ser um nome para uma com<strong>pet</strong>ência no interior daUFPA.ObjetivosRenovar uma abordagem da Antropologia da Educação <strong>de</strong> praticar, como em extensão, tentativas <strong>de</strong>avivar a chegada <strong>de</strong> calouros; <strong>de</strong>stacar a importância <strong>de</strong> pensar, pesquisar e falar sobre educação em seusaspectos formais e informais; realizar um breve histórico acerca <strong>do</strong> PET/GT/CS- Ciências Sociais e <strong>do</strong>curso <strong>de</strong> Ciências Sociais.Materiais e Méto<strong><strong>do</strong>s</strong>Foi realizada a pesquisa sócio-antropológica, na qual se vislumbrou a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stes alunosrecontarem suas experiências e seus estranhamentos neste curso e nesta instituição <strong>de</strong> ensino superior. Oestu<strong>do</strong> foi realiza<strong>do</strong> por <strong>do</strong>centes e discentes <strong>do</strong> Projeto Extracurricular Temático <strong>de</strong> Ciências Sociais –Pet/GT/CS, que assumiu, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2008, a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pensar, esclarecer e ouvir vozes <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> dagraduação.Quan<strong>do</strong> observa-se que ao longo <strong>do</strong> quase 50 anos <strong>do</strong> Curso <strong>de</strong> Ciências Sociais da UFPA não háregistros <strong>de</strong> estu<strong><strong>do</strong>s</strong> volta<strong><strong>do</strong>s</strong> para o acompanhamento, <strong>de</strong> forma mais sistemática, da formação <strong>de</strong>universitários e universitárias, verificamos que esta necessida<strong>de</strong> reflexão se apresenta como valiosa parase pensar o curso em vários aspectos.123


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoDiante disso, um grupo <strong>de</strong> estu<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>do</strong> Projeto Extracurricular Temático <strong>de</strong> Ciências Sociais – PET/GT/CSassumiu, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2008, esse conjunto <strong>de</strong> possibilida<strong>de</strong>s para pensar, esclarecer e ouvir vozes <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> dagraduação.De acor<strong>do</strong> com Sá (2008) ―Sen<strong>do</strong> extracurricular, o PET faz seus papéis como uma extensão ‗para <strong>de</strong>ntro‘(ou também para fora) da universida<strong>de</strong>. Ele explora lacunas que as aulas não satisfazem para a inserção<strong>de</strong> discentes, não nas disciplinas apenas, mas na vida universitária ou na i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> universitária e nacidadaniaCar<strong><strong>do</strong>s</strong>o (1986) <strong>de</strong>staca que, trabalhar com o discurso <strong><strong>do</strong>s</strong> agentes sociais da socieda<strong>de</strong> pesquisada requersenso crítico muito aguça<strong>do</strong> e constante análise <strong>do</strong> contexto em que algo foi dito ou omiti<strong>do</strong> pois, emborase tenha sempre a intenção <strong>de</strong> <strong>de</strong>screver, traduzir, analisar e interpretar com maior fi<strong>de</strong>dignida<strong>de</strong> possível,eventualmente po<strong>de</strong>-se cair em ―armadilhas‖ <strong>do</strong> trabalho <strong>de</strong> campo (CARDOSO, 1986, p. 95-105).Mas como manter o distanciamento e a objetivida<strong>de</strong> quan<strong>do</strong> se estuda ―em casa‖? Como manter acuriosida<strong>de</strong> que brota <strong>do</strong> estranhamento e <strong>do</strong> choque cultural? Para um pesquisa<strong>do</strong>r oupesquisa<strong>do</strong>ra que investiga em sua própria terra natal (mas também para uma pessoa externa à suarealida<strong>de</strong>) o caráter científico <strong>de</strong> seu estu<strong>do</strong> <strong>de</strong>ve estar relaciona<strong>do</strong> às condições teóricas e não apenas àcuriosida<strong>de</strong> pessoal.De acor<strong>do</strong> com Bourdieu (1999), a familiarida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sociólogos e sociólogas com o universo social―produz continuamente concepções ou sistematizações fictícias ao mesmo tempo em que as condições <strong>de</strong>sua credibilida<strong>de</strong> [...] <strong>de</strong>ve-se impor uma polêmica incessante contra evidências ofuscantes queproporcionam, sem gran<strong>de</strong>s esforços, a ilusão <strong>do</strong> saber imediato e <strong>de</strong> sua riqueza insuperável‖(BOURDIEU, 1999, p.23).Santos (2008) <strong>de</strong>stacam o trabalho <strong>do</strong> psiquiatra norte-americano David Ausubel, que na década <strong>de</strong>sessenta elaborou uma das primeiras teorias <strong>de</strong> aprendizagem, que buscam a aprendizagem e o ensinoten<strong>do</strong> o aluno como referencial. De acor<strong>do</strong> com Ausubel, a aprendizagem é muito mais significativa àmedida que o novo conteú<strong>do</strong> é incorpora<strong>do</strong> para ele a partir da relação com seu conhecimento prévio.As i<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> Ausubel também se caracterizam por basearem-se em uma reflexão específica sobre aaprendizagem escolar e o ensino, em vez <strong>de</strong> tentar somente generalizar e transferir à aprendizagemescolar conceitos ou princípios explicativos extraí<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> outras situações ou contextos <strong>de</strong> aprendizagem.(SANTOS, 2008, p.52-53).Resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> e DiscussõesOs eixos ensino, pesquisa e extensão são, em suas propostas, integra<strong>do</strong>res da produção, divulgação eaplicação <strong>de</strong> saberes científicos. Todavia, a ênfase maior na Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará ainda recaiprincipalmente no eixo ensino e, principalmente no ensino <strong>de</strong> graduação. E, a discussão acerca <strong>do</strong> ensinorequer cuida<strong><strong>do</strong>s</strong> na medida em que ensinar não é apenas transferir conhecimento, mas criar possibilida<strong>de</strong>para sua criação. No presente estágio <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>stacar que a viagem aos recônditos dagraduação faz ainda mais senti<strong>do</strong> no começo. A UFPA como educa<strong>do</strong>ra tem muitas faces expostas mastambém recônditas, algumas concomitantes, e outras posteriores e anteriores. Para justificar esta nota <strong>de</strong>trabalho em andamento, é importante consi<strong>de</strong>rar que os entrantes na UFPA são um parte franqueada,outras são filtros, ou crivos ou peneiras. Uma peneira são as evasões <strong>do</strong> ensino fundamental, uma segundasão as evasões <strong>do</strong> ensino médio, uma terceira ocorre no vestibular, pois se contabiliza aprovação <strong>de</strong>aproximadamente 10% <strong><strong>do</strong>s</strong> inscritos neste processo seletivo e 90% ficam fora das vagas ofertadas (4000aprova<strong><strong>do</strong>s</strong> para 40000 candidatos).No que diz respeito à trajetória da graduação, Brito (2007) diz que ―A UFPA vislumbra alguns <strong>de</strong>safiospara o ensino <strong>de</strong> graduação nos próximos anos. Talvez o mais instigante seja o da concepção <strong>de</strong>formação. [...] A chave para o êxito nesta tarefa parece estar nas estratégias meto<strong>do</strong>lógicas aplicadas parapromover a aprendizagem. Meto<strong>do</strong>logias sócio-interacionistas e interdisciplinares (JORNAL BEIRA DORIO. Ed. 52).ConclusãoVerificou-se que os discentes precisam buscar o aproveitamento pleno <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s e possibilida<strong>de</strong>sque existem na UFPA, e evitar ―cruzarem os braços‖ e ―fecharem os olhos‖ diante <strong>de</strong> eventuais perdaspor evasão ou retar<strong><strong>do</strong>s</strong> por reprovação.As propostas <strong>do</strong> Pet <strong>de</strong> Ciências Sociais centralizam-se em objetivos proporciona<strong>do</strong>res <strong>de</strong> maiorintegração <strong>de</strong> discentes <strong>de</strong> graduação e pós-graduação, bem como a integração com <strong>do</strong>centes através <strong>de</strong>eventos <strong>de</strong> natureza diversa, no âmbito da pesquisa, ensino e extensão.Referências BibliográficasSÁ, S. PET – Alternativa <strong>de</strong> Excelência. In: PET em Foco. Belém: EDUFPA, 2008. p.21124


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoBRITO, L. A Universida<strong>de</strong> e a Trajetória <strong>de</strong> Graduação em 50 Anos. In: Jornal Beira <strong>do</strong> Rio. Ed. 52.Belém: 2007BOURDIEU, P. Preliminares Epistemológicas. Petrópolis: Vozes, 199CARDOSO, R.C.I. Aventuras <strong>de</strong> Antropólogos em Campo ou Como Escapar das Armadilhas <strong>do</strong> Méto<strong>do</strong>.In: Rio <strong>de</strong> Janeiro, Paz e Terra, 1986. p. 95-105.SANTOS, F.C.J. Aprendizagem Significativa- Modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Aprendizagem e o papel <strong>do</strong> Professor.Porto Alegre: Mediação, 2008 p. 52-53O CRESCIMENTO URBANO E AS TRANSFORMAÇÕES NA PAISAGEM: O CASO DA ORLADA ILHA DE CARATATEUA/BELÉM-PA1 Celina Marques <strong>do</strong> Espírito Santo, 2 Ynis Cristine <strong>de</strong> Santana Martins Lino Ferreira , 3 Nathalia CristinaCosta <strong>do</strong> Nascimento, 4 Márcia Aparecida da Silva Pimentel (Professora Orienta<strong>do</strong>ra)1 Núcleo <strong>de</strong> Meio Ambiente da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – NUMA/UFPA –celinamarquesufpa@yahoo.com.br2 Núcleo <strong>de</strong> Meio Ambiente da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – NUMA/UFPA–yniscristine@yahoo.com.br3 Núcleo <strong>de</strong> Meio Ambiente da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – NUMA/UFPA –nathalianascime@yahoo.com.br4 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará - UFPA – mapimentel@ufpa.brA Ilha <strong>de</strong> Caratateua apresenta uma paisagem <strong>de</strong> acelerada expansão urbana em conseqüência <strong>do</strong><strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s turísticas, crescente nas últimas décadas. A falta <strong>de</strong> um planejamento<strong>de</strong>fini<strong>do</strong> com o suporte teórico da geografia, por parte das políticas públicas <strong>de</strong> ocupação <strong>de</strong>sses espaços,proporcionou os impactos causa<strong><strong>do</strong>s</strong> por <strong>de</strong>termina<strong><strong>do</strong>s</strong> tipos <strong>de</strong> intervenção. Assim, este trabalho se propõea analisar a ocupação da orla da Ilha <strong>de</strong> Caratatuea, ten<strong>do</strong> o suporte o mapa <strong>de</strong> uso e ocupação <strong>do</strong> solo,com o qual as políticas públicas <strong>de</strong> apropriação <strong>de</strong>sses espaços po<strong>de</strong>riam minimizar os impactosmenciona<strong><strong>do</strong>s</strong>.Palavras-chaves: Ilha <strong>de</strong> Caratateua, crescimento urbano, transformações na paisagem.IntroduçãoA Ilha <strong>de</strong> Caratateua, localizada na zona costeira paraense, em virtu<strong>de</strong> sua posição geográfica caracterizasepor apresentar uma paisagem que lhe é peculiar, existin<strong>do</strong> ao longo da mesma um complexo sistema <strong>de</strong>estuários, hoje bastante <strong>de</strong>scaracteriza<strong><strong>do</strong>s</strong> em <strong>de</strong>trimento da expansão urbana e <strong><strong>do</strong>s</strong> incentivos ao<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s turísticas que foi crescente nas últimas décadas.O crescimento da ativida<strong>de</strong> turística na região ocorre em <strong>de</strong>trimento <strong>de</strong> um planejamento <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> com osuporte teórico meto<strong>do</strong>lógico <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> pela ciência geográfica. Assim, ao ter esse suporte, aspolíticas públicas <strong>de</strong> apropriação <strong>de</strong>sses espaços po<strong>de</strong>riam minimizar os impactos causa<strong><strong>do</strong>s</strong> por<strong>de</strong>termina<strong><strong>do</strong>s</strong> tipos <strong>de</strong> intervenção.ObjetivosAnalisar o processo <strong>de</strong> expansão urbana e ocupação <strong>do</strong> solo na orla da ilha <strong>de</strong> Caratateua, através <strong>de</strong> ummapa <strong>de</strong> uso <strong>do</strong> solo, associan<strong>do</strong> tal uso às mudanças na paisagem e seus respectivos impactos origina<strong><strong>do</strong>s</strong>pela construção <strong>do</strong> complexo urbanístico na Ilha.Materiais e Méto<strong><strong>do</strong>s</strong>Para realização <strong>de</strong>sse trabalho foi feita primeiramente uma revisão bibliográfica sobre o tema, além daposterior discussão sobre os conceitos levanta<strong><strong>do</strong>s</strong> pela pesquisa.Subseqüentemente realizamos trabalho <strong>de</strong> campo que nos permitiu observar informações referentes aouso <strong>do</strong> solo à paisagem e aos impactos ocasiona<strong><strong>do</strong>s</strong> pela ina<strong>de</strong>quada apropriação <strong>do</strong> local.E por fim, elaboramos um mapa temático on<strong>de</strong> utilizou-se das técnicas <strong>de</strong> sensoriamento remoto, sen<strong>do</strong>importante na aquisição, manipulação e interpretação <strong><strong>do</strong>s</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> temáticos, oferecen<strong>do</strong> subsídios para corelação<strong><strong>do</strong>s</strong> processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>gradação que são conseqüências <strong>do</strong> uso e ocupação <strong>do</strong> solo <strong>de</strong> forma<strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nada. Utilizou-se <strong>do</strong> programa ARCVIEW para elaboração <strong>do</strong> mapa temático <strong>do</strong> uso e ocupação<strong>do</strong> solo, a partir da interpretação das cartas <strong>do</strong> RADAM <strong>de</strong> 1974 e as ortos/CODEM <strong>de</strong> 1972/77/98.Algumas observações foram realizadas durante os trabalhos <strong>de</strong> campo, sen<strong>do</strong> efetua<strong><strong>do</strong>s</strong> os cruzamentosentres os planos <strong>de</strong> informação e da<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> campo.125


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoResulta<strong><strong>do</strong>s</strong>Por meio da análise <strong>do</strong> mapa <strong>de</strong> uso e ocupação <strong>do</strong> solo produzi<strong>do</strong>, somadas as informações obtidas emcampo, foi possível observar a dinâmica da paisagem ao longo da orla na Ilha <strong>de</strong> Caratateua, através dasobservações a seguir.Partin<strong>do</strong> <strong>de</strong> leste a oeste, na região da Praia <strong>de</strong> Brasília, área mais <strong>de</strong>nsamente ocupada por residências eedificações, percebeu-se uma forte pressão sobre o meio. A ocupação humana sobre as falésias,consi<strong>de</strong>radas áreas <strong>de</strong> risco, acelera os processos erosivos, <strong>de</strong>sestabilizan<strong>do</strong> ainda mais a área.Na região da praia <strong><strong>do</strong>s</strong> Artistas há existência <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> campo <strong>de</strong> graminhas, <strong>de</strong>corrente da retirada davegetação e ocupação humana diversificada como: hotéis e residências, abrangen<strong>do</strong> classes médias, aexemplo das chácaras.Nas regiões da praia Gran<strong>de</strong> e <strong>do</strong> Amor percebe-se diversos usos <strong>do</strong> solo com a presença <strong>de</strong> hotéis,comércios e principalmente bares e restaurantes e o uso recreativo com praças, no qual se intensificam osprocessos erosivos. Atualmente a ocupação humana vem intensifican<strong>do</strong> os processos erosivos, poluin<strong>do</strong> osolo e cursos <strong>de</strong> água, através da contaminação <strong>do</strong>méstica industrial.Com base nos estu<strong><strong>do</strong>s</strong> anteriores e em observações feitas no campo, verificou-se que há algumasagressões ao meio sócio-ambiental, com modificações na paisagem, conforme ressaltamos anteriormentee que através <strong>de</strong> um efeito <strong>de</strong> ação e reação, os impactos causa<strong><strong>do</strong>s</strong> ao meio natural, repercutemdiretamente no bem estar social, principalmente da população que resi<strong>de</strong> na ilha. Relacionamos amudança na paisagem aos processos <strong>de</strong> reprodução sócio-espacial, em virtu<strong>de</strong> da atuação <strong>de</strong> diversosagentes como: esta<strong>do</strong> e agente imobiliários que, através da apropriação <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nada <strong>de</strong>sse espaço,viabilizam a existência <strong>de</strong> impactos sociais e ambientais no local.ConclusõesO presente trabalho evi<strong>de</strong>nciou o uso e ocupação <strong>do</strong> solo como um importante fator acelera<strong>do</strong>r dadinâmica da paisagem ao longo da orla da Ilha.Os fatores naturais e humanos na orla da Ilha <strong>de</strong> Caratatuea, como em toda ilha, não po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong>serem vistos indissocia<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> um contexto histórico no qual se inserem, pois a expansão populacional,tanto na orla e a<strong>de</strong>ntran<strong>do</strong> o continente foi uma das mais importantes avaliadas, <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vistaquantitativo/qualitativo, no que diz respeito ao uso <strong>do</strong> solo.BibliografiaCORRÊA, Roberto Lobato. O Espaço Urbano. 4. ed. São Paulo: Ática, 2002.MEDEIROS, A. M. S. Aspectos Geográficos da Ilha <strong>de</strong> Caratateua. Belém: IDESP, 1971.MENDONÇA, Francisco. Geografia Física: Ciência Humana? 7. ed. São Paulo: Contexto, 2001.SILVA, A. V. da. A Ilha <strong>de</strong> Caratateua e problemas ambientais após a ponte Icoaraci/Outeiro, 1997.25f. Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso (Graduação em Geografia) – Centro <strong>de</strong> Filosofia e CiênciasHumanas, Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará, Pará, 1997.TRINDADE JÚNIOR, S. C. A Dida<strong>de</strong> dispersa: Os novos espaços <strong>de</strong> assentamentos em Belém e areestruturação metropolitana, 1998. 395f. Tese (Doutora<strong>do</strong> em Geografia Humana) – Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong>Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo, São Paulo, 1998.PET – GEOGRAFIA NO PARQUE AMBIENTAL DO UTINGA BELÉM/PARÁ1 Adriane Karina Amin <strong>de</strong> Azeve<strong>do</strong>, 2 Antônio Carlos Ribeiro Araújo Júnior, 3 Jamille Ferreira Guimarães,4 Michel Pinheiro Carvalho, 5 João Márcio Palheta da Silva1Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará - drikazv<strong>do</strong>@yahoo.com.br2Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará - aj_belez@hotmail.com3Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará - soruo_phi@hotmail.com4Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará - michel11500@yahoo.com.br5 Prof. Dr. da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará - palheta@ufpa.com.brPET no Parque é uma ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino que vem sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvida <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o ano <strong>de</strong> 2007 peloPrograma <strong>de</strong> Educação Tutorial – PET/Geografia, da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará, no Parque Ambiental<strong>de</strong> Belém (PAB), localiza<strong>do</strong> no bairro <strong>do</strong> Útinga, Belém-Pará, ten<strong>do</strong> como objetivo colaborar naformação <strong><strong>do</strong>s</strong> graduan<strong><strong>do</strong>s</strong> em geografia, bem como, fomentar as discussões em âmbito acadêmico sobre aproblemática que atinge a área abordada, assim como, promover a integração entre o grupo PET-Geografia e a comunida<strong>de</strong> acadêmica.Palavras chaves: Pet-Geografia, Educação Ambiental e Parque Ambiental <strong>de</strong> Belém.126


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoIntroduçãoO PET no Parque é uma ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino que vem sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvida <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o ano <strong>de</strong> 2007 peloPrograma <strong>de</strong> Educação Tutorial – PET/Geografia, da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará, no Parque Ambiental<strong>de</strong> Belém (PAB), localiza<strong>do</strong> no bairro <strong>do</strong> Útinga, Belém-Pará.O Parque Ambiental <strong>de</strong> Belém (PAB) se configura como uma Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Conservação <strong>de</strong> proteçãointegral, cria<strong>do</strong> pelo Decreto Estadual n º 1.552, em 03 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1993. Abrange uma área <strong>de</strong> 1.380hectares e está inseri<strong>do</strong> na Área <strong>de</strong> Proteção Ambiental <strong><strong>do</strong>s</strong> Mananciais <strong>de</strong> Abastecimento <strong>de</strong> Água <strong>de</strong>Belém (APA-Belém).De acor<strong>do</strong> com Baía Jr. e Guimarães (2004), o PAB apresenta, ao longo <strong>de</strong> sua extensão, uma florestacom tipologia prepon<strong>de</strong>rante <strong>de</strong> floresta <strong>de</strong> terra-firme, mas também são encontra<strong><strong>do</strong>s</strong>: floresta <strong>de</strong> várzea,matas secundárias, capoeirões e capoeiras. Encontram-se uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> espécies da fauna amazônica,inclusive algumas ameaçadas <strong>de</strong> extinção como: o cachorro-<strong>do</strong>-mato-<strong>de</strong>-orelha-curta (Atelocynusmicrotis) e a <strong>do</strong>ninha-amazônica (Gramnogale africana).O PAB se mostra como um importante instrumento <strong>de</strong> ensino e pesquisa para os graduan<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> Geografiae áreas afins, já que é possível reconhecer a biodiversida<strong>de</strong> natural da região Amazônica e os problemassócio-espaciais da área e <strong>do</strong> seu entorno, fomentan<strong>do</strong> uma melhor consciência ecológica.ObjetivoA referida ativida<strong>de</strong> almeja colaborar na formação <strong><strong>do</strong>s</strong> graduan<strong><strong>do</strong>s</strong> em geografia, bem como, fomentar asdiscussões em âmbito acadêmico sobre a problemática que atinge a área abordada, assim como, promovera integração entre o grupo PET- Geografia e a comunida<strong>de</strong> acadêmica.Meto<strong>do</strong>logiaA ativida<strong>de</strong> ―PET no Parque‖ foi i<strong>de</strong>alizada por meio <strong>de</strong> reunião <strong>do</strong> grupo PET- Geografia daUniversida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará, sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvida com base em trabalhos <strong>de</strong> campo no Parque Ambiental<strong>de</strong> Belém(PAB),on<strong>de</strong> foram realizadas as seguintes práticas <strong>de</strong> aprendizagem:Palestras <strong><strong>do</strong>s</strong> bolsistas <strong>do</strong> Programa <strong>de</strong> Educação Tutorial em Geografia(PET-Geografia), com astemáticas: Morfologia <strong>do</strong> Parque, Caracterização <strong>do</strong> Ecossistema Amazônico, Recursos Hídricos <strong>do</strong>Parque, Educação Ambiental e Expansão Urbana, bem como, palestra ministrada pelo técnico <strong>de</strong>saneamento da COSANPA, referente ao abastecimento <strong>de</strong> água em Belém. Além da execução da ―TrilhaEcológica,‖realizada com o acompanhamento <strong>do</strong> sargento da Polícia Ambiental, sen<strong>do</strong> <strong>de</strong> fundamentalimportância para a verificação e ratificação <strong><strong>do</strong>s</strong> assuntos aborda<strong><strong>do</strong>s</strong>, ten<strong>do</strong> o suporte teórico acentuadarelevância na análise e execução <strong>de</strong>ssa ativida<strong>de</strong>.Resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> e DiscussõesA aplicação e <strong>de</strong>senvolvimento da ativida<strong>de</strong> intitulada ―PET no Parque‖ se processa com o intuito <strong>de</strong><strong>de</strong>spertar na comunida<strong>de</strong> acadêmica o conhecimento para além <strong><strong>do</strong>s</strong> muros da universida<strong>de</strong>, para que pormeio <strong>do</strong> <strong>de</strong>bate em campo possa-se mensurar o nível <strong>de</strong> significância <strong>de</strong> um ponto tão importante da/paraa Região Metropolitana <strong>de</strong> Belém (RMB), o Parque Ambiental <strong>de</strong> Belém (PAB), uma vez que abriga <strong>do</strong>isestratégicos mananciais (o Lago Bolonha e o Lago Água Preta) <strong>de</strong> abastecimento hídrico da Região.Tal ativida<strong>de</strong> é relevante, pois a área <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> em questão é pouco conhecida tanto pela comunida<strong>de</strong>acadêmica, quanto pela própria população da RMB. Ambas <strong>de</strong>sconhecem até mesmo o fato <strong>de</strong> que o PABesta em uma Área <strong>de</strong> Proteção Ambiental (APA-Belém), a qual esta sob jurisdição da Secretaria Estadual<strong>de</strong> Meio Ambiente (SEMA). Por ser uma APA, merece (ou pelo menos <strong>de</strong>veria) receber atenção especialpor parte da comunida<strong>de</strong> como um to<strong>do</strong>, <strong>do</strong> po<strong>de</strong>r público e da concessionária responsável peloabastecimento e tratamento da água da RMB a Companhia <strong>de</strong> Saneamento <strong>do</strong> Pará (Cosanpa).Para tanto, o Programa <strong>de</strong> Educação Tutorial em Geografia (PET-Geografia) vem por meio da ativida<strong>de</strong>intitulada ―PET no Parque‖ acrescentar informações ao cabedal <strong>de</strong> conhecimento <strong>do</strong> aluno <strong>de</strong> graduação,apresentan<strong>do</strong>-lhe a realida<strong>de</strong> através <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> campo e <strong>do</strong> <strong>de</strong>bate em campo sobre o campo, paraassim aproximá-lo da realida<strong>de</strong> não presente em seu cotidiano, questionan<strong>do</strong>-o sobre variáveis políticas,econômicas, sociais, fisiográficas, etcA ativida<strong>de</strong> prática realizada pelo grupo PET Geografia no Parque Ambiental <strong>do</strong> Utinga apresentou comoresulta<strong>do</strong> ascen<strong>de</strong>nte, uma maior aproximação <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> acadêmico com a realida<strong>de</strong> socioeespacial.Possibilitan<strong>do</strong> a verificação e o enriquecimento cientifico geográfico, sen<strong>do</strong> este fundamental para o<strong>de</strong>senvolvimento teórico e prático da profissão almejada, colocan<strong>do</strong> em sintonia com a ciência geográfica,áreas afins e a prática <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s integradas em temas <strong>de</strong>bati<strong><strong>do</strong>s</strong> e explicita<strong><strong>do</strong>s</strong> no <strong>de</strong>correr darealização da ativida<strong>de</strong> em exercício; a exemplo <strong>do</strong> que envolve a conceituação e aplicação das categoriasgeográficas, espaço, lugar, região, paisagem e território com a realida<strong>de</strong> empírica. Relacionan<strong>do</strong> a127


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientificodinâmica ambiental <strong>do</strong> parque com a pressão urbana e todas suas complicações presentes em seu entorno.Esta ativida<strong>de</strong> veio contribuir na formação <strong><strong>do</strong>s</strong> discentes no que se refere às questões socioambientais quesão imprescindíveis para a formação <strong><strong>do</strong>s</strong> geógrafos, assim como proporcionar uma análise prática eteórica eficiente em Geografia. Dessa forma foi possível constatar que as problemáticas que seapresentam na e pela socieda<strong>de</strong> carecem <strong>de</strong> uma análise geográfica, logo, aí se i<strong>de</strong>ntifica a gran<strong>de</strong>necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma maior aproximação da comunida<strong>de</strong> acadêmica com as problemáticas <strong>de</strong> umasocieda<strong>de</strong> capitalista, sen<strong>do</strong> esta a base para as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino, pesquisa e extensão. Três vertentes<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> relevância, as quais norteiam a base <strong>do</strong> Programa <strong>de</strong> Educação Tutorial.ConclusãoAssim, é nesse senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> colaborar com a comunida<strong>de</strong> acadêmica que o Pet-Geografia <strong>de</strong>senvolve aativida<strong>de</strong> ―PET no PARQUE‖, evi<strong>de</strong>ncian<strong>do</strong> promover uma integração entre o ensino da graduação e aativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> extensão, com objetivo <strong>de</strong> aliar teoria e prática no conhecimento <strong>do</strong> aluno da graduação.Portanto, a ativida<strong>de</strong> se mostra <strong>de</strong> importante relevância para a comunida<strong>de</strong> acadêmica e para os alunosbolsistas <strong>do</strong> Pet- Geografia, ten<strong>do</strong> em vista que propicia o aluno a conhecer melhor as problemáticasambientais, bem como propor soluções para as mesmas, objetivan<strong>do</strong> melhorar a relação socieda<strong>de</strong>natureza.Referências BibliográficasBAÍA Jr., P. C.; GUIMARÃES, D. A. <strong>de</strong> Araújo. Parque Ambiental <strong>de</strong> Belém: um estu<strong>do</strong> da conservaçãoda fauna silvestre local e a interação <strong>de</strong>sta ativida<strong>de</strong> com a comunida<strong>de</strong> <strong>do</strong> entorno. Revista Científica daUFPA. v. 4, p. 1-18. abril. 2004.FERREIRA, A. M. M. SALATI, E. Forças <strong>de</strong> transformação <strong>do</strong> ecossistema Amazônico. Estud. av. vol19 n° 54. São Paulo: may/aug. 2005PARÁ. Secretaria <strong>de</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente. Parque Ambiental <strong>de</strong> Belém:plano <strong>de</strong> manejo. Belém: SECTAM, 1994. 86 p.BONA, L.E. Educação ambiental para conscientizar pequenos cidadãos. Ecos: revista quadrimestral<strong>de</strong> saneamento ambiental, Porto Alegre, Prefeitura <strong>de</strong> Porto Alegre, DMAE, v. 6, n. 15, p. 34-35,jul.1999.PET NA ESCOLA: CONSTRUINDO NOÇOES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ÂMBITOESCOLAR1 Rodrigo Rafael Souza <strong>de</strong> Oliveira, 2 Romilson <strong><strong>do</strong>s</strong> Santos Alcântara, 3 Joyce Tamara Cavalcante <strong>de</strong> Souza, 4 Michel Brito <strong>de</strong> Lima, 5 João Márcio Palheta da Silva1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – rodrigo.rafaelso@hotmail.com2 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – romilufpa@hotmail.com3 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – joycetk100@yahoo.com.br4 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará - michelbrito10@hotmail.com5 Professor Dr. da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará - palheta@ufpa.brA ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>nominada ―PET na escola‖ foi criada em 2007 como parte das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> extensão <strong>do</strong>grupo PET Geografia da UFPA, no intuito <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r a uma <strong>de</strong>manda que se faz cada vez mais necessáriana atualida<strong>de</strong> – noções <strong>de</strong> Educação Ambiental no âmbito escolar. Neste senti<strong>do</strong>, buscou-se realizarativida<strong>de</strong>s que contemplassem tanto os conteú<strong><strong>do</strong>s</strong> escolares ministra<strong><strong>do</strong>s</strong> pelos professores, quanto arealida<strong>de</strong> vivida pelos alunos da Escola Estadual <strong>de</strong> Ensino Fundamental Dr. Aníbal Duarte/Belém/PA,on<strong>de</strong> foram selecionadas turmas <strong>de</strong> 1ª a 7ª série <strong>do</strong> ensino fundamental.Assim se trabalhou com cada sérieum tema relaciona<strong>do</strong> ao assunto em questão.Palavras-Chave: Educação Ambiental; Escola.IntroduçãoA utilização ina<strong>de</strong>quada <strong><strong>do</strong>s</strong> recursos ambientais tem se revela<strong>do</strong> como um <strong><strong>do</strong>s</strong> principais problemasenfrenta<strong><strong>do</strong>s</strong>, atualmente, pela humanida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> maneira que surge a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se criar leis quevenham inibir tal utilização. Nesse senti<strong>do</strong>, surge a Educação Ambiental, sen<strong>do</strong> esta um ramo daEducação que busca conscientizar a humanida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que se <strong>de</strong>ve estabelecer uma relação não predatóriacom a natureza.Entretanto, a temática ambiental ainda tem si<strong>do</strong> pouco discutida com esses alunos, sobretu<strong>do</strong>, em escolaspúblicas, ten<strong>do</strong> em vista que estas enfrentam inúmeras dificulda<strong>de</strong>s infra-estruturais e organizacionaispara realização <strong>de</strong> tais ativida<strong>de</strong>s. Cientes <strong>de</strong> tal necessida<strong>de</strong>, o grupo PET- Geografia da Universida<strong>de</strong>128


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoFe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará <strong>de</strong>senvolveu um projeto que levou noções <strong>de</strong> Educação Ambiental para escolas da re<strong>de</strong>pública. Sen<strong>do</strong> que, no ano <strong>de</strong> 2009 o projeto foi <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> na Escola Estadual <strong>de</strong> EnsinoFundamental Dr. Aníbal Duarte/ Belém-PA, na qual se realizou ativida<strong>de</strong>s com alunos da 1ª a 7ª série <strong>do</strong>ensino fundamental. A ação extensionista adaptou os conteú<strong><strong>do</strong>s</strong> trabalha<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com asnecessida<strong>de</strong>s da escola consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se a capacida<strong>de</strong> cognitiva <strong><strong>do</strong>s</strong> alunos, o que levou a realização <strong>de</strong>diferentes ativida<strong>de</strong>s com graus diversifica<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> dinâmicas e práticas lúdicas.ObjetivosDesenvolver ativida<strong>de</strong>s, através <strong>de</strong> práticas lúdicas e educativas, que complementem o conhecimento <strong>do</strong>aluna<strong>do</strong> a respeito da Educação Ambiental.Materiais e Méto<strong><strong>do</strong>s</strong>As ativida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> ―PET na escola‖ foram programadas através <strong>de</strong> reuniões <strong><strong>do</strong>s</strong> membros <strong>do</strong> Programa <strong>de</strong>Educação Tutorial <strong>de</strong> Geografia, sen<strong>do</strong> selecionada uma escola da re<strong>de</strong> pública <strong>de</strong> educação (citadaacima) e verificadas as suas necessida<strong>de</strong>s educacionais. A escola Aníbal Duarte foi selecionada esucessivamente visitada para se realizar os ajustes administrativos. O corpo técnico da Escola informouao grupo sobre a carência <strong>de</strong> se trabalhar a Temática Ambiental, fato que levou o grupo a <strong>de</strong>senvolver taltemática em turmas <strong>de</strong> 1ª a 7ª série <strong>do</strong> ensino fundamental, contan<strong>do</strong>-se com a participação <strong><strong>do</strong>s</strong>professores das respectivas séries. Os procedimentos meto<strong>do</strong>lógicos foram adapta<strong><strong>do</strong>s</strong> a cada sérieconforme o nível cognitivo <strong><strong>do</strong>s</strong> alunos. Diante disto, trabalhou-se com os alunos da 1ª e 2ª série o tema:―Relação Socieda<strong>de</strong> – Natureza‖, on<strong>de</strong> as crianças foram estimuladas a criarem histórias a partir <strong>de</strong><strong>de</strong>senhos cria<strong><strong>do</strong>s</strong> por elas próprias que englobavam a temática, além da confecção <strong>de</strong> cartazes para seremdivulga<strong><strong>do</strong>s</strong> nos quadros <strong>de</strong> aviso da escola. Já com os alunos da 3ª e 4ª série foi trabalha<strong>do</strong> o tema: ―Águae Lixo‖, sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvidas ativida<strong>de</strong>s com recortes <strong>de</strong> figuras <strong>de</strong> revistas, artigos, jornais etc, comi<strong>de</strong>ntificação, classificação e colagem das figuras em cartazes específicos, visan<strong>do</strong> também divulgá-los naescola. Além das explicações com ilustrações <strong>de</strong> materiais recolhi<strong><strong>do</strong>s</strong> nas ruas <strong>do</strong> bairro on<strong>de</strong> localiza-sea escola, tais como: garrafas <strong>de</strong> vidro e garrafas <strong>pet</strong>, materiais <strong>de</strong>scartáveis, latinhas <strong>de</strong> alumínio, tampas<strong>de</strong> garrafas, <strong>de</strong>ntre outros. Enquanto que com os alunos da 5ª série <strong>de</strong>senvolveu-se ativida<strong>de</strong>s relacionadasà reciclagem <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong>scartáveis que são utiliza<strong><strong>do</strong>s</strong> com mais freqüência em casa e encontra<strong><strong>do</strong>s</strong> nasruas, como: tampas <strong>de</strong> garrafa, canudinhos <strong>de</strong> plástico, ma<strong>de</strong>ira, etc. Além da exposição e discussão <strong>do</strong>ví<strong>de</strong>o ―A gota borralheira‖. E por fim, com os alunos da 6ª e 7ª série com os quais se trabalhou aEducação Ambiental por meio <strong>de</strong> músicas, poesias e filme.Resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>Acredita-se que as ativida<strong>de</strong>s realizadas contribuíram para a construção <strong>de</strong> noções introdutórias datemática ambiental, assim como proporcionou um momento <strong>de</strong> <strong>de</strong>scontração e lazer para os alunos,comumente, envolvi<strong><strong>do</strong>s</strong> na formalida<strong>de</strong> <strong>do</strong> cotidiano escolar. Acredita-se também que a referida ativida<strong>de</strong><strong>de</strong>senvolveu nos alunos a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> observação da problemática no cotidiano, i<strong>de</strong>ntifican<strong>do</strong>-osenquanto sujeitos relevantes na prática e multiplicação das noções <strong>de</strong> educação ambiental, assim comoagentes potencialmente transforma<strong>do</strong>res <strong>de</strong> suas realida<strong>de</strong>s e comprometi<strong><strong>do</strong>s</strong> com o uso sustentável <strong>do</strong>meio ambiente.ConclusõesPercebeu-se uma significativa carência <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s que proporcionassem aos alunos o <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> noções da questão ambiental. Constatou-se o quanto é importante levar a esses alunos um aprendiza<strong>do</strong>que proporcione mudança <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s. Ressalta-se que o trabalho tratou-se <strong>de</strong> uma ação pontual quenecessita ser multiplicada em prol <strong>do</strong> meio ambiente.ReferênciasBOOKCHIN, M. Por uma Socieda<strong>de</strong> Ecológica. Barcelona. Gustavo Gili, 1998.CARVALHO, I. Educação Ambiental. A formação <strong>do</strong> sujeito ecológico. São Paulo: Cortez, 2004.CARVALHO, I.C.M. Educação, meio ambiente e ação política. In: ACSELRAD, H. (Org). Meioambiente e <strong>de</strong>mocracia. Rio <strong>de</strong> Janeiro, IBASE,1992.CRESPO, S. (coord). O que o Brasileiro pensa <strong>do</strong> meio ambiente, <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e dasustentabilida<strong>de</strong>. Rio <strong>de</strong> Janeiro: MAST/ CNPQ e ISER, 1998.CUNHA, S. B. ; GUERRA, A .J.T (orgs). A Questão Ambiental. Diferentes Abordagens. Rio <strong>de</strong>Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.DREW, D. Processos interativos homem x meio: Rio <strong>de</strong> Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.REBOUÇAS, A. Uso inteligente da água. São Paulo. Escrituras, 2004.129


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoREIGOTA, Marcos. A floresta e Escola: uma Educação Ambiental Pós-Mo<strong>de</strong>rna. São Paulo: Ed. SãoPaulo, 2002.SANTOS, M. et al. Natureza e Socieda<strong>de</strong> hoje: uma leitura geográfica.4ª Ed. São Paulo, Annablume,2002.TRAJBER, R.; MANZOCHI, L. Avalian<strong>do</strong> a educação ambiental no Brasil. São Paulo: Editora Gaia,Coleção Gaia-Ecoar,1996.VISSENTINI, J. W. Geografia, natureza e socieda<strong>de</strong>. 3ª ed. São Paulo: Contexto, 1997.POLÍTICAS PÚBLICAS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL EM COMUNIDADESTRADICIONAIS DA AMAZÔNIA1 Luiz Cláudio Moreira Melo Júnior, 2 Maria Dolores Lima da Silva1 Estudante <strong>do</strong> 10º semestre <strong>do</strong> curso <strong>de</strong> Ciências Sociais da UFPA – luiz.mmelo@hotmail.com2 Doutora em Ciência Política e professora da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências Sociais da UFPA – mdls@ufpa.comResumo: O trabalho visa analisar <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> Programa Comunida<strong>de</strong>s Tradicionais estabeleci<strong>do</strong> pelo PlanoPlurianual (PPA) 2004-2007 o impacto das políticas <strong>de</strong> preservação e <strong>de</strong>senvolvimento sustentável sobrecomunida<strong>de</strong>s tradicionais no esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará, em particular as comunida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> município <strong>de</strong> Cametá.Teoricamente, buscou-se i<strong>de</strong>ntificar as diferentes dimensões que a categoria comunida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> assumir.Ao se trabalhar com a categoria ―comunida<strong>de</strong>s tradicionais‖, verificou-se <strong>de</strong> que forma esta temática temsi<strong>do</strong> objeto <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> no campo da Sociologia, relacionan<strong>do</strong> essa perspectiva com questões como o<strong>de</strong>senvolvimento sustentável da Amazônia. (Financia<strong>do</strong>r: [UFPA/PARD]).Palavras-Chave: Comunida<strong>de</strong>s tradicionais, Amazônia, Políticas Públicas.IntroduçãoO presente trabalho trata sobre a temática das políticas públicas na Amazônia voltadas para a questãoambiental, abordan<strong>do</strong> mais especificamente um programa <strong>do</strong> governo fe<strong>de</strong>ral volta<strong>do</strong> para as populaçõestradicionais, que é o Programa Comunida<strong>de</strong>s Tradicionais, estabeleci<strong>do</strong> pelo Plano Plurianual (PPA)2004-2007. Teoricamente, busca-se fazer uma discussão acerca <strong>de</strong> que forma a categoria comunida<strong>de</strong>aparece na teoria sociológica em autores como Tönnies, Durkheim e Weber, apontan<strong>do</strong> para as diferentesdimensões da categoria. Em seguida, busca-se fazer uma reflexão sobre comunida<strong>de</strong>s tradicionais e aforma pela qual esta temática tem si<strong>do</strong> objeto <strong>de</strong> pesquisa no campo da Sociologia, relacionan<strong>do</strong> essaperspectiva com questões ligadas ao <strong>de</strong>senvolvimento sustentável da Amazônia e as várias dimensões dasustentabilida<strong>de</strong>. Empiricamente, busca-se mostrar como o Programa Comunida<strong>de</strong>s Tradicionais estáestrutura<strong>do</strong> e como se dá sua aplicação através da análise <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento sustentável nomunicípio <strong>de</strong> Cametá-PA, analisan<strong>do</strong>-se da<strong><strong>do</strong>s</strong> empíricos obti<strong><strong>do</strong>s</strong> por meio <strong>de</strong> entrevistas, a partir daperspectiva das reflexões sobre sustentabilida<strong>de</strong> ambiental que apontam a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> integrar aperspectiva da diversida<strong>de</strong> social com conservação ambiental.ObjetivosAnalisar o impacto das políticas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento sustentável sobre comunida<strong>de</strong>s tradicionais noesta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará, em particular as comunida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> município <strong>de</strong> Cametá.Meto<strong>do</strong>logiaO presente trabalho foi realiza<strong>do</strong> por meio <strong>de</strong> revisão bibliográfica sobre a forma pela qual a categoriacomunida<strong>de</strong> aparece na teoria sociológica em autores como Tönnies, Durkheim e Weber, apontan<strong>do</strong>também para as diferentes dimensões da categoria comunida<strong>de</strong>, como as dimensões ecológica,antropológica e sociológica, por exemplo. O trabalho também buscou trabalhar com a categoria―comunida<strong>de</strong>s tradicionais‖ e a forma pela qual esta temática tem si<strong>do</strong> objeto <strong>de</strong> pesquisa no campo daSociologia, relacionan<strong>do</strong> essa perspectiva com questões ligadas ao <strong>de</strong>senvolvimento sustentável daAmazônia e as várias dimensões da sustentabilida<strong>de</strong>. Buscou-se trabalhar com fontes <strong>do</strong>cumentais obtidasna internet em bancos <strong>de</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong>, como o disponível na página <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> Meio Ambiente (MMA),por exemplo, órgão ao qual o Programa Comunida<strong>de</strong>s Tradicionais está vincula<strong>do</strong>, objetivan<strong>do</strong> i<strong>de</strong>ntificara forma pela qual o Programa está estrutura<strong>do</strong>. Foi feita também uma visita ao município <strong>de</strong> Cametá, como objetivo <strong>de</strong> verificar a percepção <strong><strong>do</strong>s</strong> atores sociais envolvi<strong><strong>do</strong>s</strong> nos projetos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimentosustentável <strong>de</strong>senvolvi<strong><strong>do</strong>s</strong> nas comunida<strong>de</strong>s visitadas. Além disso, verificou-se também a meto<strong>do</strong>logia <strong>de</strong>trabalho da Colônia <strong>de</strong> Pesca<strong>do</strong>res Z-16 <strong>de</strong> Cametá, que realiza a mediação <strong>de</strong> vários projetos liga<strong><strong>do</strong>s</strong> aoreferi<strong>do</strong> Programa em comunida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> município.Resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> e Discussões130


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoI<strong>de</strong>ntificou-se as diferentes dimensões que a categoria comunida<strong>de</strong> assume <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a abordagemconsi<strong>de</strong>rada, seja ela sociológica, antropológica ou ecológica. No campo da Sociologia, autores comoDurkheim, Weber e Tönnies apresentam contribuições importantes para o estu<strong>do</strong> sociológico <strong>de</strong>comunida<strong>de</strong>, a partir <strong><strong>do</strong>s</strong> elementos que eles nos dão para o estu<strong>do</strong> das relações sociais no seio da vidacomunitária. Assim, as noções que Durkheim (1982) lança <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> mecânica, solidarieda<strong>de</strong>orgânica e consciência coletiva representam elementos <strong>de</strong> suma importância para o estu<strong>do</strong> <strong>de</strong>comunida<strong>de</strong>. Para Brancaleone (2006), Tönnies faz uma distinção entre relações comunitárias(gemeinschft) e relações societárias (gesellschaft), que representa uma base importante para oentendimento das relações sociais no interior da vida comunitária. Já a contribuição <strong>de</strong> Weber (2002) parao estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong> consiste no fato <strong>de</strong> que o mesmo autor nos apresenta aspectos importantes queajudam na caracterização <strong>de</strong> um conceito <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>, tais como as noções <strong>de</strong> tradição, costumes,valores, prestígio, significa<strong><strong>do</strong>s</strong> e autorida<strong>de</strong>, por exemplo.Ao se trabalhar com a categoria ―comunida<strong>de</strong>s tradicionais‖, o que se observa é uma dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong>precisão conceitual, porém alguns autores têm contribuições importantes sobre essa questão. Castro(2004) argumenta que nas últimas décadas observou-se um <strong>de</strong>senvolvimento bem maior das pesquisasque tratam <strong><strong>do</strong>s</strong> chama<strong><strong>do</strong>s</strong> ―povos tradicionais‖. Tais pesquisas se <strong>de</strong>senvolveram numa perspectiva muitomais interdisciplinar, o que levou à construção <strong>de</strong> interfaces entre as ciências sociais e as ciênciasnaturais. O estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> Almeida (1989) sobre espaços <strong>de</strong> terra <strong>de</strong> uso comum e conflito representa umacontribuição importante sobre o estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s tradicionais na Amazônia.Com relação ao Programa Comunida<strong>de</strong>s Tradicionais, o mesmo foi estabeleci<strong>do</strong> pelo PPA 2004-2007,está liga<strong>do</strong> à Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ria <strong>de</strong> Agroextrativismo e <strong>de</strong>rivou da Ação Apoio às Comunida<strong>de</strong>sAgroextrativistas da Amazônia – Amazônia Solidária – que integrava o Programa Amazônia Sustentável<strong>do</strong> PPA 2000-2003. Portanto, observa-se um elemento <strong>de</strong> longevida<strong>de</strong> e continuida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Programa, quese consoli<strong>do</strong>u a partir da perspectiva <strong>de</strong> valorização <strong><strong>do</strong>s</strong> conhecimentos tradicionais e <strong>do</strong> saber local, ti<strong>do</strong>aqui como a antítese <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> globalização. No município <strong>de</strong> Cametá, constatou-se que váriosprojetos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento sustentável liga<strong><strong>do</strong>s</strong> ao Programa Comunida<strong>de</strong>s Tradicionais são<strong>de</strong>senvolvi<strong><strong>do</strong>s</strong> em comunida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> município a partir da mediação da Colônia <strong>de</strong> Pesca<strong>do</strong>res Z-16 <strong>de</strong>Cametá. A Colônia atua na formação na área <strong>de</strong> gestão ambiental e apresenta a seguinte meto<strong>do</strong>logia:primeiramente busca conhecer o edital que o Ministério <strong>do</strong> Meio Ambiente (MMA) lança, órgão ao qualo Programa Comunida<strong>de</strong>s Tradicionais está vincula<strong>do</strong>; num segun<strong>do</strong> momento, busca-se associações queestão legais e <strong>de</strong>pois se visita as comunida<strong>de</strong>s para apresentar os projetos <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com as necessida<strong>de</strong>sdas comunida<strong>de</strong>s. Vale <strong>de</strong>stacar que as associações mais antigas <strong>de</strong> Cametá tiveram influência da IgrejaCatólica, por meio <strong>de</strong> pregações que valorizavam a organização, a solidarieda<strong>de</strong>, incentivan<strong>do</strong> a formação<strong>de</strong> cooperativas para receber apoio <strong>de</strong> políticas agroextrativistas. A avaliação <strong><strong>do</strong>s</strong> membros <strong>de</strong> umacomunida<strong>de</strong> visitada em relação ao projeto <strong>de</strong> manejo <strong>de</strong> açaí <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> na comunida<strong>de</strong> foi positiva.Segun<strong>do</strong> os mora<strong>do</strong>res, o projeto elevou a produção <strong>de</strong> açaí, que antes era baixa. Entretanto, a dificulda<strong>de</strong>na comercialização <strong>do</strong> produto foi ressalta<strong>do</strong> por to<strong><strong>do</strong>s</strong> os entrevista<strong><strong>do</strong>s</strong>, que apontaram a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>eliminar o ―atravessa<strong>do</strong>r‖ <strong>do</strong> produto e se animam com a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> instalar uma agroindústriaatravés <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um novo projeto.ConclusãoA partir <strong>de</strong> uma análise <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> projetos que fazem parte <strong>do</strong> Programa Comunida<strong>de</strong>sTradicionais, po<strong>de</strong>-se perceber que a ação <strong>do</strong> governo junto às comunida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> município <strong>de</strong> Cametáapresenta ganhos em termos <strong>de</strong> perspectivas <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong> social, a partir <strong><strong>do</strong>s</strong> recursos naturais,como o açaí, cujo cultivo, segun<strong>do</strong> os mora<strong>do</strong>res, estava quase aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong>. O Programa representa umesforço importante <strong>de</strong> valorização das práticas tradicionais <strong>de</strong> sobrevivência, ao mesmo tempo em quebusca introduzir uma nova racionalida<strong>de</strong> no manejo <strong><strong>do</strong>s</strong> recursos naturais.ReferênciasALMEIDA, A. W. B. <strong>de</strong>. Terras <strong>de</strong> Preto, Terras <strong>de</strong> Santo, Terras <strong>de</strong> Índio – Uso Comum e Conflito. In:CASTRO, E. M. R. <strong>de</strong> & HÉBETTE, J. (Orgs.). Na trilha <strong><strong>do</strong>s</strong> Gran<strong>de</strong>s Projetos – Mo<strong>de</strong>rnização eConflito na Amazônia. Belém, NAEA/UFPA, 1989.CASTRO, E. Território, Biodiversida<strong>de</strong> e Saberes <strong>de</strong> Populações Tradicionais. In: DIEGUES. A. C.Etnoconservação – Novos Rumos para a Conservação da Natureza. 2º ed. São Paulo: Hucitec, 2004.DURKHEIM, É. As Regras <strong>do</strong> Méto<strong>do</strong> Sociológico. 10º edição. São Paulo: Ed. Nacional, 1982.BRANCALEONE, C. Comunida<strong>de</strong>, Socieda<strong>de</strong> e Sociabilida<strong>de</strong>: Revisitan<strong>do</strong> Ferdinand Tönnies. Revista<strong>de</strong> Ciências Sociais (Fortaleza), v. 39, p. 98-104, 2008.WEBER, M. Conceitos Básicos <strong>de</strong> Sociologia. Tradutores: Rubens Eduar<strong>do</strong> Ferreira Frias, GerardGeorges Delaunay. – São Paulo: Centauro, 2002.131


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoSOCIABILIDADE, SIGNIFICAÇÃO E APRENDIZAGEM: OS FATORES SOCIAIS QUEINFLUENCIARAM O SUCESSO NA TRANSIÇÃO DO ENSINO MÉDIO PARA O ENSINOSUPERIOR DE ALUNOS DE BAIXA RENDA.1 Adilásio Pedro Pereira Cruz Neto1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – pedrocruz.nt@gmail.comOrienta<strong>do</strong>r: Profº Dr. Samuel Maria Amorim e SáEste trabalho aborda a aprovação <strong>de</strong> estudantes <strong>de</strong> baixa renda no vestibular da UFPA, investigan<strong>do</strong> asocialização como fator <strong>de</strong> influência nessa conquista. Buscou-se enten<strong>de</strong>r como a aprendizagem écondicionada por fatores externos a sala <strong>de</strong> aula. Foi utiliza<strong>do</strong> a coleta 15 <strong>de</strong> relatos <strong>de</strong> um livro escritopor universitários que contaram sua trajetória até a universida<strong>de</strong> e como superaram dificulda<strong>de</strong>s. Tambémfoi realiza<strong>do</strong> levantamento <strong>de</strong> referencial bibliográfico referente. Verificou-se que a socializaçãoproporciona condições para aprendizagem significativa através da leitura sobre experiências vividas pelosreferi<strong><strong>do</strong>s</strong> estudantes, geran<strong>do</strong> uma significação da avaliação <strong>de</strong>ssas experiências como fatores <strong>de</strong>estímulo.Palavras-chave: Socialização, Aprendizagem Significativa, Sociologia da Educação.IntroduçãoO presente estu<strong>do</strong> se <strong>de</strong>bruça sobre a trajetória <strong>de</strong> estudantes <strong>de</strong> baixa renda, que superaram dificulda<strong>de</strong>s econseguiram aprovação no vestibular da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará, relatadas no livro ―Caminhadas <strong>de</strong>universitários <strong>de</strong> origem popular‖ (Martins, 2006). Este livro é fruto <strong>de</strong> um trabalho <strong>do</strong> projeto <strong>de</strong>extensão Conexões <strong>de</strong> Saberes, da UFPA, e contém relatos <strong>de</strong> universitários <strong>de</strong> baixa renda queconstruíram uma trajetória <strong>de</strong> sucesso em ascen<strong>de</strong>r ao ensino superior.Observamos através <strong>de</strong> relatos sistematiza<strong><strong>do</strong>s</strong> que a educação formal <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma estrutura escolarque garanta a eficácia em sua reprodução, isso significa professores presentes em sala <strong>de</strong> aula equalifica<strong><strong>do</strong>s</strong>, infra-estrutura e boa gestão escolar. Do outro la<strong>do</strong>, são necessárias condições <strong>de</strong>socialização que proporcionem a vivência <strong>de</strong> experiências múltiplas.Os processos <strong>de</strong> socialização consistem na capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se inserir em <strong>de</strong>terminada cultura através dapercepção <strong>do</strong> auto-reconhecimento mediante to<strong>do</strong> o conjunto cultural. A socialização é um importantefator percebi<strong>do</strong> como fundamental para criar condições <strong>de</strong> um aprendiza<strong>do</strong> significativo, <strong>de</strong> melhorcompreensão, culminan<strong>do</strong> na aprovação no vestibular.Os aspectos observa<strong><strong>do</strong>s</strong> nesse estu<strong>do</strong> levam em conta: <strong>de</strong>marca<strong>do</strong>res <strong>de</strong> sucesso e insucesso, inspirações eorigem.ObjetivosEnten<strong>de</strong>r como o processo <strong>de</strong> socialização po<strong>de</strong> influenciar o aprendiza<strong>do</strong> significativo possibilitan<strong>do</strong>uma trajetória <strong>de</strong> superação e sucesso no processo <strong>de</strong> preparação e aprovação <strong>de</strong> estudantes <strong>de</strong> baixarenda no exame <strong>do</strong> vestibular da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará.Meto<strong>do</strong>logiaA meto<strong>do</strong>logia utilizada envolve a coleta <strong>de</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> secundários através <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> sistemático <strong><strong>do</strong>s</strong> relatos<strong>de</strong> estudantes <strong>de</strong> baixa renda que obtiveram aprovação no vestibular conti<strong><strong>do</strong>s</strong> no livro ―Caminhadas <strong>de</strong>universitários <strong>de</strong> origem popular‖. Foram extraí<strong><strong>do</strong>s</strong> 15 relatos, sintetiza<strong><strong>do</strong>s</strong> em um quadro observan<strong>do</strong> osseguintes aspectos: <strong>de</strong>marca<strong>do</strong>res <strong>de</strong> sucesso, <strong>de</strong>marca<strong>do</strong>res <strong>de</strong> insucesso, sociabilida<strong>de</strong> e inspirações. Apartir da observação e sistematização <strong>de</strong>sses aspectos, a revisão bibliográfica sobre aprendizagemsignificativa e sociabilida<strong>de</strong> possibilitou a conexão teórica entre as condições adversas que os estudantesenfrentaram e as estratégias que utilizaram para superá-las, <strong>de</strong> forma que se pu<strong>de</strong>sse perceber como aaprendizagem e o sucesso <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m em gran<strong>de</strong> parte <strong><strong>do</strong>s</strong> processos <strong>de</strong> socialização.Resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> e DiscussõesSegun<strong>do</strong> os relatos observa<strong><strong>do</strong>s</strong>, as condições i<strong>de</strong>ais para o bom <strong>de</strong>sempenho na aprendizagem são<strong>de</strong>terminadas por elementos sociais como a disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tempo, a qualida<strong>de</strong> da estrutura escolar,pelo suprimento às necessida<strong>de</strong>s básicas e pela estabilida<strong>de</strong> nas relações afetivas.Assim, esses fatores são estrutura<strong><strong>do</strong>s</strong> em uma sequência <strong>de</strong> significação on<strong>de</strong> os componentes daaprendizagem interagem, sempre com base nas experiências vividas que irão orientar a percepção <strong><strong>do</strong>s</strong>vestibulan<strong><strong>do</strong>s</strong> sobre sua realida<strong>de</strong>, fazen<strong>do</strong> surgir fatores estimulantes que são respostas a essasexperiências. Esses componentes da aprendizagem <strong>de</strong>vem ser entendi<strong><strong>do</strong>s</strong> como os fatores e as condições132


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientificosociais que irão influenciar o processo <strong>de</strong> aprendizagem e po<strong>de</strong>m ou não estar inseri<strong><strong>do</strong>s</strong> no ambienteescolar, por exemplo: a estruturação plena <strong>do</strong> núcleo familiar, a estabilida<strong>de</strong> da relação com familiares emgeral, a presença <strong>de</strong> amigos, a existência <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los que inspirem o <strong>de</strong>senvolvimento intelectual eprofissional, a disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tempo e <strong>de</strong> condições favoráveis ao estu<strong>do</strong>, condições <strong>de</strong> estudar emboas escolas, técnicas a<strong>de</strong>quadas para estu<strong>do</strong> e a i<strong>de</strong>ntificação com o curso e com a profissão que almeja.Dessa forma, é possível uma aprendizagem significativa, ou seja, um aprendiza<strong>do</strong>, que apesar <strong>de</strong> estarvolta<strong>do</strong> para o estu<strong>do</strong> tecnicista e curricular (Freire, 2007), encontra significação na sociabilida<strong>de</strong> que oestudante pratica em conflitos ou apoio <strong>de</strong> amigos, familiares, professores e <strong>de</strong>mais agentes sociais queestão inseri<strong><strong>do</strong>s</strong> na vivência <strong>de</strong>sse estudante. A aprendizagem significativa constitui um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>aprendizagem on<strong>de</strong> o conteú<strong>do</strong> estuda<strong>do</strong> se correlaciona com experiências vividas pelo estudante <strong>de</strong>mo<strong>do</strong> que não se tenha uma aprendizagem vazia, sem conexão com uma experiência anterior (Moreira,1982). A experiência vivida, nesse caso, permite ao estudante que ele leia sua realida<strong>de</strong> pouco facilita<strong>do</strong>rada aprendizagem tecnicista, por conta das restrições que sofre, como uma situação a ser superada, masque só será possível com o apoio daqueles que compõe sua re<strong>de</strong> <strong>de</strong> socialização.Parte-se <strong>do</strong> pressuposto <strong>de</strong> que to<strong><strong>do</strong>s</strong> os indivíduos que compuseram a amostragem <strong>de</strong>sta pesquisaconseguiram atingir esse nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho, pois to<strong><strong>do</strong>s</strong> são estudantes <strong>de</strong> baixa renda – o quesupostamente constitui uma ausência <strong>de</strong> um elemento social <strong>de</strong> aprendizagem – mas to<strong><strong>do</strong>s</strong> conseguiram aaprovação em um vestibular com um nível <strong>de</strong> concorrência i<strong>de</strong>almente eleva<strong>do</strong>.A socialização é um processo no qual o ser humano absorve os elementos da cultura (Brym, 2006). Elaocorre no processo <strong>de</strong> vivência e experimentação <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> material através da interação com outraspessoas diretamente ligadas ao indivíduo. Assim, a socialização constitui uma forma <strong>de</strong> educar parareproduzir os padrões <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> (Durkheim, 1999), apesar <strong>de</strong> nem sempre ocorrer umareprodução pura.Com a socialização, os estudantes que expuseram suas trajetórias mostraram que o aprendiza<strong>do</strong> po<strong>de</strong> sermotiva<strong>do</strong> por fatores diversos e que situações precárias não diretamente relacionadas com os processospedagógicos po<strong>de</strong>m ser superadas, transforman<strong>do</strong>-se em um aprendiza<strong>do</strong> empírico não curricular. Issoinfluenciará o <strong>de</strong>sempenho escolar, pois as inspirações e motivações advindas <strong>de</strong> experiências positivas enegativas da sociabilida<strong>de</strong> com amigos, familiares ou instituições, conferem significa<strong>do</strong> ao processo <strong>de</strong>aprendizagem <strong>de</strong> tal mo<strong>do</strong> que impulsiona à persistência, à <strong>de</strong>dicação, ao esforço, à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>retribuição e superação <strong>de</strong> condições sociais impostas apoian<strong>do</strong>-se nas experiências compartilhadas comto<strong><strong>do</strong>s</strong> aqueles que marcaram sua socialização.ConclusõesO processo <strong>de</strong> aprendizagem constitui um conjunto <strong>de</strong> significações que não são apenas curriculares, massociais, experimentadas na socialização <strong>do</strong> estudante. Uma leitura subjetiva <strong>de</strong>ssas experiências iráestimular o processo <strong>de</strong> aprendizagem construin<strong>do</strong> uma trajetória <strong>de</strong> sucesso através <strong>de</strong> obtenção da vagaem um curso superior da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará.ReferênciasDURKHEIM, Émile. As Regras <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> sociológico. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. [36. ed.]. SãoPaulo: Paz e Terra, 2007.MARTINS, Adria Verena <strong><strong>do</strong>s</strong> Santos et al. Caminhadas <strong>de</strong> universitários <strong>de</strong> origem popular: [UFPA-Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará]. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro, 2006.MOREIRA, Marco Antonio; MASINI, Elcie F. Salzano. Aprendizagem significativa: a teoria <strong>de</strong> DavidAusubel. São Paulo: Moraes, 1982.BRYM, Robert J.; LIE, John; HAMLIN, Cynthia Lins; et al. Sociologia: sua bússola para um novomun<strong>do</strong>. 1 ed. [S.l]: Cengage Learning, 2006.UM OLHAR GEOGRÁFICO SOBRE A REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM E SUAFORMAÇÃO HISTÓRICO-ESPACIALAntônio Carlos Ribeiro Araújo Júnior¹ ,Michel Brito <strong>de</strong> Lima²,João Marcio Palheta da Silva³¹ Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – aj_belez@hotmail.com² Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – michelbrito@hotmail.com³ Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – palheta@ufpa.brUm olhar geográfico sobre a Região Metropolitana <strong>de</strong> Belém e sua formação histórico-espacial buscamostrar a importância <strong>de</strong>sta região para o Esta<strong>do</strong>, por esta concentrar gran<strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> fluxos133


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientifico(convergentes) através <strong>de</strong> sua divisão em três setores:1ª légua patrimonial, área <strong>de</strong> transição metropolitanae área <strong>de</strong> expansão com o objetivo <strong>de</strong> analisar não somente as formas <strong>de</strong> ocupação <strong>do</strong> passa<strong>do</strong> comotambém discorrer como estas se processam no presente, ou seja, a expansão voltada para o interior <strong>do</strong>continente.Palavras-chave: Região Metropolitana <strong>de</strong> Belém, formação histórico-espacial, funcionalida<strong>de</strong>s.IntroduçãoBelém tem gran<strong>de</strong> importância para o Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará por ser uma cida<strong>de</strong> que agrega gran<strong>de</strong> re<strong>de</strong> <strong>de</strong>fluxos (fluxos convergentes), sen<strong>do</strong> para este trabalho <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valia para tornar mais clara acompreensão sobre o processo <strong>de</strong> formação dividir a Região Metropolitana <strong>de</strong> Belém em três setores: 1ªlégua patrimonial, que compreen<strong>de</strong> a área on<strong>de</strong> Belém foi fundada até o cinturão das instituições; a área<strong>de</strong> transição metropolitana, que inicia no cinturão das instituições, passan<strong>do</strong> pelos Bairros da Marambaiae <strong>do</strong> Souza, findan<strong>do</strong> no Entroncamento; a área <strong>de</strong> expansão, que abrange a Ro<strong>do</strong>via AugustoMontenegro, a BR-316, a Alça Viária e ilhas componentes (especificamente as ilhas <strong>de</strong> Mosqueiro eCaratateua – vulgo Outeiro). As dinâmicas sócio-espaciais são bastante singulares em cada setor,ilustran<strong>do</strong> como a apropriação <strong>do</strong> espaço ocorre e se processa levan<strong>do</strong> em conta principalmente o riocomo agente imanente <strong>de</strong> apropriação, visto que as primeiras formas <strong>de</strong> ocupação ocorreram partin<strong>do</strong><strong>de</strong>le.ObjetivoObjetiva-se analisar não somente as formas <strong>de</strong> ocupação <strong>do</strong> passa<strong>do</strong> como também discorrer como estasse processam no presente, ou seja, a expansão voltada para o interior <strong>do</strong> continente.Meto<strong>do</strong>logiaO presente trabalho foi monitora<strong>do</strong> pelos professores <strong>do</strong>utores Saint-Clair Cor<strong>de</strong>iro da Trinda<strong>de</strong> Jr.,Genylton Odilon Rego da Rocha e Maria Goretti Tavares; professora mestra Ana Maria Me<strong>de</strong>iros emestran<strong>do</strong> Bruno Malheiros, os quais tem amplo <strong>do</strong>mínio sobre as dinâmicas que se processam na RegiãoMetropolitana <strong>de</strong> Belém, tanto <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista geomorfológico, como sócio-espacial e tambémturístico. A<strong>do</strong>tou-se como procedimento a visita in lócus sempre seguida <strong>de</strong> explanações sobre os pontos<strong>de</strong> parada e mesmo sobre as áreas apenas observadas no transla<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> tais explanações embasadasteoricamente em autores como Roberto Lobato Corrêa e Milton Santos, os quais tem colaboração ímparpara estu<strong><strong>do</strong>s</strong> da forma <strong>de</strong> ocupação <strong>do</strong> espaço, bem como para estu<strong><strong>do</strong>s</strong> que abarquem a repartição dasativida<strong>de</strong>s consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> o dinamismo, o movimento conti<strong>do</strong> no território.Resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>No hoje conheci<strong>do</strong> bairro da Cida<strong>de</strong> Velha, existia o Igarapé <strong>do</strong> Pirí, que foi aterra<strong>do</strong> e <strong>de</strong>u espaço àexpansão da cida<strong>de</strong>. É nesse ponto que tem início a 1ª Légua Patrimonial <strong>de</strong> Belém e on<strong>de</strong> se localiza aárea central, surgin<strong>do</strong> mais tar<strong>de</strong> por conta <strong>do</strong> aterramento os bairros da Campina, Reduto e Umarizal eoutros vão surgir como Guamá, Con<strong>do</strong>r, Cremação, Jurunas (bairros periféricos), mas por conta daconstrução <strong>do</strong> Dique da Estrada Nova na década <strong>de</strong> 40 (Av. Bernar<strong>do</strong> Sayão), com finalida<strong>de</strong> primeira <strong>de</strong>conter alagamentos que ocorriam constantemente, dadas as condições geomorfológicas <strong><strong>do</strong>s</strong> terrenos, combaixas cotas altimétricas. Esses bairros periféricos se caracterizam não pela distância geométrica, maspela distância social em relação ao centro, neles percebe-se a presença <strong>de</strong> pequenos portos, <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>sque tem estreita relação com o rio, <strong>de</strong> comércios atacadistas e varejistas, entre outros. Já o bairro central,Cida<strong>de</strong> Velha recebeu a integração <strong><strong>do</strong>s</strong> bairros <strong>do</strong> Reduto e <strong>do</strong> Umarizal, sen<strong>do</strong> que este último ganhastatus <strong>de</strong> bairro ―nobre‖, promoven<strong>do</strong> o remanejamento das pessoas que lá moravam para o conjuntoGleba I localiza<strong>do</strong> no início da Av. Augusto Montenegro caracterizan<strong>do</strong> um processo <strong>de</strong> expansão sócioespacial.A ―falta‖ <strong>de</strong> espaço na capital, bem como o fornecimento <strong>de</strong> serviços fora da 1ª léguapatrimonial e o melhoramento/revitalização <strong>de</strong> vias <strong>de</strong> acesso favorecem o nascimento <strong>de</strong> distritos enovos municípios (Ananin<strong>de</strong>ua, Marituba, etc), os quais assim como Belém fazem parte da RegiãoMetropolitana <strong>de</strong> Belém.Os setores, 1ª Légua Patrimonial e área <strong>de</strong> expansão estão interliga<strong><strong>do</strong>s</strong> pelo que Corrêa (1997) chama <strong>de</strong>processo <strong>de</strong> Invasão-Sucessão (Substituição), o qual acontece em função da substituição <strong>de</strong> agentes,sujeitos sociais <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> espaço da cida<strong>de</strong> por conta da valorização <strong>do</strong> espaço através da mo<strong>de</strong>rnização(infraestrutura – bairros <strong>do</strong> Reduto e Umarizal), fazen<strong>do</strong> com que sua população (<strong>de</strong> classe baixa) vá para(ou forme) para outro bairro, haven<strong>do</strong> a substituição <strong>do</strong> uso resi<strong>de</strong>ncial (remanejamento – conjunto GlebaI).O fenômeno <strong>de</strong> invasão-sucessão é segui<strong>do</strong> também pelo processo que Corrêa(1997) chama <strong>de</strong>Segregação, o qual ―é a tendência a organização <strong>do</strong> espaço em zonas <strong>de</strong> forte homogeneida<strong>de</strong> social134


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientificointerna e com intensa disparida<strong>de</strong> social entre elas, sen<strong>do</strong> esta disparida<strong>de</strong> compreendida não só emtermos <strong>de</strong> diferenciação como também <strong>de</strong> hierarquia‖ (Castells, 1983). Tal fenômeno po<strong>de</strong> ser ainda <strong>de</strong>Auto-segregação (procura <strong>de</strong>liberada <strong>do</strong> indivíduo por uma área mais reservada e a<strong>de</strong>quada à moradia);Segregação Imposta (não há possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> escolha à moradia).Já na área <strong>de</strong> transição metropolitana (terreno da marinha, <strong>do</strong> exército e da aeronáutica) percebe-se o queCorrêa (1997) <strong>de</strong>fine como fenômeno <strong>de</strong> Inércia, o qual se <strong>de</strong>fine pela manutenção <strong>de</strong> uma dada formaespacial (ou conteú<strong><strong>do</strong>s</strong>) <strong>de</strong> <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> setor urbano mesmo cessa<strong>do</strong> as condições que lhe <strong>de</strong>ram origem(exemplo loja Paris N‘América).Além <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> distribuição sócio-espacial percebe-se que as novas formas que se <strong>de</strong>senham noterritório através <strong>de</strong> distintas combinações técnicas e sociais <strong>do</strong> trabalho e fluxos não necessariamentemateriais (capitais, mensagens, or<strong>de</strong>ns, informações) acabam por mostrar os verda<strong>de</strong>iros círculos <strong>de</strong>cooperação, consequência <strong><strong>do</strong>s</strong> circuitos espaciais da produção, mostran<strong>do</strong> também o uso diferencia<strong>do</strong> <strong>de</strong>cada território na ótica da empresas, das instituições, <strong><strong>do</strong>s</strong> indivíduos, permitin<strong>do</strong> compreen<strong>de</strong>r ahierarquia <strong><strong>do</strong>s</strong> lugares nas diferentes escalas, manifestan<strong>do</strong> o par dialético redução da arena (local daprodução) e ampliação da área da produção.ConclusõesPodê-se constatar que inicialmente o rio teve papel fundamental no processo <strong>de</strong> ocupação da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong>Belém, visto que o marco <strong>de</strong> fundação foi o Forte <strong>do</strong> Castelo, segui<strong>do</strong> <strong>do</strong> aterramento <strong>do</strong> igarapé <strong>do</strong> Pirípossibilitan<strong>do</strong> a formação <strong>de</strong> novos bairros como Umarizal, Reduto e Campina. Os acontecimentoshistóricos <strong>de</strong> ocupação da capital hoje conhecida como Belém <strong>do</strong> Grão – Pará permitem enten<strong>de</strong>r como asformas <strong>de</strong> estruturação espacial <strong>do</strong> passa<strong>do</strong> levam Belém a se reestruturar, refuncionalizan<strong>do</strong> espaços ou<strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista da ampliação, seus limites territoriais, fomentan<strong>do</strong> ativida<strong>de</strong>s que vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o circuitoinferior da economia até o turismo.ReferênciasCASTELLS. M. A Questão Urbana. Ed. Paz e Terra. 1983.CORRÊA, R.L. Trajetórias geográficas. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Bertrand Brasil, 1997.SANTOS, M. SILVEIRA, M. L. O Brasil: território e socieda<strong>de</strong> no início <strong>do</strong> século XXI. São Paulo.Record, 2001.UM ORATÓRIO SALESIANO COMO PROPOSTA DE POLÍTICA PÚBLICASEDUCACIONAL1 Vicente Vagner Cruz, 2 Angélica Corrêa da Silveira, 3 Samuel Maria Amorim Sá1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ -UFPA – vic_filosofo@yahoo.com.br2 UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA- UNAMA – angelicacsilveira@ig.com.br3 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ -UFPA – <strong>pet</strong>gtcs@hotmail.comO presente trabalho visa mostrar a ativida<strong>de</strong> recreativa pastoral que os salesianos <strong>de</strong>senvolvem to<strong><strong>do</strong>s</strong> os<strong>do</strong>mingos à tar<strong>de</strong> das 14h30min às 17h00min no bairro da Pedreira chama<strong>do</strong> ―Oratório Salesiano‖ comoproposta preliminar <strong>de</strong> políticas públicas <strong>de</strong> lazer, e educação como uma possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> diminuição daviolência urbana. Discutin<strong>do</strong> o conceito <strong>de</strong> políticas públicas como um cálculo que prece<strong>de</strong>, presi<strong>de</strong> ação,e que avalie as ações em vista <strong>de</strong> to<strong><strong>do</strong>s</strong> os cidadãos que pagam impostos, e que querem saber a respeito <strong>de</strong>como o seu dinheiro está sen<strong>do</strong> investi<strong>do</strong>. O estu<strong>do</strong> foi conduzi<strong>do</strong> consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> duas partes importantesda meto<strong>do</strong>logia: a primeira correspon<strong>de</strong> a leituras bibliográficas sobre políticas públicas, educação,a<strong>do</strong>lescência, lazer, e o conceito <strong>de</strong> oratório; a segunda parte diz a respeito ao levantamento <strong>de</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> dafreqüência das pessoas que participam das ativida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> Oratório nos <strong>do</strong>mingos à tar<strong>de</strong>, e coletar umaamostra da média <strong><strong>do</strong>s</strong> participantes para saber o perfil socioeconômico <strong><strong>do</strong>s</strong> freqüenta<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Oratório <strong><strong>do</strong>s</strong>egun<strong>do</strong> semestre <strong>de</strong> 2005 e <strong>do</strong> primeiro semestre <strong>de</strong> 2008. Contatou-se que a maioria <strong><strong>do</strong>s</strong> freqüenta<strong>do</strong>res<strong>do</strong> Oratório tanto <strong>de</strong> 2005 como <strong>de</strong> 2008 é <strong>do</strong> sexo masculino tem uma média <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> entre os 13 anosmora no bairro da Pedreira, e a principal motivação <strong>de</strong> vir para o Oratório é os jogos que tem noambiente, e os amigos que encontram. Assim, o Oratório funcionan<strong>do</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> origem da Escola Salesiana<strong>do</strong> Trabalho mais <strong>de</strong> quatro décadas aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> uma média <strong>de</strong> 200 jovens por <strong>do</strong>mingo po<strong>de</strong> serconsi<strong>de</strong>rada uma proposta preliminar <strong>de</strong> políticas públicas <strong>de</strong> lazer, e educação, pois não é somente umespaço <strong>de</strong> aglomerar gente, mas um espaço <strong>de</strong> acolhida e socialização.Palavras-Chave: Políticas Públicas, Cidadania, Oratório.135


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoIntroduçãoO Oratório Salesiano é uma ativida<strong>de</strong> recreativa que funciona no pátio da Escola Salesiana <strong>do</strong> Trabalholocaliza<strong>do</strong> no bairro da Pedreira nos <strong>do</strong>mingos à tar<strong>de</strong> das 14h 30 min às 17h30min. Várias ativida<strong>de</strong>s são<strong>de</strong>senvolvidas tais como, campeonato <strong>de</strong> futebol <strong>de</strong> salão, torneio <strong>de</strong> vôlei, basquete, jiu-jitsu, dança <strong>de</strong>rua e outros. Todas as ativida<strong>de</strong>s são movidas pela rádio <strong>do</strong> Oratório on<strong>de</strong> toca uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> músicasquer religiosa quer aquela que fora sucesso nas rádios <strong>de</strong> Belém, e pela 15h acontece ―o boa tar<strong>de</strong>‖ (ummomento <strong>de</strong> reflexão <strong>de</strong> <strong>de</strong>z minutos em que os anima<strong>do</strong>res proferem umas palavras <strong>de</strong> reflexão) emalguns <strong>do</strong>mingos é libera<strong>do</strong> o uso da piscina para crianças e a<strong>do</strong>lescentes. A constituição <strong><strong>do</strong>s</strong> Salesianos(1988), em seu artigo quarenta, diz que o Oratório ―é para os jovens a casa que acolhe, a paróquia queevangeliza, escola que encaminha para a vida e pátio para se encontrarem como amigos e viverem comalegria‖. Pois o principal objetivo <strong><strong>do</strong>s</strong> Salesianos segun<strong>do</strong> o artigo 31 das constituições é ―educar eevangelizar os jovens segun<strong>do</strong> um projeto <strong>de</strong> promoção integral <strong>do</strong> homem orienta<strong>do</strong> para Cristo, homemperfeito. Fieis às intenções <strong>de</strong> nosso funda<strong>do</strong>r (Dom Bosco) visa formar bom cristão e honesto cidadão‖.E o meio que os Salesianos usam para promoção <strong>do</strong> seu projeto pedagógico é o sistema preventivo que―baseia-se inteiramente na razão, na religião e na bonda<strong>de</strong>‖. (CF. MB XIII p.919). Dom Bosco (1815-1888) foi um sacer<strong>do</strong>te da Igreja Católica que viveu em Turim (Itália), em pleno século XIX, um perío<strong>do</strong>em que a Itália estava passan<strong>do</strong> por profundas crises sociais, perío<strong>do</strong> em que ocorre a revolução industrialem Turim, muitos jovens e a<strong>do</strong>lescentes vinham <strong>do</strong> interior com uma perspectiva <strong>de</strong> trabalho na capital,mas quan<strong>do</strong> chegavam ficavam à mercê <strong>de</strong> toda sorte. Observan<strong>do</strong> essa realida<strong>de</strong>, Dom Boscoinfluencia<strong>do</strong> por vários pensa<strong>do</strong>res da Itália como Felipe Néri e Vitorino da Feltre começa a <strong>de</strong>senvolvero Oratório na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Turim. Graças a essas práticas os seus sucessores Salesianos começaram adifundir essa ativida<strong>de</strong> em to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong> até chegar ao Brasil em 1883 por intermédio <strong>do</strong> ImpérioBrasileiro. O Oratório no bairro da Pedreira, surgiu como uma extensão <strong>do</strong> Colégio <strong>do</strong> Carmo, dar-seinicio um simples Oratório Festivo (Catequese-esporte-recreação <strong>do</strong>minicais) para crianças ea<strong>do</strong>lescentes. Com um terreno <strong>de</strong> 33.000 metros quadra<strong>do</strong> foi <strong>do</strong>a<strong>do</strong> pelo então <strong>de</strong>puta<strong>do</strong> Estadual FerroCosta, ex-aluno <strong>do</strong> Colégio <strong>do</strong> Carmo, com objetivo <strong>de</strong> construir uma obra que aten<strong>de</strong>sse os jovens maiscarentes e ajudasse na profissionalização. E há 51 anos o Oratório Salesiano funciona como um anexo daEscola Salesiana <strong>do</strong> Trabalho aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> os jovens em situação <strong>de</strong> riscos <strong>do</strong> bairro da Pedreira e suasadjacentes.ObjetivosAnalisar o Oratório Salesiano como uma possível proposta <strong>de</strong> políticas públicas educacional para adiminuição <strong>de</strong> jovens em situação <strong>de</strong> risco sem ajuda <strong>de</strong> recursos da Prefeitura e <strong>do</strong> Governo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>no perío<strong>do</strong> <strong>do</strong> segun<strong>do</strong> semestre <strong>de</strong> 2005 ao primeiro semestre <strong>de</strong> 2008.Materiais e Méto<strong><strong>do</strong>s</strong>A abordagem meto<strong>do</strong>lógica além da teoria é verifica a freqüência das pessoas ao Oratório no segun<strong><strong>do</strong>s</strong>emestre <strong>de</strong> 2005, saber que são as pessoas que participam qual ida<strong>de</strong> essa pessoa tem, e on<strong>de</strong> ela mora, etira uma média geral <strong>do</strong> sexo <strong><strong>do</strong>s</strong> freqüenta<strong>do</strong>res, da ida<strong>de</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong> freqüenta<strong>do</strong>res e da localida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> essesoratorianos moram. Em seguida passa-se um questionário para alguns oratorianos para saber um poucosobre o perfil sócio econômico <strong>de</strong>ssas pessoas que freqüentaram o Oratório no segun<strong>do</strong> semestre <strong>de</strong> 2005.Já os da<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> 2006, e 2007 não po<strong>de</strong>m ser colhi<strong><strong>do</strong>s</strong> porque o diretor durante esse perío<strong>do</strong> não permitiu ofuncionamento <strong>do</strong> Oratório porque ele tinha outras ativida<strong>de</strong>s planejadas para no final <strong>de</strong> semana usar asquadras da Escola Salesiana <strong>do</strong> Trabalho. As ativida<strong>de</strong>s só retornaram no primeiro semestre <strong>de</strong> 2008, omesmo méto<strong>do</strong> usa<strong>do</strong> para analisar o segun<strong>do</strong> semestre <strong>de</strong> 2005, foi usa<strong>do</strong> para estudar o primeirosemestre <strong>de</strong> 2008. Coletamos uma amostra da média geral <strong>de</strong> freqüenta<strong>do</strong>res para <strong>de</strong>pois confronta-lacom os freqüenta<strong>do</strong>res <strong>de</strong> 2005. Para essa finalida<strong>de</strong> foram aplica<strong><strong>do</strong>s</strong> cinqüenta e um questionários paraos oratorianos que freqüentaram o segun<strong>do</strong> semestre <strong>de</strong> 2005, e quarenta e cinco questionários para osoratorianos que freqüentavam o oratório no primeiro semestre <strong>de</strong> 2008;Resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>A presente monografia procurou manter-se na linha proposta que foi fruto <strong>do</strong> <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> conhecer umpouco das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas pelos salesianos em to<strong><strong>do</strong>s</strong> os <strong>do</strong>mingos à tar<strong>de</strong> e chamada OratórioSalesiano, como proposta preliminar <strong>de</strong> políticas públicas para a educação <strong><strong>do</strong>s</strong> a<strong>do</strong>lescentes através <strong>do</strong>esporte e da religião. As reflexões aqui surgidas preten<strong>de</strong>m repensar o conceito <strong>de</strong> políticas públicas <strong>de</strong>ação para educação. Não basta um espaço para colocar gente, mas ser um espaço <strong>de</strong> socialização que secomunica um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> valor, aí que as pessoas entram em no ambiente e se sentem acolhi<strong><strong>do</strong>s</strong>in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da sua condição financeira, e tem oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> praticar esporte e fazer novos amigos136


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientificoexperimentam e praticam o convívio e outros pilares da educação e da cidadania.. Ao longo <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>observou-se tanto pelos da<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>do</strong> segun<strong>do</strong> semestre <strong>de</strong> 2005, quanto <strong>do</strong> primeiro semestre <strong>de</strong> 2008, existeuma pre<strong>do</strong>minância <strong><strong>do</strong>s</strong> oratorianos <strong>do</strong> sexo masculino que sempre passavam <strong><strong>do</strong>s</strong> 80% <strong><strong>do</strong>s</strong>freqüenta<strong>do</strong>res, isso porque a estrutura da obra foi construin<strong>do</strong> para aten<strong>de</strong>r o gênero masculino como<strong>de</strong>monstra o artigo 3 <strong>do</strong> regulamento <strong><strong>do</strong>s</strong> salesianos. No entanto com o <strong>de</strong>correr <strong>do</strong> tempo se acolheu àsmeninas no espaço.ConclusõesAssim, através <strong>do</strong> estuda o <strong>do</strong> Oratório Salesiano visa apresentar uma proposta preliminar <strong>de</strong> políticaspúblicas ligada a educação esportiva, po<strong>de</strong> ser vista como uma antecipação e iniciativa <strong>de</strong> cidadãos ecidadãs como uma abertura (relativamente) a iniciativa <strong>de</strong> cidadãos que vêem o que o governo ainda nãovê, ou seja, está on<strong>de</strong> o governo ainda não está. On<strong>de</strong> qualquer instituição ten<strong>do</strong> a abertura <strong>de</strong> um<strong>de</strong>termina<strong>do</strong> espaço, abra para a comunida<strong>de</strong>, e <strong>de</strong>ssa forma ten<strong>do</strong> opção <strong>de</strong> lazer e socialização para osa<strong>do</strong>lescentes que estão em construção <strong>de</strong> sua personalida<strong>de</strong>.ReferênciasBECKER, Daniel. O que é a<strong>do</strong>lescência. 13°ed. São Paulo Editora Brasiliense Coleção Primeiro Passos1997.BORGES, Carlos Nazareno Ferreira. ―A casa Giocosa” “Oratório São Girolamo” “Oratório <strong>de</strong> SãoFrancisco <strong>de</strong> Sales‖ experiência que se refazem e se aprimoram. IN Anais <strong>do</strong> V Congresso Brasileiro daHistória da Educação: O ensino e a pesquisa em História da Educação. Sergipe. 2005 (p. 4188 -4195) nosite: www.faced.ufu.br/colubhe06/anais/arquivos/378CarlosNazareno.pdfBOSCO, João. Memória <strong>do</strong> Oratório <strong>de</strong> São Francisco <strong>de</strong> Sales <strong>de</strong> 1815 a 1855 (Título OriginalMemorie <strong>de</strong>ll´Oratorio di S. Francesco di Sales- dal 1815 al 1855 revisto por Pe. Julio Comba) tradutorPe. Fausto Santa Catarina 2° Ed, São Paulo Editora Salesiana 1999.COSTA, Humberto. Projeto Educativo Pastoral Salesiano: Para Crianças e A<strong>do</strong>lescentes emSituação <strong>de</strong> Risco Pessoal e Social Belém Editora Salesiana 1997.DURKHEIM, Émilie. Educação e Sociologia. 1958-1917. São Paulo: Melhoramento [Rio <strong>de</strong> Janeiro]Fundação Nacional <strong>de</strong> Material Escolar, 1978.SALESIANOS, Constituições e Regulamentos da Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Francisco <strong>de</strong> Sales, EscolasProfissionais Salesianas, São Paulo 1985.VERZA, Severino Batista. As Políticas Públicas <strong>de</strong> Educação no Município. Ijuí ed. UNIJUÍ, 2000.MEMÓRIAS DO DESLOCAMENTO: NARRATIVAS DE TAXISTAS EM BELÉM (PA)1 Pedro Paulo <strong>de</strong> Miranda A. Soares, 2 Flávio Leonel Abreu da Silveira (Orienta<strong>do</strong>r).1 Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – pedropaulo.soares@yahoo.com.br2Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará – flabreu@ufpa.brO presente trabalho versa sobre as narrativas <strong>de</strong> taxistas sobre a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Belém, ten<strong>do</strong> em vista acompreensão das representações <strong>de</strong>sses profissionais sobre os processos <strong>de</strong> transformação da urbe.Durante a pesquisa emergiram narrativas sobre temas como as modificações no ofício <strong>de</strong> taxista, astransformações da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Belém e os encontros <strong><strong>do</strong>s</strong> taxistas com visagens e assombrações. Taisnarrativas encontram-se entrelaçadas, forman<strong>do</strong> um mosaico <strong>de</strong> histórias que revelam a experiênciaurbana <strong>de</strong> um grupo profissional que construiu sua carreira pautada no <strong>de</strong>slocamento pela cida<strong>de</strong>.(Financia<strong>do</strong>r: FAPESPA).Palavras-Chave: Taxistas, Memória, Antropologia Urbana.IntroduçãoA experiência <strong>de</strong> campo junto a <strong>grupos</strong> urbanos tem se mostra<strong>do</strong> um importante elemento para acompreensão <strong>do</strong> fenômeno das cida<strong>de</strong>s no mun<strong>do</strong> contemporâneo, oferecen<strong>do</strong> a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> observara dimensão elástica <strong><strong>do</strong>s</strong> tempos vivi<strong><strong>do</strong>s</strong> e narra<strong><strong>do</strong>s</strong> na urbe por velhos e jovens mora<strong>do</strong>res a partir <strong>de</strong> suasexperiências cotidianas. Nesse contexto, os taxistas <strong>de</strong> Belém figuram como porta<strong>do</strong>res <strong>de</strong> umconhecimento sobre a cida<strong>de</strong> que revela a memória coletiva (Halbwachs, 2006) ligada aos processos <strong>de</strong>urbanização e integração da urbe ao cenário nacional. Emerge, então, um imaginário (Durand, 1994)construí<strong>do</strong> a respeito da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Belém no interior <strong>de</strong> uma categoria profissional específica, cujospontos <strong>de</strong> vista aparecem expressos em suas narrativas sobre a cida<strong>de</strong>.137


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoObjetivosO objetivo geral <strong>de</strong>ste trabalho é compreen<strong>de</strong>r a dinâmica das mudanças ocorridas nas paisagens urbanasbelemenses através <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> da memória coletiva e <strong>do</strong> imaginário na perspectiva <strong>de</strong> um segmentoprofissional – em nosso caso taxistas – que possui a experiência <strong>do</strong> <strong>de</strong>slocamento pela urbe.Materiais e Méto<strong><strong>do</strong>s</strong>A escolha <strong>de</strong> motoristas <strong>de</strong> táxi como sujeitos <strong>de</strong> nossa pesquisa implicou atenção para alguns pontossignificativos teórico-meto<strong>do</strong>lógicos: o primeiro coloca os sujeitos pesquisa<strong><strong>do</strong>s</strong> como <strong>grupos</strong> urbanos<strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> âmbito das socieda<strong>de</strong>s complexas (Peirano, 1983). A inovação epistemológica proposta porGeertz (2003), segun<strong>do</strong> o qual o conceito <strong>de</strong> cultura é <strong>de</strong> natureza semiótica, amplia as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>investigação e flexibiliza o objeto <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> antropológico. Desse mo<strong>do</strong>, tornam-se menos problemáticasa antropologia nas cida<strong>de</strong>s e a oposição entre socieda<strong>de</strong>s ―simples‖ e socieda<strong>de</strong>s ―complexas‖.Outro ponto teórico-meto<strong>do</strong>lógico a ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> diz respeito às idéias <strong>de</strong> Clifford (2000), que discutea possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pensar a ―mobilida<strong>de</strong>‖ <strong>do</strong> objeto <strong>de</strong> pesquisa antropológica, em contraponto àsabordagens tradicionais que consi<strong>de</strong>ravam como locus privilegia<strong>do</strong> da pesquisa antropológica os locais <strong>de</strong>moradia/trabalho <strong><strong>do</strong>s</strong> ―nativos‖. Assim, consi<strong>de</strong>ramos o taxista na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Belém como um―profissional viajante‖ que possui um ponto <strong>de</strong> vista peculiar sobre a cida<strong>de</strong> condiciona<strong>do</strong> pela suamobilida<strong>de</strong>.A pesquisa <strong>de</strong> campo seguiu a meto<strong>do</strong>logia antropológica, ou seja, apostou-se na convivência com ossujeitos pesquisa<strong><strong>do</strong>s</strong> o maior tempo possível (Malinowski, 1978), <strong>de</strong> maneira a realizar a ―observaçãoparticipante‖ no local <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong>stes taxistas (Foote-Whyte, 2008). Foram visita<strong><strong>do</strong>s</strong> pontos <strong>de</strong> táxion<strong>de</strong> tentamos conversar com motoristas <strong>de</strong> táxi previamente indica<strong><strong>do</strong>s</strong> como bons narra<strong>do</strong>res. Entre ospontos foi possível freqüentar <strong>do</strong>is: um na Praça da República em frente ao Hotel Hilton e outro naAvenida Presi<strong>de</strong>nte Vargas em próximo à Rua Manoel Barata. Houve também quatro taxistasaposenta<strong><strong>do</strong>s</strong> que foram entrevista<strong><strong>do</strong>s</strong> em suas residências.Entre os materiais os quais são utiliza<strong><strong>do</strong>s</strong> para a pesquisa estão um grava<strong>do</strong>r digital que coleta o materialadvin<strong>do</strong> das entrevistas abertas realizadas com os taxistas e uma ca<strong>de</strong>rneta <strong>de</strong> campo na qual sãoregistradas as experiências vividas junto aos interlocutores. Finalmente, visan<strong>do</strong> uma etnografia porimagens, é utilizada a máquina fotográfica para captar as práticas relacionadas ao cotidiano <strong>do</strong> grupomenciona<strong>do</strong> e exprimir a vivência <strong>de</strong>sses homens em seu ofício (Eckert e Rocha, 2005).Resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>No transcorrer da pesquisa emergiram três tipos <strong>de</strong> narrativas contadas pelos interlocutores. Primeiro, asnarrativas sobre o passa<strong>do</strong> <strong>de</strong> Belém, que já constituem a própria expressão <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong>ssesmotoristas sobre a experiência temporal da cida<strong>de</strong>. Elas revelam as aspirações, os <strong>de</strong>sejos, os <strong>de</strong>vaneiossobre a cida<strong>de</strong>, reverberan<strong>do</strong> não apenas a fala <strong>do</strong> taxista narra<strong>do</strong>r, mas também <strong>do</strong> antigo mora<strong>do</strong>r <strong>de</strong>Belém. Segun<strong>do</strong>, os relatos sobre as modificações no ofício <strong>de</strong> taxista, as quais seguem paralelas àtrajetória urbana <strong>de</strong> Belém e às formas <strong>de</strong> praticar o espaço citadino. Finalmente, as narrativas sobreassombrações que também ajudam a compreen<strong>de</strong>r as mudanças e a dinâmica <strong>do</strong> espaço urbano através <strong>do</strong>olhar <strong><strong>do</strong>s</strong> taxistas, uma vez que as aparições das visagens estão intimamente relacionadas à prática <strong><strong>do</strong>s</strong>motoristas <strong>de</strong> se <strong>de</strong>slocar pela urbe e a<strong>de</strong>ntrar espaços ainda não percorri<strong><strong>do</strong>s</strong>.A natureza (inter)subjetiva <strong><strong>do</strong>s</strong> trabalhos com narrativas não permite que sejam <strong>de</strong>linea<strong><strong>do</strong>s</strong> resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>quantifica<strong><strong>do</strong>s</strong>, uma vez que estamos a lidar com o sensível social (Sansot, 1979). No entanto, observou-secertas regularida<strong>de</strong>s nas narrativas que foram analisadas, principalmente no tocante às narrativas sobreassombrações, as quais parecem sintetizar melhor as questões discutidas no trabalho, tais como amemória e o imaginário liga<strong><strong>do</strong>s</strong> às transformações das paisagens urbanas e o <strong>de</strong>vir <strong>do</strong> tempo.Em primeiro lugar, percebemos que as visagens aparecem quan<strong>do</strong>, ao se <strong>de</strong>slocarem pela cida<strong>de</strong>, ostaxistas acabam percorren<strong>do</strong> espaços entendi<strong><strong>do</strong>s</strong> como áreas <strong>de</strong> ―fronteira‖ (Hannerz, 1997), isto é,espaços que, <strong>de</strong> alguma forma, se distinguem <strong>do</strong> restante <strong><strong>do</strong>s</strong> bairros da cida<strong>de</strong>. Estes lugares revelaramse,entre outros, a Avenida Perimetral, a Cida<strong>de</strong> Velha, os arre<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Presídio São José e até a BR-316.As ―fronteiras‖ são fluidas e mudam ao longo <strong>do</strong> tempo. Mesmo assim, tais narrativas ajudam acompreen<strong>de</strong>r as representações <strong><strong>do</strong>s</strong> motoristas sobre as dinâmicas <strong><strong>do</strong>s</strong> espaços urbanos, pois ocrescimento territorial que transforma os mo<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> vida urbanos está sempre produzin<strong>do</strong> novas áreas <strong>de</strong>fronteira on<strong>de</strong> as visagens po<strong>de</strong>m aparecer.Em segun<strong>do</strong>, notou-se que na gran<strong>de</strong> maioria <strong>de</strong>stas narrativas o espectro que assombrou os motoristas éi<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong> como uma figura feminina, seja ela uma freira, uma moça que pegava o táxi em frente aocemitério ou uma mulher <strong>de</strong> branco em São Braz. De to<strong>do</strong> mo<strong>do</strong>, as narrativas apontam para umafantasmática <strong>do</strong> feminino que oscila entre o <strong>de</strong>moníaco e a santida<strong>de</strong>, mas que também expressa aviolência e as assimetrias <strong>de</strong> gênero em Belém.138


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoConclusõesPelo seu caráter reflexivo, a narrativa oferece condições para os sujeitos significarem e acomodarem a suaexperiência temporal em relação à dinâmica espacial no mun<strong>do</strong> urbano. Assim, analisan<strong>do</strong> as narrativas<strong><strong>do</strong>s</strong> taxistas a respeito <strong>de</strong> suas vivências e sugerin<strong>do</strong> que o olhar sensível da memória coletiva é capaz <strong>de</strong><strong>de</strong>svelar a urbe como um espaço fantástico, enten<strong>de</strong>-se que as narrativas circulantes na cida<strong>de</strong> indicam, aoseu mo<strong>do</strong>, as especificida<strong>de</strong>s da turbulência <strong>do</strong> tempo no contexto urbano brasileiro, convergidas naexperiência particular <strong>de</strong> Belém.ReferênciasCLIFFORD, James. ―Culturas Viajantes‖. In: O Espaço da Diferença. Antonio A. Arantes (org).Campinas, SP: Papirus, 2000.DURAND, Gilbert. O Imaginário: ensaio acerca das ciências e da filosofia da imagem. Rio <strong>de</strong> Janeiro:Difel, 1998.ECKERT, Cornélia; ROCHA, Ana L. C. da. O Tempo e a Cida<strong>de</strong>. Porto Alegre: Editora da UFRGS,2005.FOOTE-WHYTE. A socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> esquina. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Jorge Zahar, 2008.GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Jorge Zahar, 2003.HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo: Centauro, 2006.HANNERZ, Ulf. Fluxos, fronteiras, híbri<strong><strong>do</strong>s</strong>: palavras chave da Antropologia transnacional. Mana3(1):7-39, 1997.MALINOWSKI, B. ―Introdução: o assunto, o méto<strong>do</strong> e o objetivo <strong>de</strong>sta investigação‖. In: Antropologia.Coleção gran<strong>de</strong>s cientistas sociais. São Paulo: Ática, 1986.SANSOT, Pierre. Sauver le sensible: interpréter, décrire, réciter. In: Les formes sensibles <strong>de</strong> la viesociale. Paris, PUF, l979, pp. 11-62.LINGÜÍSTICA, LETRAS E ARTESA MEMÓRIA DA LITERATURA DE CORDEL: RECEPÇÃO E ENSINO.¹Rebeca Luíza Abreu Pereira, ²Camila da Fonsêca Aranha, ³Márcio Franco Barroso, 4 Josebel Akel Fares¹Universida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará – rebeca.ventura@hotmail.com²Universida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará – camila_aranha@hotmail.com³Universida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará – marcio_2709@hotmail.com4 Professora Dr. da Universida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará – belfares@uol.com.brNosso trabalho fundamenta-se em direcionar os alunos para novas experiências com a leitura, abordan<strong>do</strong>,especificamente, a Literatura <strong>de</strong> Cor<strong>de</strong>l, bem como estimulá-los a conhecer uma prática pouco trabalhadano espaço escolar (e fora <strong>de</strong>le), que consiste na literatura <strong>de</strong> cunho popular, tão complexa quanto as outrasmodalida<strong>de</strong>s da literatura, justifican<strong>do</strong> a operacionalização <strong>de</strong>sse projeto, que consiste, primordialmente,em <strong>de</strong>spertar nos alunos o forte interesse pela leitura e seu caráter essencialmente lúdico e aprofundar arelação leitor-texto, conforme os princípios da Estética da Recepção, voltan<strong>do</strong> a pesquisa para o―maravilhoso‖ da realida<strong>de</strong>, tão fortemente presente nas temática abordadas. (financia<strong>do</strong>r PIBIC/CNPq)Palavras-Chave: Leitura, Literatura <strong>de</strong> Cor<strong>de</strong>l; Estética da Recepção.IntroduçãoAo longo das observações feitas durante as aulas da disciplina Ativida<strong>de</strong>s Práticas <strong>de</strong> Docência, no curso<strong>de</strong> licenciatura em Letras da Universida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará, e da experiência que a sala <strong>de</strong> aula nosproporcionou ao nos inserir no contexto escolar, tivemos conhecimento <strong>do</strong> ensino tradicional <strong>de</strong> literatura,foca<strong>do</strong> somente em cumprir o programa curricular da escola e, em alguns casos, <strong>de</strong>spertar algum interesseliterário no aluno. Tal programa, a<strong>de</strong>mais, não contempla a modalida<strong>de</strong> popular da literatura, fator esteque suscitou em nós a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver uma pesquisa voltada para a literatura <strong>de</strong> cor<strong>de</strong>l(nor<strong>de</strong>stina e amazônica) sob a perspectiva da Estética da Recepção. A partir <strong>do</strong> problema <strong>de</strong>tecta<strong>do</strong>,preten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> s colocar em discussão esta produção e a partir <strong>de</strong> questões sobre a literatura e literaturapopular, verificar como o aluno recebe e se i<strong>de</strong>ntifica com a literatura popular, e como a escola auxilia na139


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientificopercepção da literatura pelo aluno. Tais questões convergem para um questionamento mais abrangente <strong>de</strong>nosso projeto: os processos <strong>de</strong> recepção <strong>de</strong>ssa produção literária, na 2ª série <strong>do</strong> Ensino Médio, e comoisso po<strong>de</strong> auxiliar no ensino <strong>de</strong>ssa literatura pelos discentes.Objetivos- Analisar a recepção da literatura popular, na modalida<strong>de</strong> cor<strong>de</strong>l, na 2ª série <strong>do</strong> Ensino Médio daEducação Básica;- Divulgar a literatura popular no espaço escolar <strong>de</strong> Belém;- Promover a prática <strong>de</strong> leitura <strong>de</strong> literatura popular na escola.Materiais e Méto<strong><strong>do</strong>s</strong>O projeto envolve uma pesquisa-ação, que implica em um tipo <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> campo, com abordagemqualitativa. O processo é <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> a partir <strong>de</strong> leitura <strong>de</strong> textos <strong>de</strong> cor<strong>de</strong>listas (nor<strong>de</strong>stinos eamazônicos) por alunos da 2ª série <strong>do</strong> Ensino Médio <strong>de</strong> uma instituição da re<strong>de</strong> pública <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong>Belém-PA, na própria sala <strong>de</strong> aula, em sessões sistemáticas, acordadas com os professores <strong>de</strong> literaturadas turmas.Primeiramente, fizemos a <strong>de</strong>scrição <strong><strong>do</strong>s</strong> Procedimentos <strong>de</strong> Coleta <strong>de</strong> Da<strong><strong>do</strong>s</strong>, com Consulta em bibliotecas,instituições <strong>de</strong> educação, entre outras, <strong>de</strong> bibliografia referente à Estética da Recepção, abordadaprincipalmente por Zilberman (2004); Pesquisa bibliográfica referente à literatura popular (cor<strong>de</strong>l) elevantamento <strong>de</strong> experiências educacionais que se assemelhem à proposta da pesquisa.Utilizamos textos <strong>de</strong> autores <strong>de</strong> literatura popular, em média vinte textos básicos <strong>de</strong> literatura popular,sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>z referentes a autores <strong>de</strong> literatura <strong>de</strong> cor<strong>de</strong>l nor<strong>de</strong>stino e <strong>de</strong>z amazônicos. E após a seleção,elaboraremos e aplicaremos questionários aos alunos. Após essa fase, partiremos para a Sistematização eAnálise <strong><strong>do</strong>s</strong> Da<strong><strong>do</strong>s</strong> Coleta<strong><strong>do</strong>s</strong>, com a <strong>de</strong>finição, junto aos professores e corpo técnico da escolaselecionada, das turmas que farão parte da experiência <strong>de</strong> pesquisa; a inserção <strong><strong>do</strong>s</strong> pesquisa<strong>do</strong>res nasturmas ocorrerá <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> sistematiza<strong>do</strong> em um perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> cinco meses, <strong>de</strong> forma a<strong>de</strong>quada ao calendárioescolar; a realização <strong>de</strong> oficinas <strong>de</strong> leitura com base nos textos literários escolhi<strong><strong>do</strong>s</strong>, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> ométo<strong>do</strong> da Estética da Recepção; aplicação <strong><strong>do</strong>s</strong> questionários <strong>de</strong> cunho analítico-expositivo; estu<strong>do</strong> ecomparação, <strong>de</strong> forma particular, por turma trabalhada, <strong><strong>do</strong>s</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> obti<strong><strong>do</strong>s</strong>, analisan<strong>do</strong> <strong>de</strong> que formaocorre a recepção das obras pelos alunos <strong>de</strong> cada turma da escola envolvida na pesquisa. E, ao final,teremos a elaboração e divulgação <strong>do</strong> relatório final da pesquisa, conten<strong>do</strong> to<strong><strong>do</strong>s</strong> os da<strong><strong>do</strong>s</strong> obti<strong><strong>do</strong>s</strong>.Resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>Ao final <strong>de</strong>ste projeto, que ainda encontra-se em andamento, esperamos traçar um perfil da situação daleitura e da recepção das obras literárias <strong>de</strong> cunho popular, em turmas da 2ª série <strong>do</strong> Ensino Médio <strong>de</strong>uma escola da re<strong>de</strong> pública, situada na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Belém-Pará. Buscaremos, também, <strong>de</strong>spertar nos alunos(leitores) a consciência <strong>de</strong> sua importância para a <strong>de</strong>terminação e análise <strong>do</strong> senti<strong>do</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong> textos, levan<strong>do</strong>osa agir conscientemente sobre o texto literário, partin<strong>do</strong> da perspectiva <strong>de</strong> Literatura enquanto produção,recepção e comunicação, ou seja, uma relação dinâmica entre autor, obra e leitor.A partir <strong>de</strong>ste perfil <strong>de</strong>senha<strong>do</strong> na pesquisa, preten<strong>de</strong>mos propor uma abordagem <strong>de</strong> ensino diferenciadapara as aulas <strong>de</strong> Literatura, conforme os pressupostos da Estética da Recepção, e discutir com o corpotécnico-pedagógico, <strong>do</strong>cente e discente, para que tais propostas possam contribuir para a inserção daliteratura popular nos currículos escolares <strong>do</strong> Ensino Médio <strong>de</strong> Belém.Esperamos, por fim, promover a divulgação e discussão <strong><strong>do</strong>s</strong> resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>do</strong> projeto na Secretaria <strong>de</strong>Educação <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, intentan<strong>do</strong> implantar políticas públicas <strong>de</strong> valorização <strong>de</strong> registros populares.ConclusõesA partir <strong>do</strong> contato com a educação <strong>de</strong> literatura no Ensino Médio, constatamos, quan<strong>do</strong> existente, asuperficialida<strong>de</strong> <strong>do</strong> ensino <strong>de</strong> literatura popular. Em vista disso, concluímos a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> harmoniaentre a visão crítica e cria<strong>do</strong>ra, bem como um viés direciona<strong>do</strong> ao aprimoramento da prática da leituraatravés <strong>de</strong> um prisma centraliza<strong>do</strong> no prazer <strong>do</strong> aluno em contato com a literatura – <strong>de</strong> certa forma―marginalizada‖, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao fato <strong>de</strong> ser pouco conhecida, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à ausência <strong>de</strong> uma forte divulgação, entreas pessoas e pouco abordada durante as aulas.ReferênciasZILBERMAN, Regina. ZILBERMAN, Regina. Estética da recepção e história da literatura. São Paulo:Ática, 2004.140


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoA PRODUÇÃO TEXTUAL NO 3º ANO DO ENSINO MÉDIO: UM OLHAR À LUZ DALINGUÍSTICA TEXTUAL¹Camila da Fonsêca Aranha, ²Lorenna Bolsanello <strong>de</strong> Carvalho, ³Márcio Franco Barroso, 4 JessiléiaGuimarães Eiró¹ Universida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará – camila_aranha@hotmail.com² Universida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará – lorebolsanello@hotmail.com³ Universida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará – marcio_2709@hotmail.com4 Professora Mestre da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> ParáO <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> investigar <strong>de</strong> que forma os aspectos referentes à textualida<strong>de</strong> contribuem para a constituição,recepção e funcionamento <strong>do</strong> texto nos levaram a <strong>de</strong>senvolver o projeto <strong>de</strong> <strong>iniciação</strong> cientifica intitula<strong>do</strong>A produção textual no 3º . ano <strong>do</strong> ensino médio: um olhar à luz da Linguística Textual. Nos propomos aobservar e analisar as aulas e as produções textuais <strong><strong>do</strong>s</strong> alunos <strong>do</strong> 3º ano <strong>do</strong> Ensino Médio <strong>de</strong> uma escolaparticular <strong>de</strong> Belém, utilizan<strong>do</strong> os pressupostos teóricos da Linguística Textual, aborda<strong><strong>do</strong>s</strong> por Costa Valem seu trabalho Redação e Textualida<strong>de</strong>, visan<strong>do</strong> propor uma abordagem diferenciada para o ensino <strong>de</strong>―redação‖. (financia<strong>do</strong>r Uepa)Palavras-Chave: Lingüística-textual, Produção textual, ensino.IntroduçãoO <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> investigar <strong>de</strong> que forma os aspectos referentes à textualida<strong>de</strong> contribuem para a constituição,recepção e funcionamento <strong>do</strong> texto, bem como o <strong>de</strong> aliar os estu<strong><strong>do</strong>s</strong> que a Linguística Textual vem<strong>de</strong>senvolven<strong>do</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a década <strong>de</strong> 70 à prática pedagógica em sala <strong>de</strong> aula, no que diz respeito ao trabalhocom a escrita, nos levaram a <strong>de</strong>senvolver o projeto <strong>de</strong> <strong>iniciação</strong> cientifica intitula<strong>do</strong> A produção textual no3º . ano <strong>do</strong> ensino médio: um olhar à luz da Linguística Textual. Assim, nos propomos a observar eanalisar as aulas e as produções textuais <strong><strong>do</strong>s</strong> alunos <strong>do</strong> 3º ano <strong>do</strong> Ensino Médio <strong>de</strong> uma escola particular<strong>do</strong> município <strong>de</strong> Belém, toman<strong>do</strong> como fundamento os princípios teóricos e meto<strong>do</strong>lógicos da LinguísticaTextual, <strong>de</strong>vidamente aborda<strong><strong>do</strong>s</strong> por Costa Val (2006) em seu trabalho Redação e Textualida<strong>de</strong>, visan<strong>do</strong>propor uma abordagem diferenciada para o ensino <strong>de</strong> ―redação‖. Ressaltamos, porém, que em momentoalgum tivemos a intenção <strong>de</strong> postular regras e receitas para o ensino <strong>de</strong> produção textual, mas buscamosapresentar questões nortea<strong>do</strong>ras ao trabalho <strong><strong>do</strong>s</strong> que atuam na área <strong>de</strong> Língua Portuguesa, atentan<strong>do</strong> aocaráter sócio-comunicativo e interacional <strong>do</strong> texto/discurso.Objetivos- Observar aulas <strong>de</strong> redação da referida série, buscan<strong>do</strong> perceber a meto<strong>do</strong>logia <strong>do</strong> professor e suaaceitabilida<strong>de</strong> pelos alunos;- Conferir se as aulas estavam exclusivamente voltadas para o vestibular ou se <strong>de</strong>senvolviam acom<strong>pet</strong>ência comunicativa <strong><strong>do</strong>s</strong> alunos;- Analisar a produção <strong><strong>do</strong>s</strong> alunos, visan<strong>do</strong> propor abordagem diferenciada <strong>de</strong> ensino.Materiais e Méto<strong><strong>do</strong>s</strong>Primeiramente, observamos durante 1 mês as aulas <strong>de</strong> redação com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> verificar <strong>de</strong> que formaestava sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> o trabalho <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong> produção textual da série em questão. A<strong>de</strong>mais,aplicamos um questionário ao professor participante da pesquisa com o intuito <strong>de</strong> obter conhecimentosobre os critérios <strong>de</strong> avaliação textual e sobre a meto<strong>do</strong>logia utilizada por ele em suas aulas. Como fococentral da pesquisa, coletamos e analisamos as produções textuais <strong><strong>do</strong>s</strong> alunos objetivan<strong>do</strong> a construção daproposta <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong> redação que contemplasse o caráter sócio-comunicativo e interacional <strong>do</strong> textoenquanto unida<strong>de</strong> máxima <strong>de</strong> senti<strong>do</strong>.Quanto ao processo <strong>de</strong> análise das produções textuais, optamos por avaliar e tecer comentáriosindividualmente, em virtu<strong>de</strong> da quantida<strong>de</strong> <strong><strong>do</strong>s</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> obti<strong><strong>do</strong>s</strong> (20 redações) possibilitar tal procedimento.Ressaltamos que em momento algum foi nosso objetivo analisar as produções sob um viés prescritivista<strong>de</strong> postulação <strong>de</strong> ―certo‖ e ―erra<strong>do</strong>‖, mas sim, à luz da Linguística Textual, verificar se o que faz <strong>de</strong> umtexto um texto é observa<strong>do</strong>/está presente nas redações escolares e em quais pontos consistem as maioresdificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> produção <strong><strong>do</strong>s</strong> alunos <strong>do</strong> 3º ano <strong>do</strong> Ensino Médio, buscan<strong>do</strong> avaliar sua com<strong>pet</strong>ênciatextual enquanto falantes e escreventes nativos da Língua Portuguesa.Os critérios que utilizamos para analisar as produções textuais coletadas são os aborda<strong><strong>do</strong>s</strong> por Costa Val(2006) – continuida<strong>de</strong>, progressão, não-contradição e articulação –, e nos fatores pragmáticos daaceitabilida<strong>de</strong>, situacionalida<strong>de</strong>, intencionalida<strong>de</strong>, informativida<strong>de</strong> e intertextualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Beaugran<strong>de</strong> &Dressler (2005).141


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoO critério da continuida<strong>de</strong> está centra<strong>do</strong> na retomada a<strong>de</strong>quada das i<strong>de</strong>ias pelo produtor, seja por meio dare<strong>pet</strong>ição <strong>de</strong> palavras ou pelo uso <strong>de</strong> pronomes anafóricos.A progressão <strong>de</strong>corre da continuida<strong>de</strong>, dan<strong>do</strong> prosseguimento ao texto, elevan<strong>do</strong> o seu nível <strong>de</strong>informativida<strong>de</strong> e suficiência <strong>de</strong> da<strong><strong>do</strong>s</strong> e reduzin<strong>do</strong> o grau <strong>de</strong> previsibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> seu texto.O critério da não-contradição apoia-se na necessida<strong>de</strong> <strong>do</strong> texto não se revelar contraditório com relaçãoaos conceitos e i<strong>de</strong>ias apresenta<strong><strong>do</strong>s</strong>, uma vez que estes são responsáveis pela <strong>de</strong>vida fundamentação daprodução textual e consequente aumento ou redução <strong>de</strong> sua credibilida<strong>de</strong> pelo leitor.A articulação refere-se à verificação da existência ou não <strong>de</strong> relação entre os conceitos apresenta<strong><strong>do</strong>s</strong> emum texto e se estão <strong>de</strong>vidamente concatena<strong><strong>do</strong>s</strong>, enca<strong>de</strong>a<strong><strong>do</strong>s</strong> e articula<strong><strong>do</strong>s</strong>, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> transparecer uma visãoclara e objetiva a respeito <strong>do</strong> assunto aborda<strong>do</strong>.Finalizan<strong>do</strong>, consi<strong>de</strong>ramos como infração textual as realizações prejudiciais à coerência <strong>do</strong> texto,atentan<strong>do</strong> para os requisitos <strong>de</strong> contextualida<strong>de</strong> e aceitabilida<strong>de</strong> textuais.Resulta<strong><strong>do</strong>s</strong>Pu<strong>de</strong>mos perceber, por meio da meto<strong>do</strong>logia <strong>de</strong> ensino observada e das produções textuais analisadas,que o ensino <strong>de</strong> produção textual no 3º ano <strong>do</strong> Ensino Médio na escola pesquisada está quase queexclusivamente volta<strong>do</strong> para o processo seletivo <strong>do</strong> vestibular, com a intenção apenas <strong>de</strong> exercitar osalunos para tal concurso, <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> muitos aspectos relevantes <strong>de</strong> textualida<strong>de</strong> para a produção <strong>de</strong>textos que atendam às diversas situações comunicativas. Desse mo<strong>do</strong>, as redações coletadas apresentaramum baixo grau <strong>de</strong> informativida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> aceitabilida<strong>de</strong>, uma vez que era estimulada em excesso apreocupação com o aspecto formal <strong>do</strong> texto em <strong>de</strong>trimento <strong>do</strong> aspecto sócio-comunicativo <strong>do</strong> textoenquanto unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> senti<strong><strong>do</strong>s</strong>.Como resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> nossa pesquisa, propusemos uma abordagem <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong> produção textualdiferenciada, baseada nos pressupostos da Lingüística Textual e nas orientações <strong><strong>do</strong>s</strong> ParâmetrosCurriculares Nacionais, que visa fornecer subsídios ao fazer <strong>do</strong>cente em sala <strong>de</strong> aula, com base em umaperspectiva interacional e socialmente relevante para a produção escrita na escola, mais especificamenteno 3º ano <strong>do</strong> Ensino Médio. Dentre os principais pontos <strong>de</strong>sta abordagem <strong>de</strong> ensino, encontram-se a<strong>de</strong>vida <strong>de</strong>stinação <strong>de</strong> um tempo da aula <strong>de</strong> redação à própria produção <strong><strong>do</strong>s</strong> alunos, pois percebemos queem momento algum os alunos produzem durante as aulas, discussões em classe acerca <strong><strong>do</strong>s</strong> temasredacionais, possibilitan<strong>do</strong> um aumento <strong>de</strong> informações relevantes a respeito <strong>do</strong> tema proposto, a seleçãoprévia <strong>de</strong> alguns assuntos sobre os quais os alunos produzirão textos, uma vez que isto incentivará queeles pesquisem o tema, aumentan<strong>do</strong> seus argumentos, e, por fim, a proposta <strong>de</strong> utilização das situaçõesreais <strong>de</strong> comunicação (<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro e/ou fora da escola) como ponto <strong>de</strong> partida para a produção textual, i.é.,a produção <strong><strong>do</strong>s</strong> alunos teria uma finalida<strong>de</strong> outra além da mera atribuição <strong>de</strong> notas (como a presença <strong>de</strong>leitores específicos para os quais escreveriam), o que promoveria, <strong>de</strong> fato, uma interação sóciocomunicativaentre <strong>do</strong>is ou mais interlocutores.ConclusõesCom o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sta pesquisa e, consequentemente, com os resulta<strong><strong>do</strong>s</strong> obti<strong><strong>do</strong>s</strong>, pu<strong>de</strong>mosperceber a intensa necessida<strong>de</strong> que se faz presente no ambiente escolar <strong>de</strong> estimular os alunos <strong>do</strong> 3º ano<strong>do</strong> Ensino Médio a esten<strong>de</strong>r sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> escritores e leitores comunicativamente com<strong>pet</strong>entes, coma finalida<strong>de</strong> maior <strong>de</strong> torná-los aptos a produzir textos nos mais diversos meios linguísticos, uma vez queo texto, enquanto unida<strong>de</strong> única e maior <strong>de</strong> senti<strong>do</strong>, só se configura como tal a partir <strong>do</strong> momento que oescritor-leitor transmite plenamente as informações necessárias ao nível máximo <strong>de</strong> compreensão textual.ReferênciasCOSTA VAL, Mª da G. Redação e textualida<strong>de</strong>. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2006.BEAUGRANDE, R. & DRESSLER, W. Introduction to Textlinguistics. Londres: Longman, 2005.EM BUSCA DA ORGANICIDADE1 Lucienne Ellem Martins Coutinho 2 Adriana Di Marco Neves 3 Ludmila Mello da Silva 4 Monike ChristinaTaborda, 5 Ana Flávia Men<strong>de</strong>s1Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará - lucienneufpa@yahoo.com.br2Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará - adrianadmn@msn.com3Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará - mello.ludmila@hotmail.com4Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará - monitaborda@hotmail.com5 Prof.Drª da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Pará - aflamen<strong>de</strong>s@hotmail.com142


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoO referi<strong>do</strong> trabalho <strong>de</strong>u-se como resulta<strong>do</strong> da disciplina Fundamentos e Méto<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> Dança II, no qualtivemos o intuito <strong>de</strong> apreen<strong>de</strong>rmos e compreen<strong>de</strong>rmos os conceitos <strong>de</strong> dimensão mecânica,orgânica,Corpo-Subjétil e, principalmente, <strong>de</strong> organicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Renato Ferracini e sua aplicação comouma técnica <strong>de</strong> preparação corporal no treino <strong>de</strong> artistas cênicos (atores), e trazemos esta técnica para serutilizada como processo <strong>de</strong> criação na dança. Em nossa práxis ministramos uma oficina cujo objetivo erapromover sensações que viabilizassem ao indivíduo <strong>de</strong>scobrir em si <strong>de</strong> forma singular, a sua organicida<strong>de</strong>enquanto um esta<strong>do</strong> orgânico/inorgânico, sen<strong>do</strong> instigada e trabalhada em movimentos corporais.Palavras-chave: Corpo-Subjétil; Organicida<strong>de</strong>; Dança.IntroduçãoNosso enfoque compreen<strong>de</strong> a organicida<strong>de</strong> como fator primordial no fazer artístico das artes cênicas, emespecial a dança, uma vez que proporciona ao indivíduo a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> relacionar o sentimentointerindividual aos fatores externos que possibilitam a projeção <strong>do</strong> movimento, por meio da expressãocorporal.Dar-se-á ênfase ao conceito <strong>de</strong> organicida<strong>de</strong> presente em Lume:Ao realizar um recorte <strong>de</strong> visão <strong>do</strong> trabalho <strong>de</strong> ator em relação a si mesmo, é comum os estudiosos <strong>de</strong>teatro i<strong>de</strong>ntificarem outras duas dimensões específicas <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>sse recorte: uma <strong>de</strong>las seria a faculda<strong>de</strong>operativa <strong>do</strong> ator em articular sua arte <strong>de</strong> maneira concreta, o que comumente chamamos ―técnica― e aoutra seria a própria faculda<strong>de</strong> cria<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> ator, o momento no qual ele anima a ―técnica‖ insuflan<strong>do</strong>-lhe―vida‖ e organicida<strong>de</strong>. (LUME apud FERRACINI 2006,p.1)Mediante o conceito acima, compreen<strong>de</strong>mos estabelecer uma relação entre teatro e dança traçan<strong>do</strong>paralelos entre forma e vida que emergem da organicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada indivíduo praticante <strong>de</strong> dança.Dar-se-á <strong>de</strong>staque à dimensão mecânica e técnica <strong>do</strong> ato <strong>de</strong> atuar <strong>do</strong> ator e <strong>do</strong> bailarino, posteriormentetrabalhar-se-á o conceito <strong>de</strong> Corpo-Subjétil e por último a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> organicida<strong>de</strong> na atuação cênica.ObjetivosPromover sensações que viabilizem ao indivíduo <strong>de</strong>scobrir, a sua organicida<strong>de</strong> enquanto um esta<strong>do</strong>orgânico/inorgânico, para se alcançar tal esta<strong>do</strong> provocaremos através <strong>de</strong> estímulos externos o trabalho<strong><strong>do</strong>s</strong> senti<strong><strong>do</strong>s</strong>: Paladar, audição, olfato, tato;assim como o trabalho <strong>de</strong> interação grupal e por fimpossibilitar a difusão <strong>do</strong> processo criativo <strong>de</strong> cada um.Meto<strong>do</strong>logiaNossa pesquisa po<strong>de</strong> ser caracterizada como <strong>de</strong> ação <strong>de</strong>finida como ―um tipo <strong>de</strong> pesquisa social com baseempírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução <strong>de</strong> umproblema coletivo e na qual os pesquisa<strong>do</strong>res e os participantes representativos da situação ou <strong>do</strong>problema estão envolvi<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> cooperativo ou participativo (THIOLLENT apud KRAFTA 2007),uma vez que estudamos os conceitos <strong>de</strong> Renato Ferracini os quais foram aplica<strong><strong>do</strong>s</strong> e <strong>de</strong>senvolvi<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong>ntro<strong><strong>do</strong>s</strong> meandros da atuação no teatro, e nosso objetivo foi apreen<strong>de</strong>r tais conceitos <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> nosso campo<strong>de</strong> atuação que é a dança.Conforme Stringer (1996), ―a pesquisa-ação compreen<strong>de</strong> uma rotina composta por três ações principais:observar, para reunir informações e construir um cenário; pensar, para explorar, analisar e interpretar osfatos; e agir, implementan<strong>do</strong> e avalian<strong>do</strong> as ações. (apud KRAFTA 2007).Foi o que fizemos observamos as práticas <strong>de</strong> trabalho corporal, pensamos como fazer o ―link‖ entre osconceitos <strong>de</strong>senvolvi<strong><strong>do</strong>s</strong> na prática corporal <strong>do</strong> ator à prática corporal na dança, e agimos <strong>de</strong> forma asentir em nosso próprio corpo a forma <strong>de</strong> se alcançar a organicida<strong>de</strong>, e o fizemos exercitan<strong>do</strong> o corpo <strong>de</strong>forma a entra em contato com os nossos sentimentos e sensações internas e posteriormente comoconseguimos alcançar a tão <strong>de</strong>sejada organicida<strong>de</strong> imprescindível ao fazer nas artes cênicas, produzimosuma oficina intitulada ―em busca da organicida<strong>de</strong>‖ na qual trabalhamos movimentos capazes <strong>de</strong> colocar oindivíduo em trabalho consigo mesmo <strong>de</strong> forma íntima e singular, e com o outro <strong>de</strong> forma a interagirgrupalmente, e por fim socializamos nosso trabalho teórico no II Seminário <strong>de</strong> Pesquisa em Dança II, foiapresenta<strong>do</strong> como resulta<strong>do</strong> final da disciplina Fundamentos e Méto<strong><strong>do</strong>s</strong> <strong>de</strong> Dança II.ConclusãoFoi abordada <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>sta análise sobre corpo, a singularida<strong>de</strong> como pré-requisito para chegar àorganicida<strong>de</strong>, levan<strong>do</strong>-se em consi<strong>de</strong>ração as referências pessoais e únicas <strong>de</strong> cada um, marcas que oregistram produzin<strong>do</strong> nele um potencial que será específico, que se mostrará <strong>de</strong> diferentes formas e nasmais variadas situações.143


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento CientificoDentro <strong>de</strong>sta perspectiva foi necessário em primeiro lugar o autoconhecimento, conhecer não só o própriocorpo como também sua história, sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> e o contexto em que está inseri<strong>do</strong>. Com um olharinvestigativo mergulhamos e trouxemos à tona possibilida<strong>de</strong>s para uma ativida<strong>de</strong> cria<strong>do</strong>ra.Referências BibliográficaBARBA,Eugênio;SAVARESE,Nicola.A arte secreta <strong>do</strong> ator: dicionário <strong>de</strong> antropologiateatral.Ed.Hucitee:Campinas,1995.FERRRACINI,Renato.Lume 20 anos em busca da organicida<strong>de</strong>.Sala Preta (USP),São Paulo,V.S,2006.IANITELLI,Leda Muhana.Técnica da dança: redimensionamentos meto<strong>do</strong>lógicos. In:Repertório teatro& dança,ano 7,n.7,2004.1,p.30-37.Salva<strong>do</strong>r: Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral da Bahia,Programa <strong>de</strong> Pós-graduaçãoem Artes Cênicas.KRAFTA, Lina. Gestão da informação como base da ação comercial <strong>de</strong> uma pequena empresa <strong>de</strong>TI. Dissertação <strong>de</strong> Mestra<strong>do</strong>. Porto Alegre: PPGA/EA/UFRGS. 2007.144


Jornada <strong>de</strong> Iniciação Cientifica <strong><strong>do</strong>s</strong> Grupos PET <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> ParáA Importância da Universida<strong>de</strong> Pública e a Produção <strong>de</strong> Conhecimento Cientifico145

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